Unidade didáctica de Basquetebol

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Joana Filipa Murteira de Oliveira Escola Secundária Infanta D. Maria

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Joana Filipa Murteira de Oliveira

Escola Secundária Infanta D. Maria

Núcleo de Estágio de Educação Física 2010/2011

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Índice I. Introdução pág.

II. Objectivos pág.

III. História da Modalidade pág.

pág.

pág.

pág.

pág.

pág.

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História da Modalidade

A Ginástica, não sendo uma modalidade recente, tem vindo a apresentar uma

evolução contínua ao longo dos séculos.

Foi nos Estados Unidos, no Instituto Técnico de Springfield, que em 1981 surgiu o

Basquetebol. Situada numa zona muito fria, Springfield, encontra-se coberta a maior

parte do ano por gelo e neve, tendo a prática dos desportos ao ar livre restrita a uma

curto período de Verão. Com o objectivo de ultrapassar esse inconveniente, e porque

notava que os alunos do seu Instituto sentiam predisposição para os trabalhos de

ginásio, o director da secção de Educação Física deste estabelecimento – Dr. Luther

Halsey Gulick, recomendou aos seus colaboradores que tomassem uma providência

para solucionar o problema.

O novo desporto a ser criado deveria incluir um grande número de alunos,

constituir um exercício completo, atraente e com a capacidade de se adaptar a qualquer

espaço.

Coube ao Dr. James A. Naismith, professor da cadeira de Anatomia do

Internacional “Young Men’s Cristian Association College”, depois de grandes estudos,

solucionar o problema.

Depois de uma pesquisa sobre diversos jogos, Naismith chegou às seguintes

conclusões:

Para um novo jogo, a bola deveria ser grande e leve, de modo a que não pudesse

ser escolhida pelos jogadores;

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O jogo deveria ser praticado durante o Inverno, entre o Futebol Americano e o

Basebol;

Deveria ser um jogo de espírito colectivo e de grande poder emocional, mas

evitando simultaneamente a violência;

O jogo deveria ser de inspiração puramente americana, isto é, corresponder ao

espírito de livre iniciativa (influenciado pela personalidade do homem da época

do “pioneirismo”).

Foi então que surgiu a ideia de introduzir dois cestos de fruta suspensos no ar,

por onde passavam as bolas (de forma dificultar uma possível defesa). O objectivo

era introduzir o maior número de bolas no cesto e não deixar marcar no seu. Os

cestos tinham fundo, o ritmo de jogo era constantemente cortado, por causa das

pausas que surgiam em virtude de ter se ir buscar a bola ao fundo dos cestos. Numa

fase posterior esse fundo foi retirado e a bola caía, de imediato, no chão, permitindo

maior dinâmica ao jogo. Consta que na realização de jogos formais, os espectadores

utilizavam paus e outros objectos que interferiam no jogo, desviando a bola do

cesto. Por este motivo, Naismith, pediu para colocar atrás dos cestos umas pranchas

rígidas, que, mais tarde, viriam a denominar-se de “tabelas”.

Os cinco princípios implantados num primeiro regulamento de jogo e que, de

alguma forma permitiu a criação de condições para o desenvolvimento da

modalidade, foram os seguintes:

A bola só podia ser jogada com as mãos;

Os jogadores podiam apoderar-se da bola em qualquer momento;

Não era permitido correr com a bola nas mãos;

As equipas jogam juntas no espaço de jogo, mas os contactos entre os jogadores

eram proibidos;

O alvo deveria estar na horizontal sobre um plano elevado (deveria ser de

pequena dimensão para privilegiar a precisão em detrimento da força e da

potência).

A evolução das regras fez-se em função dos progressos técnicos dos

princípios jogadores, dos treinadores, da melhoria do material e também através

de uma melhoria da forma de transmitir o espectáculo. No entanto, esta evolução

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preservou e respeitou os cinco princípios fundamentais estabelecidos por James

A. Naismith.

Um aluno, Frank Mahan, propôs ao Professor James Naismith, o nome

de “basketball”, pelo facto de ser jogado com cestos e bola; tendo obtido a sua

concordância.

Um primeiro jogo de Basquetebol, arbitrado pelo seu próprio inventor,

foi disputado com nove homens de cada lado com o objectivo de marcação de

pontos através do arremesso da bola sobre um cesto de pêssegos, colocados um

de cada lado a uma altura de três metros.

A evolução das regras fez-se em função dos progressos técnicos dos

próprios jogadores, dos treinadores, da melhoria do material e também através

de uma melhoria da forma de transmitir o espectáculo. No entanto, esta

preservará e respeitará os cinco princípios fundamentais estabelecidos por James

A. Naismith.

No ano de 1982 foram publicadas as treze primeiras regras do jogo. Este

novo jogo conheceu imediatamente um grande sucesso nos Estados Unidos e, a

maior parte das Universidades começou a aderir à sua prática. Mais tarde

invadiu a Europa e os outros Continentes.

A prática do Basquetebol na Europa iniciou-se em 1893 quando os

soldados americanos, em passagem por Paris fizeram uma demonstração deste

jogo. Os raros espectadores presentes na Rua de Trévise descobriram os valores

desportivos e morais deste jogo de bola.

Pierre de Coubertin, o renovador dos Jogos Olímpicos, conquistando por

este desporto aceitou que em St. Louis (1904) o Basquetebol se tornasse

desporto de demonstração (ao mesmo tempo saiu publicado o primeiro livrete de

técnicas do jogo). Muitas outras regras foram implantadas no Basquetebol

posteriormente, como por exemplo, a participação obrigatória de dois árbitros no

jogo, o lance livre executado pelo jogador que recebe a falta no acto do

lançamento, a retirada da rede de protecção ao redor do campo, a introdução da

regra dos 10 segundos e a dispensa da bola ao ar no centro do campo após cada

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cesto sendo resposta em jogo no fundo do campo. Dessa maneira, o desporto foi

sendo aperfeiçoado e conquistou um maior número de adeptos para a sua prática.

O Basquetebol estendeu-se rapidamente, devido a encontros

internacionais que opunham as várias Universidades, tornando-se necessária a

sua universalização no sentido de unificar as regras com o objectivo de todos os

países se poderem defrontar.

Apesar desta rápida expansão do jogo, só em 18 de Julho de 1932 é

fundada a F.I.B.A. no 1º Congresso Internacional de Basquetebol realizado em

Genebra, Suíça.

A F.I.B.A. impôs a pouco e pouco a sua identidade. Em 1935 organizou

em Genebra os primeiros campeonatos da Europa de Basquetebol. O seu

reconhecimento traduziu-se por uma admissão do Basquetebol nos Jogos

Olímpicos de Berlim de 1936.

A História do Basquetebol em Portugal

O Basquetebol foi apresentado em Lisboa, sob uma forma recreativa,

pela mão do Professor Rodolfo Horney, que ensinou esta nova modalidade aos

utilizadores do Ginásio da Associação Cristã da Mocidade. Desde as primeiras

lições que existiu grande componente lúdica e pouca competitiva, situação que se

veio a alterar com a divulgação do Basquetebol em inúmeros de Lisboa.

No entanto, o seu grande desenvolvimento surge mais tarde com a

divulgação da modalidade às Associações Cristãs do Porto e Coimbra, esta

última responsável pela primeira prova inter-regional e vencedora do primeiro

título campeão de Portugal.

Em 1927, foi criada a Federação Portuguesa de Basquetebol.

Em 1933, teve lugar o primeiro campeonato de Portugal, de que saiu vencedor o

Sport Clube Conimbricense.

Desde então, o Basquetebol integrou-se definitivamente no quadro geral

dos desportos praticados no nosso país. O Basquetebol é um dos desportos mais

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espectaculares, sendo um dos desportos colectivos mais praticados nos tempos

livres.

Caracterização da Modalidade

O Basquetebol é um desportivo colectivo praticado por duas equipas, cujo objectivo é introduzir a bola no cesto da equipa adversária (marcando pontos) e, simultaneamente, evitar que esta seja introduzida no próprio cesto, respeitando as regras do jogo. A equipa que obtiver mais pontos no fim do jogo, vence. Em caso de empate, excepto em situações especiais, há que realizar um ou vários prolongamentos de cinco minutos para se encontrar o vencedor.

Área de Jogo

Compreende o terreno de jogo e a zona livre. Deverá ser rectangular e simétrica.

Dimensões

O terreno de jogo é um rectângulo de 28 m x 15 m, circulando por uma zona livre de 5 (3) m de largura em todos os lados (no mínimo). O espaço livre de jogo encontra-se acima da área de jogo livre com 7 m de altura a partir do solo.

Linhas do Terreno de Jogo

Todas as linhas têm 5 cm de largura e devem ser de cor clara e diferente da cor do solo e, das restantes linhas existentes.

Linhas Limites: são aquelas que delimitam o terreno de jogo e estão traçadas no seu interior. São assim duas linhas laterais e duas linhas de fundo.

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Linha Central e Círculo Central: o eixo da linha central divide o terreno de jogo em dois campos iguais, esta estende-se 15 cm para além das linhas laterais.

Linhas de Lançamento Livre e Áreas Restritivas: Área de Lançamento de Três Pontos; Área dos blocos das equipas.

Posição do Quadro de Pontuações e Bancos de Substituições

Tabelas e Suportes

As duas tabelas devem ser construídas de um material transparente adequado de uma peça única e com o mesmo grau de dureza das que são feitas de madeira dura com 3 cm de espessura. Também podem ser construídas em madeira dura com 3 cm de espessura e pintadas de branco. As dimensões das tabelas devem ser de 1,80 metros horizontalmente e 1,05 metros verticalmente, ficando os seus bordos inferiores a 2,90 metros do solo. A entidade da F.I.B.A. tal como a comissão de zona no caso de competições de zonas ou continentais ou a Federação nacional para as competições locais tem autorização para aprovar também as dimensões das tabelas com 1,80 metros horizontalmente e 1,20 metros verticalmente, ficando os seus bordos inferiores a 2,75 metros do solo.

Cestos

Os cestos compreendem os aros e as redes. Os aros serão construídos do seguinte modo: de ferro maciço com 45 cm de diâmetro interior pintados de cor de laranja; o metal dos aros terá um diâmetro mínimo de 17 mm e máximo de 20mm com a adição de ganchos de pequeno calibre sob o bordo inferior, ou outro dispositivo semelhante para segurar as redes. Serão solidamente fixados às tabelas num plano

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horizontal a 3.05 metros do solo, a igual distância dos dois bordos verticais da tabela. O ponto mais próximo do bordo interior do aro estará a 15 cm da face da tabela.

Bola

A bola é esférica e cor de laranja. A sua superfície exterior será de couro,

borracha ou material sintético. Não poderá ter menos de 74.9 cm e mais de 78 cm de

perímetro. O seu peso não poderá ser inferior a 567 g e superior a 650 g. A espessura

das costuras e/ou canais da bola não excederão 6.35 mm.

Terá de ser cheia com uma pressão de ar tal que, quando deixada cair no chão de

uma altura de 1.80 metros, medida da parte inferior, ressalte a uma altura que, medida

da parte superior da bola, não seja menor que 1.20 metros nem maior que 1,40 metros.

A equipa da casa fornecerá duas bolas usadas, mas que reunam as especificações acima

mencionadas. O árbitro será o único juiz da legalidade da bola da equipa visitante. O

árbitro poderá escolher uma das bolas usadas por qualquer equipa durante o

aquecimento.

Regras de Jogo

Inicio do Jogo

O jogo inicia-se com um lançamento de bola ao ar, realizado pelo árbitro, no

círculo central, entre dois jogadores adversários que, saltando, tentam tocar a bola para

os companheiros de equipa.

NOTA:

A bola só pode ser tocada depois de atingir o ponto mais alto;

Nenhum dos saltadores pode agarrar a bola;

Os restantes jogadores têm que estar fora do círculo central.

Pontuação

Os pontos são obtidos através de lançamentos de campo e de lances livres. Os

lançamentos de campo são os que se efectuam no decorrer normal do jogo e em

qualquer parte do campo, enquanto que os lances livres são executados na linha de lance

livre, com o jogo parado. A bola tem de entrar no cesto pela sua parte superior,

passando através da rede.

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NOTA:

Lançamento convertido de qualquer local atrás da linha de 6,25 m – 3

pontos;

Lançamento convertido de qualquer local à frente da linha de 6,25 m – 2

pontos;

Lance livre convertido – 1 ponto.

Como se pode pegar na bola?

A bola é jogada exclusivamente com as mãos, podendo ser passada ou driblada

em qualquer direcção, excepto do meio campo ofensivo para o meio campo defensivo.

Não é permitido socar a bola.

Com a bola segura nas mãos, apenas é permitido realizar dois apoios.

Na acção de drible não é permitido:

Bater a bola com as duas mãos simultaneamente;

Driblar, controlar a bola com as duas mãos e voltar a driblar;

Acompanhar a bola com a mão, no momento do drible (transporte).

Bola Fora

As linhas que delimitam o campo não fazem parte deste. A bola está fora quando:

Toca as linhas laterais, finais ou o solo para além delas;

Um jogador de posse de bola pisa as linhas limite do campo.

Faltas

Um jogador não pode agarrar, empurrar, nem impedir o movimento de um

adversário com os braços ou com as pernas;

Quando existe uma falta sobre um jogador que não está em acto de

lançamento, o jogo recomeça com reposição de bola na linha mais próxima

do local de falta, seja na linha lateral ou na final, excepto directamente atrás

da tabela;

Quando existe uma falta cometida sobre um jogador que está em acto de

lançamento:

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o Quando o cesto foi convertido, este é válido, e o jogador que sofreu a

falta tem direito a um lance livre;

o Quando o cesto não foi convertido, o jogador que sofreu a falta tem

direito a efectuar 2 ou 3 lances livres, conforme se trate,

respectivamente, de uma tentativa de lançamento de 2 ou 3 pontos.

Faltas PessoaisÉ a infracção que um jogador comete sobre um adversário, contacto pessoal.

Verifica-se quando um jogador:

Faz obstrução, impedindo a progressão de um adversário que está na posse

da bola;

Segura um adversário, não permitindo a sua liberdade de movimentos;

Entra em contacto, com qualquer parte do corpo (toca, empurra, agarra),

impedindo a progressão do jogador adversário com a bola.

Faltas TécnicasUm jogador não deve ter atitudes anti-desportivas ou desprezar as advertências

dos árbitros, tais como:

Dirigir-se desrespeitosamente aos árbitros ou tocar-lhes, utilizando

linguagem ou gestos que possam constituir ofensa;

Não levantar imediatamente o braço quando lhe é marcada uma falta pessoal.

Estas faltas dão origem à marcação de 2 lances livres contra a equipa do jogador

faltoso, mais a posse de bola.

Faltas Anti-Desportivas

É a falta cometida por um jogador deliberadamente, tendo carácter notoriamente

anti-desportivo.

NOTA: O jogador que cometer cinco faltas pessoais ou técnicas tem de abandonar o

jogo (podendo ser substituído por um companheiro). Quando uma equipa atinge cinco

faltas, pessoais ou técnicas, em cada período, todas as faltas seguintes dos seus

jogadores serão penalizadas com dois lançamentos livres, executados pela equipa

adversária.

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Bola Presa

Quando a bola é segura simultaneamente por um jogador de cada equipa e não

se define a sua posse, os árbitros assinalarão bola presa. O jogo recomeça com bola ao

ar no círculo mais próximo do local onde se verificou bola presa.

Substituições

Quando a bola é segura simultaneamente por um jogador de cada equipa e não

se define a sua posse, os árbitros assinalarão bola presa. O jogo recomeça com bola ao

ar no círculo mais próximo do local onde se verificou bola presa.

Reposição de Bola na Linha LateralO jogador não pode pisar as linhas durante a reposição da bola. Ao repor a bola

pela linha final ou lateral, após violação ou falta, não pode deslocar-se ao longo desta e

dispõe de 5 segundos para efectuar a reposição. Na reposição pela linha final, após cesto

convertido, o jogador pode movimentar-se sem restrições.

Outras Regras Lance Livre

Nenhum jogador pode entrar na área restritiva antes da bola ter saído da mão do

jogador. Se isso eventualmente acontecer e se o lance livre não tiver sido convertido,

este é repetido.

Descontos de Tempo

Durante o jogo, cada treinador tem direito a solicitar um desconto de tempo, de 1

minuto, em cada período; com excepção do último período em que tem direito a dois.

Regra dos 3 Segundos

Nenhum jogador pode permanecer no interior da área restritiva mais de 3

segundos quando a sua equipa está na posse de bola

Regra dos 5 Segundos

É o tempo que um jogador pode manter a posse de bola sem a movimentar. Esta

regra também se aplica na reposição de bola em campo.

Regra dos 8 Segundos

A equipa com a posse de bola não pode demorar mais de 8 segundos a passar da

zona de defesa para a zona de ataque, isto é, a transpor a linha central.

Regra dos 24 Segundos

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Uma equipa com posse de bola dispõe de 24 segundos para lançar ao cesto. Uma

vez que o lançamento tenha levado a bola a tocar no aro ou na tabela, o tempo volta ao

zero, tendo essa equipa, caso tome posse da bola, mais 24 segundos para o ataque.

Arbitragem

Sinais de Arbitragem

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Árbitros e os Seus Auxiliares:

Os oficiais de jogo serão um árbitro e um auxiliar, que serão assistidos por um cronometrista, um marcador, um marcador auxiliar e um operador de 30 segundos;

Os árbitros e os seus auxiliares conduzirão o jogo de acordo com as Regras e Interpretações Oficiais das mesmas pela F.I.B.A., conforme estabelecido pela comissão técnica mundial;

Os árbitros, os seus auxiliares e o comissário técnico não têm autoridade para alterar as regras.

Conteúdos Técnicos

PEGA DA BOLA

Descrição:

Olhar dirigido para a bola; Mãos em forma de concha com os dedos bem afastados; Dirigir os braços em extensão na direcção da bola; No momento do contacto com a bola efectuar uma flexão dos membros

superiores (para amortecer a bola); Dedos estendidos, bem afastados e os polegares «atrás» da bola a funcionarem

como um “travão”; Mãos colocadas lateralmente e no hemisfério posterior da bola; A palma da mão não toca na bola.

Componentes Críticas:

Mãos ligeiramente recuadas, colocadas mais no hemisfério posterior da bola; Dedos não crispados mas sentindo bem a bola; Dedos afastados, com os polegares “atrás” da bola; A palma da mão não toca na bola, No caso de o jogador com a posse de bola sofrer pressão defensiva, deve

automaticamente proteger a bola lateralmente. Neste caso, a pega da bola deve

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ser ajustada, colocando a mão mais forte por detrás da bola e dedos apontados para cima, em posição de iniciar o drible. O tronco deve manter-se direito, assim como a cabeça voltada para a frente.

Erros Mais Comuns:

Palmas da mão a segurar a bola; Dedos crispados; Agarrar a bola pelos hemisférios laterais.

Objectivo: Possibilita a execução de qualquer gesto técnico, é utilizada sempre que o jogador na posse de bola necessita de realizar qualquer gesto técnico.

PASSE DE PEITO

Descrição:

Bola segura à altura do peito, avanço do corpo e de um membro inferior e extensão completa dos membros superiores. O gesto final, “ golpe de pulso”, conclui-se com os dedos abertos e as palmas das mãos viradas para fora. Pode utilizar-se para distâncias curtas ou médias, sem oposição, sendo muito rápido e preciso.

Colocar os cotovelos junto ao corpo; Avançar um dos apoios; Executar um movimento de repulsão com os braços; Executar rotação dos pulsos; Após passe, ficar com as palmas das mãos viradas para fora e os polegares a

apontar para dentro e para baixo.

Componentes Críticas:

Agarrar a bola pelos lados com os dedos polegares colocados na parte posterior da bola;

Extensão dos membros superiores paralelamente ao solo num gesto simultâneo; Cotovelos apontam para o chão; Após o passe, palmas das mãos voltadas para fora e flexão dos pulsos; Efectuar um passo em frente (sem saltar);

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Passe executado a partir do peito; Trajectória tensa e dirigida ao alvo; Cabeça levantada e olhar dirigido para a frente; Um pé ligeiramente avançado em relação ao outro e afastados ligeiramente.

Erros Mais Comuns:

Movimentar apenas os antebraços; Trajectória da bola em arco; Ausência da flexão dos pulsos; Afastar exageradamente os cotovelos; Palmas da mão viradas para dentro após o passe; Extensão incompleta dos membros superiores; Saltar após o passe.

Objectivo: Colocação da bola com as 2 mãos, o nível do peito, tendo como alvo o corpo do colega de equipa. Utiliza-se quando há espaço suficiente, e deve ser executado com rapidez para criar uma situação de vantagem.

PASSE DE OMBRO

Descrição:

O jogador lança a bola para o companheiro usando apenas uma mão. É empregado, geralmente, para passes longos ou para ligar contra-ataques.

Segurar a bola com as duas mãos e por cima do ombro; Colocar o cotovelo numa posição levantada; Avançar o corpo e a perna do lado da bola; Fazer a extensão do braço e finalizar o passe para as distâncias maiores.

Componentes Crítica:

Pés à largura dos ombros e um ligeiramente avançado em relação ao outro; Ombro contra-lateral orientado no sentido do passe; Peso do corpo sobre o apoio de trás; Após o passe, peso do corpo sobre o apoio da frente;

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Rotação do tronco; Dedos da mão hábil devem colocar-se por trás e por baixo da bola; Passe executado a partir do ombro; Extensão do membro superior; Flexão do pulso.

Erros Mais Comuns:

Afastar demasiado a bola; Não dar continuidade ao movimento; Não proteger a bola com a mão oposta; Colocar à frente o apoio homo-lateral; Não existe rotação do tronco.

Objectivo: Fazer com que a bola percorra uma grande distância, por vezes todo o campo (é eficaz nas situações de contra-ataque). Utiliza-se em situações que solicitem o passe comprido.

PASSE DE PICADO

Descrição:

A bola é projectada para o solo (mais perto do colega que a receberá). No passe picado realizam-se os mesmos princípios do passe de peito, no entanto, deve-se acentuar o gesto de pulso e uma ligeira flexão do tronco à frente. Este é utilizado em caso de oposição, isto é, quando existe um adversário entre o portador da bola e um companheiro.

Colocar os cotovelos junto ao corpo; Avançar um dos apoios; Executar um movimento de repulsão com os braços; Executar rotação dos pulsos; Após passe, ficar com as palmas das mãos viradas para fora e os polegares a

apontar para dentro e para baixo; Dirigir o passe para baixo (solo) e para a frente.

Componentes Críticas:

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Extensão completa e simultânea dos membros superiores para a frente e para baixo;

Agarrar a bola pelos lados com os dedos polegares colocados na parte posterior da bola;

Tronco ligeiramente inclinado à frente; Passe executado a partir do peito; Trajectória da bola tensa, dirigida para o chão, para perto do colega; Efectuar um passo em frente (sem saltar); Palmas das mãos voltadas para fora e flexão dos pulsos, após o passe; Cabeça levantada e olhar dirigido para a frente.

Erros Mais Comuns:

Movimentar apenas os antebraços; Trajectória da bola em arco; Ausência da flexão dos pulsos; Afastar exageradamente os cotovelos; Extensão incompleta dos membros superiores; Deficiente cálculo da zona de ressalto da bola; Palmas da mão viradas para dentro após o passe; Saltar após o passe.

Objectivo: Colocação da bola com as 2 mãos na mão do colega, após ressalto no solo. Utiliza-se quando o defensor fecha a linha de passe directo, impedindo a execução de passe de peito.

POSIÇÂO DE TRIPLA AMEAÇA

Definição:

Posição básica quando o jogador está na posse da bola. A partir desta posição, o jogador pode passar ou arremessar a bola.

Componentes Crítica:

Pés à largura dos ombros, com um pé ligeiramente avançado em relação ao outro e com pontas dos pés viradas para a frente;

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Bola entre a cintura e o peito colocada lateralmente em relação ao tronco; Membros inferiores ligeiramente flectidos; Mudança do lado da bola feita por baixo; Utilização do pé eixo; Tronco direito; Cabeça levantada.

Erros Mais Comuns:

Dedos pouco afastados; Cotovelos afastados do corpo; Palma da mão a segurar a bola.

Objectivo: É utilizada para uma deslocação rápida no terreno de jogo, para entrar na posse de bola recebendo um passe de um colega, para saltar. Reagir de forma eficiente e eficaz, realizando a acção mais correcta em cada situação de jogo.

RECEPÇÃO

Descrição:

A recepção deve ser efectuada com o olhar dirigido para a bola, movimento do jogador na direcção desta e pega da bola com ambas as mãos. Após a recepção, deve-se assumir sempre a posição ofensiva básica ou de tripla ameaça, em que o jogador com bola, de frente para o cesto, pode: driblar, passar ou lançar.

Componentes Críticas:

Assinalar mão alvo; Ir ao encontro da bola; Olhar a bola até a receber; Receber a bola com as duas mãos em forma de “concha”: dedos abertos, mãos

firmes (sem estarem rígidas) e polegares virados um para o outro; Dirigir os braços em extensão na direcção da bola e no momento do contacto

com a bola efectuar uma flexão dos mesmos (para amortecer melhor a bola);

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Os dedos polegares funcionam como um “travão” da bola; Após a recepção, proteger a bola através da rotação do tronco.

Erros Mais Comuns:

Fechar os olhos; Recuar em vez de ir ao encontro da bola; Realização a recepção apenas com uma mão; Não flectir os braços após a recepção.

Objectivo: Recolher a bola da forma o mais rápida e segura possível. Sempre que se pretende ficar na posse de bola após um passe.

PARAGEM SOBRE UM APOIO (PÉ EIXO)

(Paragem a Um Tempo) (Paragem a Dois Tempos)

Descrição:

Depois de parar, em posse da bola na sequência de drible pode utilizar-se um dos pés (pé eixo) como apoio para rodar, deslocando o outro pé em qualquer direcção.

Parar num só tempo, com os pés paralelos, permite rodar sobre qualquer um deles.

Componentes Críticas: Alternância natural dos apoios dos dois pés; Ligeiro alto; Travagem do movimento realizada pelas duas pernas de forma a manter os pés

paralelos; Flexão dos membros inferiores no momento de contacto com o solo; Corpo ligeiramente atrasado.

Erros Mais Comuns: Membros inferiores em extensão no momento da recepção ao solo; Paragem feita com o terço anterior do pé com consequente desequilíbrio; Apoios tocam alternadamente no solo; Infracção a regra dos apoios.

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Objectivo: Adquirir a posição básica fundamental para melhor a intervenção na situação de jogo. Utiliza-se para receber a bola quando a velocidade de deslocamento não é muito elevada.

Parar em dois tempos, com um pé atrás e outro à frente, obriga a rodar sobre o pé apoiado em primeiro lugar.

Componentes Críticas: A travagem do movimento é feita alternadamente pelos dois membros inferiores; Um dos pés ligeiramente avançado em relação ao outro (o afastamento não deve

ser muito pronunciado).

Erros Mais Comuns: Apoios tocam simultaneamente o solo; Membros inferiores em extensão no momento da recepção ao solo; Paragem feita com o terço anterior do pé com consequente desequilíbrio; Infracção à regra dos apoios.

Objectivo: Adquirir a posição básica fundamental para uma melhor intervenção no jogo. Utiliza-se para receber a bola ou driblar, quando a velocidade de deslocamento é elevada (maior risco de desequilíbrio).

ROTAÇÃO INTERNA OU EXTERNA

Componentes Críticas: Manter as características da posição base anteriormente definidas; O jogador não se deve levantar enquanto roda; O pé móvel não deve elevar-se muito acima do solo para rapidamente retomar o

contacto com o solo; A rotação deve ser feita sobre a parte anterior da plante do pé; A bola durante a rotação deve manter-se entre as cinturas escapular e pélvica. Os pés não cruzam.

Erros Mais Comuns: Rodar sobre o calcanhar; Posição levantada do jogador; Não rodar para o cesto;

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Não estar em posição básica fundamental.

Objectivo: Sem Bola – preparar a recepção, desmarcação, etc;Com Bola – enquadramento com os cesto após recepção, melhorar a linha de passe, proteger a bola, arrancar em drible, mudar de direcção em drible, etc. Utiliza-se tanto no ataque como na defesa, para desfazer de um bloqueio, dar um tempo de ajuda, executar o bloqueio defensivo, mudar de direcção para receber um passe, etc.

LANÇAMENTO NA PASSADA

Descrição:Após recepção ou drible devem efectuar-se dois apoios. Para um jogador destro:

pé direito, pé esquerdo e elevação do joelho direito, levantando a bola o mais alto possível bem segura com ambas as mãos. No fim, extensão do membro superior direito e “golpe de pulso”. Para o lançamento do lado esquerdo tudo será de modo inverso.

Componentes Críticas: A corrida em drible é oblíqua em relação ao cesto; O primeiro apoio é longo, sendo o segundo apoio mais curto; O lançamento é executado em suspensão; O pé de impulsão é o pé correspondente ao 2º apoio; Aquando do 2º apoio deve existir elevação do joelho contrário; O lançamento propriamente dito é realizado com a mão oposta ao pé de

impulsão; O membro superior lançador no final do lançamento encontra-se em extensão; O lançamento é realizado acima e à frente da cabeça; Flexão do pulso no acto do lançamento.

Erros Mais Comuns: Falta de coordenação entre membros inferiores e membros superiores; Violação da regra dos apoios, Colocação errada dos apoios; Impulsão muito perto ou longe da tabela; Não há elevação do joelho;

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Não há flexão do pulso no acto de lançamento.

Objectivo: Converter o lançamento (marcar ponto). Utiliza-se sempre que o jogador tem o caminho livre até ao cesto (não tem qualquer adversário que lhe faça oposição).

LANÇAMENTO EM SUSPENSÃO

Definição:O salto deve ser efectuado na vertical, verificando-se a extensão sucessiva das

pernas e do braço. Componentes Crítica:

Enquadramento com o cesto; Pega da bola: mão hábil por baixo da bola e dedos afastados e a apontar para

cima. A outra mão colocada ligeiramente ao lado e à frente; Pés à largura dos ombros, com o pé do lado da mão que lança ligeiramente

avançado; Impulsão vertical, com elevação dos membros superiores (em flexão pelo

cotovelo) e com a bola fixada por alguns momentos numa posição de lançamento acima da cabeça;

Lançamento da bola ao cesto antes de se atingir o ponto mais alto da impulsão vertical;

A bola sai da mão quando o membro superior que a impulsiona atinge a extensão completa;

Flexão completa do pulso e dos dedos (o que provoca um efeito de “back-spin” na bola);

Antes do lançamento, o antebraço do membro superior que lança está na vertical sob a bola;

Lançamento da bola por cima e à frente.

Erros Mais Comuns: Extensão incompleta dos segmentos; Pulso rígido (não flectido); Lançamento com as duas mãos; Lançamento efectuado ao nível da cabeça; Desenquadramento com o cesto.

Page 25: Unidade didáctica de Basquetebol

Objectivo: Converter o lançamento (marcar ponto). Utiliza-se sempre que o jogador tem o caminho livre até ao cesto (não tem qualquer adversário que lhe faça oposição).

LANÇAMENTO PARADO (em Apoio)

Descrição:Este lançamento é essencialmente executado em situação de lance livres e a meia

e longa distância. A bola com pega à altura do peito, os membros inferiores estão flectidos e o pé do lado do membro superior que lança ligeiramente adiantado. Em equilíbrio, olhar o cesto por debaixo da bola. Extensão total do corpo (ponta dos pés, membros inferiores, membros superiores e acção do pulso) e descontracção. Bola impulsionada na direcção do cesto.

Componentes Críticas: O lançamento é executado a partir da posição de tripla ameaça; Enquadrar com o cesto; Pés à largura dos ombros, com o pé do lado da mão que lança ligeiramente ao

lado da mão que lança ligeiramente avançado; Pega da bola: mão hábil por baixo da bola e dedos afastados e a apontar para

cima. A outra mão colocada ligeiramente ao lado e à frente; O antebraço do membro superior que lança está na vertical sob a bola; Flexão/extensão simultânea dos membros inferiores; Lançamento da bola por cima e à frente da cabeça (ver o cesto por baixo da

bola); A bola sai da mão quando o membro superior que a impulsiona atinge a

extensão completa; Flexão completa do pulso e dos dedos (o que provoca um efeito de “back-spin”

na bola).

Erros Mais Comuns: Desenquadramento com o cesto; Bola segura junto ao abdómen; Extensão incompleta dos segmentos; Pulso rígido (não flectido);

Page 26: Unidade didáctica de Basquetebol

Lançar com as duas mãos.

Objectivo: Finalizar com sucesso (converter cesto) utiliza-se sobretudo nas situações de lance-livre (no decurso do jogo propriamente dito não é muito utilizado).

RECEPÇÃO COM AS DUAS MÃOS

Componentes Crítica: Ir ao encontro da bola; Estender os membros superiores; Dedos abertos e ligeiramente voltados para cima; Polegares orientados um para o outro.

Erros Mais Comuns: Desviar o olhar da bola antes de o receber; Palmas das mãos voltadas para dentro; Membros superiores flectidos à espera da bola.

Objectivo: Recolher a bola da forma mais rápida e segura possível. Sempre que se pretende ficar na posse de bola após um passe.

ARRANQUE EM DRIBLE DIRECTO

Componentes Crítica: Definir o pé eixo, em função da posição dos pés na recepção do passe ou na

rotação entretanto efectuada; Só levantar o pé eixo depois de a bola deixar a mão; Avanço do pé do lado da mão que dribla; Tentar impulsionar a bola para trás do pé do defesa; Executar o segundo passo (já em drible) colocando a outra perna detrás da

defesa, ganhando uma posição vantajosa; Tentar impulsionar a bola para trás do pé do defesa.

Page 27: Unidade didáctica de Basquetebol

Erros Mais Comuns: Avanço do apoio do lado contrário à mão que dribla; Não há drible simultâneo com o avanço do apoio.

Objectivo: Arrancar em drible e chegar o mais perto possível do cesto adversário, evitando o desarme. Utiliza-se para progredir no terreno.

ARRANQUE EM DRIBLE CRUZADO

Componentes Crítica: Definir o pé eixo, em função da posição dos pés na recepção do passe ou na

rotação entretanto efectuada; Só levantar o pé eixo depois de a bola deixar a mão; Avanço do pé do lado contrário ao da mão que inicia o drible, cruzando-o pela

frente do defesa; Tentar impulsionar a bola para trás do pé do defesa.

Erros Mais Comuns: Avanço do apoio do lado da mão que dribla; Não há drible simultâneo com avanço do apoio.

Objectivo: Arrancar em drible e chegar o mais perto possível do cesto adversário, evitando o desarme. Utiliza-se para progredir no terreno.

DRIBLE DE PROGRESSÃO

Descrição:O drible serve para fazer avançar a bola a caminho do cesto. É um meio para

ultrapassar um defensor e conseguir espaço livre para passar ou lançar ao cesto.No drible de progressão, bate-se a bola, com os dedos afastados, à frente e ao

lado do pé, flectindo e estendendo a mão. Cotovelos para dentro e dedos para fora,

Page 28: Unidade didáctica de Basquetebol

cabeça bem levantada e sempre com boa visão periférica. A bola deve estar protegida e não deve ultrapassar a altura da cintura.

Componentes Críticas: Adoptar a posição de tripla ameaça; Contacto com a bola realizado com os dedos; Flexão do pulso; Olhar não dirigido para a bola; Extensão / flexão de todas as articulações do membro superior (ombro, cotovelo

e pulso); Altura do ressalto ligeiramente superior à cintura pélvica; O ressalto da bola deve ser ligeiramente ao lado e à frente do membro superior

recuado.

Erros Mais Comuns: Olhar para a bola; Contacto da bola com a palma da mão; Batimentos muito altos ou muito baixos; Driblar com a mão do lado do defensor.

Objectivo: Garantir a posse de bola, procurando chegar o mais possível ao cesto adversário. Utiliza-se para progredir no terreno de jogo, geralmente quando não existe oposição.

DRIBLE DE PROTECÇÃO

Descrição:No drible de protecção, deve-se aumentar a flexão dos membros inferiores, bater

a bola mais baixo e colocar o corpo entre esta e o adversário. Deve manter a cabeça levantada.

Componentes Críticas: A bola deve ser controlada junto ao corpo, batida junto da perna e nunca deve

ultrapassar a linha do joelho;

Page 29: Unidade didáctica de Basquetebol

Deve haver uma acentuada flexão do tronco e dos membros inferiores; Flexão / extensão do membro superior que executa o drible; Protecção da área de drible com o membro superior livre à altura do ressalto; Não olhar a bola.

Erros Mais Comuns: Olhar para a bola; Contacto da bola com a palma da mão; Driblar com a mão do lado do defensor; Membro superior não protege a bola; Ressalto elevado da bola.

Objectivo: Garantir a posse de bola e o domínio do drible e evitar o desarme. Utliza-se para proteger a bola do adversário, face a uma elevada pressão por parte do defesa ao jogador da bola.

MUDANÇA DE DIRECÇÃO EM DRIBLE PELA FRENTE

Componentes Crítica:

Cabeça levantada; Rodar sobre a ponta dos pés e, com um batimento, mudar a bola de um lado para

o outro (da mão direita para a esquerda); O impulso transmitido à bola pela mão é feito através do trabalho enérgico do

pulso; O jogador deve baixar ligeiramente o drible e o corpo e levar a mão que deve

receber a bola até perto do solo; Logo que a bola passe pela frente do corpo o jogador deve interpor a perna do

lado da defesa, executando um passo enérgico na nova direcção, com a realização de um forte impulso da perna de apoio;

É muito importante que haja uma mudança de ritmo e de velocidade.

Erros Mais Comuns:

Mão por cima da bola (transporte); Alteração rítmica do batimento.

Page 30: Unidade didáctica de Basquetebol

Objectivo: Ganhar uma posição de vantagem face à defesa. Utiliza-se para surpreender o adversário.

MUDANÇA DE DIRECÇÃO EM DRIBLE COM INVERSÃO

Componentes Crítica:

Apoiar junto do defesa o pé contrário à mão que dribla, mantendo a orientação do corpo no sentido do movimento (não ultrapassar a bola com o corpo);

Movimento de rotação para trás sobre esse pé, interpondo assim o corpo do atacante e executando um drible protegido com a mesma mão fazendo a bola ressaltar no meio dos pés;

Manter a visão da defesa e do campo olhando por cima do ombro do lado da defesa;

Completar a rotação passando a driblar com a outra mão; Rodar rapidamente a cabeça passando o olhar por cima do outro ombro; É muito importante que haja uma mudança de ritmo e de velocidade.

Erros Mais Comuns:

Mudar de mão muito cedo; Deixar a bola atrás; Posição levantada com membros inferiores em extensão.

Objectivo: Ganhar uma posição de vantagem face à defesa. Utiliza-se para surpreender e ultrapassar o adversário.

MUDANÇA DE DIRECÇÃO ENTRE OS MEMBROS INFERIORES

Componentes Crítica:

Drible baixo; Passar a bola por baixo dos membros inferiores; Rotação enérgica para a frente sobre o apoio mais avançado, interpondo assim o

outro membro inferior;

Page 31: Unidade didáctica de Basquetebol

Aceleração na nova direcção.

Erros Mais Comuns:

Drible demasiado alto; Não há rotação do corpo; Não há mudança de velocidade.

Objectivo: Ganhar uma posição de vantagem face à defesa. Utiliza-se para surpreender e ultrapassar o adversário.

DESMARCAÇÃO

Descrição:

Quando um atacante sem bola verifica que uma linha de passe está fechada, deve optar por se desmarcar, usando para isso mudanças de direcção, de forma a enganar o seu adversário directo e conseguir receber a bola. Movimentar-se na direcção do cesto, aproximando-se do defensor e mudar de direcção e velocidade é uma acção essencial para ficar livre para receber a bola.

Componentes Críticas:

Ver sempre a bola; Não se “esconder” atrás do adversário; Ocupação dos espaços livres; Explorar a linha jogador/cesto quando esta é deixada livre pelo defesa.

Erros Mais Comuns:

Inexistência de deslocamentos rápidos para os espaços livres; Ocupação de espaços onde existe vantagem numérica do adversário; Esconder-se atrás do defesa; Não ver a bola.

Objectivo: Criação de linhas de passe, ganhar situações de vantagem numérica, etc. Utiliza-se quando a nossa equipa tem a posse de bola.

Page 32: Unidade didáctica de Basquetebol

ATAQUE

A posse da bola identifica a posição de ataque de uma equipa. Esta situação é caracterizada:

Pela acção de um jogador com bola, atacante; Por dois jogadores atacantes sem bola.

Jogador sem bola:

Deve fazer desmarcações; Criar linhas de passe mais ofensivas; Participar no ressalto de bola.

Jogador com bola:

Fazer a recepção da bola e o enquadramento ofensivo pela posição facial ao cesto;

Observar o jogo, a posição dos defensores e dos companheiros de equipa; Optar pela acção mais adequada à situação; Passar a bola; Driblar pelo corredor central; Lançar ao cesto.

DEFESA

Após a perda da posse de bola deve-se tentar recuperá-la, movimentando-se e posicionando-se no campo, evitando que a outra equipa avance e marque cesto.

Para isso deve-se:

Assumir uma atitude defensiva, recuando para o meio campo sem perder de vista a bola, tentando defender HxH, colocando-se entre o atacante e o cesto;

Dificultar a progressão da equipa contrária no terreno de jogo.

Na marcação para impedir a progressão ou recuperar a posse de bola, deve-se:

Fazer a marcação próxima do adversário directo; Manter o enquadramento defensivo; Dificultar a acção do jogador atacante com bola; Participar no ressalto de bola.

Page 33: Unidade didáctica de Basquetebol

DEFESA HxH

Na defesa deve-se ter em atenção o jogo de membros inferiores e membros superiores e a colocação entre o atacante e o cesto.

No que se refere ao jogo de membros inferiores, deve-se: Manter os membros inferiores em flexão; Insistir na acção dos quadris; Rapidez de reacção.

No que se refere ao jogo de membros superiores, deve-se: Colocar a mão na trajectória do passe.

Defesa sobre o portador da bola:

Defender é impedir o adversário de: Driblar

DEFESA HxH: Posição Base Defensiva

Componentes Críticas: Pés afastados um pouco mais do que a largura dos ombros; Peso do corpo distribuído pelos dois pés; Pressão sobre o solo realizada pela parte anterior dos pés; Flexão das pernas ao nível dos joelhos; Tronco na vertical; Cabeça levantada; Cotovelos junto ao tronco; Braços flectidos pelos cotovelos e orientados para a frente; Palmas das mãos orientadas para cima.

Erros Mais Comuns: Extensão dos membros inferiores; Cabeça em baixo; Tronco inclinado à frente.

Objectivo: Dificultar a acção do atacante. Utiliza-se principalmente na defesa HxH.

Page 34: Unidade didáctica de Basquetebol

DEFESA HxH: Deslocamentos Defensivos

Componentes Crítica: Pés afastados um pouco mais do que a largura dos ombros; Peso do corpo distribuído pelos dois pés; Pressão sobre o solo realizada pela parte anterior dos pés; Flexão das pernas ao nível dos joelhos; Tronco na vertical; Cabeça levantada; Cotovelos junto ao tronco; Membros superiores flectidos pelos cotovelos e orientados para a frente; Palmas das mãos orientadas para cima; Passos sucessivos e curtos sem permitir que os pés se aproximem muito (não

ultrapassar metade da distância definida para a posição defensiva); O primeiro pé que se movimenta é o do lado para onde o atacante se dirige (a

trajectória do atacante deve ser condicionada pelo defesa, tentando afastá-lo do cesto);

O pé do lado para onde se pretende “desviar” o atacante deve estar ligeiramente recuado.

Erros Mais Comuns: Cruzamento dos pés; Membros superiores em baixo; Membros inferiores em extensão.

Objectivo: Dificultar a acção do atacante quando este se encontra em movimento (com ou sem bola) e garantir a capacidade de reacção em qualquer direcção; utiliza-se principalmente na defesa H x H.

RESSALTO DEFENSIVO

Page 35: Unidade didáctica de Basquetebol

Componentes Críticas: Prever a zona de queda da bola; Acompanhar a trajectória da bola depois do lançamento; Reacção rápida ao lançamento; Realizar o bloqueio (ofensivo ou defensivo); Forte impulsão vertical com as mãos ao nível da cabeça; “Atacar a bola” com ambas as mãos; Extensão dos segmentos no momento de contacto com a bola; Após o ressalto, proteger a bola.

Erros Mais Comuns: Fraca impulsão vertical; Impulsão fora de tempo; Não realizar bloqueio; Reacção tardia lançamento; “Atacar a bola” apenas com uma mão.

Objectivo: Continuar na posse de bola (ressalto ofensivo) ou recuperar a posse de bola (ressalto defensivo). Utiliza-se quer a nível ofensivo (para manter a posse de bola e efectuar um segundo lançamento), quer a nível defensivo (para conseguir a posse de bola e atacar), sempre que um lançamento não é convertido.

Técnica Individual Ofensiva Sem Bola

POSIÇÃO BÁSICA FUNDAMENTAL

Componentes Crítica:

Page 36: Unidade didáctica de Basquetebol

Cabeça levantada; Pés à largura dos ombros; Planta do pé em contacto com o solo; Membro inferior ligeiramente flectidos; Tronco ligeiramente inclinado à frente; Membros superiores flectidos e em abdução ao lado do tronco, com a palma da

mão voltada para a frente.

Erros Mais Comuns:

Membros superiores em extensão; Apoios muito próximos (pequena base de sustentação); Olhar para o solo; Membros superiores “caídos”.

Objectivo: Reagir de forma rápida e eficaz, realizando a acção mais correcta em cada situação de jogo. É utilizada para uma deslocação rápida no terreno de jogo, para receber a bola de um colega, para saltar (ressalto), etc.

Conteúdos Tácticos

Na nossa concepção do ensino de Basquetebol na escola, tendo em conta as condições reais em que decorre o processo, prevemos a realização de uma sequência de unidades didácticas constituídas em torno de formas de jogo progressivamente mais complexas.

A nossa estratégia de apresentação do jogo evolui da seguinte forma:

Situação de vantagem numérica 2x1; Situação de vantagem numérica 3x2; Jogo 3x3 em meio campo.

Durante o processo de ensino – aprendizagem é fundamental isolar os factores perturbadores do sucesso nas tarefas pelo que se torna essencial as condições de jogo tais como:

Simplificação das disposições regulamentares; Modificação do espaço de jogo; Variação/redução da oposição; Alteração das especificações do material (peso e dimensões da bola, etc.).

Fundamentos Tácticos Ofensivos

Ocupação do Espaço

Page 37: Unidade didáctica de Basquetebol

Os jogadores devem fazer uma ocupação racional do espaço, em largura e em profundidade, evitando jogar a menos de dois metros dos outros colegas de equipa (em espacial do jogador com bola), para poderem criar situações de finalização.

Jogo 3x3

A Problemática do Jogo Anárquico

A atracção pela bola é o factor que mais caracteriza a primeira fase de evolução dos jogos desportivos colectivos. Isto acontece, pelo espaço reduzido em que se desenrola o jogo, pelas características de ter um alvo elevado e por ser um jogo rápido, sem contactos corporais.

No que diz respeito aos comportamentos motores demonstrados pelos alunos numa fase inicial, podemos observar:

Um jogo anárquico, descaracterizado e confuso; Grande dificuldade em compreender as regras básica do jogo (grande número de

contactos corporais, execução incorrecta dos apoios, execução dos dribles, etc.); Dificuldade no domínio da bola, habituais a quem exige comportamentos

motores primários como, saltar, receber e lançar, havendo por isso um nítido desenquadramento com o cesto;

Dificuldade em desenvolver o jogo colectivo, pois os alunos jogam com eles próprios;

Jogo com muitos dribles; Os alunos desfazem-se muito rapidamente da bola, antes de encontrarem a

melhor linha de passe; Aglomeração de jogadores numa área restrita, disputando a posse de bola.

Page 38: Unidade didáctica de Basquetebol

Para evitar esta situação, há que recorrer a determinadas estratégias para clarificação e percepção do espírito do jogo:

Desenvolver e melhorar a motricidade;