Unidade v - Estrategia de Preco
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Disciplina: Administração e Planejamento de Preço
Docente: Prof. MSc. Fernando Neto
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FACULDADE DE ESTUDOS AVANÇADOS DO PARÁ
Bacharelado em Administração
Administração e Planejamento de Preço
UNIDADE V – ESTRATÉGIA DE PREÇO
Prof. MSc. Fernando Cabral de Melo Neto
2013
Disciplina: Administração e Planejamento de Preço
Docente: Prof. MSc. Fernando Neto
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Apresentação
Prezado discente este material tem como objetivo fornecer um resumo da
UNIDADE V (Estratégia de preço) buscando auxiliar a compreensão dos conteúdos
referidos a esta unidade, além de servir para consultas permanentes, não
procurando substituir os livros indicados, os quais são mais profundos e mais ricos
em detalhes.
Os objetivos específicos deste instrumento são mostrar, compreender e
explicar qual o objetivo do preço para as empresa de acordo com o ciclo de vida do
produto e quais as estratégias de preço mais usadas pelas empresas em detrimento
a qualidade e valor do produto.
Nesta unidade serão apresentados como as empresas empregam as
estratégias de preço em relação ao ciclo de vida e as principais estratégias de preço
usadas pela empresa, buscado em todos os momentos mostrar sua
interdisciplinaridade e sua aplicabilidade prática.
Este material é uma adaptação resumida dos livros que encontra-se no
referencial bibliográfico.
Composição da UNIDADE V – ESTRATÉGIA DE PREÇO
5.1- Objetivo de preço;
5.2- Objetivo de acordo com o ciclo de vida;
5.2.1- Preço de novos produtos;
5.2.2- Produtos em fase de crescimento;
5.2.3- Preço na maturidade;
5.2.4- Preço no declínio;
5.3- Principais estratégias de preço.
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UNIDADE V – ESTRATÉGIA DE PREÇO
Quando a empresa vai ofertar um produto ou serviço para um cliente, há o
pressuposto básico de que este produto ou serviço será utilizado para suprir uma
necessidade. Desta forma, é fundamental, que o produto ou serviço que a empresa
está oferecendo efetivamente possa corresponder às necessidades. Por esta
necessidade suprida, o cliente estará disposto a pagar uma determinada quantia de
recursos, denominada preço.
Muitas empresas reduzem os preços para aumentar o volume de vendas,
sem que haja uma análise do resultado desta prática. Vendedores concedem
desconto sem avaliar o impacto deste sobre o resultado da empresa: importa mais o
cumprimento das quotas de vendas do que o efetivo resultado.
As organizações preocupam-se apenas com o volume de vendas, sem que
haja o mesmo nível de preocupação com os resultados que estas vendas
proporcionam. Neste aspecto, pequenos percentuais de descontos concedidos
podem proporcionar grandes perdas no resultado da empresa. Assim, a concessão
de descontos não pode ser a única estratégia utilizada para alavancar o resultado,
como será visto adiante.
A má administração de preços pode ter consequências danosas no resultado.
Exemplificando isto, a vende uma caixa de cerveja ao preço de R$ 20,00, tendo
impostos a pagar e comissões sobre a venda de 4,0%. Os custos inerentes ao
produto são na ordem de R$ 16,00. No quadro 01, pode-se observar a margem real
obtida na venda de uma caixa.
Preço de venda R$ 20,00(-) Imposto e Comissão = 4,00% R$ 0,80(-) Custos do produto R$ 16,00(=) Margem de lucro R$ 3,20
Descontos de 3,0% para o aumento de vendas fariam com que a margem
real passasse a ser de R$ 2,62, como mostra o quadro 02.
Quadro 01: Cálculo do lucro sobre a caixa de cerveja
Fonte: adaptação de Assef, 1997.
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Preço de venda R$ 19,40(-) Imposto e Comissão = 4,00% R$ 0,78(-) Custos do produto R$ 16,00(=) Margem de lucro R$ 2,62
Seria necessário, assim, um aumento de 22,13% - [(3,20/ 2,62) -1) x 100] -
nas vendas para que fosse obtido o mesmo resultado proporcionado pelo preço sem
desconto. Entende-se desta forma, que o administrador de preços deve estar atento
as políticas de seus concorrentes para que não haja prejuízo no lugar do lucro.
Sardinha (1995) afirma que o preço é o valor monetário expresso
numericamente associado a uma mercadoria, serviço ou patrimônio. Segundo Kotler
(2006), em Marketing, o preço é uma das quatro variáveis no Composto
Mercadológico, ou marketing mix (4 P´s) que as empresas usam para desenvolver
um plano de marketing.
Segundo Sardinha (1995), 14% dos consumidores decidem suas compras
baseando-se exclusivamente no preço. Computa-se no preço, não apenas o valor
monetário de um produto, mas tudo aquilo que o consumidor tem que sacrificar ao
adquirir um bem.
Vale ressaltar, que o preço de venda é o valor que deverá cobrir o custo direto
da mercadoria/produto/serviço, as despesas variáveis, como impostos, comissões,
etc., As despesas fixas proporcionais, ou seja, aluguel, água, luz, telefone, salários,
pró-labore, etc., e ainda, sobrar um lucro líquido adequado. Assim, s objetivo do
preço deverá estar coerente com os objetivos de marketing, que por sua vez,
deverão estar coerentes aos objetivos gerais da empresa.
Considerando-se a qualidade e o preço do produto Philip Kotler (2006),
apresenta algumas estratégias de preços. São elas:
Estratégia Premium - Para produtos de alta qualidade. Nesse caso,
pode-se praticar um preço alto, visando atingir a faixa alta do mercado.
Estratégia de Penetração - Para produtos de alta qualidade. Pratica-se
um preço médio tentando obter uma rápida penetração de mercado.
Quadro 02: Cálculo do lucro sobre a caixa de cerveja com desconto
Fonte: adaptação de Assef, 1997.
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Estratégia de Preço Alto - Produto de qualidade média e preço alto. É
uma estratégia que valoriza o produto, visando lucratividade a curto
prazo.
Estratégia de Qualidade Média ou Comum - Preço compatível com a
qualidade do produto, objetivando uma participação aceitável do
mercado.
Estratégia de Barganha - Produto de qualidade média a um preço
baixo. Uma das explicações pode ser um acordo entre distribuidores e
consumidores.
Estratégia de “Bater E Correr” - Preço alto com qualidade baixa. Tem-
se uma vantagem inicial e há uma retirada rápida do mercado.
Estratégia de Artigos De Qualidade Inferior - Preço médio para um
produto de baixa qualidade. Pode-se com essa estratégia buscar tirar
vantagem de marca. O referido autor ilustra essa situação com o
seguinte exemplo: “artigos de confecção com defeitos de fábrica
vendidos a preços médios como sendo de boa qualidade”.
Estratégia de Preços Baixos - Preço baixo e baixa qualidade. Procura-
se vender com esta estratégia simplesmente quantidade.
Preços Psicológicos - Qual a diferença entre pagar R$ 99,99 por uma
peça de roupa e pagar R$ 100,00 pela mesma peça? Financeiramente
apenas um centavo (isso quando o lojista conseguir lhe devolver o
troco), mas psicologicamente foi comprado que os consumidores que
pagam R$ 99,99 acreditam estar fazendo um negócio mais vantajoso
do que se tivessem pago R$ 100,00. De fato, se sua empresa utiliza
preços cheios vai passar uma imagem de maior qualidade. Por outro
lado, utilizando-se dos 99 centavos poderá transmitir uma mensagem
de que está vendendo produtos em promoção.
Preços Opcionais – Surgiu na indústria automobilística há muitos anos
atrás a palavra opcional e um preço associado a ele. Por exemplo,
dentro do segmento de compradores de Chevrolet Celta, há os que
querem ar condicionado, outros direção hidráulica, ou rodas de liga
leve. Cobrando separado por cada opcional, uma empresa poderá
maximizar seus lucros na venda de um determinado produto. Outro
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exemplo seria, tarifas extras para entregas em 24 horas nos sites de
compra pela internet.
Preços por Pacotes - Quando alguma empresa possui um produto
muito consolidado, pode utilizar desta estratégia para ajudar a mover o
estoque dos itens de menor giro ou com menor participação do
mercado. Em geral a empresa combina dois ou mais produtos em um
pacote e oferece um desconto para que o consumidor adquira tudo de
uma vez. O exemplo são as cadeias de fast-food que oferecem
refrigerante, batata-frita e sanduíche por um preço mais em conta do
que se formos pedir cada item em separado.
Feita as considerações sobre as estratégias, quando se leva em consideração
a qualidade do produto, seguem as estratégias que podem ser utilizadas quando se
pratica descontos, como também as relativas às condições de pagamento.
Quanto às estratégias para descontos, Kotler (2006) elenca algumas
situações que enquadram-se na abordagem que se delineia nessa pesquisa.
Desconto de Caixa - Trata-se de uma diminuição no preço para quem
paga à vista. Bastante comum em várias indústrias. Apresenta algumas
vantagens, dentre elas: suprir a empresa de capital de giro, evitar
débitos que possam trazer problemas para a empresa em outra
ocasião.
Descontos Sobre Volume - Ocorrem em situações em que se prefere
comprar em grandes quantidades. Recomenda-se não haja nenhuma
discriminação entre os diversos tipos de clientes. Apresenta a
vantagem de que o cliente possa comprar o maior volume possível
numa mesma empresa, sem maiores esforços, ou seja, sem precisar
deslocar-se para outras empresas.
Descontos Funcionais ou Desconto Comercial - Praticados pelo
fabricante aos varejistas e atacadistas quando estes realizam
determinadas funções, como: vendas, armazenagem de produtos e
informações de mercado. Quando se considera um mesmo canal de
distribuição, o desconto deve ser igual para seus vários membros.
Descontos de Baixa Estação - Representam uma diminuição no preço
para aqueles que compram um determinado produto fora de época.
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Apresenta a vantagem de promover à empresa certa regularidade na
produção durante todo o ano. Muito utilizado por hotéis, motéis e
empresas aéreas.
Vale ressaltar, ainda, que este material busca mostrar a importância
estratégica do preço como “arma” competitiva no ambiente empresarial com
constantes mudanças oriundas a globalização.
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Bibliografia
ASSEF, Roberto. Guia prático de formação de preços: aspectos mercadológicos, tributários e financeiros para pequenas e médias empresas. Rio de Janeiro: Campus, 1997.
KOTLER, Philip. Administração de marketing. São Paulo, Ed persom. 12ª edição. 2006.