Unidas em Associação pela conquista de direitos

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Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas Ano 8 • nº1678 Julho/2014 Unidas em Associação pela conquista de direitos Elenice Moraes, Adelaide Guedes, Maria Macilania, Maria Gomes, Ana Vera da Silva, Nair Moraes, Marta Guedes, Claudina Paulino, Ana Célia Guedes, Maria Genir Guedes, Maria do Socorro Guedes, Marcia Guedes, Francisca Guedes, Clede Evânia da Silva, Aline Guedes, Marquesoel Guedes, Raimunda Gomes, Maria Arlete da Silva e Natália Gomes residem na comunidade Gaspar, distante 30 quilômetros de Quixelô, no Centro Sul do Ceará, onde formaram a Associação de Mulheres de Gaspar (AMUGA), como forma de organização comunitária em busca de conquistar direitos sociais. A AMUGA foi fundada no dia oito de março de 2006. A iniciativa da consolidação da Associação, segundo contam, partiu da necessidade de se organizar, na época para trabalhar as propostas de mobilização social, a partir do Bolsa Família. Começou com encontros mensais com as mulheres do sítio Gaspar I e II. Iniciou-se com um grupo de 32 pessoas, sendo que destas, 30 eram mulheres e dois homens. Atualmente, 19 pessoas participa da Associação, dando continuidade ao trabalho de participação, mobilização e luta. Antes, faziam parte da Associação de Moradores do sítio Riacho do Meio, mas devido à distância e dificuldade de acesso, elas resolveram criar uma associação na própria comunidade. “A gente tinha sede de criar essa associação. Foi muito bem vista”, diz Socorro Guedes, segunda secretária. A organização tem possibilitado muitos benefícios, como por exemplo, a ampliação da energia elétrica para o projeto de abastecimento de água, cursos de capacitação em panificação, convênio com a prefeitura para vender produtos agrícolas Quixelô Compartilhando as experiências Conversando sobre a Associação

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A AMUGA foi fundada no dia oito de março de 2006. A iniciativa da consolidação da Associação, segundo contam, partiu da necessidade de se organizar, na época para trabalhar as propostas de mobilização social, a partir do Bolsa Família. Começou com encontros mensais com as mulheres do sítio Gaspar I e II. Iniciou-se com um grupo de 32 pessoas, sendo que destas, 30 eram mulheres e dois homens. Atualmente, 19 pessoas participam da Associação.

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Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas

Ano 8 • nº1678

Julho/2014

Unidas em Associação pela conquista de direitos Elenice Moraes, Adelaide Guedes, Maria Macilania, Maria Gomes, Ana Vera da Silva, Nair Moraes, Marta Guedes, Claudina Paulino, Ana Célia Guedes, Maria Genir Guedes, Maria do Socorro Guedes, Marcia Guedes, Francisca Guedes, Clede Evânia da Silva, Aline Guedes, Marquesoel Guedes, Raimunda Gomes, Maria Arlete da Silva e Natália Gomes residem na comunidade Gaspar, distante 30 quilômetros de Quixelô, no Centro Sul do Ceará, onde formaram a Associação de Mulheres de Gaspar (AMUGA), como forma de organização comunitária em busca de conquistar direitos sociais. A AMUGA foi fundada no dia oito de março de 2006. A iniciativa da consolidação da Associação, segundo contam, partiu da necessidade de se organizar, na época para trabalhar as propostas de mobilização social, a partir do Bolsa Família. Começou com encontros mensais com as mulheres do sítio Gaspar I e II. Iniciou-se com um grupo de 32 pessoas, sendo que destas, 30 eram mulheres e dois homens. Atualmente, 19 pessoas participa da Associação, dando continuidade ao trabalho

de participação, mobilização e luta. Antes, faziam parte da Associação de Moradores do sítio Riacho do Meio, mas devido à distância e dificuldade de acesso, elas resolveram criar uma associação na própria comunidade. “A gente tinha sede de criar essa associação. Foi muito bem vista”, diz Socorro Guedes, segunda secretária.

A organização tem possibilitado muitos benefícios, como por exemplo, a ampliação da energia elétrica para o projeto de abastecimento de água, cursos de capacitação em panificação, convênio com a prefeitura para vender produtos agrícolas

Quixelô

Compartilhando as experiências

Conversando sobre a Associação

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Articulação Semiárido Brasileiro – Ceará

para a merenda escolar, pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), descrito nas palavras de Maria Gomes. Outro projeto que tem contribuído bastante com o enriquecimento da comunidade é a “Arca das Letras”, uma biblioteca popular como fonte de conhecimento. “O objetivo é incentivar a comunidade à leitura”, evidencia Elenice Moraes, integrante do grupo. “Tem livros pra tudo, e isso bom, porque quem mora aqui no sítio fica quase isolado dos grandes centros, com os livros, aprende outras coisas, inclusive sobre outras culturas”, afirma Socorro Guedes. “É uma forma da gente se fortalecer”, complementa Elenice. Além de ser uma fonte de conhecimento, a Arca das Letras é também um espaço cultural de entretenimento, conforme evidencia as associadas. Têm romances, contos, histórias em quadrinhos, ficção, entre outros. “Tem pra todo gosto”, comenta Ana Célia. A diretoria da AMUGA é formada por uma presidente e vice, primeira e segunda secretária, primeira e segunda tesoureira e conselho fiscal, composto por três pessoas titulares e três suplentes. Reúnem-se aos terceiros Sábado de cada mês, para discutir os problemas da comunidade e planejar as ações. “A capela da comunidade foi construída através da organização da Associação. Quem faz parte da associação faz parte da Igreja”, observa Ana Vera, membro do conselho fiscal. Na aquisição de recursos financeiros e realização das atividades, cada sócia/o colabora com R$ 1,50 mensal. Além das contribuições, promovem rifas e quermesses. Existem dificuldades, e uma delas é a falta de pessoas que corram atrás de projetos. Outra dificuldade é a questão da legalização de documentos, que custa mais de 300 reais, pago cada vez que renova a diretoria, de dois em dois anos. Outra dificuldade é na hora de mudar a diretoria, por falta de pessoas disponíveis. Mas existem perspectivas, e uma delas é conseguir pessoas que contribuam na

elaboração de projetos para concorrer a editais. Também aguardam os projetos de corte e costura e para pedreiros, previsto para o mês de julho, pela Secretaria do Trabalho e Emprego. A Associação está aberta para apoio para projetos que benef ic iem a comunidade.

Contatos: [email protected];

Tel.: (88) 9777-7759 - falar com Márcia; (88) 9963-0703 - falar com Maria Gomes e (88) 9616-8817 - falar com Francisca Neris.

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