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Unimed 45 AnosUma História de Paixão pelo Cooperativismo Médico

Coordenação: Eudes de Freitas AquinoPresidente da Unimed do Brasil

Produto da Diretoria de Marketing e Desenvolvimento da Unimed do BrasilDiretor: Aucélio Melo de Gusmão

Supervisão: Comunicação Unimed do Brasil

Autor : Altair Albuquerque (MTb 17.291)

Projeto Gráfico e Design: Ronaldo Albuquerque - RMAP

Impressão: Gráfica Prol

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São PauloUnimed do Brasil

2012

Unimed 45 anos

Uma História de Paixão pelo Cooperativismo Médico

Altair AlbuquerqueComunicação Unimed do Brasil

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ApresentAção..........................................................................................................................................................

orgAnizAção do sistemA Unimed....................................................................................

números dA Unimed e dA sAúde no BrAsil....................................................

sAúde púBlicA e sAúde privAdA...............................................................................................

Um pouco de história das instituições de saúde.....................................

Os convênios médicos ganham importância................................................

Linha do tempo......................................................................................................................................

E nasce a Unimed, a maior cooperativa médica do mundo......

presençA nAcionAl.......................................................................................................................................

Capilaridade, um diferencial incontestável........................................................

pessoAs.................................................................................................................................................................................

Uma cooperativa médica construída por pessoas.................................

DNA da Responsabilidade Social...................................................................................

Os sete princípios do Cooperativismo....................................................................

Objetivos do Milênio......................................................................................................................

Esporte e paraesporto: mais que tudo, uma causa...............................

sUmário

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tecnologiA e inovAção.......................................................................................................................

Intercâmbio, um grande diferencial............................................................................

Infraestrutura e TI................................................................................................................................

recUrsos próprios............................................................................................................................

A segunda maior rede de hospitais próprios do Brasi.......................

desAfios..............................................................................................................................................................................

Os reflexos da Judicialização...............................................................................................

A luta para adequar a legislação.....................................................................................

Claro, o rol de procedimentos............................................................................................

conhecer pArA trAnsformAr...................................................................................................

A Unimed que desejamos........................................................................................................

Lições vindas da Europa..............................................................................................................

sAúde no fUtUro.............................................................................................................................................

Olhar à frente............................................................................................................................................

referênciAs BiBliográficAs.............................................................................................................

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ApresentAção

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A Unimed chega aos 45 anos de existência com muita vitalidade e conquistas. Somos líderes em planos de saúde com cerca de 19 milhões de clientes espalhados pelo país. Somos 112 mil médicos cooperados trabalhando arduamente para oferecer saúde de qualidade à população

brasileira. Construímos a segunda maior rede de hospitais, com mais de 100 unidades reconhecidas pela infraestrutura e excelência.

Temos, assim, muitos motivos para nos orgulhar da trajetória iniciada em 18 de dezembro de 1967 por um grupo de pouco mais de duas dezenas de médicos de Santos (SP), que decidiu se movimentar contra o insipiente mas inequívoco crescimento da medicina de grupo.

Muito mais do que oferecer uma alternativa de medicina à população, a proposta era inovadora: prestar serviços de excelência, ter preocupação social e dar condições dignas de trabalho ao médico.

JUntos somos mAis fortes

eudes de freitas AquinoPresidente da Unimed do Brasil

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Indiscutivelmente, alcançamos mais do que imaginaram os pioneiros no final da década de 1960.

O mundo também mudou. O Brasil cresceu e novas condições foram sendo impostas à saúde privada.

Surgiram a legislação das cooperativas, as instituições públicas ligadas à saúde e a regulação do setor, a partir do surgimento da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), em 2000.

A Unimed enfrentou os desafios, foi se ajustando às novas realidades e se vê agora diante de um novo cenário. E busca, com a força dos seus médicos cooperados, dirigentes e colaboradores, substituir o arcaico modelo hospitalocêntrico pela medicina preventiva.

Isso não é tudo. O desafio é muito maior. Também precisamos ajustar a gestão da nossa cooperativa. E essa questão envolve praticamente todas as áreas de trabalho.

Fundamental para vencer mais esta batalha é a união de todos. Às portas de meio século de atuação, temos garra, força e conhecimento suficientes para manter - e porque não avançar - nossa presença no mercado brasileiro de planos de saúde, com a seriedade e o comprometimento que fazem da Unimed a marca mais admirada e confiável do setor. Palavra dos próprios clientes, a quem devemos nossa existência.

Esta publicação foi elaborada para nos lembrar de alguns desafios, de nossa trajetória, de muitas vitórias e de nos ater agora ao que vem pela frente. O passado é de glória, sem dúvida. Mas é no futuro que temos a oportunidade de fortalecer ainda mais os nossos valores.

Contamos com todos vocês nessa empreitada.

eudes de freitas AquinoPresidente da Unimed do Brasil

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orgAnizAção do sistemA Unimed

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Como cooperativa que é, a Unimed é regida pela Lei 5.764, de 16.12.1971, que entre outras finalidades define a Política Nacional de Cooperativismo no país.

O artigo 6 da referida lei institui três sociedades cooperativas, a saber:

cooperativassingulares

Constituídas pelo número mínimo de vinte pessoas físicas, sendo excepcionalmente permitida a admissão de pessoas jurídicas que tenham por objeto as mesmas ou correlatas atividades econômicas das pessoas físicas ou, ainda, aquelas sem fins lucrativos.

Diretoria Executiva da Unimed do Brasil (2009 - 2012): (esq. para dir.) Aucélio Melo de Gusmão, Euclides Malta Carpi, Francisco Alberniz Bohrer Pilla, Eudes de Freitas Aquino, Luiz Carlos Misurelli Palmquist, valdmário Rodrigues Júnior e Antonio Cesar Azevedo Neves

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cooperativas centraisou federações de cooperativas

Constituídas de, no mínimo, três singulares, podendo, excepcionalmente, admitir associados individuais.

confederações de cooperativas

Constituídas por, pelo menos, três Federações de cooperativas ou Cooperativas Centrais, da mesma ou de diferentes modalidades.

Eudes de Freitas Aquino na abertura da 42a Convenção Nacional Unimed, em Florianópolis (SC), em setembro de 2012: valorização das pessoas

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O Sistema Unimed conta neste momento (final de 2012) com 367 cooperativas, sendo:

confederações

Confederação Nacional das Cooperativas Médicas -Unimed do Brasil

Detentora da marca e coordenadora das atividades políticas e institucionais do Sistema Unimed, foi criada em 1975, tendo Edmundo Castilho como presidente até 2000, quando Celso Barros assumiu o comando da instituição. Desde 2009, a Unimed do Brasil é presidida por Eudes de Freitas Aquino.

Diretoria executiva 2009 a 2012

Presidente Eudes de Freitas Aquino

vice-Presidente Luiz Carlos Misurelli Palmquist

Diretor Financeiro Euclides Malta Carpi

Diretor administrativo Francisco Alberniz Bohrer Pilla

Diretor de Marketing eDesenvolvimento

Aucélio Melo de Gusmão

Diretor de integraçãocooperativista e Mercado

valdmário Rodrigues Júnior

Diretor de tecnologia e Sistemas

Antonio Cesar Azevedo Neves

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Confederação de Federações de Cooperativas Unimed do Sul do Brasil (Unimed Mercosul)

Constituída em 1994, reúne as Federações Unimed do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. é presidida por Orestes Barrozo Medeiros Pullin.

Diretoria executiva atuaL

PresidenteOrestes Barrozo Medeiros Pullin

1o vice-Presidente Edevard José de Araújo

2o vice-Presidente Nilson Luiz May

Diretor administrativo Financeiro (in memorian)

Marcolino Cargnin Cabral

Diretor de Mercado e intercâmbio

Arnaldo Silvestre Mallmann

As Confederações de cooperativas têm por objetivo orientar e coordenar as atividades das filiadas, nos casos em que o vulto dos empreendimentos transcender o âmbito de capacidade ou conveniência de atuação das Centrais e Federações.

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Convenções Nacionais de 2009 (acima), de 2010 (superior, à dir.) e de 2011 (superior, à esq.): força do Sistema Unimed

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Diretoria executiva atuaL

Presidente Mohamad Akl

Diretor de Produto e operações

Marco Antonio Eckert

Diretor administrativo e Financeiro

Rodolfo Pinto Machado de Araújo

Diretor adjunto Kamil Hussein Fares

federações

Responsáveis pela coordenação e centralização estadual das Unimeds. Nos Estados de São Paulo e Minas Gerais há unidades Intrafederativas, que reúnem as Singulares localizadas em áreas geográficas específicas. Nas regiões Nordeste e Norte há a Federação Interfederativa Norte/Nordeste, que reúne 9 Federações.

central

Central Nacional Unimed

é a operadora nacional dos planos de saúde Unimed. Constituída em 1998, comercializa assistência médica empresarial com abrangência nacional, benefícios especiais e atendimento diferenciado. A CNU atende exclusivamente empresas, sem perder o foco em cada ser humano. O presidente da CNU é Mohamad Akl.

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As Cooperativas Centrais e Federações de cooperativas objetivam organizar, em comum e em maior escala, os serviços econômicos e assistenciais de interesse das filiadas, integrando e orientando suas atividades, bem como facilitando a utilização recíproca dos serviços.

Para a prestação de serviços de interesse comum, é permitida a constituição de cooperativas centrais, às quais se associem outras cooperativas de objetivo e finalidades diversas.

singulares

Cooperativas médicas de atuação regional devidamente estabelecidas, se caracterizam pela prestação direta de serviços aos associados.

Diretoria da Central Nacional Unimed Diretoria da Fundação Unimed

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Diretoria da Unimed Mercosul, com o dr. Marcolino (centro), in memorian

Federação Interfederativa Norte/Nordeste

Constituída em 1977, reúne as Federações Unimed das regiões Norte e Nordeste. é presidida por Reginaldo Tavares de Albuquerque.

Diretoria executiva atuaL

PresidenteReginaldo Tavares de Albuquerque

Diretor institucional Robson Jorge de Lima

Diretor de Serviços eNegócios

vicente Justiniano Barbosa Neto

Diretor da operadora dePlanos de Saúde

Darival Bringel de Olinda

Diretoria da Federação Interfederativa Norte/Nordeste

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Assembleia da Unimed Participações

Além disso, o Sistema Unimed conta com:

Unimed participações

Holding do Sistema Unimed e controladora das empresas Unimed Seguradora, Unimed Administração e Serviços e Unimed Corretora.

A Unimed Participações foi criada em 1989 e tem como objetivo básico representar os interesses das cooperativas e do Sistema Unimed junto às empresas controladas na condução dos negócios. Assim, atua de forma a sustentar as necessidades de capital das empresas controladas, captando recursos e acompanhando seu desempenho para otimizar a rentabilidade dos investimentos das sócias. Exatas 269 cooperativas têm ações da Unimed Participações.

Diretoria executiva atuaL

Presidente Nilson Luiz May

Diretor administrativo e Financeiro

Marco Antonio Eckert

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Unimed seguros

A Seguros Unimed é a marca institucional da Unimed Seguradora. A empresa administra carteira de mais de 6,1 milhões de segurados, contando com 33 produtos nos segmentos de vida, Previdência e Saúde. Está posicionada entre as maiores empresas do setor no País, sendo a 4ª em saúde, 13ª em vida e 14ª em Previdência Privada. Com sede em São Paulo, tem 26 escritórios regionais distribuídos pelo Brasil.

A Seguros Unimed foi fundada em 1989, tendo como finalidade a comercialização de planos de previdência complementar para os médicos cooperados do Sistema Unimed de todo o País. A empresa surgiu a partir da incorporação do Montepio Cooperativista do Brasil (Montecooper).

Diretoria da Seguros Unimed Conselho Gestor e Diretoria da Unimed Participações

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Diretoria executiva atuaL

Presidente Rafael Moliterno Neto

Diretor técnico Alexandre Augusto Ruschi Filho

Diretor de operações Helton Freitas

Diretor de Negócios Mauri Aparecido Raphaelli

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fundação Unimed

Foco de atuação na formação profissional de médicos cooperados, dirigentes, gestores e demais colaboradores, capacitando-os a promover transformações em seu ambiente de atuação.

Constituída em 1995, a Fundação Unimed já capacitou mais de 20.000 profissionais em seus cursos de especialização. Trata-se de uma instituição sem fins lucrativos, que promove o desenvolvimento de profissionais de alto desempenho na área da saúde a partir de ações educacionais e do compartilhamento das melhores práticas de gestão, contribuindo para o fortalecimento de todo o sistema cooperativo.

Diretoria executiva atuaL

Presidente João Batista Caetano

Diretor administrativo e Financeiro

Geraldo Thomé Marino

Diretor de educação corporativa

Robson Jorge de Lima

Diretor de Desenvolvimento e responsabilidade Social

Ronaldo Paes Barreto

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portal Unimed

Gerencia o endereço nacional do Sistema Unimed (www.unimed.coop.br) e desenvolve soluções em web voltadas para as Singulares e Federações Unimeds. A empresa, constituída em 2002, possui 11 sócias cotistas e comercializa suas soluções para todo o Sistema Unimed.

Diretoria executiva atuaL

Presidente Orestes Barrozo Medeiros Pullin

Diretor administrativo Carlos Augusto Cardim de Oliveira

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gestão participativa

A Unimed do Brasil possui como órgão supremo a Assembleia Geral, constituída por delegados das cooperativas confederadas, que detêm o direito de decidir os negócios relativos ao objeto social e adotar as resoluções cabíveis para seu desenvolvimento e defesa.

Outros órgãos importantes da Confederação são seus Conselhos Confederativo e Fiscal.

O Conselho Confederativo é composto por todos os presidentes em exercício das três Confederações regionais, das 35 Federações estaduais, Regionais ou Intrafederativas e da Central Nacional Unimed.

O Conselho Confederativo é responsável, entre outras atribuições, pela deliberação sobre diretrizes e políticas nacionais e internacionais, registro de nomes e logomarcas e contratação dos serviços de auditoria externa. Como rotina, o órgão realiza reuniões ordinárias seis vezes ao ano.

O Conselho Fiscal é o órgão de controle que fiscaliza as operações, as atividades e os serviços da Unimed do Brasil. é constituído por três membros efetivos e três suplentes, eleitos a cada ano pela Assembleia Geral. O Conselho Fiscal realiza reuniões ordinárias trimestrais e extraordinárias, sempre que for necessário.

A Diretoria Executiva da Unimed do Brasil é responsável pela gestão administrativa dos negócios. Ela é formada pelo presidente e seis diretores de áreas. O mandato atual iniciou-se em março de 2009 e tem término em fevereiro de 2013.

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conselho confederativo da Unimed do Brasil

Abdu Kexfe Federação Rio de Janeiro

Alexandre Augusto ruschi filho Federação Espírito Santo

Adelson severino chagas Federação Equatorial

darival Bringel de olinda Federação Ceará

délio pereira dos santos Fed. Intrafederativa Regional Leste/Nordeste de Minas

delmar pereira costa Federação Maranhão

domingos silva lavecchia Federação Intrafederativa Nordeste Paulista

eduardo Bezerra fernandes Federação Rio Grande do Norte

edevard José de Araújo Federação Santa Catarina

elias Antonio neto Federação Intrafederativa Oeste Paulista

emanoel g. dantas licarião Federação Amazônia

francisco vieira de oliveira Federação Paraíba

geraldo Antunes guimarães Federação Intrafederativa Zona da Mata Mineira

helton freitas Federação Intra Inconfidência Mineira

humberto Jorge isaac Federação São Paulo

irany de oliveira e silva Federação Centro-Oeste e Tocantins

Jamal nasser haddad Federação Mato Grosso do Sul

José Abel Alcanfor Ximenes Federação Goiás, Tocantins e Distrito Federal

José martiniano grillo neto Federação Intrafederativa Centro Paulista

Kamil hussein fares Federação Mato Grosso

marcelo mergh monteiro Federação Minas Gerais

maria de lourdes c. de Araújo Federação Pernambucana

mauro muiños de Andrade Federação Bahia

moacir de melo Junior Federação Intra Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba

mohamad Akl Central Nacional Unimed

nilson luiz may Federação Rio Grande do Sul

omar Abujamra Junior Federação Intrafederativa Centro-Oeste Paulista

orestes Barrozo medeiros pullin Federação Paraná e Unimed Mercosul

paulo cesar Januzzi de carvalho Federação Intra Regional Sul de Minas

pedro Alves de oliveira neto Federação Pernambuco

raimundo viana de macedo Federação Intrafederativa Sudeste Paulista

reginaldo t. de Albuquerque Federação Norte/Nordeste

reinaldo Antonio m. Barbosa Federação Intrafederativa do vale do Paraíba

silvio porto de oliveira Federação Baiana

thadeu José fernandes fortes Federação Piauí

viviane vieira malta Federação Alagoas

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conselho fiscal da Unimed do Brasil

Aldemar A. Amorim Barra Belem/PA Efetivo

Fábio Nasser Monnerat Três Rios/RJ Efetivo

Marco Antonio de Andrade Pitangueiras/SP Efetivo

Carlos Antonio da Luz Rech vales Taquari e Rio Pardo/RS Suplente

Heber Ferreira Santana Campo Grande/MS Suplente

Paulo Magno do Bem Conselheiro Lafaiete/MG Suplente

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Reunião do Conselho Confederativo da Unimed do Brasil: representatividade nacional

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números

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ranking mundial da saúde (em bilhões US$ / ano)

Fonte: Organização Mundial de Saúde

setor de saúde privada no Brasil

Operadoras de Planos de Saúde

1.150

Beneficiários Unimed

18,8 milhões

Beneficiários (Total)

48,7 milhões

Fonte: ANS, setembro de 2012

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82,4 bilhões

73 bilhões

distribuição de operadoras por modalidade

Unimed: 315 operadoras

(95% das cooperativas médicas em

atuação no Brasil)

Fonte: ANS, setembro de 2012

mercado Brasileiro da saúde (em R$)

Fonte: ANS, MS

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números do sistema Unimed

Unimed: 29% dos

médicos do Brasil

(O Brasil possui cerca de

389.000 médicos)

Fonte: Unimed do Brasil

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clientes:18,8 milhões(38% do mercado das pessoas que possuem planos de saúde) sendo:

cooperativas Unimed, clientes e médicos cooperados

Fonte: Unimed do Brasil

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Fonte: Unimed do Brasil

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sAúde púBlicA e sAúde privAdA

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Levantamento histórico nos mostra que o go-verno brasileiro sempre teve a predisposição e a pretensão de cuidar integralmente da saúde da população. Sem entrar no mérito da eficácia ou não das estratégias utilizadas, numa análise mais profunda invariavelmente se chegam a problemas burocráticos ou de desvio de rota, o que acabou determinando várias decisões estatais duras.

Um poUco de históriA dAs institUições de sAúde

Na primeira metade do século passado, a situa-ção da saúde pouco evoluíra em relação aos tem-pos pré e pós-Proclamação da República, sendo o foco central das atividades realizadas o combate a enfermidades endêmicas e a prevenção básica.

Consta que a Lei Elói Chaves (1923) tenha sido um fato marcante na história da saúde pública

Reunião na Unimed do Brasil na década de 1980, liderada por Edmundo Castilho

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no Brasil, devido à criação das Caixas de Apo-sentadorias e Pensões (CAPs). Aqui, mais uma característica marcante do setor no país: a in-terligação direta entre os setores previdenciário, securitário e de saúde. Além disso, as CAPs, ape-sar de organizados por empresas privadas, eram regulados pelo Estado.

As CAPs funcionavam em regime de capitali-zação, mas consistiam em estruturas frágeis pois normalmente não possuiam grande número de contribuintes, devido a parâmetros demográ-ficos questionáveis. Além disso, sua história foi fértil em fraudes na concessão de benefícios.

Tanto é que tiveram vida curta e, em 1930, du-rante o Estado Novo, o presidente Getúlio vargas suspendeu as aposentadorias das CAPs durante seis meses, reestruturou o modelo e acabou por substituí-las por seis Institutos de Aposentado-rias e Pensões (IAPs).

Os IAPs eram autarquias de nível nacional cen-tralizadas no governo federal, nas quais a filiação se dava por categorias profissionais - lembrando que as CAPs eram promovidas por empresas pri-vadas. Já sob regime de repartição, os IAPs ofere-ciam maior nível de proteção como, por exemplo, assistência médica para filiados e dependentes. Porém, os saldos superavitários (devido aos pou-cos beneficiários) no início do sistema foram uti-lizados para outros fins, além da concessão de aposentadorias e pensões generosas.

Poucos anos após a criação dos IAPs, ainda no Estado Novo, foram criadas as bases do sistema de previdência social (Lei 1884, de 16.03.1935). Esta lei, que vigorou até 1962, dava forma aos princípios gerais do trabalho e instituições de previdência em quatro categorias:

• Instituições de previdência dos organismos corporativos (Caixas Sindicais de Previdência, Caixas de Previdência da Casa do Povo e Caixa dos Pescadores)

• Caixas de Reforma ou de

Previdência • Associações de Socorros

Mútuos • Instituições de Previdência

dos Funcionários Civis e Militares do Estado e dos Corpos AdministrativosPosse da diretoria da Unimed RS, em 2003

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Alguns especialistas entendem que essa lei definiu os termos da chegada ao Brasil dos pri-meiros planos de saúde, que acompanharam as indústrias multinacionais que se instalaram no país nos anos 40 e 50. A indústria automobilís-tica é apontada com o mais importante agente desse movimento em prol da saúde das pessoas, uma vez que trazia a premissa de desenvolvi-mento interno e melhor qualidade de vida para os seus funcionários.

Interessante observar que apenas em 1953 foi criado o Ministério da Saúde - até então um depar-tamento do Ministério de Educação e Saúde.

O próximo passo importante nos rumos da saúde e previdência ocorreu em 1960, com a Lei Orgânica da Previdência Social, que tinha o nobre

objetivo de “solucionar os problemas uniformi-zando os planos de benefício e seu financiamen-to”. Além de garantir a equidade na concessão de benefícios e nas contribuições, esta foi a primeira iniciativa para a unificação do sistema.

No ano do golpe militar (1964), novo movi-mento, com a criação de uma comissão para re-formulação do sistema. O trabalho desse grupo culminou, em 1966, na fusão dos IAPs no INPS (Instituto Nacional da Previdência Social).

O passo seguinte, ainda no regime militar, foi a criação do INAMPS, em 1974, como desdobra-mento do Instituto Nacional de Previdência So-cial (INPS) - este, em 1990, foi fundido com o Instituto de Administração Financeira da Previ-dência e Assistência Social (IAPAS) para a criação

Edmundo Castilho em dois momentos... ...Propulsor da expansão da Unimed

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do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O INAMPS dispunha de estabelecimentos próprios, mas a maior parte do atendimento era realizado pela iniciativa privada; os convênios estabele-ciam a remuneração por procedimento.

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é uma autarquia do governo federal, que recebe as contribuições para a manutenção do Regime Geral da Previdência Social, sendo responsável pelo pagamento da aposentadoria, pensão por morte, auxílio-doença e auxílio-acidente, entre outros benefícios previstos em lei. Além do re-gime geral, os estados e municípios podem ins-tituir os seus regimes próprios, financiados por contribuições específicas.

A Constituição Federal de 1988 extinguiu o INAMPS e criou o Sistema Único de Saúde (SUS), que teve seus princípios estabelecidos na Lei Orgânica de Saúde, com base no artigo 198 da Constituição. Destaque para universidade, ingra-lidade e equidade:

Universalidade

“A saúde é um direito de todos”. Ou seja: o Es-tado tem a obrigação de prover atenção à saúde.

Integralidade

A atenção à saúde inclui tanto os meios cura-tivos quanto os preventivos; tanto os individuais quanto os coletivos. Em outras palavras, as ne-cessidades de saúde das pessoas (ou de grupos) devem ser levadas em consideração mesmo que não sejam iguais às da maioria.

Equidade

Todos devem ter igualdade de oportunidade em usar o sistema de saúde.

Celso de Barros, Luiz Paulo Tostes Coimbra e Euclides Malta Carpi Participantes da Convenção Nacional, em Belém (PA), em 1986

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os convênios médicos gAnhAm importânciA

A década de 60 experimentou crescimento da oferta de convênios médicos de grupos empresa-riais, inclusive tendo como procedência outros paí-ses. Em 1967, um grupo de médicos tendo à frente dois colegas da Santa Casa de Misericórdia de Santos (Edmundo Castilho e José Luiz Camargo Barbosa) fundou a União de Médicos - Unimed, hoje a maior cooperativa médica do mundo e líder incontestá-vel no segmento de planos de saúde no Brasil, com cerca e 19 milhões de clientes em todo o país.

No início da década de 70, o período do ‘Mila-gre Brasileiro’ levou ao crescimento do mercado de trabalho e à necessidade de maior atenção à saúde, especialmente nas empresas de grande porte e órgãos públicos. Nessa fase, a Unimed já estava presente em alguns estados - particular-mente das regiões Sudeste e Sul - e surgiram ou-tras empresas mercantis, até hoje em atuação.

A criação de um fundo de apoio à construção de hospitais em 1974 pelo governo militar deu im-portante apoio ao processo de verticalização, um dos pilares do trabalho da Unimed.

O segmento experimentou bom crescimento até meados da década de 1980. A especialização das empresas mercantis e sociais - como a Unimed - proporcionou a diferenciação dos modelos de assistência médica em cinco modalidades: medi-

cina de grupo, cooperativas médicas, autogestão, seguro-saúde e plano de administração.

No ano em que o governo federal regulamen-tou a saúde suplementar (1998), mais de 30 mi-lhões de brasileiros já tinham planos de saúde.

A Lei 9.656/98, que definiu as regras para o funcionamento do setor de saúde suplementar, instituiu novas regras no mercado de planos de saúde, incluindo obrigatoriedade às operadoras do oferecimento do Plano Referência; proibição da rescisão unilateral de contratos e submissão à aprovação dos índices de reajuste anuais. Estava sacramentada a entrada do Estado nas relações contratuais entre operadoras e seus clientes.

Segundo as regras da nova legislação, os con-tratos de prestação de assistência à saúde assina-dos antes da regulamentação do setor deveriam ser adaptados às novas regras em 90 dias da ob-tenção, pela operadora, da autorização de funcio-namento. Esse prazo foi dilatado para 15 meses da vigência da lei e, pouco antes da conclusão do prazo definido, a adaptação obrigatória dos contratos foi transformada em opção do consu-midor (MP 1.908-17). Ou seja: os contratos antigos passaram a ter validade por tempo indetermina-do sem que, sob qualquer hipótese, pudessem ser transferidos a terceiros ou comercializados.

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O tema voltou à discussão em 2003, quando ficou definido que os planos antigos só seriam obrigados a cumprir o que consta no contrato. Em dezembro do mesmo ano, a ANS instituiu o Programa de Incentivo à Adaptação de Contra-tos com o objetivo de estimular a adequação dos contratos de planos de saúde firmados até 2 de janeiro de 1999 às regras e direitos assegu-rados pela Lei 9.656.

Quando iniciou sua atuação, a ANS encon-trou um mercado com mais de 2 mil operado-ras, muitas das quais oportunistas, que acaba-

vam por prejudicar a imagem e o trabalho de empresas sérias.

O primeiro trabalho foi de seleção natural desse universo, comemorado pelas organizações comprometidas com a prestação de serviços de qualidade.

O que se viu, a partir daí, foi uma inexplicável intromissão no dia a dia das empresas, interfe-rindo na relação destas com os seus clientes e desviando em certo sentido a expectativa posi-tiva do aparecimento da Agência.

1920 1940 1960 1980 2000 2010

1923Caixas de

Aposentadorias e Pensões

1930Institutos de Aposentadorias e Pensões

1935Sistema de

Previdência Social

1953Criação do

Ministério da Saúde

1966Instituto Nacional da

Previdência Social (INPS)

1960Lei Orgânica da

Previdência Social

linhA do tempo

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1920 1940 1960 1980 2000 2010

1967Fundação da União dos Médicos - unimed

1988Criação do SUS

1990Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS)

1974Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS)

1998Regulamentação da Saúde Suplementar

2000Criação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)

201040a Convenção Nacional Unimed, em Goiânia (GO)

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e nAsce A Unimed, A mAior cooperAtivA médicA do mUndo

Com a criação do Instituto Nacional de Pre-vidência Social (INPS), em 1966, o governo dava um passo rumo à centralização dos serviços de saúde, prometendo atendimento médico a to-dos. Porém, em pleno regime militar a falta de recursos para a saúde era flagrante, o que pre-nunciava fracasso da nova instituição federal.

Numa outra ponta, o próprio governo auto-rizava a formação de empresas de medicina de grupo, a partir da retenção de 5% do salário mí-nimo de cada empregado para arcar com os cus-tos do convênio médico nas organizações.

Essa situação levou as empresas a focar os seus investimentos nas capitais e mais importan-tes cidades estaduais, situação - aliás - que se mantém até os dias atuais.

Na esteira desses acontecimentos diretamen-te ligados à saúde, um grupo de pouco mais de duas dezenas de médicos - alguns de Santos e outros radicados na cidade do litoral paulista - sob a liderança de Edmundo Castilho e José Luiz Camargo Barbosa, iniciaram um movimento co-letivo para defesa da ‘invasão das empresas de medicina de grupo’ em Santos, que pautavam

Dois pioneiros: Edmundo Castilho (à esq.)... ... e José Luiz Camargo Barbosa (à dir.)

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sua atuação na baixa remuneração dos profissio-nais, rapidez nas consultas e elevado número de atendimentos em detrimento da qualidade.

Mal sabiam eles que aquele movimento vol-tado à manutenção das condições para o traba-lho digno dos médicos santistas representasse o nascimento da maior cooperativa médica do mundo, que 45 anos depois atende 19 milhões de clientes e reúne 112 mil cooperados - 1/3 de todos os médicos em atuação no país.

Além disso, a cooperativa que viria a nascer também prestaria um importante serviço de atenção à saúde dos pequenos e médios municí-

pios em todas as regiões. Atualmente, a Unimed está presente em nada menos do que 83% do território nacional, ou perto de 5 mil municípios, inclusive os menores.

A formação de uma cooperativa não foi a primeira opção dos médicos liderados por Ed-mundo Castilho, que já havia sido presidente do Sindicato dos Médicos de Santos e tinha, assim, experiência na vida associativa.

O primeiro presidente da Unimed Santos, José Luiz Camargo Barbosa, conta que o grupo passou a se reunir periodicamente nos locais mais diversos, inclusive na Associação dos Médicos de Santos.

Eudes de Freitas Aquino (pres. da Unimed do Brasil), Alexandre Augusto Ruschi Filho (pres.) e demais diretores da Federação ES

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O objetivo era encontrar uma forma de reação que fortalecesse os seus valores éticos. Porém, nem recursos para abrir uma empresa eles tinham.

Foi o próprio José Luiz que sugeriu a criação de uma cooperativa de trabalho, que ele conhe-ceu no Porto de Santos. Os demais médicos fo-ram sendo conquistados pela ideia, que tinha os atrativos desejados por todos: união, fortaleci-mento e dignidade para os médicos.

Com o necessário apoio jurídico - afinal, eram médicos não empresários - o projeto foi em fren-te, com a providencial contribuição do deputa-

do federal Athiê Jorge Coury, que intermediava contatos no Ministério da Agricultura, em Brasília - como o cooperativismo agropecuário à época já era bem desenvolvido, as atividades eram cen-tralizadas na Agricultura.

Entre a ideia e a criação da cooperativa União dos Médicos - Unimed se passaram vários meses.

Quem liderava o grupo de médicos, lembra Camargo Barbosa, era Edmundo Castilho. “Ele era uma locomotiva capaz de puxar milhões de pessoas”, destaca, frisando que, no entanto, fo-ram 22 os médicos que fundaram a Unimed.

Então presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, durante Convenção Norte/Nordeste na década de 90

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Na hora de definir quem seria o primeiro presidente, o escolhido foi José Luiz Camargo Barbosa. Além do seu envolvimento na tarefa de criar a cooperativa, pertencia à Santa Casa de Santos.

Disposto a garantir que a iniciativa desse cer-to, o grupo decidiu pela contratação de uma empresa de planejamento, a Sociplan, que asses-sorou os médicos durante toda a estruturação da cooperativa.

Dois anos depois, a presidência foi repassada a Mário Flavio Paes e Alcântara. Na sequência, José Luiz voltou ao comando. Após ele concluir o seu segundo mandato preferiu se retirar da dire-

ção da Unimed e concentrar suas atividades na Santa Casa de Misericórdia de Santos, onde está até hoje.A presidência da Unimed Santos coube, então, a Edmundo Castilho. A ele é atribuído o grande sucesso da proposta cooperativista, que começou a atrair interessados.

Em 1970, começaram a proliferar cooperativas médicas pelo interior de São Paulo (Piracicaba e Campinas, primeiramente). No ano seguinte, sur-giu a Federação das Unimeds do Estado de São Paulo, que teve Edmundo também na primeira presidência. Também em 1971, a Lei 5.764 insti-tuiu o regime político das cooperativas, dando condições para o surgimento do Sistema Unimed, a alternativa para o médico empreendedor frente

Dir. Financeiro da Unimed do Brasil e Pres. da Fed. Unimed Rio, Euclides Malta Carpi: reconhecimento à atuação da Federação carioca

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à medicina de grupo, que valorizava os serviços de qualidade; maior número de empresas con-tratantes e usuários; pequenos, médios e gran-des municípios e diversas especialidades.

Importante destacar que, nessa época, as co-operativas médicas não eram necessariamente Unimed. é o caso de Unisanta (SC), Unipar (PR), Uniper (PE), MedMinas (MG).

Edmundo Castilho contribuiu para o cresci-mento do cooperativismo médico, mas pregava o avanço com organização. Assim, buscou a unifi-cação de gestão e procedimentos. Esse conceito levou à criação da Unimed do Brasil, em novem-bro de 1975, presidida por ele até 2000, quando o comando foi passado a Celso de Barros.

Nos 25 anos em que esteve à frente da Unimed do Brasil, o cooperativismo médico se fortaleceu no país, ganhou músculos e representatividade política e econômica. A Unimed projetou-se tam-bém internacionalmente, passando a fazer parte da Aliança Cooperativa Internacional e, particu-larmente, do ramo saúde (IHCO).

Por dentro, o Sistema identificou oportunida-des para crescimento em outras áreas além dos planos de saúde. Assim, em 1984 foi criado o Sis-tema Nacional Unimed S/C Ltda, a holding da cooperativa, papel assumido em 1989 pela Uni-med Participações. A entrada na área de seguros também ocorreu nesse ano, a partir da incorpo-ração da carteira do Montepio Cooperativista do Brasil (Montecooper).

Conselho Administrativo da Federação Unimed Paraná

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A década de 1990 foi pródiga em inovações, como apoio ao esporte, fortalecimento da res-ponsabilidade social e capilaridade - expressa no Intercâmbio Nacional, que possibilita o atendi-mento dos clientes em qualquer local do Brasil coberto por uma Unimed, mesmo sem ser clien-te daquela unidade.

Porém, foi também nos anos 90 que a Unimed experimentou seu momento mais difícil, a partir de divergência política, movimento encabeçado pela Federação das Unimeds do Estado de São Paulo, com apoio das cooperativas do Centro- Oeste, Norte e Nordeste.

Assim, como consequência, o Sistema Unimed se dividiu em 1997, tendo de um lado a Unimed do Brasil presidida por Edmundo Castilho e de outro a Aliança Cooperativista Nacional Unimed.

O movimento de reunificação iniciou-se em 2000, com a posse de Celso de Barros na presi-dência da Unimed do Brasil. A consolidação veio em

2004, com a assinatura de protocolo de reunifica-ção entre Unimed do Brasil e Aliança Cooperativista.

Há duas análises para o período de litígio in-terno do Sistema Unimed. Alguns entendem que as divergências foram positivas para chacoalhar a Unimed e, na volta, fazê-la acelerar as neces-sárias mudanças, as quais estão em curso. Para a maioria, no entanto, a ruptura foi prejudicial pois o mercado avançou, competidores se fortalece-ram e a Unimed perdeu espaço.

De qualquer maneira, é indiscutível que os primeiros 12 anos do século 21 têm sido pródigos para a Unimed. Muitas conquistas foram obtidas, a estrutura está mais ajustada e há avanços cla-ros em várias áreas de atuação - da gestão aos processos internos.

Os olhos agora se voltam para o futuro. O programa “Conhecer para Transformar” está ca-minhando em bom ritmo e há conquistas impor-tantes já contabilizadas.

No entanto, ainda há muito a perseguir e a Unimed trabalha nesse sentido. é consenso que é preciso juntar as forças em prol de um objeti-vo maior: fazer a maior cooperativa médica do mundo ganhar a agilidade necessária para não apenas manter sua posição de liderança e de confiança dos clientes mas buscar ainda melho-res práticas seja na prestação de serviços seja na valorização dos conceitos que palpitavam na ca-beça dos pouco mais de 20 médicos de Santos, em 1967: atendimento de qualidade, dignidade para os médicos e confiança no futuro do Brasil.

Evento da Intrafederativa vale do Paraíba, com a presença do governador paulista Geraldo Alckmin e esposa

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presençA nAcionAl

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A Unimed está presente em 83% do território nacional. Nada menos do que 4.620 dos 5.565 municípios brasileiros têm Unimed ou são aten-didos por uma Unimed.

O Sistema Unimed conta atualmente com 367 cooperativas, distribuídas por todas as regiões brasileiras.

Levantamento do IDH (Índice de Desenvolvi-mento Humano) dos municípios brasileiros indica que onde há Unimed há melhor qualidade de vida da população. Essa relação está expressa em um dos mais importantes atributos das pessoas: a saúde com qualidade.

E as pessoas reconhecem na Unimed um pres-tador de serviços de saúde de alto padrão, re-sultado confirmado por seguidas pesquisas top of mind do Datafolha, entre outros indicadores. Além disso, os levantamentos também compro-vam que a Unimed é a organização de planos de saúde mais admirada pelos brasileiros.

A Unimed cumpre, assim, um dos seus mais ca-ros valores: atendimento dos seus clientes com excelência. E, o melhor, o seu trabalho é lembra-do, reconhecido e admirado pelos brasileiros.

A história da Unimed começou em 1967, em Santos. Novidade, o cooperativismo médico logo despertou curiosidade de profissionais da medi-cina de diferentes partes do país. Pouco tempo após a criação da Unimed Santos, seus presiden-te à época - José Luiz Camargo Barbosa - e Ed-mundo Castilho, que viria suceder José Luiz na

cApilAridAde, Um diferenciAl incontestável

Presença sólida no Triângulo Mineiro Homenagem a ex-dirigentes da Unimed Birigui (SP)

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Singular, passaram a ser requisitados por grupos de médicos de várias partes do Estado de São Paulo e, logo em seguida, por médicos e asso-ciações de médicos de estados vizinhos e até de países vizinhos, como o Paraguai.

Assim, a partir de 1970 começaram a proliferar cooperativas médicas pelo país. As cidades pau-listas de Campinas e Piracicaba foram as primei-ras. Londrina (1971) foi a primeira fora do Estado de São Paulo. Nesse mesmo ano, cumprindo as exigências legais, foi criada a Federação das Uni-meds do Estado de São Paulo (FESP). No ano seguinte (1972), nasceram as Federações do Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.

Ao final da primeira década de existência, a Unimed já contava com 60 cooperativas, entre Singulares, Federações e a Confederação Nacio-nal das Cooperativas Médicas - Unimed do Brasil, formada em 1975 e tendo na presidência Edmundo Castilho, que havia presidido a Unimed Santos e a FESP.

Nesse momento, o conceito cooperativista já havia conquistados médicos de 11 estados - São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte.

Essa presença nacional sempre foi um diferencial e um orgulho para a Unimed. Afinal, mais do que um negócio era uma filosofia de atuação que se es-palhava pelo Brasil, levando serviços de alta qualida-de e uma indiscutível preocupação socioambiental.

Esse perfil de organização médica mexeu com as estruturas do atendimento de saúde, incen-tivando a saúde pública e demais empresas da saúde privada a melhorar suas estruturas e tam-bém elevar o padrão dos serviços no país.

Como se vê nos níveis do IDH dos municípios com Unimeds, essa semente da confiança e admi-ração dos clientes prosperou e se mantêm firme. Por um lado, é um orgulho indisfarçável pelo Sis-tema Unimed do que foi construído; por outro, se trata de um desafio imenso, que joga a responsa-bilidade sobre os ombros do cooperativismo mé-dico. A boa notícia é que a Unimed se movimenta para ajustar o seu modelo assistencial aos novos tempos e às novas exigências do mercado.

Em 1992, o Sistema Unimed já estava presente em 14 estados, contabilizando 241 Singulares e 60 mil médicos cooperados. Mais de 30 mil em-presas responderam positivamente à prestação

Alexandre Augusto Ruschi Filho, Eudes de Freitas Aquino e Márcio de Oliveira Almeida

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de serviços da Unimed e 6,4 milhões de clientes individuais já tinham nossos planos de saúde.

Em 2007, a Unimed já representava 32% do setor de planos de saúde , oferecendo serviços de qualidade para 14,6 milhões de clientes em todo o país. O contingente de médicos coope-rados já atingia 106 mil profissionais. E a marca Unimed já estava presente em 75% do território nacional, em 22 estados e no Distrito Federal.

Num movimento crescente e admirado, a Uni-med completa 45 anos de existência com pre-sença em 83% do território nacional, 112 mil mé-dicos cooperados e 19 milhões de clientes.

Capilaridade é isso. é a comprovação de que a saúde privada está presente não somente nas

capitais e grandes municípios, mas também nos municípios de médio e pequeno portes - do ex-tremo sul ao mais distante ponto da região norte.

A Unimed é a melhor expressão da imagem da cidade pequena no interior do Brasil, onde há uma praça, uma igreja e um posto de atendi-mento médico com a marca Unimed estampada.

Essa constatação está nos números incompa-ráveis do Sistema Unimed. Mas está também na mente das pessoas. Afinal, “o melhor plano de saúde é viver; o segundo é Unimed” e “somos médicos, e isso faz toda a diferença” em todas as partes do Brasil.

Evento (Suemg) em Minas Gerais

Fachada da Federação Unimed MS

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pessoAs

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Dois dos sete princípios fundamentais do coo-perativismo estão diretamente ligados a pessoas:

5o princípio Educação, formação e informação

As cooperativas promovem a educação e a for-mação dos seus membros, dos representantes eleitos e dos trabalhadores, de forma que estes possam contribuir, eficazmente, para o desen-volvimento das suas cooperativas. Informam o público em geral, particularmente os jovens e os líderes de opinião, sobre a natureza e as vanta-gens da cooperação.

7o princípioInteresse pela comunidade

As cooperativas trabalham para o desenvol-vimento sustentado das suas comunidades por meio de políticas aprovadas pelos membros.

A Unimed nasceu, ganhou força e tornou-se um gigante por conta do trabalho incansável de pessoas que, muitas vezes, deixaram em segun-do plano suas carreiras profissionais para traba-lhar em prol de um objetivo maior: fazer bem o ofício de cuidar das pessoas.

Este raciocínio acompanhou todos os 45 anos da Unimed. E certamente, permeará a história da maior cooperativa médica do mundo no futu-ro. Tal pensamento também está expresso em ações e não apenas em palavras.

Um primeiro desafio que se impôs aos bravos médicos de Santos que criaram a União dos Mé-dicos - Unimed em 18 de dezembro de 1967 foi o conhecimento das atribuições inerentes à ges-tão de uma empresa.

Desde o início, essa questão foi levada a sério pe-los médicos. “Éramos profissionais da medicina, não do mundo empresarial”, disse José Luiz Camargo Barbosa, primeiro presidente da Unimed Santos.

Para equacionar tal desafio, a Unimed Santos contratou um escritório para elaborar uma espé-cie de plano de negócios, cujo objetivo principal

UmA cooperAtivA médicA constrUídA por pessoAs

Reunião de gerentes promovida pela Fundação Unimed, em 1993

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era organizar a nascente empresa de forma a dividir atribuições e facilitar a administração do dia a dia.

Esse passo, pequeno à época, foi decisivo para o crescimento da cooperativa, como se assistiu nos anos seguintes, especialmente pelo tino empresa-rial de Edmundo Castilho, terceiro presidente da Unimed Santos, primeiro presidente de Federação das Unimeds do Estado de São Paulo e primeiro dos três presidentes da Unimed do Brasil.

A multiplicação das Unimeds pelo Estado de São Paulo e na sequência por Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais e demais estados também pode ser entendida como uma primeira iniciativa com o conceito de franquia.

As pessoas fazem a diferença na Unimed, como em Feira de Santana (BA)

Evento da Central Nacional Unimed: força e integração

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Indiscutivelmente, um dos fatores de sucesso do aparecimento de cooperativas médicas na década de 70 foi a padronização do modelo, in-variavelmente pelas mãos de Edmundo Castilho, que viajou incansavelmente pelo Brasil e até pe-los países vizinhos.

Essa preocupação com a gestão nunca se des-colou da história da Unimed. Há vários e fartos exemplos ligados à troca de informações e espe-cialmente à formação de pessoas.

Difícil encontrar um dirigente da Unimed que não tenha feito um curso, participado de um evento ou se aperfeiçoado em administração

empresarial. Na trajetória do Sistema há várias iniciativas nesse sentido - pessoais ou organiza-das pelas cooperativas.

Fez muito sucesso, por exemplo, a parceria firmada entre a Unimed e a Harvard Business School, na segunda metade da década de 80, e várias iniciativas durante a década de 90.

Esse papel foi assumido pelo Centro de Estudos Unimed, criado em 1993, e posteriormente transfor-mado com melhorias na Fundação Unimed (1999). Até o momento, a Fundação já ofereceu treinamen-to, cursos e aprendizagem profissional para mais de 20 mil dirigentes, gestores e colaboradores.

Dirigentes do interior paulista: homenagem pelo empenho ao Sistema Unimed

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dnA dA responsABilidAde sociAlTal preocupação com as pessoas em todos os

níveis - público interno e externo, passando pela sociedade como um todo e as comunidades onde as cooperativas médicas atuam de maneira específica - sempre foi um marco na história da Unimed, muito antes de começar a ser utilizado o termo sustentabilidade, atualmente designado globalmente para expressar - e cobrar - a preo-cupação social e ambiental nas corporações.

Interesse pela comunidade é um princípio do cooperativismo e, como tal, corre nas veias da-queles que fizeram e fazem da Unimed a forta-leza que ela é.

Essa constatação está na criação do Plano Na-cional de Responsabilidade Social, em 2001, que

deu parâmetros nacionais para um sem-número de ações isoladas realizadas pelas cooperativas do Sistema Unimed. Adicionalmente, juntas essas ações tornaram a Unimed mais forte em termos de sustentabilidade e respeitada por instituições reconhecidas nacional e internacionalmente, como o Instituto Ethos.

O plano também envolveu várias iniciativas, como a criação do Selo Unimed de Responsabili-dade Social, a realização do Encontro Nacional de Responsabilidade Social e a concepção do Comitê Nacional da área, entre outros passos concretos.

Pouco mais de uma década depois da elabo-ração do Plano Nacional de Responsabilidade

Reunião de Marketing na Unimed do Brasil Dirigentes da Intrafederativa Centro Paulista

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Social, com orgulho o Sistema Unimed é uma das organizações que mais investem em respon-sabilidade social no Brasil. Somente em 2011, fo-ram mais de 1.600 iniciativas em todo o país, que envolveram investimentos de R$ 1,256 bi-lhão - crescimento de 10% sobre os R$ 1,14 bi-lhão aplicados no ano anterior.

Estas e outras informações constam do Relató-rio Consolidado de Sustentabilidade do Sistema Unimed, elaborado pela área de Responsabilida-de Social da Unimed do Brasil, vinculada à Dire-toria de Marketing e Desenvolvimento.

“O relatório é o compromisso com a sustenta-bilidade da gestão e do planeta e mostra o nos-so comprometimento com o desenvolvimento sustentável do cooperativismo médico e com o setor de saúde como um todo”, ressalta Eudes de Freitas Aquino, presidente da Unimed do Brasil.

Participaram do levantamento nada menos do que 237 Unimeds de todas as regiões. Pela pri-meira vez, o balanço seguiu a metodologia GRI (Global Reporting Iniciative), referência global em sustentabilidade.

O documento, aliás, não foi impresso exata-mente para evitar a utilização de produtos quí-micos e contribuir para a redução das emissões de CO

2.

Um dos produtos mais visíveis do reconheci-mento do investimento em sustentabilidade é o Selo Unimed de Responsabilidade Social, que chegou à 10a edição e já envolve 200 das 367

Unimeds, o que demonstra o aumento gradati-vo do investimento do Sistema em sustentabili-dade e se torna pauta obrigatória das decisões estratégicas.

O Programa Unimed Abraça os ODM também mostra o alinhamento e o compromisso de dis-seminação desses valores.

“Fomos criados e somos regidos pelos princí-pios do cooperativismo, sendo um dos principais a construção de uma organização socialmente responsável e eticamente inabalável, cujos pro-pósitos mais sólidos são a valorização do traba-lho médico, atrelada à sua justa remuneração, bem como a preocupação em atuar de forma ativa para o desenvolvimento social e qualidade de vida das comunidades onde suas cooperativas atuam”, destaca o presidente Eudes.

Presidente da Unimed Federação Minas, Marcelo Mergh Monteiro: homenagem aos 35 anos da Federação mineira

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os sete princípios do cooperAtivismo

1º Adesão voluntária e livre: as cooperativas são organizações abertas à participação de todos

2ºgestão democrática: os cooperados votam os objetivos e metas de trabalho conjunto, bem como elegem os representantes que irão administrar a sociedade

3ºparticipação econômica dos membros: todos contribuem igualmente para a formação do capital da cooperativa. Se houver sobras, serão divididas entre os sócios

4º Autonomia e independência: o funcionamento da cooperativa é controlado por seus sócios, que são os donos do negócio

5ºeducação, formação e informação: é objetivo permanente da cooperativa destinar ações e recursos para formar seus associados, capacitando-os para a prática cooperativista

6ºIntercooperação: para o fortalecimento do cooperativismo é importante que haja intercâmbio de informações, produtos e serviços entre as cooperativas, viabilizando o setor como atividade socioeconômica

7ºInteresse pela comunidade: as cooperativas trabalham para o desenvolvimento sustentado de suas comunidades, por meio da execução de programas socioculturais, realizados em parceria com o governo e outras entidades civis

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oBJetivos do milênioOs “Oito Objetivos do Milênio (ODM)” foram

estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) em setembro de 2000, quando 189 países integrantes da entidade, entre eles o Brasil, fixaram metas prioritárias até 2015.

A Unimed do Brasil coordena o Programa Unimed Abraça os ODM e estimula que todos os projetos sociais e ambientais desenvolvidos pelas cooperativas médicas estejam alinhados com estes objetivos.

Além de ser signatária do Pacto Global, a Uni-med do Brasil estimula as cooperativas do Sis-tema Cooperativo Unimed a aderirem a esse importante compromisso, cujos dez princípios universais são:

Princípios de Direitos Humanos

1. Respeitar e proteger os direitos humanos2. Impedir violações desses direitos

Princípios de Direitos do Trabalho

3. Apoiar a liberdade de associação no trabalho4. Abolir o trabalho forçado5. Abolir o trabalho infantil6. Eliminar a discriminação no ambiente de trabalho

Princípios de Proteção Ambiental

7. Apoiar uma abordagem preventiva aos desafios ambientais8. Promover a responsabilidade ambiental9. Encorajar tecnologias que não agridem o meio ambiente

Princípio contra a Corrupção

10. Combater a corrupção em todas as suas formas, inclusive extorsão e propina

Avaliação dos trabalhos do Prêmio de Comunicação

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Olhar socioambiental

O Unimed do Brasil conta com uma equipe para auxiliar as Singulares e Federações, bem como a própria Confederação, na incorporação da responsabilidade social em seus sistemas de gestão. Há várias ferramentas disponíveis para tal.

Criado, em 2011, o Comitê Nacional de Sustenta-bilidade tem como principal atribuição contribuir e sugerir iniciativas mais sustentáveis para o Sistema.

Programa Unimed Abraçaos ODM

Como dito, o Programa ob-jetiva mobilizar as Unimeds em prol do alcance dos ODM. Em 2011, o programa conseguiu a adesão de 200 cooperativas, que desenvol-vem seus projetos alinhados aos objetivos e disseminaram esta iniciativa.

Neste ano, também foi re-novado o Memorando de En-tendimento junto ao Progra-ma das Nações Unidas para o Desenvolvimento, carta de in-tenção na qual se estabelece o compromisso de disseminar, divulgar e trabalhar os ODM.

Selo Unimed de Responsabilidade Social

O Selo Unimed de Responsabilidade Social é rea-lizado anualmente pela Unimed do Brasil e certifica as cooperativas que desenvolvem seu negócio de forma a contribuir para uma sociedade mais jus-ta, ética e comprometida com o desenvolvimento sustentável. Em 2011, certificou 216 Unimeds.

O aumento gradativo das Unimeds na adesão dos indicadores revela que a sustentabilidade

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passou a fazer parte da pauta das decisões estra-tégicas do Sistema Cooperativo Unimed. Mais do que receber o reconhecimento, começam a ser discutidos os impactos que as atividades geram. Assim, os indicadores servem como autodiagnós-tico, apresentando possibilidades de melhorias.

Banco de Responsabilidade Social

Esta ferramenta possibilita às cooperativas mé-dicas efetuarem o gerenciamento de seus pro-gramas, projetos e ações de forma rápida, segura e ainda passam a integrar seus projetos e ações no Banco de Práticas, que faz o mapeamento das experiências no âmbito do Brasil.

Disseminando a Responsabilidade Social

A Unimed do Brasil oferece ao Sistema campa-nhas que remetem a questões sociais e ambien-tais. é o caso do Código de Conduta. Com o intuito de engajar os colaboradores do Sistema também foram desenvolvidas várias peças de comunica-ção. Há também as campanhas ‘voto Consciente’, ‘Doação de Sangue’ e ‘Consumo Consciente’.

Seminário Nacional de Responsabilidade Social

Organizado anualmente pela Unimed do Brasil, em parceria com uma Singular/Federação, o se-

minário envolve apresentações de palestras com profissionais renomados ligados ao setor de res-ponsabilidade socioambiental, bem como de cases do Sistema Unimed e de organizações convidadas.

Com o tema “Um olhar para o futuro”, o último seminário foi realizado em setembro passado em parceria com a Central Nacional Unimed. O evento reuniu 380 participantes.

Meio ambiente na mira

Saúde e meio ambiente são interligados. Não é possível falar em prevenção de doenças sem pen-sar na proteção do meio ambiente. Essa proteção acontece no Sistema Unimed por meio do geren-ciamento dos impactos causados pelo negócio. Dois exemplos: reciclagem de todos os cartões dos clientes Unimed e acompanhamento do ge-renciamento de resíduos de serviços de saúde dos prestadores. Afinal, é nos hospitais e nas clínicas que são gerados resíduos perfurocortantes e mate-riais contaminantes, o maior risco para a saúde do meio ambiente e, consequentemente, das pessoas.

Responsabilidade social, um valor indiscutível para a Unimed

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esporte e pArAesporte: mAis qUe tUdo, UmA cAUsA

A Unimed é parceira de longa data do esporte brasileiro. Consta que o primeiro patrocínio es-portivo do Sistema foi da atleta Silvana Pereira, campeã da Meia Maratona do Rio de Janeiro em 1988, mas várias iniciativas são identificadas des-de a década de 1970.

A partir daí, os investimentos aumentaram ex-ponencialmente. Além do atletismo, praticamente todas as atividades esportivas passaram a receber apoio de uma Singular, Federação ou de todo o Sistema. O fortalecimento da marca Unimed e sua identificação com o esporte tornou-se irrefutável.

Como uma iniciativa de responsabilidade so-cial, a parceria com instituições públicas e pri-

vadas ligadas aos esportes ganhou o país. Afinal, esporte é saúde; e saúde é Unimed.

Muitos atletas famosos hoje tiveram o apoio da Unimed em algum momento de sua carreira - especialmente no início. Atletismo, vôlei, bas-quete, natação, judô, futebol... Se por um lado o patrocínio esportivo dá condições para que atle-tas se desenvolvam, cresçam em sua atividade e tragam resultados positivos para o Brasil, por outro dá dignidade e está diretamente ligado à qualidade de vida. Socialmente, também tem uma grande importância na medida em que tira jovens da marginalidade.

Há cerca de uma década, os investimentos da Unimed no esporte brasileiro foram ampliados e chegaram ao paradesporto, ganhando a dimen-são de causa social, que dá satisfação e orgulho.

Num primeiro momento, foi feito acordo com o Comitê Paraolímpico Brasileiro, a partir do for-necimento de planos de saúde para os atletas. Atualmente, a Unimed é parceira do Instituto Su-perar, entidade sem fins lucrativos que promove o desenvolvimento da pessoa com deficiência fí-sica por meio do esporte adaptado, agindo como provedor de recursos e foco na inclusão social.

Nas últimas paraolimpíadas de Londres, 10 para-atletas brasileiros eram patrocinados pela Unimed: Dez anos de apoio ao paraesporto brasileiro

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os nadadores Phelipe Rodrigues, Caio Amorim e Susana Schnarndof, os velocistas Tito Sena, Lu-cas Prado, Justino Barbosa (guia), Laércio Martins (guia), Marivana Oliveira e Jonathan Santos, e o jogador de futebol de 7, vanderson Alves da Silva.

vários deles trouxeram medalhas para o Bra-sil, mas isso não é o mais importante. “Estamos dando nossa contribuição social para esportistas com limitações. é uma preocupação muito maior do que um recorde ou um prêmio; é a satisfação de estar contribuindo para dar dignidade para alguém”, ressalta Luiz Carlos Misurelli Palmquist, vice-presidente da Unimed do Brasil.

Palmquist está na raiz do investimento da Uni-med no paraesporto. Há dez anos, ele foi tocado

por essa ação de responsabilidade social, fazen-do a ligação entre a Unimed e o Comitê Parao-límpico Brasileiro.

Impulsionado por essa iniciativa da Confedera-ção, o Sistema Unimed assumiu a causa. Nos úl-timos dez anos, foram e são realizadas centenas de atividades envolvendo pessoas com deficiên-cia. As ações se multiplicaram por todo o país.

A ligação da Unimed com o paraesporto inten-sificou-se nos últimos anos. Após a parceria com o Comitê Paraolímpico Brasileiro e a multiplica-ção de ações em Federações e Singulares em todo o país, novos passos foram dados, com o patrocínio individuais de atletas. Nesse sentido, o Instituto Superar é um parceiro importante.

Saúde e esportes: sintonia máxima em prol da qualidade de vida

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Hoje, a Unimed (Unimed do Brasil, Central Na-cional Unimed, Seguros Unimed, Unimed Rio e Fundo Institucional Unimed/FIU) patrocina dire-tamente atletas e está envolvida em outros pro-jetos do Superar, como a construção do Centro de Treinamento Superar, no Rio de Janeiro, e seus programas de inclusão, como o Nadando contra a corrente e o Correndo para o futuro.

Especificamente em relação ao Centro de Trei-namento do Instituto Superar, a proposta é alo-jar atletas de várias modalidades. O objetivo é tornar o complexo referência para o esporte paraolímpico no Brasil. Idealizado pelo Superar, patrocinado pela Unimed e com apoio da IBM, o CTS será adaptado para ser acessível e alojar atletas de 15 modalidades em suas diversas eta-pas de treinamento.

No total, o Centro de Treinamento conta com 40 mil m2 de terrenos e 23 mil m2 de área cons-truída. As instalações receberão esportes conven-cionais e paraolímpicos, como natação, atletismo,

futebol de 5, basquete, vôlei, halterofilismo, judô, goalball, esgrima, bocha, hipismo, tênis de mesa, tênis, tiro com arco, tiro esportivo, handball, fut-sal, judô, luta greco romana, caratê e taekwondo. A previsão é entrar em funcionamento em 2013. O Centro de Treinamento está sendo preparado para ser o principal núcleo paraolímpico do país com equipamentos esportivos de ponta e 100% de acessibilidade. é o primeiro da América Latina com essas características e construído com re-cursos próprios.

“Não podemos esquecer que mais de 17 mi-lhões de brasileiros têm algum tipo de defici-ência. Precisamos olhar para esse indicador com muita responsabilidade. Afinal, não estamos em busca de um simples patrocínio. Nossa convic-ção é a favor da causa”, diz Palmquist.

Música de qualidade em Sergipe

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Os presidentes da Unimed Uberlândia

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tecnologiA e inovAção

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intercâmBio, Um grAnde diferenciAl

À medida que foram surgindo Unimeds pelo Brasil - especialmente na década de 70 e 80 - a cooperativa se viu diante da necessidade de discutir as formas de potencializar e integrar as Singulares, de maneira a prestar ainda melhores serviços aos seus clientes.

Num primeiro momento informalmente - e de-pois de maneira organizada - o processo intitula-

do “Intercâmbio Nacional” passou a ganhar im-portância, envolver mais cooperativas e, por fim, se tornou um dos grandes diferenciais da Unimed ao lado de sua capilaridade incomparável.

Esse processo de organização se tornou irre-versível já na década de 80, mas foi em 1995 que ele tomou forma, com a publicação do 1o Manual de Intercâmbio Nacional, seguida da Norma De-

O diretor de Integração Cooperativista e Mercado, valdmário Rodrigues Jr., no CONAI, em Foz do Iguaçu (PR)

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Conceitualmente, o Intercâmbio “é a negocia-ção entre as Unimeds do país que gera relações operacionais específicas e normatizadas para atendimento de clientes de planos privados de assistência à saúde, contratantes de uma coo-perativa do Sistema, mas prestado por outra. O Intercâmbio está ligado à diretoria de Integração Cooperativa e Mercado, cujo titular na atual ges-tão é valdmário Rodrigues Jr.

Por meio do Intercâmbio é possível garantir:

• A troca de sujeitos da obrigação contratual de atendimento dos clientes

• As relações operacionais com disciplina obrigatória, já submetidas a regramentos

• A prestação do atendimento por Unimeds Singulares

• O caráter interdependente da negociação

rivada 06, em setembro do ano seguinte. Poste-riormente, o manual foi atualizado em 1999 para atender a alterações previstas na Lei 9.656/98, que regulamentou os planos de saúde.

Em sua atualização de 2011, o manual escla-rece que o seu objetivo é regrar e padronizar as atividades do Intercâmbio Nacional, um grande diferencial do Sistema Unimed frente à concor-rência. “O profundo engajamento em fortalecê--lo ainda mais fez com que, aos poucos, este que é um dos nossos principais instrumentos de sustentação mercadológica fosse sendo apri-morado com vistas a qualificá-lo e adequá-lo às novas realidades, sejam elas tecnológicas, legais ou setoriais, bem como melhorar o padrão de atendimento ao nosso cliente”.

Em um processo de revisão contínua, a nova atualização entrará em vigência no início de 2013. O material é totalmente voltado hoje ao Intercâm-bio Eletrônico, um marco indiscutível na busca da qualificação da assistência médica da Unimed.

Troca de experiências e conhecimento compartilhado... ...fortalecem a atuação do Sistema Unimed em todo o Brasil

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Infraestrutura de TI

A Tecnologia da Informação tem importância vital no Intercâmbio on-line e na comunicação de dados como um todo do Sistema Unimed. Sen-do assim, merece atenção especial da Unimed do Brasil, inclusive com uma diretoria específica na atual gestão, sob o comando de Cesar Neves.

O empenho da Unimed do Brasil no avanço da estrutura de TI objetiva recuperar o tempo perdido por um hiato na área e reconquistar espaço nas so-luções tecnológicas para as cooperativas do Sistema.

Nos últimos três anos, os trabalhos da TI volta-ram-se para atualizações constantes dos softwa-res Cardio (gestão de planos de saúde) e Nefron (autorizador), objetivando sua implantação nas Singulares e Federações Unimed. Até o final de 2012, cerca de 100 cooperativas já são atendidas.

Ao mesmo tempo que a equipe foi incremen-tada, foram realizadas melhorias nos softwares que compõem as três soluções oferecidas pela

Confederação: a Integra, que agrega processos, pessoas e tecnologia para gestão eficaz da coo-perativa e é formada pelos sistemas Cardio, Ne-fron e Hilum (capturador de dados e validador de biometria); a Solução Ativa, voltada à atenção à saúde do cliente e às ações preventivas que garantam a sustentabilidade do negócio, com-posta pelos softwares Linfo (medicina preventi-va) e Cerebrum (BI e DW); e a Solução Conecta, que transforma dados em informações estraté-gicas fundamentais para decisões gerenciais, por meio do software Cerebrum (BI e DW).

Assim, o Cardio recebeu novos recursos para acompanhar as mudanças na regulamentação do setor da saúde, principalmente as relativas ao Plano de Contas Contábil e ao Ressarcimento ao SUS; foi criada a versão 3.0 do Hilum, que pas-sou a incluir funções e relatórios inéditos, como aquele para autorização de internação; e o Linfo incorporou 150 novos indicadores de desempe-nho, qualificando a medição da efetividade dos programas de medicina preventiva.

Também foi criado o Comitê Estratégico da Solução Integra, para atender às necessidades tecnológicas das Unimeds, além de permitir que elas acompanhem de perto o atendimento de suas demandas relativas aos sistemas Cardio, Ne-fron e Hilum. A novidade à frente é o SuperCardio.

Essa atenção à área de TI apresenta resultados crescentes, resultado do empenho da equipe, ino-vações tecnológicas e o próprio compromisso da Unimed do Brasil em oferecer soluções que efeti-vamente agregam valor às cooperativas médicas.Comitê Político: ferramenta de aproximação com lideranças

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recUrsos própros

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Os mais recentes números do Sistema Uni-med em termos de rede própria são robustos:

106 hospitais próprios

179 pronto atendimentos

88 laboratórios

40 centros de diagnóstico

7.472 leitos

Esse processo de fortalecimento da estrutu-ra de atendimento evoluiu à medida que foram surgindo Unimeds em todo o país. Logo se per-cebeu que era preciso oferecer aos clientes a praticidade de ser atendidos em locais próprios.

O primeiro impulso nesse sentido foi dado em 1974, quando o governo militar criou o Fundo de Apoio ao Desenvolvimento (FAS), cuja função principal era oferecer crédito subsidiado para atualizar e ampliar a rede privada de hospitais.

Esse fundo foi muito importante para a saúde privada como um todo e o responsável pela ex-plosiva multiplicação do número de leitos entre 1969 (74.543) e 1984 (348.255).

Em 1992, a Unimed deu um passo importante para organizar sua rede própria com a contrata-ção da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da PUC Campinas para projetos de reforço, adaptação e construção de hospitais Unimed em todo o país.

Dois anos depois, foi criada a Unimed Produ-tos e Serviços Hospitalares - Unimed Hospitais.

Na década de 90, aliás, ocorreu um proces-so de aceleração da construção de hospitais próprios, ritmo que segue até hoje ao ritmo de 4 a 6 hospitais por ano. Esse movimento tornou o Sistema Unimed a 2a maior rede própria do país.

A segUndA mAior rede de hospitAis próprios do BrAsil

Hospital Unimed é referência em Fortaleza (CE)

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desAfios

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os refleXos dA JUdiciAlizAçãoSomente o Judiciário do Estado de São Paulo

recebeu 29 mil demandas relacionadas aos planos de saúde em 2011. E mais: deste total, nada me-nos do que 75% referiam-se a casos sem cobertura contratual. Resultado: custo de R$ 800 milhões para as operadoras, volume de recursos suficiente para a construção de um hospital de 2.000 leitos.

A situação é ainda mais dramática quando se avaliam esses processos num universo de 85 mi-lhões de ações nas várias esferas do Judiciário. E 25 milhões de novos processos entram em pau-ta anualmente.

Nesse cenário, mesmo que não queiram, os juízes brasileiros estão diretamente envolvidos com a saúde, até porque as ações liminares são solicitadas, na maioria das vezes, às sextas-feiras, no final do experiente.

Em sua defesa, o Judiciário ressalta que não pode fugir à responsabilidade e, à luz da Cons-tituição Federal de 1988, normalmente acata os pedidos dos clientes dos planos de saúde - ten-do ou não direito ao pleito. Assim, a Judicializa-ção acaba sendo um dos principais desafios à gestão das operadoras de planos de saúde em geral e à Unimed em particular.

“Os magistrados não têm alternativa”, disse o ministro Gilmar Mendes, do Superior Tribunal Fe-deral na mais recente Convenção Nacional Uni-med, realizada em Florianópolis.

A boa notícia é que o próprio Judiciário come-ça a se abrir para a correta informação técnica. Alguns juízes de primeira instância já se movi-mentam para conhecer um pouco mais a fun-do as questões mais relevantes dessa delicada questão, como ocorre em Ribeirão Preto e em Araraquara, interior do Estado de São Paulo.

A Unimed procura fazer a sua parte e convida os juízes para o diálogo. Além disso, contribui para o correto entendimento das mais variadas demandas judiciais. A Federação das Unimeds do Estado de São Paulo, por exemplo, coloca à disposição do Judiciário cartilha de apoio mé-dico e científico com revisões sistemáticas. “É uma contribuição ao correto entendimento dos pleitos que chegam aos juízes, especialmente às sextas-feiras à tarde”, disse Humberto Jorge Is-sac, presidente da Fesp.

O segmento de órteses, próteses e materiais especiais - denominado de OPME - é um dos principais envolvidos na questão judiciária. Como se trata de uma área de altos custos, os interes-ses comerciais de fornecedores e prestadores de serviços confundem-se com a nobre missão da medicina e o resultado é nefasto, especialmen-te para as operadoras de planos de saúde, que invariavelmente acabam pagando a conta. Mui-tas vezes - é preciso que se diga - os clientes são levados pelas partes envolvidas a ir à Justiça. Novamente, o vilão é o plano de saúde, mesmo que quase sempre os pedidos não estejam res-

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paldados pelo contrato de prestação de serviços assinados entre operadora e cliente final.

A luta para adequar a legislação

Está na Lei 5.764, de 1971. A cooperativa é uma empresa social diferenciada e, portanto, sujeita a condições específicas de atuação. No entanto, é taxada como uma empresa mercantil. Pior: as operadoras mercantilistas têm algumas vanta-gens em relação à cooperativa médica.

Assim, ao contrário do que está expresso no artigo 2, parágrafo único da lei das cooperativas, a questão tributária permanece como um ponto

muito importante a ser equacionado e que vem merecendo a atenção da Unimed do Brasil.

A lei diz: “A ação do Poder Público se exercerá, principalmente, mediante prestação de assistên-cia técnica e de incentivos financeiros e creditó-rios especiais, necessários à criação, desenvolvi-mento e integração das entidades cooperativas”.

A Constituição Federal de 1998, em seu arti-go 174, parágrafo 2o, expressa que “a lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras formas de associativismo”, afirmando ainda, no art. 146, inciso III, alínea c, que caberá à legislação com-plementar a competência para instituir adequa-do tratamento tributário ao ato cooperativo pra-ticado por estas sociedades.

Eventos jurídicos: contribuição ao esclarecimento do Judiciário sobre as questões de saúde

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Porém, a referida lei complementar ainda não foi aprovada, sendo, por consequência, aplicada a Lei 5.764/71 (Lei das Cooperativas), conforme determinação da própria Constituição.

A Unimed defende com ênfase e sempre que possível junto ao Legislativo e Judiciário a apro-vação do Projeto de Lei Complementar (PLP) 271/2005, que visa dar o adequado tratamento tributário ao ato cooperativo. Importante escla-recer que as cooperativas não buscam uma isen-ção ou imunidade, mas o reconhecimento de sua particularidade na esfera tributária em vigor.

Um dos caminhos trilhados pela Unimed para o adequado tratamento tributário é a aproxima-ção com o Congresso Federal e instâncias esta-duais e municipais. Sob a coordenação de José Abel ximenes, a Unimed do Brasil montou um comitê político em Brasília. Além de ser a “casa” da Unimed no Distrito Federal, a unidade traba-lha em conjunto com a Organização das Coope-rativas Brasileiras e, entre outras iniciativas, rea-liza encontros periódicos com os congressistas. é um passo a mais na difícil jornada de se valer dos seus direitos como cooperativa.

Claro, o Rol de Procedimentos

Impossível falar em desafios sem mencionar o rol de procedimentos, determinação que atinge em cheio a relação contratual de operadores e clientes finais na medida em que interfere nesse relacionamento comercial incluindo novos serviços.

Em sua defesa, a ANS diz que “o processo de revisão do rol conta com a constituição de um grupo técnico composto por representantes de entidades de defesa do consumidor, de opera-doras de planos de saúde, de profissionais de saúde que atuam nos planos de saúde e de téc-nicos da ANS”. A proposta é submetida a consul-ta pública, com participação aberta a todos os interessados.

Tudo isso sem levar em conta o contrato pre-viamente assinado entre operadoras e clientes. O custo envolvido tem de ser absorvido pelas operadoras.

Não se pode deixar de mencionar o ressarci-mento ao SUS, procedimento questionado com ênfase pela Unimed devido ao pagamento em si e ao valor - superior ao cobrado pelo Serviço Único de Saúde. Outra questão polêmica diz res-peito às provisões técnicas, já que cooperativa não vai à falência e seus membros são responsá-veis pelo passivo.

Gilmar Mendes, ministro do Superior Tribunal Federal

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conhecer pArA trAnsformAr

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A Unimed qUe deseJAmosA maturidade exige mudanças e, mais do

que simples ajustes, passa por transformações profundas. Esse sentimento foi se fortalecendo aos poucos na Unimed, particularmente a partir da regulamentação do setor de saúde privada pela Lei 9.656/98 e criação da Agência Nacio-nal de Saúde Suplementar (ANS), em janeiro de 2000 (Lei 9.961).

Na esteira desse sentimento, uma convicção: novos tempos exigem um novo modelo de pres-tação de serviços e de gestão. Afinal, em última análise, sem regulamentação do ato cooperativo - uma proposição da Constituição de 1988 - a

Unimed arca com os tributos de uma empresa mercantil e disputa com este perfil de organização a atenção dos clientes. Em outras palavras, mesmo sendo uma empresa social, cujos valores envol-vem a prestação de serviços aos mais diferentes públicos, inclusive às comunidades onde atuam, a Unimed compete em desigualdade com gru-pos empresariais focados na obtenção de lucro.

Nesse cenário, é indiscutível a necessidade de mudar, sob pena de assistir ao lento e grada-tivo retrocesso frente à fúria dos concorrentes e às exigências legais aplicadas a uma coopera-tiva médica.

Eudes de Freitas Aquino (pres. da Unimed do Brasil) na abertura do workshop “Conhecer para Transformar”: novo modelo de atuação

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A história é pródiga em exemplos de corpora-ções que se agigantaram por méritos indiscutí-veis, acostumaram-se ao topo, deixaram-se levar pela soberba e não perceberam o momento cer-to de mudar de direção. A Unimed quer entrar para a história como uma organização grande e forte, mas que soube mudar de rumo, ajustar- se aos novos tempos, desviar-se dos obstáculos e manter o caminho.

Quando assumiu o comando da Unimed do Brasil, em março de 2009, o principal desafio do presidente Eudes de Freitas Aquino era avançar na direção da transformação. “Temos uma organiza-ção madura, que se consolidou e ganhou espaço no mercado de planos de saúde. é chegada a hora de avançar”, disse o dirigente mais de uma vez.

Sua campanha foi aos poucos atraindo adep-tos e integrando cabeças importantes do Sistema Unimed, que igualmente reconhecem a necessi-dade de se ajustar ao novo momento do mercado.

Paralelamente a esse sentimento, empresas mercantis de planos de saúde apareceram, cres-ceram e estão disputando espaços com a Uni-med. As leis de mercado passaram a imperar em sua essência nesse segmento: havia demanda reprimida, apareceram os competidores. Era mais do que na hora de o líder cumprir o seu papel de comando e, adiantando-se às necessidades internas e dos clientes, surpreender.

Para tanto, o primeiro desafio era motivar os cer-ca de 70 mil colaboradores, gestores e dirigentes.

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Workshop dividiu participantes em grupos para discussão de temas específicos

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A consultoria Delloite foi contratada para dar forma a esse movimento interno. Após longas tratativas chegou-se a um plano de ação de mé-dio prazo, sendo que o primeiro movimento se-ria o de envolvimento.

Os passos foram sendo dados aos poucos, in-cluindo todas as áreas e todas as unidades (das co-operativas Singulares à Unimed do Brasil, passan-do pelas cooperativas secundárias: Federações).

O grande movimento ocorreu no final de ju-lho de 2011, em São Paulo, no evento chamado “Conhecer para Transformar”, quando mais de 300 participantes sacramentaram seus desejos e aspirações em um documento de propostas.

Ou seja: mais do que impor um modelo, a Uni-med cumpria um dos valores do cooperativismo e deixava a decisão para o coletivo.

As contribuições foram inovadoras e várias indiscutivelmente progressistas. O rico material reunido foi incorporado ao estatuto do coope-rativismo brasileiro, ajudando assim a fazer a ne-cessária transformação do Sistema Unimed.

Com o workshop em São Paulo, ficou claro que dirigentes e gestores concordam que o Sistema Unimed está um tanto disperso e é preciso avan-çar na união de todos. “Não entendo cooperati-vismo sem união. Esse fundamento é inquestio-nável. Afinal, isoladamente somos fracos; e juntos, muito fortes”, define o presidente Eudes.

é importante se manter o papel de cooperati-va, mas não esquecer a visão empresarial. Nesse tópico, também se propõe o fortalecimento da Unimed do Brasil, padronização dos estatutos e formação de gestão dos dirigentes, além de ações nacionais de responsabilidade social, en-tre outras iniciativas.

O workshop definiu algumas linhas de ação claras e objetivas, cujos principais pontos estão a seguir:

Desafios do Intercâmbio

As principais propostas envolvem o cumpri-mento do Manual Nacional de Intercâmbio, indis-cutivelmente um diferencial da Unimed. é preciso ressaltar, acima de tudo, a importância do cliente. Se há acertos a ser feitos internamente, que o sejam, mas nunca respingando no atendimento

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de quem é, afinal, a razão de ser de uma organi-zação privada. Tal aspecto ganha contornos ain-da mais prementes num cenário em que a saúde privada avança e os competidores ganham mús-culos para disputar a atenção dos clientes finais.

Governança Cooperativista e Gestão

Fortalecer a cultura de gestão no Sistema é um ponto consensual, assim como o processo de avaliação dos colaboradores, investimento em educação e fortalecimento do cooperati-vismo na mídia. A premissa aqui é que de pou-co adianta o discurso sem a prática. Quando se propõe um movimento dessa dimensão é

preciso ter o envolvimento de todos. Mas, foi dito por um dirigente de cooperativa agropecuária na 42a Convenção Nacional Unimed, não se pode mais ter paternalismos. Sejamos profissionais em todos os sentidos. Porém, também sejamos di-ferentes, respeitemos os valores cooperativistas. Pois, eles nos diferenciam, não dão identidade.

Reconfiguração do Sistema:Operadoras x Prestadoras

Tema bastante recorrente. A principal propos-ta diz respeito à avaliação de fatores favoráveis e desfavoráveis à transformação de operadoras em prestadoras sem, no entanto, comprometer sua singularidade. Estimativas preliminares

Workshop “Conhecer para Transformar” em 2012: conquistas importantes para o Sistema Unimed

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apontam para ganhos de até R$ 1 bilhão apenas por conta de estruturas replicantes.

Remuneração Médica

As propostas envolveram a valorização das práticas sustentáveis e a formação técnica dos colaboradores, além do estímulo ao envolvi-mento da Fundação Unimed e fomento de centros de estudos. Importante ressaltar, nes-se ponto, que a Unimed é uma cooperativa de médicos, criada por médicos. Os coopera-dos estão na essência de sua existência. Sendo assim, é ponto de honra da Unimed a defesa da melhor remuneração médica. Internamente, a organização trabalha para reduzir despesas operacionais para ampliar a remuneração dos seus médicos. Em termos amplos, é parceira das reivindicações da classe por melhores con-dições de trabalho.

Mercado e Competitividade

As propostas envolveram a unificação do pro-grama de gestão (ERP) e dos portais Unimed. Da mesma forma, um programa de divulgação nacional e relatório unificado das ações de Res-ponsabilidade Social tornam-se necessários. Jun-tos somos mais fortes, diz o presidente Eudes de Freitas Aquino. Não se pode pensar em um processo de avanço e ganhos coletivos sem as-sociar as vantagens competitivas.

Regulação e Tributos

Maior atenção à Judicialização, com partici-pação nas esferas estaduais do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e parceria com entidades de médicos para realização de eventos com magistrados e membros do Ministério Públi-co foram algumas das propostas apresentadas. Esse movimento, aliás, já começa a gerar alguns frutos a partir da maior aproximação com juízes de várias instâncias. A elaboração de material técnico de apoio às decisões judiciais é um pas-so sólido nesse sentido.

Foram dados prazos para o encaminhamento dessas proposições e definidos os envolvidos na sua realização. Desde então, os avanços foram consistentes, se bem que ainda não suficientes para dizer que a Unimed pratica um novo mo-delo assistencial.

No primeiro semestre de 2012, os dirigentes reuniram-se novamente em São Paulo para dis-cutir detalhes mais apurados do modelo a ser implantado e quais os passos para chegar a essa nova proposta. Decisão tomada, uma série de ta-refas já foi realizada, demonstrando comprome-timento dos dirigentes e gestores.

Para avaliar essa importante transformação, os dirigentes do Sistema Unimed envolveram o IHI (Institute for Healthcare Improvement), institui-ção de âmbito internacional, líder na transforma-ção de sistemas de saúde com foco na inovação,

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qualidade e sustentabilidade. O IHI apresentou sua visão sobre os pontos que precisam ser alte-rados, o cenário mais próximo do ideal e como fazer para alcançar esse objetivo.

Com os primeiros passos dados anos atrás, quando os dirigentes detectaram a necessidade de mudanças, a busca de uma proposta adequa-da ao Sistema Cooperativista Unimed envolveu até o conhecimento dos melhores sistemas de saúde europeus.

Com a visualização desse cenário, nasceu o Centro de Qualidade e Inovação da Unimed/Fun-dação Unimed, para auxiliar as Unimeds a desen-volver o novo modelo de gestão. A iniciativa ini-cial desse órgão foi o evento realizado em 2012.

Nessa sua segunda edição, o workshop “Co-

nhecer para Transformar” procurou mostrar aos dirigentes a importância de um modelo focado no cliente e na qualidade, colocando o Centro de Qualidade e Inovação como agente de envolvi-mento das Unimeds e dos estabelecimentos de saúde próprios ou credenciados no desenvolvi-mento, teste e implementação de um sistema de aperfeiçoamento da excelência assistencial. A ideia é iniciar essas ações com pilotos, incentivando as demais Unimeds a adotá-las também. A Unimed Guarulhos é um primeiro embrião desse processo.

Esse grande projeto nacional teve início a par-tir de uma necessidade, tendo em vista que o Sistema cresceu muito e, inevitavelmente, preci-sa de reparos. Agora, já tem um direcionamento claro: propor iniciativas do modelo ideal e traba-lhar para chegar a esse modelo.

Experiência internacional do IHI como fonte inspiradora

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As discussões envolvendo os dirigentes foi uma preparação para desenvolvimento de aná-lise crítica e criação de um nosso formato coo-perativista para atender às necessidades do pre-sente e do futuro. Obviamente que a Unimed não deixará de ser cooperativa, mas claramente precisa trilhar outros caminhos.

Nesse caminho para a mudança, destaca-se a necessidade do envolvimento das pessoas e utilização da infraestrutura.

Assim, a base para as propostas envolve a construção da capacidade de tecnologia da in-formação (TI), competência das pessoas do Sis-tema, padronização nacional de processos assis-tenciais e administrativos, além de alinhamento dos cooperados aos objetivos estabelecidos, que serão decisivos para o sucesso dessa empreitada.

Os objetivos são arrojados e requerem a par-ticipação efetiva de todos, uma vez que a pro-posta é buscar uma nova forma de atuação da Unimed. A partir dos tópicos centrais, a busca envolve 12 grandes temas, muitos dos quais já contam com tarefas realizadas. São eles:

• Redefinição do modelo de gestão do Sistema Unimed, com foco nos clientes (cooperados, usuários, comunidade etc)

• Alinhamento da atuação do Sistema de sociedades auxiliares às diretrizes da Unimed do Brasil

• Integração da rede

• Fortalecimento da Unimed do Brasil como entidade normalizadora e regulamentadora do Sistema

• No modelo empresarial: atuação na cadeia produtiva do negócio

• Implantação da governança cooperativista no Sistema Unimed

• Promoção da participação dos médicos cooperados para o alcance de excelência na gestão

• Fomento de forma institucional do resgate do Cooperativismo

• Atuação em diversos segmentos nas diferentes geografias

• Criação de identidade única no Sistema no âmbito socioambiental

• Desenvolvimento de estratégias de manutenção e aumento de mercado

• Viabilização de parcerias público-privadas

Até este momento mais de 75% das premissas básicas já foram atingidas. Os próximos passos tornam-se decisivos para a mudança do modelo de gestão da Unimed. Como definem os valores cooperativos, é preciso que todos estejam jun-tos nessa nova etapa. O engajamento é essen-cial para o sucesso e a transformação da maior cooperativa médica do mundo.

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Lições vindas da Europa

Como parte do processo de aprendizado do Sistema Unimed para a transformação do seu atual modelo assistencial, um grupo de dirigen-tes e gestores passou duas semanas em solo europeu para conhecer as soluções encontradas pelos países do velho Continente para enfren-tar a dura realidade de cuidar bem da saúde. A viagem teve como focos principais atenção pri-mária, soluções de TI para a saúde, evolução das práticas medicinais, medicina baseada em evi-dências e reforma do pagamento dos prestado-res de serviços.

A programação envolveu a visita a importantes sistemas de saúde da Inglaterra, França, Holanda

e Alemanha, buscando modelos para contribuir para a transformação do modelo assistencial do Sistema Unimed.

Entre outras contribuições, já incorporadas ao processo de transformação do modelo de atua-ção da Unimed estão, indiscutivelmente, a aten-ção primária desenvolvida e organizada.

No Brasil, se pratica o modelo assistencial baseado em especialistas e hospitalocêntrico, mais oneroso e não necessariamente de melhor qualidade. Outra razão para fortalecer a aten-ção primaria é o processo de envelhecimento da população, uma vez que pelo atual modelo a sinistralidade tende a aumentar, exigindo um pesado investimento em infraestrutura (recursos

Dirigentes discutem temas mais importantes do workshop: democratização das decisões

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próprios) para o atendimento das regras impos-tas pela ANS e manutenção da confiança dos clientes na Unimed.

Outro ponto importante: a modificação da forma de remuneração dos prestadores de servi-ços, cuidando para que os incentivos não sejam apenas para estimular a quantidade, mas prin-cipalmente a qualidade da assistência prestada.

O modelo europeu mostra com clareza que é preciso investir com intensidade em tecnologia da informação em saúde para conhecer os re-sultados das intervenções feitas nos clientes. Co-nhecendo tais resultados pode-se tomar consci-ência do que é preciso melhorar.

Um poderoso Registro Eletrônico de Saúde (RES) sem dúvida auxiliará a Unimed a introduzir cada vez mais os protocolos baseados nas me-lhores evidências científicas, aumentando a se-gurança ao paciente e economizando recursos ora desperdiçados. Eis um desafio premente.

Da mesma forma, é importante conhecer que cuidados faltam aos clientes para que sejam in-dicados de forma segura e precisa.

Uma constatação que ajuda a tomar decisões: cada real investido em qualidade pode trazer dois reais de volta, além do mais importante, que é salvar muitas vidas, e do claro aumento da sa-tisfação dos pacientes.

Sistema Unimed reconhece que é fundamental transformar o modelo de atuação

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sAúde no fUtUro

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Incorporação periódica de novas tecnologias, re-muneração médica pautada na qualidade e não em quantidade, medicina baseada em evidências, atenção primária, prontuário eletrônico, parcerias

públicoprivadas, envelhecimento da população. Es-tes e outros tópicos estão na ordem do dia da saú-de no Brasil.

A Unimed está atenta e empenhada em avançar nessas questões. Sua rede hospitalar é uma das mais avançadas do país e os hospitais verdes, como de Blumenau e do Rio de Janeiro, ganham ainda mais relevância.

O uso da tecnologia, aproveitando a capilaridade do Sistema Unimed, é outro tema relevante, assim

como os passos já dados - e infelizmente ainda não reconhecidos plenamente - na direção das parcerias com o governo para melhorar o atendimento.

Em quatro anos, procuramos direcionar a atuação da Unimed do Brasil para es-ses temas. Nosso PDO (Plano de Desenvolvimento Organizacional) está pautado em avanços nessas áreas. O projeto “Conhecer para Transformar” é um guia dessas práticas do Sistema e estamos empenhados em sua evolução, contando com a inestimável contribuição dos dirigentes, gestores e todos os colaboradores.

Praticamos uma gestão participativa e democrática, tendo como base os valores e princípios do cooperativismo.

eudes de freitas AquinoPresidente da Unimed do Brasil

olhAr à frente

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Assim, nada melhor do que contar com a contribuição dos dirigentes da Unimed do Brasil, os presidentes das empresas do Sistema e das cooperativas de segundo grau (Federações) espalhadas por todo o país.

Afinal, convivemos com realidades regionais distintas, mas alinhadas tanto nas adversidades quanto na busca pela excelência, ética e dignidade, valores implícitos no trabalho do cooperativismo médico.

O tema principal é o mesmo para todos:

como vocês veem o futuro da Unimed e da saúde privada no Brasil?

As visões individuais e importantes contribuições estão nas próximas páginas.

eudes de freitas AquinoPresidente da Unimed do Brasil

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Indiscutivelmente, a Unimed tem grandes desafios

pela frente. Alguns são intrínsicos ao Sistema e outros

são externos, ligados à ANS e ao mercado de uma

forma geral. Nesse campo, está a tributação, o ato

cooperativo, a Judicialização, o rol de procedimentos, o

ressarcimento do SUS e outros igualmente impactantes

sobre o cooperativismo médico.

Quero me ater aqui aos desafios internos da Unimed,

muitos dos quais estão contemplados no programa “Co-

nhecer para Transformar”, desenhado pela Unimed do

Brasil para dar uma nova forma de atuação ao Sistema.

Um ponto que me parece muito importante diz res-

peito ao preparo dos dirigentes para a gestão das co-

operativas. Somos médicos, claro. Nosso ideal sempre

foi praticar a medicina e contribuir para a saúde das

pessoas. Poucos vislumbravam a possibilidade de ter de

comandar uma organização, como as Singulares, Federa-

ções e até a Confederação.

Mas o fato é que por causas diversas somos levados ao comando das cooperativas sem o

preparo necessário. E, despreparados, muitas vezes podemos tomar decisões emocionais

sem amparo legal, comprometendo até a própria sobrevivência da cooperativa.

Defendo um choque de gestão no Sistema Unimed. É preciso definir regras claras para

que os médicos se preparem para administrar as cooperativas. Não tenho dúvidas de que

esse é um caminho fundamental neste momento em que discutimos um novo modelo de

trabalho. E a Fundação Unimed está aí para contribuir, o que já tem feito com brilhantismo.

Aliás, nesse processo de mudança também temos de ter em mente que existimos ape-

nas por conta da confiança dos nossos clientes, os usuários de planos de saúde. Sem eles,

a Unimed não é forte, não existe.

luiz carlos misurelli palmquistVice-Presidente da Unimed do Brasil

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Temos de trabalhar para a contínua diferenciação dos nossos serviços. E temos de ser

muito efetivos, para que os clientes vejam isso em nós. A base está formada, depende

apenas de nós.

E somos um verdadeiro exército para buscar esse modelo ideal. Estamos chegando a 112

mil médicos cooperados. E há cerca de 70 mil colaboradores no Sistema.

é preciso que cada um de nós, em todas as Singulares e Federações, de norte a sul do

Brasil, faça a sua parte, esteja engajado no processo de mudança. O futuro é promissor,

mas os desafios são crescentes. E está provado que apenas os mais ágeis e focados na

excelência do atendimento continuarão crescendo. Está aí um desafio a ser vencido.

luiz carlos misurelli palmquistVice-Presidente da Unimed do Brasil

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A companho a trajetória da Unimed há longo tem-

po, estando envolvido no Sistema deste 1992.

Durante este tempo observei um crescimen-

to vertiginoso da marca, e venho refletindo o

porquê desta diferença em relação a outros planos de

saúde, uma vez que é enorme a distância para o segun-

do colocado neste segmento. Só encontro uma explica-

ção: Somos médicos e isto faz todo o diferencial.

Ao longo destes 45 anos pude acompanhar o envolvi-

mento dos médicos na promoção da marca Unimed, e

ela foi fundamental no crescimento e sedimentação da

mesma. Certamente sem este apoio nosso sucesso teria

sido menos duradouro. Todos os médicos abraçando a

filosofia cooperativista calcada em seus sete princípios

fundamentais levaram o nome Unimed a todos os re-

cantos de nosso extenso território brasileiro, de tal sor-

te que hoje a população brasileira ao pensar em saúde

pensa em nossa marca.

São 45 anos de histórias e lutas, algumas vezes contra

as rígidas normas impostas pelos órgãos governamentais e pela sede arrecadatória do go-

verno federal. Seja como for estamos cada vez mais sedimentados nesta importante área

de nossa economia e de primeira necessidade para nossos clientes, ou seja, saúde e vida.

Assim sendo, agradeço a todos que de forma direta ou indireta nos ajudaram na constru-

ção de nossa história. De forma especial, agradeço o envolvimento de nossos cooperados

na busca da excelência e do envolvimento na procura por novas soluções pelo coopera-

tivismo médico unimediano. Certamente, o futuro ainda nos reserva um crescimento pu-

jante calcado na categoria médica, que sempre buscou a vida como fonte de sua energia.

euclides malta carpiDiretor Financeiro da Unimed do Brasil e Presidente da Federação Unimed Rio

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Existem duas fontes de perene alegria: o bem realizado e o dever cumprido . Parabéns

Unimed pela maturidade de seus 45 anos de existência na sociedade brasileira e também

pelo bem realizado e o dever cumprido.

euclides malta carpiDiretor Financeiro da Unimed do Brasile Presidente da Federação Unimed Rio

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O sistema de saúde privado no Brasil cres-

ce, conforme mostram os números, porém,

concomitantemente, enfrenta adversidades

cada vez maiores. Cito três exemplos que

me parecem os mais importantes: a Judicialização, as

exigências da ANS em termos de provisões técnicas e o

uso indiscriminado de OPMEs (órteses, Próteses e Medi-

camentos Especiais).

No entanto, isso não significa que o futuro da saúde

privada esteja comprometido. Sou um otimista. Para mim,

o cenário é promissor e há muito a ser explorado, tendo

em vista fatores conjunturais ligados à saúde pública.

Me refiro particularmente ao processo de sucateamen-

to da saúde pública e à inexplicável falta de transpa-

rência e competência da gestão dos recursos da União,

estados e municípios.

Como as manchetes mostram, tal realidade tem gera-

do enorme insatisfação dos brasileiros, o que é perfeitamente compreensível já que - está

na Constituição Federal - saúde é um direito do cidadão.

Não tenho dúvidas de que o sistema cooperativista é a única alternativa viável para

oferecer saúde digna à população, com remuneração adequada aos médicos brasileiros.

Digo isso com segurança, pois a Unimed está se capacitando e se preparando para

enfrentar os desafios que se mostram à nossa frente. Estou falando particularmente do

rápido processo de envelhecimento da população.

Na mesma linha de raciocínio, estamos investindo pesado na orientação da importância

da atenção integral à saúde dos nossos clientes. Definitivamente, custa bem mais barato

desenvolver ações preventivas a continuar trabalhando no aspecto curativo.

valdmário rodrigues Jr.Diretor de Integração Cooperativista e Mercado

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Portanto, urge sair do modelo curativo e hospitalocêntrico de hoje. Esse processo está

sendo liderado pelo Sistema Unimed e deve merecer a máxima atenção dos poderes pú-

blicos, tendo em vista que os recursos são finitos, porém a necessidade de investimentos,

as inovações tecnológicas e as atualizações técnico-científicas são infinitas.

Devemos, portanto, buscar a racionalização dos custos operacionais, sem nunca abrir

mão da excelência na prestação de serviços de saúde aos nossos cerca de 19 milhões de

clientes.

O sucesso desse processo depende, e muito, da capacitação dos nossos dirigentes. A

Unimed do Brasil tem dado irrestrito apoio a iniciativas ligadas ao preparo na administra-

ção das cooperativas, tentando despertar na atual geração de dirigentes a importância da

gestão profissional e focada na satisfação de quem é nossa razão de existência: os clientes

e os médicos cooperados.

valdmário rodrigues Jr.Diretor de Integração Cooperativista e Mercado

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Os projetos de sucesso em toda organiza-

ção implicam visão em longo prazo. Em se

falando da saúde da população brasileira,

se a quisermos eficaz e sustentável, deve-

mos promover mudanças em seu modelo de gestão, sob

pena de atingirmos o caos em breve tempo.

Somos muito curativos e pouco preventivos.

As doenças crônicas já representam cerca de 60% da

mortalidade mundial e há a certeza de aumento veloz

desse percentual em curto espaço de tempo. Sabe-se que

10% de uma população crônica não monitorada conso-

mem mais da metade dos recursos assistenciais. A expec-

tativa de vida vem crescendo, assim como o contingente

populacional. As novidades da tecnologia promovem, dia

a dia, o avanço da medicina e, embora devamos brindar a

isso, seu uso inadequado tem gerado desequilíbrio finan-

ceiro nas OPS, tanto no serviço público quanto no privado.

A melhora das condições socioeconômicas dos brasileiros nos últimos anos, evidenciada

por diversos indicadores (classes D e C emergentes), associada às restrições na assistência

médica dos serviços públicos, têm absorvido um número crescente de usuários para os

planos privados de saúde, muitas vezes boa parte de uma população idosa. O resultado

disto, quando não bem gerido, culmina em aumento significativo da sinistralidade, fator

principal das liquidações das operadoras.

A farta distribuição de liminares pelo Judiciário, baseadas comodamente no Código do

Consumidor, com a alegação de que “juiz não é médico” tem, da mesma forma, prejudica-

do as OPS. Até hoje, não se conseguiu, na maioria das vezes, reverter essas decisões em

tempo hábil, pois não se tem encontrado maneira de assessorar o Judiciário no sentido de

dar-lhe argumentação técnica apropriada para melhores conclusões.

A Agência Nacional de Saúde (ANS), embora tenha dado grande contribuição ao sistema

suplementar e à população em geral, emite inúmeras e injustificáveis resoluções normativas

francisco Alberniz Bohrer pillaDiretor Administrativoda Unimed do Brasil

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que impactam na atuação das operadoras, em nada auxiliando o bom andamento para essa

mesma população e muito menos para quem lida com o setor. A carga tributária que recai

sobre as operadoras, que no Brasil não é exclusividade delas, é, por certo, matéria a ser revista.

O Sistema Unimed, líder no mercado de planos de saúde e presente em 83% do territó-

rio nacional, deve repensar e agir rapidamente na mudança de seu modelo de gestão. A

atenção primária à saúde, e neste contexto privilegiar a medicina preventiva, juntamente

com a alteração do repasse por produção para repasse por resultados ao médico cooperado

encurtam caminho para a melhoria da qualidade assistencial. E qualidade gera economia!

é matéria complexa, nada fácil de realizar, requer muita determinação, treinamento de

equipes, envolvimento de toda a rede (inclusive dos clientes) e tecnologia da informação

focada neste tipo de programa. Mesmo de difícil realização, em que seria exigido investi-

mento e mudança de cultura dos envolvidos, a Unimed deve se debruçar em cima desta

ideia e estimular seus pares a seguir esse caminho.

O Estado, gestores, dirigentes, médicos, serviços credenciados e a própria sociedade de-

vem aliar-se e analisar com profundidade o cenário atual e o que se avizinha. A continuar

como está não conseguiremos reverter o processo atual e a tendência é desqualificarmos

cada vez mais a assistência que prestamos. Uma Unimed que se diz em crescimento não

é aquela que simplesmente aumenta seu faturamento ou seu número de usuários e sim

aquela que melhora continuamente a qualidade oferecida a seus clientes.

Para isso ocorrer temos grandes desafios a ser transpostos. Mas isso é possível, desde

que continuemos a ter em mente a necessidade premente de mudanças e que somos

uma cooperativa.

é só respeitar os nossos princípios!

francisco Alberniz Bohrer pillaDiretor Administrativo da Unimed do Brasil

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A saúde suplementar convive com mudanças

permanentes. Desde a sua criação até os dias

de hoje, o segmento vem enfrentando desa-

fios diversos e precisa se adaptar ao mundo

atual e às mudanças futuras que, certamente, tornarão

cada vez mais difícil a viabilização do negócio “plano de

saúde privado”.

O Sistema Unimed, apesar de cooperativo, está inseri-

do no contexto geral das regras de mercado, fiscalização

e obrigações legais impostas por uma realidade não se-

letiva das diversas categorias dos planos existentes no

nosso país.

O Sistema precisa vislumbrar um novo modelo, que

solucione os principais problemas que elevam nossos

custos hoje, projetando propostas e ações de médio a

longo prazos para estabelecer equilíbrio e sustentabili-

dade futuros.

Temos conhecimento dos nosso problemas de hoje e saberemos projetar as futuras

dificuldades na busca da sustentabilidade completa do Sistema, com ações para encarar-

mos o rápido avanço tecnológico e que são importantes para melhorar os resultados no

tratamento com nossos clientes.

Deveríamos normalizar junto ao órgão regulador (ANS) e às entidades de classe (CFM

e AMB) uma entrada gradual e programada das novas tecnologias, especialmente as de

alto custo. Esta é uma realidade que não tem fim. Sempre teremos que conviver com ela.

A transcrição epidemiológica, as ações e os projetos para o gerenciamento efetivo de

doenças crônicas são a realidade do consultório de colegas de várias especialidades.

A transcrição demográfica, de certa maneira, já está sendo combatida na saúde suple-

mentar e no Sistema Unimed com os programas de atenção à saúde e de medicina pre-

ventiva. Entretanto, precisa ser massificada e intensificada por todo o País.

Antonio cesar Azevedo nevesDiretor de Tecnologia e Sistemas da Unimed do Brasil

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Todos sabemos da regulação forte que sofremos por parte do órgão responsável. Por um

lado, isso nos traz resultados positivos em alguns aspectos e, por outro, engessa nossas

receitas e implementa elevados ativos garantidores, diminuindo nossa margem de sobras.

Implanta novos procedimentos em rol anual, causando um impacto que, na maioria das

vezes, não está provisionando nos nossos orçamentos e balanços.

A Unimed do Brasil já vem desenvolvendo uma ação efetiva junto à ANS. Contudo,

precisamos ter participação mais efetiva nas decisões das resoluções normativas e outras

determinações que dificultam a nossa operação. Até pelo fato de não sermos vistos como

cooperativa e sim como empresa mercantil.

Outro ponto que merece atenção especial é a Judicialização da saúde. A cada dia, au-

menta o número de queixas dos nossos clientes junto ao Judiciário e os juízes, agindo com

o Código de Defesa do Consumidor, acabam criando uma avalanche de liminares e tutelas

antecipadas que, mais uma vez, impactam fortemente os nossos resultados.

Há de se ressaltar que a maioria das queixas dos clientes que levam à atuação da Justiça

oriunda de negativas por falta de cobertura contratual, carências, entre outros motivos.

Precisamos ter ações como criação de câmaras técnicas de saúde para subsidiar os ju-

ízes, espalhando por todo o território nacional reuniões, fóruns com desembargadores,

OAB e associação dos juízes, entre outros, para conscientização do setor.

Destaco com grande importância as órteses e próteses, material de alto custo com va-

lores cada vez maiores. Precisamos trabalhar junto aos órgãos competentes em busca de

deliberações sobre indicações médicas precisas e quantidades deste material nos proce-

dimentos – que muitas das vezes são desnecessários.

Precisamos trabalhar nos preços exorbitantes, que chegam dos fornecedores aos nossos

centros de custos. Temos conhecimento da enorme “gordura” existente que leva a ganhos

desproporcionais a estes fornecedores em detrimento dos médicos, hospitais e outros

participantes, que estão com os seus ganhos reduzidos.

Finalmente, para que tenhamos propostas e projetos a médio e curto prazo menciona-

dos no início, temos que investir maciçamente em Tecnologia da Informação.

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Antonio cesar Azevedo nevesDiretor de Tecnologia e Sistemas da Unimed do Brasil

O sistema de saúde no Brasil está muito atrasado no setor de informatização, de co-

nhecimento seguro das suas informações, especialmente com relação aos clientes e em

relação a outros países.

Se formos pensar em novos modelos de remuneração do Sistema, de atenção básica, de

medicina preventiva e de planejamento orçamentário redutor de custos, não atingiremos

nossos objetivos se não tivermos informação precisa de tudo o que envolve estas ações

em tempo real – on line.

A Unimed do Brasil entendeu, na atual gestão do dr. Eudes Freitas de Aquino, que pre-

cisa avançar muito na Tecnologia da Informação: uma tecnologia mais atual, ágil, eficaz,

moderna e obrigatoriamente necessária para enfrentar os futuros desafios da saúde su-

plementar.

Estamos investindo em registros eletrônicos de saúde nacional, em prontuário eletrô-

nico de pacientes e em avanços no sistema de gestão das operadoras que têm o nosso

programa.

Acho que esses fatores mencionados são assuntos de reflexão permanente, que devem

ser pensados para futuras decisões, que possam criar uma base de sustentabilidade admi-

nistrativa e operacional para perenidade do Sistema.

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Dentre os valores impactantes na vida do ser

humano, a saúde é o maior de todos. Sobre-

puja todos os demais, daí o extraordinário

pensamento de Darcy Ribeiro: “o único cla-

mor da vida é por mais vida, bem vivida”. viver ultrapas-

sa qualquer entendimento, especialmente com clara e

evidente qualidade, sabedores que somos, que a saúde

responde também pelo saudável, pelo prazer existencial

e pela felicidade.

Para nós, da medicina supletiva, nem tudo são flores.

Algumas dificuldades existem e precisam ser equaciona-

das. Tem origem interna – o problema é nosso em parte

– todavia, os maiores impactos negativos são de fora.

Regulamentação, sim. Agência Nacional de Saúde, Con-

selho Federal de Medicina, Associação Médica Brasileira,

Federação Nacional dos Médicos, suas regionais espa-

lhadas pelo território nacional. Nada pode funcionar a

contento sem uma disciplina, sem regras, sem limites a

obedecer, sem padrão a cumprir, com mudanças unilate-

rais do compromisso assistencial no meio do caminho, sem penalidades para aqueles que

transigirem a ordem estabelecida.

Plano de referência, ótimo. Separa o joio do trigo. Quem pode e quem não pode exis-

tir. Quem oferece menos é engodo, enganação, exploração do cidadão, deve ser extinto.

Quem oferece acima do mínimo estabelecido, nada a declarar, a decisão e os ganhos são

do adquirente.

Toda organização precisa de sustentabilidade. Sua receita precisa suportar sua despesa.

Somos empresa de prestação de serviços de saúde. O mérito principal deve ser o custo

com seu propósito existencial básico, a prestação destes serviços, nas suas diferentes li-

nhas: curativa e preventiva (agora imposta).

Aucélio melo de gusmãoDiretor de Marketing e Desenvolvimento da Unimed do Brasil

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Outra dificuldade crescente, o atendimento ambulatorial ou de consultórios privados.

Atualmente as remunerações são relativamente baixas, não competitivas, não empolga o

especialista.

As emergências terminam superlotadas, tornaram-se a alternativa, conflita com o aten-

dimento de qualidade. Perdem todos, estes e os efetivamente da urgência e emergência.

Os clientes pedem socorro. As operadoras não podem obrigar o profissional, a decisão da

ANS impõe e pune.

A presença cada vez maior da tecnologia na medicina pesa e interfere bastante, no

diagnóstico e no tratamento. A máquina chega a deslocar o médico como epicentro do

processo. O cliente reclama, falta calor humano. órtese, prótese e medicamentos especiais

maltratam demais. Sugiro rigoroso controle, custo – tributos –, margem de comercialização.

Quando o cliente não fica satisfeito apela para a Justiça. O magistrado não se sente pre-

parado para decidir, especialmente marca e indicação. Tem receio de ficar com o ônus de

eventual insucesso e emite liminares. Ninguém apaga o que foi realizado, nem retira uma

prótese aplicada, tampouco o cliente consegue pagar o custo oportunizado.

Outra séria dificuldade é a mudança do compromisso contratual – rol de procedimen-

tos – sem autorização para recompor planilhas de custo ou com autorização com índice

que não corresponde à realidade. Sem entrar no mérito de suas existências, falemos das

administradoras de saúde. Seja qual for o argumento, elas desfalcam a já limitada verba de

saúde suplementar, o que faz aumentar as dificuldades.

Quais seriam na nossa visão as grandes preocupações das Unimeds e do restante da

saúde suplementar com o futuro? Sem arrodeios, o equilíbrio econômico-financeiro deci-

sivo para qualquer organização. Como pode uma empresa não decidir sobre sua receita e

sua despesa? Estas decisões são emanadas de fora para dentro. Fica difícil. Como suportar

uma carga tributária crescente e garantidores severos da Agência reguladora?

Precisamos ampliar com firmeza, verdade e responsabilidade os debates em torno desta

problemática, antes que seja tarde. Dinheiro acumulado não gera riqueza nem desenvol-

vimento, muito menos sustentabilidade e renovação patrimonial. Precisamos - as Unimeds

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Aucélio melo de gusmãoDiretor de Marketing e Desenvolvimento da Unimed do Brasil

e a Medicina Suplementar, com decência, critério, ética, seriedade e coragem - descortinar

e construir nosso amanhã. Temos suficiente inteligência e discernimento para tal.

Mercado não pode ser regulado por portarias ou instruções normativas. Ele é auto re-

gulável: não cumpriu o que prometeu, não satisfez o pretendido ou cobra valores exage-

rados, fica fora do mercado; fatalmente será excluído. Urge pressa e atitude, afinal somos

na medicina supletiva 48 milhões de brasileiros. Nas Unimeds, pouco mais de 18 milhões

de clientes, 112 mil médicos cooperados, capilarização por todo o território nacional, um

bem da cidadania brasileira.

Futuro temos, sim. Depende de nós. As ameaças estão aí e são do conhecimento de

todos. Lutemos. A sociedade e os nossos clientes esperam isto de seus dirigentes. Garra e

combatividade jamais nos faltarão, fiquem certos.

Parabéns Unimeds pelos seus 45 anos de existência. Parabéns médicos cooperados e

clientes que acreditaram e acreditam nas Unimeds. Juntos e vibrantes continuaremos

avançando. é a minha certeza!

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No que tange à assistência à saúde dos bra-

sileiros, ao longo dos últimos anos estamos

assistindo a uma transferência de responsa-

bilidades que caberia ao Estado brasileiro,

assim como definidas na Constituição de 1988, para os

seus cidadãos. Refiro-me fundamentalmente ao custeio

da assistência médica. Isso porque o conceito de Estado

provedor não se encaixa com a realidade dos custos,

nem com a capacidade dos governos em fornecer os

recursos adequados.

Do mesmo modo, imaginar que individualmente cada

brasileiro poderá arcar com o custo da sua assistência

médica não passa pela cabeça de qualquer um que te-

nha uma mínima noção da realidade dos custos cada

vez mais crescentes na área da saúde.

Resta, por fim, reconhecer que, cada vez mais, o brasi-

leiro terá de se valer da chamada medicina suplementar

para sua proteção assistencial.

E o Sistema Unimed, sem dúvida, um dos mais impor-

tantes atores da saúde suplementar, certamente continuará tendo um importante papel

no futuro da saúde suplementar. A fantástica capilaridade reforça essa importância. Pre-

sente em 83% do território nacional, está incrustado nas comunidades, desde pequenas

cidades até grandes capitais, com enorme rede de prestadores – mais de 110 mil médicos

cooperados, cerca de 3 mil hospitais credenciados e contando já com mais de 100 hos-

pitais próprios.

Tenho sido um observador privilegiado do que está sendo feito no Sistema Unimed para

enfrentar este futuro. Temos trabalhado com afinco na melhoria da gestão das coope-

rativas. Atualmente, são milhares de cooperados, dirigentes e colaboradores que estão

se aprimorando em novas práticas de gestão nas centenas de cursos de capacitação que

estão acontecendo.

orestes Barrozo medeiros pullinPresidente da Unimed Mercosul, Presidente da Federação Unimed Paraná e Presidente do Portal Unimed

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Estão sendo investidos robustos recursos nas plataformas tecnológicas que suportarão

as novas necessidades de comunicação, interação e integração entre as pessoas, os for-

necedores de serviços e as empresas.

O Sistema Unimed também tem se pareado ao que existe de mais moderno em diversos

outros países chamados de primeiro mundo, discutindo, elaborando políticas e estratégias

e já iniciando a aplicação de modelos assistenciais mais sustentáveis e mais focados em

qualidade.

Frente a esses fatos, vejo com muito otimismo o papel das nossas cooperativas num

novo tempo que rapidamente se aproxima. Um mundo de avanços tecnológicos incríveis,

um mundo com uma expectativa de vida muito maior, um mundo mais maduro, muito

mais exigente e muito mais competitivo.

Desafios? Lógico que eles existem e existirão sempre. Alguns de nós ficaremos pelo

caminho. Mas tenho confiança que a coragem e a ousadia que nos fez chegar até aqui,

nestes 45 anos de existência, serão as principais ferramentas para superá-los.

orestes Barrozo medeiros pullin Presidente da Unimed Mercosul, Presidente da Federação

Unimed Paraná e Presidente do Portal Unimed

UNIMED 45 ANOS UMA HISTóRIA DE PAIxãO PELO COOPERATIvISMO MéDICO

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O Brasil é um dos poucos países a oferecer à

sua população o mais completo e ousado

modelo de saúde do mundo, constituído

por um sistema público, financiado pelo Es-

tado por intermédio do Sistema Único de Saúde (SUS),

e por um sistema privado, denominado de saúde suple-

mentar, cujos financiadores são as operadoras de planos

de assistência médica. Assim como o SUS, a saúde su-

plementar tem passado por grandes transformações ad-

vindas de um processo regulamentário, que teve inicio a

partir do final da década de 90.

O novo marco regulatório do setor, formado pela Lei

9.656, de 3 de junho de 1998, em conjunto com a Medida

Provisória 2.177-44, de 24 de agosto de 2001 (originalmen-

te MP 1.665, de 5 de junho de 1988), e pela Lei 9.961, de

20 de janeiro de 2000, que criou a Agência Nacional de

Saúde Suplementar, permitiu a passagem de um ambiente

marcado pela livre atuação das empresas para um outro

pontuado por novas regras relativas tanto à assistência à

saúde quanto a aspectos econômico-financeiros dos pla-

nos e seguros privados de assistência à saúde. é a partir disso que germinam os maiores para-

digmas da saúde suplementar no país.

A pretexto de assegurar o equilíbrio econômico-financeiro das empresas, protegendo

o consumidor, garantindo-lhe o acesso aos bens e, assim, às condições de saúde dignas

para a população brasileira, o arbitramento regulatório tem asfixiado cada vez mais o seg-

mento, de modo que é imperativamente urgente a busca por um ponto de equilíbrio na

relação das operadoras com a ANS.

A adoção de um modelo mais participativo, baseado no diálogo franco e aberto entre

os diferentes atores envolvidos é o caminho para o estabelecimento de uma relação har-

moniosa e frutífera entre operadoras, ANS e consumidores. E é a partir dessa perspectiva

que vislumbramos um sistema compartilhado, que consiga superar divergências pontuais

reginaldo tavares de AlbuquerquePresidente da Federação Interfederativa Norte/Nordeste

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em vista de convergências globais, tendo como foco o desenvolvimento sustentável de

toda a cadeia que compõe a saúde suplementar no país.

Um dos grandes desafios do Sistema Unimed é harmonizar o espírito e a doutrina co-

operativista com as atuais regras impostas por um mercado cada vez mais voraz e com-

petitivo. Assim, o Sistema precisa delinear estratégias, criar instrumentos e implementar

iniciativas voltadas à própria sobrevivência, sem ferir, claro, todo um postulado principio

lógico construído ao longo dessas quatro décadas.

Por outro lado, é imprescindível a luta por uma tributação mais justa para as cooperativas,

considerando as peculiaridades próprias de uma atividade diferenciada por essência e na-

tureza. Também é imperiosa uma atuação mais enérgica no campo da representatividade

política, de modo que o Sistema seja mais ouvido e, consequentemente, ganhe mais espa-

ços no processo que estabelece normas para o setor de saúde, fazendo com que as nossas

especificidades com relação aos demais atores da medicina privada sejam reconhecidas.

O Sistema ainda precisa ampliar os pilares que dão sustentação à marca, o que inclui o trabalho

cooperativo, a qualidade da medicina que é praticada, a satisfação dos clientes e as ações sociais.

O caminho da sustentabilidade é outra importante vertente que o Sistema Unimed

precisa e deve “abraçar”, especialmente por se tratar de um tema estratégico importante

e gerador não só de valor econômico, mas, principalmente, na imagem e reputação da

empresa, refletindo no sucesso a longo prazo.

A construção de parcerias corporativas sob o pálio de uma aliança cooperativista é o

caminho que visualizamos para o futuro do Sistema Unimed, notadamente porque enten-

demos que as organizações precisam se transformar para competir no mercado atual e ser

capazes de construir e gerenciar ativos físicos, sejam eles intangíveis ou não.

Portanto, compreender tudo isso é o primeiro passo na direção de um caminho seguro,

plenamente sustentável e absolutamente competitivo para o Sistema Unimed.

reginaldo tavares de AlbuquerquePresidente da Federação Interfederativa Norte/Nordeste

UNIMED 45 ANOS UMA HISTóRIA DE PAIxãO PELO COOPERATIvISMO MéDICO

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Sabemos que o Sistema Unimed tem suas raízes

no cooperativismo. Ostentamos que somos a

maior cooperativa de médicos do mundo. E so-

mos. Mas eu me pergunto, muitas vezes: será

que estamos cientes de que o cooperativismo é tam-

bém o nosso futuro? E mais que isso: será que o mundo

(além das fronteiras da Unimed) já entendeu que o co-

operativismo é o nosso maior diferencial? Confesso que

não estou seguro disso.

Para a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS),

por exemplo, somos apenas mais uma operadora, como

os demais serviços de saúde suplementar no Brasil. No

entanto, sabemos que somos diferentes. A Unimed não

se caracteriza como uma máquina de vender saúde e

produzir lucro à custa do trabalho médico. Promovemos

a saúde e a qualidade de vida e sustentamos um mo-

delo justo de negócio graças ao precioso trabalho dos

nossos médicos cooperados. Prova disso se manifesta

em ocasiões como as que tivemos, ao menos duas vezes

esse ano, quando profissionais de planos de saúde de

todo o Brasil realizaram paralisações, suspendendo atendimentos, forçando o remanejo de

agendas e prejudicando milhares de pessoas.

E o Sistema Unimed do Rio Grande do Sul não parou; continuamos trabalhando a todo

vapor, em respeito aos nossos mais de 1,8 milhão de beneficiários. E por quê? Porque te-

mos em nossa base os sete valores do cooperativismo. Na Unimed, quem decide o valor

da remuneração dos médicos são os próprios médicos, donos do negócio e prestadores

de serviço ao mesmo tempo. As decisões emanam do coletivo para a esfera individual,

não o contrário.

Somos perfeitos? Eis mais uma pergunta que surge implacável e cuja resposta não pode-

mos ignorar. Certamente não. Mas admitir nossas deficiências, numa postura crítica e ética,

é uma das chaves para um futuro sólido e promissor. Mirando aquilo que não está bem,

ou que pode ser melhorado, e defendendo as nossas fortalezas, podemos atuar focados

nilson luiz mayPresidente da Unimed Participações e Presidente da Federação Unimed Rio Grande do Sul

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sempre no melhor resultado. é de dentro para fora que arrumamos a casa. E é dessa forma

que vamos ser percebidos como desejamos e merecemos.

Uma de nossas missões é continuar insistindo na árdua tarefa de promulgar o coope-

rativismo. Soprar aos quatro ventos que somos, sim, diferentes. Junto à comunidade, às

lideranças políticas, à ANS. Nós fundamos a Unimed há 45 anos. E até hoje, com todas as

críticas, continuamos lutando pelo trabalho do médico cooperado. Esse é o foco do dife-

rencial das lideranças do cooperativismo. Lutamos, acreditamos e prosseguimos por mais

de quatro décadas. Não estamos em lugares contrários. Não estamos em frentes opostas,

estamos todos na mesma linha, no mesmo caminho, na mesma condução, em defesa do

trabalho do médico cooperado.

nilson luiz mayPresidente da Unimed Participações e Presidente da

Federação Unimed Rio Grande do Sul

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A Central Nacional Unimed completou 14 anos

em agosto. Quem diria que, em um prazo de

tempo relativamente curto em termos empre-

sariais, estaria no topo do mercado de planos

de saúde, mais especificamente em sexto lugar, com

mais de 1,2 milhão de beneficiários e ingressos que de-

verão chegar a R$ 1,8 bilhão este ano?

Nessa trajetória de sucesso, em primeiro lugar, temos

de destacar o olhar atento da diretoria da Unimed do

Brasil e das Singulares que acreditaram na importância

de dotar o Sistema Unimed de uma operadora nacio-

nal de planos empresariais. Também ressalto a garra do

grupo inicial da CNU, 48 profissionais, que começaram o

trabalho e nos ajudaram a multiplicar números e conso-

lidar a reputação da operadora.

Nunca nos afastamos, contudo, da proposta inicial de

prestar assistência médica no mercado empresarial,

atendendo a clientes que atuassem em três ou mais es-

tados, com pelo menos 300 vidas. Reforço aqui que praticamente todos os nossos clien-

tes vieram da concorrência e que, antes de encaminharmos qualquer proposta comercial,

consultamos as Singulares envolvidas.

Nossos focos são os mesmos que motivaram a fundação da primeira Unimed, em Santos,

há 45 anos: valorização do médico e da medicina. Enfrentamos duras disputas de mercado,

mas com a capilarização do Sistema Unimed e o apoio das sócias, entramos nos embates

comerciais com boas condições de vitória.

Um de nossos maiores trunfos é o elevado índice de felicidade no trabalho, que permitiu

nossa participação, nos últimos seis anos, no guia das 150 Melhores Empresas para você

Trabalhar (você S/A - Exame).

Nossa crença no desenvolvimento e crescimento da marca é tão sólido que vamos inau-

gurar no fim do ano mais uma unidade em São Paulo, resultado do nosso crescimento.

mohamad AklPresidente da Central Nacional Unimed

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Gestão compartilhada e transparente, equipe feliz e competente, avançada infraestru-

tura de atendimento e tecnológica são as características da operadora que, em nome de

todas as Unimeds, representa a marca no mercado corporativo com abrangência nacional.

mohamad AklPresidente da Central Nacional Unimed

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O momento é mais que especial. Comemora-

mos de uma só vez os 45 anos de vida da

Unimed e também o Ano Internacional das

Cooperativas, declarado pela ONU neste

2012. Ambas as datas, cada uma por si, já seriam motivo

de orgulho para nós; mas o brilho se acentua porque

Unimed e cooperativismo, sabemos, são indissociáveis,

correm na mesma veia. Não há quem tenha obtido su-

cesso parecido com o do nosso Sistema, seja no Brasil

seja no mundo. E eu, como presidente da Seguros Uni-

med, em nome de toda a minha equipe – diretoria e co-

laboradores –, aproveito a oportunidade para registrar o

quão gratificante é fazer parte desta história, começada

em 1967 pelo inspirador doutor Edmundo Castilho.

Não se trata simplesmente de uma homenagem aos

45 anos de uma figura jurídica. Estamos falando de um

Sistema integrado, forte e vencedor, que representa a

maior experiência cooperativista na área de saúde do

mundo. Os números seguem absolutos: basta dizer que a Unimed concentra 38% do mer-

cado de planos de saúde do Brasil, sendo responsável por 18 milhões de clientes, 367 co-

operativas médicas e 111 mil médicos cooperados para entendermos sua dimensão. Nossa

homenagem, portanto, é para uma história construída dia após dia, prezando sempre pela

solidez, no passado e no presente.

O futuro não é menos motivante. Acompanhando a abertura brasileira em diversos seto-

res, com base na efervescência da nossa economia em vista de eventos como a Copa do

Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, o Sistema terá espaço para crescer ainda

mais. Ao nosso favor temos uma capilaridade que abrange cerca de 85% do País, fortale-

cendo a marca como um patrimônio do Brasil: não é por acaso que o Sistema é, há 18 anos

consecutivos, Top of Mind quando o assunto é saúde. Expansão que, aliada a serviços de

excelência, mantém a Unimed como símbolo de confiança.

Passados 45 anos de vida, não posso deixar também de destacar os princípios da Uni-

med, constantemente preocupada em elevar o nível de relacionamento com seu público.

rafael moliterno netoPresidente da Seguros Unimed

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Pilares como satisfação, transparência, ética e integridade, valorização do ser humano,

responsabilidade social, entre outros, seguem colocando a nossa cooperativa como es-

tandarte da gestão responsável. Essa coerência e credibilidade impulsionam um futuro

promissor também nos negócios.

Acreditando no futuro desse mercado, nós da Seguros Unimed temos acompanhado

o Sistema e apresentado, ano após ano, perspectivas de crescimento bastante palpáveis.

Fechamos 2011 com crescimento de 32% e lucro líquido de R$ 90 milhões, enquanto no

1º semestre de 2012 apresentamos lucro de R$ 58 milhões, incremento de 20% sobre o

mesmo período do ano passado. Tais números representam o nosso crescimento cons-

ciente como seguradora do Sistema.

Outra conquista recente foi a elevação da nossa nota de crédito de A+ para AA– pela

Austin Rating, que se configura pela estabilidade e segurança financeira, corroboradas

pelos mais de R$ 1 bilhão em Prêmios Emitidos Líquidos e Contribuições registrados no

exercício de 2011, marca única na história da nossa companhia. Nas demais áreas, temos

enfatizado programas de sustentabilidade, responsabilidade social, marketing esportivo,

entre outros, e focalizado a diversificação de carteira, com a entrada de novos mercados

(Odonto e Danos).

Em suma, passados 45 anos, o Sistema Unimed permanece oferecendo saúde de ma-

neira ímpar. Unimed e Seguros Unimed crescendo juntas. De nós, um brinde à saúde, em

todas as suas formas.

rafael moliterno netoPresidente da Seguros Unimed

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Ao completar 45 anos o Sistema Unimed tem

uma bela história para contar. Somos a maior

cooperativa médica do mundo, responsável

por mais de 35% do mercado de saúde suple-

mentar no país. Prêmios e mais prêmios recebidos du-

rante esses anos têm atestado a qualidade e a confiança

no serviço prestado, fazendo da nossa marca Unimed a

mais lembrada do país entre as operadoras de planos

de saúde.

O setor de saúde suplementar, durante todo esse tem-

po, vem passando por significativas transformações

influenciadas principalmente pelas profundas alterações

na economia do país, pela legislação regulamentadora,

pelas mudanças do perfil epidemiológico e demográfico

e pela melhoria da renda da população.

Este mercado está cada vez mais exigente, seletivo e

com um crescente acirramento da concorrência entre

as operadoras. Com isso, as Unimeds precisam ser bem administradas, com seus gestores

capacitados e treinados nessa realidade.

Este é o papel que a Fundação Unimed vem desempenhando, com seus cursos de pós-

graduação, aperfeiçoamento em gestão, e, mais recentemente, aproveitando os avanços

da internet, com a educação à distância.

A modalidade de ensino à distancia tem permitido levar a todas as Unimeds do Sistema

capacitação profissional de qualidade, rompendo as barreiras geográficas, possibilitando a

padronização e democratização no processo de disseminação do conhecimento.

Olhando para o nosso futuro, fica claro o papel que Unimed do Brasil tem realizado,

acompanhado o desempenho de nossas cooperativas e promovido debates buscando

um modelo que propicie a sustentabilidade e perenidade do Sistema, a valorização do

trabalho do médico cooperado e, acima de tudo, a prestação de um serviço de qualidade

aos nossos clientes.

João Batista caetanoPresidente da Fundação Unimed

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O projeto desse novo modelo, que está sendo proposto pela Unimed do Brasil, é funda-

mentado em experientes organizações internacionais e se espelha no sucesso do modelo

europeu, que adota a atenção primária como prioridade, altera a forma de pagamento

privilegiando a qualidade e eficiência do serviço prestado e muda o foco de tratamento

da doença para atenção à saúde.

Esse é o caminho que teremos que trilhar. Uma mudança substancial, que envolve a

cultura, comportamentos e todos os stakeholders do setor saúde. Sabemos dos enormes

desafios que serão vividos, mas estou certo que serão todos vencidos por termos como

norteador a nossa essência: o cooperativismo.

João Batista caetanoPresidente da Fundação Unimed

UNIMED 45 ANOS UMA HISTóRIA DE PAIxãO PELO COOPERATIvISMO MéDICO

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Quando se toma a decisão de seguir a car-

reira médica, o objetivo que temos em

mente é realizar um atendimento de quali-

dade e exercer a profissão de forma digna.

No Brasil, há 45 anos, quando as circunstâncias tornaram

essas condições impraticáveis, um grupo de médicos de-

cidiu agir e propor uma alternativa tendo o cooperativis-

mo de trabalho médico como plataforma.

Dessa forma, nasceu na cidade de Santos o Sistema

Unimed, uma iniciativa que cresceria e, em mais de qua-

tro décadas, se tornaria o maior plano de saúde do País,

algo que certamente os pioneiros do Sistema não po-

deriam imaginar em 1967. Diante de um mercado de

trabalho que acaba por subvalorizar o serviço médico,

principalmente pela medicina de grupo e seu viés mer-

cantilista, o cooperativismo de trabalho médico pratica-

do pelo Sistema Unimed se consolidou como um mo-

delo que equilibra, harmonicamente, a alta qualidade da

assistência ao cliente e a remuneração justa ao médico

cooperado, que é o verdadeiro dono e gestor da cooperativa.

Desta forma, o médico pode atuar livre e diretamente na manutenção e aumento no

volume de clientes, baseado na excelência de seus serviços. Essa relação elimina interme-

diários no trabalho do profissional da medicina, facilita o acesso da população à saúde e

é um dos principais fatores que levaram uma ideia iniciada com um pequeno grupo de

médicos a se transformar num grandioso Sistema presente em 83% do território nacional,

somando 111 mil médicos e 367 cooperativas.

Para os mais de 40 milhões de brasileiros que dependem da saúde suplementar, a capi-

laridade do Sistema Unimed representa um importante diferencial, o que tem ainda mais

valor por se tratar de um país com dimensões continentais como o nosso.

Estamos convencidos de que a sustentação para todo este trabalho se tornar possível

está no cooperativismo. Diante de um cenário adverso no qual acumulam-se desafios, o

humberto Jorge isaacPresidente da Federação das Unimeds do Estado de São Paulo

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humberto Jorge isaacPresidente da Federação das Unimeds do Estado de São Paulo

Sistema Unimed se fortalece como a última trincheira ética da medicina, pois atua com

base nos princípios que regem a doutrina cooperativista e segue, há 45 anos, o propósito

inicial, sendo a opção de trabalho digno para o médico e de assistência médica de quali-

dade aos clientes.

O trabalho duro dos pioneiros fundadores permitiu que a Unimed ganhasse a projeção

e a relevância que demonstra hoje. E será com o mesmo empenho e muito trabalho que

seguiremos desenvolvendo e prestando serviços de alta qualidade, superando conjunta-

mente os desafios que se apresentarem, pois acreditamos em nossa missão como médicos

cooperativistas e temos a convicção de que nada resiste ao trabalho.

UNIMED 45 ANOS UMA HISTóRIA DE PAIxãO PELO COOPERATIvISMO MéDICO

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Acredito que o Sistema Cooperativista Uni-

med estará sempre conectado às mudan-

ças contemporâneas e, por se configurarem

como sociedade de pessoas, as Unimeds

continuarão a estimular democraticamente a participa-

ção de seu quadro de cooperados na definição de estra-

tégias, oferecendo melhores oportunidades de trabalho

e de remuneração para o médico, e a busca contínua

da qualidade na prestação de serviços em saúde e na

educação cooperativista.

De modo geral, entendo que as cooperativas médicas,

não só em Minas Gerais mas em todo o Brasil, precisa-

rão perseguir a excelência em gestão de qualidade e

reposicionar de maneira corretiva sua trajetória de rela-

cionamento com seus cooperados, rede credenciada, for-

necedores e colaboradores, especialmente com foco na

satisfação de nossos clientes e na regulação do mercado,

que hoje é conduzida por uma agência estatal, mas tam-

bém pela concorrência e por seus membros associados.

Para isso, as Unimeds deverão dispor de mecanismos de comunicação que contemplem

a visão e a integração de propósitos necessários à introjeção de valores de pertencimento

à doutrina cooperativista, principalmente as novas gerações de médicos cooperados, se-

guindo sempre além de seu objeto social.

Os sensos de criação de valor e de aprimoramento consistente e contínuo da arquitetu-

ra do negócio Unimed serão incondicionalmente importantes para o sucesso da organiza-

ção e manutenção de sua liderança de mercado. Somente com lideranças comprometidas

e motivadas positivamente para o aprendizado e profissionalização da gestão moderna,

participativa e transparente, o valor da marca Unimed continuará a se fortalecer, contri-

buindo assim para a sua perenidade.

marcelo mergh monteiroPresidente da Unimed Federação Minas

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Um dos maiores desafios para a saúde no Brasil é a necessidade de investimentos e de

construção de alianças estratégicas, como a adoção da parceria público-privada de forma

organizada e regular, colaborando com programas de inovação (em tratamento, tecnolo-

gia, assistências, produtos, serviços, processos etc) e buscando com que todos os parceiros

tragam soluções na geração de resultados na saúde da população brasileira.

Esperamos que, no futuro, as cooperativas médicas sejam vistas com olhos de parceria,

para que tanto os clientes como os médicos possam ter condições satisfatórias de traba-

lho e de atendimento. Só assim, construiremos um mundo mais fraterno, no qual imperem

os princípios cooperativistas e mais qualidade de vida para as pessoas.

Apenas dessa forma, deixaremos de tratar doenças, em favor da vida e da dignidade

humana.

marcelo mergh monteiroPresidente da Unimed Federação Minas

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Falar de saúde é muito complexo. Falar de saúde

no Brasil, então, além de complexo, é muito com-

plicado. é que, aqui, discutir saúde não envolve

apenas a política de Estado, envolve a política de

governo e, pior, as diversas ideologias. E o viés ideoló-

gico contamina o tema de preconceitos viscerais, inar-

redáveis.

E não há como chegarmos a um mínimo de maturida-

de e isenção para discutirmos o papel da saúde privada

no Brasil. Urge que haja um consentimento da popula-

ção, dos políticos, do Judiciário e do governo porque

hoje ainda parece que o ramo saúde privada é usurpa-

dor da assistência médica no país.

Entretanto, a nossa visão é exatamente ao contrário. A

saúde suplementar é inequivocamente necessária para

a população brasileira. Porém, nem financiamento ade-

quado nem gestão competente – obviamente que isso

não existe – farão do SUS um sistema 100% para a po-

pulação brasileira, em termos de abrangência e de resolutividade. Falta amadurecer todos

os segmentos no sentido do papel do SUS e do papel da saúde suplementar. Falta ma-

turidade e isenção para entender que elas não são concorrentes e sim complementares.

A partir deste entendimento será muito mais fácil traçar estratégias para resolver os

impasses da saúde privada de nosso país.

Ainda falando em saúde privada, é importante ressaltar o caminho interessante que o

Sistema Unimed está seguindo. Estamos num momento muito rico, que é o da descons-

trução para reconstruir. E a reformulação do Sistema é de fundamental importância para

que se consiga ao menos acompanhar as mudanças do cenário e os crescentes desafios.

edevard José de AraujoPresidente da Federação das Unimeds de Santa Catarina

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edevard José de AraujoPresidente da Federação das Unimeds de Santa Catarina

Nossa preocupação é que não estamos indo na velocidade que precisamos. é preciso

agir com cautela, mas sem medo de inovar. Nosso sistema ainda discute também com

ideologias e preconceitos, eivados de jogos de poder, de segmentos, de individualismo.

Não há como visualizar o macro, olhando para o individual; não há como privilegiar a

instituição Unimed, priorizando situações particulares ou segmentares.

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Ao completar 45 anos de uma exitosa experi-

ência na gestão da saúde privada do Brasil o

sistema cooperativo Unimed reveste-se de ex-

periências bem sucedidas nos diversos cam-

pos da prática médica. Quer seja na gestão empresarial,

reconhecida por inúmeras experiências bem sucedidas,

inclusive com reconhecimentos internacionais, quer seja

na gestão clínica de seus clientes, com modelos de aten-

ção à saúde que privilegiam a promoção da saúde e a

prevenção de doenças ou por meio de suas centenas

de serviços médico-hospitalares próprios, inúmeros com

padrões de qualidade certificados em nível de excelên-

cia, nos tornamos modelo de atenção à saúde, que pelo

seu modelo cooperativista único no mundo possui rele-

vante contribuição à melhoria dos padrões de saúde da

sociedade brasileira.

Fundamentado na participação democrática de seus

membros, eliminando a intermediação do trabalho mé-

dico, dialogamos com a sociedade na busca das melho-

res alternativas econômicas e sociais, compartilhando resultados, promovendo o desen-

volvimento sustentável das comunidades que vivem em nossas áreas de ação, investindo

todo o nosso resultado no fortalecimento e desenvolvimento deste sistema que hoje

cuida da saúde e qualidade de vida de quase 20 milhões de brasileiros.

Ao longo destes 45 anos aceitamos os desafios impostos pelo mercado consumidor, mo-

delando produtos e serviços que atendem às necessidades das classes sociais em evolu-

ção, sem preconceitos, submetendo-se inclusive a um processo regulatório que jamais res-

peitou os princípios de nossa sociedade cooperativa previstos na Constituição brasileira.

Sendo tratados pelo Fisco brasileiro à margem de nossos direitos constitucionais, so-

brevivemos às mais equivocadas interpretações sobre as leis brasileiras que norteiam as

obrigações tributárias das sociedades civis, especialmente porque em nossa missão está

claro que o nosso modelo societário privilegia o ser humano em todas as suas dimensões.

Alexandre Augusto ruschi filhoPresidente da Federação Unimed Espírito Santo

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Alexandre Augusto ruschi filhoPresidente da Federação Unimed Espírito Santo

Tudo isto nos fez diferente e nos alçou ao privilégio de ter como parceiros de toda hora,

os milhões de brasileiros e brasileiras, que reconhecem no Sistema Unimed a melhor e mais

ética empresa de prestação de serviços de saúde privada.

UNIMED 45 ANOS UMA HISTóRIA DE PAIxãO PELO COOPERATIvISMO MéDICO

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A campanha institucional lançada em março

deste ano pela Unimed do Brasil, que tem o

slogan “Somos médicos. E isso faz toda a di-

ferença”, resume bem o espírito do cooperati-

vismo de trabalho médico e a essência do Sistema Uni-

med: as nossas cooperativas não são meras operadoras

ou prestadoras de serviços, e nelas não existe a interme-

diação do trabalho médico.

Somos todos comprometidos com o exercício ético

da medicina e com os princípios cooperativistas, que vi-

sam o desenvolvimento econômico das cooperativas e

dos cooperados, mas com responsabilidade social, com-

promisso ambiental, solidariedade e equidade. E isso faz

toda a diferença quando se trata de cuidar da vida, o

bem maior daqueles que confiam em nosso trabalho.

E é com orgulho que afirmamos que tem sido assim há

45 anos, desde a fundação da Unimed Santos, o embrião

do Sistema Unimed que, hoje, conta com mais de 110 mil

médicos cooperados e mais de 18 milhões de usuários.

Manter a força desse Sistema depende de todos nós.

Cada cooperado (a), cada dirigente é responsável pelo sucesso do Sistema Unimed, a

maior cooperativa de trabalho médico do mundo. E neste ano, escolhido pela Organiza-

ção das Nações Unidas (ONU) como o Ano Internacional das Cooperativas, estamos tendo

a oportunidade de também mostrar à sociedade, aos gestores públicos e ao setor privado

a importância e o papel socioeconômico do cooperativismo de trabalho médico.

A Unimed Cerrado e a Unimed do Brasil sabem que o setor cooperativista também enfrenta

desafios e vêm trabalhando com afinco para superá-los. Ao lado de instituições, como a Orga-

nização das Cooperativas Brasileiras (OCB), temos apresentado e defendido nossas reivindica-

ções no Congresso Nacional. Junto ao Conselho Federal de Medicina (CFM), Associação Médica

Brasileira (AMB) e Federação Nacional dos Médicos (Fenam), temos travado incansáveis debates

em busca do melhor para os médicos (as) cooperados (as). Isto, para citar apenas dois exemplos.

José Abel Alcanfor XimenesPresidente da Unimed Cerrado e Assessor Político da Unimed do Brasil

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Assim, vamos enfrentando os desafios do mercado. Assim, vamos trabalhando para apoiar,

incentivar e assessorar o fortalecimento das nossas Singulares. Assim, vamos, a cada dia,

construindo e consolidando o cooperativismo de trabalho médico, pois acreditamos na

força das cooperativas. Pois, somos médicos e cooperativistas e isso faz toda a diferença.

E o ato de cooperar traz, em sua essência, o princípio da união, da colaboração, do traba-

lho conjunto, do esforço coletivo em prol de um objetivo comum. Não há cooperativismo

sem integração. Não há cooperação sem interação entre dirigentes, cooperados, colabo-

radores e usuários dos serviços.

A intercooperação e a integração entre todos os atores do cooperativismo são funda-

mentais para o sucesso das cooperativas e são valores que devem ser reforçados e reno-

vados a cada dia. Somos, repito, a maior cooperativa de trabalho médico do mundo e de-

vemos pensar e agir de forma sistêmica. As diversidades regionais devem ser respeitadas,

mas o ideal cooperativista tem de prevalecer para que possamos continuar construindo

um mundo melhor.

Muito já foi conquistado na área do cooperativismo de trabalho médico e o futuro do

setor é promissor. Hoje, vivemos uma nova realidade, caracterizada por profundas transfor-

mações e quebra de paradigmas, que não atinge apenas o setor saúde, mas todas as orga-

nizações sociais. Temos uma situação de ruptura e de construção de uma nova sociedade,

que pense mais no coletivo, que seja menos individualista e consumista como a atual.

Esta nova organização social será alicerçada em novos valores, na ética, na solidarieda-

de. Por isso, o cooperativismo está tendo esse sucesso na área da saúde. As pessoas que

militam no cooperativismo são movidas por valores, pela solidariedade, pela vontade de

contribuir para melhorar as condições de vida da comunidade onde atuam e não apenas

gerar trabalho e renda para seus cooperados. Agindo assim, completamos com sucesso 45

anos e, seguramente, celebraremos muitos outros.

José Abel Alcanfor XimenesPresidente da Unimed Cerrado e

Assessor Político da Unimed do Brasil

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O sistema de saúde no Brasil atualmente, e

cada vez mais no futuro, não tem como

prescindir de um sistema da saúde privada

eficiente, uma vez que as demandas cres-

centes tornam o sistema de saúde pública cada vez mais

impossibilitado de atender às necessidades de toda a

população, que, por outro lado, tem se tornado ainda

mais exigente na qualidade e na complexidade do aten-

dimento.

Quando se analisa o sistema de saúde privada no Bra-

sil, em particular o sistema de saúde suplementar, cons-

tata-se o quanto é preponderante o papel desempenha-

do pelo sistema de cooperativas médicas, representado

pela Unimed do Brasil, que agrega mais de 112 mil mé-

dicos e assiste a mais de 18 milhões de pessoas em 83%

do território nacional.

O sistema de saúde suplementar é salutar e imprescin-

dível para o funcionamento do sistema de saúde pública como, inclusive, tem sido dito

várias vezes por diversos representantes da Agência Nacional de Saúde Suplementar. Por-

tanto, urge que o governo e os órgãos regulatórios do setor de saúde não só reconheçam,

mas, acima de tudo, tratem a saúde suplementar com a atenção necessária para sua esta-

bilidade e seu desenvolvimento, notadamente o Sistema Unimed, que, além de tudo, tem

as peculiaridades de ser uma legítima cooperativa de trabalho médico, gerando trabalho

e bem-estar para a população.

Neste ano, o Sistema Unimed completa 45 anos e, em plena maturidade, vem enfrentan-

do desafios que, muitas vezes, parecem intransponíveis, como: o excesso de regulação, o

tratamento tributário que nos penaliza por sermos uma cooperativa de trabalho médico

e os custos indevidos impingidos com a Judicialização da medicina, além da dificuldade

de conscientização dos sócios em entenderem o real significativo de uma cooperativa,

entre outros.

Adelson severino chagasPresidente da Federação Equatorial

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Os desafios, que muitas vezes põem em risco a sobrevivência do Sistema Unimed, são

constantes, mas temos sido proativos e criativos na busca de soluções, a exemplo do que

vem acontecendo nos fóruns “Conhecer para Transformar”, nos quais entre tantas cons-

tatações fica evidente que, para a sobrevivência do Sistema, é necessário que invistamos

na verticalização dos serviços com a ampliação dos recursos próprios para o atendimento

racional, diferenciado e qualificado da nossa clientela.

Cercados por desafios enormes e por uma concorrência cada vez mais acirrada e mais

competente, nós, todos que fazemos o Sistema Unimed, teremos que ser ainda mais com-

prometidos com os objetivos que fazem da Unimed uma empresa cooperativa sólida e

com grande credibilidade.

O futuro da Unimed como cooperativa de trabalho médico, no cenário atual de cresci-

mento da economia nacional, está na dependência de nossa capacidade de nos reinven-

tar para superar os desafios, que se renovam a cada momento. E para essa reinvenção,

com a maturidade alcançada e com a sabedoria aprendida, estamos prontos.

Adelson severino chagasPresidente da Federação Equatorial

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Antes de nos deleitarmos sobre o foco principal

deste artigo, faz-se necessário um breve histó-

rico do cooperativismo, que se dá com o início

do processo de industrialização. Neste perío-

do, iniciou-se o movimento cooperativista, o qual se pro-

pagou pelos quatro cantos do planeta, por ser gerador

de emprego e riquezas, contribuindo para o crescimento

das economias e, de certa forma, apresentando-se como

o único modelo econômico viável que se contrapunha

ao capitalismo selvagem. Se vivemos em uma socieda-

de com direitos e deveres que definem e protegem o

cidadão é bem mais justo buscarmos a cooperação e a

intercooperação entre estes mesmos indivíduos ao invés

da submissão integral e cruel do capital.

O cooperativismo chegou ao Brasil no final do século

xIx, com a criação da Associação Cooperativa dos Em-

pregados, na cidade de Limeira, Estado de São Paulo, em

1891, e com a fundação da Cooperativa de Consumo de

Camaragipe, no Estado de Pernambuco, no ano de 1894.

A prática se propagou a partir de 1932, em função tanto do estímulo do Poder Público

como pela promulgação da Lei Básica do Cooperativismo Brasileiro.

A década de 90 foi uma época de ouro para as cooperativas. Em 1990, existiam 4.666

cooperativas registradas no Departamento Nacional de Registro Comercial (DNRC). Em

2001, este número saltou para 20.579 cooperativas. Isso equivale a um crescimento de

331% no número de cooperativas no Brasil em uma década.

Se a década de 90 foi o auge das cooperativas, o início deste novo século apontou uma

estagnação no setor. Apesar desta estagnação, e da redução no número de cooperativas,

houve crescimento no número de cooperados: de 4,78 milhões (2001) para 8,25 milhões

(2009) - aumento da ordem de 72,6%. O número de empregados de cooperativas tam-

bém aumentou, passando de 175,4 mil (2001) para 274,2 mil (2009).

emanoel g. dantas licariãoPresidente da Federação das Unimeds dos Estados da Amazônia

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Segundos dados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), o cooperativismo é

responsável por mais de 1 bilhão de empregos em todo o mundo. Devido à importância

da atividade, 2012 foi batizado pela Organização das Nações Unidas como o Ano Interna-

cional do Cooperativismo.

No que tange ao segmento saúde do sistema cooperativista brasileiro, há que se repen-

sar urgentemente a nossa estrutura organizacional e a cadeia de valores utilizada em to-

das as nossas relações institucionais e empresariais. Neste contexto, gostaria de apresentar

algumas considerações especificamente ao Sistema Nacional Unimed, as quais são objeto

deste artigo.

Durante a última década as nossas relações evoluíram de forma selvagem para uma

valorização excessiva dos ativos monetários, estimulados e justificados por uma ação

regulatória sem precedentes, desencadeando um processo de concorrência predatória

entre nossas cooperativas, no qual a máxima da mais-valia e do “salve-se quem puder”

tem predominado.

Torna-se necessária neste momento uma pausa para a reflexão e para a valorização

da prática da intercooperação como única solução para o enfrentamento das exigências

regulatórias e mercadológicas, com as quais temos sido bombardeados. Não falo aqui em

valorizar a tolerância com as más práticas de gestão, nem tampouco com a autonomia

desmedida da singularidade. Ao contrário, precisamos valorizar mais do que nunca a uni-

dade de propósitos, valores, ações político-institucionais, mercadológicas, tecnológicas;

enfim, verticalizarmos todos os nossos processos e valores, com atribuição de direitos

e responsabilidades em todos os níveis hierárquicos da organização, com o intuito de

fortalecer e valorizar cada elo de nossa cadeia, tornando mais forte o nosso organismo

institucional como um todo.

Debatemo-nos anos a fio numa guerra sem fim com nossos cooperados, usuários, co-

laboradores e toda a sociedade civil, numa prática desmedida de “cortes” em todos os

níveis e valores do nosso Sistema, com o intuito de manter o status econômico e a viabili-

dade de nossas organizações. Entretanto, necessitamos urgentemente enxergar os valores

da nossa sociedade com um novo olhar, nos inserir nos anseios e necessidades desta

mesma sociedade que nos acolhe e nos confia o seu bem mais precioso, a vida. Devemos

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discutir com ela como tornar este sistema econômico viável, capaz de curar as angústias e

as dores dos nossos beneficiários (no qual nós mesmos nos incluímos) e ao mesmo tempo

gerar riqueza onde estamos inseridos.

Não existe um modelo milagroso, capaz de redimir, justificar e salvar nossa organização.

Necessitamos urgentemente parar de “agredir” todos os atores da nossa cadeia de valores

e discutir com cada segmento da sociedade qual melhor modelo de saúde precisamos

promover em nosso país. Quanto nossa sociedade esta disposta e quanto pode pagar por

ele e em quanto tempo ela necessita de tal modelo e o que deve ser feito no meio do

caminho. Sinceramente, nem em sonho teremos estas respostas, mas creio que já é hora

de iniciarmos esta discussão. Aliás, ela já está atrasada. Precisamos ter a coragem de fazê-la

sem ódio, sem medo, sem receios e sem a prepotência de termos todas as respostas, pois

estas surgirão no meio dos debates, os quais serão duros, longos e até por exaustivos anos,

mas o final será excepcional e consistentemente duradouro.

é inconcebível continuarmos achando que uma nova tecnologia não pode ser disponibi-

lizada porque é cara, porque está viciado o processo de indicação e escolha, porque não

entendemos direito o que está ocorrendo ou, seja lá, porque motivo for. Existe uma vida e

um propósito maior em jogo. Toda a sociedade precisa participar e assumir esta decisão.

emanoel g. dantas licariãoPresidente da Federação das Unimeds dos Estados da Amazônia

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O Sistema Unimed é um sistema sólido, que

mudou a saúde privada no Brasil. Um siste-

ma que escolheu o cooperativismo para se

organizar, pois valoriza o trabalho médico,

valoriza o cooperado.

Em 2012, completa 45 anos de existência e é uma re-

ferência no mercado de plano de saúde tanto no Brasil

como no mundo, pois é a maior cooperativa de médicos

do planeta. Isso se deve à gestão que a Unimed sempre

defendeu, investindo em profissionalização e valorizan-

do o trabalho do cooperado.

O fortalecimento institucional também é um outro fa-

tor preponderante na história do Sistema Unimed. Nes-

ses 45 anos muitas coisas mudaram no mercado de pla-

no de saúde, desde mudanças na economia brasileira, na

sociedade e exigências da Agência Nacional de Saúde

Suplementar (ANS). E sempre estivemos unidos!

Hoje, nossa relação com a ANS é de parceria e trabalho. O Sistema Unimed estreitou

esta relação com a Agência reguladora para sempre poder oferecer os melhores serviços

aos seus usuários. Essa parceria já traz grandes resultados e conquistas para todos.

Acredito que o futuro do Sistema Unimed deve ser a perpetuação do nosso trabalho, da

nossa dedicação a este sistema, que é uma referência. Com a expansão e solidificação da

economia brasileira, a população pode investir mais na saúde de sua família e com isso o

mercado de planos de saúde deve se manter aquecido nos próximos anos.

Mas temos que lembrar que uma nova geração vem chegando e isso aumenta nossa

responsabilidade para transformar o cooperativismo médico da Unimed em uma estrutura

mais moderna e atualizada, com as exigências do mercado brasileiro de saúde. Essa trans-

formação tem que ser, como tudo no cooperativismo, pactuada com todos os pares. Um

novo modelo pautado na gestão, no qual se baseia em unir as pequenas Singulares com

as maiores, oferecendo um melhor serviço e fortalecendo nosso Sistema.

Jamal nasser haddadPresidente da Federação Unimed Mato Grosso do Sul

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A marca Unimed é respeitada e corresponde a mais de 30% do mercado. Temos tudo

para construir um futuro próspero, pois valorizamos a qualidade do atendimento médico

às pessoas e dos serviços oferecidos pelos órgãos reguladores. Esse é o caminho a ser

trilhado pela saúde no futuro.

Ainda há uma grande fatia do mercado a ser conquistada, mas não podemos esquecer

do aumento expressivo da sinistralidade e o envelhecimento da população. O aumento

dos custos e da sinistralidade em um mercado de baixo crescimento, alinhado ao aumento

das exigências do órgão regulador sobre as garantias financeiras e rol de procedimentos,

vem impactando a já apertada margem de contribuição das operadoras.

Uma das estratégias seria evoluir o modelo assistencial atual, para um modelo de cuida-

do integrado por meio da medicina preventiva e da promoção da saúde, no qual se crie

uma estreita parceria entre médico, paciente e operadora. Repensar a forma de remune-

ração atual aos prestadores, sejam eles hospitais, clínicas ou médicos, para um modelo

baseado em eficácia/efetividade.

Acredito que o Sistema Unimed, com sua solidez e transparência na gestão, tem tudo

para perpetuar sua marca no mercado e se tornar cada vez mais a melhor opção para o

usuário, oferecendo qualidade na prestação e serviço e, acima de tudo, a melhor opção

de trabalho para o médico.

Jamal nasser haddadPresidente da Federação Unimed Mato Grosso do Sul

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Apalavra Unimed e o que ela representa para o

trabalho médico é imensurável.

Desde a primeira cooperativa criada na cidade

de Santos, em São Paulo, até o crescimento das Singu-

lares no território nacional, a marca superou todos os

sonhos e expectativas de seus fundadores.

Estamos comemorando 45 anos com sucesso. Contu-

do, precisamos estar atentos à velocidade na troca de

informações exigida pelos clientes, à abertura do mer-

cado brasileiro, à incorporação das novas tecnologias na

medicina, às descobertas diárias de medicamentos e ao

prolongamento da vida.

São fatores urgentes para a manutenção do nosso mo-

delo ímpar de cooperativismo, considerado o maior do

mundo.

Comemorar 45 anos de existência e 26 das “Diretas Já”

e democracia, inclusive lembrando que foi o deputado cuiabano Dante de Oliveira que

desencadeou o movimento com o seu projeto de lei, é de uma alegria e responsabilidade

imensas.

Mato Grosso está alinhado às diretrizes nacionais. Todas as cooperativas do estado par-

ticipam de forma contribuinte e ativa com o Sistema Nacional Unimed.

Desejamos que essa maturidade existencial seja motivo de reflexão e norteamento dos

passos presentes e futuros, de forma a garantir uma evolução estável, duradoura e que

atenda aos anseios dos médicos cooperados.

Kamil hussein faresPresidente da Unimed Federação do Estado do Mato Grosso

Kamil hussein faresPresidente da Unimed Federação do Estado do Mato Grosso

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Com a formação da primeira Unimed, em San-

tos, há 45 anos, os fundadores com certeza

imaginaram as potencialidades de crescimen-

to. Observamos rápida expansão em todo o

território nacional, surpreendente aceitação por parte

dos médicos, suas entidades representativas e de ma-

neira extraordinária pela população.

A capilaridade proporcionada pelas Unimeds Singula-

res e a organização político-institucional com Singulares,

Federações e Confederação nacional possibilitaram a es-

truturação descentralizada, hierarquizada com níveis de

competências definidas. A rápida expansão foi alicerçada

na competente formação de lideranças e, paralelamente,

o recrutamento e o desenvolvimento de excelentes as-

sessores e colaboradores.

Este extraordinário capital humano nos propor-

cionou ações inovadoras em todas as áreas ineren-

tes às nossas atividades. Construímos a maior rede

de serviços credenciados e de médicos cooperados, facilitando o acesso da população

a uma medicina rica de tecnologia, ciência e calor humano. A política de recursos pró-

prios incentivou e desenvolveu a capacidade empreendedora de seus dirigentes, ten-

do hoje, em 2012, 105 hospitais próprios, 68 laboratórios e 178 pronto-atendimentos.

Introduzimos o Intercâmbio Nacional, constituindo-se em um grande diferencial competitivo.

Como dirigente do Sistema há 33 anos, interpreto que nós acompanhamos a aprovação

da Lei dos Planos de Saúde de maneira passiva (Lei 9.659, de 03.06.1998) e tivemos algu-

mas dificuldades em aceitar a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), criada pela

Medida Provisória 2012-2, de 30.12.1999, posteriormente Lei 9.961/00, de 28.01.2000.

A Unimed é alicerçada em dois pilares: o político e o empresarial. No campo político,

tivemos em várias localidades, inclusive nacional, as crises de sucessões que atualmente

alcançou um estágio de mais maturidade. No que concerne ao mercado, temos hoje 19

milhões de vidas, sendo a maior cooperativa médica do mundo.

darival Bringel de olindaPresidente da Federação das Unimeds do Estado do Ceará

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A Unimed é exemplo de empreendimento de sucesso, inovadora, rica em capital hu-

mano, com extraordinária capacidade de competir, flexibilizar e mudar. São 45 anos

de existência, que experimentaram enormes dificuldades neste percurso, dadas as crises

nacionais em todos os campos, instabilidade política, ausência de democracia, elevados

índices de inflação, incertezas. Atravessamos. Fomos capazes. Adquirimos enorme expe-

riência. Hoje, o mundo é mais competitivo, inovador, dinâmico. Em busca de crescimento

rápido, mercado de trabalho, serviços e produtos de qualidade. Desejamos e lutamos para

obter longevidade e qualidade de vida. vivemos em um país melhor. Forte conceito de

cidadania, democracia, instituições sólidas, mercado competitivo.

Nós, que fazemos o Sistema Nacional Unimed, estamos preparados, prontos para ofertar

à população serviços e produtos de alta qualidade. Dirigentes e colaboradores, cientes, ha-

bilidosos, com bagagem científica, especialização e uma invejável formação humana. Urge

apressar a reestruturação do modelo, transformar operadoras de saúde em prestadoras de

serviços e criar novas unidades.

Temos dificuldade nas padronizações, novos processos e tecnologia da informação que

nos atendam plenamente. Nossas potencialidades são ilimitadas, uma energia eferves-

cente pelo acúmulo de inteligência e pessoal qualificado. Precisamos de maior presença

política em todos os níveis.

O Brasil cresce, o poder aquisitivo melhora e a mobilidade social é dinâmica. Este é o

Brasil de hoje. Com certeza, desempenhamos papel importante na medicina de qualidade

que ofertamos à população.

Somos médicos. E isto faz toda a diferença.

darival Bringel de olindaPresidente da Federação das Unimeds do Estado do Ceará

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E m 45 anos de cooperativismo médico no Brasil, as

mudanças ao longo dos anos foram muitas e elas

aconteceram em todas as regiões do País, respei-

tando as particularidades de cada uma delas.

Porém, o objetivo foi sempre o mesmo: acompanhar a

evolução da saúde e do sistema médico, além, é claro, do

crescimento econômico do País.

Chegarmos até aqui não foi fácil, mas conseguimos!

O Sistema Unimed sempre se fortalece na medida em

que enfrentamos os mais variados obstáculos, dos quais

os mais rígidos têm sido referentes à regulamentação

dos planos impostos pela Agência Nacional de Saúde

Suplementar (ANS).

Neste cenário, buscando um bom gerenciamento da

saúde, tendo como foco permanente o gerenciamento

eficiente do setor financeiro para alcançar o equilíbrio

das despesas e receitas da operadora e treinando efetivamente e de forma eficiente os

nossos colaboradores, podemos afirmar com realismo e otimismo que o nosso futuro é de

desenvolvimento sempre para estar ao lado das realizações.

Parabéns ao cooperativismo médico do Brasil por esta data comemorativa e a todos que

contribuíram para aqui chegarmos.

eduardo Bezerra fernandesPresidente da Federação das Unimeds do Rio Grande do Norte

eduardo Bezerra fernandesPresidente da Federação das Unimeds do Rio Grande do Norte

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O modelo Unimed consagra o princípio da

unidade na diversidade, algo que está na

essência da formação do Brasil. Talvez nis-

so resida a explicação para o sucesso que

alcançamos nestas mais de quatro décadas. Somos uma

só voz com diferentes entonações e estamos fortemen-

te inseridos em nossos ambientes, o que permite uma

estreita sintonia com as demandas dos clientes.

Quando penso no mercado de saúde suplementar nos

anos futuros enxergo com otimismo o papel do Sistema

Unimed. À parte o fato de que haverá crescentes opor-

tunidades devido à elevação da renda e ao aumento da

procura por uma medicina de melhor qualidade, enten-

do também que as pessoas estarão em busca de diferen-

ciais, principalmente no que se refere à humanização da

relação médico-paciente, algo que nós gestores do Siste-

ma Unimed estamos preparados para colocar em prática.

Afinal, somos médicos, o que faz toda a diferença.

Os anos que estão por vir serão, certamente, marcados por oportunidades e desafios. Um

mercado crescente no Brasil, como, aliás, já estamos assistindo, se tornará extremamente

atrativo para empresas de outros países. A concorrência global é uma realidade que afe-

tará todos os aspectos da vida econômica, a saúde privada, inclusive.

Como os gestores estão constatando em seu dia a dia, a sobrevivência de nossas coo-

perativas dependerá cada vez mais de uma cesta de soluções em que a relação qualidade

x custos será um elemento decisivo. Essa questão nos remete diretamente à competência

operacional, o que diz muito em relação aos gestores e a uma nova cultura que, para

assegurar a continuidade de nossos empreendimentos, deve abarcar também o universo

dos cooperados.

Num momento em que o Sistema Unimed se aproxima de meio século de existência e

em um mundo em mutação, de intensa complexidade, talvez nosso maior desafio esteja

no plano cultural, ou seja, da cultura interna de nosso ambiente corporativo. O modelo

viviane vieira malta Presidente da Federação Alagoas

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cooperativo traduz como nenhum outro o princípio do pensar individualmente e agir co-

letivamente. Nós, médicos, não podemos subestimar o papel da eficiência econômica no

resultado da nossa atividade. Vejo como gestora que o desafio que nos tocará responder

será compatibilizar os princípios humanistas da prática da medicina com essa exigência

que o presente nos sugere e o futuro, certamente, nos vai impor: sobreviver num mundo

de crescente competição por bons resultados.

Podemos pensar, também, em aproveitar o gigantismo do Sistema Unimed para solu-

ções em escala que venham a reduzir custos das Singulares unitariamente. Também para

potencializar nossa força política num contexto em que a regulação governamental e a

Judicialização exercem enorme pressão sobre os custos assistenciais, asfixiando nossas

cooperativas.

Estas ponderações têm a preocupação de chamar a atenção para a influência que nossa

cultura atual tem sobre a eficácia da Gestão, porque é aí, me parece, que residirá o maior

desafio para a expansão e até a sobrevivência do Sistema Unimed. Nos tranquiliza saber

que está em nossas mãos encontrar a solução mais adequada a essa equação.

viviane vieira malta Presidente da Federação Alagoas

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Para falar sobre o futuro da saúde complementar

é necessário que façamos um parâmetro sobre

o antes e após advento da ANS.

A criação da ANS pelo governo trouxe resultados bons

e ruins para as Unimeds. Como resultados bons tivemos

uma melhoria na gestão das Unimeds, que antes era um

verdadeiro caos de amadorismo, que vinha dando certo

devido a um relacionamento de compadrio do usuário

com a prestadora. Hoje, com a ação da ANS, esta gestão

está menos amadora.

Como resultados ruins estamos vendo uma exagerada

intervenção da Agência, editando normas derivadas sem

apreciar os resultados que estas terão sobre o sistema

como um todo.

Podemos citar como normas pouco estudadas o aumen-

to da oferta dos procedimentos e a drástica diminuição

das receitas, o exagero na criação de fundos que deixou

a grande maioria das Unimeds sem capital de giro etc.

Porém, o que mais nos preocupa para o futuro das operadoras é a Judicialização da saúde

complementar, com excessivo crescimento de liminares em que somente uma das partes

é ouvida e que não expressam em sua maioria a urgência necessária para a concessão das

referidas liminares, que consideramos intempestivas.

Estamos vendo agora uma luz vermelha se acendendo no futuro das Unimeds, que é

o excesso de utilização principalmente de exames, o que leva a um desequilíbrio das fi-

nanças das cooperativas e também fazendo com que os cooperados, que são os donos,

ganhem cada vez menos em detrimento de pessoas jurídicas, o que prejudica a essência

do ato cooperativo.

thadeu José fernandes fortesPresidente da Federação Unimed Piauí

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Por fim, acreditamos que nosso futuro depende do bom relacionamento com a ANS, o

Judiciário e, acima de tudo, com o médico cooperado.

thadeu José fernandes fortesPresidente da Federação Unimed Piauí

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Decorridos quase 15 anos desde a edição do mar-

co regulatório, o balanço das intervenções esta-

tais no setor de saúde suplementar se afigura

positivo e confirma os objetivos de assegurar

maior estabilidade e segurança aos beneficiários, otimizar

o processo de profissionalização da gestão e garantir que

as operadoras, principais agentes desse mercado, mante-

nham suficiente equilíbrio econômico e financeiro.

Em alguns casos, todavia, a essa atuação reguladora é

aplicável a expressão popular que diz que a diferença

entre remédio e veneno pode estar apenas na dose ad-

ministrada ao paciente.

Com efeito, o gigantismo dos números que informam

o mercado da saúde suplementar no Brasil e sua ten-

dência ao crescimento reclamam cuidados que talvez

ultrapassem a esfera de uma autorregulação adequada.

De igual modo, a nova configuração desse mercado e

as lacunas legais que tolhem a simultânea regulação da

atividade de outros importantes agentes que nele atuam, impulsionada pelo acirramento

da concorrência e pela significativa elevação dos custos assistenciais, exigem uma maior

liberdade para as iniciativas comerciais das operadoras, assim como maior disponibilidade

de suas fontes de financiamento e de uso dos seus recursos financeiros próprios.

Sob outro prisma, a natural inclinação dos setores fortemente regulados para a concen-

tração em grandes corporações, proporcional à intensidade e ao impacto econômico das

exigências estatais impostas para a entrada e permanência de agentes no setor, deve ser

objeto de uma prudente e prioritária reflexão quando se consideram as peculiaridades

dos serviços de saúde nas várias regiões do Brasil.

A situação de muitas operadoras de pequeno e médio portes, cuja existência é de extrema

relevância para a manutenção de todo um sistema assistencial localmente estabelecido, no-

tadamente quando se leva em conta a escassez de recursos públicos para a prestação dos

serviços de saúde, passa por um contexto de grandes dificuldades diante, por exemplo, da

denise tavares s. A. silvaPresidente da Federação das Unimeds de Sergipe

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pequena oferta de leitos e serviços hospitalares e assistenciais privados; da má distribuição

desses mesmos serviços na região onde atuam, reclamando a instalação de serviços próprios;

dos obstáculos à aquisição ou negociação direta de insumos; do que se convencionou deno-

minar de “Judicialização da saúde”; e da desenfreada demanda por incorporação tecnológica.

Nesse cenário, nós que fazemos o Sistema Unimed, com toda a pujança, potencial e

dimensão presencial no setor, temos diante de nós imensos desafios institucionais, estru-

turais e mercadológicos, que vão desde o necessário esforço para preservação da iden-

tidade e dos princípios cooperativistas até a definição de regras internas que tornem o

sistema mais justo sob o ponto de vista das interrelações assistenciais, passando pela

revisão dos próprios modelos de atuação de cada Singular no âmbito regional e nacional,

assegurando a manutenção da capilaridade como diferencial competitivo e a força da

marca como referencial de qualidade.

Nesse sentido, a atuação de todo o grupo de entidades e instituições que formam o

conglomerado Unimed, assim como a destinação dos recursos disponíveis, deveria se vol-

tar ainda mais para a construção de soluções que suprissem carências regionais de ade-

quação tecnológica, de profissionalização gerencial e até mesmo de recursos assistenciais

específicos, mediante, por exemplo, financiamento para instalação de serviços próprios.

Os debates em torno dos modelos institucionais de atuação de cada cooperativa e do

Sistema Unimed também devem ser cada vez mais incentivados, assim como se deve es-

timular a formação de polos regionais para a realização de negócios comuns, otimizando

a logística de aquisição de insumos e a execução de outras iniciativas operacionais, forta-

lecendo uma padronização qualitativa dos serviços disponibilizados.

Os desafios são muitos e com matizes, dimensões e prioridades diferentes. Todavia, as

respostas que daremos às questões que os envolvem somente serão adequadas e sufi-

cientemente satisfatórias se tivermos a capacidade de enxergar o futuro com esperança

e de nos antecipar tempestivamente às suas inevitáveis exigências, com foco principal na

valorização do médico cooperado.

denise tavares s. A. silvaPresidente da Federação das Unimeds de Sergipe

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Celebramos com muito orgulho os 45 anos da

Unimed no Brasil. Uma trajetória que vem se-

dimentando a história do cooperativismo mé-

dico no país, presente em 83% dos municípios

brasileiros e pautada pela transparência, ética, qualidade

e responsabilidade social.

Falar do futuro da saúde privada nos leva a acreditar

na continuidade do crescimento econômico do país,

no mesmo ritmo que vem sendo verificado, assim como

incorporação ao rápido avanço da tecnologia, que, natu-

ralmente, estará cada vez mais presente em nossas vidas.

Outro aspecto importante que nos conduz a esse ca-

minho é o entendimento, cada vez maior, dos direitos

por parte dos beneficiários.

Com todas as provisões legais concretizadas, conse-

quência dos processos rígidos quanto à regulamenta-

ção pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a saúde privada terá uma condi-

ção bem mais segura.

O futuro da Unimed, portanto, é promissor. Estamos implementando um novo modelo

de assistência à saúde, com foco na prevenção. Assim, saímos da rotina de prescrição e

execução para a assistência com gerenciamento da saúde dos usuários, tendo controle

melhor da sinistralidade, ou seja, o equilíbrio das despesas e receitas com a transparência

e o compromisso, marcas características da nossa cooperativa.

Há uma tendência da redução do número de operadoras da Unimed, o que aumentará a

escala do atendimento. vale ressaltar que, com a regulamentação, a estabilização da situa-

ção econômico-financeira, o alto investimento em treinamento dos nossos colaboradores

e a maior profissionalização dos dirigentes, somados à mudança do modelo de assistência

à saúde, teremos um caminho que nos levará a padrões cada vez mais altos.

mauro muiños de AndradePresidente da Federação Bahia

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A consequência de todos esses fatores será a melhoria da remuneração dos honorários

médicos. Portanto, um futuro muito mais tranquilo, estável e com muito sucesso.

mauro muiños de AndradePresidente da Federação Bahia

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Aminha gênese no Sistema Unimed ocorreu

em 1988, na condição de dirigente da Unimed

Região Sul da Bahia, que, posteriormente, des-

dobrou-se em quatro Singulares: Unimed do

Extremo Sul da Bahia (Teixeira de Freitas), Unimed vera

Cruz (Eunapólis), Unimed de Ilhéus e Unimed de Itabu-

na - ressaltando, para gáudio meu, que estão entre as

melhores da Bahia.

Orgulho-me de ter sido e ainda estou gestor da Uni-

med Itabuna, por diversas vezes; sendo que no ano de

1994 também fui escolhido pelo Conselho de Adminis-

tração da Federação Bahia para ser o representante da

Bahia no Conselho de Administração da Unimed do Bra-

sil, com Edmundo Castilho (presidente), Djalma Chasti-

net (vice-presidente) e Nilo Marciano (Superintendente).

Nesse interregno, até 1997, constituiu-se um verdadeiro

aprendizado, quando presenciei inúmeros conflitos que

culminaram com a divisão do Sistema em 1998. Contudo,

em 2010, fui novamente convocado para assumir a Federação Baiana das Unimeds, obje-

tivando o soerguimento e fortalecimento das Unimeds da Bahia.

Induvidosamente, afirmo que sempre acompanhei a evolução das Unimeds nestes 45 anos

de existência. Melhor dizendo, sempre acreditei no cooperativismo como modalidade de

trabalho e como a melhor forma de proteção do médico no mercado de saúde suplementar.

Reafirmo que, caso não existisse o Sistema Unimed, sem dúvida, hoje, estaríamos reféns

e/ou esmagados pelo mercantilismo, mas graças a essa dinâmica de cooperativismo é

possível manter-se a sustentabilidade do negócio.

Noutro viés, aprendi que para sobreviver como dirigente “unimediano” é necessário ter-se

uma liderança forte, credibilidade perante os cooperados e garantir resultados satisfató-

rios, como geração de trabalho e renda.

silvio porto de oliveiraPresidente da Federação Baiana das Unimeds

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Pois superar os desafios da tecnologia, Intercâmbio, mercado, regulação, responsabilidade

social, remuneração médica, sinistralidade, envelhecimento da população, programas de

promoção à saúde e à medicina preventiva, centrar atenção para o binômio saúde/doença

e ações político-institucionais, inquestionavelmente é tarefa gigantesca e depende muito

de nossa união e, sobretudo, muita responsabilidade dos dirigentes do Sistema Unimed.

Até porque, o modelo de assistência suplementar hoje implantado no Brasil é deveras

preocupante e, por isso, cabe-nos fazer imediatamente um pacto para rever os critérios

da regulação em vigor, entre outros a definição do verdadeiro papel da ANS, mormente

quanto ao tratamento diferenciado e adequado em relação às questões cooperativistas,

bem como a revogação da intermediação absurda das administradoras de benefícios, que

considero o maior retrocesso que há no livre mercado.

Além, e também, estudar sobre a livre concorrência para ser balizada na qualidade dos servi-

ços prestados e satisfação da rede prestadora, bem como uma gestão qualificada e eficiente,

elaborando produtos em que o beneficiário seja coparticipativo e funcione como fator mode-

rador nos custos assistenciais, trazendo o resseguro como uma opção sustentável para o setor.

No âmbito interno, fazer uma mudança na forma de composição do preço do produto que

não contempla o risco e apenas considera a faixa etária na forma de mutualismo simples.

Isto porque, hoje, sendo o nosso modelo aberto, com livre acesso e sem controle mais efe-

tivo tanto pelo lado dos beneficiários como da rede prestadora, com toda a responsabilidade

regulatória e financeira das operadoras, sem falar nos problemas da Judicialização e carga tri-

butaria/fiscal/provisões técnicas/fundo soberano exigidos, não se afigura um futuro promissor.

Portanto, o futuro das Unimeds depende unicamente da união, compromisso e, sobretudo,

ser cooperativista na sua essência, incluindo os cooperados, além da reciprocidade do apren-

dizado e do respeito entre os dirigentes para cumprir as normas da Unimed do Brasil de

forma sinérgica, colocando em prática o produto do workshop “Conhecer para Transformar”.

A história se faz participando!

silvio porto de oliveiraPresidente da Federação Baiana das Unimeds

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Ocooperativismo médico no Brasil comemo-

ra seus 45 anos. Parabéns a todos aqueles

que, direta ou indiretamente, militam esta

prática cooperativista.

Neste quase meio século de vida, o mundo mudou,

as pessoas mudaram e o cooperativismo médico cer-

tamente também mudou, principalmente para acompa-

nhar a evolução da assistência à saúde.

Mas esta evolução não tem sido tão comportada, pois

dificuldades têm aparecido ao longo do tempo. Ora o

avanço tecnológico na saúde nos obriga a repensar nos-

sas condutas ora são as incertezas econômicas que sa-

codem o mundo com respingos em nossa atividade.

Diante desse cenário, a toda hora é hora de repensar-

mos o Sistema Unimed. Que tipo de cooperativismo de-

veremos seguir – o nosso modelo ainda nos serve? Que

modalidade de assistência à saúde deveremos seguir – o

modelo curativo ou o modelo de prevenção? Todas as nossas cooperativas deverão per-

manecer como operadoras ou seria melhor como prestadoras de serviços médicos?

Neste mundo de competição mercadológica, muitas vezes atroz, devemos estar atentos

ao que a atualidade e a tecnologia nos aciona com sua modernidade. Assim, continuare-

mos, como sempre fomos, competentes no mercado.

O cooperativismo médico ainda é uma forte frente de trabalho ético, principalmente

para os médicos recém-formados, que poderão continuar a prestar serviços à comunida-

de, como profissionais liberais.

Alcimar nunes pinheiroPresidente da Federação das Unimeds do Maranhão

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Finalizo com a seguinte mensagem: que continuemos como cooperativistas médicos e

que estes 45 anos sejam um marco para um grande repensar do Sistema, no qual sempre

acreditamos.

Parabéns a todos!

Alcimar nunes pinheiroPresidente da Federação das Unimeds do Maranhão

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Falar em futuro do sistema suplementar de saúde

no nosso país e dentro dele destacar o Sistema

Unimed é uma tarefa que requer uma boa dose

de profetismo, análise conjuntural, visão estraté-

gica e muita esperança.

O Brasil é um país contraditório. Grandes diferenças

convivem lado a lado em opostos extremos. Convivem

miséria e opulência, ciência avançada e ignorância, fé

e barbárie. Neste contraste gigantesco e às vezes cruel

se insere o mundo da saúde. Temos um complexo de

saúde privada que rivaliza em nível de igualdade com os

maiores centros do mundo e uma saúde pública, apesar

dos esforços e investimentos, que se compara com ní-

veis do pior do Terceiro Mundo.

A saúde pública não alcança, a rigor, uma grande e

imensa parte da população brasileira e aonde ela chega,

graças ao esforço e abnegação de muitos médicos e

médicas, muitas vezes não oferece as mínimas condi-

ções de trabalho. A saúde privada, por sua vez, apresen-

ta ilhas de excelência, e aqui cito com orgulho nosso

Estado de Pernambuco, com seu tão elogiado e reconhecido polo médico.

Qual o caminho que se pode trilhar para se juntar a excelência desses serviços de alto

custo, demandado por altos e constantes investimentos, à população de menor poder

aquisitivo, que jamais teria acesso a essa medicina de ponta?

Existe uma única resposta para essa questão: o cooperativismo médico.

Cooperativismo médico que se traduz na sua melhor e mais preciosa forma no Sistema

Unimed.

Era de se esperar que esse Sistema fosse louvado e incentivado ao máximo pela própria

estrutura de saúde oficial, uma vez que realiza o sonho e a finalidade precípua do gover-

maria de lourdes correia de AraújoPresidente da Federação das Cooperativas Médicas Pernambucanas

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no de oferecer acesso ao seu povo à melhor medicina possível, em todos os níveis. Mas a

realidade não é essa. O Sistema Unimed não tem tratamento diferenciado por parte dos

órgãos e autoridades governamentais. Paga tributos pesados, sofre exigências abruptas de

toda sorte, sobrevive num mercado altamente competitivo entre empresas mercantilistas.

O futuro? Aqui precisamos nos embeber de esperança e acreditar. Acreditar primeiro na

graça de Deus, na força e na capacidade de nossos médicos e médicas, no nosso trabalho

e dos nossos colaboradores, e jamais ceder à tentação de desanimar, pois olhando os mi-

lhões e milhões de pessoas atendidas e aliviadas do seu sofrimento, às milhares de vidas

que nasceram por nossas mãos e que recuperaram a saúde e a alegria de viver, temos

certeza de estar caminhando no caminho certo, que vamos construindo de mãos dadas,

as mãos do cooperativismo.

O futuro pertence a quem tem fé e trabalho, e isso nós temos!

maria de lourdes correia de AraújoPresidente da Federação das Cooperativas

Médicas Pernambucanas

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O futuro do Sistema Unimed é o respeito co-

operativista entre os médicos, a expansão

nas relações e um perfeito alinhamento po-

lítico e operacional com as organizações,

lideradas pela Unimed do Brasil.

Isso possibilita a alavancagem do Sistema, integralizan-

do os médicos no sistema cooperativista. Com o poder

capitalista, a solução das cooperativas define o sustentá-

culo da força de trabalho e a manutenção de empregos.

A visão é o segredo de que na cooperativa a proprie-

dade do negócio não é individual, mas dos sócios. Isso

nos diferencia das empresas privadas, já na cooperativa

os resultados devem ser apropriados para o patrimô-

nio conjunto, a fim de garantir a solidez da organiza-

ção, visando à sustentabilidade. Com o patrimônio só-

lido, auxiliando os associados a se manter na atividade

econômica e capacitando as novas gerações mediante a

consolidação do cooperativismo.

Em relação à situação atual no que tange aos beneficiários, às operadoras e aos planos

de saúde, bem como à acentuada concentração de beneficiários nas operadoras do País,

identificamos que, apesar de se tratar de um mercado concentrado, há mais fatores fi-

nanceiros, entre eles o incentivo governamental para o setor, sinalizando a necessidade

de estudos para melhorar o atendimento dos beneficiários em planos com abrangência

municipal do que em planos nacionais.

Por fim, aborda aspectos relacionados aos recursos para conhecer a dinâmica do mercado

de planos privados de saúde, destacando algumas possíveis tendências sinalizadas pelo es-

tudo. Esta análise apresenta o perfil dos beneficiários e a cobertura e analisa por planos na

população, além de discutir a expansão dos planos coletivos, a redução dos planos.

pedro Alves de oliveira netoPresidente da Federação Pernambuco

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Os termos relacionados aos beneficiários, operadoras e planos são os definidos pelas

normas que regulam o mercado de planos privados de saúde. São destacadas a seguir al-

gumas definições importantes utilizadas neste artigo. Por beneficiários, compreendem-se

os vínculos a planos de saúde. Um mesmo indivíduo pode ter mais de um plano e, assim,

mais de um vínculo contratual.

O Sistema de Informações de Beneficiários (SIB) registra vínculos aos planos, sendo, por-

tanto, que as pessoas com mais de um plano representavam 4% do total de beneficiários.

No que tange ao reajuste de mensalidades, a regulamentação encara de modo diferen-

te os planos individuais e os coletivos: o primeiro caso tem índice definido pela ANS, ao

passo que nos planos coletivos há livre negociação entre as partes, posteriormente infor-

mada à ANS. Esta diferença na legislação presume o poder de negociação que empresas,

associações e sindicatos (pessoas jurídicas) teriam na contratação de planos, em função

do número de beneficiários vinculados. Todavia, uma parcela destes contratantes possui

poucos beneficiários, acarretando baixo poder de negociação.

Até o início da regulação governamental pouco se conhecia sobre o mercado de planos

privados de saúde no país, além das informações oriundas de pesquisas, como a Pesquisa

Nacional por Amostra Domiciliar e a Pesquisa de Orçamentos Familiares do IBGE. As de-

mais informações existentes eram as geradas pelos próprios integrantes do mercado.

A finalidade da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) é promover a defesa do

interesse público na assistência suplementar e, entre suas competências, reunir informações

básicas sobre as operadoras, beneficiários e planos de saúde. Tal tarefa é realizada nesse

contexto, que é o de um setor que até então não fornecia os dados periódicos para o Es-

tado, dificultando o trabalho de coleta, análise e divulgação de informações sobre o setor.

O mercado de planos privados é concentrado no que tange aos beneficiários. Embora

exista mais de mil empresas que operam planos de saúde, a maioria dos beneficiários está

concentrada em poucas operadoras. Este mercado caracteriza-se pela maior comerciali-

zação de planos com abrangência geográfica regional. Contudo, apresenta um relevante

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pedro Alves de oliveira netoPresidente da Federação Pernambuco

mercado de abrangência nacional, com mais de 11 milhões de beneficiários. A partir de

2001, houve maior número de cancelamentos de registros de operadoras em relação aos

novos registros solicitados, fenômeno possivelmente associado às novas regras.

Patrocinado pelas cooperativas médicas e demais operadoras, o Sistema Único de Saú-

de (SUS) sobrevive com o equilíbrio dos planos de saúde privada e pela perspectiva dos

serviços qualificados e ao atendimento aos cofres públicos. Na maioria das capitais do

país existe uma malha de atendimento das demais operadoras, especialmente do Sistema

Unimed com suas cooperativas em vários municípios brasileiros.

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Muito mais do que viver a prática médica, é

preciso pensar a medicina como universo

em constante processo de descobertas.

Como presidente de uma Federação de cooperativas

médicas faço entender que o verbo cooperar é antes

de mais nada compartilhar responsabilidades, assumir

desafios e comungar êxitos.

No campo da saúde suplementar, acredito que o tra-

balho aliado à ética e à qualidade pode, sim, ser um

importante diferencial num mercado que se refaz a cada

dia, haja vista as dinâmicas normativas do governo fe-

deral dirigidas ao nosso campo de trabalho: dentre as

quais destacamos severas obrigações tributárias e ga-

rantidores financeiros; ampliação de coberturas sem a

compensação financeira, além da já crescente Judiciali-

zação da medicina comprometendo a saúde econômica

de muitas operadoras.

Ainda sim, preservamos a ideia de que somos o reflexo da sociedade a que nos propo-

mos representar, em uma espécie de pacto social com o compromisso no investimento, na

sustentabilidade e na produção junto à comunidade da qual fazemos parte.

A Federação das Unimeds do Estado da Paraíba é a representação prática do endosso

maior de 200 mil beneficiários paraibanos, assistidos por quase 2.200 médicos coope-

rados, que, distribuídos em cinco Singulares, há anos fazem valer a ideologia do trabalho

cooperado, uma prática tão revolucionária quanto atual.

No campo da saúde suplementar, a força de orientação normativa da Agência Nacional

de Saúde Suplementar é reconhecidamente um ganho para o mercado, mas se faz neces-

sário entender os limites entre a razoabilidade e a ausência de um olhar mais critico para

a real situação das operadoras no Brasil.

francisco vieira de oliveiraPresidente da Federação das Unimeds da Paraíba

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é preciso entender que o governo continua tendo as suas obrigações fundamentais

com cada cidadão que paga seus impostos, e esta fronteira, que define a responsabilidade

governamental e a saúde suplementar, enquanto for preservada representará caminhos

ainda a ser trilhados pela nossa prestação de serviço.

Como representantes do cooperativismo médico no Brasil, creio que o exercício direto

da nossa responsabilidade na gestão, na participação e nos resultados obtidos pela coo-

perativa ainda é uma sólida alternativa à intermediação mercantil do oficio médico, sendo

um dos caminhos mais legítimos ao reconhecimento do trabalho de uma classe.

Muito mais do que representarmos uma filosofia que preza valores, como ajuda mútua

e responsabilidade, democracia, igualdade, equidade e solidariedade, devemos vivenciá-

-la na prática. Afinal, se o cooperativismo é a responsabilidade compartilhada, o nosso

compromisso prático se dá na hora h, no nosso compromisso junto ao cliente que, uma

vez depositando confiança em nossa marca, a consolida no momento da assinatura de

um contrato. A ação contrária resume-se em trazer para a nossa cooperativa sérias con-

sequências para o futuro, a possibilidade de perdermos o elo que nos torna mais fortes

e maiores no mercado, a corresponsabilidade de assumirmos o futuro do nosso negócio.

O futuro dos planos de saúde no Brasil certamente exigirá ainda mais de nós, mas a

rigor, prudente se faz um olhar positivo se estamos amparados na melhor de todas as fer-

ramentas: o trabalho. Entendendo que a união de todos representa a consolidação de que

podemos muito e mais quando acreditamos neste ideal: a vitoria da edificação conjunta.

francisco vieira de oliveiraPresidente da Federação das Unimeds da Paraíba

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Ao longo dos seus 27 anos a Unimed Centro-

Oeste e Tocantins chega neste Ano Internacio-

nal das Cooperativas acumulando conquistas,

vitórias e desafios enfrentados. E sempre de-

fendendo os ideais do cooperativismo e cultuando os va-

lores da integridade, da competência e da perseverança.

Nossa Federação se orgulha de fazer parte da maior

experiência cooperativista na área da saúde em todo o

mundo e partilha também da história do Sistema Uni-

med, que neste ano de celebração completa 45 anos

com muito o que comemorar, mas também vislumbran-

do inúmeros desafios pela frente.

A crise econômica que ainda abala economias de todo

o mundo e os consequentes entraves impostos pela con-

juntura ao desenvolvimento do mercado de saúde suple-

mentar do país afetam também todo o Sistema Unimed.

Vencer esses desafios significa promover mudanças nos

nossos paradigmas gerenciais, de forma a atender às atuais necessidades mercadológicas.

Como uma das Federações do Sistema, a total transparência da Unimed Centro-Oeste e

Tocantins na relação com as Unimeds Singulares que representa é uma meta que fazemos

questão de alcançar continuamente.

Mais do que analisar o mercado e propor novos projetos para o futuro, nossa cooperativa

trabalha a cultura da educação corporativa e aposta no talento, esforço e conhecimento de

seus funcionários. E, a partir desses, profissionalizar cada vez mais a nossa administração, de

forma que esta gestão seja decisiva para fazer com que os próximos 45 anos do sistema

Unimed proporcionem a todos nós muito mais motivos de orgulho e comemoração.

irany de oliveira e silvaPresidente da Federação Centro-Oeste e Tocantins

irany de oliveira e silvaPresidente da Federação Centro-Oeste e Tocantins

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Saúde é um bem intrínseco à cidadania. E a saú-

de suplementar no Brasil apresenta-se como um

ambiente de relações complexas.

A redução do número de operadoras de saúde

em atividade, nos últimos anos, se por um lado retirou

do mercado empresas sem a menor condição de ope-

ração, de outra parte vem acompanhada de um alerta

vermelho em relação à concentração do setor.

Fusões, aquisições e o recente ingresso de poderoso

grupo norte-americano no mercado de assistência mé-

dica trazem a ameaça do fortalecimento de trustes e

cartéis. O quadro remete a um risco imediato à ativida-

de médica, submetida às mais adversas condições pelas

organizações privadas burocráticas e mercantis. Afirmar

que há uma indústria programada para gerar lucros, sor-

vendo a cada dia o sangue do médico e interferindo em

sua autonomia técnica, talvez seja a forma mais transpa-

rente de traduzir a realidade.

No confronto de interesses que já assistimos e que tende a se agravar, assoma-se a

importância do cooperativismo de trabalho médico, protagonizado pelo Sistema Unimed.

Mas há barreiras no caminho, que incluem a elevação dos custos assistenciais, a Judiciali-

zação da saúde, as provisões técnicas, as obrigações tributárias e o crescimento da oferta

de serviços aos clientes, sem a possibilidade de repasse dos novos custos. Eis alguns de-

safios que se apresentam.

O Sistema Unimed cresceu muito e este fato, ao mesmo tempo em que é positivo, au-

menta a necessidade de arrojo, lucidez e visão ampla dos novos panoramas. Não é pouco:

contribuímos para a universalização do atendimento neste país de dimensões continen-

tais, com forte presença em 83% do território nacional.

Já dizia o pensador Goethe que o mais importante na vida não é saber onde se está,

mas para onde se vai. E que não basta saber, é preciso aplicar. Não bastar querer, é preciso

fazer. O Sistema Unimed não é o único a crescer e o setor supletivo vem surpreendendo

raimundo vianna de macedoPresidente da Federação Intrafederativa Sudeste Paulista

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com medidas inovadoras e com estratégias de captação de recursos e de fortalecimento

financeiro. Estes atingem patamares antes impensáveis de capitalização. Como o Sistema

Unimed se coloca neste cenário de concorrência estratégica e competividade com lastro?

O Sistema Unimed tem aprofundado debates e o passo seguinte tem que ser dado.

Precisamos estabelecer novos pontos de partida, porque o sucesso atual não representa

nenhuma garantia de futuro. Até porque, aos desafios já citados conjugam-se novos fato-

res, como a crescente longevidade da população brasileira.

Devemos estar atentos às várias dimensões: do mercado, do cooperado, do cliente, polí-

tica, de rede prestadora e da gestão e regulação. O Sistema Unimed tem insistentemente

mergulhado em debates que norteiam os alicerces futuros e que apontam a necessidade

de mudanças macros.

Há o consenso de que é preciso reinventar o Sistema Unimed, repaginá-lo. Nesta pauta,

a Unimed acerta quando caminha com diálogo e união. Estes são alicerces do planeja-

mento, e, é bom que se compreenda, planejamento não diz respeito a decisões futuras,

mas às implicações futuras das decisões futuras tomadas no presente, como já afirmava,

com toda propriedade, o filósofo e economista Peter Drucker.

é grande a responsabilidade do Sistema Unimed no contexto da saúde suplementar em

nosso País. Precisamos ter visão empreendedora, inovar e sermos proativos. Pensar grande,

racionalmente, de forma global, com caráter holístico, sempre movidos por muito profis-

sionalismo e entusiasmo.

Reforço a atenção para o fato de que não falamos em futuro nos remetendo não a um

tempo distante: amanhã já é futuro e a cada dia construímos esse depois de hoje. Nesse

processo, estejamos cada vez mais firmes em nossos compromissos precípuos, entre os

quais fortalecimento do cooperativismo médico como instrumento para que o médico

cooperado exerça dignamente a profissão.

raimundo vianna de macedoPresidente da Federação Intrafederativa Sudeste Paulista

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Temos vivenciado em todo o Sistema Unimed o desenvolvimento de projetos

estratégicos, nas mais diversas áreas, estimulados pela busca de melhores resul-

tados. Com a complexidade dos desafios da saúde suplementar, aumentados pela

presença da forte regulação da ANS, todo o Sistema tem elaborado estratégias e

métodos para se adequar às exigências da Agência reguladora.

Dentre os diversos ajustes pelo qual o mercado passou, alguns podem ser considerados

como vantagens mercadológicas, pois, com todo o aperto regulatório essa demanda de

normativas e exigências de capital tem feito com que operadoras de planos de saúde de

pequeno porte - sem condições adequadas para operar - fossem fechando por não conse-

guirem atender tais exigências. Esse processo criou uma oportunidade para que a Unimed

preencha essa lacuna deixada por operadoras despreparadas no atendimento das deman-

das do mercado privado, crescente devido ao desenvolvimento econômico e hipo sufici-

ência do SUS no atendimento das necessidades que os brasileiros possuem, necessitando

direta ou indiretamente da saúde privada para complementá-lo e até mesmo substituí-lo.

Futuramente, veremos apenas operadoras sólidas economicamente, organizadas opera-

cionalmente, bem estruturadas e bem administradas. Os clientes das pequenas operadoras

diretoria executivaFederação Intrafederativa Nordeste Paulista

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mercantilistas estarão dispostos a ingressar em novo plano de saúde e, nesse contexto, o

Sistema Unimed, com sua peculiaridade e diferencial cooperativista, precisa se preparar

profissionalmente e cientificamente para absorver essa demanda. Acima de tudo, o aspecto

cooperativista precisa ser resgatado. Os dirigentes têm a árdua missão de promover junto

a todos os médicos cooperados a figura do “cooperado dono”, já que nem todos possuem

esta visão e, na sua falta, deixa esse importante papel societário em segundo plano.

Outro desafio estratégico é o planejamento para montar e estruturar a rede própria

de serviços no Sistema Unimed, considerando que em muitos casos seria possível uma

considerável redução dos custos, transferindo parcelas hoje gastas com terceiros para o

ganho médico, valorizando-o a cada dia. Essa é a grande meta do dirigente cooperativista:

médico valorizado!

A enorme publicação de atos normativos editados pela ANS favorece a Judicialização da

saúde privada, que ainda enfrenta um Judiciário nem sempre preparado quando o assunto

são as operadoras de planos de saúde, concedendo liminares que vão contra os contratos

firmados e que favorecem apenas os clientes, sem quaisquer fundamentos científicos ou

evidências médicas permeando estes pleitos. Muitas destas liminares prejudicam seria-

mente a vida financeira das operadoras, retiram recursos que poderiam ser destinados

aos honorários médicos, com efeito ainda mais nocivo nas pequenas operadoras. Os con-

selhos de administração e fiscal precisam estar bem preparados para tomar as decisões

corretas e conduzir a operadora com pulso firme, com o apoio de equipes técnicas bem

preparadas para enfrentar todas estas dificuldades.

Se de um lado a Unimed é a maior cooperativa de trabalho médico do mundo, de outro

lado as medicinas mercantilistas concorrentes do Sistema Unimed dispõem de mecanis-

mos como a capitalização em bolsa de valores, lançando ações e com isso atraindo capital

para seus negócios, como o exemplo ocorrido há poucos dias em que a Amil fechou a

venda de 90% do seu capital para a UnitedHealth Group, a maior operadora de seguros

saúde dos Estados Unidos, em uma transação avaliada em cerca de R$ 9,8 bilhões. Trata-

-se da maior operação já fechada na área da saúde no país e marca a entrada da gigante

americana no mercado brasileiro. Temos, pela força cooperativista e de nossa marca, con-

dições de promover um combate limpo, porém duro, e manter a posição de destaque que

sempre fizemos por merecer, a despeito das diferenças filosóficas e capitalistas próprias

das empresas não cooperativas.

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diretoria executivaFederação Intrafederativa Nordeste Paulista

O que não mudou desde o princípio é que no centro de todo processo de atenção à

saúde há o Médico, e de médicos nós entendemos muito. Com transferência de melhores

honorários aos médicos cooperados os teremos orgulhosos do negócio do qual fazem

parte e este pode (e deve) continuar sendo um de nossos diferenciais de fidelização e

satisfação de nossos clientes.

Até o momento em que as cooperativas eram tratadas com justiça em relação a uma

carga tributária menor tínhamos mais fôlego. Hoje, essa carga tributária na cooperativa é

igual, senão maior, do que nas demais empresas do mercado e esta é outra grande tarefa.

Se os desafios são grandes, nosso empenho e trabalho para superá-los são ainda maio-

res. Nas dificuldades aprendemos e crescemos muito e assim. Forças que hoje nos solapam

também tonificam nosso futuro, que certamente será brilhante.

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Começo minhas palavras com o pensamento de

Mahatma Gandhi, que dizia: “Se tiver fé que

serei capaz de fazê-lo, adquirirei certamente a

capacidade de realizá-lo, mesmo se não pos-

suía ao começar”.

Acredito que este pensamento tem tudo a ver com a

Unimed. Sem estrutura alguma no seu início, mas com

grandes sonhos, transformou-se no maior sistema de

saúde cooperativista do mundo e com uma brasileirida-

de que só ela possui.

Fui levado ao cooperativismo por um dos mais brilhan-

tes cooperativistas que já conheci, o saudoso dr. Oswal-

do Akamine, que sempre me deu uma visão clara do que

era o sistema cooperativista. A Unimed mostrou ter uma

estrutura muito sólida em seu início, mas com o decor-

rer dos anos algumas tormentas começaram a envergar

o pinheiro do cooperativismo médico, principalmente

nas esferas políticas.

Falo do pinheiro porque antigamente ele era tido como um símbolo da imortalidade

e da fecundidade, pela sobrevivência em terras menos férteis e pela facilidade na multi-

plicação. Os pinheiros unidos são mais resistentes e ressaltam a força e a capacidade de

expansão. Tenho certeza de que essa força é que faz com que a Unimed seja esta coope-

rativa tão sólida e firme nos dias de hoje, enraizada em princípios e crenças que nenhum

homem, nenhuma força política conseguirá derrubá-la.

O futuro do Sistema Unimed tem dois aspectos a ser ressaltados: se considerarmos o ide-

ológico, tem tudo para continuar. Se olharmos financeiramente, não. Nós temos muitas Uni-

meds que não conseguirão acompanhar as exigências de leis criadas pela Agência Nacional

de Saúde Suplementar (ANS). Então, não sabemos o que acontecerá. A estrutura da Unimed

é excelente por um lado e muito complexa do outro. Excelente pelo fator ideológico e pelo

trabalho realizado por seus dirigentes e técnicos, mas quando colocamos o papel das

José martiniano grillo netoPresidente da Federação Intrafederativa Centro Paulista

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Singulares e suas dificuldades em atender às exigências de lei, vemos que é muito com-

plicada sua permanência no mercado. Haverá uma seleção natural. Acredito que haverá

muitas incorporações. Hoje temos 367 cooperativas espalhadas por este Brasil afora e, em

médio prazo, esse número tende a cair, com algumas incorporações de área.

O que se percebe é que na administração atual da Unimed faz-se um trabalho muito

grande e sério. Algumas áreas precisam ainda de crescimento maior, mas temos visto que

a Unimed do Brasil, como suas Federações, Intrafederativas e Singulares, tem buscado

profissionalização do sistema cooperativismo e isso tem que ser feito, pois com gestores e

técnicos treinados e aptos para o negócio teremos condições para caminhar bem firmes

neste mercado tão complicado que é o da saúde suplementar.

Só pelo fato de a Unimed chegar aos 45 anos com essa maturidade e vontade de buscar

sempre mais, certamente é uma vitória, pois mostra o quanto o ramo do cooperativismo

é sólido, transparente e ético. Isso é visto pelos números reais que fazem da Unimed um

sistema complexo e monstruosamente gigante, com seus mais de 18 milhões de clientes

e com faturamento que chega aos 28 bilhões de reais, dados de 2011. Caso contrário, não

estaríamos hoje aqui, assoprando as velinhas para comemorar bodas de safira, jóia rara

e de valor inestimável, como é a nossa Unimed. Gostaria de homenagear a todos os co-

operativistas que trabalharam por isso, lembrando sempre daqueles homens e mulheres

que serviram com seus preciosos talentos e esforços a causa chamada Unimed. Unimed é

cooperativa e cooperativismo é feito de pessoas.

Portanto, mudanças ocorrem e sempre ocorrerão, fazendo parte do cotidiano do ser

humano ou da própria natureza. é incansável a busca de resultados positivos e quando

este é em benefício da coletividade louvam-se os esforços para que sejam mantidos e

seguidos para sempre.

José martiniano grillo netoPresidente da Federação Intrafederativa Centro Paulista

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O crescimento dos planos de saúde privados

só aumenta. Segundo o Caderno de In-

formação da Saúde Suplementar da ANS,

o primeiro trimestre de 2012 encerrou-se

com o registro de 47,9 milhões de beneficiários com

vínculos a planos de saúde. Em 2001, esse número era

de 31,1 milhões. Do número registrado no país, o Sistema

Unimed detém 36% desses beneficiários.

Em 2011, o mercado de plano de saúde teve fatura-

mento de R$ 82,4 bilhões. Só a cooperativa médica teve

receita de R$ 30,1 bilhões. Crescimento de R$ 21,7 bi-

lhões se comparado há dez anos, quando a cooperativa

médica apresentava receita de R$ 8,4 bilhões.

Sem duvida esse mercado ascendente e altamente

promissor tem despertado interesses de grandes grupos

transnacionais, que desembarcam no país com monta-

nhas de dólares, na casa dos bilhões, para adquirir os

grandes grupos privados nacionais, como ocorreu re-

centemente com a venda da Amil para a United - Health Group, por R$ 10 bilhões de reais.

Analisando as possibilidades de cenários futuros, sem duvida essa pratica se acentuará

cada vez mais e a tendência é de que somente grande grupos operem no sistema privado

de saúde suplementar, concentrando-se em grandes centros e bolsões regionais de pros-

peridade. E isso poderá levar a uma dominação e certamente trará risco para o Sistema

Cooperativista Unimed, que também opera em grande escala no país mas de forma capilar

em todo o território nacional.

Obviamente, as empresas de capital estrangeiro estão mirando no market-share e cer-

tamente imporão a estratégia de absorver mercados e carteiras de concorrentes, atuando

no mercado já penetrado, até com novas compras de planos regionais.

O crescimento da saúde suplementar, até o ingresso desse grande grupo, esteve ligado

sem dúvida a dois fatores importantes: a precariedade do Sistema Único de Saúde, que

elias Antonio netoPresidente da Federação Intrafederativa Oeste Paulista

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vem nos mostrando frequentemente nas mídias relatos e imagens que nos deixam indig-

nados e revoltados pela falta de estrutura física e humana para atender as pessoas.

Outro fator de análise para nos fazer entender essa grande expressividade da saúde

privada é, sem dúvida, a grandiosidade do Sistema Unimed no Brasil, que muito tem con-

tribuído para o crescimento socioeconômico do país. Entretanto, esse sistema começa a

correr riscos com o ingresso desses novos players estrangeiros.

Realmente, o Sistema Unimed, por ser também um sistema social, sempre foi e se man-

tém como grande aliado do macro sistema de saúde, suplementando com grande eficiên-

cia e eficácia os recursos de saúde e transformando-se no modelo resolutivo para grande

parcela da população.

A população brasileira, especialmente pela ascensão do segmento da classe C, está mais

exigente e busca, não apenas saúde, mas saúde com qualidade. E, nesse aspecto, o Sistema

Unimed tem contribuído muito para mudanças de paradigmas no modelo assistencial, ser-

vindo com presteza e qualidade.

A saúde suplementar (optativa) tem ocupado papel de destaque na assistência exa-

tamente pela deficiência do setor publico, que deveria garantir efetivamente o direito

social inalienável de saúde, mas que de certa forma não tem cumprido eficazmente o

seu papel perante a população brasileira. Porém, essa saúde suplementar, especialmente a

praticada pelas cooperativas médicas, que deveria ser estimulada pelo governo, pela sua

alta relevância social, tem se ressentido pela falta de diferenciação e de proteção legal e

especialmente pela rigidez da regulação e das normas altamente rigorosas do ponto de

vista econômico, financeiro e tributário fiscal, impostas pela ANS.

O Sistema Unimed, por ser cooperativista, não tem nenhuma proteção e nenhum benefi-

cio por atuar e resolver as questões de direito social na saúde. Pelo contrario, é indiretamen-

te arrochado exatamente por ser sociedade cooperativa e não economia de capital aberto.

Devido a essa rigorosa normatização, e por exigências do próprio mercado, o perfil e o

papel da OPS de cooperativas estão mudando e tomando contornos semelhantes aos das

operadoras privadas de planos de saúde, mas sem a possibilidade de captar recursos no

mercado, como no caso de sociedade anônima de capital aberto.

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Toda essa mutação impõe uma profunda e essencial revisão estratégica em todo o Siste-

ma Unimed, visando alcançar rapidamente a maturidade empresarial e a profissionalização

e, certamente, fará com que se mude todo o perfil das cooperativas, impondo a incor-

poração de técnicas de gestão e de assistência de medicinas privadas, deixando de lado,

na medida do possível, as questões mais endógenas do modelo cooperativista. Ou seja,

urge que toda a gestão e o modelo de assistência nas cooperativas sejam rapidamente

reformulados para modelos mais empresariais para que se possam atender às exigências

da ANS e do próprio mercado.

Deste modo, o modelo gerencial requer um foco central no planejamento e essencial-

mente no controle, com a controladoria no centro da gestão, e com modelo de gestão por

indicadores, domínio sobre a TICs – Tecnologia de Informações e Comunicação, além do

desenvolvimento de marketing de relacionamento, cuidados especiais com clientes, ouvi-

doria, conselho de clientes e outros. Ou seja, ouvir e dialogar com o cliente como forma

de retenção e fidelização, gerando com isso uma fina sintonia com o mercado e com as

demandas da clientela.

No modelo assistencial, o domínio de toda a cadeia de serviços é imprescindível, espe-

cialmente pelas exigências das normas da ANS. Assim, o futuro das operadoras de coo-

perativas passa por investimentos em recursos próprios, especialmente para controlar e

regular custos assistenciais que impactam na sinistralidade, procurando implantar centros

integrados de diagnósticos, centros de imagem, agendamento e marcação de consultas,

construção de ambulatórios e outros recursos essenciais para a plena, pronta e eficaz as-

sistência para enfrentar a concorrência, satisfazer o mercado e, essencialmente, atender

às exigências da ANS. Certamente, o modelo assistencial deverá passar também pelos

investimentos em medicina preventiva e programas de saúde.

O Sistema Unimed deverá passar por um processo muito rápido de mudanças plane-

jadas para incorporar práticas de regionalização tanto de gestão quanto da assistência.

Assim, será imprescindível a regionalização de centros de serviços compartilhados para

redução de custos administrativos, com compartilhamento de serviços de contabilidade,

cadastros, faturamento, TICs, call center, suprimentos, auditorias, alem do compartilhamen-

to de recursos assistenciais, tais como centro de oncologia, serviço de remoções, centro

de diagnósticos e outros.

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elias Antonio netoPresidente da Federação Intrafederativa Oeste Paulista

Certamente, esse novo modelo deverá regionalizar, vocacionar e hierarquizar serviços,

possibilitando a construção e a gestão de recursos próprios de forma regionalizada e/ou

compartilhada entre cooperativas Unimed.

O modelo deverá prever ainda a questão de reorganização regional de operadoras, pre-

vendo a concentração em operadoras regionais maiores e a redefinição de operadoras

menores como prestadoras de serviços.

Essas mudanças são altamente necessárias e devem ser consistentes e rápidas para que

se possa responder rapidamente à questão de ingressos de capital estrangeiro com com-

pras e incorporações de grande operadoras privadas no país. Certamente, esse processo

de aquisição de OPS privadas está apenas iniciando e essa tendência já é uma certeza e

vai concorrer acentuadamente com o Sistema Unimed e mudará todo o cenário de planos

de saúde doravante.

Nesta rápida análise de cenários alcança-se uma verdade inexorável: ou mudamos rápida e

profundamente o Sistema Unimed ou o mercado nos mudará com sua incomensurável força.

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No Brasil existem em torno de 373 mil médicos

registrados no CFM, supondo-se que esse nú-

mero seja suficiente para atender a demanda

brasileira. Entretanto, com o pouco investi-

mento na saúde pública, muitos destes profissionais mé-

dicos acabam migrando para a área da saúde privada.

Sabemos que um médico, apenas com estetoscópio no

pescoço, por mais bem intencionado e competente que

seja não terá condições plenas de tratar e salvar vidas.

No entanto, percebemos que atualmente este quadro

vem se modificando e a insatisfação do profissional mé-

dico se dá no âmbito da saúde pública e privada.

Precisamos encontrar maneiras de ampliar o financia-

mento da saúde no Brasil. No entanto, precisamos de par-

cerias entre saúde pública e privada, empresários e médi-

cos, pois sem este entendimento mútuo não há solução.

Inclusive a área da saúde privada vem sofrendo ver-

dadeiro estrangulamento financeiro e tendo de arcar com ônus não condizentes aos que

estão previstos nos contratos acordados. Não podemos simplesmente, para manter o

número de clientes, começar a baixar preços, pois isso dificultará não apenas a sua subsis-

tência como também a manutenção dos planos privados.

Particularmente falando de Unimed, mesmo sendo esta a maior cooperativa de traba-

lho médico do mundo, não poderemos suportar a atual pressão econômica que estamos

atravessando se não houver unificação maior das ideias e ideais, em que serviços com-

partilhados e de alta complexidade precisam ser ampliados visando a redução de custos,

melhoria dos serviços prestados, melhor remuneração para os profissionais médicos. Tudo

dentro das exigências da ANS.

reinaldo Antonio monteiro BarbosaPresidente da Federação Intrafederativa Vale do Paraíba

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De acordo com as regras atuais de ajuste de preço da ANS não é permitido reajuste nos

planos para pessoas com idades acima de 59 anos. A população está envelhecendo, o cus-

to com saúde aumenta e a postura da ANS faz com que as operadoras tenham como al-

ternativa vender mais caro para as pessoas mais jovens, o que dificulta a entrada de novas

pessoas no sistema. Seria necessária uma flexibilidade maior, pelo menos com aumentos

gradativos aos usuários de até 70 anos de idade, como era antigamente.

Certamente, além de investirmos em serviços compartilhados, teremos que investir na

saúde preventiva, proporcionando melhor qualidade de vida aos cidadãos ao prever, evitar

e tratar eventuais enfermidades, antes que elas se manifestem plenamente.

No meu ponto de vista, o único caminho neste momento é de reestruturação organiza-

cional com investimentos na área da saúde preventiva e de serviços compartilhados de

alta complexidade, bem como a conscientização pelo trabalho de educação cooperati-

vista, para que o médico cooperado entenda a sua importância crucial neste processo e

venha a colaborar para a sustentabilidade do Sistema Unimed.

Acredito ainda que, na área da saúde privada, só conseguirão sobreviver a pressão finan-

ceira a que vêm sendo submetidas, as operadoras que firmarem esta parceria com seus

profissionais médicos e prestadores de serviços.

Em contrapartida, existe a necessidade de um trabalho intenso junto à Judicialização da

saúde, pois se torna totalmente inviável às operadoras de saúde arcar com um ônus que

não lhes cabe, que não foi contratado e/ou que é de responsabilidade da saúde pública.

reinaldo Antonio monteiro BarbosaPresidente da Federação Intrafederativa Vale do Paraíba

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A saúde é um direito fundamental garantido na

Constituição Federal de 1988. A par disso traz

em seu artigo 199: “A assistência à saúde é

livre a iniciativa privada”. Isto permite a con-

corrência no setor.

As empresas mercantilistas - chamadas medicinas de

grupo -, que tinham como objetivo auferir lucros com o

trabalho médico, surgiram no início dos anos 60.

A primeira cooperativa de trabalho médico foi funda-

da em 1967 com o objetivo de ser uma organização que

mantivesse a autonomia profissional do médico e sua

clientela de consultório.

Após 45 anos convivendo com este cenário, enfrentan-

do as dificuldades na gestão das cooperativas médicas e

as exigências e as novas leis que foram impostas, depa-

ramos hoje com outros desafios.

As administradoras de benefícios e a entrada do ca-

pital estrangeiro que encontram no segmento grande oportunidade de ganho à custa

da venda de planos populares e coletivos de baixo custo, com prática médica limitada e

honorários profissionais achatados, são os novos problemas para a classe médica.

A monopolização do mercado fatalmente poderá levar à exploração e à proletarização

da classe médica brasileira.

Acredito que as Unimeds cooperativas de trabalho médico com seus mais de 110 mil

médicos sócios, poderão nos defender destas novas ameaças.

Os custos crescentes da assistência médica tornam inviáveis os pagamentos dos serviços

sem a existência dos seguros, dos convênios e das cooperativas médicas. Poucos podem

pagar por atendimento particular.

omar Abujamra Junior Presidente da Federação Intrafederativa Centro-Oeste Paulista

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O Estado não tem conseguido dar a assistência prometida. O SUS, embora seja a grande

conquista da sociedade na uniformização e universalização da assistência, não tem rece-

bido os aportes de recursos necessários. O Estado social não é algo fácil de ser atingido,

sendo certo que o sistema cooperativo Unimed e suas Singulares são a grande solução

para a assistência médica dita suplementar ou complementar.

O exercício da medicina de qualidade e a preços justos pode ser oferecido à sociedade

brasileira pelas cooperativas de trabalho médico.

A prática médica de qualidade, a dignidade profissional e a remuneração justa devem

ser o norte em nossas lutas.

Acredito no cooperativismo como relação societária e instrumento de desenvolvimento

social voltado para seus associados dentro da cooperativa. Fora, diante do mercado te-

mos que ser uma empresa competitiva, atuante e à frente de seu tempo. Necessitamos

repensar o modelo de relação com o mercado, nos tornar mais ágeis, mais agressivos e

inovadores em relação aos nossos concorrentes.

Nossas lideranças devem buscar a união da classe em torno destes ideais e se organiza-

rem mais uma vez para enfrentar estes novos desafios.

omar Abujamra Junior Presidente da Federação Intrafederativa Centro-Oeste Paulista

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OSistema Unimed permanece uma experiên-

cia única no panorama do cooperativismo

mundial. Poucos países têm modelos de co-

operação entre médicos para prestação de

assistência à saúde – e nenhuma é tão abrangente e

consolidada. Agora, o Sistema chega aos 45 anos em um

ambiente de riscos e muitas oportunidades.

A Organização das Nações Unidas elegeu 2012 o Ano

Internacional das Cooperativas. A escolha joga luz sobre

a solidez e a pujança das empresas cooperativas, en-

quanto grandes potências, o velho Mundo e os merca-

dos mais tradicionais estão mergulhados em grave crise

econômica e de confiança nas suas instituições.

À especulação financeira sem fronteiras e a esgarçados

padrões éticos do mundo corporativo, contrapõe-se um

modelo econômico solidário, participativo, baseado em

vínculos reais de produção e trabalho, cujo foco está em

gerar e, sobretudo, distribuir riquezas. Não por acaso, o

primeiro ministro britânico David Cameron o denomi-

nou de “capitalismo social”. O momento não poderia ser mais favorável ao fortalecimento

do cooperativismo, como princípio econômico, e acredito na sua força de mercado.

Por outro lado, o aniversário da Unimed coincide com o início de uma nova era na saúde

suplementar brasileira. O ingresso do capital internacional e dos fundos de investimento,

ávidos por novos mercados, é apenas o dado mais recente de um cenário que já evoluía

para consolidação, verticalização e ênfase na regulação.

Guardadas as diferenças, o ambiente atual é de mudanças tão significativas quanto as que

ocorriam 45 anos atrás, quando a chegada das multinacionais e o surto de industrialização

do país fizeram surgir as primeiras medicinas de grupo e auto gestões. Naquela ocasião, o

cooperativismo foi o projeto estratégico das entidades médicas para organizar a categoria

frente a esse novo mercado e preservar o valor – moral e financeiro – do trabalho médico.

helton freitasPresidente da Federação Intrafederativa Inconfidência Mineira

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Cabe perguntar qual o projeto estratégico da categoria para fazer face a mais este momen-

to crítico. E tenho convicção de que o cooperativismo de trabalho médico permanece uma

resposta viável e potente. Assim, projetar o futuro do Sistema Unimed nos exige um olhar atu-

alizado, que resgate a missão original das nossas cooperativas e revise nossos modelos organi-

zativos e de gestão. Estamos diante da oportunidade de refundar, simbolicamente, a Unimed.

O princípio cooperativo implica a desintermediação das relações econômicas. Entre o

médico e seu cliente não se posta um terceiro agente econômico interessado, a quem

se deve remunerar. Portanto, as cooperativas devem, necessariamente, entregar melhores

serviços a seus clientes e gerar melhores resultados e benefícios de alto valor para seus só-

cios. Se isso não ocorre, temos forte indício da perda de eficiência nos processos internos.

Enfrentar o desafio da gestão é, portanto, uma das primeiras tarefas na nossa agenda

para construir o futuro. Esse ponto é mais importante e de mais impacto para o Sistema

do que insistirmos na suposta dicotomia entre Singulares de grande ou pequeno porte.

Sem prejuízo de se considerarem novos arranjos operacionais e modelos de governança,

a diversidade de experiências das Unimeds nos mostra que não há uma fórmula de su-

cesso. Mas é certo que a busca de eficiência e a capacidade de adequar a estratégia às

particularidades regionais são aspectos determinantes da consolidação das cooperativas.

E é inegável, percorrendo o país, que onde há uma cooperativa organizada, estruturada e

de sucesso o trabalho médico está mais preservado.

Outra prioridade nessa agenda portadora do futuro é fortalecer a ligação dos médicos

cooperados à Unimed e abrir fóruns qualificados à sua participação. As cooperativas são

um espaço para o médico realizar e se realizar. São o seu instrumento de autorrealização

profissional e pessoal. Em muitos locais, como posso atestar pela experiência de Belo Ho-

rizonte, a cooperativa é também o porto seguro para os projetos de vida do cooperado.

É a natureza dessa ligação o que distingue a cooperação de outros vínculos profissionais

que os médicos mantêm. Ser cooperado exige um continuado comprometer-se com o

coletivo, com a noção de “trabalhar junto” que está na origem da própria palavra. Se sou-

bermos preservar essa base sólida, a Unimed permanecerá na lista dos 150 feitos mais ex-

traordinários do cooperativismo mundial – e a única experiência brasileira digna de nota.

helton freitasPresidente da Federação Intrafederativa Inconfidência Mineira

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É preciso adotar nova estratégia e ampliar nossa

visão para que possamos sobreviver ao mercado

de saúde suplementar, a voz do principal ator de

nossa cooperativa, o médico cooperado, que cla-

ma por remuneração digna, precisa ser ouvida.

Não podemos continuar a comercialização de planos

de saúde baseados em cálculos atuarias que prevêem o

pagamento de honorários irrisórios. Fazer gestões junto

à ANS para rever a metodologia de reajuste, que não

permite às operadoras trazer os valores das contrapres-

tações atuais para patamares próximos à realidade, que

possa permitir adequada remuneração aos envolvidos, é

absolutamente necessário e urgente.

Tentar ampliar o acesso da população à saúde suplemen-

tar e fazer frente à concorrência, achatando preços, não é

uma boa política e tem trazido insatisfação generalizada.

Esta política deve ficar reservada às medicinas mercantis.

Enfim reduzirmos o número de operadoras, agrupan-

do-as para torná-las viáveis e eficientes.

sérgio leal AidarPresidente da Federação Intrafederativa do Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas

sérgio leal AidarPresidente da Federação Intrafederativa

Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas

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Desde o século passado, o sistema de saúde

vem sofrendo significativas mudanças que

são acompanhadas por transformações eco-

nômicas, socioculturais e políticas. Assim, da

mesma forma que o país mudou, as condições de vida

e de saúde da população também se modificaram. O

sistema de saúde brasileiro pode ser descrito, em linhas

gerais, por um sistema de saúde público e um merca-

do privado de saúde. O sistema de saúde público ou

Sistema Único de Saúde (SUS) caracteriza-se por pos-

suir oferta insuficiente de bens de saúde para a popula-

ção. Já o setor privado de saúde recebe a denominação

saúde suplementar, pelo fato de o sistema público ter

caráter universal e este ter surgido como um comple-

mento. O segmento privado surgiu com uma magnitu-

de expressiva e operou livre de regulação por mais de

40 anos no país, sendo que somente a partir de 2000

passou a sofrer regulação de maneira mais sistemática e

específica, com a criação da Agência Nacional de Saúde

Suplementar (ANS).

A demanda por planos de saúde vem crescendo rapidamente no Brasil, em resposta a

uma série de fatores, como o ambiente macroeconômico favorável, o aumento da criação

de empregos formais e de profissionais liberais, crescente poder aquisitivo, envelhecimen-

to da população e um histórico de limitações na qualidade e no acesso a serviços públicos

de saúde.

De acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar, a penetração dos planos de

saúde no Brasil cresceu aproximadamente 48% desde o ano 2000, alcançando mais de

45 milhões de indivíduos em 2010. No entanto, em 31 de março de 2011, apenas 23,9% da

população brasileira possuíam planos de saúde.

geraldo Antunes guimarãesPresidente da Federação Intrafederativa Zona da Mata Mineira

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geraldo Antunes guimarãesPresidente da Federação Intrafederativa Zona da Mata Mineira

As cooperativas médicas formam a modalidade de maior representatividade dentre as

privadas: são R$ 21,3 milhões investidos em 2008, detendo 36% do total. Ancoradas na

força da marca Unimed, são 367 cooperativas compondo o maior sistema cooperativista

de saúde do mundo, presente em 83% de todo o território nacional com 112 mil médicos

e mais de 18 milhões de clientes, ou 38% da participação de mercado.

Frente às rígidas exigências do órgão regulador, as operadoras de planos de saúde pre-

cisam ser cada vez mais robustas o que, por consequência, vai tornar o mercado de saúde

suplementar mais competitivo. O Sistema Unimed precisará continuar investindo na ver-

ticalização e na judicialização para manter-se no mercado.

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AIntrafederativa - Federação Regional do Sul de

Minas sente-se feliz e orgulhosa de participar

do Sistema Cooperativo Unimed e vem cum-

primentar todos os dirigentes atuais e ante-

riores, bem como todos os colaboradores pelas grandes

conquistas nestes 45 anos. Nossas 15 filiadas se orgulham

em poder ostentar a marca Unimed que, pela sua força e

pela sua capilaridade, nos coloca frente ao mercado com

um diferencial importantíssimo na saúde suplementar.

Precisamos, sim, olhar para nosso futuro e buscar no-

vas conquistas. Sentimo-nos confiantes, na certeza de

que encontraremos as soluções para nossas demandas,

pois os debates encontram-se em adiantado processo

de consolidação e, certamente, com sabedoria, conse-

guiremos buscar as melhores decisões que fortalecerão

cada vez mais nosso Sistema Unimediano.

Mudanças no modelo assistencial com foco na aten-

ção primária à saúde, regras definidas e claras para a

comercialização de planos fora da área de atuação de cada Singular, valorização constante

do trabalho digno e ético dos nossos mais de 110 mil médicos cooperados, interlocução

com a Agência reguladora, buscando respostas mais ágeis às nossas demandas, e a busca

do atendimento humano e de qualidade aos nossos clientes certamente farão do Sistema

Unimed um sistema cada vez mais forte, unido e preparado para o futuro. Isso é o que

sempre sonhamos.

Parabéns Unimed pelos seus 45 anos!

paulo cesar Januzzi de carvalhoPresidente da Federação Intrafederativa Sul de Minas

paulo cesar Januzzi de carvalhoPresidente da Federação Intrafederativa Sul de Minas

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Sou um otimista por natureza e não me furto a

trabalhar duro - como, aliás, exige nossa profis-

são - mas não dá para olhar o futuro da saúde

no Brasil sem alguma preocupação.

Para começar, é incompreensível - para dizer o mínimo

- que a ANS encare o Sistema Unimed como uma em-

presa mercantil, que trabalha focada na busca do lucro.

é nosso papel como dirigentes lutar com todas as forças

para conseguir o tratamento que merecemos, como co-

operativa que somos.

Compreendo perfeitamente a desmotivação de com-

panheiros que se cansam dessa batalha, não acham jus-

to ser cobrados e fiscalizados como uma empresa qual-

quer, quando o que propõe o cooperativismo médico é

o bom atendimento e o bem-estar das pessoas.

Está aí, sem dúvida, um grande desafio a ser vencido.

Há muitos outros obstáculos que precisam ser enfren-

tados para chegar um pouco mais perto do que consideramos saúde de qualidade no Brasil.

O ressarcimento do SUS é outra aberração. Ora, o governo brada aos quatro cantos -

com orgulho indisfarçável - que é o único país do mundo com mais de 100 milhões de

habitantes a assumir o desafio de oferecer saúde para todos!

No papel, esse discurso é maravilhoso. Na prática, porém, quem tem plano de saúde e é

atendido pela saúde pública gera uma conta salgada a ser paga pelas operadoras. Como

isso é possível? Confesso que ainda não consegui entender.

O que espero, porém, é que os contratos sejam respeitados. Se está assinado entre as

partes, é nosso dever cumprir. Se não está lá, como podemos assumir as responsabilidades?

délio pereira dos santosPresidente da Federação Intrafederativa Leste/Nordeste de Minas Gerais

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A Unimed não espera de braços cruzados que os seus direitos sejam respeitados. Em

relação à qualidade de atendimento e à redução dos custos operacionais, por exemplo,

tomou uma decisão importante na década de 80 e 90 e passou a investir no que chama-

mos de recursos próprios.

Estamos construindo um hospital na minha Singular, em Teófilo Otoni (MG), e posso

dizer com satisfação que vamos oferecer melhores serviços aos clientes. De um lado, é

nossa obrigação. Afinal, os usuários de planos de saúde investem exatamente para receber

tratamento diferenciado - o que nem sempre ocorre.

De outro lado, teremos uma opção à rede credenciada, que está sobrecarregada não

apenas aqui mas no país todo.

Finalmente, acho importante discutir o Intercâmbio Nacional. Este que é um dos nos-

sos principais diferenciais também é uma de nossas maiores preocupações. A Unimed

está presente em praticamente todo o território nacional, o que é fantástico. E oferece a

condição de o cliente ser atendido em qualquer Singular. Excelente. Mas, sabemos que

precisamos nos unir para afinar os processos e, aí sim, ter um diferencial indiscutível. Essa

é uma lição de casa que nós, cooperativistas médicos, precisamos resolver.

délio pereira dos santosPresidente da Federação Intrafederativa

Leste/Nordeste de Minas Gerais

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PUBLICAçõES

REGO, Terezinha; PINHEIRO, Roberval & COSTA, Solane. O SUS e a Política de Saúde Pública no Brasil. Rio Grande do Norte, Conselho Federal de Medicina, 2005.

TOLEDO, Paulo Roberto de & CHAvES, André Aparecido Bezerra. Unimed Fesp - 40 Anos de História e Evolução Contínua. São Paulo, Tempo & Saber Editora, 2011

TONINI, Maria Elisabeth & PEREIRA, Flávia R. Borges. Memorial Unimed 25 Anos volume I - Cooperativismo Médico: a História e o Êxito de um Ideal. São Paulo, Cartaz Editorial, 1992

TONINI, Maria Elisabeth & PEREIRA, Flávia R. Borges. Memorial Unimed 25 Anos volume II - Cooperativismo Médico: a História e o Êxito de um Ideal. São Paulo, Cartaz Editorial, 1992

TONINI, Maria Elisabeth & PEREIRA, Flávia R. Borges. Memorial Unimed 25 Anos volume III - Cooperativismo Médico: a História e o Êxito de um Ideal. São Paulo, Cartaz Editorial, 1992

referênciAsBiBliográficAs

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CONTRIBUIçõES IMPORTANTES

Constituição Federal, 1988

Lei 5.764, de 16.12.1971 - Política Nacional de Cooperativismo

Relatório de Responsabilidade Social da Unimed do Brasil 2011

Gestão Estratégica da Unimed do Brasil, 2012

Áreas de Comunicação, Marketing e Administração das Empresas do Sistema Unimed (Unimed Participações, Central Nacional Unimed, Seguros Unimed, Fundação Unimed e Portal Unimed), Unimed Mercosul, Unimed N/NE, Federações Estaduais Unimed (RS, SC, PR, SP, RJ, ES, MG, GO, MS, MT, BA, AL, SE, PB, RN, CE, PI, MA, Cerrado, Centro-Oeste e Tocantins, Equatorial e Amazônia) e Federações Intrafederativas Unimed (SP e MG)

SITES CONSULTADOS

Portal Nacional de Saúde - Unimed do Brasil: www.unimed.coop.br

Unimed Norte/Nordeste : www.unimednne.com.br

Unimed Mercosul: www.unimed.coop.br/mercosul

Central Nacional Unimed: www.centralnacionalunimed.com.br

Unimed Participações: www.unimedparticipacoes.com.br

Seguros Unimed: www.segurosunimed.com.br

Fundação Unimed: www.fundacaounimed.com.br

Organização Mundial de Saúde: www.who.int

Agência Nacional de Saúde Suplementar: www.ans.gov.br

Ministério da Saúde: www.saude.gov.br

Instituto Superar: www.institutosuperar.com.br

Aliança Cooperativa Internacional Américas: www.aciamericas.coop

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