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Este suplemento faz parte da edição de 15 de Junho do Diário de Aveiro, não podendo ser vendida em separado. UA vai aumentar número de diplomados em 30% por ano [p. 4] Conselho de Reitores: Provedor do Estudante deve apoiar funcionamento do Regime de Prescrições [p. 5] Made In Deca 2010: curtas da UA na passadeira vermelha [p. 7] Dia Mundial do Lúpus: aluno da UA conta como convive com esta dœnça crónica [p. 8 ] Aniversário da AAUAv celebra-se a 28 de Junho [p. 19] [p. 18] Casa do Estudante Campeonato Mundial de Futebol também passa por aqui! [p. 19] 15 de Junho 2010 - nº 106

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Jornal UniverCidade nº 106 da AAUAv

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Este suplemento faz parte da edição de 15 de Junho do Diário de Aveiro, não podendo ser vendida em separado.

UA vai aumentar número de diplomados em 30% por ano [p. 4]

Conselho de Reitores: Provedor do Estudante deve apoiar funcionamento do Regime de Prescrições [p. 5]

Made In Deca 2010: curtas da UA na passadeira vermelha [p. 7]

Dia Mundial do Lúpus: aluno da UA conta como convive com esta doença crónica [p. 8 ]

Aniversário da AAUAv celebra-se a 28 de Junho [p. 19]

[p. 18]

Casa do Estudante

Campeonato Mundial

de Futebol também

passa por aqui! [p. 19]

15 de Junho2010 - nº 106

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aveiro é nosso

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3Editorial

EditorialTiago AlvesPresidente da AssociaçãoAcadémica da Universidade de Aveiro

ficha técnica

propriedadeAssociação Académica da Universidadede Aveiro (AAUAv)Campus Universitário de Santiago3810-193 Aveirotel: 234 372 320 / fax: 234 372 329www.aauav.pt

coordenaçãoSIM (Sector Informativo e Multimédia)

assessoria de imprensaSoraia Amaro

equipa editorialMário FernandesPedro MartinsSara MacedoPriscillia RodriguesDiogo Teles

colaboraçãoDirecção da AAUAvServiços de relações externas da UA

NOTA: os conteúdos do Suplemento BSI são da inteira responsabilidade dos seus autores.

design e paginaçãoPlural Design

tiragem10.000 exemplares

produção com o apoio do

1. A Direcção da Associação Académica da Universidade de Aveiro não é responsávelpelas ideias expressas em artigos assinados, sendo que os que não se encontram assinadossão da autoria da Equipa Editorial.2. A colaboração no Jornal UniverCidade está aberta a toda a Comunidade Académica.

5% de descontono traje quando

acompanhadopor 2 amigos*

traje académico e adereçosbilhetes e inscrições nas actividades da aauavfotografiasmerchandisinganéis de curso

traje completo feminino(traje, pasta e sapato):210 euros

traje completo masculino(traje, pasta e sapato):230 euros

*exclusivo para sócios

Catacumbas (Cantina de Santiago)tlm. 961 277 116

[email protected]

melhor contributo e que é motivo de grande satisfação para a Direcção. Há que reconhecer e agradecer a todos que estiveram envolvidos neste últimos meses, desde aqueles que colaboraram connosco nos diferentes projectos de toda a estrutura àqueles que participa-ram nestas mesmas o que contribuiu para que corressem da melhor forma. Não deixem de contar com a nossa Associação e contribuam para o crescimento que ela necessita.

Ainda neste capítulo de fim de ano enquadram-se os alunos que terminam aqui o seu percurso académico. A eles e a todos os outros que vêem aqui o final de mais um ano lectivo, a Associa-ção Académica da Universidade de Aveiro endereça os mais sinceros votos de boa sorte para esta fase final de exames. Nesta época, podes contar com o Bar do Estudante para te acolher no teu período de estudo. Não deixes de usufruir de um espaço agradável para enriqueceres os teus conhecimen-tos e atestar os teus níveis de confiança e inspiração para as provas que estão à porta.

E assim foi, no passado dia 5 de Junho, Dia da Universidade: foram entregues diplomas a 2046 estudantes, entre os quais 1257 de cursos de formação inicial e 1149 de pós gradua-ções. Para eles, os nossos parabéns

por terem terminado uma etapa exigente mas também gratificante e enriquecedora.

Toda a história da AAUAv está repleta de pessoas que dedicaram parte da sua vida para fazer desta nossa instituição aquilo que hoje lhe reconhecemos. E toda esta história é o grande motivo que nos faz celebrar, no próximo dia 28 de Junho, o 32º aniversário da grande instituição representante de todos os Estudantes da Universidade de Aveiro. Assim, nunca é demais dizer um obrigado a todos os intervenientes desta “Casa” ao longo de todos estes anos. O desafio de repensar e consolidar a Associação Académica deve continuar, para melhor conseguir projectar a sua afirmação e cumprimento da sua responsabilidade social, sendo que esta é o parceiro ideal para o desenvol-vimento da nossa universidade. Apesar de acreditarmos que Associação Académica tem a confiança dos estudantes e que a sua credibilidade está consolidada, torna-se imperativo atrair o maior número de estudantes para a sua instituição para podermos alcançar tudo a que nos propomos. Neste dia é momento também de se reunir toda a estrutura e serem conde-corados aqueles que se destacaram ao longo do último ano, desde os melho-

res núcleos aos melhores dirigentes.Naquilo que respeita às actividades

internas, não posso deixar de relembrar o “Jantar Dançante”, iniciativa de cariz social realizada com objectivo de promover a interacção entre os alunos com necessidades especiais e a restante comunidade académica. Com ela, proporcionámos também a criação de um fundo de apoio a estes estudan-tes. Por outro lado, e na presença de cerca de 50 pessoas, os estudantes com necessidades especiais proporcio-naram uma coreografia marcante a par de um jantar de olhos vendados, visando a aquisição de novas perspecti-vas por parte dos participantes.

Está para chegar também a XI “Descida do Vouga”. Este ano, acompa-nhada pelo início das férias lectivas, celebra o fim de mais um ano com esta actividade cheia de desporto e aventura e que promete ser alucinante. Fica atento, que mais novidades surgirão brevemente.

Boa Sorte para este fim do ano lectivo!

Saudações Académica

Tiago Alves

Car@ colega,

Com o final deste semestre, encerra-mos também mais um ano lectivo, onde é tempo de fazer um balanço do que decorreu até agora e uma previsão daquilo que pode ser feito daqui em diante, especialmente na preparação do novo ano lectivo e na recepção aos novos alunos que nos acompanharão a partir do inicio do próximo ano.

Assim, não posso deixar de realçar a crescente participação dos estudantes na vida académica e nas variadas actividades da sua associação. De facto, verifica-se que os estudantes se vão aproximando cada vez mais da Associação Académica, seja nestas actividades ou na resolução de proble-mas nos quais oferecemos o nosso

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4 Notícias UA

Especialistas debatem formas de melhorar o ensino em diferentes contextos

Entre os dias 28 e 30 Junho de 2010, a UA no Complexo Pedagógico, Científico e Tec-nológico, a 15ª Conferência In-ternacional da European Lear-ning Styles Information Network (ELSIN) [Exploring styles to enhance learning and teaching in diverse contexts], que proporciona a investigado-res e especialistas, em formato de fórum, a oportunidade de trocar ideias, conhecimentos e preocupações referentes a esti-los, abordagens e estratégias de aprendizagem.

Ao longo dos três dias, espe-cialistas vão explorar estilos para melhorar o ensino e a aprendizagem em contextos diversos. Entre os principais oradores, encontram-se os Pro-

A Universidade de Aveiro diplomou, no último ano, 3590 estu-dantes: 9 Agregados;119 Douto-res;1025 Mestres, dos quais 617 cor-respondentes a novos segundos ciclos e 208 a mestrados integrados; 2087 Li-cenciados, sendo 1752 de cursos uni-versitários e 335 de cursos politécni-cos; 217detentores de Cursos de Especialização Tecnológica.

“Estes números e esta distribuição tornam bem evidente a arquitectura da oferta de formação da Universi-dade de Aveiro e a sua amplitude: uma oferta desenhada para servir grupos de destinatários diferencia-dos, relevante para profissões muito variadas, com preocupação em pro-mover o emprego e ajudar a dinami-zar a vida económica e social”, subli-nhou Manuel António Assunção, Reitor da Universidade de Aveiro, na cerimónia de entrega de diplo-mas realizada a 5 de Junho.

Uma mulher no Hospital de Ka-bul, uma bomba lançada sobre a ca-sa de uma família de camponeses em El Salvador, uma criança a tra-balhar no porto de Stone Town, um rapaz hondurenho rodeado por um cenário de destruição provoca-do pelo Furacão Mitch, duas crian-ças subjugadas a caminho de uma prisão em Dongri ou um menino de rua em Bombaim…

Estes são alguns exemplos de en-tre as 102 imagens dramáticas, da autoria de 39 fotógrafos de renome internacional, que integram a ex-posição de fotografia “Imagens pa-ra a Dignidade”, que a UA acolhe até ao próximo dia 28 de Junho.

UA vai agilizar regime de frequência de cursos para aumentar taxa de diplomadosA UA diplomou 3590 estudantes no último ano, um número que, de acordo com o Reitor, terá de ver um aumento de 30% a cada ano, um compromisso assumido pela UA ao assinar o Contrato de Confiança com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior

Neste sentido, e lembrando que a UA assumiu, no contexto do Contrato de Confiança com o Mi-nistério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, o compromisso de aumentar a taxa de diplomados em cerca de 30% ao ano, o Reitor aproveitou a ocasião para adiantar que a UA está a agilizar o regime de frequência de cursos, com mais formação em horário pós-laboral e nocturno. O objectivo é fomentar a aprendizagem em tempo parcial,

aumentar o recurso ao ensino à dis-tância e apostar forte, ao nível dos mestrados, na realização de projec-tos e estágios em empresas.

Para fazer crescer o número de novos doutores, ainda diminuto, Manuel António Assunção está a criar a Escola Doutoral, com inci-dência específica na componente internacional, nos programas em parceria com instituições de quali-dade e nos doutoramentos em con-texto de empresa.

fessores António Cachapuz, da UA, Adrian Furnham, da Univer-sity College London e John Ri-chardson, da Open University.

Um dos pontos fortes da Elsin, organizada em parceria entre aque-la organização e a Universidade de Aveiro, é a sua interdisciplinarida-de, que atrai participantes de um vasto leque de domínios científicos e contextos profissionais.

O programa engloba palestras de oradores convidados, sessões de posters e apresentações orais, mesas redondas e simpósios, assim como actividades culturais e de intercâm-bio, destinadas a enriquecer a co-munidade da ELSIN.

Informação mais detalhada está disponível no site oficial do evento, em www.elsin2010.com.

UA expõe“IMAGENS PARAA DIGNIDADE”

Esta mostra itinerante, organiza-da pelos “Fotógrafos por um Mun-do sem Guerra”, destaca imagens dramáticas que retratam culturas e realidades sociais vividas por dife-rentes povos, da Índia à Mauritâ-nia, Brasil, Ruanda e Tailândia. A colecção evidencia a dignidade do Ser Humano, apelando a um olhar solidário e a uma forte consciência dos deveres de cidadania.

Entre os fotógrafos de renome que assinam estas imagens estão Sebastião Salgado, Dário Mitidie-ri, Gianni Berengo Gardin, Diego Alquerache, Cláudia Andujar, Christine Spengler, Jesus Salinas, Daniel Mordzinski, Fernando Mo-

leres, Genín Andrada e Kim Man-resa. As suas obras são acompanha-das por notas explicativas assinadas por 25 Instituições ou Organiza-ções Não-Governamentais.

A mostra ficará patente na. Pode ser vista, até ao dia 28, na Sala de Exposições Hélène de Beauvoir da Biblioteca da UA e na Livraria dos Serviços de Acção Social.

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5 Notícias Ensino Superior

Comunidadesacadémicas só ganham com mobilidade

Painel de Universitários – Campus Explorer

Já deste a tuaopinião? Queixamo-nos muitas ve-

zes de que ninguém ouve o que temos para dizer, mas a verdade é que nem sempre nos esforçamos por fazer chegar a nossa opinião mais longe. A Vox Populi, uma fundação portuguesa sem fins lucrativos, está a criar um painel de opinião de es-tudantes do Ensino Supe-rior, onde todos os estudan-tes podem participar e dizer o que pensam.

Se aceitares dar a tua opi-nião e colaborar nos estudos deste Painel de Universitá-rios - Campus Explorer, es-tarás a levar mais longe a tua voz e a contribuir para um melhor conhecimento das preocupações dos cida-dãos, para identificar pro-blemas, detectar carências e dar a conhecer a tua opinião a quem tem o poder de me-lhorar a qualidade de vida dos cidadãos.

Podes colaborar com a Fundação Vox Populi pas-sando a ser membro deste painel de Universitários. Bas-ta efectuares o registo no site da fundação - http://www.fvp.pt/ -, respondendo a um pequeno questionário. De-pois basta responder aos in-quéritos que te serão envia-dos – nunca mais de um por mês. Também podes partici-par nos fóruns de discussão de temas da actualidade e, sempre que quiseres, expri-mir a tua opinião sobre as-suntos que consideres impor-tantes para a nossa sociedade.

E ainda podesficar excêntrico!A partir do momento que

aceitares fazer parte deste painel e responder aos ques-tionários on-line que serão enviados, estarás a dar a tua opinião sobre os mais varia-dos temas e, ao mesmo, ainda te habilitas ao sorteio do Eu-romilhões que se realizar na semana seguinte à tua res-posta completa ao questioná-rio enviado, com uma chave fixa divulgada no site da fun-dação.

Estudantes, professores e socie-dades só têm a ganhar com a mobi-lidade entre universidades, defende o reitor da Universidade do Porto (UP), que orientou um debate so-bre esta temática durante o encon-tro de reitores ibero-americanos promovido pela rede Universia, que juntou mais de mil reitores em Guadalajara, no México.

Em entrevista à agência Lusa, José Marques dos Santos afirmou que, embora se reconheça o seu va-

Socialistas e oposição esgrimi-ram argumentos, com o socialista Manuel Mota a lembrar que os alu-nos chegam a estar inscritos duran-te 20 ou 30 anos para acabar o cur-so, o que considera “pernicioso, até do ponto de vista financeiro”. Os partidos da oposição foram unâni-mes em alertar para a individuali-dade dos casos, lembrando que al-guns alunos têm dificuldades de educação, financeiras e alimenta-res, enquanto outros seguem um percurso errático, mas acabam por estabilizar e seguir o seu caminho.

Face a isto, foi apresentada a pro-posta de criação de um órgão de

Reitor da Universidade do Porto defendeu a importância da mobilidade estudantil, e lembrou que ainda existem obstáculos, sobretudo no que respeita aos apoios financeiros

lor, a mobilidade ainda tem obstá-culos. “A mobilidade exige apoios financeiros e se há algum obstáculo é a escassez desses apoios”, afir-mou, acrescentando que era “im-portante criar mais financiamen-tos, porque as bolsas que existem nos Erasmus europeus não são muito grandes e isso exclui muitos estudantes que não têm posses”.

“Os estudantes ganham imenso quando vão para outra universida-de, outra cultura. Vão ter que saber

viver sozinhos ou com outros cole-gas que não conheciam, encontrar um lugar para viver, para comer, vão ter que se desenrascar. Isso dá-lhes uma auto-estima e um desen-volvimento que muda completa-mente essas pessoas”, salientou.

Para além de mais dinheiro, o Reitor da UP defende que é preciso envolver toda a gente e criar condi-ções para que estudantes, docentes e investigadores possam conduzir a sua vida académica “sem barreiras

atendimento que possa comparar os casos, que possa abrir excepções em situações que cumpram deter-minados requisitos, que promova a equidade entre os estudantes, para salvaguardar os mais desfavoreci-dos ou com maiores dificuldades.

Para António Rendas, porém, a criação de um novo órgão com es-sa função não se justifica, defen-dendo o presidente do CRUP, em alternativa, a intensificação do pa-pel do Provedor do Estudante, existente em todas as universida-des portuguesas.

“Para a questão do acompanha-mento existe o Provedor do Estu-

Provedor do Estudante deve ser figura de apoio na aplicação do regime de prescrições

O presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portu-guesas (CRUP) manifestou-se a fa-vor do regime de prescrições, mas defende a necessidade de dinami-zar o papel do Provedor do Estu-dante na ajuda individual aos alu-nos para evitar que permaneçam vários anos nas universidades.

António Rendas foi ouvido recente-mente na Comissão Parlamentar de Educação e Ciência, no âmbito da apre-ciação da petição entregue no parlamen-to pelas principais Associações Acadé-micas do país a pedir a suspensão do regime de prescrições (limite de matrí-culas para concluir um curso).

administrativas ao reconhecimento dos graus de ensino”. Entre estas con-dições conta-se “um mecanismo” que assegure a acreditação dos cursos e garanta que a “mobilidade seja auto-mática”, com o reconhecimento de to-do o período de estudos. Desta for-ma, um aluno ou professor pode fazer o seu percurso académico passando por várias universidades, de forma planeada, sem ter nada a perder com a mudança de instituição de ensino, re-alça José Marques dos Santos.

dante, que tem tido um papel funda-mental e que é preciso dinamizar mais. Devemos aperfeiçoar o que te-mos e não criar mais figuras. Esta existe em todas as universidades, po-de-se criar mecanismos para perso-nalizar mais a ligação”, afirmou.

Recorde-se que a petição pela sus-pensão do regime de prescrições, com mais de quatro mil assinaturas, foi entregue pelas Associações Aca-démicas na Assembleia da República a 24 de Março. Entretanto, o Parla-mento já pediu ao Governo para se pronunciar sobre a matéria, mas ain-da não obteve resposta.

TUP vence FATAL 2010presidente honorário é o actor Ruy de Carvalho, justificou a decisão com o facto de o TUP se ter proposto e ter conseguido “abraçar um universo e, ainda por cima, dar a sua própria versão acerca dele”: o universo “das músicas, das letras e das personagens criadas por Tom Waits”. Das 21 peças apresentadas este ano no FATAL, que decorreu entre 06 e 28 de Maio, o júri distinguiu ainda com o Prémio FATAL Cidade de Lisboa 2010 o grupo CITAC - Círculo de Iniciação

Teatral da Academia de Coimbra, pela criação coletiva “The Hypnos Club”, encenada por Rodrigo Malvar. Este prémio, também no valor de 1500 euros, foi atribuído ao CITAC por uma reflexão sobre o Teatro Universi-tário, “o qual, vindo obviamente da Universidade, espaço de discussão de ideias e experimen-tação por excelência, não deve esquecer nunca as suas origens”. O Prémio FATAL do Público, destinado a premiar o espectácu-lo mais votado pelos espectado-res, foi atribuído ao grupo Teatro

da Academia, do Instituto Politécnico de Viseu, pela peça “Europa”, a partir de S. Mrozeck, com encenação de Jorge Fraga. Foram ainda atribuídas quatro menções honrosas: ao TEUC (Universidade de Coimbra), ao GTN (Grupo de Teatro da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa), ao GTIST (Grupo de Teatro do Instituto Superior Técnico) e ao Grupo de Teatro Andamento (Escola Superior de Enfermagem de Lisboa).

O TUP - Teatro da Universi-dade do Porto foi o grupo vencedor do FATAL 2010 - Festival Anual de Teatro Académico de Lisboa, que realizou este ano a sua 11ª edição. “Alan”, uma criação colectiva, foi o espectáculo encenado por António Júlio que valeu ao TUP o principal galardão do festival, no valor de 1500 euros. Este mesmo prémio foi atribuído, em 2008, ao GrETUA, com a peça “Os Feios”. O júri do FATAL, cujo

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Com um passado longo na pesca do baca-lhau e um irmão gémeo já famoso, o navio Santa Maria Manuela está agora de volta a águas aveirenses. Este lugre de quatro mas-tros, construído do mesmo aço do navio-es-cola Creoula, foi recuperado e está pronto para abraçar o futuro que o seu novo proprie-tário escolheu para ele: o turismo de vocação marítima.

Construído há cerca de 70 anos, na Holan-da, o rebaptizado “Polynesia” esteve vários anos nas Caraíbas, enquanto navio dedicado ao turismo. Acabou abandonado pelo antigo armador no porto de Aruba, e tinha como destino certo o desmantelamento quando a empresa ilhavense Pascoal & Filhos, S.A o comprou em leilão. Nessa altura, restava ape-nas o casco.

Muito antes disso, porém, integrou um sem número de viagens à vela nos mares ge-lados da Gronelândia e Terra Nova. Enquan-to propriedade da Empresa de Pesca de Via-na, realizou dezenas de campanhas de pesca. Navegava com 54 pescadores, dez moços de convés, dois cozinheiros, três oficiais de má-quinas, dois oficiais de ponte e um capitão. Podia carregar mais de 12 mil quintais de ba-calhau salgado e cerca de 60 toneladas de óleo de fígado de bacalhau.

A empresa manteve o navio em actividade até 1962, ano em que o vendeu a um armador da praça de Aveiro - a Empresa de Pesca Ri-

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Já não irá para a Terra Nova na faina do bacalhau, mas este lugre de quatro velas foi recuperado e terá agora um futuro ao serviço do turismo, da cultura e da divulgação científica

Santa Maria Manuela está de volta a águas aveirenses

bau - que ainda operou com o navio na sua forma original durante alguns anos. Apesar das várias modificações realizadas com vista à sua modernização, o Santa Maria Manue-la acabou por ser considerado obsoleto em 1993.

UA também participa do projecto

A Universidade de Aveiro não é alheia ao sucesso deste projecto já que, como membro da Fundação Santa Maria Manuela – deten-tora do casco, sucata de ferro e equipamentos do navio - foi agente activa na decisão de passar a recuperação do navio à empresa Pas-coal & Filhos.

Esta fundação, fundada em 1994, integra 17 instituições públicas e privadas que se uniram com o objectivo de dar início ao pro-cesso de recuperação do navio, mantendo a sua traça original. O objectivo revelou-se di-fícil de concretizar e, por acordo unânime entre os membros da Fundação, a empresa Pascoal & Filhos, S.A. tornou-se gestora e proprietária do casco do navio, comprome-tendo-se a manter o espírito e os objectivos centrais que presidiram à criação da Funda-ção numa base de sustentabilidade económi-co-financeira.

O navio chegou domingo, 2 de Maio, à Barra do Porto de Aveiro e está pronto a ex-perimentar uma nova vida, como promotor

de turismo cultural de vocação marítima e atracção para novos fluxos de cruzeiros, ciên-cia, inovação e cultura, tal como previsto nos objectivos do projecto.

Entretanto, já cumpriu a sua primeira mis-são, tendo rumado a Lisboa para a recepção a Bento XVI. De frente para o Terreiro do Pa-ço, esteve lado a lado com o gémeo Creoula.

Uma vida nova

Três anos depois de ter sido comprado, ava-liado e restaurado em estaleiros Galegos, o Santa Maria Manuela está pronto a navegar. Por fora, mantém uma configuração muito próxima da original. Já o interior está comple-tamente diferente do que era enquanto lugre bacalhoeiro: tem ar condicionado, uma cozi-nha maior e contemporânea, camarotes com casas de banho privativas em vez de camara-tas e balneários, televisão, salas de reunião… A par com isso, integra ainda uma possibili-dade que o aproxima ainda mais do Creoula: os passageiros podem participar da vida a bordo, integrando as equipas de tarefas.

A Pascoal & Filhos descobriu para o Santa Maria Manuela um nicho no mercado turís-tico: o turismo náutico e de aventura, com forte pendor científico. A par com isso, a in-contornável história da faina do bacalhau, impossível de separar da história do próprio navio e da região de Aveiro e Ílhavo.

Gémeos nascidos do melhor aço 

O Santa Maria Manuela era um lugre de 4 mastros, construído nos estaleiros da Com-panhia União Fabril, em Lisboa durante 1937, no tempo recorde de 60 dias. Irmão gé-meo do Creoula, o aço da sua construção, de grande qualidade, destinava-se originalmen-te a dois navios de guerra que, por diversas circunstâncias acabaram por não ser constru-ídos, sendo finalmente utilizado na constru-ção destas duas embarcações idênticas.

Foi propriedade de diversos armadores e realizou um número impossível de determi-nar de campanhas de pesca nos mares gela-dos do Norte. Navegava geralmente a motor e à vela, uma combinação usada para obter a melhor velocidade e qualidades de manobra. Com bom tempo, chegava a alcançar os 12/13 nós de velocidade, percorrendo a dis-tância entre a Terra Nova e Portugal em no-ve dias.

O casco tem a forma dos tradicionais lu-gres à vela da primeira metade do século XX, utilizados na pesca do bacalhau, que se tor-naram conhecidos internacionalmente no seu conjunto como a famosa «Portuguese White Fleet».

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A cantora e compositora australiana Gabriella Cilmi vai estar no Centro Cultural de Ílhavo no próximo dia 1 de Julho, às 22h, para um espectáculo incluído na tournée do seu segundo álbum, Ten. Com o single “On a mis-sion” a caminhar muito à frente do resto do álbum pelas rádios do mundo, Gabriella Cilmi promete muito funk e groove, misturados com pop e R&B. Para além de “algumas mais sexy”, se-gundo a própria.

Nascida em 1991, a australiana cha-mou a atenção de produtores america-nos e britânicos com apenas 13 anos e iniciou aí um percurso internacional que tem gerido com calma. Do seu CV constam já apresentações com músicos de renome. Senão, vejamos: em 2008 acompanhou a tournée “Change Tour” das Sugababes no Reino Unido, e a banda Nouvelle Vague. Abriu espectá-culos de James Blunt na sua passagem pela Austrália e cantou ao lado de ban-das como os R.E.M e os Kaiser Chie-fs. Em 2009, foi 2009, foi nomeada pa-ra os BRIT Awards na categoria de Voz Internacional Feminina.

Sérgio Godinho volta este ano a Aveiro para mais um concerto memo-rável. O músico, um dos mais relevan-tes cantores e autores nacionais, actua no Teatro Aveirense a 9 de Julho, às 22h, com bilhetes à venda a 10 e 12 euros. Carrega atrás de si uma legião de fãs, de todas as idades, que cantam em uníssono músicas que são também grandes poemas: “Com Um Brilhozi-nho Nos Olhos”, “O Primeiro Dia”, “É Terça-Feira”, entre muitas, muitas outras.

Sérgio Godinho nasceu em 1945 no Porto. Partiu de Portugal com 20 anos, recusando fazer a guerra colo-nial. Viveu em Genéve, Paris, Ames-terdão, Brasil e Vancouver. O seu pri-meiro LP “Os Sobreviventes” foi gravado em França, em 1971. Gravou também no exílio o álbum “Pré-His-tórias”. Estes dois discos, premiados pela Casa da Imprensa, foram sucessi-vamente proibidos e autorizados pela censura de então. Regressou a Portu-gal depois do 25 de Abril de 1974, e ao longo dos últimos 35 anos consagrou-se como autor de algumas das canções mais unanimemente aclamadas da música portuguesa.

Acidentes, crimes, circunstân-cias da vida e coincidências entre desencontros foram algumas das temáticas narrativas presentes nas curtas-metragens nomeadas para as diversas categorias em mais um fes-tival de curtas-metragens MADE IN DECA 2010.

O Festival teve a sua primeira edição em 2001 e consiste em no-meações de melhores curtas-me-tragens, enquadradas em diversas categorias (elenco, animação, me-lhor filme, montagem, efeitos espe-ciais e sonorização), sendo todos estes projectos realizados por alu-nos pertencentes do Departamento de Comunicação e Arte.

A edição de 2010 teve como te-mática envolvente o conceito de “red carpet”, representado em por-menores que envolveram o evento, como a presença de um tapete ver-melho com possibilidade dos es-pectadores tirarem fotografias, an-tes de entrar na sala de espectáculos, criando-se assim um ambiente tipi-camente de Óscares.

A principal novidade deste ano

MADE IN DECA 2010Curtas do DeCA no tapete vermelho

foi a presença de uma nova catego-ria - ANIMAÇÃO 2D - que pre-meia um trabalho realizado por alunos do 1º ano de NTC.

A apresentação do evento esteve a cargo de Filipa Lacerda e Samuel Traquina. Os júris que tiveram a res-ponsabilidade de nomear os vence-dores de cada categoria foram Fer-nando Alvim, uma cara já bastante familiar para o público aveirense, Matt Cimber (realizador e produtor de cinema, de nacionalidade ameri-cana) e Nuno Tudela. A transmissão em directo para quem não pode estar presente no evento, via streaming, esteve a cargo do novo canal de tv da UA, o Campus iTV.

Há que salientar o excelente tra-balho da equipa de produção e or-ganização, liderada por professores e técnico do DeCA Pedro Almei-da, Luís Pedro, Carlos Santos, Rui Raposo e José Veiga, pela equipa do Teatro Aveirense e por um conjun-to de alunos voluntários do DeCA.

Fica aqui então a lista de nomea-dos de cada categoria e os respecti-vos vencedores da edição de 2010:

MELHOR FILMENomeados:- Redoor- Contratempo- Hard Cash- O Convidado- Duplex Vencedor:Hard Cash

MELHOR MONTAGEMNomeados:- Status- Redoor- Demónios Interiores- Hard Cash- O Convidado Menção Honrosa:Running Out Of Time

Vencedor: Hard Cash

MELHOR ANIMAÇÃONomeados:- Eddie

- Pinga Amor- Estação Terminal- A Autópsia Vencedor:Estação Terminal

MELHOR ARGUMENTONomeados:- Status- Redoor- Object Crossing- Paus- O Convidado

 Vencedor:Paus

MELHOR SONORIZAÇÃO E EFEI-TOS ESPECIAIS

Nomeados:- Redoor- Hard Cash- A Consequência- Partida- Duplex 

Vencedor: Redoor

MELHOR ELENCONomeados: - Running Out of Time- Paus- Hard Cash- A Consequência- O Convidado Vencedor:Hard Cash

MELHOR ANIMAÇÃO 2D

Vencedor: João Abreu

Links de interesse

Informações:madeindeca.blogs.ua.sapo.ptVideos:campusitv.com

Gabriella Cilmi está

“on a mission”

em Ílhavo

SérgioGodinhode voltaa Aveiro

Cultura

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8 Entrevista

Quando e como descobriste que tinhas a doença?

Descobri em 2007, enquanto estudava e tra-balhava. Comecei a sentir dores e inchaços nas articulações, muita fadiga e fui fazer análises de rotina. Tendo em conta alguns valores elevados, a minha médica de família pediu-me para fazer uma consulta de ortopedia, que me levou à reu-matologia, passado uns poucos meses foi-me diagnosticado Lúpus Eritematoso Sistémico e fui encaminhado para o Hospital S. João.

Como é que reagiste?Ao inicio desvalorizei, tinha um caso de Artri-

te Reumatóide na família e tinha medo que fosse isso. Mas quando pesquisei sobre a doença fiquei assustado, no entanto, o meu médico acalmou-me quando me explicou que com medicação e o trata-mento adequado a doença é controlável.

Depois fui-me abaixo quando tive uma falência renal e entrei em estado de depressão, deixei os es-tudos por dois anos e voltei em Setembro à UA.

E os teus familiares?Alivio por não ser Artrite Reumatóide, mas

houve muita preocupação por saber que a doen-ça é crónica. Apoiaram-me sempre... Aliás, acho que encaixaram melhor que eu, mesmo sabendo das crises e das fases mais complicadas.

Sentes-te limitado em fazer certas coisas?Em parte, pela medicação e alguns sintomas.

Continuo com anemia, sinto-me muitas vezes cansado, tenho dores nas articulações, tenho de ter muito cuidado com o sol, porque é um dos factores que despoleta a doença, e com a alimen-tação, pouco sal, poucos açúcares e gorduras, muito por causa da medicação. Não posso consu-mir bebidas alcoólicas e deixei de fumar. Tenho de ter muito cuidado com infecções, sendo uma doença auto-imune a medicação que tomo é pa-ra diminuir o sistema imunitário e mesmo pe-quenas infecções podem ser perigosas. Mas não existe nenhuma limitação por aí além…

Dia Mundial do LúpusAprender a conviver com a doença é “uma lição de vida”No passado dia 10 de Maio comemorou-se o Dia Mundial do Lúpus e a 22 decorreu o Encontro Nacional de Doentes com Lúpus. Para saber mais sobre esta doença crónica, o UniverCidade foi falar com o Tiago Israel, aluno do 3º ano de Bioquímica na UA, que explicou como encarou o diagnóstico e aprendeu a viver com a doença

Sentes que o olhar dos teus amigos e das outras pessoas mudou?

Nos que conheciam a doença, notei que sentiam alguma pena de mim, que é coisa que ninguém gosta muito… De resto, reagiram bem, muitos foram e continuam a ser uma ajuda preciosa em momentos mais complica-dos, tanto físicos como psicológicos. Dias em que me iam buscar a casa mesmo quando es-tava com mobilidade reduzida só para espai-recer um pouco até às visitas ao hospital. Aju-dava ver que se preocupavam, muito mais em alturas em que de certa forma sentia que era um peso para todos.

E a nível de estudo?Os dois anos parados não ajudaram em

nada, perde-se método, pessoas conhecidas, matéria e vontade. E para além disso, mesmo

agora é complicado por causa das consultas e dos tratamentos. Mesmo tendo justificações e com toda a boa vontade do meu direc-tor de curso e dos professo-res, perde-se matéria. Mas o plano é mesmo acabar o curso e depois logo se verá. Houve uma altura em que pensei desistir, mas o meu médico disse-me que devia continuar, “desistir pode ser mais prejudicial que tentar e não conseguir”.

Também tive apoio por parte da Dra Gracinda e da psicóloga da UA, a Dra Andreia, com quem tenho conversas informais. Um

conselho: não liguem a preconceitos, quem vai ao psicólogo não é “doido”! E é preferível admitir que se tem um problema do que dei-xar que ele nos domine.

Fizeste algo mais na Universidade para além do Curso?

Pertenci à Faina, mas já não participo ac-tivamente. Apesar de tudo continuo a rela-cionar-me com os aluviões e a Faina, e o meu ano de Aluvião foi o meu melhor ano aqui. Neste momento é quase impossível andar o dia todo trajado ao sol, mas fui ao desfile trajado.

Como te adaptaste ao tratamento?Sou visto por vários médicos e sou segui-

do por um reumatologista. Existe uma dis-cussão constante, será que doentes com lú-pus devem ser seguidos por médicos de reumatologia ou de medicina interna. Eu acho que desde de que se esteja a ser segui-do em condições e que exista uma boa rela-ção médico-paciente, tanto faz. Os doentes com lúpus são isentos de taxa moderadora e

a medicação é comparticipada, se assim não fosse muitos não conseguiriam ser tratados. No Norte os hospitais de referência são o S. João e o Santo António.

Qual foi a pior parte?Tive um grande problema nos rins, fiz qui-

mioterapia com ciclofosfamida, que é muito agressivo e provoca uma sensação de impotência e é aí que surgem os piores pensamentos. Tive de perceber que era o melhor e tive sorte em ter re-agido bem aos tratamentos, ao contrário de ou-tros que não reagem e depois têm de fazer diáli-se. Nessa altura, o médico explicou-me que podia ter vários efeitos secundários, como queda de cabelo, manchas na pele e infertilidade. Este último não me afectou na altura e fiz uma co-lheita de esperma para criopreservação. Para além da vergonha e de saber que existem formas de contornar isso, afectou-me depois pelo facto de um dia poder querer ter filhos ou mesmo ini-ciar uma relação e ter de explicar isto e não saber como a outra pessoa poderia reagir.

É também complicado ter de andar sempre com caixas de medicamentos atrás, metade pa-ra tratar da doença outra metade para contor-nar os efeitos indesejáveis da primeira.

E o melhor?Tenho encontrado pessoas fantásticas, mé-

dicos, enfermeiros, auxiliares e amigos nos doentes que se tornaram companheiros de lu-ta. Olhando para trás procuro guardar os mo-mentos positivos, guardo as amizades, acabei por deixar de dar valor às coisas menos impor-tantes. Passei a encarar tudo de outra forma, a dar valor ao trabalho dos auxiliares, admirar os voluntários que passam pelo hospital. É uma lição de vida! Se sou melhor ou pior, acho que sou o mesmo, mas sou mais compreensivo em relação a certas coisas.

No dia 22 de Maio decorreu o Encontro Nacional. Como foi?

É fantástico, pela camaradagem. Encon-trei pessoas que falam a mesma língua que eu, que me percebem. Houve convívio e ses-sões de esclarecimento para doentes e fami-liares, e o lançamento do livro da Marta Branca, “Princesa borboleta”, que tem lúpus.

O que dirias a quem olha para ti “de lado”?Cresçam, a ignorância não é desculpa para

certas atitudes.

E a quem, como tu, descobre ter uma do-ença crónica ou outra?

Não se escondam, pode haver reacções ne-gativas mas também boas surpresas, não te-nham uma atitude pessimista, contactem com as Associações, que ajudam mesmo. Co-mo diz o meu médico, “50% do tratamento somos nós, os outros 50% são os médicos e a medicação”.

Associação de Doentes com Lúpus: Linha gratuita: 800 200 231 E-mail: [email protected]

O Lúpus é uma doença crónica auto-imu-ne, em que existe uma alteração do sistema imunitário do indivíduo, produzindo anti-corpos circulantes no sangue e que podem afectar vários órgãos do organismo. Existe sob duas formas: o Lúpus Eritematoso Dis-cóide e Lúpus Eritematoso Sistémico. A for-ma Discóide da doença traduz-se em lesões na pele, principalmente em zonas expostas à luz, e pode, em 10 a 15% dos casos, evoluir para a Lúpus Eritematoso Sistémico. Por seu lado, a forma Sistémica pode lesar qualquer órgão do corpo humano, é uma doença cró-nica que evolui ao longo da vida com fases agudas e fases de remissão mas que não tem cura. O lúpus não é contagioso e o doente tem de tentar manter ao máximo uma vida activa.

A causa da doença é ainda desconhecida. Existem várias teorias apontando para diver-sos factores genéticos, ambientais, medica-mentosos… Vários estudos foram realizados, ainda que não conclusivos, sobre o papel da hereditariedade do Lúpus, dado que se tem encontrado, na mesma família, mais que um caso de Lúpus. Os sintomas são bastante va-riáveis, o que dificulta o diagnóstico. Passam por febre, dores articulares, fadiga, manchas na pele mas podem ser outros consoantes os órgão afectados (coração, pulmões, sistema nervoso central…).

Para tentar perceber melhor esta doença e como ela pode afectar as pessoas, o Univer-Cidade foi falar com o Tiago Israel, aluno do 3º ano de Bioquímica na UA. Diagnosticado há três anos, aprendeu a viver com a doença e conta-nos como.

Curiosidades9/10 casos são mulheres.Mais de 5 milhões de casos

em todo o mundo.O nome Lúpus vem de lobo,

pela forma das manchas que aparecem na pele que se parecem com dentadas.

O símbolo do lúpus é a borboleta, porque um dos sintomas é uma mancha na face que se parece com asas da mesma.

É uma das doenças referidas em quase todos os episódios do House pela quantidade de sintomas associados, mas que acaba por nunca ser.

A ciclofosfamida é um derivado do gás mostarda, usado para matar milhares de pessoas, tem propriedades imunossupressoras.

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9Suplemento BSI

Biologia Sob Investigação

Crónica “Pulga-de-água ao serviço do Homem”

Entrevista coma investigadora Maria Dornelas “A vida secreta dos corais”

Reportagem com Ricardo Calado “Potencial medicinal dos corais”

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10 Suplemento BSI

EDITORIALNo dia 17 de Maio lança-

mos a 1ª edição do Biolo-gia Sob Investigação (BSI). A missão de comunicar e divulgar ciência, nomeada-mente na área da Biologia, e a do Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro foi recebida com grande entusiasmo e ex-pectativa, por parte de to-da a comunidade universi-tária.

Agradecemos a todos os alunos da disciplina de Ex-posição, Comunicação e Divulgação em Biociências do mestrado de Biologia Aplicada o empenho, o es-forço e a dedicação na produção dos conteúdos nestas edições e em futu-ras edições. Ainda, à As-sociação Académica o fac-to de nos proporcionar o meio para concretizarmos um projecto de divulgação.

A 2ªedição é dedicada à investigação que se realiza na área da Gestão dos Ecossistemas. O DeBio tem em funcionamento a Unidade de Conservação e Gestão da Vida Selvagem, que desenvolve estudos nas áreas da Ecologia Ani-mal e da Gestão e Valori-zação de Populações e Habitats. Com um papel importante em várias regi-ões de Portugal, esta Uni-dade está intimamente li-gada à reintrodução dos veados na Serra da Lousã e à gestão cinegética no território nacional.

A investigação na área da vida selvagem é muitas ve-zes vista como um “hob-bie” e nem sempre lhe é dada a devida importân-cia. Para além do interesse científico inerente existem empresas nacionais que criam o seu próprio capital através da consultadoria e investigação no ramo da biodiversidade.

Durante os meses de Ju-lho e Agosto não haverá publicação, será em Se-tembro que o BSI voltará a estar nas bancas. Deseja-mos boas férias a todos e agradecemos sugestões e opiniões para o seguinte endereço electrónico: [email protected].

Ficha Técnica da Edição 0

Editor ChefePaulo Trincão

Equipa EditorialCésar Monteiro Clarisse FerreiraFilipa DominguesTiago PedrosaVânia CarvalhoVera Ferreira

RepórteresCátia PereiraCarina Rodrigues

Presente no Pavilhão do Conhecimento desde 22 de Setembro de 2009 e até 29 de Agosto de 2010, a Exposição Temporária Extremos – Viver no limite, é uma “viagem” enriquecedora aos mundos onde habitam, os organismos mais extremos. Ao entrar nesta exposição depara-se de imediato com o seguinte texto:

“Calor intenso, frio gélido, falta de água, escassez de

ERRATA:

Devido a problemas que ultrapassam as funções da Equipa Editorial, na edição anterior o suplemento não apresentava Ficha Técnica. Desde já pedimos desculpa aos afectados por este lapso. Agradecemos novamente a colaboração e ajuda destes para a elaboração da nossa primeira edição.Atentamente, Equipa Editorial

Diana SousaSofia Varanda

CronistaCarla Silva

Fotos gentilmente cedidas porAndré CoutoEduardo FerreiraHelder BerenguerLuís FerreiraMarina CunhaPedro Aires

Pedro PereiraRicardo CaladoSusana LoureiroTânia BarrosTeresa Costa

IlustradorJayr Peny

AgradecimentosAmadeu SoaresMaria DornelasRicardo Calado

Exposição Extremos

Viver no LimitePor Camila Santos

oxigénio, escuridão permanente: estes são desafios extremos à existência de vida. No entanto, mesmo nos locais mais inóspitos do planeta encontramos seres vivos perfeitamente adaptados. Venha saber como é viver no limite.”1

Pode-se observar 5 condições extremas: frio, calor, aridez, falta de oxigénio e escuridão - todos eles muito bem conseguidos com sons, vídeos, imagens, esculturas de animais, grutas e painéis de jogos interactivos. Este conjunto

de sensações promoveu o realce dos processos de endotermia, condutividade térmica, hibernação, oxigénio, bioluminiscência, entre outros. Para saber mais só mesmo visitando “Extremos - Viver no Limite”.

1 http://www.pavconhecimento.pt/exposi-coes/temporarias/index.asp#extremos

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1115 de Junho de 2010

Em que estado se encontra a vida selvagem em Portugal, em termos de diversidade e conservação?

A vida selvagem em Portugal está inserida num contexto Europeu. Podemos falar em termos de diversidade ibérica, dos Pirenéus para o Oeste há  uma grande homogeneidade em termos de vida selvagem. Em relação à  conservação, de uma maneira geral, as carac-terísticas de cada zona permitem a sobrevi-vência de espécies. Há benefícios de conti-nuidade de habitat entre os dois países, pois em Espanha a conservação da Natureza é encarada de uma for-ma mais séria e pró-activa.  

Quais julga serem as causas da aparente ten-dência decrescente de abundância e diversidade ao longo dos tempos?

Existe uma aparente tendência visto que houve um decréscimo de determinadas espécies, embo-ra isto não se verifique para to-das. Nos casos em que isto acon-teceu a principal causa têm a ver com a acção do homem. A des-truição dos habitats é o factor principal no decréscimo das po-pulações animais e vegetais.

Qual a importância da gestão e conservação de recursos naturais?

Um habitat pode ser mais pro-pício para determinadas espécies do que outro. Ao interferir num ou noutro sentido podemos in-troduzir e beneficiar determina-das espécies. Isto é a gestão e conservação de recursos, e nesta área o conhecimento científico tanto das populações e ecossiste-mas, como do modo de interven-ção segundo um determinado objectivo, é fundamental para se poder ter sucesso. Depois é sem-pre necessária uma avaliação re-gular para saber se os objectivos foram ou não cumpridos.  

Prof. Doutor Carlos Fonseca

* Por Carina Rodrigues, Cátia Pereira, Diana Sousa e Sofia VarandaEntrevista

Carlos Fonseca é doutorado em

Biologia,  actualmente professor

auxiliar do Departamento de

Biologia da Universidade de

Aveiro e investigador do laboratório

associado CESAM.Interessou-se desde cedo pela Ecologia,

Gestão e Conservação de Recursos Naturais

e desenvolveu durante alguns anos estudos

com javalis. Coordena a Unidade

de Gestão e Conservação de Vida

Selvagem, à  qual estão associados

projectos de investigação, que

decorrem em Portugal, Espanha,

Noruega, Brasil, Cabo Verde e

Moçambique.  

No dia 11 de Maio, na conferên-cia da Biologia na Noite,deu espe-cial ênfase a espécies cinegéti-cas. O que torna um animal selvagem numa espécie cinegéti-ca?

Uma espécie é cinegética quando o nú-mero de animais numa população ultra-passou aquilo que seria o equilíbrio entre essa população e o ecossistema. Assim a caça, por exemplo do coelho, funciona como controlo dessa população.

Quais as espécies cinegéticas de maior predominância em Portugal continental?

Temos dois grandes grupos. Na caça menor, as espécies mais importantes são o coelho e perdiz, embora também tenha-mos as espécies migradoras: tordos, rolas e pombos e aquáticas como pato-real. Ainda se inclui neste grupo predadores como a raposa e saca-rabos. Na caça maior temos o: veado, gamo, corso, javali e muf-lão, sendo as mais importantes, o javali, o

veado e o corso.  

Trabalhou durante muitos anos ao lado de caçadores num es-tudo sobre javalis, qual a maior contribui-ção a nível pessoal e profissional que rece-beu?

A introdução de um biólogo no mundo da caça pode parecer um pouco estranha, pois o biólogo tende a não concordar com determinados aspectos da caça. Aprendi muito com os caçadores e considero que o meio da caça não é tão negativo como parece.

Quais as prioridades e apostas para o futu-ro?

É importante aumentar a qualidade e haver um trabalho de consolidação dos estudos principais. Dar continuidadeaos pro-jectos de investigação do grupo, como por exemplo a gestão e conservação de ungulados e diversif icar.

Carlos Fonseca é doutorado em Biologia. É professor auxiliar do Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro e também investigador do laboratório associado CESAM.

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12

Entrevista com Pedro Fonseca

VOX Empresarial

A UA nos moldes actuais já não é um centro fechado ao exterior, mas cada vez mais tenta ser um local aberto à comunidade, procuram responder e solucionar os seus problemas. Na tentativa de promover o diálogo, procuramos com esta rubrica ouvir o que o tecido empresarial pensa de nós, e como nós poderemos desenvolver soluções para promover as suas actividades comerciais. Para inaugurar esta rubrica decidimos publicar uma pequena conversa com Pedro Fonseca, o responsável pela PF-Diver em Vagos, uma empresa multifacetada ligada á produção de bivalves, e que neste momento representa uma indústria em plena expansão na região.

Suplemento BSI

A produção de bivalves é uma actividade que consegue ser rentável e eventualmente apresenta potencial futuro?

Sim, tem bastante potencial, no caso da ostra a procura é várias vezes acima da oferta. Nas outras espécies, tem sempre um escoamento garantido mas passando sempre por Espanha como amêijoa da Galiza. Isto é algo que temos de resolver com alguma urgência, a certificação de origem da nossa amêijoa.

Actualmente quais os principais problemas com que a empresa se depara?

Apoios para projectos inovadores, atrasos no Promar, inércia e desinteresse de quem decide os valores de atribuição e a falta de garantias mutuas (sociedades de capitais de risco). E mais recentemente a falta de qualidade de espécies juvenis, o que faz com que tenha-mos de adquirir juvenis no exterior por falta de produção no nosso território.

Existe alguma tentativa de cooperação entre a sua empresa e a UA? Neste momento existe um programa de voluntariado nos nossos viveiros, para enriquecimento curricular dos alunos de Biologia. Pelo nosso lado há a cedência de espaços para investigação em projectos da UA.

Como surgiu o protocolo? O interesse veio da parte do CESAM,

contactaram-nos e a partir dai surgiram grandes vontades e óptimos projectos que estão agora no seu inicio.

Em que o DeBio/CESAM/alunos lhe podem trazer mais-valias?

Partilha do conhecimento, Melhoria na produção, Estudo de doenças e suas causas, novas oportunidades para um conhecimento mais aprofundado das espécies economica-mente viáveis.

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1315 de Junho de 2010

Homem vs Carnívoros:

Uma batalha intemporal* Por Nuno Negrões

Enquanto dava os primeiros passos o ser humano lutava pela sua sobrevivência, tentando es-capar às garras dos predadores. Paulatinamente fomos perceben-do que a coexistência com estas espécies não seria fácil, não só pelo perigo que teoricamente re-presentavam para a nossa vida, mas também por competirem connosco por recursos, como o alimento.

Será então que existe espaço para a coexistência entre Ho-mem e os grandes carnívoros? A resposta imediata é: SIM! Na verdade, tem de haver, uma vez que nossa sobrevivência depende também da presença deles. Sabe-mos agora que os grandes carní-

voros são essenciais para o equi-líbrio dos ecossistemas e na verdade, somos nós mais uma ameaça para eles do que eles pa-ra nós. No entanto, com um con-flito latente, a coexistência pare-ce um objectivo difícil de alcançar.

Uma das formas encontradas para assegurar esta coexistência tem sido a criação de Áreas Pro-tegidas (APs). Será esta uma boa solução? Um projecto desenvol-vido na região da Amazónia por investigadores do DeBio em co-laboração com entidades Brasi-leiras, visa responder a esta per-gunta e compreender os aspectos associados ao conflito com os grandes carnívoros, neste caso

concreto o jaguar e o puma. Fi-cou patente neste estudo que os animais não reconhecem os limi-tes traçados arbitrariamente pelo homem mas sim os delineados pelas condições essenciais à sua sobrevivência. Por este motivo, as áreas que lhes reservamos não são suficientes para assegurar a sua continuidade no planeta. Encontramos um cenário de fo-cos de conflito dentro e nas fron-teiras com as APs onde as popu-lações locais, cientes do seu direito equalitário ao desenvolvi-mento, reclamam de prejuízos aos seus bens (ex: ataques ao ga-do). Vários trabalhos desenvolvi-dos no mundo têm demonstrado que estes prejuízos não são, nor-

malmente, avultados, estiman-do-se taxas de predação média de gado doméstico inferiores aos 10% do total. No entanto, são o suficiente para despoletar acções de retaliação através da morte ilegal dos animais por caça ou envenenamento.

Juntamente com a sensibiliza-ção para a importância da con-servação da biodiversidade, são necessárias acções que visem in-centivar esta conservação na prá-tica, assentes em estratégias múl-tiplas (desde o ecoturismo, incentivo à preservação da flores-ta e reflorestação, pagamento de prejuízos, etc.) na procura de um desenvolvimento e coexistência sustentáveis.

A selecção natural tem ditado a evolução das

relações existentes entre todas espécies

que viveram e vivem actualmente

na Terra.

Uma retrospectiva

da Biologia na Noite* Por Rui Cordeiro

Em pleno Ano Internacional da Biodiversidade, a 9ª edição destas conferências abertas, não podia fazer mais sentido. A pa-lavra Biodiversidade é facilmen-te associada ao mundo vivo visí-vel e sobretudo a animais de grande porte, atraindo o inte-resse tanto de observadores lei-gos como de investigadores dis-tintos. Debaixo desta biodiversidade visível está o mundo microscópico, a biodi-versidade escondida, apresenta-da pelo Prof. António Correia, que provou que “a Biodiversida-

de não se mede aos palmos” na 1ª conferência da Biologia na Noite.

Abordando ainda a biodiver-sidade, tivemos as conferências sobre Organismos Genética-mente Modificados (OGMs), pelo Prof. Tito Fernandes; “a vi-da secreta dos corais” pela Dra. Dornelas cujas fantásticas foto-grafias a todos cativaram. Já “Uma viagem pelas diversidades em vida selvagem” do Prof. Fon-seca deu a conhecer os trabalhos realizados na área dos vertebra-dos. As conferências termina-

Desde a sua criação que a Biologia na

Noite tem contado com vários e

ilustres oradores e até moderadores,

como por exemplo o Prof. Mariano

Gago então ministro da

Ciência, Tecnologia e Ensino Superiror.

ram com “chave de ouro” segun-do a Prof. Rosa, que assim se referiu à Prof. Ana Rodrigues acerca da sua palestra sobre “Bi-chos que andam aí”. Parece re-almente ser opinião geral que a Biologia na Noite terminou em grande, o público (eu incluso), foi cativado não só pelas exóti-cas fotografias, mas também pe-la genial capacidade oratória da Prof. Ana Rodrigues que acessí-vel e astutamente explorou os aspectos mais curiosos da vida destes seres.

Assim, os grandes desafios e

tendências da Biologia do Sécu-lo XXI e as suas implicações no nosso presente e futuro, visam temas tão actuais como as ques-tões da clonagem, OGMs, con-servação da natureza, terapêuti-cas génicas, a gestão das águas. Desta forma a conjugação e in-terpretação dos saberes das dife-rentes áreas científicas resultam numa mais-valia na Biologia na Noite enquanto meio de divul-gação científica.

Page 14: UniverCidade  106

14 Suplemento BSI

CurtasPrimeira bactéria com genoma completamente sintético

Investigadores do JCV Institute dos EUA, con-seguiram sintetizar e transplantar com suces-so um genoma artificial entre duas espécies bacterianas distintas, mantendo a capacidade de se auto-replicar. o genoma introduzido re-velou-se eficaz no con-trolo celular da nova bactéria. Este passo re-presenta um enorme avanço científico, levan-tando ao mesmo tempo importantes questões éticas.

In www.scienceMag.org

Vacina para o vírus Ébola num futuro próximo

Foi testada uma vacina promissora contra o re-tro-vírus causador da

febre hemorrágica Ébola (FHE). Esta é composta por sequências de RNA de interferência, (siRNA), capazes de silenciar a expressão genética do vírus. Investigadores da Boston University School of Medicine, estão a tes-tá-la em primatas e obti-veram uma taxa de so-brevivência de 100%, quando esta foi adminis-trada 30 min após a in-fecção e repetida diaria-mente até 6 dias.

In www.scienceMag.org

Projecto para determinaro papelde todosos genesdo rato

o projecto tem como objectivo determinar as funções de todos os ge-nes do genoma do rato, tornando-o no melhor modelo para estudar do-enças Humanas. Com este intuito, foi criado um consórcio interna-cional que procura obter

um financiamento de $900 milhões USD e atin-gir este objectivo em 10 anos. todos os dados obtidos pelo consórcio serão de consulta livre. Este projecto promete revolucionar vários cam-pos da Biologia.

In www.Nature.com

Medusa consegue revertero seuenvelhecimento

As medusas turritopsis nutricula são seres vivos encontrado nas águas quentes de climas tropi-cais, são assexuadas e predadoras a partir do estado adulto e capazes de voltar ao seu estado pólipo juvenil. Um dos mecanismos mais usa-dos neste processo é a apoptose, um suicídio celular programado. Neste organismo o pro-cesso de envelhecer e rejuvesnecer pode ser infinito e por isso pode ser designado de imor-tal.

In www.sciencepub.net/

Aquecimento global provocaa extinçãode lagartos

A monitorização das co-munidades de lagartos do género Sceloporus no México, revelou que a temperatura dos habitats está a aumentar mais de-pressa do que a capaci-dade dos lagartos em se adaptarem às novas con-dições. Isto já provocou a extinção de 12% das espécies na região de estudo. Através destes factos os investigadores prevêm que às taxas ac-tuais de aquecimento global, cerca de 20% das espécies actuais de la-gartos irão extinguir-se até 2080.

In www.sciencemag.org

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1515 de Junho de 2010

Cartoon

Editor ChefePaulo Trincão

Equipa EditorialCésar Monteiro Clarisse FerreiraFilipa DominguesTiago PedrosaVânia CarvalhoVera Ferreira

RepórteresCátia PereiraCarina RodriguesDiana SousaSofia Varanda

Ficha técnica

CronistasCamila SantosNuno NegrõesRui Cordeiro

IlustradorJayr Peny

Foto da capa gentilmentecedida por:Tânia Barros

AgradecimentosCarlos FonsecaPedro Fonseca

Page 16: UniverCidade  106

Queres acabar este ano lectivo em grandee em convívio entusiástico, alegre e saudável contigo,com os teus amigos e com a Natureza?Então junta-te a nós e vem participar na XI Descida do Vouga.

Esta edição (a 11ª) decorrerá nos dias 16, 17 e 18 de Julho, com todas as actividades que vêem preenchen-do o cartaz das edições anteriores. Assim teremos, para além da desci-da (de canoa), caminhada (momen-to especial para criar o espírito de grupo), rappel, tiro com arco, tiro com zarabatana e muitos outros jo-gos populares entre os estudantes desta Universidade (futebol, volei-bol, jogos de cartas, …).

Após a caminhada do primeiro dia, juntaremos os nossos farnéis para realizarmos o primeiro grande momento de animação da Descida – o grande piquenique de abertura (única refeição da responsabilidade dos participantes).

Para lá de todo este desporto está garantida muita animação cultural, desportiva e nocturna.

Preços de participaçãoSócios da AAUAV: 55,00 €Estudantes não Sócios: 60,00 €Não Estudantes: 65,00 €.

Estes preços incluem alimenta-ção, alojamento, viagens e, claro, todas as actividades.

Nota: Todos os participantes de-verão levar tenda, saco cama, roupa confortável, protector solar e um SORRISO.

Para mais informações: Luís Pinto – 968 703 590 – e-mail: [email protected]

Programa

Page 17: UniverCidade  106

17Cá em Casa

No próximo dia 28 de Junho, a Associação Académica da Universidade de Aveiro cele-bra o seu 32º aniversário. Aproveitando a ocasião, e como já é costume, será também celebrada a Gala do Desporto, onde se mos-trará a crescente importância que o desporto tem, especialmente na vida académica.

Em mais um aniversário, a AAUAv celebra 32 anos de uma vida académica responsável e interventiva, preenchida de actividades, even-

No passado dia 26 de Maio, a Associação Académica da Universidade de Aveiro, em parceria com o Gabinete Pedagógico e os Serviços de Acção Social realizou o “Jantar Dançante”. Nesta iniciativa solidária, os par-ticipantes foram convidados a jantar de olhos vendados, para assim experimentarem a sen-sação de uma refeição com uma das limita-ções físicas que alguns estudantes da nossa Academia enfrentam.

Para os presentes no jantar, que nunca an-tes se tinham visto privados do sentido da vi-são, foi um momento único: estranha, dife-

O Mundial joga-se na Casa do Estudante (mas sem vuvuzelas!)

Com o mundo inteiro de olhos postos no Campeo-nato Mundial de Futebol, a AAUAv não se esqueceu de ti e preparou dois espaços distintos para os jogos em simultâneo, dois projectores para que não te escape nada, um plasma e mais de 200 lugares sentados. E, como sempre, os melho-res preços no Bar do Estudante.

Para além disso, não gostamos das vuvuzelas, o que vai garantir que toda a gente vai conse-guir ouvir os apitos do ár-bitro!

A AAUAv vai transmitir quase todos os jogos do Mundial, sobretudo os das Selecções que con-tam com um grande número de adeptos entre os alunos de mobilidade da UA. Podes consultar a lista completa dos jogos das eliminatórias no site da AAUAv. Depois disso, todos os jogos dos quar-tos de final, meias-finais , 3º e 4º lugares e final do mundial serão trans-mitidos na Casa do Estudante.

Junta-te a nós e vem torcer pela tua Selecção!

Aniversário da AAUAv celebra-se a 28 de JunhoMais uma vez, o evento contempla ainda a Gala do Desporto, prova da crescente importância do desporto na vida académica

tos e, acima de tudo, de uma representação ple-na dos estudantes e de todos os seus direitos.

Nesta celebração irá discursar Tiago Alves, presidente da AAUAv, em nome da mesma e dos cerca de 12 mil estudantes desta Acade-mia, assim como o Reitor da Universidade de Aveiro, Manuel António Assunção. A ceri-mónia contará ainda com os discursos do sem-pre presente administrador dos Serviços de Acção Social, Hélder Castanheira, e ainda

Jantar de olhos vendados é “experiência especial”

com José Mota, Governador Civil de Aveiro. Por sua vez, na Gala do Desporto serão re-

conhecidos, em forma de agradecimento e felicitação, as equipas que melhor se destaca-ram este ano. Será também eleito o melhor núcleo cultural, de curso, desportivo e asso-ciativo. Ainda na Gala, haverá a eleição do Dirigente e Treinador do Ano

Participa neste dia em que, mais uma vez, a vida académica prevalece.

rente, sensibilizadora, especial, tocante, foram alguns dos adjectivos utilizados para descrever a experiência.

Outra das realidades expressas neste jantar foi a limitação motora. Vários foram os par-ticipantes com dificuldades a esse nível, e es-tes mesmos contribuíram para um dos mo-mentos altos da noite: a apresentação de uma performance coreografada por Flávio Rodri-gues, em que impressionaram os presentes pela sua graciosidade e pelo sentimento e simbolismo transmitido a cada movimento.

Para além da sensibilização da comunida-

de académica e da possibilidade de transmitir novas formas de ver o mundo que nos rodeia, o propósito do jantar foi além disso: parte do lucro reverteu para um fundo de apoio para estudantes com necessidades especiais.

Um especial agradecimento aos que cola-boraram com a AAUAv na organização des-te evento, e também aos que nele participa-ram e contribuíram para que os estudantes com necessidades especiais desta universida-de possam vir a ter ainda melhores condições para usufruir de uma vida académica plena.

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Trinta e cinco crianças provenientes de três instituições de solidariedade social do distri-to de Aveiro estiveram no passado sábado, 5 de Junho, na UA para participarem num pro-grama repleto de actividades desportivas. Râguebi, futsal e basebol foram as modalida-des praticadas na 2ª edição da actividade «Sábado desportivo com um sorriso colori-do», organizada pelo Origami – Comissão de Solidariedade Social da Associação Acadé-mica da Universidade de Aveiro.

Aproveitando as infra-estruturas da UA e em colaboração com diversos núcleos des-portivos da Associação Académica da UA, o Origami proporcionou a 35 crianças um dia repleto de actividades desportivas e de salu-tar convívio.

Râguebi, futsal, basebol e karaoke foram as actividades escolhidas para esta edição, em que as crianças provenientes do Centro de Acolhimento Infantil de Aveiro, da Casa da Criança de Sangalhos e da Obra da Criança, em Ílhavo, puderam experimentar.

A actividade, organizada pelo 2º ano con-secutivo, contou com a colaboração dos nú-cleos de râguebi, futsal e basebol da AAUAv e com o apoio dos Serviços de Acção Social da UA.

«Sábado desportivo com um sorriso colorido»

Crianças carenciadas experimentam actividades desportivas na UA

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20 Núcleos

O núcleo Ilhas de Bruma convida todos os estudantes a conhecer um pouco mais sobre as suas nove maravilhas. Fiquem atentos!

NoVE maravILHAS* Por Daniela Pimentel

A Graciosa é a Ilha mais a norte do grupo central, a menos monta-nhosa das ilhas açorianas, atingin-do 402 m de altitude máxima, o que lhe confere um clima temperado oceânico, sendo também a que pos-sui a menor pluviosidade da região.

Esta ilha é caracterizada pela sua forma oval, com uma área aproxi-mada de 62 km² de grande beleza, através da conjugação do verde das pastagens com o branco das casas isoladas e das povoações. A vila de Santa Cruz da Graciosa é a único concelho da ilha onde habitam cer-ca de 4.750 habitantes.

A ilha da Graciosa também nos mostra um grande património na-tural, como a Caldeira – na parte oriental da ilha, na vasta cratera que constitui o interior da reserva onde se encontra a Furna do Enxo-

Graciosa

fre – uma depressão circular com 1.600 m de diâmetro e 350m de profundidade, nomeada para as 7 Maravilhas Naturais de Portugal na categoria “Grutas e Cavernas”; a formação rochosa de grandes di-mensões, existente frente ao farol da Ponta da Barca, com uma confi-guração muito parecida com uma baleia vista de perfil; os miradouros no Monte da Ajuda e da Caldeiri-nha; as famosas Termas do Carapa-cho, indicadas para o tratamento de doenças reumáticas e da pele e as Serras Branca e Dormida.

Um dos ex-líbris da Graciosa são os moinhos de vento, estilo holan-dês, com os seus peculiares telha-dos vermelhos, em forma de cebola, considerados os mais bonitos de to-do o arquipélago. A própria Vila de santa Cruz é também um local que

não deixa de merecer uma visita, pela cui-dada distribuição do seu casario que nos faz recuar no tempo. O Museu Etnográ-fico é também um ponto de referência que demonstra o estilo de vida rural e a histó-ria da Ilha ao longo dos anos.

Esta é uma Terra de tradição, cuja gas-tronomia típica reúne pratos com a me-lhor carne, peixe e marisco, sendo tam-bém famosa pela sua pastelaria e doçaria, com as Queijadas da Graciosa e os Pastéis de Arroz.

A nível festivo, tal como nas outras ilhas, destacam-se as festas do Espírito Santo, a festa do Senhor Santo Cristo do Milagres é também aqui comemorada, não esquecendo o Carnaval organizado pelas diversas colectividades locais, que consiste essencialmente no desfile de gru-pos vestidos a rigor com trajes carnavales-cos a exibirem as suas danças.

Aqui fica o desafio para visitar a Graciosa, onde será possível des-frutar de óptimos momentos em contacto com a natureza e com a bonita ruralidade da ilha.

assim designada por ter sido a terceira ilha do arquipélago a ser descoberta, é a segunda mais populosa da região, com cerca de 58 mil habi-tantes distribuídos por dois concelhos:

- Angra do Heroísmo, a capital da ilha, é a cidade com mais história do Atlântico portu-guês, reconhecida como património mundial pela UNESCO;

- Praia da Vitória, no qual se integra o Algar do Carvão formado por grutas com cerca de 100m de profundidade, paisagem esta que se encontra nomeada para as 7 Maravilhas Naturais de Por-tugal na categoria “Grutas e Cavernas”.

Estes são apenas dois dos muitos sítios com visita obrigatória na passagem pela ilha, junta-mente com a Igreja Matriz da Praia da Vitoria e a Igreja de São Sebastião – onde se pode ad-mirar a arquitectura dos edifícios e os quadros no seu interior; o Monte Brasil - paisagem pro-tegida que possibilita uma das mais belas pai-

sagens da ilha; a Mata da Serreta - com luxuriosa vegetação, oferece magníficas paisagens do miradouro do Peneireiro e um ambiente calmo; a Caldeira de Guilherme Moniz – a maior do Arquipélago, com um pe-rímetro de 15 Km; a Estrada das Doze Ribeiras – onde abundam lin-das hortênsias; as lagoas do Negro, do Pico do Boi e das Patas; Biscoitos - Zona vitivinícola importante que produz o Vinho Verdelho dos Bis-coitos; e a Base das Lajes.

A ilha da Terceira é caracterizada também pela sua gastronomia, on-de se distingue a afamada Alcatra de Vaca ou de peixe e as tradicio-nais sopas do Espírito Santo. Na doçaria, destacam-se a massa sova-da, os confeitos, os coscorões e as

Donas-Amélias. O queijo fresco de cabra e o queijo da ilha, bem como a famosa Angélica são outros sabo-res que fazem as delícias na ilha.

Alegres e bem-dispostos – é como classificam o povo terceirense. Prova disto são as inúmeras festividades que decorrem ao longo do ano por toda a ilha, sendo as que mais se des-tacam: As festas do Espírito Santo – típicas de toda a região; Festas de São João, às quais estão ligadas as Festas das Sanjoaninhas; as festas da Praia; as danças de Carnaval da Terceira e, como não podia deixar de ser, aliado a todas as festas estão as Touradas à Corda, uma das grandes tradições desta Ilha, que oferece todas as con-dições para uma agradável visita.

terceiraAo visitar a ilha da Terceira podemos encontrar um patrimó-

nio histórico e natural de grande relevância a nível regional. Si-tuada no grupo central, com cerca de 381,96 km², esta ilha é

O GrETUA tem em cena a sua mais recente produção, Rouge. No palco desde o passado dia 8, Rouge pode ainda ser visto hoje e amanhã e nos próximos dias 24 e 25 de Ju-nho, às 21.30h, no Espaço GrE-TUA.

“Rouge nasce de uma necessida-de urgente, emergente, de elevar os pés ao penar no lodo, de olhar para além do reflexo da vitrine. Rouge nasce de um amor crescente de tro-ar, de rugir o bater do coração.

Nasce da irrequietude das mãos, que dançam nas cordas quando a nação insistentemente dorme. Rouge, vermelho como o nariz de um clown, como o sfumatto rúbio nas maçãs do rosto das moças, co-mo sangue na melodiosa ferida de um poema.

É arriscado o cantar da alma, um número de trapézio a enfunar as

GrEtUA “eleva os pés

do lodo”e apresenta

RougeO novo trabalho pode ser visto

até ao próximo dia 25. E atenção, que “isto não é uma

peça de teatro”.

velas aos ventos do presente, erguer a popa e proa acima do lamaçal.

Eis então a nave dos loucos, uma Arca de Arte. Não é uma revolu-ção, é a vida dentro de uma canção.

Eis como navegamos o mundo sobre os destroços de um naufrá-gio”, refere a equipa de Rouge.

Produzido pelo GrETUA, o es-pectáculo como com os músicos João Fino, André Hollanda, Ale-xandre Mano e Victor Hugo, e com os actores/cantores Cristiano Fi-gueiredo, Filipa Portela e Catarina Miranda. O trabalho de luz está a cargo de Pedro Sottomayor.

Os bilhetes podem ser compra-dos no local, com um custo de três euros para estudantes e quatro para não-estudantes. Para mais infor-mações e reservas está disponível o email [email protected].

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2115 de Junho de 2010

Rastreio VIH – SIDA

No passado dia 1 de Junho decorreu, entre as 9.30h e as 14h, na sala de Convívio do NAE, um rastreio do VIH – SIDA. Esta iniciativa de cariz social foi organizada pelo Núcleo com o apoio do Centro de Aconse-lhamento e Detecção Precoce do VIH-SIDA de Coimbra.

Sob o lema “Participar é uma questão de cidadania!”, os Estudantes da ESTGA, res-ponderam em massa a esta actividade e, des-ta forma,demonstraram um grande sentido de responsabilidade cívica.

Nos passados dias 22 e 23 de Maio, reali-zou-se a tradicional regata de Vela Ligeira da Cidade de Aveiro, a Regata Santa Joana/Porto de Aveiro/Universidade de Aveiro, que juntou mais de cem velejadores que empres-taram o colorido das suas velas à majestosa Ria de Aveiro.

Com a presença de várias classes de Vela, esta regata teve a organização do Sporting Clube de Aveiro (SCA) e da AAUAv, que dá assim relevo a um desporto tão querido da nossa Ria e que começa a ter grande projecção na comunidade académica, após a realização de uma sessão aberta no Dia da Corrida das Bateiras, no decurso da semana académica.

Alunos da ESTGA com desconto nas piscinas municipais

O Núcleo Associativo de Estudantes da Es-cola Superior de Tecnologia e Gestão de Águe-da (ESTGA) e a Câmara Municipal de Águeda assinaram, a 18 de Maio, um protocolo de coo-peração que permite aos alunos da ESTGA usu-fruírem de cinquenta por cento de desconto na utilização das Piscinas Municipais de Águeda.

Este protocolo tem como objectivo promover a prática regular da natação e os seus benefícios na comunidade académica, bem como valorizar o espaço das Piscinas Municipais enquanto lo-cal privilegiado de manutenção das capacidades físicas, motoras e de lazer.

Com a assinatura deste protocolo, a Câmara Municipal de Águeda compromete-se a permi-tir o acesso aos alunos da ESTGA, às quartas-feiras entre as quinze e as vinte horas, com re-dução de cinquenta por cento das tarifas estabelecidas na tabela de preços das Piscinas Municipais.

NAE-EStGA e Câmara de águeda assinam protocolo

Workshop Danças do Mundo e aulas de Dança

O Núcleo Associativo de Estudantes de Águeda, promoveu no dia 26 de Maio, um workshop de Dança, na sala de convívio do NAE. Esta iniciativa teve como objectivo impulsionar os ritmos Latinos e Africanos. O workshop contou com a presença do pro-fessor de dança André Marques, da Escola SalsaCenter.

Na sequência da participação dos Estu-dantes da ESTGA no workshop, o NAE de-cidiu promover aulas de dança, inseridas nas Actividades Culturais e Desportivas do nú-cleo. As aulas decorrem às Quartas-Feiras à tarde, na Sala de convívio do NAE, e têm um custo de cinco euros mensais.

Dádiva de SangueO Núcleo Associativo de Estudantes de

Águeda, em colaboração com o Centro Re-gional de Sangue de Coimbra, promove no próximo dia 17 de Junho, das 14.30H às 19h, uma Recolha de Sangue, nas instalações do núcleo.

A dádiva é aberta a toda a comunidade académica e civil. As pessoas que pretendam dar sangue, ao inicio da tarde, deverão ape-nas fazer uma refeição ligeira.

“Dar sangue não custa nada!”, e pode salvar muitas vidas. Participa!

Para além das inúmeras embarcações Op-timist, Laser, 420 e Vaurien, a tripulação da AAUAv Sailing Team participou nesta rega-ta a bordo de uma embarcação Raquero, ten-do André Zúquete como Skipper, acompa-nhado dos estudantes Margarida Silva, João Costa, Tiago Alves, Luis Lemos, Carla e Rúben Silva. Já os igualmente velejadores da AAUAv Sailing Team André Maia, Susana Garcia, João Teixeira e Luis Melo não pude-ram participar, pois estiveram envolvidos na organização desta regata, ficando a promessa de participação na próxima prova!

No lanche e entrega de prémios, foi possível constatar o excelente ambiente e verdadeiro espirito desportivo numa regata que constitui um verdadeiro ex-líbris da cidade e da Região de Aveiro, e que se vem afirmando como um marco no meio académico aveirense.

Aveiro recebe Universitário de VELA em Outubro

Entretanto, o Universitário de Vela a reali-

zar em Aveiro pela AAUAv, inicialmente previsto para finais de Junho, foi adiado para os dias 16 e 17 de Outubro, dadas as solicita-ções recebidas de vários estudantes e univer-sidades para o adiamento desta prova, devido à época de exames de Junho.

O Universitário de Vela será realizado no modelo de Match Race (todas as equipas contra todas), utilizando embarcações Ra-quero disponibilizadas pela organização do Sporting Clube de Aveiro e da AAUAv, e promete trazer animação e diversão às sere-nas águas da Ria de Aveiro e à sua comunida-de académica. Colaboram igualmente na or-ganização deste prova a Federação Académica de Desporto Universitário e a Fe-deração Portuguesa de Vela.

Se sabes velejar e queres ser Skipper de uma equipa no Universitário ou se não tens noções de Vela e queres integrar uma equipa experiente envia email para [email protected]. Vem velejar na Universidade com Vocação Náutica e fazer parte da recém-criada AAU-

Av Sailing Team, que já se encontra a treinar para este evento!

Sessão Aberta Vela para os filhos dos cola-boradores da UA

A AAUAv Sailing Team vai promover uma sessão de vela verdadeiramente inovado-ra a bordo das embarcações Optimist e Ra-quero. É já sábado, dia 19 de Junho, entre as 11h e as 18h, que os filhos dos professores, funcionários e alunos da UA, com idades en-tre os 6 e os 14 anos, bem como os filhos dos sócios da Associação dos Antigos Alunos da UA (AAAUA), vão poder experimentar gra-tuitamente esta modalidade.

Esta sessão será realizada na Escola de Ve-la do Sporting Clube de Aveiro, onde as crianças e jovens poderão desfrutar de um dia verdadeiramente diferente e despertar para a cultura náutica!

Para realizar a inscrição, sem qualquer cus-to, devem enviar email para [email protected].

AAUAv Sailing team participa em regata!

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Do Fu ndodo Baú

Volta e meia, voltam à baila os assaltos a estudantes… Mas se achávamos que a situação era recente, estávamos enganados.Já no UniverCidade de Abril de 1999, a secção “Má Letra” dava algumas sugestões sobre como reagir – com piada, claro – a um assalto na rua. Gostamos especialmente do “Outra vez?”!

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Diz-se por aí...

The best leaving do ever!

We know the adventure is about to end, now. You’re about to pick up your stuff – and you’ll be amazed with the amount of stuff you’ve managed to store during the past months! – and travel back home. But you don’t have to cry yet, be-cause there’s still a coupple of cool things you can’t miss before you say goodbye.

Just to beggin, the WorldCup is here! Even if you’re one of the few who don’t go mad about football, you can’t deny that is always cool to support your local team. Here at the Students’ Union we are crazy about football, and we didn’t forget about you during the Cup: we have two different spaces, as there are games going on at the same time, two big wall screens, so you won’t miss a bit, and the usual good pri-ces at the Students’ Bar.

You can check on our website the list of games we’ll be passing here,

but they are, almost, all games! So, pick your friends, colleagues, hou-semates, whoever you feel like and come over to watch the matches and support you team!

After this, on the 16th, 17th and 18th of July, AAUAv will be run-ning the 11th edition of Descida do Vouga. It happens along the Vouga River and, besides the canyoning that gives name to this activity, it offers you three days of trekking, arch shooting, rapel... and the usu-al team games, like football and volleyball.

The Students’ Union has been doing this for the past eleven years, and it’s always a big success. Check out for details, prices and the stuff you’ll need to bring with you using the e-mail [email protected], or call Luís Pinto - 96 87 03 590. Joing us for the coollest activity ever, and say goodbye to Universi-dade de Aveiro as you should: in great fun!

INTERNATIONALSpot

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23Sugestões Culturais

MAUS{ Art Spiegelman }

Esta é para muitos a obra-prima da Banda Desenhada, composta por duas partes esta obra conta a história verídica do pai do autor durante os duros anos da segunda guerra mundial. Para além de mui-tos prémios esta obra ganhou ainda o prémio Pullitzer pois trás a todas as pessoas que a lêem um cru e vio-lento retrato da verdadeira essência humana, pois para alem de conta-da, a história é também desenhada.

BRAZIL{ Terry Gilliam}

Há já muitos anos, Terry Gilliam e o seu grupo de amigos fizeram “Algo Completamente Diferente”, no entanto, este “Monty Pyton” fez, em tempos, um dos filmes mais extraordinários de sempre. Muito ao estilo “Big Brother”, este filme dá-nos a conhecer a vida de uma personagem completamente apaga-da e ostracizada por uma ditadura politica. Actualmente, ver este fil-me é, de todo, uma surpresa, não se consegue parar de associar aquelas críticas e sátiras ao actual estado da sociedade.

ILLINOISE{ Sufjan Stevens }

Considerado o álbum da década por alguns, Sufjan Stevens mudou-se para o estado de Illinois e, absor-vendo a sua cultura, criou uma so-noridade muito própria. Esta absorção e um conjuntos de letras extraordinárias transformaram este álbum numa obra-prima que, por muitas vezes que se ouça, não se consegue parar de cantarolar, sem-pre pensando que todas aquelas le-tras se assemelham a todo o nosso quotidiano.

Se quiseres participar, envia as tuas sugestões de livro, cd e filme para [email protected].

Esta semana, o autor das sugestões culturais é o João Teles, alu-no de Engenharia de Computadores e Telemática na UA e ele-mento da equipa editorial do jornal UniverCidade.

Agora a secção cultural tem voz - e pode ser a tua!

TOPS

FilmesBrazil – Terri GilliamWaking Life – Richard LinklaterMemento – Christopher NolanDonnie Darko - Richard KellyLe dîner de cons – Francis Veber

MusicaVon – Sigur rósKid A – RadioheadIllinois – Sujan StevensIs This It - The StrokesFinally We Are No One – Múm

Livros1986 – George OrwellO Processo – Franz Kafka A Montanha Mágica – Thomas MannCrime e Castigo - Fiódor DostoiévskiSandman Novels – Neil Gaiman

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17 de Maio de 2010

voxpop

{ Ana Antunes, Finanças ISCAA }Deveria estar aberta até mais tarde. Mas

no geral, é uma boa biblioteca.

{ João Vilarinho, Engenharia Materiais }Apesar de preferir ir à mediateca, no geral,

a biblioteca é confortável. Apenas acho que podiam arranjar ar condicionado.

{ Carolina Paiva, Línguas e Relações Empresariais }

Acho que está bastante bem equipada, pa-ra nós até está adequada a nível de informa-ção disponível.

{ Natália Santos, Bioquímica }É uma biblioteca com muita informação,

no entanto, como não há outros locais de es-tudo, quando estamos a trabalhar em grupo ou a tirar dúvidas precisamos de falar um pouco mais alto e por vezes isso não é bem aceite pelas outras pessoas.

{ Pedro Victória, Novas Tecnolo-gias da Comunicação }

Talvez mudava em termos de instalações informáticas, mas de resto acho que está bem.

{ Júlia Cardoso, Gestão }Para além do ar condicionado, acho que

não deveria mudar mais nada.

{ João Rochas, Mestrado em Planea-mento Regional e Urbano }

Uso pouco a biblioteca, no entanto acho que poderia ter um horário de funcionamen-to mais prolongado e mais salas de estudo.

Agora que estão a chegar os exames e vais passar mais tempo a estudar, o que mudarias na Biblioteca da UA?

Vem estudar para a Casa do Estudante:o Open Space (2º andar) vai estar aberto24 horas por dia.

All night long... todos os dias da semana!