UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES AVM - Pós-Graduação · meio que o cerca, e nessa jornada de...
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES AVM – FACULDADE INTEGRADA
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
ECOTELHADOS
RAFAEL OBESSO
ORIENTADOR: PROF. JORGE TADEU VIEIRA LOURENÇO
RIO DE JANEIRO
2016
DOCUMENTO P
ROTEGID
O PELA
LEID
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EITO A
UTORAL
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
AVM – FACULDADE INTEGRADA
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
ECOTELHADOS
Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em QSMS/ Sistema de Gestão Integrado Por: Rafael Ricardo Obesso
RIO DE JANEIRO
2016
RESUMO
Atualmente a maior parte da população mundial vive nosgrandes centros urbanos, por isso esses vêm se expandindo e juntamente com suas construções modificam o ambiente natural e gerando consequências negativas para a fauna e flora, mudanças climáticas e a perda de qualidade de vida dos seus habitantes. Nosso estudo apresenta uma forma de amenizar essas consequências e tornar o ambiente mais agradável aos moradores de forma simples por meio da construção de jardins nos topos de casas e edifícios, essa alternativa é conhecida como telhado verde. A construção desse tipo de estrutura requer cuidados especiais e certa manutenção, pode gerar problemas se não for bem estudado antes de implantado, cuidados esses como a escolha do tipo de planta a ser utilizada. Mas se bem empregado e estudado o telhado verde proporciona diversos benefícios, como diminuição dos efeitos das ilhas de calor, habitat para a microfauna local e isolante térmico e sonoro. Para fomentar a utilização desse tipo de estrutura, sugerimos incentivos por parte do governo e a geração de renda no telhado verde.
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Introdução
Em sua história pelo planeta Terra o ser humano vem interagindo com o
meio que o cerca, e nessa jornada de sobrevivênciaobtém conhecimento sobre
este meio e as possíveis consequências de tais interatividades, como o avanço
tecnológico e a melhoria nas condições de vida. Todavia a utilização e poluição
dos recursos naturais podem gerar a escassez destes, e promover um
retrocesso na evolução da sociedade.
As ações antrópicas são alterações positivas ou negativas que o homem
causa ao meio ambiente, estas sempre estiveram presentes em nossa
existência, desde o tempo das cavernas com a caça e, posteriormente, com as
primeiras práticas agrícolas, com o advento da Revolução Industrial e o
aumento da população mundial, estas ações se intensificaram, gerando
principalmente aspectos negativos como o surgimento de aglomerações de
residências e prédios comerciais nas grandes cidades,desse modo os centros
urbanos vem se expandindo, deste modo tornandoescassos os espaços verdes
e formando verdadeiros adensamentos de prédios espelhados, concretos e
asfalto que retêm calor, aumentando a temperatura e impermeabilizando o
solo, ocasionando enchentes.
Na atualidade, a questão ambiental começou a ter ênfase mundial a
partir da década de 70, além desta preocupação com a preservação da
natureza, existe a temática social e a aflição sobre os impactos que a
urbanização pode causar na saúde dos habitantes, já que muitas doenças são
agravadas ou mesmo causadas pela concentração de poluição nos grandes
centros.
O crescimento urbano em geral provoca alterações nas propriedades
térmicas do solo, mudanças no balanço de energia na superfície, na
circulação do ar atmosférico, ocasiona uma grande quantidade de
calor residual das ações humanas, e leva a uma série de mudanças
nos ecossistemas (HUANG, S., 2009, p.3142).
Vale enfatizar que apesar de todo o mal causado ao meio ambiente pelo
avanço no processo produtivo, o mesmo possibilitou o progresso da tecnologia
e da medicina proporcionando maior expectativa de vida e por isso seria
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inviável regredirmos. Tendo em vista melhorias nos rendimentos produtivos e
menor emissão de poluentes, pode-se citar o conceito sustentabilidade, que
promove o avanço tecnológico com uso de recursos naturais de maneira a não
prejudicar a disponibilidade das matérias primas para as demais gerações.
O Protocolo de Kioto tem como diretriz a diminuição da emissão de
gazes que causam o efeito estufa, como dióxido de carbono (CO2), óxido
nitroso (N2O), hidrofluorcarbonos (HFCs) e metano (CH4), sendo então
considerado um mitigador das ações antrópicas e de tal proporção a afetar o
clima mundial, ele foi consequência de convenções voltadas para o meio
ambiente como a Eco 92 apresentada na Figura 1 abaixo. O trabalho tem por
objetivo revisar os aspectos positivos e negativos encontrados no telhado
verde, que proporcionam certa qualidade ao meio ambiente e micro-clima local.
Este pode ser implantado no lugar dos telhados convencionais sem causar
grandes transtornos à estrutura das construções em que será implantado ou as
plantas que ali serão cultivadas.
Figura 1: Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, Eco 92 (REPRODUÇÃO GLOBO), 1992.
No século XIX, ocorreram algumas mudanças no clima, a nível global
como consequência de ações humanas e evolução industrial. Com o passar do
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tempo, o crescimento gradual da temperatura por meio da emissão de gases
de efeito estufa é averiguado de acordo com especialistas, pois são prejudiciais
à atmosfera, gerando impactos ao meio ambiente como também na saúde das
pessoas, juntamente com a ação de queimadas, desmatamento,
desarborização, e aquecimento global. Desta forma, medidas precisam ser
tomadas para a solução desse problema, como a ação de órgãos reguladores,
estudos de impactos ambientais, propostas e acordos sustentáveis para a
construção de edifícios ecológicos, como telhado verde que será descrito no
trabalho.
O telhado verde vem sendo utilizado pelos profissionais arquitetos,
urbanísticos e ambientais como uma estratégia de climatização de conforto e
captação de águas pluviais, pois interfere na temperatura e melhora a
qualidade do ar.
No segundo capítulotemos como objetivo estudar e analisar as
vantagens e desvantagens dessa estrutura como forma de sustentabilidade, e
no terceiro confirmar sobre essa estrutura o custo-benefício, a arborização, o
embelezamento da cidade e sua alternativa para evitar enchentes.
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1. Desenvolvimento
1.1 Alterações da Paisagem
Durante a execução de suas atividades o homem altera as
características da paisagem para colaborar em seu favor ou como
consequência de suas ações.
Enquanto ambientalistas de todo o mundo se empenham na busca de
alternativas para devolver o verde a áreas urbanas, uma das
soluções pode estar debaixo do nosso nariz. Ou melhor, acima de
nossas cabeças. Difundido na Europa e nos Estados Unidos, o
telhado ecológico começa a ser utilizado no Rio Grande do Sul como
opção para melhorar a climatização de ambientes. Segundo
especialistas, esse tipo de cobertura pode colaborar com o
ecossistema (COSTA, F., 2006, p.1).
Podemos citar como exemplo, os desmatamentos para as construções
de grandes edifícios, que altera a intensidade e/ou o fluxo dos ventos, a
mudança nos cursos hídricos,à criação de aterros, ocupação de morros, o
lançamento de partículas em atmosfera pelas indústrias ou pela queima de
combustíveis fósseis usados nos automóveis e etc. Assim, ocorrem alterações
na temperatura que influenciam no clima local e atuam sobre a fauna e/ou a
flora.
1.2 Problemas Ambientais Gerados pela Urbanização
A urbanização desordenada causa uma variedade de problemas sociais
e ambientais. Dentre eles destacam-se poluição da água, desequilíbrio da
biodiversidade, desmatamento e poluição da atmosfera como demonstra a
figura 2 abaixo.
É de amplo conhecimento que o meio urbano, na maioria das vezes,
tem sua área natural mais degradada do que as centenas de
pequenas cidades com menos de 20.000 habitantes
(aproximadamente 750, no ano 2000). Logicamente, serão nas
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grandes cidades que se verificarão os maiores impactos no meio
ambiente e é sobre o ambiente urbano que incidirão os maiores
prejuízos à natureza. Também é fácil diferenciar quais são os
problemas diretamente ligados à massa populacional _ e por ela
deflagrados _ dos que tem origens nos meios pelas quais a
sociedade orienta sua organização (PAVIANI, 2009, p.3).
Figura 2: Vista da poluição na cidade de Pequim (REUTERS/ KIM KYUNG-HOON),
2015.
Além da poluição do ar, os grandes centros apresentam outras
adversidades contra o meio ambiente, como:
Poluição sonora: acarretada por ruídos excessivos, como o trânsito de
veículos, as indústrias eas obras nas ruas. Isso pode causar danos à saúde,
como estresse e efeitos psicológicos, além de distúrbios neurológicos, até a
perda da audição.
Poluição visual: motivada pelo uso exagerado de cartazes, anúncios
publicitários, placas, etc. colocados no meio urbano e que cobrem as fachadas
de casas, edifícios e principalmente, a paisagem natural.
Água e esgotos: ocasionado pelo excessivo consumo de água e ao
despejo nos mananciais de resíduos domésticos e industriais, os sistemas de
tratamento de água para o consumo tornam-se cada vez mais oneroso, pois
quando as reservas próximas à região estão contaminadas é necessário, para
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o abastecimento, transportar a água de locais longínquos. Existe também a
impermeabilização do solo pelo asfalto e concreto, ou seja, o solo perde a
capacidade de absorção de água, e por isso nas fortes chuvas é comum à
ocorrência de enchentes. Para amenizar esse tipo de impacto, são feitos
sistemas de drenagem que levam as águas pluviais para o mar, porém em
diversas ocasiões estas galerias não são suficientes para drenar toda a água e
para agravar a situação estas podem ainda estar obstruídos pelo lixo urbano.
As águas de uma enchente podem ocasionar transtornos materiais com a
perda de bens ou ainda doenças transmitidas,por exemplo, pelo contato com
urina de roedores e que pode levar a morte;
As árvores desempenham uma importante função nas áreas
urbanizadas, no que se refere à qualidade do meio ambiente. A falta destas
ocasiona consequências para as cidades, já que elas realizam a purificação do
ar através da absorção e fixação de poeiras e gases tóxicos e pela reciclagem
de gases através de mecanismos fotossintéticos.
A água, mesmo sendo considerado um recurso renovável, a população
de uma cidade pode necessitar de uma demanda superior à oferta fornecida na
região devido ao fato das grandes concentrações populacionais nos centros
urbanos, ou seja, o aumento populacional pode gerar o aumento da vazão de
água utilizada por cada habitante, causando uma grande escassez na região,
como por exemplo, o desabastecimento do estado de São Paulo, com a falta
de chuva na região provocou a queda do nível das represas que abastecem a
cidade e com o número populacional de 8,1 milhões de habitantes, a reserva
de água não está sendo o suficiente para abastecer a grande vazão requerida
pelos cidadãos, sendo assim causando a maior crise da história da região.
Martine (1996) descreve a problemática populacional aparecendo
rapidamente como um dos maiores enfretamentos da questão ambiental. Por
consequência disso, já existem alguns países no continente africano que estão
quase sem abastecimento de água para suas populações.
A crise hídrica, pode ser agravadapelo desmatamento devido ao fato do
processo de evapotranspiração realizado na fotossíntese das plantas estarem
ligado ao ciclo da água, e com a poluição dos recursos hídricos pelos dejetos
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destes centros causando maiores transtornos no tratamento da água para
torná-la potável. Segundo a portaria 2914 do Ministério da Saúde “água potável
é aquela que atenda ao padrão de potabilidade estabelecido na Portaria e que
não ofereça riscos à saúde”.
Devido à grande quantidade de centros urbanos, e a impermeabilização
do solo, ocorre-se o acúmulo de calor por diversos fatores, entre eles a
produção de gases de efeito estufa nas fábricas, indústrias de automóvel,
indústrias alimentícias, tais como,dióxido de carbono (CO2), metano (CH4),
óxido nitroso (N2O), clorofluorcarbonetos (CFCs), hidrofluorcarbonetos (HFCs),
e hexafluoreto de enxofre (SF6)que absorvem radiação solar concentrando
calorna atmosfera (figura 3). Já os materiais de construção como concreto e
asfaltoque retém o calor, colaboram para o efeito de ilhas de calor.
Além dos impactos já citados a urbanização promove centralização de
atividades econômicas que acarretam em problemas de mobilidade e por sua
vez esse aumenta a produção de gases do efeito estufa, visto que a maioria
das locomoções dos centros urbanos é feita por carros, ônibus, caminhões e
muitos outros meios populares, que causam a poluição quando utilizado em
grande massa e engarrafamentos.
A poluição atmosférica consiste a emissão de gases, sólidos
finamente divididos ou aerossóis líquidos finamente divididos a taxas
que excedem a capacidade da atmosfera de dissipá-los ou de dispô-
los através de incorporação em camadas sólidas e líquidas da
biosfera, resultando em danos aos seres humanos, a outros animais,
vegetais ou materiais. Elaborado com base em U.S.EPA (2000a) e
U.S.EPA (1999a).
1.3 Desarborização e Aquecimento Global
Para construir o homem provoca o desmatamento abrindo florestas de
concreto e retirando o verde natural, sabe-se que o homem constrói moradias
para se proteger das intempéries, porém o modo como estas construções vem
sendo realizadas, faz com que agridam o meio ambiente e por isso é
necessário à busca por novos meios de construção que viabilizem a
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sustentabilidade. Encontramos em algumas cidades verdadeiros mundos, uma
realidade urbana voltada ao desenvolvimento e tecnologia, é como se tudo que
imaginássemos pudesse ser encontrado nesses centros urbanos, como se
estas cidades fossem um modelo da modernidade.Segundo Minc (2002, p. 233
e 235) “A cidade grande é um organismo vivo, porém muito doente. Ela suga
recursos e populações, gera espaços congestionados e produz, no rastro do
seu êxodo, desertos demográficos – áreas decadentes e desconjuntas”.
O desmatamento que é usado na construção destas cidades,
proporciona transtornos ao equilíbrio natural, pois retira o abrigo de animais e
assim os obriga a migrarem para outros locais que talvez não sejam
apropriados para sua espécie, acarretando na extinção daquelas que não se
adaptem. Retirando a cobertura vegetativa se expõe o solo o tornando
vulnerável à erosão e propenso a deslizamentos. Além disso, retira-se sombra
das nascentes podendo levar estas a secarem, também influenciando em
chuvas, pois as plantas durante o processo de fotossíntese realizam a
evapotranspiração, onde perdem água para o ambiente pela transpiração e
auxiliam na umidade do ar, que por sua vez acarreta na formação de chuvas e
sem as chuvas como parte do clico renovável da água ocorrem tempos de
estiagem onde a disponibilidade da água pode ser afetada.
Um dos maiores problemas ambientais que o mundo enfrenta hoje é o
aquecimento global, surgindo várias repercussões sobre o assunto. Foram
averiguadaspor cientistas, as principais causas desse fenômeno são: a
emissão dos gases do efeito estufa, o desmatamento (além de reduzir a
quantidade de árvores que são utilizadas como reguladoras da temperatura),
queimadas e urbanização desenfreada. O desmatamento e as queimadas
podem resultar em processos de desertificação, a impermeabilização do solo
presente no crescimento urbano e a alta emissão de raios ultravioletas,
carbono presente nas águas do oceano, o que leva os cientistas a concluir que
a Terra está passando por um período final de uma glaciação, deste modo,
favorecendo o aumento da temperatura.
Conforme as estimativas, houve um crescimento de 70% nas
emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) entre 1970 e 2004. Assim,
o fim do século XX foi destacado pelo aumento das emissões diretas
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promovidas pelo setor de transporte e indústria, com um aumento de
120% e 65%, respectivamente (IPCC, 2007, p. 2).
O aumento nas temperaturas mundiais e a nova composição da camada
atmosférica desencadeiam várias mudanças decisivas na Terra. Afligem as
marés, causando o aumento do seu nível e alterações nas correntes marinhas
e em relação à água, verifica-se que esta se encontra com a sua composição
química alterada. Pode-se utilizar como formas de solução para amenizar os
efeitos do aquecimento global a redução da queima de combustíveis fósseis e
o aumentodo uso dos biocombustíveis nos veículos automotivos, ampliação de
instalação de fontes limpas de energia, evitar desmatamentos e queimadas e
implantação de programas de reflorestamento e arborização no centro urbano.
Ilhas de calor é o nome dado ao fenômeno que predomina nas cidades
com elevado grau de urbanização, consequência do aquecimento global.
Nestes centros urbanos, a temperatura média costuma ser maior do que nas
regiões rurais próximas. Para entendermos este fenômeno climático, podemos
citar como modeloo centro de São Paulo que é tida como uma ilha de calor.
Como esta cidade tem elevada concentração de asfalto e concreto, ela retém
mais calor, acarretando em uma temperatura que fica acima da média dos
pequenos municípios da região. E a umidade relativa do ar fica baixa nestas
áreas. Esse processo de ocupação traz profundas consequências para o
ambiente urbano.
Um grande centro urbano sem o planejamento devido para o uso de
seu solo, com a inexistência de parâmetros adequados da
verticalização e ocupação, sobretudo onde ela se expande a uma
velocidade rápida e com escassos recursos técnicos, pode acarretar
em risco a saúde e a qualidade de vida dos seus habitantes
(LOMBARDO, M. A., 1985, p.244).
Outros fatores que contribuem para o aumento da temperatura são:
pouca quantidade de vegetação (árvores e plantas) e elevado índice
de partículas poluentes na atmosfera. A constituição e presença das ilhas de
calor são negativas para a natureza, devido ao fato de favorecerem a
intensificação do aquecimento global.
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Tem-se como medidas para impedir a formação de ilhas de calor
urbanas, o plantio de árvores em grande quantidade nas grandes cidades, na
criação de parques e preservação de áreas verdes, na utilização do telhado
verde; em meios para reduzir a poluição do ar: diminuição e controle da
geração de gases poluentes pelos meios de transporte e controle de poluentes
produzidos por indústrias. Outros exemplos de centros urbanos que são
considerados ilhas de calor: Rio de Janeiro (Brasil), Nova Iorque (EUA),
Pequim (China), Cidade do México (México) e Nova Deli (Índia).
Os Telhados verdes são capazes de reduzir a temperatura interna
das edificações, podem ajudar a amenizar o efeito estufa, melhorar a
qualidade do ar, atenuar o calor das metrópoles e reduzir o
escoamento de águas pluviais (GOMES, A, D, N, 2011, p.6).
1.4 Telhado Verde
As moradias servem como proteção para os seres humanos das
inclemências do tempo, estas acompanharam a evolução dos estilos de vida e
como visto na figura 3 abaixo, as casas vem se adequando ao conceito de
sustentabilidade. As construções sustentáveis visam economizar recursos
naturais e utilizar materiais não agressivos, tanto em sua construção quanto em
sua manutenção, por isso em grande maioria seus materiais são mais caros e
por consequência a construção também, mas por visar à sustentabilidade a
economia de recursos gera economia em sua manutenção diária.
Figura 3: Ilustração de aumento das áreas verdes (ECOTELHADO), 2006
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Dessa maneira, dentre uma ampla lista de alternativas sustentáveis
que já deveriam estar sendo executadas no Brasil e no mundo, o
telhado verde se destaca uma opção viável e adequada ao clima, ao
meio urbano e social brasileiro. É necessário grifar que, plantar no
telhado, vai além de uma atitude sustentável e ecológica, pois
implantar uma cobertura vegetal em lajes e telhados de residências e
edifícios proporciona além de um bom visual estético e qualidade de
vida, outros vários benefícios. (FRANÇA, 2012, p.108).
Para a construção do sistema, é necessária a instalação de uma base
específica na cobertura da residência. Se o telhado for uma laje, é necessário
impermeabilizá-la; se for constituído por telhas de cerâmica, é preciso removê-
las e instalar placas de compensado que servirão como base para a cobertura
de vegetação. Ali serão acrescentados terra e adubo para possibilitar o
crescimento das plantas. Mantas onduladas que irão impedir o substrato de
escorrer, mantas que impermeabilizarão a casa para evitar infiltrações, e dutos
para a irrigação e a drenagem também fazem parte do projeto.
Segundo estudo realizado no Laboratório de Conforto Ambiental e
Eficiência Energética da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da
USP, a implantação em larga escala de telhados verdes poderia
diminuir em 1ºC ou 2ºC a temperatura nas grandes cidades. No Brasil
existem poucas opções no mercado, mas como a tendência de
construir de forma sustentável, é cada vez maior, isto pode fortalecer
a importância e a procura dos telhados verdes. (D'Elia, R., 2009, p.1).
O telhado verde como qualquer outra forma de construção tem
vantagens e desvantagens. Seu processo de implantação tem um custo
elevado, pois envolve várias camadas sendo as seguintes da mais baixa até a
superior: camada impermeabilizante, módulo alveolar, membrana de absorção,
substrato e a vegetação.
Cada camada do telhado tem função específica, e uma diversidade de
materiais que podem ser utilizados de acordo com a estrutura e função que
será exercida pela cobertura.
• A camada de impermeabilização deve impedir infiltrações na
estrutura da construção, e desse modo evitar possíveis problemas
estruturais e estéticos decorrentes da umidade.
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• O módulo alveolar deve armazenar água que será utilizada pelas
plantas principalmente em longos períodos sem rega, além de
também sustentar as demais camadas estruturando o solo, e é
instalado sobre uma membrana que retém os nutrientes e outra
membrana antirraízes, alocadas sobre o telhado ou laje
impermeabilizada.
• A membrana de absorção possui a característica de permitir a
passagem de água para os módulos alveolares, mas retendo o
substrato em seu devido lugar para que não haja um desmanche
da terra, O ecotelhado substitui parte do solo permeável da casa.
Deste modo,lentamente, ocorre a drenagem de águas pluviais,
evitando as enchentes em locais cobertos de asfalto, cimento ou
piso cerâmico, que são impermeáveis.
• O substrato por sua vez é a camada que fornece nutrientes para
as plantas, que serão colocadas neste e logo formarão a camada
de vegetação, a união destas camadas permite um telhado verde
de boa sustentação e de fácil manutenção.
• O sistema em camadas é dividido por um engenheiro que calcula
o peso suportável pelo telhado. Logo a equipe de obra monta a
cobertura verde. A argila expandida proporciona isolamento
térmico e acústico em lajes impermeabilizadas. No modo mais
simples, leva apenas brita e argila expandida. Porém pode incluir
areia, terra e plantas também.
Todas essas camadas pesam sobre a laje, logo é necessário que a
camada de concreto esteja reforçada para aguentar um peso adicional de 40 a
250 kg/m² dependendo do tipo de estrutura do Telhado Verde e mais o peso de
uma pessoa que fará a manutenção desta cobertura. O telhado verde exige
manutenção com irrigação em tempos de estiagem e adubação depois de
alguns anos para se manter as plantas, além da poda, por isso é recomendado
utilização de plantas com crescimento lento e de pequeno a médio porte.
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1.4.1 Plantas que “vão bem” na cobertura:
• Grama-esmeralda – É resistente ao pisoteio e é um dos tipos
mais rústicos entre as gramíneas. Para que fique viçosa, depende
da rega se a quantidade de chuva for insuficiente, precisa de uma
adubação semestral e poda para a homogeneidade.
• Grama-amendoim - Proporciona um forro denso de cobertura
vegetal, com flores amarelas em boa parte do ano. É indicada
para áreas sem pisoteio, não precisa de podas regulares e
suporta grandes períodos de seca, com exceção do período de
geadas.
• Carpete-dourado – Espécie suculenta (capaz de armazenar
água), de baixo porte e sobrevive em solo raso, exige alguns
cuidados simples como: água e aguenta períodos de seca por
armazenar, não pisoteio e dispensa poda.
• Echevéria – Espécie da família das suculentas pode ser tratada
como carpete-dourado, com regas em casos de secas
prolongadas, não precisando de podas, exigindo adubação
semestral e sem pisoteio.
• Cacto-margarida – Planta rasteira, da família das suculentas,
floresce na primavera e no verão. Suporta o clima frio, mas não o
pisoteio. Exige água somente nos dias mais secos e a adubação
semestral.
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1.4.2 O uso dos telhados verdes no mundo
Dentre uma grande lista de soluções sustentáveis que deveriam estar
sendo executados com ampla frequência no Brasil e no mundo, o telhado verde
é viável e adequado à situação climática, urbana e social do Brasil. Como por
exemplo, ônibus com telhado verde na Espanha, seguindo a ideia de se
aproveitar todo e qualquer espaço para a aplicação do telhado verde.
Muitos países empregam o uso do telhado verde em seus pontos de
ônibus, pois além de gerar sombra como um telhado comum, ele torna a
temperatura próxima mais agradável, e cria um visual mais atrativo.
A escola Marcel Sembat, em Sottevillelès Rouen, é dividida em duas
partes por uma via entre elas e as construções são ligadas através de uma
ponte. Um parque público se localiza em frente ao lado sul do local. A escola é
dividida em seis edifícios de diferentes épocas, indo dos anos 30 aos 90 e
cobertos de verde.
A construção se inicia no limite do parque e se encaixa no local
naturalmente pelo formato ondulado de seu telhado vegetativo, sendo que as
principais ideias foram as de encontrar uma unidade e identidade para a
escola, integrar e conectar o ensino médio ao parque com a forma particular, e
também criar uma grande praça.
Localizado em Melbourne um prédio dos anos 60, onde funcionava um
motel, foi reformulado em um prédio residencial sustentável e de alto padrão. A
combinação de planejamento sustentável e de tecnologias verdes foi utilizada
com o objetivo de atingir um alto nível de sustentabilidade, enquanto utilizando
grande parte da estrutura existente.
A ‘segunda pele’ do prédio, é feita de ripas de alumínio preto e de um
jardim vertical, melhora a qualidade térmica do edifício. Esta parte do prédio
protege as paredes de alvenaria existentes, que por consequência cria um
ambiente interno mais constante. Os residentes do edifício aproveitam desta
estabilidade térmica, reduzindo os gastos de energia que seriam necessários
para resfriar ou aquecer o edifício.
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Os jardins verticais no exterior, juntamente com o paisagismo do terraço
comum permitem aos moradores, junto com a comunidade, a oportunidade de
aproveitar dos benefícios de paisagismo e ambientes naturais em um meio
urbano.
1.4.3 Telhado Verde no Brasil
No Rio de Janeiro o edifício Marquês dos Reis, no centro, empregou o
telhado verde em sua cobertura, dentre outras medidas verdes que adota.
Segundo Silva (2011) com o objetivo de divulgar a eficiência do telhado verde,
algumas empresas e órgãos públicos estão tomando iniciativas para incentivar e
divulgar esse sistema construtivo.
Outro exemplo de telhado verde no Brasil é uma gráfica localizada no Rio
Grande do Sul, pois em sua estrutura foi criada uma manta isolante térmico com
uma cobertura vegetal de 1600 metros quadrados, com a finalidade de economia
energética, e no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, a área verde chega a quase
2000 metros quadrados, tanto como outros edifícios do tribunal na cidade e em
vários municípios do Rio de Janeiro.
A maior parte das pessoas que vão a um shopping diariamente não imagina
o que ocorre em cima da construção. São dois mil metros quadrados de laje
cobertos por vegetação e hortas bem diversificadas em São Paulo, os nutrientes
que promovem o crescimento dessas plantas vem do próprio lixo orgânico do
shopping, são elas frutas, legumes, verduras e até flores.
“Em termos de sustentabilidade, a solução é boa, porque acabamos não
transportando o lixo orgânico para fora do estabelecimento. E aqui, além
de conseguirmos produzir alimentos com resto e sobras da comida,
também temos alguma redução de temperatura interna gerando
economia de energia e no sistema de ar condicionado, toda essa
cobertura verde acaba diminuindo a temperatura no interior do shopping”,
esclarece Sérgio Nagai, superintendente no Shopping Eldorado, em São
Paulo” (HAMA, 2013, p.1).
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1.5Tipos de Telhado Verde
São três os tipos de telhado verde, o ideal é que se escolha aquele que
melhor se adequar a estrutura do prédio e aos recursos financeiros que estarão
disponíveis para a construção e manutenção. De acordo com a International
Green RoofAssociation (IGRA), os ecotelhados são divididos em: Extensivo,
Intensivo e Semi-Intensivo.
A definição de telhado verde, segundo Mary (2008) consiste em toda
cobertura que contém em sua composição uma camada de solo mais uma
camada de vegetação, podendo ser dividida entre telhado verde extensivo e
intensivo, tendo por definição, o telhado verde intensivo caracterizado pela
aplicação de plantas que demandam maior uso de água, adubo e manutenção.
Os extensivos se caracterizam pela maior resistência às variações pluviais e
climáticas, tornando quase desnecessária a sua manutenção, e precisando de
camadas menores e mais leves de substrato minimizando assim o custo com
estrutura.
Os ecotelhados com vegetação extensiva são núcleos que replicam
espaços geológicos usando de plantas resistentes à seca e com reduzida
necessidade de irrigação. São bem leves e dispensam estruturas complexas
para a proliferação. A implantação deste gênero de coberturas e seus custos
de manutenção são residuais, podem ir de simples construções de 6 a 10
centímetros de profundidade com pequenas plantas, a sistemas mais
complexos, superiores a 15 centímetros de espessura, com flores campestres
e plantas perenes.
Este gênero de coberturas possui variadas camadas de membranas
especificas de forma a tornarem os espaços de colocação da vegetação ideais,
sendo estes compostos de materiais leves, gerados de um aglomerado de
tecidos geológicos e têxteis que fornece um ambiente bom para o
desenvolvimento da flora cultivada. A altura da estrutura, descontando a
vegetação, fica entre 6 cm e 20 cm.
Osecotelhados de intensiva vegetação têm áreas sofisticadas onde
misturam plantas simples e ambientes mais complexos da fauna, incluindo
alguns banhados por cursos de água. O alto do edifício é reformulado num
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jardim repleto de arbustos, flores e até mesmo árvores. Essas coberturas
verdes só podem ser erguidas em telhados que possuam resistência para
suportar este tipo de quadro natural. Este modo de cobertura requer regas
frequentes e manutenção constante. As coberturas verdes com esse tipo de
vegetação e um conjunto de sedimentos de pelo menos 35.5 centímetros de
profundidade aguentam uma variedade de possibilidades onde só a
imaginação é o limite.
De acordo com Kolb (2003, p.3) a evapotranspiração é a principal causa
da redução de temperatura pelo telhado verde, logo pode se crer que a
cobertura verde intensiva, devido à maior massa de vegetação e maior
retenção d’água no sistema, gasto de energia maior e por isso um melhor
resfriamento do que o caso de uma cobertura extensiva.
O telhadoganha vida nova e os tons escuros são alterados pelo colorido
da natureza. E com o auxílio do sistema de rega simples conseguirá
automatização da irrigação por completa, possui uma drenagem eficiente e a
água é utilizada conforme as necessidades de cada espaço, evitando
desperdícios.
Neste tipo de telhado com vegetação intensiva podemos ter lagos com
diversos tamanhos e formatos, podem ser encontrados no Millennium Park e
na Colômbia. Um lago proporciona um elemento visual extra, constitui uma
fonte de água para os animais se saciarem e é um habitat natural de peixes,
suporta plantas de nível médio a grande em uma estrutura de 15 cm a 40 cm. A
carga varia de 180 kg/m² a 500 kg/m².
Os telhados Semi-Intensivos apresentam manutenção média. É o
modelo intermediário de cobertura se a compararmos com a cobertura
extensiva. A profundidade do substrato possibilita variedades de design,
gramíneas, herbáceas perenes e arbustos tal como lavanda que podem ser
plantadas enquanto grandes arbustos e árvores ainda estão desaparecidos.
Para melhor compreensão dos três tipos de telhado verde, podemos
comparar a manutenção, irrigação, quais os tipos de plantas utilizados, as
alturas mínimas e máximas do sistema de construção, os pesos mínimos e
21
máximos estimados, do custo e da utilização do Extensivo, Intensivo e Semi-
intensivo, de acordo com a IGRA, na seguinte tabela:
Tabela 1 – Diferença sobre os tipos de Telhado Verde (IGRA - INSTITUITION GREEN
ROOF ASSOCIATION)
Telhado Verde
Extensivo
Telhado Verde
Semi-Intensivo
Telhado Verde
Intensivo
Manutenção Baixa Média Alta
Irrigação Não precisa Periodicamente Regularmente
Tipos de Plantas Musgo,
herbáceas e
gramíneas
Gramíneas,
herbáceas e
arbustos
Gramado
permanente,
árvores e
arbustos
Altura do
Sistema
Construtivo
60-200 mm 120-250 mm 150-400 mm
Peso 60-150 kg/m2 120-200 kg/m2 180-500 kg/m2
Custos Baixo Médio Alto
Uso Proteção
Ecológica
Telhado Verde
com design
Jardim tipo
parque
A classificação pode ser dividida pelo tipo de estrutura, como
exemplificado na figura 4, sendo elas: sistema laminar, modular, galocha e
alveolar.
Figura 4: Corte esquemático de telhado verde (AUCKLAND).1998.
22
O sistema laminar possui este nome ao permitir uma lamina de água
abaixo da estrutura de seu solo, fazendo com que esta água fique armazenada
e sirva como fonte para as plantas nos períodos de estiagem, podendo assim
ser regado com menos frequência. Suas camadas são:
• Laje de concreto
• Impermeabilização
• Camada de reservatório de água
• Módulo hexagonal
• Argila ou Carvão Vegetal
• Membrana de Absorção
• Substrato
• Vegetação
Desse modo:
• A laje é a parte estrutural da casa que sustenta o telhado comum
ou nesse caso o telhado verde.
• A camada de impermeabilização permite que seja armazenada
água sem que haja infiltração nas partes estruturais da
construção.
• A camada reservatório de água serve como fonte de água para a
vegetação por capilaridade, que é a propriedade dos fluidos de
subir ou descer por tubos muito finos.
• O Módulo hexagonal serve para estruturar o telhado verde e
garantir a sustentação das camadas a ele superiores, além de
reservar o espaço para a camada reservatório.
• A argila expandida ou carvão vegetal servem como um meio para
a realização da capilaridade e ajudam a filtrar a água.
• Enquanto que a membrana de absorção tem a função de permitir
a passagem da água para as camadas mais baixas, retendo o
substrato em seu devido lugar.
• O substrato tem a função de fornecer nutrientes para o
crescimento saudável das plantas que ficam na camada
23
vegetativa, esta que irá fornecer sombra e será a camada mais
atrativa do telhado verde.
• Esse sistema também necessita de um extravasor para que a
água não ultrapasse a altura máxima desejada e prejudique a
qualidade do solo.
O sistema modular tem esse nome por ser composto de módulos que já
vem com vegetação e são encaixados lado a lado para formar uma camada,
por isso a sua instalação é bem rápida. Porém esse sistema necessita da
inclusão de duas camadas inferiores, que são a camada antirraízes para que
as raízes das plantas não prejudiquem a parte estrutural da construção, e a
camada de retenção de nutrientes que fornecerá as condições necessárias de
substratos para a sobrevivência da vegetação.
O sistema modular exerce uma pressão de 50 kgf/m² e pode ser
colocado em qualquer tipo de telhado ou laje. Necessita de plantas adaptadas
a solos rasos, resistentes a estiagem, de baixa manutenção.
O sistema de galocha é um avanço nos tipos de telhado verde, pois
além de apresentar o maior custo benefício entre os sistemas, ele é também
aquele que conserva mais água. Este sistema pode ser obtido apenas com o
substrato, para que o proprietário possa plantar espécies vegetativas de sua
preferência. Suas camadas são:
1. Bandeja para a retenção de água e nutrientes
2. Módulo que permite a infiltração da água e de nutrientes para a
camada inferior
3. Substrato que fornece nutrientes necessários à vegetação
4. Camada de vegetação
O sistema alveolar possui este nome pela presença da membrana
alveolar, apresenta um excelente acúmulo de água, pode ser adquirido sem
vegetação, pré-vegetado ou vegetado no local, e inclusive com ou sem
substrato. Esse sistema se subdivide em três:
24
• Alveolar Simples
• Alveolar Grelhado
• Alveolar Modular
O sistema alveolar simples permite uma inclinação do telhado de até
15º, é um sistema prático, com excelente custo-benefício, boa reserva de água
e se adapta a variadas plantas, suas camadas são:
• Laje
• Camada impermeabilizante
• Módulos alveolares
• Membrana de absorção
• Substrato • Camada de Vegetação
O sistema alveolar Grelhado é perfeito para a utilização de grama, mas
se adapta a uma variedade de plantas, este sistema se caracteriza pela
utilização de uma grelha, esta que serve de estrutura para as camadas que
ficam acima dela tornando estas mais resistentes.
Suas camadas são:
• Laje
• Impermeabilização
• Módulo Alveolar
• Membrana de Absorção
• Grelha de Pavimentação Natural
• Substrato
• Vegetação
Sistema Alveolar Modular é aquele que, além dos módulos alveolares
apresenta também a camada de módulos em que serão colocados os
substratos.
25
O Sistema Alveolar Modular, também permite variedade de plantas, tem
perfeita drenagem devido ao módulo, seu peso específicoé de 60 a 80 kgf/m2
(Gomes, 2011).
Suas camadas são:
• Laje
• Impermeabilização
• Manta geotêxtil
• Membrana Alveolar
• Membrana de Nutrição ou Módulos Alveolares
• Camada de Módulos
• Substrato
• Vegetação
A manta geotêxtil tem a função de realizar a drenagem da quantidade de
água que exceder a capacidade dos módulos alveolares e de proteger a laje
das raízes da vegetação.
A camada de drenagem tem como função propiciar a drenagem da
água, evitando seu excesso no sistema e, consequentemente,
armazenar uma determinada quantidade que poderá ser utilizada
pela vegetação durante o período de estiagem. Pode ser composta
de materiais granulares (argila expandida ou vermiculita), tecidos
porosos, módulos de plástico ou poliestireno como bandejas ou
caixas vazadas que permitam a circulação da água até seu destino
final, os drenos (JOBIM, 2013, p.22).
1.5.1 Manutenção e cuidados do Telhado Verde
Mais complicado que construir um jardim é mantê-lo. Dessa forma, o
jardim deve ser planejado detalhando os tipos de planta que serão cultivados, a
melhor forma de impermeabilizar a laje e a devida vazão para a drenagem das
águas da rega e chuva. Nesse momento, a necessidade de manutenção será
definida.
26
Segundo Renata D’Elia (2009), para que as coberturas verdes
permaneçam firmes às camadas de impermeabilização, alguns cuidados
deverão ser tomados durante a fase de construção. A impermeabilização pode
ser realizada com uma manta de PEAD (polietileno de alta densidade), manta
geotêxtil ou cimento polimérico, entre outros e por impedir a quebra da
impermeabilização, o ecotelhado também serve de camada de isolamento.
A vegetação pode se tornar um problema se não for bem escolhida.
Plantas com raízes mais agressivas, como as figueiras, entranham na
impermeabilização prejudicando o sistema. Os principais cuidados para a
manutenção são as regas e podas, que precisam ser mais constantes de
acordo com o jardim escolhido. Cuidados devem ser tidos desde a escolha dos
tipos de plantas até as doenças que podem contaminá-las. As plantas
semelhantes evitam que a rega seja feita planta a planta. Para facilitar, elas
devem ser molhadas no mesmo tempo.
O mesmo cuidado deve-se tomar com a poda, deve-se então, escolher
plantas com crescimento semelhante, pois diminui a manutenção do jardim. O
controle de ervas daninha também é essencial para a manutenção do telhado
verde, pois as ervas crescemespontaneamente e são levadas pelo vento ou
por pássaros. Essas ervas, retiram os nutrientes do solo e diminuem a luz do
sol no jardim, logo, a melhor opção é arrancá-las de preferência manualmente.
“Muitos aspectos de manutenção e serviços estão envolvidos através
dos primeiros doze meses para uma bem sucedida “pega” da
vegetação após a implantação. É importante possuir água suficiente
durante secas. Replantar é preciso se ocorrer plantas faltando ou
morrendo ou ainda com ervas daninhas” (HENEINE, 2008, p.28).
São comuns em jardins insetos e pragas, mas a existência deles não
significa que devam ser eliminados, na grande maioria, trazem benefícios às
plantas. Os insetos devem ser controlados quando prejudicam o jardim ou
quando representam risco às pessoas ou animais, como aranhas e escorpiões,
assim como também o uso de inseticidas é desaconselhável e para evitar
doenças nas plantas, que na maioria das vezes é causada por fungos que
surgem favorecidos por altas umidades e calor, devem-se evitar regas
27
excessivas ou falta de sol. Caso a doença se prolongue, pode ser indício de
que a planta não é ideal para se adaptar ao jardim.
“Depois do desenvolvimento das plantas na cobertura vegetal estar
assegurado é essencial prestar manutenção no telhado verde uma ou
duas vezes por ano. A câmara de inspeção também precisa ser
monitorada. Para gramas e ervas, vegetação de material orgânico
tem que ser removido uma vez por ano. Os telhados verdes
intensivos requerem maior manutenção e serviço durante o ano”
(HENEINE, 2008, p.29).
1.6. Eficiência e benefícios do telhado verde
1.6.1 Eficiência estética, lazer e social.
O impacto ambiental está relacionado diretamente aos efeitos das ações
dos homens sobre o meio ambiente, mas com as inovações tecnológicas, o
mercado construtivo tem buscado novas alternativas e possibilidades para o
desenvolvimento sustentável, com o intuito de minimizar os impactos
ambientais e compensar o meio ambiente. Assim, o telhado verde é uma
solução eficiente adotada no mundo todo.
Como forma de suavizar as paisagens de grandes centros urbanos e
comerciais, o telhado verde se torna uma solução eficiente para o
aumento das áreas verdes, com a possibilidade da criação de jardins
onde não tinha espaço. Várias pesquisas em ambiência mostram os
resultados positivos ao se utilizarem coberturas verdes, refletindo no
estado psico-emocional dos seus usuários. Proporciona também
atividade terapêutica, como a jardinagem em si, envolvida na
manutenção dos telhados verdes, e uma sensação agradável por
amenizar o meio urbano utilizando de vegetação (ARAÚJO, 2007,
p.5).
A redução de imposto, como por exemplo, no caso do Rio de Janeiro
que está com uma proposta de incentivo a prédios verdes promovendo
descontos de até 50% ou mesmo a isenção de IPTU e ITBI, além da redução
do ISS, durante a construção e após a moradia.
28
1.6.2 Eficiência Econômica
Os telhados verdes representam uma alternativa inteligente para
promover a sustentabilidade nas construções, por garantir uma eficiência
econômica da edificação e uma redução nos efeitos das mudanças climáticas
presentes nas cidades, essa ideia já está sendo espalhada tornando benefícios
em menor escala possíveis como a economia de energia, diminuição das ilhas
de calor nos grandes centros e o aproveitamento das águas pluviais. É
relevante o fato que as coberturas verdes podem promover benefícios em larga
escala o que só será possível se a utilização desse sistema for mais ampla. O
teatro de São Pedro, em Porto Alegre, teve uma redução de energia elétrica
em 30%.
Para Correa e Gonzalez(2002), em respeito à lucratividade os telhados
verdes possuem um potencial econômico chamativo, podendo ser cultivadas
tanto plantas medicinais de pequeno porte, temperos domésticos e plantas
ornamentais. Para o bom desempenho da produção é necessária uma
manutenção adequada a cada modelo produtivo. A venda dos futuros produtos
pode compensar os gastos com a manutenção do telhado.
1.6.3 Vida útil da cobertura
Materiais usados em construções civis armazenam grande parte da
radiação solar a reemitem no meio ambiente em forma de calor, ou seja, faz
com que a temperatura da cidade fique em até 17ºC mais quentes.
Para Piergili(2007), o acúmulo de calor provindo do sol durante o dia
devido às propriedades de absorção dos materiais utilizados na construção das
cidades compromete a durabilidade, desgaste e confiança dos mesmos
diminuindo a vida útil da edificação.
A exposição ao sol acelerara o envelhecimento dos materiais
betuminosos e a radiação solar altera a composição química e por
29
consequência ocorre a degradação das propriedades mecânicas
desses mesmos materiais (HENEINE, 2008, p.35,36).
A aplicação do telhado verde, reduz os efeitos danosos dos raios
ultravioletas e solares e faz com que as temperaturas desses telhados não
passem de 25ºC, tendo o ciclo de vida de 2 a 3 vezes mais longos do que as
telhas usadas em telhados convencionais.
1.6.4 Eficiência Energética
Segundo Lamberts (1998), a eficiência energética pode ser entendida
como a realização de um trabalho com baixo dispêndio de energia. Logo, uma
construção é considerada mais eficiente do que outra se esta edificação
oferece condições ambientais idênticas, porém com menor consumo de
energia.
Ao enfatizar essas declarações, os profissionais responsáveis por
construções responsáveis, podem se assegurar que estão especificando a
durabilidade, beleza estética e uma forma de garantir o menor consumo de
energia.
Na busca por novas tecnologias com o intuito de tornar as edificações
sustentáveis, os telhados verdes foram resgatados de projetos antigos e tem
sido ótimos companheiros na redução das ilhas de calor, além de melhorar
também a qualidade do ar e a controlar o efeito estufa.
Dentro do panorama nacional, as construções consomem, para uso e
manutenção, cerca de 40% do consumo total de energia elétrica no
país, distribuídas para os setores residencial (22%), comercial (14%)
e público (8%). Acredita-se que para esta estimativa ainda não é
levada em conta a parte de energia embutida nos materiais que
compõem as edificações. (LAMBERTS, 2008, p.3).
30
1.6.5 Eficiência Ambiental
Como solução parcial dos problemas ambientais, o telhado verde se
torna eficaz ao meio ambiente, pois reduz a poluição, melhora a qualidade do
ar, reduz as ilhas de calor, diminui a poluição sonora e é uma alternativa
sustentável na conciliação do homem com a natureza.
1.6.5.1 Biodiversidade
A vegetação utilizada na construção do telhado verde é uma forma
significativa para o estabelecimento de microclimas e para o equilíbrio do clima
na região, absorve a energia, favorece a renovação do ar, dessa forma é
importante para o aumento da biodiversidade atraindo pássaros, insetos,
borboletas dentre outros.
1.6.5.2 Poluição Atmosférica
Para Leal, Farias e Araújo (2008), tem como consequência no mundo
todo, o aumento crescente de emissões de poluentes na atmosfera devido ao
grande desenvolvimento urbano e industrial, faz com que esses poluentes
atmosféricos sejam depositados no solo e nos vegetais ocasionando a redução
da produção agrícola, originando o desiquilíbrio de ecossistemas. O clima
também é afetado pela poluição do ar, dando a origem ao fenômeno chamado
efeito estufa, aumentando a temperatura do planeta, que ocorre quando, os
gases poluentes formam uma camada de poluição na atmosfera, bloqueando a
dissipação dos raios solares. Dessa forma, o calor fica concentrado na
atmosfera, provocando mudanças climáticas.
As consequências que a poluição da atmosfera tem trazido ao mundo e
junto com desmatamento frequente, faz com que a popularização do telhado
verde seja uma solução eficiente para reduzir a emissão do gás carbônico e
dentre outros, nos grandes centros urbanos.
31
1.7 Opções de Faturamento de Renda
Levando em conta à economia, os telhados verdes apresentam potencial
lucrativo interessante, podendo ser cultivados nas coberturas plantas
medicinais de pequeno porte, temperos domésticos, plantas ornamentais.
A construção de telhados verdes em áreas carentes, cujo tipo de
ocupação é feito sem nenhum planejamento prévio, pode ser uma alternativa
interessante para o processo da cidadania e comprometimento com a
sustentabilidade, por parte de populações mais necessitadas em educação
ambiental e saneamento, proporcionando um potencial de melhorias na
infraestrutura dessas comunidades, além da formação de profissionais como
jardineiros e a geração de renda por conta dos produtos comercializados
cultivados no telhado, utilizando o conceito sustentabilidade sociais, com a
intenção de aumentar a taxa de empregos, a arborização do local e visando a
compreensão da sociedade sobre a importância ambiental no meio urbano.
Para Correa e Gonzalez, o bom desempenho da produção é
necessário uma manutenção adequada a cada modelo produtivo,
porém a venda dos futuros produtos pode repor os gastos com o
telhado a respeito de irrigação e jardinagem (ARAÚJO, 2007 p.17).
Entre outras gerações de renda, podemos citar:
• Produção de hortaliças
A produção de hortaliças vem aumentando em telhados verdes gerando
lucratividade, seu uso pode ser também para a subsistência.
A utilização de telhados verdes em prédios públicos vem crescendo,
como em shoppings, por exemplo, e em São Paulo pelo menos um deles há o
plantio de hortaliças, que conta com o apoio dos funcionários para a
manutenção, sendo que a sua produção é direcionada justamente para ajudar
na subsistência desses, ou seja, eles podem levar o que produzirem no telhado
verde, e ainda utilizam os restos orgânicos da praça de alimentação na
compostagem e geração de adubo para o telhado verde.
• Criação de animais
32
Em telhados verdes é possível a criação de animais de pequeno porte,
como a prática de apicultura, que gera renda com a produção de mel.
Portanto, é de significativa importância relatar os benefícios da
utilização de ecotelhados em residências de grandes centros
urbanos, sendo esta tecnologia uma possibilidade real de
minimização dos impactos gerados por fatores, quanto para produção
de alimentos, tendência que evidencia na atualidade. É necessário,
aprofundar-se em termos diretamente relacionados à técnica de
telhado verde, como a permacultura, que promove um embasamento
explorando a possibilidade de se criar ambientes humanos
sustentáveis, sem prejudicar o meio ambiente, um novo sistema
evolutivo integrado de vegetais e animais perenes e úteis ao ser
humano, tudo isso relacionado a pesquisa sociológica e filosófica
ambiental, estes examinadores e avaliadores de problemas
envolvidos na relação homem-natureza (FRANÇA, 2012, p.107).
• Cultivo de Plantas Ornamentais
Com o cultivo de plantas ornamentais é possível o lucro com as vendas
destas plantas, ou até mesmo o aluguel para eventos, além da excelente visão
paisagística que estas proporcionam e podem servir de espaço para ensaios
fotográficos.
33
2.Conclusão
Com base nas pesquisas realizadas, podemos observar que o telhado
verde tem várias vantagens e desvantagens. São elas:
Desvantagens:
• Custo mais elevado em sua implantação e em alguns casos na
manutenção.
• Reforço na estrutura do prédio para aguentar o peso extra do
telhado incluindo a água acumulada, mais o peso de uma pessoa
que fará a manutenção.
• Se for mal instalado, pode gerar infiltrações na estrutura predial.
• Requer os cuidados de um jardim comum em sua manutenção,
como a poda e a irrigação, ocasionando um custo mais elevado.
• Aumento de carga (peso) na estrutura.
• Atração de potenciais vetores.
• Crescimento vegetal inesperado (ervas daninhas).
• Liberação de elementos alergênicos como pólen ou outros
componentes vegetais.
Vantagens:
• Conforto térmico
• Proteção Acústica
• Melhoria da Estética
• Geração de Renda
• Economia em impostos
• Redução no Efeito Ilha de Calor
• Acumulo de Água e Redução na Vazão das Enchentes
• Aumento na Biota Local
• Atuação como Agente Purificador de Ar
• Produção de Alimentos
• Produção de Ervas Medicinal (Melhorias na Saúde)
34
• Aumento da Umidade Relativa do Ar Local
• Criação de novas áreas de Lazer
• Redução no Consumo de Energia
• Reutilização das Águas de Chuva
Em relação a todas essas características, vê-se que o custo elevado em
sua instalação ou manutenção, pode ser compensado em economia de
impostos, economia no consumo de energia e ainda por uma geração de
renda. O ideal é que se procure uma empresa especializada para que não
ocorram problemas de infiltração ou na estrutura da construção. A atração de
potenciais vetores pode ser controlada de forma biológica pelo manejo
integrado de pragas, e quanto à liberação de elementos alergênicos, deve se
conhecer as plantas que serão utilizadas no telhado verde, evitando desse
modo possíveis transtornos de saúde.
De acordo com a IGRA (Internacional Green RoofAssociation), existem
dois motivos principais para se utilizar o telhado verde, o primeiro é a visão
agradável de um telhado jardim e outro, um habitat para a fauna e flora nos
cinzentos centros urbanos, dito isso, essa estrutura é excelente quando se trata
do conceito de sustentabilidade, pois economiza energia, reaproveita águas de
chuvas, serve de atrativo para a biota, além de reduzir o efeito Ilha de Calor
que por sua vez influencia no Efeito Estufa. Logo, se bem planejado e
construído com bom senso, o Telhado Verde tem tudo para ser uma das
melhores opções de cobertura para as residências e edifícios nos próximos
anos.
35
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