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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE A Importância de fluxo de caixa em microempresas Por: Verônica da Costa Melo Orientador Prof. Ana Cláudia Morrissy Rio de Janeiro 2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

A Importância de fluxo de caixa em microempresas

Por: Verônica da Costa Melo

Orientador

Prof. Ana Cláudia Morrissy

Rio de Janeiro

2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

A Importância de fluxo de caixa em microempresas

Apresentação de monografia à Universidade Candido

Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de

especialista em Finanças e Gestão Corporativa.

Por: . Verônica da Costa Melo

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AGRADECIMENTOS

Aos amigos, a orientadora que com muita

dedicação e paciência orientou-me nesta

importante empreitada educacional, e, por

fim, aos meus pais que com muito zelo me

fortaleceram.

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DEDICATÓRIA

Dedico aos meus pais, irmãs.

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A Importância de fluxo de caixa em microempresas

Verônica da Costa Melo

RESUMO

Na atual conjuntura econômica há uma tendência natural no sentido de adotar-se a Demonstração de Fluxo de Caixa em substituição à Demonstração de Origens e Aplicações. Isto se deve fundamentalmente a sua menor complexidade o que facilita sobremaneira o entendimento, principalmente pelos usuários externos pouco habituados a termos técnicos. A administração como ferramenta é fundamental para o sucesso empresarial. As micro e pequenas empresas são maioria na economia brasileira. Desta forma, a administração deve ser a ferramenta de sucesso para estas empresas fornecendo subsídios adaptados às necessidades das mesmas.O fluxo de caixa é a distribuição no tempo de todas as entradas e saídas de numerário geradas pelas atividades da empresa.O objetivo dessa pesquisa bibliográfica com enfoque,qualitativo e descritivo, foi verificar o grau de utilização de orçamento de caixa como estratégia para tomada de decisão e verificar o nível de conhecimento dos micro e pequenos empresários e empreendedores sobre a teoria das finanças de empresas. Palavras-chaves: Fluxo de Caixa, Contabilidade, Gestão de pequenas empresas. ABSTRACT In the current economic conjuncture there is a natural tendency in the sense of adopting the cash flow statement instead of the demonstration of origins and applications. This is basically due to its lower complexity that facilitates the understanding, especially by external users not accustomed to technical terms. The administration as a tool is essential to business success. The micro and small enterprises are majority at Brazilian economy. Thus, the administration should be the tool of success for these companies providing adapted subsidies to the needs of it. The cash flow is the time distribution of all incoming and outgoing cash generated by company activities, dealing with the concept easy to understand, the availability of funds facilitating the understanding for all. The goal of this work, qualitative and descriptive was to verify the degree of utilization of cash budget as a strategy to make decision and to check the level of knowledge of micro and small business enterprise and enterprise about the theory of corporate finance. Keys Words: Cash flow, Accounting, Management of small businesses.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 07

1- ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 10

2- GESTÃO DE MICROEMPRESA 12

3- APRESENTAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA 16

3.1 –FLUXO DE CAIXA 16

3.2 – OBJETIVO DO FLUXO DE CAIXA 19

3.3 - DEMONSTRATIVO DE FLUXO DE CAIXA 21

4- ELABORAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA 23

4.1 – PLANEJAMENTO FINANCEIRO 23

4.2 – IMPLANTAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA 24

4.2 – VANTAGENS DO FLUXO DE CAIXA 25

5 – FLUXO DE CAIXA COMO FERRAMENTA DE DECISÃO 25

5.1 – TOMADA DE DECISÃO GERENCIAL 25

5.2 – A IMPORTANCIA DA TOMADA DE DECIAÇÃO GERENCIAL 26

CONSIDERAÇÕES FINAIS 30

REFERENCIAS 32

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INTRODUÇÃO

Desde o início da revolução industrial até o final dos anos 1970, as grandes empresas

eram vistas como o principal motor da economia. Já as pequenas empresas eram consideradas

unidades que produzem em uma escala ineficiente, levando a uma baixa produtividade e a

reduzidos salários para os seus trabalhadores. A partir do início dos anos 1980 e, mais

recentemente, com o avanço das empresas do setor de informática, a visão no mundo a

respeito da importância das micro, pequenas e médias empresas começou a mudar.

O objetivo principal de qualquer administrador de empresa deve ser o de maximizar a

riqueza dos proprietários, que é medida pelo preço da ação. Este, por sua vez, baseia-se na

ocorrência dos fluxos de caixa (retorno), em sua magnitude e seu risco. Esta consideração,

permite-nos afirmar que as informações mais relevantes que uma empresa pode gerar são

aquelas relacionadas ao seu caixa. Para qualquer natureza de decisão, seja operacional, de

investimento ou de financiamento, conhecer os reflexos de curto e de longo prazo no caixa

para cada atitude tomada é o que realmente importa.

O acirramento da competitividade exige das empresas maior eficiência na gestão de

seus recursos, e como parte integrante do sistema buscam cumprir seu papel junto à

sociedade. Esta busca pela melhoria e eficiência na aplicação dos recursos, induz os

responsáveis pela gestão empresarial, a avaliarem suas decisões embasadas em informações

consistentes

As empresas brasileiras, independentemente do tamanho ou estrutura, estão

enfrentando desafios jamais vistos tais como: a globalização da economia, os ambientes

externo e interno cada vez mais dinâmicos, os clientes cada vez mais exigentes, rápidas

mudanças nos produtos e processos em função de avanços tecnológicos. Todas essas

mudanças contribuem para aumentar o risco e a incerteza, tornando o gerenciamento das

empresas uma atividade bastante complexa e desafiante.

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O processo de globalização apresentou-se e é uma realidade. O Brasil nas últimas

décadas mostrou-se em busca de estabilidade econômica, sendo que a sua conquista e

manutenção conviveu com déficit público e com a dívida externa.

Os déficits eram provocados pelo afã em querer sempre fazer mais para a sociedade,

com a assunção de compromissos que poderiam ser assumidos orçamentariamente, entretanto

impossíveis de realizá-los financeiramente, durante a execução do orçamento.

Monteiro (1997, p.20) afirma “A grave ‘crise da dívida’ desorganizou as finanças,

gerando uma forte instabilidade inflacionária que, por sua vez, afastou investimentos externos

de risco”. Cita, ainda, que:se a década de 80 foi extremamente desfavorável para o Brasil e

América Latina do ponto de vista do financiamento externo e do fluxo de recursos para os

credores, o início da década de 90 é marcado por uma notável reviravolta.

A partir de 1994, com a instituição do Plano Real, o déficit público ganhou

visibilidade e atingiu patamares preocupantes. Os orçamentos superestimados continuaram

existindo e foram propulsores do endividamento público. Nesse cenário, a comunidade torna-

se mais atenta para as ações coletivas e depois da vigência da Lei Complementar no 101/00,

ou Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), em maio de 2000, o conceito de administração

pública vem mudando para os gestores que procediam desta forma. O art. 1º, §1º da LRF

preconiza o seguinte: A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e

transparente, em que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das

contas públicas, mediante o cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas e a

obediência a limites e condições no que tange a renúncia de receita, geração de despesas com

pessoal, da seguridade social e outras, dívidas consolidada e mobiliária, operações de crédito,

inclusive por antecipação de receita, concessão de garantia e inscrição em Restos a Pagar.

O presente trabalho aborda a necessidade da gestão empresarial acompanhar o

desempenho da empresa através de sua capacidade de geração de caixa,demonstra a

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importância do fluxo de caixa e como ele e capaz de oferecer uma visualizacao antecipadas

das necessidades de caixa. Neste contexto se destaca o fluxo de caixa como um instrumento

que possibilita o planejamento e o controle dos recursos financeiros, proporcionando uma

visão clara da administração de seu capital de giro.

Este artigo objetiva demonstrar a importância da utilização do fluxo de caixa nas

empresas, como instrumento gerencial da tomada de decisões principalmente nas pequenas

empresas. Apresentar-se-á um modelo específico de fluxo de caixa para pequena empresa,

demonstrando a sua utilidade e importância como ferramenta gerencial.

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1– ADMINSTRAÇÃO FINANCEIRA

A utilização do estudo das finanças vai muito além do uso somente das empresas. A

área de finanças abrange tanto a administração de negócios, quanto a administração dos

recursos pessoais. Finanças está presente diariamente na vida das pessoas.

Para Bodie e Merton ( 2002, p. 32) “Finanças é o estudo de como as pessoas alocam

recursos escassos ao longo do tempo.” Já Gitman (2001, p. 34) define finanças como: “A arte

e a ciência de gerenciar fundos que afetam a vida de qualquer pessoa ou organização.” O

componente das finanças responsável pela conciliação entre a oferta e a escassez de recursos é

o sistema financeiro nacional – SFN.

É o sistema que engloba os mercados financeiros e de capitais, os intermediários (bancos, corretoras, entre outras), as empresas de serviços e outras instituições que possibilitam as decisões financeiras para famílias (indivíduos), empresas e governo. (BODIE E MERTON, 2002, p. 51)

Pode-se inferir que o SFN é um composto de instituições financeiras que mantém o

fluxo monetário entre poupadores, e investidores. As empresas e as pessoas vão às instituições

financeiras, bancos e governo para adquirir ou ofertar recursos.

A teoria financeira fica estabelecida como sendo um conjunto de conceitos que ajudam a organizar o pensamento das pessoas sobre como alocar recursos ao longo do tempo e um conjunto de modelos quantitativos para ajudar as pessoas a avaliarem alternativas, tomarem decisões e implementá-las. (BODIE E MERTON, 2002, p. 32)

É possível fazer um paralelo a respeito das finanças pessoais, ou da família com as

finanças empresariais, pois como lembra Bodie e Merton (2002) há diversos motivos para

uma pessoa querer estudar finanças e um desses motivos é para saber administrar os recursos

pessoais. Essa administração de recursos pessoais inclui as decisões financeiras das famílias

para fazer escolhas é escolher aonde investir os recursos, optar ou não por fazer

financiamentos e administrar os riscos que envolvem as decisões. As áreas de atuação em

finanças podem ser resumidas ao se analisar as oportunidades profissionais nesse setor. Essas

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oportunidades no geral ficam em duas categorias: serviços financeiros e administração

financeira. A área de serviço financeiro trata da prestação de assessoria e produtos

financeiros. Nesta área encontram-se oportunidades de carreira em bancos, seguradoras,

fundos de investimento. Em outro plano tem-se a administração financeira que lida com as

obrigações do administrador financeiro nas empresas. Sabe-se que grande parte das decisões

no mundo dos negócios são mensuradas em termos financeiros, o estudo da administração

financeira, conceitos, técnicas e práticas de finanças está presente cada vez mais no cotidiano

dos administradores financeiros. Cabe aos administradores financeiros analisar oportunidades

de investimento, captar recursos para financiar os investimentos, criar planejamentos

financeiros a curto, médio e longo prazo, fazer orçamentos operacionais entre outros.

(GITMAN 2001)

Assim como em uma empresa, as pessoas e as famílias precisam também de um

administrador financeiro, seja pessoa física ou jurídica. O administrador de finanças pessoais

mais conhecido como consultor financeiro, adquiriu habilidades para oferecer soluções em

planejamento financeiro e aconselhamento pessoal de investimentos. Para Frankenberg (1999)

há uma tendência mundial de prestação de serviços nesta área, pois com o aumento da

expectativa de vida das pessoas e suas rendas cada vez mais elevadas, há uma preocupação

com os investimentos com o objetivo de se ter uma aposentadoria que não seja dependente da

previdência oficial. Isto faz com que os serviços de aconselhamento e planejamento financeiro

se tornem produto de primeira necessidade para os detentores de ativos financeiros que

queiram maximizar o rendimento do patrimônio. Cabe também ao administrador financeiro

visualizar as necessidades de seu cliente de uma forma holística, como um todo, e não

isoladamente. O consultor financeiro tem como elementos fundamentais, conhecimento

profissional, idoneidade, experiência e empatia. Não se faz necessário que o profissional seja

formado em contabilidade, administração de empresas ou economia, conta mais a sua

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experiência como gestor financeiro seja no passado ou atualmente. (FRANKENBERG, 1999,

p. 32)

É responsabilidade da pessoa, cliente verificar se o consultor tem uma vida

estabilizada, pois assim aumentam suas chances de obter um sucesso financeiro, solicitar

referências de atuais clientes, se for o caso, e por fim analisar as suas qualificações em

Planejamento Financeiro Pessoal verificando se o consultor tem conhecimento abrangente e

atualizado para oferecer a melhor orientação acerca de Planejamento Financeiro,

Investimentos, previdência complementar e seguros.

2- GESTÃO DE MICROEMPRESA

As microempresas e empresas de pequeno porte no Brasil têm um peso considerável

na economia em diversos aspectos, desde a geração de empregos à participação no produto

interno bruto nacional. Quanto à cadeia produtiva, as microempresas e empresas de pequeno

porte são capazes, por meio de sua maior evidência de flexibilidade, de atender a nichos de

mercado por vezes desinteressantes ou inalcançáveis para as grandes empresas , competir por

clientes.

No entanto, na maioria da vezes, têm sua gestão comprometida em função de pouca

experiência administrativa.A busca pela superação desse problema fez surgir a gestão

estratégica que procura reunir planejamento estratégico e administração em um só processo

que visa integrar a capacidade interna ao ambiente externo.

Para Frezatti (1997, p. 28), “um instrumento gerencial é aquele que permite apoiar o

processo decisório da organização, de maneira que ela esteja orientada para os resultados

pretendidos”. Portanto, é necessário dispor de um conjunto de informações adequadas,

gerenciais e contábeis, para que realmente sirvam de apoio na tomada de decisão e alcance de

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suas metas, evitando problemas financeiros que, muitas vezes, são oriundos de limitações nas

informações.

A gestão financeira serve para administrar e controlar o fluxo do caixa da empresa e

suas operações financeiras como investimentos de capital e financiamentos de curto e longo

prazo, e, dependendo do porte da empresa, essa função pode ser desempenhada por um

analista ou pelo próprio proprietário. Possuir um planejamento e controle financeiro é

fundamental, pois, além de traçar as metas e objetivos da empresa, também serve para evitar

problemas de liquidez e capital de giro, e, em alguns casos, até mesmo em falência.

Para Sá (2008, p. 13), “chamamos de planejamento financeiro a um conjunto de

operações financeiras – que podem ser empréstimos, aplicações financeiras ou resgates de

aplicações financeiras – realizadas para atingir um determinado objetivo”.

De acordo com Silva (2005, p. 23), “a análise financeira precisa ter um enfoque

holístico abrangendo a estratégia da empresa, suas decisões de investimento e de

financiamento e suas operações”.

A gestão empresarial tem por objetivo agregar valor ao negócio através de um

conjunto de ações e decisões para que ocorra um equilíbrio entre objetivos, meios e atividades

empresarias. Assim podemos inferir com Tachizawa (2007, p.28), sobre gestão nas micro e

pequenas empresas, “para que um empreendimento tenha êxito é necessário um conjunto de

fatores, que envolvem o uso de métodos gerenciais. [...] Não basta ser bom em alguma

atividade é necessário entender todos os processos gerenciais”.

Segundo Almeida (2003, p.151.)

Na pequena empresa a administração é geralmente feita pelos seus proprietários ou por seus parentes, que muitas vezes não têm conhecimento aprofundado de técnicas administrativas.(...) Vale observar que o conhecimento profundo de técnicas administrativas não é fundamental para as pequenas empresas, dada a simplicidade de funcionamento desse tipo de organização.

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Normalmente, complexos sistemas de controle e planejamento são raros em pequenas

instituições. A aplicação, entendimento e disseminação de indicadores de desempenho em

microempresas e empresas de pequeno porte comerciais poderiam melhorar

significativamente os aspectos relacionados a planejamento, controles internos, rentabilidade

e satisfação de clientes e funcionários, pois seria uma forma de registrar ganhos e gastos

através de fluxo de caixa. As questões relacionadas à gestão destas organizações poderiam ser

realçadas pelas informações geradas em planilhas de fluxo de caixa gerando relatórios para

melhor gerenciamento e tomada de decisão.

O aumento da competitividade cobra maior eficiência na gestão dos recursos

empresariais, ao mesmo tempo em que exige bens e serviços a preços menores e com melhor

qualidade. Não há mais espaços para o empirismo administrativo. O que se observa, é que

problemas financeiros podem surgir, oriundos das limitações das informações para a tomada

de decisão. A gestão empresarial precisa de ferramenta, capaz de acompanhar e fornecer

subsídios que possibilitem identificar as necessidades ou sobras de caixa na busca de um

equilíbrio financeiro no curto prazo.

De acordo com Arantes (2001), o sistema de gestão empresarial é composto por

instrumentos que constituem ferramental extremamente útil e contribuem para a eficácia e a

eficiência da administração. As necessidades de revisão e ajustes no sistema de gestão

empresarial são decorrentes do próprio processo de evolução da empresa e inerentes aos

requisitos de sobrevivência, crescimento e continuidade.

Administrar é planejar, organizar, dirigir e controlar recursos, visando a atingir

determinado objetivo. Segundo Catelli (2002) gerir é um processo baseado em um conjunto

de conceitos e princípios coerentes entre si, que visam conduzir a empresa a seus objetivos.

A empresa não pertence só aos sócios ou acionistas. A forma como conduz seus

negócios reflete no desenvolvimento econômico e social da comunidade onde está inserida.

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O desconhecimento de práticas gerenciais, como bem afirma Almeida (2003), é fator

condicionante para o fechamento dos pequenos e micros estabelecimentos. Diversos aspectos,

desde financeiros a operacionais, impedem ou dificultam os empresários de micro e pequenas

organizações a difundirem práticas consolidadas da administração e contabilidade; tornar o

empreendedor e/ou gerente destas instituições com pouca experiências de gestão pode causar

uma sustentabilidade maior.

O regime de competência serve para auferir o desempenho da organização conforme

ciclo econômico, pois manter a liquidez do caixa com recebimentos e pagamentos em período

futuro de tempo requer administração eficiente na gestão do capital. Esta administração deve

estar focada em conjunto com regime de caixa e fluxo de caixa, pois o primeiro foca o volume

financeiro de recursos necessários para execução do investimento e o segundo demonstra a

conta caixa.

O regime de competência e o regime de caixa tratam dos mesmos valores, diferenciando-se somente no aspecto temporal. Portanto, a análise dos ciclos operacional, econômico e financeiro fornece importantes subsídios para tomadas dedecisões financeiras (HOJI, 2003, p 31).

Toda e qualquer decisão tomada dentro de uma instituição pode impactar o fluxo de

caixa e os resultados financeiro e econômico da empresa. Exemplificando, podemos dizer

que, se a área de compras conseguir um prazo maior ou conseguir um desconto maior estará

afetando positivamente o fluxo de caixa. Se a área de vendas conseguir diminuir o prazo dado

aos clientes, estará influenciando positivamente o fluxo de caixa. Se a área de produção

diminuir o tempo de produção ou aumentar a sua eficiência no consumo de insumos, também

estará proporcionando melhores resultados.

Desta forma, se cada área é uma pequena empresa há também um fluxo de caixa e

resultados derivados da gestão financeira, que devem ser planejados e controlados, então, para

haver uma gestão financeira eficaz, a empresa deve reconhecer que o planejamento do fluxo

de caixa é responsabilidade de todas as áreas e não só da área financeira. E sendo assim todas

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as áreas devem planejar e controlar seus recursos de forma que os parâmetros básicos da

gestão financeira (montante de dinheiro, prazo e custo de capital) sejam bem administrados.

As organizações possuem como objetivo principal à geração de lucro para remunerar seus

sócios ou acionistas que investiram capitais próprios na empresa, uma vez que este capital

gerando mais riqueza possibilita a aplicação de investimentos que proporcionam expansão para

que haja melhor atendimento para a sociedade em termos de geração de empregos, remuneração e

serviços oferecidos. Este entendimento é oriundo do trecho; “A geração permanente de lucros e

caixa contribui para que haja uma empresa moderna que cumpra suas funções sociais, por meio de

geração de impostos, investimentos em melhoria ambiental .” (HOJI, 2003, p 21).

Com a gestão eficiente de pequenos empreendimentos a possibilidade de geração de

novos empregos fica mais próxima da realidade, pois a remuneração oferecida para as pessoas

contratadas beneficia a qualidade de vida e a circulação de capital e mercadorias uma vez que

outros segmentos podem ser também beneficiados porque há o aumento do giro de recursos e

capitais que movimentam financeiramente a região onde está localizada o pequeno

empreendimento.

3 – APRESENTAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA 3.1 – Fluxo de caixa

Na pequena empresa, devido à simplicidade de sua estrutura, que muitas vezes

prescinde de áreas, departamentos e seções, a principal contribuição do fluxo de caixa é

exatamente na compreensão dos efeitos das decisões tomadas, com relação às

disponibilidades da empresa. O empreendedor, ao conceder prazo para pagamento ou

descontos aos clientes,pode gerar a necessidade de captação de recursos para pagamento das

obrigações e, conseqüentemente, implicar na inocorrência de despesas financeiras. E isso

deve ser considerado o custo da operação, ao calcular-se, por exemplo, os preços praticados

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para vendas a prazo. A contribuição do fluxo de caixa é portanto, fundamental no

entendimento do funcionamento da própria empresa e das implicações das decisões tomadas.

O Fluxo de caixa é um relatório que evidencia, historicamente, as entradas e saídas de

dinheiro do caixa de uma empresa, em um determinado período. O termo caixa, deve ser

tratado no seu sentido amplo, como o somatório de Caixa, Bancos e Aplicações Financeiras.

Uma ferramenta de informação gerencial permite identificar o processo de circulação do

dinheiro, a liquidez da empresa e as necessidades futuras de caixa.

De acordo com Zdanowicz (2004, p.40) " denomina-se fluxo de caixa de uma empresa

ao conjunto de ingressos e desembolsos de numerário ao longo de um período determinado."

O fluxo de caixa, que retrata o movimento real do caixa no mês, é necessário para

complementar a análise financeira da empresa (entradas e saídas de dinheiro). Ele deve ser

planejado para no mínimo seis meses, evitando assim sobressaltos durante a gestão

empresarial ou necessidade de ajuste de caixa por meio de empréstimos a bancos, os quais, se

realizados às pressas, acabam tornando-se dispendiosos para a empresa.

Para o pequeno ou médio empresário, é essencial desenvolver essa atividade. Neste

contexto o Fluxo de Caixa se apresenta como uma ferramenta utilizada pelo administrador

financeiro, com o objetivo de apurar os somatórios de ingressos e de desembolsos financeiros

em determinado momento, prognosticando se haverá excedente ou escassez de caixa, em

função do nível desejado pela empresa. Daí a importância dos ciclos no sistema de liquidez: a

conjugação das velocidades entre os meios de pagamento e as necessidades de pagamento

para que ocorra o equilíbrio no sistema.

Para Zdanowicz (2004, p.33), “o fluxo de caixa é o instrumento que permite

demonstrar as operações financeiras que são realizadas pela empresa”, o que possibilita

melhores análises e decisões quanto à aplicação dos recursos financeiros que a empresa

dispõe.

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O fluxo de caixa representa o valor de benefícios futuros esperados trazidos a um valor

presente por uma taxa de desconto apropriada. É importante enfatizar que a escolha de uma

taxa de desconto está diretamente ligada a metodologia de fluxo de caixa obtida.

Segundo Martins (2001, p. 275) “O fluxo de caixa é tido como aquele que melhor

revela a efetiva capacidade de geração de riqueza de determinado empreendimento", este traz

o valor presente de benefícios futuros esperados, a uma taxa de desconto apropriada.

A simples implantação de um sistema de Fluxos não irá resolver os problemas de

liquidez da empresa, porém lhe permitirá um melhor gerenciamento dos recursos e

necessidades. O importante é acompanhar comparando tais situações no dia a dia ou períodos

a períodos.

É importante o planejamento do fluxo de caixa, por que irá indicar antecipadamente as

necessidades de numerário para atendimento dos compromissos que a empresa costuma

assumir, considerado os prazos para serem saldados. Com isso, os administradores financeiros

estarão aptos a planejar com a devida antecedência, os problemas de caixa que poderão surgir

conseqüências de reduções cíclicas das receitas ou de aumento no volume dos pagamentos.

"Uma empresa é avaliada por sua riqueza econômica expressa a valor presente,

dimensionada pelos benefícios de caixa esperados no futuro e descontados por uma taxa de

atratividade que reflete o custo de oportunidade dos vários provedores de capital”, conforme

afirma Assaf Neto (2003, p. 586).

O fluxo de caixa descontado pode ser mensurado por duas maneiras básicas, segundo

Silva (2007), em que a primeira é para obter o fluxo de caixa dos acionistas e a segunda é

através do uso do fluxo de caixa livre.

O fluxo de caixa livre é gerado pela empresa após a dedução dos impostos,

investimentos permanentes e variações esperadas no capital circulante líquido. E o fluxo de

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caixa dos acionistas representa o fluxo de caixa líquido, após computados os efeitos de todas

as dívidas para complementar o financiamento da empresa (Martins, 2001).

Silva (2007) esclarece que o fluxo de caixa livre supre o valor dos acionistas, mas este

também ilustra o valor da companhia. O autor ainda declara que a diferença entre o fluxo de

caixa dos acionistas e fluxo de caixa livre é o valor da dívida, em que o mesmo resultado seria

obtido pelo desconto do custo da dívida do fluxo de caixa dos acionistas.

3.2 – Objetivos do Fluxo de caixa

Portanto, observar o fluxo financeiro de capital no período estipulado pelo proprietário é

salutar para o aumento da vida útil financeira do estabelecimento, haja vista que a partir das

finanças é que todos os recursos financeiros serão alocados nos departamentos da empresa para

que seja efetuada a estratégia mercadológica, ou seja, para o departamento de marketing,

produção, área comercial e outros setores que desejam funcionar eficientemente. Será através da

gestão eficaz das finanças, a proporcionalidade de tal alocação de recursos financeiros, “è

finanças que faz com que tudo isso aconteça” (GITMAN, 2003, p 03).

Considerando-se a legislação tributária vigente as empresas de pequeno porte

classificam-se em optantes e não optantes pelo simples em nível federal, conforme o ramo de

atividade e faturamento anual, segundo a lei nº 9.317/96 e alterações posteriores . Sendo

optante pelo simples elas classificam-se em micro-empresa ou empresa de pequeno porte,

conforme faturamento anual. Já na esfera estadual as empresas classificam-se em micro-

empresa, empresa de pequeno porte e modalidade em geral conforme receita bruta e ramo de

atividade.

Através do conhecimento do passado (o que ocorreu) se poderá fazer uma boa projeção do

fluxo de caixa para o futuro (próxima semana, próximo mês, próximo trimestre, etc.). A

comparação do fluxo projetado com o real indica as variações que, quase sempre, demonstram

as deficiências nas projeções. Estas variações são excelentes subsídios para aperfeiçoamento

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de novas projeções de fluxos de caixa. Apesar de suas limitações, se bem administrado, o

fluxo de caixa pode ser uma ferramenta fundamental para a gestão financeira e contribuir

significativamente para a maximização dos lucros.

O fluxo de caixa é de vital importância para a eficácia econômico-técnicofinanceira e

administrativa das empresas, sejam elas micro, pequenas, médias ou grandes, a tal ponto, que

muitas instituições de crédito exigem a sua apresentação antes de concederem empréstimos ou

financiamentos a seus clientes. As empresas que o utilizam dificilmente fracassam, o mesmo

não ocorre com aqueles que dele não fazem uso para planejar e controlar as suas atividades.

Através do fluxo de caixa a empresa poderá saber antecipadamente (no início de um período)

o que ela terá de necessidade ou de excedentes de recursos financeiros, podendo com isso

tomar a decisões mais adequadas para solucionar seus impasses. (figura 1)

JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO 1-ENTRADA Receita de vendas à vista Receita de vendas à prazo Receita de operações bancárias Financiamento e empréstimo TOTAL DE ENTRADAS 2- SAÍDAS Compras à vista Pagamento de fornecedores Remuneração de pessoal Encargos Sociais Financiamento e empréstimo Despesas administrativas Luz Água Aluguel Telefone Honoráros Pro-labore Metrial de Escritório Despesas Fiananceiras Impostos e Taxas ICMS IPTU Alvará Localização e Saúde TOTAL DAS SAIDAS

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3- Diferença de periodo (1-2) 4- SALDO INICIAL DE CAIXA 5-Disponib Acum.(3+4) 6- Nível Desejado 7- Emprestimo a captar 8- Aplicações no mercado 9- Amortizações 10-Resgates 11- SALDO FINA DE CAIXA (Figura 01: Modelo de Fluxo de Caixa)

Com base nas transações de períodos anteriores, o administrador da empresa analisada

projetou sua atividade para o próximo semestre tendo, com isso, a possibilidade de tomar

decisões em relação ao saldo excedente disponível em caixa, podendo inclusive modificar sua

política de compra e venda. O fluxo de caixa pode ser comparado com a demonstração de

resultado do exercício, tendo como diferença às transações que não afetam o caixa.

3.3- Demonstração de Fluxo de Caixa

As informações expostas pelas Demonstrações Contábeis, tradicionalmente utilizadas

para análise financeira das empresas, revelam a situação financeira, econômica e patrimonial

e a Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC) tem seu foco nas informações financeiras das

empresas. A DFC é utilizada já há bastante tempo, mas o estudo sobre o fluxo de caixa vem

sendo abordado com mais profundidade há poucas décadas. Na busca de maior segurança

para os investidores, financiadores e demais usuários, na análise da situação financeira das

empresas por meio das informações contábeis, alguns países começaram a exigir a

apresentação da DFC, pois as demais demonstrações não são consideradas suficientes para tal

análise. Conforme Quintana et al. (2007, p. 70), “a Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC)

permite que a empresa tenha maior controle sobre as entradas e as saídas de dinheiro,

possibilitando assim que importantes decisões sejam tomadas no momento exato em que se

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tornem necessárias”.

A DFC expõe as informações sobre recebimentos e pagamentos da empresa, em

dinheiro, em um dado período de tempo. A DFC compreende principalmente as

disponibilidades da empresa, representadas por caixa, bancos e aplicações financeiras de curto

prazo. As aplicações de curto prazo são denominadas equivalentes de caixa, representando os

investimentos das sobras de caixa, e possuem alta liquidez por se tratar de aplicações de no

máximo 90 dias. De acordo Campos Filho (1999), os Estados Unidos foram os pioneiros

quanto à exigência da apresentação da DFC, por meio da publicação em 1987 do modelo FAS

(Financial Accounting Standard) nº 95. Logo após, em 1992, os países do Reino Unido

também passaram a exigir a apresentação com a publicação do modelo FRS 01 (Financial

Reporting Standard). No Brasil, a obrigatoriedade da apresentação da DFC se deu a partir de

28 de dezembro de 2007, quando foi sancionada a Lei nº 11.638, substituindo a DOAR.

Existem dois métodos de elaboração para a Demonstração dos Fluxos de Caixa, o

método direto e o método indireto. A seguir, os conceitos de cada método.

Método Direto – consiste na classificação dos recebimentos e pagamentos de uma

empresa com a utilização das partidas dobradas. Por essa razão é conhecido, também, como

abordagem das contas T. Uma das vantagens do método direto é a eliminação de qualquer

transferência da legislação fiscal, pois gera informações baseadas em critérios técnicos

(CAMPOS FILHO, 1999).

Método Indireto – esse método concilia o lucro líquido e o caixa gerado pelas operações,

sendo chamado por esse motivo de método de reconciliação. Na utilização do método indireto

é necessário remover do lucro líquido os diferimentos que foram caixa no passado, assim

como as alterações dos saldos das contas a receber e a pagar do período.

Neste método é preciso também remover do lucro líquido as alocações ao período do

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consumo de ativos de longo prazo e aqueles itens cujos efeitos no caixa sejam classificados

como atividades de investimento ou financiamento, além dos ganhos e perdas na baixa de

investimentos (IUDÍCIBUS et al., 2008).

4 –ELABORAÇÃO DE FLUXO DE CAIXA

4.1- Planejamento Financeiro

Para Gitman (2001, p. 434) “O planejamento financeiro é um aspecto importante das

operações nas empresas e famílias, pois ele mapeia os caminhos para guiar, coordenar e

controlar as ações das empresas e das famílias para atingir seus objetivos.” Já de acordo com

Ross; Westerfield; Jaffe (1995, p. 525) “O planejamento financeiro formaliza o método pelo

qual as metas financeiras tanto das empresas quanto das famílias devem ser alcançadas.”

O planejamento financeiro por si só é capaz de responder a três questões relevantes,

são elas: Como aproveitar as oportunidades de investimento que o mercado propõe;

identificar o grau de endividamento aceitável; e determinar a 15 parcela dos lucros aferidos.

Para Gitman (2001, p. 434) “O processo de planejamento financeiro começa com planos

financeiros de longo prazo, ou estratégicos, que por sua vez guiam a formulação de planos

a curto prazo ou operacionais”.

O planejamento de longo prazo é feito com base em períodos que vão de 2 a 10 anos,

esse planejamento em conjunto com os planos de marketing e produção, dita o caminho pelo

qual os controladores da empresa utilizam para atingir os objetivos da organização.

(GITMAN 2001). Já O planejamento de curto prazo fica responsável pelas decisões com base

em um período entre 1 e 2 anos. A princípio, Gitman (2001, p. 434) define planejamento

financeiro em curto prazo como “Especificação das ações financeiras a curto prazo e o

impacto antecipado destas ações.” Neste plano entram decisões de rotinas administrativas,

previsões de vendas, orçamentos de caixa e demonstrações financeiras projetadas.

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Planejamento financeiro pessoal, é possível elaborar um modelo com base em um plano

financeiro empresarial se consegue elaborar um plano com uma perspectiva voltada para o

uso pessoal. Planejamento financeiro pessoal é: Estabelecer e seguir uma estratégia precisa,

deliberada e dirigida para a acumulação de bens e valores que irão formar o patrimônio de

uma pessoa e de sua família. Essa estratégia pode estar voltada para curto ou longo prazo.

(FRANKENBERG 1999, p. 31) Como lembra Frankenberg (1999), o planejamento financeiro

pessoal tem objetivos semelhantes aos das empresas, que entre outros objetivos buscam um

crescimento de seus respectivos patrimônios, geração de riqueza para os acionistas assim

como para o individuo, família. Assim como no planejamento empresarial o planejamento

financeiro pessoal é divido em períodos de curto e longo prazo, permitindo assim um melhor

aproveitamento dos recursos.

4.2 – Implantação do Fluxo de caixa

Com a implantação do fluxo de caixa com regime de competência, teremos a projeção

do capital de giro, onde saberemos não exatamente, porém próximo a realidade, o quanto de

dinheiro estará disponível no dia de pagamento, por isso, os dados e números devem ser reais,

as projeções devem estar o mais próximo da realidade que pertencem.

Como em todos os tipos de empresa, os fluxos de entradas e saídas são divididos em três

partes ,conhecer com detalhes o ciclo financeiro da empresa (prazos de pagamentos e

recebimento), manter os controles auxiliares em dia, tais como o controle Bancário, controle

de recebimento de clientes, controle de pagamento de fornecedores, controle de pagamento de

despesas e o controle de movimento de caixa, τodos os valores lançados no fluxo de caixa

deverão ser realistas, ou seja,manter os valores das estimavas das entradas e saídas caixa

sempre atualizados.

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4.3 – Vantagens do Fluxo de caixa

Facilita a elaboração de projetos e planejamentos para os próximos períodos, os

resultados financeiros são mais visíveis,consegue visualizar possíveis futuros problemas com

o capital de giro futuro.

Vantagens do fluxo de caixa para a gestão dos recursos difícil avaliar a existência de

desvantagens para as empresas, quando se trata de controles, cabendo ressaltar apenas como

danosos aqueles de caráter extremamente burocráticos e muitas vezes os que ultrapassam a

capacidade técnica, instrumental e cultural das pessoas. Com relação a fluxo de caixa,

verificam-se apenas vantagens.

Segundo Matarazzo (2003 p. 364), as principais vantagens são: avaliar alternativas para investimento; avaliar e controlar ao longo do tempo as decisões importantes que são tomadas na empresa, com reflexos monetários; avaliar a situação presente e futura do caixa da empresa, posicionando-a para que não chegue a situações de iliqüidez; certificar que os excessos momentâneos de caixa estão sendo devidamente aplicados.

Zdanowicz (2004 p.24) elenca como objetivo o desempregar, da melhor forma possível, os

recursos financeiros disponíveis na empresa, evitando que fiquem ociosos e estudando,

antecipadamente, a melhor aplicação, o tempo e a segurança dos mesmos.

Permite a justaposição entre níveis elevados de caixa e compatibilização de volumes

de investimento geradores de rentabilidade interessante. Análise pormenorizada dos ciclos

operacionais, mormente, com o concurso de uma contabilidade de custos bem

estruturada.Faculta a empresa liquidar seus compromissos de modo a dispor permanentemente

de uma boa política de crédito.

5 –FLUXO DE CAIXA COMO FERRAMENTA DE DECISÃO

5.1 – Tomada de decisão gerencial

O gerenciamento financeiro de pequenas empresas é fundamentalmente diferente do

gerenciamento das grandes, simplesmente porque muitas práticas financeiras das grandes

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empresas não são necessárias para as pequenas. A literatura financeira aponta como preocupações

principais a disponibilidade e o custo de capital, que implicam na dificuldade de aumentar o

capital da empresa e, também, dificuldades na obtenção de financiamento. A despeito de uma

empresa ser grande ou pequena, todo gestor necessita de conhecimento para fazer o processo

de gestão, posto isto, o que se segue serão alguns conceitos importantes para o gestor

empresarial.

Gestão financeira pode ser definida como a gestão dos fluxos Monetários derivados da

atividade operacional da empresa, em termos de suas respectivas ocorrências no tempo

(Arantes,2001) Ela objetiva encontrar o equilíbrio entre o maximização dos retornos dos

proprietários da empresa e a “liquidez”(que se refere à capacidade de a empresa honrar seus

compromissos nos prazos contratados). Isto é, está implícita na necessidade da Gestão

financeira a busca do equilíbrio entre gerar lucros e manter caixa. A gestão financeira está

preocupada com a administração das entradas e saídas de recursos monetários provenientes da

atividade operacional da empresa, ou seja, com a administração do fluxo de disponibilidade

da empresa.

Na administração financeira é comum atribuir-se a algumas áreas distintas como de

investimento de financiamento e de política de dividendos, estes três tipos de decisões tem

como objetivo maximizar o valor da empresa. As decisões financeiras são fundamentadas na

estrutura do capital na microempresa.

De acordo com Andrade (2000, p.2), decisão se define como “um curso de ação

escolhido pela pessoa, como o meio mais efetivo à sua disposição para alcançar os objetivos

procurados, ou seja, para resolver o problema que a incomoda”. Logo, decisão é um processo

que se desenvolve a partir do momento em que foi detectado um problema, o que é feito

através de sintomas de que algo está saindo do estado normal ou planejado.

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No processo de tomada de decisão, é importante ter disponíveis dados, informações e

conhecimentos, mas esses normalmente estão dispersos, fragmentados e armazenados na

cabeça dos indivíduos e sofrem interferência de seus modelos mentais. Nesse momento, a

comunicação e o trabalho em equipe desempenham papéis relevantes para resolver algumas

das dificuldades essenciais no ato de tomada de decisão. Na comunicação dentro da

instituição, pode-se buscar o consenso que permitirá prever a adequação dos planos

individuais de ação em função do convencimento, e não da imposição ou manipulação. Pelo

trabalho em equipe, pode-se obter o maior número de informações e perspectivas de análise

distintas, sendo validada a proposta mais convincente no confronto argumentativo dos demais

(SOUZA,2001).

5.2 – A importância da tomada de decisão gerencial

A importância da tomada de decisão na organização é bastante clara e pode ser

percebida empiricamente em qualquer análise organizacional. E esta relação é tão estreita, que

é impossível pensar a organização sem considerar-se a ocorrência constante do processo

decisório, um dos grandes desafios enfrentados por um administrador, tendo em vista às

atribuições delegadas ao seu gerenciamento, nos seus mais diversos níveis hierárquicos

organizacionais, são essencialmente atividades implicativas a um constante processo de

tomada de decisão e conseqüente resolução de problemas.

A tomada de decisão nas organizações vai exigir cada vez mais trabalhos em equipe e

maior participação das pessoas. O trabalho em equipe coloca em evidência os procedimentos

de diálogo baseados na idéia de que, em uma organização, a comunicação deve ser estimulada

visando ao estabelecimento de um pensamento comum (Angeloni, 2003). O estabelecimento

de um pensamento comum consiste em considerar o ponto de vista de cada um, para que as

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decisões tomadas nas organizações tenham um nível de qualidade superior. O processo

decisório passa então do nível individual para o nível de equipe. A tomada de decisão que

envolve um maior número de pessoas tende a resultados mais qualificados, aumentando o

conhecimento da situação de decisão, amenizando, pela agregação de informações e

conhecimentos, as distorções da visão individualizada.

Decisões tomadas por equipes heterogêneas, compostas por mulheres, homens, jovens,

idosos, tendem a resultados de maior qualidade. Pessoas com pontos de vistas e experiências

diferentes decodificam a situação de decisão também de maneira diferente. Ouvir e tentar

compreender essas visões leva ao aprimoramento das decisões. As decisões tomadas em

equipes tendem a ser mais sólidas que as tomadas individualmente, apesar de, normalmente,

demandarem mais tempo.

O exercício de administrar um negócio, seja ele de pequeno ou grande porte, é uma

tarefa que se apresenta cada dia mais difícil. Os gestores correm riscos cada vez maiores. O

aumento da competitividade, a globalização, a estabilização da nossa economia, o surgimento

de novas tecnologias, clientes mais exigentes quanto a preços e qualidade, cria a necessidade

contínua de reciclar produtos e processos na busca de menores custos, sem perda da

qualidade. Isto força as empresas a se reciclarem e a se organizarem. As que não dão a devida

atenção a todos estes fatores, e a seus setores, principalmente a saúde financeira de seus

negócios, tendem à morte prematura.

Em meio as oportunidades que aparecem no mercado, as empresas e até mesmo as

pessoas necessitam tomar uma decisão, ou seja, escolher entre as alternativas e oportunidades

dos mais variados projetos e investimentos. Segundo Gitman (2001) a tomada de decisão

pode ser feita com uso de técnicas de valor, aqui entram fórmulas que representam o valor do

dinheiro no presente e no futuro, o valor presente líquido, a taxa interna de retorno e o índice

de rentabilidade. Na visão pessoal cabe ao planejador financeiro focar nas técnicas de Valor

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presente e Valor Futuro, pois essas técnicas são usadas, mesmo que inconscientemente pelas

pessoas no cotidiano. Um exemplo é decidir se compra um carro à vista ou a prazo. Para

Gitman (2001, p. 164) “Valor presente (VP) é o dinheiro na mão hoje e o Valor futuro (VF) é

um dinheiro que você vai receber em uma data futura.”

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O atual cenário competitivo exige respostas rápidas e eficazes das organizações. A

identificação antecipada das necessidades ou sobras de caixa transformou o Fluxo de Caixa

num dos mais importantes instrumentos para o gestor financeiro da empresa. Através deste

instrumento de controle e planejamento, podemos vislumbrar como as decisões empresariais

irão se refletir nos resultados da empresa e como o caixa será impactado.

Demonstração dos Fluxos de Caixa tem como finalidade evidenciar a geração ou

consumo do caixa relativo a três atividades operação, financiamento e investimento. É

considerada essencial no estudo da liquidez e da capacidade de Decisões organizacional.

Para o pequeno negócio, o Fluxo de Caixa é ferramenta de grande utilidade pela

facilidade com que poderá ser entendida e elaborada pelo gestor. A utilização do Fluxo de

Caixa permite a empresa planejar seu futuro através do orçamento projetado de caixa,

evitando desencontro entre suas receitas e despesas. De acordo com o que foi discutido no

texto o fluxo de caixa é um instrumento financeiro essencial para a empresa, o qual gera

informações para planejamentos e conhecimentos do que ocorre de fato na empresa , podendo

à administração tomar decisões.

As empresas que adotarem o fluxo de caixa podem facilitar e organizar seus dados em

relação a recebimentos e pagamentos, com melhor equilíbrio entre capital próprio e de

terceiros. Aumentar a rotação dos estoques, negociar junto a fornecedores descontos e prazos

em compras, oferecer benefícios a seus clientes, são medidas que poderão ser adotadas.

Surge desse contexto um novo papel a ser exercido pela contabilidade. Mensurando,

comunicando e constituindo-se em um sistema de informações gerenciais úteis e confiáveis,

respeitando as características específicas das pequenas empresas. Alcançaria, assim,

inicialmente, o singelo objetivo de conduzir o gestor a um maior conhecimento do

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funcionamento do negócio. E posteriormente, à compreensão de conceitos contábeis

complexos como depreciação e provisão.

Propõe-se como instrumento inicial para cumprir esse objetivo a adoção do Fluxo de

Caixa devido a sua facilidade de compreensão, associado que está ao conceito concreto de

disponibilidade financeira, e a sua importância na fase inicial da empresa onde o essencial é

garantir recursos para cumprir com suas obrigações. É capaz ainda de resumir e refletir todas

as atividades da empresa, sejam elas operacionais, econômicas ou financeiras; sejam

relacionadas à administração do capital de giro ou à administração financeira de longo prazo.

Ao final apresenta-se um modelo que objetiva atender as características

apontadas.

Espera-se, assim, ter contribuído no sentido de oferecer às pequenas empresas

alternativas para que possam mensurar os seus negócios de forma adequada.

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