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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE GESTÃO ESTRATÉGICA DA FORÇA DE VENDAS Por: Valmir de Moraes Laine Orientadora Profa. Ana Cristina Guimarães Rio de Janeiro 2005

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

GESTÃO ESTRATÉGICA DA FORÇA DE VENDAS

Por: Valmir de Moraes Laine

Orientadora

Profa. Ana Cristina Guimarães

Rio de Janeiro

2005

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

GESTÃO ESTRATÉGICA DA FORÇA DE VENDAS

Apresentação de monografia à Universidade Candido

Mendes como condição prévia para conclusão do Curso

de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Gestão Estratégica

e de Qualidade.

Por: Valmir de Moraes Laine

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RESUMO

O estudo apresentado nesta pesquisa descreve detalhadamente a importância da

gestão estratégica da força de vendas nas organizações que trabalham em equipe que

buscam resultados expressivos através da eficiência, eficácia e sinergia que será

desenvolvido no estudo aqui citado. Os fatores estudados são de extrema importância

como planejar estratégia da estrutura da força de vendas, a implementação, o tamanho e

automação da força de vendas, também o recrutamento, seleção e treinamento da força

de vendas e por último a remuneração, recompensação, supervisão e avaliação de toda a

estrutura de força de vendas. Essas ferramentas utilizadas de forma eficiente gerarão

uma administração voltada para o lucro empresarial com receitas positivas destacando a

recompensa financeira, social e profissional para todos os integrantes da organização. A

gestão será aberta, participativa e transparente diante de todas as ações mercadológicas

feitas na estrutura piramidal da empresa, que será o assunto focado pela gestão

estratégica da força de vendas.

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METODOLOGIA

A metodologia utilizada nesta pesquisa foi leitura de livros e revistas técnicas de

vendas voltadas para negócios varejistas que trabalham com uma estrutura de vendas

forte, público alvo definido por pesquisas de mercado e objetivos claros, utilizando todas

as ferramentas de gestão como o suporte de informática, sistemas de informações

gerenciais (SIG) e indicadores de desempenho e produtividade (balanced scorecard). A

experiência de mercado no qual trabalho atualmente também foi incluída neste trabalho,

que se trata da estrutura da força de vendas voltada para o alcance das metas e objetivos.

O foco é dado para o trabalho em equipe com sinergia, comunicabilidade,

aproveitamento total do capital humano e intelectual de todos os envolvidos e

comprometidos com a estrutura piramidal da força de vendas da organização, que é o de

manter antigos clientes e conquistar novos, ganhando assim share de mercado.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO- ..........................................................................................6

CAPÍTULO I– Planejando a estratégia e a estrutura da força de vendas......8

CAPÍTULO II– A implementação, o tamanho e a automação da força de

vendas...........................................................................................................15

CAPÍTULO III– Recrutamento, seleção e treinamento da força de vendas....

......................................................................................................................24

CAPÍTULO IV- Remuneração, recompensação, supervisão e avaliação da

força de vendas.............................................................................................35

CONCLUSÃO GERAL...............................................................................42

BIBLIOGRAFIA.........................................................................................45

ÍNDICE........................................................................................................46

FOLHA DE AVALIAÇÃO.........................................................................48

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INTRODUÇÃO

Neste abordarei a gestão da força de vendas, a partir dos procedimentos

estratégicos necessários para gerenciar a força de vendas. A questão que delineia este

trabalho é: Como possuir uma equipe diferenciada e competitiva em força de vendas?

A pergunta em questão visa demonstrar quais os passos importantes que uma gerência

de vendas deve dar para planejar e estruturar a força de vendas e de que maneira pode

realizar essa organização. Será mostrado que para possuir uma eficiente e eficaz equipe

de vendas, a gerência deverá realizar todo um “planejamento estratégico”, iniciando na

estrutura de força de vendas, onde a gerência realiza um planejamento visando realizar o

recrutamento, seleção, treinamento, supervisão e a avaliação da força de vendas,

mostraremos a importância do acompanhamento das metas de vendas da equipe, dos

resultados, assim como a importância do treinamento, comprometimento, persuasão

junto aos clientes e fornecedores. O foco será dado para os diversos recursos

motivacionais (prêmios, bonificações, meritocracia, etc...) como diferenciais para

motivar toda a força de vendas em busca do resultado, sendo assim, o capital intelectual

e humano é o ativo mais importante das organizações que buscam receitas positivas para

almejar o sucesso de toda a equipe de vendas.

O objetivo deste estudo é identificar as principais decisões que uma empresa

deve tomar para realizar de forma eficiente a administração da sua força de vendas. A

solução desejada será o foco em como planejar a estratégia e a estrutura da força de

vendas, a implementação, o tamanho e a sua automação, o recrutamento, seleção e

treinamento da equipe de vendas, as formas de remuneração do pessoal e as suas

recompensas e por fim, a gerência deverá avaliar a força de vendas.

O estudo realiza um levantamento a respeito das principais decisões que uma

empresa deve tomar para administrar a sua força de vendas. A partir deste

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levantamento, traçam-se as etapas importantes para analisar, planejar, implementar e

controlar as atividades do pessoal de vendas de uma organização.

Toda empresa planeja alcançar metas e objetivos que posicionem de forma

satisfatória o seu produto ou serviço no mercado, porém, não são todas que conseguem

atingir esses objetivos. O principal motivo do fracasso de uma empresa, ao não alcançar

as metas é a desorganizada administração da sua força de vendas.

A administração da força de vendas é extremamente importante para a

organização de uma empresa, é ela que cria relacionamentos lucrativos com a empresa.

Numa força de vendas estruturada, os vendedores não estão limitados apenas a

produzir vendas, eles aprendem a produzir satisfação para o cliente e lucro para a

empresa, dá-se assim a delimitação deste estudo.

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CAPÍTULO I – PLANEJANDO A ESTRATÉGIA E A ESTRUTURA

DA FORÇA DE VENDAS

Neste capítulo estuda-se o planejamento estratégico e estrutural da força de

vendas de uma organização. O planejamento estratégico de todos os níveis de uma

empresa deve ser bem integrado e altamente coordenado. Em qualquer organização, o

planejamento deve iniciar-se em alto escalão e dirigir toda a organização. Dessa forma,

as decisões do alto escalão modelam o gerenciamento da estratégia do programa de

marketing em sinergia com a equipe de vendas que por sua vez, determina o rumo

estratégico da administração da força de vendas.

A expressão administrar vendas é usada em diferentes sentidos. Para executar

vendas, por meio da venda pessoal executada por vendedores, há que fazer uma equipe

de profissionais de venda visitar clientes. Isso requer um completo trabalho de

planejamento, organização e administração. Segundo Silva (1990, pág. 171),

basicamente são as seguintes as etapas desse trabalho:

1. Cadastramento de clientes.

2. Avaliação mercadológica de compra e venda desse cadastro.

3. Estimativa da venda possível nesse cadastro para determinado período de

tempo.

4. Classificação dos pontos de visita para venda, consoante as suas

características comerciais, o potencial de compra e venda e condições

administrativas.

5. Cálculo do plano de assistência.

6. Cálculo da equipe de vendas.

7. Estimativa dos custos de vendas para elaboração do orçamento.

8. Definir o esquema de informações gerenciais e o plano estatístico.

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9. Estabelecer o esquema de controles.

10. Organizar o departamento de vendas.

Continua-se demonstrando os caminhos que devem ser traçados por uma

gerência de MKT ou de vendas (responsáveis na decisão da implementação da

estratégia) para escolherem a maneira que será implementada e inserida na organização,

as estratégias para fortalecer as vendas da empresa, utilizando para isso, uma equipe de

vendas estruturada e preparada para colocar em prática os planos traçados, visando

aumentar a lucratividade da empresa e aumentar o seu marketing share no mercado.

1.1 - ESTRUTURA DA FORÇA DE VENDAS

Na estrutura da força de vendas é importante para a empresa determinar como

será distribuída a sua força de vendas, como afirmam Kotler & Armstrong (1997 p. 269)

“a empresa pode decidir as responsabilidades das vendas ao longo de várias linhas”.

Dessa forma, a organização terá uma melhor visão a respeito da divisão da sua equipe,

podendo determinar a sua estrutura, estruturando a sua força de vendas com base na sua

estratégia de mercado, determinando se utilizará uma estrutura de força de vendas por

território, por produto, por cliente ou por uma estrutura complexa.

1.2 – ESTRATÉGIA DA FORÇA DE VENDAS

As estratégias que serão adotadas pelas organizações que trabalharão com a força

de vendas deverão ser claras e bem definidas, com uma gestão aberta e participativa

voltada para motivar a pró-atividade e sinergia da estrutura da força de vendas.

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Depois que o processo de planejamento estratégico de todo o programa de

marketing estiver concluído, o papel de vendas estará inteiramente definido. Isto é, as

metas, estratégias e táticas adotadas pelos gerentes de vendas geralmente são limitadas e

dirigidas pelo plano estratégico de marketing. Spiro (2002, p. 36) apresenta o seguinte

exemplo de planejamento estratégico:

Meta corporativa: Aumentar a participação de mercado dos atuais 8% para 20% em dois

anos.

Estratégia corporativa (meta corporativa): Intensificar os esforços de marketing nos

mercados locais para aumentar o volume de vendas em $ 3 milhões no próximo ano.

Estratégia de marketing (meta da força de vendas): a) penetrar em novos mercados

geográficos e vender para novos tipos de clientes, ou b) atuar de modo mais agressivo

nos mercados geográficos existentes.

Ainda segundo Spiro (2002, p. 36), se a empresa preferir adotar uma estratégia

de marketing (meta da força de vendas) a ou b, haverá uma grande diferença na escolha

das estratégias e táticas da força de vendas. As decisões táticas nas áreas do projeto

organizacional - seleção, treinamento, remuneração, supervisão e avaliação - devem

estar alinhadas com a estratégia de vendas. Esses princípios podem ser assim ilustrados:

A) Estratégia de marketing: penetrar em novos mercados

Estratégia da força de vendas: criar relações duráveis com os clientes

Táticas da força de vendas e na supervisão: l) enfatizar as vendas missionárias no

treinamento de vendas; 2) enfatizar o elemento salarial no plano de remuneração.

B) Estratégia de marketing: vender de forma agressiva nos mercados atuais

Estratégia da força de vendas: aumentar a motivação da força de vendas

Táticas da força de vendas: 1) realizar mais concursos de vendas

2) enfatizar comissões no plano de pagamento

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3) aumentar a supervisão externa

Em muitas empresas o planejamento estratégico da força de vendas atinge muitos

níveis da hierarquia organizacional. Isto é, as metas e estratégias da força de venda são

estabelecidas para divisões regionais de vendas, e mesmo para vendedores individuais

ou clientes importantes.

1.3 - ESTRUTURA DA FORÇA DE VENDAS POR TERRITÓRIO

A força de vendas estruturada por território direciona o vendedor para uma

determinada região, determinando que o profissional será responsável pelas vendas da

empresa naquela área delimitada, o vendedor será responsável por todos os assuntos

ligados aos produtos ou serviços oferecidos aos clientes, responsabilizando-se pela

venda e conseqüentemente a pós-venda, tendo mais facilidade para criar

relacionamentos lucrativos. A força de vendas, sendo estruturada geograficamente,

diminui as despesas com viagens do vendedor, pois o mesmo, estrategicamente, quando

direcionado, é posicionado num ponto que possa atingir todos os seus objetivos, ou seja,

estará sempre próximo de todos o seu cliente. Com isso, além de vender os produtos,

estará vendendo também serviços, demonstrando aos clientes, a existência de eficiência,

eficácia e qualidade no atendimento, gerando com isso, mais vendas para sua

organização e conseqüentemente o firmamento da parceira cliente/fornecedor.

1.4 - ESTRUTURA DA FORÇA DE VENDAS POR PRODUTO

A estrutura por produto tem como finalidade principal, direcionar seus

vendedores para clientes responsáveis pela demanda de determinadas linhas de produtos.

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Neste caso o vendedor terá de conhecer tecnicamente o que está vendendo, pois ele

atenderá a um determinado cliente, que utiliza produtos ou serviços complexos, ou seja,

a utilização ou compra de diversos produtos da empresa.

A vantagem da estrutura por produto é que os vendedores são preparados

especificamente para venderem uma determinada linha de produtos, possuem completo

entendimento a respeito de todas as informações do produto, oferecendo aos clientes um

atendimento especializado conforme afirmam Churchill & Peter (2000, p. 519), “tal

estrutura oferece vantagens quando a força de vendas precisa possuir conhecimento

técnico específico sobre os produtos”.

1.5 - ESTRUTURA DA FORÇA DE VENDAS POR CLIENTE

Nessa estrutura, a organização cria força de vendas voltada para o atendimento

apenas de um determinado cliente, ou seja, são designados a vender produtos ou serviços

para um cliente forte, conforme afirmam Churchill & Peter (2000, p. 519), “a estrutura

por cliente, por sua vez, designa um vendedor ou uma equipe de vendas para atender um

único cliente ou setor”.

Estruturar a força de vendas para o cliente, ajuda a criar um melhor

relacionamento, aproximando o fornecedor do cliente, pois o vendedor estará sempre

voltado a atender as necessidades do seu cliente, conforme cita Kotler & Armstrong

(1997, p. 269) “organizar a força de vendas em torno dos clientes pode ajudar a empresa

a concentrar-se mais neles e a construir relacionamentos mais próximos com clientes

importantes”.

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1.6 - ESTRUTURAS COMPLEXAS DA FORÇA DE VENDAS

Estrutura voltada para empresas que possuem uma vultuosa e ampla gama de

produtos, conforme afirmam Kotler & Armstrong (1997, p. 269) “quando uma empresa

vende uma ampla variedade de produtos para vários tipos de clientes em uma área

geográfica muito extensa”.

Nesta estrutura, a empresa poderá utilizar qualquer uma das estruturas citadas

anteriormente, poderão ser capacitados para atender os clientes por território, por

produto ou por cliente. É considerada como uma estrutura de força de vendas preparada

para atender a todos os clientes da organização, buscando satisfaze-los de forma

eficiente e eficaz.

Com as informações citadas anteriormente, podemos concluir o quanto é

importante para uma organização, a implementação da estratégia e da estrutura da força

de vendas. É partindo da estrutura, que a empresa decidirá o rumo da sua equipe de

vendas, como ela será incorporada na organização e como será designada para satisfazer

as necessidades dos clientes. A gerência deverá decidir de acordo com as atividades,

com os produtos e a sua demanda, qual estrutura será adotada de forma a vender os seus

produtos, fortalecê-los no mercado e posicionar a empresa satisfatoriamente no mercado.

As empresas deverão dar importância a estruturação do seu pessoal responsável

pela sobrevivência da empresa, elas sabem o quanto é importante vender os seus

produtos e serviços, mais não conseguem descobrir o motivo do fracasso que muitas

vezes acontece. As organizações devem buscar realizar uma implementação de uma

estrutura de vendas que possa determinar as formas e maneiras que o pessoal de vendas

deverá adotar para alcançar um melhor posicionamento da organização no mercado.

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Escolher de forma correta a estrutura a utilizar na empresa é muito importante

para garantir o conhecimento de cada cliente, tanto pela estrutura por território, por

produto, como pela estrutura por cliente, a estratégia deve ser traçada de maneira a

atingir um melhor relacionamento com os seus clientes, procurando não apenas vender

os produtos, mais também oferecer um eficiente atendimento pós-venda.

Os aspectos abordados neste capítulo mostram o início de uma estruturação da

força de vendas de uma organização, demonstra que é necessário organizar e gerir a

equipe para que os mesmos possam vender produtos, gerar receitas, criar parcerias e

conquistar a confiança dos clientes da organização.

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CAPÍTULO II – A IMPLEMENTAÇÃO, O TAMANHO E A

AUTOMAÇÃO DA FORÇA DE VENDAS

No capítulo anterior ressaltei que é imprescindível que uma empresa trace a

estrutura da sua força de vendas. Além disso, é importante para a organização a

implementação da força de vendas, ou seja, a execução de um plano estratégico

altamente elaborado pela estrutura piramidal da organização determinando a

implementação do sistema, o seu tamanho e com quais ferramentas serão utilizadas por

esta gestão. A empresa determina a departamentalização e a divisão da força de vendas

em externa e interna focando a importância de cada uma, com uma gestão aberta e

participativa de modo que todos os envolvidos trabalhem com flexibilidade e tenham

uma visão holística de toda a estrutura.

Os recursos que serão utilizados e implementados pela organização para gerarem

receitas e aumento nas vendas terão o comprometimento e treinamento adequado para

toda a equipe em busca dos objetivos. Um recurso importantíssimo para a organização

que vive através da força de vendas é um cadastro de clientes bem elaborado.

O cadastro para vendas consubstancia o de crédito e amplia as informações

necessárias à elaboração de um plano de assistência e da estimativa do potencial de

vendas.

Além da lista de sócios, dirigentes, acionistas, do capital registrado e de giro,

patrimônio imobilizado etc..., teremos de possuir mais as seguintes informações,

conforme cita Silva (1990, pág. 172):

1. Que tipo de comércio é o do cliente? É atacadista, distribuidor ou varejista?

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2. Que tipo de indústria é o cliente? Produtora, transformadora ou montadora? Produz

para estoque ou sob encomenda?

3. Se for varejo, qual a área de vendas, ou o número de balconistas que tem? Se for

atacado, quantos balconistas têm? Se for distribuidor, quantos vendedores têm; quantos

veículos têm?

4 .Tratando-se de uma cadeia de lojas, de atacado ou varejo, o ponto de vista é:

4.1- Escritório de compras.

4.2- Sendo escritório, compra para depósito central ou por loja.

4.3- Sendo uma das lojas, compra individualmente, ou é somente ponto e visita para

análise e merchandising.

5. Se for indústria qual a capacidade de produção dos produtos para os quais me

proponho fornecer matéria-prima, peças, ferramentas, etc...?

6. Quais as capacidades de estocagem existentes no cliente?

7. Usa depósitos por unidade ou depósito central?

8. Como comercializa os seus produtos; e o de terceiros? Vende à vista ou a prazo, ou

financiado? Entrega a mercadoria ou despacha?

9. Quem são os seus clientes ou consumidores, quais os potenciais econômicos ou

classificação sócio-econômica dos clientes e consumidores?

10. Tem sazonalidades acentuadas? Quais e por quê?

11. Apóia a sua comercialização com propaganda e promoção?

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12. O mercado em que atua é expandido, em expansão ou não expandido?

13. Qual o grau de concorrência que vamos enfrentar, suas características,

potencialidade, política e agressividade?

14. Qual o grau de concorrência que nossos clientes enfrentam? Onde? Como?

15. Qual a localização do escritório de compra? De fácil ou difícil acesso?

16. Os depósitos são bem ou mal localizados em termos de acesso e trânsito?

17. A recepção de mercadoria é rápida ou demorada?

18. A identificação e atendimento de compra e entrega é rápida, morosa, simples ou

complexa?

19. A compra é técnica, comercial, especulativa, racional ou mista?

20. A negociação é lógica ou por pressão?

Certamente ainda se podem acrescentar uma série de itens a esta já longa lista. O

fundamental é que a ficha cadastral de vendas seja mais rica de detalhes possível, por

vezes até pessoais, pois maiores serão as chances de um plano de campo perfeito, de

uma estimativa de vendas ajustada às necessidades.

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2.1 – A IMPLEMENTAÇÃO DA FORÇA DE VENDAS

Para que a força de vendas possa ser qualificada e competitiva para sobreviver no

mercado, deverão ser implementadas estratégias para aumentar as vendas da empresa

usando tecnologias avançadas que agregarão valores para toda a equipe. A distribuição

da equipe será interna ou externa, isto não quer dizer que serão equipes distintas, a

equipe fará um trabalho onde a força interna dará apoio à força externa facilitando o

desempenho desta última no atendimento a grandes contas conforme afirmam Kotler e

Armstrong (1999, p. 367).

A força de vendas interna poupa tempo para os vendedores externos, a fim de

que eles vendam para grandes contas, mantenham os clientes antigos e busquem novos

clientes potenciais importantes expandindo assim sua clientela.

Dependendo da complexidade do produto e do cliente, o profissional de

telemarketing pode fazer de vinte a trinta e três contatos por dia, em comparação com

uma média de quatro contatos que um vendedor externo pode fazer. E para muitos tipos

de produtos e situações de vendas o telemarketing pode ser tão eficiente quanto uma

visita pessoal e ainda menos oneroso.

A comunicação clara e transparente junto à implementação da força de vendas é

vital para as organizações que sobrevivem das vendas, para que as mesmas não cheguem

com falhas junto ao receptador.

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2.2 – O TAMANHO DA FORÇA DE VENDAS

A gerência de vendas é responsável pela organização, estrutura,

comprometimento e motivação de toda a equipe de vendas, englobando todas as funções

ligadas à rede, uma de suas ligações e responsabilidades é determinar o tamanho da área

de atuação da equipe e a distribuição dos produtos, estudando os canais de recepção

junto aos clientes, público alvo e clientes em potencial, determinando o tamanho da

força de vendas para atuar em territórios. Segundo Rogers (1993, p. 15) “é preciso

decidir quantos vendedores serão necessários para atender a todas as contas atuais e para

abrir contas novas em linha com os objetivos de lucro”.

A importância é dada para que a equipe possa definir as necessidades do cliente e

saber atende-las de modo eficiente e eficaz, para determinar a quantidade de vendedores

para a empresa, o gerente de vendas deverá considerar alguns fatores:

X Tamanho do território

X Densidade dos clientes

X Aceitabilidade de produtos e serviços

X Número de clientes em potencial

X Tipos de produtos e suas aplicações

X Tempo necessário para cada visita

X Acompanhamento da venda semanal, mensal, semestral e anual.

X Freqüência da compra

X Serviço necessário ao cliente

X Meio de transporte dos vendedores

X Forças competitivas

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Considerando estes fatores, e dando uma maior atenção para a determinação do

tamanho da força de vendas, a gerência de vendas poderá partir para os cálculos a fim de

descobrir as quantidades necessárias para suprir determinado território de desejos e

expectativas dos clientes.

2.3 – A AUTOMAÇÃO DA FORÇA DE VENDAS

Atualmente, muitas empresas estão investindo na automação da força de vendas,

toda a organização de vendas precisa ter um processo de vendas específico e adequado

para gerir as suas oportunidades de vendas. Com ele a força de vendas focará melhor

seu esforço para buscar vendas lucrativas, evitando o desperdício de tempo e recursos.

Na automação da força de vendas será desenvolvido e implementado o processo de

vendas específico e adequado para a empresa, que permitirá uma melhor gestão de

negócios, aumentando a efetividade das atividades de vendas, previsões mais precisas e

confiáveis, avaliações de oportunidades de vendas mais objetivas e exatas e um melhor

gerenciamento do tempo e recursos de vendas.

O acesso fácil e rápido às informações é feito através do sistema de informações

gerenciais automatizados, que utilizam tecnologias de informática e telecomunicações,

dando suporte à sua força de vendas, ajudando a tomar decisões eficientes e eficazes

quanto à área de sua atuação.

A automação da equipe foi concebida para dar maior dinâmica no processo de

vendas, possuindo uma série de funcionalidades que compreende todo o ciclo entre

vendedores e clientes:

X Negociação

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X Venda

X Pós-venda

X Acompanhamento do resultado junto aos clientes

2.4 – AS MELHORIAS ALCANÇADAS COM A AUTOMAÇÃO DA

FORÇA DE VENDAS

1. O produto (equipamento utilizado pelos vendedores), permite que a equipe do call

center elabore, administre e envie a agenda de compromissos (contatos e visitas) dos

vendedores e receba o resultado dos mesmos. Desta forma, propicia a otimização

do ciclo de contatos com os clientes, através do controle efetivo do feedback entre

organização e vendedor.

2. Equipe de vendedores em campo. Poderá registrar no sistema todo o resultado de

todos os contatos comerciais estabelecidos com os clientes, esta informação poderá

ser transmitida ao call center que passará, desta forma, a ter um maior conhecimento

e controle sobre os clientes que geralmente ficam centralizados na rede de

representantes.

3. A equipe em campo poderá também cadastrar um cliente remotamente. Uma vez

cadastrado, a organização restringirá através do sistema quais as informações sobre

o cliente que a equipe de vendas em campo poderá consultar ou alterar.

4. A solução possibilita que a equipe de vendas em campo faça a implementação

remota de pedidos (via internet) diretamente no sistema corporativo da organização.

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O processo é bastante simplificado e funcional tanto para o representante como para

a organização.

5. A solução disponibiliza um filtro dinâmico, funcional e de alta performance que

permite à equipe de vendas consultar quaisquer informações referentes a: pedidos

(faturados parcialmente, faturados, cancelados e etc...), tabela de preços e formas de

pagamento (notas fiscais, informações sobre notas e itens referentes aos pedidos),

títulos (posição do título, títulos em aberto, títulos baixados e etc...), clientes

(informações cadastrais dos clientes).

A solução de mobilidade através de computadores portáteis, capaz de agilizar o

atendimento e reduzir custos com telefonia, além de diminuir a incidência de erros na

digitação dos pedidos, feita internamente. É interessante também, pois através da

automação da força de vendas durante as negociações, os representantes ou vendedores

possuem na palma da mão, todas as informações de que necessitam, como código dos

produtos, estoque disponível, prazo previsto de entrega e também o perfil e histórico de

cada cliente como hábitos de compra e eventuais débitos pendentes. Além disso, toda a

comunicação entre vendedores e a gerência é feita por meio digital, onde dados são

filtrados e encaminhados diretamente para o sistema da empresa.

O atendimento ao cliente pode ser testado com mais qualificação, a solução ajuda

muito na hora da negociação. O canal para a ação do vendedor, que tem mais condições

de preparar, planejar e executar uma venda e fazer o seu acompanhamento.

Enfim, neste capítulo descobrimos que a gerência da força de vendas possui uma

grande responsabilidade em relação às pessoas envolvidas nas venda da organização, é

preciso preparar uma equipe comprometida com formação acadêmica e qualificada para

atender aos pedidos dos clientes de forma inteligente e eficiente. A fase de

implementação é importante para a empresa, pois é nela que o gerente determinará

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como serão divididas a força de vendas, sendo assim a importância da quantidade de

vendedores para cada setor ou território e atualmente a atenção voltada para a equipe.

A união destes três tópicos com certeza sendo implementado em qualquer

organização fará com que ela alcance sem dúvida grande objetivo e trará grandes

índices de retorno de investimento, share de mercado e sobrevivendo em um ambiente

de competitividade e diversidade que só os fortes se manterão na liderança.

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CAPÍTULO III – RECRUTAMENTO, SELEÇÃO E TREINAMENTO

DA FORÇA DE VENDAS

Será estudado neste capítulo um dos pontos principais para uma organização

possuir uma força de vendas equilibrada, além das características já anteriormente

citadas, é necessário que a empresa esteja capacitada através dos gerentes de força de

vendas, para recrutar, selecionar e treinar o pessoal de vendas.

Neste capítulo veremos que não basta para a empresa estruturar a força de vendas

e distribuí-la para alcançar um bom desempenho nas atividades da sua equipe de vendas,

se não foram recrutados bons vendedores, preparados para o exercício das suas

atividades.

3.1 – RECRUTAMENTO DA FORÇA DE VENDAS

Recrutamento é um conjunto de técnicas e procedimentos que visa atrair

candidatos potencialmente qualificados e capazes de ocupar cargos dentro da

organização. É basicamente um sistema de informação através do qual a organização

divulga e oferece ao mercado de recursos humanos as oportunidades de emprego que

pretende preencher.

Para ser eficaz, o recrutamento deve atrair um contingente de candidatos

suficiente para abastecer adequadamente o processo de seleção. A função do

recrutamento é a de suprir a seleção de pessoal de matéria-prima básica (candidatos)

para seu funcionamento adequado, conforme afirmação de Semenik & Bamossy (1955,

p. 518) “a viabilidade do serviço de recrutamento depende da identificação de fontes de

candidatos qualificados e do uso de técnicas efetivas de seleção e avaliação”.

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Os indivíduos e as organizações estão engajados em um contínuo e interativo

processo de atrair uns aos outros. Da mesma forma como os indivíduos atraem e

selecionam as organizações, informando-se e formando opiniões a respeito delas, as

organizações procuram atrair indivíduos e obter informações a respeito deles para

decidir sobre o interesse de admiti-los ou não. Do ponto de vista da organização, o

processo de atração e escolha não é simples.

Para uma organização, é importante possuir uma boa equipe de vendas, pois é

uma das equipes responsáveis pelo bom desempenho da organização, entretanto, não

basta para a empresa a existência de uma força de vendas, é necessário que a mesma

tenha sido recrutada de forma substancial, pois o recrutamento é um dos principais

pontos de partida para uma eficiente formação de uma equipe de vendas, conforme

citam Kotler & Armstrong (1999, p.367) “O ponto chave de qualquer operação bem

sucedida da força de vendas é o recrutamento e a seleção de bons vendedores. A

diferença de desempenho entre um vendedor médio e um vendedor de primeira linha

pode ser substancial”.

A princípio, quando se pensa em recrutar vendedores, os gerentes de vendas

deverão traçar os critérios para a seleção de cada profissional, ou seja, deverá possuir a

descrição das funções que serão exercidas e os perfis das qualificações, segundo as

afirmações de Semenik & Bamossy (1995, p. 518).

Descrições de funções e perfis de qualificações bem redigidos servem de base

para a gerência definir o tipo e a quantidade de vendedores necessários. A essa altura, a

empresa pode dar início ao recrutamento do pessoal desejado.

Um aspecto importante da seleção é constituir um processo contínuo. A empresa

deve procurar pessoal qualificado numa base regular para ter sempre disponível uma

carteira de candidatos qualificados. Aquela que só começa a recrutar quando tem

necessidade imediata pode incorrer no risco de aceitar pessoal não-qualificado ou não

apropriado.

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Na definição das funções para o recrutamento, a gerência deverá especificar

quais serão. “A descrição de funções identificará todas as tarefas a serem

desempenhadas pelo pessoal de vendas”, conforme citam Semenik & Bamossy (1995,

p. 517).

As tarefas incluídas numa descrição de funções traduzem-se diretamente em

qualificações do pessoal a ser selecionado. Tipos bastante diferentes de pessoal são

necessários em função dos variados tipos de requisitos. Cargos de vendas altamente

técnicas requerem pessoal com grande preparo técnico, por outro lado, nas áreas de

produtos não-técnicos dá-se a preferência a pessoal com experiência ou formação em

Marketing ou Comunicação.

Após a análise e determinação das funções e qualificações para o vendedor a ser

selecionado, a gerência deverá iniciar o processo de busca nas fontes de recrutamento de

vendedores que são os campos onde a gerência de vendas deverá buscar os profissionais

desejados.

3.2 – FONTES DE RECRUTAMENTO

Grandes quantidades de empresas utilizam diversas fontes para recrutar os

vendedores, é importante para a organização determinar qual será a sua melhor fonte de

recrutamento, deverá ter conhecimentos específicos para realizar uma comparação entre

o perfil desejado e as fontes disponíveis, terá que decidir qual será a melhor fonte para

recrutamento: referências, de dentro da empresa, outras empresas (concorrentes, clientes,

não-concorrentes), instituições de ensino, anúncio, agência de empregos, banco de dados

computadorizados, candidatos voluntários, trabalhadores em tempo parcial, conforme

afirmam Staken & Spiro (2000, p. 115).

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Referências – o candidato é recomendado por um funcionário da empresa e muitas vezes

por um vendedor que já possui conhecimento sobre as organizações, dessa maneira,

consegue reconhecer em outra pessoa o perfil desejado pela organização.

De dentro da empresa – é um recrutamento realizado na própria empresa, onde os

gerentes procuram analisar os funcionários de outras áreas, normalmente, para recrutar

um vendedor as grandes empresas procuram os profissionais, neste caso, nas áreas de

produção ou até mesmo nos seus escritórios. Isso ocasiona um melhor desempenho da

pessoa ao ser transferida para área de vendas, pois consideram isso como uma

promoção.

Outras empresas – concorrentes, clientes, não-concorrentes – é uma ótima fonte de

recrutamento, pois na maioria das vezes, os profissionais que atuam tanto nos clientes,

como nos concorrentes, já possuem uma experiência com os produtos, o que facilitaria

um bom desempenho na empresa.

Instituições de ensino – recrutamento realizado em faculdades, onde o gerente de

recrutamento busca encontrar um estudante que possua o perfil para o cargo. Em alguns

casos eles são recrutados inicialmente para realizarem estágios na organização e a partir

daí serão efetivados.

Anúncios – são os recrutamentos realizados através de anúncios em jornais, revistas

especializadas e atualmente na internet.

Agências de empregos – é um recrutamento mais facilitado, pois o trabalho de recrutar o

profissional conforme as funções e qualificações, passa a ser de responsabilidade da

agência, entretanto tem um certo custo oneroso.

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Banco de dados computadorizado – é um serviço de busca de profissionais realizada

com o auxílio do computador. Atualmente muitas empresas utilizam a internet para

recrutarem esses profissionais através de sites cadastram empregados e repassam para os

empregadores.

Candidatos voluntários – é um recrutamento que dá valor á autoconfiança e auto-

suficiência de profissionais que se lançam no mercado expressando sua vontade em

trabalhar na empresa de forma espontânea.

Trabalhadores em tempo parcial – são pessoas que trabalham de maneira parcial, ou

seja, que não possuem vínculo direto com a empresa, normalmente formada por

estudantes e donas de casa.

3.3 – SELEÇÃO DA FORÇA DE VENDAS

Para as organizações selecionar um vendedor é uma tarefa difícil, pois este

profissional não é encontrado através de comportamentos ou características básicas que

possam ser percebidas de imediato. Há muitos casos de vendedores eficientes que não

apresentam características de uma pessoa ágil, agressiva e cheia de energia, muito pelo

contrário, muitos deles são tímidos, tranqüilos e calmos. Se pudéssemos encontrar um

bom vendedor apenas através das suas características básicas, de fato, as organizações

diminuiriam enormemente os custos com recrutamento e seleção.

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3.4 – CARACTERÍSTICAS DE UM BOM VENDEDOR

Um vendedor ou uma equipe de vendas deve possuir diversos conhecimentos a

respeito da sua organização, bem como alguns requisitos básicos, a saber:

• Trabalho individual

• Entusiasmo, empatia (a habilidade para sentir como o cliente sente e estar

disposto a surpreender seus clientes).

]

• Demonstrar entendimento pelas necessidades, desejos e expectativas de seus

clientes e demonstrar o processo que serão satisfeitas/encantamento.

• Concretizar seus objetivos de venda ( quantitativos/ qualitativos )

• Conhecimento do produto/serviço

• Transformar as características e atributos dos produtos/serviços em benefícios e

vantagens a serem percebidas e agregadas como valor na negociação

• Técnicas de vendas e persuasão

• Entender e registrar o comportamento de reações lógicas e emocionais

• Fazer e dizer coisas que reduzam o risco de uma recusa

• Utilizar técnicas de venda e de persuasão com ética e responsabilidade social

• Facilitar os objetivos de venda

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3.5 – ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

• Estabelecer classificação de cliente

• Planejar suas visitas antecipadamente

• Melhorar visitas futuras (analisando experiências anteriores)

• Elaborar relatórios de visitas com base nos registros do seu dia a dia

3.6 – O TRABALHO EM EQUIPE

É preciso que toda a equipe trabalhe em sinergia com comprometimento total na

busca de resultados, com gestão aberta e participativa, comunicabilidade, feedback

contínua dos problemas assim como:

• Autoconhecimento e domínio de seus instintos e impulsos na relação

intrapessoal.

• Maturidade nas relações interpessoais.

• Entender como a sua parte encaixa nas demais partes do processo de vendas.

• Reconhecer prontamente a missão da organização e como você contribuiu para a

realização da mesma.

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• Estar sempre disposto a ouvir e aceitar críticas fazendo disso uma forma de

crescimento pessoal e profissional.

• Estar disposto a comunicar e contribuir com o processo de melhoria contínua das

vendas, assim como, share de mercado, receitas, sem utilizar sarcasmos ou ironias.

3.7 – SÍNTESE DAS TAREFAS DO VENDEDOR (OBJETIVOS DA

FORÇA DE VENDAS)

1. Sondagem (prospecção) – coleta, processamento, organização, armazenamento.

2. Comunicação e relacionamento.

3. Ato da venda (demais canais utilizados pela organização).

4. Serviço (atendimento, suporte, manutenção, pesquisa de satisfação).

5. Coleta de informações permanentemente (sobre o cliente e/ou o cliente dos meus

clientes).

6. Distribuição/logística (alocação e organização de seus produtos nos PDV).

3.8 – OBRIGAÇÕES/DEVERES DE UMA EQUIPE DE VENDAS

1. Saber trabalhar em equipe

2. Conhecer seus produtos e serviços

3. Conhecer sua empresa e identificar-se com ela

4. Conhecer características dos clientes, de consumo, da concorrência e dos fatores

ambientais.

5. Planejar entrevistas de vendas eficientes e eficazes

6. Conhecer os procedimentos de compra

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7. Conhecer suas responsabilidades (preenchimento de relatórios, formulários,

pedidos, etc...).

8. Conhecer sua região, seu território ou sua zona.

9. Ser orientado para cumprir roteiros, quotas e metas (pessoais e organizacionais).

10. Administrar seu tempo

A seleção bem elaborada é um dos pontos principais na contratação de um novo

vendedor, conforme afirmam Stanton & Spiro (2000, p. 137).

Treinamento da força de vendas é uma continuidade do recrutamento e seleção,

não basta apenas realizar a contratação de um vendedor é extremamente importante, que

a organização crie um programa de treinamento para o seu pessoal, conforme afirmam

Stanton & Spiro ( 2000, p. 181).

O programa de treinamento é um elo vital do processo de conversão de um

candidato em um vendedor eficiente. O dinheiro gasto do recrutamento e na seleção de

vendedores poderá ser jogado fora se a seleção não for acompanhada por programas de

treinamento apropriados. Além disso, vendedores experientes correm risco de não

evoluir e mesmo de não conseguir manter a produtividade caso não recebam um

treinamento contínuo e adequado.

As grandes organizações estão percebendo a necessidade de possuírem uma

equipe altamente capacitada, treinada para alcançar objetivos e metas, mas

principalmente para construírem valores de relacionamento com os clientes, os

vendedores quando treinados de forma a construir parcerias, proporcionam para a

organização um melhor e maior envolvimento com os clientes.

É uma grande responsabilidade para a administração da força de vendas, a

manutenção de programas de treinamento da área de vendas. O treinamento não deve

ser dado apenas no momento da montagem de uma equipe de vendas ou na contratação

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de um novo vendedor, ele deve ser uma continuidade, ou seja, é imprescindível que uma

organização mantenha sempre os seus vendedores atualizados no mercado, para que

possam manter os clientes existentes e conquistar novos.

“Os programas de treinamento tem vários objetivos. Para os

vendedores conhecerem a empresa e se identificarem com ela, a

maioria dos programas começa descrevendo a história e os

objetivos da empresa, sua organização, estrutura financeira e

instalações e seus produtos e mercados básicos. Para

conhecerem os da empresa, os treinandos aprendem como os

produtos são fabricados e funcionam. Para conhecerem as

características dos clientes e dos concorrentes, eles aprendem as

estratégias dos concorrentes e os diversos tipos de clientes e

suas necessidades, motivos e hábitos de compras. Para saberem

como fazer apresentações eficientes são treinados nos princípios

de vendas. Finalmente, para os vendedores compreenderem os

procedimentos e as responsabilidades na área, aprendem a

dividir o tempo entre clientes ativos e potenciais, como usar uma

conta da empresa, preparar relatórios e encaminhar

comunicações de forma eficiente”. KOTLER & ARMSTRONG

(1999, p. 369)

Neste capítulo aprendemos o quanto é importante na administração da força de

vendas, a realização do recrutamento, seleção e do treinamento da equipe. Foram

demonstrados os passos importantes para se realizar a contratação de um vendedor e a

formação de uma força de vendas eficiente e eficaz. A organização séria e

comprometida com os funcionários precisa ter total preocupação com a sua equipe, se

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quer formá-la, faça um planejamento, trace os objetivos, as funções e as qualificações

que os vendedores deverão possuir.

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CAPÍTULO IV – REMUNERAÇÃO, RECOMPENSAÇÃO,

SUPERVISÃO E AVALIAÇÃO DA FORÇA DE VENDAS

Demonstrarei neste capítulo como deve ser remunerada ou recompensada,

supervisionada e avaliada a força de vendas de uma organização. Assim como os

assuntos dos capítulos anteriores são importantes para a empresa, os assuntos abordados

neste capítulo também, são responsáveis pela motivação e a permanência do profissional

na empresa. Em primeiro lugar, mostraremos o que deve fazer a gerência da força de

vendas para supervisionar e avaliar o desempenho da força.

4.1 – REMUNERAÇÃO/RECOMPENSAS

Os vendedores são responsáveis pela geração de receitas na organização,

entretanto, ao mesmo tempo eles são geradores de despesas, ou seja, quanto mais

vendem maiores são os custos e é partindo desse princípio, que a remuneração e a

recompensa torna-se um estimulante para os vendedores.

“O plano de compensação da força de vendas pode ser definida

tanto para motivar os vendedores quanto para orientar suas

atividades. Por exemplo, se a gerência de vendas quiser que os

vendedores enfatizem o desenvolvimento de novas contas,

poderá pagar um bônus a cada nova conta”. KOTLER &

ARMSTRONG (1999, p. 370)

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Um plano de recompensa ou de compensação bem sucedido se elabora e se

aplica para ajudar a administração a alcançar os quatro objetivos citados abaixo:

1. Assegurar um serviço equilibrado de vendas passando pela abertura de novas

contas, por novas aplicações, por novas introduções do produto e atividades essenciais

ao fortalecimento da posição da empresa no mercado.

2. Proporcionar atraente nível de renda a vendedores novos, de modo que haja

adequada matéria prima para criar a espécie de organização necessária para alcançar os

objetivos de marketing.

3. Proporcionar uma oportunidade de rendimentos especialmente atraentes para

vendedores de carreira, de sorte que se crie um quadro de homens altamente capacitados,

treinados e motivados para servir como auge do esforço mercadológico.

4. Fazer clara distinção nas remunerações para vendedores medianos e excelentes.

4.2 – OS TIPOS DE REMUNERAÇÃO/RECOMPENSAÇÃO

É evidente que apenas a remuneração não se torna um agente de motivação.

Existem recompensas simbólicas, sociais e financeiras, todas são importantes, mas a que

realmente faz diferença é aquela que mexe com o bolso e o ego do funcionário, como

promoção de cargos e salários, status e poder de delegar tarefas que são obtidos quando

se tem um cargo que gere recompensa, admiração e confiança perante todos da estrutura

da força de vendas.

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“A remuneração constitui em si um fator motivador, mas a

questão da motivação é muito mais complexa do que a mera

compensação monetária. O nível de satisfação e o senso de

realização pessoal que as pessoas sentem no desempenho de

suas tarefas, também são fatores motivadores importantes”.

SEMENIK & BAMOSSY (1995 p. 522).

A remuneração de um vendedor pode ser composta pelas formas tradicionais de

compensação, segundo Cobra (1992, p. 522) as formas tradicionais de um vendedor são:

• Salário fixo

• Comissão

• Sistemas mistos

Salário fixo – o vendedor recebe um determinado salário, mesmo que não realize vendas

no período estipulado.

Comissão – o vendedor recebe a percentagem, que normalmente gira em torno de 5% a

10% , calculados sobre o valor da venda no período.

Sistema misto – é o sistema de remuneração que engloba uma parte fixa e uma variável,

ou seja, uma base de salário fixo como garantia mínima a ser obtido pelo vendedor em

sua área.

A remuneração da equipe e estrutura da força de vendas é na maioria das

organizações feita por um salário fixo, acrescido por um indicador de produtividade ou

comissão, conforme descrito acima, que faz a equipe tentar sempre vender mais.

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Também existem benefícios como participação nos lucros da organização e

prêmios, que são definidos a partir dos resultados (PPR) obtidos pela equipe de vendas.

Estes benefícios em geral são anuais e seu cálculo pode chegar até dois salários fixos

que cada funcionário recebe mensalmente.

Outros programas diferenciais de recompensas nas empresas são: bônus, top

premiuns, brindes, viagens e até pagamentos de cursos e MBAs.

Está comprovado que o elemento motivador número um é a recompensa

financeira, esta age como elemento importantíssimo para toda a equipe, e a alta

administração das organizações sabe disto e sempre está inovando nas remunerações e

prêmios para manter todos comprometidos com a lucratividade da organização.

Todos esses elementos são recompensas que motivam diretamente todo

funcionário de qualquer organização em qualquer segmento de mercado. Enfim, a

recompensa e qualidade de vida no trabalho andam em sinergia total para motivar

continuamente todos os envolvidos.

4.3 – SUPERVISIONANDO A FORÇA DE VENDAS

Uma equipe de vendas precisa não só de território, remuneração e treinamento,

mais também de supervisão. “Através da supervisão, a empresa orienta e motiva a força

de vendas para executar um trabalho melhor”, conforme citam Kotler & Armstrong

(1999, p. 371).

A função da força de vendas é realizar a operação e o controle do dia a dia da

força de vendas. Mais exatamente refere-se apenas aos relacionamentos diretos de

trabalho entre vendedores e supervisores.

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Segundo Stanton & Spiro ( 2000, p. 291 ) “ o grau e a natureza da supervisão

sobre as forças de vendas fazem parte do plano estratégico de marketing da empresa”.

4.4 – AVALIAÇÃO DA FORÇA DE VENDAS

Como o próprio nome diz esta ferramenta é utilizada para avaliar os funcionários

de uma organização se estão atendendo as necessidades e seguindo os procedimentos de

trabalhos para ele exerça bem a sua função, assim também acontece com os vendedores.

“Já descrevemos como a administração comunica o que os

vendedores devem fazer e como os motiva a fazê-lo. Esse

processo requer um bom feedback, o que significa obter

informações regulares dos vendedores a fim de avaliar seu

desempenho”. KOTLER & ARMSTRONG (1999, p. 373)

A avaliação da força de vendas trabalha no intuito de medir a freqüência com que

o funcionário comparece ao trabalho, o seu conhecimento técnico e prático, bem como

as normas e rotinas do cargo. Mede o grau de colaboração, para com seus superiores e

colegas de trabalho, a obediência às normas e regulamentos da empresa e as ordens dos

superiores, faz uma avaliação na independência na solução de novas situações e

problemas em seu trabalho, identificando o envolvimento, a dedicação e o

aprimoramento em desenvolver seu trabalho. Mede a sua perfeição, o seu capricho e seu

grau de aproveitamento, no trabalho. Considera o grau de seriedade com que encara o

trabalho, considera o seu progresso em acumular e aperfeiçoar conhecimentos

profissionais.

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A avaliação da equipe da força de vendas deve ser justa com metas e objetivos

claros e bem definidos para que a equipe trabalhe em sinergia e com o

comprometimento total.

Toda a empresa deve interagir com idéias positivas no intuito de promover uma

avaliação produtiva para cada funcionário com feedback positivos para forçar os pontos

que cada um pode se desenvolver e aprimorar-se mais, ajudando-o pessoalmente e

profissionalmente. Criando ainda um profissional qualificado e competitivo no

mercado, que atualmente mostra concorrência acirrada e agressiva para todos.

As empresas que trabalham com avaliação e desempenho da equipe de força de

vendas costumam dar feedback por períodos trimestrais e semestrais para

acompanharem o processo de absorção do capital intelectual em questão a ser

desenvolvido pela equipe que fará a avaliação da estrutura da força de vendas.

4.5 – OUTRAS TAREFAS DO AVALIADOR

Auditoria da força de vendas – avaliação das metas da equipe, das quotas dos

vendedores (semanal, mensal ou por quantil).

Administração da carteira de clientes – utilização de um banco de dados, que registrou o

histórico dos relacionamentos e o histórico de compras.

Análise do resultado financeiro – lucratividade, por região, território e por cliente.

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Avaliação do desempenho dos vendedores – descrever as fases do programa de

avaliação de desempenho, citar quais critérios de avaliação e quais serão os padrões de

referência.

Responsabilidade ética e legal – descrever os princípios éticos da equipe, citar

regulamentações públicas, citar responsabilidades sociais dos gerentes, junto do mercado

de trabalho e sua equipe.

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CONCLUSÃO GERAL

Foram demonstrados nos quatro capítulos, os passos que uma organização deve

tomar para administrar eficientemente a sua força de vendas, qualquer organização seja

ela de grande, médio ou pequeno porte, ao implantar um plano estratégico em conjunto

com a gerência do pessoal de vendas, alcançará sem dúvida um resultado positivo. Uma

empresa que não planeja a estratégia e a estrutura da força de vendas, não estará

preparada para o crescimento impulsionado pela globalização. As grandes organizações

utilizam o planejamento de forma a constituir uma equipe preparada madura e

especializada na função de vendedores, capazes não só de vender produtos, mas também

de criar novos relacionamentos, para isso, é necessário que a gerência de vendas realize

uma implementação de sua força de vendas e determinando qual será o seu tamanho,

estrutura e posicionamento no mercado. Além disso, é imprescindível que a empresa

realize um recrutamento, seleção e treinamento da força de vendas de forma eficiente e

determinar como serão as recompensas, a supervisão e a avaliação da força de vendas.

Tornará-se possível através do estudo, concluir o quanto é importante para uma

organização à implementação da estratégia e da estrutura, que a empresa decidirá o rumo

da sua equipe de vendas, como ela será incorporada na organização e como será

designada para satisfazer as necessidades dos clientes. A gerência deverá decidir de

acordo com as atividades, com os produtos e a sua demanda, qual estrutura será adotada,

de forma a vender os seus produtos, fortalecê-los no mercado e posicionar a empresa

satisfatoriamente no mercado.

Muitas são as empresas que atuam no mercado de forma equivocada, não dando

importância à organização e a estruturação do seu pessoal responsável pela

sobrevivência da empresa, elas sabem o quanto é importante vender os seus produtos ou

serviços, mais não conseguem descobrir qual o motivo do fracasso. Organizações como

essas devem buscar realizar uma implementação de uma estrutura de vendas que possa

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determinar as formas e maneiras que o pessoal de vendas deverá adotar para alcançar um

melhor posicionamento da organização no mercado.

Escolher de forma correta a estrutura a utilizar na empresa, é muito importante

para garantir o conhecimento de cada cliente, tanto na estrutura por território, por

produto, como pela estrutura por cliente, a estratégia deve ser traçada de maneira a

atingir um melhor relacionamento com os seus clientes, procurando não apenas vender

os produtos, mas também oferecer um eficiente atendimento pós-venda.

Os assuntos abordados mostraram o início de uma estruturação da força de

vendas de uma organização, demonstra que é necessário organizar e gerir a equipe para

que os mesmos possam vender produtos, gerar receita, criar parcerias e conquistar a

confiança dos clientes da organização.

O valor da realização do recrutamento, seleção e do treinamento da equipe,

também foi destacado. Foram demonstrados os passos importantes para se realizar a

contratação de um vendedor e a formação de uma força de vendas eficiente e eficaz.

Uma empresa deve ter total preocupação com a sua equipe, se quer formá-la, faça um

planejamento, trace os objetivos, as funções e as qualificações que os vendedores

deverão possuir.

Além das informações citadas, não podemos esquecer que não se pode possuir

uma força de vendas, sem que a empresa possua um plano de recompensas, visando

remunerar e ou recompensa os vendedores pelos serviços prestados.

Um dos pontos importantes para a gerência de vendas, é analisar os seus

vendedores utilizando, de uma supervisão, além de orientar e motivar a força de vendas,

visando o desenvolvimento de melhores trabalhos.

Após a supervisão, é imprescindível que a gerência avalie o desempenho dos

vendedores.

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Enfim, a administração da força de vendas, tornou-se atualmente a alma da

empresa, se uma organização possuir uma equipe de vendas totalmente estruturada, sem

dúvidas conseguirá alcançar vários objetivos, pois possuirá vendedores altamente

qualificados no atendimento ao cliente, com conhecimentos específicos dos produtos do

território. Se a empresa seguir os passos da organização usando a estratégia da força de

vendas, certamente estará construindo um futuro de conquistas no decorrer do tempo.

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BIBLIOGRAFIA

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SEMENIK, R. & BAMOSSY, G. Princípios de Marketing. São Paulo. Makron Books,

1995.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

RESUMO 3

METODOLOGIA 4

SUMÁRIO 5

INTRODUÇÃO 6

CAPÍTULO I – PLANEJANDO A ESTRATÉGIA E A ESTRUTURA DA FORÇA DE

VENDAS 8

1.1 – Estrutura da força de vendas 9

1.2 – Estratégia da força de vendas 9

1.3 – Estrutura da força de vendas por território 11

1.4 – Estrutura da força de vendas por produto 11

1.5 – Estrutura da força de vendas por cliente 12

1.6 – Estruturas complexas da força de vendas 13

CAPÍTULO II – A IMPLEMENTAÇÃO, O TAMANHO E A AUTOMAÇÃO DA

FORÇA DE VENDAS 15

2.1 – A implementação da força de vendas 18

2.2 – O tamanho da força de vendas 19

2.3 – Automação da força de vendas 20

2.4 – As melhorias alcançadas com a automação da força de vendas 21

CAPÌTULO III – RECRUTAMENTO, SELEÇÂO E TREINAMENTO DA FORÇA DE

VENDAS 24

3.1 – Recrutamento da força de vendas 24

3.2 – Fontes de recrutamento 26

3.3 – Seleção da força de vendas 28

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3.4 – Características de um bom vendedor 29

3.5 – Organização do trabalho 30

3.6 – O trabalho em equipe 30

3.7 – Síntese das tarefas do vendedor (Objetivos da força de vendas) 31

3.8 – Obrigações/deveres de uma equipe de vendas 31

CAPÍTULO IV – REMUNERAÇÃO, RECOMPENSAÇÃO, SUPERVISÃO E

AVALIAÇÃO DA FORÇA DE VENDAS 35

4.1 – Remuneração/Recompensa 35

4.2 – Tipos de remuneração/recompensa 36

4.3 – Supervisionando a força de vendas 38

4.4 – Avaliação da força de vendas 39

4.5 – Outras tarefas do avaliador 40

CONCLUSÃO GERAL 42

BIBLIOGRAFIA 45

ÍNDICE 46

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

Título: Gestão Estratégica da Força de vendas

Data da Entrega: 28 de fevereiro de 2005

Avaliado por: _______________________________________

Grau:_________________

_______________________, _________de ____________________de_________.