UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

INCLUSÃO DA DISCIPLINA DE PROTOPIPAGEM NA GRADE

CURRICULAR DO CURSO DE DESIGN DE JOIAS

Por: Lia Campello Wyllie

Orientador

Prof. Pablo Santos

Rio de Janeiro

2012

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

INCLUSÃO DA DISCIPLINA DE PROTOPIPAGEM NA GRADE

CURRICULAR DO CURSO DE DESIGN DE JOIAS

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em Docência no Ensino

Superior

Por: Lia Wyllie

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus pela força e

determinação que sempre me

acompanham. A minha mãe Monica e

meu noivo Leonardo que sempre me

apoiam. E a meu pai Francis, pois sem

ele eu não estaria aqui.

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DEDICATÓRIA

Dedico esta monografia a alunos e

professores de Designer de Joias que

queiram aprender e buscam sempre

aprimorar seus conhecimentos nas

informações e tecnologias. E que essa

busca nos dê no futuro boa colheita.

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RESUMO

A monografia pretende demostrar a importância da disciplina de

processos de prototipagem para a formação profissional de um Designer de

joias. O desenvolvimento do aluno a conhecer todas as técnicas que incluem o

processo produtivo para executar uma joia, apresentando todos os diferentes

métodos de trabalho, fazendo com que ele possa ampliar seu conhecimento e

tenha autonomia de escolher que tipo de processo mais adequado poderá

utilizar para a produção e execução de sua joia.

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METODOLOGIA

A elaboração e o desenvolvimento do projeto foram baseados em

estudos exploratórios na empresa Art´Lev. Onde pude ver de perto o processo

de prototipagem através do software e da maquina de prototipagem. Pude

acompanhar de perto o desenvolvimento do produto do seu inicio ao fim.

Foram enfocados também, estudo de caso, visitas técnicas e estudo de

experiências pessoais e profissionais.

Como a referência bibliográfica não é muito ampla no que diz respeito

ao estudo específico de prototipagem de joia, foi feita uma exploração a alguns

livros que focam em determinados assuntos separadamente falando de

máquinas e ferramentas que nem sempre direcionavam para a área de joia.

Exemplos e ilustrações dos tipos de ferramentas e máquinas da

pesquisa foram pesquisados em sites de fabricantes das próprias maquinas.

Foi necessário o apoio de alguns profissionais da área com suas

experiências profissionais e de empresários que já investiram nesta nova

tecnologia.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - Histórico Evolutivo 10

CAPÍTULO II - Prototipagem 19

2.1 – A Descoberta

2.2 – Porque estuda-la

2.3 – Qual a importância?

CAPÍTULO III – Conceitos de prototipagem 38

3.1 – O que se propõe?

3.2 – Tipos de processos

3.2.1 – Ferramentas / Softwares / Programas

3.2.2 – Máquinas

CATITULO IV – Aplicação ao método de ensino 47 CONCLUSÃO 49

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 51

LISTA DE IMAGNES 52

LISTA DE NOMECLATURA 53

INDICE 54

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INTRODUÇÃO

O presente trabalho apresenta a inclusão da disciplina de processos de

prototipagem no curso de Design de Joias. O estudo tem por propósito

diagnosticar que a inclusão da disciplina é essencial no histórico curricular do

curso de Designer de Joias, visando à melhoria do conteúdo programático,

tendo os conhecimentos existentes para a execução de uma joia.

Para a elaboração e construção de uma joia, são necessários vários

tipos de profissionais diferentes, por isso é muito importante que o aluno

conheça todos os processos possíveis de desenvolvimento, para poder

determinar qual ou quais profissionais serão essenciais para a confecção de

sua criação. Para reconhecer sua possível confecção, o aluno dependerá do

conhecimento aprendido em sala de aula, e mais para frente aprimorando com

a pratica profissional.

Este processo chamado prototipagem rápida, aliada aos softwares da

modelagem em 3D e máquinas de impressão em 3D, permite realizar

desenhos com grande precisão, desenvolver análises possíveis de execução

da joia e representação técnica, estudos de viabilidade técnica e realiza

rapidamente correções e alterações nos projetos, interage com todos os

processos aprendidos na faculdade tais quais, tipos de metais, tipos de

cravações, montagem, peso, espessura do metal, apuração, acabamento entre

outros.

Com a constante evolução da tecnologia, torna-se evidente a

necessidade do domínio de sistemas computacionais de trabalho em todas as

atividades. E essa pesquisa explora diretamente a criação e o aprendizado da

tecnologia de prototipagem rápida. Formar os alunos com o objetivo, de que,

possam através desta tecnologia ampliar o seu conhecimento. Podendo fazer

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com que o mesmo saiba desenhar, simular, reduzir erros e produzir novos

produtos a partir dos processos aprendidos na faculdade.

Portanto o objetivo desta pesquisa é, mostrar ´´como o estudo da

prototipagem rápida ampliara o saber do aluno nos métodos de execução de

uma joia?´´E ainda informar a importância da faculdade em apresentar ao

aluno este amplo conhecimento dos diferentes métodos de trabalho, para que

possam ser utilizados na confecção de sua criação/ideia.

Vemos então a necessidade da inclusão desta disciplina. Através deste

método tecnológico e inovador, o aluno aprenderá a transformar sua ideia em

criação, utilizando as ferramentas que incluem o processo da prototipagem um

diferencial, agregando valor e qualidade em suas produções.

Visando a melhoria da qualificação profissional para que sejam

profissionais mais preparados para o mercado de trabalho.

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CAPÍTULO I

HISTÓRICO EVOLUTIVO

O homem sempre sentiu a necessidade de se adornar. Desde o

inicio de sua existência, produz elementos artísticos associadas a ornamentos,

revelando sua criatividade, representando os símbolos de cada época e

colocando em destaque a dimensão estética do mundo material, ou mesmo

das formas naturais. Ela é eternamente ligada aos desejos do homem e a sua

capacidade ou vontade, de construir novas linguagens e formas de expressão

marcando assim os períodos históricos.

A joalheria aparece em todos os períodos, sempre presente assumindo

diversas funções como, enfeitar, agradar, seduzir, identificar, proteger e etc...

Vejamos alguns momentos das joias em seus primórdios.

- Paleolítico

Eram usadas sementes, pedras esculpidas com contornos redondos,

dentes de animais, fibras naturais. Feitas manualmente com nós, e

adornavam-se como colares e braceletes muitas vezes para exibir como forma

de conquista, como um abatimento de animal por exemplo.

- Neolítico

Esse período já utilizava adornos com pedras naturais, tais como,

âmbar, cobre, coral, ametista, quartzo e o inicio do uso do ouro. Adornava-se

com anéis, braceletes e colares.

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- Egito

Eram carregados de misticismo e simbolismos. Utilizavam muitas cores

onde era obtido a partir da utilização das pedras, como lápis - lazuli, feldspato

verde e turquesa. Raramente tem noticias de joias com granulações. A técnica

utilizada era o contraste, recurso usado com hieróglifos da escrita egípcia,

impressos com cunhas de argila úmida, como carimbos. Fazendo assim anéis

de selo, muita referencia de escaravelhos e animais. Todos representavam

alguma característica mística como o Deus Sol, simbolizado nas joias como o

olho de Hórus que protegia contra os maus espíritos, representações de vida,

eternidade.

IMAGEM 1 IMAGEM 2

- Mesopotâmia

Os homens utilizavam peças como pendentes, colares peitorais,

brincos e braceletes, e as mulheres anéis brincos e braceletes e adornos de

cabeça em ouro e pedras. Utilizavam ouros, prata e pedras preciosas também

em túmulos.

- Persa

Poucas obras são encontradas deste período, por conta da invasão

das guerras. Suas características foram misturadas aos traços do império de

Alexandre, onde suas ideias assimilam a arte de todas as terras conquistadas.

O que chamamos de helenismo.

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- Grega

Caracterizavam-se com abundancia em filigrana, granulações e até

mesmo técnicas de esmaltarão. Suas joias eram de características

monocromáticas, tridimensional, arquitetônica, com pedras lapidadas de forma

simples ( como o cabochão), começo da utilização do camafeu. As figuras

humanas e de animais também eram muito representadas.

Ainda eram influenciadas pelo povo Cita como desenhos artísticos com

estilo geométrico estilizado.

A joalheria grega desenvolveu-se até as vésperas do inicio cristão, e

nesse percurso podemos identificar 3 fases marcantes:

a) Arcaica 600 a.c – 475 a.c

b) Clássica 475ª.c – 330 a.c

c) Helenistica 330ª.c – 27 a.c

Na Arcaica os brincos tinham formato de barco, colares com miniaturas

repetitivas, terminações com cabeça de animais e temas de cenas

metodológicas em anéis de escudo. Iniciasse o período com uso do ouro e de

pedras e pastas de vidro. Caracterizavam-se pelos elementos com fortes

relevos em motivos florais, botânicos, substituindo as granulações por

filigranas.

Já a Clássica tem muita semelhança com a Arcaica, porém com

características imitando folhas naturais, os brincos tradicionais eram

produzidos em quatro modelos fundamentais: baú, disco, navete e espiral.

Diademas com finas folhas de ouro.

O período mais rico foi o período Helenístico, que incorpora a cultura

dos países conquistados. Algumas pedras tais como a cornalina, ametista,

granada, esmeralda e perola, foram trazidas por estas conquistas.

Os adornos utilizados eram brincos de argolas, anéis de serpentes,

anéis com pedras cabochão e motivos geométricos. Abusavam no uso das

correntes, exploravam a utilização dos elos para a confecção das malhas de

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guerreiro, peças ricas em detalhes, molduras ovais com silhueta nos

camafeus, peças imitando nós de Hércules (no direito).

Em todos os períodos aparecem sinais de prováveis execuções de

joias com a técnica de esculpir na cera e fundir. Nesta época também floresceu

a técnica do camafeu e com essa técnica foram feitos alfinetes, engates de

anéis e objetos utilitários como taças e vasos.

- Etrusco

As técnicas de filigrana e granulação foram utilizadas com grande

primor.

- Celtas

As joias celtas sofreram grandes influencias de outros povos,

principalmente do estrangeiro. Eles fizeram adaptações das técnicas trazidas

de fora, como a arte do trabalho com o metal. Por isso tinham grande

conhecimento e sabiam trabalhar muito bem com as técnicas de filigrana,

gravação, intaglio, esmaltarão e granulação.

- Romana

No início os romanos utilizavam o ouro para financiar e gesticular a

guerra. Conforme o passar dos anos, em 27 A.C. é que passaram a utiliza-lo

como joias, e não objeto de troca, pois com as conquistas de novas terras

favoreceu a chegada de novas fontes de metal, transformando lentamente as

joias mais populares. A cunhagem de metais preciosos foi uma característica

forte e os trabalhos passaram a ser mais complexos e mais apreciados

também.

- Idade Media: Essa época, como uma das maiores da historia, sofreu

muitas variações de estilos. Porém a principal característica que se estendeu

durante toda a idade media foi a influencia religiosa, o que chamamos de

teocentrismo. As joias eclesiásticas ganhavam força, sendo utilizadas em

muitos crucifixos, escapulários e relicários para homens e mulheres. Elas

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tinham um simbolismo muito forte além da religião que era também o status e

a divisão das classes sociais. Usavam fivelas de cintos e broches funcionais,

fios de ouro trabalhados na costura das vestimentas e tecidos, fios de perolas

e gemas no cabelo das mulheres. As duas características em destaque foram

a esmaltação e uma técnica que realçava a cor das pedras recebendo uma

fina camada de ouro, mas logo foi banida, pois o uso da mesma estava tendo

consequências de seu uso indiscriminado.

Os anéis também ganharam grande destaque, pode-se reparar que até

hoje os cardeais, bispos e papas os usam. A burguesia usava anéis com

monogramas como instrumento de autenticação de documentos.

As pedras utilizadas neste período foram o rubi, safira, esmeralda,

granada, muitas usadas no formato cabochão, porém a pedra facetada

começou a surgir, e é nesse período que a lapidação começou a se

desenvolver.

- Estilo Gótico

Safira, rubi, esmeralda e diamante. Juntamente com as turquesas e os

topázios elas são a principal marca da influencia bizantina nas joias europeias.

Outra transformação foi a lapidação de facetas nas pedras. Esculpiam

também nas pedras figuras, signos ou letras. As pedras opacas recebiam

polimento – plano ou cabochon – com areia dura. Foi a partir dai que

esculpindo e polindo surgiu a técnica da lapidação.

- Renascimento

Com o fim da idade media com intensas transformações no mundo, o

renascimento teve seu inicio, pois o mundo se estendia surgindo novas ideias

de formas de expressão marcadas pela valorização do humano e não mais do

divino. A arte joalheira passou a ser mais artísticas alcançando em esmaltação

e fundição. Ouro e diamantes eram utilizados em chapéus e fardas.

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- Estilo barroco

A joia barroca foi uma ruptura das características das épocas

anteriores incluindo os temas religiosos para entrar os temas naturalistas.

Neste período o que predomina é a emoção representada pelas flores,

pássaros, insetos e folhas. A França dita a moda dessa época e por isso, as

joias passam a ser usadas com moderação e se tornam mais elegantes. A

vaidade impôs adornos também com muita pedraria, chapéus, luvas,

camafeus. Os pingentes, broches e os brincos tinham formatos de

candelabros, eram joias noturnas para intensificar sua luz. Houve um avanço

na lapidação, pedras como rubi, esmeralda e safira foram muito utilizadas,

mais o diamante foi a gema preferida.

IMAGEM 3

- Rococó

Nesta época tudo fica mais rebuscado e luxuoso. A joia ganha

características de flores, buques, laços, temas naturalista, todos bem

trabalhados com pedras, perolas e diamantes. As joias deste período são

sedutoras e assimétricas. Iniciou-se neste período os conjuntos de joias, feitas

com a mesma linguagem e materiais nos anéis, broches, pingentes, braceletes

e brincos.

As técnicas de lapidação foram aprimoradas e se utilizava muito brilho.

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- Art Nouveau

A joalheria ganha grande destaque com formatos de natureza e

exaltação da mulher, formais sensuais, voltas e desenhos arredondados,

inspiração em insetos, animais que voam, libélulas, borboletas, joaninhas,

folhas e flores. Como grande artista deste movimento Rene de Lalique¹,

desenhista de joias e vidreiro, tinha suas obras como característica marcante

desta época. Os materiais utilizados eram as pérolas, marfim, opalas,

esmaltação e técnicas de vitrificação. Uma época privilegiada, pois as joias

eram especialmente para se adornar, uso de brincos, pingentes, braceletes,

pentes e broches para o cabelo.

IMAGEM 4

- Belle Époque

É uma época em que suas características se confundem bastante com

o estilo Art Noveau, uma exaltação mais forte da mulher como divindade

profana,

IMAGEM 5

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- Art Decó

Com influencia da crise econômica da época, o estilo art decó reflete a

velocidade e o movimento da época vivenciada. Materiais sintéticos ganharam

espaço também na joalheria. Brincos compridos, tiaras, gargantilhas, pulseiras

e broches eram muito utilizados assim como o uso de colares verdadeiros e

falsos de pérola, aproveitando o vestuário que valorizava as costas das

mulheres nos vestidos decotados ate a cintura mesmo durante o dia.

Com a crise, as roupas das diversas classes sociais tornaram-se

semelhantes. Os modelos eram copiados de grandes casas europeias

fabricados com tecidos sintéticos. Os cabelos ficaram a mostra com penteados

rentes a cabeça ou pequenos cachos na nuca, com isso o chapéu foi sendo

abandonado.

O estilo tinha muita referencia geométrica, inspiradas também pelas

pinturas cubistas de Pablo Picasso e George Braque.

Os materiais utilizados para a confecção das joias não eram caros, por

isso houve uma ampla variedade de joias adaptadas ao orçamento das

mulheres. Uma grande marca se tornou muito popular desta época chamada

Coco Chanel, criando muitas falsas joias de puríssima imitação.

Foi criada a lapidação de pedras quadradas, corte tipo calibré²,

utilizadas para engates invisíveis nas joias, hoje nós chamamos esta cravação

de invisible.

Pode- se dizer que foi uma ruptura de estilo, comparada ao Art

Nouveau. Pois as formas sinuosas e delicadas, deram espaço para a simetria

e geometria do estilo Art Decó. Formas muito retas e sistemáticas

influenciadas também pela arquitetura dos novos prédios construídos na

época.

IMAGEM 5 IMAGEM 7

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- Anos 60

Trouxe todos os tipos de revoluções, entretanto o renascimento do

design e o culto a juventude. Vieram os novos matérias como mateiras, papais

e plásticos brilhantes e pvc nas joias. Brincos com mobiles psicodélicos,

esferas e espirar em cores fluorescente.

- Ano 70

Já na década de 70 foi a época dos componentes da natureza como

fonte de inspiração. A mudança significativa foi com relação da joia preciosa

para a imitação. Utilização de pedras, cristais, olho de tigre, coral e ônix preto

- Ano 80

Nesta década a joia de imitação e a bijuteria melhoraram em

qualidade, e a mudança de comportamento trouxe uma liberdade nova a joia.

E intenso interesse por adornos e feminilidade com a paixão para joia

genuínas e de imitação.

- Anos 90 ao Sec. XXI

O significado e o proposito da joias para o mundo foram redefinidos e

revaloriza antigas produções. O design que concilia valores de arte,

individualismo, inovação e consegue acompanhar as inquietações da moda, do

comercio e da indústria, estabelece-se no mundo da arte. Houve uma grande

preocupação destes profissionais brasileiros em identificar, nas joias comercias

a sua brasilidade. Utilizavam materiais alternativos.

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CAPÍTULO II

PROTOTIPAGEM

2.1 – A DESCOBERTA

Sistemas de prototipagem rápida surgiram inicialmente em 1987 com o

processo de Etereolitografia da Empresa americana 3D Systems. Esta

maquina foi construída com o intuito de aplicação ao estudos da medicina,

mais precisamente com a área da ortodontia, e assim muitas maquinas

entraram nesta nova tecnologia e foram criadas e aprimoradas de lá pra cá.

Infelizmente no Brasil, essas tecnologias ainda são pouco utilizadas.

Isso acontece principalmente devido ao numero limitado de empresas

prestadoras de serviços de prototipagem, ao custo das tecnologias e muitas

vezes devido ao desconhecimento por parte dos profissionais das áreas. Falta

de incentivo e poucas oportunidades de desenvolvimento e aprendizado fazem

com que as tecnologias estejam presentes, porém pouco exploradas.

Mais acreditasse que os números de empresas e usuários devam

crescer nos próximos anos, em função das inúmeras vantagens que o seu uso

tem proporcionado. Assim, amplia competitividade entre empresas para o

crescimento e desenvolvimento tecnológico.

20

CAPITULO II

PROTOTIPAGEM

2.2 – PORQUE ESTUDÁ-LA

O desenho manual sempre foi uma importante ferramenta para os

designers de produtos exteriorizarem suas ideias. Porém a ´´modelagem

digital´´, que pode ser traduzida por ´´imagem tridimensional no computador´´

tem revolucionado os mais diferentes segmentos industriais, incluindo o design

de produtos. Desta forma os profissionais da área de Designer de Joias tem,

cada vez mais, a necessidade de dominar tais tecnologias. Sabemos que é

preciso sempre se adaptar e se atualizar em relação as novidades do

mercado, e a prototipagem rápida é uma delas, ela consiste na produção de

um produto, ou seja, de uma joia, do inicio da criação (ideia) à sua finalização

(joia concreta).

A prototipagem rápida vem se consolidando no meio industrial como

uma tecnologia imprescindível para agilizar o desenvolvimento de novos

produtos. Sua utilização permite a detecção de erros nas fases iniciais do

projeto evitando assim a repetição de todo o processo. Como isso é possível

antecipar o lançamento do novo produto e ganhar em competitividade.

Existem muitos métodos de execução de uma joia, o saber amplo é

fundamental para transformar a ideia em uma joia real. Alguns métodos são

aprendidos na graduação, tais como o método da ourivesaria (banca),

modelagem em cera (processo por cera perdida) e cravação. Esses

procedimentos citados são baseados em trabalhos manuais. Os processos de

prototipagem não são abordados na faculdade, e isso é primordial para a

formação e entendimento de um designer de joias.

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Hoje é possível projetar em 3D, digitalmente, produtos de vários tipos,

desde aviões, navios, eletrodomésticos, calçados e uma infinidade de objetos.

Melhor ainda que projetar, é fabricar estes produtos com o auxílio do

computador, ou seja, fabricar via impressão 3D. Assim como imprimimos

documentos no Word, podemos imprimir “protótipos” ou modelos em materiais

diversos.

A prototipagem rápida, que leva esse nome exatamente por ser uma

tecnologia que privilegia a rapidez, e possibilita produzir modelos e protótipos

diretamente a partir da modelagem 3D gerada no sistema chamado CAD¹, em

softwares especialmente desenvolvidos para joias. Ela consiste em imprimir os

modelos em resinas próprias para o desenvolvimento de joias. Há muitas

ferramentas para utiliza-la, assim como vários tipos de maquinas de

prototipagem.

As vantagens da modelagem em 3D e da Prototipagem rápida são:

- evitar o gasto com fabricação de peças para apresentação ao cliente;

- possibilitar a prototipagem do modelo da joia em material que irá

direto para fundição,

- fazer o protótipo em resina da qual se extrai a borracha fria (silicone)

dele próprio, para posterior reprodução.

- modelos de difícil execução podem ser feitos de forma precisa, sem

os atropelos e desencontros de ideias com os modelistas ( trabalho artesanal).

- visualizar o resultado final da joia antes mesmo dela existir, através

da renderização do modelo,

- permitir a participação do cliente / empresa, assim possibilitando

ajustes e/ou modificações ao longo do processo,

- reduzir os custos,

- agilizar o desenvolvimento das joias,

- diminuir as perdas de metal ao longo de todas as etapas produtivas.

Por isso estudar e conhecer esses recursos do mundo digital, tem sido

hoje em dia, um dos requisitos primordiais para os designers. É uma questão

de adaptação às necessidades modernas e da indústria, mesmo porque para

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se modelar uma joia para prototipagem é essencial que o aluno também tenha

o conhecimento das matérias manuais as quais são estudadas na faculdade.

Ao projetarmos uma peça no mundo virtual, ela deve ter as características

técnicas necessárias para existir de forma viável no mundo real. Na Europa,

inclusive, já se fala em uma nova profissão: o "ourives virtual".

Assim, a modelagem e a prototipagem digital são ferramentas

indispensáveis na vida, no crescimento, na concorrência e na competência das

grandes empresas do mercado.

23

CAPITULO II

PROTOTIPAGEM

2.3 – QUAL A SUA IMPORTÂNCIA?

A prototipagem rápida, assim como as tecnologias que nos cercam e

estão sempre em crescimento, traz para o profissional de designer de joias,

uma amplitude de funções e ferramentas para o desenvolvimento de suas

criações, da mesma forma como se propõe todas as novas tecnologias com

´´N´´ vantagens de uso e rapidez.

Nos dias de hoje, tão corrido, essas características chamam a nossa

atenção e estamos sempre buscando cada vez mais novas e avançadas

intenções que nos proporcionam conforto e qualidade.

Portanto, a importância da prototipagem leva a um outro patamar de

tecnologias, pois suas características alem das quais já citei tem uma

importância ainda maior.

Essa importante ferramenta não é apenas um acessório ou status, ela

é um meio a qual há possibilidades de alem da suas funções de prototipagem

mais rapidamente e com precisão, possibilita a construção de novas formas e

conceitos que dificilmente conseguiríamos reproduzir com outros profissionais

do mercado, ou seja, ela seria inexistente, a ideia não seria possível de

execução, e ainda mais, poderia nem ter sido uma ideia, já que a construção

para a futura execução não existia. A prototipagem estimula pequenas

inovações não planejadas.

Quando falamos apenas de seus benefícios não nos perguntamos se

haveria algo que pudesse ser criado algo melhor ou mais completo. Porque

tudo é vantagem e perfeito, como nunca ninguém pensou nisso antes? E isso

é uma coisa que sempre nos perguntamos quando vemos algo inimaginável.

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Essa tecnologia também surge esse mesmo efeito, ela desperta a

curiosidade e ainda mais, ela permite que você também possa construir algo

que futuramente poderá surtir este mesmo questionamento só que se tratando

da sua criação.

E isso é algo sensacional para qualquer profissional, de qualquer área,

principalmente do Designer. A experiência vivida e praticada dentro da

faculdade gerará dúvidas que a análise racional e metódica serão

transformadas em conhecimento, havendo assim uma procura para

respondê-las.

Segundo, Rosochowsky e Matusza (2000), a continua necessidade de

redução do tempo do desenvolvimento de produto ( time to Market ) tem

aumentado de maneira acentuada na demanda para a construção de

protótipos físicos de maneira rápida. Tal fato, associado a crescente

complexidade das peças, vem tornando indispensável o uso de técnicas de

prototipagem rápida para encurtar o tempo de desenvolvimento do produto,

descobri falhas, e melhorar sua qualidade final.

Assim, quando observamos, começamos a compreender o que

podemos interferir no nosso meio, transformando-os. Como nossos

antepassados que, por exemplo, deduziram que ao se plantar corretamente as

sementes de uma muda, elas acabariam germinando, e assim surgindo a

descoberta da agricultura.

A importância da ferramenta não é algo tocável, embora esteja se

tratando de um produto que será criado para o uso. Ela na verdade vai, além

disso, pois será a responsável do seu futuro crescimento como profissional.

Tornando ideias em perfeitas criações.

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CAPITULO III

CONCEITOS DE PROTOTIPAGEM

3.1 - O QUE SE PROPÔE?

Todas as tecnologias e até mesmo nosso cotidiano tem algum

propósito, alguma característica, algum significado de existência. Assim é a

vida e todas as coisas que nos rodeiam, e a prototipagem não poderia ser

diferente.

O que ela propõe é uma tecnologia avançada na concretização de

projetos computadorizados (3D) que passam a ser codificado para a

impressora, ela lê seus dados e executa a impressão em 3D do objeto em

forma de resina ( tipo de material usado para o trabalho com joias).

A prototipagem rápida, que leva este nome por ser uma tecnologia que

privilegia a rapidez e precisão, podendo reduzir modelos e protótipos em 3D a

partir das maquinas de prototipagem e ao sistema de software que modela em

3D.

A prototipagem podem imprimir modelos em diversos tipos de

materiais. O mais utilizado é de resina que são construídas ou esculpidas pelas

maquinas. Após a impressão na resina, a mesma passa pelo processo de

apuração manual ( ourives ) para a limpeza e excessos de bordas e marcas de

impressão, depois seguem para a etapa final, onde poderão ser reproduzidas

em metal pelo processo de fundição e/ou anteriormente fazer uma

´´borracha´´, que é chamada assim por consistir em um material de borracha

siliconada que tira o molde do piloto, para que possa ser reproduzida mais

tarde quantas vezes necessárias.

Assim como explica Luciane Barbosa (abril, 2012), temos a opção de

prototipar o modelo da joia em material que ira direto para a fundição, ou ainda

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fazer o protótipo em resina da qual se extrai a borracha fria (silicone) dele

mesmo, para posteriores reproduções.

A ideia é simples de entender, é um desenho feito assim como esse

texto, porém ele é em 3D e o que você projetar no computador ela sairá

impressa em 3D. Par entender melhor, podemos pensar que poderia ser que

nem este arquivo onde podemos imprimir no papel em uma impressora

comum, a única diferença é que a prototipagem faz isso em 3D.

Antigamente, nós pensávamos que nem estaríamos vivos para ver

essa tecnologia, ou melhor que isso seria algo inexplicável ou impossível de

ser criado. Porem, essa tecnologia é uma pequena parte de nossa construção

humana, com o passar dos anos. Pois, quantas maquinas que têm a mesma

função de impressão em 3D hoje, não estavam imprimindo órgãos e tecidos do

nosso corpo humano para testes de transplantes futuros? Sim, isso é uma

proposta incrível, e assim como pensamos que não estaríamos aqui para

vivenciarmos, talvez quem sabe daqui a 10 anos já estaremos convivendo com

isso?

Sendo assim porque não desfrutarmos destas maravilhosas

tecnologias que podem nos proporcionam uma vida melhor para a construção

de ideias inovadoras, como a criação de novas joias inovadoras.

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CAPITULO III

CONCEITOS DE PROTOTIPAGEM

3.2 – TIPOS DE PROCESSOS

Existem muitos processos para a execução de um projeto em 3D,

assim como muitas maquinas de execução destes arquivos para a

prototipagem. Cada uma delas com propostas diferentes de excelência ou

rapidez, com vantagens e desvantagem. O importante é o aluno ter o

conhecimento da existência destas tecnologias. Elas são diversas e como

toda tecnologia, sempre aparecem novas ferramentas, plug-ins, softwares e

maquinas cada vez mais avançadas.

Para cada tipo de maquina podem existir softwares próprios para o seu

desempenho. Assim como existem os plug-ins que são aplicativos de

softwares que necessitam de sua plataforma para o funcionamento. Estes

plug-ins server para, ampliar e melhorar determinadas funções, como, tipos de

cravações, tipos de gemas, renderizações, imagens de rostos para santos,

modelagem de aros e de pedras entre outros.

Cito alguns plug-ins mais utilizados no mercado com a plataforma do

Rhinoceros:

- MATRIX

Plug-in muito utilizado no mundo todo, é o aplicativo mais completo

para o seguimento de joias. Utiliza ferramentas de tipos de cravação, edição

de aros e tipos de pedras. Facilita a confecção das joias complexas com mais

rapidez e precisão.

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IMAGEM 8

IMAGEM 9

29

- V-RAY

Plug-in renderizador utilizado para melhorar a qualidade da joia. Ideal

para projetos elaborados para concursos. Pois sua utilização é especifica para

reprodução artística.

Desenho a lápis / Renderizado com V-RAY / Foto da peça

IMAGEM 10

- FLAMINGO

Plug-in renderizador, produz resultados realistas simulando o

transporte de luz em seu modelo. Iluminação indirecta, assim como a reflexão

e refracção complexo pode ser facilmente incorporado na simulação. Interior e

simulações de verão exteriores, iluminação HDR baseado em imagem, e

muitas outras técnicas são todos manipulados facilmente, com exigências

mínimas de configuração.

Imagem projetada X Imagem real

IMAGEM 11

30

- RHINOGOLD

Plug-in utilizado para diversas melhoras, como, tipos de gemas e tipos

de cravações, facilidade de ajustes entre outras funções diversas. É também

compatível com plug-ins de renderização. Muito utilizado pelo setor joalheiro,

tem maior acessibilidade e existem profissionais qualificados no Brasil.

IMAGEM 12

IMAGEM 13

31

- TECH GEMS

Plug-in especializado em gemas e cravações. Muito utilizado também

no ramo de joias. Compatível com plug-ins de renderização.

IMAGEM 14

IMAGEM 15

Existem muitos outros plug-ins que utilizam o Rhinoceros como

plataforma e outras mais que usam outras plataformas.

A prototipagem rápida é um sistema disponível em tecnologias

diferentes. Segundo Garcia (2001), uma abordagem bastante comum consiste

em subdividir as tecnologias de prototipagem em dois grandes grupos:

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1 - Prototipagem rápida aditiva ( RP – Radid Protyping ) que trabalham

por adição de material e podem ser chamados de ´´Solid Freeform

Fabrication´´. Utilizam o formato de arquivo STL e trabalha a partir do sistema

CAD/CAM.

2- Prototipagem rápida subtrativa (SRP – Subtractive Radid

Prototyping), onde os modelos são obtidos por usinagem de blocos de diversos

materiais. Utiliza sistema CAD/CAM.

O termo prototipagem refere-se a uma classe de tecnologias que

podem automaticamente construir modelos físicos a partir de um modelo

gerado num sistema CAD (Garcia, 2001). Entretanto, ´´rápido´´ é um termo

relativo, pois o tempo de construção pode variar entre 3 e 72 horas,

dependendo do modelo da maquina, do tamanho e da complexidade do

protótipo (Gorni, 2003).

Na construção de uma peça por meio da RP cada tecnologia

compartilha dos mesmos passos técnicos: o computador analisa um solido

modelado em ambiente virtual ( CAD ) e define a fabricação deste objeto

através de camadas. Estas camadas são então, sistematicamente recriadas e

combinadas para formar um objeto 3D (Wohlers, 2003)

Através do gráfico abaixo podem visualizar este processo:

33

34

Para Volpato (2007), os processos de RP podem ser classificados a

partir da forma inicial do material utilizado, podendo ser baseados em líquidos,

sólidos ou em pó.

IMAGEM

Na construção de uma peça por meio da SRP o processo de

fabricação é a partir de um bloco de material, desbastando-o até se obter o

objeto desejado. As máquinas de usinagem ultra-rápidas comandadas através

de software de CAM especial permite produzir de Protótipo Rápido a

Ferramentaria Rápida.

Controle Numérico Computadorizado (CNC) em alguns aspectos é

relacionado a uma ferramenta ou manufatura de modelo no qual

uma máquina cortante como um torno mecânico ou freza é controlado através

de computador cortar uma forma especificada, frequentemente com muitos

passos diferentes e mudanças de ferramentas cortantes.

O processo de fabricação constrói a parte sistematicamente

cortando material com uma alta precisão e acabada. Trabalham com baixo

nível de ruído e não utilizam sistemas de refrigeram e filtragem.

São fáceis e otimizam o processo de prototipagem, proporcionando

a possibilidade de designer e engenheiros a criação de protótipos rápidos de

excelente precisam e acabamento superficial (CURTIS, 2006).

35

IMAGEM 17

IMAGEM 18

Existem muitas resinas que são utilizadas na protipagem, cada uma

delas é especifica para determinadas funções. Cada tipo de máquina também

utiliza determinadas resinas. As resinas serão utilizadas dependendo de suas

especificações como, tipo de maquinas, tipo de trabalho (detalhado ou não),

feitos para irem direto para a fundição ou para tirarem borracha. Algumas delas

são:

- PIC 100

A resina acrílica Pic 100 foi desenvolvida para a fundição direta. É um

fotopolímero que oferece excelente comportamento de queima e sua

construção é de alta qualidade, com detalhes bem nítidos. O material é

processado em todos os sistemas Perfactory. O processo de queima é livre de

cinzas, permitindo uma fundição sem porosidade, um problema que pode ser

resultado do resíduo de cinzas proveniente da queima do material polimérico.

36

IMAGEM 19

- R11

A R11 é uma resina muito precisa e funcional para produzir modelos

robustos e duráveis. O material é processado em todos os sistemas Perfactory.

É uma resina líquida, classificada como um fotopolímero. As peças exibem boa

resistência à fadiga e excelente tolerância à temperatura e umidade durante e

após a construção. Os modelos produzidos são destinados à produção de

moldes de borracha.

IMAGEM 20

- RCP 30

A RCP30 é uma resina resistente a altas temperaturas para a

construção de peças resistentes e duras. É um material que contém nano

partículas cerâmicas, que conferem à resina essas características. Os modelos

produzidos são destinados à produção de moldes de borracha.

IMAGEM 21

37

- WIC 100

A resina Wic 100 foi formulada para a fundição direta. Ela contém nano

partículas de cera, que oferecem uma queima limpa com alta reprodução de

detalhes. Durante o ciclo de queima, as partículas de cera derretem primeiro,

permitindo que a resina queime sem expandir excessivamente, e não gere uma

grande pressão de gases, que é um problema normalmente associado a

materiais poliméricos durante a queima.

IMAGEM 22

Sistema CAD: É que possibilita a modelagem precisa e

representação gráfica de todas as operações de uma peça.

Sistema CAM: É o gerador de programa de controle numérico

automático. Os programas assim gerados fornecem as maquinas parâmetros

indispensáveis ao seu funcionamento e na realização das peças na fabricação.

A união das tecnologias de CAD E CAM possibilita a utilização efetiva

no planejamento, gestão e controle do processo produtivo, aumentando sua

qualidade e reduzindo as chances de erros no seu desenvolvimento

38

CATIPULO III

CONCEITOS DE PROTOTIPAGEM

3.2.1 – FERRAMENTAS/SOFTWARES/PROGRAMAS

- RHINOCEROS

O Rhinoceros é um software de modelagem em 3D que possibilita a

modelagem de qualquer tipo de produto, seja ele joia, produtos de decoração,

barcos, óculos, garrafas plásticas, câmeras, chinelos, brinquedos entre outros.

Ele é um sistema que é utilizado como plataforma para diversos plug-ins. É a

ferramenta mais utilizada para o segmento de joias. Sistema RP.

IMAGEM 23

Sistema: CAD

Características: Visão de vários ângulos na mesma tela

Utilização de plug-ins: SIM

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- ART-CAM JEWELRY SMITH

O Art-cam é um software CAD/CAM que permite a criação de modelos com

relevo esculpidos em 3D. Maquina SRL, utilização de usinagem sistema de

maquinas CNC. Criação de modelos a partir de desenhos em 2D para 3D com

alguns cliques. Sistema suporta arquivos plug-ins. Muito utilizada em esculpir

madeiras, resinas, ceras, metais, Por ser CAD/CAM os programas são

interligados, porem a maquina aceita outros softwares com capacidade CAD.

IMAGEM 24 E 25

Sistema : CAD/ CAM

Características: Visão 2D da peça

Utilização de plug-ins: SIM

40

- MONARCH CAD/CAM

Software que possibilita criar desenhos em 3D, é sistema CAD/CAM podendo

imprimir em 3D através da prototipagem em resinas ou metais. Não é utilizada

no Brasil ainda. Sistema RP.

IMAGEM 26

Sistema: CAD/CAM

Característica: Vista em 3D e perspectiva

Utilização de plug-ins: Não informado

41

- 3DESIGN CAD

Software compatível com mac e ambientes de janelas, em poucos clicks

transformam um desenho de 2d para 3d. Cria facilmente o seu projeto por ter

tecnologia paramétrica. Não existe ainda aqui no Brasil. Sistema RP.

IMAGEM 27

Sistema: CAD/CAM

Característica: Vistas de 4 ângulos em 3D

Utilização de plug-ins: Sim

42

CAPITULO III

CONCEITOS DE PROTOTIPAGEM

3.2.2 – MAQUINAS DE PROTOTIPAGEM

- AUREUS

A máquina Aureus é projetada para Prototipagem Rápida e Fabricação

Direta, com baixo custo e alta resolução. Baseado no princípio de

fotopolimerização do Sistema Aureus, cria modelos tridimensionais em resinas

e ceras. Este maquinário pode ser facilmente conectado diretamente a uma

estação PC de trabalho ou ser integrado em uma rede. A Aureus tem um PC

embutido, que permite que o sistema funcione de forma independente da

estação de trabalho de pré-processamento. A máquina pode ser monitorada

remotamente a partir de qualquer computador na rede usando o software de

comunicação Aureus Software Suite. Qualquer arquivo no formato STL pode

ser facilmente importado utilizando-se este software.

Propriedades do Sistema:

-Troca rápida de resinas através de parâmetros pré-ajustados;

-A velocidade de construção é constante durante a produção: 3-7

mm/hora com 35µm de espessura z-voxel, dependendo do material;

-Poucas partes móveis e consumo mínimo de componentes garantem

um sistema forte e confiável;

-Os componentes minimizados tornam o sistema de fácil manutenção;

-O pós-processamento dos modelos é limpo e simples, devido à quase

100% de cura durante a construção;

43

-Modelos totalmente curados são quimicamente seguros;

-Baixo custo de aquisição.

- MINI MULTI LENS

O sistema rápido de prototipagem Perfactory SXGA+ Mini Multi Lens,

permite a fabricação de protótipos tridimensionais a um baixo custo, além de

demandar pouca manutenção e ser de fácil operação. Num curto período de

tempo, produz modelos com alto nível de detalhamento, desde peças

conceituais até as mais funcionais. O Sistema Perfactory SXGA+ Mini Multi

Lens possui saída para conexão direta a um computador ou rede, permitindo a

transferência de arquivos pré-processados. Pode ser acessado remotamente a

partir de qualquer computador em rede, bastando a utlização do software de

comunicação Perfactory Software Suite. A partir deste software, qualquer

arquivo no formato stl. é facilmente convertido em matrizes voxel e importado

para a construção na máquina. O equipamento também possui um computador

integrado, que o permite funcionar de modo autônomo ao PC.

Propriedades do Sistema:

-Velocidade constante de construção durante a produção: 10 mm/ hora

com 50µm de espessura z-voxel;

-Módulo integrado para aumento da resolução (ERM);

-Reduzido número de partes móveis;

-Baixo consumo de componentes;

-Fácil manutenção;

44

-Modelos são adequados à fundição direta via Rapid Casting;

-Baixo custo de aquisição;

- PERFACTORY

O sistema rápido de prototipagem Perfactory SXGA+, na sua versão

básica (Standard UV), permite a fabricação de protótipos tridimensionais a um

baixo custo, além de demandar pouca manutenção e ser de fácil operação.

Num curto período de tempo, produz modelos com alto nível de detalhamento,

desde peças conceituais até as mais funcionais. O Sistema Perfactory SXGA+

Standard UV possui saída para conexão direta a um computador ou rede.

Pode ser acessado remotamente a partir de qualquer computador em rede,

bastando a utlização do software de comunicação Perfactory Software Suite. A

partir deste software, qualquer arquivo no formato stl. é facilmente importado

para a máquina. O equipamento também possui um computador integrado,

que o permite funcionar de modo autônomo ao PC.

Propriedades do Sistema:

-Velocidade constante de construção durante a produção: 20 mm/ hora

com 100µm (0.0004") de espessura z-voxel;

-Módulo integrado para aumento da resolução (ERM);

45

-Reduzido número de partes móveis;

-Baixo consumo de componentes;

-Fácil manutenção;

-Modelos são adequados à fundição direta via Rapid Casting;

-Baixo custo de aquisição;

- ULTRA

O equipamento Ultra 2 combina uma maior área de construção e alta

capacidade de resolução. É perfeita para o desenvolvimento de jóias e

acessórios. Sua resolução de até 59 mícron nos eixos X e Y, e de 25 mícron

no eixo Z, é facilmente alcançável. A velocidade de construção independe da

geometria ou quantidade de peças, chegando no eixo Z aos 9mm por hora,

com 50 mícron. Não há limite para a complexidade geométrica de arquivos

modelados em programas CAD 3D, desde que compatíveis com arquivos STL.

Propriedades do Sistema:

-O mesmo material é utilizado para construção e suporte;

-Fácil remoção de suportes parcialmente curados;

-Tecnologia DLP;

-Saída plug-and-play;

46

-Tela touch screen;

-Produz tudo, de modelos à peças funcionais.

47

CAPITULO IV

APLICAÇÃO AO METODO DE ENSINO

A aplicação desta matéria incluída na grade curricular do curso de

Designer de joias, poderá ser ministrada no 3° período da faculdade, onde o

aluno já terá uma previa noção das técnicas manuais abordadas e isso

facilitara o entendimento desta nova tecnologia.

O objetivo é fazer como que o aluno tenha o conhecimento amplo das

tecnologias, por isso o professor apresentará aos alunos alguns softwares e

maquinas de prototipagem através de imagens e vídeos. Essas tecnologias

são muito caras hoje em dia para que cada aluno tenha acesso a cada uma

delas, ate porque embora sejam com características diferentes, cada uma dela

tem por propósito o desenho em 3d da joia criada. Por isso, seria inviável que a

universidade tivesse todos os softwares assim como as maquinas e

profissionais qualificados para passar as informações e técnicas de cada uma

delas.

A proposta é fazer com que um único professor consiga transmitir e

abordar que existem essas tecnologias. Elas são alcançáveis aos alunos

através de empresas do ramo que prestam este serviço aos seus clientes e

podendo atender os alunos caso queiram prototipar alguma peça modelada em

3D pelos mesmos ou contratar um modelista para construir o modelo em 3D da

sua ideia e futuramente prototipar.

Os alunos também poderão ter acesso à feira como já tem, hoje em

dia, porém sem o acompanhamento de um professor especifico na área

tecnológica. Esse evento ocorre todos os anos em São Paulo, como a

apresentação cada vez mais de novas tecnologias. Nela o visitante também

terá a oportunidade de participar das palestras com exibição de empresas

apresentando as tendências de mercado, lançamento de livros e outros temas

que envolvem a área administrativa e tributária necessária para um futuro

48

empreendedor. O aluno poderá ver de perto as maquinas e conhecer seu

funcionamento, complementando seu aprendizado em sala de aula.

Há também a possibilidade de visitar as empresas que tenham

diferentes tecnologias no mercado para um melhor aproveitamento e

explicação da matéria com o acompanhamento do professor.

Desta forma o aluno já terá um conhecimento amplo na área e poderá

entender que existem essas tecnologias, e que poderão no final do curso caso

desejarem, se especializar em alguma que tenha gostado mais.

O software Rhinoceros, por exemplo, já é uma tecnologia alcançável

dentro da faculdade através do curso de extensão. Que já é auxiliado através

de um profissional que trabalha no ramo e ensinar seu funcionamento. Outros

cursos fora da faculdade também dão acesso a esta tecnologia, por ser um

programa muito utilizado e conhecido do ramo joalheiro. Muitos profissionais

trabalham com ele por isso há acesso com mais facilidade.

Além do software, disponibilizar no próprio site uma licença para

estudantes, com restrição de salvamento de 25 vezes. E disponibilizar também

a compra mais barata ao aluno, professores e faculdades que queiram estudar

e ensinar, liberado sem restrições.

Os professores poderão encontrar apoio a coordenação do curso para

o desenvolvimento da disciplina assim como o apoio a feiras e eventos. Os

alunos poderão ate mesmo apresentar um estudo com base na experiência e

conhecimento que tiveram das visitas às feiras.

Com essa informação, ampliara o seu saber, e ele poderá desenvolver,

procurar e se especializar onde quiser, pois seu conhecimento não será cru

como hoje em dia se tem na faculdade sobre o assunto de prototipagem.

49

CONCLUSÃO

O capitulo I, foi abordado com a evolução da historia e do processo de

fabricação da joia, a qual foi se aperfeiçoando cada vez mais. Mudanças de

estilos e propostas novas a cada geração e tempos diferentes. A evolução da

linha de tempo comparada e seguindo junto aos costumes de cada época e

suas revoluções.

A joia sempre esteve presente e vimos que ela evolui conosco e nos

acompanha sempre se tornando uma aliada nos costumes, vestimentas,

crenças, culturas e

No capitulo II vimos uma introdução que foi apresentada a uma nova

tecnologia, Esta que conforme mostrada a sua importância e suas propostas

tecnológicas e inovadoras para o mercado de trabalho no setor de Design de

Joias. Suas características e vantagens no meio dos negócios facilitando a

conversa entre cliente, design e produção para um resultado eficiente, rápido e

certeiro.

A possibilidade do aluno aprender e conhecer este processo de

prototipagem rápida, para poder construir desde cedo suas criações sem

limites com plena consciência de sua possível execução.

Foi abordado no capitulo III, os principais estudos de tipos de

prototipagem, como eles funcionam e suas características. Tendo acesso a

diversas maquinas e softwares de execução de uma joia em 3D. Apresentando

soluções para determinadas maquinas, ferramentas e resinas.

Facilitando o entendimento dos diversos tipos de processos que a

prototipagem aborda. Mostrando a importância do conhecimento desta

tecnologia.

No capitulo IV, foi apresentado soluções para a possível construção do

ensinamento da matéria de prototipagem rápida ao ensino superior. A

importância do aluno no saber amplo sobre os tipos de processos que será

indispensável para a vida profissional.

50

O interesse da instituição e professores de formar futuros profissionais

bem sucedidos, por terem um aprendizado completo e amplo. A qualidade do

ensino influencia diretamente em seu futuro profissional, e isso influencia nas

experiências vividas dentro e fora de sala de aula.

Assim como se vê, o pressuposto de que o estudo da prototipagem

poderia ampliar o saber do aluno nos métodos de execução de uma joia,

verificou-se neste estudo, que há grandes possibilidades das faculdades e

professores fornecerem este conhecimento aos alunos do Ensino Superior em

Design de Joias. É necessário que o aluno tenha esta base de conhecimento

para seu crescimento na área profissional.

Por isso, pode-se analisar que a hipótese era verdadeira.

51

BIBLIOGRAFIA

3D SYSTEM.RP equipments. Informações sobre equipamentos

Disponíveis em <http//www.3dsystems.com>

DEMO, Pedro. Pesquisa e construção de conhecimento. Rio de

Janiero: Tempo Brasileiro,1996

Envisiontec. Materials. Informações sobre materiais de RP.

Disponível em <http//www.envisiontech.de>

Sauna, C.E. Aplicação da prototipagem rápida na melhoria do

processo de desenvolvimento de produtos em pequenos e medias empresas.

Campinas, SP, 2003

Canciglieri,O,Iarozinski, A.,Selhorst, A., Analise comparativa entre os

processos de prototipagem por deposição ou remoção de materiais na

concepção de novos produtos. COBEF, 2008

Junior, A.,S. Dissertação de analise comparativa entre os processos de

prototipagem rápida na concepção de novos produtos. Curitiba, 2008

Foggiotto, J.A. O uso da prototipagem rápida na área medico-

odontológica. CITEC – Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Vorlontec. Informações sobre maquinas de RP – Disponível em

<http//www.vorlontec.com.br/tecnologia.html>

Artcam. Informações sobre software. Disponível em

<http//www.artcamjewelrysmith.com/index.php>

Monarch. Informações sobre software. Disponível em

<http//www.monarchjewelrycad.com>

Colen Industrial. Informações sobre maquinas de prototipagem e

resinas. Disponível em <http//www.colenindustrial.com.br/website>

Info Joias. Informações sobre feiras de joias. Disponível em

<http//www.infojoia.com.br/mews_portal/noticias_4996>

3DJOIA. Informações sobre modelagem em 3D. Disponível em

<http//www.3djoia.blogspot.com/2011/04/conheca-os-valores-de-modelagem-

3d-e-e.html

Gola, Eliana. A JOIA: história de design- Ed.Senac, São Paulo 2008

52

LISTA DE IMAGENS

IMAGEM 1 – Bracelete Egípcio

IMAGEM 2- Colar peitoral Egípcio

IMAGEM 3- Pendente Barroco com pedras

IMAGEM 4- Anel Art Nouveau

IMAGEM 5- Broche Art Nouveau

IMAGEM 6-Coco Chanel

IMAGEM 7- Broche coração com cravação invisible

IMAGEM 8- Matrix Programa

IMAGEM 9- Anel renderizado no Matrix

IMAGEM 10- Desenho V-Ray pingente

IMAGEM 11-Pingente cruz Programa Flamingo

IMAGEM 12- Anel Rhinogold

IMAGEM 13- Layout Rhinogold

IMAGEM 14- Layout TechGems

IMAGEM 15- Anel renderizado Tech Gems

IMAGEM 16- RP por camada

IMAGEM 17- SRP

IMAGEM 18- SRP

IMAGEM 19- Resinas

IMAGEM 20-Resinas

IMAGEM 21-Resinas

IMAGEM 22-Resinas

IMAGEM 23-Rhinoceros

IMAGEM 24- Art CAM

IMAGEM 25-Art CAM

IMAGEM 26-Monarch

IMAGEM 27-3Design CAD

53

LISTA DE NOMECLATURAS

CAD – COMPUTER AIDED DESIGN

CAM-COMPUTER AIDED MANUFACTURE

RP- RAPID PROTOTYPING

SRP- SUBTRACTIVE PROTOTYPING

CNC- COMPUTER NUMERIC CONTROL

54

INDICE

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - Histórico Evolutivo 10

CAPÍTULO II - Prototipagem 19

2.1 – A Descoberta 19

2.2 – Porque estuda-la 20

2.3 – Qual a importância? 23

CAPÍTULO III – Conceitos de prototipagem 25

3.1 – O que se propõe? 25

3.2 – Tipos de processos 27

3.2.1 – Ferramentas / Softwares / Programas 38

3.2.2 – Máquinas 42

CATITULO IV – Aplicação ao método de ensino 47 CONCLUSÃO 49

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 51

LISTA DE IMAGENS 52

LISTA DE NOMENCLATURAS 53

ÍNDICE 54