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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
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PROCEDIMENTOS RADIOGRÁFICOS PARA O PLANEJAMENTO DOS
TRATAMENTOS GINECOLÓGICOS EM BRAQUITERAPIA.
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Por: Marta Gomes de Araújo
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Orientador
Profª. Diva Nereida
Rio de Janeiro
2007
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE <>
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PROCEDIMENTOS RADIOGRÁFICOS PARA O PLANEJAMENTO DOS
TRATAMENTOS GINECOLÓGICOS EM BRAQUITERAPIA.
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Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Docência do
ensino superior sob orientação da professora Diva
Nereida
3
AGRADECIMENTOS
A minha amada mãe, que soube ser
mãe e pai, doando seu amor e sua
juventude em função do meu bem-
estar.
A todos os meus familiares, pelo apoio
e confiança que sempre demonstram.
A todos os meus amigos, cujo carinho
e compreensão foram importantes.
4
DEDICATÓRIA
A Jesus Cristo, meu amigo de todas as
horas.
5
RESUMO
Este trabalho monográfico tem o objetivo de trazer o conhecimento na
área de radioterapia, especialidade da radiologia, fazendo com que o tecnólogo
amplie seus conhecimentos e torne-se um profissional capaz de executar um
trabalho de qualidade e de alto nível dentro da área de radioterapia.
Sendo o tecnólogo em radiologia e imagem um profissional que atua em
diferentes campos faz-se necessário que este tenha o domínio, através de
estudos e pesquisas, das várias especialidades existentes em sua formação.
Daí a importância deste trabalho de pesquisa monográfica algo que
proporciona ao tecnólogo em radiologia e imagem a expansão e qualificação
deste profissional.
METODOLOGIA
6
Para realizar este trabalho monográfico foram utilizadas a observação
direta, a discussão livre com os profissionais das equipes, a pesquisa
bibliográfica com o estudos dos livros Manual de radiologia para técnicos
e Review of radiologic physics de autores de renome como Stewart C.
Bushong, Walter H. e Richard Morrise o aprendizado em radiologia num
serviço público, onde adquiri experiência e a interpretação das técnicas
radiográficas em radioterapia em um serviço privado, ambos situados na
região metropolitana do Rio de Janeiro. Também foi realizada uma pesquisa
de campo para conhecer as particularidades do pessoal técnico envolvido
nesta área.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 07
CAPÍTULO I - A descoberta das radiações ionizantes 09
CAPÍTULO II - A radiologia e radioterapia 11
CAPÍTULO III – A braquiterapia e sua utilização 13
CONCLUSÃO 29
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 31
ÍNDICE 32
FOLHA DE AVALIAÇÃO 33
8
INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo estudar pontos temáticos em questões
que discutem a situação real nos ambientes da radioterapia e a importância da
realização das radiografias para o controle de qualidade do planejamento nos
pacientes submetidos ao tratamento radioterápico.
O estudo mais profundo possibilitou identificar fatores que interferem
na situação encontrada, contribuir com sugestões que possam melhorar as
situações encontradas e o relato de procedimento efetuados para a realização
com qualidade das radiografias necessárias, ressaltando a importância do
tecnólogo na aplicação dos procedimentos.
CAPÍTULO I
9
A DESCOBERTA DAS RADIAÇÕES IONIZANTES
Toda substancia sólida, liquida, gasosa, que ocupa lugar no
espaço, constituída pela molécula, é a menor porção da matéria, chamada de
elementos, existe independente, mantendo suas propriedades químicas e
físicas, também constituída pelo átomo menor porção da molécula. A matéria
constitui em : matéria-molécula-atomo< núcleo (próton + nêutrons) eletrosfera
(elétrons).
Cada matéria é composta por entidades individuais chamadas
elementos, cada elemento é distinto um do outro por suas propriedades físicas
e químicas de seus componentes básicos, cada átomo consiste de um
pequeno centro, o núcleo, onde praticamente toda a massa do átomo está
localizada e uma nuvem de elétrons movendo-se ao seu redor.
No núcleo está localizada a massa do átomo, formada prótons e
nêutrons. No núcleo do átomo onde se dá a interação das radiações ionizantes
com a matéria, modificando ou não este átomo, isso acontece porque algumas
radiações têm mais energia que outras e tem o poder de modificar este átomo,
ou seja esta matéria. Quando se estuda radiações ionizantes não esquecer que
tudo é matéria e radiação só interage com a matéria , por isso a importância de
também estudar a matéria. Nos tratamentos de doenças como o câncer as
radiações ionizantes têm sido de grande valia.
Na natureza existem dois tipos de radiações : A que é encontrada na
natureza, são materiais com energia suficiente e em excesso , que tendem a
emitir radiação espontaneamente, ate conseguir chegar ao equilíbrio do seu
núcleo. e assim o material radioativo torna-se um material não radioativo. Cada
material radiativo tem vida própria até chegar ao equilíbrio atômico, podendo
levar anos para que isso aconteça.
Um núcleo radioativo tem excesso de energia, ao qual é constantemente
redistribuído pelos núcleos por colisões mutuas. Há um total de 103 elementos
conhecidos nos dias de hoje. desses, os primeiros 92 ocorrem na natureza
(emitem radiação naturalmente), os outros tem sido produzidos artificialmente.
A radiação artificial é criada pelo homem, em reatores destinados para
estes fins, com vários objetivos destes tratamentos de doenças , na industria ,
10
como obtenção de energia, até fins militares. É a transformação espontânea
do núcleo atômico de um nuclideo para outro, cada núcleo, em processo de
transformação emite um ou mais tipos de radiações , cuja a natureza ou
naturezas são características do nuclídeo PAI. O exemplo de um elemento que
não é radiativo e quando bombardeado por partículas de nêutrons fazendo o
elemento se tornar radioativo é o cobalto 59, que logo após a sua
transformação torna-se cobalto 60, elemento que emite radiação gama.
Em março de 1986, o físico francês Antonie Henri Bequerel, verificou que sais
de urânio emitiam radiações capazes de produzir sombras de objetos metálicos
sobre chapas fotográficas, envoltas em papel preto. Bequerel denominou de
“radiações penetrantes”.
Entre os cientistas que mais se interessaram por essa descoberta,
destacou-se o casal Curie: Pierre (França 1859-1906) e Marie Sklodowska
(Polônia 1867-1934), se dedicaram a pesquisar varias substancias radioativas,
até a descoberta a descoberta de uma substância radioativa mais potente em
termos de emissão radioativa, maior que outras antes encontradas. Os
cientistas trabalharam em condições precárias durante mais de dois anos (já
que lidavam com material radioativo), finalmente em junho de 1898, obtiveram
uma pequena amostra de um composto radioativo que foi denominado polônio,
alem do polônio, separaram uma outra substancia mais energética que levou o
nome de radium, (muito usado para fins medicinais).
Ernest Rutherford (1871-1937), constatou-se que estas radiações eram
de três espécies diferentes, às quais denominadas: Alfa, Beta e Gama.
As radiações mais usadas na radioterapia são, a Beta e Gama dessas
três, a radiação beta usada para aplicações em quelóides (má cicatrização da
pele) e a Gama usada no tratamento do câncer em unidades de cobalto 60.
CAPÍTULO II
A RADIOLOGIA E A RADIOTERAPIA
11
2.1 A radiação x
A descoberta do RX do quilovoltagem, um ano antes da descoberta da
radioatividade, em novembro de 1895, o físico alemão Wilhelm Conrad
Roentgen (1845-1923), professor de física de uma universidade alemã, estava
fazendo experiências com raios catódicos (elétrons), produzindo-os em tubos
de vidro no qual se fazia vácuo, com dois eletrodos no tubo. Era mantida uma
diferença de potencial de milhares de volts e os chamados raios catódicos
passavam do eletrodo negativo (cátodo) para o positivo (ânodo) ou colidiam
com a parede do tubo. No dia 8 de novembro Roentgen notou um brilho em
uma peça de vidro que se encontrava a pouca distância do tubo, além da
dependência brilho-ampola, que o brilho persistia mesmo quando a ampola
(tubo) era recoberta com papel. Roentgen atribuiu ao aparecimento do brilho
uma radiação que saía da ampola e que também atravessava o papel preto. A
esta radiação desconhecida, mas de existência comprovada, Roentgen deu o
nome de raios X.
O uso de uma placa fotográfica em lugar da peça de vidro foi o segundo
passo de Roentgen, cujo resultado foi a visualização dos ossos da mão de sua
esposa, que serviu de cobaia. Roentgen fez uma serie de observações acerca
dos raios X e concluiu que causa fluorescência em certas substancias,
enegrecem placas fotográficas, é a radiação do tipo eletromagnética, pois não
sofre desvio em campos elétricos ou magnéticos, são diferentes dos raios
catódicos e tornam-se mais penetrantes, após passar por absorvedores.
Após essas descobertas foram aprimorados os equipamentos de raios
X, assim foram introduzidos na medicina, a fim de auxiliar na investigação e
diagnósticos de doenças e fraturas ósseas. Logo após foram também
introduzidos no setor industrial para o controle de qualidade dos produtos
industrializados.
Após a descoberta dos raios x e de outros elementos radioativos, com
as novas tecnologias que vieram com essas descobertas , abre um espaço
12
para o uso das radiações ionizantes no tratamento de diversas doenças e uma
dessas doenças é o câncer.
2.2. A Radioterapia.
Radioterapia é uma forma de tratamento que usa radiações ionizantes.
Ou seja, aquelas que têm energia suficiente para liberar elétrons da estrutura
atômica, como, por exemplo, os raios X, raios gama, partículas beta, partículas
alfa, etc. Quando a radiação é proveniente de um aparelho como uma unidade
de cobalto ou um acelerador linear, nos quais a fonte encontra-se a uma
distância de 60 a 120 cm do paciente, a forma de tratamento é conhecida como
teleterapia.
Radioterapia e Física Radiológica estão associadas desde a descoberta
dos raios X e da radioatividade por vários aspectos que integram o médico, o
físico e o técnico.
A Radioterapia exige uma equipe multidisciplinar de profissionais
composta de médicos, físico hospitalar e técnico em radioterapia, para que o
tratamento das neoplasias malignas seja efetivo e correto7.
O técnico em radioterapia deve ter, no mínimo, o 2º grau escolar,
treinamento específico na especialidade e certificado do Conselho Regional
dos Técnicos em Radiologia.
Em termos gerais, ele tem por missão ajudar o radioterapêuta e o físico
hospitalar na preparação dos tratamentos e, principalmente, efetuar o
tratamento dos pacientes e registrar todos os dados importantes relativos a
esse tratamento. Também prepara moldes e blindagens para o paciente sob a
supervisão do físico hospitalar e participa nas simulações de tratamento.
CAPÍTULO III
BRAQUITERAPIA E SUA UTILIZAÇÃO
13
3.1 Braquiterapia
A quantidade de radiação liberada para destruir o tumor é
freqüentemente limitada pelos riscos de danos aos tecidos sadios vizinhos.
Uma maneira de se elevar esta dose é empregar pequenas fontes de radiação
em contato direto com o tumor. Este método é chamado de Braquiterapia.
O termo Braquiterapia foi primeiramente sugerido por Forsell, em 1931,
para irradiação a curta distância8. A braquiterapia constitui uma forma de
tratamento que utiliza fontes radioativas, em contato direto com o tumor, sendo
indicada em cerca de 10% dos pacientes que se submetem à radioterapia.
Pode ser empregada para qualquer neoplasia acessível a uma fonte radioativa,
sendo indicada rotineiramente no tratamento das neoplasias do colo e do corpo
uterino, da cabeça e pescoço, da região perineal e dos tecidos moles.
As fontes radioativas podem ser introduzidas em uma cavidade corporal
(braquiterapia intracavitária), Figura 1, dispostas sobre uma superfície tumoral
(molde superficial), Figura 2, ou implantadas na intimidade do tumor
(braquiterapia intersticial ou implantes), Figura 3.
Figura 1. Exemplo de Braquiterapia Intracavitária.
14
Figura 2. Exemplo de Molde Superficial.
Figura 3. Exemplo de Braquiterapia Intersticial.
Atualmente os radioisótopos mais utilizados na Braquiterapia são: o
Irídio-192, para uso temporário, e o Ouro-198 e o Iodo-125, para uso
permanente9. Existem varias modalidades na Braquiterapia, neste trabalho
faremos referencia apenas ao sistema conhecido como HDR, siglas em inglês
que significam Alta Taxa de Doses.
O equipamento utilizado para o tratamento é um Gammamed HDR,
Figura 4, o qual vem acompanhado de um sistema computadorizado de
planejamento do tratamento que consiste de um microcomputador, impressora,
plotter, mesa digitalizadora, para obter dados de uma radiografia convencional,
unidade de cartão personalizado do tratamento e um scanner para se obter
dados radiográficos de tomografia computadorizada.
15
Figura 4. Aparelho de Braquiterapia Gammamed.
3.2. O Planejamento.
O sistema de planejamento via computador permite fazer o plano de
tratamento através de imagens radiográficas dos dados referentes aos
aplicadores já inseridos no paciente e dos pontos anatômicos de interesse
(órgãos de risco) que são transferidos ao computador através da mesa
digitalizadora.
O físico, como conhecedor dos fenômenos atômicos e nucleares,
controla o uso das fontes de radiação, desenvolve programas de controle de
qualidade, propicia rápida assimilação e desenvolvimento de novas
16
tecnologias, atualizando planos de tratamento, assegurando aos pacientes
maior curabilidade e melhor qualidade de vida.
3.3. Simulação.
Neste trabalho relataremos os procedimentos radiográficos utilizados na
Braquiterapia para o planejamento do tratamento do câncer ginecológico.
As radiografias a serem realizadas como parte do procedimento visam
comprovar o correto posicionamento dos aplicadores, Figura 5, e a posição das
fontes dentro deles, logo a seguir são utilizadas para o planejamento do
tratamento, Figura 6. Este procedimento permite simular inicialmente como vai
a ser o tratamento radiante, qual vai ser a dose no tumor e nos diferentes
órgãos vizinhos, assim como o tempo de duração do mesmo.
Figura 5. Aplicador utilizado para o tratamento radiante ginecológico.
17
Figura 6. Planejamento computadorizado do tratamento.
3.4. Exames Radiográficos
Uma vez que se decide o uso da braquiterapia como técnica para
tratamento do câncer ginecológico, a paciente é preparada previamente.
Usualmente se utiliza algum tipo de sedativo, para aliviar os incômodos durante
os procedimentos, já que em caso do tratamento de câncer ginecológico a
paciente fica o tempo todo em posição ginecológica com os aplicadores
inseridos na cavidade vaginal.
Depois que o médico radioterapêuta coloca os aplicadores junto com os
simuladores de fonte para
simular a posição delas
no futuro tratamento,
Figura 7; procede-se à
realização das radiografias
que serão utilizadas na
verificação da colocação
correta dos aplicadores
ginecológicos e no
planejamento do tratamento.
18
Figura 7. Colocação dos aplicadores com os simuladores.
3.5. Protocolos Técnicos.
São realizadas duas radiografias nas posições antêro-posterior (AP) e
lateral (L), para isso utilizamos o Bucky feito para tal objetivo, Figura 8. Os
filmes radiográficos de tamanho 35 x 35 cm são colocados previamente no
chassi tamanho 35 x 43 cm, ficando dessa forma prontos para serem usados.
19
Figura 8. Realização das radiografias AP e L no Bucky da mesa de tratamento.
Primeiramente realizamos a radiografia antêro-posterior, Figura 9.
Colocamos o filme dentro do chassi, Figura 10, o qual possui um tamanho
maior que o filme, portanto a colocação deve sempre ser na posição de
referencia que permita localizar facilmente o centro do alvo radiográfico.
Figura 9. Radiografia antêro-posterior.
20
Figura 10. Chassi utilizado para exame radiográfico na braquiterapia.
Levamos o aparelho móvel de Raios-X Intercal CR 125, Figura 11, até a
mesa de tratamento; direcionado a ampola a uma distancia foco-filme-objeto,
relacionado à paciente, evitando assim uma possível distorção da imagem. A
técnica radiográfica utilizada para a realização do exame em AP é: mA 100,
com um tempo de 0,2 e kV de 90. A radiografia Lateral é realizada com 150
mA e maximo valor de kV com tempo de exposição de 2,6.
Figura 11. Aparelho de Raios-X utilizado na braquiterapia.
21
Aqui é importante relatar que esta técnica utilizada, não é sempre um
valor fixo, já que vai depender muito da estrutura anatômica da paciente
(espessura e composição corporal). Visando obter uma boa visibilidade do
detalhe anatômico os valores da técnica podem variar em função da
necessidade de melhorar o contraste radiográfico. Este fato é necessário já que
a localização dos órgãos de risco (reto e bexiga) que se encontram perto do
aplicador é feita em função da sua localização anatômica, portanto uma boa
densidade ótica (DO) é necessária para a obtenção de uma radiografia de
qualidade uma vez que se variam os parâmetros técnicos em função do
paciente.
Seguidamente realizamos a radiografia Lateral, levando em
consideração os mesmos critérios anteriormente expostos. Figura 12.
Figura 12. Realização da radiografia lateral.
Uma vez feitas às radiografias, se procede ao processamento dos
filmes, utilizando uma processadora automática Macrotec MX-2, Figura 13.
Ambas as Radiografias Figuras 14 e 15, são entregues ao físico-médico quem
avaliará se os mesmos têm a qualidade requerida para: verificar o
22
posicionamento dos aplicadores, verificar o futuro posicionamento da fonte
durante o tratamento e para ser usados no planejamento.
Figura 13. Processadora automática utilizada para a obtenção das radiografias.
Figura 14. Verificação anterior do posicionamento dos aplicadores.
23
Figura 15. Verificação anterior do posicionamento dos aplicadores.
3.6. Analise De Dados.
Foi realizada uma pesquisa de campo para conhecer um pouco mais
sobre o pessoal técnico envolvido na área da Braquiterapia. Para isso,
contamos com a colaboração dos próprios técnicos atuantes para preencher
um questionário, vide Anexos, com 10 perguntas que oferecem uma idéia mais
ampla sobre a formação e atuação dos técnicos na área. Contudo, foram
entrevistados um total de 13 técnicos que atuam na Braquiterapia em um
hospital federal e de um serviço privado, ambos na região metropolitana do Rio
de Janeiro. A amostra, composta por 13 técnicos, sendo cinco do sexo
feminino (38,46%) e 8 do masculino (61,54%). Desse universo três estão
compreendidos na faixa etária entre 20 a 29 anos e três entre 30 e 39 anos,
representando ambos por separado um 23,07% do total, o restante 53,84% da
amostra; sete pessoas estão na faixa de 40 ou mais anos, Gráfico 1. Quanto ao
tempo de trabalho, cinco tem até cinco anos de exercício 38,46%, um; 7,7%
tem oito anos de trabalho e o resto 53,85% do total (7 pessoas) mais de 20
anos de atuação, Gráfico 2.
24
Sobre a situação empregatícia, os resultados mostram que 69,23%; nove
pessoas possuem um emprego só enquanto quatro (30,77%) tem dois
empregos. Deste total analisado oito, 61,54% nunca atuaram na área de
Radiodiagnostico, três; 23,07% já tiveram alguma relação e apenas dois;
15,38% do total ainda atuam, Gráficos 3 e 4.
25
A Tabela 1 mostra as datas de inscrição dos profissionais no Conselho
Regional de Técnicos em Radiologia (CRTR) por ano e em termos percentuais.
Registro no
CRTR
Antes de
1990
Entre
1990 e 1995
Entre
1996 e 2000
Entre
2000 e 2005
Quantidade 5 2 3 3
Percentual 38,46% 15,38% 23,07% 23,07%
Tabela 1. Data de inscrição dos entrevistados no CRTR
26
Referente a superação, atualização profissional e incentivos para o trabalho
dois; 15,38% nunca tem participado de eventos científicos na área de
radioterapia, 3; 23,07% tem participado no mínimo em dois eventos e a mesma
cifra em até 5 vezes. O 38,46% do total, cinco profissionais tem participado em
mais de cinco eventos. De todos eles dois; 15,38% não possuem literatura
alguma sobre Radioterapia; cinco, possuem um livro, 38,46%; três tem dois
livros, 23,07%; dois possuem três livros para um 15,38% e apenas uma pessoa
tem mais de cinco livros, 7,7% do total. Seguindo esta mesma tendência,
38,46% da amostra, (cinco pessoas), nunca tem recebido incentivos para sua
superação ou compra de material didático por parte dos empregadores, quatro;
30,77% tem recebido raramente, três; 23,07% afirmam que freqüentemente
são incentivados e apenas um; 7,7% recebe sempre o estimulo. Estes
resultados são mostrados em conjunto na Tabela 2.
Participação em cursos de atualização ou eventos científicos na área de
Radioterapia.
Nunca Participou Participou até
duas vezes
Participou até
cinco vezes
Participou mais de
cinco vezes
2 (15,38%) 3 (23,07%) 3 (23,07%) 5 (38,46%)
Livros sobre Radioterapia em poder dos entrevistados.
Nenhum Um Dois Três Mais de Cinco
2 (15,38%) 5 (38,46%) 3 (23,07%) 2 (15,38%) 1 (7,7%)
São incentivados pelos empregadores para participar em eventos, cursos ou
adquirir livros.
Nunca Raramente Freqüentemente Sempre
5 (38,46%) 4 (30,77%) 3 (23,07%) 1 (7,7%)
Tabela 2. Superação, atualização profissional e incentivo para o trabalho.
A respeito das radiografias realizadas durante os procedimentos, 11
profissionais, 84,62% do total realizam sempre duas incidências, enquanto
dois, 15,38% realizam até quatro; Gráfico 5, aqui é importante ressaltar que
27
duas incidências se entende como a quantidade necessária para a realização
do procedimento, ou seja, não existem radiografias rejeitadas. Do total
analisado somente quatro; 30,77% afirmam receber elogios dos médicos sobre
a qualidade das radiografias realizadas, enquanto nove; 69,23% dizem não
receber elogios nem reclamações por se tratar de procedimentos
padronizados. Já sobre os problemas que interferem na qualidade das
radiografias, oito profissionais; 61,54% acusam como o principal problema à
não colaboração do paciente; o resto 46,14% se divide entre limitações da
aparelhagem e intercorrências no processamento do filme. Gráficos 5, 6, e 7.
28
Gráfico 7. Problemas que interferem para repetição das radiografias.
29
CONCLUSÃO
A razão deste trabalho de pesquisa é sensibilizar os tecnólogos em
radiologia para importância e necessidade deste tipo de trabalho em sua
formação acadêmica. Uma monografia exige esforço e dedicação por parte de
quem faz, porém permiti um conhecimento mais profundo e exato sobre o tema
abordado, capacitando cada vez mais o profissional, que deixa de ser aquele
que simplesmente passa conhecimentos, e passa a ser um especialista que
domina um tema e o utiliza com maior segurança.
O tecnólogo em radiologia deve estar sempre inclinado ao ato de
pesquisar, ao trabalho monográfico, pois somente através da pesquisa
ampliam-se conhecimentos, excluem-se dúvidas e aperfeiçoam-se os
profissionais.
O tecnólogo que está continuadamente em movimento: estudando,
pesquisando e aprofundando-se em temas será mais capaz de explanações
seguras e de qualidade.
A técnica radiográfica é uma combinação de fatores necessários para
expor uma região anatômica com a finalidade de realizar uma radiografia.
Esses fatores têm que ser cuidadosamente avaliados pelo técnologo, já que é
ele quem é responsável e decide se o filme tem ou não qualidade necessária
para ser enviado ao físico-médico. Neste ponto sugiro a necessidade por parte
do tecnologo de avaliar cuidadosamente as características anatômicas de cada
paciente em particular, visando assim eliminar a possibilidade de repetição das
radiografias devido ao uso de técnicas não apropriadas para uma anatomia
específica.
Pelos estudos realizados, pela pesquisa desenvolvida e exporta nesta
monografia, conclui-se que o objetivos desse trabalho mostrar a necessidade
da pesquisa, da ampliação dos estudos, da dedicação do profissional em busca
do aperfeiçoamento em sua área. Com isso têm-se profissionais capazes de
30
exercer melhor suas funções, transmitindo segurança no que se propõem a
fazer.
31
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
STEWART C. BUSHONG. Manual de Radiologia para Técnicos. Física,
Biología y Protección Radiológica. 6ta edición. Harcourt-Brace de España S.A.
1998.
NE-3.01. Diretrizes Básicas de Radioproteção. CNEN - Comissão Nacional de
Energia Nuclear. Brasil. D.O.U, 1 de agosto de 1988.
WALTER H.; RICHARD M. Review of Radiologic Physics. Library of Congress.
USA, 1995.
INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER. Manual para técnicos em Radioterapia.
Programa de Qualidade em Radioterapia. INCA-MS. Brasil, 2000.
INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER. 1º Curso de Reciclagem para Técnicos
em Radioterapia. Programa de Qualidade em Radioterapia. INCA-MS. Brasil, 2
ÍNDICE
32
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÌTULO I
A descoberta das radiações ionizantes 09
CAPÍTULO II
A radiologia e a radioterapia 11
2.1 – A radiação X 11
2.2 – a radioterapia 12
CAPÍTULO III
A braquiterapia e sua utilização 13
3.1 - Simulação 13
3.2 - Exames radiográficos 15
3.3 - Protocolos técnicos 16
3.4 - Analises de dados 17
3.5 - Protocolos técnicos 18
3.6 - Analise de dados 23
CONCLUSÂO 29
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 31
ÍNDICE 32
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
33
Título da Monografia: Procedimentos radiográficos para o planejamento dos
tratamentos ginecológicos em braquiterapia
Autor: Marta Gomes de Araújo
Data da entrega:
Avaliado por: Conceito:
Atividades culturais
34