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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA ADERÊNCIA DO SCRUM AO PMBOK Por: Wellington Souza Amaral Orientador Prof. Nelsom Magalhães Rio de Janeiro 2012

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

ADERÊNCIA DO SCRUM AO PMBOK

Por: Wellington Souza Amaral

Orientador

Prof. Nelsom Magalhães

Rio de Janeiro

2012

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

ADERÊNCIA DO SCRUM AO PMBOK

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em Gerencia de projetos.

Por: Wellington Souza Amaral.

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AGRADECIMENTOS

Ao Tribunal de Justiça do Estado do

Rio de Janeiro, por promover a

formação e excelência de seus

funcionários, a Michele Oliveira, pelo

empenho em garantir a realização

desse curso, ao Renato Warwar, que

me permitiu usar vários conhecimentos

sintetizados nesse trabalho nos

projetos da DIPOR.

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DEDICATÓRIA

A minha esposa Luciana, minha

companheira em todos os momentos, a

minha filha Júlia, que fez silêncio para

eu poder estudar, aos meus pais Elton

e Ivete, cujo maior legado foi o estudo

e a educação, e aos meus irmãos

Adriano e Elizabel, pela paciência e

compreensão nos momentos em que

estou recluso aos estudos. Eu dedico a

vocês os meus melhores dias.

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RESUMO

O presente trabalho versa sobre a aderência do Scrum, que é uma

metodologia de gerência de projetos cujo uso tem crescido rapidamente em

meio a projetos de desenvolvimento de software, ao Guia Project Management

Body of Knowledge (PMBOK), que é referência no mundo em gerência de

projeto.

As duas primeiras partes desse trabalho apresentam de forma sintética

os principais elementos e características do PMBOK e do Scrum. Na terceira

parte é realizado um aprofundamento dos processos formais e os não formais

existentes no Scrum. Onde os processos do Scrum, mesmo os empíricos, são

identificados e classificados de acordo com as áreas de conhecimento do

PMBOK. A conclusão pontua os aspectos de maior significância desse

trabalho, esclarecendo as características mais acentuadas do Scrum, suas

vantagens e desvantagens, e suas possibilidades de aplicação em projetos.

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METODOLOGIA

A metodologia utilizada na elaboração deste trabalho foi a pesquisa

bibliográfica em livros, artigos de revistas e da internet, jornais, guias, as

principais fontes de consultas foram o próprio PMBOK 4ª edição 2008 e o livro

Scrum e XP direto das Trincheiras, que traz um case real bem completo e

complexo da aplicação do Scrum combinado com o eXtreme Programming

para o desenvolvimento de software.

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SUMÁRIO

AGRADECIMENTOS ......................................................................................... 3

DEDICATÓRIA................................................................................................... 4

RESUMO ........................................................................................................... 5

METODOLOGIA ................................................................................................ 6

INTRODUÇÃO ................................................................................................... 9

Capítulo I - PBMOK .......................................................................................... 11

Capítulo II - SCRUM ........................................................................................ 18

Capítulo III - ADERÊNCIA ................................................................................ 27

CONCLUSÃO .................................................................................................. 39

CONCLUSÃO .................................................................................................. 39

Glossário .......................................................................................................... 43

BIBLIOGRAFIA CITADA .................................................................................. 45

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ....................................................................... 46

WEBGRAFIA ................................................................................................... 47

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INTRODUÇÃO

Scrum é um método ágil de gerenciamento de projetos de software,

concebido por Jeff Sutherland no início dos anos 90. Nos últimos anos tem

sido amplamente utilizado para o gerenciamento de projetos de software. E,

devido a seu sucesso nessa área, tem sido adotado em outros ramos da

indústria. A capa do caderno Boa Chance do jornal O globo de 15 de fevereiro

de 2009 trazia a seguinte manchete "Fim ao Planejamento sem Fim", cujo

primeiro parágrafo trazia o seguinte texto:

"Um método de trabalho, inicialmente utilizado no desenvolvimento de softwares, está virando febre entre empresas brasileiras. Trata-se do Scrum, conceito que chegou ao Brasil há três anos e agora começa a chamar a atenção, inclusive de áreas além da computação."

(MARCH, 2009)

(O Globo, 2009, Capa do caderno boa chance)

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Em pesquisa da PMSURVEY.ORG em 730 organizações de 18

setores diferentes no Brasil, na Argentina, na França e no Uruguai, quando

essas organizações foram perguntadas se usavam algum método ágil para

gerenciamento de projetos, 23% das organizações responderam que usam o

Scrum como metodologia para gerenciamento de projetos. O gráfico 1

representa a distribuição das respostas a essa pergunta.

gráfico 1 - Pesquisa da PMSURVEY.ORG sobre o uso de metodologias ágeis para

gerenciamento de projetos. (http://201.49.223.58:8080/PBEnquete3/public/login.xhtml)

Mas a dúvida que surge é se o Scrum é uma metodologia de

gerenciamento de projetos completa em si mesmo e se ele é aplicável em

qualquer tipo de projeto. Vamos então colocar uma lente de aumento sobre os

processos do Scrum e verificar a sua compatibilidade com o conjunto de boas

práticas para gerenciamento de projetos que é referência no mundo todo, o

Project Management Body of Knowledge, que para muitos é o estado da arte

no gerenciamento de projetos.

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Capítulo I - PBMOK

O Project Management Body of Knowledge (Corpo de conhecimento

de Gerência de Projetos) ou simplesmente PMBOK é mantido pelo PMI

(Project Management Institute). O PMI, que foi fundado em 1969, é uma

organização sem fins lucrativos que visa normatizar e desenvolver a gerência

de projetos em todo mundo. Sua sede está na Pensilvânia-EUA e possui mais

de 240.000 membros distribuídos em 160 países. O PMBOK reúne as práticas

bem sucedidas dessas organizações na gerência de projetos. Formando nessa

publicação o corpo do conhecimento do gerenciamento de projetos.

Um projeto, segundo o PMBOK, é um esforço temporário empreendido

para criar um produto, serviço ou resultado exclusivo. Essa definição é

importante para distanciar o projeto de um trabalho operacional, que produz

produtos ou serviços idênticos de forma contínua. Como uma fábrica de

vassouras que produz o mesmo tipo de vassoura dia após dia.

Ainda segundo o PMBOK, o gerenciamento de projetos é a aplicação

de conhecimento, habilidades, ferramentas e técnicas às atividades do

projeto a fim de atender aos seus requisitos.

Para que um projeto seja bem-sucedido, a equipe do projeto deve:

• Selecionar os processos apropriados necessários para cumprir os objetivos do projeto;

• Usar uma abordagem definida que possa ser adotada para atender aos requisitos;

• Cumprir os requisitos para atender às necessidades e expectativas das partes interessadas e obter um equilíbrio entre as demandas concorrentes de escopo, tempo, custo, qualidade, recursos e riscos, para gerar o produto, o serviço ou o resultado especificado.

(PMBOK, 2008, PAG. 38)

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Em sua 4ª edição de 2008 ele identifica 42 processos distribuídos por

cinco grupos de processos do ciclo de vida do projeto. Os cinco grupos de

processos são:

• Processos de iniciação: São processos que são realizados para

definir um novo projeto e obter a autorização para o iniciar um

projeto.

• Processos de planejamento: Quase metade dos processos estão

nesse grupo. Pois são nesses processos em que o escopo do

projeto é identificado e as ações necessárias para alcançar esse

escopo são planejadas, levando em consideração de tempo de

duração, custo, os risco envolvidos, qualidade esperada, os

recursos humanos necessários, aquisições que precisarão ser

feitas e a comunicação entre as partes envolvidas no projeto.

Também são nesses processos que serão definidas como essas

atividades serão monitoradas e controladas.

• Processos de execução: aquilo que foi planejado será executado

nos processos desse grupo.

• Processos de monitoramento e controle: Nesses processos as

ações executadas são revisadas e acompanhadas para que

alcancem os seus objetivos conforme o planejamento. Caso

algum processo se desvie do planejado, medidas devem ser

tomadas para que esse desvio não comprometa os objetivos do

projeto.

• Processos de encerramento: Processos que finalizam

formalmente o projeto.

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A figura 1 ilustra como os grupos de processos interagem entre si para

formar o ciclo de vida do projeto.

figura 1 - Grupo de processo de gerenciamento de projetos.

(PBMOK, 2008, PAG.40)

Os grupos de processos não são fases. Em muitos momentos os

grupos de processo se sobrepõem durante o ciclo de vida do projeto. A figura 2

ilustra os momentos de atividade de cada grupo.

figura 2 - Os grupos de processos interagem em uma fase ou em um projeto. (PMBOK, 2008, PAG.41)

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Os mesmos 42 processos são classificado ainda pelo PMBOK em 9

áreas de conhecimento a saber:

• Gerenciamento do escopo do projeto - processos que

levantam o escopo do projeto. Tudo aquilo que o projeto deve

realizar tem que estar no escopo.

• Gerenciamento do Tempo do projeto - processos que

trabalham com o tempo necessário para execução do projeto

e definem a data de término do projeto.

• Gerenciamento de Custo do projeto - processos que

estimam qual será o custo do projeto.

• Gerenciamento da Comunicação do projeto - processos

que organizam as comunicações entre as partes interessadas

no projeto.

• Gerenciamento de Risco do projeto - identifica os riscos

negativos e positivos do projeto planejando uma respostas a

eles.

• Gerenciamento da Qualidade do projeto - planeja, garante

e controla a qualidade dos produtos, serviços ou resultados

do projetos.

• Gerenciamento de Recursos Humanos do projeto - inclui

os processos que gerenciam a equipe do projeto.

• Gerenciamento de Aquisição do projeto - inclui os

processos que realizam as compras de produtos ou as

contratações de serviços necessários para alcançar os

objetivos do projeto.

• Gerenciamento da Integração do projeto – inclui os

processos que integram todas as áreas de conhecimento.

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Tabela 1 - Mapeamento de grupos de processos de gerenciamento

de projetos e áreas de conhecimento

Áreas de Conhecimento

Iniciação Planejamento Execução Monitoramento e controle

Encerramento

Integração

1. Desenvolver o termo de abertura do projeto

2. Desenvolver o plano de gerenciamento do projeto

3. Orientar e gerenciar a execução do projeto

4. Monitorar e controlar o trabalho do projeto 5. Realizar o controle integrado de mudanças

6. Encerrar o projeto ou fase

Escopo 1. Coletar os requisitos 2. Definir o escopo 3. Criar a EAP

4. Verificar o escopo 5. Controlar o escopo

Tempo

1. Definir as atividades 2. Sequenciar as atividades 3. Estimar os recursos das atividades 4. Estimar as durações das atividades 5. Desenvolver o cronograma

6. Controlar o cronograma

Custos 1. Estimar os custos 2. Determinar o orçamento

3. Controlar os custos

Qualidade 1. Planejar a qualidade

2. Realizar a garantia de qualidade

3. Realizar o controle da qualidade

Recursos Humanos

1. Desenvolver o plano de recursos humanos

2. Mobilizar a equipe do projeto 3. Desenvolver a equipe de projeto 4. Gerenciar a equipe do projeto

Comunicação

1. Identificar as partes interessadas

2. Planejar as comunicações

3. Distribuir as informações 4. Gerenciar as expectativas das partes interessadas

5. Reportar o desempenho

Riscos

1. Planejar o gerenciamento dos riscos 2. Identificar os riscos 3. Realizar a análise qualitativa dos riscos 4. Realizar a análise quantitativa dos riscos 5. Planejar as respostas aos riscos

6. Monitorar e controlar os riscos

Aquisição

1. Planejar as aquisições 2. Conduzir as aquisições

3. Administrar as aquisições

4. Encerrar as aquisições

(PMBOK,2008, PAG.43)

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Cada processo tem os seguintes elementos:

• Entradas: são as saídas de outros processos ou demandas

externas ao projeto.

exemplo: O processo definir o escopo tem como entrada o

termo de abertura do projeto, documentação de requisitos e os

ativos de processos organizacionais.

• Saídas: é o produto criado ou transformado na atividade do

processo.

exemplo: o processo desenvolver cronograma tem como saída o

cronograma do projeto.

• Ferramentas e técnicas: São instrumentos que possibilitam e

auxiliam a atividade do processo. exemplo: o processo

Identificar os riscos tem como ferramentas e técnicas as

revisões de documentação, as técnicas de coleta de

informações (brainstorming, técnica delphi, entrevistas, Análise

da causa-raiz), opinião especializada entre outras.

Os processos de gerenciamento de projetos são aplicados globalmente e nos mais variados setores e indústrias. “Boa prática” significa que existe um acordo geral de que a aplicação dos processos de gerenciamento de projetos pode aumentar as chances de sucesso em uma ampla série de projetos.

(...)

Os gerentes de projetos e suas equipes devem abordar com cuidado cada processo e as entradas e saídas que o constituem. Este capítulo deve ser usado como um guia para os processos que devem ser considerados ao gerenciar o projeto. Este esforço é conhecido como adequação.

(PMBOK, 2008, PAG. 39)

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A prescrição dos processos do PMBOK não significa que a sua adoção

seja mandatória para todo projeto e em todo tipo de organização. De acordo

com as necessidades do projeto, das características da organização e das

competências da equipe do projeto, os processos do PMBOK devem ter sua

aplicação e relevância avaliadas.

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Capítulo II - SCRUM

O nome vem de uma jogada no rúgbi. Após uma jogada irregular ou

em alguma penalização, os oito avançados das duas equipes fazem uma

formação uns contra os outros. A figura 3 ilustra a jogada.

figura 3 - foto da jogada de Scrum do rúgbi (http://www.mrfu.mn/c/rugby-laws)

O nome e o trabalho em equipe são as únicas coisas em comum entre

o Scrum do gerenciamento de projetos e o Scrum do Rúgbi.

Dentro do desenvolvimento de software ele se enquadra na categoria

dos processos de desenvolvimento ágil.

Os processos ágeis surgiram em contraponto aos métodos tradicionais

que são caracterizados por uma pesada documentação, vários processos de

definição e levantamento de requisitos antes que as codificações sejam

iniciadas. Os processos ágeis ao contrário dos processos tradicionais são

caracterizados por adaptabilidade e se concentrar naquilo que traz valor para o

cliente.

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O manifesto ágil:

"Estamos descobrindo maneiras melhores de desenvolver software, fazendo-o nós mesmos e ajudando outros a fazerem o mesmo. Através deste trabalho, passamos a valorizar: Indivíduos e interações mais que processos e ferramentas Software em funcionamento mais que documentação abrangente Colaboração com o cliente mais que negociação de contratos Responder a mudanças mais que seguir um plano Ou seja, mesmo havendo valor nos itens à direita, valorizamos mais os itens à esquerda."

(http://www.agilemanifesto.org/iso/ptbr/)

A sabedoria convencional em desenvolvimento de software afirma que os custos de mudanças aumentam de forma não linear conforme o projeto avança. É relativamente fácil assimilar uma mudança quando uma equipe de software está juntando requisitos. Pode-se ter de alterar um detalhamento do uso, ampliar uma lista de funções ou editar uma especificação por escrito. Os custos de tal trabalho são mínimos e o tempo demandado não afetará negativamente o resultado do projeto. Mas se adiantarmos alguns meses, o que aconteceria? a equipe está em meio aos testes de validação (o que ocorre relativamente no final do projeto) e um importante interessado está requisitando uma mudança funcional de vulto. A mudança requer uma alteração no projeto da arquitetura do software, o projeto e desenvolvimento de três novos componentes, modificações em outros cinco componentes, projeto de novos testes, e assim por diante. Os custos crescem rapidamente e não serão triviais o tempo e custos necessário para assegurar que a mudança seja feita sem efeitos colaterais.

(PRESSMAN, 2011, PAG.83)

É nesse contexto descrito por Pressman que os processos ágeis

encontraram terreno fértil para crescerem. A principal características dos

processos ágeis é a adaptabilidade, resiliência e robustez que eles têm a

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mudanças. O que nos processos tradicionais poderiam levar atrasos no

cronograma, estouros de orçamento e até mesmo ao fracasso do projeto, nos

ágeis, as várias mudanças no escopo são acomodadas com razoável

facilidade. Os processos ágeis foram criados justamente para terem essa

característica de trabalhar em ambientes e escopos instáveis.

Entre as principais características do Scrum podemos citar:

• é um processo ágil para gerenciar e controlar o desenvolvimento de projetos;

• é um wrapper para outras práticas de engenharia de software;

• é um processo que controla o caos resultante de necessidades e interesses conflitantes;

• é uma forma de aumentar a comunicação e maximizar a cooperação;

• é uma forma de detectar e remover qualquer impedimento que atrapalhe o desenvolvimento de um produto;

• é escalável desde projetos pequenos até grandes projetos em toda empresa.

(http://www.igorfernandes.com.br/ined/ES/Cap15%20-%20SCRUM.doc, PAG.

8)

Os principais elementos do Scrum são:

• work item - é cada entregável do projeto que é construído durante

sua execução;

• tarefa - são as atividades necessárias para realizar um Work Item;

• product backlog. é a lista de works itens e o escopo do projeto;

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• product owner - é o proprietário do produto, é o cliente e

patrocinador do projeto, e é quem deve definir e priorizar o product

backlog;

• team - é a equipe do projeto que tem entre 4 e 9 pessoas.

• Scrum master - é o líder do projeto, quem gerencia a equipe do

projeto e normalmente conduz as reuniões de trabalho;

• partes interessadas - são as pessoas ou instituições que possuam

interesse no projeto;

• sprint - dentro do ciclo de vida do projeto, são realizados vários

sprints que duram de 2 a 6 semanas. Ao final de cada sprint um

grupo de work itens do backlog é entregue;

• sprint backlog. é um subconjunto da lista de work itens do product

backlog que será executada no sprint seguinte. Geralmente é

composta pelos work itens mais importantes da product backlog e

ainda não finalizados;

• daily Scrum - é uma reunião com equipe do projeto que ocorre

durante o sprint, com freqüência diária e dura entre 15 a 30

minutos;

• reunião de planejamento do sprint (sprint planning meeting) - é

uma reunião que ocorre antes de cada sprint para planejar o sprint

e definir o sprint backlog;

• revisão do sprint (sprint review) - é uma reunião de revisão do

Sprint. Ocorre ao final do Sprint onde tudo aquilo que foi

desenvolvido durante aquele sprint é apresentado para as partes

interessadas.

• retrospectiva do sprint (sprint retrospective) - é uma reunião da

equipe do projeto que ocorre após o sprint review. O objetivo é

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encontrar o que deu errado ou certo dentro do sprint e checar o

que pode ser corrigido ou melhorado para os próximos sprints.

A figura 4 ilustra o ciclo de vida do projeto no Scrum.

figura 4 - Ciclo de vida do Scrum (autor)

Tudo começa com a escolha do time. Ele deve ter entre 4 e 9 pessoas.

Esse limite é importante, pois uma equipe maior que isso seria uma fonte de

problemas de comunicação. Deve se também escolher o scrum Master e

definir quem será o product owner. O scrum master faz parte da equipe do

projeto, o product Owner não. Ele é o patrocinador do projeto ou seu

representante. É fundamental que as partes interessadas tenham claramente

quem são essas pessoas.

O product owner deve construir e priorizar o backlog. Essa lista pode

sofrer alterações durante o projeto de acordo com o andamento do mesmo.

O planejamento de sprint é uma reunião crítica, provavelmente o evento mais importante no Scrum (na minha opinião, claro). Um encontro de planejamento de sprint mal feito pode bagunçar totalmente um sprint.

equipe do projeto.

Reunião de planejamento do sprint

Prio

ridad

e

product owner

sprint backlog

product backlog

scrum master

SPRINT 2 a 6 semanas.

reunião diária

produtos (entregáveis)

revisão

retrospectiva

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O propósito da reunião de planejamento do sprint é dar à equipe informação suficiente para trabalharem em paz por algumas semanas, e para dar ao product owner confiança suficiente para deixá-los fazerem isto.

(KNIBERG, 2007, PAG.15)

Os Sprints são planejados no sprint planning meeting, cuja meta é

definir o objetivo principal do Sprint, definir o sprint backlog, definir quais as

tarefas necessárias para cada work item e decidir quanto tempo durará o

sprint.

A duração do sprint deve ter entre 2 e 6 semanas. A duração deve ser

longa o suficiente para que a equipe do projeto possa produzir um entregável

que tenha valor para o negócio e o mais curta possível para dar agilidade a

organização e não ficar suscetível a problemas na mudanças de escopo do

projeto.

O sprint backlog será composto pelos work itens com maior prioridade

do backlog do projeto, como ilustra a figura 5. A quantidade de work itens que

irá compor o sprint backlog vai depender do que será possível concluir dentro

de um único sprint com duração já definida. Nessa equação, a duração do

sprint se mantém constante e o escopo varia para se adequar ao tempo

disponível.

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(autor)

Durante o sprint são realizadas reuniões diárias com a equipe do

projeto que duram entre 15 e 30 minutos. Normalmente são realizadas no

mesmo lugar e no mesmo horário. Cada membro da equipe responde a três

perguntas:

• O que ele fez desde o último daily meeting.

• Se ele está encontrado problemas para executar a tarefa.

• O que ele fará até próximo daily meeting.

Atualizar o andamento do projeto no quadro de tarefas figura 6 e

identificar quais são obstáculos que a equipe está encontrando ao executar as

tarefas são os objetivos dessa reunião diária.

duração do work item

Prio

ridad

e

duração do sprint

Product backlog Sprint backlog

figura 5 - product backlog e sprint backlog

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figura 6 - quadro de tarefas do sprint (KNIBERG, 2007, PAG. 49)

Ao final de cada sprint é realizada uma reunião de revisão, onde os

entregáveis prontos são apresentados para as partes interessadas. O objetivo

essencial é validar o que foi realizado no sprint por meio do feedback dos

interessados. Essa avaliação pode referendar a qualidade do que se foi

construído e alterar os objetivos dos próximos sprints

Após a reunião de revisão, é realizada uma reunião de retrospectiva

somente com a equipe do projeto e product owner. Segundo KNIBERG (2007,

PAG. 69), esse é o segundo evento mais importante no Scrum, o primeiro

seria a reunião de planejamento do sprint. Usando brandstorming ou técnica

de delphi são identificadas oportunidades de melhoria, como se o projeto

pudesse ser realizado novamente. Algumas sugestões são selecionadas e as

lições aprendidas podem ser aplicadas nos próximos sprints. Essa ação de

inspeção é importante para a melhoria continua do projeto e do próprio scrum

que pode ser customizado ciclo após ciclo.

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São realizados tantos sprints quantos necessários para finalizar

product backlog.

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Capítulo III - ADERÊNCIA

O Scrum, pela sua natureza menos formal, possui pouquíssimos

processos formais que congregam muitos sub-processos informais e

empíricos.

Existem dois tipos de processos: definidos e empíricos. Processos definidos são aqueles que determinam o que deve ser feito, quando e como. Para um mesmo conjunto de variáveis de entrada, deve-se esperar o mesmo resultado sempre. Um exemplo bem conhecido de processo definido é o RUP da IBM (Rational). O RUP é um processo de desenvolvimento de software que define quais as atividades necessárias para que o produto, ou software, seja construído de forma repetitivel. (...)

O Scrum, como um bom processo empírico, parte do princípio que nem todas as características do produto são conhecidas na análise e que provavelmente os requisitos mudarão com o passar do tempo.

(http://www.Scrum-master.com)

O Scrum prevê somente os seguintes processos:

ü Criação do product backlog.

ü Sprint planning meeting.

ü Executar sprint.

ü Daily Scrum meeting.

ü Revisar sprint

ü Retrospectiva

Cada processo desse é composto por um ou mais sub-processos

informais que, segundo a classificação do PMBOK, podem pertencer a áreas

de conhecimento diferentes.

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3.1. Processos Scrum e áreas de conhecimento do PMBOK.

A seguir, identificamos e classificamos esses sub-processos de acordo

com as áreas de conhecimento do PMBOK.

3.1.1. Gerenciamento do escopo.

No PMBOK os processos para gerenciamento do escopo são: coletar

requisitos, definir escopo, criar a estrutura analítica do projeto, verificar o

escopo, controlar escopo.

No Scrum, podemos identificar os seguintes processos para o

gerenciamento do escopo:

3.1.1.1.Definir do product backlog.

O product backlog é criado pelo product owner, que identifica as

demandas e solicitações de mudança que o projeto deverá atender. O objetivo

é reduzir a uma lista as demandas, solicitações, necessidades internas ou

externas que a organização tem para o projeto.

3.1.1.2.Definir do sprint backlog

O sprint backlog será um subgrupo do escopo principal do projeto. Ele

será o escopo do sprint seguinte. Ele é composto pelos work itens mais

prioritários ainda não concluídos do product backlog. Durante a execução do

sprint, o sprint backlog deve ser manter inalterado. Isso evita mudanças

constantes no trabalho da equipe e matem um planejamento inalterado

enquanto o sprint está rodando. Caso um fator externo e superveniente

aconteça e é imprescindível que o sprint backlog tenha que ser alterado, o

sprint deve ser cancelado e todo ciclo do sprint deve ser iniciado novamente. O

objetivo é separar um subgrupo do product backlog para ser realizado dentro

do sprint que deve durar até 6 semanas.

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3.1.1.3.Planejar as tarefas dos work itens.

O work item é descrito a nível de negócio e para realizá-lo são

necessárias a execução de uma ou mais tarefas. A tarefa é aquilo que precisa

ser feito para realizar o work item. E identificar todas as tarefas necessárias

para a realização de cada work item é fundamental para se estimar

corretamente o esforço necessário e quais e quantos work itens poderão ficar

prontos dentro de um sprint. O objetivo é identificar as tarefas para realizar um

work item.

3.1.1.4.Identificar tarefas não planejadas.

Durante a execução do sprint, a equipe do projeto pode identificar uma

ou mais tarefas que não foram planejadas antes do início do sprint. O objetivo

é identificar o mais cedo possível essas tarefas e organizá-las dentro do

planejamento do sprint.

3.1.1.5.Aumentar escopo do sprint.

O Sprint backlog não deve ser alterado durante a execução do sprint.

Quando os work itens do sprint backlog acabam antes do prazo determinado

para a duração do sprint, acontece a única exceção a essa regra. Work itens

do topo do product backlog são incluídos nos Sprint corrente. Esse passo é

repetido até que o prazo do sprint termine como fora planejado.

3.1.2. Gerenciamento de tempo.

O PMBOK tem seis processos para gerenciar o tempo: definir

atividades, seqüenciar as atividades, estimar recursos das atividades, estimar

duração das atividades, desenvolver cronograma e controlar cronograma.

No Scrum, podemos identificar os seguintes processos para

gerenciamento do tempo:

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3.1.2.1.Realizar a estimativa inicial da duração dos work itens.

A estimativa inicial é uma análise grosseira e prematura, com base

somente na experiência do Scrum master e na comparação com outros work

itens análogos. O objetivo dessa estimativa é dar um norte ao product owner

no momento em que está priorizando o product backlog. Isso vai ajudá-lo a

equilibrar entregas importantes com o tempo estimado para sua conclusão.

Mais conhecida como relação custo benefício.

3.1.2.2.Definir duração do sprint.

Os sprints devem ter duração entre 2 e 6 semanas e durante o projeto

a duração dos sprints deve ser mantida. A duração curta e constante dos

sprints é um dos pontos chaves do Scrum. Manter a equipe do projeto no

mesmo ritmo, manter as entregas constantes, manter o desenvolvimento do

projeto iterativo e contínuo, facilitar mudanças grandes de escopo, manter o

projeto resiliente a falhas no levantamento de requisitos do produto são

algumas das diversas vantagens dessa abordagem.

O tempo médio de todos os work itens levantados na estimativa inicial,

o tamanho da equipe, a necessidade com o que o cliente precisa das entregas,

os fatores ambientais e a cultura organizacional são algumas das variáveis

consideradas para se definir a duração do sprint. O sprint ter que se longo o

suficiente para que a equipe do projeto possa entregar um número mínimo de

work itens e ter uma reserva no caso de algum atraso ou impacto negativo.

Mas tem que ser curta o suficiente para que todas as vantagens relacionadas

no parágrafo anterior sejam mantidas.

3.1.2.3.Estimar duração das tarefas.

Na reunião de planejamento de cada sprint a equipe do projeto estima

a duração das tarefas dos work itens com maior prioridade.

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3.1.2.4.Estimar duração dos work itens.

A duração dos work itens consiste na soma das tarefas que o

compõem. A cada sprint, a duração dos work itens mais prioritários são

estimadas até que a soma desses alcance o prazo de duração do sprint. Essa

estimativa substitui a estimativa inicial.

3.1.2.5.Atualizar o quadro de tarefas.

A parte esquerda do quadro de tarefas é organizada em linhas e

colunas, onde as colunas segmentam em que fase está o work item ou tarefa,

que geralmente tem as seguintes fases, mas não se limitam a elas, “não

iniciado”, “iniciado” e “pronto” e a cada linha tem um work item e suas tarefas.

No daily meeting, cada membro da equipe atualiza a tarefa pela qual é

responsável passando a sua tarefa para a coluna seguinte quando a fase

anterior for superada. Como mostra a figura 8

figura 7 - Quadro de tarefas do sprint (KNIBERG, 2007, capa)

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3.1.2.6.Atualizar o burndown.

O burndown é um gráfico cujos eixos são a soma das durações de

todas as tarefas do sprint VS o prazo de duração do sprint, onde uma linha

pontilhada liga os extremos dos dois eixos, formando a linha base.

A atualização do burndown consiste em subtrair do total de pontos do

sprint os pontos associadas as tarefas que são concluídas e marcar a

diferença no gráfico burndown, como ilustra figura 8.

figura 8 - Gráfico Burndown (KNIBERG, 2007, PAG. 53)

3.1.3. Gerenciamento de custo.

O PMBOK tem os processos estimar custo, determinar orçamento e

controlar custos para realizar o gerenciamento de custo do projeto.

No Scrum, não existe nenhum processo para planejar, gerenciar ou até

mesmo controlar custos do projeto.

3.1.4. Gerenciamento de qualidade

O PMBOK tem três processos para gerenciar a qualidade: planejar

qualidade, garantir qualidade e controlar qualidade.

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Existem dois processos no Scrum para gerenciamento da qualidade do

projeto:

3.1.4.1.Definir como os work itens serão demonstrados.

No momento da criação do work item, é definido como o work item

será apresentado ao final do sprint. Essa definição, além de orientar como será

a demonstração, ajuda a definir adequadamente o próprio work item, pois essa

definição obriga o product owner a defini-lo de maneira tangível o suficiente

para que seja demonstrado.

3.1.4.2.Demonstrar os resultados do sprint.

Com a instrução de como cada work item deve ser demonstrado, na

reunião de revisão do sprint, o work item é apresentado para os presentes. E

uma pesquisa de avaliação dos produtos do sprint deve ser realizada. O

objetivo é ter o feedback o mais rápido possível quanto a qualidade do que foi

desenvolvido e se ele atende aos objetivos do negócio.

3.1.5. Gerenciamento de recursos humanos.

No PMBOK há quatro processos para gerenciar recursos humanos,

desenvolver o plano de recursos humanos, mobilizar a equipe do projeto,

desenvolver a equipe do projeto, gerenciar a equipe do projeto

No Scrum podemos identificar dois processos para gerenciamento de

recursos humanos:

3.1.5.1.Definir equipe do projeto e seus papéis.

Nesse processo a equipe do projeto deverá ser definida considerando

os recursos disponíveis, o perfil dos membros e as necessidades do projeto.

Os papéis de Scrum Master e de product Owner devem ser definidos e devem

estar claros para toda a equipe e para toda a organização. É importantíssimo

que a equipe, que não inclui o product owner, esteja dedicada exclusivamente

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para o projeto e que o product owner esteja disponível para atender e

acompanhar andamento do projeto e seus sprints.

3.1.5.2.Gerenciar equipe do projeto

Esse processo é comum a qualquer atividade em equipe. O Scrum,

como todo processo ágil, tem como características equipes auto-organizadas e

o "empowerment" de seus membros. O gerente tem a função de incentivar e

buscar essas qualidades para a equipe do projeto. Essa característica é

explicitada no dayli meeting, em que no lugar do Scrum Master do projeto

distribuir as atividades, cada membro da equipe escolhe a tarefa que vai fazer

no dia seguinte. Com isso, a equipe se coloca como responsável na execução

das tarefas no lugar de ser responsabilizada. Isso só é possível com equipes

motivadas. O papel do Scrum master é de facilitador do trabalho da equipe

3.1.6. Gerenciamento de comunicações.

O PMBOK define cinco processos para a gerência de comunicações:

identificar as partes interessadas, planejar comunicações, distribuir

informações, gerenciar expectativas das partes interessadas, relatar

performance.

No Scrum existem os seguintes processos que podem ser

classificados como processos para gerência de comunicação:

3.1.6.1.Comunicar o início do sprint.

Nesse processo, deve-se comunicar aos interessados no projeto as

informações sobre o sprint e quando ele será iniciado. O objetivo é moldar a

expectativa dos interessados sobre os resultados do sprint.

3.1.6.2.Comunicar o fim do sprint.

Nesse processo, o fim do sprint, os seus resultados são comunicados

aos interessados no projeto. O objetivo é dar publicidade sobre o que foi

realizado no sprint e como isso é avaliado pela organização.

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3.1.7. Gerenciamento de riscos.

O PMBOK prevê Planejar gerenciamento de riscos, identificar riscos,

analisar qualitativamente riscos, analisar quantitativamente riscos, planejar

repostas a riscos, monitorar e controlar riscos.

Não existe processo formal ou informal no Scrum para gerenciamento

dos riscos do projeto. No entanto, o Scrum trata o risco de uma maneira

implícita quando reduz o tamanho do sprint para que as mudanças de

requisitos ou a falha de no levantamento de requisitos tenham um baixo

impacto no projeto. Com isso se mitiga a possibilidade de se gastar muito

tempo e dinheiro com um projeto que desenvolva o produto errado.

3.1.8. Gerenciamento de aquisição

O PMBOK prevê quatro processos para aquisições. Planejar

aquisições, conduzir aquisições, administrar aquisições e encerrar aquisições.

Não existe nada assemelhado no Scrum. O Scrum não tem nenhum

processo, ferramenta ou arcabouço para realizar aquisições e contratações.

3.1.9. Gerenciamento de Integração

O gerenciamento de integração, no PBMOK, é um integrador de todos

os processos das outras áreas de conhecimento.

No SCRUM temos:

3.1.9.1.Reunião de preparação do sprint

Nessa reunião, todas as definições quanto ao sprint são fechadas,

como duração, escopo, objetivo, equipe, horário das reuniões diárias e outras

definições do sprint.

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3.1.9.2.Executar sprint.

Esse processo é a própria atividade de executar todas as tarefas

identificadas durante o planejamento do sprint.

3.1.9.3.Avaliar resultados do sprint.

Acontece após a apresentação dos resultados do sprint e é feita por

todos interessados no projeto. Após a apresentação dos produtos

desenvolvidos no sprint, os interessados no projeto avaliam se o que foi

entregue é o que se desejava e se os objetivos do sprint foram alcançados. O

objetivo principal é verificar se o que foi feito atende as demandas do negócio.

3.1.9.4.Realizar análise crítica do sprint.

Acontece na reunião de retrospectiva do sprint, onde somente a equipe

do projeto avalia os produtos e como o sprint foi feito, fazendo sugestões e

críticas. Decisões de melhoria para os próximos sprints podem ser tomadas.

Como se a equipe pudesse executar o projeto novamente para registrar as

lições aprendidas O objetivo principal é colocar o sprint num ciclo virtuoso de

melhoria contínua.

3.2. Agrupando os processos

Podemos agrupar esses sub-processos informais pelos processos

formais do Scrum da seguinte maneira:

• Antes do início do projeto. (não é um processo em si. É um

momento no ciclo de vida)

o Definir equipe do projeto e seus papéis

• Criação do product backlog.

o Definir do product backlog.

o Realizar a estimativa inicial da duração dos work itens.

• Sprint planning meeting.

o Definir do sprint backlog

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o Planejar as tarefas dos work itens.

o Definir duração do sprint.

o Estimar duração das tarefas.

o Estimar duração dos work itens.

o Definir como os work itens serão demonstrados.

• Antes do início do sprint. (não é um processo em si. É um

momento no ciclo de vida)

o Comunicar o início do sprint.

• Executar sprint.

o Gerenciar equipe do projeto

o Executar sprint.

• Daily Scrum meeting.

o Identificar tarefas não planejadas.

o Aumentar escopo do sprint.

o Atualizar quadro de tarefas.

o Atualizar o burndown.

• Revisão.

o Comunicar o fim do sprint.

o Demonstrar os resultados do sprint.

o Avaliar resultados do sprint.

• Retrospectiva.

o Realizar análise crítica do sprint.

3.3. Ciclo de vida.

O PMBOK tem uma definição que bem caracteriza os ciclos de

planejamento e execução dos sprints no Scrum que é o planejamento em

ondas sucessivas.

"O planejamento em ondas sucessivas é uma forma de planejamento com elaboração progressiva, onde o trabalho a ser executado num futuro próximo é planejado em detalhes e o trabalho futuro é planejado nos níveis

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mais altos da EAP. Portanto, um trabalho pode existir em vários níveis de detalhamento dependendo de onde está no ciclo de vida do projeto. Por exemplo, durante o planejamento estratégico inicial, quando a informação está menos definida, os pacotes de trabalho podem ser decompostos até o nível dos marcos. Conforme mais é conhecido a respeito dos eventos vindouros num futuro próximo, podem ser decompostos em atividades."

(PMBOK, 2008, PAG. 117.)

É exatamente isso que ocorre no Scrum, os itens que estão com maior

prioridade do product backlog são planejados em detalhes e separados para a

execução no próximo Sprint. Isso permite que os itens com maior valor para o

cliente possam ser entregues logo no início do projeto e, ainda, que não seja

necessário conhecer em detalhes todos os itens do backlog. Os itens que não

se tem total conhecimento no início do projeto, estão obscuros ou imprecisos e

que carecem de um levantamento mais detalhado podem amadurecer durante

a execução do projeto até que seja necessário realizar o levantamento

detalhado.

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CONCLUSÃO

O Scrum é um arcabouço altamente customizável de gerência de

projetos que se caracteriza pela informalidade, muitos processos empíricos,

poucos processos formais, equipes pequenas, planejamento em ondas

sucessivas, planejamento e execução interativo e contínuo, participação ativa

do patrocinador do projeto (product owner), entregas após ciclos curtos,

equipes auto-organizadas, foco no negócio e um facilitador que é o líder da

equipe (Scrum master). Características que como vimos tem sua origem no

desenvolvimento ágil e garantem ao Scrum o gerenciamento de projetos com o

mínimo de documentação, formalidade e planejamento possíveis.

Mesmo com essas características, ele não se afasta dos princípios do

PMBOK. Todos os processos que identificamos no Scrum puderam ser

classificados de acordo com áreas de conhecimento do PMBOK. E

dependendo dos fatores ambientais da organização e das características do

projeto, o Scrum pode atender plenamente a necessidade de gestão do

projeto.

4.1. Vantagens e desvantagens

Facilidade de operar. Pela sua característica informal e empírica, não é

necessário que o gestor do projeto ou que a equipe do projeto tenham

conhecimentos aprofundados sobre as suas ferramentas e processos.

É uma metodologia robusta a mudanças no escopo do projeto e a

requisitos mal levantados.

Mantêm um constante diálogo entre as partes interessadas e a equipe

do projeto, podendo promover correções cedo no projeto, antes que muito

tempo e dinheiro sejam desperdiçados.

É veloz em entregar itens que tenham valor para o negócio. Os Sprints

são curtos para que essa vantagem possa ser explorada.

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Tem cobertura muito boa nas áreas de conhecimento de escopo,

gerenciamento de recursos humanos, o que incentiva equipes auto-

organizadas e empowerment de seus membros.

Seus controles acontecem de maneira fluida e natural durante a

execução do projeto. Nos seus processos não foi possível identificar nenhum

controle que possa se tornar excessivo ou com um custo próximo ao custo do

objeto controlado.

Não é aplicável a projetos grandes ou pelo menos projetos que não

possam ser decompostos em entregas de até 6 semanas.

Quanto o maior o número da equipe do projeto, maiores são os

problemas de comunicação e mecanismos como as reuniões diárias, de

revisão e retrospectiva começam a ficar inviáveis com um número grande de

pessoas.

No Scrum, o trabalho de gerenciar uma equipe cresce

exponencialmente a quantidade dos membros dessa equipe.

A sua informalidade tem um risco para determinados tipos de

organizações. O fato do conhecimento dos produtos criados ficar mais

concentrado nas pessoas do que nos processos, em circunstâncias que existe

uma alta rotatividade, muito conhecimento pode ser perdido, haja vista o

Scrum ter pouquíssimos registros formais de suas atividades.

A dedicação exclusiva da equipe. Essa é uma característica que pode

ser inviável em determinadas organizações. Já que pode haver projetos que

concorrem por um mesmo especialista e a organização pode não dispor de

recursos humanos com a qualificação necessária em número adequado.

Dedicação do patrocinador do projeto. Uma das causas comuns para o

fracasso de projetos é a falta de patrocínio apoiando o projeto. No Scrum essa

carência se torna mais acentuada, já que a participação do patrocinador em

várias fases do projeto se torna imprescindível.

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4.2. Customização e extensão.

De acordo com as necessidades do projeto, os processos e as áreas

de conhecimento não cobertas pelo Scrum podem ser objeto de processos de

outras metodologias ou frameworks. O gerenciamento de custo, aquisição,

risco são áreas de conhecimento sensíveis de projetos que podem ser

atendidas por outros processos.

O potencial de customização do Scrum permite que ele seja integrado

a ativos de processos organizacionais já existentes. Pode-se, ainda, alterar o

seu ciclo de vida para contemplar processos prescritos por outras

metodologias.

Os processos para gerenciamento de custo do PMBOK, podem, por

exemplo, ser combinados com o Scrum da seguinte maneira: o planejar custos

e elaborar orçamento podem ser alocados entre o início do projeto e o início de

cada sprint e controlar custos aconteceria durante a execução do sprint, como

ilustra a figura 9.

figura 9 - Ciclo de vida do Scrum com os processos de custo do PMBOK. (autor)

Prio

ridad

e

retrospectiva

revisão

produtos (entregáveis)

reunião diária

SPRINT 2 a 6 semanas.

sprint backlog

Reunião de planejamento do sprint

product backlog

ü Planejamento de custos. ü Elaboração do orçamento.

ü Controlar custos.

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4.3. Aplicabilidade

As características do Scrum nos permitem limitar seu uso a

organizações e projetos que tenham as seguintes características:

• ambientes caóticos, seja porque não existe planejamento ou não

é possível planejar a médio e longo prazo.

• requisitos dos produtos imprecisos ou escopo do projeto volátil;

• pessoas motivadas;

• equipes com capacidade de se auto organizarem;

• projetos onde as áreas de conhecimento que o Scrum não

cubram não sejam relevantes para o projeto ou que já existam

processos organizacionais que tratem dessas áreas.

• disponibilidade do patrocinador do projeto ou do seu

representante.

• projetos cujos produtos possam ser decompostos em entregas

que possam ser concluídas em menos de 6 semanas.

Isto posto, é fácil entender porque Scrum faz tanto sucesso em

projetos de desenvolvimento de software onde estas características são

latentes. Mas as possibilidades de uso do Scrum não se limitam aos projetos

desse tipo, qualquer projeto que guarde relação com essas características é

candidato ao uso do Scrum.

Concluímos, portanto, que o Scrum é aderente em parte com o

PMBOK. Pois ele não cobre todas as áreas de conhecimento de um projeto.

Portanto, sua aplicabilidade deve ser analisada no caso concreto, verificando

se as características do projeto, da equipe e da organização são propícias para

o uso do Scrum.

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Glossário

Burndown É um gráfico de trabalho restante versus

tempo.

Daily Scrum Reunião diária É uma reunião da equipe do projeto com

freqüência diária e dura entre 15 a 30

minutos.

Empowerment delegar O empowerment parte da idéia de dar às

pessoas o poder, a liberdade e a informação

que lhes permitem tomar decisões e

participar ativamente da organização.

PMBOK Project

Management

Body of

Knowledge

Corpo do conhecimento do gerenciamento

do projeto.

Product

backlog

Backlog do

produto

É uma lista de Works itens que devem ser

criadas durante o projeto.

Product Owner Proprietário

do produto

É o proprietário do produto é o cliente do

projeto e quem deve definir e priorizar as

funcionalidades do product backlog.

Project

Management

Institute (PMI).

Instituição mantenedora do PMBOK.

Scrum Master é o líder do projeto, quem gerencia a equipe

do projeto e normalmente conduz as

reuniões de trabalho.

Sprint no ciclo de vida do projeto, são realizados

vários sprints que duram de 2 a 4 semanas.

Ao final de cada sprint um grupo de

funcionalidades é entregue.

Sprint Backlog É um subconjunto da lista de

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funcionalidades do product backlog que será

desenvolvida no sprint seguinte. Geralmente

é composta pelos work itens mais

importantes da product backlog ainda não

finalizados.

Sprint

Planning

Meeting

Reunião de

Planejamento

do Sprint

É uma reunião que ocorre no início de cada

sprint para que entre outras coisas se defina

o Sprint backlog daquele sprint.

Sprint

Retrospective

Retrospectiva

do Sprint

Sprint Review Revisão do

sprint

É uma reunião de revisão do Sprint. Ocorre

ao final do Sprint onde tudo aquilo que foi

desenvolvido durante aquele sprint é

apresentado para as partes interessadas.

Stakeholders Partes

interessadas

são as pessoas ou instituições que possuam

interesse no projeto.

Task Tarefa são as atividades necessárias para realizar

um Work Item.

Team Equipe do

projeto

é a equipe do projeto que tem entre 4 e 9

pessoas.

Works item Entregável cada entregável do projeto que é construído

durante sua execução.

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45

BIBLIOGRAFIA CITADA

MARCH, Rodrigo. Fim ao Planejamento sem Fim. Rio de Janeiro: O

Globo, 15 de fevereiro, capa do caderno boa chance, 2009

KNIBERG, Henrik. Scrum e XP direto das Trincheiras, C4Media, 2007.

PMBOK, Um guia do Conhecimento em Gerenciamento de Projetos, 4ª

ed., Pensilvânia: Project Management Institute, 2008

PRESSMAN, S. Roger. Engenharia de software, Uma abordagem

profissional. 7ª ed., New York: The McGraw-Hill Companies, 2011.

Page 46: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · indústria. A capa do caderno Boa Chance do jornal O globo de 15 de fevereiro ... informações (brainstorming, técnica delphi,

46

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

BROOKS, Frederick P. Jr. The Mythical man-month. 4ª ed., Boston:

ADDISON-WESLEY, 1995.

CRUZ, Tadeu. Sistemas Métodos & Processos 2ª ed., São Paulo: Atlás

S.A, 2005

KNIBERG, Henrik. Scrum e XP direto das Trincheiras, C4Media, 2007.

PICHLER, Roman. Agile project management with Scrum, Boston:

ADDISON-WESLEY, 2010.

PMBOK, Um guia do Conhecimento em Gerenciamento de Projetos, 4ª

ed., Pensilvânia: Project Management Institute, 2008

PRESSMAN, S. Roger. Engenharia de software, Uma abordagem

profissional. 7ª ed., New York: The McGraw-Hill Companies, 2011.

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47

WEBGRAFIA

CRUZ, Leandro R.S. Desenvolvimento de Software com Scrum.

http://www.igorfernandes.com.br/ined/ES/Cap15%20-%20SCRUM.doc

Acessado em 01 de outubro de 2012

FERREIRA, Décio; COSTA, Felipe, ALONSO, Filipe; ALVES, Pedro;

NUNES, Tiago - SCRUM Um Modelo Ágil para Gestão de Projetos de

Software. http://paginas.fe.up.pt/~aaguiar/es/artigos%20finais/es_final_19.pdf.

Acesso em 04 de outubro de 2012.

Manifesto para Desenvolvimento Ágil de Software.

http://www.agilemanifesto.org/iso/ptbr. Acessado em 04 de outubro de 2012

PMSURVEY. PMSURVEY 2012 edition results.

http://201.49.223.58:8080/PBEnquete3/public/login.xhtml. Acessado em 04 de

outubro de 2012

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48

ÍNDICE AGRADECIMENTOS ......................................................................................... 3

DEDICATÓRIA................................................................................................... 4

RESUMO ........................................................................................................... 5

METODOLOGIA ................................................................................................ 6

INTRODUÇÃO ................................................................................................... 9

Capítulo I - PBMOK .......................................................................................... 11

Capítulo II - SCRUM ........................................................................................ 18

Capítulo III - ADERÊNCIA ................................................................................ 27

3.1. Processos Scrum e áreas de conhecimento do PMBOK. ................... 28

3.2. Agrupando os processos .................................................................... 36

3.3. Ciclo de vida. ...................................................................................... 37

CONCLUSÃO .................................................................................................. 39

4.1. Vantagens e desvantagens ................................................................ 39

4.2. Customização e extensão. .................................................................. 41

4.3. Aplicabilidade ...................................................................................... 42

Glossário .......................................................................................................... 43

BIBLIOGRAFIA CITADA .................................................................................. 45

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ....................................................................... 46

WEBGRAFIA ................................................................................................... 47