UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · educação inclusiva e ao mesmo tempo...
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
O PAPEL DO GESTOR NAS NOVAS DEMANDAS NA ESCOLA INCLUSIVA.
Por: Jorge Antônio Terzi Moreira
Orientador
Prof. Vilson Sérgio de Carvalho
Rio de Janeiro
2009
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
TÍTULO DO TRABALHO
Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do
Mestre – Universidade Candido Mendes como
requisito parcial para obtenção do grau de
especialista em Administração e Supervisão Escolar
Por: . Jorge Antônio Terzi Moreira
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RESUMO
A presente obra monográfica traz um breve estudo sobre o papel do gestor na
escola inclusiva, mostrando o desafio desse novo modelo pedagógico que
atenda as atuais demandas no processo de inclusão. Nesse aspecto é
importante ressaltar a necessidade do apoio da família e dos professores.
Esse breve estudo procura mostrar a necessidade do novo paradigma
educacional, tendo em vista a lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira
(LDB 9394/96).
Nesse trabalho deu-se a importância da educação inclusiva frente aos novos
propósitos dos modelos que procuram atender as exigências legais e
pedagógicas do século XXI .
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METODOLOGIA
O presente trabalho baseou-se em pesquisas de caráter exploratório,
utilizando como instrumento coleta de dados bibliográficos sobre a escola
inclusiva, livros, revistas, artigos e SITES da Internet.
No primeiro momento buscou-se priorizar o trabalho de pesquisa para o
levantamento de autores e fontes que trabalhem com o tema “A escola
inclusiva”. existindo dentro desse processo a necessidade de dissecar os
autores para o melhor entendimento do estudo metodológico.
No segundo momento com o precioso auxilio do orientador, a referida
monografia começou a ganhar forma dentro da perspectiva estudada,
colocando em prática os recursos disponíveis para a execução da obra.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I -
COMO O GESTOR PODE TRABALHAR COM A INCLUSÃO 10
CAPÍTULO II -
A ESCOLA INCLUSIVA DO SÉCULO XXI 15
CAPÍTULO III –
O GESTOR NA CAPACITAÇÃO DO CORPO DOCENTE 20
CONCLUSÃO 28
BIBLIOGRAFIA 29
ANEXOS 33
ÍNDICE 36
FOLHA DE AVALIAÇÃO 37
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INTRODUÇÃO
O presente trabalho trará um breve estudo sobre o papel do gestor na
escola inclusiva, mostrando a importância do gestor nesse processo. Desta
forma, justifica-se desenvolver uma pesquisa abordando essa temática, uma
vez que é na escola que a inclusão se faz presente. Entretanto, a educação
inclusiva não era vista como tal por acreditar que crianças diferentes
necessitam de ambientes diferentes, discutindo as novas atribuições do gestor
no processo inclusivo.
Esse trabalho pretende discutir e mostrar como o gestor pode trabalhar com
inclusão ressaltando a importância do processo nas escolas e demonstrar
como gestor pode capacitar o corpo docente.
Espera-se com este trabalho demonstrar como as funções mencionadas
são essenciais ao gestor democratizando a gestão da escola inclusiva e
mostrando a possibilidade de tratarmos os “diferentes” de forma igual.
Procuramos também dividir neste trabalho monográfico três questões
fundamentais para entendermos a escola inclusiva e suas demandas.
No primeiro capitulo falaremos como o gestor pode trabalhar a inclusão,
envolvendo toda a escola nesse modelo para atender as demandas
atuais.Falaremos também dentro deste capítulo sobre a legislação do
atendimento educacional especializado citando o decreto lei nº 6.571,de 17 de
setembro de 2008.
No segundo capítulo ressaltaremos a importância do processo de inclusão
na escola procurando apresentar modelos inclusivos que servem de exemplo e
desconstruindo o conceito de tempo para alunos que precisam de uma
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educação inclusiva e ao mesmo tempo diferenciada de processos fechados e
formatados.
No terceiro capítulo abordaremos como o gestor pode capacitar o corpo
docente dentro desse processo, trabalhando diversos autores que
acrescentam possibilidades na perspectiva desse novo modelo pedagógico.
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CAPÍTULO I
COMO O GESTOR PODE TRABALHAR COM A INCLUSÃO
As escolas, atualmente, deparam-se com inúmeras demandas as quais,
com o passar das décadas, tornaram-se cada vez mais diversificadas, exigindo
das escolas uma atenção especial, no sentido de atender cada um com suas
limitações ou diferenças para que tivessem a oportunidade de participar da
escola, do processo de ensino/ aprendizagem como qualquer outro aluno.
Entre essas diversidade está a inclusão de alunos com deficiência na escola
regular.
Dentro da escola a função do gestor é fundamentalmente atender a
necessidade dos alunos e professores. Portanto nos dias de hoje exige-se do
gestor uma capacidade profissional que permita o mesmo entender o
processo que esta inserido.
1.1 O que é escola inclusiva?
A chamada escola inclusiva teve início nos Estados Unidos em 1975 por
meio da Lei Pública 94.142.A partir dessa época, foi se concretizando e
chegando a outros países.
No Brasil temos o Decreto Nº6.571 de 2008 que trata da educação especial
que foi sancionada pelo Presidente da República Luiz Inácio Lula da
Silva.Esse decreto autorizou o ministério da educação dar suporte técnico e
financeiro promovendo acessibilidade nas escolas a alunos que precisam de
necessidades especiais.
Incluir em educação é um processo em que se amplia a participação de
todos os estudantes nas escolas.Trata-se de uma reestruturação da cultura, da
prática e das políticas vivenciadas no ambiente escolar de modo que essas
respondam à diversidade dos alunos.
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A Declaração de Salamanca (Salamanca - 1994) trata dos Princípios,
Política e Prática em Educação Especial. Trata-se de uma resolução das
Nações Unidas adotada em Assembléia Geral, a qual apresenta os
Procedimentos-Padrões das Nações Unidas para a Equalização de
Oportunidades para Pessoas Portadoras de Deficiências. A Declaração de
Salamanca é considerada mundialmente um dos mais importantes
documentos que visam à inclusão social.
Esse conceito nasceu dentro de um processo natural que procurava
socializar as crianças portadoras de necessidades especiais e de distúrbio de
aprendizagem, fazendo com que essas crianças tenham direito à uma
escolarização o mais próximo possível do normal.
Portanto, devemos considerar que dentro desse processo, estão alunos que
têm impedimentos de longo prazo, de natureza física, mental, intelectual ou
sensorial, que em interação com diversas barreiras podem ter restringida sua
participação plena e efetiva na escola e na sociedade. Os alunos com
transtornos globais do desenvolvimento são aqueles que apresentam
alterações qualitativas das interações sociais recíprocas e na comunicação um
repertório de interesses e atividades restrito, estereotipado e repetitivo.
Incluem-se nesse grupo alunos com autismo, síndrome de espectro do autismo
e psicose infantil. Alunos com altas habilidades/superdotação demonstram
potencial elevado em qualquer uma das seguintes áreas isoladas ou
combinadas: intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes.
Também apresentam elevada criatividade, grande envolvimento na
aprendizagem e realização de tarefas em áreas de seu interesse. Dentre os
transtornos funcionais específicos estão: dislexia, disortografia, disgrafia,
discalculia, transtorno de atenção e hiperatividade, entre outros.
As definições do público alvo devem ser contextualizadas e não se esgotam
na mera categoria e especificações atribuídas a um quadro de deficiência,
transtornos, distúrbios e aptidões. Considera-se que as pessoas se modificam
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continuamente transformando o contexto no qual se inserem. Esse dinamismo
exige uma atuação de gestor voltada para alterar a situação de exclusão,
enfatizando a importância de ambientes heterogêneos que provam a
aprendizagem de todos os alunos.
Uma escola inclusiva é uma escola líder em relação a demais. Ela se
apresenta como a vanguarda do processo educacional. O seu objetivo maior é
fazer com que a escola atue através de todos os seus escalões para
possibilitar a integrarão das crianças que dela fazem parte.
Há em relação às escolas inclusivas altas expectativas de desempenho por
parte de todas as crianças envolvidas. O objetivo é fazer com que as crianças
atinjam o seu potencial máximo. O processo deverá ser dosado as
necessidades de cada criança.
Segundo Mara Sartoretto (2008)
“a escola inclusiva é a conseqüência do trabalho de uma escola que reconhece a diferença como própria da condição humana e se distingue das demais porque tomou a decisão de não se submeter passivamente ao papel de mera repassadora de informações. Desta forma, assumiu a tarefa de ser produtora de conhecimentos, problematizadora e emancipadora de seus alunos, tenham eles deficiência ou não.”Ou seja é uma abordagem humanística e democrática,que percebe o sujeito e suas singularidades,tendo como objetivo o crescimento , a satisfação pessoal e a inserção social de todos.” (p 17)
Cabe ao gestor fazer uma parceria com os pais, pois são essenciais nesse
processo dando subsídio as escolas para ajudar na aprendizagem do aluo.
Nesse modelo de escola realizar-se-á uma analise adequada de avaliação.
Portanto, o gestor precisa fazer uma mudança de critério para pode atender
com eficiência o aluno.
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1.2 A perspectivas da escola inclusiva.
O gestor deve entender que inclusão é um direito de todas as crianças,
sejam quais forem suas diferenças, além disso, é fundamental em pleno
século XXI uma perspectiva de escola que trate os “diferentes” como iguais. A
atuação do gestor deve promover na escola inclusiva um ensino que perpassa
todos os níveis, etapas e modalidades, realiza o atendimento educacional
especializado, disponibiliza os serviços e recursos próprios desse atendimento
e orienta os alunos e seus professores quanto a sua utilização nas turmas
comuns do ensino regular.
O atendimento educacional especializado identifica, elabora e organiza
recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a
plena participação dos alunos, considerando as suas necessidades
específicas. As atividades desenvolvidas no atendimento educacional
especializado diferenciam-se. Esse atendimento completo e/ou suplementa a
formação dos alunos com vistas à autonomia e independência na escola e fora
dela.
O processo de inclusão dar-se-á na educação infantil onde se
desenvolvem as bases necessárias para a construção do conhecimento e seu
desenvolvimento global. Nessa etapa, o lúdico, o acesso às formas
diferenciadas de comunicação, a riqueza de estímulos nos aspectos físicos,
emocionais, cognitivos, psicomotores e sociais e a convivência com as
diferenças favorecem as relações interpessoais, o respeito e a valorização da
criança. Do nascimento aos três anos, o atendimento educacional
especializado se expressa por meio de serviços de intervenção precoce que
objetivam otimizar o processo de desenvolvimento e aprendizagem.
Em todas as etapas e modalidades da educação básica, o atendimento
educacional especializado é organizado para apoiar o desenvolvimento dos
alunos, constituindo oferta obrigatória dos sistemas de ensino e deve ser
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realizado no turno inverso ao da classe comum, na própria escola ou centro
especializado que realize esse serviço educacional.
Desse modo, na modalidade de educação de jovens e adultos e educação
profissional, as ações da educação especial possibilitam ampliação de
oportunidades de escolarização, formação para a inserção no mundo do
trabalho e efetiva participação social. Devemos assegurar que os recursos
para um atendimento educacional especializado estejam presentes no projeto
pedagógico construindo com bases nas diferenças dentro de uma escola
inclusiva fazendo com que aspectos socioculturais sejam trabalhados nesses
grupos heterogêneos de maneira a possibilitar aos alunos um aprendizado ao
mesmo tempo individualizado e prazeroso.
De acordo com Patrícia de Melo(2008) :
Inclusão é:
• “Propiciar a ampliação do acesso dos alunos com deficiência às classes comuns;
• Oferecer aos professores da classe comum um suporte técnico; • Perceber que as crianças podem aprender juntas, embora tendo
objetivos e processos diferentes; • Levar os professores a estabelecer formas criativas de atuação
com as crianças portadoras de deficiência; • Propiciar um atendimento integrado ao professor de classe
comum. Inclusão não é:
• Levar crianças às classes comuns sem o acompanhamento do professor especializado;
• Ignorar as necessidades específicas da criança; • Fazer as crianças seguirem um processo único de
desenvolvimento, ao mesmo tempo e para todas as idades; • Extinguir o atendimento de educação especial antes do tempo; • Esperar que os professores de classe regular ensinem as
crianças portadoras de necessidades especiais sem um suporte técnico”.(p 06)
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CAPÍTULO II
A ESCOLA INCLUSIVA DO SÉCULO XXI
O modelo de escola inclusiva realizar-se-á dentro de uma sociedade que
está sofrendo mudanças fundamentais. Precisando por tanto sofrer
modificações e adaptações para atender as novas demandas.
Na sociedade do século XXI não há mais espaço para a exclusão. A
inclusão é um dos princípios fundamentais para a transformação
humanizadora da escola e da sociedade. É ainda muito difícil pensar que a
educação tem seu movimento lento, porque exatamente seu objetivo de
intervenção é a criança e sendo o ser humano temos tempo para maturar tudo
e isso leva tempo. Qualquer que seja a transformação na educação ela é
paulatina, mas isso não impede de construirmos atitudes e práticas em nosso
cotidiano com o devido tempo e cuidado.
A escola do terceiro milênio precisa de mudanças estruturais. Porque não
podemos falar em escola inclusiva com as escolas funcionando com séries,
currículos fechados e avaliações formatadas. O modelo de inclusão pressupõe
alternativas de funcionamento de séries e avaliações diferenciadas, fazendo
com que o processo de aprendizagem de uma criança com necessidades
especiais proporcione a mesma qualidade e prazer dentro desse modelo.
O paradigma atual tornar-se-á cada vez mais ultrapassado, não atendendo
as novas demandas do modelo inclusivo, processo esse irreversível que trás
em seu conjunto questões sociais mais amplas.
2.1 A inclusão para formar
Na perspectiva de inclusão discutir-se-á os modelos pedagógicos que
propõem um horizonte mais amplo. A necessidade de a escola ultrapassar
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suas fronteiras formando um cidadão capacitado para o mercado de trabalho e
suas exigências. Cabe ao gestor disponibilizar para o aluno todas estas
ferramentas que possibilitem a formação de um cidadão com espírito critico.
“Sem dúvida, a razão mais importante para o ensino inclusivo é o valor social da igualdade. Ensinamos os alunos através do exemplo de que, apesar das diferenças, todos nós temos direitos iguais. Em contraste com as experiências passadas de segregação, a inclusão reforça a prática da idéia de que as diferenças são aceitas e respeitadas. Devido ao fato de as nossas sociedades estarem em uma fase crítica de evolução, do âmbito industrial para o informacional e do âmbito nacional para o internacional, é importante evitarmos os erros do passado. Precisamos de Escolas que promovam aceitação social ampla, paz e cooperação.” (STAINBACK, 1999, p. 26 e 27)
Formar para inclusão é tarefa que pressupõe grandes desafios e necessita
por parte da escola um modelo de gestão democrático que atenda a
comunidade escolar: direção, gestor, corpo docente, pais e alunos, para uma
melhor interação que possa atender a tais desafios. Hoje alunos portadores de
necessidades especiais estudam ainda em escolas que possuem seus
programas pedagógicos fechados. Portadores de diferentes distúrbios
coabitam a mesma sala de aula. Modelos como a pedagogia Montessoriana
vem nos auxiliar na administração da heterogenia escolar.
2.2 Modelo de inclusão Montessoriano
Maria Montessori nasceu na Itália, em 1870, e morreu em 1952. Formou-se
em medicina, iniciando um trabalho com crianças anormais na clínica da
universidade, vindo posteriormente dedicar-se a experimentar em crianças sem
problemas, os procedimentos usados na educação dos não normais.
A pedagogia Montessoriana relaciona-se a normatização (consiste em
harmonizar a interação de forças corporais e espirituais, corpo, inteligência e
vontade). As escolas do Sistema Montessoriano são difundidas pelo mundo
todo. O método Montessoriano tem por objetivo a educação da vontade e da
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atenção, com o qual a criança tem liberdade de escolher o material a ser
utilizado, além de proporcionar a cooperação.
Os princípios fundamentais do sistema Montessori são: a atividade, a
individualidade e a liberdade enfatizando os aspectos biológicos, pois,
considerando que a vida é desenvolvimento, achava que era função de
educação favorecer esse desenvolvimento. Os estímulos externos formariam o
espírito da criança, precisando, portanto ser determinados. Assim, na sala de
aula, a criança era livre para agir sobre os objetos sujeito a sua ação, mas
estes já estavam preestabelecidos, como os conjuntos de jogos e outros
materiais que desenvolveu. A pedagogia de Montessori insere-se no
movimento das Escolas Novas, uma oposição aos métodos tradicionais que
não respeitavam as necessidades e os mecanismos evolutivos do
desenvolvimento da criança. Ocupa um papel de destaque neste movimento
pelas novas técnicas que apresentou para os jardins de infância e para as
primeiras séries do ensino formal. O material criado por Montessori tem papel
preponderante no seu trabalho educativo, pois pressupõem a compreensão
das coisas a partir delas mesmas, tendo como função a estimular e
desenvolver na criança, um impulso interior que se manifesta no trabalho
espontâneo do intelecto.
Uma mulher a frente do seu tempo trabalhou com inclusão mostrando todas
as possibilidades de uma educação de vanguarda no século XiX. O tempo, o
silêncio e a liberdade são perspectivas importantes no modelo montessoriano
trabalhando o aluno de forma individualizadora.
Para Montessori (1932), o aluno tem o seu tempo. Por tanto é fundamental
que nesse processo educacional o gestor perceba que é necessário mudar
toda estrutura tradicional.
2.3 O tempo e a inclusão
Segundo Michel Foucault (1999) em sua obra "Vigiar e Punir" refere-se à
organização do tempo como uma forma de controle da atividade humana. Para
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este autor, a existência de horários é uma herança das comunidades
monásticas que detalhavam os tempos de seus dias, obrigavam a
determinadas ocupações e estabeleciam ciclos de repetição. A partir das
modificações trabalhistas que ocorrerão especialmente no início do século XIX,
o tempo passa a ter um caráter de utilidade; nas fábricas deve-se "garantir a
qualidade do tempo empregado: controle ininterrupto, pressão dos fiscais,
anulação de tudo o que possa perturbar e distrair; trata-se de constituir um
tempo integralmente útil". (p 36)
Segundo o autor, a partir especialmente dos séculos XVII e XVIII, a noção
de disciplina passou a adquirir o caráter de dominação. O ser humano passou
a ter seu corpo e seu comportamento manipulados pelo poder, que se utilizou,
dentre outras formas de controle, da organização do tempo, o que permitiu
uma utilização mais eficiente do mesmo e das atividades humanas. Esse
controle possibilitou uma intervenção contínua, permitindo a correção, a
eliminação e o castigo. Na maioria das nossas escolas esta herança
permanece nas rotinas da estrutura escolar, nas atitudes do cotidiano, na
perpetuação das práticas pedagógicas sem sentido, na repetência dos alunos,
na seriação, nas adaptações curriculares e nas avaliações formatadas. Tudo
dentro de um sistema que requer tempo, punição e repetição.
O tempo escolar pode ser entendido como um dos aspectos da cultura
escolar; é um tempo específico, diferente de outros tempos; é institucional e
organizativo; é parte de uma organização cultural e específica e como tal,
resulta de uma construção histórica. A arquitetura temporal, assim como a
espacial, conforma e é conformada pelas concepções pedagógicas de cada
momento histórico. Tempo e espaço são elos de uma mesma corrente de
formação; ambos orientam condutas e organizam atividades, determinam o
aceitável e o impróprio, permitem e negam determinados comportamentos.
Assim, a organização destes elementos acaba se subordinando às premissas
da ciência do momento considerado; a prática educativa torna-se um
instrumento de coerção civilizatória.
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2.4 Os Desafios e as possibilidades
Priorizar a qualidade do ensino regular é, pois, um desafio que precisa ser
assumido por todos os educadores. É um compromisso inadiável das escolas,
pois a educação básica é um dos fatores do desenvolvimento econômico e
social. Trata-se de uma tarefa possível de ser realizada, mas é impossível de
se efetivar por meio dos modelos tradicionais de organização do sistema
escolar. Se hoje já podemos contar com uma Lei Educacional que propõe e
viabiliza novas alternativas para melhoria do ensino nas escolas, estas ainda
estão longe, na maioria dos casos, de se tornarem inclusivas, isto é, abertas a
todos os alunos, indistinta e incondicionalmente.
O que existe em geral são projetos de inclusão parcial, que não estão
associados a mudanças de base nas escolas e que continuam a atender aos
alunos com deficiência em espaços escolares semi ou totalmente segregados
As escolas que não estão atendendo alunos com deficiência em suas
turmas regulares se justificam, na maioria das vezes pelo despreparo dos seus
professores para esse fim. Existem também as que não acreditam nos
benefícios que esses alunos poderão tirar da nova situação, especialmente os
casos mais graves, pois não teriam condições de acompanhar os avanços dos
demais colegas e seriam ainda mais marginalizados e discriminados do que
nas classes e escolas especiais. Em ambas as circunstâncias, o que fica
evidenciado é a necessidade de se redefinir e de se colocar em ação nova
alternativas e práticas pedagógicas, que favoreçam a todos os alunos, o que,
implica na atualização e desenvolvimento de conceitos e em aplicações
educacionais compatíveis com esse grande desafio.
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CAPÍTULO III
O GESTOR NA CAPACITAÇÃO DO CORPO DOCENTE
Sabemos que, no geral, os professores são bastante resistentes às
inovações educacionais, como a inclusão. A tendência é se refugiarem no
impossível, considerando que a proposta de uma educação para todos é
válida, porém utópica, impossível de ser concretizada com muitos alunos e nas
circunstâncias em que se trabalha, hoje, nas escolas, principalmente nas redes
públicas de ensino.
A maioria dos professores tem uma visão funcional do ensino e tudo o que
ameaça romper o esquema de trabalho prático que aprenderam a aplicar em
suas salas de aula é rejeitado. Também reconhecemos que as inovações
educacionais abalam a identidade profissional, e o lugar conquistado pelos
professores em uma dada estrutura ou sistema de ensino, atentando contra a
experiência, os conhecimentos e o esforço que fizeram para adquiri-los.
Dentro desse processo existe a necessidade da capacitação do corpo
docente para que o trabalho em sala de aula passa abranger toda a
perspectiva do ensino no modelo inclusivo.
O gestor precisa trabalhar essa problemática fazendo com que os
professores desenvolvam possibilidades que lhes permitam trabalhar com
alunos heterogêneos.
Para tanto é fundamental que o gestor apresente aos docentes
metodologias que possam vir a ser útil no trabalho inclusivo e mostrando aos
mesmo todo o universo de possibilidades de ensino. Isso necessariamente
altera todo o antigo paradigma educacional.
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A escola “quadrada” perde sua função e tem todas as suas características
mudadas para uma nova perspectiva de educação.
Em recente artigo a professora Rosangela Machado (2003) na Revista
Aprendizagem coloca a importância da capacitação e fala sobre o atendimento
educacional especializado e explica que com o advento da inclusão escolar
traz um novo conceito e uma nova prática para a educação especial. O direito
à educação é de todos, sem deixarmos de atender as especificidades de
alunos com deficiências.
O Atendimento Educacional Especializado (AEE) busca serviços e recursos
que proporcionem um ambiente escolar acessível para os alunos com
deficiência. É uma modalidade escolar que deve estar disponível em todas as
etapas e níveis de ensino e é realizado no turno oposto ao da sala de aula em
espaços localizados na escola comum ou em centros especializados.
Os professores do AEE devem ter formação especifica para atuar com cada
tipo de deficiência, uma formação que leva em conta a identificação de
necessidades, a elaboração de planos de atuação, a organização de
atendimentos e a produção de recursos de acessibilidade. É uma formação
que visa ao conhecimento especializado sob o enfoque educacional.
As ações para implementação do AEE e para a formação de professores
exigem a perseverança e o envolvimento de todos que buscam a escola aberta
às diferenças.
A inclusão escolar implica uma ressignificação das práticas de ensino
comum e de ensino especial. Só há razão dos alunos com deficiência
receberem o atendimento educacional especializado se eles estiverem
participando dos espaços em comum.
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3.1 Formação de professores na escola inclusiva
A escola, considerada como espaço privilegiado de construção de
conhecimentos e de desenvolvimento de valores, pode e deve ter como uma de
suas propostas contribuir para a transformação da sociedade no sentido de torná-la
menos desigual e mais democrática.
Um espaço democrático, em essência, deve viabilizar a construção de culturas,
políticas e práticas inclusivas (Booth, 1998).
Por culturas, referimo-nos ao desenvolvimento de valores que primem pela
preocupação com a desconstrução cotidiana de relações de desigualdade e de
desvalorização do outro, em quaisquer que sejam as bases desta desvalorização e
da desigualdade. Por políticas queremos dizer a tradução destes valores em
afirmações de intenções e estratégias de formulação e implementação das mesmas
em um dado contexto.No contexto escolar, por exemplo, elas se refletirão no projeto
político-pedagógico, nas regras disciplinares explícitas e implícitas, na concepção
de avaliação e nas formas de organização da mesma, e assim por diante. Quanto
às práticas queremos apontar o fazer do cotidiano da escola, efetivamente. Estilos
de aula, tipos de avaliação, tipos de relacionamento entre os diferentes atores do
contexto escolar, organização dos espaços de recreação e esportes, organização
das salas, grupamento das turmas e assim sucessivamente. Cabe notar, ainda, que
estas três dimensões ocorrem e concorrem simultaneamente em qualquer contexto
escolar e podem ser, muitas vezes, contraditórias entre si.
Nesse sentido, o respeito às diferenças, que semeia culturas e gera políticas e
práticas de inclusão, ainda que por vezes contraditórias, é condição sine qua non
para o desenvolvimento de estratégias de operacionalização de alternativas
inclusivas. Portanto, as diferenças precisam ser encaradas como fonte de recursos
às transformações, ao invés de serem vistas como obstáculos. Trata-se de
questionar o elo das relações humanas: a participação de cada sujeito, suas
vivências e a estruturação das relações sociais.
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Ao se falar em diferenças configura-se o respeito às características próprias de
cada indivíduo e dos grupos aos quais ele pertence. Dessa forma, faz-se necessário
observar todas as nuances de seu entorno social e planejar a escola para atender
às diferentes modalidades de vida e aprendizagem, colaborando para a formação
de um indivíduo cidadão, sem, entretanto, pensar que a escola se constitui no único
lócus de origem ou de prevenção das injustiças e de exclusão. Cabe-nos, portanto,
como ponto de partida compreender que a inclusão: parte do princípio de que
há diversidade dentro de grupos comuns e de que esta está vinculada ao
desenvolvimento de uma educação comunitária obrigatória e universal. Tal
perspectiva preocupa-se com o incentivo à participação de todos e com a redução
de todas as pressões excludentes (Booth, 1998).
Partindo desse princípio, se considerarmos a educação como uma das molas
mestras através das quais se constitui e se mantêm as sociedades, precisamos
reconhecer também a necessidade de uma formação de professores que atenda às
necessidades e aos desafios impostos pelo paradigma da educação universal ou
educação para todos (UNESCO, 1994). Ou seja, o professor deve ser formado e/ou
capacitado de maneira, a saber, mobilizar seus conhecimentos, articulando-os
mediante ação e reflexão teórica-prática. A questão da reflexão cotidiana sobre a
autoria do fazer pedagógico é uma atividade Que se percebe, por exemplo, na
capacitação docente, tomada sob a responsabilidade de variadas redes de
educação; e, portanto, é possível visualizar o reconhecimento pelas mesmas da
importância de participar da formação dos professores.
O conceito de formação é tomado aqui, não só como uma atividade de
aprendizagem situada em tempos e espaços limitados e precisos, mas também
como ação vital de construção de si próprio (Nóvoa, 1995). Envolver o paradigma
de inclusão no processo cotidiano de formação significa encontros com as relações
de pluralidade, uma vez que: Ninguém se forma no vazio. Formar-se supõe troca,
experiência, interações sociais, aprendizagem, um sem fim de relações. Ter acesso
ao modo como cada pessoa se forma é ter em conta a singularidade da sua
história e, sobretudo, o modo singular como age, reage e interage com os seus
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contextos.Um percurso de vida é assim um percurso de formação, no sentido em
que é um processo de formação (Moita, 1992).
Diante do exposto, o objetivo do presente texto é refletir sobre a formação de
professores para a educação inclusiva, tendo como referência básica a legislação
nacional específica do MEC e os resultados de pesquisas realizadas em âmbito
nacional. Além disso, apresentaremos resultados preliminares de pesquisas
realizadas no Rio de Janeiro, sendo uma construída na Faculdade de Educação da
Universidade Federal do Rio de Janeiro junto aos grupos de alunos da Pedagogia e
das Licenciaturas. A outra, experiência de pesquisa-ação junto aos professores da
rede municipal de educação do Rio de Janeiro; construída por grupo da
Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
3.2- Usando a legislação
Em relação à legislação, destacamos, inicialmente, a Lei de Diretrizes e Bases
Nacionais da Educação Brasileira (LDB 9394/96), a qual, no capítulo dedicado à
formação de professores, assinala os fundamentos metodológicos, os tipos de
modalidade de ensino, bem como as instituições responsáveis pelos cursos de
formação inicial dos professores. Estabelece ainda, no artigo 13, as incumbências
dos professores, independentemente da etapa escolar em que atuam, a saber:
I – participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;
II – elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do
estabelecimento de ensino;
III – zelar pela aprendizagem dos alunos;
IV – estabelecer estratégias de recuperação para alunos de menor rendimento;
ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar integralmente
dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento
profissional;
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VI – colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a
comunidade.
Aqui já fica patente que dentre algumas das competências a serem
desenvolvidas na formação inicial, e aperfeiçoadas na formação continuada, de
professores, para além da capacidade inevitável da docência, estariam as de
planejamento e gestão, incluindo-se aí uma habilidade para atuar como articulador
e mediador, e provavelmente construtor, de relações de aproximação entre escola,
famílias e comunidades.
Destacamos também a Resolução CNE/CP no. 1, de 18 de fevereiro de 2002,
que institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da
Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena. Em
seu Art. 3º, referente à formação de professores, destacam-se os princípios
norteadores do preparo para o exercício profissional no sentido de desenvolver:
I - a competência como concepção nuclear na orientação do curso;
II - a coerência entre a formação oferecida e a prática esperada do futuro professor,
tendo em vista:
a) a simetria invertida, onde o preparo do professor, por ocorrer em lugar similar
àquele em que vai atuar, demanda consistência entre o que faz na formação e o
que dele se espera;
b) a aprendizagem como processo de construção de conhecimentos, habilidades e
valores em interação com a realidade e com os demais indivíduos, no qual são
colocados em uso capacidades pessoais;
c) os conteúdos, como meio e suporte para a constituição das competências;
d) a avaliação como parte integrante do processo de formação, que possibilita o
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diagnóstico de lacunas e a aferição dos resultados alcançados, consideradas as
competências a serem constituídas e a identificação das mudanças de percurso
eventualmente necessárias.
III - a pesquisa, com foco no processo de ensino e de aprendizagem, uma vez que
ensinar requer tanto dispor de conhecimentos e mobilizá-los para a ação, como
compreender o processo de construção do conhecimento.
Dentre tais princípios, salientamos aqueles referentes ao domínio dos conteúdos
e ao conhecimento dos processos de investigação.
Partindo da premissa de que o professor deve assumir e saber lidar com a
diversidade existente entre os alunos, diversas pesquisas têm reafirmado a
necessidade da melhoria da formação de professores como condição premente
para a inclusão dos alunos.
3.3 Algumas pesquisas recentes sobre a formação de professores
Em termos de pesquisa, destacamos quatro estudos desenvolvidos em
diferentes Estados do Brasil, sendo um deles de abrangências nacional. Um
primeiro estudo é o desenvolvido por Carneiro (1999), que investigou professores
que atuam em turmas de pré-escola à 4ª série do ensino fundamental da rede
regular de ensino de Juiz de Fora/MG. Os resultados apontaram para a
necessidade de uma formação continuada em serviço desses professores para a
efetivação com qualidade da educação inclusiva. Já a pesquisa de Magalhães
(1999), realizada na rede municipal de educação do Rio de Janeiro, ouviu a opinião
de professores e diretores sobre a inclusão educacional de alunos especiais em
rede regular de ensino, segundo a qual a formação de professores foi destacada
como um aspecto relevante para a implementação da proposta inclusiva.
Diagnóstico semelhante também foi traçado por Castro (2002), numa pesquisa
realizada na rede municipal de educação de Santa Maria/RS, que analisou
representações e sentimentos de professores da rede regular de ensino diante da
27
inclusão de alunos com necessidades especiais em “suas” salas de aula. Assim
como a pesquisa acima assinalou, Castro evidenciou que os professores não se
sentem capacitados para receber um aluno com deficiência, apesar de acreditarem
nos méritos da inclusão.
Todos esses resultados foram reafirmados em pesquisa recente realizada em
âmbito nacional sobre o panorama da educação inclusiva (Glat & Ferreira, 2003). A
realidade evidenciada mostrou que os professores, de maneira geral, não estão
preparados para receber em sua sala de aula alunos especiais.
Nesse sentido, podemos afirmar que, no Brasil, a formação de professores
segue ainda um modelo inadequado para suprir as reivindicações em favor da
educação inclusiva. Ou seja, segue um modelo tradicional de formação (Glat,
Senna, Oliveira & Ferreira, 2003).
28
CONCLUSÃO
Os processos relacionados à Educação Inclusiva são elementos
indispensáveis ao nosso tempo e, portanto, exigem conhecimento, vontade,
dedicação e empenho de todos, sejam pais, professores e/ou sociedade civil.
Estes aspectos são condições básicas para que tais processos possam alcançar
resultados concretos.
A escola inclusiva está a frente do seu tempo. È uma demanda que vem
atender ao paradigma de uma nova sociedade. Muito além de uma questão
social e humana é um processo que vem se adequar a Lei LDB (9394/96).
A presente obra mostra que como toda mudança vem acarretar no cotidiano
escolar responsabilidades e metodologias que por muitas vezes geram
resistência do corpo docente. Portanto é preciso uma mudança de pensamento
e atitude dos professores. Dentro desse processo é fundamental para a
construção desse novo modelo a integração família /escola.
.
29
BIBLIOGRAFIA
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propostas preconizadas nas legislações. In: TREVISAN, Patrícia FANTINEL
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33
ANEXOS
Índice de anexos
ANEXO 1
DECRETO Nº 6.571,DE 17 DE SETEMBRO DE 2008.
Dispõe sobre o atendimento educacional especializado,
regulamenta o parágrafo único do art. 60 da lei n° 9.394,
de 20 de dezembro de 1996, e acrescenta dispositivo ao
decreto n° 6.253, de 13 de novembro de 2007.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere
o art. 84, inciso IV, e tendo em vista o disposto no art. 208, inciso III, ambos da
Constituição, no art. 60, parágrafo único, da Lei no 9.394, de 20 de dezembro
de 1996, e no art. 9o, § 2o, da Lei no 11.494, de 20 de junho de 2007,
DECRETA:
Art. 1o A União prestará apoio técnico e financeiro aos sistemas
públicos de ensino dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, na forma
deste Decreto, com a finalidade de ampliar a oferta do atendimento
educacional especializado aos alunos com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, matriculados na rede
pública de ensino regular.
§ 1º Considera-se atendimento educacional especializado o conjunto de
atividades, recursos de acessibilidade e pedagógicos organizados
institucionalmente, prestado de forma complementar ou suplementar à
formação dos alunos no ensino regular.
§ 2o O atendimento educacional especializado deve integrar a proposta
pedagógica da escola, envolver a participação da família e ser realizado em
articulação com as demais políticas públicas.
Art. 2o São objetivos do atendimento educacional especializado:
I - prover condições de acesso, participação e aprendizagem no ensino
regular aos alunos referidos no art. 1º;
34
II - garantir a transversalidade das ações da educação especial no
ensino regular;
III - fomentar o desenvolvimento de recursos didáticos e pedagógicos
que eliminem as barreiras no processo de ensino e aprendizagem; e
IV - assegurar condições para a continuidade de estudos nos demais
níveis de ensino.
Art. 3o O Ministério da Educação prestará apoio técnico e financeiro às
seguintes ações voltadas à oferta do atendimento educacional especializado,
entre outras que atendam aos objetivos previstos neste Decreto:
I - implantação de salas de recursos multifuncionais;
I - formação continuada de professores para o atendimento educacional
especializado;
III - formação de gestores, educadores e demais profissionais da escola
para a educação inclusiva;
IV - adequação arquitetônica de prédios escolares para acessibilidade;
V - elaboração, produção e distribuição de recursos educacionais para a
acessibilidade; e
VI - estruturação de núcleos de acessibilidade nas instituições federais
de educação superior.
§ 1o As salas de recursos multifuncionais são ambientes dotados de
equipamentos, mobiliários e materiais didáticos e pedagógicos para a oferta do
atendimento educacional especializado.
§ 2o A produção e distribuição de recursos educacionais para a
acessibilidade incluem livros didáticos e paradidáticos em braile, áudio e
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS, laptops com sintetizador de voz,
softwares para comunicação alternativa e outras ajudas técnicas que
possibilitam o acesso ao currículo.
§ 3o Os núcleos de acessibilidade nas instituições federais de educação
superior visam eliminar barreiras físicas, de comunicação e de informação que
restringem a participação e o desenvolvimento acadêmico e social de alunos
com deficiência.
Art. 4o O Ministério da Educação disciplinará os requisitos, as condições
de participação e os procedimentos para apresentação de demandas para
35
apoio técnico e financeiro direcionado ao atendimento educacional
especializado.
Art. 5o Sem prejuízo do disposto no art. 3o, o Ministério da Educação
realizará o acompanhamento e o monitoramento do acesso à escola por parte
dos beneficiários do benefício de prestação continuada, em colaboração com
os Ministérios da Saúde e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e
com a Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República.
Art. 6o O Decreto no 6.253, de 13 de novembro de 2007, passa a vigorar
acrescido do seguinte artigo:
“Art. 9o-A. Admitir-se-á, a partir de 1o de janeiro de 2010,
para efeito da distribuição dos recursos do FUNDEB, o
cômputo das matriculas dos alunos da educação regular
da rede pública que recebem atendimento educacional
especializado, sem prejuízo do cômputo dessas
matrículas na educação básica regular.
Parágrafo único. O atendimento educacional
especializado poderá ser oferecido pelos sistemas
públicos de ensino ou pelas instituições mencionadas no
art. 14.”(NR)
Art. 7o As despesas decorrentes da execução das disposições
constantes deste Decreto correrão por conta das dotações próprias
consignadas ao Ministério da Educação.
Art. 8o Este Decreto entra em vigor na data da sua publicação.
Brasília, 17 de setembro de 2008; 187º da Independência e 120º da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Fernando Haddad
36
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÀRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I -
COMO O GESTOR PODE TRABALHAR COM A INCLUSÃO 10
CAPÍTULO II -
A ESCOLA INCLUSIVA DO SÉCULO XXI 15
CAPÍTULO III –
O GESTOR NA CAPACITAÇÃO DO CORPO DOCENTE 20
CONCLUSÃO 28
BIBLIOGRAFIA 29
ANEXOS 33
ÍNDICE 36
FOLHA DE AVALIAÇÃO 37