UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Todas essas mudanças no campo da...
Transcript of UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Todas essas mudanças no campo da...
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
AVM FACULDADE INTEGRADA
A ATUAÇÃO E O PAPEL DO PROFESSOR NO ENSINO
SUPERIOR A DISTÂNCIA
Por: Paulo da Cruz Costa Junior
Orientadores
Profª. Ana Paula de Oliveira
Prof. Dr. Vilson Sérgio de Carvalho
Rio de Janeiro
2014
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A ATUAÇÃO E O PAPEL DO PROFESSOR NO ENSINO
SUPERIOR A DISTÂNCIA
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Docência do Ensino
Superior.
Por: Paulo da Cruz Costa Junior
AGRADECIMENTOS
A Deus por conceder-me o dom da vida, por dotar-me de capacidade, paciência, habilidade e esforço para vencer as intempéries naturais do dia a dia do ser humano e me dando a oportunidade de ter pessoas muito especiais a meu lado. A minha amada esposa Sheila, que através de seu exemplo, dedicando-se aos estudos, mostrou-me um novo abrir de horizontes, fazendo com que voltasse aos estudos para uma pós-graduação. Ao Oficial de Náutica Ronaldo Jares, que nos períodos em que estávamos embarcados, me incentivou, deu dicas, participou de leituras de meus trabalhos AV1 e AV2, mostrando-me que não é preciso ser da família para participar do sucesso de uma pessoa. E a mim mesmo, estando próximo a aposentadoria dedicar-me a uma profissão, dando exemplo a meus filhos, Gisele e Vinicius, que ainda posso mudar o meu futuro.
DEDICATÓRIA
A Deus que tem me dado capacidade e ânimo para dedicar-me
novamente aos estudos. Aos meus queridos avós, Raimundo e Georgina (in
memorian), e minha saudosa “Tia Éia” (in memorian) que me criou como filho,
nos ensinando e cobrando os nossos aprendizados. A minha amada esposa,
Sheila, que me deu grande incentivo a fazer uma pós-graduação a distância. A
meus filhos, Vinicius e Gisele, que indiretamente me incentivaram como forma
de dar-lhes exemplo que idade e falta de tempo, devido minha profissão, não
foram obstáculos para chegar as minhas metas e objetivos.
RESUMO
Vive-se hoje numa sociedade influenciada pelas tecnologias digitais
(computador e internet), propostas, práticas, inovações e adaptações que se
iniciaram a partir da segunda metade do século X. Este desenvolvimento
possibilitou uma ampliação ilimitada do acesso à informação e a velocidade de
comunicação entre os mais diversos sujeitos, surgindo assim, novas formas de
ensino aprendizagem. A Educação a Distância, utilizando-se destas
ferramentas, facilita o acesso ao conhecimento a um maior número de
pessoas, de forma virtual, que buscam educar-se ou atualizar-se
profissionalmente.
Todas essas mudanças no campo da informação, comunicação e
conhecimento, que chegaram ao ambiente escolar, provocaram novas
posturas e desafios profissionais no plano de ação docente. As funções
tradicionais dos professores que atuam na educação superior a distância
desempenham múltiplos papéis e ao contrário do senso comum, são
imprescindíveis para o sucesso na aprendizagem do aluno. E neste contexto,
o professor deverá estar permanentemente atualizado com o conteúdo da sua
disciplina, sendo um inovador, ter uma capacidade de estimular a autonomia,
a criatividade, o raciocínio, a criticidade, sem perder de vista a capacidade de
ser sensível aos ritmos e ás expectativas de seus alunos.
METODOLOGIA
Para atingir os objetivos propostos neste trabalho foi realizada
uma pesquisa através de uma vasta bibliografia de diversos autores,
reportagens, sites, vídeos e obras relacionadas aos temas de motivação na
educação, EaD, papel do professor e diversos outros.
Este trabalho, para melhor compreensão, foi divido em capítulos
que explicitam a história da EaD, passando pela importância do
aperfeiçoamento para os cursos de EaD e os desafios do professor na
motivação dos alunos na atualidade, até a relação de interação entre professor
e aluno como base para o sucesso dos cursos em EaD.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.............................................................................................. 10
CAPÍTULO I - A História da EaD............................................................................ 12 1.1 – A Origem da EaD..............................................................
12
1.2 – A História da EaD no Mundo.............................................
13 1.3 – A História da EaD no Brasil...............................................
16
1.4 – Uma pequena História da Educação Superior a Distância no Brasil..................................................................... 18
1.4.1 – A Universidade Aberta no Brasil (UAB)......................... 20 1.4.1.1 – Formação Continuada................................................ 21
CAPÍTULO III - Os Múltiplos Papéis do Professor no Ensino Superior a Distância........................................................................................................ 28
3.1 – Docência do Ensino Superior a Distância.......................... 29 3.2 – Perfil dos Docentes no Ensino Superior a Distância.......... 30 3.3 – Os Múltiplos Papéis dos Professores na EaD.................... 31 3.4 - O Professor Autor............................................................... 31 3.5 - O Professor Tutor................................................................ 32 3.6 - Professor Planejador ou Designer Instrucional................... 34
CAPÍTULO IV – Recursos Digitais na Educação a Distância......................... 37 4.1 – Os Ambientes Virtuais de Aprendizagem........................... 37
4.1.1 – Características de Alguns Ambientes Virtuais de Aprendizagem...............................................................................
37
4.2 – Ferramentas Síncronas....................................................... 40 4.3 – Ferramentas Assíncronas................................................... 41 CONCLUSÃO.............................................................................................. 43 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA..................................................................
45 ÍNDICE........................................................................................................
52
CAPÍTULO II – Educação a Distância: Abordando Conceitos...................... 23 2.1 – O que é Educação a Distância (EaD)?............................ 24 2.1.1 – Característica da Educação a Distância....................... 25 2.2 – O que é Ensino a Distância?............................................ 26 2.3 – O que é Aprendizagem a Distância?................................
27
10
INTRODUÇÃO
A sociedade atual é conhecida como sociedade da informação, conceito
que define bem a existência de fluxos tão complexos de ideias, produtos,
dinheiro e pessoas, o que estabelece uma nova forma de organização social. O
fato é que se verificam claramente as transformações na organização do
trabalho, na produção, nos mecanismos de relacionamento social e ao acesso
à informação.
Neste desenvolvimento crescente de tecnologias deu-se lugar a
alternativas educacionais, facilitando a criação de novas formas de ensino
aprendizagem mais aliciantes e motivadoras.
O modelo de educação tradicional está sendo abandonado e a educação
encontra novas asas quanto à sua modalidade. O conceito de distância e
proximidade está sendo estreito com a utilização destas novas tecnologias,
surgindo assim, a Educação a Distância (EaD).
A importância deste ensino e educação a distância torna-se cada vez
mais evidente e vem sendo muito utilizado e aceito em todo mundo. A
relevância deste tipo de ensino torna-se maior à proporção que novas camadas
da população buscam educar-se ou atualizar-se profissionalmente.
Esta modalidade de ensino tem ajudado a atenuar o elitismo
educacional vigente em muitos países e a corrigir algumas fissuras do sistema
tradicional de ensino.
Com o advento das tecnologias digitais (computador e internet)
possibilitou-se uma ampliação ilimitada do acesso a informação e a velocidade
de comunicação entre os mais diversos sujeitos. Tais ferramentas, quando
utilizadas na educação a distância, têm facilitado o acesso ao conhecimento a
um maior número de pessoas, de forma virtual.
Todas essas mudanças no campo da informação, comunicação e
conhecimento através da internet (e-mail, chats, news, web-conferências,
fóruns), têm provocado grandes desafios no plano da ação docente.
De acordo com Behrens,
“Num mundo globalizado, que derruba barreira de tempo e espaço, acesso à tecnologia exige atitude crítica e inovadora, possibilitando o relacionamento com a sociedade como um
11
todo. O desafio passa por criar e permitir uma nova ação docente na qual o professor e alunos participam de um processo conjunto para aprender, de forma criativa, dinâmica e encorajadora, e que tenha como essência o diálogo e a descoberta” (2000, p.78).
As funções tradicionais dos professores têm sido questionadas em
virtude da inclusão das tecnologias que chegaram ao ambiente escolar. Com
isso, necessita-se de novas posturas profissionais daqueles que estão atuando
em suas atividades laborais, e os professores são os principais atores
mobilizados a apresentar respostas a esses processos de mudanças. Assim, o
papel do professor desloca-se do contexto habitual da sala de aula e passa a
interagir com seus alunos, diminuindo a distância entre eles por meio de outras
formas e materiais tecnológicos, mediando à construção do seu conhecimento,
preparando-os para se situarem e interagirem nessa nova sociedade que
vivem. Segundo Behrens (2000, p.69), "as exigências da economia globalizada
afetam diretamente a formação dos profissionais em todas as áreas do
conhecimento".
Tornam-se exigências desse novo modelo de professor, a permanente
atualização com o conteúdo da sua disciplina, ser ao mesmo tempo
incentivador e inovador, ter a capacidade de estimular a autonomia, a
criatividade, o raciocínio, a criticidade e isso sem perder de vista a capacidade
de ser sensível aos ritmos e as expectativas básicas de seus alunos.
Diante do mutante cenário da sociedade tecnológica, o professor
precisa olhar para o futuro, de forma a antecipar os desafios que lhe serão
impostos. Tem que ser conhecedor das propostas pedagógicas em que se
envolve profissionalmente e delas se apropriar plenamente além de se dedicar
verdadeiramente as suas funções e valores.
12
CAPÍTULO I
A HISTÓRIA DA EaD
Para entender a Educação a Distância (EaD) hoje, é necessário
conhecer a sua história: sua origem, seu passado, sua evolução, e, por
consequência, suas implicações, desafios e possibilidades atuais.
Portanto, este capítulo apresenta a origem da EaD, um breve
resumo de sua história no mundo e no Brasil, remontando às datas e aos
acontecimentos mais marcantes dessa história: cursos por correspondência,
experiências radiofônicas e utilização de programas de televisão em projetos
educativos, e a inserção das Tecnologias da Informação e da Comunicação no
contexto educacional.
1.1 – A Origem da EaD
A origem da EaD está relacionada às necessidades de preparo
profissional, cultural e configura-se como uma nova possibilidade àqueles que,
por vários motivos, não podem frequentar um estabelecimento de ensino
presencial.
Desta forma é possível perceber que a EaD surgiu como
alternativa para atender às necessidades diversificadas da educação tendo
como suporte os avanços da tecnologia educacional e oferecer possibilidades
diferenciadas.
“(...) a EAD, ao longo do tempo, vem sendo ofertada através de vários meios: correspondência, rádio, televisão e internet; para atender aos mais diversos objetivos: ampliar o acesso à educação em todos os níveis do ensino, formação técnico-profissionalizante, alfabetizar e treinar trabalhadores, promover atividades culturais, capacitar em massa os professores, apoiar as aulas ministradas nos ensinos, fundamental e, médio, expandir e interiorizar a oferta de cursos superiores”. (RASLAN, 2009 p.24 e 25)
13
1.2 – A História da EaD no mundo
A EaD é vista como um elemento inovador no cenário educacional,
porém, a Educação a Distância apresenta uma longa história.
Segundo Chaves (1999, p.22), a Educação a Distância (EaD) é uma
modalidade de ensino bastante antiga, sendo uma forma de ensino que ocorre
quando o aluno e professor se encontram separados no tempo e espaço, entre
outros vários fatores também determinantes e decisivos para o sucesso deste
modelo de educação. Obviamente, para que haja Educação a Distância, é
necessária a utilização de alguma tecnologia.
A primeira tecnologia que permitiu a comunicação entre as pessoas
comunicar-se sem estarem face a face foi a escrita. A tecnologia tipográfica,
posteriormente, ampliou grandemente o alcance da Educação a Distância.
De acordo com Chaves (1999, p.32):
“A invenção da escrita possibilitou que as pessoas escrevessem o que antes só podia dizer e, assim, permitiu o surgimento da primeira forma de EAD: o ensino por correspondência. As Epístolas do Novo Testamento (destinadas a comunidades inteiras), que possuem nítido caráter didático, são claros exemplos de EAD. Seu alcance, entretanto, foi relativamente limitado – até que foram transformadas em livros”.
Como é possível perceber, das evoluções históricas que precedem as
grandes conquistas da humanidade, existem certos aspectos que devem ser
considerados, aspectos estes que vão evoluindo, adquirindo características e
melhorias com o passar dos anos, décadas, séculos e daí em diante.
A Educação a Distância – EaD começou no século XV, quando
Johannes Guttenberg, em Mogúncia, Alemanha, inventou a imprensa, com
composição de palavras com características móveis de chumbo fundido, mais
duradouro e resistente do que os fabricados em madeira e, portanto,
reutilizáveis, que conferiram uma enorme versatilidade ao processo de
elaboração de livros e outros trabalhos impressos e permitiram a sua
massificação. Com a criação, tornou-se desnecessário ir às escolas para
assistir o venerado mestre ler na frente de seus discípulos o raro livro copiado,
surgindo assim a possibilidade da leitura acontecer fora da sala de aula. Antes,
14
os livros copiados manualmente eram caríssimos e, portanto, inacessíveis à
plebe, razão pela qual os mestres eram tratados como integrantes da corte.
Conta a história que as escolas da época de Guttenberg resistiram durante
anos ao livro escolar impresso mecanicamente, que poderia fazer com que se
tornasse desnecessária a figura do mestre.
Para Saraiva (1996, p.18) e Sartori (2002, p.12) um dos primeiros
acontecimentos da Educação a Distância foi o anúncio publicado na gazeta de
Boston (20 de março de 1728), onde o professor de taquigrafia Cauleb Phillips
anunciava que toda pessoa da região, desejosa de aprender a arte de
taquigrafia, podia receber em sua casa várias lições semanalmente e ser
perfeitamente instruída, como pessoas que vivem em Boston.
Castro e Guaranys (1977, p.407) registram um curso de taquigrafia, em
1840, na Inglaterra, e vários outros cursos por correspondência, no início do
século XX, na Rússia e pelo menos, em oito universidades americanas.
Rapidamente várias iniciativas de criação de cursos a distância se espalharam.
Os mais bem sucedidos eram os do tipo extensão universitária ou técnicos.
Havia uma grande resistência com relação a cursos universitários a distância,
por isso poucas foram as experiências duradouras, mesmo nos países mais
desenvolvidos.
Sartori (2002, p.14) ressalta que no final do século XIX, foi criada a
divisão de ensino por correspondência no departamento de extensão da
Universidade de Chicago. Na mesma época, Hans Hermond, inaugura o
famoso instituto Hermond, na Suíça.
Em 1938, na Cidade de Vitória, no Canadá realizou-se a primeira
conferência sobre educação por correspondência.
Rodrigues (1998, p.25) dá uma importante contribuição ao enfatizar
que:
“Mesmo que possa haver divergência quanto a primeira instituição e ao primeiro curso a distância a bibliografia é unânime quanto à importância da Open University da Inglaterra, criada em 1969 como um marco e um modelo de sucesso, que tem atuação destacada até hoje. A novidade foi o uso integrado de material impresso, rádio e televisão (através de um acordo com a BBC) e de contato pessoal. Através de centros de atendimento espalhados no país, o fato dos alunos não necessitarem apresentar certificado de formação anterior
15
(ter 21 anos é suficiente para ingressar na Universidade) e o alto nível dos cursos”.
De acordo com Santos e Blásques (2005), em 1840, o italiano
Guglielmo Marconi trouxe imensa surpresa ao mundo com a invenção do rádio,
que possibilitou grande popularidade devido ao seu poder de penetração visto
que seus ouvintes não necessitavam ser alfabetizados para entenderem o que
era transmitido, ao contrário da impressa, que restringia a uma minoria
alfabetizada.
Com uma nova revolução envolvendo tecnologia de imagem e som (de
forma unificada) surge a televisão na década de 20.
“A televisão permitiu que a imagem fosse, junto com o som, levada a localidades remotas. Assim, agora uma aula quase inteira, englobando todos os seus componentes audiovisuais, pode ser remotizada. A televisão comercial está disponível desde o final da década de 40”. Chaves (1999).
No período da 2ª Guerra Mundial, mais precisamente em 1936, o
engenheiro alemão Konrad Zuse tentou vender ao governo alemão uma
máquina (Z1), que a partir de relés executavam cálculos e dados lidos em fitas
perfuradas, porém como não poderia auxiliar na guerra, foi desprezado. Sendo
assim, os projetos de Konrad Zuse ficaram parados durante a guerra, dando
chance aos americanos de desenvolverem seus computadores
Neste período, a Marinha americana, em conjunto com a Universidade
de Havard, desenvolveu o computador Harvard Mark l, projetado pelo professor
Howard Aiken, com base no calculador analítico de Babbage. O Mark l ocupava
120 m³ aproximadamente, conseguindo multiplicar dois números de dez dígitos
em três segundos. Enquanto isso, o exército americano secretamente
desenvolveu uma máquina capaz de processar cálculos exatos, para serem
utilizados durante a guerra, porém, essa máquina só pôde ser usada após a
guerra; esta máquina ficou conhecida como ENIAC (Electrical Numerical
Integrator And Calculator), e foi precursor do computador moderno.
Após o surgimento do ENIAC, várias outras máquinas foram surgindo,
mas o seu tamanho e a complexidade no tratamento e processamento de
informações tornava quase impossível a sua popularização e utilização por
16
parte de usuários sem conhecimento das linguagens de máquina, além do
preço dessas máquinas ser muito elevado.
Segundo Carneiro (2002), um grupo de jovens americanos, entre eles
Steve Jobs e Steve Wozniac (fundadores da APPLE), Bill Gates e Paul Allen
(inventores do Basic, linguagem de programação), contribuíram com a
popularização do computador em uso doméstico, ou seja, os jovens não tinham
livre acesso aos computadores da universidade, desta forma, buscaram
maneiras para que os mesmos tivessem acesso aos computadores, porém não
pensaram em disponibilizar esta tecnologia somente para si mesmos, mas o
fizeram em benefícios de toda a sociedade.
É possível notar que após um curto espaço de tempo as máquinas
foram ficando cada vez menores, e o preço mais acessível, além do surgimento
de linguagens, que facilitava muito a comunicação usuário-máquina.
Com os computadores surgiu, também, uma nova forma de
comunicação. No período da Guerra Fria, os militares procuravam uma forma
de comunicação que os adversários não conseguissem decifrar; assim surgiu a
ARPAnet (acrônimo Advanced Research Projects Agency Network – primeiro
nome dado a internet). Através de pesquisas e estudos em busca de melhoria
na forma de comunicação surgiu o TCP/IP (Transmission Control
Protocolo/Protocolo de Interconexão). Por meio desse protocolo mais
computadores poderiam se “comunicar” entre si, na grande rede. Porém está
forma de comunicação só chegou ao Brasil na década de 90, mas como era
muito utilizada em outros países logo se desenvolveu e popularizou. (TAJRA,
1999).
1.3 – A História da EaD no Brasil
Provavelmente, as primeiras experiências em educação a distância no
Brasil tenham ficado sem registro, visto que os primeiros dados conhecidos são
do século XX.
Para Alves (1994, p.27):
“Inexistem registros precisos acerca da criação da Educação a Distância no Brasil. Tem-se como marco histórico à implantação das “Escolas Internacionais” em 1904,
17
representando organizações norte-americanas. Entretanto, o Jornal do Brasil, que iniciou suas atividades em 1891, registra na primeira edição da seção de classificados, anúncio oferecendo profissionalização por correspondência (datilógrafo), o que faz com que se afirme que já se buscavam alternativas para a melhoria da educação brasileira, e coloca dúvidas sobre o verdadeiro momento inicial da Educação a Distância”.
No Brasil, conforme aponta Sartori (2002, p.21), o início da Educação a
Distância não está associado ao material impresso, e sim ao rádio, lembrando
a fundação da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro em 20 de abril de 1923 por
Edgar Roquette Pinto como marco inicial da Educação a Distância que tinha
como objetivo utilizar o rádio como forma de ampliação de acesso a educação,
ou “transmitindo programas de literatura, radiotelegrafia e telefonia, de línguas,
de literatura infantil e outros de interesse comunitário” (ALVES, 1994, p.25).
Em 1934, Edgard Roquette Pinto instalou a Rádio Escola Municipal no
Rio, projeto para a então Secretaria Municipal de Educação do Distrito Federal.
Os estudantes tinham acesso prévio a folhetos e esquemas de aulas, e
também era utilizada correspondência para contato com os estudantes.
Em 1939, em São Paulo, surge o Instituto Monitor, o primeiro instituto
brasileiro a oferecer sistematicamente cursos profissionalizantes a distância por
correspondência, na época ainda com o nome Instituto Rádio Técnico Monitor.
Em 1941, surge o Instituto Universal Brasileiro, segundo instituto
brasileiro a oferecer também cursos profissionalizantes e sua principal mídia
são as apostilas enviadas pelos correios.
Em 10 de janeiro de 1946 tem início às atividades do SENAC (Serviço
Nacional de Aprendizagem Comercial) que desenvolveu no Rio de Janeiro e
São Paulo, a Universidade do Ar.
Volpato (2005, p.14) destaca que, na década de 50, outras instituições
motivadas pela necessidade de democratizar o saber e tomando como
realidade às dimensões continentais brasileiras, passou a fazer uso de ensino
a distância via correspondência.
A história da Educação a Distância no Brasil registra também que, nas
décadas de 60 a 80, novas entidades foram criadas com fins de
desenvolvimento da educação por correspondência, sendo que algumas já
18
estão desativadas. Um levantamento feito com apoio do Ministério da
Educação, em fins dos anos 70, apontava a existência de 31 estabelecimentos
de ensino utilizando-se da metodologia de EaD, distribuídos em grande parte
nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro (ALVES, 1994, p.34).
Sartori (2002, p.29) destaca a importância do projeto LOGUS II,
desenvolvido nas décadas de 70 e 80, habilitando mais de 60 mil professores
em todo o Brasil, especificamente em Santa Catarina. Destinava-se a
habilitação de professores leigos para atuarem nas séries iniciais de ensino
fundamental. Posteriormente foi substituído pelo Programa de Valorização do
Magistério, sendo que o mesmo está praticamente desativado.
Em 1970, o Projeto Minerva (Ministério da Educação e Cultura-MEC),
Fundação Padre Lendel de Moura e a Fundação Padre Anchieta celebraram
convênio cujo objetivo era a utilização de rádio para a educação e a inclusão
social de adultos.
Em 1978, a Fundação Padre Anchieta (TV Cultura) e a Fundação
Roberto Marinho lançaram o telecurso 2º Grau, utilizando programas de TV e
material impresso vendido em bancas de jornal. Para preparar os alunos para
exame supletivo em 1995 foi lançado o Telecurso 2000, nos mesmos moldes
(ALVES, 1994, p.34).
Em 1991, foi lançado o programa Um Salto para o Futuro, uma parceria
do Governo Federal, das Secretarias Estaduais de Educação e da Fundação
Roquette Pinto, dirigido à formação de professores e veiculado através de
emissoras de televisão educativas. Este programa vem crescendo e
aprimorando o atendimento aos professores, aumentando o número de
telepostos organizados pelas Secretarias de Educação dos Estados, contando
com orientadores de aprendizagem nos telepostos. Esses orientadores
assumem o papel de tutores do curso (SARTORI, 2002, p.32).
1.4 – Uma pequena História da Educação Superior a Distância
no Brasil
Na década de 70, uma das primeiras experiências com Educação
Superior a Distância ocorreu na Universidade de Brasília, que ofereceu cursos
19
na área de ciências políticas. Porém, somente no final da década seguinte que
são credenciadas as primeiras universidades brasileiras para desenvolver
cursos superiores de graduação, na modalidade à distância, conforme nos
apresenta Sartori (2002, p.33):
Em 1988, a Escola do Futuro - USP, que é um laboratório
interdisciplinar de pesquisa da Universidade de São Paulo e
iniciou seus trabalhos e tem como meta investigar tecnologias
emergentes de comunicação e suas aplicações educacionais
(RODRIGUES, 1998, P.44).
Em 1995, a Universidade Federal de Santa Catarina estruturou o
Laboratório de Ensino a Distância no Programa de Pós-graduação
em Engenharia de Produção. Os cursos são customizados e
permitem atender as necessidades de diversas clientelas
(RODRIGUES, 1998, p.44).
A abertura legal para ensino a distância aconteceu na nova Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), Lei nº 9.394, de 20 de
dezembro de 1996. Em suas Disposições Gerais, Artigo 80, a LDB atribuiu ao
Poder Público o papel de incentivar “[...] o desenvolvimento [...] de programas
de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades [...], e de educação
continuada” (BRASIL, 1996, não paginado). Essa lei delegou à União a
competência ao credenciamento das instituições que oferecerão programas a
distância e a definição “[...] requisitos para a realização de exames e registro de
diplomas relativos a cursos de educação a distância” (BRASIL, 1996, não
paginado).
Segundo Hack,
“A caminhada brasileira no ensino superior a distância parte de uma experiência iniciada em 1998 e está conquistando espaços paulatinamente. O primeiro curso universitário a distância em nosso país foi encabeçado pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). O projeto pioneiro criado pela UFMT em 1998 visava formar professores de rede pública a partir da Licenciatura em Educação Básica, da 1ª à 4ª série a distância”. (2014, p. 37)
20
Logo que o processo de regulamentação e normalização da EaD no
Brasil começou a ocorrer, o Ministério da Educação (MEC) produziu um
documento em parceria com a Secretaria de Educação a Distância (SEED),
com os Padrões de Qualidade para Cursos de Graduação a Distância. Este
documento tinha o intuito de apresentar critérios às instituições que pretendiam
elaborar seus projetos de EaD, bem como servia para as comissões de
especialistas analisarem as solicitações .
Devido ao avanço da oferta de cursos na modalidade EaD no país, em
2003 foram publicados pelo MEC os Referenciais de Qualidade para EaD que
na verdade, correspondem aos estudos realizados por uma comissão
determinada pelo órgão federal, composta por especialistas nesta modalidade
de ensino. Em agosto de 2007, houve uma nova publicação, em virtude de
revisões que atualizaram a anterior e que passou a se chamar Referenciais de
Qualidade para Educação Superior a Distância e que deve ser seguida
integralmente pelas IES (Instituições Ensino Superior) que a oferecem.
Estes referenciais se interpenetram, envolvendo em sua análise toda
estrutura física da instituição, seus recursos pedagógicos, a administração e
sua infraestrutura.
Hoje em dia, no Brasil, a Educação a Distância contemplada no Plano
Nacional de Educação (PNE) recebe especial atenção como forma de atingir
com qualidade, um número cada vez maior de beneficiários, vencendo as
barreiras das distâncias geográficas e obtendo melhor adaptação aos horários
de vida dos trabalhadores que necessitam estudar, atendendo assim, a um
segmento da sociedade de forma significativa, graça as instituições de ensino
superior a distância. Ampliar e democratizar o acesso ao ensino superior é uma
necessidade cada vez maior, e os estabelecimentos encontram-se
pressionados para poder fazer jus a uma demanda sempre mais acentuada na
oferta dessa forma de estudo.
21
1.4.1 A Universidade Aberta no Brasil (UAB)
Para ampliar o acesso e diversificar a oferta de ensino superior em
nosso país, no ano de 2005, o MEC criou o sistema de Universidade Aberta do
Brasil (UAB). Tendo como base o aprimoramento da EaD, a UAB visa expandir
e interiorizar a oferta de cursos pela ampla articulação entre instituições
públicas de educação superior, estados e municípios brasileiros, para promover
educação através da metodologia da EaD.
A prioridade é oferecer formação inicial a professores em efetivo
exercício na educação básica pública, porém ainda sem graduação, além de
formação continuada àqueles já graduados. Também pretende ofertar cursos a
dirigentes, gestores e outros profissionais da educação básica da rede pública.
Outro objetivo do programa é reduzir as desigualdades na oferta de
ensino superior e desenvolver um amplo sistema nacional de educação
superior a distância, dando acesso à formação especializada para camada da
população que estão excluídas do processo educacional.
Apesar da prioridade do programa ser a capacitação de professores da
educação básica com a oferta de cursos de licenciatura e de formação
continuada, o Sistema Universidade Aberta do Brasil também disponibiliza
vários outros cursos superiores nas mais diversas áreas do saber.
1.4.1.1 Formação Continuada Docente
A educação continuada é de fundamental importância para a promoção
de mudanças na prática pedagógica dos professores. No momento atual a
informação e o conhecimento são requisitos indispensáveis para a vida
profissional. Isso implica o repensar do papel que a escola desempenha no
processo e construção do conhecimento e o redimensionamento do papel que
o professor exerce na formação do cidadão.
A formação continuada foi uma proposta utilizada pelo Ministério da
Educação para atualizar a prática educacional, visando trazer os profissionais
22
para os anceios educacionais contemporâneos e a melhoria da qualidade da
educação no país.
Segundo Libânio (2004),
“O termo formação continuada vem acompanhada de outro, a formação inicial. A formação inicial refere-se ao ensino de conhecimentos teóricos e práticos destinados à formação profissional, completados por estágios. A formação continuada é o prolongamento da formação inicial, visando o aperfeiçoamento profissional teórico e prático no próprio contexto de trabalho e o desenvolvimento de uma cultura geral mais ampla, para além do exercício profissional”. (P.227).
Na citação acima, o autor expressa a necessidade do professor em se
ter uma consciência de que a formação não acaba com a graduação. O
processo de conhecimento é construído em toda a sua trajetória docente, para
que seja um profissional autônomo, criativo, crítico e transformador,
preocupando-se em buscar novas tarefas e práticas para o futuro.
Com as novas tecnologias de informação e comunicação, o professor
necessita de uma metodologia de ensino pautada na interação entre o aluno e
professor: Além de direcionar os alunos a uma reflexão crítica sobre um
conhecimento científico, o professor necessita orientá-los sobre onde e como
buscar as informações, precisa questionar, discutir e analisar criticamente, com
intuito de moldar o aluno a ser crítico, autônomo e pesquisador.
23
CAPÍTULO II
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: ABORDANDO CONCEITOS
Segundo Hack (2014, p. 15), “a busca da expressão EaD nos leva a
um dos pioneiros no estudo da temática, o educador sueco BÖrje Holmberg,
que confessou a Niskier (2000) ter ouvido a expressão na universidade alemã
de TÜbingen. Para Holmberg, (apud NNISKIER, 2000), em vez de citar “estudo
por correspondência”, os alemães usavam os termos Fernstudium (Educação a
Distância) ou Fermunterricht (Ensino a Distância). Niskier (2000) ainda destaca
que o mundo inglês conheceu a expressão a partir de Desmond Keegan e
Charles Wedemeyer. "
Para Chaves (1999, p.27) se faz necessário distinguir o que seja
Educação a Distância, Aprendizagem a Distância e Ensino a Distância. Ele
caracteriza Educação a Distância e Ensino a Distância como sendo processos
que acontecem dentro das pessoas e não existe a possibilidade de ser
realizada a distância. Portanto, considera as expressões Educação a Distância
e Aprendizagem a Distância totalmente inadequada ao propósito que se
propõe. Pois educação e aprendizagem acontecem onde quer que o indivíduo
esteja se educando ou aprendendo. Segundo ele não há como fazer e
entender teleducação e teleaprendizagem.
Ainda, segundo Chaves (1999, p.27), o Ensino a Distância é
perfeitamente possível acontecer. Pois ocorre o tempo todo, como, por
exemplo, quando utilizamos um livro que foi escrito para nos ensinar alguma
coisa, ou quando assistimos ou temos acesso a uma informação. Para ele, a
expressão “Ensino a Distância” faz perfeito sentido porque quem está
ensinando, o ensinante, está espacialmente distante (geograficamente) de
quem está aprendendo, o aprendente. Percebe-se, portanto, divergências
sobre o que seja Educação, Ensino e Aprendizagem a distância. Portanto é
necessário buscar auxílio em outros autores para reforçar ou refutar tais ideias
ou termos utilizados.
24
2.1 – O que é Educação a Distância?
Os conceitos que procuram definir Educação a Distância possuem
entre os diversos autores, terminologias distintas, mesmo abordando conceitos
que se relacionam e apontam um mesmo caminho, que é a não exigência da
presença física do aluno em um determinado espaço físico.
Moran (2000) argumenta que "educação a distância é o processo de
ensino e aprendizagem, mediado por tecnologias, no qual professores e alunos
estão separados espacial e/ou temporalmente". Esse conceito insere a
'mediação das tecnologias', não sendo mais 'ensino por correspondência' e
implica separação espaço-temporal, mas continua o autor:
“Apesar de não estarem juntos, de maneira presencial, eles podem estar conectados, interligados por tecnologias. Principalmente as telemáticas, como a internet. Mas também podem ser utilizados o correio, o rádio, a televisão, o vídeo, o cd-rom, o telefone, o fax e tecnologias semelhantes”.
Cita-se como outro exemplo uma definição dada por Netto apud Barros
(1999, p. 17):
“Educação a Distância refere-se a ensino e aprendizagem em circunstância nas quais o professor e o aprendiz estão separados um do outro no tempo e no espaço; inclui telecursos, estudos por correspondência, ensino aprendizagem por meio de computador como parte de um sistema abrangente de educação ou treinamento que culmina com a contemplação de uma tarefa, curso, currículo ou programa de treinamento”.
Segundo Lobo apud Sartori “a educação a distância é uma modalidade
de realizar o processo educacional quando (...) promove-se à comunicação
educativa, através de meios capazes de suprir a distância que os separa
fisicamente” (2002, p. 37).
Sartori (2002, p.37) fazendo referência ao Ministério da Educação e
Cultura – MEC, através do Decreto nº 2494/98, de 10 de fevereiro de 1998, em
seu artigo primeiro, oferece a seguinte definição oficial para Educação a
Distância:
“A EAD é uma forma de ensino que possibilita a autoaprendizagem, com a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou
25
combinados, e veiculados pelos diversos meios de comunicação”.
2.1.1 – Característica da Educação a Distância
A Educação a Distância é caracterizada basicamente pela separação
do professor e aluno no tempo e no espaço (geograficamente), sendo que o
controle do aprendizado é realizado de forma mais intensa pelo aluno, o que
caracteriza como estudo independente. A comunicação entre alunos e
professores é mediada por documentos impressos ou alguma forma de
tecnologia, sendo o tutor o elo entre a universidade, professor e o aluno.
Sartori (2002, p.39) destaca pontos fundamentais que caracterizam a
Educação a Distância. Um dos pontos é a simultaneidade que ocorre entre o
estudo e o trabalho. O aluno consegue estabelecer horários de estudo que não
impliquem em seu trabalho, criando dessa forma a autonomia em seus
estudos, uma vez que não precisa estar presencialmente na universidade para
estudar.
Outro fator destacado é a possibilidade de acesso à educação por uma
população mais ampla, que se encontra geograficamente distante. Também
existe a possibilidade dos estudantes percorrerem trajetórias diferentes de
estudo, de acordo com suas necessidades sociais, culturais e educacionais.
Uma das características essenciais da Educação a Distância são a
interatividade e o trabalho colaborativo que surge entre alunos. Essa
interatividade acontece entre professores por meio de alguma tecnologia, com
o tutor e aluno-aluno, o que faz com que o termo “Educação a Distância”
indique apenas a separação física entra ambos, sendo superada pela
mediação e a interatividade.
Segundo Hack,
“A Educação a Distância será entendida, portanto, como uma modalidade de realizar o processo de construção do conhecimento de forma crítica, criativa e contextualizada, no momento em que o encontro presencial do educador e do educando não ocorrer, promovendo-se, então, a comunicação educativa através de múltiplas tecnologias”. (2014).
26
Outros autores, como Keegan (2004) e Landim (2008), afirmam que a
Educação a Distância não pode ser caracterizada como um modismo, mas
como uma modalidade de ensino que oportuniza um processo amplo e
contínuo de mudanças no setor educacional. Esse processo representa a
democratização do acesso e o ensino, construído com a adoção de novos
paradigmas educacionais embasados em conceitos de autoaprendizagem, de
autonomia e de qualificação permanente.
2.2 – O que é Ensino a Distância?
Durante muitos anos, o termo de Ensino a Distância era utilizado como
sinônimo de Ensino por correspondência, e ganhou, assim, algum cunho
depreciativo. O Ensino a Distância era ministrado por centros de ensino que
aproveitavam os meios de comunicação disponível para difundir
ensinamentos/conhecimentos a milhares de formandos em todo o mundo, mas
cuja qualidade era posta em causa. Os meios usados eram o correio, em
primeiro lugar, e depois o telefone, o rádio e a televisão.
Com o desenvolvimento das Tecnologias de Informação e de
Comunicação e o aparecimento do computador e da internet, o Ensino a
Distância ganhou novos contornos e uma nova dimensão. Os meios já não são
somente impressos, são agora eletrônicos. Vislumbram-se, agora, novas
possibilidades na partilha de conhecimento e tarefas, assim como na produção
de materiais de ensino de maior qualidade.
Segundo Moran (2005), o ensino pode ser definido como uma forma de
instrução, transmissão ou treinamento englobando recursos didáticos para
ajudar o aluno a adquirir conhecimento e saber usá-lo. A educação é um
processo de ensino aprendizagem que leva o indivíduo a aprender a aprender,
a desenvolver, de forma independente, ou seja, vai além de ensinar, pois ajuda
a integrar todas as dimensões da vida, levando o indivíduo a participar criar,
inovar, pensar.
A EaD, hoje em dia refere-se a uma forma de difusão de materiais de
estudo impressos ou eletrônicos, disponibilizando os conteúdos programáticos
27
de uma determinada unidade de formação, a um grande número de
estudantes, sob a alçada de uma equipe de professores.
2.3 – O que é Aprendizagem a Distância?
Etimologicamente, a aprendizagem (do Latim “apprehendere” =
apoderar-se) é um processo de aquisição e formulação de novos
conhecimentos, de desenvolvimento de competências e que, de certa forma,
produz modificações no comportamento das pessoas. A aprendizagem
necessita de fatores e estímulos internos do indivíduo, bem como dos
estímulos externos.
Segundo Chaves (1999, p.34) “a aprendizagem é um processo que
ocorre dentro do indivíduo, mesmo quando a aprendizagem é decorrente de
um processo bem sucedido de ensino, ela ocorre de dentro do indivíduo, e o
mesmo ensino que pode resultar em aprendizagem em algumas pessoas pode
ser totalmente ineficaz em relação a outros.’’
28
CAPÍTULO III
A ATUAÇÃO E O PAPEL DO PROFESSOR NO ENSINO
SUPERIOR A DISTÂNCIA
No que se refere à formação de professores, a LDB defendeu a
formação preferencial em curso superior. Fixou, ainda, nas disposições
transitórias o prazo de 10 anos para que somente fossem admitidos
professores habilitados em curso superior para o exercício da docência em
qualquer nível. Entretanto, observa-se, ainda, a escassez de professores em
algumas áreas do conhecimento e ausência de formação em nível superior de
profissionais que estão em exercício. Tais fatores vêm contribuindo para que a
formação de professores, na modalidade a distância, oportunize um espaço
maior, tanto para implementação de políticas públicas, quanto às instituições
públicas e privadas para sua organização pedagógica. A partir disso a
Educação a Distância fica visível no Brasil, possibilitando uma maior
democratização do acesso ao ensino superior, além de viabilizar reflexões
acerca dessa modalidade como uma “nova” forma de educação de ensino
superior para sociedade contemporânea. Junto a essa questão, outra
discussão vem acontecendo há mais de duas décadas: a formação de
professores. Tal temática tem sido centro de muita preocupação e debate em
âmbito educacional, ganhando configuração principalmente quando associado
à educação a distância.
Pretti (2005, p. 16) evidencia essa ideia ao relatar,
“Há mais de duas décadas, o tema da formação do professor vem sendo colocada na pauta de encontros, congressos, simpósios educacionais e nas diretrizes da política nacional e de organismos internacionais. Nunca se produziu tanto sobre o tema”.
Portanto, demonstra que a formação de professores necessita de muita
reflexão principalmente, no que tange a essa nova configuração da educação a
distância no Brasil.
29
A sociedade vive hoje um processo de digitalização sendo assim, o
professor também está inserido nesse contexto e precisa ter uma formação
para familiarizar-se com todas essas novidades tecnológicas.
As tecnologias fazem, cada vez mais, parte da vida e o desafio passa a
ser a implementação de propostas de ensino e de aprendizagem que integram
muito mais do que simples recursos tecnológicos, mas que propiciem novas
práticas tecnológicas.
Segundo Lopes (2005), é importante que se inclua um componente
crítico-reflexivo na capacitação do docente para que este saiba por quê, para
quê, quando e como usar a tecnologia no processo educacional: uma formação
tecnológica.
Essa formação tecnológica requer novas habilidades, novas formas de
engajamento e comprometimento profissional, novos processos para
compreender o mundo globalizado e nele atuar.
3.1 Docência do Ensino Superior a Distância
A Docência do Ensino Superior a Distância exige mais que exímio
conhecimento das disciplinas ministradas, preconiza professores hábeis no
manuseio das novas tecnologias educacionais, isso significa profissionais com
destreza e familiaridade no mundo virtual.
É de responsabilidade do professor universitário estimular o
aprendizado, ação que exige explorar possibilidades e utilizar ferramentas de
informação e educação tecnológicas. Além disso, faz-se necessário
compreender que o exercício da docência nos cursos de nível superior a
distância, deve preconizar uma atividade conjunta à instituição de ensino, que
decorre por uma reflexão do processo de aprendizagem.
Savani (1991) e Abreu (1983) afirmam que a instituição de ensino
superior deve capacitar seus docentes para lidar com as novas tecnologias
educacionais, os despertando em sua consciência, direcionando-os para uma
nova prática didática.
30
3.2 Perfil dos Docentes no Ensino Superior
Masetto (2008) define a docência no ensino superior como domínio de
conhecimentos específicos em uma determinada área a serem mediados por
um professor para os seus alunos. Complementando este conceito Freire
(1996, p. 22-23) afirma que “Não há docência sem discência, as duas se
explicam e seus sujeitos apesar de diferenças que os conotam, não se
reduzem à condição de objeto um do outro. Quem ensina aprende ao ensinar e
quem aprende ensina ao aprender.”
Atualmente a docência pode ser definida como ação educativa que se
constitui no processo de ensino-aprendizagem, na pesquisa, na gestão de
contextos educativos e na perspectiva da gestão democrática.
A docência do ensino superior a distância exige mais que exímio
conhecimento nas disciplinas ministradas, recomendando profissionais hábeis
no manuseio das novas tecnologias educacionais. Isso significa professores
universitários com destreza e familiaridade no mundo virtual, tornando-se
responsáveis em estimular o aprendizado. Essa ação exige explorar
possibilidades e utilizar plenamente as ferramentas de informação e educação
tecnológicas. Além disso, o professor deve repensar a sala de aula e sua
própria função como um espaço que não seja fechado e isolado do mundo.
Isso não significa perder seu espaço, apenas redimensioná-lo e ampliá-lo, e
com o advento da tecnologia, tornou novas proporções e significações.
O professor de ensino a distância deixa de ser um centralizador de
saber, mais sim um descentralizador, ou seja, delega poderes e competências
a quem está à sua volta e assume também a coordenação de um novo projeto,
mais dinâmico e ousado.
Na EaD, esse professor ocupa uma multiplicidade de funções. Ao invés
de um professor, exercendo tarefas integradas, na EaD, as funções docentes
se multiplicam em diferentes funções e diferentes perfis: assim, são vários
educadores, cada um responsável por uma tarefa ao processo educativo.
31
3.3 Os Múltiplos Papéis dos Professores na EaD
A Educação a Distância (EaD), cada vez mais, adequa-se às novas
teorias pedagógicas, bem como, inova-se com as Tecnologias da Informação e
Comunicação (TIC). O processo de ensinar e aprender tornou-se mais
sofisticado, assim como a comunicação entre as pessoas que atualmente,
através da virtualização, compartilham simultaneamente as mais diversas
sensações e atividades.
Dessa forma, as Instituições de Ensino Superior estão ingressando
nessa forma de ensino, utilizando-se da interação em ambientes virtuais para
aplicação de aulas e cursos na modalidade EaD. Neste processo de mudança
de paradigma educacional, os professores também são influenciados, surgindo
novos perfis de profissionais que irão assumir papéis diferenciados, que
incluem desde a gestão administrativa de projetos de cursos de EaD até a
atuação virtual.
Estes professores devem ter a característica de um mediador, possuir
além do domínio do conteúdo ministrado habilidades específicas inerentes a
tecnologia, ser um bom digitalizador, pois as interações são dinâmicas, deve
estar atento aos multidiálogos e ter conhecimentos básicos de informática.
3.4 O Professor Autor
De acordo com Brito (2005, p.47), a prática docente “não se resume a
um espaço de aplicação de saberes, mais compreende que essa prática é,
também, um palco de produção de saberes relativos ao espaço profissional”.
Assim os docentes são sujeitos de seu próprio conhecimento.
O professor autor, na maioria dos programas de Ead, é professor
oriundo do ensino presencial da universidade e apresenta pouca ou nenhuma
experiência na modalidade. Ao participar de um curso desta natureza, ele terá
que desenvolver habilidades não apenas com as ferramentas tecnológicas,
mas compreender quem é o aluno de um curso a distância e qual a melhor
forma para promover sua aprendizagem.
32
O papel deste professor deixa de ser um fornecedor de informações,
mas, um mediador delas, a fim de que seus alunos saibam organizá-las e
interpretá-las, podendo desta forma desempenhar as tarefas e atividades
planejadas através das diferentes mídias propostas (vídeo, ambiente virtual,
CD-ROM, material impresso, etc.). Além disso, precisam ter domínio das
ferramentas e conhecer em profundidade todas as possibilidades existentes
para elaborar estratégias para um aproveitamento eficaz dos alunos. Sendo
assim, ele é a “peça” fundamental para incentivar o aluno à reflexão, à
pesquisa, à construção do seu conhecimento.
Pimenta e Anastasiou (2002, p.102) afirmam que:
“[...] se entendemos que conhecer não se reduz a se informar, que não basta expor-se aos meios de informação para adquiri-las, senão que é preciso operar com as informações para, com bases nelas, chegar ao conhecimento, então nos parece que a universidade (os professores) têm um grande trabalho a realizar, que é proceder a mediação entre a sociedade da informação e os alunos, a fim de possibilitar que, pelo exercício de reflexão, adquiram a sabedoria necessária à permanente construção do humano”.
O professor acompanha e operacionaliza a disciplina durante o período
em que ela está acontecendo, podendo ser o autor ou não do material que será
usado pelos alunos. É o responsável pela elaboração das provas e das
atividades. O contato professor/aluno é realizado através de chats e dos
encontros presenciais ou semipresenciais agendados para a disciplina, embora
esta atuação possa variar em cada Universidade.
3.5 O Professor Tutor
Os primeiros tutores a atuarem como orientadores educacionais
surgiram já no Século XV nas primeiras universidades. Naquele momento, a
orientação era de caráter religioso e tinha o objetivo propagar a fé e a conduta
moral. Depois, conforme Sá (1998, apud Machado, 2004, p.2) "... no Século
XX, o tutor assumiu o papel de orientador e acompanhante dos trabalhos
acadêmicos, e é com esse mesmo sentido que foi incorporado aos atuais
processos de educação a distância..."
33
Na visão tradicional da EaD, o tutor era aquele que orientava, guiava,
mas não ensinava o aluno. A função de ensinar era dos materiais didáticos e o
papel do tutor era somente acompanhar, de modo funcional, o processo de
aprendizagem. Entretanto, com o aperfeiçoamento do sitema de EaD e com a
introdução de novas tecnologias de informação e de comunicação aos
processos de ensino e aprendizagem a distância, a figura do tutor ganhou uma
nova dimensão.
O tutor passou a ser um agente facilitador de aprendizagem e tem como
uma de suas funções, possibilitar a mediação entre o professor autor, o
estudante, o material didático do curso e as atividades práticas e, por essa
ação, deve estar inteiramente consciente e integrado quanto aos conteúdos,
metodologias, matérias, atividades e, sobretudo, o contexto em que seu aluno
está inserido, sua realidade, suas limitações, seus ritmos individuais diferentes
e principalmente, seu potencial. De acordo com Pretti (1996, p.27), "o tutor,
respeitando a autonomia de cada cursista, estará constantemente orientando,
dirigindo e supervisionando o processo de ensino-aprendizagem".
Segundo Ferreira e Rezende (2004), o tutor deve acompanhar, motivar e
estimular a aprendizagem autônoma do aluno, utilizando-se de metodologias e
meios adequados para facilitar a aprendizagem. Por meio de diálogos, de
confrontos, da discussão entre diferentes pontos de vista, das diversificações
culturais e/ou regionais e de respeito entre formas próprias de se ver e de se
portar frente aos conhecimentos.
Muitas vezes, o tutor desempenha um papel social, pois gera um senso
de comunidade na turma que conduz ao facilitar e dar espaço aos aspectos
pessoais e sociais da comunidade online.
A pedagogia é outra função muito importante que envolve a
participação no agendamento do curso, nos objetivos traçados, na confecção
de materiais didáticos, na elaboração de atividades, no incentivo a pesquisa,
fazendo perguntas, avaliando respostas, relacionando comentários,
coordenando discussões entre diferentes pontos de vista das diversificações
culturais e/ou regionais, sintetizando seus pontos principais e encorajando a
construção do conhecimento.
34
Uma das mais importantes responsabilidades do professor tutor é o
feedback constante a seus alunos, o que lhe torna um agente crítico para
reforçar o aprendizado.
Os papéis exercidos pelo professor tutor nos ambientes de EaD não
devem ser reproduzidos através de práticas em sala de aula. Litwin (2001,
p.103) enfatiza que para exercer completamente estas funções, necessita de
formação especializada. Hoje, a ideia da formação permanente vigora para
todas as profissões, mas, especialmente, para os da educação. O tutor
encontra-se diante de uma tarefa desafiadora e complexa.
3.6 O Professor Planejador ou Designer Instrucional
Uma das principais características da EaD refere-se à elaboração e ao
desenvolvimento de cursos. Para tanto, é necessário o trabalho conjunto de
uma equipe multidisciplinar de profissionais que irá se organizar para atender
às diferentes etapas do projeto, quais sejam: planejamento, produção,
divulgação, implementação, avaliação, suporte e coordenação.
Dentro desta equipe multidisciplinar, encontra-se o Designer
Instrucional que, segundo a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), é o
profissional responsável por aplicar metodologias e técnicas que facilitem o
processo de ensino-aprendizagem (BRASIL, 2012).
Desta maneira, o Designer Instrucional dedica-se a planejar, preparar,
projetar, produzir e publicar textos, imagens, gráficos, sons e movimentos,
simulações, atividades e tarefas ancorados em suportes virtuais. Assim sendo,
sua formação deve abranger conhecimentos em tecnologia, educação, gestão
de pessoas, comunicação e produção de textos e hipertextos, dentre outras.
O Designer Instrucional desempenha um papel estratégico na equipe
multidisciplinar. Cabe a ele gerenciar a comunicação entre todos os envolvidos
em projetos de cursos de EaD.
35
Nesse sentido, compreendem o Designer Instrucional como sendo:
“O profissional responsável pela coordenação e desenvolvimento e seleção de métodos e técnicas mais adequadas ao contexto em que será oferecido um curso a distância. Sua atuação também engloba a seleção de atividades, materiais, eventos e produtos educacionais de acordo com as situações específicas de cada oferta educacional, a fim de promover a melhor qualidade no processo de aprendizagem dos alunos em cursos ocorridos em ambientes virtuais” (KENSKY; BARBOSA, 2007, p.3)
Segundo Filatro (2008), além de atuar como teoria voltada a pesquisa
de estratégia instrucional, o Designer Instrucional – DI – fundamenta-se em três
grandes grupos de conhecimento:
1) Ciências Humanas e aplicadas – em especial a psicologia do
comportamento, a psicologia do desenvolvimento humano, a psicologia
social, a psicologia cognitiva, interfaces, usabilidade e design da
interação;
2) Ciências da informação – que englobam as comunicações, as mídias
audiovisuais, a gestão da informação e a ciência da computação;
3) Ciências da administração – incluindo a abordagem sistêmica, a gestão
de projetos e a engenharia de produção;
O processo de Design Instrucional mais largamente aceito é o ISD
(Instructional System Design - design de sistemas instrucionais). Embora a
maioria das instituições envolvidas com designer instrucional tenha sua própria
versão desse processo, esta, em geral, baseia-se na ideia central do ISD de
dividir o desenvolvimento das ações educacionais em pequenas fases e na
seguinte sequência:
1) analisar a necessidade;
2) projetar a solução;
3) desenvolver a solução;
4) implementar a solução;
5) avaliar a solução.
36
No planejamento de um curso a distância é fundamental uma definição
de perfil do público alvo, uma vez que esses cursos não podem ser
padronizados para diferentes realidades, pois, cada grupo apresenta
necessidades educativas específicas.
Para o desenvolvimento deste curso, o Design Instrucional deve definir
a apresentação do conteúdo e a forma desta apresentação (design),
dependendo da tecnologia em uso (impresso, audiovisual, computador,
internet). Após estes processos, será o momento que o curso é oferecido aos
alunos e realizado por professores e gestores na prática.
Um dos papéis do Designer Instrucional é avaliar, revisar e validar, os
demais envolvidos e os produtos resultantes de cada fase do DI. Assim, a
avaliação aqui não diz respeito apenas à avaliação da aprendizagem do aluno,
mas sim da avaliação de todo processo desenvolvido, sua eficácia, eficiência e
necessidades de reformulação.
37
CAPÍTULO IV
RECURSOS DIGITAIS NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
4.1 Os Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA)
O Ambiente Virtual de Aprendizagem, também conhecido como AVA, é
uma tecnologia digital, onde são disponibilizadas ferramentas de comunicação
e de informação, que variam de acordo com cada ambiente, para mediação do
processo de aprendizagem.
Para Silva (2003, p.62), o AVA é a sala de aula no ciberespaço:
“O ambiente virtual de aprendizagem é a sala de aula online. É composto de interfaces ou ferramentas decisivas para a construção da interatividade e da aprendizagem. Ela acomoda o web-roteiro com sua trama de conteúdos e atividades propostos pelo professor, bem como acolhe a atuação dos alunos e do professor, seja individualmente, seja colaborativamente”.
Ou seja, o AVA disponibiliza uma série de ferramentas (síncronas ou
assíncronas) e recursos potencializando o seu uso para elaboração de
atividades voltadas para aprendizagem e para a comunicação entre todos os
envolvidos na EaD (professores, alunos, tutores, etc.), tornando o aprendizado
mais atrativo para o aluno.
4.1.1 Características de Alguns Ambientes Virtuais de
Aprendizagem
AulaNet:
O ambiente Aulanet foi desenvolvido no Laboratório de Engenharia de
Software (LES) do Departamento de Informática da Pontífica Universidade
Católica (PUC-RJ), para a administração, criação, manutenção e participação
em cursos a distância. A filosofia do ambiente fundamenta-se no princípio da cooperação
entre os alunos, e entre alunos e docentes, tendo como suporte as interfaces
38
da internet. Traz como premissas a interatividade nas propostas dos cursos, a
utilização por pessoas que não são especialistas na área, e a reutilização de
conteúdos já existentes na mídia digital.
O ambiente dispõe de algumas ferramentas para a disponibilização dos
cursos, que são: os mecanismos de comunicação, de coordenação e de
cooperação. Os mecanismos de comunicação possibilitam o envio de
mensagens aos docentes e à coordenação do curso, além da criação dos
grupos de discussão, grupos de interesse, debates através de chats e o
contato com os participantes conectados no ambiente. Já os mecanismos de
coordenação como avisos, planos de aula, tarefas, avaliação e relatórios de
participação permitem a criação de atividades e um melhor acompanhamento
dos estudantes.
Moodle:
É um ambiente de gerenciamento de aprendizagem (LMS – Learning
Management System) ou ambiente virtual de aprendizagem de código aberto,
livre e gratuito. A plataforma Moodle é uma sala de aula virtual onde o aluno
tem a possibilidade de acompanhar as atividades do curso pela internet. O
aluno terá acesso à plataforma com uso de um usuário e uma senha pessoal,
podendo ser acessado em qualquer computador com internet. Ele é a principal
plataforma de sustentação das atividades. É através dele que o usuário poderá
ter acesso aos conteúdos disponibilizados pelos professores, além de postar
atividades, debater o tema em fóruns de discussão, tirar dúvidas via
mensagens, entre outros recursos.
Teleduc:
O Teleduc é um ambiente de ensino a distância, que permite a
realização de cursos via internet. Está sendo desenvolvido conjuntamente pelo
Núcleo de Informática aplicado à Educação (NIED) e pelo Instituto de
Computação (IC) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
O principal objetivo de criação desse ambiente foi a necessidade de
suporte para a formação de professores, tendo como foco o trabalho com
informática educativa. Para o desenvolvimento das interfaces, a equipe ouviu
atentamente as demandas dos usuários e vivenciou um trabalho colaborativo, o
39
que gerou um resultado satisfatório, pois o ambiente demonstra funcionalidade
acessível mesmo para aqueles que não entendem de computação.
As funcionalidades oferecidas pelo Teleduc estão agrupadas em três
grupos: ferramentas de coordenação, de administração e de comunicação. As
ferramentas de coordenação têm como objetivo principal organizar as ações no
curso, informando os alunos as intenções da proposta e contribuindo para uma
melhor organização e compreensão da dinâmica de trabalho. As ferramentas
de comunicação só podem ser acessadas dentro do ambiente, a exemplos do
correio, bate-papo, fóruns de discussão e mural. Entretanto com o
desenvolvimento de novas versões, já se pode enviar e-mail externo aos
destinatários, porém a resposta só pode ser dada a partir do acesso ao
ambiente. As ferramentas de administração têm como objetivo dar apoio ao
gerenciamento do curso através do suporte e da administração e não são
visíveis aos alunos (ROCHA, 2003).
BlackBoar e Webct
A plataforma Blackboard é um software proprietário, desenvolvido pela
Blackboard Inc, um provedor de softwares e serviços para educação online. O
Blackboard é um LMS (Learning Management System) com funcionalidades de
instrução e comunicação (BLACKBOARD, 2005), bastante utilizado por
instituições de ensino privadas no Brasil, a exemplo da Universidade Católica
de Brasília (UCB, 2005), Faculdades COC (ASSIS, VERSUTI, 2005) e Instituto
de Educação Superior de Brasília - IESB (ALMEIDA, GARBULHA, ATTA,
2005).
O WebCT é um software proprietário provedor de e-learning para
instituições de ensino, desenvolvido pela British Columbia University no
Canadá. Já é utilizado em milhares de instituições em mais de 70 países. O
WebCT hoje pertence à empresa Backboard (WEBCT, 2006).
E-proinfo
O E-proInfo é um Ambiente Colaborativo de Aprendizagem que utiliza a
Tecnologia Internet e permite a concepção, administração e desenvolvimento
de diversos tipos de ações, como cursos a distância, complemento a cursos
40
presenciais, projetos de pesquisa, projetos colaborativos e diversas outras
formas de apoio à distância e ao processo ensino-aprendizagem. É uma
iniciativa da Secretaria de Educação a Distância do MEC e é disponibilizado
para as instituições de ensino público através de convênios. (E-PROINFO,
2005).
Além de ofertar diferentes ferramentas de comunicação e informação
necessárias para dinamizar as atividades educativas, os AVAs oferecem
recursos que facilitam o gerenciamento dos cursos, no que diz respeito à
gestão das estratégias de comunicação, das participações dos alunos, dos
formadores (professores e tutores) e das avaliações (Almeida, 2003)
4.2 Ferramentas Síncronas
São aquelas que exigem a participação dos professores e estudantes
em eventos marcados, com horários específicos para que possam acontecer.
Ocorrem em tempo real (online), dão aos alunos da EaD e aos professores,
como também a todos envolvidos na instituição, grupos e comunidades
interação de forma instantânea e a sensação de preservar a continuidade do
seu curso. O desenvolvimento da agilidade na comunicação acontece de forma
harmoniosa no processo da aprendizagem, pela facilidade da relação entre
professor-alunos, alunos-professor e alunos-alunos, onde todos são envolvidos
pela interação e a interatividade (LINS, MOITA, 2009). Temos como exemplos:
Chat (Sala de bate-papo), meio com potencial didático a ser estudado,
pouco utilizado nas atividades pedagógicas, permite a comunicação
síncrona, possibilitando a troca de texto, em tempo real, entre duas ou
mais pessoas conectadas em determinado momento.
Videoconferência, que segundo Santos (1998), é uma forma de
comunicação interativa que permite que duas ou mais pessoas que
estejam em locais diferentes possam se encontrar faca-a-face com áudio
e comunicação visual em tempo real. Ferramentas básicas podem ser
utilizadas com este propósito como, por exemplo, o programa de
mensagem instantânea Skype.
41
Audioconferência, sistema de transmissão de áudio recebido por um ou
mais usuários simultaneamente. Disponibilização de arquivos contendo
áudio, textos, imagens ou vídeo. A interação entre os indivíduos ocorre
através de um canal de áudio onde se pode ouvir e interagir, em cursos,
palestras, reuniões, entre outros. Canal de texto, pelo chat em uma sala
virtual, onde os participantes podem contribuir com perguntas, opiniões,
fazendo suas colocações sem atrapalhar a fala do outro que está
falando no momento.
Teleconferência, é todo tipo de conferência em tempo real, envolvendo
transmissão e recepção dos diversos tipos de mídia, com sons e
imagens direto de um local.
4.3 Ferramentas Assíncronas
“São aquelas que independem de tempo e lugar e podem revolucionar
o processo de interação entre professores e estudantes” (LINS, MOITA, 2009).
Tendo como exemplos:
E-mail, que é considerada a ferramenta mais utilizada na Internet e que
permite a troca de mensagens e compartilhamento de informações entre
os alunos e a tutoria: envio e recebimento de textos simples, arquivos de
áudio, planilhas eletrônicas, imagens, anexos (arquivos atachados),
podendo utilizar dispositivos de segurança para criptografar as
mensagens.
Fórum ou Lista de Discussão, ferramenta que permite que se
proponham temas para serem debatidos por alunos, tutores, e
professores. Em alguns AVAs, as inserções de temas por fóruns podem
ser abertos tanto por professores quanto por alunos.
Webblogs ou Blogs - é um diário virtual. Sendo a ferramenta mais
conhecida e utilizada no contexto educativo.
Mural, funciona como quadro de aviso e, geralmente, é utilizado para
envio de informações sobre eventos importantes como, por exemplo,
42
avaliações, prazo de entrega de atividades, datas dos encontros virtuais
ou presenciais, entre outros.
Perfil - é uma página web interna onde cada aluno disponibiliza seus
dados pessoais. O perfil é utilizado para que todos os participantes do
processo de aprendizagem, mesmo estando separados fisicamente,
possam se conhecer.
Biblioteca virtual, ferramenta que possibilita a disponibilização de
materiais complementares para os alunos. Geralmente, este material
pode ser inserido tanto por professores e tutores quanto por alunos.
Portfólio, ferramenta que permite que o aluno registre as suas
experiências, as suas atividades realizadas e as suas reflexões durante
o andamento do curso. Ele pode ser utilizado como instrumento de auto
avaliação para que o aluno possa perceber a sua transformação
cognitiva durante o processo de aprendizagem.
FTP – File Protocolo, é disponibilização e arquivos contendo áudio,
textos, imagens ou vídeo (MEHLECKE, TARAUCO, 2009).
43
CONCLUSÃO
O mundo do trabalho é continuamente formado e transformado pela
influência das novas tecnologias desenvolvidas e aprimoradas pelo homem.
Tecnologias capazes de alterar concepções, estilo de vida e modos de
produção, fazendo com que as sociedades mudem seus modos de ser e agir
buscando constantemente respostas e novos caminhos para acompanhar
estas transformações.
As novas tecnologias de informação e comunicação (TICs) estão
enquadradas nesse cenário descrito e proporcionaram, nos últimos anos,
inúmeras transformações que revolucionaram diversas áreas da vida humana.
A educação, que durante vários períodos de sua história, manteve seu
modelo tradicional de práticas, embasada também nos modelos tradicionais da
sociedade, sofreu mudanças com as novas propostas das tecnologias da
informação e comunicação e desse modo, os papéis dos atores educacionais e
o próprio objetivo da educação passaram a ser questionados.
Com as constantes necessidades de atualizações da mão de obra de
trabalhadores, que necessitam acompanhar estas novas tecnologias, e onde
muitos não têm a oportunidade e condições de ingressarem em uma
universidade, surge a Educação a Distância – EaD – uma vertentes das mais
promissoras da educação.
Atualmente, a EaD tem sido cogitada como possibilidade em inúmeras
instituições de ensino, baseando-se na crença de que permitirá conquistas não
alcançadas pela educação tradicional, atingindo um maior contingente de
pessoas interessadas em atividades educacionais, acessando lugares que a
educação presencial não tem condições de alcançar, com custos mais amenos
e um trabalho mais efetivo.
Para que esse modelo de educação se concretize, o trabalho dever ser
dedicado, bem planejado, bem estruturado e bem executado. E neste processo
de mudança de paradigma educacional, os professores também são
influenciados, surgindo novos perfis de profissionais que irão assumir papéis
44
diferenciados, que incluem desde a gestão administrativa de projetos de cursos
de EaD até a atuação virtual.
Idealiza-se um professor como aquele que está permanentemente
atualizado com o conteúdo de sua matéria, tendo o conhecimento das novas
tecnologias de informação e comunicação, sabendo manuseá-las e utilizá-las
pedagogicamente, deixando de ser um centralizador de informações e sim ter a
capacidade de estimular a autonomia, a criatividade, o raciocínio, a criticidade,
sem perder a capacidade de ser sensível aos ritmos e às expectativas dos
seus alunos.
45
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA, P.; GARBULHA, A.; ATTA, Modelo de Design Instrucional para
Disciplinas de Graduação na Modalidade Semi-presencial: A experiência
do IESB.
ALVES, Lynn e NOVA, Cristiane. Educação a Distância: limites e
possibilidades. São Paulo: Futura, 2003. p. 43-50.
ANASTASIOU, Léa das Graças Camargos; PIMENTA, Selma Garrido,
Docência no Ensino Superior. São Paulo: Cortez, 2002.
ARREDONDO, S.C.. Formacion/Capacitacion del profesorado para trabajar
en EaD. Educar. Curitiba, n.21, p. 13 – 27, Editora UFPR. 2003.
AUTHIER, Michel. Le bel avenir du parent pauvre. In Apprendre à distance.
Le Monde de L’Éducation, de la Culture et de la Formation – Hors-série –
France, Septembre, 1998.
BEHERENS, Marilda Aparecida, "Projetos de aprendizagem colaborativa
num paradigma emergente", em MORAN, José Manuel. Novas tecnologias e
mediação pedagógica, Campinas: Papirus, 2000.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Classificação Brasileira de
Ocupações – CBO. Disponível em: http://www.mtecbo.gov.br Acesso em 10
out. 2012.
BRITO, A. E. Sobre a formação e a prática pedagógica: o saber, o saber-
ser e o saber-fazer no exercício profissional. Linguagem, Educação e
Sociedade. Revista do Mestrado em educação. Teresina, n.12, p.45-50,
jan/jun.2005
46
CASTRO, C.M.; GUARANYS, L.O. O Ensino por Correspondência: uma
estratégia do desenvolvimento educacional no Brasil. Manuscrito. Rio de
Janeiro, 1977.
CHAVES, Eduardo. Tecnologia na Educação, Ensino a Distância, e
Aprendizagem Mediada pela Tecnologia Conceituação Básica. Revista
Educação, PUC-Campinas, V.3, n.7, p.32, 1999. Disponível em:
file:///C:/Users/usuario/Downloads/421-866-1-SM.pdf
Data de acesso: 21/01/2015 às 16:00 horas
FERREIRA, M.M.S.; RESENDE, R.S.R.. O trabalho de tutoria assumido pelo
programa de educação a distância da Universidade de Uberaba: um relato de
experiência. 2003.
Disponível em: www.abed.org?seminãrios2003/testo19.htm
Acesso em 13 de março de 2004.
FILATRO, Andrea. Design Instrucional na Prática. São Paulo: Pearson
Education do Brasil, 2008.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática
educativa. 30. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
HACK, Josias Ricardo. Introdução a Educação a Distância. Florianópolis.
2014
HARASIM, Linda (et. al.). Redes de Aprendizagem: Um guia para ensino e
aprendizagem on-line. Tradução de Ibraíma Dafonte Tavares. São Paulo:
Editora SENAC, 2005.
KENSKI, V. M.; BARBOSA, A. C. L. S. Gestão de pós-graduação a
distância:curso de especialização em designer instrucional para
educação online. In: CONGRESSO LUSO-BRASILEIRO DE POLÍTICA E
ADMINISTRAÇÃO DA EDUCAÇÃO, Porto Alegre: Anpae, 2007. P.12.
47
LANDIM, Claudia M.P. Ferreira, Educação a Distância: algumas
considerações. 4ª Ed. Rio de Janeiro: Ed. Autores Associados. 2008.
LIBÂNIO, José Carlos. Organização e Gestão da Escola - Teoria e Prática.
Goiânia: Alternativa, 2004.
LITWIN, Edith (org.). Educação a Distância: Temas para Debate de uma
Nova Agenda Educativa. Porto Alegre: Artmed, 2001.
LOPES, M. C. L. P. e SALVAGO, B. M. Uma experiência de interatividade
em um curso de formação tecnológica do professor na modalidade a
distância. Ideação (Cascavel), v. 7, p. 71- 83, 2005.
LINS, R. M.; MOITA, M. H. V.. Interatividade na Educação a Distância.
Disponível:
http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2006_TR40364_855.pdf
MAIA, Carmen. Guia Brasileiro de Educação a Distância. São Paulo: Esfera,
2002.
MASETTO, Marcos Tarciso (Org.) Docência na Universidade. 9. ed.
Campinas: Papirus, 2008.
MEHLECKE, M. T.C.; TAROUCO, L.M.R. Ambientes de suporte para
educaçãoa distância: a mediação para aprendizagem cooperativa.
Disponível:
http://www.cinted.ufrgs.br/renote/fev2003/artigos/querte_ambientes.pdf. Acesso
em: 19 set. 2009
MORAN, José Manuek. A educação que desejamos: novos desafios e
como chegar lá. Campinas: Papirus, 2007.
48
PETTI, Orestes. Educação a Distância construindo significados.
Cuiabá.NEAD/IE, UFMT, 2000.
RASLAN, Valdinéia Garcia da Silva. Uma Comparação do Custo-Aluno entre
o Ensino Superior Presencial e o Ensino Superior a Distância. Campo
Grande, MS, 2009. 168f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Centro de
Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal do Mato Grosso.
RODRIGUES, Rosângela Schwarz. Modelo de Avaliação para cursos o
ensino a distância: estrutura, aplicação e avaliação. Dissertação (mestrado
em Engenharia de Produção) – Universidade Federal de Santa Catarina,
Florianópolis, 1998.
SÁ, Iranita. Educação a Distância: Processo Contínuo de Inclusão Social.
Fortaleza, CE, 1998, p.47.
SANTOS, Ivanilde Pereira dos; BLÁSQUES, Florentino. Incorporação das
Novas Tecnologias no Ensino Superior. Goiânia: R&F, 2005.
SANTOS, Edméa Oliveira. Articulação de saberes na EaD online. In: SILVA,
Marco (org.) Educação online. São Paulo: Edições Loyola, p. 217-230, 2003.
SARAIVA, Therezinha. Educação a Distância no Brasil: lições da história.
In Educação a Distância – INEP. Em aberto, Brasília, ano 16, n.70, abr/jun
1999.
Disponível em:
http://www.rbep.inep.gov.br/index.php/emaberto/article/viewFile/1048/950
Data de acesso: 21/01/2015 às 17:00 Horas
SARTORI, Ademilde Silveira; RODRIGUES, Sueli Gadotti; ROESLER,
Jucimara. Metodologia da Educação a Distância – Educação a Distância:
Resposta pedagógica aos desafios da educação contemporânea. 2 ed.
Florianópolis: UDESC:FAED:CEAD, 2002.
49
SILVA, Marco. Educação Online: teorias, práticas, legislação, formação
corporativa. São Paulo: Edições Loyola, 2003.
TAJRA, Sanmya Feitosa. Projeto em sala de aula; Internet. 3ªEd. São Paulo:
Érica, 1999.
VOLPATO et al. Mídia e conhecimento: educação a distância.
UNIVALI/ProPPex/GeaD. [on line] fev., 1998 revisado em março, 1999. [on line]
Disponível: http://www.cglobal.pucrs.br/~greptv/bibead [Texto capturado em 02
de Julho de 2001]
Webgrafia: http://pt.wikipedia.org/wiki/educação_a_distância Data:30/11/14 as 15:50 horas http://www.opet.com.br/faculdade/revista-cc-adm/pdf/n5/QUAL-E-O-PERFIL-DOS-PROFESSORES-PARA-TRABALHAR-NA-MODALIDADE-A-DISTANCIA.pdf Data:30/11/14 às 15:30 horas http://www.proged.ufba.br/ead/EAD%2057-68.pdf Data de acesso: 08/12/14 às 22:00 horas http://pt.slideshare.net/divarguinhas/ead-power-point-1345203 Data de acesso: 08/12/14 às 20:00 Horas http://monografias.brasilescola.com/educacao/o-professor-ensino-superior-na-interface-conjuntura-planejamento.htm#capitulo_1 Data de acesso: 08/12/14 às 15:00 horas http://www.abed.org.br/revistacientifica/Revista_PDF_Doc/2011/Artigo_07.pdf Data de acesso: 23/01/15 às 10:00 horas http://www.miniweb.com.br/Atualidade/tecnologia/artigos/novas_tecnologias.html Data de acesso: 23/01/15 às 15:00 horas http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&id=13258:salto-para-o-futuro Data de acesso: 24/01/15 às 19:30 horas http://www.abed.org.br/revistacientifica/Revista_PDF_Doc/2003_Educacao_Distancia_Ensino_Superior_Marta_Maia.pdf Data de acesso: 24/01/15 às 19:50 horas http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&id=12823:o-que-e-educacao-a-distancia&Itemid=230 Data de acesso: 24/01/14 às 20:00 horas https://www.unimep.br/phpg/bibdig/pdfs/2006/OUQSJNHOICIU.pdf Data de acesso: 28/01/15 às 16:40 horas http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/16530/educacao-a-distancia-no-mundo Data de Acesso: 12/10/2014 às 15:00 Horas
Portal MEC http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12777%3Areferenciais-de-qualidade-para-ead&catid=193%3Aseed-educacao-a-distancia&Itemid=865 Data de acesso: 02/02/2015 às 11:00 horas http://www.faculdadealfredonasser.edu.br/files/pesquisa/Artigo%20DOC%C3%8ANCIA%20NO%20ENSINO%20SUPERIOR%20-%20PROFESSOR%20AULISTA%20PESQUISADOR.pdf Data de acesso: 02/02/15 ás 19:00 horas http://www.abed.org.br/congresso2004/por/htm/088-TC-C2.htm Data de acesso: 04/03/2015 ás 12:00 horas Portal MEC http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12265:universidade-aberta-do-brasil-uab&catid=248:uab-universidade-aberta-do-brasil&Itemid=510 Data de acesso: 04/02/2015 às 16:05 horas http://www.abed.org.br/hotsite/20-ciaed/pt/anais/pdf/245.pdf Data de acesso: 10/02/2015 às 19:00 horas www.hack.cce.prof.ufsc.br/wp-content/uploads/.../IntroEAD_WEB.pdf Data de Acesso: 10/02/2015 às 20:20 horas http://www.webartigos.com/artigos/educacao-a-distancia/9932/ Dara de acesso: 02/03/2015 às 10:30 horas http://www.abed.org.br/seminario2006/pdf/tc008.pdf Data de Acesso: 05/03/2015 às 07:50 Horas http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=4108:&catid=210&Itemid=164 Data de Acesso: 05/03/2015 às 08:00 horas
REVISTAS
Revista Diálogo educacional, Curitiba, v.4, n.13, p.79 a 89, Set/Dez, 2004.
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 1
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 7
SUMÁRIO 8
INTRODUÇÃO 10
CAPÍTULO I
A História da EaD 12
1.1 - A Origem da EaD 12
1.2 – A História da EaD no Mundo 13
1.3 – A História da EaD no Brasil 16
1.4 – Uma Breve História da Educação Superior N Brasil 18
1.4.1 – A Universidade Aberta no Brasil 20
1.4.1.1 – Formação Continuada Docente 21
CAPÍTULO II
A Educação a Distância: Abordando Conceitos 23
2.1 – O que é Educação a Distância (EaD)? 24
2.1.1 – Características da Educação a Distância 25
2.2 – O que é Ensino a Distância? 26
2.3 – O que é Aprendizagem a Distância? 27
CAPÍTULO III
Os Múltiplos Papéis do Professor no Ensino Superior
a Distância 28
3.1 – Docência do Ensino Superior a Distância 29
3.2 – Perfil dos Docentes no Ensino Superior a Distância 30
3.3 – Os Múltiplos Papéis dos Professores na EaD 31
3.4 – O Professor Autor 31
3.5 – O Professor Tutor 32
3.6 – O Professor Planejador ou Designer Instrucional 34
CAPÍTULO IV
Recursos Digitais na Educação a Distância 37
4.1 – Os Ambientes Virtuais de Aprendizagem 37
4.1.1 – Características de Alguns Ambientes
Virtuais de Aprendizagem 37
4.2 – Ferramentas Síncronas 40
4.3 – Ferramentas Assíncronas 41
CONCLUSÃO 43
BIBLIOGRAFIA 45
ÍNDICE 52