UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Todas essas mudanças no campo da...

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU AVM FACULDADE INTEGRADA A ATUAÇÃO E O PAPEL DO PROFESSOR NO ENSINO SUPERIOR A DISTÂNCIA Por: Paulo da Cruz Costa Junior Orientadores Profª. Ana Paula de Oliveira Prof. Dr. Vilson Sérgio de Carvalho Rio de Janeiro 2014

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

AVM FACULDADE INTEGRADA

A ATUAÇÃO E O PAPEL DO PROFESSOR NO ENSINO

SUPERIOR A DISTÂNCIA

Por: Paulo da Cruz Costa Junior

Orientadores

Profª. Ana Paula de Oliveira

Prof. Dr. Vilson Sérgio de Carvalho

Rio de Janeiro

2014

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

A ATUAÇÃO E O PAPEL DO PROFESSOR NO ENSINO

SUPERIOR A DISTÂNCIA

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em Docência do Ensino

Superior.

Por: Paulo da Cruz Costa Junior

AGRADECIMENTOS

A Deus por conceder-me o dom da vida, por dotar-me de capacidade, paciência, habilidade e esforço para vencer as intempéries naturais do dia a dia do ser humano e me dando a oportunidade de ter pessoas muito especiais a meu lado. A minha amada esposa Sheila, que através de seu exemplo, dedicando-se aos estudos, mostrou-me um novo abrir de horizontes, fazendo com que voltasse aos estudos para uma pós-graduação. Ao Oficial de Náutica Ronaldo Jares, que nos períodos em que estávamos embarcados, me incentivou, deu dicas, participou de leituras de meus trabalhos AV1 e AV2, mostrando-me que não é preciso ser da família para participar do sucesso de uma pessoa. E a mim mesmo, estando próximo a aposentadoria dedicar-me a uma profissão, dando exemplo a meus filhos, Gisele e Vinicius, que ainda posso mudar o meu futuro.

DEDICATÓRIA

A Deus que tem me dado capacidade e ânimo para dedicar-me

novamente aos estudos. Aos meus queridos avós, Raimundo e Georgina (in

memorian), e minha saudosa “Tia Éia” (in memorian) que me criou como filho,

nos ensinando e cobrando os nossos aprendizados. A minha amada esposa,

Sheila, que me deu grande incentivo a fazer uma pós-graduação a distância. A

meus filhos, Vinicius e Gisele, que indiretamente me incentivaram como forma

de dar-lhes exemplo que idade e falta de tempo, devido minha profissão, não

foram obstáculos para chegar as minhas metas e objetivos.

RESUMO

Vive-se hoje numa sociedade influenciada pelas tecnologias digitais

(computador e internet), propostas, práticas, inovações e adaptações que se

iniciaram a partir da segunda metade do século X. Este desenvolvimento

possibilitou uma ampliação ilimitada do acesso à informação e a velocidade de

comunicação entre os mais diversos sujeitos, surgindo assim, novas formas de

ensino aprendizagem. A Educação a Distância, utilizando-se destas

ferramentas, facilita o acesso ao conhecimento a um maior número de

pessoas, de forma virtual, que buscam educar-se ou atualizar-se

profissionalmente.

Todas essas mudanças no campo da informação, comunicação e

conhecimento, que chegaram ao ambiente escolar, provocaram novas

posturas e desafios profissionais no plano de ação docente. As funções

tradicionais dos professores que atuam na educação superior a distância

desempenham múltiplos papéis e ao contrário do senso comum, são

imprescindíveis para o sucesso na aprendizagem do aluno. E neste contexto,

o professor deverá estar permanentemente atualizado com o conteúdo da sua

disciplina, sendo um inovador, ter uma capacidade de estimular a autonomia,

a criatividade, o raciocínio, a criticidade, sem perder de vista a capacidade de

ser sensível aos ritmos e ás expectativas de seus alunos.

METODOLOGIA

Para atingir os objetivos propostos neste trabalho foi realizada

uma pesquisa através de uma vasta bibliografia de diversos autores,

reportagens, sites, vídeos e obras relacionadas aos temas de motivação na

educação, EaD, papel do professor e diversos outros.

Este trabalho, para melhor compreensão, foi divido em capítulos

que explicitam a história da EaD, passando pela importância do

aperfeiçoamento para os cursos de EaD e os desafios do professor na

motivação dos alunos na atualidade, até a relação de interação entre professor

e aluno como base para o sucesso dos cursos em EaD.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.............................................................................................. 10

CAPÍTULO I - A História da EaD............................................................................ 12 1.1 – A Origem da EaD..............................................................

12

1.2 – A História da EaD no Mundo.............................................

13 1.3 – A História da EaD no Brasil...............................................

16

1.4 – Uma pequena História da Educação Superior a Distância no Brasil..................................................................... 18

1.4.1 – A Universidade Aberta no Brasil (UAB)......................... 20 1.4.1.1 – Formação Continuada................................................ 21

CAPÍTULO III - Os Múltiplos Papéis do Professor no Ensino Superior a Distância........................................................................................................ 28

3.1 – Docência do Ensino Superior a Distância.......................... 29 3.2 – Perfil dos Docentes no Ensino Superior a Distância.......... 30 3.3 – Os Múltiplos Papéis dos Professores na EaD.................... 31 3.4 - O Professor Autor............................................................... 31 3.5 - O Professor Tutor................................................................ 32 3.6 - Professor Planejador ou Designer Instrucional................... 34

CAPÍTULO IV – Recursos Digitais na Educação a Distância......................... 37 4.1 – Os Ambientes Virtuais de Aprendizagem........................... 37

4.1.1 – Características de Alguns Ambientes Virtuais de Aprendizagem...............................................................................

37

4.2 – Ferramentas Síncronas....................................................... 40 4.3 – Ferramentas Assíncronas................................................... 41 CONCLUSÃO.............................................................................................. 43 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA..................................................................

45 ÍNDICE........................................................................................................

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CAPÍTULO II – Educação a Distância: Abordando Conceitos...................... 23 2.1 – O que é Educação a Distância (EaD)?............................ 24 2.1.1 – Característica da Educação a Distância....................... 25 2.2 – O que é Ensino a Distância?............................................ 26 2.3 – O que é Aprendizagem a Distância?................................

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INTRODUÇÃO

A sociedade atual é conhecida como sociedade da informação, conceito

que define bem a existência de fluxos tão complexos de ideias, produtos,

dinheiro e pessoas, o que estabelece uma nova forma de organização social. O

fato é que se verificam claramente as transformações na organização do

trabalho, na produção, nos mecanismos de relacionamento social e ao acesso

à informação.

Neste desenvolvimento crescente de tecnologias deu-se lugar a

alternativas educacionais, facilitando a criação de novas formas de ensino

aprendizagem mais aliciantes e motivadoras.

O modelo de educação tradicional está sendo abandonado e a educação

encontra novas asas quanto à sua modalidade. O conceito de distância e

proximidade está sendo estreito com a utilização destas novas tecnologias,

surgindo assim, a Educação a Distância (EaD).

A importância deste ensino e educação a distância torna-se cada vez

mais evidente e vem sendo muito utilizado e aceito em todo mundo. A

relevância deste tipo de ensino torna-se maior à proporção que novas camadas

da população buscam educar-se ou atualizar-se profissionalmente.

Esta modalidade de ensino tem ajudado a atenuar o elitismo

educacional vigente em muitos países e a corrigir algumas fissuras do sistema

tradicional de ensino.

Com o advento das tecnologias digitais (computador e internet)

possibilitou-se uma ampliação ilimitada do acesso a informação e a velocidade

de comunicação entre os mais diversos sujeitos. Tais ferramentas, quando

utilizadas na educação a distância, têm facilitado o acesso ao conhecimento a

um maior número de pessoas, de forma virtual.

Todas essas mudanças no campo da informação, comunicação e

conhecimento através da internet (e-mail, chats, news, web-conferências,

fóruns), têm provocado grandes desafios no plano da ação docente.

De acordo com Behrens,

“Num mundo globalizado, que derruba barreira de tempo e espaço, acesso à tecnologia exige atitude crítica e inovadora, possibilitando o relacionamento com a sociedade como um

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todo. O desafio passa por criar e permitir uma nova ação docente na qual o professor e alunos participam de um processo conjunto para aprender, de forma criativa, dinâmica e encorajadora, e que tenha como essência o diálogo e a descoberta” (2000, p.78).

As funções tradicionais dos professores têm sido questionadas em

virtude da inclusão das tecnologias que chegaram ao ambiente escolar. Com

isso, necessita-se de novas posturas profissionais daqueles que estão atuando

em suas atividades laborais, e os professores são os principais atores

mobilizados a apresentar respostas a esses processos de mudanças. Assim, o

papel do professor desloca-se do contexto habitual da sala de aula e passa a

interagir com seus alunos, diminuindo a distância entre eles por meio de outras

formas e materiais tecnológicos, mediando à construção do seu conhecimento,

preparando-os para se situarem e interagirem nessa nova sociedade que

vivem. Segundo Behrens (2000, p.69), "as exigências da economia globalizada

afetam diretamente a formação dos profissionais em todas as áreas do

conhecimento".

Tornam-se exigências desse novo modelo de professor, a permanente

atualização com o conteúdo da sua disciplina, ser ao mesmo tempo

incentivador e inovador, ter a capacidade de estimular a autonomia, a

criatividade, o raciocínio, a criticidade e isso sem perder de vista a capacidade

de ser sensível aos ritmos e as expectativas básicas de seus alunos.

Diante do mutante cenário da sociedade tecnológica, o professor

precisa olhar para o futuro, de forma a antecipar os desafios que lhe serão

impostos. Tem que ser conhecedor das propostas pedagógicas em que se

envolve profissionalmente e delas se apropriar plenamente além de se dedicar

verdadeiramente as suas funções e valores.

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CAPÍTULO I

A HISTÓRIA DA EaD

Para entender a Educação a Distância (EaD) hoje, é necessário

conhecer a sua história: sua origem, seu passado, sua evolução, e, por

consequência, suas implicações, desafios e possibilidades atuais.

Portanto, este capítulo apresenta a origem da EaD, um breve

resumo de sua história no mundo e no Brasil, remontando às datas e aos

acontecimentos mais marcantes dessa história: cursos por correspondência,

experiências radiofônicas e utilização de programas de televisão em projetos

educativos, e a inserção das Tecnologias da Informação e da Comunicação no

contexto educacional.

1.1 – A Origem da EaD

A origem da EaD está relacionada às necessidades de preparo

profissional, cultural e configura-se como uma nova possibilidade àqueles que,

por vários motivos, não podem frequentar um estabelecimento de ensino

presencial.

Desta forma é possível perceber que a EaD surgiu como

alternativa para atender às necessidades diversificadas da educação tendo

como suporte os avanços da tecnologia educacional e oferecer possibilidades

diferenciadas.

“(...) a EAD, ao longo do tempo, vem sendo ofertada através de vários meios: correspondência, rádio, televisão e internet; para atender aos mais diversos objetivos: ampliar o acesso à educação em todos os níveis do ensino, formação técnico-profissionalizante, alfabetizar e treinar trabalhadores, promover atividades culturais, capacitar em massa os professores, apoiar as aulas ministradas nos ensinos, fundamental e, médio, expandir e interiorizar a oferta de cursos superiores”. (RASLAN, 2009 p.24 e 25)

13

1.2 – A História da EaD no mundo

A EaD é vista como um elemento inovador no cenário educacional,

porém, a Educação a Distância apresenta uma longa história.

Segundo Chaves (1999, p.22), a Educação a Distância (EaD) é uma

modalidade de ensino bastante antiga, sendo uma forma de ensino que ocorre

quando o aluno e professor se encontram separados no tempo e espaço, entre

outros vários fatores também determinantes e decisivos para o sucesso deste

modelo de educação. Obviamente, para que haja Educação a Distância, é

necessária a utilização de alguma tecnologia.

A primeira tecnologia que permitiu a comunicação entre as pessoas

comunicar-se sem estarem face a face foi a escrita. A tecnologia tipográfica,

posteriormente, ampliou grandemente o alcance da Educação a Distância.

De acordo com Chaves (1999, p.32):

“A invenção da escrita possibilitou que as pessoas escrevessem o que antes só podia dizer e, assim, permitiu o surgimento da primeira forma de EAD: o ensino por correspondência. As Epístolas do Novo Testamento (destinadas a comunidades inteiras), que possuem nítido caráter didático, são claros exemplos de EAD. Seu alcance, entretanto, foi relativamente limitado – até que foram transformadas em livros”.

Como é possível perceber, das evoluções históricas que precedem as

grandes conquistas da humanidade, existem certos aspectos que devem ser

considerados, aspectos estes que vão evoluindo, adquirindo características e

melhorias com o passar dos anos, décadas, séculos e daí em diante.

A Educação a Distância – EaD começou no século XV, quando

Johannes Guttenberg, em Mogúncia, Alemanha, inventou a imprensa, com

composição de palavras com características móveis de chumbo fundido, mais

duradouro e resistente do que os fabricados em madeira e, portanto,

reutilizáveis, que conferiram uma enorme versatilidade ao processo de

elaboração de livros e outros trabalhos impressos e permitiram a sua

massificação. Com a criação, tornou-se desnecessário ir às escolas para

assistir o venerado mestre ler na frente de seus discípulos o raro livro copiado,

surgindo assim a possibilidade da leitura acontecer fora da sala de aula. Antes,

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os livros copiados manualmente eram caríssimos e, portanto, inacessíveis à

plebe, razão pela qual os mestres eram tratados como integrantes da corte.

Conta a história que as escolas da época de Guttenberg resistiram durante

anos ao livro escolar impresso mecanicamente, que poderia fazer com que se

tornasse desnecessária a figura do mestre.

Para Saraiva (1996, p.18) e Sartori (2002, p.12) um dos primeiros

acontecimentos da Educação a Distância foi o anúncio publicado na gazeta de

Boston (20 de março de 1728), onde o professor de taquigrafia Cauleb Phillips

anunciava que toda pessoa da região, desejosa de aprender a arte de

taquigrafia, podia receber em sua casa várias lições semanalmente e ser

perfeitamente instruída, como pessoas que vivem em Boston.

Castro e Guaranys (1977, p.407) registram um curso de taquigrafia, em

1840, na Inglaterra, e vários outros cursos por correspondência, no início do

século XX, na Rússia e pelo menos, em oito universidades americanas.

Rapidamente várias iniciativas de criação de cursos a distância se espalharam.

Os mais bem sucedidos eram os do tipo extensão universitária ou técnicos.

Havia uma grande resistência com relação a cursos universitários a distância,

por isso poucas foram as experiências duradouras, mesmo nos países mais

desenvolvidos.

Sartori (2002, p.14) ressalta que no final do século XIX, foi criada a

divisão de ensino por correspondência no departamento de extensão da

Universidade de Chicago. Na mesma época, Hans Hermond, inaugura o

famoso instituto Hermond, na Suíça.

Em 1938, na Cidade de Vitória, no Canadá realizou-se a primeira

conferência sobre educação por correspondência.

Rodrigues (1998, p.25) dá uma importante contribuição ao enfatizar

que:

“Mesmo que possa haver divergência quanto a primeira instituição e ao primeiro curso a distância a bibliografia é unânime quanto à importância da Open University da Inglaterra, criada em 1969 como um marco e um modelo de sucesso, que tem atuação destacada até hoje. A novidade foi o uso integrado de material impresso, rádio e televisão (através de um acordo com a BBC) e de contato pessoal. Através de centros de atendimento espalhados no país, o fato dos alunos não necessitarem apresentar certificado de formação anterior

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(ter 21 anos é suficiente para ingressar na Universidade) e o alto nível dos cursos”.

De acordo com Santos e Blásques (2005), em 1840, o italiano

Guglielmo Marconi trouxe imensa surpresa ao mundo com a invenção do rádio,

que possibilitou grande popularidade devido ao seu poder de penetração visto

que seus ouvintes não necessitavam ser alfabetizados para entenderem o que

era transmitido, ao contrário da impressa, que restringia a uma minoria

alfabetizada.

Com uma nova revolução envolvendo tecnologia de imagem e som (de

forma unificada) surge a televisão na década de 20.

“A televisão permitiu que a imagem fosse, junto com o som, levada a localidades remotas. Assim, agora uma aula quase inteira, englobando todos os seus componentes audiovisuais, pode ser remotizada. A televisão comercial está disponível desde o final da década de 40”. Chaves (1999).

No período da 2ª Guerra Mundial, mais precisamente em 1936, o

engenheiro alemão Konrad Zuse tentou vender ao governo alemão uma

máquina (Z1), que a partir de relés executavam cálculos e dados lidos em fitas

perfuradas, porém como não poderia auxiliar na guerra, foi desprezado. Sendo

assim, os projetos de Konrad Zuse ficaram parados durante a guerra, dando

chance aos americanos de desenvolverem seus computadores

Neste período, a Marinha americana, em conjunto com a Universidade

de Havard, desenvolveu o computador Harvard Mark l, projetado pelo professor

Howard Aiken, com base no calculador analítico de Babbage. O Mark l ocupava

120 m³ aproximadamente, conseguindo multiplicar dois números de dez dígitos

em três segundos. Enquanto isso, o exército americano secretamente

desenvolveu uma máquina capaz de processar cálculos exatos, para serem

utilizados durante a guerra, porém, essa máquina só pôde ser usada após a

guerra; esta máquina ficou conhecida como ENIAC (Electrical Numerical

Integrator And Calculator), e foi precursor do computador moderno.

Após o surgimento do ENIAC, várias outras máquinas foram surgindo,

mas o seu tamanho e a complexidade no tratamento e processamento de

informações tornava quase impossível a sua popularização e utilização por

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parte de usuários sem conhecimento das linguagens de máquina, além do

preço dessas máquinas ser muito elevado.

Segundo Carneiro (2002), um grupo de jovens americanos, entre eles

Steve Jobs e Steve Wozniac (fundadores da APPLE), Bill Gates e Paul Allen

(inventores do Basic, linguagem de programação), contribuíram com a

popularização do computador em uso doméstico, ou seja, os jovens não tinham

livre acesso aos computadores da universidade, desta forma, buscaram

maneiras para que os mesmos tivessem acesso aos computadores, porém não

pensaram em disponibilizar esta tecnologia somente para si mesmos, mas o

fizeram em benefícios de toda a sociedade.

É possível notar que após um curto espaço de tempo as máquinas

foram ficando cada vez menores, e o preço mais acessível, além do surgimento

de linguagens, que facilitava muito a comunicação usuário-máquina.

Com os computadores surgiu, também, uma nova forma de

comunicação. No período da Guerra Fria, os militares procuravam uma forma

de comunicação que os adversários não conseguissem decifrar; assim surgiu a

ARPAnet (acrônimo Advanced Research Projects Agency Network – primeiro

nome dado a internet). Através de pesquisas e estudos em busca de melhoria

na forma de comunicação surgiu o TCP/IP (Transmission Control

Protocolo/Protocolo de Interconexão). Por meio desse protocolo mais

computadores poderiam se “comunicar” entre si, na grande rede. Porém está

forma de comunicação só chegou ao Brasil na década de 90, mas como era

muito utilizada em outros países logo se desenvolveu e popularizou. (TAJRA,

1999).

1.3 – A História da EaD no Brasil

Provavelmente, as primeiras experiências em educação a distância no

Brasil tenham ficado sem registro, visto que os primeiros dados conhecidos são

do século XX.

Para Alves (1994, p.27):

“Inexistem registros precisos acerca da criação da Educação a Distância no Brasil. Tem-se como marco histórico à implantação das “Escolas Internacionais” em 1904,

17

representando organizações norte-americanas. Entretanto, o Jornal do Brasil, que iniciou suas atividades em 1891, registra na primeira edição da seção de classificados, anúncio oferecendo profissionalização por correspondência (datilógrafo), o que faz com que se afirme que já se buscavam alternativas para a melhoria da educação brasileira, e coloca dúvidas sobre o verdadeiro momento inicial da Educação a Distância”.

No Brasil, conforme aponta Sartori (2002, p.21), o início da Educação a

Distância não está associado ao material impresso, e sim ao rádio, lembrando

a fundação da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro em 20 de abril de 1923 por

Edgar Roquette Pinto como marco inicial da Educação a Distância que tinha

como objetivo utilizar o rádio como forma de ampliação de acesso a educação,

ou “transmitindo programas de literatura, radiotelegrafia e telefonia, de línguas,

de literatura infantil e outros de interesse comunitário” (ALVES, 1994, p.25).

Em 1934, Edgard Roquette Pinto instalou a Rádio Escola Municipal no

Rio, projeto para a então Secretaria Municipal de Educação do Distrito Federal.

Os estudantes tinham acesso prévio a folhetos e esquemas de aulas, e

também era utilizada correspondência para contato com os estudantes.

Em 1939, em São Paulo, surge o Instituto Monitor, o primeiro instituto

brasileiro a oferecer sistematicamente cursos profissionalizantes a distância por

correspondência, na época ainda com o nome Instituto Rádio Técnico Monitor.

Em 1941, surge o Instituto Universal Brasileiro, segundo instituto

brasileiro a oferecer também cursos profissionalizantes e sua principal mídia

são as apostilas enviadas pelos correios.

Em 10 de janeiro de 1946 tem início às atividades do SENAC (Serviço

Nacional de Aprendizagem Comercial) que desenvolveu no Rio de Janeiro e

São Paulo, a Universidade do Ar.

Volpato (2005, p.14) destaca que, na década de 50, outras instituições

motivadas pela necessidade de democratizar o saber e tomando como

realidade às dimensões continentais brasileiras, passou a fazer uso de ensino

a distância via correspondência.

A história da Educação a Distância no Brasil registra também que, nas

décadas de 60 a 80, novas entidades foram criadas com fins de

desenvolvimento da educação por correspondência, sendo que algumas já

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estão desativadas. Um levantamento feito com apoio do Ministério da

Educação, em fins dos anos 70, apontava a existência de 31 estabelecimentos

de ensino utilizando-se da metodologia de EaD, distribuídos em grande parte

nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro (ALVES, 1994, p.34).

Sartori (2002, p.29) destaca a importância do projeto LOGUS II,

desenvolvido nas décadas de 70 e 80, habilitando mais de 60 mil professores

em todo o Brasil, especificamente em Santa Catarina. Destinava-se a

habilitação de professores leigos para atuarem nas séries iniciais de ensino

fundamental. Posteriormente foi substituído pelo Programa de Valorização do

Magistério, sendo que o mesmo está praticamente desativado.

Em 1970, o Projeto Minerva (Ministério da Educação e Cultura-MEC),

Fundação Padre Lendel de Moura e a Fundação Padre Anchieta celebraram

convênio cujo objetivo era a utilização de rádio para a educação e a inclusão

social de adultos.

Em 1978, a Fundação Padre Anchieta (TV Cultura) e a Fundação

Roberto Marinho lançaram o telecurso 2º Grau, utilizando programas de TV e

material impresso vendido em bancas de jornal. Para preparar os alunos para

exame supletivo em 1995 foi lançado o Telecurso 2000, nos mesmos moldes

(ALVES, 1994, p.34).

Em 1991, foi lançado o programa Um Salto para o Futuro, uma parceria

do Governo Federal, das Secretarias Estaduais de Educação e da Fundação

Roquette Pinto, dirigido à formação de professores e veiculado através de

emissoras de televisão educativas. Este programa vem crescendo e

aprimorando o atendimento aos professores, aumentando o número de

telepostos organizados pelas Secretarias de Educação dos Estados, contando

com orientadores de aprendizagem nos telepostos. Esses orientadores

assumem o papel de tutores do curso (SARTORI, 2002, p.32).

1.4 – Uma pequena História da Educação Superior a Distância

no Brasil

Na década de 70, uma das primeiras experiências com Educação

Superior a Distância ocorreu na Universidade de Brasília, que ofereceu cursos

19

na área de ciências políticas. Porém, somente no final da década seguinte que

são credenciadas as primeiras universidades brasileiras para desenvolver

cursos superiores de graduação, na modalidade à distância, conforme nos

apresenta Sartori (2002, p.33):

Em 1988, a Escola do Futuro - USP, que é um laboratório

interdisciplinar de pesquisa da Universidade de São Paulo e

iniciou seus trabalhos e tem como meta investigar tecnologias

emergentes de comunicação e suas aplicações educacionais

(RODRIGUES, 1998, P.44).

Em 1995, a Universidade Federal de Santa Catarina estruturou o

Laboratório de Ensino a Distância no Programa de Pós-graduação

em Engenharia de Produção. Os cursos são customizados e

permitem atender as necessidades de diversas clientelas

(RODRIGUES, 1998, p.44).

A abertura legal para ensino a distância aconteceu na nova Lei de

Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), Lei nº 9.394, de 20 de

dezembro de 1996. Em suas Disposições Gerais, Artigo 80, a LDB atribuiu ao

Poder Público o papel de incentivar “[...] o desenvolvimento [...] de programas

de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades [...], e de educação

continuada” (BRASIL, 1996, não paginado). Essa lei delegou à União a

competência ao credenciamento das instituições que oferecerão programas a

distância e a definição “[...] requisitos para a realização de exames e registro de

diplomas relativos a cursos de educação a distância” (BRASIL, 1996, não

paginado).

Segundo Hack,

“A caminhada brasileira no ensino superior a distância parte de uma experiência iniciada em 1998 e está conquistando espaços paulatinamente. O primeiro curso universitário a distância em nosso país foi encabeçado pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). O projeto pioneiro criado pela UFMT em 1998 visava formar professores de rede pública a partir da Licenciatura em Educação Básica, da 1ª à 4ª série a distância”. (2014, p. 37)

20

Logo que o processo de regulamentação e normalização da EaD no

Brasil começou a ocorrer, o Ministério da Educação (MEC) produziu um

documento em parceria com a Secretaria de Educação a Distância (SEED),

com os Padrões de Qualidade para Cursos de Graduação a Distância. Este

documento tinha o intuito de apresentar critérios às instituições que pretendiam

elaborar seus projetos de EaD, bem como servia para as comissões de

especialistas analisarem as solicitações .

Devido ao avanço da oferta de cursos na modalidade EaD no país, em

2003 foram publicados pelo MEC os Referenciais de Qualidade para EaD que

na verdade, correspondem aos estudos realizados por uma comissão

determinada pelo órgão federal, composta por especialistas nesta modalidade

de ensino. Em agosto de 2007, houve uma nova publicação, em virtude de

revisões que atualizaram a anterior e que passou a se chamar Referenciais de

Qualidade para Educação Superior a Distância e que deve ser seguida

integralmente pelas IES (Instituições Ensino Superior) que a oferecem.

Estes referenciais se interpenetram, envolvendo em sua análise toda

estrutura física da instituição, seus recursos pedagógicos, a administração e

sua infraestrutura.

Hoje em dia, no Brasil, a Educação a Distância contemplada no Plano

Nacional de Educação (PNE) recebe especial atenção como forma de atingir

com qualidade, um número cada vez maior de beneficiários, vencendo as

barreiras das distâncias geográficas e obtendo melhor adaptação aos horários

de vida dos trabalhadores que necessitam estudar, atendendo assim, a um

segmento da sociedade de forma significativa, graça as instituições de ensino

superior a distância. Ampliar e democratizar o acesso ao ensino superior é uma

necessidade cada vez maior, e os estabelecimentos encontram-se

pressionados para poder fazer jus a uma demanda sempre mais acentuada na

oferta dessa forma de estudo.

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1.4.1 A Universidade Aberta no Brasil (UAB)

Para ampliar o acesso e diversificar a oferta de ensino superior em

nosso país, no ano de 2005, o MEC criou o sistema de Universidade Aberta do

Brasil (UAB). Tendo como base o aprimoramento da EaD, a UAB visa expandir

e interiorizar a oferta de cursos pela ampla articulação entre instituições

públicas de educação superior, estados e municípios brasileiros, para promover

educação através da metodologia da EaD.

A prioridade é oferecer formação inicial a professores em efetivo

exercício na educação básica pública, porém ainda sem graduação, além de

formação continuada àqueles já graduados. Também pretende ofertar cursos a

dirigentes, gestores e outros profissionais da educação básica da rede pública.

Outro objetivo do programa é reduzir as desigualdades na oferta de

ensino superior e desenvolver um amplo sistema nacional de educação

superior a distância, dando acesso à formação especializada para camada da

população que estão excluídas do processo educacional.

Apesar da prioridade do programa ser a capacitação de professores da

educação básica com a oferta de cursos de licenciatura e de formação

continuada, o Sistema Universidade Aberta do Brasil também disponibiliza

vários outros cursos superiores nas mais diversas áreas do saber.

1.4.1.1 Formação Continuada Docente

A educação continuada é de fundamental importância para a promoção

de mudanças na prática pedagógica dos professores. No momento atual a

informação e o conhecimento são requisitos indispensáveis para a vida

profissional. Isso implica o repensar do papel que a escola desempenha no

processo e construção do conhecimento e o redimensionamento do papel que

o professor exerce na formação do cidadão.

A formação continuada foi uma proposta utilizada pelo Ministério da

Educação para atualizar a prática educacional, visando trazer os profissionais

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para os anceios educacionais contemporâneos e a melhoria da qualidade da

educação no país.

Segundo Libânio (2004),

“O termo formação continuada vem acompanhada de outro, a formação inicial. A formação inicial refere-se ao ensino de conhecimentos teóricos e práticos destinados à formação profissional, completados por estágios. A formação continuada é o prolongamento da formação inicial, visando o aperfeiçoamento profissional teórico e prático no próprio contexto de trabalho e o desenvolvimento de uma cultura geral mais ampla, para além do exercício profissional”. (P.227).

Na citação acima, o autor expressa a necessidade do professor em se

ter uma consciência de que a formação não acaba com a graduação. O

processo de conhecimento é construído em toda a sua trajetória docente, para

que seja um profissional autônomo, criativo, crítico e transformador,

preocupando-se em buscar novas tarefas e práticas para o futuro.

Com as novas tecnologias de informação e comunicação, o professor

necessita de uma metodologia de ensino pautada na interação entre o aluno e

professor: Além de direcionar os alunos a uma reflexão crítica sobre um

conhecimento científico, o professor necessita orientá-los sobre onde e como

buscar as informações, precisa questionar, discutir e analisar criticamente, com

intuito de moldar o aluno a ser crítico, autônomo e pesquisador.

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CAPÍTULO II

EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: ABORDANDO CONCEITOS

Segundo Hack (2014, p. 15), “a busca da expressão EaD nos leva a

um dos pioneiros no estudo da temática, o educador sueco BÖrje Holmberg,

que confessou a Niskier (2000) ter ouvido a expressão na universidade alemã

de TÜbingen. Para Holmberg, (apud NNISKIER, 2000), em vez de citar “estudo

por correspondência”, os alemães usavam os termos Fernstudium (Educação a

Distância) ou Fermunterricht (Ensino a Distância). Niskier (2000) ainda destaca

que o mundo inglês conheceu a expressão a partir de Desmond Keegan e

Charles Wedemeyer. "

Para Chaves (1999, p.27) se faz necessário distinguir o que seja

Educação a Distância, Aprendizagem a Distância e Ensino a Distância. Ele

caracteriza Educação a Distância e Ensino a Distância como sendo processos

que acontecem dentro das pessoas e não existe a possibilidade de ser

realizada a distância. Portanto, considera as expressões Educação a Distância

e Aprendizagem a Distância totalmente inadequada ao propósito que se

propõe. Pois educação e aprendizagem acontecem onde quer que o indivíduo

esteja se educando ou aprendendo. Segundo ele não há como fazer e

entender teleducação e teleaprendizagem.

Ainda, segundo Chaves (1999, p.27), o Ensino a Distância é

perfeitamente possível acontecer. Pois ocorre o tempo todo, como, por

exemplo, quando utilizamos um livro que foi escrito para nos ensinar alguma

coisa, ou quando assistimos ou temos acesso a uma informação. Para ele, a

expressão “Ensino a Distância” faz perfeito sentido porque quem está

ensinando, o ensinante, está espacialmente distante (geograficamente) de

quem está aprendendo, o aprendente. Percebe-se, portanto, divergências

sobre o que seja Educação, Ensino e Aprendizagem a distância. Portanto é

necessário buscar auxílio em outros autores para reforçar ou refutar tais ideias

ou termos utilizados.

24

2.1 – O que é Educação a Distância?

Os conceitos que procuram definir Educação a Distância possuem

entre os diversos autores, terminologias distintas, mesmo abordando conceitos

que se relacionam e apontam um mesmo caminho, que é a não exigência da

presença física do aluno em um determinado espaço físico.

Moran (2000) argumenta que "educação a distância é o processo de

ensino e aprendizagem, mediado por tecnologias, no qual professores e alunos

estão separados espacial e/ou temporalmente". Esse conceito insere a

'mediação das tecnologias', não sendo mais 'ensino por correspondência' e

implica separação espaço-temporal, mas continua o autor:

“Apesar de não estarem juntos, de maneira presencial, eles podem estar conectados, interligados por tecnologias. Principalmente as telemáticas, como a internet. Mas também podem ser utilizados o correio, o rádio, a televisão, o vídeo, o cd-rom, o telefone, o fax e tecnologias semelhantes”.

Cita-se como outro exemplo uma definição dada por Netto apud Barros

(1999, p. 17):

“Educação a Distância refere-se a ensino e aprendizagem em circunstância nas quais o professor e o aprendiz estão separados um do outro no tempo e no espaço; inclui telecursos, estudos por correspondência, ensino aprendizagem por meio de computador como parte de um sistema abrangente de educação ou treinamento que culmina com a contemplação de uma tarefa, curso, currículo ou programa de treinamento”.

Segundo Lobo apud Sartori “a educação a distância é uma modalidade

de realizar o processo educacional quando (...) promove-se à comunicação

educativa, através de meios capazes de suprir a distância que os separa

fisicamente” (2002, p. 37).

Sartori (2002, p.37) fazendo referência ao Ministério da Educação e

Cultura – MEC, através do Decreto nº 2494/98, de 10 de fevereiro de 1998, em

seu artigo primeiro, oferece a seguinte definição oficial para Educação a

Distância:

“A EAD é uma forma de ensino que possibilita a autoaprendizagem, com a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou

25

combinados, e veiculados pelos diversos meios de comunicação”.

2.1.1 – Característica da Educação a Distância

A Educação a Distância é caracterizada basicamente pela separação

do professor e aluno no tempo e no espaço (geograficamente), sendo que o

controle do aprendizado é realizado de forma mais intensa pelo aluno, o que

caracteriza como estudo independente. A comunicação entre alunos e

professores é mediada por documentos impressos ou alguma forma de

tecnologia, sendo o tutor o elo entre a universidade, professor e o aluno.

Sartori (2002, p.39) destaca pontos fundamentais que caracterizam a

Educação a Distância. Um dos pontos é a simultaneidade que ocorre entre o

estudo e o trabalho. O aluno consegue estabelecer horários de estudo que não

impliquem em seu trabalho, criando dessa forma a autonomia em seus

estudos, uma vez que não precisa estar presencialmente na universidade para

estudar.

Outro fator destacado é a possibilidade de acesso à educação por uma

população mais ampla, que se encontra geograficamente distante. Também

existe a possibilidade dos estudantes percorrerem trajetórias diferentes de

estudo, de acordo com suas necessidades sociais, culturais e educacionais.

Uma das características essenciais da Educação a Distância são a

interatividade e o trabalho colaborativo que surge entre alunos. Essa

interatividade acontece entre professores por meio de alguma tecnologia, com

o tutor e aluno-aluno, o que faz com que o termo “Educação a Distância”

indique apenas a separação física entra ambos, sendo superada pela

mediação e a interatividade.

Segundo Hack,

“A Educação a Distância será entendida, portanto, como uma modalidade de realizar o processo de construção do conhecimento de forma crítica, criativa e contextualizada, no momento em que o encontro presencial do educador e do educando não ocorrer, promovendo-se, então, a comunicação educativa através de múltiplas tecnologias”. (2014).

26

Outros autores, como Keegan (2004) e Landim (2008), afirmam que a

Educação a Distância não pode ser caracterizada como um modismo, mas

como uma modalidade de ensino que oportuniza um processo amplo e

contínuo de mudanças no setor educacional. Esse processo representa a

democratização do acesso e o ensino, construído com a adoção de novos

paradigmas educacionais embasados em conceitos de autoaprendizagem, de

autonomia e de qualificação permanente.

2.2 – O que é Ensino a Distância?

Durante muitos anos, o termo de Ensino a Distância era utilizado como

sinônimo de Ensino por correspondência, e ganhou, assim, algum cunho

depreciativo. O Ensino a Distância era ministrado por centros de ensino que

aproveitavam os meios de comunicação disponível para difundir

ensinamentos/conhecimentos a milhares de formandos em todo o mundo, mas

cuja qualidade era posta em causa. Os meios usados eram o correio, em

primeiro lugar, e depois o telefone, o rádio e a televisão.

Com o desenvolvimento das Tecnologias de Informação e de

Comunicação e o aparecimento do computador e da internet, o Ensino a

Distância ganhou novos contornos e uma nova dimensão. Os meios já não são

somente impressos, são agora eletrônicos. Vislumbram-se, agora, novas

possibilidades na partilha de conhecimento e tarefas, assim como na produção

de materiais de ensino de maior qualidade.

Segundo Moran (2005), o ensino pode ser definido como uma forma de

instrução, transmissão ou treinamento englobando recursos didáticos para

ajudar o aluno a adquirir conhecimento e saber usá-lo. A educação é um

processo de ensino aprendizagem que leva o indivíduo a aprender a aprender,

a desenvolver, de forma independente, ou seja, vai além de ensinar, pois ajuda

a integrar todas as dimensões da vida, levando o indivíduo a participar criar,

inovar, pensar.

A EaD, hoje em dia refere-se a uma forma de difusão de materiais de

estudo impressos ou eletrônicos, disponibilizando os conteúdos programáticos

27

de uma determinada unidade de formação, a um grande número de

estudantes, sob a alçada de uma equipe de professores.

2.3 – O que é Aprendizagem a Distância?

Etimologicamente, a aprendizagem (do Latim “apprehendere” =

apoderar-se) é um processo de aquisição e formulação de novos

conhecimentos, de desenvolvimento de competências e que, de certa forma,

produz modificações no comportamento das pessoas. A aprendizagem

necessita de fatores e estímulos internos do indivíduo, bem como dos

estímulos externos.

Segundo Chaves (1999, p.34) “a aprendizagem é um processo que

ocorre dentro do indivíduo, mesmo quando a aprendizagem é decorrente de

um processo bem sucedido de ensino, ela ocorre de dentro do indivíduo, e o

mesmo ensino que pode resultar em aprendizagem em algumas pessoas pode

ser totalmente ineficaz em relação a outros.’’

28

CAPÍTULO III

A ATUAÇÃO E O PAPEL DO PROFESSOR NO ENSINO

SUPERIOR A DISTÂNCIA

No que se refere à formação de professores, a LDB defendeu a

formação preferencial em curso superior. Fixou, ainda, nas disposições

transitórias o prazo de 10 anos para que somente fossem admitidos

professores habilitados em curso superior para o exercício da docência em

qualquer nível. Entretanto, observa-se, ainda, a escassez de professores em

algumas áreas do conhecimento e ausência de formação em nível superior de

profissionais que estão em exercício. Tais fatores vêm contribuindo para que a

formação de professores, na modalidade a distância, oportunize um espaço

maior, tanto para implementação de políticas públicas, quanto às instituições

públicas e privadas para sua organização pedagógica. A partir disso a

Educação a Distância fica visível no Brasil, possibilitando uma maior

democratização do acesso ao ensino superior, além de viabilizar reflexões

acerca dessa modalidade como uma “nova” forma de educação de ensino

superior para sociedade contemporânea. Junto a essa questão, outra

discussão vem acontecendo há mais de duas décadas: a formação de

professores. Tal temática tem sido centro de muita preocupação e debate em

âmbito educacional, ganhando configuração principalmente quando associado

à educação a distância.

Pretti (2005, p. 16) evidencia essa ideia ao relatar,

“Há mais de duas décadas, o tema da formação do professor vem sendo colocada na pauta de encontros, congressos, simpósios educacionais e nas diretrizes da política nacional e de organismos internacionais. Nunca se produziu tanto sobre o tema”.

Portanto, demonstra que a formação de professores necessita de muita

reflexão principalmente, no que tange a essa nova configuração da educação a

distância no Brasil.

29

A sociedade vive hoje um processo de digitalização sendo assim, o

professor também está inserido nesse contexto e precisa ter uma formação

para familiarizar-se com todas essas novidades tecnológicas.

As tecnologias fazem, cada vez mais, parte da vida e o desafio passa a

ser a implementação de propostas de ensino e de aprendizagem que integram

muito mais do que simples recursos tecnológicos, mas que propiciem novas

práticas tecnológicas.

Segundo Lopes (2005), é importante que se inclua um componente

crítico-reflexivo na capacitação do docente para que este saiba por quê, para

quê, quando e como usar a tecnologia no processo educacional: uma formação

tecnológica.

Essa formação tecnológica requer novas habilidades, novas formas de

engajamento e comprometimento profissional, novos processos para

compreender o mundo globalizado e nele atuar.

3.1 Docência do Ensino Superior a Distância

A Docência do Ensino Superior a Distância exige mais que exímio

conhecimento das disciplinas ministradas, preconiza professores hábeis no

manuseio das novas tecnologias educacionais, isso significa profissionais com

destreza e familiaridade no mundo virtual.

É de responsabilidade do professor universitário estimular o

aprendizado, ação que exige explorar possibilidades e utilizar ferramentas de

informação e educação tecnológicas. Além disso, faz-se necessário

compreender que o exercício da docência nos cursos de nível superior a

distância, deve preconizar uma atividade conjunta à instituição de ensino, que

decorre por uma reflexão do processo de aprendizagem.

Savani (1991) e Abreu (1983) afirmam que a instituição de ensino

superior deve capacitar seus docentes para lidar com as novas tecnologias

educacionais, os despertando em sua consciência, direcionando-os para uma

nova prática didática.

30

3.2 Perfil dos Docentes no Ensino Superior

Masetto (2008) define a docência no ensino superior como domínio de

conhecimentos específicos em uma determinada área a serem mediados por

um professor para os seus alunos. Complementando este conceito Freire

(1996, p. 22-23) afirma que “Não há docência sem discência, as duas se

explicam e seus sujeitos apesar de diferenças que os conotam, não se

reduzem à condição de objeto um do outro. Quem ensina aprende ao ensinar e

quem aprende ensina ao aprender.”

Atualmente a docência pode ser definida como ação educativa que se

constitui no processo de ensino-aprendizagem, na pesquisa, na gestão de

contextos educativos e na perspectiva da gestão democrática.

A docência do ensino superior a distância exige mais que exímio

conhecimento nas disciplinas ministradas, recomendando profissionais hábeis

no manuseio das novas tecnologias educacionais. Isso significa professores

universitários com destreza e familiaridade no mundo virtual, tornando-se

responsáveis em estimular o aprendizado. Essa ação exige explorar

possibilidades e utilizar plenamente as ferramentas de informação e educação

tecnológicas. Além disso, o professor deve repensar a sala de aula e sua

própria função como um espaço que não seja fechado e isolado do mundo.

Isso não significa perder seu espaço, apenas redimensioná-lo e ampliá-lo, e

com o advento da tecnologia, tornou novas proporções e significações.

O professor de ensino a distância deixa de ser um centralizador de

saber, mais sim um descentralizador, ou seja, delega poderes e competências

a quem está à sua volta e assume também a coordenação de um novo projeto,

mais dinâmico e ousado.

Na EaD, esse professor ocupa uma multiplicidade de funções. Ao invés

de um professor, exercendo tarefas integradas, na EaD, as funções docentes

se multiplicam em diferentes funções e diferentes perfis: assim, são vários

educadores, cada um responsável por uma tarefa ao processo educativo.

31

3.3 Os Múltiplos Papéis dos Professores na EaD

A Educação a Distância (EaD), cada vez mais, adequa-se às novas

teorias pedagógicas, bem como, inova-se com as Tecnologias da Informação e

Comunicação (TIC). O processo de ensinar e aprender tornou-se mais

sofisticado, assim como a comunicação entre as pessoas que atualmente,

através da virtualização, compartilham simultaneamente as mais diversas

sensações e atividades.

Dessa forma, as Instituições de Ensino Superior estão ingressando

nessa forma de ensino, utilizando-se da interação em ambientes virtuais para

aplicação de aulas e cursos na modalidade EaD. Neste processo de mudança

de paradigma educacional, os professores também são influenciados, surgindo

novos perfis de profissionais que irão assumir papéis diferenciados, que

incluem desde a gestão administrativa de projetos de cursos de EaD até a

atuação virtual.

Estes professores devem ter a característica de um mediador, possuir

além do domínio do conteúdo ministrado habilidades específicas inerentes a

tecnologia, ser um bom digitalizador, pois as interações são dinâmicas, deve

estar atento aos multidiálogos e ter conhecimentos básicos de informática.

3.4 O Professor Autor

De acordo com Brito (2005, p.47), a prática docente “não se resume a

um espaço de aplicação de saberes, mais compreende que essa prática é,

também, um palco de produção de saberes relativos ao espaço profissional”.

Assim os docentes são sujeitos de seu próprio conhecimento.

O professor autor, na maioria dos programas de Ead, é professor

oriundo do ensino presencial da universidade e apresenta pouca ou nenhuma

experiência na modalidade. Ao participar de um curso desta natureza, ele terá

que desenvolver habilidades não apenas com as ferramentas tecnológicas,

mas compreender quem é o aluno de um curso a distância e qual a melhor

forma para promover sua aprendizagem.

32

O papel deste professor deixa de ser um fornecedor de informações,

mas, um mediador delas, a fim de que seus alunos saibam organizá-las e

interpretá-las, podendo desta forma desempenhar as tarefas e atividades

planejadas através das diferentes mídias propostas (vídeo, ambiente virtual,

CD-ROM, material impresso, etc.). Além disso, precisam ter domínio das

ferramentas e conhecer em profundidade todas as possibilidades existentes

para elaborar estratégias para um aproveitamento eficaz dos alunos. Sendo

assim, ele é a “peça” fundamental para incentivar o aluno à reflexão, à

pesquisa, à construção do seu conhecimento.

Pimenta e Anastasiou (2002, p.102) afirmam que:

“[...] se entendemos que conhecer não se reduz a se informar, que não basta expor-se aos meios de informação para adquiri-las, senão que é preciso operar com as informações para, com bases nelas, chegar ao conhecimento, então nos parece que a universidade (os professores) têm um grande trabalho a realizar, que é proceder a mediação entre a sociedade da informação e os alunos, a fim de possibilitar que, pelo exercício de reflexão, adquiram a sabedoria necessária à permanente construção do humano”.

O professor acompanha e operacionaliza a disciplina durante o período

em que ela está acontecendo, podendo ser o autor ou não do material que será

usado pelos alunos. É o responsável pela elaboração das provas e das

atividades. O contato professor/aluno é realizado através de chats e dos

encontros presenciais ou semipresenciais agendados para a disciplina, embora

esta atuação possa variar em cada Universidade.

3.5 O Professor Tutor

Os primeiros tutores a atuarem como orientadores educacionais

surgiram já no Século XV nas primeiras universidades. Naquele momento, a

orientação era de caráter religioso e tinha o objetivo propagar a fé e a conduta

moral. Depois, conforme Sá (1998, apud Machado, 2004, p.2) "... no Século

XX, o tutor assumiu o papel de orientador e acompanhante dos trabalhos

acadêmicos, e é com esse mesmo sentido que foi incorporado aos atuais

processos de educação a distância..."

33

Na visão tradicional da EaD, o tutor era aquele que orientava, guiava,

mas não ensinava o aluno. A função de ensinar era dos materiais didáticos e o

papel do tutor era somente acompanhar, de modo funcional, o processo de

aprendizagem. Entretanto, com o aperfeiçoamento do sitema de EaD e com a

introdução de novas tecnologias de informação e de comunicação aos

processos de ensino e aprendizagem a distância, a figura do tutor ganhou uma

nova dimensão.

O tutor passou a ser um agente facilitador de aprendizagem e tem como

uma de suas funções, possibilitar a mediação entre o professor autor, o

estudante, o material didático do curso e as atividades práticas e, por essa

ação, deve estar inteiramente consciente e integrado quanto aos conteúdos,

metodologias, matérias, atividades e, sobretudo, o contexto em que seu aluno

está inserido, sua realidade, suas limitações, seus ritmos individuais diferentes

e principalmente, seu potencial. De acordo com Pretti (1996, p.27), "o tutor,

respeitando a autonomia de cada cursista, estará constantemente orientando,

dirigindo e supervisionando o processo de ensino-aprendizagem".

Segundo Ferreira e Rezende (2004), o tutor deve acompanhar, motivar e

estimular a aprendizagem autônoma do aluno, utilizando-se de metodologias e

meios adequados para facilitar a aprendizagem. Por meio de diálogos, de

confrontos, da discussão entre diferentes pontos de vista, das diversificações

culturais e/ou regionais e de respeito entre formas próprias de se ver e de se

portar frente aos conhecimentos.

Muitas vezes, o tutor desempenha um papel social, pois gera um senso

de comunidade na turma que conduz ao facilitar e dar espaço aos aspectos

pessoais e sociais da comunidade online.

A pedagogia é outra função muito importante que envolve a

participação no agendamento do curso, nos objetivos traçados, na confecção

de materiais didáticos, na elaboração de atividades, no incentivo a pesquisa,

fazendo perguntas, avaliando respostas, relacionando comentários,

coordenando discussões entre diferentes pontos de vista das diversificações

culturais e/ou regionais, sintetizando seus pontos principais e encorajando a

construção do conhecimento.

34

Uma das mais importantes responsabilidades do professor tutor é o

feedback constante a seus alunos, o que lhe torna um agente crítico para

reforçar o aprendizado.

Os papéis exercidos pelo professor tutor nos ambientes de EaD não

devem ser reproduzidos através de práticas em sala de aula. Litwin (2001,

p.103) enfatiza que para exercer completamente estas funções, necessita de

formação especializada. Hoje, a ideia da formação permanente vigora para

todas as profissões, mas, especialmente, para os da educação. O tutor

encontra-se diante de uma tarefa desafiadora e complexa.

3.6 O Professor Planejador ou Designer Instrucional

Uma das principais características da EaD refere-se à elaboração e ao

desenvolvimento de cursos. Para tanto, é necessário o trabalho conjunto de

uma equipe multidisciplinar de profissionais que irá se organizar para atender

às diferentes etapas do projeto, quais sejam: planejamento, produção,

divulgação, implementação, avaliação, suporte e coordenação.

Dentro desta equipe multidisciplinar, encontra-se o Designer

Instrucional que, segundo a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), é o

profissional responsável por aplicar metodologias e técnicas que facilitem o

processo de ensino-aprendizagem (BRASIL, 2012).

Desta maneira, o Designer Instrucional dedica-se a planejar, preparar,

projetar, produzir e publicar textos, imagens, gráficos, sons e movimentos,

simulações, atividades e tarefas ancorados em suportes virtuais. Assim sendo,

sua formação deve abranger conhecimentos em tecnologia, educação, gestão

de pessoas, comunicação e produção de textos e hipertextos, dentre outras.

O Designer Instrucional desempenha um papel estratégico na equipe

multidisciplinar. Cabe a ele gerenciar a comunicação entre todos os envolvidos

em projetos de cursos de EaD.

35

Nesse sentido, compreendem o Designer Instrucional como sendo:

“O profissional responsável pela coordenação e desenvolvimento e seleção de métodos e técnicas mais adequadas ao contexto em que será oferecido um curso a distância. Sua atuação também engloba a seleção de atividades, materiais, eventos e produtos educacionais de acordo com as situações específicas de cada oferta educacional, a fim de promover a melhor qualidade no processo de aprendizagem dos alunos em cursos ocorridos em ambientes virtuais” (KENSKY; BARBOSA, 2007, p.3)

Segundo Filatro (2008), além de atuar como teoria voltada a pesquisa

de estratégia instrucional, o Designer Instrucional – DI – fundamenta-se em três

grandes grupos de conhecimento:

1) Ciências Humanas e aplicadas – em especial a psicologia do

comportamento, a psicologia do desenvolvimento humano, a psicologia

social, a psicologia cognitiva, interfaces, usabilidade e design da

interação;

2) Ciências da informação – que englobam as comunicações, as mídias

audiovisuais, a gestão da informação e a ciência da computação;

3) Ciências da administração – incluindo a abordagem sistêmica, a gestão

de projetos e a engenharia de produção;

O processo de Design Instrucional mais largamente aceito é o ISD

(Instructional System Design - design de sistemas instrucionais). Embora a

maioria das instituições envolvidas com designer instrucional tenha sua própria

versão desse processo, esta, em geral, baseia-se na ideia central do ISD de

dividir o desenvolvimento das ações educacionais em pequenas fases e na

seguinte sequência:

1) analisar a necessidade;

2) projetar a solução;

3) desenvolver a solução;

4) implementar a solução;

5) avaliar a solução.

36

No planejamento de um curso a distância é fundamental uma definição

de perfil do público alvo, uma vez que esses cursos não podem ser

padronizados para diferentes realidades, pois, cada grupo apresenta

necessidades educativas específicas.

Para o desenvolvimento deste curso, o Design Instrucional deve definir

a apresentação do conteúdo e a forma desta apresentação (design),

dependendo da tecnologia em uso (impresso, audiovisual, computador,

internet). Após estes processos, será o momento que o curso é oferecido aos

alunos e realizado por professores e gestores na prática.

Um dos papéis do Designer Instrucional é avaliar, revisar e validar, os

demais envolvidos e os produtos resultantes de cada fase do DI. Assim, a

avaliação aqui não diz respeito apenas à avaliação da aprendizagem do aluno,

mas sim da avaliação de todo processo desenvolvido, sua eficácia, eficiência e

necessidades de reformulação.

37

CAPÍTULO IV

RECURSOS DIGITAIS NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

4.1 Os Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA)

O Ambiente Virtual de Aprendizagem, também conhecido como AVA, é

uma tecnologia digital, onde são disponibilizadas ferramentas de comunicação

e de informação, que variam de acordo com cada ambiente, para mediação do

processo de aprendizagem.

Para Silva (2003, p.62), o AVA é a sala de aula no ciberespaço:

“O ambiente virtual de aprendizagem é a sala de aula online. É composto de interfaces ou ferramentas decisivas para a construção da interatividade e da aprendizagem. Ela acomoda o web-roteiro com sua trama de conteúdos e atividades propostos pelo professor, bem como acolhe a atuação dos alunos e do professor, seja individualmente, seja colaborativamente”.

Ou seja, o AVA disponibiliza uma série de ferramentas (síncronas ou

assíncronas) e recursos potencializando o seu uso para elaboração de

atividades voltadas para aprendizagem e para a comunicação entre todos os

envolvidos na EaD (professores, alunos, tutores, etc.), tornando o aprendizado

mais atrativo para o aluno.

4.1.1 Características de Alguns Ambientes Virtuais de

Aprendizagem

AulaNet:

O ambiente Aulanet foi desenvolvido no Laboratório de Engenharia de

Software (LES) do Departamento de Informática da Pontífica Universidade

Católica (PUC-RJ), para a administração, criação, manutenção e participação

em cursos a distância. A filosofia do ambiente fundamenta-se no princípio da cooperação

entre os alunos, e entre alunos e docentes, tendo como suporte as interfaces

38

da internet. Traz como premissas a interatividade nas propostas dos cursos, a

utilização por pessoas que não são especialistas na área, e a reutilização de

conteúdos já existentes na mídia digital.

O ambiente dispõe de algumas ferramentas para a disponibilização dos

cursos, que são: os mecanismos de comunicação, de coordenação e de

cooperação. Os mecanismos de comunicação possibilitam o envio de

mensagens aos docentes e à coordenação do curso, além da criação dos

grupos de discussão, grupos de interesse, debates através de chats e o

contato com os participantes conectados no ambiente. Já os mecanismos de

coordenação como avisos, planos de aula, tarefas, avaliação e relatórios de

participação permitem a criação de atividades e um melhor acompanhamento

dos estudantes.

Moodle:

É um ambiente de gerenciamento de aprendizagem (LMS – Learning

Management System) ou ambiente virtual de aprendizagem de código aberto,

livre e gratuito. A plataforma Moodle é uma sala de aula virtual onde o aluno

tem a possibilidade de acompanhar as atividades do curso pela internet. O

aluno terá acesso à plataforma com uso de um usuário e uma senha pessoal,

podendo ser acessado em qualquer computador com internet. Ele é a principal

plataforma de sustentação das atividades. É através dele que o usuário poderá

ter acesso aos conteúdos disponibilizados pelos professores, além de postar

atividades, debater o tema em fóruns de discussão, tirar dúvidas via

mensagens, entre outros recursos.

Teleduc:

O Teleduc é um ambiente de ensino a distância, que permite a

realização de cursos via internet. Está sendo desenvolvido conjuntamente pelo

Núcleo de Informática aplicado à Educação (NIED) e pelo Instituto de

Computação (IC) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

O principal objetivo de criação desse ambiente foi a necessidade de

suporte para a formação de professores, tendo como foco o trabalho com

informática educativa. Para o desenvolvimento das interfaces, a equipe ouviu

atentamente as demandas dos usuários e vivenciou um trabalho colaborativo, o

39

que gerou um resultado satisfatório, pois o ambiente demonstra funcionalidade

acessível mesmo para aqueles que não entendem de computação.

As funcionalidades oferecidas pelo Teleduc estão agrupadas em três

grupos: ferramentas de coordenação, de administração e de comunicação. As

ferramentas de coordenação têm como objetivo principal organizar as ações no

curso, informando os alunos as intenções da proposta e contribuindo para uma

melhor organização e compreensão da dinâmica de trabalho. As ferramentas

de comunicação só podem ser acessadas dentro do ambiente, a exemplos do

correio, bate-papo, fóruns de discussão e mural. Entretanto com o

desenvolvimento de novas versões, já se pode enviar e-mail externo aos

destinatários, porém a resposta só pode ser dada a partir do acesso ao

ambiente. As ferramentas de administração têm como objetivo dar apoio ao

gerenciamento do curso através do suporte e da administração e não são

visíveis aos alunos (ROCHA, 2003).

BlackBoar e Webct

A plataforma Blackboard é um software proprietário, desenvolvido pela

Blackboard Inc, um provedor de softwares e serviços para educação online. O

Blackboard é um LMS (Learning Management System) com funcionalidades de

instrução e comunicação (BLACKBOARD, 2005), bastante utilizado por

instituições de ensino privadas no Brasil, a exemplo da Universidade Católica

de Brasília (UCB, 2005), Faculdades COC (ASSIS, VERSUTI, 2005) e Instituto

de Educação Superior de Brasília - IESB (ALMEIDA, GARBULHA, ATTA,

2005).

O WebCT é um software proprietário provedor de e-learning para

instituições de ensino, desenvolvido pela British Columbia University no

Canadá. Já é utilizado em milhares de instituições em mais de 70 países. O

WebCT hoje pertence à empresa Backboard (WEBCT, 2006).

E-proinfo

O E-proInfo é um Ambiente Colaborativo de Aprendizagem que utiliza a

Tecnologia Internet e permite a concepção, administração e desenvolvimento

de diversos tipos de ações, como cursos a distância, complemento a cursos

40

presenciais, projetos de pesquisa, projetos colaborativos e diversas outras

formas de apoio à distância e ao processo ensino-aprendizagem. É uma

iniciativa da Secretaria de Educação a Distância do MEC e é disponibilizado

para as instituições de ensino público através de convênios. (E-PROINFO,

2005).

Além de ofertar diferentes ferramentas de comunicação e informação

necessárias para dinamizar as atividades educativas, os AVAs oferecem

recursos que facilitam o gerenciamento dos cursos, no que diz respeito à

gestão das estratégias de comunicação, das participações dos alunos, dos

formadores (professores e tutores) e das avaliações (Almeida, 2003)

4.2 Ferramentas Síncronas

São aquelas que exigem a participação dos professores e estudantes

em eventos marcados, com horários específicos para que possam acontecer.

Ocorrem em tempo real (online), dão aos alunos da EaD e aos professores,

como também a todos envolvidos na instituição, grupos e comunidades

interação de forma instantânea e a sensação de preservar a continuidade do

seu curso. O desenvolvimento da agilidade na comunicação acontece de forma

harmoniosa no processo da aprendizagem, pela facilidade da relação entre

professor-alunos, alunos-professor e alunos-alunos, onde todos são envolvidos

pela interação e a interatividade (LINS, MOITA, 2009). Temos como exemplos:

Chat (Sala de bate-papo), meio com potencial didático a ser estudado,

pouco utilizado nas atividades pedagógicas, permite a comunicação

síncrona, possibilitando a troca de texto, em tempo real, entre duas ou

mais pessoas conectadas em determinado momento.

Videoconferência, que segundo Santos (1998), é uma forma de

comunicação interativa que permite que duas ou mais pessoas que

estejam em locais diferentes possam se encontrar faca-a-face com áudio

e comunicação visual em tempo real. Ferramentas básicas podem ser

utilizadas com este propósito como, por exemplo, o programa de

mensagem instantânea Skype.

41

Audioconferência, sistema de transmissão de áudio recebido por um ou

mais usuários simultaneamente. Disponibilização de arquivos contendo

áudio, textos, imagens ou vídeo. A interação entre os indivíduos ocorre

através de um canal de áudio onde se pode ouvir e interagir, em cursos,

palestras, reuniões, entre outros. Canal de texto, pelo chat em uma sala

virtual, onde os participantes podem contribuir com perguntas, opiniões,

fazendo suas colocações sem atrapalhar a fala do outro que está

falando no momento.

Teleconferência, é todo tipo de conferência em tempo real, envolvendo

transmissão e recepção dos diversos tipos de mídia, com sons e

imagens direto de um local.

4.3 Ferramentas Assíncronas

“São aquelas que independem de tempo e lugar e podem revolucionar

o processo de interação entre professores e estudantes” (LINS, MOITA, 2009).

Tendo como exemplos:

E-mail, que é considerada a ferramenta mais utilizada na Internet e que

permite a troca de mensagens e compartilhamento de informações entre

os alunos e a tutoria: envio e recebimento de textos simples, arquivos de

áudio, planilhas eletrônicas, imagens, anexos (arquivos atachados),

podendo utilizar dispositivos de segurança para criptografar as

mensagens.

Fórum ou Lista de Discussão, ferramenta que permite que se

proponham temas para serem debatidos por alunos, tutores, e

professores. Em alguns AVAs, as inserções de temas por fóruns podem

ser abertos tanto por professores quanto por alunos.

Webblogs ou Blogs - é um diário virtual. Sendo a ferramenta mais

conhecida e utilizada no contexto educativo.

Mural, funciona como quadro de aviso e, geralmente, é utilizado para

envio de informações sobre eventos importantes como, por exemplo,

42

avaliações, prazo de entrega de atividades, datas dos encontros virtuais

ou presenciais, entre outros.

Perfil - é uma página web interna onde cada aluno disponibiliza seus

dados pessoais. O perfil é utilizado para que todos os participantes do

processo de aprendizagem, mesmo estando separados fisicamente,

possam se conhecer.

Biblioteca virtual, ferramenta que possibilita a disponibilização de

materiais complementares para os alunos. Geralmente, este material

pode ser inserido tanto por professores e tutores quanto por alunos.

Portfólio, ferramenta que permite que o aluno registre as suas

experiências, as suas atividades realizadas e as suas reflexões durante

o andamento do curso. Ele pode ser utilizado como instrumento de auto

avaliação para que o aluno possa perceber a sua transformação

cognitiva durante o processo de aprendizagem.

FTP – File Protocolo, é disponibilização e arquivos contendo áudio,

textos, imagens ou vídeo (MEHLECKE, TARAUCO, 2009).

43

CONCLUSÃO

O mundo do trabalho é continuamente formado e transformado pela

influência das novas tecnologias desenvolvidas e aprimoradas pelo homem.

Tecnologias capazes de alterar concepções, estilo de vida e modos de

produção, fazendo com que as sociedades mudem seus modos de ser e agir

buscando constantemente respostas e novos caminhos para acompanhar

estas transformações.

As novas tecnologias de informação e comunicação (TICs) estão

enquadradas nesse cenário descrito e proporcionaram, nos últimos anos,

inúmeras transformações que revolucionaram diversas áreas da vida humana.

A educação, que durante vários períodos de sua história, manteve seu

modelo tradicional de práticas, embasada também nos modelos tradicionais da

sociedade, sofreu mudanças com as novas propostas das tecnologias da

informação e comunicação e desse modo, os papéis dos atores educacionais e

o próprio objetivo da educação passaram a ser questionados.

Com as constantes necessidades de atualizações da mão de obra de

trabalhadores, que necessitam acompanhar estas novas tecnologias, e onde

muitos não têm a oportunidade e condições de ingressarem em uma

universidade, surge a Educação a Distância – EaD – uma vertentes das mais

promissoras da educação.

Atualmente, a EaD tem sido cogitada como possibilidade em inúmeras

instituições de ensino, baseando-se na crença de que permitirá conquistas não

alcançadas pela educação tradicional, atingindo um maior contingente de

pessoas interessadas em atividades educacionais, acessando lugares que a

educação presencial não tem condições de alcançar, com custos mais amenos

e um trabalho mais efetivo.

Para que esse modelo de educação se concretize, o trabalho dever ser

dedicado, bem planejado, bem estruturado e bem executado. E neste processo

de mudança de paradigma educacional, os professores também são

influenciados, surgindo novos perfis de profissionais que irão assumir papéis

44

diferenciados, que incluem desde a gestão administrativa de projetos de cursos

de EaD até a atuação virtual.

Idealiza-se um professor como aquele que está permanentemente

atualizado com o conteúdo de sua matéria, tendo o conhecimento das novas

tecnologias de informação e comunicação, sabendo manuseá-las e utilizá-las

pedagogicamente, deixando de ser um centralizador de informações e sim ter a

capacidade de estimular a autonomia, a criatividade, o raciocínio, a criticidade,

sem perder a capacidade de ser sensível aos ritmos e às expectativas dos

seus alunos.

45

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REVISTAS

Revista Diálogo educacional, Curitiba, v.4, n.13, p.79 a 89, Set/Dez, 2004.

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 1

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 7

SUMÁRIO 8

INTRODUÇÃO 10

CAPÍTULO I

A História da EaD 12

1.1 - A Origem da EaD 12

1.2 – A História da EaD no Mundo 13

1.3 – A História da EaD no Brasil 16

1.4 – Uma Breve História da Educação Superior N Brasil 18

1.4.1 – A Universidade Aberta no Brasil 20

1.4.1.1 – Formação Continuada Docente 21

CAPÍTULO II

A Educação a Distância: Abordando Conceitos 23

2.1 – O que é Educação a Distância (EaD)? 24

2.1.1 – Características da Educação a Distância 25

2.2 – O que é Ensino a Distância? 26

2.3 – O que é Aprendizagem a Distância? 27

CAPÍTULO III

Os Múltiplos Papéis do Professor no Ensino Superior

a Distância 28

3.1 – Docência do Ensino Superior a Distância 29

3.2 – Perfil dos Docentes no Ensino Superior a Distância 30

3.3 – Os Múltiplos Papéis dos Professores na EaD 31

3.4 – O Professor Autor 31

3.5 – O Professor Tutor 32

3.6 – O Professor Planejador ou Designer Instrucional 34

CAPÍTULO IV

Recursos Digitais na Educação a Distância 37

4.1 – Os Ambientes Virtuais de Aprendizagem 37

4.1.1 – Características de Alguns Ambientes

Virtuais de Aprendizagem 37

4.2 – Ferramentas Síncronas 40

4.3 – Ferramentas Assíncronas 41

CONCLUSÃO 43

BIBLIOGRAFIA 45

ÍNDICE 52