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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS- GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE O ESTRESSE NO TRABALHO Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes como condição prévia para a conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Gestão de Recursos Humanos e o objetivo da monografia perante o curso.

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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

O ESTRESSE NO TRABALHO

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como condição prévia para a

conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu”

em Gestão de Recursos Humanos e o objetivo da

monografia perante o curso.

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2 AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar a Deus,

A minha família, em especial a minha mãe, e

principalmente a uma pessoa muito importante que

entrou na minha vida e tem me apoiado em todos os

momentos, ao meu namorado Leonardo Henriques.

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3 DEDICATÓRIA A todos que eu citei em meus agradecimentos.

Todos são muito importantes para mim.

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4 RESUMO

Este trabalho é destinado a empresas que visam ao bem-estar de seus

empregados. Objetivou-se ajudar empresas e trabalhador a entederem o que é

o estresse, a reconhecerem em si os primeiros sinais, e a monitorar seu próprio

nível de estresse, com o fim de cada qual tornar-se capaz de lidar com as

dificuldades e as frustações sem se alterar excessivamente, e adquirir controle

para, em momentos de divergência, minimizar os conflitos inevitávies. É

impossivel evitar, nos dias atuais, em razão da competitividade e da dificuldade

existentes no mercado, que as empresas não criem situações de pressão,

razão por que é importante o empregado aprender a viver com este

procedimento. Como resultado, o trabalhador há de saber até que ponto seu

estresse é saudável e quando começa-lhe a ser prejudicial. Algumas sugestões

de procedimentos de ajuda neste processo são as técnicas de relaxamento,

mudança no hábito alimentar e, também exercícios físicos, para que o

empregado obtenha melhor qualidade de vida. Este assunto abrange questões

relacionadas ao ambiente dew trabalho na empresa e ao bem-estar dos

empregados cuja produção e competência podem ser melhor desempenhadas.

Várias patologias hoje em dia estudadas pela medicina do trabalho tem íntima

correlação com o estresse. O desgaste a que as pessoas são submetidas nos

ambientes e nas relações com o trabalho é fator dos mais significativos na

determinação de doenças

Este trabalho também aponta o estresse em seu nível mais avançado, o

Burnout, como combate-lo ou atenua-lo, e dicas para ter uma vida mais

saudável, apesar do corre-corre diário. Devemos ter em mente que sem

qualidade de vida não teremos Vida.

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5 METODOLOGIA

Os métodos que levam ao trabalho proposto, como leitura de livros,

jornais, revistas , internet, e principalmente se baseando nas pesquisas

bibliográficas de autores renomados.

Ao final da monografia encontraremos anexos utilizados como apoio

ilustrativo do projeto

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6 SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 7

CAPÍTULO 1 - ESTRESSE O MAL DO SÉCULO....................................................... 8

CAPÍTULO 2 - ESTRESSE DENTRO DE EMPRESAS............................................ 15

CAPÍTULO 3 - BURNOUT O ESTRESSE ELEVADO..............................................24

CAPÍTULO 4 - QUALIDADE DE VIDA........................................................................ 33

CONCLUSÃO...................................................................................................................38

BIBLIOGRAFIA................................................................................................................39

ANEXOS............................................................................................................................41

ÍNDICE...............................................................................................................................47

FOLHA DE AVALIAÇÃO...............................................................................................48

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7 INTRODUÇÃO

Este trabalho apresentado em quarto capítulos vem mostrar um mal já

conhecido por muitos que esta em moda nos últimos anos o Estresse. Esta

palavra Estresse já “caiu na boca do povo” e muitos dizem que estão

“estressados”, mas na verdade não sabem o verdadeiro teor deste mal, pois o

estresse, como vem explicando nos capitulos a seguir, pode levar até a morte

em alguns casos extremos como o “Burnout”.

Neste trabalho veremos também definições do tema abordado, seus pontos

negativos , os positivos existentes, bem como dicas para evitar o esgotamento

físico e mental como por exemplo dedicar 30 minutos diários a exercícios.

A intenção deste trabalho acadêmico e de ajudar na conscientização das

pessoas de um modo geral, e principalmente os empresários, que o melhor

seria dar uma melhor qualidade de vida a seus empregados dentro da

empresa, e incentiva-los a manter esta qualidade de vida também fora dela.

O empregado que tem uma vida saudável produz mais e, consequantemente

falta menos ao trabalho. Conscientes desta situação, muitos empregadores

passaram a dar mais atenção à saúde de seus empregados, oferencendo

assistência médica e odontologica por exemplo. Mas isso não é tudo,

programas de qualidade de vida são implantados para conscientizar os

empregados da importância de manter uma boa saúde e, assim, evitar grandes

gastos com estes planos oferecidos.

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8 CAPÍTULO 1

ESTRESSE O MAL DO SÉCULO

O ESTRESSE, o mal-do-século como tem sido chamado, faz parte da

vida de todo ser humano, em maior ou menor grau. Ingrediente indispensável,

fator de desgaste, inimigo da boa qualidade de vida, deteriorador da saúde

emocional e física, mas, quando em excesso, como lidar com ele? Se for um

propulsor, também pode ser fonte de malefícios que, por vezes, são difíceis de

os contornar. Contribuem sobremaneira para o estresse muitas situações

características da contemporaneidade tais como a agitação da vida moderna;

os altos fatores de competitividade presentes desde a infância; a ambição

desmedida; a violência cada vez mais freqüente no cotidiano; e, favorecidos

pela celeridade da tecnologia, o número cada vez maior de informações e as

exigências impostas pelo mercado de trabalho em acompanhá-las, seja no

campo profissional ou no sócio-afetivo, produzem no homem destes tempos

maior pressão e, em conseqüência, às vezes até impedem o desenvolvimento

da própria capacidade para a plena forma. Muito embora todos estes aspectos

negativos, é preciso lembrar-se de que um certo grau de pressão representa

uma vantagem.

Convém, para esta abordagem, repetir algumas afirmações sobre o

estresse.

“Qualquer situação de tensão aguda ou crônica que produz uma mudança no comportamento físico e no estado emocional do indivíduo e uma resposta de adaptação psicofisiológica que pode ser negativa ou positiva no organismo. Tanto o agente estressor como seus efeitos sobre o indivíduo podem ser descritos como situações desagradáveis que provocam dor, sofrimento e desprazer" (MOLINA, 1996, p.18).

“O estresse é uma condição dinâmica na qual um indivíduo confrontado por uma oportunidade, restrição ou exigência relacionada ao que ele deseja e pela qual o resultado é percebido como sendo tanto incerto quanto importante”. (ROBBINS, 1998, p.409),

Os males relacionados ao estresse são considerados um grande

problema porque resultam, tanto para a empresa quanto para o trabalhador,

em baixas perdas incontáveis de dias por faltas ao trabalho; em baixa

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9 produtividade; em decisões equivocadas e via de regra em boa qualidade de

vida reduzida. A condição do mercado de trabalho tão competitivo e

estimulante submete o profissional à pressão, freqüentemente associada ao

local de trabalho, e pode, ao longo do tempo, com prejuízo ao desempenho e à

motivação, levá-lo ao estresse.

A maioria das pessoas lida com o estresse apenas quando já não tem

controle das situações; quando se sente mal ou quando sua auto-estima está

baixa. O ideal, sob estado de pressão, é controlar-se, mesmo quando se está

sentindo bem, confiante em suas habilidades, e de posse do controle da

situação. Com estas condutas, evita-se que a pressão se transforme em

estresse.

Objetiva-se com esta revisão bibliográfica, pesquisar sobre autores cujos

trabalhos e estudos visem a ajudar o trabalhador a entender o que é o

estresse, para que, uma vez esclarecido, possa o trabalhador reconhecer em si

os primeiros sinais do estresse e monitore seu próprio nível. Em sendo assim,

a meta é o trabalhador tornar-se capaz de lidar com as dificuldades e as

próprias frustrações, sem se alterar excessivamente; permanecer calmo e

controlado nas situações de pressão; ter sentimentos positivos mesmo em

condições adversas e não se permitir sujeição à ansiedade e à tensão; lidar

bem com as críticas negativas; saber manter-se sereno nos momentos de

divergência e, por fim, dissipar os conflitos.

Até certo ponto, a pressão é necessária, pois mantém as pessoas

alertas porque representa um desafio. Mas a pressão, sob longo tempo,

marcada por excessivas circunstâncias de exigências cuja imposição de

desempenho vai além dos limites da capacidade natural do trabalhador, gera

ansiedade e perda da confiança em si mesmo. Também assim quando a

expectativa para o que se espera alcançar é muito maior do que a habilidade

que se tem para alcançá-lo. Com esses resultados, a pressão evolui para o

estresse.

A condição para o estresse varia de pessoa para pessoa. O que é

estimulante para alguns pode ser assustador para outros. O estresse depende

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10 mais da disposição do que da posição; é o preço que se paga pela diferença

entre o talento e as expectativas de si próprio.

Existem também, além da capacidade individual, muitos fatores

estressantes, relacionados a influências externas, tais como, para efeito de

exemplo, família, poluição sonora.

A linha entre a pressão saudável e a pressão nociva, é bastante tênue.

Para controlar o estresse, é preciso reconhecê-lo e se deve estar consciente da

própria reação a ele. Quando submetido a um excesso de pressão, perde-se a

capacidade de enfrentá-la, fica-se irritadiço, frustrado, ansioso e tenso.

Pequenos inconvenientes geram uma crise. No entanto, a tensão excessiva, a

insônia e a pressão sanguínea alta são obstáculos para a resolução dos

problemas causadores do estresse. O estresse, cujo tempo de duração é

longo, pode provocar derrames e ataques de coração.

Muitos percebem que sofrem do estresse; mas, às vezes, o aceitam

como parte natural do próprio trabalho e até mesmo se sentem orgulhosos

desse estado. Convém esclarecer que há quem julgue os sintomas também um

sinal de fraqueza, e a “vítima” procura escondê-los; e, evitar o assunto, admitir

que não é capaz de enfrentar o problema é admitir o próprio fracasso.

A forma como se vê o estresse vai determinar a disposição para o

controlar em si mesmo e nos outros. Se, para a pessoa, o estresse é um sinal

de fraqueza ou uma marca distinta, é improvável que faça algo para manter a

pressão sob controle ou para compreender o estresse alheio.

O estresse pode aparecer com os seguintes sinais e sintomas:

1. Uma mudança aparente na personalidade ou no comportamento;

2. Workaholic (Doente pelo trabalho);

3. Sinais de doença física e mental. As mais associadas ao estresse são:

· Tremores ou sensação de fraqueza;

· Insônia

· Tensão ou dor muscular;

· Taquicardia;

· Fadiga fácil;

· Falta de ar ou sensação de fôlego curto;

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11 · Queda de cabelos;

· Sudorese, mãos frias e úmidas;

· Boca seca;

· Vertigens e tonturas;

· Náuseas e diarréia;

· Rubor ou calafrios;

· Polaciúria (aumento de número de urinadas);

· Dor de cabeça;

· Irritabilidade;

· Emotividade acentuada;

· Dificuldade de concentração ou memória prejudicada;

· Dificuldade em conciliar e manter o sono; e

· Tiques nervosos.

· Ansiedade

4. Observar o modo como as pessoas caminham, se movem e se sentam;

e

5. Toxicomania.

Para ROBBINS (1998), as causas e os efeitos do estresse dependem do

momento em que se está vivendo; por isso, em certas ocasiões, determinados

fatores são relevantes, mas não assim em outras. Na lista abaixo, constam

alguns potenciais fontes de estresse:

Pressões no trabalho: relatórios de auditoria; mercado recessivo;

empréstimos de retorno duvidoso ou não pagos; fraudes; preparação de

planos de operação anuais; problemas com sindicatos (trabalhistas);

prazos; desperdícios de tempo; deslocamento casa-trabalho-casa;

problemas de desenvolvimento na careira; ambigüidade de funções;

pagamento; metas e critérios pouco realistas; metas nas quais não

acredita; metas diferentes ou mais difíceis; períodos de trabalho

diferentes ou maiores; ausência de comunicação; interrupções; medo de

ser dispensado; responsabilidade fora de controle; mudanças

tecnológicas.

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12 Fatores de estresse interpessoal: pessoas autoritárias; pessoas que

não respeitam filas; esperas; pessoas incompetentes; conhecer novas

pessoas; preocupar-se com o que os outros pensam.

Pressões sociais e familiares: cônjuge que trabalha demais ou de

menos

interesses diferentes; exigências dos filhos; problemas de dinheiro;

divórcio; morte de pessoas queridas; parentes; relacionamentos

problemáticos; férias/feriados.

Questões ambientais: barulho; poluição; problemas da cidade grande;

ameaça de guerra; multidões.

Esta lista poderia seguir infinitamente, mas cada um vê o mundo de

maneira diferente, e, reafirmando, o que é estressante para alguns não o é

para outros. Certas pessoas vão sempre parecer estressadas, independente

dos problemas que tenham a enfrentar.

HOLMES e RAHE1[1] (1967, apud DUMANI, 2000), em pesquisa sobre a

importância relativa dos acontecimentos para o estresse, consideraram a perda

do cônjuge o evento mais estressante, cuja pontuação foi cem. Todos os outros

acontecimentos foram classificados a partir desse. Os resultados constam da

tabela abaixo.

Para fazer este teste, basta marcar os acontecimentos pelos quais

passou nos últimos doze meses e somar a pontuação, para obter o total.

1[1] HOLMES, T. H. & RAHE, R. H. The SSRS. J. Psychsom. Res, 1967.

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13 Tabela 1 – Classificação da importância relativa dos acontecimentos para o estresse

Classificação Acontecimento Pontuação 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19

20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

32 33 34 35 36 37 38 39

40 41 42 43

Morte do cônjuge Divórcio Separação Final de uma pena de prisão Morte de um familiar próximo Doença ou ferimento grave Casamento Demissão Reconciliação com o cônjuge Aposentadoria Problemas de saúde de pessoa da família Gravidez Problemas sexuais Nascimento de um novo membro da família Reajustes nos negócios Modificações nas condições financeiras Morte de um amigo próximo Mudança para outro tipo de trabalho Aumento na quantidade de brigas com o cônjuge Crédito elevado para compra de moradia Execução de hipoteca ou empréstimo Mais responsabilidade no trabalho Filho/filha saindo de casa Problemas com parentes Realização pessoal importante Cônjuge começa ou pára de trabalhar Entrar ou sair da escola Modificação nas condições da vida Modificação de hábitos pessoais Problemas com o chefe Modificação no horário ou nas condições de trabalho Mudança de residência Mudança de escola Modificação nas atividades de lazer Modificação nas atividades religiosas Modificação nas atividades sociais Crédito baixo para compra de moradia Modificação nos hábitos de sono Modificação na quantidade de reuniões de família Modificação de hábitos alimentares Férias Natal Pequenas infrações

100 73 65 63 63 53 50 47 45 45 44 40 39 39 39 38 37 36 35

31 30 29 29 29 28 26 26 25 24 23 20

20 20 19 19 18 17 16 15

15 13 12 11

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14 Análise dos resultados

Até 100 pontos: Você não está passando por muitas mudanças neste

momento, nem está sob muita pressão por mudanças recentes.

De 101 a 250: Essa posição representa uma quantidade ainda razoável

de pressão; você não deveria estar muito estressado, especialmente se obtiver

uma pontuação mais baixa (mais próxima de 101).

Acima de 250: Você passou por mudanças importantes recentemente, o

que representa uma pressão considerável. Assegure-se de que pode lidar com

essa pressão.

Esses resultados indicam que muitos fatores estão relacionados às

influências externas e não à capacidade individual; e que situações prazerosas

tais como férias e promoções também ocasionam pressão. O estresse tem

muitas fontes: acontecimentos importantes, pequenas irritações e a pressão do

dia-a-dia profissional.(DUMANI, 2000).

O estresse pode comprometer o desempenho; entretanto, um certo grau

de pressão é bom e pode até melhorar o desempenho. A ausência de pressão

pode ser tão nociva quanto o seu excesso (Gráfico 1). Bem gerenciada, a

pressão pode ser favorável.

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15 CAPÍTULO 2

ESTRESSE DENTRO DE EMPRESAS

Impossível seria eliminar todo o estresse que ocorre dentro de uma empresa,

pois a força energética que possibilita o progresso produz também desafio e

luta incessante por qualidade. Mas cabe ao administrador\empresário\líder de

uma empresa garantir que o nível de estresse presente não ultrapasse os

limites do saudável. Quando o estresse é excessivo, dentro de algum tempo a

produtividade sofre quedas, o clima fica tenso e as relações interpessoais

sofrem um impacto negativo.

Desempenho Máximo

Elevado(a) Desempenho Baixo(a)

Baixo(a) Elevado(a)

Pressão

Gráfico 1. Grau de pressão para o nível de desempenho.

Neste gráfico, demonstra-se que, se a pressão não for suficiente, o

trabalho entedia e pode-se perder o foco de atenção. Esse evento é conhecido

como ociosidade. Nessa situação, a tendência é baixar a produtividade e

concentrar-se em tarefas pouco importantes, em detrimento dos objetivos

principais. À medida que a pressão aumenta, aproxima-se do nível de

desempenho ótimo, equivalente em torno de 70/80% do nível máximo.

Condição que ainda permite algum estresse inesperado. Se procurar alcançar

sempre a capacidade máxima, qualquer pressão adicional pode levar ao

Ociosidade Esgotamento

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estágio de esgotamento. No nível ótimo, a produtividade é elevada; há

entusiasmo pelo trabalho; está-se altamente motivado; analisa-se

acertadamente e tomam-se decisões com rapidez. Enfim, há mais capacidade

de lidar com situações difíceis e está mais lúcido e alerta (DUMANI, 2000).

Quando há muita pressão, o desempenho volta a cair. A isso se chama

“esgotamento”. Nessa situação, baixa a auto-estima, piora o poder de análise,

perde-se a concentração e há sentimento de irritação e cansaço. Nos

momentos de dificuldade e frustração, é comum que se emocione e tenha

pensamento negativo.

O organismo também reage ao estresse. Depois de um período

considerável de estresse, fica-se mais suscetível a doenças. Estado que pode

levar a um círculo vicioso; ou seja, uma vez estressado, o desempenho cai e,

com menor desempenho, aumenta o estresse.

Nas situações de estresse, automaticamente o mecanismo de defesa do

organismo entra em ação e se prepara para enfrentar o desafio. No entanto,

essas reações físicas eram mais adequadas séculos atrás, quando eram

freqüentes as ameaças concretas à vida.

Essas reações são conhecidas como fuga/luta. Trata-se do mecanismo

natural do organismo que se prepara para o ataque concreto. Com ele,

prepara-se para a fuga ou para a defesa contra a ameaça. Entretanto,

contemporaneamente, essa reação é constante, mesmo quando não há uma

ameaça física.

Quando se está emocionalmente estável, o organismo também costuma

estar equilibrado. Ao contrário, nas situações de estresse, ocorrem diversas

alterações físicas, tais como o aumento dos batimentos cardíacos e da pressão

sangüínea; a respiração se torna menos profunda e mais rápida, e os músculos

ficam mais tensos; os sentidos também ficam mais aguçados e, além disso, o

sangue sai das extremidades (pés e mãos) e se desloca para os lugares onde

é mais necessário e está mais protegido. Com isso, as mãos e os pés ficam

frios. Mentalmente, fica-se mais alerta: a memória mais eficiente; o poder de

análise aumenta e há rapidez na capacidade de decidir.

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Essas reações ainda podem ser adequadas para os dias de hoje, desde

que se esteja sob ameaça física ou em uma situação altamente competitiva.

Em momentos de crises, as pessoas são capazes de ações sobre-humanas,

que não seriam possíveis em circunstâncias normais.

Nesta época, a maior parte dos estresses não implica perigo físico; mas,

emocional ou psicológico. A ameaça surge na forma de excesso de pressão no

trabalho ou em casa, problemas a resolver no trabalho, poluição, excesso de

barulho, entre outros. O problema é que o organismo reage como se houvesse

uma ameaça física. Trata-se de uma reação nada útil, que pode até provocar

doenças.

As reações às diferentes situações dependem da personalidade. Para

uma pessoa introvertida, a perspectiva de fazer uma apresentação a um grupo

pode ser assustadora. Mas para alguém extrovertido, a idéia pode ser

estimulante. A relação entre estresse e personalidade é complexa.

Existem duas formas de comportamento, conhecidas como Tipo A e Tipo

B. Segundo MEYER, FRIEDMAN & ROSENMAN2[2] (1974, apud MOLINA,

1996) as pessoas Tipo A tendem a ser mais agressiva, mais ciente do tempo e

da energia e altamente competitivas. Nas situações em que mostram esse tipo

de comportamento, elas produzem quarenta vezes mais cortisona, o fluxo de

sangue nos músculos é três vezes maior e liberam quatro vezes mais

adrenalina do que as pessoas Tipo B. O aumento, resultante dos níveis de

colesterol e da pressão sanguínea, representa uma enorme sobrecarga para o

coração.

Característica Tipo A:

- Impaciente. Estabelece muitos prazos para fazer as coisas, com

freqüência pouco realista.

- O modo de falar tende a ser marcante, agressivo e rápido. Entedia-se

facilmente e costuma gostar de fazer várias coisas ao mesmo tempo.

2[2] MEYER, FRIEDMAN, ROSENMAN. Type A behavior and your heart. New York, Knopf, 1974

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18 - Tem dificuldade para relaxar ou sente-se culpado quando relaxa.

- Tende a ser agressivo e competitivo.

- De um modo geral, é ambicioso e está disposto a trabalhar muitíssimas

horas para alcançar o sucesso.

- Estabelece metas ousadas para si mesmo e para os outros.

- Tem tendência à ansiedade, mas pode ter bastante habilidade para

“escondê-la” dos outros. Tende a ignorar seus próprios sinais de

estresse.

Características Tipo B

São, de uns modos gerais, contrários ao Tipo A.

- Tende a ser calmo, relaxado e positivo.

- Parece não ter pressa e não demonstra hostilidade.

- Costuma participar de atividades esportivas para se divertir e não

apenas para ganhar. Tem facilidade para relaxar.

Poucos têm todas as características de um tipo ou de outro. Na verdade,

todos têm traços de ambos os tipos, em diferentes ocasiões, mas é preciso

estar atento ás reações do Tipo A e aprender a modificar o comportamento

para controlar o estresse.

Em termos gerais, já se referendaram as causas e os efeitos do estresse

como ele pode afetar a saúde.

“A maioria das formas de tratamento não enfoca a eliminação das causas reais do estresse, das ansiedades e dos conflitos psicológicos; fontes profundas e estresse e ansiedade que estão presentes ou derivam de conflitos emocionais profundos do indivíduo não são atingidas pela maioria das formas de tratamento; a causa que tem origem no meio ambiente do indivíduo tampouco são eliminadas por essas formas de terapia. Já que o indivíduo, nessas circunstancias, não é capaz de eliminar os fatores, delinear seus efeitos e ensinar o paciente a encará-los de outros ponto de vista; se um indivíduo é portador de ansiedade e alguma percentagem de estresse, a melhor forma de tratamento seria ensiná-lo a reconhecera ansiedade, a fonte deste distúrbio é a melhor forma de lidar com ela. Em qualquer forma de tratamento de estresse, é importante considerar a presença de outros fatores, coadjuvantes e potencializadores: depressão, ansiedade e distúrbios psicológicos. Dessa maneira, encaminhar pacientes. para avaliação e terapia psicológica faz parte da abordagem”. MOLINA (1996, p.299).

Existem diversas áreas em que se pode e deve atuar, mas antes é

preciso monitorar o próprio estresse. Às vezes, é possível eliminar o fator de

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estresse, isto é, a causa; outras vezes, não se pode eliminar a causa, mas a

maneira como se sente a respeito dela. Deve-se procurar o aspecto positivo

em todas as situações; aumentar a resistência global ao estresse, com

relaxamento, exercício e alimentação correta.

“Dê-me à coragem de mudar o que pode ser mudado, a serenidade para

aceitar o que não pode ser mudado e a sabedoria para reconhecer a diferença”

(Cardeal Newman).

Em resumo, tudo o que se julgar favorável para combater o estresse,

deve-se fazê-lo. Na impossibilidade, é prudente despreocupar-se ou mudar a

maneira como se sente a respeito disso.

Ao se desconhecer que se padece de estresse, nada se pode fazer a

combatê-lo. A consciência representa 90% da cura, e fator determinante para

cada qual controlar seu próprio nível de estresse. Uma maneira é, por alguns

minutos durante o dia, aperceber-se de seu estado e auto-avaliar o nível de

bem-estar; e, em caso da resposta ser negativa, há que se descobrir à razão

do estresse e decidir-se por uma conduta favorável à melhora do estresse.

Estima-se que o simples fato da autoconsciência de seu estado estressante é

condicionante à eliminação da maior parte das reações ao estresse.

Para eliminar as causas, é preciso, em algumas ocasiões, decidir-se por

uma contra-reação à fonte de estresse. Pode ser algo que se vem adiando

porque não se quer fazê-lo, mas continua na memória e é causa de irritação.

Entretanto, se terminada a tarefa, a pressão desaparece. Essa razão justifica a

importância da conduta pelo não adiamento de tarefas. Com efeito, grande

parte do estresse é o acumulado de pequenos e indesejados acontecimentos

que, somados, resultam em esgotamento; contudo e apesar disso, o menor

acontecimento desprazeroso pode ser o bastante para desencadear uma crise.

Para evitar situações extremadas, é prudente bem gerenciar o tempo, com o

estabelecimento de prioridades e rigor nas ações.

Deve-se aprender a dizer “não” às tarefas que não são para si ou que são

passíveis de outros realizá-las. Não se envolver em crises e problemas alheios

é o que convém. Sempre que possível, delegar mais do próprio trabalho é

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prudente. Agindo assim, certamente com mais tempo para se concentrar nas

prioridades, também há de se evitar que a pressão se acumule ao longo do dia.

Segundo DUMANI (2000), para modificar para melhor o modo como um

se sente, basta utilizar-se de algumas técnicas, abaixo descritas:

1) Pensamento positivo: tentar enfatizar aspectos positivos das situações, para

reduzir os negativos, basta ter senso de humor. A atitude positiva é contagiosa;

pessoas positivas inspiram alegria em outros. É de extrema importância

permanecer positivo até nas situações difíceis, para não se deixar levar pelos

pensamentos negativos. Assim:

· depois de um contratempo, a ordem é procurar algo positivo em que

concentrar os pensamentos;

· Fazer do que gosta. Permitir-se algum luxo para que se senta melhor;

· Assegurar-se de que o diálogo interior seja positivo.

2) Antecipar-se aos acontecimentos: de fato, a maior freqüência ao estresse se

dá pelo sentimento de antecipação dos acontecimentos do que pela realidade

concreta. Ao se preocupar, convém auto-análise do diálogo interior. Assim, há

que se preparar para ele; vivê-lo na mente. Maioria das vezes, o sofrimento

antes, ao se antecipar um acontecimento, é mais estresse do que durante.

Um certo grau de pressão e um pouco de nervosismo podem ser

benéficos e ajudam ao alerta e concentração na tarefa. Mas, se os

pensamentos forem negativos, é prováveis maiores chances de o resultado ser

negativo do que se os pensamentos forem positivos.

3)Não perder o humor: o senso de humor ajuda a apreciar o lado mais leve da

maioria das situações. Isso assegura que não se deve dar muita atenção aos

aspectos negativos. Assim como a raiva e a tensão podem elevar a pressão

sangüínea e a dores de cabeça, rir relaxa e diminui a tensão.

4) Despreocupar-se: a preocupação com um problema nunca é a solução;

apenas dificulta a resolução. Quando se está preocupado, há tensão e

dificuldade de concentração para resolver os problemas. Na impossibilidade de

sozinho os resolver, convém pedir ajuda a uma pessoa de confiança;

compartilhar ajuda a sentir-se melhor, mesmo ao não se encontrar solução.

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De acordo com DAVIS (1996), para se resistir ao estresse, basta utilizar-

se de técnicas de relaxamento; fazer alimentação saudável e exercitar-se

fisicamente. Mudanças fundamentais como estas e por longo prazo no estilo de

vida é a recomendação, pois se trata de algo mais complicado e não se espera

que o comportamento seja modificado da noite para o dia. O importante é fazer

mudanças pequenas e duradouras.

1)Relaxamento: é uma forma de reduzir o estresse e a tensão. Se adequado,

diminui a freqüência cardíaca e respiratória, normaliza a pressão sangüínea e

diminui a ansiedade. Ajuda a dormir melhor à noite, aumenta a capacidade de

concentração, direciona a atenção e contribui para atitudes mais positivas em

relação ao trabalho e à vida em geral. Em longo prazo, ajuda a manter a

estabilidade emocional e aumenta o autocontrole.

A seguir, algumas maneiras para relaxar: tentar dedicar-se a diferentes

atividades ou hobbies para afastar o estresse, tais como cuidar do jardim, ouvir

música, ler, pintar, entre outras. O lazer por qualquer atividade prazerosa pode

desviar do pensamento fatores estressantes. Em lugar da obrigatoriedade e da

necessidade, dedicar-se voluntariamente a uma atividade, o relaxamento é

automático.

2) Respiração: se o estresse advém do trabalho, fazer alguns exercícios de

respiração profunda ajuda a minimizá-lo. Fazê-los é fácil: encher todo o peito

de ar e não somente a metade superior. É preciso soltar-se e respirar

livremente, a partir do diafragma (é o estômago que sobe e desce, e não o

peito). Inspirar e expirar devagar, assegurar-se de que os pulmões estão sendo

completamente enchidos. Desenvolver estas atividades por alguns minutos e

manter a respirar no mesmo ritmo é o procedimento indicado.

3) Nutrição: certos alimentos e bebidas aumentam os níveis de colesterol e de

lipídeos ou provocam flutuações nos níveis de glicose no sangue com o

estresse, o corpo passa por transformações químicas; algumas possivelmente

prejudiciais, a não ser que se tome certos cuidados. A pressão sangüínea e o

nível de colesterol sobem; o sangue se coagula com mais facilidade e a

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digestão ficam mais lentas. Esses fatores podem aumentar o risco de doenças

e acentuar o grau de estresse.

Para quem gosta de tomar café, convém atenção, pois a cafeína,

substância encontrada no café, é um estimulante que dispara a síndrome da

luta/fuga. Já é comprovado que o café aumenta os níveis de colesterol de

forma significante. Mas não é só no café que a cafeína é encontrada, ela pode

ser achada em chás, refrigerantes e chocolates, embora em concentrações

mais baixas.

Outra substância que sobrecarrega o organismo é o álcool, um veneno

para o fígado cuja necessária metabolização protege a vida da pessoa que o

ingeriu. Além disso, o álcool é um carboidrato e a maioria das bebidas

alcoólicas contém pouco ou nenhum valor nutricional. O que significa que as

bebidas alcoólicas para o estressado agravam uma possível obesidade.

O açúcar refinado também é estressante para o pâncreas, que precisa

manter os níveis de glicose no sangue dentro dos limites. Este tipo de açúcar

não tem valor nutricional e é transformado pelo organismo rapidamente em

gordura.

O sal aumenta a pressão. É do conhecimento de todos que basta uma

pequena quantidade, pois o excesso dele pode ser muito prejudicial. Por isso é

aconselhado não acrescentar sal aos alimentos.

Outra substância prejudicial é a gordura saturada; encontrada em carnes

e em laticínios, por elevar os níveis de colesterol no sangue e também os de

outros lipídeos prejudiciais contribui para o aumento de estresse no organismo.

Pelo fato de cada pessoa ser única, a reação ao estresse varia muito de

uma para outra pessoa. Algumas recorrerem ao cigarro; outras, ao álcool e há

quem abuse da comida. Estes comportamentos além de nocivos e de não

resolverem o problema também provocam mais estresse.

4) Exercício: fazer exercícios regularmente aumenta a resistência ao estresse.

O exercício melhora o condicionamento cardiovascular, tonifica os músculos,

aumenta a mobilidade e melhora a coordenação motriz. E ainda é também uma

forma de descarregar a energia acumulada na forma de estresse.

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Algumas dicas de modalidades de exercícios físicos são: caminhar,

praticar yoga, pilates ou outro esporte de sua preferência. Natação também é

muito bom por ser o esporte mais completo, mexe-se com todos os músculos e

com a respiração cardiovascular.

Algumas recomendações para quem quer se exercitar:

· Exercitar-se regularmente, três a quatro vezes por semana,

durante vinte ou trinta minutos, melhoram o condicionamento

físico;

· Variar o tipo de exercício, para mexer com diferentes grupos

musculares e se exercitar de forma equilibrada;

· Após os exercícios, alongar-se para facilitar à eliminação das

toxinas acumuladas e a desacelerar o coração.

É bem de novamente referir sobre a necessidade de um estar sob leve

pressão, para a melhor performance do desempenhar, mas, submetido à

pressão excessiva ou à falta dela, evolui o estado do indivíduo ao estresse. O

ser humano está sujeito a vários tipos de pressão no trabalho e em casa, e a

tolerância ao estresse varia de pessoa para pessoa.

Certas situações estressantes podem ser duradouras e causam doenças

cardiológicas e até neurológicas. Mas existem atitudes e comportamentos que

podem controlar a pressão e o estresse.

Ao planejar o próprio trabalho, utilizando-se do tempo, segundo a melhor

forma possível, e com rigor estabelecer as prioridades, é possível eliminar

alguns fatores de estresse. Há situações em que não há como se isentar do

estresse, mas pode-se considerá-las de uma forma mais ponderada e,

portanto, tranqüila.

É possível aumentar a tolerância ao estresse com relaxamento,

alimentação saudável e exercícios físicos, assim o organismo é capaz de lidar

com a pressão sem que ela se transforme em estresse.

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CAPÍTULO 3 BURNOUT – O ESTRESSE ELEVADO

O que é Burnout?

Simplificando ao máximo sua definição, podemos dizer que Burnout é o nível

mais avançado do estresse, aquele em que a capacidade da pessoa de lidar

com os percalços do dia-a-dia se esvaiu. Em inglês Burn significa “queimação”

e out quer dizer “fora”. Ou seja, é aquele estado em que a energia (queimação)

do sujeito foi para o espaço. Ele não tem mais ânimo nem para levantar da

cama para ir trabalhar, sente que isso é um mártirio, aumentando assim o

absenteísmo. A auto-estima deste individuo torna-se muito baixa e até

atividades banais exigem esforço sobre-humano. Trata-se de um quadro

parecido com a depressão.

O estresse está associado a uma infinidade de doenças, e , quando chega à

fase do Burnout, as chances de o organismo sucumbir aumentam bastante. O

estresse relacionado ao trabalho pode influir em praticamente qualquer

enfermidade. Ele está direta ou indiretamente relacionado às seis principais

causas de morte no mundo. São elas:

· Doenças do coração;

· Câncer;

· Enfermidades do pulmão;

· Acidentes (devido a falta de atenção);

· Cirrose ;

· Suicídio.

E já está provado que o estresse prolongado também enfraquece o sistema

imunológico.

Ainda não há evidências de que o estresse crônico possa ser uma das

causas do câncer. Mas há cada vez mais pesquisas associando os dois

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males. O médico americano Carl Simonton, um dos maiores especialistas

mundiais na doença, comprovou em estudos que a pessoa que passa por

uma grande perda (evento dos mais estressantes), tem boas chances de

desenvolver um tumor num período de seis a dezoito meses depois. Neste

caso, a enfermidade estaria associada ao abatimento e à depressão – duas

características típicas do Burnout.

Não só as reações fisico-quimicas que arrasam o corpo , levam à fase

Burnout. As pessoas acometidas pela síndrome tendem a adotar péssimos

hábitos. A preocupação com a alimentação, se é que existia, some por

completo. O “doente” passa a comer demais – ou de menos. Se já fumava,

o estressado vira uma “chaminé”. Outras ameaças que rondam o

esgotamento são o alcoolismo e o uso das drogas ilícitas.

Ainda desconhecido nas empresas, o Burnout é a face mais perversa do

estresse e pode levar ao suicidio. É preocupante: a síndrome aflinge nada

menos que 30% dos executivos brasileiros, e uma estatística alarmante, o

Burnout atinge 72% dos executivos americanos (mais do que 70% do Brasil),

mas só 20 % deles chegaram à fase de esgotamento. A diferença está na

cultura e educação, pois os americanos tem uma auto-estima bem maior do

que a dos brasileiros, conseguindo assim lidar melhor com o estresse.

Há situações em que várias pessoas trabalham sob a mesma pressão e

apenas uma chega ao Burnout. O nível de estresse depende muito de como a

pessoa lida com os problemas.

Não existe fórmula para ser autoconfiante, mas algumas medidas básicas

ajudam. Capacitar-se ao máximo, por exemplo, ajuda o indivíduo a enfrentar

um ambiente caótico de cabeça erguida. É importante que as pessoas parem

mais para refletir sobre as mudanças que ocorrem em volta delas e aprendam

a planejar melhor suas carreiras, traçar metas realistas é fundamental.

Os perfis profissionais mais propensos a desenvolver a síndrome:

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· Pessoas competitivas, esforçadas, impacientes, com dificuldade de

tolerar frustações e necessidade de ter o máximo de controle sobre a

própria carreira. Qualquer obstáculo para esse tipo, é um verdadeiro

desastre.

· Os perfeccionistas também são vitimas fáceis do burnout. Lidam mal

com o erro e são autocríticos ao extremo. Uma sucessão de dificuldades

e erros pode deixá-los arrasados.

· Alvos certeiros são os pessimistas e as personalidades mais passivas.

Pergunta bem prática para um diretor de recursos Humanos que ainda está

se familiarizando com o conceito de Burnout: Como um funcionário

esgotado irá tratar os clientes?

Qualquer profissional pode chegar a um estado de estresse crônico ao

longo da vida. Mesmo os profissionais que lidam bem com as pressões do

dia-a-dia, como os autoconfiantes, podem se axaurir, caso não tenham

momentos para relaxar. Manter um relacionamento saudável com a familia

e os amigos também é uma boa tática para livrar-se do esgotamento.

Talves o ambiente de trabalho tenha se modificado e acompanhado o

avanço das tecnologias com mais velocidade do que a capacidade de

adaptação dos trabalhadores. Os profissionais vivem hoje sob continua

tensão, não so no ambiente de trabalho, como também na vida em geral.

O desgaste emocional a que pessoas são submetidas nas relações com o

trabalho e fator muito significativos na determinação de transtornos

relacionados ao estresse, como e o caso das depressões, ansiedade

patológica, pânico, fobias, doenças psicossomáticas, etc. Em suma, a

pessoa com esse tipo de estresse ocupacional não responde a demanda do

trabalho e geralmente se encontra irritável e deprimida.

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27 RH e o Burnout

Fatores relativos à organização do trabalho que podem ocasionar estresse e, posteriormente, o

burnout

- Excesso ou falta de trabalho

- Pouco tempo para terminar as tarefas de modo satisfatório

- Descrição pouco clara do trabalho, função ambígua

- Falta de reconhecimento por parte da empresa

- Pouco feedback

- Impossibilidade de expor as queixas

- Muitas responsabilidades, mas pouca abertura para tomar decisões

- Relações conflituosas

- Sensação de injustiça

- Exposição a preconceitos em função de sexo, idade, raça

- Assédio moral e sexual

- Condições de trabalho desagradáveis ou perigosas

- Não poder dispor, no trabalho, dos talentos e das habilidades pessoais

- Risco de que um pequeno erro ou uma desatenção momentânea tenha

conseqüências desastrosas

- Falta de horários definidos, trabalho por turnos

- Instabilidade no emprego, risco de demissão

- Pouca perspectiva de progresso dentro da empresa

Fontes: Relatório da União Européia sobre Doença Mental e Trabalho e o livro Stress e Trabalho,

de Ana Cristina Limongi França e Avelino Rodrigues.

Os especialistas divergem sobre como tratar o profissional com Burnout.

Alguns acreditam que ele pode continuar trabalhando, outros defendem a

interrupção imediata das atividades. Por incrivel que pareça, a síndrome

está listada no rol de doenças relacionadas ao trabalho do Ministério da

Saúde. Ou seja, em tese, o funcionário pode tirar a licença remunerada

para curar o burnout. No entanto, não adianta nada a pessoa voltar à ativa

nas mesmas circunstâncias de antes. Afinal, o esgotamento é causado

principalmente por fatores externos, e as chances de o “doente” sofrer uma

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recaída novamente no futuro são consideráveis. E é muito comum o uso de

medicamentos antidepressivos.

Saúde em baixa

Segue uma breve lista dos males que podem ser causados pelo estresse.

Lembrando: o burnout é a fase mais adiantada do estresse, e, quando o sujeito

chega a esse estágio de esgotamento, os efeitos no organismo são ainda

piores.

Doenças cardiovasculares – Tanto as reações físico-químicas quanto os

hábitos do estressado sobrecarregam o organismo e aumentam o risco de

enfarte e derrame;

Diabetes – A liberação extra de açúcar no corpo pode favorecer o surgimento

da enfermidade;

Câncer – Uma pesquisa nos EUA descobriu que o estresse pode ser um dos

causadores do câncer na próstata. Além disso, a baixa imunidade facilita o

aparecimento de tumores;

Alcoolismo e uso de drogas ilícitas – O indivíduo esgotado sente

necessidade de se anestesiar. O alcoolismo é o principal causador da cirrose;

Doenças do pulmão – O corpo estressado respira mais rápido. Com o tempo,

esse efeito sobrecarrega o sistema respiratório. E mais: o fumante com

estresse consome muito mais cigarros por dia;

Descalcificação dos ossos – A baixa imunidade reduz a função reparadora

do organismo;

Baixa neurogênese – O estresse crônico reduz a produção de neurônios no

cérebro (produção esta que prossegue durante toda a vida, conforme

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descoberta recente da medicina). Resultado: menor capacidade de memória e

de aprendizado;

Suicídio – Os sintomas do burnout são parecidíssimos com os da depressão;

Karoshi – Como foi batizada a morte súbita, em virtude do excesso de

trabalho, no Japão. Em geral, os motivos do óbito são enfarte ou derrame;

Reações psíquicas e comportamentais mais comuns no burnout

- Falta de atenção e de

concentração

- Alterações de memória

- Lentidão do pensamento

- Sentimento de alienação

- Impaciência

- Solidão

- Sensação de impotência

- Mudanças bruscas de humor

- Baixa auto-estima

- Desânimo, depressão

- Desconfiança, paranóia

- Negligência

- Comportamento de

alto risco

- Irritabilidade, agressividade

- Tendência ao isolamento

- Perda de interesse pelo

trabalho

- Absenteísmo

- Ironia, cinismo

- Sensação de onipotência

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A seguir o questionário auto administrado, constituído por ítens em forma

afirmativa, sobre os sentimentos e atitudes do profissional em seu trabalho.

Responda aos ítens abaixo usando 3 = concordo, 2 = indiferente e 1 = discordo

Sinto-me sobrecarregado mesmo quando não estou trabalhando 3 2 1

Sinto-me constantemente cansado e desmotivado 3 2 1

Sinto que o meu dia-a-dia tem mais custos do que benefícios 3 2 1

Tenho adoecido com freqüência 3 2 1

Acho que meu desempenho está insatisfatório 3 2 1

Tenho me isolado dos meus familiares e amigos 3 2 1

Estou sempre deprimido 3 2 1

Freqüentemente me sinto irritado e impaciente 3 2 1

Minha vida sexual se tornou uma tarefa a cumprir 3 2 1

Tenho tido dificuldade para dormir ou pesadelo 3 2 1

Noto que a falta de concentração tem prejudicado meu trabalho 3 2 1

Às vezes, tenho a impressão de que estou em uma “rua sem saída” 3 2 1

Avaliação

Até 14 pontos

Parabéns! Você está lidando muito bem com suas demandas e pressões, seja

por não se sentir muito exigido no momento ou por possuir técnicas eficientes

para lidar com elas. Precavenha-se de problemas futuros, adotando um estilo

de vida saudável e cultivando seus relacionamentos pessoais.

De 15 a 25 pontos

Atenção! Você é um candidato em potencial para sofrer um burnout. Reavalie

as situações que estão lhe causando demandas excessivas. Mude o que puder

e adapte-se ao que não tiver controle para mudar. Reformule o seu estilo de

vida, integrando uma alimentação saudável em intervalos regulares, exercite-se

pelo menos três vezes por semana, por 20 minutos, e pratique alguma técnica

de relaxamento, como a respiração abdominal.

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31 Acima de 25 pontos

Alerta total! Você está sofrendo de burnout. Siga as mesmas orientações acima

e planeje algumas mudanças na sua vida em geral. Determine o que mais lhe

aflige e comece lidando com uma situação de cada vez, para não se

sobrecarregar ainda mais física e emocionalmente. Busque o apoio de

familiares e amigos, invista em atividades de lazer e avalie a possibilidade de

ter alguma orientação profissional antes que “a corda rebente”.

Fonte: Ana Maria Rossi, presidente da International Stress Management

Association no Brasil (Isma-BR).

A maior arma no combate à exaustão profissional (Burnout) é a

prevenção.

Foram desenvolvidas algumas medidas a serem adotadas na prevenção da

doença:

· Identificação dos agentes: os agentes estressores podem ser a

empresa, como um todo, o trabalho que se executa, o chefe, um colega

de trabalho, etc.

· Avaliação das mudanças possíveis implementadas: uma vez

identificados os agentes, planejar e executar as mudanças possíveis. O

que não for possível exigirá uma melhor adaptação do individuo.

· Estabelecer limites – ajudar os colegas de trabalho pode ser louvável,

porém deve-se estabelecer limites para não prejudicar o andamento de

seu próprio trabalho.

· Definições de prioridades – Ao chegar ao local de trabalho, definir as

prioridades do dia, não perdendo muito tempo com tarefas que podem

ser procrastinadas sem maiores consequencias.

· Prioridade da vida – Famíilia, estudos, trabalho – o que vem primeiro?

Questionar se itens pessoais importantes tem recebido a devida

prioridade ou tem sido relegados a segundo plano.

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· Não sobrecarregar a agenda – Manter uma flexibilidade nos horários

agendados para atender às emergências que surgem no trabalho.

· Aproveitar os momentos de descanso – Evitar falar ou pensar em

assuntos do trabalho nos momentos de descontração.

· Cuidar de sí próprio: Praticar exercícios, esportes ou meditação, uma

destas atividades todos os dias.

Enfim, Objetivar a Qualidade de Vida.

Exemplo de empresas que já estão com programas de qualidade de vida

Mercedes Bens

Ford Brasil e Argentina

Compaq

Laboratório Sincotron

Motorola

Infraero

IBM do Brasil

Eternit

Olivetti

Cia de cigarros Souza Cruz

Estas empresas estão utilizando métodos de palestras, relaxamento, profilaxia,

administrando cursos, e ate um disque estresse, que possibilita ao empregado

uma chance de parada naqueles momentos mais estressantes do dia.

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CAPÍTULO 4

QUALIDADE DE VIDA

Empresas brasileiras estão descobrindo que seu principal capital é o ser

humano, e cultivar seu bem-estar pode ser lucrativo em todos sentidos.

Em 1970, especialistas começavam a apontar o trabalho como um meio no

qual as pessoas se mantem na situação de estresse mais freqüente. Naquele

ano, o cientista norte americano Herbert J. Freudenberger, Ph.D., classificou

como síndrome de burnout – “a vela que se apaga lentamente” – o estresse

crônico a que pode chegar um profissional em constante tensão no meio

laboral.

Desde então, vários profissionais de psicologia, das diversas áreas da saúde,

de administracao de empresas e de recursos humanos tem se debruçado

intensamente em estudos na tentativa de evitar que o embate ser humano

versus trabalho acabe gerando mais prejuízos que benefícios para o homem.

Segundo Sonia Maria Wallau, autora do livro Estresse laboral e síndrome de

burnout, 2003, define qualidade de vida no trabalho de acordo com a noção

contemporânea de qualidade de vida. Essa noção e a sensação de bem-estar

do individuo quando ele possui recursos para satisfazer suas próprias

necessidades e desejos. Segundo ela, dentro do nosso modelo capitalista,

globalizado e competitivo de civilização qualidade de vida so será conseguida

em plenitude se a pessoa usar seu “ registro próprio”, ou seja , se conseguir

imprimir sua própria marca e idêntidade ao que faz, com autonômia e

liberdade. “caso contrario, o trabalho gera sensação de insatisfação e

inferioridade, e daí temos o estresse laboral. Qualidade de vida e respeitar os

próprios limites e isto inclui trabalho.”

Qualidade de vida no trabalho tende a ser vista como luxo e utopia em paises

pobres e com alto índice de desemprego.

Alguns consideram que a utilização de ações e programas de qualidade de

vida no trabalho cresceu nos últimos cinco anos. Dois fatores parecem ter

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contribuído para esse aumento. A grande aceitação do ideal de ócio criativo,

teoria do filosofo italiano Domenico de Masi baseada na simultaneidade entre

trabalho, lazer e estudo, e o status das diversas categorias do certificado ISO

9000 conferido as empresas. Hoje há uma disputa pelo selo de qualidade e sua

conquista inclui melhor atenção as políticas de qualidade de vida para os

trabalhadores.

Dentro da empresa, o responsável por sinalizar este caminho da saúde e o

psicólogo. As empresas já descobriram que um alto índice de doenças e de

queixas ambulatoriais entre seus empregados redunda, estatisticamente, em

afastamento e queda de produção. Essas queixas diminuem na mesma

proporção em que os indivíduos envolvem-se consigo proprios e

conscientizam-se da relevância de seu bem-estar.

Qualidade de vida significa muito mais que apenas viver, pois muitas pessoas,

mesmo as mais ricas e bem sucedidas no trabalho, as vezes tem uma

qualidade de vida péssima.

Pesquisas realizadas no Brasil mostram que grande número de executivos,

embora muito bem financeiramente, não usufruem boa qualidade de vida.

O Viver bem se refere a ter uma vida bem equilibrada em todas as áreas.

Para uma boa qualidade de vida e necessário adquirir certos hábitos na vida

como

· Fazer exercícios físicos – quando nos exercitamos por 30 minutos ou

mais, nosso corpo produz uma substância chamada “beta endorfina” que nos

da uma sensação de tranqüilidade e bem-estar. Quando se esta atravessando

momentos difíceis o exercício físico, seja ele ginástica, pular corda, caminhar,

dançar, etc., nos ajuda a atingir uma sensação de bem estar e calma.

· Estabilidade emocional – é importante manter uma atitude positiva

perante a vida, procurando sempre ver o lado bom das coisas.

Deve-se reservar alguns momentos para reflexão sobre nossas prioridades,

naquilo que queremos alcançar de fato na vida.

Muitas vezes nos perdemos em detalhes sem importância deixando de lado

coisas realmente relevantes.

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Controlar a pressa, a corrida contra o relógio também e importante, além disso,

se recomenda que a pessoa passe a curtir o processo do “Ser”, do “Existir” em

si, em vez de só se preocupar com o “fazer”.

· Alimentação – e importante repor as enegias, vitaminas e nutrientes que

são utilizados nos momentos de maior estresse. E indicado comer bastante

verduras, de preferência cruas ou só feitas a vapor.

· Relaxamento – quando estamos tensos precisamos de alguns

momentos de descanso, a fim de nos recuperarmos do dia. O relaxamento

como o de exercícios de respiração, yoga, relaxamento muscular, música,

filmes, bate-papo ou leitura, ajuda a eliminar o excesso de adrenalina

produzida e restabelece a homeostase interna do organismo.

· Mude a rotina – periódicamente, quebre a rotina e explore coisas novas.

Tire ferias, mesmo que seja por uma semana.

· Peça ajuda – Reconheça quando precisa de apoio de amigos e

familiares. Falar sobre problemas com outras pessoas pode aliviar tensões

emocionais e levar a soluções que, as vezes, você não consegue enxergar

sozinho.

· Seja paciente – Compreenda que o progresso da sua saúde pode levar

tempo, mas ajuda a reduzir a ansiedade e o estresse.

Há estudos que dizem que a ingestão de vitamina C inibe a liberação de

cortisol, hormônio que favorece o estresse. Essa vitamina hidrossolúvel deve

ser ingerida, preferencialmente, em jejum e acompanhada de água.

Desta maneira, a fadiga muscular causada pelo estresse será melhor

combatida já que outros líquidos, como o leite integral, que contém gorduras

em sua composição, dificultam a absorção de vitamina C pelo organismo.

Vários alimentos ajudam o organismo a repor as perdas de vitaminas e

minerais e, com isso melhoram o estresse e devolvem a vitalidade. As

principais reposições de que o organismo necessita são vitaminas do complexo

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36 B, vitamina C, sódio, zinco, potássio, ferro, magnésio e cálcio.

Acerola: Vitamina C, potássio, zinco

Banana: Vitamina C, potássio

Batata: Vitamina C, vitaminas do complexo B, potássio

Brócolis: Vitamina C

Cenoura: Potássio

Couve: Vitamina C, vitaminas do complexo B, potássio, sódio, cálcio, zinco

Feijão Preto: Vitaminas do complexo B, ferro

Germe de Trigo: Vitaminas do complexo B, cálcio, ferro, potássio, zinco

Laranja: Vitamina C, potássio

Lentilhas: Vitaminas do complexo B, cálcio, ferro, zinco

Maracujá: Vitamina C

Morango: Vitamina C, ferro, zinco

Pêssego: Ferro, potássio

Pimentão: Vitamina C, vitaminas do complexo B

Atualmente, percebemos que as pessoas estão mais atentas ao próprio estilo

de viver e questionam mais a Qualidade de Vida, com isso estão procurando

aprender a manter o equilíbrio no dia-a-dia, buscando sempre melhorar o

processo de interiorização de hábitos saudáveis, aumentando a capacidade de

enfrentar os desafios impostos, vivendo, assim, mais consciente e harmônico

em relação ao meio ambiente, às pessoas e a si mesmo. Em contrapartida, as

organizações perceberam esse movimento e decidiram investir em Programas

de Qualidade de Vida, proporcionando aos seus empregados melhores

condições de saúde e felicidade, contribuindo para o aumento do desempenho

e produtividade organizacionais. Dentro deste contexto, as Terapias

Alternativas - técnicas que tratam o ser humano de forma global, promovendo o

equilíbrio entre Mente, Corpo e Espírito - estão ganhando cada vez mais

espaço no ambiente organizacional. Ao levar estas Terapias até às

organizações, estamos contribuindo para a mudança de hábitos e

comportamentos que muitas vezes o dia-a-dia atribulado contribui para que

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nosso bem estar fique em segundo plano. É sabido que trata-se de um trabalho

de semear e regar a "plantinha" da sensibilização e da conscientização para

que a transformação ocorra. No entanto, este é o caminho, pois as empresas já

perceberam que o indivíduo feliz e harmonizado é um verdadeiro agente de

mudanças, é integrador, é motivado, é produtivo e isto resulta em um ambiente

saudável, alegre e, como conseqüência, ocorre a melhoria na qualidade dos

produtos e serviços oferecidos aos clientes.

Os dez mandamentos para a prevenção do estresse

1. Viver somente o dia de hoje

2. Tentar esquecer o que passou

3. Não se angustiar, quando não atinge a perfeição

4. Gastar somente apos ganhar

5. Fazer três refeicoes ao dia

6. Fazer exercícios 30 minutos ao dia

7. Deitar mais cedo

8. Tomar sol de preferência pela manha

9. Aceitar os defeitos dos outros e os próprios

10. Desenvolver uma firme crença em Deus

Fonte Livro “Stress previna-se”, de João Vilas Boas

Aqui vai uma dica aos empresarios: reflita sobre o bem estar de seus

empregados. Seja um verdadeiro agente de mudança. Promova momentos em

sua organização em que a Qualidade de Vida de sua equipe possa ser

aprimorada! Os resultados vão ser bons! Invista em seu maior patrimônio: a

sua equipe de Empregados

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CONCLUSÃO Inicialmente devemos ter solidamente em mente, que o estresse não é uma

doença limitada por sí própria. Ele proporciona o desenvolvimento de outros

males. O estresse pode ser entendido como um estado de desequilibrio da

pessoa que se instala quando esta é submetida a uma série de tensões

suficientemente fortes ou persistentes levando-a ao seu limite e ocasionando o

estresse. Estresse este que pode livar a morte em certos casos.

Este trabalho também definiu o que é o mal do século, suas causas, o lado

bom e ruim, os males físicos e psiquicos ocasionado por ele.

Este trabalho tem um objetivo também de alertar aos empresários que o

principal da sua empresa é a mão de obra, é o Homem, e se este homem não

estiver em seu equilibrio fisico e psicologico ele não produzirá e com isso não

vai haver lucros. Então cabe aos empresários terem esta consciencia e passar

para seus empregados que o mais importante é a Qualidade de Vida.

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BIBLIOGRAFIA

BONAMIN. O estresse e as doenças, São Paulo: ciência hoje, 1999

CORTEZ- Maghelly. O estresse e suas implicações fisiológicas, São Paulo:.

Folha Médica, 1998.

LIPP, Marilda Emmanuel Novaes. O Stress está Dentro de Você,. São Paulo:

Papirus, 1999.

LIPP, Marilda Emmanuel Novaes. O Stress no Brasil. Campinas: Papirus,

1996,

LIPP, Marilda Emmanuel Novaes. Qualidade de vida e sobrevivência: 3ª ed.

São Paulo: Contexto, 1996,

LIPP, Marilda Emmanuel Novaes. Como enfrentar o Stress, 5ª ed.

Campinas: Ícone, 1996.

LIPP, Marilda Emmanuel Novaes. O Stress, Campinas: Contexto, 1996

DELBONI, Thais Helena. Vencendo o stress , São Paulo: Makron Books,

1997.

TEZOLIN, Olganir Merçon. Stress: Você pode Controlá-lo, São Paulo:

Elevação, 2000.

RODRIGUES, Marcus Vinicius Carvalho. Qualidade de Vida no Trabalho, Rio

de Janeiro: Vozes, 1995.

BOAS, João Vilas. Stress Previna-se , São Paulo: Silfab, 1999.

HOFFMAN, David. O Controle Natural do Stress, São Paulo: Ground, 2000.

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40 MARKHAM Ursula. Superando o estresse, São Paulo: Circulo do livro,1989.

ALBERT Eric e Gilberto Urarahy. Como tornar-se um bom estressado, São

Paulo: Salamandra, 1997.

Viver Psicologia. São Paulo: Editora Duetto, n. 135, Abr. 2004

EXAME. Stress a vida além do limite, São Paulo: Editora Abril, n.12,. jun. 2004.

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ANEXOS

ÍNDICE DE ANEXO

Este espaço esta sendo utilizado para trazer conteúdos de apoio com o

intuito de ilustração para o projeto.

ANEXO I – Efeitos do Stress no cérebro

ANEXO II – Curiosodades sobre estresse

ANEXO III – Material Internet

ANEXO IV – Material Internet

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ANEXO I

Viver Mente e Cérebro. São Paulo: Editora Duetto, n.146, Mar.2005

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43 ANEXO II

Curiosidades

Estresse social pode matar

Pesquisadores americanos descobriram que o estresse social pode dar início a um processo de destruição do sistema imunológico, levando à morte. Esta

foi a conclusão de uma pesquisa feita com ratos, onde detectou-se que o estresse pode estimular à inflamações perigosas. A descoberta, de acordo com os pesquisadores, pode ser muito importante para os seres humanos.

Estresse diminui assiduidade no trabalho

Uma pesquisa publicada na Grã-Bretanha mostra que o estresse está levando os funcionários de empresas a faltarem cada vez mais ao trabalho. O estresse é mais intenso entre pessoas na faixa etária de 35 a 44 anos. O problema aumenta ainda mais entre pessoas que permanecem no mesmo emprego por muito tempo. Os mais estressados estão nas profissões de enfermagem e no magistério. O professor Cooper recomenda que os gerentes de empresas “elogiem e recompensem” seus funcionários ao invés de puní-los, para que o estresse no ambiente de trabalho diminua.

Estilo de vida - Estresse

Uma pesquisa divulgada pela Fundação Britânica para o Coração - British Heart Foundation - mostra que o risco de doenças cardíacas é maior do que se esperava para as mulheres que levam vida sedentária. O estresse no trabalho, a depressão e a falta de alimentação adequada são os principais fatores que levam a ataques cardíacos. As estatísticas da Fundação para o ano 2000 indicam que o estresse no trabalho - que afeta pelo menos um terço dos homens e mulheres - e a depressão podem prejudicar o coração, mas muita gente acaba piorando as coisas ao tentar buscar alívio. “Fumar, consumir bebidas alcoólicas, alimentos gordurosos, passatempos como assistir à TV, infelizmente são fatores de risco que podem aumentar maciçamente o risco de problemas cardíacos”, disse o Professor Andrew Stepped, indicado pela Fundação Britânica do Coração para participar do estudo. Ficar se apressando para ir ao trabalho no dia a dia não é o suficiente. Não é que as pessoas têm que começar a jogar squash imediatamente. Ir à pé de casa até a estação de trem e voltar de novo pra casa à pé pode dar às pessoas a meia hora de exercício físico diário de que elas precisam”, disse uma porta-voz da British Heart Foundation.

www.drrichardrach.com

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44 ANEXO III

Estresse organizacional

O que fazer para reduzir gastos com tratamentos de doenças e garantir a melhor produtividade?

24/09/2004 - Fonte: Canal Executivo - O estresse é uma doença organizacional, que revela não só conflitos pessoais, mas também estruturas e ambientes de trabalho doentes. Para reduzir o estresse nas empresas, melhorar a produtividade e reduzir as faltas por doença com fundo emocional, é preciso muito mais do que apenas tratar indivíduos.

Como 70% das causas têm origem em problemas estruturais, ou seja, são gerados pela própria empresa, a solução passa por uma mudança drástica nos processos e na estrutura corporativa. Uma ferramenta para atacar o problema foi batizada de WSM (Work Stress Management).

Desenvolvido pela Testmat, especializada em performance no trabalho, o WSM é um programa para o tratamento e prevenção de enfermidades relacionadas à baixa performance organizacional. Por meio de estudos médicos e administrativos do estresse, o grupo verifica os impactos e elabora métodos para minimizar esse efeito devastador, garantindo qualidade de vida ao trabalhador e melhores índices produtivos.

É um projeto com duas etapas: individual (entrevistas com o trabalhador) e por setor (cada departamento da empresa recebe um diagnóstico). Os consultores definem o grau de estresse e as medidas para reduzir o impacto na organização. "Não adianta tomar atitudes isoladas, porque estas podem melhorar o ambiente momentaneamente, mas são paliativas. O estresse volta com a rotina. O que deve ser feito é corrigir os processos e as atitudes da empresa", explica o Dr. Marcos Lago, psiquiatra do Hospital das Clínicas e um dos responsáveis pelo WSM.

O médico explica que 70% das causas do estresse estão na estrutura e apenas 30% com a própria pessoa. "Sem equacionar as falhas do ambiente de trabalho, não adianta fazer nada. O gerenciamento do estresse passa pela mudança comportamental na empresa e nos procedimentos", comenta o dr. Lago, que coordenou projetos com resultados significativos na melhoria organizacional e na saúde do trabalhador, além de redução de despesas com planos de saúde.

A principal ferramenta do WSM é a identificação dos sinais físicos, psíquicos, mentais e comportamentais do chamado estresse tóxico. "Estudos feitos a partir da década de 30 confirmam que, a partir de um determinado ponto, o estr esse tóxico causa uma redução drástica na performance do indivíduo", afirma o psiquiatra.

O engenheiro e administrador Freddy Poetscher, sócio da Testmat, explica que a metodologia inclui a correção dos procedimentos em seis áreas: controle decisório; apoio dos colegas; relacionamento na empresa; papéis e responsabilidades; exigências da função e mudança organizacional. As alterações passam por quatro fases: diagnóstico e levantamento de impactos; discussão e validação com alta gerência; desenvolvimento das recomendações e preparação do plano de trabalho.

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45 Mas o `tratamento´ não se encerra com a erradicação do estresse. É então que se inicia a fase de prevenção, realizada por meio de acompanhamento das áreas críticas, treinamentos e workshops periódicos. São atividades que promovem a melhoria contínua dos processos para a redução do estresse tóxico.

www.relatoriorh.com.br/noticias/2004092405.htm

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46 ANEXO IV

Por um espaço saudável

O que funcionários e organizações estão fazendo para garantir qualidade de vida em seus ambientes de trabalho.

08/10/2004 - Fonte: Exclusiva - por Verônica de Lyra Maranhão*

Atualmente, percebemos que as pessoas estão mais atentas ao próprio estilo de viver e questionam mais a sua qualidade de vida, com isso estão procurando aprender a manter o equilíbrio no dia-a-dia, buscando sempre melhorar o processo de interiorização de hábitos saudáveis, aumentando a capacidade de enfrentar os desafios impostos, vivendo mais consciente e harmônico em relação ao meio ambiente, às pessoas e a si mesmo.

Em contrapartida, as organizações perceberam esse movimento e decidiram investir em programas de qualidade de vida, proporcionando aos seus colaboradores melhores condições de saúde e felicidade, contribuindo para o aumento do desempenho e produtividade organizacionais.

Dentro deste contexto, diversas ações e técnicas - Acupuntura, Shiatsu, alongamento, ginástica laboral, entre outras - estão sendo oferecidas aos colaboradores durante o seu horário de expediente. Atividades que tratam o ser humano de forma global, promovendo o equilíbrio entre mente, corpo e espírito, estão ganhando cada vez mais espaço no ambiente organizacional. Ao levar estas propostas até às organizações, estamos contribuindo para a mudança de hábitos e comportamentos que muitas vezes o dia-a-dia atribulado contribui para que nosso bem estar fique em segundo plano.

É sabido que trata-se de um trabalho de semear e regar a "plantinha" da sensibilização e da conscientização para que a transformação ocorra. No entanto, este é o caminho, pois as empresas já perceberam que o indivíduo feliz e harmonizado é um verdadeiro agente de mudanças, é integrador, é motivado, é produtivo e isto resulta em um ambiente saudável, alegre e, como conseqüência, ocorre a melhoria na qualidade dos produtos e serviços oferecidos aos clientes, sem falar na redução do índice de absenteísmo, custos com seguro saúde, deslizes no desenvolvimento dos projetos, etc.

Aqui vai uma dica: se você é um empregador, reflita sobre o bem estar de seu colaborador. Seja um verdadeiro agente de mudança. Promova momentos em sua organização em que a qualidade de vida de sua equipe possa ser aprimorada. Você vai gostar do resultado. Invista em seu maior patrimônio: a sua equipe de colaboradores!

* administradora de empresas, especialista em Recursos Humanos, sócia-diretora do Espaço Arte de Curar Consultoria em Qualidade de Vida.

www.relatoriorh.com.br/noticias/2004100801.htm

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47 ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO........................................................................................................... 1

AGRADECIMENTO........................................................................................................... 2

DEDICATÓRIA................................................................................................................... 3

RESUMO............................................................................................................................. 4

METODOLOGIA ................................................................................................................ 5

SUMÁRIO............................................................................................................................ 6

INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 7

CAPÍTULO 1 - ESTRESSE O MAL DO SÉCULO....................................................... 8

CAPÍTULO 2 - ESTRESSE DENTRO DE EMPRESAS............................................ 15

CAPÍTULO 3 - BURNOUT O ESTRESSE ELEVADO..............................................24

3.1 RH E O BURNOUT................................................................................................... 27

3.2 A MAIOR ARMA NO COMBATE AO BURNOUT...............................................31

CAPÍTULO 4 - QUALIDADE DE VIDA........................................................................ 33

CONCLUSÃO...................................................................................................................38

BIBLIOGRAFIA................................................................................................................39

ANEXO I ............................................................................................................................42

ANEXO II ...........................................................................................................................43

ANEXO III..........................................................................................................................44

ANEXO IV .........................................................................................................................46

ÍNDICE...............................................................................................................................47

FOLHA DE AVALIAÇÃO...............................................................................................48

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

Título da Monografia: O ESTRESSE NO TRABALHO

Autor: MIRIANE PEDERNEIRAS DA COSTA

Data da entrega: 11/04/2005

Avaliado por: Conceito: