UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … PEDERNEIRAS DA COSTA.pdf · ESTRESSE O MAL DO...
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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
O ESTRESSE NO TRABALHO
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como condição prévia para a
conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu”
em Gestão de Recursos Humanos e o objetivo da
monografia perante o curso.
2 AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar a Deus,
A minha família, em especial a minha mãe, e
principalmente a uma pessoa muito importante que
entrou na minha vida e tem me apoiado em todos os
momentos, ao meu namorado Leonardo Henriques.
3 DEDICATÓRIA A todos que eu citei em meus agradecimentos.
Todos são muito importantes para mim.
4 RESUMO
Este trabalho é destinado a empresas que visam ao bem-estar de seus
empregados. Objetivou-se ajudar empresas e trabalhador a entederem o que é
o estresse, a reconhecerem em si os primeiros sinais, e a monitorar seu próprio
nível de estresse, com o fim de cada qual tornar-se capaz de lidar com as
dificuldades e as frustações sem se alterar excessivamente, e adquirir controle
para, em momentos de divergência, minimizar os conflitos inevitávies. É
impossivel evitar, nos dias atuais, em razão da competitividade e da dificuldade
existentes no mercado, que as empresas não criem situações de pressão,
razão por que é importante o empregado aprender a viver com este
procedimento. Como resultado, o trabalhador há de saber até que ponto seu
estresse é saudável e quando começa-lhe a ser prejudicial. Algumas sugestões
de procedimentos de ajuda neste processo são as técnicas de relaxamento,
mudança no hábito alimentar e, também exercícios físicos, para que o
empregado obtenha melhor qualidade de vida. Este assunto abrange questões
relacionadas ao ambiente dew trabalho na empresa e ao bem-estar dos
empregados cuja produção e competência podem ser melhor desempenhadas.
Várias patologias hoje em dia estudadas pela medicina do trabalho tem íntima
correlação com o estresse. O desgaste a que as pessoas são submetidas nos
ambientes e nas relações com o trabalho é fator dos mais significativos na
determinação de doenças
Este trabalho também aponta o estresse em seu nível mais avançado, o
Burnout, como combate-lo ou atenua-lo, e dicas para ter uma vida mais
saudável, apesar do corre-corre diário. Devemos ter em mente que sem
qualidade de vida não teremos Vida.
5 METODOLOGIA
Os métodos que levam ao trabalho proposto, como leitura de livros,
jornais, revistas , internet, e principalmente se baseando nas pesquisas
bibliográficas de autores renomados.
Ao final da monografia encontraremos anexos utilizados como apoio
ilustrativo do projeto
6 SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 7
CAPÍTULO 1 - ESTRESSE O MAL DO SÉCULO....................................................... 8
CAPÍTULO 2 - ESTRESSE DENTRO DE EMPRESAS............................................ 15
CAPÍTULO 3 - BURNOUT O ESTRESSE ELEVADO..............................................24
CAPÍTULO 4 - QUALIDADE DE VIDA........................................................................ 33
CONCLUSÃO...................................................................................................................38
BIBLIOGRAFIA................................................................................................................39
ANEXOS............................................................................................................................41
ÍNDICE...............................................................................................................................47
FOLHA DE AVALIAÇÃO...............................................................................................48
7 INTRODUÇÃO
Este trabalho apresentado em quarto capítulos vem mostrar um mal já
conhecido por muitos que esta em moda nos últimos anos o Estresse. Esta
palavra Estresse já “caiu na boca do povo” e muitos dizem que estão
“estressados”, mas na verdade não sabem o verdadeiro teor deste mal, pois o
estresse, como vem explicando nos capitulos a seguir, pode levar até a morte
em alguns casos extremos como o “Burnout”.
Neste trabalho veremos também definições do tema abordado, seus pontos
negativos , os positivos existentes, bem como dicas para evitar o esgotamento
físico e mental como por exemplo dedicar 30 minutos diários a exercícios.
A intenção deste trabalho acadêmico e de ajudar na conscientização das
pessoas de um modo geral, e principalmente os empresários, que o melhor
seria dar uma melhor qualidade de vida a seus empregados dentro da
empresa, e incentiva-los a manter esta qualidade de vida também fora dela.
O empregado que tem uma vida saudável produz mais e, consequantemente
falta menos ao trabalho. Conscientes desta situação, muitos empregadores
passaram a dar mais atenção à saúde de seus empregados, oferencendo
assistência médica e odontologica por exemplo. Mas isso não é tudo,
programas de qualidade de vida são implantados para conscientizar os
empregados da importância de manter uma boa saúde e, assim, evitar grandes
gastos com estes planos oferecidos.
8 CAPÍTULO 1
ESTRESSE O MAL DO SÉCULO
O ESTRESSE, o mal-do-século como tem sido chamado, faz parte da
vida de todo ser humano, em maior ou menor grau. Ingrediente indispensável,
fator de desgaste, inimigo da boa qualidade de vida, deteriorador da saúde
emocional e física, mas, quando em excesso, como lidar com ele? Se for um
propulsor, também pode ser fonte de malefícios que, por vezes, são difíceis de
os contornar. Contribuem sobremaneira para o estresse muitas situações
características da contemporaneidade tais como a agitação da vida moderna;
os altos fatores de competitividade presentes desde a infância; a ambição
desmedida; a violência cada vez mais freqüente no cotidiano; e, favorecidos
pela celeridade da tecnologia, o número cada vez maior de informações e as
exigências impostas pelo mercado de trabalho em acompanhá-las, seja no
campo profissional ou no sócio-afetivo, produzem no homem destes tempos
maior pressão e, em conseqüência, às vezes até impedem o desenvolvimento
da própria capacidade para a plena forma. Muito embora todos estes aspectos
negativos, é preciso lembrar-se de que um certo grau de pressão representa
uma vantagem.
Convém, para esta abordagem, repetir algumas afirmações sobre o
estresse.
“Qualquer situação de tensão aguda ou crônica que produz uma mudança no comportamento físico e no estado emocional do indivíduo e uma resposta de adaptação psicofisiológica que pode ser negativa ou positiva no organismo. Tanto o agente estressor como seus efeitos sobre o indivíduo podem ser descritos como situações desagradáveis que provocam dor, sofrimento e desprazer" (MOLINA, 1996, p.18).
“O estresse é uma condição dinâmica na qual um indivíduo confrontado por uma oportunidade, restrição ou exigência relacionada ao que ele deseja e pela qual o resultado é percebido como sendo tanto incerto quanto importante”. (ROBBINS, 1998, p.409),
Os males relacionados ao estresse são considerados um grande
problema porque resultam, tanto para a empresa quanto para o trabalhador,
em baixas perdas incontáveis de dias por faltas ao trabalho; em baixa
9 produtividade; em decisões equivocadas e via de regra em boa qualidade de
vida reduzida. A condição do mercado de trabalho tão competitivo e
estimulante submete o profissional à pressão, freqüentemente associada ao
local de trabalho, e pode, ao longo do tempo, com prejuízo ao desempenho e à
motivação, levá-lo ao estresse.
A maioria das pessoas lida com o estresse apenas quando já não tem
controle das situações; quando se sente mal ou quando sua auto-estima está
baixa. O ideal, sob estado de pressão, é controlar-se, mesmo quando se está
sentindo bem, confiante em suas habilidades, e de posse do controle da
situação. Com estas condutas, evita-se que a pressão se transforme em
estresse.
Objetiva-se com esta revisão bibliográfica, pesquisar sobre autores cujos
trabalhos e estudos visem a ajudar o trabalhador a entender o que é o
estresse, para que, uma vez esclarecido, possa o trabalhador reconhecer em si
os primeiros sinais do estresse e monitore seu próprio nível. Em sendo assim,
a meta é o trabalhador tornar-se capaz de lidar com as dificuldades e as
próprias frustrações, sem se alterar excessivamente; permanecer calmo e
controlado nas situações de pressão; ter sentimentos positivos mesmo em
condições adversas e não se permitir sujeição à ansiedade e à tensão; lidar
bem com as críticas negativas; saber manter-se sereno nos momentos de
divergência e, por fim, dissipar os conflitos.
Até certo ponto, a pressão é necessária, pois mantém as pessoas
alertas porque representa um desafio. Mas a pressão, sob longo tempo,
marcada por excessivas circunstâncias de exigências cuja imposição de
desempenho vai além dos limites da capacidade natural do trabalhador, gera
ansiedade e perda da confiança em si mesmo. Também assim quando a
expectativa para o que se espera alcançar é muito maior do que a habilidade
que se tem para alcançá-lo. Com esses resultados, a pressão evolui para o
estresse.
A condição para o estresse varia de pessoa para pessoa. O que é
estimulante para alguns pode ser assustador para outros. O estresse depende
10 mais da disposição do que da posição; é o preço que se paga pela diferença
entre o talento e as expectativas de si próprio.
Existem também, além da capacidade individual, muitos fatores
estressantes, relacionados a influências externas, tais como, para efeito de
exemplo, família, poluição sonora.
A linha entre a pressão saudável e a pressão nociva, é bastante tênue.
Para controlar o estresse, é preciso reconhecê-lo e se deve estar consciente da
própria reação a ele. Quando submetido a um excesso de pressão, perde-se a
capacidade de enfrentá-la, fica-se irritadiço, frustrado, ansioso e tenso.
Pequenos inconvenientes geram uma crise. No entanto, a tensão excessiva, a
insônia e a pressão sanguínea alta são obstáculos para a resolução dos
problemas causadores do estresse. O estresse, cujo tempo de duração é
longo, pode provocar derrames e ataques de coração.
Muitos percebem que sofrem do estresse; mas, às vezes, o aceitam
como parte natural do próprio trabalho e até mesmo se sentem orgulhosos
desse estado. Convém esclarecer que há quem julgue os sintomas também um
sinal de fraqueza, e a “vítima” procura escondê-los; e, evitar o assunto, admitir
que não é capaz de enfrentar o problema é admitir o próprio fracasso.
A forma como se vê o estresse vai determinar a disposição para o
controlar em si mesmo e nos outros. Se, para a pessoa, o estresse é um sinal
de fraqueza ou uma marca distinta, é improvável que faça algo para manter a
pressão sob controle ou para compreender o estresse alheio.
O estresse pode aparecer com os seguintes sinais e sintomas:
1. Uma mudança aparente na personalidade ou no comportamento;
2. Workaholic (Doente pelo trabalho);
3. Sinais de doença física e mental. As mais associadas ao estresse são:
· Tremores ou sensação de fraqueza;
· Insônia
· Tensão ou dor muscular;
· Taquicardia;
· Fadiga fácil;
· Falta de ar ou sensação de fôlego curto;
11 · Queda de cabelos;
· Sudorese, mãos frias e úmidas;
· Boca seca;
· Vertigens e tonturas;
· Náuseas e diarréia;
· Rubor ou calafrios;
· Polaciúria (aumento de número de urinadas);
· Dor de cabeça;
· Irritabilidade;
· Emotividade acentuada;
· Dificuldade de concentração ou memória prejudicada;
· Dificuldade em conciliar e manter o sono; e
· Tiques nervosos.
· Ansiedade
4. Observar o modo como as pessoas caminham, se movem e se sentam;
e
5. Toxicomania.
Para ROBBINS (1998), as causas e os efeitos do estresse dependem do
momento em que se está vivendo; por isso, em certas ocasiões, determinados
fatores são relevantes, mas não assim em outras. Na lista abaixo, constam
alguns potenciais fontes de estresse:
Pressões no trabalho: relatórios de auditoria; mercado recessivo;
empréstimos de retorno duvidoso ou não pagos; fraudes; preparação de
planos de operação anuais; problemas com sindicatos (trabalhistas);
prazos; desperdícios de tempo; deslocamento casa-trabalho-casa;
problemas de desenvolvimento na careira; ambigüidade de funções;
pagamento; metas e critérios pouco realistas; metas nas quais não
acredita; metas diferentes ou mais difíceis; períodos de trabalho
diferentes ou maiores; ausência de comunicação; interrupções; medo de
ser dispensado; responsabilidade fora de controle; mudanças
tecnológicas.
12 Fatores de estresse interpessoal: pessoas autoritárias; pessoas que
não respeitam filas; esperas; pessoas incompetentes; conhecer novas
pessoas; preocupar-se com o que os outros pensam.
Pressões sociais e familiares: cônjuge que trabalha demais ou de
menos
interesses diferentes; exigências dos filhos; problemas de dinheiro;
divórcio; morte de pessoas queridas; parentes; relacionamentos
problemáticos; férias/feriados.
Questões ambientais: barulho; poluição; problemas da cidade grande;
ameaça de guerra; multidões.
Esta lista poderia seguir infinitamente, mas cada um vê o mundo de
maneira diferente, e, reafirmando, o que é estressante para alguns não o é
para outros. Certas pessoas vão sempre parecer estressadas, independente
dos problemas que tenham a enfrentar.
HOLMES e RAHE1[1] (1967, apud DUMANI, 2000), em pesquisa sobre a
importância relativa dos acontecimentos para o estresse, consideraram a perda
do cônjuge o evento mais estressante, cuja pontuação foi cem. Todos os outros
acontecimentos foram classificados a partir desse. Os resultados constam da
tabela abaixo.
Para fazer este teste, basta marcar os acontecimentos pelos quais
passou nos últimos doze meses e somar a pontuação, para obter o total.
1[1] HOLMES, T. H. & RAHE, R. H. The SSRS. J. Psychsom. Res, 1967.
13 Tabela 1 – Classificação da importância relativa dos acontecimentos para o estresse
Classificação Acontecimento Pontuação 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19
20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
32 33 34 35 36 37 38 39
40 41 42 43
Morte do cônjuge Divórcio Separação Final de uma pena de prisão Morte de um familiar próximo Doença ou ferimento grave Casamento Demissão Reconciliação com o cônjuge Aposentadoria Problemas de saúde de pessoa da família Gravidez Problemas sexuais Nascimento de um novo membro da família Reajustes nos negócios Modificações nas condições financeiras Morte de um amigo próximo Mudança para outro tipo de trabalho Aumento na quantidade de brigas com o cônjuge Crédito elevado para compra de moradia Execução de hipoteca ou empréstimo Mais responsabilidade no trabalho Filho/filha saindo de casa Problemas com parentes Realização pessoal importante Cônjuge começa ou pára de trabalhar Entrar ou sair da escola Modificação nas condições da vida Modificação de hábitos pessoais Problemas com o chefe Modificação no horário ou nas condições de trabalho Mudança de residência Mudança de escola Modificação nas atividades de lazer Modificação nas atividades religiosas Modificação nas atividades sociais Crédito baixo para compra de moradia Modificação nos hábitos de sono Modificação na quantidade de reuniões de família Modificação de hábitos alimentares Férias Natal Pequenas infrações
100 73 65 63 63 53 50 47 45 45 44 40 39 39 39 38 37 36 35
31 30 29 29 29 28 26 26 25 24 23 20
20 20 19 19 18 17 16 15
15 13 12 11
14 Análise dos resultados
Até 100 pontos: Você não está passando por muitas mudanças neste
momento, nem está sob muita pressão por mudanças recentes.
De 101 a 250: Essa posição representa uma quantidade ainda razoável
de pressão; você não deveria estar muito estressado, especialmente se obtiver
uma pontuação mais baixa (mais próxima de 101).
Acima de 250: Você passou por mudanças importantes recentemente, o
que representa uma pressão considerável. Assegure-se de que pode lidar com
essa pressão.
Esses resultados indicam que muitos fatores estão relacionados às
influências externas e não à capacidade individual; e que situações prazerosas
tais como férias e promoções também ocasionam pressão. O estresse tem
muitas fontes: acontecimentos importantes, pequenas irritações e a pressão do
dia-a-dia profissional.(DUMANI, 2000).
O estresse pode comprometer o desempenho; entretanto, um certo grau
de pressão é bom e pode até melhorar o desempenho. A ausência de pressão
pode ser tão nociva quanto o seu excesso (Gráfico 1). Bem gerenciada, a
pressão pode ser favorável.
15 CAPÍTULO 2
ESTRESSE DENTRO DE EMPRESAS
Impossível seria eliminar todo o estresse que ocorre dentro de uma empresa,
pois a força energética que possibilita o progresso produz também desafio e
luta incessante por qualidade. Mas cabe ao administrador\empresário\líder de
uma empresa garantir que o nível de estresse presente não ultrapasse os
limites do saudável. Quando o estresse é excessivo, dentro de algum tempo a
produtividade sofre quedas, o clima fica tenso e as relações interpessoais
sofrem um impacto negativo.
Desempenho Máximo
Elevado(a) Desempenho Baixo(a)
Baixo(a) Elevado(a)
Pressão
Gráfico 1. Grau de pressão para o nível de desempenho.
Neste gráfico, demonstra-se que, se a pressão não for suficiente, o
trabalho entedia e pode-se perder o foco de atenção. Esse evento é conhecido
como ociosidade. Nessa situação, a tendência é baixar a produtividade e
concentrar-se em tarefas pouco importantes, em detrimento dos objetivos
principais. À medida que a pressão aumenta, aproxima-se do nível de
desempenho ótimo, equivalente em torno de 70/80% do nível máximo.
Condição que ainda permite algum estresse inesperado. Se procurar alcançar
sempre a capacidade máxima, qualquer pressão adicional pode levar ao
Ociosidade Esgotamento
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estágio de esgotamento. No nível ótimo, a produtividade é elevada; há
entusiasmo pelo trabalho; está-se altamente motivado; analisa-se
acertadamente e tomam-se decisões com rapidez. Enfim, há mais capacidade
de lidar com situações difíceis e está mais lúcido e alerta (DUMANI, 2000).
Quando há muita pressão, o desempenho volta a cair. A isso se chama
“esgotamento”. Nessa situação, baixa a auto-estima, piora o poder de análise,
perde-se a concentração e há sentimento de irritação e cansaço. Nos
momentos de dificuldade e frustração, é comum que se emocione e tenha
pensamento negativo.
O organismo também reage ao estresse. Depois de um período
considerável de estresse, fica-se mais suscetível a doenças. Estado que pode
levar a um círculo vicioso; ou seja, uma vez estressado, o desempenho cai e,
com menor desempenho, aumenta o estresse.
Nas situações de estresse, automaticamente o mecanismo de defesa do
organismo entra em ação e se prepara para enfrentar o desafio. No entanto,
essas reações físicas eram mais adequadas séculos atrás, quando eram
freqüentes as ameaças concretas à vida.
Essas reações são conhecidas como fuga/luta. Trata-se do mecanismo
natural do organismo que se prepara para o ataque concreto. Com ele,
prepara-se para a fuga ou para a defesa contra a ameaça. Entretanto,
contemporaneamente, essa reação é constante, mesmo quando não há uma
ameaça física.
Quando se está emocionalmente estável, o organismo também costuma
estar equilibrado. Ao contrário, nas situações de estresse, ocorrem diversas
alterações físicas, tais como o aumento dos batimentos cardíacos e da pressão
sangüínea; a respiração se torna menos profunda e mais rápida, e os músculos
ficam mais tensos; os sentidos também ficam mais aguçados e, além disso, o
sangue sai das extremidades (pés e mãos) e se desloca para os lugares onde
é mais necessário e está mais protegido. Com isso, as mãos e os pés ficam
frios. Mentalmente, fica-se mais alerta: a memória mais eficiente; o poder de
análise aumenta e há rapidez na capacidade de decidir.
17
Essas reações ainda podem ser adequadas para os dias de hoje, desde
que se esteja sob ameaça física ou em uma situação altamente competitiva.
Em momentos de crises, as pessoas são capazes de ações sobre-humanas,
que não seriam possíveis em circunstâncias normais.
Nesta época, a maior parte dos estresses não implica perigo físico; mas,
emocional ou psicológico. A ameaça surge na forma de excesso de pressão no
trabalho ou em casa, problemas a resolver no trabalho, poluição, excesso de
barulho, entre outros. O problema é que o organismo reage como se houvesse
uma ameaça física. Trata-se de uma reação nada útil, que pode até provocar
doenças.
As reações às diferentes situações dependem da personalidade. Para
uma pessoa introvertida, a perspectiva de fazer uma apresentação a um grupo
pode ser assustadora. Mas para alguém extrovertido, a idéia pode ser
estimulante. A relação entre estresse e personalidade é complexa.
Existem duas formas de comportamento, conhecidas como Tipo A e Tipo
B. Segundo MEYER, FRIEDMAN & ROSENMAN2[2] (1974, apud MOLINA,
1996) as pessoas Tipo A tendem a ser mais agressiva, mais ciente do tempo e
da energia e altamente competitivas. Nas situações em que mostram esse tipo
de comportamento, elas produzem quarenta vezes mais cortisona, o fluxo de
sangue nos músculos é três vezes maior e liberam quatro vezes mais
adrenalina do que as pessoas Tipo B. O aumento, resultante dos níveis de
colesterol e da pressão sanguínea, representa uma enorme sobrecarga para o
coração.
Característica Tipo A:
- Impaciente. Estabelece muitos prazos para fazer as coisas, com
freqüência pouco realista.
- O modo de falar tende a ser marcante, agressivo e rápido. Entedia-se
facilmente e costuma gostar de fazer várias coisas ao mesmo tempo.
2[2] MEYER, FRIEDMAN, ROSENMAN. Type A behavior and your heart. New York, Knopf, 1974
18 - Tem dificuldade para relaxar ou sente-se culpado quando relaxa.
- Tende a ser agressivo e competitivo.
- De um modo geral, é ambicioso e está disposto a trabalhar muitíssimas
horas para alcançar o sucesso.
- Estabelece metas ousadas para si mesmo e para os outros.
- Tem tendência à ansiedade, mas pode ter bastante habilidade para
“escondê-la” dos outros. Tende a ignorar seus próprios sinais de
estresse.
Características Tipo B
São, de uns modos gerais, contrários ao Tipo A.
- Tende a ser calmo, relaxado e positivo.
- Parece não ter pressa e não demonstra hostilidade.
- Costuma participar de atividades esportivas para se divertir e não
apenas para ganhar. Tem facilidade para relaxar.
Poucos têm todas as características de um tipo ou de outro. Na verdade,
todos têm traços de ambos os tipos, em diferentes ocasiões, mas é preciso
estar atento ás reações do Tipo A e aprender a modificar o comportamento
para controlar o estresse.
Em termos gerais, já se referendaram as causas e os efeitos do estresse
como ele pode afetar a saúde.
“A maioria das formas de tratamento não enfoca a eliminação das causas reais do estresse, das ansiedades e dos conflitos psicológicos; fontes profundas e estresse e ansiedade que estão presentes ou derivam de conflitos emocionais profundos do indivíduo não são atingidas pela maioria das formas de tratamento; a causa que tem origem no meio ambiente do indivíduo tampouco são eliminadas por essas formas de terapia. Já que o indivíduo, nessas circunstancias, não é capaz de eliminar os fatores, delinear seus efeitos e ensinar o paciente a encará-los de outros ponto de vista; se um indivíduo é portador de ansiedade e alguma percentagem de estresse, a melhor forma de tratamento seria ensiná-lo a reconhecera ansiedade, a fonte deste distúrbio é a melhor forma de lidar com ela. Em qualquer forma de tratamento de estresse, é importante considerar a presença de outros fatores, coadjuvantes e potencializadores: depressão, ansiedade e distúrbios psicológicos. Dessa maneira, encaminhar pacientes. para avaliação e terapia psicológica faz parte da abordagem”. MOLINA (1996, p.299).
Existem diversas áreas em que se pode e deve atuar, mas antes é
preciso monitorar o próprio estresse. Às vezes, é possível eliminar o fator de
19
estresse, isto é, a causa; outras vezes, não se pode eliminar a causa, mas a
maneira como se sente a respeito dela. Deve-se procurar o aspecto positivo
em todas as situações; aumentar a resistência global ao estresse, com
relaxamento, exercício e alimentação correta.
“Dê-me à coragem de mudar o que pode ser mudado, a serenidade para
aceitar o que não pode ser mudado e a sabedoria para reconhecer a diferença”
(Cardeal Newman).
Em resumo, tudo o que se julgar favorável para combater o estresse,
deve-se fazê-lo. Na impossibilidade, é prudente despreocupar-se ou mudar a
maneira como se sente a respeito disso.
Ao se desconhecer que se padece de estresse, nada se pode fazer a
combatê-lo. A consciência representa 90% da cura, e fator determinante para
cada qual controlar seu próprio nível de estresse. Uma maneira é, por alguns
minutos durante o dia, aperceber-se de seu estado e auto-avaliar o nível de
bem-estar; e, em caso da resposta ser negativa, há que se descobrir à razão
do estresse e decidir-se por uma conduta favorável à melhora do estresse.
Estima-se que o simples fato da autoconsciência de seu estado estressante é
condicionante à eliminação da maior parte das reações ao estresse.
Para eliminar as causas, é preciso, em algumas ocasiões, decidir-se por
uma contra-reação à fonte de estresse. Pode ser algo que se vem adiando
porque não se quer fazê-lo, mas continua na memória e é causa de irritação.
Entretanto, se terminada a tarefa, a pressão desaparece. Essa razão justifica a
importância da conduta pelo não adiamento de tarefas. Com efeito, grande
parte do estresse é o acumulado de pequenos e indesejados acontecimentos
que, somados, resultam em esgotamento; contudo e apesar disso, o menor
acontecimento desprazeroso pode ser o bastante para desencadear uma crise.
Para evitar situações extremadas, é prudente bem gerenciar o tempo, com o
estabelecimento de prioridades e rigor nas ações.
Deve-se aprender a dizer “não” às tarefas que não são para si ou que são
passíveis de outros realizá-las. Não se envolver em crises e problemas alheios
é o que convém. Sempre que possível, delegar mais do próprio trabalho é
20
prudente. Agindo assim, certamente com mais tempo para se concentrar nas
prioridades, também há de se evitar que a pressão se acumule ao longo do dia.
Segundo DUMANI (2000), para modificar para melhor o modo como um
se sente, basta utilizar-se de algumas técnicas, abaixo descritas:
1) Pensamento positivo: tentar enfatizar aspectos positivos das situações, para
reduzir os negativos, basta ter senso de humor. A atitude positiva é contagiosa;
pessoas positivas inspiram alegria em outros. É de extrema importância
permanecer positivo até nas situações difíceis, para não se deixar levar pelos
pensamentos negativos. Assim:
· depois de um contratempo, a ordem é procurar algo positivo em que
concentrar os pensamentos;
· Fazer do que gosta. Permitir-se algum luxo para que se senta melhor;
· Assegurar-se de que o diálogo interior seja positivo.
2) Antecipar-se aos acontecimentos: de fato, a maior freqüência ao estresse se
dá pelo sentimento de antecipação dos acontecimentos do que pela realidade
concreta. Ao se preocupar, convém auto-análise do diálogo interior. Assim, há
que se preparar para ele; vivê-lo na mente. Maioria das vezes, o sofrimento
antes, ao se antecipar um acontecimento, é mais estresse do que durante.
Um certo grau de pressão e um pouco de nervosismo podem ser
benéficos e ajudam ao alerta e concentração na tarefa. Mas, se os
pensamentos forem negativos, é prováveis maiores chances de o resultado ser
negativo do que se os pensamentos forem positivos.
3)Não perder o humor: o senso de humor ajuda a apreciar o lado mais leve da
maioria das situações. Isso assegura que não se deve dar muita atenção aos
aspectos negativos. Assim como a raiva e a tensão podem elevar a pressão
sangüínea e a dores de cabeça, rir relaxa e diminui a tensão.
4) Despreocupar-se: a preocupação com um problema nunca é a solução;
apenas dificulta a resolução. Quando se está preocupado, há tensão e
dificuldade de concentração para resolver os problemas. Na impossibilidade de
sozinho os resolver, convém pedir ajuda a uma pessoa de confiança;
compartilhar ajuda a sentir-se melhor, mesmo ao não se encontrar solução.
21
De acordo com DAVIS (1996), para se resistir ao estresse, basta utilizar-
se de técnicas de relaxamento; fazer alimentação saudável e exercitar-se
fisicamente. Mudanças fundamentais como estas e por longo prazo no estilo de
vida é a recomendação, pois se trata de algo mais complicado e não se espera
que o comportamento seja modificado da noite para o dia. O importante é fazer
mudanças pequenas e duradouras.
1)Relaxamento: é uma forma de reduzir o estresse e a tensão. Se adequado,
diminui a freqüência cardíaca e respiratória, normaliza a pressão sangüínea e
diminui a ansiedade. Ajuda a dormir melhor à noite, aumenta a capacidade de
concentração, direciona a atenção e contribui para atitudes mais positivas em
relação ao trabalho e à vida em geral. Em longo prazo, ajuda a manter a
estabilidade emocional e aumenta o autocontrole.
A seguir, algumas maneiras para relaxar: tentar dedicar-se a diferentes
atividades ou hobbies para afastar o estresse, tais como cuidar do jardim, ouvir
música, ler, pintar, entre outras. O lazer por qualquer atividade prazerosa pode
desviar do pensamento fatores estressantes. Em lugar da obrigatoriedade e da
necessidade, dedicar-se voluntariamente a uma atividade, o relaxamento é
automático.
2) Respiração: se o estresse advém do trabalho, fazer alguns exercícios de
respiração profunda ajuda a minimizá-lo. Fazê-los é fácil: encher todo o peito
de ar e não somente a metade superior. É preciso soltar-se e respirar
livremente, a partir do diafragma (é o estômago que sobe e desce, e não o
peito). Inspirar e expirar devagar, assegurar-se de que os pulmões estão sendo
completamente enchidos. Desenvolver estas atividades por alguns minutos e
manter a respirar no mesmo ritmo é o procedimento indicado.
3) Nutrição: certos alimentos e bebidas aumentam os níveis de colesterol e de
lipídeos ou provocam flutuações nos níveis de glicose no sangue com o
estresse, o corpo passa por transformações químicas; algumas possivelmente
prejudiciais, a não ser que se tome certos cuidados. A pressão sangüínea e o
nível de colesterol sobem; o sangue se coagula com mais facilidade e a
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digestão ficam mais lentas. Esses fatores podem aumentar o risco de doenças
e acentuar o grau de estresse.
Para quem gosta de tomar café, convém atenção, pois a cafeína,
substância encontrada no café, é um estimulante que dispara a síndrome da
luta/fuga. Já é comprovado que o café aumenta os níveis de colesterol de
forma significante. Mas não é só no café que a cafeína é encontrada, ela pode
ser achada em chás, refrigerantes e chocolates, embora em concentrações
mais baixas.
Outra substância que sobrecarrega o organismo é o álcool, um veneno
para o fígado cuja necessária metabolização protege a vida da pessoa que o
ingeriu. Além disso, o álcool é um carboidrato e a maioria das bebidas
alcoólicas contém pouco ou nenhum valor nutricional. O que significa que as
bebidas alcoólicas para o estressado agravam uma possível obesidade.
O açúcar refinado também é estressante para o pâncreas, que precisa
manter os níveis de glicose no sangue dentro dos limites. Este tipo de açúcar
não tem valor nutricional e é transformado pelo organismo rapidamente em
gordura.
O sal aumenta a pressão. É do conhecimento de todos que basta uma
pequena quantidade, pois o excesso dele pode ser muito prejudicial. Por isso é
aconselhado não acrescentar sal aos alimentos.
Outra substância prejudicial é a gordura saturada; encontrada em carnes
e em laticínios, por elevar os níveis de colesterol no sangue e também os de
outros lipídeos prejudiciais contribui para o aumento de estresse no organismo.
Pelo fato de cada pessoa ser única, a reação ao estresse varia muito de
uma para outra pessoa. Algumas recorrerem ao cigarro; outras, ao álcool e há
quem abuse da comida. Estes comportamentos além de nocivos e de não
resolverem o problema também provocam mais estresse.
4) Exercício: fazer exercícios regularmente aumenta a resistência ao estresse.
O exercício melhora o condicionamento cardiovascular, tonifica os músculos,
aumenta a mobilidade e melhora a coordenação motriz. E ainda é também uma
forma de descarregar a energia acumulada na forma de estresse.
23
Algumas dicas de modalidades de exercícios físicos são: caminhar,
praticar yoga, pilates ou outro esporte de sua preferência. Natação também é
muito bom por ser o esporte mais completo, mexe-se com todos os músculos e
com a respiração cardiovascular.
Algumas recomendações para quem quer se exercitar:
· Exercitar-se regularmente, três a quatro vezes por semana,
durante vinte ou trinta minutos, melhoram o condicionamento
físico;
· Variar o tipo de exercício, para mexer com diferentes grupos
musculares e se exercitar de forma equilibrada;
· Após os exercícios, alongar-se para facilitar à eliminação das
toxinas acumuladas e a desacelerar o coração.
É bem de novamente referir sobre a necessidade de um estar sob leve
pressão, para a melhor performance do desempenhar, mas, submetido à
pressão excessiva ou à falta dela, evolui o estado do indivíduo ao estresse. O
ser humano está sujeito a vários tipos de pressão no trabalho e em casa, e a
tolerância ao estresse varia de pessoa para pessoa.
Certas situações estressantes podem ser duradouras e causam doenças
cardiológicas e até neurológicas. Mas existem atitudes e comportamentos que
podem controlar a pressão e o estresse.
Ao planejar o próprio trabalho, utilizando-se do tempo, segundo a melhor
forma possível, e com rigor estabelecer as prioridades, é possível eliminar
alguns fatores de estresse. Há situações em que não há como se isentar do
estresse, mas pode-se considerá-las de uma forma mais ponderada e,
portanto, tranqüila.
É possível aumentar a tolerância ao estresse com relaxamento,
alimentação saudável e exercícios físicos, assim o organismo é capaz de lidar
com a pressão sem que ela se transforme em estresse.
24
CAPÍTULO 3 BURNOUT – O ESTRESSE ELEVADO
O que é Burnout?
Simplificando ao máximo sua definição, podemos dizer que Burnout é o nível
mais avançado do estresse, aquele em que a capacidade da pessoa de lidar
com os percalços do dia-a-dia se esvaiu. Em inglês Burn significa “queimação”
e out quer dizer “fora”. Ou seja, é aquele estado em que a energia (queimação)
do sujeito foi para o espaço. Ele não tem mais ânimo nem para levantar da
cama para ir trabalhar, sente que isso é um mártirio, aumentando assim o
absenteísmo. A auto-estima deste individuo torna-se muito baixa e até
atividades banais exigem esforço sobre-humano. Trata-se de um quadro
parecido com a depressão.
O estresse está associado a uma infinidade de doenças, e , quando chega à
fase do Burnout, as chances de o organismo sucumbir aumentam bastante. O
estresse relacionado ao trabalho pode influir em praticamente qualquer
enfermidade. Ele está direta ou indiretamente relacionado às seis principais
causas de morte no mundo. São elas:
· Doenças do coração;
· Câncer;
· Enfermidades do pulmão;
· Acidentes (devido a falta de atenção);
· Cirrose ;
· Suicídio.
E já está provado que o estresse prolongado também enfraquece o sistema
imunológico.
Ainda não há evidências de que o estresse crônico possa ser uma das
causas do câncer. Mas há cada vez mais pesquisas associando os dois
25
males. O médico americano Carl Simonton, um dos maiores especialistas
mundiais na doença, comprovou em estudos que a pessoa que passa por
uma grande perda (evento dos mais estressantes), tem boas chances de
desenvolver um tumor num período de seis a dezoito meses depois. Neste
caso, a enfermidade estaria associada ao abatimento e à depressão – duas
características típicas do Burnout.
Não só as reações fisico-quimicas que arrasam o corpo , levam à fase
Burnout. As pessoas acometidas pela síndrome tendem a adotar péssimos
hábitos. A preocupação com a alimentação, se é que existia, some por
completo. O “doente” passa a comer demais – ou de menos. Se já fumava,
o estressado vira uma “chaminé”. Outras ameaças que rondam o
esgotamento são o alcoolismo e o uso das drogas ilícitas.
Ainda desconhecido nas empresas, o Burnout é a face mais perversa do
estresse e pode levar ao suicidio. É preocupante: a síndrome aflinge nada
menos que 30% dos executivos brasileiros, e uma estatística alarmante, o
Burnout atinge 72% dos executivos americanos (mais do que 70% do Brasil),
mas só 20 % deles chegaram à fase de esgotamento. A diferença está na
cultura e educação, pois os americanos tem uma auto-estima bem maior do
que a dos brasileiros, conseguindo assim lidar melhor com o estresse.
Há situações em que várias pessoas trabalham sob a mesma pressão e
apenas uma chega ao Burnout. O nível de estresse depende muito de como a
pessoa lida com os problemas.
Não existe fórmula para ser autoconfiante, mas algumas medidas básicas
ajudam. Capacitar-se ao máximo, por exemplo, ajuda o indivíduo a enfrentar
um ambiente caótico de cabeça erguida. É importante que as pessoas parem
mais para refletir sobre as mudanças que ocorrem em volta delas e aprendam
a planejar melhor suas carreiras, traçar metas realistas é fundamental.
Os perfis profissionais mais propensos a desenvolver a síndrome:
26
· Pessoas competitivas, esforçadas, impacientes, com dificuldade de
tolerar frustações e necessidade de ter o máximo de controle sobre a
própria carreira. Qualquer obstáculo para esse tipo, é um verdadeiro
desastre.
· Os perfeccionistas também são vitimas fáceis do burnout. Lidam mal
com o erro e são autocríticos ao extremo. Uma sucessão de dificuldades
e erros pode deixá-los arrasados.
· Alvos certeiros são os pessimistas e as personalidades mais passivas.
Pergunta bem prática para um diretor de recursos Humanos que ainda está
se familiarizando com o conceito de Burnout: Como um funcionário
esgotado irá tratar os clientes?
Qualquer profissional pode chegar a um estado de estresse crônico ao
longo da vida. Mesmo os profissionais que lidam bem com as pressões do
dia-a-dia, como os autoconfiantes, podem se axaurir, caso não tenham
momentos para relaxar. Manter um relacionamento saudável com a familia
e os amigos também é uma boa tática para livrar-se do esgotamento.
Talves o ambiente de trabalho tenha se modificado e acompanhado o
avanço das tecnologias com mais velocidade do que a capacidade de
adaptação dos trabalhadores. Os profissionais vivem hoje sob continua
tensão, não so no ambiente de trabalho, como também na vida em geral.
O desgaste emocional a que pessoas são submetidas nas relações com o
trabalho e fator muito significativos na determinação de transtornos
relacionados ao estresse, como e o caso das depressões, ansiedade
patológica, pânico, fobias, doenças psicossomáticas, etc. Em suma, a
pessoa com esse tipo de estresse ocupacional não responde a demanda do
trabalho e geralmente se encontra irritável e deprimida.
27 RH e o Burnout
Fatores relativos à organização do trabalho que podem ocasionar estresse e, posteriormente, o
burnout
- Excesso ou falta de trabalho
- Pouco tempo para terminar as tarefas de modo satisfatório
- Descrição pouco clara do trabalho, função ambígua
- Falta de reconhecimento por parte da empresa
- Pouco feedback
- Impossibilidade de expor as queixas
- Muitas responsabilidades, mas pouca abertura para tomar decisões
- Relações conflituosas
- Sensação de injustiça
- Exposição a preconceitos em função de sexo, idade, raça
- Assédio moral e sexual
- Condições de trabalho desagradáveis ou perigosas
- Não poder dispor, no trabalho, dos talentos e das habilidades pessoais
- Risco de que um pequeno erro ou uma desatenção momentânea tenha
conseqüências desastrosas
- Falta de horários definidos, trabalho por turnos
- Instabilidade no emprego, risco de demissão
- Pouca perspectiva de progresso dentro da empresa
Fontes: Relatório da União Européia sobre Doença Mental e Trabalho e o livro Stress e Trabalho,
de Ana Cristina Limongi França e Avelino Rodrigues.
Os especialistas divergem sobre como tratar o profissional com Burnout.
Alguns acreditam que ele pode continuar trabalhando, outros defendem a
interrupção imediata das atividades. Por incrivel que pareça, a síndrome
está listada no rol de doenças relacionadas ao trabalho do Ministério da
Saúde. Ou seja, em tese, o funcionário pode tirar a licença remunerada
para curar o burnout. No entanto, não adianta nada a pessoa voltar à ativa
nas mesmas circunstâncias de antes. Afinal, o esgotamento é causado
principalmente por fatores externos, e as chances de o “doente” sofrer uma
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recaída novamente no futuro são consideráveis. E é muito comum o uso de
medicamentos antidepressivos.
Saúde em baixa
Segue uma breve lista dos males que podem ser causados pelo estresse.
Lembrando: o burnout é a fase mais adiantada do estresse, e, quando o sujeito
chega a esse estágio de esgotamento, os efeitos no organismo são ainda
piores.
Doenças cardiovasculares – Tanto as reações físico-químicas quanto os
hábitos do estressado sobrecarregam o organismo e aumentam o risco de
enfarte e derrame;
Diabetes – A liberação extra de açúcar no corpo pode favorecer o surgimento
da enfermidade;
Câncer – Uma pesquisa nos EUA descobriu que o estresse pode ser um dos
causadores do câncer na próstata. Além disso, a baixa imunidade facilita o
aparecimento de tumores;
Alcoolismo e uso de drogas ilícitas – O indivíduo esgotado sente
necessidade de se anestesiar. O alcoolismo é o principal causador da cirrose;
Doenças do pulmão – O corpo estressado respira mais rápido. Com o tempo,
esse efeito sobrecarrega o sistema respiratório. E mais: o fumante com
estresse consome muito mais cigarros por dia;
Descalcificação dos ossos – A baixa imunidade reduz a função reparadora
do organismo;
Baixa neurogênese – O estresse crônico reduz a produção de neurônios no
cérebro (produção esta que prossegue durante toda a vida, conforme
29
descoberta recente da medicina). Resultado: menor capacidade de memória e
de aprendizado;
Suicídio – Os sintomas do burnout são parecidíssimos com os da depressão;
Karoshi – Como foi batizada a morte súbita, em virtude do excesso de
trabalho, no Japão. Em geral, os motivos do óbito são enfarte ou derrame;
Reações psíquicas e comportamentais mais comuns no burnout
- Falta de atenção e de
concentração
- Alterações de memória
- Lentidão do pensamento
- Sentimento de alienação
- Impaciência
- Solidão
- Sensação de impotência
- Mudanças bruscas de humor
- Baixa auto-estima
- Desânimo, depressão
- Desconfiança, paranóia
- Negligência
- Comportamento de
alto risco
- Irritabilidade, agressividade
- Tendência ao isolamento
- Perda de interesse pelo
trabalho
- Absenteísmo
- Ironia, cinismo
- Sensação de onipotência
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A seguir o questionário auto administrado, constituído por ítens em forma
afirmativa, sobre os sentimentos e atitudes do profissional em seu trabalho.
Responda aos ítens abaixo usando 3 = concordo, 2 = indiferente e 1 = discordo
Sinto-me sobrecarregado mesmo quando não estou trabalhando 3 2 1
Sinto-me constantemente cansado e desmotivado 3 2 1
Sinto que o meu dia-a-dia tem mais custos do que benefícios 3 2 1
Tenho adoecido com freqüência 3 2 1
Acho que meu desempenho está insatisfatório 3 2 1
Tenho me isolado dos meus familiares e amigos 3 2 1
Estou sempre deprimido 3 2 1
Freqüentemente me sinto irritado e impaciente 3 2 1
Minha vida sexual se tornou uma tarefa a cumprir 3 2 1
Tenho tido dificuldade para dormir ou pesadelo 3 2 1
Noto que a falta de concentração tem prejudicado meu trabalho 3 2 1
Às vezes, tenho a impressão de que estou em uma “rua sem saída” 3 2 1
Avaliação
Até 14 pontos
Parabéns! Você está lidando muito bem com suas demandas e pressões, seja
por não se sentir muito exigido no momento ou por possuir técnicas eficientes
para lidar com elas. Precavenha-se de problemas futuros, adotando um estilo
de vida saudável e cultivando seus relacionamentos pessoais.
De 15 a 25 pontos
Atenção! Você é um candidato em potencial para sofrer um burnout. Reavalie
as situações que estão lhe causando demandas excessivas. Mude o que puder
e adapte-se ao que não tiver controle para mudar. Reformule o seu estilo de
vida, integrando uma alimentação saudável em intervalos regulares, exercite-se
pelo menos três vezes por semana, por 20 minutos, e pratique alguma técnica
de relaxamento, como a respiração abdominal.
31 Acima de 25 pontos
Alerta total! Você está sofrendo de burnout. Siga as mesmas orientações acima
e planeje algumas mudanças na sua vida em geral. Determine o que mais lhe
aflige e comece lidando com uma situação de cada vez, para não se
sobrecarregar ainda mais física e emocionalmente. Busque o apoio de
familiares e amigos, invista em atividades de lazer e avalie a possibilidade de
ter alguma orientação profissional antes que “a corda rebente”.
Fonte: Ana Maria Rossi, presidente da International Stress Management
Association no Brasil (Isma-BR).
A maior arma no combate à exaustão profissional (Burnout) é a
prevenção.
Foram desenvolvidas algumas medidas a serem adotadas na prevenção da
doença:
· Identificação dos agentes: os agentes estressores podem ser a
empresa, como um todo, o trabalho que se executa, o chefe, um colega
de trabalho, etc.
· Avaliação das mudanças possíveis implementadas: uma vez
identificados os agentes, planejar e executar as mudanças possíveis. O
que não for possível exigirá uma melhor adaptação do individuo.
· Estabelecer limites – ajudar os colegas de trabalho pode ser louvável,
porém deve-se estabelecer limites para não prejudicar o andamento de
seu próprio trabalho.
· Definições de prioridades – Ao chegar ao local de trabalho, definir as
prioridades do dia, não perdendo muito tempo com tarefas que podem
ser procrastinadas sem maiores consequencias.
· Prioridade da vida – Famíilia, estudos, trabalho – o que vem primeiro?
Questionar se itens pessoais importantes tem recebido a devida
prioridade ou tem sido relegados a segundo plano.
32
· Não sobrecarregar a agenda – Manter uma flexibilidade nos horários
agendados para atender às emergências que surgem no trabalho.
· Aproveitar os momentos de descanso – Evitar falar ou pensar em
assuntos do trabalho nos momentos de descontração.
· Cuidar de sí próprio: Praticar exercícios, esportes ou meditação, uma
destas atividades todos os dias.
Enfim, Objetivar a Qualidade de Vida.
Exemplo de empresas que já estão com programas de qualidade de vida
Mercedes Bens
Ford Brasil e Argentina
Compaq
Laboratório Sincotron
Motorola
Infraero
IBM do Brasil
Eternit
Olivetti
Cia de cigarros Souza Cruz
Estas empresas estão utilizando métodos de palestras, relaxamento, profilaxia,
administrando cursos, e ate um disque estresse, que possibilita ao empregado
uma chance de parada naqueles momentos mais estressantes do dia.
33
CAPÍTULO 4
QUALIDADE DE VIDA
Empresas brasileiras estão descobrindo que seu principal capital é o ser
humano, e cultivar seu bem-estar pode ser lucrativo em todos sentidos.
Em 1970, especialistas começavam a apontar o trabalho como um meio no
qual as pessoas se mantem na situação de estresse mais freqüente. Naquele
ano, o cientista norte americano Herbert J. Freudenberger, Ph.D., classificou
como síndrome de burnout – “a vela que se apaga lentamente” – o estresse
crônico a que pode chegar um profissional em constante tensão no meio
laboral.
Desde então, vários profissionais de psicologia, das diversas áreas da saúde,
de administracao de empresas e de recursos humanos tem se debruçado
intensamente em estudos na tentativa de evitar que o embate ser humano
versus trabalho acabe gerando mais prejuízos que benefícios para o homem.
Segundo Sonia Maria Wallau, autora do livro Estresse laboral e síndrome de
burnout, 2003, define qualidade de vida no trabalho de acordo com a noção
contemporânea de qualidade de vida. Essa noção e a sensação de bem-estar
do individuo quando ele possui recursos para satisfazer suas próprias
necessidades e desejos. Segundo ela, dentro do nosso modelo capitalista,
globalizado e competitivo de civilização qualidade de vida so será conseguida
em plenitude se a pessoa usar seu “ registro próprio”, ou seja , se conseguir
imprimir sua própria marca e idêntidade ao que faz, com autonômia e
liberdade. “caso contrario, o trabalho gera sensação de insatisfação e
inferioridade, e daí temos o estresse laboral. Qualidade de vida e respeitar os
próprios limites e isto inclui trabalho.”
Qualidade de vida no trabalho tende a ser vista como luxo e utopia em paises
pobres e com alto índice de desemprego.
Alguns consideram que a utilização de ações e programas de qualidade de
vida no trabalho cresceu nos últimos cinco anos. Dois fatores parecem ter
34
contribuído para esse aumento. A grande aceitação do ideal de ócio criativo,
teoria do filosofo italiano Domenico de Masi baseada na simultaneidade entre
trabalho, lazer e estudo, e o status das diversas categorias do certificado ISO
9000 conferido as empresas. Hoje há uma disputa pelo selo de qualidade e sua
conquista inclui melhor atenção as políticas de qualidade de vida para os
trabalhadores.
Dentro da empresa, o responsável por sinalizar este caminho da saúde e o
psicólogo. As empresas já descobriram que um alto índice de doenças e de
queixas ambulatoriais entre seus empregados redunda, estatisticamente, em
afastamento e queda de produção. Essas queixas diminuem na mesma
proporção em que os indivíduos envolvem-se consigo proprios e
conscientizam-se da relevância de seu bem-estar.
Qualidade de vida significa muito mais que apenas viver, pois muitas pessoas,
mesmo as mais ricas e bem sucedidas no trabalho, as vezes tem uma
qualidade de vida péssima.
Pesquisas realizadas no Brasil mostram que grande número de executivos,
embora muito bem financeiramente, não usufruem boa qualidade de vida.
O Viver bem se refere a ter uma vida bem equilibrada em todas as áreas.
Para uma boa qualidade de vida e necessário adquirir certos hábitos na vida
como
· Fazer exercícios físicos – quando nos exercitamos por 30 minutos ou
mais, nosso corpo produz uma substância chamada “beta endorfina” que nos
da uma sensação de tranqüilidade e bem-estar. Quando se esta atravessando
momentos difíceis o exercício físico, seja ele ginástica, pular corda, caminhar,
dançar, etc., nos ajuda a atingir uma sensação de bem estar e calma.
· Estabilidade emocional – é importante manter uma atitude positiva
perante a vida, procurando sempre ver o lado bom das coisas.
Deve-se reservar alguns momentos para reflexão sobre nossas prioridades,
naquilo que queremos alcançar de fato na vida.
Muitas vezes nos perdemos em detalhes sem importância deixando de lado
coisas realmente relevantes.
35
Controlar a pressa, a corrida contra o relógio também e importante, além disso,
se recomenda que a pessoa passe a curtir o processo do “Ser”, do “Existir” em
si, em vez de só se preocupar com o “fazer”.
· Alimentação – e importante repor as enegias, vitaminas e nutrientes que
são utilizados nos momentos de maior estresse. E indicado comer bastante
verduras, de preferência cruas ou só feitas a vapor.
· Relaxamento – quando estamos tensos precisamos de alguns
momentos de descanso, a fim de nos recuperarmos do dia. O relaxamento
como o de exercícios de respiração, yoga, relaxamento muscular, música,
filmes, bate-papo ou leitura, ajuda a eliminar o excesso de adrenalina
produzida e restabelece a homeostase interna do organismo.
· Mude a rotina – periódicamente, quebre a rotina e explore coisas novas.
Tire ferias, mesmo que seja por uma semana.
· Peça ajuda – Reconheça quando precisa de apoio de amigos e
familiares. Falar sobre problemas com outras pessoas pode aliviar tensões
emocionais e levar a soluções que, as vezes, você não consegue enxergar
sozinho.
· Seja paciente – Compreenda que o progresso da sua saúde pode levar
tempo, mas ajuda a reduzir a ansiedade e o estresse.
Há estudos que dizem que a ingestão de vitamina C inibe a liberação de
cortisol, hormônio que favorece o estresse. Essa vitamina hidrossolúvel deve
ser ingerida, preferencialmente, em jejum e acompanhada de água.
Desta maneira, a fadiga muscular causada pelo estresse será melhor
combatida já que outros líquidos, como o leite integral, que contém gorduras
em sua composição, dificultam a absorção de vitamina C pelo organismo.
Vários alimentos ajudam o organismo a repor as perdas de vitaminas e
minerais e, com isso melhoram o estresse e devolvem a vitalidade. As
principais reposições de que o organismo necessita são vitaminas do complexo
36 B, vitamina C, sódio, zinco, potássio, ferro, magnésio e cálcio.
Acerola: Vitamina C, potássio, zinco
Banana: Vitamina C, potássio
Batata: Vitamina C, vitaminas do complexo B, potássio
Brócolis: Vitamina C
Cenoura: Potássio
Couve: Vitamina C, vitaminas do complexo B, potássio, sódio, cálcio, zinco
Feijão Preto: Vitaminas do complexo B, ferro
Germe de Trigo: Vitaminas do complexo B, cálcio, ferro, potássio, zinco
Laranja: Vitamina C, potássio
Lentilhas: Vitaminas do complexo B, cálcio, ferro, zinco
Maracujá: Vitamina C
Morango: Vitamina C, ferro, zinco
Pêssego: Ferro, potássio
Pimentão: Vitamina C, vitaminas do complexo B
Atualmente, percebemos que as pessoas estão mais atentas ao próprio estilo
de viver e questionam mais a Qualidade de Vida, com isso estão procurando
aprender a manter o equilíbrio no dia-a-dia, buscando sempre melhorar o
processo de interiorização de hábitos saudáveis, aumentando a capacidade de
enfrentar os desafios impostos, vivendo, assim, mais consciente e harmônico
em relação ao meio ambiente, às pessoas e a si mesmo. Em contrapartida, as
organizações perceberam esse movimento e decidiram investir em Programas
de Qualidade de Vida, proporcionando aos seus empregados melhores
condições de saúde e felicidade, contribuindo para o aumento do desempenho
e produtividade organizacionais. Dentro deste contexto, as Terapias
Alternativas - técnicas que tratam o ser humano de forma global, promovendo o
equilíbrio entre Mente, Corpo e Espírito - estão ganhando cada vez mais
espaço no ambiente organizacional. Ao levar estas Terapias até às
organizações, estamos contribuindo para a mudança de hábitos e
comportamentos que muitas vezes o dia-a-dia atribulado contribui para que
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nosso bem estar fique em segundo plano. É sabido que trata-se de um trabalho
de semear e regar a "plantinha" da sensibilização e da conscientização para
que a transformação ocorra. No entanto, este é o caminho, pois as empresas já
perceberam que o indivíduo feliz e harmonizado é um verdadeiro agente de
mudanças, é integrador, é motivado, é produtivo e isto resulta em um ambiente
saudável, alegre e, como conseqüência, ocorre a melhoria na qualidade dos
produtos e serviços oferecidos aos clientes.
Os dez mandamentos para a prevenção do estresse
1. Viver somente o dia de hoje
2. Tentar esquecer o que passou
3. Não se angustiar, quando não atinge a perfeição
4. Gastar somente apos ganhar
5. Fazer três refeicoes ao dia
6. Fazer exercícios 30 minutos ao dia
7. Deitar mais cedo
8. Tomar sol de preferência pela manha
9. Aceitar os defeitos dos outros e os próprios
10. Desenvolver uma firme crença em Deus
Fonte Livro “Stress previna-se”, de João Vilas Boas
Aqui vai uma dica aos empresarios: reflita sobre o bem estar de seus
empregados. Seja um verdadeiro agente de mudança. Promova momentos em
sua organização em que a Qualidade de Vida de sua equipe possa ser
aprimorada! Os resultados vão ser bons! Invista em seu maior patrimônio: a
sua equipe de Empregados
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CONCLUSÃO Inicialmente devemos ter solidamente em mente, que o estresse não é uma
doença limitada por sí própria. Ele proporciona o desenvolvimento de outros
males. O estresse pode ser entendido como um estado de desequilibrio da
pessoa que se instala quando esta é submetida a uma série de tensões
suficientemente fortes ou persistentes levando-a ao seu limite e ocasionando o
estresse. Estresse este que pode livar a morte em certos casos.
Este trabalho também definiu o que é o mal do século, suas causas, o lado
bom e ruim, os males físicos e psiquicos ocasionado por ele.
Este trabalho tem um objetivo também de alertar aos empresários que o
principal da sua empresa é a mão de obra, é o Homem, e se este homem não
estiver em seu equilibrio fisico e psicologico ele não produzirá e com isso não
vai haver lucros. Então cabe aos empresários terem esta consciencia e passar
para seus empregados que o mais importante é a Qualidade de Vida.
39
BIBLIOGRAFIA
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CORTEZ- Maghelly. O estresse e suas implicações fisiológicas, São Paulo:.
Folha Médica, 1998.
LIPP, Marilda Emmanuel Novaes. O Stress está Dentro de Você,. São Paulo:
Papirus, 1999.
LIPP, Marilda Emmanuel Novaes. O Stress no Brasil. Campinas: Papirus,
1996,
LIPP, Marilda Emmanuel Novaes. Qualidade de vida e sobrevivência: 3ª ed.
São Paulo: Contexto, 1996,
LIPP, Marilda Emmanuel Novaes. Como enfrentar o Stress, 5ª ed.
Campinas: Ícone, 1996.
LIPP, Marilda Emmanuel Novaes. O Stress, Campinas: Contexto, 1996
DELBONI, Thais Helena. Vencendo o stress , São Paulo: Makron Books,
1997.
TEZOLIN, Olganir Merçon. Stress: Você pode Controlá-lo, São Paulo:
Elevação, 2000.
RODRIGUES, Marcus Vinicius Carvalho. Qualidade de Vida no Trabalho, Rio
de Janeiro: Vozes, 1995.
BOAS, João Vilas. Stress Previna-se , São Paulo: Silfab, 1999.
HOFFMAN, David. O Controle Natural do Stress, São Paulo: Ground, 2000.
40 MARKHAM Ursula. Superando o estresse, São Paulo: Circulo do livro,1989.
ALBERT Eric e Gilberto Urarahy. Como tornar-se um bom estressado, São
Paulo: Salamandra, 1997.
Viver Psicologia. São Paulo: Editora Duetto, n. 135, Abr. 2004
EXAME. Stress a vida além do limite, São Paulo: Editora Abril, n.12,. jun. 2004.
41
ANEXOS
ÍNDICE DE ANEXO
Este espaço esta sendo utilizado para trazer conteúdos de apoio com o
intuito de ilustração para o projeto.
ANEXO I – Efeitos do Stress no cérebro
ANEXO II – Curiosodades sobre estresse
ANEXO III – Material Internet
ANEXO IV – Material Internet
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ANEXO I
Viver Mente e Cérebro. São Paulo: Editora Duetto, n.146, Mar.2005
43 ANEXO II
Curiosidades
Estresse social pode matar
Pesquisadores americanos descobriram que o estresse social pode dar início a um processo de destruição do sistema imunológico, levando à morte. Esta
foi a conclusão de uma pesquisa feita com ratos, onde detectou-se que o estresse pode estimular à inflamações perigosas. A descoberta, de acordo com os pesquisadores, pode ser muito importante para os seres humanos.
Estresse diminui assiduidade no trabalho
Uma pesquisa publicada na Grã-Bretanha mostra que o estresse está levando os funcionários de empresas a faltarem cada vez mais ao trabalho. O estresse é mais intenso entre pessoas na faixa etária de 35 a 44 anos. O problema aumenta ainda mais entre pessoas que permanecem no mesmo emprego por muito tempo. Os mais estressados estão nas profissões de enfermagem e no magistério. O professor Cooper recomenda que os gerentes de empresas “elogiem e recompensem” seus funcionários ao invés de puní-los, para que o estresse no ambiente de trabalho diminua.
Estilo de vida - Estresse
Uma pesquisa divulgada pela Fundação Britânica para o Coração - British Heart Foundation - mostra que o risco de doenças cardíacas é maior do que se esperava para as mulheres que levam vida sedentária. O estresse no trabalho, a depressão e a falta de alimentação adequada são os principais fatores que levam a ataques cardíacos. As estatísticas da Fundação para o ano 2000 indicam que o estresse no trabalho - que afeta pelo menos um terço dos homens e mulheres - e a depressão podem prejudicar o coração, mas muita gente acaba piorando as coisas ao tentar buscar alívio. “Fumar, consumir bebidas alcoólicas, alimentos gordurosos, passatempos como assistir à TV, infelizmente são fatores de risco que podem aumentar maciçamente o risco de problemas cardíacos”, disse o Professor Andrew Stepped, indicado pela Fundação Britânica do Coração para participar do estudo. Ficar se apressando para ir ao trabalho no dia a dia não é o suficiente. Não é que as pessoas têm que começar a jogar squash imediatamente. Ir à pé de casa até a estação de trem e voltar de novo pra casa à pé pode dar às pessoas a meia hora de exercício físico diário de que elas precisam”, disse uma porta-voz da British Heart Foundation.
www.drrichardrach.com
44 ANEXO III
Estresse organizacional
O que fazer para reduzir gastos com tratamentos de doenças e garantir a melhor produtividade?
24/09/2004 - Fonte: Canal Executivo - O estresse é uma doença organizacional, que revela não só conflitos pessoais, mas também estruturas e ambientes de trabalho doentes. Para reduzir o estresse nas empresas, melhorar a produtividade e reduzir as faltas por doença com fundo emocional, é preciso muito mais do que apenas tratar indivíduos.
Como 70% das causas têm origem em problemas estruturais, ou seja, são gerados pela própria empresa, a solução passa por uma mudança drástica nos processos e na estrutura corporativa. Uma ferramenta para atacar o problema foi batizada de WSM (Work Stress Management).
Desenvolvido pela Testmat, especializada em performance no trabalho, o WSM é um programa para o tratamento e prevenção de enfermidades relacionadas à baixa performance organizacional. Por meio de estudos médicos e administrativos do estresse, o grupo verifica os impactos e elabora métodos para minimizar esse efeito devastador, garantindo qualidade de vida ao trabalhador e melhores índices produtivos.
É um projeto com duas etapas: individual (entrevistas com o trabalhador) e por setor (cada departamento da empresa recebe um diagnóstico). Os consultores definem o grau de estresse e as medidas para reduzir o impacto na organização. "Não adianta tomar atitudes isoladas, porque estas podem melhorar o ambiente momentaneamente, mas são paliativas. O estresse volta com a rotina. O que deve ser feito é corrigir os processos e as atitudes da empresa", explica o Dr. Marcos Lago, psiquiatra do Hospital das Clínicas e um dos responsáveis pelo WSM.
O médico explica que 70% das causas do estresse estão na estrutura e apenas 30% com a própria pessoa. "Sem equacionar as falhas do ambiente de trabalho, não adianta fazer nada. O gerenciamento do estresse passa pela mudança comportamental na empresa e nos procedimentos", comenta o dr. Lago, que coordenou projetos com resultados significativos na melhoria organizacional e na saúde do trabalhador, além de redução de despesas com planos de saúde.
A principal ferramenta do WSM é a identificação dos sinais físicos, psíquicos, mentais e comportamentais do chamado estresse tóxico. "Estudos feitos a partir da década de 30 confirmam que, a partir de um determinado ponto, o estr esse tóxico causa uma redução drástica na performance do indivíduo", afirma o psiquiatra.
O engenheiro e administrador Freddy Poetscher, sócio da Testmat, explica que a metodologia inclui a correção dos procedimentos em seis áreas: controle decisório; apoio dos colegas; relacionamento na empresa; papéis e responsabilidades; exigências da função e mudança organizacional. As alterações passam por quatro fases: diagnóstico e levantamento de impactos; discussão e validação com alta gerência; desenvolvimento das recomendações e preparação do plano de trabalho.
45 Mas o `tratamento´ não se encerra com a erradicação do estresse. É então que se inicia a fase de prevenção, realizada por meio de acompanhamento das áreas críticas, treinamentos e workshops periódicos. São atividades que promovem a melhoria contínua dos processos para a redução do estresse tóxico.
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46 ANEXO IV
Por um espaço saudável
O que funcionários e organizações estão fazendo para garantir qualidade de vida em seus ambientes de trabalho.
08/10/2004 - Fonte: Exclusiva - por Verônica de Lyra Maranhão*
Atualmente, percebemos que as pessoas estão mais atentas ao próprio estilo de viver e questionam mais a sua qualidade de vida, com isso estão procurando aprender a manter o equilíbrio no dia-a-dia, buscando sempre melhorar o processo de interiorização de hábitos saudáveis, aumentando a capacidade de enfrentar os desafios impostos, vivendo mais consciente e harmônico em relação ao meio ambiente, às pessoas e a si mesmo.
Em contrapartida, as organizações perceberam esse movimento e decidiram investir em programas de qualidade de vida, proporcionando aos seus colaboradores melhores condições de saúde e felicidade, contribuindo para o aumento do desempenho e produtividade organizacionais.
Dentro deste contexto, diversas ações e técnicas - Acupuntura, Shiatsu, alongamento, ginástica laboral, entre outras - estão sendo oferecidas aos colaboradores durante o seu horário de expediente. Atividades que tratam o ser humano de forma global, promovendo o equilíbrio entre mente, corpo e espírito, estão ganhando cada vez mais espaço no ambiente organizacional. Ao levar estas propostas até às organizações, estamos contribuindo para a mudança de hábitos e comportamentos que muitas vezes o dia-a-dia atribulado contribui para que nosso bem estar fique em segundo plano.
É sabido que trata-se de um trabalho de semear e regar a "plantinha" da sensibilização e da conscientização para que a transformação ocorra. No entanto, este é o caminho, pois as empresas já perceberam que o indivíduo feliz e harmonizado é um verdadeiro agente de mudanças, é integrador, é motivado, é produtivo e isto resulta em um ambiente saudável, alegre e, como conseqüência, ocorre a melhoria na qualidade dos produtos e serviços oferecidos aos clientes, sem falar na redução do índice de absenteísmo, custos com seguro saúde, deslizes no desenvolvimento dos projetos, etc.
Aqui vai uma dica: se você é um empregador, reflita sobre o bem estar de seu colaborador. Seja um verdadeiro agente de mudança. Promova momentos em sua organização em que a qualidade de vida de sua equipe possa ser aprimorada. Você vai gostar do resultado. Invista em seu maior patrimônio: a sua equipe de colaboradores!
* administradora de empresas, especialista em Recursos Humanos, sócia-diretora do Espaço Arte de Curar Consultoria em Qualidade de Vida.
www.relatoriorh.com.br/noticias/2004100801.htm
47 ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO........................................................................................................... 1
AGRADECIMENTO........................................................................................................... 2
DEDICATÓRIA................................................................................................................... 3
RESUMO............................................................................................................................. 4
METODOLOGIA ................................................................................................................ 5
SUMÁRIO............................................................................................................................ 6
INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 7
CAPÍTULO 1 - ESTRESSE O MAL DO SÉCULO....................................................... 8
CAPÍTULO 2 - ESTRESSE DENTRO DE EMPRESAS............................................ 15
CAPÍTULO 3 - BURNOUT O ESTRESSE ELEVADO..............................................24
3.1 RH E O BURNOUT................................................................................................... 27
3.2 A MAIOR ARMA NO COMBATE AO BURNOUT...............................................31
CAPÍTULO 4 - QUALIDADE DE VIDA........................................................................ 33
CONCLUSÃO...................................................................................................................38
BIBLIOGRAFIA................................................................................................................39
ANEXO I ............................................................................................................................42
ANEXO II ...........................................................................................................................43
ANEXO III..........................................................................................................................44
ANEXO IV .........................................................................................................................46
ÍNDICE...............................................................................................................................47
FOLHA DE AVALIAÇÃO...............................................................................................48
48
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
Título da Monografia: O ESTRESSE NO TRABALHO
Autor: MIRIANE PEDERNEIRAS DA COSTA
Data da entrega: 11/04/2005
Avaliado por: Conceito: