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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO - LOGÍSTICA EMPRESARIAL Autora: Érica Puppin Guedes Orientador: Prof. André Gustavo TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO APLICADA À LOGÍSTICA ENTRE EMPRESAS DA CADEIA DE SUPRIMENTOS DE ALIMENTOS E BEBIDAS DO BRASIL Rio de Janeiro Setembro de 2004

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO - LOGÍSTICA EMPRESARIAL

Autora: Érica Puppin Guedes

Orientador: Prof. André Gustavo

TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO

APLICADA À LOGÍSTICA ENTRE EMPRESAS DA

CADEIA DE SUPRIMENTOS DE

ALIMENTOS E BEBIDAS DO BRASIL

Rio de Janeiro

Setembro de 2004

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2 UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” - LOGÍSTICA EMPRESARIAL

PROJETO A VEZ DO MESTRE

TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO

APLICADA À LOGÍSTICA ENTRE EMPRESAS DA

CADEIA DE SUPRIMENTOS DE

ALIMENTOS E BEBIDAS DO BRASIL

OBJETIVO: Poder traçar o grau de desenvolvimento em que as empresas do ramo de

alimentos e bebidas se encontram no que diz respeito a investimento em

tecnologia de informação aplicada à logística e, conseqüentemente, saber

qual o nível de competitividade em que as mesmas atuam neste mercado.

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AGRADECIMENTOS

Aos meus familiares pelo incentivo.

Ao meu tio Áureo pelo apoio.

Ao meu marido pela paciência.

Ao Prof. André Gustavo e ao Prof. Cereja pela compreensão e

orientação.

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DEDICATÓRIA

Aos meus pais pelo amor e dedicação de sempre,

ao meu tio Áureo pelo carinho e apoio e

ao meu marido pelo companheirismo de todos os dias.

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RESUMO

No Brasil, ainda são poucas as publicações que tratam do desenvolvimento da

logística empresarial, o que dirá da adoção de Tecnologia de Informação aplicada à

logística, fato este que incentivou a elaboração deste projeto de pesquisa, o qual tem

como objetivo analisar a utilização da tecnologia de informação dentro da estrutura

logística de médias e grandes empresas brasileiras pertencentes ao elo

produção/comercialização no setor de alimentos e bebidas.

Com o crescente acirramento do ambiente competitivo, intensificado pela

globalização da economia, combinado com as mudanças tecnológicas e as novas

práticas de mercado como, por exemplo, o ECR (Eficient Consumer response –

Resposta eficiente ao consumidor), tem-se favorecido o desenvolvimento da logística

em todos os seus aspectos, considerando de forma sistêmica todas as atividades que se

relacionam direta e indiretamente aos fluxos físico e de informação da cadeia de

suprimento.

A globalização tem trazido competidores mais capacitados a este mercado

nacional, com maior variedade de produtos e melhores níveis de serviço, e isto pode

estar fazendo com que as empresas modifiquem suas práticas tradicionais de fazer

negócio, estimulando a adoção de estratégias empresariais fundamentadas em soluções

logísticas capazes de reverter às ameaças geradas pelo inevitável aumento da

complexidade operacional.

Uma empresa tem que ser competitiva dentro de seu sistema e este, por sua vez,

tem de ser eficientemente coordenado, para que mudanças no ambiente sejam

rapidamente repassadas de um lado a outro do sistema, de forma a promover sua

adaptação à nova realidade. Deste modo, a informação deve fluir rapidamente entre os

elos do sistema, pois é na rapidez com que este se adapta a uma nova tendência,

oferecendo antes dos demais o produto desejado pelo consumidor, que será medida a

sua competitividade final.

A tecnologia da informação tem causado enormes impactos à estrutura de

distribuição, principalmente quanto à agilidade de obtenção e troca de dados e suas

análises e à redução de custos. Estes impactos ocorrem no sistema para frente, em

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6 direção aos consumidores, para trás, rumo às unidades produtoras, e internamente, nos

processos de gestão.

A utilização estratégica da tecnologia de informação, como parte da estratégia da

empresa, pode resultar em uma significante vantagem competitiva, como, por exemplo,

o encontro de novos canais de distribuição, novos produtos e mercados.

Assim, este projeto de pesquisa visa conhecer, de maneira mais profunda, como

está desenvolvida a utilização da tecnologia de informação dentro da organização

logística de um conjunto de empresas que se relacionam dentro do supply chain do setor

de alimentos e bebidas.

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METODOLOGIA

A metodologia utilizada para o desenvolvimento deste trabalho consistiu em

uma pesquisa, realizada pelo Centro de Estudos em Logística – CEL/COPPEAD/UFRJ,

que se utilizou de um questionário elaborado por eles, detalhado sobre as diversas

aplicações da tecnologia de informação em diferentes áreas da estrutura logística da

cadeia de suprimentos de alimentos e bebidas, o qual foi aplicado às empresas

participantes pertencentes ao elo produção/comercialização do referido setor econômico

do Brasil.

Após a coleta do questionário, os dados foram organizados e analisados e então,

com base em livros, trabalhos técnico-científicos, artigos, sites especializados no

assunto e vários outros acervos bibliográficos, pode ser traçada a relação existente entre

eles e o modelo proposto.

Ao final são apresentadas as conclusões resultantes desta pesquisa, bem como

anexado o questionário aplicado.

A explicação detalhada sobre a metodologia utilizada está explicitada no

capítulo 3 deste trabalho.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 09

2. REVISÃO DA BIBLIOGRAFIA 14

3. METODOLOGIA DA PESQUISA 18

4. ANÁLISE DOS RESULTADOS 23

5. CONCLUSÕES 50

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 57

ANEXO 58

APÊNDICE 59

ÍNDICE 65

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1. INTRODUÇÃO

1.1 O Assunto: Motivação da Pesquisa

A logística sempre foi vista como um simples conjunto de atividades

operacionais ligadas aos transportes e geradora de custos: um mal necessário. Na visão

tradicional, a logística foi definida como “um conjunto de disciplinas técnicas, que trata

do fluxo de materiais, desde a matéria-prima até o produto acabado, dentro de uma ótica

de racionalidade econômica” (César Lavalle – 1995).

As mudanças mercadológicas: a globalização da economia, turbulência no

cenário econômico brasileiro, o aumento da competitividade, a era informacional e a

mudança no comportamento do consumidor, são alguns dos fatores que têm favorecido

o desenvolvimento da logística em termos conceituais e tecnológicos.

A partir desses fatores, o conceito de logística tem migrado de uma visão

fragmentada para uma visão integrada, de um conjunto de disciplinas técnicas para um

conjunto de processos, que envolvem o manuseio e o fluxo de insumos, materiais em

processo e produtos acabados desde o primeiro fornecedor até o consumidor final (por

toda a cadeia de suprimentos). Surge, então, uma premissa: a Tecnologia de Informação

(TI).

A excelência no processo de implementação de estratégias é a pedra de toque da

competitividade. Na gestão empresarial, a busca de competitividade deve ser orientada

por três fatores: o mercado, a tecnologia e os processos. A orientação pela tecnologia

pode ser exemplificada pelos avanços em pesquisa e desenvolvimentos de produtos, na

indústria e particularmente na tecnologia da informação. Na tecnologia repousam as

maiores oportunidades para o aumento da qualidade e a redução dos custos dos produtos

vendidos pelas empresas. Não há chance de ser competitivo no mercado global sem

grandes investimentos em tecnologia.

A tecnologia da informação tem causado enormes impactos à estrutura de

distribuição, principalmente quanto à agilidade de obtenção e troca de dados e análises e

à redução de custos. Estes impactos ocorrem no sistema para frente, em direção aos

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10 consumidores, para trás, rumo às unidades produtoras, e internamente, nos processos de

gestão.

Para frente, os programas ECR, devido a recursos de informática, códigos de

barras e outros, permitem aos varejistas ter, momento a momento, um retrato das

vendas, da efetividade de promoções, do comportamento dos consumidores, entre outras

informações. Possibilitam, também, o acompanhamento histórico dos produtos, com

relação a sazonalidade, efeitos de promoções dos concorrentes, previsão de demanda

futura, atividades de merchandising e seus efeitos etc.

A tecnologia traz, ainda, redução das filas e do tempo de permanência nas lojas,

aumenta a agilidade e o conforto, valoriza o tempo e amplia o bem-estar do consumidor,

tornando a experiência de compra mais interessante. Gera também maior

disponibilidade de serviços, como informações em terminais, impressoras de cheques,

pagamentos com cartões, balanças eletrônicas para produtos de pesos variáveis,

consultas eletrônicas de preços e características específicas dos produtos, sugestões de

roteiros, terminais de orientação aos consumidores sobre o que se oferece na loja etc.

O avanço da tecnologia libera, consequentemente, espaços que passam a ser usados para

o oferecimento de serviços de alimentação e outros, de modo a abranger o máximo das

necessidades dos consumidores na loja. A tecnologia permite certas combinações de

fatores de decisão racionais e de impulsos emocionais que acaba gerando maior

propensão à compra por parte do consumidor.

A tecnologia da informação e os serviços geram impactos na distribuição para

trás, em direção à indústria de processamento e de transformação. Esta tendência indica

um gerenciamento integrado dos estoques entre atacado/ varejo e essas indústrias, a

otimização do transporte, os carregamentos mais frequentes, o emprego de técnicas de

Just-In-Time e de containers de formato adequado para reduzir o manuseio (entregas

dos produtos já nos pallets para carregamento). A tecnologia propiciará, também, a

tomada de pedidos e a troca de informações informatizadas, as embalagens adequadas

às marcas próprias, com códigos de barras, o controle integrado da qualidade, as

estratégias comerciais e promocionais conjuntas e o compartilhamento de informações e

ganhos.

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Para dentro do segmento de distribuição, os benefícios da tecnologia da

informação estão ligados à automatização de estoques, compras, contabilidade,

precificação, crédito, cobrança e distribuição. Assim, será possível reduzir custos,

papéis, desperdícios, erros, perdas por manuseio e o próprio emprego de mão de obra. A

tecnologia permitirá a liberação de áreas antes reservadas aos enormes estoques e que

passarão a servir à finalidade principal da loja, que é vender ao consumidor. Enfim, a

tecnologia facilita qualidade maior no gerenciamento administrativo e cria condições

para maior rentabilidade por linha de produto e por capital empregado no ponto-de-

venda.

Um efetivo gerenciamento da cadeia de suprimentos pode fornecer um melhor

caminho para se obter uma maior vantagem competitiva. A idéia do gerenciamento da

cadeia de suprimentos deve estar lincada com o consumidor final, o canal de

distribuição, o processo de produção e com a atividade de serviço ao cliente, tudo isto a

um baixo custo total. Um dos fatores capaz de ir ao encontro desta idéia é através do uso

efetivo da tecnologia de informação.

O reconhecimento da importância da tecnologia de informação na atividade

logística já atingiu os elos da cadeia de suprimentos. O varejo já percebeu a necessidade

de melhorar, cada vez mais, o nível de serviço ao cliente e de redução nos níveis de

estoques, o que tem gerado um grande investimento em tecnologia. Já no setor

industrial, o movimento para a atividade de suprimento global (“Global Sourcing”) e o

processo JIT (“Just-In-Time”) têm contribuído para este tipo de investimento.

A tecnologia de informação pode ser um recurso estratégico que facilita a troca

no comportamento competitivo, no marketing e no serviço ao cliente. Na essência, a

tecnologia de informação pode ser um recurso que aproxima a “orientação de

marketing” e a “exploração tecnológica” de uma organização, que logicamente tenha

sido gerenciada corretamente.

Em termos de publicações sobre logística empresarial, o Brasil se encontra,

ainda, aquém de possuir um bom acervo bibliográfico, o que dizer sobre TI aplicada à

logística. Em 1994, César Roberto Lavalle, junto com o CEL/COPPEAD/UFRJ,

desenvolveu uma pesquisa baseada em estudos de caso, na qual foi avaliado o estágio

de desenvolvimento da organização logística em grandes (dez) empresas brasileiras. Por

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12 se tratarem de empresas pertencentes aos vários setores da economia brasileira, foram

identificados níveis diferentes de complexidade, o que tornou difícil a análise

generalizada das empresas.

Sugeriu-se, então, uma nova pesquisa que abrangesse apenas um setor da

economia de modo a facilitar a análise. O setor de alimentos e bebidas foi o escolhido

por ter apresentado, desde o Plano Real, o maior crescimento dentre os demais setores

da economia brasileira.

Por outro lado, nos encontramos no auge, ou talvez ainda no início, da era

informacional. A informação / informatização está gerando grandes transformações nas

pessoas, na sociedade e no mundo. Está aí a explicação da escolha do assunto, que trata

da TI aplicada à logística integrada.

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1.2 Organização do Estudo

O capítulo 2 mostra um breve histórico sobre a evolução do conceito de logística

e, em seguida, situa o Brasil no contexto histórico atual referente ao assunto da

pesquisa.

No capítulo 3 é descrita, além do modelo conceitual adotado, a metodologia

utilizada na coleta e análise das respostas do questionário (em anexo).

No capítulo 4 são apresentados os resultados da pesquisa, dos quais é

identificado o estágio das empresas pesquisadas no que se refere à adoção de TI, como

também são mostradas as tendências futuras (através das análises dos níveis de

importância atribuídos).

E no capítulo 5, enfim, são relatadas as principais conclusões e, quem sabe não

surgirão sugestões para trabalhos futuros.

Após as conclusões, segue, em anexo, o questionário utilizado na pesquisa.

Para maiores esclarecimentos a respeito de assuntos abordados durante o

trabalho, foram colocados três apêndices (A, B e C), que discorrem, sucintamente, sobre

EDI, Gerência de Categoria e, por fim, fecha com pequeno dicionário esclarecedor de

termos.

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2. REVISÃO DA BIBLIOGRAFIA

2.1 Evolução do Conceito de Logística e Interface com a TI

No Brasil, são poucas as publicações que tratam de logística, menos ainda as que

dissertam sobre o atual conceito de logística integrada, e quase inexistentes as que

expõem sobre tecnologia de informação aplicada à logística. Talvez isso ocorra por ser

um assunto muito atual, do qual não se têm, ainda, resultados concretos e de longo

prazo destas aplicações. Além disso, as tecnologias estão crescendo e mudando em

ritmo muito mais acelerado do que se pode acompanhar e avaliar antes de uma próxima

mudança.

A evolução do conceito de logística será exposta até se chegar a atual definição

de logística integrada. E o conceito de logística integrada pressupõe a aplicação, com

sucesso, da TI.

A logística sempre foi, e ainda é, em muitas empresas nacionais, considerada

como uma atividade estritamente técnica, sempre vista como sinônimo de transportes

acrescida de custos.

Alguns autores como Ballou (1993), Closs (1990), Lambert (1993), Bowersox

(1986) e Poist (1986), foram, ao longo do tempo, reavaliando, se complementando e

reescrevendo o conceito de logística. A abordagem de integração funcional vinha

tomando o lugar de abordagem fragmentada.

A definição mais atual de logística foi a apresentada pelo “Council of Logistics

Management” (1991): “ Corresponde ao processo de planejamento, implementação e

controle eficiente e efetivo do fluxo e armazenagem de insumos, materiais em processo

e produtos acabados, assim como informações relacionadas, desde o ponto de origem

até o ponto de consumo, com o propósito de atender aos requisitos do serviço ao

cliente.”

Percebe-se, desta forma, que o atual conceito de logística está intimamente

atrelado às atividades de marketing e serviço ao cliente, se preocupando com a

minimização dos custos e se responsabilizando pelas atividades de suprimentos /

transportes / distribuição. A logística deixou de ser operacional para fazer parte das

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15 funções estratégicas. Mas para que se torne uma estratégia bem sucedida surge uma

premissa básica: a aplicação certa da tecnologia adequada.

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2.2 Situando o Brasil

Nos EUA e na Europa, estes conceitos já se encontram bastante difundidos e

enraizados no ambiente empresarial.

No Brasil, temos alguns fatores que vêm modificando a abordagem da logística

de forma a tender para o conceito de logística integrada.

Antes do Plano Real (1994), a economia nacional era sensivelmente instável.

“Todos” obtinham seus ganhos sobre os efeitos da inflação, lucrando muito mais através

das operações financeiras do que por meio de seus próprios negócios.

Com a adoção do Plano Real, atingiu-se a estabilidade da moeda, pela qual o

Brasil ainda não havia passado. Com a inflação quase inexistente, houve uma redução

considerável da margem de lucro sobre as operações financeiras. As ineficiências

operacionais, antes camufladas com os ganhos da economia, começaram a transparecer,

exigindo que começasse a ser dada maior atenção aos processos. Além disso, o mercado

começou a se tornar globalizado e, por conseguinte, mais competitivo.

Esta concorrência levou a indústria de alimentos e bebidas a se desdobrar,

fazendo novos lançamentos e tornando seus produtos mais atraentes para o consumidor

final, com maior valor agregado, a fim de evitar a diminuição da margem de lucro.

Este acirramento da concorrência forçou estas indústrias a operarem com

margens cada vez mais reduzidas e com volumes de produção crescentes. O setor viveu

um processo de grandes avanços de produtividade.

Os volumes de produção cresceram, mas os lucros ficaram cada vez menores.

Depois de uma explosão de consumo após o Plano Real, as empresas, indústria e

comércio, convivem, agora, com uma acomodação do mercado. Os lançamentos de

novos produtos, porém, não pararam. O acirramento da concorrência, provocado pela

globalização, e reforçado por esta acomodação do mercado, vem exigindo que as

empresas se inovem para sobreviver.

Cada vez mais produtos e serviços são oferecidos aos consumidores, por

empresas multinacionais, com qualidades superiores e preços sensivelmente inferiores;

o que, conseqüentemente, faz com que as empresas nacionais reduzam suas margens de

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17 lucro a fim de se manterem concorrentes, ou até mesmo para sobreviverem, enquanto

não estabelecem alguma estratégia com redução de custos sem redução de qualidade.

O consumidor, por outro lado, vem se tornando cada vez mais exigente, não se

contentando somente com biscoitos de água e sal ou de maisena, por exemplo. Ele quer

biscoito recheado vitaminado, waffer, cookie importado... Até os tradicionais biscoitos

de água e sal apresentam novas versões, com gergelim.

As empresas já perceberam esta mudança no comportamento do consumidor.

Existe uma clara tendência de sofisticação de todas as faixas de poder aquisitivo.

As indústrias de alimentos e bebidas faturam bilhões de dólares por ano,

correspondendo cerca de 9% do PIB. Os investimentos feitos por elas na aquisição de

equipamentos somam cerca de 1,5 bilhões de dólares. O que confirma e ressalta a

importância de novas TIs aplicadas à Logística – Global e Integrada. Os demais

investimentos estão distribuídos em partes iguais no lançamento de novos produtos e

em propaganda e marketing.

Outra tendência detectada é o grande crescimento do serviço de entrega de

alimentos e bebidas. A maioria das refeições são feitas fora de casa ou encomendadas.

Fato este que reforça a crescente importância da logística na cadeia de suprimentos

como um todo, como também a relevância da TI como ferramenta facilitadora na

obtenção e manutenção de qualquer diferencial perante o mercado.

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3. METODOLOGIA DA PESQUISA

3.1 O Modelo

Esta pesquisa baseou-se em uma pesquisa anteriormente realizada por César

Lavalle, a qual utilizou o modelo proposto por Bowersox (1992), publicado a partir dos

resultados de outra pesquisa, em seu livro “Leading Edge Logistics: Competitive

Positioning for the 90’s”. O modelo oferece uma moldura conceitual para explicar a

experiência de empresas que possuem um desempenho logístico superior à prática de

mercado.

Segundo o modelo (figura 2), o desenvolvimento simultâneo dos atributos

Formalização, Monitoramento de Desempenho e Adoção de Tecnologia gera

Flexibilidade do sistema para atender as demandas inesperadas do mercado.

A Formalização pressupõe a organização integrada das funções e metas da

logística e de padrões de operação estabelecidos.

Entretanto, para manter esta Formalização, há a necessidade de constante

Monitoramento, para aferir seu desempenho afim de, posteriormente, estabelecer as

mudanças de rumo.

Dependendo da complexidade da empresa, gera-se uma enorme massa de dados

que, por sua vez, só torna possível um bom sistema de indicadores adequado com o

avanço da Tecnologia para a manipulação e transmissão das informações.

O ciclo se fecha uma vez que um plano logístico (componente básico do atributo

Formalização) demanda informações em quantidade, precisão e tempo hábil para sua

consecução.

A partir do momento em que este ciclo de traduz em capacitação gerencial para

lidar com as adversidades e/ou oportunidades de mercado, gera-se Flexibilidade.

Se neste trabalho fossem abordados os demais atributos além da Tecnologia de

Informação, poderia talvez me tornar repetitiva. Para este projeto foram utilizadas,

somente, as questões referentes ao atributo Tecnologia de Informação, visto o foco do

trabalho.

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FORMALIZAÇÃOMONITORAMENTO

DE DESEMPENHO

ADOÇÃO DE TECNOLOGIA

FLEXIBILIDADE

Figura 1 – O modelo

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3.2 Base de Análise

Considerada a importância do setor de alimentos e bebidas do Brasil dentre os

demais setores da economia e encontrados os melhores do ranking do comércio e da

indústria, participaram da pesquisa 26 empresas, 11 do comércio (atacado e varejo) e 15

da indústria.

Os resultados deste estudo devem ser vistos como análise prática da atualidade

das participantes e devem ser entendidos como indícios a serem aprofundados em

estudos futuros.

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3.3 Questões da Pesquisa

Dada a motivação do projeto, mostrada no primeiro capítulo deste trabalho,

surgem algumas questões que deverão ser elucidadas ao longo da análise dos resultados.

1- Quais as tecnologias de hardware operacional e computacional estão sendo

utilizadas pelas empresas estudadas e qual grau de importância atribuído a

elas?

2- Qual o grau de integração entre os sistemas gerenciais e os terminais de

PDVs (Pontos De Vendas)?

3- Como se encontra o processo de reposição automática de estoque entre estas

empresas?

4- Quais sistemas de informação associados à logística são mais utilizados

atualmente? E os de maior importância?

5- Em que estágio se encontra a adoção das técnicas do EDI nas empresas

pesquisadas?

6- Interno às empresas, qual departamento costuma demandar maior

necessidade de adoção de TI?

7- Quais as formas mais freqüentes de acesso a novas TIs?

8- Qual o grau de influência das entidades externas às empresas para a adoção

de novas TIs?

9- Quais as maiores dificuldades enfrentadas por uma empresa quando da

adoção de nova TI?

10- Como se encontra o nível de qualidade das informações disponíveis às

empresas?

11- Quais os níveis de satisfação dos entrevistados perante aos sistemas

logísticos já existentes nas empresas?

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3.4 Coleta de Dados

A coleta de dados começou a ser feita, inicialmente, por meio de entrevistas

pessoais com a utilização do questionário em anexo.

Posteriormente, devido à falta de verbas e tempo para visitar as empresas

pertencentes a outros Estados, alguns questionários foram enviados por fax, e suas

respostas monitoradas por telefone.

O questionário adotado neste trabalho constitui de uma primeira versão adaptada

do questionário utilizado por César Lavalle em sua pesquisa e, por conseguinte, de uma

segunda versão adaptada do questionário original desenvolvido por Bowersox (1989).

Primeiramente, procurou-se obter informações gerais das empresas para que

pudesse dimensionar o tamanho dos negócios.

Vale ressaltar que, para as respostas das questões, ao entrevistados basearam-se

apenas em suas experiências e percepções individuais sobre os itens questionados.

A análise dos dados referentes aos níveis de adequação aos indicadores foi

baseada no gap entre o nível máximo (5) e o nível de adequação atual percebido pelo

entrevistado, ou seja, mediu-se o nível de insatisfação. Esse nível de insatisfação foi

ponderado com relação ao grau de importância atribuído pelo entrevistado. Por último,

o gap ponderado foi normalizado para melhor visualização dos resultados.

Dados: Nível máximo de importância = 5

Nível máximo de adequação = 5

Gap = Nível máximo de adequação – Nível adequação percebido

Gap ponderado = (Gap * Nível de importância) / Nível máximo de importância

Gap normalizado (%) = (Gap ponderado * 100) / Nível máximo de adequação

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4. ANÁLISE DOS RESULTADOS

4.1 - Hardwares Operacionais e Computacionais:

A análise sobre o nível de adoção de T.I. hardware foi dividida em 2 grandes

grupos de tipos de hardwares: 11 computacionais e 8 operacionais.

Hardware Operacional

Nível de Importância

No que diz respeito ao nível de importância atribuído pelas empresas aos

hardwares operacionais, notamos (Tabela 1 e Gráfico 1) que tanto o comércio quanto a

indústria atribuem grande valor à utilização do código de barras/ scanning ótico nas

operações de transporte/ armazenagem e de entrada de dados no PDV. Este fato é

perfeitamente explicado quando vemos os investimentos que tem sido feitos em ambos

os lados da cadeia de suprimentos para uma melhor performance (qualidade e rapidez)

do fluxo de materiais e de informação, dentro desta cadeia, na atual “corrida” contra o

tempo.

Tecnologias de Informação Operacionais comércio indústria

Nível de Importância média média código barras/scanning (embalagem transp./armaz.) 4.73 3.79 código barras/scanning (entrada de dados no PDV) 4.55 3.89 veículo de entrega c\ computador à bordo 3.55 3.47 sistema automático de armazenagem e recuperação 3.45 3.36 empilhadeira c\ computador à bordo 3.18 3.14 equip.automático de manipulação material 2.80 3.71 equipam.de rastreamento de veículo 2.80 3.29 robótica 2.10 2.21

Escala: Tabela 1 1 = pouca importância 5 = muita importância

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Nível de Insatisfação

Quando passamos a analisar estes mesmos atributos, porém, com relação ao

nível de insatisfação vemos (Gráfico 2) que no comércio o maior percentual de

insatisfação está relacionado com os sistemas automáticos de armazenagem e

recuperação, e na indústria com as empilhadeiras com computador a bordo, atributos

estes que no momento anterior são vistos como importantes para estes 2 seguimentos e

que talvez por uma carência com relação a estes itens nestes setores, que de fato

poderiam facilitar no fluxo de materiais, passam a gerar esta insatisfação.

Tecnologia de Informação Operacionalaplicada à logística

NÍVEL DE IMPORTÂNCIAvalores percentuais de empresas

40 50 60 70 80 90 100

ROBÓTICA indústria

comércioEQUIP. AUTOM.MANIPULAÇÃO MAT.

EQUIP. RASTREAM.VEÍCULO

EMPILHADEIRA C/COMPUTADOR

SIST. AUTOM. ARMAZ.E RECUPERAÇÃO

VEÍCULO C/COMPUTADOR

SCANNING / PDV

SCANNING / ARMAZ.

Gráfico 1

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25

Hardware Computacional

Nível de Importância

Quanto aos hardwares computacionais nota-se (Tabela 2) que o comércio e a

indústria atribuem grande importância à rede locais, consideradas agilizadoras no fluxo

de informações dentro da organização.

Tecnologias de Informação Computacionais comércio indústria Nível de Importância média média

rede local 4.73 4.21 rádio frequência 4.11 3.38 comunicação por satélite 4.00 3.71 coletor de dados manual 3.55 3.71 notebook (suporte a vendas) 3.30 3.93

Escala: Tabela 2 1 = pouca importância 5 = muita importância

NÍVEL DE INSATISFAÇÃOvalores percentuais de empresas

Tecnologia de Informação Operacionalaplicada à logística

30 35 40 45 50 55 60

ROBÓTICA

EQUIP. AUTOM.MANIPULAÇÃO MAT.

EQUIP. RASTREAM.VEÍCULO

EMPILHADEIRA C/COMPUTADOR

SIST. AUTOM. ARMAZ.E RECUPERAÇÃO

VEÍCULO C/COMPUTADOR

SCANNING / PDV

SCANNING / ARMAZ.

indústria

comércio

Gráfico 2

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26

Nível de Insatisfação

Já quando falamos em nível de insatisfação destes hardwares computacionais

(Gráfico 4), os 2 seguimentos (comércio e indústria) colocam as redes locais em último

lugar, sinalizando que estão bem equipados quanto a este item.

Tecnologia de Informação Computacionalaplicada à logística

NÍVEL DE IMPORTÂNCIAvalores percentuais de empresas

50 55 60 65 70 75 80 85 90 95

NOTEBOOK / VENDAS

COLETOR DADOSMANUAL

COMUNICAÇÃO PORSATÉLITE

RÁDIO FREQUÊNCIA

REDE LOCAL

indústria

comércio

Gráfico 3

Tecnologia de Informação Computacionalaplicada à logística

NÍ VEL DE INSATISFAÇÃOvalores percentuais de empresas

NOTEBOOK / VENDAS

COLETOR DADOSMANUAL

COMUNICAÇÃO PORSATÉLITE

RÁDIO FREQUÊNCIA

REDE LOCAL

15 20 25 30 35 40 45 50

indústria

comércio

Gráfico 4

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27 Ainda no item hardware computacional, verificando as tecnologias que as

empresas possuem, aplicadas em suas operações logísticas, vemos (Gráfico 5) que a

grande maioria do comércio e da indústria apontam em 1º plano para a utilização do

microcomputador nos seus processamentos de dados, e a inexistência de captadores

vocais de dados em suas operações.

Tecnologia de Informação Computacionalaplicada à logística

EMPRESAS QUE POSSUEM AS TECNOLOGIAS ABAIXOAPLICADAS EM OPERAÇÕES LOGÍSTICAS

valores percentuais de empresas

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

MICROCOMPUTADOR

MAINFRAME

MINICOMPUTADOR

FIBRA ÓTICA

CD-ROM

CAPTADOR VOCALDADOS indústria

comércio

Gráfico 5

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4.2 Nível de Utilização de PDVs (terminais de Pontos de Venda):

As empresas pesquisadas foram analisadas segundo a utilização de PDVs e

como esses estão interligados aos seus sistemas/aplicativos gerenciais.

A questão foi elaborada para ser respondida apenas pelas empresas do varejo,

mas 20% das indústrias, por possuírem lojas, responderam esta questão, afirmando que

utilizam terminais de PDVs. Das empresas varejistas pesquisadas, todas (100%) já

utilizam.

Analisando separadamente as respostas das indústrias, quanto à integração dos

sistemas e/ou aplicativos gerenciais, percebeu-se que, além de não formarem um

conjunto significativo de dados, não apresentaram muita diferença das respostas dadas

pelas empresas varejistas, permitindo que fossem avaliadas como pertencentes ao

mesmo conjunto de dados.

As empresas que possuem PDVs (ver tabela 03) apontaram os sistemas

gerenciais de cálculo de margem dos produtos e de pedidos aos fornecedores (27,2% e

25,4%, respectivamente) como os aplicativos que mais freqüentemente se encontram

integrados aos PDVs. Em contrapartida, as empresas colocaram o sistema de database

marketing como o aplicativo que menos se encontra integrado aos seus PDVs (3,4%).

Estes percentuais foram calculados da seguinte forma:

X% = nº de vezes que um sistema é apontado como integrado ao PDV

nº total de empresas que possuem PDV

Verificou-se também que as empresas possuem seus sistemas gerenciais mais

integrados aos PDVs em níveis de administração central (54,2%) do que em nível de

loja (45,8%).

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Sistemas Integrados ao PDV Loja % Adm. Central % %

Cálculo de margem dos produtos 11,9 15,3 27,2

Pedidos aos fornecedores 11,9 13,5 25,4

Controle de Estoques 11,9 10,1 22,0

Movimentação Financeira 10,1 11,9 22,0

Database Marketing 0,0 3,4 3,4

Total 45,8 54,2 100,0

Tabela 03

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4.3 Processo de Reposição de Estoque – Nível de Integração

Comércio/Indústria

Esta questão da pesquisa que pergunta sobre o nível de integração

comércio/indústria, em relação ao processo de reposição automática de estoque, foi

analisada apenas para indústria, devido ao fato das empresas de comércio entrevistadas,

na sua maioria (75%), não terem respondido a esta questão. As empresas do comércio

que responderam (25%) afirmaram enviar 100% do volume de seus pedidos aos seus

fornecedores a cada negociação, revelando existir pouca integração no elo

comércio/indústria. Sendo assim, as respostas dadas pelos comerciantes são

consideradas insuficientes e não são representativas para analisar esta questão. Talvez

essas empresas não tenham entendido a questão, ou consideraram ser uma questão

voltada para a indústria.

Analisando o nível de adoção de TI no que se refere à integração entre comércio

e indústria (ver tabela 04), verificou-se que 26,7% das indústrias têm acesso ao estoque

do cliente (comércio), mas os pedidos só são efetuados pelo próprio cliente (comércio),

e que 13,3% das indústrias (fornecedor) acessam e gerenciam o estoque global do

cliente (comércio) com reposição automática. Esta análise mostra que já existe alguma

integração no elo fornecedor/cliente, pois 40% das indústrias pesquisadas afirmaram já

ter acesso ao estoque do cliente, apesar de apenas 13,3% delas gerenciarem o estoque

global de seus clientes.

Visualizando por outro ângulo, 60% das indústrias recebem o pedido enviado

pelo cliente (comércio) a cada negociação, mostrando que ainda se encontra fraco o

nível de integração do processo de reposição automática de estoque entre comércio e

indústria.

Nível de Integração % das Indústrias

Pedidos enviados pelos clientes a cada negociação 60,0

Acesso ao estoque do cliente c/ pedidos feitos pelo cliente 26,7

Acesso e gerência do estoque global cliente c/ reposição automática 13,3

Acesso e gerência estoque cliente - nível loja c/ reposição automática 0,0

Tabela 04

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4.4 Sistemas de Informação

Nível de Importância

Comércio

Dos 32 sistemas de informação listados no questionário, avaliado segundo a

média das empresas pesquisadas (ver tabela 05), os que foram considerados mais

importantes pelas empresas do comércio, em ordem decrescente foram 7 (sete): controle

de estoques, monitoramento de desempenho, apoio à entrada remota de pedidos,

compras, executive information system, processamento de pedidos e transmissão

eletrônica de pedidos.

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Nível de importância dos sistemas de informação - comércio NÍVEL DE IMPORTÂNCIA média mediana controle de estoques 4,7 5,0 monitoramento de desempenho 4,7 5,0 apoio a entrada remota de pedidos 4,6 5,0 compras 4,6 5,0 executive information system 4,6 5,0 processamento de pedidos 4,6 5,0 transmissão eletrônica de pedidos 4,6 5,0 consolidação de cargas - entrega 4,5 5,0 lucratividade por linha de produto 4,5 5,0 modelagem do sistema de distribuição 4,5 5,0 armazenagem-seleção de pedidos 4,5 4,5 previsão de vendas 4,4 5,0 armazenagem-localizador de mercadoria 4,4 5,0 consolidação de cargas - suprimentos 4,4 4,5 armazém-CAD 4,3 4,5 data warehouse 4,3 4,5 recebimentos de pedidos 4,3 4,5 data base marketing 4,2 4,0 armazenagem- short time scheduling 4,1 5,0 armazenagem-recepção de pedidos on-line 4,1 5,0 roteirização e programação do transporte 4,1 4,5 armazenagem-alocação de carga de trabalho 4,0 4,5 gerenciador de espaço em prateleiras/gôndolas 4,0 4,5 gestão de canais de distribuição 4,0 4,0 suporte financeiro 3,9 4,0 frete (pagamento e auditagem) 3,8 4,0 entrega direta aos pontos de venda 3,7 4,0 CAD - loja 3,7 3,0 gerenciamento por categorias 3,4 4,0 DRP 3,0 3,0 inteligência artificial 3,0 3,0 MRP 2,6 3,0 média 4,1 4,5

Escala: 1 = baixa importância Tabela 05

5 = alta importância

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33 Indústria

As indústrias consideraram (ver tabela 06), segundo a mesma forma de avaliação

feita para o comércio, 6 (seis) sistemas de informação mais importantes: compras,

controle de estoques, previsão de vendas, lucratividade por linha de produto,

processamento de pedidos e transmissão eletrônica de pedidos.

Vale ressaltar que estes sistemas citados, em geral, como os mais importantes

pelas empresas entrevistadas, tanto para o comércio como para indústria, estão

relacionados às atividades consideradas como as mais importantes para o melhor

gerenciamento do processo logístico, ou seja, Gerência de Materiais e Suprimentos,

Gerência Comercial e Monitoramento de Desempenho.

As medianas do grau médio de importância de valor 4,5, tanto para o comércio

como para a indústria, revela que os sistemas de informação pesquisados são

considerados de grande importância para o gerenciamento das atividades logísticas.

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Escala: 1 = baixa importância Tabela 06

5 = alta importância

Nível de Importância dos Sistemas de Informação - indústria NÍVEL DE IMPORTÂNCIA média mediana previsão de vendas 4,8 5,0 compras 4,8 5,0 controle de estoques 4,8 5,0 lucratividade por linha de produto 4,7 5,0 transmissão eletrônica de pedidos 4,6 5,0 processamento de pedidos 4,6 5,0 armazenagem-seleção de pedidos 4,5 5,0 executive information system 4,4 5,0 recebimentos de pedidos 4,4 5,0 frete (pagamento e auditagem) 4,4 4,5 suporte financeiro 4,4 4,5 armazenagem-recepção de pedidos on-line 4,4 4,0 MRP 4,4 5,0 entrega direta aos pontos de venda 4,4 5,0 gestão de canais de distribuição 4,4 4,0 monitoramento de desempenho 4,4 4,5 modelagem do sistema de distribuição 4,3 5,0 consolidação de cargas - entrega 4,3 4,5 apoio a entrada remota de pedidos 4,3 4,0 gerenciamento por categorias 4,3 4,0 armazenagem-localizador de mercadoria 4,2 4,0 roteirização e programação do transporte 4,1 4,5 gerenciador de espaço em prateleiras/gôndolas 4,1 4,0 data warehouse 4,1 4,0 data base marketing 4,1 4,0 DRP 4,0 4,5 armazenagem-alocação de carga de trabalho 3,8 4,0 consolidação de cargas - suprimentos 3,6 4,0 armazenagem- short time scheduling 3,6 3,5 CAD - loja 3,0 3,0 armazém-CAD 2,9 3,0 inteligência artificial 2,9 3,0 média 4,2 4,5

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35 Nível de Insatisfação

Para avaliar o nível de insatisfação percebido pelos entrevistados, utilizamos o

gap normalizado, conforme explicado no capítulo de metodologia.

Comércio

Dos 32 sistemas de informação avaliados, as empresas de comércio pesquisadas

demonstraram maiores níveis de insatisfação com cinco deles (ver tabela 07): data base

marketing, armazenagem – short time scheduling, executive information system, data

warehouse, armazenagem – alocação de carga de trabalho.

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Tabela 07

Sistemas de Informação - comércio Nível Percentual de Insatisfação média

data base marketing 63% armazenagem- short time scheduling 49% executive information system 45% data warehouse 42% armazenagem-alocação de carga de trabalho 40% armazém-CAD 39% gerenciamento por categorias 36% CAD - loja 36% previsão de vendas 36% DRP 36% consolidação de cargas - suprimentos 35% armazenagem-localizador de mercadoria 35% armazenagem-recepção de pedidos on-line 35% inteligência artificial 34% lucratividade por linha de produto 32% roteirização e programação do transporte 31% MRP 30% frete (pagamento e auditagem) 29% monitoramento de desempenho 28% armazenagem-seleção de pedidos 26% consolidação de cargas - entrega 26% modelagem do sistema de distribuição 25% transmissão eletrônica de pedidos 25% gerenciador de espaço em prateleiras/gôndolas 24% gestão de canais de distribuição 23% controle de estoques 21% compras 21% recebimentos de pedidos 19% entrega direta aos pontos de venda 18% apoio a entrada remota de pedidos 16% suporte financeiro 13% processamento de pedidos 9% média 31%

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37 Indústria

Dos 32 sistemas de informação avaliados, as indústrias pesquisadas mostraram-

se (ver tabela 08) mais insatisfeitas com 6 (seis) deles: modelagem do sistema de

distribuição, armazenagem – short time scheduling, armazenagem – localizador de

mercadoria, executive information system, armazenagem – alocação de carga de

trabalho e transmissão eletrônica de pedidos.

Os 32 sistemas de informação obtiveram, para o caso da indústria, níveis de

insatisfação altos (o gap médio mínimo obtido foi de 22% para o sistema de entrega

direta aos pontos de venda).

De uma forma geral, as empresas industriais mostraram-se mais insatisfeitas

com seus sistemas do que as empresas do comércio. Isto pode ser visto ao se comparar

os gaps médios dos 32 sistemas de informação obtidos ao final das tabelas 06 e 07, nas

quais, para o comércio, o gap médio obtido foi de 31%, enquanto que para a indústria, o

gap médio obtido foi de 39%. Tanto para o comércio quanto para a indústria, o gap

normalizado médio é alto. Isto pode indicar que, no geral, os sistemas de informação

voltados para a logística ainda estão aquém das necessidades das empresas.

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Sistemas de Informação - indústria

Nível Percentual de Insatisfação média modelagem do sistema de distribuição 54% armazenagem- short time scheduling 52% armazenagem-localizador de mercadoria 51% executive information system 49% armazenagem-alocação de carga de trabalho 49% transmissão eletrônica de pedidos 49% data warehouse 46% monitoramento de desempenho 46% armazenagem-recepção de pedidos on-line 45% gerenciador de espaço em prateleiras/gôndolas 45% previsão de vendas 43% data base marketing 43% DRP 42% controle de estoques 41% compras 40% inteligência artificial 40% armazém-CAD 39% recebimentos de pedidos 38% CAD - loja 38% consolidação de cargas - suprimentos 38% roteirização e programação do transporte 37% gestão de canais de distribuição 37% suporte financeiro 36% apoio a entrada remota de pedidos 34% gerenciamento por categorias 32% armazenagem-seleção de pedidos 31% lucratividade por linha de produto 31% processamento de pedidos 30% MRP 28% frete (pagamento e auditagem) 27% consolidação de cargas - entrega 26% entrega direta aos pontos de venda 22% média 39%

Tabela 08

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4.5 Troca Eletrônica de Dados (ou EDI) As empresas entrevistadas foram analisadas segundo a existência de Troca

Eletrônica de Dados (ou Eletronic Data Interchange) e com que entidades da cadeia de

suprimentos praticam a TED.

Comércio

Apesar de a TED ter sido introduzida no Brasil no setor financeiro e entre este e

outras instituições, dentre as empresas do comércio entrevistadas (ver tabela 09 e

gráfico 06), 45% delas afirmaram já praticar a TED com seus fornecedores (indústria ou

atacado, dependendo do caso), 36% das empresas afirmaram praticá-la com instituições

financeiras e 27% com transportadores.

Indústria

Das indústrias pesquisadas, 66% afirmaram praticar a TED com seus clientes

(comércio) – compatível com a resposta das empresas de comércio pesquisadas -, 53%

afirmaram praticar a TED com seus fornecedores e 33% com as transportadoras.

Do total das empresas pesquisadas, na média, 50% afirmaram praticar a TED

com seus fornecedores, 50% com instituições financeiras, 46% com clientes e 31% com

transportadores. Esta análise geral deve ser vista com cuidado porque estamos

considerando, no mesmo conjunto de dados, os dois lados diferentes do elo

comércio/indústria.

Tabela 09

ENTIDADES COMÉRCIO % INDÚSTRIA % GERAL FORNECEDOR 45 53 50% INST. FINANCEIRAS 36 6 50% TRANSPORTADOR 27 33 31% CLIENTES 18 66 46% PREST. SERVIÇOS 18 6 12% ARMAZ. GERAIS 9 6 8%

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4.6 Troca Eletrônica de Dados / Parcerias

Os executivos de logística entrevistados foram questionados para que

atribuíssem um grau de importância à TED para o desenvolvimento de parcerias

visando a agilização do fluxo de materiais/produtos. Na média (ver tabela 10),

verificou-se que os executivos entrevistados atribuíram grau de importância alto (4,7).

TED no Desenvolvimento de parcerias Média comércio indústria total

grau de importância 4,6 4,8 4,7

Escala: 1 = pouco importante 5 = muito importante

0 10 20 30 40 50 60 70

Fornecedores

InstituiçãoFinanceira

Transportadoras

Clientes

Prestadores deServiço

Armazéns Gerais comércio

indústria

Tabela 10

Gráfico 06

Nível de Utilização de EDI

GRAU DE IMPORTÂNCIA NO DESENVOLVIMENTO DE PARCERIAS valores percentuais de empresas

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4.7 Demanda por Necessidade de Tecnologia de Informação

Nas empresas do comércio pesquisadas, a área financeira foi indicada, na média,

como a que costuma demandar maior necessidade de adoção de TI. Já para as indústrias,

na média, a área de sistemas foi apontada como a que surgem maiores necessidades por

adoção de TI.

Necessidade de TI Comércio Indústria

Área financeira 3,0 3,1

Área de logística 2,8 1,9

Área de sistemas 2,5 3,3

Área comercial 2,3 2,3

Escala: 1 = maior freqüência Tabela 11 5 = menor frequência

0 1 2 3 4

financeira

logística

sistemas

comercialcomércio

indústria

Onde: 1= maior freqüência Gráfico 07 5= menor frequência

Tecnologia de Informação

ÁREAS ONDE COSTUMAM SURGIR NECESSIDADE DE ADOÇÃO DE TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO

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4.8 Fontes de Acesso a Novas TIs

No que diz respeito ao acesso à novas Tecnologias de Informação, as empresas

atribuíram, na média, o maior grau de importância (comércio = 80% e indústria = 83%)

às publicações (ver gráfico 08).

60 65 70 75 80 85

publicações

feiras

fornecedores

congressos

concorrência comércio

indústria

Gráfico 08

Tecnologia de Informação

GRAU DE IMPORTÂNCIA DAS FONTES DE ACESSO À NOVAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO

Valores percentuais

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4.9 - Influenciadores no Processo de Adoção de Novas T.I.s

Tanto o comércio quanto a indústria apontaram os seus clientes, dentre os

integrantes da cadeia de suprimentos, como os maiores influenciadores no processo de

adoção de novas T.I.s dentro das empresas, afirmando, assim, a importância que tem

sido direcionada ao cliente neste processo de comercialização de produtos.

Influência na adoção de TIs comércio indústria média média

Clientes 4.63 4.14 A própria empresa (outros setores) 4.50 3.93 Concorrentes 4.38 3.36 Fornecedores 3.50 2.71 Escala: Tabela 12 1 = pouca influência 5 = muita influência

50 60 70 80 90 100

Clientes

Própria empresa

Concorrentes

Fornecedores comércio

indústria

Gráfico 09

Tecnologia de Informação

GRAU DE INFLUÊNCIA DOS INTEGRANTES DA CADEIA DE SUPRIMENTOS NO PROCESSO DE ADOÇÃO DE NOVAS TIs

valores percentuais

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4.10 - Dificuldades no Processo de Adoção de Novas T.I.s

Quando abordamos sobre o grau de relevância das dificuldades enfrentadas

durante a etapa de adoção de novas T.I.s (Tabela 13), o comércio coloca a inexistência

de figuras humanas chave na empresa (patrocinadores, geradores de idéias, “campeões”

de projetos) como muito relevante, apontando o quanto é importante haver pessoas com

este perfil dentro da organização agindo como facilitadores neste processo. Já na

indústria, a grande dificuldade é vista na incompatibilidade com sistemas já existentes

dentro da empresa, não permitindo que novas tecnologias sejam obtidas tão rapidamente

quanto se deseja, provocando retardo neste processo.

Dificuldades na adoção de novas TIs comércio indústria Grau de relevância média média

inexistência de figuras humanas chave na empresa 4.00 3.44 demora na solução de problemas surgidos 3.78 3.80 ausência de explicitação clara das vantagens das novas Tis 3.50 3.18 resistência dos funcionários a mudanças na 3.33 2.75 complicações no relacionamento c/ fornecedores de TI 3.11 3.00 risco na implantação de tecnologias muito recentes 3.00 3.50 dificuldades no treinamento com usuários 2.89 3.50 incompatibilidade com sistemas já existentes 2.67 4.08 custo elevado; fora dos padrões da empresa 2.63 3.44 impasses administrativos 2.56 2.83 Escala: Tabela 13 1 = baixa relevância 5 = alta relevância

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Tecnologia de InformaçãoGRAU DE RELEVÂNCIA DAS DIFICULDADES ENFRENTADAS

DURANTE A ETAPA DE ADOÇÃO DE NOVAS TI’s valores percentuais de empresas

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

INEXISTÊNCIA FIGURASCHAVE

DEMORA SOLUÇÃO PROBLEMA.

AUSÊNCIA DE EXPLICITAÇÃODE VANTAGENS

RESISTÊNCIA FUNCIONÁRIOS

COMPLICAÇÕES C/FORNECEDORES DE T.I.

RISCO NA IMPLANTAÇÃO

DIFICULDADES TREINAMENTO

INCOMPATIBILIDADE

CUSTO ELEVADO

IMPASSES ADMINISTRATIVOSindústria

comércio

Gráfico 10

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4.11 - Nível da Qualidade da Informação

O nível da qualidade da informação disponível, nas empresas, de acordo com os

atributos abaixo, obteve uma média 3,4 para os 2 seguimentos (comércio e indústria),

que de acordo com a escala utilizada ( ver tabela 14) representa um nível mediano, ou

seja, nem sempre a informação que é recebida está dentro do nível desejado.

Atributos:

- Informação em tempo hábil

- Precisão

- Disponibilidade

- Formatação por exceção

- Formatação facilitando a utilização

Qualidade da informação disponível

comércio indústria

média média precisão 3.7 3.6 formatação que facilita a utilização 3.6 3.2 informação em tempo hábil 3.5 3.5 disponibilidade 3.5 3.5 formatação por exceção 2.8 2.9 média 3.4 3.4 Escala: Tabela 14 1 = nunca 2 = raro 3 = algumas vezes 4 = frequente 5 = sempre

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47 4.12 - Avaliação dos Sistemas de Informação Logísticos

Nível de Importância

Em relação aos itens de avaliação dos sistemas de informação logísticos

existentes nas empresas (tabela 15), verificamos que o comércio atribui enorme

importância à qualidade do treinamento para usuários, mostrando a necessidade de se

ter pessoas capacitadas para operar com tais sistemas. Já a indústria coloca a quantidade

de informação disponível em computador como o item mais importante.

Sistemas de informação logísticos comércio indústria Grau de importância média média

qualidade do treinamento para usuários 5.0 4.1 eficácia da solução em relação ao esperado 4.8 4.1 qualidade/competência gerencial 4.8 4.1 quantidade de informação disponível em computador 4.7 4.5 possibilidade de experimentação dos produtos 4.7 4.1 confiabilidade do sistema 4.6 4.4 prazo para desenvolvimento de sistemas de informação 4.4 3.8 prioridade dos sistemas de informação logísticos 4.0 4.2 qualidade dos sistemas de informação logísticos 4.0 4.1 assistência pós-informação (manutenção) 4.0 3.8 recursos para suporte (upgrade) 3.6 3.9

Escala: Tabela 15 1 = pouca importância 5 = muita importância

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Tecnologia de InformaçãoGRAU DE IMPORTÂNCIA DOS ITENS DE AVALIAÇÃO

DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO LOGÍSTICOS valores percentuais de empresas

QUALIDADE TREINAMENTO

70 75 80 85 90 95 100

EFICÁCIA DA SOLUÇÃO

COMPETÊNCIA GERENCIAL

EXPERIMENTAÇÃO PRODUTO

INFORMAÇÃO DISPONÍVEL

CONFIABILIDADE DO SISTEMA

PRAZO P/ DESENVOLVIMENTO

PRIORIDADE DOS SISTEMAS

QUALIDADE DOS SISTEMAS

ASSISTÊNCIA

UPGRADE indústria

comércio

Gráfico 11

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49 Nível de Insatisfação

Entretanto quando avaliamos sobre o nível de insatisfação (Gráfico 12)

percebemos que o comércio não está satisfeito com a prioridade dos sistemas de

informação logísticos, apontando que tais sistemas, apesar de serem considerados

importantes, não são vistos em 1º plano dentro da organização. E a indústria aponta uma

maior insatisfação para a qualidade dos sistemas de informação logísticos, que no

momento anterior é apontado com grande importância, afirmando o que foi visto na

questão 5.11.

Tecnologia de InformaçãoNÍVEL DE INSATISFAÇÃO DOS ITENS DE AVALIAÇÃO

DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO LOGÍSTICOS valores percentuais de empresas

20 25 30 35 40 45 50

QUALIDADE TREINAMENTO

PRIORIDADE DOS SISTEMAS

EXPERIMENTAÇÃO PRODUTO

EFICÁCIA DA SOLUÇÃO

COMPETÊNCIA GERENCIAL

QUALIDADE DOS SISTEMAS

UPGRADE

ASSISTÊNCIA

INFORMAÇÃO DISPONÍVEL

PRAZO P/DESENVOLVIMENTO

CONFIABILIDADE DO SISTEMA indústria

comércio

Gráfico 12

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50

5. CONCLUSÃO

A partir da análise dos resultados, mostrada no capítulo anterior, podem ser

observados alguns pontos importantes no que diz respeito às características das

Tecnologias de Informação aplicadas à Logística das 26 empresas que compuseram a

amostra.

Vale ressaltar que trata-se de médias e grandes empresas, de forte participação

no mercado e cuja mediana de faturamento é de US$ 9 milhões e a maior delas fatura

US$ 3,5 bilhões. Estas empresas estudadas possuem uma mediana de 2.514

empregados. A empresa cujo quadro de funcionários é menor possui 300 empregados e

a de maior, possui 45 mil funcionários.

Embora haja um intervalo muito grande entre a menor empresa estudada e a

maior, percebeu-se, através da análise utilizando medianas e médias ponderadas, que

não existem grandes diferenças no nível de adoção de TI entre elas.

Estas observações iniciais servem como balizadoras para uma melhor

interpretação dos principais achados relacionados às questões da pesquisa enunciadas no

capítulo 3 deste trabalho.

Quando se trata de tecnologia de hardware operacional, a mais utilizada

atualmente e considerada também como a de maior importância dentre as listadas, tanto

pela indústria quanto pelo comércio, é relacionada a código de barras / scanning, tanto

na embalagem para transporte e armazenagem, quanto para entrada de dados nos PDVs.

Isto explica os grandes investimentos que têm sido feitos nesta área, justificando,

conseqüentemente, o baixo nível de insatisfação atribuído aos já existentes nas

empresas. A robótica se constitui de suma importância par a indústria, não tendo o

mesmo impacto sobre o comércio; o que também explica os altos investimentos que têm

sido feitos pelas indústrias visando automação.

Analisando ainda a utilização de hardware operacional aplicado à Logística, o

comércio mostrou-se mais insatisfeito com os sistemas automáticos de armazenagem e

recuperação e, as indústrias, com as empilhadeiras com computador a bordo. Isto se

deve principalmente ao fato das empresas ainda não possuírem estas tecnologias.

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51 No que tange a tecnologia de hardware computacional, as empresas pesquisadas

atribuíram maior importância às redes locais e à comunicação por rádio freqüência.

Mostraram-se menos insatisfeitas com a utilização das redes locais, de

microcomputadores e de mainframe, certamente porque estas tecnologias já se

encontram largamente difundidas no ambiente destas empresas. À comunicação por

satélite e à rádio freqüência foram atribuídos os maiores níveis de insatisfação.

Os terminais de PDVs já são utilizados naturalmente pelas empresas do

comércio, mas o nível de integração entre os dados adquiridos nos PDVs e os sistemas

gerenciais ainda é subaproveitado. Os sistemas / aplicativos gerenciais que já são

resultantes desta aplicação são o cálculo de margem dos produtos e os pedidos aos

fornecedores. O database marketing é um dos sistemas gerenciais que já poderia estar

bem integrado aos PDVs, mas que ainda se encontra mal explorado.

No elo comércio / indústria do setor de alimentos e bebidas dos EUA, a

reposição automática de estoque ocorre naturalmente. No Brasil, verificou-se que esta

prática já ocorre no setor, mas com pouca freqüência, indicando baixo nível de

integração. Pelo menos 40% das indústrias afirmaram ter acesso aos estoques dos

clientes, mas os pedidos ainda são feitos, geralmente, pelos clientes (comerciantes).

Dentre os sistemas de informação aplicados à logística listados, o considerado de

maior importância, pelo comércio e pela indústria, foi o de controle de estoques. Além

do controle de estoques, as indústrias atribuíram maior importância aos sistemas de

previsão de vendas e de compras. Já o comércio, o monitoramento de desempenho. De

qualquer modo, a importância atribuída a todos os sistemas de informação listados foi

alta (mediana do grau médio = 4,5, na escala de 1 a 5).

Sabe-se que nos EUA, a prática do EDI é muito comum, e muito já se fala em

substituí-lo por Electronic Commerce (EC), via Internet, cujo único problema ainda

pendente se encontra na insegurança quanto ao sigilo das informações. No Brasil, a

TED já se encontra bastante difundida, tendo sido iniciada no setor financeiro.

Dentre as empresas pesquisadas, verificou-se que o comércio já aplica o EDI

com os seus fornecedores (indústria), com as instituições financeiras, e com

transportadores. Já nas indústrias é comum a aplicação com seus fornecedores, com seus

clientes (comércio) e com os transportadores. Percebeu-se, também, que ainda há muito

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52 que evoluir no nível dos EDIs existentes, devido ao alto grau de importância atribuído a

esta tecnologia para o desenvolvimento de parcerias.

Uma análise interessante, que mostrou percepções diferentes entre a indústria e o

comércio, foi relacionada à demanda interna por necessidade de adoção de novas TIs.

Para o comércio, os departamentos financeiro e de logística são o que demandam maior

necessidade de TI. Já para a indústria, são as áreas de sistemas e financeira.

No que diz respeito às fontes de acesso a novas TIs, no geral, as empresas foram

unânimes com relação as mais importantes: as publicações e os próprios fornecedores

de TI.

Mas quando a questão está em “quem” mais influencia na adoção de nova TI,

observou-se que é o cliente (para o comércio, consumidor final, e para a indústria, o

próprio comércio) em primeiro lugar, e depois, a própria empresa (outros

departamentos).

As maiores dificuldades apontadas pelos entrevistados para a adoção de novas

TIs foram, no geral, a inexistência de figuras humanas chave na empresa e a demora na

solução de problemas inesperados. Para a indústria, um outro grande problema se

encontra na incompatibilidade com sistemas já existentes.

Quando se avaliou a qualidade das informações já existentes nas empresas,

percebeu-se que ainda encontra-se aquém no nível desejado. O atributo que se encontra

mais adequado aos anseios das empresas se trata da precisão das informações

disponíveis.

Quanto aos itens de avaliação dos sistemas logísticos, o comércio atribuiu como

mais importante a qualidade do treinamento para usuários e mostrou-se mais insatisfeito

com a prioridade dada aos sistemas de informações logísticos dentro da empresa. Já a

indústria, considerou o item quantidade de informação disponível em computador como

o mais importante e mostrou-se mais insatisfeita com a qualidade dos sistemas de

informação logísticos.

A partir destas informações, pode-se concluir que ainda há muito que se

aperfeiçoar e o que se investir em tecnologia de informação aplicada a logística, perto

do que existe no mercado e que já se aplica em empresas de classe mundial,

considerando o contexto histórico mundial em se inserem.

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Uma crítica importante a ser ressaltada está na adoção da escala utilizada nesta

pesquisa, de 1 a 5 (comumente utilizada em projetos de pesquisa), que contribui para

aumentar a incerteza sobre a precisão dos fatos em estudo, além de uma grande

incompreensão, por empresários, da importância deste tipo de trabalho.

Uma outra limitação importante a ser considerada está no fato de as informações

colhidas estarem fundamentadas nas percepções dos entrevistados, que muitas vezes

poderiam estar descrevendo uma situação desejada, e não a real.

No entanto, o nível de subjetividade inerente a este tipo de pesquisa não invalida

o conjunto global de dados, pois que o maior objetivo é levantar evidências do objeto

em estudo e servir como insumo para pesquisas futuras.

Esta pesquisa serviu para levantar uma outra questão importante: a segurança

das empresas em aplicar novas TIs, com investimentos pesados para depois não

visualizarem os benefícios de sua aplicação. Há também uma grande ansiedade em se

obter estes ganhos em curto prazo.

Quanto ao fato de como aplicar a TI à cadeia de suprimentos surge uma linha de

pensamento da qual existem muitos defensores, de que a tecnologia pode ser

considerada como principal “agente de mudança”, transformando o negócio

simplesmente a partir de sua aplicação. Muito raramente isso tem sido comprovado

entre as empresas que acreditaram nesta estratégia. Na maioria dos casos, ter adotado a

TI como “agente de mudança” tem mostrado ser um grande equívoco.

Aconselha-se muita prudência quando da adoção de novas TIs, sem se pensar em

alterar os processos e estratégias de negócios de uma empresa. Os benefícios desta

adoção, normalmente só são percebidos quando existem envolvidos processos de

mudanças organizacionais e estratégias ligadas às mudanças e investimentos em novas

TIs.

As empresas que anseiam mudar de uma postura fragmentada e ineficiente, no

que se refere ao canal de distribuição, para um maior e verdadeiro comprometimento

com o restante da cadeia, desde o fornecedor até o consumidor final, precisam ter como

meta vários objetivos, além da TI, para que alcancem o resultado desejado de

integração.

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A seguir serão colocadas algumas destas outras mudanças que devem ocorrer

paralelamente à adoção de novas TIs, a fim de alcançar uma verdadeira integração da

cadeia.

A primeira preocupação seria a do estabelecimento de uma estratégia de

negócios objetivando a cadeia de suprimentos. A empresa deve ter uma visão clara

sobre sua(s) área(s) de competência e, portanto, quais são seus diferenciais. É preciso

identificar e entender quais processos são cruciais à empresa e quais são efetuados

melhor por outro membro da cadeia. Torna-se necessária a mudança da política da

empresa com relação aos outros membros da cadeia: de adversária à parceira.

Outra questão chave para a integração global dos processos se encontra na parte

interna à empresa. Deveria ser pensada uma forma de “reengenharia” da cultura, da

mente das pessoas e dos processos internos à empresa. Deve-se atentar para o fato de

que esta reengenharia deve ser entendida como reavaliações dos atuais processos,

mesmo dos que fazem parte das competências, para obter a otimização de recursos.

Outro aspecto que merece atenção está na área de transportes. Muitas empresas

ainda consideram seus serviços de transportes/distribuição como uma atividade isolada,

com políticas baseadas em baixo preço/custos, e não como uma atividade com potencial

pata gerar valor agregado. Algumas empresas mais desenvolvidas e atuantes estão

reavaliando esta atividade para identificar como ela poderá otimiza-las, a fim de

satisfazer ao máximo os interesses interempresariais.

A tendência para menores, mas mais freqüentes entregas, irá, inevitavelmente,

aumentar a importância desta área. Entretanto, se não for dada a importância adequada,

certamente o transporte mal gerenciado será causador, a longo prazo, de uma

ineficiência crônica da cadeia global.

Outra questão importante é a padronização como forma de documentação dos

processos para busca do aperfeiçoamento contínuo. É vital que uma empresa estabeleça

e incorpore as metas e objetivos determinados antes de tomar qualquer decisão de

investimento em TI. Uma decisão mal tomada pode provocar grandes equívocos,

bloqueando, por muitas vezes, a capacidade da organização de tirar vantagem de futuros

avanços de TI. Por outro lado, entender as implicações do investimento pode

proporcionar destaque e posicionar uma empresa em positiva e vantajosa posição

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55 competitiva. Por isso, dessas decisões são muito importantes para serem tomadas por

apenas alguns membros da organização. E embora as questões associadas aos padrões

pareçam tecnicamente complexas, os princípios não o são. Além disso, a partir do

momento em que já se têm redigidas as normas e os procedimentos dos processos,

ocorre naturalmente a liberação de mão de obra para executar e pensar em outras

tarefas. Estas pessoas podem, então, ser utilizadas para auxiliar na escolha e no

treinamento para adoção de novas TIs.

Como conseqüência deste esforço contínuo para a redução de custo por

processo, é natural que novas TIs hardware emergirão e revolucionarão o nível da

informação na cadeia de suprimentos e, futuramente, com custos muito menores que os

atuais. Por isso, TI de hardware dificilmente será um obstáculo para a integração da

cadeia de suprimentos de classe mundial.

Já quanto a TI software, vê-se crescendo cada vez mais o desenvolvimento de

softwares baseados em processos e técnicas de modelagem de dados (e em sistemas

mais amigáveis), que permitirão maior flexibilidade sem sacrifício (ou prejuízo) da

segurança e integridade dos dados. Para a cadeia de suprimentos global, umas das áreas

mais interessantes, será o uso de técnicas de matemática para modelagem e otimização

dos processos. Estes novos softwares têm sido gerados através da sinergia entre o baixo

custo, a poderosa matemática de computação e os novos algoritmos matemáticos.

Não se deve deixar de ressaltar, também, a importância das tecnologias de

comunicação que vêm sendo aperfeiçoadas e introduzidas no mercado. Nos últimos 20

anos, a indústria de redes de comunicações mundiais tem mudado em praticamente

todos os seus aspectos. A combinação de novas tecnologias com o acirramento da

competitividade têm sido responsável pela redução de custos e pela melhoria dos

serviços fornecidos.

Ao comentar sobre tecnologia de comunicação, não se pode deixar de discutir

sobre as variadas formas de comércio eletrônico que estão surgindo, e em especial o

EDI. Este já é visto por muitos como um fator crítico de sucesso para a integração da

cadeia de suprimentos.

Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Logística de UK – Inglaterra, mostra

que 6% dos bons resultados em parcerias foram resultados da aplicação do EDI, apesar

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56 da Inglaterra não se encontrar entre os países onde podem ser vistos os melhores

exemplos de aplicações bem sucedidas de EDI (em comparação com os EUA, Canadá e

Japão).

Para conseguir realizar pelo menos um pouco de cada aspecto destes citados, é

de fundamental importância existir, na infraestrutura decisiva de uma organização, um

CEO que seja, ao mesmo tempo, defensor e patrocinador da adoção/aplicação de novas

TIs. Porque as mudanças organizacionais envolvidas requerem grandes esforços para a

superação das resistências às mudanças, muito comum em empresas brasileiras,

principalmente por terem seus quadros de funcionários compostos por muitas pessoas

ainda semi-analfabetas e em idade madura.

Antes das empresas estarem comprometidas e preparadas para agir –

especialmente em direcionar as áreas estratégicas do negócio, integração interna e EDI

– a tecnologia ainda não será considerada como tão relevante na obtenção da excelência

logística.

Globalmente, a boa notícia está no potencial cada vez maior das capacidades

tecnológicas. A má notícia ainda é a aparente incapacidade das empresas, como um

todo, de se organizarem a fim de entender e abraçar estas oportunidades.

Portanto, um efetivo gerenciamento da cadeia de suprimentos pode fornecer um

melhor caminho para se obter uma maior vantagem competitiva. A idéia do

gerenciamento da cadeia deve estar ligada com o consumidor final, o canal de

distribuição, o processo de produção e com a atividade de serviço ao cliente, tudo isto a

um baixo custo total. E um fator capaz de ir ao encontro desta idéia está no uso efetivo

da tecnologia de informação.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Autor desconhecido. Category Management: O futuro nas Relações no Varejo,

Revista Super Hiper, Nov.1994, p. 184-188.

Autor desconhecido. Technology and a World-Class Supply Chain, Logistics

Information Management, vol. 8, nº5, 1995, p.37-38.

Autor desconhecido. ECR: O Desafio Americano para os Anos 90, Revista

Super Hiper, 1995, p.86-88.

BRANCO, Alex. Competição reduz o Ganho com Alimentos, Gazeta Mercantil,

nº 21166, 10/09/97, p. C-1.

DOMEGAN, Christine T..The Adoption of Information Technology in Customer

Service, European Journal of Marketing, vol. 30, nº 6, 1996, p. 52-69.

HAMMANT, Jeremy. Information Technology Trends in Logistics, Logistics

Information Management, vol. 8, nº 6, 1995, p. 32-37.

LAVALLE, César Roberto. O Estágio de desenvolvimento da Organização

Logística em Empresas Brasileiras – Estudo de Casos, UFRJ/COPPEAD, Rio de

Janeiro, fev. 1995.

MARIANO, Sandra Regina H. e DIAS, Donaldo de Souza. Downsizing em

Tecnologia da Informação, Revista da Administração, São Paulo, vol.31, out./dez. 1996,

p. 7-18.

SIMÕES, Marco. Os Alimentos Tomam Gosto pela Competição, Gazeta

Mercantil, nº 21166, 10/09/97, p. A-1.

VILARGADA, Vicente. Briga Acirrada pela Margem de Lucro, Gazeta

Mercantil, nº 21166, 10/09/97, p. C-1.

WEDEKIN, Ivan e NEVES, Marcos Fava. Sistemas de Distribuição de

Alimentos: O Impacto das Novas Tecnologias, Revista da Administração, São Paulo,

vol.30, out./dez. 1995, p. 5-18.

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ANEXO

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APÊNDICES

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60

APÊNDICE A

Troca Eletrônica de Dados (TED) ou Electronic Data Interchange

(EDI)

O EDI se constitui, basicamente, pela transmissão eletrônica de mensagens

estruturadas e padronizadas de um computador a outro, entre empresas. Dentre as

mensagens transmitidas incluem, tipicamente: ordens de pedidos, documentos sobre

clientes, transferência de fundos, ou qualquer outro documento formatado.

As empresas americanas foram pioneiras em sua adoção, aplicando-o

inicialmente entre instituições financeiras. Atualmente, já se encontra bastante

difundido. Estima-se que vêm sendo aplicado há mais ou menos três décadas.

Há uma clara tendência para as parcerias e fusões entre empresas para os

próximos anos. A partir do momento em que duas empresas trocam dados

eletronicamente, está aberta a possibilidade de uma parceria. O EDI pode ser

considerado como um grande passo no desenvolvimento de uma parceria com sucesso.

Dependendo do nível de integração entre os sistemas das empresas envolvidas e dos

dados trocados entre elas, ocorre, naturalmente, um incentivo ao aumento do volume

transacionado e facilita, conseqüentemente, a reposição automática de estoques.

No Brasil, o EDI também foi introduzido, primeiramente, nas instituições

financeiras. As empresas da indústria e do comércio vêm introduzindo e aplicando, aos

poucos, o EDI, para transmissão de pedidos ou de informações sobre os estoques de

determinados produtos, ou até mesmo de informações oriundas de pontos de venda.

A TED veio complementar as variadas formas de se estabelecer o Comércio

Eletrônico, como acesso a bancos de dados on-line, e-mail, fax, código de barras, etc.

Existe ainda uma dificuldade encontrada, pelas empresas, para aplicação do

EDI: a padronização dos dados e informações. Existem algumas empresas chamadas de

VANs (Value Added Networks) que fornecem este tipo de serviço. Mas como são várias

e cada uma possui um sistema diferente, com formatações diferentes, se duas empresas

que já aplicam EDI por determinada VAN, desejarem trocar dados com outras que

utilizam outra formatação, terão custos altíssimos para padronizar os dados.

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61 Dependendo do nível de integração desenvolvido através do EDI, os

investimentos para sua implantação estão estimados de $ 3 à $ 10 mil. A saída para

pequenas e médias empresas que queiram praticar a TED se encontra na Internet, que

reduz sensivelmente os gastos com tecnologias sofisticadas.

Com o advento da Internet, surge uma nova alternativa para a

introdução/aplicação da TED, de menor custo e de fácil acesso. Esta opção, ainda, está

aquém das necessidades das empresas, para a realização da troca de dados, devido,

principalmente, a falta de segurança quanto ao sigilo dos dados.

Há de se convir que o EDI, quando bem implantado, proporciona considerável

economia de tempo e de recursos humanos, que poderão ser utilizados para outras

tarefas menos operacionais e mais estratégicas.

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APÊNDICE B

Gerência por Categoria

A formação de parcerias entre empresas é uma tendência clara no mundo

globalizado, nas quais os envolvidos trabalham estreitamente para fornecer o melhor

valor agregado ao consumidor. Esta estratégia pode ser vista como uma conseqüência

direta das mudanças que vêm ocorrendo no comportamento dos consumidores, como já

foi mencionado no decorrer do trabalho.

Para fornecer melhor valor agregado é preciso que as empresas operem com

fluxos de abastecimentos mais enxutos, mais rápidos e menos custosos, ou seja, mais

flexíveis e mais sensíveis ao consumidor final. As parcerias tornam-se, então,

indispensáveis, além de surgir uma premissa básica: a informação e a tecnologia surgem

como principal ferramenta para facilitar e tornar mais rápida a informação.

Nas indústrias e, principalmente, no comércio, cresce cada vez mais a

complexidade no gerenciamento dos produtos, devido ao aumento imensurável do

número de produtos diferentes e de categoria de produtos. Esta complexidade não só

justifica como demanda a necessidade de novas estratégias de gerenciamento, que

devem ser pensadas a partir de quatro grandes metas: sortimento eficiente, promoções

eficientes, reposição eficiente e introdução eficiente de novos produtos.

Existem outros fatores que se constatam no mercado e que não podem ser

esquecidos: a segmentação das necessidades do consumidor, o surgimento de diferentes

canais de distribuição e formatos de loja, e o acirramento da concorrência pós-

globalizada.

O gerenciamento por categoria (ou Category Management) surge como uma

estratégia complementar que visa superar estes fatores e atingir as metas citadas

anteriormente. Ele consiste no processo que envolve dois conceitos importantes.

O primeiro deles se constitui da idéia de um processo que implique gerir

categorias de produtos como unidades de negócio. Isto significa que atividades

referentes a qualquer categoria, que eram tratadas em diferentes áreas funcionais, devem

ser cada vez mais integradas de modo que convirjam para uma determinada categoria.

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63 O outro conceito seria o de padronizar as categorias, quer por conjunto de lojas,

descobrindo grupos de lojas com características comuns, quer loja a loja. As

características dos consumidores serão o que, certamente, ditará esta padronização de

categorias.

Existem cinco fases principais que compõem o gerenciamento por categoria:

revisão de categoria; definição do consumidor alvo; planos de merchandising;

implementação dos planos e a compreensão do impacto das mudanças implementadas.

A gerência por categoria já vem sendo aplicada naturalmente por diversas

empresas. Esta forma de gestão se constitui, resumidamente, de um processo

impulsionado pelo marketing e pela interação cada vez mais complexa entre o varejista,

o fabricante e o consumidor.

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APÊNDICE C

Dicionário de Termos

Data Warehouse:

O Data Warehouse é um estoque comum de informações coletivas para ser utilizada na

tomada de decisões. As informações são extraídas de diversas fontes e colocadas em um

sistema de fácil acesso e uso. Auxilia na tomada de decisões na medida em que evita a

necessidade de acessar diversos sistemas, com diferentes características, para obter uma

determinada informação.

Database Marketing:

O database marketing é um banco de dados que armazena informações pertinentes a

cada cliente da empresa, podendo fornecer um perfil do mercado desta.

Executive Information System:

O EIS é um sistema simples que agrega todas as informações da empresa em relação a

cada setor da mesma, fornecendo ao executivo, de alto nível hierárquico, um relatório

resumido de como está a situação atual da empresa.

Armazenagem – Short Time Scheduling:

É um sistema de armazenagem por janelas de tempo. O sistema, automaticamente,

realiza um FIFO (First In First Out) no estoque de mercadorias, ou seja, o produto com

data mais antiga tem prioridade na saída do armazém.

MRP:

O Material Requirement Planning é um sistema de planejamento das necessidades de

materiais (produção).

DRP:

O Distribution Requirement Planning é um sistema de planejamento das necessidades

de distribuição (transporte).

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ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO 09

1.1 O Assunto: Motivação da Pesquisa 09

1.2 Organização do Estudo 13

2. REVISÃO DA BIBLIOGRAFIA 14

2.1 Evolução do Conceito de Logística e Interface com a TI 14

2.2 Situando o Brasil 16

3. METODOLOGIA DA PESQUISA 18

3.1 O Modelo 18

3.2 Base de Análise 20

3.3 Questões da Pesquisa 21

3.4 Coleta de Dados 22

4. ANÁLISE DOS RESULTADOS 23

4.1 Hardwares Operacionais e Computacionais 23

4.2 Nível de Utilização de PDVs (terminais de Pontos de Venda) 28

4.3 Processo de Reposição de Estoque 30

4.4 Sistemas de Informação 31

4.5 Troca Eletrônica de Dados (ou EDI) 39

4.6 Troca Eletrônica de Dados / Parcerias 40

4.7 Demanda Interna por necessidade de Tecnologia de Informação 41

4.8 Fontes de Acesso à Novas TI’s 42

4.9 Influenciadores no Processo de Adoção de Novas TI’s 43

4.10 Dificuldades no Processo de Adoção de Novas TI’s 44

4.11 Nível da Qualidade da Informação 46

4.12 Avaliação dos Sistemas de Informação Logísticos 47

5. CONCLUSÕES 50

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 57

ANEXO 58

Questionário

APÊNDICES 59

APÊNDICE A 60

Troca Eletrônica de Dados (TED) ou Electronic Data Interchange (EDI)

APÊNDICE B 62

Gerência por Categoria

APÊNDICE C 64

Glossário

INDICE 65

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67

FOLHA DE AVALIAÇÃO

UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Pós Graduação “Lato Sensu”

Título: Tecnologia de Informação Aplicada à Logística entre Empresas da Cadeia de

Suprimentos de Alimentos e Bebidas do Brasil.

Data de Entrega:

Avaliação:

Avaliado por: Grau:

Rio de Janeiro, de de 2004.