UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · que uso das tecnologias trouxe para a...
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
UTILIZAÇÃO DAS TABLETS NO ENSINO SUPERIOR
Por: Alexandre Madeira Mendes Souza
Orientador
Prof. Mary Sue
Rio de Janeiro
2014
DOCU
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
ALEXANDRE MADEIRA MENDES SOUZA
A utilização dos tablets no ensino superior
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em ....
Por: . Maria Clara B. P.
3
AGRADECIMENTOS
....aos amigos e parentes
4
DEDICATÓRIA
.....a minha filha Eva
5
RESUMO
O presente trabalho busca mostrar como a nova tecnologia dos tablets vem sendo utilizada nas universidades como uma nova possibilidade de aprendizado e se elas estão sendo utilizadas em todo seu potencial ou se são apenas um golpe de marketing para atrair mais alunos. Expõe os benefícios que uso das tecnologias trouxe para a educação. O uso de tablets vem sendo adotado por algumas universidades. Mas ainda precisam-se ter professores capazes de utilizar essa ferramenta, para o bem do ensino-aprendizagem. O mundo mudou e a forma de educar também.
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METODOLOGIA
A metodologia adotada nesse estudo foi a revisão bibliográfica. Utilizou-
se de sites, livros, revistas e livros sobre o assunto.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 09
CAPÍTULO I - A Revolução Tecnológica 12
CAPÍTULO II - Tecnologias da Interação no
Contexto Pedagógico 19
CAPÍTULO III – O Uso de Tablets nas
Universidades 32
CONCLUSÃO 39
ÍNDICE 44
FOLHA DE AVALIAÇÃO 45
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9
INTRODUÇÃO
Todos os dias o avanço tecnológico apresenta novos recursos e
ferramentas mais completas e poderosas, a fim de que as tarefas cotidianas
sejam cada vez mais ágeis e rápidas. Essas tecnologias permeiam todas as
ações e atividades cotidianas e alteram a cultura social, a maneira de se
relacionar, de aprender e ensinar.
Tecnologia é a ciência aplicada na busca de soluções para velhos
problemas. Contudo temos que tomar cuidado, pois como descreve Gebran
(2009) o ser humano não gosta de mudanças e normalmente prefere viver
numa zona de conforto sem buscar inovação.
Segundo McLuhan (1960 apud HEIDE; STILLBORNE, 2000, p.21) “as
novas tecnologias são sempre utilizadas para fazer um trabalho velho, isto é,
até que alguma força direcionadora faça com que elas sejam utilizadas de
novas maneiras”.
Dessa forma percebemos que para que a tecnologia faça parte da vida
das pessoas, necessita de fato, uma mudança de cultura.
A história da tecnologia acompanha a história da humanidade, desde
quando o homem começou a usar ferramentas de caça e de proteção. A
história da tecnologia tem, consequentemente, embutida a cronologia do uso
de recursos naturais e segue uma progressão: das ferramentas e das fontes de
energia simples às fontes de energia complexas.
A tecnologia da informação (TI) é definida para designar o conjunto de
recursos dedicados ao armazenamento, processamento e comunicação de
informação, bem como o modo que esses recursos estão organizados, num
sistema capaz de executar um conjunto de tarefas. A tecnologia da informação
está presente em toda nossa vida, abrangendo as atividades desenvolvidas na
sociedade pelos recursos da informática.
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Vivemos em uma sociedade em que a tecnologia evolui rapidamente e
essas “novas” tecnologias buscam espaço na vida como um todo, inclusive em
sala de aula.
A mesma tecnologia que está diminuindo distâncias entre os seres, está
levando os mesmos a uma contextualização do futuro acontecendo hoje,
surgindo um novo paradigma educacional, que determina a escola como
ambiente criado para uma aprendizagem rica em recursos, possibilitando ao
aluno a construção do conhecimento a partir de uma individualização estilística
de aprendizagem.
Dentro dessa nova realidade muda a figura do professor, que já não se
limita a um mero transmissor do conhecimento, mas a um guia, um mediador,
como coparceiro do aluno, buscando e interpretando de forma crítica as
informações. Esse professor passa a contar com o desenvolvimento
tecnológico de informações, levando-o a um novo centro de referência
educacional, transformando o saber ensinar em saber aprender, preparando
esta nova geração para uma nova forma de pensar e trabalhar e levando-o a
aprender mais rapidamente.
O professor entra na sala de aula, sauda os estudantes e via Datashow
transmite um conteúdo encontrado na internet. Nas carteiras, os estudantes
não têm livros, cadernos ou canetas: apenas um tablet, no qual acessam a
informação em tempo real, fazem anotações e marcam o capítulo do livro para
leitura na aula seguinte. Cenas como essa podem parecer um privilégio de
países de primeiro mundo. Entretanto, ela já está se tornando realidade em
universidades brasileiras.
Hoje em dia muitas universidades estão utlizando o recurso das tablets
para melhorar a eficiência das aulas aplicadas, substituindo muitas vezes de
uma forma total o antigo material didático : apostilas livros.
Além do chamariz do ponto de vista do marketing , as tablets
apresentam inúmeras vantagens para os estudantes ,como a sua grande
capacidade de armazenamento de informações e a sua fácil portabilidade.
Outra grande vantagem dos tablets são os seus aplicativos que são
ferramentas poderosas .
Resta saber se essas medidas estão surtindo efeito real dentro da
universidade do ponto de vista do aprendizado dos estudantes.
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Para realizar essa pesquisa, dividiu-se o estudo em tres capítulos. No
primeiro aborda-se a grande revolução tecnológica ocorrida mundialmente e
que só tem trazido benefícios, apesar de às vezes ser utilizada com
deslealdade. Trata-se de uma nova forma de linguagem e de comunicação, um
novo código: a linguagem digital.
No segundo capítulo descreve-se sobre tecnologias de interação no
contexto pedagógico, mostrando que o Professor há muito tempo, percebia a
necessidade de se atualizar, não somente no campo de seu conhecimento,
como também na sua função pedagógica.
No terceiro e último capítulo verifica-se o uso de tablets nas
universidades, dando ênfase na Universidade Estácio de Sá que já vem a
algum tempo realizando esse uso.
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CAPÍTULO I
A REVOLUÇÃO TECNOLÓGICA
O homem da civilização, na Antiguidade se definia pelo maravilhar-se,
ou seja, pelo mistério entre o céu e a Terra e pelas coisas impossíveis, na
época, de serem explicadas racionalmente. A natureza deslumbrava a mente
humana.
Atualmente o homem superou tais fenômenos, pois o encantamento de
antes já não o domina mais. O homem superou e agora maravilha-se por suas
próprias obras.
Através de sua inteligência o homem buscou formas para vencer os
obstáculos impostos pela natureza. Desta forma, foi desenvolvendo e
inventando instrumentos tecnológicos com o objetivo de superar dificuldades.
As revoluções industriais dos séculos anteriores eram baseadas nas
fontes de energia: começou pelo vapor, passou pela eletricidade e depois pelos
motores de combustão.
A nova revolução tecnológica não se restringiu à indústria, nem mesmo
se baseava em uma nova fonte de energia, mas em uma máquina que pode
ser comandada pelo homem, isto é, ser totalmente programada.
Antigamente existiam várias máquinas com funções específicas, por
exemplo, a calculadora, a máquina de escrever, a máquina de contabilidade
etc. Agora a máquina revolucionária, o computador, é um equipamento
multiuso, isto é, uma máquina que pode ser programada para várias tarefas,
exercer diversas funções e pode executá-las simultaneamente, tornando os
processos produtivos integrados e organizados num único equipamento.
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Nesse momento a sociedade deixa de ser a sociedade da informação e
torna-se a sociedade do conhecimento.
No decorrer de toda sua existência, o homem vem desenvolvendo
aparatos não se dando conta, no entanto, de se tratarem de tecnologia. A
Revolução Tecnológica, ocorrida em meados da década de 70 do século
passado, seria inevitável. A eletricidade, a eletrônica, a automação, viriam a
promover o desenvolvimento da tecnologia da informação que, por sua vez,
trataria de tornar o conhecimento globalizado.
A empresa do século XXI tem o desafio de empregar todo poderio
tecnológico de forma sistemática e sinergética para se manter num mercado
que cada vez mais exige que as empresas sejam dinâmicas, imediatistas,
diversificadas.
O desenvolvimento científico e tecnológico atingiu as mais diversas
áreas do conhecimento, especialmente as chamadas tecnologias da
informação, como as telecomunicações e a informática. A expansão dessas
tecnologias proporcionou um aumento significativo das redes de comunicação,
permitindo uma integração simultânea entre empresas, instituições financeiras
e mercados de todo o planeta.
Do tempo das práticas de navegações aos dias atuais muitas coisas
mudaram. Só que desta vez os oceanos são outros. Navega-se numa
infinidade de espaços criados peã mente humana: ciberespaço, Internet,
ambiente virtual e tantas outras definições. Portanto, são novas circunstâncias,
estratégias, processos e recursos. Nesse contexto Carvalho (2010, p.2) afirma:
A tecnologia pode ser definida como o conjunto de técnicas, processos, métodos, meios e instrumentos de um ou mais domínios da atividade humana. Dessa forma integramos, exploramos e analisamos três práticas específicas para ensinar e aprender com tecnologias de informação e comunicação: utilização de bases de dados e informações; comunicação e interação; construção de conteúdo (CARVALHO, 2010, p.2).
Assim nos novos espaços de navegação, informação e comunicação
são circunstâncias; ensinar e aprender são processos. As ações e interações
para ensinar e aprender são caminhos, novas rotas nos espaços de práticas de
informação e comunicação.
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Trata-se de uma nova forma de linguagem e de comunicação, um
novo código: a linguagem digital. Sua história é como a história das demais
formas de comunicação que surgiram anteriormente e para as quais os seres
humanos mostraram resistência.
O desenvolvimento técnico-científico, por sua vez, impulsionando
novas descobertas, gera grandes alterações na vida humana e no trabalho,
caracterizando este momento como período da Terceira Revolução Industrial
ou Revolução Tecnológica.
A exigência de um domínio cada vez maior de conhecimentos e
habilidades, para tratar desta realidade diversa e complexa, impõe novas
concepções de educação, escola e ensino.
1.1 As tecnologias na educação
A escola, enquanto instituição social é convocada a atender de modo
satisfatório as exigências da modernidade. Se estamos presenciando estas
inovações da tecnologia é de fundamental importância que a escola aprenda os
conhecimentos referentes a elas para poder repassá-los a sua clientela; pois, é
preciso que a escola propicie esses conhecimentos e habilidades necessários
ao educando para que ele exerça integralmente a sua cidadania.
Se a tecnologia está disponível e é um pré-requisito, o programa
educacional pode contextualizá-la até considerá-la conteúdo. Se não está
disponível, a aula seguirá outros rumos. Evidentemente os resultados tendem a
se potencializar quando a tecnologia está disponível. No entanto, deve-se levar
em conta as possibilidades de mudança organizacional. Pois a tecnologia
poderá falhar.
Um programa é antes de tudo, uma declaração ou indicação de
intenções e projetos. A escolha de um programa deve fazer parte de uma rota
de navegação e também envolve estratégias, processos e recursos.
É notório que um programa educacional deve indicar alguns pontos
básicos, tais como: o desempenho pretendido do aluno, o conteúdo abordado e
a categoria em que se enquadra (curso, e-learning, encontro, estudo de caso e
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assim por diante), além do título, período em que será administrado e público-
alvo (RODRIGUES E CRUZ, 2002, Apud CARVALHO, 2010, p.22).
Segundo Carvalho (2010) as tecnologias de informação e comunicação
são percebidas de forma evidente nos programas educacionais de e-learning.
Nos demais programas educacionais, as tecnologias são, em geral, envolvidas
apenas como artefatos.
A busca na Internet e no computador é amplamente percebida nas
atividades de professores e alunos.
Dicionários, enciclopédias e tradutores virtuais estão incluídos na
prática de utilização de bases de dados e informações e são de grande ajuda
na produção de trabalhos e textos, portanto aparecem como apoio para a
prática de construção de conteúdo. Nesse contexto Pinto (2010) afirma:
A Web tem sido uma fonte acessível para pesquisa; através dela se tem acesso a bibliotecas, banco de dados, fóruns, possibilidade de conversações telefônicas e de videoconferências. As limitações são técnicas como capacidade dos computadores individuais e das redes de transmissão telefônicas além do tempo de consulta: geralmente é demorada e encarece e, assim, o tempo de consulta do usuário é diminuído visando não aumentar os gastos (PINTO, 2010, p.5).
O computador, e os demais aparatos tecnológicos, na sociedade atual,
contrariamente ao passado que os percebia somente como "coisas" de
especialista, são vistos como bens necessários dentro dos lares e saber operá-
los constitui-se em condição de empregabilidade e domínio da cultura.
Grupos virtuais já são bastante utilizados para criar identidades de
grupos como classes. Os mais maduros avançam sobre iniciativas estruturadas
de estudos e incluem professores em suas atividades. Esse conjunto é
compatível com a prática de comunicação e interação.
A produção acadêmica e científica pode envolver a consulta e o
depósito de textos e monografias em bibliotecas virtuais. Essa possibilidade
interfere substancialmente na qualidade de trabalhos.
Cursos podem ser conduzidos com o apoio de grupos virtuais, de
iniciativa formal, dentro e fora de sistemas de gestão da aprendizagem.
Existem casos em que vários grupos são criados e mantidos para finalidades
distintas. Redes sociais físicas ou virtuais também podem ser integradas
quando se deseja ampliar o alcance de iniciativas.
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A Internet possui muitos recursos para armazenagem de arquivos e
conteúdo. Os professores podem aproveitar esses recursos para ensinar e
aprender; tais como: Bases de e-mails; Bases de busca na Internet; Bases de
busca em seu computador; Bases de imagens e mapas; Bases de vídeos;
recursos para armazenagem de arquivos na Internet e Bibliotecas virtuais.
Para desenvolver e transmitir o conteúdo de aulas e demais atividades
educacionais, os professores têm tradicionalmente utilizado recursos como
lousas e quadros, apostilas, retroprojetores, vídeos e slides, entre outros.
Esses formatos continuam vigentes, mas vêm surgindo novas
possibilidades de construção de conteúdo, por meio da utilização de
tecnologias de informação e comunicação.
Existem de acordo com Carvalho (2010, p.93) algumas práticas podem
ser utilizadas para a construção de conteúdo, baseadas nos seguintes
recursos: criação de documentos eletrônicos; planilhas eletrônicas;
apresentações de slides e enciclopédias virtuais. Também pode ser promovido
de forma individual ou colaborativa. Há recursos, segundo o autor, que
permitem a construção compartilhada de conteúdo, o que potencializa e
enriquece o processo de ensino e aprendizagem.Como os recursos baseados
na Internet e disponíveis gratuitamente.
Os softwares de edição de texto como o Microsoft Word ou o
OpenOffice Writer estão entre os principais recursos para desenvolvimento de
conteúdo em texto. Ambos podem trabalhar com edições e reedições.
Com o Microsoft Word é possível revisar documentos enviados por
outras pessoas a partir da opção revisão. É possível realizar revisões com
comentários, editar os comentários, excluir e até realizar comentários por voz.
Ao inserir um comentário, os outros participantes poderão aceitar ou rejeitar as
alterações.
Existem também recursos que auxiliam no desenvolvimento
colaborativo de conteúdo, que podem ser acessados de modo gratuito na
Internet. Há editores de texto em que o autor pode compartilhar o
desenvolvimento do conteúdo com outros autores. A partir de uma conta no
Google, é possível utilizar um módulo denominado GoogleDocs.
Desta forma, o professor pode compartilhar os documentos com outros
professores, em diferentes níveis, e possibilitar aos alunos visualizar o
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conteúdo dos documentos. É possível combinar essas possibilidades, com os
mesmos recursos básicos de um editor de texto convencional.
Existe o hipertexto, uma facilidade de navegação entre diversos textos,
sons, vídeos e imagens, de modo rápido, dinâmico e interativo. As
interconexões formam uma rede que necessita de um sistema baseado em
tecnologias de informação e comunicação para gerenciar os conteúdos
publicados.
O leitor do hipertexto é também o seu autor, já que escolhe o seu percurso por hiperlinks, que ligam diferentes textos e contextos. O leitor que se faz usuário do texto reflete, interfere, questiona, flexibiliza-se no diálogo com o que é seu, na troca com o que é alheio e na abertura de outros textos, independentes do suporte que os obriga (FREIRE, 2012, p.19-20).
Um sistema de gestão de conteúdos em hipertexto permite integrar
aplicativos que podem ser acessados pela Internet, facilitando a navegação
entre links grandes, de difícil memorização. Também permite o registro de
assuntos relevantes e a associação deles com as comunidades virtuais
dedicadas ao estudo e pesquisa desses assuntos.
O Twiki é uma ferramenta que possibilita a várias pessoas criarem e
gerenciarem o conteúdo de textos colaborativos. Ele apoia a regulação de
diferentes estruturas e processos e a representação de ambientes. Permitindo
a integração, nas páginas Web, de uma grande variedade de programas.
Pode-se perceber que as tecnologias estão à disposição de todos e os
alunos cada vez mais se apropriam delas, o que cria grandes oportunidades
para o professor. Esse é o grande desafio dos processos educativos
contemporâneos.
A informática entrou na educação pela necessidade de transpor as
fronteiras do educar convencional, pois tudo se modernizou. Frente a essa
nova pedagógica de educação, foi oportunizado às escolas e faculdades uma
renovação de trabalhar os conteúdos programáticos, propiciando ao educando,
eficiência na construção do conhecimento, convertendo a aula num espaço real
de interação, de troca de resultados e adaptando os dados à sua realidade.
É certo que os avanços tecnológicos da informação têm contribuído
para projetar a civilização em direção a uma sociedade do conhecimento. Mas
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é preciso estar ciente de que não depende só dos aparatos tecnológicos, mas
de uma grande mudança de cultura, depende da interação e colaboração das
pessoas, porque o conhecimento, nada mais é do que a manipulação, a troca
de informações e, por fim, a construção do conhecimento. É de fato uma
mudança de paradigma.
Nesse contexto Gebran (2009,p.15) descreve que:
À medida que as redes de informação, via sistemas de comunicação, tornam cada vez menos necessário que os alunos armazenem informações em suas mentes e encurtem as distâncias, gerando uma democratização do acesso a Educação, buscando na máxima para aprender é preciso agir intelectualmente sobre a informação, dá ao educador uma nova concepção na construção de seu conhecimento (GEBRAN, 2009, p. 15).
O educando é antes de tudo o fim, para quem se aplica o
desenvolvimento das práticas educativas. Através da interatividade com o
ambiente de aprendizado, o educando terá condições de construir seu
conhecimento. Ele é o participante ativo nesse processo de aprendizagem,
interagindo e tendo um senso de posse dos objetivos do aprendizado.
Assim, o papel da tecnologia na educação é de grande importância. Na
sociedade da informação, ensinar e aprender exigem hoje muito mais
flexibilidade espaço-temporal, pessoal e comunicacional. A grande dificuldade
é selecionar, em meio a tantas informações, quais são realmente significativas
e, a partir daí, conseguir integrá-las dentro da mente das pessoas, isto é, fazer
parte de sua cultura.
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CAPÍTULO II
TECNOLOGIAS DE INTERAÇÃO NO CONTEXTO PEDAGÓGICO
O Professor há muito tempo, percebia a necessidade de se atualizar,
não somente no campo de seu conhecimento, como também na sua função
pedagógica. Os métodos de ensino tradicionais, que dominam nas instituições
de ensino, ainda é um obstáculo para muitos professores, o método onde o
professor fala, o aluno escuta; o professor dita, o aluno escreve; o professor
manda, o aluno obedece. A maioria, porém, já é mais maleável: o professor
fala, o aluno discute; o professor discursa, o aluno toma nota; o professor pede,
o aluno pondera. Em casos específicos, o aluno fala, o professor escuta, o
grupo debate e todos tomam nota, inclusive o professor, procurando ir ao
encontro das necessidades que surgem.
Essas questões levam à crise do ensino, desde o primário até a
universidade. Antes de qualquer coisa, há que se ter cuidado com os excessos:
o professor não deve somente ler, ou ditar, ou escrever ou mesmo projetar
transparências durante toda a aula. Deve oferecer alternativa. O uso de uma
técnica por mais de uma hora contínua, torna-se cansativo, e os alunos perdem
a concentração. O aparelho de vídeo, com um monitor (TV), está cada vez
mais popular. A maioria das unidades, escolas públicas e particulares
possuem, no setor de audiovisuais, televisores de 20 polegadas com vídeo
incorporado, facilitando o transporte e uso dos mesmos. Um data show, que
projete a imagem do vídeo numa tela, como num cinema, você encontra em
determinadas situações, como em salas de conferências e cursos de pós-
graduação. Ter uma videoteca disponível na universidade seria ideal, mas
poucas instituições organizam um setor do gênero. Além de documentários
muito interessantes produzidos principalmente pelas televisões públicas, temos
filmes que são clássicos de literatura ou que tratam de temas polêmicos ou de
interesse cultural.
Quem faz uma unidade escolar melhor, não é somente o gestor, mas
todos participam do processo. Os professores e os alunos são grandes
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responsáveis por isso. Os vídeos modernos possuem cabeças, sendo quatro
para imagem e três para áudio; permitem parar a imagem sem distorção, voltar
ou avançar, isto é, estão cada vez mais parecidos com uma ilha de edição.
Mas já estão ficando obsoletos, com o surgimento dos DVD. A tecnologia muda
os meios de comunicação de massa e, paralelamente, os meios de ensino, não
somente dentro da sala de aula. Está mudando inclusive a própria sala de
aula, com a introdução do ensino a distância, por exemplo. As aulas
particulares já não precisam mais da presença do professor, ele orienta e fala
com o aluno sem estar ao seu lado fisicamente, não importa onde esteja desde
que esteja conectado. Facilitando ainda mais o ensino a distância: som e
imagem ao seu dispor. A internet, com uma variedade quase infinita de
possibilidades de áudio, imagens e multimídia, além das apostilas. A internet
aos poucos está cada vez mais confiável.
As tecnologias representam oportunidades e o professor deve saber
explorar essas oportunidades. Algumas instituições adotam a estratégia de
treinar tutores para auxiliar o professor na utilização das tecnologias.
É importante observar que algum dos desafios criados pelas novas
tecnologias estão fora do alcance do professor, como possibilitar a inclusão
tecnológica dos alunos, conservar o ambiente tecnológico em funcionamento e
manter o investimento em tecnologias. Esse é um papel que cabe ao Estado e
às instituições de ensino.
As novas propostas curriculares tendem a dar mais liberdade para o
professor na elaboração de suas aulas. “Algumas escolas ensinam seus alunos
a utilizarem o Twitter, a Wikipédia, blogs e podcasts como fontes de informação
e formas de comunicação” (CARVALHO, 2010, p.117).
Ensinar e aprender é um processo que deve levar em conta essas
ferramentas como apoio à aprendizagem em direção à transdisciplinaridade –
“conceito que limita os objetivos da educação nacional e as necessidades do
mercado e da sociedade” (CARVALHO, 2010, p.118).
O processo de ensinar e aprender deve buscar atingir objetivos
pedagógicos em contextos mais complexos. Muitas técnicas em sala de aula
precisam ser repensadas.
As tecnologias de informação e comunicação (TIC) assumem um papel
central no mundo do jovem. São cultivadas, celebradas, instrumentalizadas. Os
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educadores não podem ignorar a importância fundamental das tecnologias na
vida dessa geração digital. Porém todos têm a responsabilidade de formar
consumidores dessas tecnologias para que sejam conscientes, críticos e
efetivos. Precisamos mostrar que a conduta no âmbito virtual não é
desvinculada do mundo real, e sim uma extensão da nossa realidade.
Consequentemente, procuramos uma coerência no manuseio das TIC com o
emprego de qualquer outro instrumento no ambiente acadêmico.
O ritmo acelerado das inovações tecnológicas exige uma educação
capaz de estimular nos alunos o interesse pela aprendizagem, e que esse
interesse diante de novos conhecimentos e técnicas seja mantido ao longo de
sua vida profissional, que certamente estará cada vez mais sujeita ao impacto
de novas tecnologias.
O papel da tecnologia na Educação talvez não seja tão óbvio. Na
sociedade da informação, ensinar e aprender exige hoje muito mais
flexibilidade espaço-temporal, pessoal e comunicacional. A grande dificuldade
é selecionar, em meio a tantas informações, quais são realmente significativas
e, a partir daí, conseguir integrá-las dentro da mente e da vida das pessoas,
isto é, fazer parte de sua cultura.
Uma vez que a realidade em que vivemos não mais permite a existência
de “ilhas” de pessoas, precisamos estabelecer laços constantes com os alunos
e o novo. Vale ressaltar que a Educação apoiada em tecnologias não pode
limitar-se à colocação de computadores nas escolas e, muito menos, ao uso
indiscriminado de recursos ditos educativos.
O caminho a trilhar não é fácil e nem tampouco realizado em curto
prazo. A assimilação dessa tecnologia só faz sentido se ela vier e alterar
significativamente a realidade educacional vigente. Dependendo do modo
como for utilizado, o computador poderá simplesmente validar a Educação hoje
questionada, ou poderá orientar significativamente para uma Educação
inovadora e principalmente transformadora.
Segundo Newby et al. (1996), tecnologia educacional é um meio pelo
qual se conecta o professor, a experiência pedagógica e o estudante para
aprimorar o ensino. Neste caso fica claro que o papel da tecnologia é meio e
não fim, pois a tecnologia aprimora o processo de ensino-aprendizagem,
contudo demonstra que é importante o papel do professor nesse processo.
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Por isso o professor nunca perderá seu espaço em sala de aula, se este
profissional acha que vai ser substituído pela máquina, ele é que deve ser
substituído. Essa frase pode ser um tanto chocante, mas se um professor se
considera tão inferior a uma máquina, ele não é um profissional preparado para
trabalhar nesse novo processo de Educação moderna.
2.1 O Docente: Competências e Habilidades
No movimento de organização do trabalho e da formação professor é
um aspecto que parece constituir objeto de consenso: a possibilidade da
presença das chamadas TIC, Tecnologias de Informação e Comunicação tem
sido cada vez mais constante no discurso pedagógico, compreendido tanto
como o conjunto das práticas de linguagem desenvolvidas nas situações
concretas de ensino quanto as que visam a atingir um nível de explicação para
essas mesmas situações.
As TIC têm sido apontadas como elemento definidor dos atuais
discursos do ensino e sobre o ensino, ainda que prevaleçam nos últimos.
Atualmente, nos mais diferentes espaços, os mais diversos textos sobre
educação têm, em comum, algum tipo de referência à presença das TIC no
ensino. Entretanto, a essa presença têm sido atribuídos sentidos tão diversos
que desautorizam leituras singulares. Assim, se aparentemente não há dúvidas
acerca de um lugar central atribuído às TIC, também não há consenso quanto
à sua delimitação.
Segundo Lévy (1999) as TIC estão postas como elemento estruturante
de um novo discurso pedagógico, bem como de relações sociais que, por
serem inéditas, sustentam neologismos como "cibercultura". No outro extremo,
o que as novas tecnologias sustentam é uma forma de assassinato do mundo
real, com a liquidação de todas as referências, em jogos de simulacros e
simulação (Baudrillard, 1991).
Moran, (2004) afirma que, podem constituir novos formatos para as
mesmas e velhas concepções de ensino e aprendizagem, inscritas em um
movimento de modernização conservadora, ou, ainda, em condições
específicas, instaurar diferenças qualitativas nas práticas pedagógicas. Ou
seja, a presença das TIC tem sido investida de sentidos múltiplos, que vão da
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alternativa de ultrapassagem dos limites postos pelas "velhas tecnologias",
representadas principalmente por quadro-de-giz e materiais impressos, à
resposta para os mais diversos problemas educacionais ou até mesmo para
questões socioeconômico-políticas.
Para Mattelart (2002, p. 9), a segunda metade do século XX foi marcada
pela "formação de crenças no poder miraculoso das tecnologias
informacionais". Mesmo que, em princípio, pareça ingênuo, este último
movimento está inscrito em um modo de objetivação das TIC inextricavelmente
ligado à concepção de "sociedade da informação".
As tecnologias oferecem muitas possibilidades de ambientes
educacionais. Essas possibilidades devem ser levadas em conta na elaboração
e na avaliação de resultados de programas educacionais.
Lima (2013) afirma que:
A atual geração de professores foi formada na mentalidade analógica. Muitos são resistentes às novas tecnologias de ensino ou a mentalidade digital. Professores universitários hoje se irritam com alunos ligados aos seus notebooks e tablets durante a aula. Alguns proíbem o uso. Tal atitude é justificada porque o/a professor/a se sente preterido/a em relação à tela eletrônica, que parece fascinar o aluno ‘digital’. Pergunto: durante a aula, o que deve fazer o professor quando vê que o aluno está no facebook ou outra distração? (LIMA, 2013, p.1).
Para Melhuish e Falloon (2010) apud Cantero et al (2013) o uso das
tecnologias móveis nas escolas está redefinindo o espaço de aprendizagem.
As tecnologias móveis nos possibilitam o rompimento do tempo e do espaço,
assim como se baseiam em conectar pessoas e informações em conjunto
através de ambientes de colaboração e comunidades virtuais.
Segundo Diaz (2012) a introdução das tecnologias na educação
necessita de uma ação detalhada e programada de formação dos educadores.
Infelizmente, alguns professores utilizam as ferramentas computacionais
apenas porque estão sendo pressionados por uma sociedade e se sentem
ameaçados. Contudo, sabemos que muitos deles não mudam a forma de
ensinar, continuam trabalhando de forma tradicional, apenas com um discurso
moderno.
O professor está lidando com uma geração mais crítica e participativa,
tendo que buscar aproximar a sua realidade à dos alunos. Seu papel passa a
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ser o de orientador e facilitador, filtrando essa avalanche de informações
desconexas, para que o aluno aprenda a construir conhecimento por meio de
pesquisa, e realizando projetos que despertem uma aproximação com a
realidade, contextualizando.
A utilização dos mais diversos tipos de softwares, em escala crescente
de complexidade e interatividade, oportuniza ao educando e ao professor
crescerem conjuntamente. Ambas as partes tem de se adaptar a essa nova
modalidade, devendo as mesmas ser cúmplices nos processos criativos, na
busca de informações.
Os educadores devem ampliar o seu papel e as suas responsabilidades.
Hoje, a educação tem que ser trabalhada por inteiro e permitir que a escola
acompanhe a sociedade da qual faz parte.
2.2 Softwares Educacionais
Diante dessa geração Net é preciso que surja também um novo tipo de
profissional do ensino. Segundo Tapscott (1999), um profissional voltado ao
uso da tecnologia de ponta, mas principalmente, com possibilidade de ter
treinamento e tempo disponíveis para desenvolver pesquisas sobre o uso da
multimídia e da internet. É preciso qualificação e preparo para o novo mundo
passa a ser o grande advento desse mundo digital.
Há um grande desenvolvimento de softwares com sistematização de
ensino virtual: Existe a criação e o aprimoramento de Ambientes virtuais de
aprendizagem, que são softwares que auxiliam na aplicação do modelo de
ensino. São elaborados para auxiliar os professores no ambiente de ensino,
através do gerenciamento dos conteúdos, do seu curso e dos alunos,
permitindo acompanhar o progresso deles constantemente. Modelos que
utilizam tele-aulas que vão de assuntos iniciais como soma e subtração até
assuntos mais complexos como cálculo numérico, derivadas, integrais, alem de
possuir também uma variação muito grande de matérias, geografia, biologia,
história entre outras, onde o aluno assiste às aulas pela TV e praticam o que foi
aprendido em materiais com exercícios.
É fato que as utilizações de novas tecnologias em sala de aula propiciam
um ambiente rico e possibilitam melhorias na educação, mas para que isso
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ocorra é importante que os professores tenham formação adequada e
ambiente de trabalho apropriado.
Cabe ao professor orientar e desafiar o aluno para que a atividade
computacional contribua para a aquisição de novos conhecimentos. Segundo
Alves (2010):
É preciso criar pessoas que se atrevam a sair das trilhas aprendidas, com coragem de explorar novos caminhos. Pois a ciência construiu-se pela ousadia dos que sonham e o conhecimento é a aventura pelo desconhecido em busca da terra sonhada. (ALVES, 2010, p.32).
Uma pesquisa feita por Cook e Cook (1999, p.61) demonstra que o
importante no processo de ensino-aprendizagem é ser centralizado no aluno e,
assim, quanto mais se utiliza adequadamente a tecnologia, mais fixa-se o
conteúdo.
UMA PESSOA PODE RETER:
10% do que lê
26% do que escuta
30% do que vê
50% do que vê e escuta
• Com multimídia
70% do que discute
80% do que faz
90% do que explica
95% do que ensina
• Com mídias interativas
Fonte:Gebran (2009, p.40).
2.2.1 Conceito de Software Educacional
Os Softwares educacionais são programas que auxiliam o aluno a
desenvolver, aperfeiçoar e ampliar de forma interativa o seu aprendizado,
tendo o professor a função de mediador do processo de reconstrução do
conhecimento.
Segundo Valente (1989, p.2), “o Software educacional vem atender
objetivos educacionais preestabelecidos onde as considerações pedagógicas
26
que orientam seu desenvolvimento superam em importância a qualidade
técnica”.
Dessa forma, o Software educacional vem diferenciar o ensino da
informática pela informática, onde o primeiro se caracteriza pelo ensino de
conceitos de informática, como programação e funcionamento do computador e
o segundo, é o ato de promover o ensino com o uso da ferramenta
computador, utilizando o software educacional. Sendo assim, o aluno tem
acesso de forma interativa, no seu ritmo, às diversas áreas do conhecimento
de uma forma lúdica e prazerosa.
Conforme relata Gebran (2009, p.41):
Com a introdução no mercado desse novo instrumento educacional, temos possibilidades de mudanças no processo de ensino e aprendizagem, práticas pedagógicas difíceis ou até desinteressantes. Podem agora ser concedidas e realizadas com a presença do computador e do software educacional apropriado, que proporcionará diferentes formas de aprender ao nosso aluno, através de vários canais de aprendizagem, utilizando os largos recursos visuais de animação e multimídia para despertar um maior interesse e motivação (GEBRAN, 2009, p.41).
Assim, o mais importante em todo o desenvolvimento é criar atividades
que propiciem uma interatividade entre o computador e o usuário.
A tabela, proposta por Lucena citado por Gimenes (1998, p.8), mostra as
vantagens e desvantagens do uso de softwares na educação:
vantagens desvantagens
1.Aumenta a interação do
aluno/máquina/tópico curricular
1. Necessita de apoio de um custoso
equipamento de hardware
2. Permite a individualização na
aprendizagem do aluno
2. Apresenta dificuldades na sua
constante atualização
3. Estimula, motiva, promove a
autoestima do aluno
3. Exige conhecimentos prévios e
específicos tanto por parte do
professor como do aluno
4. Apresenta lições de modo criativo,
atrativo e integrado
4. Depende de disposição e
habilidades específicas por parte do
aluno (visual e de leitura)
27
5. Proporciona retroalimentação,
controle e avaliação imediatos da
aprendizagem
5. Consome tempo do professor para
planejar, implementar e avaliar
Fonte: Gebran (2009, p.41)
Portanto, para desenvolver um software educativo é necessário buscar
uma metodologia de desenvolvimento, mesmo porque qualquer software
necessita de um planejamento antes de ser codificado e implementado.
2.2.2 Aplicativos Em Sala de Aula
São múltiplos os usos do computador, atuando como dispositivo para
adquirir, processar e armazenar informações, além de possuir imensa
versatilidade como meio de comunicação.
Para efeitos didáticos os aplicativos apresentam algumas características,
tais como: 1. Processadores de texto; 2.Planilhas eletrônicas; 3.apresentações
– PowerPoint.
O processador ou editor de texto é um software empregado para a
produção (redação, edição, formatação e impressão) de qualquer documento.
O Word, editor da Microsoft, é um programa que permite criar documentos,
possuindo ferramentas de ortografia, sinônimos, gráficos, modeladores de
texto, entre outros. É um elemento muito importante para a educação, auxilia
os professores e os alunos na confecção de trabalhos, por exemplo.
As Planilhas eletrônicas substitui as ferramentas universais de calculo:
papel, lápis, borracha e calculadora, combinando a facilidade do uso de uma
calculadora com a capacidade de armazenar (memória) e mostrar (tela)
eletronicamente dados em um microcomputador.
Pode ser usada para o desenvolvimento de várias planilhas voltadas
para o controle de alunos (frequência), organização de horários/turmas,
organização do orçamento doméstico, planejar e controlar a evolução de notas,
28
entre outros. Tem por finalidade coletar, analisar e manipular dados em geral,
em especial dados numéricos.
O PowerPoint é um programa integrante do Microsoft Office e que
geralmente já se encontra instalado no disco rígido da maioria dos
computadores, visando preparar todo tipo de apresentação mediante
dispositivos, para expor em classes, em conferências, para apresentar
trabalhos de investigação, para expor determinados temas, entre outros.
2.2.3 Internet na Educação
Sabendo-se que o ato de educar implica em estar mais atento às
possibilidades do que aos limites, visando estimular o desejo de aprender,
ampliando as formas de sentir, perceber e de se comunicar, tem-se na internet
a ferramenta ideal para promover uma maior eficiência no processo de ensino
aprendizagem, ampliando a relação professor x aluno para sociedade x escola
x professor x aluno.
A internet é construída a partir de uma estrutura sem hierarquia, formada
apenas por nós (finais ou intermediários) e canais. Os nós finais são os
servidores e clientes os quais podem fornecer um conjunto de serviços como
também podem solicitá-los; os nós intermediários, por sua vez, são os
roteadores e bridges que fornecem a possibilidade de filtro informacional, onde
nem todos os clientes ou servidores podem acessar determinados serviços que
os nós intermediários oferecem (GEBRAN, 2009, p.91).
Pode-se dizer que o início do século XXI apresenta a internet como um
novo meio de comunicação, influenciando diretamente a essência da atividade
humana, construindo-se sob uma diversidade de formas, ocasionando
transformações na vida das pessoas, envolvendo a história e a cultura de todo
o planeta, variando do âmbito individual ao global. Nesse contexto Castells
(2009, p.225) descreve internet.
29
A internet é de fato uma tecnologia da liberdade – mas pode libertar os poderosos para oprimir os desinformados, pode levar à exclusão dos desvalorizados pelos conquistadores do valor [...[ precisamos situar nossa ação no contexto específico de dominação e libertação em que vivemos: a sociedade de rede, construída em torno das redes de comunicação da internet (CASTELLS, 2009, p.225).
Foi, então, que ocorreu uma revolução nãos chamados meios
tradicionais de comunicação (rádio, televisão, jornal e revista), com uma
reformulação de conceitos e formas de produção à cibercultura.
O conhecimento é sempre resultante das interações do indivíduo (e suas
bagagens hereditárias) com o meio e sua diversidade de estímulos sociais e
culturais (MORAN, 2004, p.32).
É preciso que o professor, em cada lição dada, faça com que esta tenha
significado, para que interajam. As inteligências serão estimuladas a “aprender
a aprender”. Razão pela qual, deve-se compreender a importância das
tecnologias na educação, como a internet.
A internet não pertence a ninguém em particular, e surpreendente ela
funciona perfeitamente, devido à utilização de conexão backbones, ou seja,
conexões muito velozes que unem segmentos da rede fisicamente separados e
fornecem conexões que pertencem a outras redes, mediante pontos de
intercâmbio ou gateways.
As siglas mais comuns na internet são:
• HTML- que significa Hypertext Markup Language (linguagem de
marcação de hipertextos), linguagem de programação utilizada para
construir home pages;
• Home pages – página www de um usuário, normalmente escrita na
linguagem html, onde o mesmo coloca as informações que desejar,
deixando-as disponíveis para ser consultada por qualquer pessoa ligada
a internet;
• Site – qualquer lugar virtual da internet, correspondendo a uma home
Page, situado fisicamente em um serviço www. A tradução livre para o
português é “sítio”.
Pode-se dizer que o início do século XXI apresentou a internet como um
novo meio de comunicação, influenciando diretamente a essência da atividade
humana, construindo-se sob uma diversidade de formas, ocasionando
30
transformações na vida das pessoas, envolvendo a história e a cultura de todo
o planeta, variando do âmbito individual ao global.
Afinal, a internet se situa como um espaço de comunicação onde
inexistem exclusões, dogmas e leis, onde quase todo material pode ser
divulgado sem censuras. De acordo com Pierre Lévy (in Gebran,2009, p.93) “já
que tudo é possível, ela manifesta a conexão do homem com a sua própria
essência, que é a aspiração à liberdade”.
2.2.4 Portais educacionais
A quantidade de informações contidas na internet é imensa e sem limites
de armazenamento, tais características fizeram com que fosse necessário
sistematizar, categorizar e identificar o conteúdo web presente no ciberespaço.
Em consequência, foram desenvolvidos os portais, unindo informações
em vários sites, com o objetivo de estabelecer novas modalidades de
atividades ou de comunidades, como os portais jornalísticos, museus,
corporativos, institucionais, educativos, entre outros.
Os portais educacionais surgem como alternativa para satisfazer a
necessidade do aprendizado na era da informação, cabendo ao indivíduo
identificar, coletar, relacionar, analisar e aplicar os conteúdos que lhe
interessam, de maneira competente e criativa. O conteúdo web previamente
formatado e relacionado pelo portal favorece a inteligência coletiva e a
aprendizagem colaborativa, além da disponibilização de informação e o contato
entre indivíduos de forma ampla e irrestrita.
Os profissionais da área de Educação devem manter em mente que os
portais educacionais representam uma ferramenta de suma importância para o
processo ensino-aprendizagem, auxiliando a elaboração de conteúdos
didáticos e a sua correta fixação pelos alunos por meio de mídias (fotos, filmes,
figuras, animações etc.) ilustrativas.
Um portal nada mais é que uma página que funciona como ponto de
entrada para a internet, concentrando serviços/produtos e organizando,
conforme seus interesses, o conteúdo no ciberespaço para auxiliar os usuários
na navegação.
31
Fonte: Google imagens
32
CAPÍTULO III
O USO DE TABLETS NAS UNIVERSIDADES
Anteriormente pode-se observar que há uma dispersão geral das
tecnologias da informação e comunicação, elas estão presentes e influenciam
a vida social.
Então, o que vemos é uma nova forma de linguagem e de
comunicação, um novo código chamado de linguagem digital.
Escolas e Universidades têm que atender de modo satisfatório as
exigências da modernidade.
Atualmente verifica-se que os livros didáticos impressos já são coisa do
passado, principalmente nas faculdades e universidades. O material em papel
vem sendo substituído por dispositivos móveis do tipo tablet.
Nesse pequeno aparelho com tela de 10 polegadas, o aluno pode
assistir a aulas gravadas ou a videoconferências, ler arquivos em PDF
recomendados pelo professor, fazer exercícios e conversar com colegas de
turma em fóruns e chats. Até pelo celular essas atividades, hoje, podem ser
realizadas.
Nesse capítulo será tratado o uso dos tablets no Ensino Superior.
3.1 O que é um Tablet e seu uso nas Universidades
Um tablet PC ou simplesmente tablet é um dispositivo pessoal em
formato de prancheta que pode ser usado para acesso à Internet, organização
pessoal, visualização de fotos, vídeos, leitura de livros, jornais e revistas e para
entretenimento com jogos 3D. Apresenta uma tela touchscreen que é o
dispositivo de entrada principal. A ponta dos dedos ou uma caneta aciona suas
funcionalidades. É um novo conceito: não deve ser igualado a um computador
completo ou um smartphone, embora possua diversas funcionalidades de
ambos. O primeiro tablet criado foi o iPad, da Apple, no início de 2010 e, desde
então surgiram diversos modelos semelhantes, prova da aceitação do público.
33
Em 2004, o IESD Brasil, um instituto desenvolvedor de materiais
didáticos e sistemas de ensino, criou um curso de inglês através de um cartão
microSD que armazena as videoaulas e livros em PDF e o usuário pode
visualizar todo o conteúdo em um telefone celular smartphone ou tablet sem a
necessidade de conexão com a internet. O microSD também pode ser utilizado
em netbooks e notebooks. O conteúdo foi adaptado para iPads e iPhones com
carregamento através do iTunes. O produto é constituído apenas pelo livro
digital (PDF com 492 páginas) e pelo videolivro (com 15 videoaulas)
embarcado no cartão SD para autoestudo do conteúdo. Opcionalmente à
aquisição deste produto, o consumidor pode ainda realizar uma avaliação
presencial em qualquer centro licenciado IESDE BRASIL S/A caso queira
receber o certificado do curso.
Atualmente, algumas redes de franquias de ensino de idiomas já
começam a disponibilizar na rede, o dispositivo tablet como nova ferramenta
didática da escola, que, ao poucos, substituirá o material didático comum,
como livros e CDs.
O que caracteriza a atual revolução tecnológica não é a centralidade de conhecimentos e informação, mas a aplicação desses conhecimentos e dessa informação para a geração de conhecimentos e de dispositivos de processamento / comunicação da informação, em um ciclo de realimentação cumulativo entre a inovação e seu uso. (CASTELLS, 1999, p. 69).
O site Mashable reuniu seis motivos para usar tablets na sala de aula.
Vejamos: 1) Nos tablets fica fácil mostrar textos e apresentações o dispositivo
oferece uma experiência de e-books única com sons, vídeos e imagens. Esses
elementos são impossíveis de serem incorporados em livros impressos. Ler
sobre música? Não é possível escutá-la no dispositivo. Por que ver uma
imagem de discurso se com um toque é possível vê-lo? O resultado de usar
esse tipo de aparelho é uma experiência mais integrada que deixará os
estudantes mais entusiasmados e atentos. 2) Os alunos estão prontos para a
tecnologia, ainda que os tablets sejam um fenômeno recente, muitos
estudantes já usam tecnologias como smartphones há muito tempo e já estão
acostumados com a tecnologia touch screen. As escolas e universidades não
utilizarem a tecnologia já existente desestimula os estudantes. Muitos já estão
34
acostumados a usar o dispositivo em tarefas além de jogos e acesso a redes
sociais. De acordo pesquisa realizada pela Nielsen, 35% dos usuários do
dispositivo já não usa muito seus computadores e 32% de usuários de
notebooks e computadores também já optam por trocar de plataforma. 3) O
dispositivo cabe na vida dos alunos, o tablet é fino e leve, o que facilita muito o
transporte de casa para a aula. Além disso, a bateria não acaba rápido
evitando assim transportar o carregador junto. Esqueceu o que o professor
disse na aula? É possível escutar todo o áudio e pegar as melhores anotações
mais calmamente em casa. 4) Muitos softwares estão sendo desenvolvidos
especialmente para tablets. Eles estão muito compatíveis com as aulas, pois
permitem acesso a conteúdos online, entre outros. Um aplicativo que pode ser
muito útil é o Blackboard que passa todas as informações escritas na lousa
para o aparelho dos estudantes. 5) Tablets integram tendências e os
estudantes buscam aprender as informações com novas experiências e os
tablets se alinham a esse desejo devido à portabilidade e conectividade que
eles proporcionam. Os estudantes podem, então, trabalhar em qualquer lugar
do campus ou da escola e tem a certeza de que o trabalho está salvo na
central e acessível em qualquer aparelho. 6) O dispositivo se torna a cada dia
mais disponível, um dos principais motivos da demora do tablet para entrar no
campo da educação foi que não era cessível a toda população. Entretanto esse
cenário começa a ser modificado especialmente pela diminuição do preço de
custo e do surgimento de outros modelos e marcas.
35
Fonte: Google imagens
O uso de tablets em sala de aula em substituição aos livros impressos
tem se tornado uma realidade para muitos alunos de Universidades e
Faculdades. A Universidade Estácio de Sá disponibiliza tablets a seus alunos,
de forma de comodato. Essa é uma inovação tecnológica que tem como
objetivo dar um grande passo em direção à sustentabilidade e modernidade,
fazendo melhor uso dos recursos naturais e aproximando os alunos das
tecnologias hoje disseminadas no mercado de trabalho.
Ainda que os tablets sejam um fenômeno recente, muitos estudantes já usam tecnologias como smartphones há muito tempo e já estão acostumados com a tecnologia touch screen. As escolas e universidades não utilizarem a tecnologia já existente desestimula os estudantes. Muitos já estão acostumados a usar o dispositivo em tarefas além de jogos e acesso a redes sociais. De acordo pesquisa realizada pela Nielsen, 35% dos usuários do dispositivo já não usa muito seus computadores e 32% de usuários de notebooks e computadores também já optam por trocar de plataforma (BRUM, 2011, p.7).
O Tablet Estácio inicialmente foi oferecido no segundo semestre de
2011, aos alunos ingressantes em 2011.1 dos cursos de Direito, Gastronomia e
Hotelaria. Agora, o Tablet é entregue em regime de comodato após a
renovação da matrícula para o 2º período a ser cursado em 2013.2,
exclusivamente para os novos alunos dos cursos presenciais e Flex de Direito,
Engenharias e Arquitetura em todo o Brasil; Gastronomia e Hotelaria
(BH/RJ/SP), Administração (CE/GO/PA/Cotia/RR/RS/Santo André), que
36
ingressarem em 2013.1. A extensão aos demais cursos e localidades está sob
estudo.
Disposta a universalizar o uso do tablet e o conteúdo didático digitalizado, a Estácio, que possui cerca de 4 mil funcionários, um corpo docente de 7,5 mil professores e 260,8 mil alunos matriculados, deu início à segunda etapa do Projeto Tablet, com a distribuição de 14,5 mil aparelhos para estudantes de todo o Brasil. (http://www.estacio.br/material-didatico/tablet/positivo/beneficios.asp, 2012).
O aluno tem sua biblioteca essencial ao longo do curso, não gastando
mais dinheiro e tempo tirando cópias ilegais dos livros. Também capítulos
selecionados entre os melhores livros do mercado, necessários para o estudo de
disciplinas.
Além dos recursos já disponíveis nos tablets, como a possibilidade de
fazer marcações nas páginas, no texto, inserir notas e links, a partir de outubro
serão lançados novos aplicativos para que o aluno tenha mais liberdade para
se organizar na hora de estudar. Entre os aplicativos disponíveis no Tablet
Estácio estão um sistema de segurança, desenvolvido para preservar a
integridade dos alunos e da Plataforma Educacional Estácio. Na prática, ele
tem a função de inibir a comercialização do aparelho. Quando ocorre algum
tipo de sinistro com o equipamento, um comando é disparado e o tablet entra
em modo de recuperação. Toda a memória fica bloqueada e somente o
fabricante do equipamento consegue realizar o desbloqueio; e a lousa digital,
plataforma semalhante à lousa digital utilizada em vídeo-aulas, esse aplicativo
leva aos docentes a experiência de interagir com o conteúdo que está sendo
exibido na tela do tablet e, ao mesmo tempo, é mostrado em outra tela, de
projetor ou televisão.
O modelo escolhido foi customizado para comportar todo o conteúdo
multimídia do modelo de ensino da Estácio. O grande diferencial do uso do
tablet é a possibilidade de apresentar a matéria de forma mais rica com
interatividade e uso da internet, o que facilita a aprendizagem.
Escolas brasileiras de ponta começam a testar o dispositivo,
obedecendo a duas pregações de especialistas: preparar professores para o
uso da tecnologia e transformar a máquina em ferramenta pedagógica.
37
A cobrança pelo uso das tecnologias em sala de aula se dá em conjunto
com o avanço da informação, principalmente a informação do modo que
vivenciamos por meio da internet, conforme Lemos e Lévy (2010) relatam em
seu livro o futuro da internet.
Jornais, rádios, televisões publicam ou emitem hoje quase tudo na web. Certas mídias (Webzines, WebTV, rádios online) estão disponíveis apenas na web sem utilizar o canal hertziano ou o impresso. A primeira consequência dessa nova situação é que todas as mídias podem ser “captadas”, lidas, escutadas, ou vistas de qualquer canto do planeta onde a conexão à internet é possível, com ou sem fio. Mais ainda: as novas mídias atuam a partir de princípios de liberação da emissão, da conexão permanente em redes de conversação e da reconfiguração da paisagem comunicacional que tem implicações importantes nas dimensões sociais, culturais e políticas. Não se trata apenas de uma mudança na forma de consumo midiático, mas nas formas de produção e distribuição de conteúdo informacional (LEMOS E LÉVY, 2010 p.73).
Trata-se, portanto, de uma grande oportunidade para a educação – não
há por que duvidar. Os tablets são portáteis, permitem consumir, produzir e
compartilhar conteúdos como textos, fotos e vídeos, possibilitam interatividade
e conexão à internet. Tudo isso pode significar uma transformação para a velha
escola, praticamente estacionada no século XIX, com quadros negros e aulas
expositivas. A despeito disso, o tablet não deve ser encarado como uma
panaceia para a área de educação. Para que a maquininha dê frutos,
concordam especialistas, é preciso conferir a ela uso e conteúdo pedagógicos.
Ainda faltam evidências científicas de que o uso da tecnologia como
recurso pedagógico provoque impactos positivos significativos no desempenho
acadêmico. Mas já se sabe que, com a ajuda de um computador, estudantes
desenvolvem análise crítica, capacidade de pesquisa e conhecimento
tecnológico mais apurados. "A tecnologia não garante por si só a transmissão
de conhecimento. É a forma como ela é usada pelo professor que determina o
valor que de fato ela vai agregar", diz Simão Pedro Marinho, coordenador do
programa de pós-graduação da PUC-Minas e assessor pedagógico do
programa Um Computador Por Aluno (UCA), projeto-piloto que pretende levar
um notebook para cada estudante da rede pública de ensino básico. É preciso
preparar os mestres para que eles explorem ao máximo os recursos da
máquina com seus alunos.
38
O uso de tablets nas Universidades modernizam as estratégias
pedagógicas a fim de desenvolver o talento e a competência dos alunos. O
importante é que a Universidade acompanhe o ritmo do avanço tecnológico.
O uso de tablets também pode acarretar alguns problemas, mas usado
de forma correta é bom: O projeto com certeza é bem-vindo, não só por
implementar tecnologia na sala de aula, como por promover economia de
papel. Mas eles terão que enfrentar alguns problemas: ler continuamente num
tablet pode cansar a vista; fazer anotações em tablets é menos prático que no
papel; tablets têm mil coisas (música, jogos, vídeos) para distrair a atenção; e
até mesmo coisas pequenas, como usar a mesma fonte em todo o material,
podem prejudicar a retenção de informações.
Acreditamos que o tablet pode se tornar um artefato tecnológico de
grande importância, pois está moldando a maneira como as pessoas têm
acesso às informações. Por meio de um aparelho leve, com grande capacidade
de processamento e autonomia de bateria, permite ao usuário a leitura de
textos, navegação na internet para acessar sites, emails, vídeos, além da
possibilidade de instalação de aplicativos e softwares que expandem o uso do
aparelho. Esses softwares que aliados a sua interface, de toque na tela,
permitem uma interação direta com o usuário, podendo auxiliar no processo de
ensino e aprendizagem.
Contudo, para que isso seja admissível é indispensável um bom preparo
dos profissionais de forma que esses se percebam preparados para lidar com
as diversas possibilidades que podem ser exploradas através dessas “novas”
tecnologias.
39
CONCLUSÃO
O mundo mudou e a forma de educar também, O mercado de
educação tem sido lento para adaptar as novas tecnologias visto que é
preciso considerar muito bem qual delas pode ser incorporada nas salas
de aula. Algumas escolas americanas já montaram programas pilotos
próprios para iPad e foram bem-sucedidos Estudos indicam que o uso da
tecnologia na educação aumenta a criatividade e motivação dos
estudantes. Por isso, acreditamos que as novas ferramentas disponíveis,
como por exemplo, o tablet, vieram para revolucionar, são a mídia do
futuro, uma tendência como ferramenta didática.
Os tablets são excelentes ferramentas auxiliares em salas de aula,
facilitando a compreensão de conteúdos e promovendo habilidades digitais,
criatividade, aprendizagem independente e motivação.
Escolas e Universidades têm que atender de modo satisfatório as
exigências da modernidade. O tablet é um dispositivo pessoal em formato de
prancheta que pode ser usado para acesso à Internet, organização pessoal,
visualização de fotos, vídeos, leitura de livros, jornais e revistas e para
entretenimento com jogos, é uma ferramenta de fácil transporte e que pode
ajudar muito no ambiente educacional. O acesso a uma gama enorme de
informações, através de livros e sites da internet pelo tablet, ou a
disponibilidade de baixar um livro no tablet, facilita a vida de alunos na busca
de desenvolvimento e conhecimento.
A maioria dos professores, não possuem ainda preparo para utilização
das tecnologias digitais, não podendo explorar de uma maneira eficiente o uso
de dispositivos tecnológicos como os tablets, ou de novas metodologias.
Ainda não existem argumentos, nem provas necessárias que provem
que essas novas metodologias aplicadas por essas tecnologias sejam
realmente eficientes e esse se torna o maior problema enfrentado, a
desconfiança de introduzir algo novo em um modelo tradicional e que
teoricamente sempre deu certo, faz com que o uso da tecnologia de maneira
mais efetiva na educação seja introduzido com cautela e devagar.
40
Estamos vivendo uma revolução e precisamos estar embarcados
nelas. Estamos mudando o suporte escrito do papel para o digital. Há um
saudosismo em relação ao livro, mas a tendência é o livro desaparecer.
Uma instituição privada de ensino superior, o grupo Estácio, está
liderando uma experiência pioneira no assunto: 5,5 mil alunos e 500 mil
professores receberão tablets ainda este ano para substituir cadernos, livros e
para assistir a aulas online. Para a instituição, mais do que facilitar a vida do
aluno, a ferramenta garantirá inclusão digital.
O que pode-se observar e constatar durante a pesquisa é que dentro
dessa nova realidade muda a figura do professor, que já não se limita a um
mero transmissor do conhecimento, mas a um guia, um mediador, como
coparceiro do aluno, buscando e interpretando de forma crítica as informações.
Esse professor passa a contar com o desenvolvimento tecnológico de
informações, levando-o a um novo centro de referência educacional,
transformando o saber ensinar em saber aprender, preparando esta nova
geração para uma nova forma de pensar e trabalhar e levando-o a aprender
mais rapidamente.
41
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRUM, L.C. Do table ao tablet: o avanço das novas tecnologias no ensino de línguas estrangeiras. Venletrarte: Campos, 2011 CANTERO, Jorge De La Torre; Martin-Dorta, Pérez; Carrera, Carlos Carbonell; González, Manuel Contero (2013). Entorno de aprendizaje ubicuo con realidad aumentada y tabletas para estimular la comprensión del espacio tridimensional. RED. Revista de Educación a Distancia. Número 37 Año XII. Número 37. 15 de Abril de 2013, España. CARVALHO,Ana. Tecnologias Digitais na Educação. Paraíba:Eduepb,2010.
CASTELLS, M.l. A Sociedade em Rede. A Era da Informática: Economia, Sociedade e Cultura. Rio de Janeiro: Paz e Amor, 2009. DIAZ, Tello J. (2012). Investigación y aprendizaje en las aulas a través de la integración de las tecnologías de la información y la comunicación. Aularia, 1(1) Enero. pp: 17-22, janeiro de 2012.
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2012.
GEBRAN, M.P. Tecnologias Educacionais. Curitiba: IESDE, 2009.
42
LEMOS, A.; LÉVY, P. O futuro da Internet - Em direção a uma ciberdemocracia planetária. 2. ed. São Paulo: Paulus, 1999, p. 26. LÉVY, P. Pierre Lévy fala sobre Tablets na sala de aula. Disponível em <http://www.jornalistasda web.com.br > acesso em: 20/11/2013. LIMA, A. Tablets na Ecola. Disponível em: <http:// http://espacoacademico.wordpress.com/2013/08/31/tablets-na-escola/>. Acesso em: 20/11/2013. MATTELART, M. O recurso da informática e os contextos de ensino aprendizagem. Porto Alegre: ArtMed, 2002. MORAN, J. Novas Tecnologias e Mediação Pedagógica. São Paulo: Papirus, 2004. PINTO, C. O uso da Informática como instrumento de ensino-aprendizagem. Revista Presença Pedagógica, V.4, n. 20, p. 37-45; mar/abr, 2010. TAPSCOTT, D. Geração Digital: a crescente e irreversível ascensão da Geração Net. São Paulo: Makron Books, 1999. VALENTE, J (ORGS) Computadores e Conhecimento: repensando a educação. Campinas: Unicamp, 1989.
43
ÍNDICE
INTRODUÇÃO 09
CAPÍTULO I - A Revolução Tecnológica 12
1.1 As Tecnologias na Educação 14
CAPÍTULO II - Tecnologias da Interação no
Contexto Pedagógico 19
2.1 O Docente: Competências e Habilidades 22 2.2 Softwares Educacionais 24 2.2.1 Conceito de Software Educacional 25 2.2.2 Aplicativos em Sala de Aula 27 2.2.3 Internet na Educação 28 2.2.4 Portais Educacionais 30 CAPÍTULO III – O Uso de Tablets nas
Universidades 32
CONCLUSÃO 39
ÍNDICE 44
44
FOLHA DE Avaliação
Nome da Intituição: AVM Faculdade Integrada
Título da Monografia: UTILIZAÇÃO DAS TABLETS NO ENSINO
SUPERIOR
Autor: Alexandre Madeira Mendes Souza
Data da Entrega:
Avaliado por: Conceito:
45
46
47
48
49