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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
TECNOLOGIA APLICADA A SAUDE
Por: Thais da Silva Gomes
Orientador
Prof. William Rocha
Rio de Janeiro
2014
DOCUMENTO PROTEGID
O PELA
LEI D
E DIR
EITO AUTORAL
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
TECNOLOGIA APLICADA A SAUDE
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em administração em saúde.
Por:. Thais da Silva Gomes
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RESUMO
A tecnologia junto a saúde, otimiza os atendimentos de uma forma
geral. Pode-se estender para área de gestão, troca de informações, processos
operacionais e também para gestão de pacientes e tratamentos.
Sabemos que o cuidado pessoal é bastante importante, porém a
tecnologia vem ajudar esse cuidado. O custo é o principal fator para barrar as
novas tecnologias, pois precisa ser avaliado antes de implantar um novo
método em um local, pois pode causar um grande impacto econômico.
Com essa pesquisa busco apresentar o que de melhor a tecnologia
pode oferecer ao paciente, seus familiares e profissionais da saúde como um
todo. Mostrar de vários ângulos como a tecnologia está inserida na área da
saúde e o que pode ser favorável . Existem diversas forma de inclusão da
tecnologia na área da saúde e de forma clara será apresentada nesta
pesquisa.
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METODOLOGIA
A concepção deste trabalho será através da coleta de informações
obtidas pelo desenvolvimento de leituras que levam ao problema proposto,
como livros, jornais, revistas (pesquisa bibliográfica).
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - A tecnologia e seus exemplos na saúde 09
CAPÍTULO II - A tecnologia da informação na saúde 13
CAPÍTULO III – Pontos positivos e negativos da tecnologia voltada para
saúde. 18
CONCLUSÃO 24
REFERENCIA BIBLIOGRAFICA 25
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INTRODUÇÃO
Nas últimas décadas têm ocorrido um processo de transformação e de
inovação tecnológica na área da saúde. Sendo ela nas técnicas, instrumentos
e recursos para diagnósticos e terapêuticos que há alguns anos não eram
utilizados, o que tornava o processo mais lento. Com a junção de novos
conhecimentos e tecnologia ao sistema de saúde há uma grande modificação
podendo ser na na prática médica cotidiana, nos processos de diagnóstico e
de terapêutica utilizado . Esta pesquisa visa esclarecer como a tecnologia
pode ser utilizada , seus benefícios e até que ponto pode trazer alguns
malefícios.
Muito tendem a pensar apenas positivamente quando falamos de
tecnologia, porem junto a ela podemos citar o desemprego, a diminuição na
confiança do serviço médico, aumento do custo e dúvidas sobre a eficacia . E
como essa gama de tecnologia oferecida poderá ser acessível a toda a
população.
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CAPÍTULO I
A TECNOLOGIA E SEUS EXEMPLOS NA SAÚDE
De acordo com o Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora, a
tecnologia é o conjunto dos instrumentos, métodos e técnicas que permitem o
aproveitamento prático do conhecimento científico.
A norma NBR ISO 8402 define qualidade como a totalidade das características
de uma entidade que lhe confere a capacidade de satisfazer as necessidades
explicitas e implícitas. Identifica a satisfação do cliente em duas perspectivas:
externa - administrar as expectativas dos usuários - e interna – reduzir as
consequências de falhas humanas e diminuir os defeitos. Juran (1990) define
qualidade como adequação ao uso, enquanto que Crosby (1979) a considera
como em conformidade com requisitos.
Nas últimas cinco décadas o acirrado desenvolvimento biotecnológico vem
acontecendo numa “velocidade avassaladora que mal conseguimos
acompanhá-lo e fazermos uma reflexão profunda dos significados e da
importância das várias consequências advindas desse crescente processo
de evolução” (MAFTUM et al, 2004, p.116).
Com o surgimento de novas tecnologias na área da informática e com o seu
contínuo avanço tecnológico nos dias de hoje, revela-se que a Tecnologia da
Informação (TI) para as organizações, em âmbito geral, se tornou um dos
recursos mais importantes na operacionalização dos processos de negócio,
possibilitando um controle mais ágil, efetivo e eficiente das informações, e
disponibilizando o acesso a qualquer momento e em qualquer lugar
(O’BRIEN,2004).
Historicamente no contexto das instituições da área da saúde, os recursos de
TI em seu início foram utilizados para atender funções administrativas
independentes, depois foram sendo incorporadas aos sistemas
funcionalidades operacionais ligadas à admissão, processo de transferência e
alta, solicitações de exames, e as informações clínicas eram registradas
10
através de impressos manuais anexados ao prontuário do paciente (GODOY et
al., 2012).
A Revolução Industrial e a Segunda Guerra Mundial proporcionaram a união
da ciência com a tecnologia, passando a utilização dos equipamentos mais
simples aos sofisticados.. A indústria de tecnologias na área médica se tornou
bastante ampla e em tempos modernos está cada vez mais ligada a nós. No
campo da saúde a introdução de instrumentos para o ato cirúrgico e o
surgimento de equipamentos diagnósticos foram os movimentos mais
evidentes da tecnologização da terapêutica. São imensuráveis as mudanças
que a tecnologia trouxe para a área médica. Diversos equipamentos, como
máquinas de última geração para realizar exames e diagnósticos precisos,
limpeza de instrumentos hospitalares, organização das informaçõesR
No Vocabulário Técnico e Crítico da Filosofia, de Lalande (1993), tecnologia é
o termo que, por metonímia, vem frequentemente substituir o termo técnica, o
qual designa o "conjunto dos procedimentos bem definidos e transmissíveis,
destinados a produzir certos resultados considerados úteis... São tradições que
se legam de geração em geração, pelo ensino individual, pela aprendizagem,
pela transmissão oral dos segredos de ofício e de processos" (Lalande, 1993,
p.1109).
São vistos atualmente até robôs servindo de instrumentos para cirurgiões e
máquinas de alta precisão que permitem visualizar o interior do corpo humano
com nitidez e segurança, contribuindo para o diagnóstico precoce e o
tratamento de diversas doenças. Podemos citar os mais conhecidos na área
médica: Aparelhos de pressão, aquecedores, aspiradores, bombas de infusão,
central de ar medicinal, desfibrilador, nebulizadores, máquinas para
ressonância magnética, tomógrafos... Além da tecnologia acima temos o
trabalho de prevenção o que diminui o risco de doenças futuras.
Segundo a ANS (agência nacional de saúde), é definido como programa para
promoção da saúde e prevenção de riscos e doenças aquele que contém um
conjunto orientado de estratégias e ações programáticas integradas que
objetivam: a promoção da saúde; a prevenção de riscos, agravos e doenças; a
11
compressão da morbidade; a redução dos anos perdidos por incapacidade e o
aumento da qualidade de vida dos indivíduos e populações.
Segundo Gonçalves e Aché (1999), uma instituição hospitalar possui
características muito peculiares que devem ser tratadas com muito
profissionalismo, e administradas com âmbito empresarial. É um complexo que
possui elevado dinamismo operacional nos seus processos, que apresenta
diversas áreas distintas possuindo características muito específicas e
independentes, com recursos humanos e procedimentos muito diversificados,
como: lavanderia, alimentação, engenharia, hotelaria e suprimentos, que
interagem com as áreas de assistência ao paciente promovendo a sua
recuperação.
Visando apoiar o dinamismo operacional de seus processos, acompanhar o
avanço tecnológico, e tratar questões como: concorrência de mercado, o
cumprimento de aspectos legais, a exigência na qualidade na prestação dos
serviços, e a geração de informações de forma eficiente e segura subsidiando
a tomada de decisão (GONÇALVES, 2006).
Para atender a todas estas questões se faz necessária à construção e
manutenção de toda uma infraestrutura de TI, com equipamentos, sistemas de
informação, banco de dados, estrutura de rede, internet, e outros recursos que
exigem altos investimentos, pessoal capacitado, flexibilidade, disponibilidade, e
uma gestão eficiente (MANSUR, 2009).
E ainda, Fernandes e Abreu (2008) salientam a importância de se observar o
quanto os processos administrativos e gerenciais das empresas estão
dependentes dos recursos de infraestrutura da TI, demonstrando que quanto
maior for esta dependência maior será o papel estratégico da TI.
Desta forma não só dentro de um ambiente hospitalar podemos encontrar a
tecnologia favorecendo a saúde. Hoje em dia as pessoas buscam na internet
informações sobre as doenças de uma forma rápida e ainda favorece a troca
de informação com alguém que já teve ou tem a doença procurada, porém
deve-se ter cautela se tratando de internet para todos os temas relacionados a
doenças.
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A internet, quando bem utilizada, é uma ótima ferramenta de informação sobre
a doença e seus tratamentos. E também pode ser um meio de comunicação
bem importante entre o médico e seu paciente. Porem, quando mal utilizada,
pode confundir o paciente e gerar diversas dúvidas desnecessárias.
Atualmente temos a tecnologia está ao nosso lado, nos lembrando diversas
vezes ao dia a hora que devemos tomar um remédio controlado ou a hora
certa para ingestão de água e alimentos. Além de calcular a hora correta
podem nos dizer também qual o alimento correto e o consumo calórico,
monitoramento do sono, incentivo a prática de exercícios...
Cavalcante, Silva e Ferreira (2011) complementam que os Sistemas e
Informação eram para atender controle de folha de pagamento, inventário e
estatísticas médicas, e somente a partir dos anos 90 é que surgiu a
implantação de sistemas de informação para atender a área assistencial.
Marin (2010) ainda revela que os Sistemas de Informação em Saúde
promovem a geração da informação de forma ágil e segura aos diversos
profissionais, facilitando a tomada de decisão, e atendendo a necessidade de
informações dos pacientes da organização, possibilitam ainda a troca de
informações com as organizações parceiras localizadas a distância através dos
meios digitais e melhoram a qualidade assistencial.
A Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde, realizada em Ottawa,
no Canadá, em 1986 diz que para atingir um estado de completo bem-estar
físico, mental e social, os indivíduos e grupos devem saber identificar
aspirações, satisfazer necessidades e modificar favoravelmente o ambiente
natural, político e social. A saúde é, portanto, um conceito positivo, que
enfatiza os recursos sociais e pessoais, bem como as capacidades físicas.
Assim, não é responsabilidade exclusiva do setor saúde e vai além de um
estilo de vida saudável, na direção de um bem-estar global.
No âmbito do cuidar, as tecnologias buscam contribuir para um atendimento
aperfeiçoado, planejado e eficaz. E está ligada diretamente no processo de
promoção da saúde, diagnostico, tratamento, tratamento de sequelas.
13
Na promoção a saúde podemos destacar a tecnologia em academias sendo
elas particulares, praças públicas, praiasR Os aparelhos utilizados em
academias, exames diagnósticos estão cada vez mais modernos, fazendo
assim com que o profissional da saúde consiga com maior precisão
diagnosticar uma doença ou o risco para adquiri-la num futuro próximo ou
distante.
Não se trata da tecnologia apenas no processo físico. Ela está cada vez mais
presente no processo mental e social, uma vez que podemos fazer uma
conversa por vídeo, como exemplo. Uma pessoa que passa grande parte de
sua vida em um leito hospitalar sem poder interagir com o meio social, essa
tecnologia ajuda a incluí-la, pois ela poderá manter contato com pessoas que
não podem estar perto ou presentes, familiares. Desta forma ajuda na
prevenção de uma possível doença mental, como a depressão por estar
isolado de todos, não tendo uma vida “normal”.
Hoje em dia, podemos contar com a tecnologia da informação que chegou
para melhorar e modificar o que era lento e tornava o processo difícil.
14
CAPITULO ll
A TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NA SAÚDE
Primeiramente O termo “Tecnologia da Informação” serve para designar o
conjunto de recursos tecnológicos e computacionais para a geração e uso da
informação. A TI está fundamentada nos seguintes componentes (Rezende,
2000):
• hardware e seus dispositivos e periféricos;
• software e seus recursos;
• sistemas de telecomunicações;
• gestão de dados e informações.
Segundo BEAL, Adriana (2000) O principal benefício que a tecnologia da
informação traz para as organizações é a capacidade de melhorar a qualidade
e a disponibilidade de informações e conhecimentos importantes para a
empresa, seus clientes e fornecedores. Os sistemas de informação mais
modernos oferecem às empresas oportunidades sempre cedentes para a
melhoria dos processos internos e dos serviços prestados ao consumidor final.
Estudando qualidade no contexto de documento, Suganuma (2005) identifica
que é possível distinguir duas dimensões da qualidade da informação: do
usuário e do documento. Identifica ainda um terceiro elemento que adquire
existência na correlação usuário documento. Segundo a autora, a qualidade da
informação pode ser caracterizada por um conjunto de relações que
expressam propriedades essenciais e propriedades contextuais.....
Propriedades essenciais são aquelas que estão presentes no conceito de
qualidade da informação, independente do contexto do documento. São
denominadas invariantes. A qualidade da informação é a diferença entre o
valor atribuído pelo usuário às propriedades presentes na informação e o
padrão de qualidade desejável. A partir dessa definição, as propriedades
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essenciais da qualidade da informação são eficácia, accuracy, completude ou
completeza, consistência, relevância, autoridade cognitiva e credibilidade
Propriedades contextuais são aquelas vinculadas ao contexto do documento, e
demarcam propriedades peculiares à área de conhecimento e ambiente em
que se encontram. Tais propriedades são originadas de especificidades do
contexto, as quais somente podem ser identificadas a partir de considerações
dependentes desse seu contexto particular
Os conceitos de eficiência e de eficácia são muito úteis para a compreensão
do papel da TI nas organizações (LAURINDO, 1995 e MAGGIOLINI, 1981).
De maneira geral, eficiência significa fazer bem as coisas, enquanto que
eficácia significa fazer as coisas certas. A eficiência está associada
ao uso dos recursos, enquanto a eficácia está associada com a satisfação de
metas, objetivos e requisitos. Eficiência está relacionada com aspectos
internos à atividade de TI e a adequada utilização dos recursos, enquanto que
a eficácia confronta os resultados das aplicações de TI com os resultados no
negócio da empresa e os possíveis impactos na sua operação e estrutura.
Junto a evolução dos novos tratamentos de saúde que surgem no mundo, e
proporcionam mais eficiência e eficacia nos serviços prestados aos pacientes,
a tecnologia da informação está agregando cada vez mais a essa evolução.
A TI pode transformar o tratamento proporcionando uma maior rapidez no
atendimento com menor incidência de erros médicos.
Rohr e Corrêa (1998) propõem três estratégias básicas, que devem ser
sistematicamente exploradas, para que as empresas possam competir em
tempo:
1-Eliminação das atividades que não adicionam valor;
2-Melhor coordenação entre as atividades (integração);
3-Redução no tempo das atividades que adicionam valor;
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Hoje em dia as instituições têm consciência que o bom tratamento não se
restringe apenas a um bom médico e um bom hospital.
A TI para a saúde não fica restrita a registros apenas.
Ela pode gerar dados analíticos e inovações nos processos desde o
recebimento da pessoa na unidade até sua alta e até sua evolução em
domicílio. Pois pode proporcionar um acesso rápido as informações totais do
paciente e seu caso on-line. Podendo assim gerenciar cuidados dentro e fora
de uma unidade hospitalar. Podemos citar algumas vantagens com o uso da
TI.
• Nos dias de hoje o monitoramento remoto e videoconferência, permitem
o acompanhamento do paciente sem qualquer contato ou necessidade
da presença do paciente. Basta ter acesso à internet.
• Uso da TI na emergência favorece o acesso as informações dos
pacientes em tempo real. Assim aumentando as chances de cura e
diminuindo o risco de morte. Uma vez que se trata de um setor onde
segundos podem determinar a vida ou a morte.
• Acompanhamentos em saúde coletiva, onde o profissional vai até uma
comunidade e lá avalia e acompanha a família. Com a TI é possível
arquivar todo o acompanhamento dessa família sem a necessidade de
papeis e arquivamentos físicos.
• Acessoas as doenças base, alergias, contraindicações, histórico
familiar, medicamentos usados, possíveis doenças a adquirir de acordo
com o perfil do paciente.
• Autonomia que o paciente e sua família no planejamento do tratamento.
Pois possibilita acesso às informações médicas, possibilitando a melhor
forma do tratamento.
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• As pesquisas voltadas para a área da saúde também tiram proveito da
tecnologia. Como ocorre a digitalização das informações dos pacientes,
gráficos dos dados ajudam a melhoria da análise dos tratamentos e
medicações.
• Facilidade para almoxarifados, que podem facilmente acessar dados
sobre materiais e equipamentos que precisam ser comprados ou
alugados de acordo com a necessidade. Além de acompanhar o
material mais utilizado e menos utilizado. O material que fica mais
tempo em estoque podendo gerar perda pela validade e aumentar o
custo...
• Assim como o almoxarifado as farmácias dos hospitais precisam se
programar de forma a diminuir os custos e se manter atualizadas. Com
o uso da TI, podem antecipar a compra diminuindo o custo elevado e
riscos a saúde do paciente por não ter um medicamento. Além de
facilmente identificar um medicamento, posologia, ação, substâncias
componentes da fórmula...
• A TI também pode ser utilizada no serviço de epidemiologia de um
hospital, região e pessoas do local onde o hospital oferece tratamento,
doença que mais causa mortes na região, ações que mais deram
resultados...
Com o uso da TI torna-se mais fácil a implementação de qualquer projeto
dentro do âmbito hospitalar. Sabemos que com a descoberta e evolução de
algumas doenças, sem a tecnologia seria muito mais difícil chegar até a cura.
English (2001), baseado nos princípios da qualidade de Denning, Ishikawa,
Juran, Crosby e outros autores que implementaram modelos de qualidade na
era Industrial, sugere que alguns desses princípios possam ser aplicados
diretamente na melhoria da qualidade da informação. São analisadas algumas
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características da qualidade da informação como completeza, accuracy,
atualização e os seus respectivos benefícios com relação ao atendimento das
expectativas e necessidades do cliente, tais como confiabilidade, efetividade,
eficiência, entre outros
19
CAPITULO lll
PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DA TECNOLOGIA VOLTADA PARA
SAUDE.
A falta de qualidade da informação em uma organização pode proporcionar
impactos sociais e no negócio, devendo ser diagnosticada, e esforços devem
ser implementados para sua solução. Informações com múltiplas origens,
utilização de julgamentos subjetivos, sistemáticos erros na produção da
informação, além do seu armazenamento em grande quantidade são alguns
dos fatores que influenciam a qualidade da informação (Strong; Lee; Wang,
1997).
A escolha e a adoção de tecnologias não é algo isolado, tem a ver com a
ordem política, econômica e social e, na soleira de um novo século, essa
escolha e adoção têm indícios de mutação, fazendo brotar uma renovação de
valores humanos fundamentais (DIAS et al, 1996).
Entretanto, Cavalcante et al. (2012) ressalta dificuldades no uso dos recursos
da TI com relação à aplicação de Sistemas de Informação Hospitalar (SIH)
apresentando problemas técnicos e operacionais, refletindo em insegurança,
descrédito, diminuição da produtividade, e prejudicando a gestão e a tomada
de decisão. Desta forma, pontua a necessidade de uma ação conjunta entre TI
e os usuários da tecnologia.
Cavalcante, Silva e Ferreira (2011), revelam que a TI enfrenta desafios como:
resistência dos usuários em relação a mudanças na forma de trabalho,
fragilidade na segurança dos dados por falta de dispositivos de acesso restrito
ao perfil, grande volume de dados presenciados em vários 29 módulos do
sistema gerando, muitas vezes, duvidas por parte dos usuários, e resistência
ao uso da própria tecnologia.
Uma vez que, todos os progressos tecnológicos foram possíveis através do
homem e para ele, mas em virtude deles, o homem também passou por
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profundas modificações em suas condutas, sua maneira de pensar e até
mesmo suas crenças, deixando por vezes de “enxergar” o ser humano como
um todo, com aspectos humanos, éticos e religiosos, dando mais importância à
máquina do que ao próprio homem (LOPES et al, 1998). Seguindo essa linha
de pensamento, CORREA (1998) relata que a relação com a máquina pode
mecanizar o cuidar, a ponto do paciente tornar-se aparato tecnológico, não se
percebendo até onde vai a máquina e tem início o ser humano.
Alguns questionamentos são levantados por SILVA (2000): onde termina, hoje,
o humano do corpo e começa a máquina? Ou, talvez, fosse melhor inverter a
pergunta, sobretudo na área da saúde, onde termina a máquina e começa o
humano? Ou, será, que ainda se pode cuidar do humano sem a interposição
da máquina? Se desconectar das máquinas e equipamentos e deixar de
implementar a multiplicidade de procedimentos e técnicas tecnologicamente
fundamentadas que povoam e configuram os ambientes de trabalho, ainda se
pode ser uma enfermeira que promove cuidados?
BEDIN et al (2005) relata que o avanço científico, tecnológico e a
modernização de procedimentos, vinculados à necessidade de se estabelecer
controle, o enfermeiro passou a assumir cada vez mais encargos
administrativos, afastando - se gradualmente do cuidado ao paciente, surgindo
com isso a necessidade de resgatar os valores humanísticos da assistência de
Enfermagem.
O desenvolvimento e a evolução tecnológica repercutiram na Enfermagem de
duas formas: a primeira foi com a mudança do tipo e da intensidade do
cuidado de Enfermagem, e a segunda foi sobre o provimento do desse cuidado
e sobre aqueles que o prestavam, já que papéis, valores e padrões de trabalho
foram influenciados pelos níveis de tecnologia que estão em constante
mutação (PILLAR, 1994).
Os estudos mostraram que o processo de inovação tecnológica é significativo
no setor saúde e que há relação entre este e as cargas de trabalho dos
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profissionais da área, apesar de nenhum dos trabalhos ter estudado isso de
forma direta. Verificou-se que os novos modos de organização da assistência
em saúde influenciam a satisfação e as cargas de trabalho.
Nos dias atuais caracterizam-se por profundas e constantes mudanças, onde é
crescente e cada vez mais acelerada a inovação tecnológica, colocando à
disposição dos profissionais e usuários, os mais diversos tipos de tecnologia,
tais como: tecnologias educacionais, tecnologias gerenciais e tecnologias
assistenciais. Vivemos numa era tecnológica onde muitas vezes a concepção
do termo tecnologia tem sido utilizada de forma enfática, incisiva e
determinante, porém equivocada na nossa prática diária, uma vez que tem sido
concebida, corriqueiramente, somente como um produto ou equipamento. A
temática tecnologia não deve ser tratada através de uma concepção
reducionista ou simplista, associada somente às máquinas. Entendemos que a
tecnologia compreende certos saberes constituídos para a geração e utilização
de produtos e para organizar as relações humanas (MEHRY E et al, 1997).
As tecnologias na área da saúde foram agrupadas por MEHRY et al (1997)
em três categorias a saber:
a) Tecnologia dura: representada pelo material concreto como equipamentos,
mobiliário tipo permanente ou de consumo;
b) Tecnologia leve-dura: incluindo os saberes estruturados representados
pelas disciplinas que operam em saúde, a exemplo da clínica médica,
odontológica, epidemiológica, entre outras e;
c) Tecnologia leve: que se expressa como o processo de produção da
comunicação, das relações, de vínculos que conduzem ao encontro do usuário
com necessidades de ações de saúde.
Acreditamos que as três categorias delineadas estão estreitamente interligadas
e presentes no agir da Enfermagem, embora nem sempre de modo
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transparente. O limite entre a ciência e a tecnologia não é claramente definido,
pois não podemos imaginar a ciência sem a sua técnica; e como a ciência é
incapaz de lidar com questões e valores, nos diz o que pode ser feito, mas não
o que deveria ser feito (MARSDEN, 1991).
Segundo NIETSCHE (2000), a ciência e a tecnologia são valores, muito mais
que coisas ou artefatos, ou mesmo saberes. É tudo isso em
complementaridade com o mundo vital, num movimento que só pode adquirir
significado na sua dimensão ética e política. A tecnologia, exatamente porque
passa a ser entendida como sendo uma dimensão ou um desdobramento
dessa racionalidade científica, a quem se vem também atribuindo uma gama
de “erros” do tratar e do cuidar, começa a ser representada como força
desumanizante tanto para cuidadores e cuidadoras quanto dos seres humanos
que demandam cuidados (MEYER, 2002).
Compartilhando das idéias de BARNARD & SANDELOWSKI (2001), quando
referem que o que determina se a tecnologia desumaniza, despersonaliza ou
objetifica não é a tecnologia propriamente dita, mas sim como as tecnologias
individuais operam em contextos específicos do usuário, os significados
atribuídos a ela, como qualquer indivíduo ou grupo cultural define o que é
humano e o potencial de técnica em enfatizar a eficiência e ordem racional
Sendo o hospital um local repleto de equipamentos de alta tecnologia, não é
raro defrontar com excelentes técnicos, conhecedores exímios de aparelhos
que eles manipulam com maestria, mas parecendo calouros na arte de
confortar, de ir ao encontro das pessoas sofredoras que perdem sua
identidade e são identificadas friamente como um caso ou como um número
(HAYASHI & GISI, 2000).
O que observamos atualmente é que os profissionais de Enfermagem sabem
muito sobre a máquina e pouco ou quase nada sobre a pessoa que estão
cuidando; o paciente hoje não é sujeito, mas objeto e “recipiente” de
determinações ou cuidados de Enfermagem (SILVA, 2000). Com o avanço
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científico, tecnológico e a modernização de procedimentos vinculados à
necessidade de estabelecer mais controle, o enfermeiro passou a assumir
cada vez mais encargos administrativos, afastando-se gradativamente, do
cuidado ao paciente, que passou a ser praticado, prioritariamente, pelas
demais categorias da Enfermagem (TANJI & NOVAKOSKI, 2000).
Nesses casos, segundo CORREA (1998) a relação com o paciente poderia
deixar de ser tão verticalizada, despersonalizada e tão concentrada no saber
científico, no uso do aparato tecnológico disponível e no cumprimento de
rotinas.
Segundo BASTOS (2002), essa tecnologia, cada vez mais utilizada na
assistência ao paciente , tem influenciado não só o significado do trabalho dos
profissionais de saúde, como também é encarada como a solução para todos
os problemas do paciente. “A visão tecnicista leva à inversão de valores,
preocupação excessiva com a máquina e pouca preocupação com o ser
humano internado” (BETTINELLI, 1998, p.15).
Vale ressaltar que com todo este contexto mecanicista que foi se
desenvolvendo, o Ministério da Saúde criou, em 2001, o Programa Nacional de
Humanização da Assistência Hospitalar (PNHAH), com simples objetivo de
humanizar a assistência prestada aos pacientes atendidos em hospitais
públicos. Em 2003, torna-se uma Política Nacional de Humanização, ou
Humaniza-SUS, abrangendo a saúde como um todo.
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CONCLUSÃO
A tecnologia, pode e traz diversos benefícios, isso acredito que muitos não
tenham dúvidas. Porem é necessário que o profissional da área da saúde
(Sendo ele médico, enfermeiro, técnico de enfermagem, fisioterapeuta,
nutricionista e demais membros da equipe) tenham em mente que muito além
da tecnologia, o paciente precisa do cuidado, olho clínico, atenção, paciência..
Outro ponto importante é o fato de que o profissional de saúde precisa estar
sempre se atualizando, pois com o uso da tecnologia o aprimoramento técnico
específico da profissão tornou-se secundário. Conclui-se que independente do
tipo de tecnologia utilizada sempre será necessário observar além do físico o
psicológico. E na maioria das vezes somente um olhar holístico pode e
consegue enxergar isso.
É necessário que o profissional da saúde pense sempre no cuidado com um
todo para que a questão levantada por SILVA (2000) citada acima não paire no
ambiente que deveria ser humanizado.
25
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