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MONOGRAFIA APRESENTADA COMO REQUISITO PARCIAL PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE ESPECIALISTA
EM FINANÇAS E GESTÃO CORPORATIVA
Raquel Costa Acuña Ces Matr. 25126
RIO DE JANEIRO 2003
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PROJETO A VEZ DO MESTRE – CAMPUS TIJUCA
O CRÉDITO,
SUA ANÁLISE E A VISÃO MACRO E
MICROECONÔMICA
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Agradecimentos
Uma vez que este texto corresponde ao resulta de
anos de estudo acadêmica e profissional, devo agradecer aos meus
amigos e familiares com os quais freqüentemente me auxiliaram na
pesquisa deste material. Recebi a cooperação da Sr.ª Olga, minha tia,
que me deu conforto e descanso nos dias desta pós-graduação, a Sr.ª
Nerli, minha mãe, que me proporcionou tranqüilidade e dedicação como
mãe, para que eu tivesse tempo suficiente para me dedicar ao estudo
deste curso e pesquisa desta monografia. E ao Sr. Caio, meu namorado,
que me auxiliou nas dúvidas que surgiram neste estudo.
O desenvolvimento desta monografia foi um
processo agradável e meticuloso. Em cada estágio recebi orientação
extremamente valiosa por parte do professor Celso Sanchez, nosso
professor de Metodologia.
Finalmente, gostaria de expressar meu sincero
agradecimento pelo auxílio e estímulo destas pessoas que me auxiliaram
no desenvolvimento desta monografia.
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Sumário Introdução...................................................................................................................................5 Capítulo 1 – O Crédito................................................................................................................7 1.1 - História do Sistema Monetário do Brasil ...........................................................................7
1.1.1 - Moedas do Brasil.........................................................................................................8 1.1.2 - Criação das Casas da Moeda.....................................................................................10 1.1.3 - Do Império à República ............................................................................................14
1.2 - Tipos de Crédito ...............................................................................................................18 1.2.1 – Crédito Pessoal .........................................................................................................18
1.2.1.1 - Antecipação de Restituição do I.R. ....................................................................20 1.2.2 - Crédito Direto ao Consumidor .................................................................................23 1.2.3 - Cheque.......................................................................................................................25 1.2.4 - Cheque Especial ........................................................................................................27 1.2.5 - Conta Garantida.........................................................................................................29 1.2.6 - Desconto de Cheques (Factoring) .............................................................................30 1.2.7 - Cartões de Crédito .....................................................................................................33 1.2.8 – Leasing......................................................................................................................35
1.2.8.1 - Tipos de Leasing ................................................................................................36 1.2.9 - Crédito Imobiliário ....................................................................................................36 1.2.10 - Crédito ao Governo .................................................................................................37 1.2.11 - Crédito à Produção ..................................................................................................37 1.2.12 - Crédito Rural ...........................................................................................................38
1.2.12.1 - Títulos de Crédito Rural ...................................................................................40 Capítulo 2 - Análise de Crédito ................................................................................................41 2.1 - Ficha Cadastral .................................................................................................................44 2.2 – Proposta de Crédito .........................................................................................................45 2.3 – Caráter .............................................................................................................................48
2.3.1 – Fontes de Informação ...............................................................................................48 2.3.2 – Pontualidade .............................................................................................................50 2.3.3 – Restrições..................................................................................................................50
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2.4 – Capacidade.......................................................................................................................52 2.5 – Checagens.......................................................................................................................54
Capítulo 3 - O Risco e a Inadimplência...............................................................................55 3.1 – O Risco ............................................................................................................................55 3.2- Inadimplência ....................................................................................................................56
3.2.1 - Teoria do Consumidor..............................................................................................57 3.2.2 – Racionamento de Crédito .........................................................................................62
Conclusão .................................................................................................................................71 Bibliografia ...............................................................................................................................73 Webgrafia .................................................................................................................................73
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Introdução
O assunto deste trabalho está
voltado para ao sistema de crédito, o perfil dos
consumidores e a movimentação do mercado,
conforme a necessidade do Mercado.
Eu sou graduada em Economia
desde 2000, na Universidade do Estado do Rio
de Janeiro, atualmente estou fazendo pós-
graduação em Finanças e Gestão Corporativa,
na Universidade Cândido Mendes, com a
finalidade de especializar-me. Trabalho em uma
instituição bancária, analisando o crédito
conforme o perfil do cliente, do produto
comprado e sua finalidade. Como se pode ver,
estou escrevendo sobre esse assunto por
trabalhar com isso e ter grande interesse em
ampliar meu conhecimento, e também visando a
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possibilidade de algum aproveitamento na
empresa.
Pretendo abranger esse assunto,
no primeiro capítulo vou apresentar o que é
crédito e os alguns tipos de crédito; no segundo,
os procedimentos de uma análise de crédito; no
terceiro, o comportamento e capacidade dos
consumidores, maximizando suas escolhas e a
reação do mercado financeiro e como isso
influência na demanda de crédito.
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Capítulo 1 – O Crédito
O crédito está presente em nosso
dia-a-dia, quando compramos qualquer
mercadoria que não seja paga à vista, existe
neste ato uma operação de crédito.
É uma transação comercial em que um
comprador recebe imediatamente um bem ou serviço
adquirido, mas só fará o pagamento depois de algum tempo
determinado. Essa transação pode também envolver apenas
dinheiro. O crédito inclui duas noções fundamentais:
confiança, expressa na promessa de pagamento, e tempo
entre a aquisição e a liquidação da dívida.
Neste trabalho vamos verificar como
começou a necessidade de moeda e do crédito, alguns tipos
de crédito mais comuns, como também a análise, o risco e
as causas da inadimplência, o perfil dos
indivíduos/consumidores e a ação do mercado no
aquecimento e/ou desaquecimento da economia.
1.1 - História do Sistema Monetário do Brasil
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1.1.1 - Moedas do Brasil
No início da colonização, pouco
se falava em dinheiro, o reduzido comércio
interno era feito na base de trocas (escambo1) e
por isso era mínima a circulação de moedas. A
unidade monetária usada era o real português,
mas a primeira “moeda” brasileira de fato foi o
açúcar, que em 1614 passou a valer como
dinheiro, por ordem do governador Constantino
Menelau. O valor da arroba (15 kg) de açúcar
branco foi fixado em 1.000 réis, o do mascavo
em 640 réis, e o das outras espécies em 320 réis.
Só os funcionários da administração portuguesa
é que recebiam salários em moeda sonante. O
dinheiro vinha de Portugal, mas sua origem na
1 O contrato de troca ou escambo mercantil opera ao mesmo tempo duas verdadeiras vendas, servindo as coisas trocadas de preço e compensação recíproca . Tudo o que pode ser vendido pode ser trocado".
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verdade era da Espanha, muito mais rica em
reservas metálicas devido à maior abundância
de ouro e prata em seu império colonial.
Durante a dominação de Portugal
pela Espanha, de 1580 a 1640, a moeda utilizada
na Colônia Brasileira era o real hispano-
americano, cunhado em Potosi (Bolívia). Havia
moedas de 8, 4, 2, 1 e meio reales, que
correspondiam respectivamente a 160, 80, 40 e
20 réis.
Em 1624, a Holanda ocupou o
nordeste brasileiro, sob seu domínio foi
realizada a primeira cunhagem de moedas em
território nacional. Quadradas, pequenas, feitas
em ouro e prata, surgiram em Pernambuco, em
1645. Serviam principalmente para pagar os
soldados holandeses aqui estabelecidos.
Expulsos os holandeses, em 1654, e já
restaurado o reino de Portugal voltou a valer na
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Colônia sua política monetária. A partir de 1669,
moedas de prata portuguesas passaram a
circular no Brasil, carimbadas com um sinete
real, nos valores de 80, 160, 320 e 640 réis.
A confusão de vários tipos de
moedas, com diversas origens e valores
instáveis, persistia, mas não tinha grande
importância, pois no período colonial,
comerciava-se pouco: o mercado interno era
muito pequeno. A maioria da população era
composta de escravos e colonos livres: os
escravos não podiam comprar nem vender, por
sua própria condição social, enquanto que os
colonos recebiam seus pagamentos em
mercadoria.
1.1.2 - Criação das Casas da Moeda
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Moedas propriamente brasileiras
só vieram a surgir no final do século XVII.
Salvador era então a principal cidade da Colônia,
sua capital e o mais importante centro de
negócios. Por isso foi lá que, em 1694, os
portugueses instalaram a primeira Casa da
Moeda do Brasil. As moedas eram cunhadas em
ouro e prata. As de ouro valiam 1, 2 e 4 mil réis.
As de prata observavam uma progressão
aritmética de valores mais original: 20, 40, 80,
160, 320 e 640 réis. O povo logo Ihes deu o nome
de patacões, que tinha um certo sentido
depreciativo, pois ninguém acreditava muito no
valor das moedas cunhadas no Brasil. De 1695 a
1702, foram postas em circulação peças de
cobre (10 e 20 réis), cunhadas na Casa do Porto
e destinadas a Angola, mas aqui introduzidas
por determinação régia.
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Logo deixou de ser vantagem
para a Coroa manter a Casa da Moeda em
Salvador. Com a descoberta de jazidas de ouro
pelos bandeirantes e a intensa exploração das
“Minas Gerais”, a fabricação do dinheiro foi
transferida para o Rio de Janeiro, em 1698, aí se
cunhando ouro e prata nos valores já
mencionados. Em 1700, a Casa da Moeda mudou
para Pernambuco, voltando porém ao Rio dois
anos depois. Em 1714, havia duas casas da
Moeda: no Rio e novamente na Bahia. Em 1724,
criou-se a terceira, em Vila Rica, que foi extinta
dez anos mais tarde. A falta de troco era tanta
que o Maranhão chegou até a ter sua própria
moeda, fabricada em Portugal. Era feita em ouro
e prata, nos valores usuais, e em cobre, valendo
5, 10 e 20 réis.
O uso do dinheiro se restringia à
faixa litorânea, onde se situavam quase todas as
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cidades e se realizavam as grandes transações.
Nos distritos mineiros, que só produziam ouro e
importavam tudo o que consumiam, o próprio
ouro, cuidadosamente pesado, funcionava como
moeda para o comércio. A economia de troca
continuava prevalecendo em todo o interior
brasileiro. Já as regiões agrícolas apresentavam
um sistema econômico peculiar. As fazendas,
com suas legiões de escravos, eram
praticamente auto-suficientes, produzindo quase
tudo que necessitavam. Nelas, o dinheiro mesmo
tinha pouca importância. A riqueza era avaliada
com base na propriedade imobiliária e o gado
era visto como um meio de intercâmbio tão bom
como qualquer outro.
Até a vinda da Corte Portuguesa
para o Brasil, em 1808, o valor total das moedas
que aqui circulavam não ultrapassava a irrisória
cifra de 10.000 contos (ou 10 milhões de réis). O
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sistema monetário, irracional, complicava-se
cada vez mais: chegaram a circular, ao mesmo
tempo, seis diferentes relações legais de
moedas intercambiáveis. Além disso, ouro em
barra e em pó passava livremente de mão em
mão, e moedas estrangeiras, algumas falsas,
eram encontradas com a maior facilidade.
1.1.3 - Do Império à República
Ao transferir-se para o Rio de
Janeiro, a Corte acelerou consideravelmente o
processo econômico. Crescendo a produção e o
comércio, tornou-se imprescindível colocar mais
dinheiro em circulação. Fundou-se então o
Banco do Brasil, que iniciou a emissão de papel-
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moeda2, cujo valor era garantido pelo seu lastro,
ou seja, por reservas correspondentes em ouro.
Entretanto, quando D. João VI retornou a
Portugal, levou não só a Corte mas também o
tesouro nacional. Golpe grave: as reservas
bancárias da Colônia reduziram-se a 20 contos
de réis. No dia 28 de julho de 1821, todos os
pagamentos foram suspensos. Passou-se a
emitir papel-moeda sem lastro metálico
suficiente, ocasionando a progressiva
desvalorização do dinheiro.
Assim, quando D. Pedro I se
tornou imperador do Brasil em 1822, encontrou
os cofres vazios e uma enorme dívida pública. A
independência brasileira começava praticamente
sem fundos. Sob D. Pedro II, a situação
2 Papel-moeda emitido corresponde ao total de moeda legalmente existente na economia, cuja emissão foi autorizada pelo BC ou pelo Governo.
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melhorou um pouco, devido ao aumento da
produção industrial, ao café, e à construção de
ferrovias e estradas, que permitiam um
escoamento mais eficiente das riquezas.
A desvalorização, porém, já era
um mal crônico e as crises financeiras se
sucediam. Só em 1911 - em plena República - é
que o dinheiro brasileiro registrou sua primeira
alta no mercado internacional. De lá para cá,
muita coisa mudou na economia brasileira,
inclusive a moeda, que trocou várias vezes de
nome: ao réis sucedeu, em 1942, o cruzeiro (e as
subdivisões em centavos), que em 1967 se
transformou em cruzeiro novo, valendo mil
vezes o antigo. Três anos depois, voltou a ser
apenas cruzeiro, que 1986 passou a chamar-se
cruzado, que em 1989 passou a chamar-se
cruzado novo, que em 1990 voltou a chamar-se
cruzeiro, que em 1993 passou a chamar-se
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cruzeiro real, que por sua vez passou a chamar-
se em 1994 real.
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1.2 - Tipos de Crédito
Chamamos de produtos algumas
operações de crédito realizadas por bancos,
financeiras, administradoras de cartão de
crédito, empresas de leasing, empresas de
factoring e etc. Cada produto aqui apresentado
tem suas características próprias, seja para
cumprir determinação da legislação e/ou por
necessidade de mercado.
1.2.1 – Crédito Pessoal
O crédito pessoal é uma linha de
crédito oferecida por bancos e financeiras,
independentemente do destino que for dado ao
dinheiro. Portanto, é uma linha diferente do CDC
(Crédito Direto ao Consumidor), que está
vinculado à compra de bens específicos.
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Para pedir este empréstimo, o
interessado preenche um cadastro. E é a partir
dele que a instituição financeira vai avaliar o
nível de risco do cliente, para saber as
possibilidades do cliente pagar corretamente ou
ficar inadimplente.
Muitos bancos/financeiras, com base no
histórico do cliente, já têm linhas de empréstimo
pessoal aprovadas previamente e informam o
cliente através de correspondência sobre o
crédito disponível. Se estiver interessado, o
cliente usa a linha.
A maioria das operações de
crédito pessoal são realizadas com juros
prefixados, o que resulta em prestações fixas,
embora também existam operações com juros
pós-fixados. O crédito desta linha, teoricamente,
depende de uma avaliação de risco cuidadosa.
Por isso os juros costumam ser menores do que
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os praticados no cheque especial, no cartão de
crédito e no CDC. O tomador também pode
oferecer alguma garantia real ao banco, como
imóvel ou carro, com o objetivo de reduzir o juro.
Quanto menor o risco, menor deve ser esta taxa.
1.2.1.1 - Antecipação de Restituição do I.R.
É um tipo de crédito pessoal sem
comprovação de utilização. Linha de crédito que visa
antecipar os valores a serem recebidos da Receita Federal,
referente a restituição de valores do imposto de renda
recolhidos.
O público alvo são clientes dos
bancos que optam junto a Receita Federal a
receber sua restituição do Imposto de Renda
através de conta corrente na instituição.
Após a estabilização da moeda e
a queda nos índices de inflação, as instituições
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financeiras procuraram desenvolver produtos
voltados para as operações ativas. Sem ter mais
os altos ganhos nas operações passivas
(captação de recursos), as instituições procuram
gerar receitas com empréstimos e
financiamento. Este produto é recente começou
a ser comercializado mais ou menos 1998,
inicialmente, por poucas instituições, hoje em
dia, quase todas as grandes instituições
oferecem este produto.
Como o público alvo deste
produto é composto por correntistas da
instituição, a inadimplência tende a ser baixa.
Além disto sabemos exatamente qual será o
valor que o cliente irá receber, o que faz com que
possamos adequar o valor que será liberado.
Para realizar a operação a maioria
das instituições exigem a apresentação do
Recibo de Entrega da Declaração do Imposto de
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Renda, onde consta qual será o banco que irá
receber o crédito da restituição, além do valor
dela.
A maioria das instituições que oferecem o
produto, limitam o prazo de quitação ao último
do calendário da Receita Federal para a
liberação dos lotes de restituição. Deve haver
uma cláusula no contrato que indique o prazo
máximo para a quitação da operação, pois a
instituição corre o risco do cliente cair na “malha
fina” e pode ser que a restituição dele demore
muito para ser liberada, sendo assim o cliente
terá que usar de outros recursos para quitar sua
dívida.
Os encargos, o valor principal, o
IOF e a TAC são cobrados na quitação do
contrato.
As instituições, em sua maioria
liberam até 80% do valor da restituição. Elas
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também limitam o valor mínimo a ser financiado,
em média R$ 100,00.
1.2.2 - Crédito Direto ao Consumidor
É o financiamento destinado à
aquisição de bens (qualquer produto de
consumo e até viagens).
Esta modalidade de crédito está
presente em nosso dia-a-dia, quando
compramos um bem durável e pagamos à prazo,
na verdade estamos levando o bem e assumindo
um financiamento com uma financeira ou banco.
A instituição financeira paga à vista à loja e
financia nossa compra.
Nos casos de financiamentos de veículos
(automóveis, motos, caminhões, motos, barcos,
máquinas) o bem financiado fica como garantia
do pagamento. Nesta situação dizemos que o
bem está em alienação fiduciária.
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O comprador passa usufruir
imediatamente de um bem que será pago com
sua renda pessoal. Em muitos casos, o próprio
vendedor financia o cliente, mas, em escala cada
vez maior, financeiras especializadas pagam ao
vendedor e “compram” a dívida e também o
risco de não-pagamento. O lucro da financeira é
formado pelos juros cobrados do comprador.
As financeiras, devido a necessidade de
emitir uma parecer rápido sobre a solicitação do cliente,
utilizam métodos informatizados de avaliação das propostas.
Métodos estes baseados em dados estatísticos de perfil de
um bom pagador. Através destes sistemas informatizados a
financeira consegue em um tempo relativamente curto “sabe-
se” se o cliente será ou não, um bom pagador.
Além disto as empresas realizam
checagens com as fontes informadas nas
propostas, fontes como: referências pessoais,
local de trabalho, referência bancária,
experiência de crédito em outra empresa e etc.
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As empresas/órgãos de
informação, também são fontes de consulta, eles
servem para verificar se o cliente está com
dívidas no mercado ou não.
1.2.3 - Cheque
Apesar do cheque ser uma ordem
de pagamento à vista, a grande utilização deste
no mercado como meio de pagamento à prazo,
faz com que para efeito de estudo, ele seja
colocado como um produto de crédito.
Não é novidade alguma que a
necessidade da venda de mercadorias e
serviços, faz com que o empresário ou micro-
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empresário seja cada vez mais ágil. Ele
necessita vender rapidamente e de preferência
não colocando obstáculos para seus clientes. O
cheque se mostrou como o instrumento ideal
para suas vendas à prazo (o famoso cheque
“pré-datado”). O cheque pré-datado, a rigor, não
é uma operação de crédito. O consumidor
parcela uma compra, dando como garantia os
cheques pré-datados, mais porque tem maior
facilidade nesta operação do que com o
preenchimento de uma ficha cadastral completa
para financiar a compra à prazo. É por esta
facilidade que o cheque-pré é uma das
modalidades preferidas no parcelamento das
compras. De fato, é uma relação de confiança
entre o consumidor e o varejista. Mas não está
previsto na Lei este tipo de instrumento. Para
todos os efeitos, o cheque é sempre um
pagamento à vista. Tanto que se o varejista
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apresentar o cheque antes da data de
vencimento, o documento é descontado
normalmente. E se não houver fundos, o cheque
é devolvido e o consumidor vai ter todos os
problemas como qualquer outro emissor de
cheque sem fundo.
No entanto todos devem tomar
seus cuidados ao receberem um pagamento em
cheque, seja ela “pré-datado” ou à vista.
1.2.4 - Cheque Especial
É um contrato assinado entre o cliente e
uma instituição financeira, com o qual o cliente tem
disponibilizado em sua conta corrente um limite de crédito,
que permite saques e movimentações à débito, além do seu
saldo disponível. Destina-se a cobertura de eventuais saldos
devedores. O público alvo é pessoa físicas e jurídicas.
Alguns bancos oferecem um
período de “graça” para a utilização do limite de
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crédito sem a cobrança de juros. Este período
varia de 10 até 13 dias. Se o cliente cobrir o
saldo devedor durante este período ele não paga
juros, paga somente o IOF.
A utilização é de forma
automática, ou seja basta a emissão de um
cheque, uma retirada com cartão magnético, um
débito automático de qualquer conta ou
qualquer outro meio permitido pelo banco, de
movimentação da conta.
Para a instituição financeira é um
excelente instrumento mercadológico. Como
toda a operação de crédito tem riscos e nesta
operação específica existe mais um risco, o
banco tem que destinar uma grande quantidade
de recursos para atender as retiradas dos
clientes. As retiradas podem ser automáticas,
por isto fica difícil para o banco prever o valor
correto, este produto afeta sensivelmente as
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reservas bancárias. É um produto crédito que
por suas características possui uma das taxas
de juros mais caras.
1.2.5 - Conta Garantida
É um contrato de abertura de
crédito na modalidade rotativo, que é concedido
pelos bancos aos seus clientes, após análise de
crédito. Ao cliente, pessoa física ou jurídica é
destinado um limite na instituição financeira,
este limite pode ser utilizado de forma
automática através das diversas maneiras que
atualmente existem de movimentar um conta
corrente (cheque, cartão magnético,
transferência via micro, via telefone etc.) Sendo
assim, quando não houver mais saldo positivo
em conta corrente do cliente, a instituição
financeira passar a liberar recursos ao cliente de
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maneira automática, até o limite pré
estabelecido. O cliente paga encargos e IOF
sobre os recursos utilizados e pelo tempo que
ele utilizou.
Algumas instituições trabalham com
cheques pré-datados como garantia da
operação, o cliente entrega os cheques ao banco
e este vai realizando os depósitos de acordo
com a data de apresentação negociada entre os
clientes da empresa. Sendo assim os depósitos
dos cheques vão abatendo o saldo devedor da
conta garantida e o tomador só paga juros sobre
o limite utilizado.
1.2.6 - Desconto de Cheques (Factoring)
A instituição financeira adianta
recursos ao cliente e recebe como garantia
cheques pré-datados. Possibilita ao cliente
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receber adiantado o resultado de suas vendas à
prazo.
O público alvo são pessoas
jurídicas que vendem seus produtos aos
clientes, sejam eles pessoas físicas ou jurídicas,
utilizando na modalidade de crédito o cheque
pré-datado.
Esta operação é muito praticada pelas
empresas de factoring, sendo uma das suas principais
operações.
Deve-se tomar alguns cuidados nesta
operação, pois apesar de ser uma operação com grande
possibilidade de oferecer uma boa rentabilidade alguns
cuidados devem ser tomados. Cada empresa ou instituição
encara o risco de uma maneira, algumas em busca de maior
retorno aceitam correr maiores riscos. Cada administrador
deve conhecer bem o seu negócio e optar por ser mais ou
menos conservador em relação ao crédito. Estas dicas são
somente um parâmetro que é utilizado por algumas
empresas/instituições no mercado.
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• Não aceitar cheques de fora da praça de onde está
ocorrendo a operação (devendo levar em consideração
as áreas urbanas com influência em outros municípios.
Exemplos: Rio de Janeiro em relação a Niterói. São Paulo
em relação as cidades do ABCD.).
• Não aceitar cheques de pessoas jurídicas (esta medida
depende do público alvo que a empresa/instituição
atende).
• Aceitar somente cheques chamados especiais.
• Consultar os cheques, por amostragem, junto a empresas
de informação comercial para verificar a incidência de
restrições
• Somente aceitar cheques de contas aberta há mais de 1
ano.
• Evitar concentração de valores em poucos clientes.
Como já foi dito anteriormente, os cuidados que
devem ser tomados dependem do risco que cada empresa ou instituição
está disposta a correr. Outro fator de impacto poder ser a dificuldade de
realizar determinadas medidas. Para se verificar se o cliente tem mais de
um ano de conta ou se o cheque é especial é necessário que os cheques
sejam manuseados um por um. O que demanda tempo e mão-de-obra.
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Medidas mais conservadoras também podem causar um grande impacto
comercial junto aos clientes.
Para que este produto tenha um melhor
aproveitamento tanto em relação a sua rentabilidade quanto ao grau de
exposição ao risco é indispensável que a operação seja mais
automatizada possível. Existem empresas de informática que
comercializam sistemas que oferecem amplas possibilidades de
administração de sua carteira de cheques. Os sistemas possibilitam
verificar quase tudo. Eles podem lhe dizer qual é banco e/ou qual é a
agência bancária que teve maior número de cheques apresentados. Você
pode verificar a inadimplência por estes critérios também. Os sistemas
podem calcular pelo número de cheques apresentados, qual seria a
amostragem ideal para consultar as empresas de informação comercial.
1.2.7 - Cartões de Crédito
São também uma forma de
crédito direto ao consumidor. É um cartão de
plástico emitido por uma administradora de
cartões que tem como finalidade servir como
meio de pagamento.
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O cartão de crédito apresenta
muitas vantagens para todos os envolvidos na
operação, seja o emissor do cartão, o usuário ou
o estabelecimento credenciado que aceita o
cartão como meio de pagamento.
As vantagens do cartão para o usuário -
permite que o usuário tenha um limite de crédito pré
estabelecido e automático para seu uso de acordo com suas
necessidades. O cliente passa por uma única análise de
crédito ao aderir ao sistema de cartão de crédito. O cliente
pode optar pelo pagamento rotativo ou pelo parcelado de
suas comprar ou ainda optar por quitar o valor total de suas
despesas. E para o estabelecimento - que se credencia junto
a uma administradora de cartões de crédito tem como
principal vantagem (em relação ao crédito) a transferência
das rotinas de concessão de crédito para a administradora,
pois o único risco que ele fica exposto ao receber um
pagamento em cartão é se este constar na “lista de
impedidos” e o responsável pela transação não realizar a
consulta, mas mesmo assim com a informatização dos
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processos de consulta cada vez mais ampliados, este risco
diminui muito.
O cartão de crédito pode ser
emitido para ser utilizado unicamente no Brasil
ou para ter uso Internacional.
O cartão pode ser emitido para
pessoas físicas ou pessoas jurídicas.
Existem cartões que não
estipulam limite de crédito, mas aprovam as
despesas através do perfil econômico, recursos
pessoais, padrão de gastos e histórico de
pagamento.
1.2.8 – Leasing
Também chamado de
arrendamento mercantil. Consiste basicamente
na cessão para a utilização, mediante um
contrato, de um bem por uma empresa
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(arrendador) a um terceiro (arrendatário) durante
um determinado prazo.
1.2.8.1 - Tipos de Leasing
• Leasing Financeiro
• Finame Leasing
• Leasing Operacional
• Leasing para Pessoas Físicas
1.2.9 - Crédito Imobiliário
Constitui o financiamento de casa
e apartamentos. Envolve pouco risco, pois em
geral o imóvel é garantia do empréstimo, sob
forma de hipoteca.
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1.2.10 - Crédito ao Governo
Baseia-se na expectativa de que
os impostos futuros sejam capazes de cobrir o
valor do empréstimo e seus juros. Em geral, o
governo obtém crédito por meio da emissão de
títulos de dívida pública negociáveis (como as
ORTNs). Já o financiamento de obras de infra-
estrutura, como estradas e usinas é conseguido
junto a órgãos internacionais (como o BIRD) e a
consócios de bancos de grande porte.
1.2.11 - Crédito à Produção
Baseia-se na suposição de que
será pago por si mesmo, isto é, o investimento
gerará meios necessários para o pagamento da
dívida, seus encargos e ainda sobrará algo para
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o lucro. Os créditos à produção podem ser a
curto prazo (crédito comercial) ou longo prazo
(crédito de investimento).
O crédito comercial, para
pagamento em 30 a 129 dias, serve, na maioria
dos casos, para a formação do capital de giro da
empresa.
O crédito de investimento, a
longo prazo, com vencimentos previstos para
alguns anos, tem o papel de desenvolver
determinadas áreas, inclusive proporcionando
recursos para a pesquisa tecnológica.
1.2.12 - Crédito Rural
O crédito rural disponibiliza
recursos financeiros para a aplicação exclusiva
em atividades agrícolas e pecuárias. É feito a
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médio prazo (vencimento em um ano ou mais) e
empregado na compra de insumos e
implementos.
O governo tem criado carteiras
agrícolas, tanto nos bancos particulares como
nos estatais, a juros subsidiados, com a
intenção de desenvolver o setor.
São várias as modalidades de crédito
rural:
• Comercialização agrícola - recursos para o
beneficiamento e a estocagem dos produtos, tendo que
estes produtos devem ser negociados em um prazo
determinado após a liberação dos recursos.
• Comercialização de produtos oriundos da atividade
pecuária - funciona exatamente como a modalidade de
comercialização agrícola.
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• Investimento agrícola e pecuário - são recursos
destinados aos investimentos fixos e semi-fixos para
estas atividades.
• Custeio agrícola e pecuário - são recursos que procuram
atender o ciclo operacional destas atividades.
1.2.12.1 - Títulos de Crédito Rural
• Cédula Rural Pignoratícia
• Cédula Rural Hipotecária
• Cédula Rural Pignoratícia e Hipotecária
• Nota de Crédito Rural
• Nota Promissória Rural
• Duplicata Rural
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Capítulo 2 - Análise de Crédito
A análise de crédito consiste em
atribuir valores à um conjunto de fatores que
permitam a emissão de um parecer sobre
determinada operação de crédito.
Para cada fator individual emitimos um valor
subjetivo (positivo ou negativo) para este. Se o
conjunto de fatores apresentar valores positivos
em maior número que os negativos, a tendência
é que o parecer seja favorável a concessão do
crédito.
O processo de concessão de
crédito para pessoas físicas ou jurídicas é muito
parecido, todos tem um fluxo bem semelhante. A
pessoa física tem sua fonte de renda e suas
despesas que podem ser de curto ou longo
prazo. Ela tem que tentar fazer com que sua
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receita seja suficiente para honrar suas
despesas.
Muitas vezes a falta de controle, o
surgimento de despesas imprevistas ou outros
fatores, fazem com que exista a necessidade de
se buscar um suprimento de dinheiro extra para
preencher esta lacuna aberta em seu orçamento.
Nesta situação é que surge o profissional de
crédito com a missão de analisar se este
proponente merece que a empresa/instituição
conceda à ele os recursos que necessita.
São diversos os fatores, e, estes,
nos possibilitam ter uma idéia do provável
comportamento do cliente. Estaremos
analisando o seu passado e tentaremos prever
seu comportamento futuro. Tentando assim só
conceder crédito aos que demonstrem maiores e
melhores chances de honrar seus
compromissos.
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Outro fator de vital importância
são as garantias. Apesar de não devermos
realizar qualquer operação de crédito baseada
somente nas garantias, estas são um fator
fundamental na análise do crédito, pois elas
podem nos dar a certeza de no caso de um
sinistro, nosso capital investido terá um retorno
mais rápido.
A análise de crédito conta com a
informática como instrumento de precioso
auxílio. É possível, com uma grande base de
dados estatísticos, saber o perfil de um provável
bom pagador.
Não podemos esquecer das
informações que são obtidas pela checagem e
pela análise dos documentos apresentados pelo
tomador que deseja realizar uma operação de
crédito.
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Todos estes fatores permitem que
a análise de crédito seja possível com maior
segurança. Como veremos nos tópicos a seguir.
2.1 - Ficha Cadastral
A ficha cadastral é o ponto de
partida para uma análise de crédito, nela devem
estar contidas as informações que irão permitir a
emissão de um parecer sobre uma operação de
crédito.
Todas as informações pedidas na
ficha cadastral devem ter uma utilidade, ou seja,
se a informação não vai servir para auxiliar a
emissão do parecer, não deve ser posta na ficha
cadastral.
Na ficha cadastral poderá ou não
estar incluída uma proposta de crédito. A
proposta de crédito, mesmo tendo campos em
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comum com a ficha cadastral, tem uma outra
finalidade. Algumas instituições unificaram
ambas em um único formulário.
2.2 – Proposta de Crédito
A proposta de crédito é um
documento que define como a operação foi
realizada e quem a autorizou. Ela pode ser
emitida em papel ou eletronicamente.
Na proposta de crédito devem estar contidos os
seguintes dados:
• Dados do tomador
Dados que possibilitem a identificação do
tomador da operação, dados como: nome, CPF,
data de nascimento, endereço etc. Ou seja, os
dados que qualifiquem quem vai realizar uma
operação de crédito.
• Dados do avalista
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Se houver avalista na operação, os mesmos
dados que forem preenchidos para o
proponente, deverão ser preenchidos para o
avalista.
• Dados da operação
São os dados que descrevem como é a
operação. Valor, prazo, valor das parcelas
(contraprestação, pmt etc.)
• Dados da garantia
Descrição da garantia, valores estimados ou reais etc.
• Dados das consultas
Descrição dos resultados das pesquisas
cadastrais realizadas para a emissão do parecer.
• Dados do aprovador
Nome e cargo (ou função) de quem está
aprovando a operação. Campo para assinatura
do(s) responsáveis pela concessão.
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Muitas empresas/instituições
unificam a proposta de crédito e a ficha
cadastral em um único documento.
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2.3 – Caráter
Pode-se definir o caráter, em
relação ao crédito, como a intenção do cliente
em saldar a operação de tomada.
Não é fácil identificar se uma
pessoa deixou de pagar suas dívidas realmente
por vontade própria. Serão mostrados aqui
alguns critérios possíveis de serem adotados
para se obter uma idéia do que seria alguém com
caráter. Muitas vezes a pessoa que toma o
empréstimo ou financiamento é de bom caráter,
mas não tem a habilidade necessária para gerir
seu negócio ou sua vida financeira, o que faz
com ele se endivide em demasiado.
2.3.1 – Fontes de Informação
São diversas as fontes de informação que
existem para serem consultadas sobre um cliente. Em uma
análise de crédito é fundamental que exista uma ficha
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cadastral bem preenchida (legível e completa), nossa análise
deve começar por ela. Através das fontes de informação é
que iremos verificar a exatidão das informações e poderemos
ter uma idéia de como este cliente irá se comportar em
relação ao pagamento de seu crédito. As informações
prestadas pelo cliente deverão ser verificadas e esta
verificação pode ser feita através de checagens pessoais ou
por meio eletrônico ou ainda através de documentação.
• Residência - Podemos confirmar o endereço residencial
do proponente de diversas maneiras: Companhia
Telefônica do Estado, vizinhos, referências pessoais:
informações de amigos e parentes; e referências
comerciais: cadastro em outras empresas que vendem a
crédito.
• Fontes de Renda.
• ҘҏReferência Bancária: Verificação com o banco onde o
cliente é correntista.
• ҘҏEmpresas/Órgãos de Informação: Existem diversas
empresas privadas de informação e outras entidades que
negociam produtos e serviços de informação.
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Entre as empresas de informação
e solução de crédito, iremos destacar as
principais:
• SERASA - Centralização dos Serviços Bancários.
• SPC - Serviço de Proteção ao Crédito. O SPC não é uma
empresa, mas sim um serviço que é administrado,
dependendo do município, por uma CDL (Câmara de
Dirigentes Lojistas) ou por Associação Comercial.
2.3.2 – Pontualidade
É considerado relevante para uma análise
de crédito, a pontualidade de um cliente. O fiel cumprimento
de suas obrigações é fator extremamente positivo. O atraso
de um cliente no cumprimento de suas obrigações é fator
negativo em uma análise.
2.3.3 – Restrições
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Chamamos de restrições, as
ações judiciais e informações negativas que as
empresas e instituições financeiras que já
operaram com o cliente e não tiveram os seus
créditos pagos, divulgam através dos cartórios,
empresas de informação, do Banco Central e etc.
Estes atos praticados pelas empresas e
instituições financeiras, fazem parte de um
conjunto de medidas adotadas por estas visando
obter o pagamento da dívida ou a redução de
suas perdas.
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2.4 – Capacidade
Podemos chamar de capacidade,
no que diz respeito a análise do crédito, a
condição ou habilidade apresentada por um
tomador de crédito para honrar seus
compromissos.
O cliente pessoa física tem a
capacidade de gerar receitas e recursos. Ao
realizarmos uma operação de crédito devemos
tentar mensurar esta capacidade. Devemos levar
em consideração: o valor, a origem, a previsão
de recebimentos dos valores e outros fatores. A
análise deve ser feita de maneira diferente, de
acordo com a fonte de seus recursos.
Se pensarmos nos motivos que
possam existir para que um tomador deixe de
honrar uma operação, chegaremos a várias
conclusões, vamos relacionar algumas delas:
• Desemprego
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• Morte do tomador
• Endividamento demasiado
• Doença
Abaixo alguns exemplos de
atividade profissionais que servem como base
para analisar a capacidade um cliente de acordo
com sua fonte de renda.
• Assalariado
• Pensionista
• Profissional Liberal
• Aposentado
• Autônomo
• Sócio de Micro ou pequena empresa
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2.5 – Checagens
As checagens são fundamentais
para uma análise de crédito, as perguntas feitas
devem ser claras e objetivas para que não se
perca tempo durante a checagem tendo que ficar
repetindo o significado das perguntas. Elas tem
como objetivo possibilitar que o emissor do
parecer sobre a proposta de crédito possa levar
em consideração realmente as informações
dados pelo proponente.
• Local de Trabalho
• Referência Bancária
• Referência Comercial
• Referência Pessoal
• Residência
• Vizinhança
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Capítulo 3 - O Risco e a Inadimplência
3.1 – O Risco
O risco é algo que está ligado ao
futuro, não existe risco passado. Ou seja só
existe risco em decisões que ainda vamos
tomar, nas decisões já tomadas não há.
É muito comum ouvirmos frases
do tipo: “Verifique o risco de nossa carteira de
crédito imobiliário”. Neste caso nós estaríamos
avaliando o andamento de nossas operações.
Ao analisar o risco, estaríamos
observando como andam se comportando
nossos clientes. Se eles estão honrando seus
compromissos em dia, qual é o percentual de
atrasos e de falta de pagamento e outras ações.
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3.2- Inadimplência
As facilidades de crédito levam os
consumidores à tentação de uma melhoria
imediata do padrão de vida, dado o imediatismo
do consumo a crédito. Muitas vezes isso ocorre,
porque os consumidores não conseguem
priorizar suas preferências, satisfação e utilidade
na compra de um bem, como veremos na Teoria
do Consumidor (item 3.2.1).
Pode-se também ocorrer devido
ao financiado ficar desempregado e perder a
capacidade de cumprir suas obrigações. Como
também, quando o mercado, no caso de
desaquecimento da economia, aumenta as taxas
de juros.
Nos casos de recessão
prolongada ou de depressão econômica, no
entanto, a tendência é de inadimplência (ou falta
de pagamento) generalizada, o que acaba por
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agravar a crise. Em algumas situações da
economia, o governo implanta uma política
econômica que faça o mercado desaquecer, pois
o mercado estando aquecido há uma grande
procura de crédito, elevando as taxas de juros e
causando a inflação. Esta situação veremos
mais detalhadamente em racionamento de
crédito (item 3.2.2).
3.2.1 - Teoria do Consumidor
O comportamento do consumidor
é compreendido através da relação entre as
preferências do consumidor e as restrições
orçamentárias, visando a determinação das
escolhas do consumidor. Em outras palavras,
em face das suas preferências e a limitação de
suas rendas, quais seriam as combinações de
mercadorias adquiridas pelos consumidores, de
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modo a maximizar seu grau de satisfação e
utilidade? Considerando-se a imensa variedade de bens e
serviços que a economia industrial oferece para compra, e havendo uma
grande diversidade de gostos pessoais como poderíamos descrever as
preferências do consumidor de uma forma coerente? Uma boa maneira
de iniciarmos seria observando as preferências em termos de
comparações de cestas de mercado (conjunto de uma ou mais
mercadorias). A cesta poderia conter vários itens alimentícios, do
vestuário e combustíveis que um consumidor gasta a cada mês.
Devido ao fato de as pessoas adquirirem
combinações de mercadorias, poderemos perguntar se uma
determinada cesta de mercado poderia ser preferida em relação a outra.
A utilidade é o nível de satisfação
que uma pessoa tem ao consumir um bem ou ao
exercer uma atividade. A utilidade possui um
importante componente psicológico, pois as
pessoas obtêm-na adquirindo coisas que lhes
dêem prazer e evitando as que lhes causem dor.
Na análise econômica, entretanto, a utilidade é
mais freqüentemente utilizada com a finalidade
de sumarizar a ordenação das preferências de
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cestas de mercado. Se a aquisição de três livros
dão à pessoa maior utilidade do que a camisa. A teoria do comportamento do consumidor inicia-se
com três premissas básicas a respeito das preferências das pessoas por
uma determinada cesta em relação a outra cesta:
1- A primeira premissa do princípio de que as
preferências sejam completas, o que significa
que dois consumidores poderiam comprar e
ordenar todas as cestas de mercado. Em
outras palavras, para quaisquer duas cestas A
e B, um consumidor preferirá A em vez de B,
preferirá B em vez de A, ou será indiferente em
relação às duas, ou seja, designamos o
indivíduo que estaria igualmente satisfeito com
qualquer uma das duas cestas.
2- A segunda premissa importante afirma que as
preferências são transitivas. Transitividade
significa que se um consumidor prefere a cesta
de mercado A em vez da cesta B, e prefere B
em vez de C, então ele também prefere A em
vez de C.
3- A terceira premissa segue o raciocínio de que
todas as mercadorias sejam “boas” (isto é,
desejáveis), de tal forma que, não se levando
em consideração os preços, os consumidores
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sempre preferem levar uma quantidade maior
de alguma mercadoria, em vez de menor.
Estas três premissas constituem a base da teoria
do consumidor. Elas não explicam as preferências dos consumidores,
porém conferem um aspecto de racionalidade a tais preferências.
Baseando-nos nestas premissas passaremos então a analisar o
comportamento do consumidor.
Determinadas escolhas são
também influenciadas por restrições
orçamentárias, as quais limitam a possibilidade
das pessoas exercerem o consumo em razão
dos preços que necessitariam pagar por
diversos bens e serviços.
Dispondo das preferências e das
restrições orçamentárias, podemos então
determinar como os consumidores
individualmente fazem as escolhas de quanto
adquirirão de cada mercadoria. Estamos
supondo que os consumidores façam esta
escolha de maneira racional; com isto queremos
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dizer que eles optarão por mercadorias, visando
maximizar o grau de satisfação que poderão
obter, considerando os orçamentos limitados de
que dispõem.
Outra escolha é: Deve um
consumidor usar sua renda dada para poupar
mais e consumir menos, ou vice-versa? Nesta
decisão, ele deveria levar sua compra de cada
bem até o ponto no qual a utilidade recebida no
consumo fosse igual à recebida ao poupar. E
desta forma ele maximiza sua satisfação ou
utilidade de uma dada renda .
Certamente, os consumidores
poderão – e algumas vezes o fazem –
economizar parte de suas rendas para consumo
futuro. No entanto isto significa que sua escolha
não é apenas entre alimentação e vestuário, mas
entre consumir alimentação e vestuário agora ou
no futuro.
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3.2.2 – Racionamento de Crédito
Na macroeconomia, a política
fiscal3 é o primeiro instrumento fundamental, à
disposição do governo, para controlar a
demanda agregada4.
A política monetária, que implica o controle da
quantidade de moeda na economia, é o segundo
instrumento. Quando os indivíduos possuem
mais moeda, eles tendem a gastar mais e a
demanda agregada aumenta. Em contrapartida,
se a quantidade de moeda diminui, a demanda
3 Política Fiscal é o ajustamento de alíquotas de impostos ou despesas governamentais destinadas a afetar a demanda agregada. 4 Quantidade de bens ou serviços que a totalidade dos consumidores deseja e está disposta a adquirir em determinado período de tempo e por determinado preço. Obtém-se, portanto, a demanda agregada de um produto somando-se todas as demandas individuais desse produto. A demanda agregada depende de todos os fatores que determinam a demanda individual mais o número de compradores do bem ou serviço em questão existentes no mercado.
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agregada tenderá a cair; através do controle da
quantidade de moeda.
A instituição reguladora do
sistema financeiro em nosso país é o Banco do
Central do Brasil (BACEN) que atua como
banqueiro do Governo Federal e banco dos
bancos comerciais. O Banco Central controla o
volume de reservas dos bancos comerciais e,
portanto, controla também o volume de moeda
escritural (depósitos à vista) que os bancos
comerciais podem criar.
A tarefa fundamental do Banco
Central é a de adequar as condições monetárias
da economia para que os objetivos de pleno-
emprego5, crescimento econômico e preços
estáveis sejam alcançados. Assim, se há um
5 Pleno-emprego é uma conjuntura em que todo o desemprego observado deve-se a causas friccionais ou estruturais e não a um nível insuficiente de demanda agregada, uma conjuntura em que todos os que desejam trabalhar encontram empregos sem muita demora.
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decréscimo na atividade econômica, iniciando-
se um processo de recessão, cabe ao Banco
Central expandir os meios de pagamento e, com
isto, elevar a demanda agregada. Por outro lado,
quando a atividade econômica é excessiva e
surge a ameaça de pressões inflacionárias, deve
o Banco Central restringir a expansão monetária
a fim de liquidar os focos inflacionários.
Na operação de compra de títulos
do Banco Central no mercado aberto há também
efeitos secundários que contribuem para uma
redução nas taxas de juros. À medida que
aumentam as reservas dos bancos comerciais,
estes tenderão a adquirir ativos financeiros e
aumentar seus empréstimos. A compra de títulos
financeiros mais uma vez tende a pressionar
para cima os preços dos títulos e, com isto,
reduzir as taxas de juros. Mais ainda, em seu
esforço de efetivar empréstimos adicionais, os
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bancos podem reduzir as taxas de juros para
seus clientes.
É possível que o investimento
seja influenciado pela política monetária, ainda
que a demanda de investimento se mostra
invariável a variações na taxa de juros.
Quando o Banco Central reduz a
quantidade de reservas bancárias, por meio de
venda de títulos no mercado aberto, os bancos
comerciais devem reduzir seus empréstimos, de
modo a satisfazer os requerimentos sobre as
suas reservas. Em conseqüência, eles poderão
racionar o crédito, emprestando menos do que
os tomadores desejam e menos do que os
próprios bancos estariam dispostos se tivessem
reservas suficientes. Dada sua capacidade de
conseguir financiamento, as empresas são
forçadas a reduzir seus investimentos.
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O racionamento de crédito ocorre quando
os bancos dispõem de um volume pequeno de fundos de
empréstimos. Eles, portanto, emprestam menos do que eles
próprios e seus bons clientes desejariam.
Quando isto acontece, reduz-se o
investimento, não porque as empresas não
desejam investir, mas porque elas não
conseguem obter financiamento. Com isto, o
nível efetivo cai abaixo do nível planejado pelos
empresários.
Inúmeros argumentos são feitos
para sustentar as visões de que o crédito é um
alvo melhor do que o estoque monetário ou as
taxas de juros. Os proponentes do ponto de
vista dos créditos argumentam que é um alvo
melhor do que a moeda porque os indivíduos
que querem gastar não necessariamente tem de
ter moeda em mãos, mas ao contrário podem
pedir emprestado para financiar seus gastos.
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Eles argumentam, também que o gasto
especificamente com investimento
provavelmente será financiado pelo empréstimo,
isto é, pelo crédito, e gasto com investimento é –
através do multiplicador e do acelerador – a
chave para o ciclo de negócios. Portanto, manter
o controle do crédito significa controlar a taxa de
investimento e manter a estabilidade econômica.
O ponto de vista de que o crédito é um
alvo melhor do que as taxas de juros resulta do fenômeno de
racionamento de crédito. O crédito é racionado quando os
indivíduos que querem pedir emprestado a uma dada taxa de
juros não estão aptos a pedir tanto quanto eles precisam. O
crédito é racionado porque os credores tem medo de que os
devedores que estão dispostos a pedir emprestado possam
não ser capazes de pagar. Mas, se o crédito é racionado em
uma dada taxa de juros, então esta taxa de juros não
descreve totalmente o impacto da política monetária sobre o
investimento e a demanda agregada. O Bacen deveria, ao
contrário do que argumentam os proponentes da visão do
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crédito, concentrar-se diretamente no volume de crédito para
ver qual é o impacto que a política monetária está tendo na
demanda.
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Resumo
Neste trabalho vimos que com a evolução
da humanidade fez-se necessário ter um meio de troca, pois
no princípio os indivíduos usavam o escambo, porém com o
crescimento dos mercados, a descoberta do Novo Mundo (a
América), o sistema de escambo de pouco a pouco
complicou-se devido o aumento de produtos comercializados
e crescimento da população. Então, criou-se a moeda para
facilitar o meio de troca e assim ter uma moeda universal
para cada país.
Com a evolução, além da moeda, também
criou-se outros meios de compra, o crédito, sistemas que
proporcionam a compra de bens sem necessidade de ter
dinheiro imediato, para pagamento futuro.
Então, passa-se a ter uma necessidade
de estudar a autorização do crédito para os indivíduos,
conforme a análise de sua idoneidade, experiência no
mercado e capacidade de honrar com seus compromissos.
E para entendermos um pouco mais
sobre o comportamento dos consumidores e a atividade do
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mercado, vimos que as conseqüências da inadimplência
está relacionada a teoria do consumidor (o grau de
satisfação que cada indivíduo opta para seu padrão de vida)
e no racionamento de crédito entendemos o comportamento
do mercado devido a volatilidade da economia e as políticas
adotadas pelo governo.
E, sendo assim, temos o trabalho
concretizado analisando o perfil dos consumidores e o
padrão desejado pelo mercado financeiro.
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Conclusão
Neste trabalho quis mostrar de uma forma
simplificada e clara como é uma análise de crédito, o que se
é observado no cadastro e nas informações obtidas. E fiz
uma retrospectiva de como tudo começou em nosso sistema
de crédito. Também fiz um estudo na microeconomia e
macroeconomia, procurando as causas e conseqüências da
inadimplência e alteração das taxas de juros.
E assim podemos concluir que como, o
crescimento dos mercados aumentou a procura por
variedade de meios de troca e facilidade de obter-se bens,
apenas moeda, ficou insuficiente e pouco dinâmico. E então
vimos que com a evolução da sociedade criou-se vários
produtos de crédito.
Com isso também observa-se neste
trabalho, os dados que devem ser informados e
indispensáveis para a análise do crédito, e que são cada vez
mais simplificados para se obter uma resposta rápida, pois a
globalização nos dá meios e o mercado exige essa rapidez.
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E por último, observa-se o perfil dos
consumidores através de suas preferências e com isso pode-
se traçar o risco e uma provável inadimplência futura ou não.
Que pode ser afetada também por alterações na taxa de
juros que o governo pode ter um certo controle através da
política monetária – a não ser que se faça especulações e o
mercado fique muito volátil, não havendo medidas
automáticas a serem feitas – que possam aquecer ou
desaquecer o mercado.
O crédito, atualmente, é o coração do
sistema financeiro, sem ele, grande quantidade de
consumidores estariam impedidos de adquirir bens e
serviços necessários (e os que almejam), como também, os
bancos e financeiras não teriam atividade e o mercado
financeiro não existiria, mas também com a grande procura e
necessidade de todas as financeiras tem que analisar
cuidadosamente e rápido onde vão investir os seus ativos.
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Bibliografia • Wonnacott, Paul & Wonnacott, Ronald. “Introdução à
Economia”. São Paulo, Makron Books Ed., 1985. • Dornbusch, Rudiger, “Macroeconomia”, São Paulo,
Makron Books Ed., 5ª edição, 1991. • Fortuna, Eduardo. “Mercado Financeiro - Produtos e
Serviços” , Rio de Janeiro, Qualitymark Editora, 12ª edição, 1999.
• Pindyck, Robert S., “Microeconomia”, Makron Books Ed., São Paulo, 2ª edição, 1994.
Webgrafia
• “Análise de Crédito Pessoa Física”, www.creditoerisco.com.br, 31/3/03
• “Análise de Crédito Pessoa Jurídica”, www.creditoerisco.com.br, 31/3/03
• “Risco”, www.creditoerisco.com.br, 31/3/03 • “Produtos de Crédito”, www.creditoerisco.com.br, 31/3/03 • “Recuperação”, www.creditoerisco.com.br, 31/3/03 • Subirà, Agustí Chalaux de Subirà & Tamarit, Brauli
Tamarit, “Pequena História da Moeda”, www. bardina.org/braugl02.htm, 21/7/03
• “cultura e curiosidades”, www.moedasbrasileiras6c.hpg.ig.com.br, 15/4/03
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