UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 2012. 1. 27. · No Brasil existe a...
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
RECICLAGEM DE RESÍDUOS SÓLIDOS
Por: Rodrigues Augusto Vaz Filho
Orientador
Prof. Nelsom Magalhães
Rio de Janeiro
2012
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
RECICLAGEM DE RESÍDUOS SÓLIDOS
Apresentação de monografia à AVM
Faculdade Integrada como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Engenharia da
Produção.
Por: Rodrigues Augusto Vaz Filho
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AGRADECIMENTOS
Aos meus colegas de turma, com os
quais tive a oportunidade de conviver e sem os
quais não teria tido a motivação para concluir este
trabalho.
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DEDICATÓRIA
Dedico esse trabalho a minha esposa e a
minha filha, que dão sentido a minha vida, ajudando-
me e compreendendo-me nos momentos mais
difíceis.
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RESUMO
O tema do estudo será a reciclagem de resíduos sólidos
provenientes do descarte dos produtos pelos habitantes dos grandes centros
urbanos, tendo como objetivo principal a recuperação parcial dos custos com a
reciclagem através do reaproveitamento da matéria-prima original, reduzindo
substancialmente os resíduos depositados nos aterros sanitários e
contribuindo com o desenvolvimento sustentável.
O objetivo é comparar a destinação dos resíduos sólidos a partir da
coleta seletiva realizada em duas indústrias, uma no Rio de Janeiro e a outra
em Duisburg, Alemanha.
O estudo leva também em conta as experiências bem sucedidas em
cidades européias, especificamente na Alemanha, onde o processo de
reciclagem começa na educação do povo que realiza de diversas formas uma
bem sucedida seleção dos resíduos pós-consumo, contribuindo sobremaneira
no sucesso do negócio, envolvendo sociedade civil, associações, escolas,
cooperativas e empresas.
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METODOLOGIA
A metodologia utilizada, nesse estudo, contemplou o diagnóstico da
situação atual dos impactos ambientais dos resíduos sólidos urbanos no Brasil,
a identificação das vantagens e desvantagens dos modelos de gestão
amplamente utilizados, bem como a identificação das diferenças encontradas
entre a sistemática da coleta de resíduos sólidos no Brasil e na Comunidade
Européia, especificamente na Alemanha, que poderão resultar em um novo
modelo de gestão com base em métodos diferenciados nas etapas de coleta,
transporte, aproveitamento e destino final dos resíduos sólidos urbanos.
Os dados coletados são provenientes de informações coletadas de
material bibliográfico existente sobre o assunto, pesquisas na internet e
experiência adquirida pelo autor no desempenho de suas funções.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08 CAPÍTULO I O LIXO 10 CAPÍTULO II A RECICLAGEM 19 CAPÍTULO III ESTUDO DE CASO 43 CONCLUSÃO 52 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 58 WEBGRAFIA 59 ÍNDICE 61 FOLHA DE AVALIAÇÃO 63
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INTRODUÇÃO
“Na natureza, nada se perde, nada se cria, tudo se transforma.”
LAVOISIER.
Um dos maiores problemas dos grandes centros urbanos é o
tratamento dos resíduos pós-consumo que, pelo aumento crescente da
população, da moradia e do emprego, impõe um serio risco ambiental a ser
solucionado.
A natureza possui um limite determinado para absorver os impactos
negativos que ocorrem no planeta, mas essa capacidade esta se mostrando
insuficiente para absorver todos os problemas provocados pela geração de
resíduos oriundos das atividades humanas. O aumento da geração de
resíduos impõe grandes demandas no que tange ao tratamento e a disposição
final, tanto pela quantidade, quanto pelas características dos resíduos gerados.
(CHADWICK & NILSON, 1993; GUERRA & CUNHA, 2006).
A quantidade de materiais recicláveis encontrados em depósitos de
resíduos sólidos, quais sejam plásticos, vidros, metais ferrosos e não ferrosos,
entulho oriundo da construção civil, papel, eletrodomésticos, têm contribuído
para uma geração cada vez maior de postos de trabalho, que embora
insalubre e de grande risco, empregam uma massa estimada em mais de 200
mil brasileiros, sem qualificação e, portanto, de difícil absorção pelo mercado
formal. A maioria desses trabalhadores participa de cooperativas informais
exploradas por intermediários inescrupulosos que pagam reduzidos benefícios
aos catadores e retém a maior parte dos recursos financeiros provenientes do
aproveitamento do produto resultante da reciclagem. Ao mesmo tempo em que
os resíduos são uma grande fonte de recursos para os que absorvem a maior
parte dos ganhos da reciclagem, lucrando grandes somas com a coleta
publica, eles também são o meio de vida para a maioria dos catadores e suas
famílias.
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Inicialmente, os aterros seriam a solução para os resíduos não
recicláveis, mas até estes se mostram incapazes de evitar a contaminação do
solo, mananciais e lençóis d’água por compostos tóxicos oriundos da
deposição e posterior decomposição dos elementos presentes nos resíduos ali
depositados, contribuindo para agravar ainda mais a poluição dos grandes
centros urbanos.
O objetivo desse trabalho é oferecer dados que possam atrair tanto
as empresas de reciclagem quanto as cooperativas organizadas de catadores
de resíduos sólidos a adotar políticas que venham a beneficiar ambos os lados
da cadeia produtiva.
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CAPÍTULO I
O LIXO
1.1 – Conceituação
Lixo é todo e qualquer resíduo oriundo das atividades humanas. É
definido como aquilo que ninguém quer. A palavra lixo é derivada do termo em
latim lix = "cinzas”, de uma época em que a maior parte dos resíduos de
cozinha era formada por cinzas e restos de lenha carbonizada dos fornos e
fogões. Também pode ser definido como sujeira, imundice ou coisas inúteis,
velhas, sem valor. Hoje em dia, lixo é sinônimo de resíduos sólidos
descartados. Após a Revolução Industrial, século XVIII, o lixo passou a ser
composto por resíduos de cozinha, cinzas e descarte das indústrias que
surgiam na Europa.
1.2 - Classificação
Classificação do lixo - Quanto às características físicas:
Seco: papéis, plásticos, metais, couros tratados, tecidos, vidros,
madeiras, guardanapos e tolhas de papel, pontas de cigarro, isopor, lâmpadas,
parafina, cerâmicas, porcelana, espumas, cortiças.
Molhado: restos de comida, cascas e bagaços de frutas e verduras,
ovos, legumes, alimentos estragados, dentre outros.
Classificação do lixo - Quanto à composição química:
Orgânico: composto por pó de café e chá, cabelos, restos de
alimentos, cascas e bagaços de frutas e verduras, ovos, legumes, alimentos
estragados, ossos, aparas e podas de jardim.
Inorgânico: composto por produtos manufaturados como plásticos,
vidros, borrachas, tecidos, metais (alumínio, ferro), tecidos, isopor, lâmpadas,
velas, parafina, cerâmicas, porcelana, espumas, cortiças.
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Classificação do lixo - Classificação de Resíduos Sólidos, que segue
o critério dos riscos potenciais ao meio ambiente de acordo com a norma NBR
10004:
Lixo Classe I - São os resíduos sólidos perigosos, com potencial de
risco à saúde pública e ao meio ambiente. Características: são inflamáveis,
corrosivos, tóxicos, reativos ou atraem doenças. Exemplos: lixo hospitalar.
Lixo Classe II - Substâncias não inertes. Apresentam propriedades
como biodegradabilidade, solubilidade ou combustão. Exemplo: matéria
orgânica e papel.
Lixo Classe III - São as substâncias inertes, como rocha, tijolos,
vidros e certos plásticos e borrachas que não são decompostos prontamente.
Classificação do lixo - Quanto a sua origem:
Lixo urbano - Formado por resíduos sólidos em áreas urbanas,
inclui os resíduos domésticos, os efluentes industriais domiciliares (pequenas
indústrias de fundo de quintal) e resíduos comerciais.
Lixo domiciliar- Formado pelos resíduos sólidos de atividades
residenciais e que contém uma grande quantidade de matéria orgânica,
plástico, lata, vidro.
Lixo comercial - Formado pelos resíduos sólidos das áreas
comerciais. Composto por matéria orgânica, papéis e plástico de vários grupos.
Lixo público - Formado por resíduos sólidos oriundos da limpeza
pública (areia, papéis, folhagem, poda de árvores).
Lixo especial - Formado por resíduos geralmente industriais,
merece tratamento, manipulação e transporte especial, são eles, pilhas,
baterias, embalagens de agrotóxicos, embalagens de combustíveis, de
remédios ou venenos.
Lixo industrial - Nem todos os resíduos produzidos pela indústria,
podem ser designados como lixo industrial. Algumas indústrias do meio urbano
produzem resíduos semelhantes ao doméstico. Exemplo disto são as padarias;
os demais poderão ser enquadrados em lixo especial e ter o mesmo destino.
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Lixo de serviço de saúde - Os serviços hospitalares, ambulatoriais
e farmácias são geradores dos mais variados tipos de resíduos que devem ser
destinados à incineração.
Lixo radioativo - Produto resultante da queima do combustível
nuclear deve ser enterrado em local próprio e inacessível.
Lixo espacial - Restos provenientes dos objetos lançados pelo
homem no espaço.
1.3 – Disposição
Os aterros sanitários são
definidos pela Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT - 10.004/04 -
"Resíduos Sólidos Classificação") como:
"aterros sanitários de resíduos sólidos
urbanos, consiste na técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no
solo, sem causar danos ou riscos à saúde pública e à segurança, minimizando
os impactos ambientais, método este que utiliza os princípios de engenharia
para confinar os resíduos sólidos ao menor volume permissível, cobrindo-os
com uma camada de terra na conclusão de cada jornada de trabalho ou à
intervalos menores se for necessário."
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Os lixões são depósitos de
lixo sem nenhum tratamento,
autorizados pelas Prefeituras. No
Brasil, mais de 40% dos municípios
deposita seu lixo em lixões, de acordo
com a pesquisa de saneamento
ambiental do IBGE de 2000. O lixão
atrai a população mais carente e
desempregada, que passa a se alimentar dos restos encontrados e a
sobreviver dos materiais que podem ser vendidos. Esse tipo de degradação
humana não pode mais ser permitida e somente a erradicação total dos lixões
vai solucionar essa situação.
Aterros controlados são antigos lixões que sofreram algum tipo de
tratamento de solo e controle de gases, de forma que seus efeitos de
contaminação fossem controlados, permitindo o recobrimento das células
expostas na superfície, compactação adequada e gerenciamento do
recebimento de novos resíduos.
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Incineradores são grandes
fornos onde o lixo sofre uma queima
controlada com filtros, para evitar que o
gás formado na combustão dos
materiais atinja e polua a atmosfera.
Eles reduziram o volume do lixo em até
85%, mas ainda assim existe uma sobra
de cinzas e dejetos (15% restantes), que
precisam necessariamente ser levados para um aterro sanitário.
A Usina de Reciclagem é um estabelecimento industrial que
transforma e/ou beneficia resíduos sólidos (lixo/sucata) coletados e
comercializados por terceiros. Papel, alumínio, plástico, vidro, madeira, por
exemplo, são transformados em matéria-prima para a indústria.
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A Usina de compostagem transforma os resíduos orgânicos em
adubo, reduzindo o volume destinado aos aterros.
Segundo a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico realizada pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE- no ano de 2000, nos 5507
municípios brasileiros, o lixo produzido recebe a seguinte destinação final:
63,6% são destinados a lixões, 13,8% a aterros sanitários, 18,4% a aterros
controlados e 5% dos municípios não informaram a destinação dada a seus
resíduos.
Em 2004, a estatística de reciclagem era: para capitais em que há
catadores nos lixões: 37,4%; cidades com mais de 50 mil habitantes: 68,18%;
cidades com menos de 50 mil habitantes: 31,67%. Nas ruas: capitais em que
há catadores nas ruas: 66,67%; Cidades com mais de 50 mil habitantes:
63,64%; Cidades com menos de 50 mil habitantes: 31,67%. Nos Lixões:
capitais com lixões: 25,93%; Cidades com mais de 50 mil habitantes (excluídas
as capitais): 72,73% e Cidades com menos de 50 mil habitantes: 66,67%.
O estado do Rio de janeiro é composto por 92 Municípios e nele
encontramos os seguintes locais para deposito dos resíduos sólidos:
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04 Aterros Sanitários Licenciados: Rio das Ostras, Nova Iguaçu,
Piraí, Macaé; 13 Aterros “Controlados”: Angra dos Reis, Caxias (Gramacho),
Nova Friburgo, Resende, Teresópolis, Barra do Piraí, Rio Bonito, Santa Maria
Madalena, Petrópolis, Miracema, Maricá, Porciúncula, Natividade;
06 Aterros Sanitários em Licenciamento: Macaé (novo), Rio de
Janeiro (Paciência), Nova Friburgo (novo), Paracambi, São Pedro da Aldeia,
Campos;
04 Unidades de Triagem e Compostagem em fase de implantação;
53 Unidades de Triagem e Compostagem implantadas, desde 1977,
sendo que 26 unidades operando normalmente;
62 Vazadouros (lixões), sendo 48 com catadores, crianças, animais
e vetores.
O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE- CONAMA
Estabelece o código de cores para os diferentes tipos de resíduos a ser
adotado na identificação de coletores e transportadores, bem como nas
campanhas informativas para a coleta seletiva. RESOLUÇÃO CONAMA N°
275 DE 25 DE ABRIL 2001.
Fonte: www.sobiologia.com.br
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No Brasil existe a norma NBR 13230 da ABNT - Associação
Brasileira de Normas Técnicas - que padroniza os símbolos que identificam os
diversos tipos de resinas (plásticos) virgens. Tais símbolos são reconhecidos
em todos os continentes, com o objetivo de facilitar a etapa de triagem dos
resíduos plásticos que serão encaminhados à reciclagem.
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Destinação de diversos materiais, segundo o Ministério do Meio
Ambiente - Agenda Ambiental na Administração Pública:
Carcaças de computadores e ar condicionados: podem ser
compradas para desmonte. Em cidades como Curitiba-PR e São Paulo-SP
existem empresas que recebem esses materiais para o reaproveitamento ou
reciclagem.
Carcaças de veículos: podem ser encaminhadas aos ferros-velhos
ou sucateiros.
Móveis: podem ser levados para aterros sanitários ou doados às
entidades sociais.
Canos de cobre, ferro e alumínio: podem ser vendidos a sucateiros.
Peças mecânicas e baterias de veículos: peças de metal devem ser
encaminhadas aos ferros-velhos ou sucateiros e as baterias de veículos
descarregadas enviadas ao revendedor. As resoluções n° 257/99 e 263/99
CONAMA tratam do tema baterias.
Cartuchos de tinta: a destruição e o descarte devem ser feitos pelo
serviço de limpeza urbana local. Outra opção é a recarga para reutilização.
Medicamentos com datas vencidas e resíduos hospitalares: podem
ser encaminhados aos serviços de saúde. A Resolução n° 5/93 CONAMA que
trata do assunto está em fase de revisão para posterior aprovação.
Produtos químicos em geral: podem ser levados para aterros
industriais ou destruídos por meio de incineração.
Alimentos estragados: devem ser levados para os aterros sanitários
pelo serviço de limpeza urbana local.
Entulhos de construção civil e canos de PVC: a destinação para o
descarte desses materiais está em fase de estruturação pelo CONAMA.
Divisórias e cortinas: quando verificada a impossibilidade de
reaproveitamento, devem ser encaminhadas aos aterros sanitários.
Pilhas e baterias: as pilhas que respeitam o limite de componentes
tóxicos estabelecidos pela Resolução do CONAMA n° 257/99, podem ser
descartadas no lixo comum. As que não respeitam esse limite devem ser
jogadas nos aterros industriais para materiais perigosos.
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CAPÍTULO II
RECICLAGEM
2.1 - Conceituação
A palavra reciclagem foi introduzida ao vocabulário internacional no
final da década de 80, quando foi constatado que as fontes de petróleo e
outras matérias-primas não renováveis estavam se esgotando. Reciclar
significa: Re = repetir + Cycle = ciclo
A reciclagem é o processo pelo qual os resíduos descartados são
aproveitados para que retornem ao ciclo de produção, visto que o descarte é
composto, em sua maior parte, por embalagens de produtos.
Reciclar é economizar energia, poupar recursos naturais.
Podemos dividir a reciclagem em primária e secundária. A
reciclagem primária consiste no reaproveitamento de materiais provenientes de
um processo produtivo em matéria-prima utilizada no mesmo ciclo de produção
como, por exemplo, as sobras do corte em guilhotina de chapas de metais
ferrosos ou não ferrosos para fabricação de peças planas. Toda essa rebarba
retornaria como matéria-prima no processo de fundição. A reciclagem
secundária consiste no reaproveitamento de materiais provenientes de um
processo produtivo na fabricação ou processamento de outro produto como,
por exemplo, o reaproveitamento de pneus usados na fabricação de manta
asfáltica.
Segundo a ABRELPE (Associação Brasileira de Empresas de
Limpeza Pública e Resíduos Especiais), são produzidos no Brasil, em média,
170 mil toneladas por dia de resíduos sólidos urbanos, o que equivale a quase
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um quilo de lixo por habitante, não incluídos os dejetos lançados nos esgotos
sanitários. Da quantidade produzida, 140 mil toneladas são recolhidas por
empresas de limpeza, sendo que 60% deste total não recebem o destino final
adequado.
Este aumento no volume da quantidade de lixo se deve a melhoria
de poder aquisitivo da população e a grande quantidade de produtos
industrializados, que com suas embalagens, vidros, plásticos e papéis,
entopem as lixeiras e os aterros e/ou lixões. Esse é o preço da modernidade.
2.2 – Reciclagem dos resíduos da construção civil
Atualmente, com o incremento
da oferta de moradias nos grandes
centros impulsionados pelo aumento do
poder aquisitivo das classes C e D no
Brasil, a geração de resíduos sólidos
oriundos da construção e demolição vem
aumentando significativamente - basta
um olhar para as ruas e avenidas das
grandes cidades para constatar tal fato. A indústria da construção civil é a
campeã na produção de resíduos sólidos no país.
Como o resíduo produzido não possui local adequado para ser
descartado é depositado nos aterros
sanitários, diminuindo o espaço
reservado aos resíduos orgânicos,
dificultando a separação dos diversos
tipos de produtos pelos catadores,
agravando a já crítica situação dos
aterros sanitários urbanos ou, o que é
pior, são lançados clandestinamente
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em terrenos baldios. Outro fato preocupante é o de volumes de entulho
proveniente de reformas e demolições de pequeno porte encontrado nas ruas
e calçadas das grandes cidades. Essa prática contribui para o entupimento de
bueiros, rios, córregos, dificultando a limpeza urbana. Esse quadro é
parcialmente amenizado pelas caçambas destinadas a receber o entulho,
porém o seu destino final pode ser duvidoso.
A criação de um local específico apropriado para descarte aparece
como a única solução viável para facilitar e aumentar a reciclagem.
Isto sem mencionar que existe uma resolução federal que
regulamenta esse problema: Resolução 307 do CONAMA, que em seu artigo 4
determina: “Os geradores deverão ter como objetivo prioritário a não geração
de resíduos e, secundariamente, a redução, a reutilização, a reciclagem e a
destinação final.” Ainda no parágrafo 1° do mesmo artigo podemos ler: ”Os
resíduos da construção civil não poderão ser dispostos em aterros de resíduos
domiciliares, em áreas de “bota fora”, em encostas, corpos d’água, lotes vagos
e em áreas protegidas por Lei, obedecidos os prazos definidos no art. 13 desta
Resolução.”.
Ainda de acordo com a Resolução 307 de 05/07/2002 do CONAMA
(Conselho Nacional do Meio Ambiente), os resíduos da construção civil são
classificados em:
Classe A: Resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados
como: componentes cerâmicos (tijolos, telhas), argamassa e concreto.
Classe B: Resíduos recicláveis para outras destinações como:
papel/papelão, metais, vidros, madeiras e plásticos.
Classe C: Resíduos para os quais não foram desenvolvidas
tecnologias que permitam sua reciclagem como: gesso.
Classe D: Resíduos perigosos e tóxicos como: tintas, solventes e
amianto.
A reciclagem é feita por empresas especializadas.
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Segundo a ABRELPE (Associação Brasileira de Empresas de
Limpeza Publica e Resíduos Especiais), em 2010 o Brasil produziu 60,8
milhões de toneladas de resíduos sólidos, dos quais 31 milhões vieram da
construção e demolição.
Em agosto de 2010, foi criada a Política Nacional de Resíduos
Sólidos (PNRS), de acordo com a qual todos os municípios brasileiros terão
que pôr em prática medidas que impeçam que esses resíduos cheguem aos
aterros. O prazo estabelecido para tais medidas é agosto de 2014. Antes, só o
poder público municipal era responsável pela coleta dos resíduos sólidos. Com
a Lei, essa responsabilidade é compartilhada com fabricante, distribuidor,
comerciante e usuário. Depois que o modelo for totalmente implantado, o
município será obrigado a fazer a coleta seletiva e mandar para o aterro
sanitário só o que não for passível de reciclagem ou reutilização.
O diretor de Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente,
Silvano Silvério da Costa, diz que a Lei cria a obrigatoriedade do município se
adequar à sistemática de coleta seletiva, pois determina que os municípios que
não o fizerem deixarão de receber repasses de verbas do governo federal.
A indústria da construção civil sofre as consequências da falta de
informação e conscientização por parte da população no que diz respeito ao
material reciclado. Muitas empresas que usam material reciclado não divulgam
essa informação por medo de discriminação ou desvalorização de seus
imóveis. Essa é uma realidade que pode e deve ser mudada.
2.3 – Reciclagem do papel
O papel como suporte para a escrita vem sendo o
material mais usado desde a antiguidade. Criado pelos chineses, esse material
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teve seu uso difundido pelos árabes. No
Brasil, a primeira indústria de papel,
Melchert &Cia, foi inaugurada por D. Pedro
II no interior de São Paulo.
O papel é composto por fibras
celulósicas extraídas de árvores oriundas de
matas virgens ou de reflorestamento. A
reciclagem é o reaproveitamento dessas fibras de papéis usados, que teriam
como destino os lixões ou aterros, para produção de novo papel.
Existem dois tipos de papel para reciclagem: os pré-consumo
(recolhidos pelas próprias fábricas – aparas) e os pós-consumo (recolhidos
pelos catadores). O papel reciclado é composto pelos dois tipos e se
caracteriza pela cor creme.
Nem todo tipo de papel pode ser reciclado como, por exemplo, as
embalagens longa vida, papel sujo com material orgânico infectado, papel
vegetal e os sujos com óleos e graxas.
No Brasil, segundo a ABIRP
(Associação Brasileira das Indústrias
Recicladoras de Papel), cerca de 30%
do papel consumido é reciclado, o que
torna o processo bem sucedido, tendo
no catador de papel sua figura central.
A procura por papel reciclado é crescente, pois existe um forte apelo
ecológico embutido. Além disso, como a
matéria-prima é escassa, a reciclagem se
torna tão importante quanto a sua fabricação.
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Para a reciclagem ser mais
completa, cabe ao consumidor fazer a
separação dos papéis de outros materiais
ainda no ambiente doméstico. Para isso,
no entanto, faz-se necessária uma política
mais rigorosa de incentivo e
conscientização da população.
Hoje, a força que impulsiona a
reciclagem do papel ainda é a econômica,
mas o fator ambiental tem ocupado um espaço cada vez maior no atendimento
da demanda de produtos ecologicamente corretos.
Tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 2308/07, que
obriga a indústria papeleira a utilizar pelo menos 30% de papel reciclado em
suas publicações. Segundo o coordenador do grupo técnico de Meio Ambiente
da Associação Brasileira de Celulose e Papel (BRACELPA), Robinson
Cannaval, seria preciso aumentar a produção de papel reciclado em 200 mil
toneladas por ano para cumprir essa determinação. O Brasil consome em
torno de 8 milhões de toneladas de papéis por ano, dentre os quais 45%, um
pouco menos de 4 milhões de toneladas, são de papel reciclado. O
especialista disse que o país não tem capacidade para coletar resíduos de
papel que sejam reciclados em quantidade suficiente para atender à demanda
do projeto e, portanto, teria que recorrer à importação de sobras.
O Brasil é o 6° maior produtor de celulose do mundo, 12° produtor
de papel e está em 10° lugar em reciclagem de papel. A Alemanha lidera a
reciclagem com 75% e o Japão está em segundo lugar com 73%, segundo
dados da BRACELPA.
O relatório da ERPC (European Recovered Paper Council) indica
que a Europa atingiu um recorde na reciclagem de papel em 2009. A taxa de
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reciclagem atingiu 72,2%, ultrapassando a meta de 66% assumido pela
indústria. A quantidade de papel reciclado atingiu 58 milhões
de toneladas.
2.4 – Reciclagem do vidro
O vidro é um material ideal para a reciclagem e pode ser
infinitamente reciclado. O uso de vidro reciclado em novos recipientes e
cerâmicas possibilita a conservação de materia-prima, a redução do consumo
de energia e do volume de lixo que é enviado para os aterros sanitarios.
Cem por cento reciclável, o vidro é um dos grandes protagonistas
quando o assunto é reaproveitamento de materiais. Tudo que é vidro vira vidro,
expressão comum na indústria vidreira. A frase traduz o enorme potencial de
reciclagem do produto que, no entanto, ainda é pouco coletado no Brasil.
O resíduo do vidro se origina de sua própria utilização em nosso
cotidiano, como vasilhames, copos e vidraças. A sucata de vidro é todo vidro
utilizado ao menos uma vez, que perde sua função como, por exemplo, vidros
de maionese, vidros de perfume. Dessa forma, as alternativas que restam a
eles são a reciclagem ou os depósitos de lixo.
O resíduo de vidro pode ser encontrado no lixo doméstico, industrial,
comercial, hospitalar ou oriundos de refugos das próprias fábricas de vidro.
Os vidros se classificam, segundo suas aplicações em:
- Vidro para embalagens - garrafas, potes, frascos e outros
vasilhames fabricados em vidro comum nas cores branca, âmbar e verde;
- Vidros para a construção civil - Vidro plano - vidros planos lisos,
vidros cristais, vidros impressos, vidros refletivos, vidros anti-reflexo, vidros
temperados, vidros laminados, vidros aramados, vidros coloridos, vidros
serigrafados, vidros curvos e espelhos fabricados a partir do vidro comum;
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- Vidros domésticos - tigelas, travessas, copos, pratos, panelas e
produtos domésticos fabricados em diversos tipos de vidro;
- Fibras de vidro - mantas, tecidos, fios e outros produtos para
aplicações de reforço ou de isolamento;
- Vidros técnicos - lâmpadas incandescentes ou fluorescentes, tubos
de TV, vidros para laboratório (principalmente o vidro borossilicato), para
ampolas, para garrafas térmicas, vidros oftálmicos e isoladores elétricos;
Os vidros para serem reutilizados são os classificados como
embalagem, que após serem selecionados por cor, limpos e secos seguem
para as industrias de reaproveitamento.
Os vidros para reciclagem são aqueles que apresentam a mesma
composição quimica. O processo para reciclagem se dá basicamente por meio
do derretimento do vidro a uma temperatura de 1550°C, formando uma massa
semi-líquida que formará novos vidros e retornará ao processo produtivo,
como é o caso dos vidros domésticos.
O restante dos vidros será encaminhado para usinas de reciclagem,
onde serão triturados para serem incorporados a outros materiais e utilizados
novamente. Exemplos: composição de asfalto e pavimentação de ruas,
sistemas de drenagem, produção de espuma e bijuterias. Antes, porém, deve
haver a separação de todos os elementos que não são de vidro.
A reutilização do vidro é preferível
à sua reciclagem. Garrafas são
extensamente reutilizadas em muitos países
europeus e no Brasil. Na Alemanha, 87%
das garrafas são reutilizadas e 98%
retornam para os consumidores. Estes
procedimentos são incentivados pelo
governo.
http://pt.wikipedia.org/wiki/TV
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Hoje em dia, o Brasil recicla 47% das embalagens de vidro, segundo
a ABIVIDRO (Associação Brasileira da Indústria do Vidro). O número de
catadores está estimado entre 800 mil e 1 milhão de profissionais, além de
uma indústria informal com 40 mil coletoras organizadas de sucata e 700
cooperativas.
Na Alemanha, o sistema de gerenciamento instituído em 1991
elevou as taxas de reciclagem de 37% para 87%, correspondendo a 2,6
milhões de toneladas. Na Suíça, esse índice chegou a 95%. Nesses países, é
comum encontrar caçambas de lixo especiais para o descarte de embalagens
de vidro de acordo com a cor. Os índices de reciclagem de vidro no Brasil
passam por uma atualização. Até 2008, falava-se em 47% de aproveitamento
de todo material produzido, algo em torno de 470 mil toneladas. Porém, desde
a criação, no ano passado, de um novo modelo de medição definido pela
ABNT, ainda não foi possível obter dados mais atualizados. Segundo o
superintendente da Abividro, é provável que reciclemos bem menos do que a
metade. São embalagens de vidro usadas para bebidas, produtos alimentícios,
medicamentos, perfumes, cosméticos e outros artigos que vão parar direto no
lixo, correspondendo em média a 3% dos resíduos urbanos.
ÍNDICE DE RECICLAGEM
ABIVIDRO - Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidro
Índice de reciclagem de vidro no Brasil
1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
33% 35% 37% 39% 40% 40% 41% 42% 44% 45% 45% 45% 46% 47% 47%
-
28
2.5 – Reciclagem dos plásticos
O plástico é um composto de resinas geralmente
sintéticas e derivadas do petróleo.
Os plásticos dividem-se em dois grupos: os termorígidos ou
termofixos e os termoplásticos.
Os plásticos termofixos são
aqueles que não se fundem, ou seja,
uma vez moldados e endurecidos, não
retornam a sua característica inicial, logo
não oferecem condições para
reciclagem. Ex: telhas transparentes,
revestimento do telefone, material do
orelhão e de inúmeras peças utilizadas na mecânica em geral e
especificamente na indústria automobilística. Os termoplásticos são aqueles
que podem ser moldados após um processo de aquecimento e uma vez
resfriados endurecem tomando a forma desejada. Esse processo pode ser
repetido várias vezes, fazendo com que este tipo de plástico seja reciclado. O
termoplástico reciclado não pode ser utilizado em embalagens para alimentos,
porém é largamente utilizado sob a
forma de baldes, mangueiras e sacos de
lixo. Nesta categoria estão todos os tipos
de sacolas plásticas, tubulações,
utensílios domésticos e garrafas PET.
Quando depositados em aterros
sanitários ou em lixões, os plásticos
apresentam risco quando queimados
indevidamente, pois liberam uma
fumaça tóxica na atmosfera. Além disso, há a dificuldade de compactação, o
que leva a ocupar mais espaço nos aterros sanitários. A reciclagem do plástico
PLÁSTICO
-
29
é dificultada pela existência de inúmeros tipos de
resinas que são incompatíveis entre si e não
podem ser misturadas no processo de
reciclagem, sob pena de perderem suas
qualidades de flexibilidade e resistência. Por esse
motivo, os recicladores de plástico utilizam quase
que exclusivamente a matéria-prima proveniente
do descarte de resíduos industriais, pois esse
material é normalmente constituído por um só tipo
de resina e não apresenta sujeira ou contaminação. O lixo doméstico é
formado por todo tipo de resina plástica que, misturada ao lixo orgânico,
dificulta sua separação, sendo quase impossível sua reciclagem, pois há pouco
interesse econômico da indústria nesse tipo
de descarte.
A reciclagem do plástico deve ser
realizada ainda no recebimento dos resíduos
nas cooperativas ou empresas
especializadas. Nesse momento é realizada a
separação, trituração, lavagem e secagem,
resultando daí um produto pronto para ser vendido que mantém todas as
características da matéria-prima original, podendo ser utilizado na fabricação
de novos produtos.
No Brasil, a falta de consciência por parte das indústrias e das redes
varejistas, a facilidade de uso e descarte por parte da população e a falta de
campanhas publicas de conscientização prejudicam a reciclagem do plástico,
que, segundo a ABIQUIM (Associação Brasileira da Indústria Química), em
2002 representou apenas 17,5% de todo o descarte. De acordo com pesquisas
realizadas pela entidade, o Brasil está acima de países como Portugal e
Grécia, onde a reciclagem fica abaixo de 5%.
-
30
Em 1988, a garrafa descartável feita com polietileno tereftalato
(PET) surgiu como opção leve e barata para substituição das garrafas de vidro.
Infelizmente, não foi lançada uma solução para o recolhimento e reutilização
das mesmas, muito menos reciclagem.
Segundo a ABIPET (Associação Brasileira da Indústria do PET)
foram vendidas 522 mil toneladas de resina PET em 2009, o que representou
um crescimento de 7,4% em relação a 2008.
Uma pesquisa realizada em 2010, encomendada pela Plastivida,
Instituto Sócio Ambiental dos Plásticos, mostrou que 19,4% dos plásticos pós-
consumo foram reciclados no Brasil. Em 2009, a marca foi de 17,9%. O estudo
foi desenvolvido pela Maxiquim, consultoria especializada no segmento
industrial, com metodologia do IBGE. O Brasil ficou na nona posição mundial
na reciclagem dos plásticos, atrás da Alemanha (34%), Suécia (33,2%),
Bélgica (29,2%), Noruega (25,7%), Suíça (24%), Itália (23%), Eslovênia
(21,4%) e Dinamarca (21%). A média da União Européia no ano foi de 21%.
2.6 – Reciclagem dos metais ferrosos e não ferrosos
O aproveitamento dos metais é muito antigo e chegou
ao Brasil junto com os imigrantes europeus. Uma das mais
importantes vantagens da reciclagem dos metais é a economia
de energia quando comparado com sua produção.
A reciclagem dos metais ocorre em diferentes
unidades industriais.
Os materiais ferrosos podem ser
facilmente separados dos demais através de uma
máquina com imã que atrai os objetos.
-
31
O ferro foi descoberto na pré-história, porém o aço só foi
desenvolvido em 1856, alcançando grande repercussão no meio industrial.
Isso porque o aço é mais resistente do que o ferro fundido e pode ser
produzido em grandes quantidades, servindo de matéria-prima para muitas
indústrias.
Com o avanço tecnológico dos fornos e a crescente procura por
produtos feitos de ferro e aço, as indústrias siderúrgicas aumentaram a
produção. O crescimento deste setor trouxe consigo um prejuízo à natureza,
pois aumentou a extração de madeira para produção de carvão. A produção
mundial de aço bruto no primeiro semestre de 2011 foi de 758 milhões de
toneladas, puxados principalmente pela economia da China, segundo a fonte
Valor Online.
O ferro e o aço são encontrados na agricultura (ceifadeiras,
colheitadeiras, semeadores e arados), nos transportes (caminhões, carros,
navios e aviões), na construção civil, na indústria automobilística, em
embalagens, aparelhos domésticos e muitas outras utilidades.
Os metais estão em todos os lugares. Na cozinha (panelas, talheres,
latas de refrigerante), nos automóveis e até no dinheiro. Existem vários tipos
de metais, dentre eles alguns bem diferentes, como o mercúrio (que é líquido).
Os mais conhecidos e utilizados são: ferro, aço, estanho, alumínio, chumbo,
cobre, ouro e prata.
Os metais podem ser separados em dois grandes grupos ferrosos e
não ferrosos. O aço e o alumínio são os mais utilizados na fabricação de
embalagens.
-
32
A reciclagem do aço remonta à própria história de utilização do
metal. O aço reciclado mantém suas propriedades como dureza, resistência e
versatilidade. As latas normalmente jogadas no lixo retornam em forma de
novas latas ou como vários outros utensílios.
As latas de aço produzidas com chapas metálicas, conhecidas como
folhas de flandres, são compostas por ferro e uma pequena parte de estanho
(0,20%) ou cromo (0, 007%), materiais que as protegem contra a oxidação
(ferrugem), e são largamente utilizadas em embalagens,
principalmente para o armazenamento de alimentos, óleos
lubrificantes, tampas metálicas e outros.
A reciclagem de latas de alumínio no Brasil constitui
uma atividade de grande importância econômica, que cresce
de forma notável, atingindo hoje um dos maiores índices do
mundo.
Nas áreas de armazenamento, as latas são
Tipos Aplicações
Ferrosos
Ferro Utensílios domésticos, ferramentas, peças de automóveis estruturas de
edifícios, latas de alimentos e bebidas;
Não Ferrosos
Alumínio Latas de bebidas, esquadrias;
Cobre Cabos telefônicos e enrolamentos elétricos, encanamentos;
Chumbo Baterias de carros, lacres;
Níquel Baterias de celular;
Zinco Telhados, Baterias;
-
33
prensadas para aumentar sua densidade e melhorar as condições de
transporte. São enviadas às indústrias siderúrgicas junto com as demais
sucatas metálicas, para se transformarem em tarugos ou folhas de flandres.
As latas de aço lançadas na
natureza sofrem oxidação num prazo médio
de 3 anos, transformando-se em óxidos ou
hidróxidos de ferro. Se recuperadas, podem
ser recicladas infinitamente.
Em 2003, de todas as latas de alumínio vendidas, o Brasil reciclou
89%, correspondendo a um volume de 112 mil toneladas de latas de alumínio
ou aproximadamente 8,2 bilhões de unidades, o que faz com que ocupemos o
1° lugar no ranking em reciclagem de latas de alumínio pelo terceiro ano
consecutivo. A apuração dos dados foi realizada pela Associação Brasileira do
Alumínio (ABAL), em conjunto com a Associação Brasileira dos Fabricantes de
Latas de Alta Reciclabilidade (ABRALATAS). O que contribuiu sobremaneira
para este recorde foi o aumento da participação das cooperativas de catadores
na base de coleta. Esta atividade gera emprego e renda para mais de 160 mil
pessoas, desde a coleta até a transformação final da sucata em novos
produtos.
Em 2006, o país reaproveitou 94,4% do alumínio consumido. O
Japão ficou em segundo com 90,9%, seguido pela Argentina, com 88,2%. Os
dados são publicados e atualizados pela Associação Brasileira de Alumínio
(ABAL) e pela Associação da Indústria de Latas (ABRALATAS). O principal
responsável por este avanço é o alto valor agregado desse material que
permite ao catador uma renda mensal melhor. Outro fator que contribui para
esse resultado são os chamados "Projetos Escola" onde empresas "trocam"
latinhas por equipamentos, material escolar, material esportivo e até
computadores.
-
34
O Brasil conseguiu formar um ciclo permanente de reciclagem e
reaproveitamento do alumínio contido nas latinhas.
Fonte: www.setorreciclagem.com.br
Nos últimos anos o Brasil lidera o ranking de reciclagem de latinhas
de alumínio.
Se considerarmos os índices de reciclagem de carros velhos,
eletrodomésticos, resíduos de construção civil, somados aos índices das
embalagens de aço, o Brasil recicla cerca de 70% de todo o aço produzido
anualmente.
RECICLÁVEL NÃO RECICLÁVEL
Alumínio Clipes
Tampas Grampos
Ferragens Esponjas de aço
Latas de aço Latas de tinta em geral
Latas de alumínio Pilhas
Canos
Fonte: www.sobrelixo.hpg.ig.com.br
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35
Na Alemanha, em 2009, 92,5% do aço contido em embalagens foi
reciclado. São dados da última edição de "Bilanz für Verpackungen"
(estatísticas de reciclagem para embalagem). Esta continua sendo a maior
taxa de reciclagem de qualquer tipo de material de embalagem.
2.7 – Reciclagem de pneus
A borracha natural é obtida da
seiva da seringueira, árvore de origem
amazônica que ganhou o mundo pela
rápida adaptação que sofreu quando, na
virada do século, foi plantada com sucesso
nas florestas tropicais asiáticas.
Em 1922, o alemão Hermann
Staudinger sintetiza a borracha artificial a partir do petróleo e começa a
produção industrial da mesma. Apesar de a borracha sintética ser muito
parecida com a borracha natural, ela não é tão resistente ao calor e racha
rapidamente com a mudança de temperatura. Por isso, os artefatos sempre
têm em sua composição uma parcela de borracha natural.
Os pneus foram inventados em 1845
pelo norte-americano Charles Goodyear, que
descobriu o processo de vulcanização da borracha.
Os pneus hoje são compostos de 10% de borracha
natural (látex), 30% de petróleo (borracha sintética)
e 60% de aço e tecidos (tipo lona).
A expansão do transporte rodoviário ocasionou uma explosão da
indústria automotiva, gerando uma demanda por pneus de borracha. No
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36
Brasil, no ano de 2003, a produção foi de mais de 49 milhões de unidades,
sendo 34% para exportação, 22% para montadoras e 44% para reposição.
Estima-se que quase metade dessa produção é descartada anualmente. Além
da produção interna, o Brasil é consumidor de pneus usados importados,
principalmente da União Européia, que até antes de 1999 vendia cerca de dois
milhões de pneus usados por ano no Brasil (BONENTE, 2006).
O pneu tem uma estrutura complexa, composta pela carcaça
(composta por lonas de poliéster, aço ou nylon), talão (constituído de arames
de aço recoberto por borracha), flancos (compostos de borracha com alto grau
de elasticidade) e banda de rodagem (composta de borracha altamente
resistente ao desgaste).
Os pneus podem ser reciclados de quatro formas: por
recauchutagem, recuperação, por regeneração e por pirólise.
Recauchutagem - Reforma do pneu usado, em boas condições,
onde a camada superior da borracha é reposta e novamente vulcanizada.
Recuperação – Neste processo não existe separação dos diversos
componentes do pneu. O pneu é triturado e seus resíduos são moídos até se
tornarem um pó fino. Esse pó pode ser misturado com asfalto para
pavimentação de vias e estacionamentos.
Regeneração – Neste processo, a borracha é separada dos demais
componentes e desvulcanizada. O arame e a malha de aço são recuperados
como sucata de ferro e o tecido de nylon é utilizado como reforço em
embalagens de papelão. A borracha regenerada é utilizada, por exemplo, em
pisos industriais.
Pirólise - Este processo pode ser genericamente definido como
sendo o de decomposição química por calor na ausência de oxigênio. Desde
1998, a PETROBRÁS instalou uma usina de reprocessamento conjunto de
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37
xisto e pneus descartados para a produção de óleo e gás combustíveis. O
arame de aço é reciclado para a indústria siderúrgica.
O Brasil encontra-se em 2º lugar no ranking mundial de
recauchutagem de pneus. A reciclagem e o reaproveitamento dos pneus
correspondem a cerca de 30 mil toneladas (CEMPRE, 1999).
Os pneus descartados lançados em aterros acumulam água de
chuva no seu interior, servindo de local para vetores transmissores de
doenças.
Colocados em lixões, absorvem os
gases liberados pela decomposição dos outros
resíduos e estouram. Por esse motivo, os
pneus são separados em grandes pilhas em
locais abertos, junto a esses lixões. Quando
queimados, eles podem causar incêndios, já
que cada pneu é capaz de ficar em combustão
por mais de um mês, liberando mais de dez
litros de óleo no solo, contaminando a água do
subsolo e aumentando a poluição do ar.
Na Europa, entrou em vigor em 2006 a determinação que proíbe o
descarte de pneus picados em aterros sanitários; a deposição de pneus
inteiros já é proibida desde 2001. Os resíduos de pneus triturados em aterros
sanitários da União Européia (UE) correspondem a 80 milhões de pneus
anualmente. Com esta determinação, a UE está pressionando o Brasil na
Organização Mundial do Comércio (OMC) para liberar a importação de pneus
reformados, o que é proibido por Lei.
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38
2.8 – Reciclagem dos eletroeletrônicos
Resíduo eletroeletrônico, lixo
tecnológico ou e-lixo são os nomes dados ao
descarte de eletrodomésticos ou
eletroeletrônicos, incluindo os acumuladores de
energia (baterias e pilhas) e os produtos
magnetizados de uso doméstico, industrial,
comercial e de serviços.
Tais resíduos podem ser reciclados
ou depositados em lixões, causando sério risco
para o meio ambiente, pois possuem em sua
composição metais pesados altamente tóxicos
que se forem queimados e estiverem em
contato com o solo acabam contaminando o
lençol freático e poluindo o ar,causando graves
danos à saúde dos catadores que sobrevivem
da venda desse material coletado nos lixões.
A reciclagem do e-lixo é diferenciada devido às suas características
- ela é chamada de "manufatura reversa" ou remanufatura, ou seja, a ação de
desmontagem, descaracterização e reaproveitamento das partes dos
equipamentos, transformando-os em matéria-prima reaproveitada e
reintegrada ao processo produtivo. Para que este processo seja possivel, é
necessário que exista mão-de-obra
qualificada para fazer a separação,
classificação e encaminhamento para as
recicladoras do descarte. Infelizmente, esta
mão-de-obra é bem escassa no Brasil.
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39
Os caminhos do e-lixo no Brasil são poucos conhecidos o que,
aliado a falta de informação por parte da população e o desinteresse das
indústrias no que tange ao seu descarte, faz com que ele seja depositado no
lixo comum.
Nem todos os produtos substituídos (videogames antigos, celulares,
laptops, TVs, câmeras, CD players, toca-discos e monitores) são descartados
de imediato, porque os consumidores não sabem o que fazer com eles.
Em um estudo realizado em 2005, encomendado pela HP à
empresa de pesquisa de mercado Penn Schoen Berland, ficou constatado que
68% dos consumidores acumulam equipamentos usados em suas casas.
Durante as pesquisas, foi observado que existem pouquíssimas empresas
recicladoras no Brasil. A maior parte do e-lixo é processado por empresas
estrangeiras que captam os artigos e fazem a reciclagem deles fora do país.
Outro problema observado foi o grande mercado informal que comercializa
produtos montados e alimenta o descarte irresponsável dos eletroeletrônicos e
das peças. No Brasil não existem dados sobre a reciclagem do e-lixo.
No Relatório de 2010, a ONU (Organização das Nações Unidas)
aponta o Brasil como um dos mercados emergentes que geram o maior
volume de e-lixo per capta por cada ano e adverte: ”O Brasil não tem nem
estratégia para lidar com o fenômeno e o tema sequer é prioritário para a
indústria.” Isto configura um quadro
preocupante, visto que a quantidade só
tem a aumentar. Mesmo com a Lei dos
Resíduos Sólidos (LEI nº 12.305, de 2 de
agosto de 2010), este problema está
longe de ser amenizado.
O CEMPRE – Compromisso
Empresarial para a Reciclagem –
-
40
organização não governamental que incentiva a reciclagem no Brasil, criou um
comitê de trabalho voltado para acompanhar as discussões sobre a reciclagem
de eletroeletrônicos no país. O foco do grupo é debater os avanços e principais
problemas da reciclagem desta categoria e trabalhar em parceira com
autoridades governamentais.
O Comitê defende o conceito da responsabilidade compartilhada
entre sociedade, governo e indústria para a reciclagem dos eletroeletrônicos, o
que implicaria em incentivos fiscais, fiscalização rigorosa para combater a
pirataria e a definição de diretrizes nacionais, e não regionais, para a
reciclagem dos produtos. “Estabelecer metas regionais para a coleta e
reciclagem dos eletroeletrônicos não leva em conta a distribuição dos produtos.
Outros pontos a serem considerados são a relação que os consumidores
constroem com os eletroeletrônicos e também o fato de que o que é
considerado velho para um pode não ser para o outro. Muitos não querem
descartar os produtos, mesmo que já estejam obsoletos. Outros preferem doar
suas TVs ou computadores antigos a enviá-los para a reciclagem”, diz André
Vilhena, diretor executivo do CEMPRE.
No Brasil, apesar da Lei dos Resíduos Sólidos, não existem
programas voltados e adequados para este tipo de coleta. Ainda são
necessários estudos e pesquisas para lidar com este tipo de descarte.
A Diretiva da Comunidade Européia WEEE (Waste Electrical and
Electronic Equipment), publicada em 2003 e implementada em 2005,
regulamenta o descarte de resíduos de equipamentos elétricos e eletrônicos
em todos os países participantes da Comunidade. Ela também orienta os
fabricantes a adotar a responsabilidade européia de coleta, armazenagem,
transporte e reciclagem dos produtos fabricados quando são descartados e
contém instruções de gestão do resíduo eletrônico, além do descarte dos
produtos esgotados com base em uma política de reciclagem e reuso.
Juntamente com a Diretiva ROHS (Restriction of Hazardous Substances), elas
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41
restringem o uso de certas substâncias nocivas, como chumbo, mercúrio,
cádmio e cromo em equipamentos eletroeletrônicos no estágio de fabricação e
produção. Com esta Diretriz, os produtos contendo as substâncias restritas
terão de ser reprojetados ou removidos até 2006. Estas resoluções, em
conjunto, exigem que os fabricantes paguem pela coleta de seus produtos no
fim de sua duração, estabelecendo pontos centrais e cumprindo as metas de
reutilização, reciclagem e recuperação. Para a população, a legislação prevê a
criação de sistemas de recolhimento dos descartes onde os consumidores
devolvem seus usados em lugares apropriados. O objetivo destes programas é
o de aumentar a reciclagem e ou reuso dos produtos. O descarte de
equipamentos eletroeletrônicos é a fonte de lixo municipal que mais cresce na
Europa. As diretivas serão administradas individualmente pelos governos dos
países que participam da UE.
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42
2.9 – Vantagens e desvantagens da reciclagem
Podemos enumerar como vantagens da reciclagem: a conservação
dos recursos naturais, a economia de energia, a preservação do meio
ambiente, o envolvimento dos consumidores com as causas ambientais, a
criação de novos postos de trabalho, onde a população sem nenhuma
qualificação técnica pode ser aproveitada, uma diminuição no volume de
resíduos depositados nos aterros sanitários, ou seja, uma perspectiva de
novos negócios e mercado para os produtos reciclados.
“O país perde no lixo, um valor considerável, que poderia se reverter
em melhorias que beneficiariam toda a sociedade brasileira” - CALDERONI
2003.
Como desvantagem podemos encontrar: o custo do recolhimento,
transporte, classificação e reaproveitamento dos resíduos, o custo do material
reciclado (em alguns casos ele pode ser maior que o produzido com matéria-
prima virgem), a qualidade do material pode variar com as sucessivas
transformações ao longo do tempo e, ainda, pode haver uma variação de
oferta e procura desses produtos nos mercados devido a uma falta de
consciência ambiental por parte dos consumidores.
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CAPÍTULO III
ESTUDO DE CASO
3.1 – Pesquisa realizada a partir da coleta seletiva de
resíduos recicláveis no AMRJ - Arsenal de Marinha do Rio de
Janeiro.
Nome da empresa: Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro
Localização: Ilha das Cobras, Centro – Rio de janeiro
Atividade principal: Construção e Reparação Naval
Número de funcionarios: 3.400
Conforme estabelecido no Decreto n° 5.940 de 25/10/2006, que
instituiu a separação dos resíduos recicláveis descartados pelos órgãos e
entidades da administração publica federal direta e indireta, na fonte geradora,
e sua destinação as associações e cooperativas dos catadores de materiais
reciclados.
Segundo o Decreto, deve ser constituída no âmbito de cada órgão
federal uma comissão para coleta seletiva, sendo atribuída a essa comissão:
1- implantar e a supervisionar a coleta dos resíduos recicláveis
descartados destinados às associações e cooperativas de catadores;
2 - firmar os possíveis acordos com as associações e cooperativas
de catadores para a partilha dos resíduos recicláveis descartados;
3 – realizar o sorteio, em sessão pública entre as respectivas
associações e cooperativas devidamente habilitadas, que firmarão
compromisso com o órgão federal, para efetuar a coleta dos resíduos
-
44
recicláveis descartáveis, caso não haja consenso para partilha. Nessa
hipótese, devem ser sorteadas até 04 associações ou cooperativas, sendo que
cada uma realizará a coleta por um período consecutivo de 06 meses, quando
outra associação ou cooperativa assumira a responsabilidade, seguindo a
ordem do sorteio. Concluído o prazo de 06 meses do termo de compromisso
da última associação ou cooperativa associada, será aberto um novo processo
de habilitação; e.
4 – elaborar relatório semestral de avaliação do processo de
avaliação dos resíduos recicláveis descartados e sua destinação as
associações e cooperativa e associações devidamente habilitadas.
Estarão habilitadas a coletar os resíduos recicláveis as associações
e cooperativas de catadores de materiais que atenderem aos seguintes
requisitos e respectivas comprovações:
REQUISITO COMPROVAÇÃO
Esteja formal ou exclusivamente constituída por
catadores de materiais recicláveis, que tenham a
catação como única fonte de renda e não possua
fins lucrativos.
Apresentação do Estatuto ou Contrato
Social
Possua infraestrutura para realizar a triagem e a
classificação dos resíduos recicláveis
descartados, apresentando o sistema de rateio
entre os associados e cooperativados.
Declaração das respectivas
associações ou cooperativas
Devem ser implantadas ações de publicidade, que assegurem a
lisura e igualdade de participação das associações e cooperativas no processo
de habilitação, sendo aceitável que a publicidade seja realizada por meio de
oficio do órgão federal as associações ou cooperativas de catadores
devidamente habilitadas.
-
45
Dados obtidos a partir da implantação do processo no Arsenal de
marinha do Rio de Janeiro:
MATERIAL JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Total Custo
1. PAPEL papel branco limpo
0 0 0 0 0
papel misto limpo
863 1023 1109 2995 376
Papelão 3215 1994 2510 7719 968
Jornal e revista
0 0 0 0 0
embalagem Tetra Pack
0 0 160 160 20
2. PLÁSTICO Polietileno de alta densidade (PEAD)
790 1445 1071 3306 415
Polietileno de baixa densidade (PEBD)
220 0 0 220 28
Politereftalato de etileno (PET)
84 168 302 554 69
Poliestireno (PS)
0 0 0 0 0
Bombonas plásticas 20 l
0 0 116 116 15
3. METAL Latas de alumínio
8 55 107 170 21
Tambores 0 0 0 0 0
Latas de aço 951 559 195 1705 214
Ampolas de gás refrigerante
0 0 0 0 0
4. OUTROS Madeira e serragem
0 0 0 0 0
Vidro 0 0 0 0 0
TOTAL 6131 5244 5570 16945 2125
2008
Unidade utilizada: Kg/m3
-
46
MATERIAL JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Total Custo
1. PAPEL Papel branco limpo 0 6150 0 0 0 0 0 220 200 80 504 0 7154 897
papel misto limpo 933 835 1112 781 943 1200 1180 250 700 200 131 108 8373 1050
Papelão 1298 2135 2159 1883 1974 1839 3600 2180 2580 1100 3264 1632 25644 3216
Jornal e revista
0 0 0 0 0 0 150 0 70 150 134 48 552 69
embalagem Tetra Pack 80 194 91 92 78 76 0 0 0 0 0 0 611 77
2. PLÁSTICO Polietileno de alta densidade (PEAD)
734 772 1372 1213 1574 1372 200 310 80 135 163 77 8001 1003
Polietileno de baixa densidade (PEBD)
0 0 51 62 42 51 140 20 68 30 95 124 684 86
Politereftalato de etileno (PET)
135 114 174 157 178 174 70 12 4 0 45 58 1120 141
Poliestireno (PS) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Bombonas plásticas 20 l 111 85 57 77 24 57 0 0 0 0 0 0 411 52
3. METAL Latas de alumínio 160 72 97 53 62 97 0 256 21 0 25 11 854 107
Tambores 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Latas de aço 142 95 121 87 114 121 250 3 41 22 259 250 1506 189 Ampolas de gás refrigerante
0 0 535 458 523 535 0 0 0 53 0 0 2104 264
4. OUTROS Madeira e serragem 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Vidro 0 0 0 0 0 0 0 150 110 0 79 56 395 50
TOTAL 3593 10452 5769 4863 5512 5522 5590 3401 3874 1770 4699 2363 57408 7200
2009
Unidade utilizada: Kg/m3
-
47
2010
Unidade utilizada: Kg/m3
MATERIAL JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Total Custo
1. PAPEL papel branco limpo 90 39 361 103 131 92 194 551 865 306 82 211 3025 379
papel misto limpo 61 131 101 233 169 50 11 410 166 96 114 114 1655 208
Papelão 2160 1361 2365 1852 1534 1600 2180 2114 1747 2315 1806 1075 22109 2773
Jornal e revista
64 36 121 35 13 0 0 84 87 2305 727 120 3592 450
embalagem Tetra Pack 226 222 262 203 202 123 145 0 150 14 0 0 1547 194
2. PLÁSTICO Polietileno de alta densidade (PEAD)
101 120 166 238 250 614 198 415 330 134 192 181 2940 369
Polietileno de baixa densidade (PEBD)
154 118 206 84 99 33 103 106 65 60 58 47 1133 142
Politereftalato de etileno (PET)
14 12 864 19 27 32 94 123 112 146 110 122 1675 210
Poliestireno (PS) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Bombonas plásticas 20 l 0 26 15 0 0 10 21 50 16 3 32 44 218 27
3. METAL Latas de alumínio 5 10 0 0 10 0 7 0 11 0 0 0 42 5
Tambores 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Latas de aço 363 382 316 220 341 193 222 234 171 134 66 170 2813 353
Ampolas de gás refrigerante
0 965 120 174 39 30 0 93 18 0 18 33 1490 187
4. OUTROS Madeira e serragem 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Vidro 23 6 54 59 39 26 44 118 24 0 0 34 427 54
TOTAL 3261 3428 4951 3220 2854 2803 3219 4298 3762 5513 3206 2152 42666 5351
Gordura Vegetal saturada (L)
0 0 0 0 0 0 0 550 600 280 0 250 1.680
-
48
2011
Unidade utilizada: Kg/m3
MATERIAL JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Total Custo
1. PAPEL papel branco limpo 625 225 202 368 240 251 203 311 315 2740 344
papel misto limpo 122 488 297 200 235 108 199 114 98 1862 234
Papelão 2 1890 1971 1512 2 1416 2481 2836 2840 14949 1875
Jornal e revista
7600 299 79 40 338 68 79 193 29 8725 1094
embalagem Tetra Pack 77 149 117 5 305 0 0 0 0 653 82
2. PLÁSTICO Polietileno de alta densidade (PEAD)
324 172 175 265 305 369 190 174 156 2129 267
Polietileno de baixa densidade (PEBD)
88 75 107 59 161 308 104 73 63 1036 130
Politereftalato de etileno (PET)
195 109 222 208 129 142 104 162 1271 159
Poliestireno (PS) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Bombonas plásticas 20L 155 73 69 11 31 37 44 55 28 502 63
3. METAL Latas de alumínio
10 0 19 14 172 0 61 0 0 276 35
Tambores 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Latas de aço 223 187 185 161 0 151 223 187 127 1444 181 Ampolas de gás refrigerante
30 57 0 0 103 0 0 0 0 190 24
4. OUTROS
Madeira e serragem 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Vidro 52 57 40 68 36 103 49 42 92 538 67
TOTAL 9502 3779 3482 2911 2055 2954 3736 3985 3911 0 0 0 36315 4554 Gordura Vegetal saturada (L)
1200 100 0 250 20 500 930 40 400
3.440
OBS. Dos 930 l, 810 l foram destinados a missões do Rio Óleo.
-
49
Desde sua implantação, a coleta de resíduos sólidos do Arsenal de
Marinha do Rio de Janeiro vem sofrendo substancial incremento nas
quantidades e tipos de materiais recicláveis entregues as empresas
vencedoras dos sorteios, demonstrando a preocupação crescente do Governo
Federal quanto aos Programas de Inclusão Social provenientes da reciclagem
dos resíduos sólidos.
3.2 – Pesquisa realizada a partir da coleta seletiva de
resíduos recicláveis na Thyssen Krupp Steel Europe AG -
Duisburg, Alemanha
Nome da empresa: Thyssen Krupp Steel Europe AG
Localização: Duisburg, Alemanha
Atividade principal: Produção de aço
Número de funcionarios: 19.000
Nome e posto da pessoa entrevistada: Sati Özmen, Coordenador de
Processos do Alto Forno
Qual o principal item de reciclagem, quantidade e de que maneira é
feita esta reciclagem?
- No alto forno, a escória é o material mais reciclado - 100%
O material reciclado misturado à água produz escória granulada de
alto forno que vai para fabricação de cimento, construção de ruas (camada
abaixo do asfalto), pedras para calçadas, adubos e fertilizantes. Os restos de
placas, excedentes de produção e outros itens de ferro também são totalmente
reutilizados como sucata durante a produção de aço.
-
50
Quanto aos itens (copos, latas, garrafas, papel e papelão, madeira e
eletroeletrônico) provenientes das demais atividades da empresa, qual a
destinação dada e a quantidade produzida por item?
- Todo o material é enviado para uma empresa terceirizada para
reciclagem. Todo o material já sai da Thyssen devidamente separado (coleta
seletiva), não existindo qualquer intermediário nesse processo.
Existe incentivo governamental a reciclagem?
- Há incentivo para a reciclagem de lamas e pós industriais
(programa Oxocupy). A lama e os pós industriais são combinados para gerar
os “C-Bricks”, que serão utilizados para produção de ferro gusa em um forno
especial. O ferro gusa proveniente desse procedimento contém um teor de
silício muito alto. Esse ferro gusa especial é misturado ao ferro gusa normal
para balancear a composição. Esse procedimento foi desenvolvido e
patenteado pela Thyssen.
O Governo Alemão incentiva as empresas a investirem em soluções
criativas que reaproveitem os descartes, reincerindo-os na cadeia produtiva.
No caso particular da empresa Thyssen Krupp o principal produto
poluidor é 100% reaproveitado.
Existem diferenças gritantes entre as políticas de reciclagem de
resíduos no Brasil e na Alemanha.
A primeira visa transformar os diversos descartes do processo
produtivo em ganhos financeiros para as associações ou cooperativas de
catadores, estando em segundo plano a preocupação quanto a destinação
final dos materiais não recicláveis ou não aproveitados para reciclagem.
É certo que por mais que se tente direcionar os referidos recursos
financeiros para essa parcela da população, sabe-se que os custos envolvidos
-
51
na transformação dos materiais recolhidos em material reciclado, consome
uma parcela substancial desse ganho.
A segunda amparada por Leis rígidas de controle e destinação dos
resíduos sólidos produzidos consegue garantir um baixo percentual de
resíduos lançados no meio ambiente, além dos incentivos governamentais que
visam a destinação correta dos resíduos oriundos do processo produtivo.
-
52
CONCLUSÃO
No inicio dos anos 70, a preocupação com o aumento dos resíduos
sólidos descartados nos aterros sanitários levou o governo alemão a criar a
primeira lei que regulamenta esse assunto. Desde então, ela vem sendo
aprimorada, aproveitando as experiências adquiridas e incorporando toda uma
tecnologia desenvolvida para esse fim.
Em 1991, a Alemanha adotou sua Portaria de embalagem, A
Portaria de Embalagem alemã obriga todos os fabricantes a coletar, reciclar ou
reutilizar as suas embalagens depois de serem eliminadas pelos
consumidorestornando as corporações responsáveis por sua embalagem até o
fim de seu ciclo de vida.
A Portaria se concentra em melhorar três categorias de embalagem:
Embalagem de Transporte (caixas e caixas de transporte).
Embalagem secundária (caixas não essenciais, como as caixas para
embalagens de vitaminas).
Embalagem primária (embalagens que entram em contato com o
produto, tais como tubos de pasta de dente).
Esta Portaria não se aplica somente aos resíduos sólidos e
embalagens, mas também a líquidos, gases, materiais perigosos, resíduos
radioativos e médicos. As medidas foram um grande sucesso. De acordo com
o Departamento Alemão de estatísticas, o país reduziu a quantidade de
resíduos em mais de 37,7 milhões de toneladas entre 1966 e 2007.
Em resposta ao Decreto, foi criado um consórcio formado por
varejistas e fabricantes, como solução para atender aos requisitos impostos, o
chamado DSD (Duales System Deutschland GmbH). Este sistema financiado
pelos fabricantes coleta e processa os materiais de embalagem utilizados em
todo o país, como copos de iogurte, garrafas de vidro ou embalagens de
bebidas a partir do qual se obtêm matérias-primas que depois são revendidas
-
53
no mercado aberto, formando um sistema de reciclagem em circuito fechado.
Os fabricantes pagam taxas ao DSD para obterem o selo ponto verde (Der
Grüne Punkt) em suas embalagens para que elas sejam recolhidas. As taxas
são cobradas com base no material a ser recolhido de acordo com o peso e o
número de itens. A DSD também leva em consideração o que custará para
recolher, classificar, tratar e reciclar materiais diferentes. Este sistema atua em
paralelo com o serviço de eliminação de resíduos do setor publico. O ponto
Verde é a garantia do cumprimento da Lei. O DSD trabalha com as cidades
para coordenar o sistema de pontos de coleta em todo o país. O DSD criou
cerca de 17 mil empregos no país.
O logotipo Ponto verde no rótulo da embalagem indica que este
pacote deve ser colocado em local próprio para reciclagem. Se o produto não
possui este selo, o fabricante é o responsável pelo seu recolhimento após o
descarte.
A Organização Pro Europa (organização que cuida dos sistemas
europeus de gestão de resíduos de embalagem) informa que 3,2 milhões de
toneladas de resíduos da Alemanha foram recuperados em 2007. Isso
representa mais de 88% de todas as embalagens produzidas na Alemanha.
Depois do lixo coletado, determina-se qual o caminho a tomar. A
maioria dos itens segue diretamente para uma usina de triagem, onde as
peças recicláveis são separadas das partes não recicláveis, como por
exemplo, papel e papelão, embalagens, tecidos e calçados, resíduos
volumosos, resíduos perigosos, sucata de metal, produtos eletrônicos e
baterias
A partir da usina de triagem, o resíduo é separado e segue destinos
diferentes. O papel vai para uma fábrica de papel, o vidro vai para uma
unidade de transformação e, em seguida, para uma instalação de vidros. A
maioria dos resíduos seguirá para uma unidade de reciclagem ou instalação de
tratamento.
-
54
Qualquer coisa que não pode ser reciclada de forma responsável é
incinerada ou submetida a tratamento mecânico-biológico antes de ser
colocado em um aterro sanitário. Na década de 1970, a Alemanha tinha cerca
de 50.000 aterros, hoje existem menos de 200.
Segundo a Agência Européia do Ambiente, em 2006, a Alemanha
tinha em seus aterros apenas 1% de resíduos não tratados do país.
Estatísticas de resíduos na Alemanha não usam amostras, elas são
feitas para obtenção de informações sobre o cumprimento da Lei. Os Estados
pedem detalhamentos sobre a coleta de resíduos e sua eliminação para o
planejamento regional de suas gestões de resíduos. Legalmente, os cidadãos
alemães não são obrigados a classificar seus resíduos domésticos, mas é
evidente que a grande maioria deles não se importa de fazê-lo, o que resulta
em uma grande contribuição para o sucesso do programa.
A Alemanha espera que em 2020, tenha encontrado uma maneira
de reutilizar cada pedaço de cada item produzido. Atingir este objetivo de
desperdício zero faria o país 100% sustentável e eliminaria a necessidade de
aterros sanitários completamente.
O lixo é um enorme problema para o Brasil. A maior parte do lixo
brasileiro não tem destinação correta, seja ele eletrônico, plástico, vidro, papel
e até nuclear. A falta de um sistema adequado de coleta, seleção,
aproveitamento e reciclagem são problemas que começam nas pequenas
cidades e estão se tornando insustentáveis nos grandes centros. O modelo de
consumo se revela por vezes uma atividade antissocial, a falta de orientação
quanto ao destino dos resíduos desnorteia a população, que por varias vezes
não sabe onde depositar seu “lixo”, fazendo-o de forma errada. As indústrias,
por falta de uma fiscalização mais enérgica, deixam de fazer sua parte ou
quando a fazem é de modo parcial. Um paradoxo: parte da população
-
55
consome como o primeiro mundo e descarta seus resíduos como o terceiro
mundo.
O modelo alemão seria um bom caminho a seguir, mas ainda
estamos muito atrasados em termos de leis que comecem a “pôr ordem na
casa”. A Lei dos Resíduos Sólidos em vigor desde 2005, passados 6 anos,
ainda não conseguiu, nem de longe melhorar o rumo dos “lixos” no Brasil.
No atual cenário, é imprescindível que sejam desenvolvidos estudos
e pesquisas para a criação de modelos alternativos de gestão de resíduos
sólidos urbanos, adaptados a realidade brasileira. O modelo alemão seria o
ideal, mas está muito longe de nossa realidade.
Se somos tão bem sucedidos na reciclagem de latas de alumínio,
porque não expandir esta experiência para outros tipos de resíduos, através de
incentivos e campanhas, o que levaria em seu bojo uma boa parcela da
população carente a ter melhores condições de vida, auferindo ganhos como
catadores das usinas recicladoras. Seria este o modelo brasileiro?
Outra solução viável seria primeiro, a criação de locais apropriados
para destinação dos diversos tipos de resíduos, segundo, a implantação de um
sistema de coleta onde fabricantes, revendedores, cooperativas de catadores e
poder público fizessem uma parceria, e por ultimo e principalmente, uma maior
conscientização da população, através de programas educativos, para que ela
seja cobrada de forma a se engajar no processo, com o objetivo de se formar
uma cadeia em favor da reciclagem, onde todos teriam sua responsabilidade.
Ainda, a viabilidade desse processo só se daria através de uma rígida e eficaz
fiscalização por parte das autoridades competentes.
Segundo pesquisa do Instituto Água-viva/UNICEF realizada em
2004, o lixo produzido nas grandes cidades brasileiras era assim composto:
-
56
39% - papel e papelão, 16% - metais ferrosos, 15% - vidro, 8% - rejeito, 7% -
plástico filme, 2% - embalagens longa vida e 1% - alumínio.
Existem exemplos a serem seguidos, basta boa vontade política e
talvez, maior pressão por parte da sociedade civil para que ele se realize.
-
57
ANEXO
LISTA DE SIGLAS
ABAL Associação Brasileira de Alumínio
ABEAÇO Associação Brasileira das Embalagens de aço
ABIPET Associação Brasileira da Indústria do PET
ABIQUIM Associação Brasileira da Indústria Química
ABIVIDRO Associação Técnica Brasileira das Indústrias de Vidro
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
ABRALATAS Associação Brasileira da Indústria de Latas
ABRELPE Associação Brasileira de Limpeza Pública e Resíduos Especiais
BRACELPA Associação Brasileira de Celulose e Papel
CEMPRE Compromisso Empresarial para Reciclagem
CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente
DSD Sistema Binário Alemão
ERPC Conselho Europeu de Reciclagem do Papel
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IBS Instituto Biosistêmico.
OMC Organização Mundial do Comércio
ONG Organização Não Governamental
ONU Organização das Nações Unidas
PEAD Polietileno de Alta Densidade
PEBD Polietileno de Baixa Densidade
PET Polietilenotereftalato
PNRS Política Nacional de Resíduos Sólidos
PP Polipropileno
PS Poliestireno
PVC policloreto de Vinila
ROHS Restrição de Certas Substâncias Perigosas
UE União Européia
UNICEF Fundo das Nações Unidas para a Infância
WEEE Resíduos de Equipamentos Eletroeletrônicos
-
58
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
CALDERONI, Sebatai. Os Bilhões Perdidos no Lixo, 4ª ed. Ed.Humanitas, 2003 LIMA E SILVA, Pedro Paulo de; GUERRA, Antonio Jose Teixeira;
MOUSINHO, Patrícia. Dicionário Brasileiro de Ciências Ambientais, 1999.
KRANERT, Martin e CORD-LANDWEHR, Klaus. Einführung in die abfallwirtschaft (Introdução à gestão de resíduos) -. Ed. Vieweg+Teubner – 2010 LIXO MUNICIPAL: Manual de Gerenciamento Integrado, CEMPRE/IPT –1995;
CEMPRE - Pneus (Ficha Técnica nº 8),
MARTENS, Hans. Recyclingtechnik (Técnicas de reciclagem) –. Ed
Spektrum - 2010
WARMER BULLETIN n. 64 – jan/1999 pág. 4-5
PINTO, T. P. Metodologia para a gestão diferenciada de resíduos sólidos
da construção urbana. 1999. 189 f. Tese (Doutorado em Engenharia) -
Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1999.
-
61
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 02
AGRADECIMENTO 03
DEDICATÓRIA 04
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMÁRIO 07
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I
O LIXO
I. 1 – Conceituação 10
I. 2 – Classificação 10
I. 3 – Disposição 12
CAPÍTULO II
RECICLAGEM
II. 1 – Conceituação 19
II. 2 – Reciclagem dos resíduos da construção civil 20
II. 3 – Reciclagem do papel 22
II. 4 – Reciclagem do vidro 25
II. 5 – Reciclagem dos plásticos 28
II. 6 – Reciclagem dos metais ferrosos e não ferrosos 30
II. 7 – Reciclagem dos pneus 35
II. 8 – Reciclagem dos eletroeletrônicos 38
II. 9 – Vantagens e desvantagens da reciclagem 42
CAPÍTULO III
ESTUDO DE CASO
III. 1 – Pesquisa realizada a partir da coleta
-
62
seletiva de resíduos recicláveis no Arsenal de
Marinha do Rio de Janeiro 43
III. 2 – Pesquisa realizada a partir da coleta seletiva de resíduos recicláveis na Thyssen
Krupp Steel Europe AG 49
CONCLUSÃO 52
ANEXO 57
BIBLIOGRAFIA 58
WEBGRAFIA 59
ÍNDICE 61
-
63
FOLHA DE AVALIAÇÃO