UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO …CAPÍTULO IV – A Cromoterapia 34...
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
FACULDADE INTEGRADA AVM
A INFLUÊNCIA DA COR NA ARTETERAPIA
Por: Valéria Wienckoski Ferreira
Orientador
Prof. Edla Trocoli
Rio de Janeiro
2011
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
FACULDADE INTEGRADA AVM
A INFLUÊNCIA DA COR NA ARTETERAPIA
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Docência do
Ensino Superior.
Por: Valéria Wienckoski Ferreira
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AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, pelo
dom da vida, dando força e fé para a
cada dia alcançar meus objetivos e a
todo o corpo decente do Instituto “A
Vez do Mestre”, aos colegas de turma
e à minha família.
4
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho acadêmico a meu
marido, pelo seu amor, carinho e
compreensão, e ao meu amado filho, que
são minha luz e meu incentivo para
continuar me aprimorando como ser
humano.
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RESUMO
As cores possuem um forte impacto sobre a mente do ser humano e por
este motivo, tem merecido uma atenção especial por parte de estudiosos
desde os primórdios tempos. As cores fazem parte da vida do ser humano em
todos os aspectos, são vibrações do cosmo que penetram no cérebro para
continuar vibrando e impressionando a psique, para dar um colorido ao
pensamento e as coisas que estão ao nosso redor. Além de atuarem sobre a
emotividade, as cores se associam a diversas situações da vida, que podem
ser influenciadas pelos aspectos geográficos, religiosos, culturais e
psicológicos.
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METODOLOGIA
A metodologia utilizada para este trabalho, será realizada a partir de
dados coletados através de livros, revistas e sites da internet, apoiada pelos
conhecimentos adquiridos no decorrer do curso.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - A Arteterapia 10
CAPÍTULO II - O Significado Psicológico
Das Cores 18
CAPÍTULO III – Aspectos Fisiológicos da Visão 25 CAPÍTULO IV – A Cromoterapia 34
CONCLUSÃO 41
BIBLIOGRAFIA 42
WEBGRAFIA 45
ÍNDICE 46
8
INTRODUÇÃO
.
Desde os primórdios da civilização, as cores estão presentes no
cotidiano do ser humano, influenciando e dando vida a formas e causando
emoções. Segundo disse Yuri Gagarin (1961), “A Terra é azul”, ao descrever
seu primeiro olhar do planeta em que vivemos, definindo então a cor como
qualidade primordial dos elementos. A cor é uma sensação de qualidade da
superfície total do objeto.
A cor tem uma significativa importância na vida do ser humano. Está
presente na cultura, influenciando nosso psiquismo e nossas emoções,
desejos e comportamentos
Cada indivíduo, devido a sua experiência pessoal, reage de diferentes
maneiras a determinada cor, dependendo de sua intensidade, luminosidade e
saturação. Para dar à cor toda sua qualidade, necessário é uma observação
aprofundada da variação da luz.
Na Arteterapia, o trabalho com as cores pode favorecer a integração
psíquica, porque afeta nossas emoções, despertando sensações e podendo
dar uma percepção mais abrangente há desejos reprimidos e até então ocultos
e obscuros.
As experiências com as cores foram profundas e significativas durante
o processo da história, dando origem a uma cultura de simbologias e
significados psicológicos. A maioria das pessoas convive com as cores, muitas
vezes inconscientes de sua importância como um elemento vital para a sua
vida.
As cores são elementos fundamentais em grande parte da produção
das Artes Plásticas, ajudando o artista na representação dos seus sentimentos
e suas emoções, conforme disse o pintor Henri Matisse (1948), “Procuro cores
que transmitam minha emoção.” A forma está ligada ao movimento, enquanto
a cor é sensação. A forma apela à abstração, ao reconhecimento do objeto,
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enquanto a cor suscita a sensibilidade e a intuição. A forma motiva o gesto, a
cor traduz a emoção.
Este trabalho destaca a influência da cor e seu significado na cura
terapêutica, na cultura, e seus efeitos na vida do ser humano, no aspecto
físico, emocional, espiritual e mental.
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CAPÍTULO I
A ARTETERAPIA
A Arteterapia é uma prática terapêutica que oferece a
possibilidade de auxiliar o indivíduo na sua integração através da criação das
imagens, desenvolvendo a liberdade de expressão, a autonomia criativa,
redefinindo os elementos emocionais, resultando em uma espécie de catárse.
Na Arteterapia as cores são utilizadas para expressar emoções e trabalhar os
sentimentos através da arte. Segundo o pensamento de Andrade:
“Na expressão artística, o indivíduo transforma materiais
da natureza em expressões simbólicas de seus conceitos
referenciais e do seu entendimento da vida. Nessa luta,
não está defendendo a manutenção de sua existência
física, como em outras atividades, porém procedendo ao
reconhecimento e a fixação de coisas significativas de
suas vivências subjetivas da realidade exterior.”
(ANDRADE, 2001, p.119).
1.1 - A Cor na Prática Arteterapêutica
Conforme os estudos de Carl G. Jung existem quatro principais
funções psíquicas que são: pensamento, sentimento, intuição e sensação.
Estas funções também são interpretadas pelas seguintes cores:
Azul (pensamento);
Amarelo (intuição);
Vermelho (sentimento);
Verde (sensação).
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Na psicologia analítica, Jung utilizou o termo ‘arquétipo’ para definir
como os fenômenos psíquicos estruturam seus símbolos. As cores também
possuem uma conotação arquetípica e simbolizam os quatro elementos
existentes na natureza:
Ar - azul, amarelo e o branco;
Fogo – vermelho e laranja;
Água – verde e azul;
Terra – Preto, marrom, cinza e verde.
Na Arteterapia o produto das expressões artísticas se relaciona com
seus conteúdos simbólicos específicos, desenvolve a comunicação,
possibilitando a manifestação das emoções, desejos, idéias, fantasias, de uma
forma livre e sem censura. Sendo assim, a Arteterapia proporciona a interação
do universo inconsciente e oculta do indivíduo com a sua realidade externa e
consciente.
Na Arteterapia, imagens inconscientes, podem ser manifestadas
através de cores, formas, linhas, contornos, nuances tendo como resultado
uma produção simbólica que é modelada na criação artística.
Conforme Philippini:
“O símbolo tem a função integradora e reveladora do eixo
de si mesmo, entre o que é desconhecido – inconsciente
individual e coletivo e a consciência. O símbolo aglutina e
corporifica a energia psíquica, permitindo ao indivíduo
entrar em contato com níveis mais profundos e
desconhecidos do seu próprio ser, e crescer com estas
descobertas. O símbolo constelado com a ajuda dos
materiais expressivos, dinamiza e facilita a estruturação e
transformação dos estados emocionais.” (PHILIPPINI,
2000, p.12).
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O uso das cores na Arteterapia provoca um contentamento pela
manipulação das tintas e o reconhecimento de novas possibilidades de
descobrir tonalidades e misturas, expandindo a criatividade do indivíduo e
exercitando o controle das suas emoções. Pela manipulação das mãos com os
diversos materiais e cores, ocorre a aprendizagem e o estímulo para se
desvendar novos caminhos. Na Arteterapia é estimulada a criação da obra do
indivíduo até o seu processo de finalização, através do oferecimento de
diversos materiais, técnicas e cores, levando em consideração a formação de
imagens e as construções das representações artísticas.
No processo arteterapêutico, o que importa é a reconstrução do código
subjetivo das cores, descobrindo quais são, em razão da predominância de
sua presença ou da obstinação da sua escassez. As cores mais importantes
para o indivíduo são aquelas que são capazes de comovê-lo e de inspirá-lo
em associações com experiências vividas. A constância das manifestações
entre as cores e os afetos, entre as cores e as sensações resultantes, permite
decifrar possivelmente o que o indivíduo expressa e ver a cor como um signo.
Segundo diz Guimarães (2004): “A aplicação intencional da cor, ou do objeto
(considerando-se a sua cor), possibilitará ao objeto (ou estímulo físico) que
contém a informação cromática receber a denominação de signo.” (p.15)
Quando se trabalha a aplicação intencional da cor, existe então uma
informação oculta, que será percebida e decifrada pela visão, havendo a
interpretação pela cognição, transformando numa informação do momento
presente. Assim, conforme Sacks:
“A visão colorida, na vida real, é parte integrante de nossa
experiência total, está ligada á nossas categorizações e
valores, torna-se para cada um de nós uma parte de
nossa vida e nosso mundo, uma parte de nós [...] É em
níveis mais elevados que a integração acontece, que a
cor se funde com a memória, com expectativas,
associações e desejos de criar um mundo com
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repercussão e sentido para cada um de nós.” (SACKS,
1995, p.43).
As cores são elementos de destaque na Arteterapia, entre os materiais
gráficos utilizados, as texturas, formas, contornos, linhas e desenhos.
Na Arteterapia os diversos materiais e técnicas existentes, possuem a
função de extrair a emoção latente do indivíduo através da criação das
imagens, onde é possível se obter a estruturação de si mesmo, percebendo o
sentido de suas atitudes e comportamentos, resultando de uma compreensão
de suas ações, oferecendo uma base para o seu crescimento interior.
O processo arteterapêutico propicia o autoconhecimento e o desvendar
da estrutura psíquica através da conscientização de símbolos ocultos,
desconhecidos ou reprimidos da psique humana. A utilização das cores como
auxiliar no trabalho arteterapêutico é singular e específica para cada tipo de
pessoa dependendo das suas necessidades individuais, potencialidades e
limitações. A cor é um forte elemento de expressão e comunicação sendo uma
importante aliada na Arteterapia. Devido a sua expressividade, a cor tem a
capacidade de mais que qualquer outro elemento, liberar as reservas criativas
do indivíduo, sendo este um fator decisivo na afirmação da personalidade.
Dentro dos elementos básicos da comunicação visual, é a cor que
possui maior afinidade com as emoções, estando impregnada de informações
e experiências visuais. Conforme Schopenhauer:
“O fato de concebermos a cor como inerente a um corpo
não modifica em nada a percepção imediata da cor, que
precede o corpo [...] a cor não é outro que o efeito, a
condição determinada pelo olho, e como tal, existe
independente do objeto, somente pelo intelecto.”
(SHOPENHAUER, 1988, p.36-7).
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A atividade artística é um exercício produtivo e indispensável na
renovação do sentido para a vida e na descoberta da personalidade através da
materialidade do processo criativo.
O trabalho arteterapêutico busca a integração do indivíduo e da sua
obra criadora, proporcionando uma compreensão de si mesmo através da
racionalização e da organização interior através do fazer criativo.
1.2 - A Pintura como Expressão Artística
A pintura é uma das formas expressivas e lúdicas utilizadas na
Arteterapia. Desenvolve a habilidade e a desenvoltura com as mãos
estimulando o movimento e a noção de espaço.
A pintura lida com os sentimentos, provocando emoções, sensações,
instiga a sensibilidade, o gesto e a intuição. A fluidez do pincel com a tinta na
tela possui uma função libertadora, induz ao movimento de soltura, de
expressão, de expansão, de relaxamento, trabalhando os mecanismos
defensivos de controle. Através dos efeitos gráficos realizados, com as suas
linhas, cores e texturas a liberdade do movimento se desenvolve, expressando
sentimentos e emoções de forma livre e criativa.
Conforme definiu Oaklander (1980): “A pintura possui um valor
terapêutico especial e quando a pintura flui amiúde o mesmo ocorre com a
emoção.” (p.62).
O ser humano, pela necessidade de deixar um registro, uma marca,
nunca cessou de pintar no curso da sua história. Mesmo que os objetivos
almejados pareçam ter modificado com o tempo, a pintura sempre foi o reflexo
de sua época de suas preocupações.
A arte da pintura faz parte da vida do ser humano desde os primórdios,
como constatado nas pinturas rupestres das cavernas de Altamira, na Espanha
e Lascaux na França e data de aproximadamente 25.000 a.C. No período
Paleolítico, a representação pictórica era efetuada com apenas duas cores: o
terra-vermelha ou o terra-amarela. Posteriormente, os homens pré-históricos
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pintavam com apenas o preto e o vermelho, como ficou registrado na Gruta de
Gargas, nos altos Pirineus, e em Lascaux, onde os animais tiveram contornos
em preto ou em vermelho.
As cores primárias foram definidas desde a Antiguidade.
O conjunto das cores primárias é composto pelo vermelho, o amarelo e
o azul. Fazendo-se a combinação dessas cores primárias obtem-se uma gama
de cores para uma representação pictórica. Através da união de duas cores
primárias, surge uma cor secundária, como por exemplo, a soma do azul com
o amarelo resulta no verde.
Durante o império do rei Carlos Magno no século VIII, tem início o
trabalho dos iluminadores de manuscritos. Era utilizada a técnica aquarelada e
cores fortes, predominando os pigmentos luminosos, como o azul-ultramar da
pedra lápis-lazúli, o amarelo do sulfato de arsênico, o verde do acetato de
cobre e o vermelho-rubi.
Os egípcios faziam suas obras memoráveis com dez cores: amarelo,
vermelho, verde, azul, violeta, marrom, ocre, branco, preto e cinza. Os pintores
gregos trabalhavam com sete cores: branco, ocre, vermelho, preto, amarelo,
verde e azul. O pintor, músico e escultor Alberti definiu as cores por
atenuações:
“Pela mistura das cores, infinitas outras cores
apareceram, mas há somente quatro cores verdadeiras –
como existem apenas quatro elementos (fogo, terra, água
e ar) – das quais mais e mais tipos de cores poderão
então ser criados. Vermelho é a cor do fogo; azul, do ar;
verde, da água; e cinza, da terra [...] Assim, há quatro
gêneros de cores, e elas fazem suas espécies de acordo
com o aumento de sombra ou de luz, preto ou branco.”
(ALBERTI apud PEDROSA, 1956, p.41-2).
Monet e outros pintores contemporâneos a ele, observaram que as
cores da natureza modificavam constantemente, dependendo da intensidade
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da luz solar que refletia sobre ela. Geralmente eles pintavam ao ar livre, para
obter uma melhor percepção dos efeitos da luz sobre as pessoas, os objetos e
as paisagens. Perceberam então que poderiam representar uma paisagem não
como figuras individuais com cores próprias, mas como uma mistura de cores
que se combinavam. Segundo Michel Pastoureau (1993): “A cor não é nem
uma substância, nem uma fração da luz. É uma sensação, a sensação de um
elemento colorido por uma luz que o ilumina, recebida pelo olho e comunicada
ao cérebro.” (p.6).
A técnica da pintura apresenta três limites que são: o das superfícies, o
da valoração das tonalidades e o das cores. O limite das cores tem relação
com as gamas propostas pelos diversos materiais utilizados e suas diferentes
composições químicas, como por exemplo, a aquarela, a têmpera, a acrílica, o
guache... Os limites fazem parte do estilo escolhido. Cada artista no contexto
de sua época, adquiriu sua própria peculiaridade na maneira de utilizar as
cores, privilegiando a luminosidade que influencia os objetos. Conforme
demonstra Urrutigaray:
“A composição é a representação plástica formada pela
experiência organizada dada através de manipulação de
linhas, formas, massas, luz, sombra, textura e cor. Ela
visa à tradução de idéias, sentimentos, emoções
dispostas em formas visuais, como no caso de pinturas.”
(URRUTIGARAY, 2008, p.134).
Os pintores impressionistas esboçavam mais frequentemente em suas
telas uma cor única. Somente quando percebiam a valoração da tonalidade é
que eles passavam à coloração.
Desenhar é deixar a sua marca, enquanto que pintar é criar uma
superfície. Se o objetivo é desenhar para posteriormente pintar, o desenho não
é jamais conduzido a um fim uma vez que ele espera um complemento de
cores.
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A utilização da pintura na Arteterapia tem a finalidade de libertar a
imaginação e refletir o inconsciente, interpretando as emoções latentes,
exprimindo sentimentos que não conseguem se exteriorizar de outra forma.
Através da pintura, pode-se comunicar através de cores e símbolos aquilo que
em palavras não se consegue. Conforme Goethe:
“E assim construímos o mundo visível a partir do claro, do
escuro e da cor, e com eles também tornamos possível a
pintura, que é capaz de produzir, no plano, um mundo
visível muito mais perfeito que o mundo real.” (GOETHE,
1993, p.26).
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CAPÍTULO II
O SIGNIFICADO PSICOLÓGICO DAS CORES
2.1 – Cor e Personalidade
“As pessoas só observam as cores do dia no começo e
no fim, mas, para mim, está muito claro que o dia se
funde através de uma multidão de matizes e entonações,
a cada momento que passa. Uma só hora poder consistir
em milhares de cores diferentes. Amarelos céreos, azuis
borrifados de nuvens. Escuridões enevoadas.” (ZUSAK,
2007, p.5).
A preferência pelas cores depende de cada um de forma particular.
Existe até um ditado que traz a indagação: “O que seria do amarelo, se todos
gostassem do azul?”
Algumas pesquisas científicas observam que a luz emitida pelas cores,
entrando pelos olhos, pode contagiar o centro das emoções. Existem
determinados testes psicológicos que podem auxiliar no auto conhecimento,
graças ao poder das cores. Não há dúvida que as cores tem uma forte
influência nos componentes emocional, mental e físico do ser humano.
Dependendo de fatores circunstanciais e pessoais as pessoas são atraídas por
determinadas cores. Esta escolha pode estar baseada em processos mentais
profundos, muitas vezes ocultos e inconscientes. Conforme Goldmann (1967):
“Gostamos ou não de uma determinada cor, porque em algum momento
passamos por uma situação agradável ou desagradável onde determinada cor
estava presente.” (p.98).
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A preferência por uma cor em especial, acontece quando há uma
ressonância energética entre a pessoa e a cor, havendo uma vibração
compatível do matiz com o estado emocional. Por exemplo, uma pessoa que
esteja triste e depressiva, tem preferência por cores escuras e neutras, como o
preto, o marrom e o cinza. A pessoa que se sente alegre e descontraída, tem
atração por cores vivas e estimulantes, como o vermelho, o laranja e o
amarelo.
Robert Barton, chefe do Departamento de Antropologia da
Universidade de Durham, na Inglaterra, pesquisou durante a Olimpíada de
Atenas em 2004, quatro tipos de esportes de combate: tae kwondo, boxe, luta
greco-romana e luta livre e concluiu que em 60% delas, os lutadores que
estavam de vermelho saíram vitoriosos. No mundo animal, o vermelho está
relacionado com a agressividade e altos níveis de testosterona. Kandinsky
define a força do vermelho:
“Como a chama é vermelha, o vermelho pode
desencadear uma vibração interior semelhante à da
chama. O vermelho quente tem uma vibração excitante.
Sem dúvida, porque se assemelha ao sangue, a
impressão que ele produz pode ser penosa, até dolorosa.
A cor, neste caso, desperta a lembrança de outro agente
físico que exerce sobre a alma uma ação penosa.”
(KANDINSKY, 1991, p.64).
Existem alguns fatores pelo gosto e preferência por determinada cor.
As reações por uma cor específica podem ser conscientes ou inconscientes,
não devido à cor em si, mas em função de algo que ela representa para a
pessoa. Costumes sociais e culturais são fatores culminantes para as
sensações visuais e sua influência no fator emocional e comportamental do
indivíduo. Devido a determinados hábitos culturais existentes se estabelecido
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um padrão psicológico que impulsiona inconscientemente as escolhas
individuais.
Segundo exemplifica Silvio Eduardo (2000) no exemplo de cores que
causam uma influência já estabelecida no inconsciente coletivo:
BRANCO – vestido de noiva – pureza.
PRETO – noite – negativo.
CINZA – manchas imprecisas – tristeza, coisas amorfas.
VERMELHO – sangue – calor, ação, excitação.
ROSA – enxoval de bebê (menina) – graça, ternura.
AZUL – enxoval de bebê (menino) – fé, honradez.
Os significados visuais também refletem na linguagem falada para
interpretar situações emocionais do cotidiano como, por exemplo, nas
seguintes frases usuais:
- A situação está preta;
- Ela ficou branca de susto;
- Fulano ficou vermelho de vergonha;
- Ele estava roxo de raiva;
- Que sorriso amarelo.
Determinadas cores dão a impressão de proximidade enquanto outras,
de afastamento. Podemos fazer um paralelo com aquela pessoa extrovertida e
sorridente, que parece ser mais fácil de se fazer uma aproximação do que
aquela que pouco se expressa ou transmite desânimo e tristeza.
Conforme comprovou R. Arnheim (1994): “A cor desperta em nós a
reação também provocada pela estimulação do calor” e observa:
“Também falamos de uma pessoa fria, uma recepção
calorosa, um debate acalorado [...] Uma pessoa fria nos
faz afastar [...] Uma pessoa calorosa é aquela que nos faz
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abrir. Do mesmo modo, as cores quentes parecem
convidar-nos enquanto as frias mantêm-nos à distância.”
(ARNHEIM, 1994, p.360).
A sensação de atração ou de afastamento tem relação com os fatores
de sensação de temperatura da cor. O clareamento do matiz aproxima a cor,
enquanto o seu escurecimento, afasta. O próximo está à luz e o distante está à
sombra. A relação de temperatura e luminosidade e de aproximação e
afastamento foi definido por Kandinsky da seguinte forma:
“Cumpre entender por calor ou frieza de uma cor sua
tendência geral para o amarelo ou para o azul. Essa
distinção opera-se numa mesma superfície e a cor
conserva seu próprio tom fundamental [...] Produz-se um
movimento horizontal: o quente sobre essa superfície
horizontal tende a aproximar-se do espectador, tende
para ele, ao passo que o frio se distancia.” (KANDINSKY,
1991, p.83).
Pela nossa experiência cotidiana podemos afirmar que a sombra é fria
e refrescante, e a luz nos aquece e transmite calor. Utilizando esta referência
de temperatura pela luminosidade, as matizes que correspondem à cor verde e
magenta estão no meio termo entre a luz e a sombra, pois são de temperatura
neutra. Considerando a temperatura quente como agente de luz e a fria como
ausência de luz, pode-se perceber que não é só a luminosidade que influencia
na temperatura, mas também a sua intensidade ou saturação. Por exemplo,
um vermelho forte é mais quente que um vermelho atenuado; um azul intenso
é mais quente que um azul acinzentado. A temperatura da cor não está
diretamente relacionada com a temperatura física, mas a sua sensação
associativa. Arnheim (1976) também associa cor a volume, segundo ele: “O
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vermelho é mais pesado que o azul, e as cores claras são mais pesadas que
as escuras.” (p.16).
A percepção da cor pode ter variações, devido o matiz, tonalidade,
saturação e claridade. O matiz e a tonalidade são o resultado do tom produzido
ao se acrescentar a cor branca à outra tinta. Quanto mais tênue for a cor, mais
suave será a emoção transmitida. A saturação é a variação do claro ou escuro
existente na cor. A claridade é a possibilidade que a cor possui de transmitir ou
refletir luz.
Pesquisas realizadas em relação ao fator fisiológico e psicológico
demonstraram uma distinção entre a sensação e a percepção da cor. Segundo
Gaspar:
“A sensação consiste no mecanismo fisiológico que
envolve as características físicas da luz e as estruturas do
olho e dos nervos. A percepção consiste no processo de
tomada de consciência e interpretação dessas
informações, o que é sempre influenciado por condições
fisiológicas e experiências prévias da pessoa.” (GASPAR,
2002, p.56).
2.2 – As Cores e os Estados Emocionais
Segundo o poeta Chandal M. Nasser (1993): “Esses dias cinzas não
os passaremos em branco, mas em vermelho, amarelo, laranja, verde, nas
tardes choveremos lilás.”(p.35)
Os chakras são centros de onde flui a energia do corpo físico. A
palavra chakra vem do sânscrito e quer dizer roda de luz. Através dos chakras
podemos detectar onde há algum desequilíbrio e fazer um trabalho para
restabelecer a harmonia através das cores, dos cristais e das mãos. Os
chakras podem ser equilibrados com o auxílio de cristais que possuem cores
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específicas para cada caso e também pode-se fazer a mentalização de
determinadas cores ou o uso de lâmpadas coloridas a uma certa distância dos
chakras. É através do desequilíbrio da energia vital que aparecem as doenças
físicas e emocionais. O corpo humano possui determinados pontos que
quando ativados fazem fluir a energia nos proporcionando bem estar e saúde.
Quando existe o bloqueio da energia vital e a somatização de energias
negativas, como raiva e tristeza, por exemplo, elas podem se transformar em
doenças físicas. Existem sete chakras principais no corpo físico e estão
relacionados com uma das sete cores do arco-íris. Eles são representados
pelas seguintes cores:
01) CHAKRA CORONÁRIO – Cor branca e violeta;
02) CHAKRA LARÍNGEO - Cor azul clara;
03) CHAKRA UMBIGO – Cor laranja;
04) CHAKRA PLEXO SOLAR – Cor amarela;
05) CHAKRA CARDÍACO – Cor verde;
06) CHAKRA BASE – Cor vermelha;
07) CHAKRA TERCEIRO OLHO – Cor violeta escura.
Como simbolismo circular e colorido, de grande importância para
restabelecer o equilíbrio e proporcionar o auto-conhecimento existe a mandala.
A palavra mandala em sâncrito significa círculo ou círculo mágico. A mandala é
uma representação geométrica (análogo do sol) da relação do ser humano
com o universo. Nas Artes Plásticas, a mandala é trabalhada com uma enorme
variedade de cores, formatos e contornos. A força das imagens coloridas da
mandala estão carregadas de luz, energia e vibração que levam a uma
meditação e ao encontro de nossas necessidades pessoais, atuando como um
processo terapêutico na busca do auto-conhecimento e harmonia pessoal.
Com a mandala pode-se trabalhar o aspecto físico, emocional, espiritual,
energético e sexual. A prática de criar mandalas, com seus desenhos e cores é
uma prática saudável porque expressa o emocional, trabalhando a percepção
e os sentimentos, resgatando com isso, seu processo criativo e curativo que a
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arte oferece. Conforme a afirmação de Jung (1971): “A mandala possui uma
eficácia dupla: conservar a ordem psíquica se ela já existe; restabelecê-la, se
desapareceu. Nesse último caso, exerce uma função estimulante e criadora.”
(p.34).
Os significados das cores na mandala:
AZUL – Cor do relaxamento, da suavidade, da calma e da paz;
VERDE – Cor da esperança, da cura e da saúde;
AMARELO – Cor da mente, do pensamento e da energia;
VERMELHO – Cor do amor, vitalidade, dinamismo e força
LILÁS – Cor da espiritualidade e harmonia;
LARANJA – Cor da energia e da alegria;
BRANCO – Cor que purifica e equilibra o ambiente;
ÍNDIGO – Cor da intuição, do perdão;
VIOLETA – Cor da fé, da bondade e da caridade;
ROSA – Cor da compaixão e da calma.
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CAPÍTULO III
ASPECTOS FISIOLÓGICOS DA VISÃO
3.1 – Fisiologia da Visão
O olho não consegue suportar a luz direta do sol, pois quando a
luminosidade é muito intensa, o olho perde a capacidade de distinguir cores e
formas.
O olho humano tem o funcionamento parecido com os equipamentos
de registro de imagem, na relação de detecção e recepção da luz. O olho
forma uma imagem invertida quando focaliza a luz que recebe e converge na
retina. Segundo explica Guimarães:
“O olho é uma ‘câmara obscura’, dotada de um ‘jogo de
lentes’, que converge os raios luminosos para a parede
interna oposta ao orifício, captando, desta forma, a
imagem. Ele é formado basicamente por três camadas
(esclerótica, coróide e retina) e por meios de refração
(cristalino, humores aquoso e vítreo).” (GUIMARÃES,
2004, p.21).
A esclerótica é a camada externa, branca, opaca e fibrosa, que dá a
forma arredondada ao olho.
A coróide é uma membrana mais fina, vascular e pigmentada. Quando
a luz ultrapassa a córnea, atravessa a coróide por um orifício que é a pupila. A
pupila é envolvida por uma parte colorida, que é a íris.
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A íris regula a intensidade da entrada da luz nos olhos. Por trás da
pupila, existe uma lente que converge os raios luminosos para a retina, que se
chama cristalino.
A retina é uma membrana que reveste o globo ocular. A retina é
composta por diversas camadas, sendo a mais importante a camada nervosa,
que é responsável pela visão. A retina possui células que são sensíveis à luz:
os bastonetes, e o seu número aproxima os cem milhões, e os cones, que são
aproximadamente três milhões. Os bastonetes são sensíveis à luz, mas não
possuem sensibilidade para a cor. Os cones, como seu nome sugere,
possuem o formato cônico e são sensíveis as cores e formas.
Na retina, os bastonetes e os cones transformam os fotões que
absorvem os impulsos nervosos e que são levados ao cérebro pelo nervo
óptico. Quando o cérebro recebe esses impulsos, os interpreta como imagens.
No processo da visão, a retina inicia a processo sensorial do sistema
nervoso, depois outras funções acontecem através da função motora do
sistema nervoso, selecionando as imagens. O processo final da imagem só
ocorre com a atuação da função integrativa do sistema nervoso, que faz o
trabalho de processar a informação visual, criando um significado.
As três funções em conjunto (sensorial, motora e integrativa)
coordenam os processos de seleção e interpretação da imagem.
Conforme a explicação de Farina:
“A cor exerce uma ação tríplice: a de impressionar, a de
expressar e a de construir. A cor é vista e impressiona a
retina. É sentida e provoca uma emoção. É construtiva,
pois tendo um significado próprio, possui valor de
símbolo, podendo assim, construir uma linguagem que
comunique uma idéia.” (FARINA, 1987, p.27).
O olho possui alguns elementos que compensam a diferença de
luminosidade para manter uma boa recepção da informação visual. A íris é a
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responsável por este controle. Quando a luz não é suficiente para uma boa
visão, os músculos da íris se contraem, alargando a pupila. Quando existe a
luz mais forte os músculos da íris se distendem, limitando o seu diâmetro. As
imagens com maior luminosidade precisam um maior esforço visual do que as
imagens com menos luz.
3.2 – O Cérebro e as Cores
O sistema nervoso parassimpático, através do nervo craniano, estimula
as operações da íris, provocando a contração necessária.
O sistema nervoso é dividido em: sistema nervoso central e sistema
nervoso periférico. O primeiro é formado pelo encéfalo e pela medula espinhal.
O sistema nervoso periférico age no corpo todo e leva as informações
sensoriais para a medula.
Na camada superficial do cérebro existe o córtex, aonde é processado
e armazenado o pensamento. Cada área cerebral é responsável por um tipo
de informação, conforme os fluxos de estímulos recebidos pelos feixes
nervosos. As principais áreas são: a área pré-frontal, responsável pelas
funções emocionais e a elaboração do pensamento, e a área motora,
responsável pelos movimentos corporais.
A área visual primária identifica a luminosidade, as cores e os
contornos, enquanto que a área visual secundária faz a interpretação das
informações visuais e das palavras escritas.
Na área de Wernicke, que é responsável pela integração sensorial, o
conhecimento e a interpretação das informações, ocorre o encontro dos três
lobos (frontal, parietal e temporal), que favorece o significado das informações
visuais, auditivas e somestésicas.
A informação visual continua a partir dos olhos até os nervos ópticos
que se cruzam no centro do crânio. Cada imagem é projetada na retina de
forma invertida, cada metade do campo visual será projetada no campo visual
oposto. Existe uma relação entre as áreas da retina e as áreas do córtex visual
28
primário. Em cada área do campo visual direito corresponderá a uma área do
córtex visual esquerdo e vice-versa. Conforme Guyton:
“A cor é inicialmente detectada por meio dos contrastes
de cores. Atuam, nessa análise, um processamento
seriado das células simples às mais complexas, no qual
vão sendo decifrados progressivamente mais detalhes e
um processamento paralelo das diversas informações da
imagem em diversas localizações cerebrais. É a
combinação de ambos os tipos destas análises que
proporciona a interpretação completa de uma cena
visual.” (GUYTON, 1993, p.153).
As projeções referentes aos estímulos cromáticos da área pré-frontal
determinam a percepção consciente e emocional da cor. Através das áreas
visuais secundárias, do sistema límbico para o córtex, a cor recebe seu estado
emocional. Segundo Popper e Eccles (1992): “A percepção consciente da cor
é modificada pelas emoções e sentimentos.” (p.338).
3.3 – A Cor e a Luz
“E disse Deus: Haja Luz; e houve Luz.”
(Gênesis 1:3)
O poder da luz é vida. Não é por acaso que no nascimento de uma
criança, se diz que a mulher deu à luz.
Segundo Pedrosa (1989): “O elemento determinante para o
aparecimento da cor é a luz.” (p.28).
29
Ao atravessar um prisma, a cor branca se decompõe, tendo como
resultado a dispersão da luz, criando diversos comprimentos de ondas que
realçam as cores primárias e secundárias.
No século XVII, Isaac Newton, que fundou a Óptica como ramo da
Física, utilizou um prisma para demonstrar o fenômeno da decomposição da
luz solar, desvendando a beleza do espectro de cores, provando que o Sol
emite luz de diversas cores. Ele estabeleceu as bases para a definição objetiva
da relação de luz e cor.
Para ocorrer o arco-íris é preciso que o sol apareça em meio à chuva,
fazendo com os raios de luz atravessem as gotas de água, ocorrendo o
fenômeno do prisma, que decompõe a luz, que ao ser dividida, se transforma
nas sete cores do arco-íris.
Conforme a afirmação de Alberti:
“Parece óbvio que as cores tomam da luz as suas
variantes: porque todas as cores, colocadas na sombra,
aparecem diferentes do que são na luz. A sombra faz a
cor escura; a luz, onde ela atinge, torna a cor clara. Os
filósofos dizem que nada pode ser visto enquanto não for
iluminado e colorido. ” (ALBERTI, 1989, p.79).
Sem luz não há cor, pois só existe a sensação visual quando existe luz.
A cor tem a capacidade de transmitir a informação sobre a associação de
iluminação com a forma dos objetos visualizados, valorizando os seus
contornos. A cor tem um importante papel na função de destacar e tornar
visível a informação dando-lhe um significado, como nos sinais de trânsito,
onde o vermelho identifica perigo e o amarelo significa estado de atenção.
O olho humano interpreta a luz através do efeito da absorção dos
fotões. A cor consiste na representação que o sistema sensorial confere aos
diversos comprimentos de onda da luz recebida na interpretação dos estímulos
nervosos, tornando a cor algo subjetivo dependendo da interpretação recebida.
30
As características que definem as cores são: a matiz, a saturação e a
luminosidade. Matiz indica a cor definida pelo comprimento de onda. A
saturação indica a pureza da cor. A luminosidade é a adição do branco em
outra cor.
A ‘síntese aditiva’ é o resultado de uma experiência feita por Charles
Young em 1860, inspirado pelos experimentos de Newton, que projetou três
focos de luz obtendo assim a cor branca.
A claridade e a escuridão não são apenas a predominância ou a
escassez da luz, são duas cores fundamentais da combinação visual: a cor
branca e a cor preta.
Todos os elementos, sejam da natureza ou artificiais, possuem a
propriedade de absorver ou de refletir a luz, em menor ou maior grau. Essa
propriedade auxilia na utilização da cor para identificar os objetos, sendo um
importante elemento visual.
Quando a cor é impregnada pela iluminação artificial, também pode ser
reconhecida pela luz do dia, por causa da diferenças nos espectros da luz
artificial em relação à luz do dia. As cores de fundo em relação as formas,
como o escuro contra o claro, impressionam a forma com maior facilidade e
são melhor memorizadas em relação as que estão sob fundos neutros. A
precisão da memorização visual das cores está relacionada com as
lembranças de formas, sendo diferente de pessoa para pessoa. Em termos de
memorização, as cores quentes e saturadas são as que mais impressionam o
cérebro, sendo assim, as mais lembradas.
Na fisiologia da visão, determinados corpúsculos alojados na pupila,
possuem a capacidade de reagir à luz de maneira particular, enviando ao
córtex sinais que determinam cada cor de acordo com as diferentes
tonalidades.
Pesquisadores das disciplinas de Física e Biologia, ainda no século
XX, se voltaram para os estudos da natureza e os efeitos da luz. Para a
existência de uma cor é necessário que haja a existência de luz. Conforme
Rocha (2002): “A brancura é a cor usual da luz, pois a luz é um agregado
31
confuso de raios dotados de todos os tipos de cores, como elas [...] são
lançadas dos corpos luminosos.” (p.221).
O olho interpreta a cor através da reemissão da luz refletida de um
objeto que é emitida por uma luminosidade através de ondas eletromagnéticas.
A cor é percebida de forma diferenciada de pessoa para pessoa, de acordo
com o modo que se absorve o comprimento de onda, sendo assim, a cor é um
fenômeno individual e subjetivo.
Uma cor é persistente quando o objeto não muda sua cor,
independente da fonte de iluminação existente. A percepção da cor está
diretamente conectada com a interferência da luz. Quando existe a
‘metameria’, causando diferentes formas de absorção da luz, as cores
aparecem em tons diferentes.
Além da cor preta e da cor branca, é possível fazermos a separação
das demais cores em dois grupos diferentes: cores escuras e cores claras.
Através da luminosidade natural de cada cor (matiz) pode-se manipular a
informação cromática em relação à dualidade claro/escuro.
Nenhum outro pintor renascentista estudou tanto o efeito do claro e
escuro, da luz e trevas em relação aos fenômenos cromáticos na pintura.
Conforme define Da Vinci:
“A cor que não brilha é formosa em suas partes
iluminadas, porque a luz vivifica e torna mais visível sua
qualidade, enquanto a sombra atenua e vela esta beleza
e impede de vê-la. Se, ao contrário, o preto é mais belo
na sombra do que na luz, é porque o preto não é uma cor.
[...] A beleza de qualquer cor que não tenha brilho por si
mesma cria-se pela grande claridade das partes mais
iluminadas dos corpos opacos.” (DA VINCI, 1944, p.187).
A luminosidade determina a capacidade que cada cor tem de refletir a
luz branca que existe nela. Dentre as cores primárias e secundárias, a cor
32
amarela é a mais luminosa e a menos luminosa é a cor azul-violeta. Para
poder se obter uma atenuação das matizes é preciso acrescentar brilho,
tornando as cores mais claras. Se for preciso conseguir cores mais escuras, o
brilho é suprimido. A luminosidade é alterada pela manipulação da atenuação
na cor. Depois do branco, o amarelo é a cor de mais luminosidade e que mais
se identifica com a luz.
Na manipulação do valor da luminosidade, o laranja transforma-se
facilmente em amarelo ou em vermelho e na manipulação da atenuação,
transforma-se em bege ou marrom.
Com a atenuação, a força do vermelho torna-se uma matiz suave e
feminina, resultando na cor rosa (cor-de-rosa).
Segundo a comprovação de Newton (1996): “O branco, visto ao sol
(luz) e no ar, tem sombras azuladas, pois o branco não é uma cor senão o
resultado de outras cores.” (p.116). Isaac Newton dividiu o espectro das cores
em sete bandas principais na decomposição da luz branca e classificou as
seguintes cores: vermelha, laranja, amarela, verde, azul, anil e violeta. Cada
uma dessas cores possuía seu comprimento de onda correspondente.
Na definição de Urrutigaray:
“As variações de iluminação, sugeridas pelos efeitos de
perspectiva e profundidade, de uso de cor, ou pela
intensificação de jogo luz e sombra, denotam a ênfase ou
o valor dado à forma específica, expressando a
intensidade do conteúdo ideo-afetivo sinalizado na
mesma.” (URRUTIGARAY, 2008, p.137).
Os efeitos de contrastes, que são originados pela modificação da
iluminação, identificam a ilusão de espaço, representado pela noção de
textura, de volume e de profundidade.
33
A percepção que temos das cores, pode modificar de acordo com o
matiz ou tonalidade e claridade ou saturação. A cor branca é adicionada à tinta
para a produção de um tom, representando o matiz ou tonalidade.
Com a variação do claro e escuro contida na cor é obtida a saturação,
quando comparada com as demais cores.
A capacidade que a cor possui de refletir ou transmitir a luz tem a
denominação de claridade. Quanto mais intensa a luz, maior será o destaque
dos contornos e formas, tornando-se mais vibrante e visível.
A cor é mais notada quando existe as gradações de luz e sombra,
possibilitando maior percepção e destacando as formas do objeto.
Na natureza, os insetos são atraídos pelas cores das flores, havendo a
polinização. Também as cores contribuem para a perpetuação das espécies,
atraindo os animais para o ritual de acasalamento.
34
CAPÍTULO IV
A CROMOTERAPIA
4.1 – A Origem da Cromoterapia
A Cromoterapia é uma técnica que utiliza as cores para a cura de
doenças, restabelecendo a harmonia e o equilíbrio físico, mental e emocional
do indivíduo. A Cromoterapia surgiu no antigo Egito assim como a Medicina,
onde foi criada em Mênfis, a primeira Escola de Medicina por Imhotep,
considerado o Pai da Medicina, em 2800 a.C.
Outras civilizações antigas, como a grega, chinesa e indiana, também
utilizavam as cores pra o tratamento de doenças e obtenção da cura. Na Índia
e na China, o tratamento com as cores estava relacionado com à Mitologia e à
Astrologia. Já na Grécia, o conhecimento médico foi buscado nas fontes
egípcias. No antigo Egito os sacerdotes-médicos utilizavam as cores das
pedras preciosas e das flores para o tratamento dos enfermos. Segundo a
descrição de Amber:
“A Cromoterapia ou Colorterapia é a ciência que emprega
as diferentes cores para alterar ou manter as vibrações
do corpo naquela freqüência que resulta em saúde, bem-
estar e harmonia.” (AMBER, 1983, p.13).
A Cromoterapia se baseia nas sete cores do Espectro Solar para atuar
e restaurar o equilíbrio físico e da energia vital nas áreas do corpo humano. O
Espectro Solar é o resultado da decomposição da luz solar que compreende as
sete cores do arco-íris. São elas: Vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e
35
violeta. São três as cores primárias, ou seja, não são o resultado da
combinação de outras cores (vermelho, amarelo e azul) e são três as cores
secundárias, que são a combinação de duas cores primárias (laranja, verde e o
violeta). O anil é uma cor terciária, que é o resultado da combinação de uma
cor primária com uma cor secundária (azul com o violeta).
Um dos conceitos principais da Teoria das Cores é de cor
‘complementar’. O complemento de uma cor primária é resultante da
combinação de outras duas cores primárias. Por exemplo, a cor complementar
do vermelho será a cor verde porque é o resultado da mistura das outras duas
cores primárias: o azul com o amarelo. As cores complementares são
utilizadas quando se quer dar equilíbrio a um trabalho.
Existem além das cores primárias, secundárias e terciárias, as cores
quaternárias, que são o resultado da combinação de duas cores terciárias.
Na Cromoterapia, a energia transmitida através das cores do Espectro
Solar restaura e equilibra o organismo, harmonizando o equilíbrio bioenergético
dos Campos Eletromagnéticos. Tudo o que está vivo cria uma energia que se
expande formando um Campo Eletromagnético através da vibração de
milhares de células existentes no corpo humano. O Campo Eletromagnético é
resultante do conjunto do Campo Elétrico e do Campo Magnético que originam
uma Carga Elétrica que varia conforme a velocidade, mas que é nula em
estado de repouso, como durante o sono.
O tratamento de cura através da Cromoterapia, ocorre com a aplicação
da luz colorida direcionada a determinadas áreas do corpo, com uma maior
freqüência que o Campo Eletromagnético que as envolve. Quando isto ocorre,
o estado de saúde do indivíduo é alterado, pois a vibração projetada atinge e
penetra a sua Aura.
A Aura humana também tem uma função de Campo Eletromagnético,
que em estado de equilíbrio, emite energia ao corpo físico, agindo como uma
espécie de capa protetora, protegendo contra as energias negativas.
Na Cromoterapia empregam-se geralmente, banhos de luzes coloridas
sobre as áreas afetadas do corpo físico, atuando também na parte psicológica.
Também é recomendado o uso de determinadas cores no ambiente em que a
36
pessoa vive ou trabalha para surtir o efeito terapêutico desejado. È
comprovado que cada cor provoca determinados estímulos no sistema
nervoso, afetando o estado emocional, inclusive o humor.
Segundo Gaspar (2002): “Um elemento fundamental da Cromoterapia
é o efeito psicológico resultante, não apenas da interação física com a
radiação luminosa, mas da percepção da cor.” (p.47).
O efeito psicológico é muito utilizado no Marketing e na Psicologia
Ocupacional. Grandes redes do ramo alimentício, não por acaso, se utilizam
de cores como alaranjado e ocre e também o vermelho e o amarelo para criar
um ambiente que estimule o apetite.
Conforme Predrosa:
“O fenômeno da percepção da cor é bastante mais
complexo que o da sensação. Se nesta entram apenas os
elementos físicos (luz) e fisiológicos (o olho), naquela
entram, além dos elementos citados, os dados
psicológicos que alteram substancialmente a qualidade
do que se vê.” (PEDROSA, 1989, p.18).
O tratamento da Cromoterapia traz benefícios para o corpo físico, a
mente e o espírito, utilizando a energia da luz colorida para a restauração do
equilíbrio dos chakras e do Campo Bioenergético do ser humano.
Conforme esclarece Eneida D.Gaspar (2002): “A compreensão do
fenômeno da luz e de sua relação com a cor é fundamental para o correto
entendimento do modo de ação da Cromoterapia.” (p.22).
Durante o século XIX, a Cromoterapia teve um grande impulso, graças
aos movimentos Teosófico e Antroposófico, que surgiram na Europa. Esses
movimentos focaram a sua atenção para a utilização de técnicas que
auxiliassem na regeneração e no aperfeiçoamento do indivíduo como um todo.
As cores foram amplamente utilizadas para fins terapêuticos e na harmonia de
ambientes favorecendo determinados estados emocionais.
37
Em 1978, a OMS (Organização Mundial da Saúde) reconheceu a
Cromoterapia como uma das principais terapias alternativas para o auxílio nos
tratamentos convencionais de saúde.
As técnicas utilizadas na Cromoterapia para a cura e equilíbrio podem
ser das seguintes formas: o uso da luz de lâmpadas coloridas direcionadas a
uma certa distância da parte do corpo a ser afetada. A luz do Espectro Solar é
também utilizada colocando-se água numa garrafa transparente envolta em um
papel colorido e expô-la durante algumas horas à luz solar para a energização
através da luz refletida. Também o exercício de visualização de uma cor
direcionada a um local do corpo onde haja algum problema, projetando
mentalmente energias coloridas por alguns minutos.
A classificação de cores na Cromoterapia se divide em dois grupos: as
cores quentes, representadas pelo vermelho, laranja e amarelo e as cores
frias, representadas pelo azul, índigo, violeta e verde.
É preciso um equilíbrio, um meio termo entre a força energética
representada pela ação das cores quentes e das cores frias, pois, de um lado,
as cores quentes estão em associação ao fogo ou ao calor expansivo, e por
outro lado, as cores frias estão associadas ao gelo ou o que é restritivo, que
contrai.
A Cromoterapia não apresenta efeitos colaterais, mas existem algumas
contra-indicações. Não se deve aplicar uma cor a um paciente, quando este já
a tem em excesso no seu corpo, pois este fato causaria uma Saturação.
È necessário evitar o uso de cores frias nas pessoas em estado de
tristeza, desânimo e depressão, pois o seu estado emocional poderá piorar.
Também não se deve aplicar nas pessoas em estado irritadiço as cores
quentes. Para haver um equilíbrio, é recomendado a aplicação das cores
quentes em pessoas deprimidas, estimulando o dinamismo e a vitalidade, e
cores frias em pessoas com o ânimo exaltado, estimulando a serenidade e a
calma.
A cor vermelha não deve ser aplicada em pessoas hipertensas e de
temperamento colérico. A cor rosa não deve ser aplicada em pessoas de
temperamento infantil. Pessoas com excesso de auto-confiança devem evitar a
38
cor laranja. A cor amarela deve ser evitada em pessoas com histeria, excitação
mental, palpitações e nevralgias, pois é a mais intensa das cores.
De acordo com o pintor, pesquisador e estudioso dos fenômenos
naturais Leonardo da Vinci (1982) no seu Tratado da Pintura, observou que as
cores dos corpos mudam conforme a mudança da luz que cinge sobre eles.
Também constatou três questões principais em relação à natureza da cor:
primeiro, a observação de que a cor é resultante da luz que atinge o corpo. A
segunda teoria é de que o preto e o branco não são cores, mas a mistura ou a
ausência de todas as cores. A terceira questão seria a de que a cor seria um
fenômeno subjetivo, dependendo do olhar que observa o objeto. Também Da
Vinci observou a diferença do fenômeno objetivo, sendo a reflexão da luz, e o
fenômeno subjetivo, sendo a percepção da luz.
4.2 – Cores na Medicina
A cor é primordial em qualquer sistema de cura. Na visão holística, que
trata o problema do indivíduo como um todo, a cor, o aroma e o som são
ferramentas básicas na cura das doenças. O método de cura privilegia a
harmonia e o equilíbrio da mente e do corpo.
O uso da cor aliada à luz e à música é fundamental no tratamento das
doenças atuando na obtenção da harmonia e equilíbrio do corpo, em um
processo de ‘homeostase’.
Em ambientes hospitalares que tratam de doenças mentais, a cor e a
música fazem parte do tratamento. A cor e o som possuem aspectos de
vibração. As sete cores do Espectro Solar correspondem com os sete tons da
escala musical. Segundo a filosofia hindu, as sete cores do Espectro Solar e as
sete notas musicais, tem influência nos sete corpos sutis que envolvem o
corpo físico.
Na medicina chinesa, a teoria das forças positivas e negativas, ou yin e
yang, demonstram aspectos da vibração cósmica das cores:
39
O yin representa as cores: azul, índigo, verde, púrpura e branco.
O yang representa as cores: vermelho, amarelo, laranja, marrom e
preto.
Segundo as palavras de Edde:
“A vida como sabemos, é energia, é vibração. As cores
constituem uma escala sensível e elevada dessas
vibrações; elas modificam e influenciam profundamente
nossas energias vitais. E nossas emoções.” (EDDE, 1993,
p.3).
A hidrocromoterapia é uma terapia vibratória que utiliza a água tratada
cromaticamente. É utilizado um recipiente com água em direção à luz solar ou
uma luz incandescente das cores vermelha, amarela ou laranja para cromatizar
a água com vibrações curativas. As vibrações cromáticas da água atingem
várias partes do corpo.
Conforme Amber:
“A cura pela cor talvez tenha sido o primeiro tipo de
terapia empregada pelo homem, pois foi o método da
própria natureza e um recurso natural para conservar o
organismo equilibrado e em harmonia [...] a cor da flora e
a fauna foram relevantes para determinar seu humor e
temperamento.” (AMBER, 1983, p.13).
No ambiente hospitalar, a maior parte das vezes, as instalações
possuem pouca luminosidade, paredes brancas ofuscantes e pisos escuros,
causando uma sensação de estresse para funcionários e pacientes. Um
ambiente monótono, causa no organismo a sensação de tédio, devido a
escassez de estímulos. Deve-se equilibrar tonalidades quentes e frias, com
predominância de cores quentes sem excesso, parar criar no ambiente
40
hospitalar, uma sensação de ânimo para os pacientes e os funcionários terem
uma maior produtividade.
Segundo Guimarães (2008): “A conquista de uma composição
cromática agradável depende principalmente de dois sistemas de regras: o
equilíbrio e a harmonia.” (p.75).
Assim como é importante o equilíbrio físico, também o equilíbrio visual
traz uma estabilidade para ao harmonização do estado emocional. Para
Arnheim (1994): “O equilíbrio continua sendo a meta final de qualquer desejo a
ser realizado, de qualquer trabalho a ser completado, qualquer problema a ser
solucionado.”(p.28).
Sabendo do efeito psicológico das cores, a escolha das cores para um
ambiente deve ser cuidadoso nos lugares específicos, lembrando que as cores
sofrem influência da posição da luz do sol. Onde há pouca penetração da luz
solar, é recomendado cores claras no ambiente, pois o local escuro e sombrio
causa uma reação de cansaço e desânimo. A luz artificial também auxilia para
a melhoria do estado emocional de quem estiver neste espaço físico.
A cor verde é considerada a cor do equilíbrio, pois ele é o resultado da
combinação de duas cores opostas simbolicamente (amarelo e azul), ou seja,
luz e sombra. O verde mistura a fluidez do azul e a concretude do amarelo. Na
medicina preventiva o símbolo é a cruz verde. Sua origem deve-se ao uso das
ervas medicinais. Também remete às funções tranqüilizantes, além de ser
popularmente conhecida como a cor da esperança.
Em oposição ao verde, está o vermelho que desperta significados
antagônicos, como paixão e violência, guerra e amor.
O vermelho sangue também tem um sentido positivo para a cultura
cristã, pois significa o sangue de Jesus Cristo derramado para a remissão dos
pecados. O vermelho também é a cor do Pentecostes e do Espírito Santo.
Na medicina curativa o sangue da vida é simbolizado pela cruz
vermelha. O emblema da Instituição Cruz Vermelha é um símbolo conhecido
internacionalmente ligado a causas humanitárias.
41
CONCLUSÃO
As cores remetem a antigos fatos e são responsáveis por
determinadas reações do ser humano em contato com a percepção delas.
Psicólogos e especialistas tem feito estudos sobre a influência das cores na
personalidade e na relação sobre o comportamento das pessoas, pois elas
afetam seus desejos, decisões, humores e sentimentos.
As atividades criadoras na Arteterapia permitem a expressão de
emoções, tendo a cor como uma das ferramentas para se materializar os
desejos e anseios. Com o uso da linguagem das cores, os estados afetivos
são influenciados, pois sua forte capacidade expressiva se relaciona com o
emocional.
No processo Arteterapêutico, o indivíduo trabalha com os diversos
materiais, suas formas e cores, e aprende a demonstrar e tornar concreto
aquilo que está oculto em seu íntimo, desenvolvendo assim o seu potencial
reprimido e melhorando a relação consigo mesmo através da sua criação
artística.
Pelo fato das cores afetarem o corpo e a mente, elas possuem um
poder terapêutico. Sabendo utilizá-las, a vida pode ficar mais viva e iluminada,
afinal a vida tem a cor que nós pintamos.
42
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www.tci.art.br/cor/psicologia.htm
www.mundodasmandalas.com.br
46
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
A ARTETERAPIA 10
1.1 - A Cor na Prática Arteterapêutica 10
1.2 – A Pintura como Expressão Artística 14
CAPÍTULO II
O SIGNIFICADO PSICOLÓGICO DAS CORES 18
2.1 – Cor e Personalidade 18
2.2 – As Cores e os Estados Emocionais 22
CAPÍTULO III
ASPECTOS FISIOLÓGICOS DA VISÃO 25
3.1 – Fisiologia da Visão 25
3.2 – O Cérebro e as Cores 27
3.3 – A Cor e a Luz 28
CAPÍTULO IV
A CROMOTERAPIA 34
4.1 – A Origem da Cromoterapia 34
4.2 – Cores na Medicina 38