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UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO ATUALIZA ASSOCIAÇÃO CULTURAL ENFERMAGEM DO TRABALHO VALESCA LÔBO E SANT’ANA NUNO INCIDÊNCIA DE LOMBALGIAS ENTRE TÉCNICOS DE ENFERMAGEM DAS UNIDADES DE INTERNAÇÃO ABERTAS, DO HOSPITAL PORTUGUÊS SALVADOR 2011

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UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO

ATUALIZA ASSOCIAÇÃO CULTURAL

ENFERMAGEM DO TRABALHO

VALESCA LÔBO E SANT’ANA NUNO

INCIDÊNCIA DE LOMBALGIAS ENTRE TÉCNICOS DE

ENFERMAGEM DAS UNIDADES DE INTERNAÇÃO ABERTAS, DO

HOSPITAL PORTUGUÊS

SALVADOR

2011

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VALESCA LÔBO E SANT’ANA NUNO

INCIDÊNCIA DE LOMBALGIAS ENTRE TÉCNICOS DE

ENFERMAGEM DAS UNIDADES DE INTERNAÇÃO ABERTAS, DO

HOSPITAL PORTUGUÊS

SALVADOR

2011

Monografia apresentada à Universidade Castelo Branco/Atualiza Associação Cultural, como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Enfermagem do Trabalho, sob orientação do Profº Fernando Reis do Espírito Santo.

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N972i Nuno, Valesca Lobo e Sant’Ana

Incidência de Lombalgias entre Técnicos de Enfermagem das Unidades de Internação Abertas, do Hospital Português /

Valesca Lobo e Sant’Ana Nuno. – Salvador, 2011.

42f.; 30 cm.

Orientador: Prof. Dr. Fernando Reis do Espírito Santo Monografia (pós-graduação) – Especialização Lato Sensu

em Enfermagem do trabalho, Universidade Castelo Branco, Atualiza Associação Cultural, 2011.

1. Enfermagem do trabalho 2. Lombalgias 3. Técnicos de

Enfermagem 4. Absenteísmo I. Espírito Santo, Fernando Reis II. Universidade Castelo Branco III. Atualiza Associação Cultural IV. Título.

CDU 616-083

Ficha catalográfica elaborada pela Bibliotecária Adriana Sena Gomes CRB 5/ 1568

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VALESCA LÔBO E SANT’ANA NUNO

INCIDÊNCIA DE LOMBALGIAS ENTRE TÉCNICOS DE

ENFERMAGEM DAS UNIDADES DE INTERNAÇÃO ABERTAS, DO

HOSPITAL PORTUGUÊS

Monografia para obtenção do grau de Especialista em Enfermagem do Trabalho.

Salvador, 29 de Julho de 2011

EXAMINADOR:

Nome: _____________________________________________________________________

Titulação: __________________________________________________________________

PARECER FINAL:

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

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Aos colegas enfermeiros do Trabalho, responsáveis

pelo bem estar do próximo, que com perseverança e

atitude, passam a maior parte de suas vidas

dedicando-se à Arte do Cuidar. Sempre!

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Agradeço a Deus pelo dom da vida; a meus pais,

origem de minha dignidade; a meu marido Edson

Nuno, pelo empurrão; aos meus cunhados Dani e

John, pelo carinho; aos mestres, pelos

ensinamentos; às colegas Cris, Lena e Mari pela

troca de experiências; a todos os técnicos de

enfermagem, pois sem eles não teria realizado

este; e em especial, à minha segunda casa,

Hospital Português, por abrir mais uma porta

para mim.

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“Quem conduz e arrasta o mundo não são as

máquinas, mas as idéias.”

Victor Hugo.

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RESUMO

Este estudo trata sobre a lombalgia que é uma afecção que afeta muitos profissionais de saúde. Os problemas com a coluna vertebral, não comportam, em geral, risco de vida, mas possuem um efeito significativo sobre o desempenho e a produtividade das tarefas normais. A dor lombar é a queixa mais freqüente para justificar a ausência no trabalho, afastamentos e procura de auxílio médico. As dores conseqüentes dos esforços repetitivos nas atividades provenientes de trabalho podem estar se tornando um problema epidêmico entre a equipe de enfermagem. Em destaque estão os técnicos de enfermagem por serem os colaboradores com maior número de casos. Estes são profissionais de nível médio que exercem atividades práticas estando ligados diretamente ao paciente, permanecendo a maior parte do tempo assistindo internados com vários graus de dependência. O estudo objetivou evidenciar a incidência da dor lombar entre a classe estudada e que exercem suas atividades nas unidades de internação abertas de uma instituição de referência em Salvador, Hospital Português. Caracteriza-se como um estudo de campo, onde a coleta de dados foi através de questionários, sendo os resultados analisados estatisticamente e relacionados com a idade, sexo, jornada de trabalho, tempo de trabalho e itinerário terapêutico. Observou-se que o número de absenteísmo e atestados médicos foi crescente em relação aos problemas de coluna, sendo a lombalgia a principal causa de afastamentos do trabalho. Com isso, a pesquisa incentiva um estudo ergonômico direcionado para elaboração de medidas de redução e prevenção de novos casos, visando melhoria na qualidade da vida laboral.

PALAVRAS-CHAVE: Lombalgia; Técnicos de Enfermagem; Absenteísmo.

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ABSTRACT

This study focuses on lumbago, which is a condition that affects many health professionals. The problems with the spine, do not include, in general, life-threatening, but have a significant effect on performance and productivity from normal duties. Low back pain is the most frequent complaint to justify absences at work, absenteeism and seeking medical help. The pain resulting from repetitive stress from work activities may be becoming an epidemic problem among the nursing staff. Highlights are the nursing staff because they are collaborators with the highest number of cases. These are mid-level professionals engaged in practical activities which are linked directly to the patient, being most of the time taking care hospitalized patients with various degrees of dependence. The study aimed to highlight and prove the incidence of back pain among the selected class who perform their activities in open inpatient units of a referred institution in Salvador, “Hospital Português”. It is characterized as a field study, where data collection was through questionnaires and the results are statistically analyzed and related to age, sex, working hours, working time and therapeutic schedule. It was observed that the number of absenteeism and medical absence excuse notes was increased in relation to back problems, being lumbago the leading cause of absences from work. With this, the research encourages an ergonomic study aimed to develop measurements to reduce and prevent new cases, in order to improve the quality of working life. KEYWORDS: lumbago; nurse technicians, absenteeism

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................9

2 REVISÃO DA LITERATURA .......................................................................13

2.1 Lombalgia: Conceito e Etiologia ...............................................................13

2.2 Trabalho dos Técnicos de Enfermagem: Trabalho prescrito (tarefa) x

trabalho real (atividade) ......................................................................................15

2.3 Identificação dos fatores de risco para lombalgias .....................................17

2.3.1 Fatores de risco psicossociais ............................................................20

2.3.2 Fatores de risco biomecânicos e organizacionais ..............................21

3 METODOLOGIA ............................................................................................23

3.1 Tipo de pesquisa .................................................................................23

3.2 Local da pesquisa ...............................................................................23

3.3 Sujeitos estudados ..............................................................................24

3.4 Instrumento de coleta de dados ..........................................................24

3.5 Apresentação e discussão dos dados ..................................................25

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..........................................................................31

5 REFERÊNCIAS ..............................................................................................33

APÊNDICE ........................................................................................................37

ANEXO ..............................................................................................................39

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1 INTRODUÇÃO

Apresentação do objeto de estudo

O ambiente de trabalho hospitalar sempre foi considerado insalubre devido às internações de

pacientes com patologias infecto-contagiosas. Pensando assim, muitos trabalhadores da área

de saúde preocupam-se exclusivamente em se proteger dos microorganismos transmitidos

pelos pacientes, sem atentar para as posturas físicas, o que pode acarretar dores em coluna.

A lombalgia é uma afecção comum no trabalho dos profissionais da saúde. Muitos fatores de

risco caracterizam a desordem músculo-esquelética ao trabalho. Visto que a lombalgia é

multifatorial, necessita de uma abordagem ampla de análise; e atualmente questiona-se o

envolvimento de fatores biomecânicos e organizacionais.

A lombalgia aguda é de alta prevalência, se resolvendo espontaneamente na maioria dos casos. É a mais prevalente causa de consulta médica após o resfriado comum, sendo que cerca de 80% das pessoas no mundo terão ao menos um episódio ao longo de suas vidas. Afeta homens e mulheres igualmente com pico de incidência entre 30 e 50 anos. Representa 30 a 50% das queixas reumatológicas em consultas gerais. É a mais comum causa de limitação de atividade em pessoas abaixo de 45 anos e a terceira acima dessa idade, ocupando mais de 50 % do gasto total com problemas relacionados ao trabalho. Mais de 50% melhoram após uma semana e 90% após 8 semanas; a incapacidade com duração maior ou igual há 3 meses ocorre em apenas 5% das lombalgias (NATOUR, 2007).

Caracterizada como dor na parte inferior da coluna, a lombalgia vem sendo queixa comum

entre técnicos de enfermagem. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS),

aproximadamente 80% dos adultos sofrerão pelo menos uma crise aguda de dor nas costas

(lombalgia aguda) durante sua vida, e que 90% dessas pessoas apresentarão mais de um

episódio.

A importância dada ao estudo da lombalgia tem aumentado nos últimos anos. A dor lombar situa-se em terceiro lugar entre os motivos para intervenção cirúrgica e há cada vez mais evidência de que muitas pessoas com intolerância à atividade em decorrência de sintomas lombares podem estar recebendo avaliação e tratamento inadequados (DZIEDZINSKI, JOHNSTON e ZARDO, 2005).

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Por cuidarem de pacientes com médio e alto grau de dependência, os técnicos de enfermagem

são os mais acometidos, pois, precisam realizar atividades bruscas, o que podem levar a uma

sobrecarga músculo-esquelética ocasionando dores em todas as partes do corpo.

Pesquisadores e organizações de várias partes do mundo têm destacado a equipe de enfermagem como grupo de risco em relação ao desenvolvimento de distúrbios osteomusculares. Entre esses distúrbios, destacam-se as lombalgias. A dor lombar tem sido particularmente bem estudada entre os trabalhadores da saúde, sendo resultado de traumas cumulativos. As lesões dorsais ocupacionais ocorrem mais freqüentemente quando é realizado o cuidado direto ao paciente, especialmente o levantamento desses (GURGUEIRA, ALEXANDRE e CORRÊA FILHO, 2003).

Os técnicos de enfermagem são profissionais de nível médio que exercem atividades práticas

no cuidar, estando ligados diretamente ao paciente, permanecendo a maior parte do tempo

realizando ou ajudando nas atividades diárias de vida dos internados, sendo muitos deles,

acamados com grau de dependência bem elevado.

Neste contexto, na maioria na das vezes, estes profissionais praticam suas atividades nas

unidades de internação hospitalares. Estas são divididas em unidades fechadas e abertas. As

fechadas são aquelas que acomodam pacientes com nível de complexidade elevado, que

apresentam a saúde crítica e prognóstico reservado e que necessitam de cuidados intensivos

com monitorização contínua. Assim, podemos destacar as Unidades de Tratamento Intensivo

(UTI).

As unidades de internação abertas, onde se norteia o estudo, acomodam pacientes estáveis,

com nível de saúde melhorado e que têm grau de dependência variável. Esses pacientes

podem ser acamados, deambulantes, dependentes ou independentes dos cuidados diretos dos

profissionais de saúde.

Justificativa

O interesse pelo estudo vem do grande número de atestados médicos entre a classe estudada,

sendo o absenteísmo a principal causa de dobras de turno o que leva à sobrecarga da vida

laboral e conseqüentemente ao aparecimento de novos casos de lombalgia em profissionais

sãos.

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No dia a dia, observa-se que o número de atestados médicos e afastamentos vêm crescendo

em relação às afecções em coluna lombar entre técnicos de enfermagem. Muitos apresentam,

além da dor, edema e contrações musculares, dificultando o seu processo de trabalho,

interferindo negativamente na assistência aos pacientes.

As afecções associadas a essas estruturas são comuns e afetam muitos trabalhadores. Os

problemas com a coluna vertebral, não comportam, em geral, risco de vida, mas possuem um

efeito significativo sobre as atividades normais e produtividades dos profissionais de saúde

em questão.

Problema

Qual a incidência de lombalgias entre técnicos de enfermagem das unidades de internação

abertas do Hospital Português?

Objetivo

O objetivo desta pesquisa é evidenciar a incidência da dor lombar entre os técnicos de

enfermagem e que exercem suas atividades nas unidades de internação abertas de uma

instituição de referência em Salvador, Hospital Português.

Estrutura do Trabalho

O trabalho é dividido em três momentos: revisão da literatura, metodologia e considerações

gerais.

A revisão de literatura explana o conceito e etiologia da lombalgia, definição do trabalho

prescrito e real e identificação dos fatores de risco para lombalgias.

A metodologia apresenta tópicos que falam sobre o tipo e local da pesquisa, os sujeitos

estudados e os instrumentos utilizados para coleta de dados. A análise e discussão dos dados

se apresentam de forma descritiva sendo os resultados apresentados através de gráficos.

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Nas considerações finais, faz-se uma conclusão do estudo, remetendo-se a idéia principal e

recapitulando tópicos sobre lombalgias. O plano de análise teve uma abordagem estatística,

onde os resultados foram transformados em números percentuais e gráficos que indicam a

incidência de lombalgias entre os trabalhadores estudados, facilitando a interpretação de quem

ler. Ainda, no final pode-se incluir recomendações para sugerir novos estudos para

implementação de medidas preventivas para evitar aparecimentos de novos casos.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 LOMBALGIA: Conceito e Etiologia

A lombalgia é uma dor relatada em região lombar, que pode ocorrer sem motivo aparente, mas em geral é relacionada a algum trauma com ou sem esforço. A lombalgia pode ter origem em várias regiões: em estruturas da própria coluna, em estruturas viscerais; pode ainda ter origem vascular ou origem psicogenética (CORRIGAN e MAITLAND, 2000, apud ALENCAR).

Murofuse e Marziale (2005) enfocam que dentre as dorsalgias, destaca-se a lombalgia, cuja

cronicidade tem sido associada ao trabalho sentado ou pesado, ao levantamento de pesos, à

falta de exercício e a problemas psicológicos. Assim sendo, os casos de lombalgia também

estão associados a atividades que envolvem contratura estática ou imobilização, por tempo

prolongado.

O significado da dor varia, portanto, em quantidade, intensidade, localização e tempo de duração, que no final acaba parecendo abstrato e de difícil definição. Pode-se dizer que a dor é estudada sob vários ângulos, em várias ciências, quer como sintoma, doença ou sensação. Desde a antiguidade, a dor e seu significado têm se tornado um martírio para a humanidade e suas causas e finalidades, motivo de especulações (ALENCAR, 2001).

O termo lombalgia é bastante utilizado na definição de dor lombar, entretanto, alguns autores

desenvolveram conceitos mais específicos. Segundo o dicionário de termos técnicos de saúde

(2003, p.295), é uma “dor na região lombar, devida a lesões da coluna ou afecções que

atingem as vísceras situadas naquela região”.

A lombalgia ou dor lombar é uma dor localizada na região inferior da coluna, em uma área situada entre o último arco costal e a prega glútea; é um problema comum de saúde e é responsável pela inabilidade no trabalho em diversos indivíduos e de várias idades; sendo mais observada em idades acima de 40 anos (ALENCAR, 2001)

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Neto (2007) informa que a lombalgia é conhecida popularmente como dor nas costas, sendo

uma das grandes causas de morbidade e incapacidade funcional, tendo incidência apenas

menor que a cefaléia entre os distúrbios dolorosos que mais acometem o homem.

A terminologia “dor nas costas” é utilizada para designar queixas de desconforto ou dor crônica na região da coluna vertebral. Estes sintomas também podem ser descritos através de terminologias como lombalgia ou dor lombar, embora estes termos se refiram especificamente à região lombar, que é a mais freqüentemente afetada pela dor (KNOPLICH, 2007).

Para Natour (2007), Lombalgia é definida como “dor na região póstero-inferior do tronco

compreendida entre o último arco costal e prega glútea”.

No Site Fisioweb, referência em fisioterapia na internet, o Centro de Cirurgia da Coluna

(2011) define lombalgia como “dor nas costas, e não é um diagnóstico, apenas um sintoma

que pode ou não estar relacionado com alguma doença”.

A lombalgia representa hoje uma verdadeira epidemia, atingindo principalmente os países industrializados, com repercussões socioeconômicas importantes. Estima-se nos EUA cerca de 9 milhöes de pessoas afetadas, 2,5 milhöes de incapacitadas; destas, metade torna-se incapacitada cronicamente. A população economicamente ativa é a faixa etária mais acometida, sendo a lombalgia uma das principais causas de afastamento do trabalho, além de ser a segunda causa de procura de serviços médicos (FORTES, SOUZA e BARROS FILHO, 2000).

Baseado na definição pela Sociedade de Reumatologia do Rio de Janeiro (2010), a dor na

região lombar, independentemente da causa, recebe o nome de lombalgia. A lombalgia pode

ser classificada em dois tipos: aguda e crônica. Ambas podem ser altamente incapacitantes

para as atividades da vida diária, do trabalho, do lazer e do esporte.

Lombalgia aguda é aquela presente por menos de 4 a 6 semanas, consistindo de um problema médico comum, na maioria dos casos apenas uma crise de dor em uma pessoa que pode ser considerada sadia. Menos de 1% das pessoas que apresentam lombalgia aguda tem uma doença grave, como um tumor ou infecção. A fonte de dor pode estar nas articulações, discos, vértebras, músculos ou ligamentos, que podem sofrer irritação ou inflamações (CENTRO DE CIRURGIA DA COLUNA, 2011).

Rezende (2008) explica que a lombalgia crônica, dura mais de três meses, tem períodos de

melhora e piora e pode ser causada por doenças infecciosas, metabólicas, tumores,

enfraquecimento da musculatura e por problemas de postura.

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Qualquer que seja o tipo, a freqüência e intensidade da dor, a lombalgia, como qualquer outro

sinal ou sintoma clínico, deve ser investigado, principalmente na população com atividade

laboral ativa, visando diagnóstico precoce, o que evita a interferência na produtividade

profissional.

A causa exata de dor pode ser difícil de se identificar, pois pode se originar dos tecidos moles (músculos, tendões, ligamentos, etc.), dos ossos, do disco intervertebral ou de nervos. Fatores de risco para dor lombar incluem: trabalhos de posturas estática e forçada, movimentos repetitivos de elevação e sustentação de pesos, que devem ser de todo modo avaliados e evitados, obesidade entre outros (REZENDE, 2008).

Entretanto, a lombalgia tem sido um grande problema para a saúde ocupacional, no que se

refere ao absenteísmo. As dores conseqüentes dos esforços repetitivos nas atividades

provenientes de trabalho podem estar se tornando um problema epidêmico nos hospitais.

2.2 TRABALHO DOS TÉCNICOS DE ENFERMAGEM: Trabalho

prescrito (tarefa) X trabalho real (atividade)

Atividade de trabalho é a maneira pelo qual os humanos se envolvem no cumprimento dos objetivos do trabalho, em um lugar e tempo determinados, utilizando-se dos meios colocados à sua disposição. Para lidar com as variabilidades que se apresentam, o trabalhador se engaja por inteiro, a cada momento, com seu corpo biológico, sua inteligência, sua afetividade, seu psiquismo, sua história de vida e de relações com outros humanos (BORGES, 2004). A atividade de trabalho é composta pela tarefa prescrita (formal), pela tarefa real (efetivamente realizada), pelos instrumentos utilizados para realização da tarefa e pelo posto de trabalho (onde a tarefa é realizada). A atividade de trabalho significa o trabalho real, efetivamente realizado pelo indivíduo, a forma pela qual ele consegue desempenhar suas tarefas. É resultado das definições impostas pela empresa com relação à sua tarefa e das características pessoais, experiência e treinamento do trabalhador (ABRAHÃO apud MARZIALE, CARVALHO, 1998).

O trabalho prescrito é caracterizado pela Ergonomia como o conjunto das condições

determinadas, da tarefa predefinida e dos resultados a serem obtidos. Neste contexto, na vida

laboral, o trabalho efetuado (atividade) nem sempre corresponde ao trabalho prescrito (tarefa).

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Realizando o trabalho prescrito, os técnicos de enfermagem deparam-se diante de várias

fontes de variabilidades: as chamadas intercorrências (pacientes apresentando parada cardio-

respiratória, hipertensão, hipertermia...), procedimentos de urgências e emergências bem

como, dificuldades de previsão, fadiga, diferenças de ritmo, efeitos da idade, e outros fatores

que interferem no trajeto da tarefa traçado.

A tarefa é o tipo, a quantidade e a qualidade da produção por unidade de tempo, e os necessários meios para realizá-la, determinada a um posto de trabalho, a um trabalhador ou a um grupo de trabalhadores. Ela é, assim, constituída pela organização (as condutas, os métodos de trabalho, as instruções), tudo o que o trabalhador tem que fazer e como ele deve fazê-lo, bem como o conjunto de objetivos a serem atingidos, as especificações do resultado a obter (normas de qualidade, quantidade e manutenção, etc.), os meios fornecidos para a execução da tarefa (condições da matéria-prima, máquinas e equipamentos, formação e experiência exigidas do trabalhador, composição da equipe de trabalho, etc.) e as condições necessárias para a execução do trabalho (ambiente físico e humano, tempo, ritmo e cadência da produção, etc.) (OLIVEIRA, 2005).

Assim, a tarefa dos técnicos de enfermagem compreende todos os caminhos planejados e

rotinas traçadas para a otimização do cuidado, o que torna a atividade executada organizada.

Já o trabalho real, ou seja, a atividade é o resultado de como a tarefa é executada pelo homem,

sendo a ação da integração, homem e tarefa.

As tarefas prescritas pela instituição estão centradas em um serviço hierarquizado. O enfermeiro é responsável pelo desenvolvimento e manutenção da assistência de enfermagem e suas tarefas são predominantemente pertencentes à área administrativa, embora possua tarefas prescritas nas áreas assistencial, de ensino e pesquisa. As tarefas prescritas aos enfermeiros são condizentes às legalmente prescritas na Lei n 7.498/86 que dispõe sobre o exercício profissional da enfermagem no país (BRASIL apud, MARZIALE, CARVALHO, 1998).

Complementando o estudo, Marziale e Carvalho (1998), informam que aos técnicos, são

prescritas as mesmas tarefas, as quais estão voltadas predominantemente a área assistencial,

pressupondo a execução de tarefas simples como cuidados higiênicos até tarefas de elevado

grau de complexidade como o atendimento de pacientes em estado grave, urgências e

administração de medicamentos.

Oliveira (2007), por outro lado, informa que “a atividade é mais do que a tarefa realmente

executada. É como o trabalho real acontece, como se dá a realização do objetivo proposto,

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com os meios disponíveis e nas condições dadas, de parte do trabalhador ou grupo de

trabalhadores”.

A atividade é o fruto da execução de uma tarefa, é o que o trabalhador faz para atingir os objetivos da tarefa, é o resultado de uma síntese entre a tarefa (objetivos, resultados esperados, meios oferecidos, exigências requeridas) e o homem que a executa (sua história, sua experiência, formação, cultura, estado interno de saúde física e mental). É fruto da capacidade social, histórica e econômica (entre outras) que tem aquele trabalhador de, em determinada situação, na presença de diferentes e variáveis determinantes e condicionantes, decidir quais fins e critérios são mais ou menos valorizados nas escolhas que têm que fazer, diuturnamente, na execução de determinada tarefa; como ele se relaciona com o ambiente e por quais razões desenvolve esta ou aquela estratégia; como estrutura temporalmente seu trabalho (OLIVEIRA, 2007).

Os conceitos evocados mostram que a incompatibilidade entre o trabalho prescrito e o

trabalho real, apresenta maior custo humano. Dessa forma, cada ser humano é único e torna-se

difícil padronizar os métodos de execução das atividades para todos.

Os técnicos de enfermagem são flexíveis, sendo capazes de criar estratégias, modificar

atitudes, adaptar instrumentos ao trabalho prescrito, enfim, podem alterar a sua assistência

conforme sua criatividade, sua vontade ou sua necessidade.

Sendo o homem o principal agente de modificações do processo produtivo é primordial a análise da execução de sua tarefa segundo sua própria visão, partindo-se posteriormente para alterações do processo verificando-se os pontos positivos e negativos em busca de maior produtividade (VOLPI, 2007).

Neste contexto, segundo dados da literatura, nem sempre existe correspondência entre o

trabalho real e o prescrito nas atividades desenvolvidas pelos técnicos, devido às

características dos trabalhadores frente às regras de funcionamento da instituição, ao contexto

de realização do trabalho e à saúde e eficiência dos trabalhadores. A organização do trabalho

real varia de trabalhador para trabalhador, de acordo com o sexo, faixa etária, tempo de

profissão, dupla jornada de trabalho e itinerário terapêutico.

2.3 IDENTIFICAÇÃO DOS FATORES DE RISCO PARA LOMBALGIAS

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a relação da dor nas costas com o trabalho

geralmente ocorre por fatores ergonômicos e traumáticos. Determinados grupos ocupacionais

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têm sido mais estudados, com destaque para a profissão de enfermagem. Esses profissionais

lidam diretamente com dor, sofrimento e morte, o que interfere na organização e nas

condições de trabalho e os expõe a um desgaste físico e mental intenso.

As causas das lombalgias podem ser várias: gravidez, doenças degenerativas, inflamatórias,

infecções, tumores, traumas, posturas inadequadas e muitas outras. Estudos informam que a

causa exata da dor pode ser difícil de identificar, pois pode se originar dos músculos, dos

ossos, dos discos intervertebrais ou dos nervos.

Deve ser observado que a lombalgia é a principal causa de afastamento do trabalho,

mostrando que o acometimento em pessoas jovens, em idade produtiva quanto ao trabalho, é

freqüente e de grande importância social.

Os hospitais estão associados à prestação de serviços à saúde, visando a assistência, o tratamento e a cura daqueles acometidos pela doença. No entanto, também são responsáveis pela ocorrência de uma série de riscos à saúde daqueles que ali trabalham. A maioria dos hospitais possui estrutura de alto nível de complexidade e diversidade de serviços e, conseqüentemente, de riscos ocupacionais. Há extensa lista de danos a todos os sistemas orgânicos, entre eles os problemas músculo-esqueléticos, que são muito freqüentes na equipe de enfermagem (GURGUEIRA, ALEXANDRE e CORRÊA FILHO, 2003).

Sendo o aparecimento das lombalgias um processo multicausal, é importante analisar os

fatores de risco a eles relacionados direta ou indiretamente. Nesse caso, a expressão fator de

risco designa, de maneira geral, os componentes ou elementos do trabalho que, em última

análise, têm alguma relação com a manifestação da desordem aqui estudada.

O termo risco refere-se à probabilidade de um evento indesejado ocorrer. Do ponto de vista epidemiológico, o termo é utilizado para definir a probabilidade de que indivíduos sem uma certa doença, mas expostos a determinados fatores, adquiram esta moléstia. Os fatores que se associam ao aumento do risco de se contrair uma doença são chamados fatores de risco (CAMPOS, 2003).

Quando o termo “lombalgia” ou “dor lombar” é abordado, é importante pensar que é um

problema complexo, que envolve não só aspectos físicos e fisiológicos, mas também

psicológicos, ou seja, está relacionado a um grande número de fatores inerentes à própria

personalidade do sujeito estudado e de fatores originários do ambiente em que trabalha.

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Dentre os fatores que mais se expressa na pesquisa, o levantamento de “pesos” e atividades

complexas no leito com o paciente, estão em destaque. Isso indica um risco ocupacional que

na maioria das vezes passa despercebido pelos trabalhadores em vida laboral ativa.

A elucidação de fatores que causam lesões no sistema osteomuscular tem sido objeto de numerosos trabalhos que atualmente se voltam para aspectos amplos como fatores psicológicos, condições socioeconômicas, defeitos posturais e estilo de vida. Especificamente em relação às atividades profissionais, sabe-se que esse sistema pode ser agredido por fatores relacionados ao levantamento e transporte de cargas, às condições ambientais do posto de trabalho e à própria organização do trabalho, entre outros (ALEXANDRE, 1998).

Várias referências bibliográficas demonstram uma associação entre afecções em coluna com a

movimentação de pacientes acamados e com o excesso de esforço físico ao transportá-los e

movimentá-los do leito e no leito. Ainda enfocam que durante a realização desses

procedimentos, o peso levantado por técnicos de enfermagem iguala-se às recomendadas.

Além disso, são realizados sob condições desfavoráveis, com um número insuficiente de

recursos humanos e com equipamentos inadequados ergonomicamente e sem manutenção.

Neste contexto, a lombalgia é causada principalmente por procedimentos relacionados com a

movimentação e transferência de pacientes. Como exemplo, na presente pesquisa foram

citadas nos questionários: banho de leito, transferências de paciente da cama para maca e

vice-versa, mudança de decúbito, levantamento de grades de proteção e cuidados com obesos.

Todas essas atividades e obstáculos enfrentados pelos técnicos de enfermagem também foram

citadas por outros autores referenciados, complementando que aparentemente nenhuma das

técnicas de transferência oferece proteção suficiente à equipe de enfermagem, o que explica a

alta prevalência de problemas em coluna entre os profissionais abordados.

Para Marziale e Carvalho (1998), as condições de trabalho e os riscos ocupacionais podem ser

estudados por diferentes abordagens, dentre elas a ergonomia. Para a ergonomia, as condições

de trabalho são representadas por um conjunto de fatores interdependentes que atuam direta

ou indiretamente na qualidade de vida das pessoas e nos resultados do próprio trabalho. E o

homem, a atividade e o ambiente de trabalho são os componentes da situação de trabalho que

devem ser analisados.

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2.3.1 Fatores de risco psicossociais

Os estudos denominam psicossocial toda variável de natureza não-física, relacionada a efeitos sobre a saúde e/ou ao desempenho, muitas vezes tratando-as como estressores ocupacionais. Neste estudo, o termo fatores psicossociais é usado de forma a incluir, especificamente, a percepção dos trabalhadores quanto à sobrecarga, suporte material ao desempenho, suporte social do grupo, gestão organizacional do desempenho e à política de remuneração (pagamento e desenvolvimento). Desta forma, busca-se delimitar os fatores psicossociais na esfera do ambiente ocupacional, abordando-os em sua dimensão relacional para com a organização, como um todo... (PINHEIRO, 2009) No que diz respeito aos fatores psicossociais, o principal aspecto é a conclusão das tarefas em um curto período de tempo. No entanto, esse aspecto está diretamente relacionado com as tomadas de decisão em situações de conflitos, as tarefas freqüentemente interrompidas e atividades que induzem a uma auto-aceleração mental. (WISNER, 1994).

A lombalgia entre os técnicos de enfermagem pode ser considerada psíquica. De fato, por

serem trabalhadores sociais, apresentam uma alta carga cognitiva em razão das dificuldades

de compreensão e reclamações dos pacientes e acompanhantes, freqüentemente ignorantes das

categorias e rotinas administrativas.

[...] Como algumas destas doenças são mais prevalentes no idoso, eles tem um risco maior para apresentar dores nas costas, mas deve ser observado que ela é a principal causa de afastamento do trabalho, mostrando que o acometimento em pessoas jovens, e em idade produtiva quanto ao trabalho, é freqüente e de grande importância social. Depressão e ansiedade foram associadas com este tipo de sintomas, no entanto, não se conseguiu provar se realmente são causa ou conseqüências, ou mesmo causa e conseqüência (MENDONÇA, 2009).

Dentre os psicológicos, a insatisfação com o trabalho e com a posição social no trabalho estão

associados positivamente com a lombalgia. Assim, com revisão da literatura e estudos de

campo, pode-se observar os principais fatores:

1. Muitos técnicos de enfermagem sofrem grande pressão psicológica e emocional.

Todos eles esperam resultados positivos com seus cuidados prestados aos pacientes,

esperando a melhora ou a cura dos mesmos.

2. Os técnicos de enfermagem não têm poder de decisão. As decisões são tomadas pelos

médicos e chefes de enfermagem, cabendo àqueles um trabalho técnico e auxiliar.

3. A classe tem pequena recompensa, o que interfere na saúde mental e emocional,

trazendo alterações físicas, evidenciadas pelas dores lombares, sendo parte dos fatores

psicossociais para lombalgias.

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Esses aspectos psicossociais do trabalho estão incluídos no modelo denominado demanda-controle, que classifica os indivíduos segundo as demandas psicológicas sofridas na execução do trabalho e o controle sobre o próprio trabalho e atribui à falta deste controle o principal fator de risco para a saúde dos trabalhadores. No Brasil, a Constituição Federal de 1988 retirou o assunto Saúde do Trabalhador do campo do Direito do Trabalho e o inseriu no campo do Direito Sanitário, isto porque existe um entendimento de que a saúde é um direito que não pode ser negociado e deve ser garantido integralmente. (PINHEIRO, 2009)

2.3.2 Fatores de risco biomecânicos e organizacionais

A biomecânica é um dos métodos para estudar a maneira como os seres vivos que se adaptam

às leis da mecânica quando se realizam movimentos voluntários.

A biomecânica é o estudo da mecânica dos organismos vivos. É parte da Biofísica. É o estudo da estrutura e da função dos sistemas biológicos utilizando métodos da mecânica. A Biomecânica externa estuda as forças físicas que agem sobre os corpos enquanto a biomecânica interna estuda a mecânica e os aspectos físicos e biofísicos das articulações, dos ossos e dos tecidos histológicos do corpo (WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre, 2011).

Os fatores de risco biomecânicos estão relacionados com o ambiente físico, equipamentos e

mobiliários do posto de enfermagem e dos leitos dos pacientes. Na pesquisa pode-se observar

que a carga músculo-esquelética estática está presente, pois, muitos técnicos apresentam seus

membros afastados da zona de neutralidade ou contra a ação da gravidade.

Por outro lado, a sobrecarga músculo-esquelética dos profissionais estudados pode ser de

natureza organizacional dentre as quais foram evidenciados: duração da jornada de trabalho

semanal, tempo da exposição, exclusão de intervalos para repouso, número de horas extras,

divisão e gerenciamento do tempo de trabalho, volume de trabalho e diversidade de tarefas.

Neste aspecto, nota-se que o risco de aparecimento dos sintomas e sinais compatíveis com as

lombalgias é diretamente relacionado com a duração da jornada de trabalho, o montante de

horas extras, o ritmo acelerado, as metas ambiciosas com limitação de tempo por operação, o

volume, invariabilidade e repetitividade das tarefas, e a ausência ou insuficiência de pausas

para recuperação, fatores esses que contribuem para o desencadeamento da sobrecarga

dinâmica ou agravamento da sobrecarga estática músculo-esquelética.

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A incidência de lombalgias é crescente entre colaboradores da instituição estudada. Além da

falta de treinamentos e orientações, por parte do empregador, em relação às teorias

ergonômicas, destacam-se vários fatores que podem levar às lombalgias: banho no leito,

ajuste de pacientes na cama, transferência de pacientes da cama para a maca ou cadeira de

rodas e vice-versa, ausência de equipamentos ergonômicos, como camas e macas elétricas,

por exemplo.

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3 METODOLOGIA

3.1 Tipo da pesquisa

Trata-se de um estudo de campo, quantitativo e exploratório completados pela pesquisa

bibliográfica, onde se pôde entrar em contato direto com tudo o que foi dito e escrito sobre o

assunto, para o aprofundamento sobre a lombalgia entre os técnicos de enfermagem do

Hospital Português.

Os métodos quantitativos são utilizados fundamentalmente para descrever uma variável quanto a sua tendência central ou de dispersão – média, mediana, moda – ou dividi-la em categorias e descrever a sua freqüência – taxas e medidas de risco – em grandes populações (SANTOS, 2007).

Gil entende como pesquisas exploratórias como sendo aquelas cujos objetivos se concentram

em conhecer melhor o objetivo a ser investigado. Segundo o autor, pode-se dizer que estas

pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento de idéias ou descobertas.

Uma pesquisa pode ser considerada de natureza exploratória, quando esta envolver levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas que tiveram, ou têm, experiências práticas com o problema pesquisado e análise de exemplos que estimulem a compreensão. As pesquisas exploratórias visam proporcionar uma visão geral de um determinado fato, do tipo aproximativo (WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre 2010).

A pesquisa teve um tratamento estatístico para interpretação e análise dos dados coletados.

Para tabulação de dados, foi utilizado o programa Exel.

3.2 Local da pesquisa

A Real Sociedade Portuguesa de Beneficência Dezesseis de Setembro, o conhecido Hospital

Português, localizado na cidade do Salvador, Avenida Princesa Isabel, na Barra, trata-se de

uma instituição filantrópica de grande porte, corpo clínico aberto, que oferece serviços de alta

eficiência para atender todo o estado da Bahia com tecnologia de ponta.

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O hospital contém um prédio principal interligado a mais quatro prédios circunvizinhos:

auditoria, centro médico, núcleo de oncologia e maternidade. No prédio principal está

localizado o bloco cirúrgico, emergência geral, unidades de tratamentos intensivos e unidades

de internação clínicas-cirúrgicas.

As unidades de internação, local em que se norteou a pesquisa, são destinadas ao acolhimento

de pacientes originados das unidades de tratamento intensivos, emergência e pacientes

eletivos internados para tratamento cirúrgico e clínico. Contém 08 unidades de internação,

sendo estas distribuídas em quatro andares, totalizando 194 leitos, sendo 140 apartamentos e

52 enfermarias e 2 suítes. O serviço das unidades de internação conta com 390 trabalhadores

voltados para prestação da assistência, sendo 7,2 % enfermeiros e 14,1% técnicos de

enfermagem.

3.3 Sujeitos da pesquisa

Realizou-se um estudo epidemiológico, tendo como população alvo trabalhadores de

enfermagem de nível técnico inseridos em atividades de cuidados e assistência de

enfermagem a pacientes com vários graus de complexidade em unidades de internação

abertas, do Hospital Português, na cidade do Salvador.

Os sujeitos que concordaram em participar voluntariamente, assinaram o termo de

consentimento, atendendo às diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisa envolvendo

seres humanos (resolução 196/96).

3.4 Instrumento e coleta de dados

Após a autorização da coordenação de enfermagem e dos Recursos Humanos, a investigação

foi efetuada de forma empírica sendo realizada no próprio hospital, diretamente nas unidades

de internação abertas, sendo a coleta de dados feita por questionário. As entrevistas não foram

necessárias para o aprofundamento do estudo.

A pesquisa incluiu uma etapa de aproximação ao campo de estudo, esta sendo realizada em

tempo laboral da pesquisadora, que permitiu caracterizar o trabalho real da classe estudada.

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Na segunda etapa, foram distribuídos 50 questionários divididos em duas partes: a primeira

com as principais características dos sujeitos como, faixa etária, sexo, tempo de profissão e

dupla jornada de trabalho; e a segunda foi baseada nas queixas clínicas de lombalgias e o

itinerário terapêutico. Ao final só foram entregues pelos pesquisados 30 questionários,

número ao qual se norteia a pesquisa.

O período de coleta de dados da investigação teve início em 1º de julho de 2007 sendo

concluída no final do mesmo mês.

3.5 Apresentação e discussão dos dados

No presente estudo, procurou-se ampliar os conhecimentos sobre as queixas de lombalgias na

equipe de enfermagem da unidade de internação do Hospital Português. O estudo foi

realizado somente com técnicos de enfermagem que trabalham em enfermarias das unidades

de internação abertas onde internam pacientes com vários graus de dependência física.

Geralmente os estudos realizados entre o pessoal de enfermagem não especificam as regiões

mais atingidas ou simplesmente consideram somente as lombalgias. Contudo, as pesquisas

que focalizam essa temática comprovam que a região mais afetada é a lombar. Estudos

biomecânicos e anatômicos esclarecem que, devido à especial mobilidade da região lombar,

as lesões e comprometimentos da coluna vertebral na referida área é maior que em outras,

pela excessiva movimentação.

A apresentação dos resultados inicia-se pela caracterização dos sujeitos, compreendendo 18

mulheres (60%) e 12 homens (40%), totalizando 30 técnicos de enfermagem participantes,

sendo 23 sintomáticos (77%), destes, 15 mulheres (50%) e 8 homens (27%) e 07 (23%)

assintomáticos, sendo 03 (10%) mulheres e 04 (13%) homens, como mostra o gráfico 1

abaixo:

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Gráfico 1: Sujeitos Estudados

A grande maioria dos sintomáticos envolveu trabalhadores do sexo feminino, já que esta é a

realidade nacional da enfermagem. Historicamente, as atividades de cuidar dos doentes com

características próprias de assistir, alimentar, higienizar, prover elementos indispensáveis ao

bom desenvolvimento do enfermo, sempre estiveram ligadas à mulher. Todos eles

mencionaram que começaram a apresentar dores nas costas quando cuidaram de pacientes

críticos e com alto grau de dependência.

Os autores explicam que está relacionado ao fato, de cada vez, elas combinarem a realização

de tarefas domésticas com o trabalho fora de casa, onde estão expostas a cargas ergonômicas,

principalmente repetitividade, posição viciosa e trabalho em grande velocidade. Eles ainda

ressaltam que o sexo feminino apresenta algumas características, na anatomia e fisiologia, que

diferem dos homens, como: menor estatura, menor massa muscular e óssea, articulações mais

frágeis e maior peso de gordura. Tudo isso pode colaborar para o surgimento e maior

intensidade das dores.

O gráfico 2 mostra a faixa etária dos trabalhadores de enfermagem que são sintomáticos.

Concentra-se entre 21 a 50 anos, destacando a idade acima de 50 anos um percentual de 10%,

sendo 33% de faixa etária entre 21 a 30 anos, 37% de 31 a 40 anos e 20% de 41 a 50 anos.

Neste caso, houve predominância do grupo etário de 31 a 40 anos conforme o resultado.

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Gráfico 2: Faixa Etária

A maior incidência de dores nas costas nos profissionais de enfermagem se dá dos 20 aos 40 anos de idade, quando se encontram no auge da sua capacidade produtiva e a demanda de sua ocupação pode estar exercendo um papel adicional sobre a ocorrência da dor (PINHO, ARAÚJO, GÓES e SAMPAIO, 2011)

Em relação ao tempo de profissão, 23% têm de 01 a 05 anos de trabalho, 33% de 06 a 10

anos, 20% de 11 a 15 anos, 3% de 16 a 20 anos, 6% de 21 a 25 anos e 13% mais de 25 anos

de trabalho na profissão, como fica demonstrado no gráfico 3 a baixo:

Gráfico 3: Tempo de Profissão

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Um número significativo desta categoria assegura dupla jornada de trabalho e desempenha

atividades extras. Com isso, dos 23 sintomáticos, 1 realiza apenas atividades domésticas; 2

cuidam de crianças em casa, 1 cuida de idosos em domicílio, 5 trabalham em outra instituição

e os outros 14 realizam mais de uma dessas atividades acumuladas. O gráfico abaixo

demonstra a jornada de trabalho dos sujeitos estudados, isoladamente, conforme categoria

laboral.

Gráfico 4: Jornada de Trabalho

Um número significativo destes profissionais atua em mais de um emprego, caracterizando, nestes casos, a dupla e às vezes a tripla jornada remunerada, em decorrência do fato dos salários recebidos estarem em sua maioria, aquém de seu nível de qualificação. Entre as mulheres, grande parte assume também, encargos domésticos (ROBAZZI e MARZIALE apud ABRANCHES, 2005)

A classe dos técnicos de enfermagem é considerada mão de obra barata, que em suas

atividades laborais submetem-se ao trabalho em condições desgastantes, sujeita a uma

excessiva carga horária, podendo acarretar fadiga crônica. Sendo assim, a carga de trabalho

enfrentada está ligada às exigências para prestar, com qualidade, uma assistência completa e

integral e proporcionar bem-estar ao paciente. Contudo, ficam expostos a vários fatores de

risco devido ao cumprimento da carga horária, da escala e das atribuições delegadas, que

contribuem, dessa forma, o surgimento de alterações psico-fisiológicas e afecções à saúde.

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A baixa remuneração é uma importante causa para a dupla jornada de trabalho que a maioria

enfrenta. O salário tem um sentido amplo que representa toda a renda do trabalhador

necessário à subsistência própria e de sua família. Por sua vez, as atividades extras podem

significar um prejuízo a mais ao trabalhador, em busca de melhor remuneração, gerando,

posteriormente, estresse e a insatisfação pelo trabalho. Neste sentido, 100% dos entrevistados,

preocuparam em sinalizar tal situação como um dos fatores que possam implicar na saúde.

Ainda, essa mesma percentagem, citou a falta de treinamentos e orientações por parte do

empregador em relação às teorias ergonômicas; banho no leito; ajuste de pacientes na cama;

transferência de pacientes da cama para a maca ou cadeira de rodas e vice-versa; ausência de

equipamentos ergonômicos, como camas e macas elétricas e a falta de descanso e horários de

pausa da atividade laboral, como fortes fatores para aparecimento das lombalgias.

Em relação ao itinerário terapêutico, 17 (73%) procuraram atendimento médico algumas

vezes; 03 (10%) sempre procuraram atendimento médico e outros 03 (10%) nunca

procuraram atendimento médico.

Gráfico 5: Itinerário Terapêutico

Toda a classe estudada apresentou atestado médico, se afastando das atividades laborais,

aumentando a taxa de absenteísmo. Dentre esses, 15 (65%) já apresentaram atestados médicos

devido às dores lombares, sendo 04 (17%) pelo menos 01 atestado referente a lombalgias,

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03(13%) apresentaram pelo menos 02 atestados, 03 (13%) pelo menos 03 atestados, outros 03

(13%) pelo menos 04 atestados e 02 (9%) mais de 05 atestados referentes a lombalgias.

Gráfico 6: Atestado Médico

Dos 23 sintomáticos, só 01 (4%) ficou afastado pelo INSS devido às afecções em coluna por

menos de 06 meses.

A identificação dos profissionais da equipe de enfermagem que apresentam maiores índices

de absenteísmo facilita as atividades de gerentes e líderes de equipe ao formularem estratégias

para a diminuição ou eliminação desse problema.

Nessas circunstâncias, este tema merece ser estudado de uma forma mais detalhada no futuro.

Seria importante pesquisar, na realidade do Hospital Português, se o pessoal de enfermagem

consegue justificar essas ausências com atestado médico; o número total de dias perdidos; que

tipo de serviço médico eles procuraram, entre outros.

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo desta pesquisa foi evidenciar a incidência de sintomas lombares em técnicos de

enfermagem das unidades de internação abertas, do Hospital Português. Com isso, verificou-

se que é elevada a ocorrência de queixas e sintomas de uma forma generalizada entre esses

profissionais.

Pelos dados obtidos na pesquisa, notou-se que as atividades de enfermagem são consideradas

desgastantes para o sistema músculo-esquelético, principalmente para a região da coluna

vertebral.

Diante das características da atividade profissional, evidenciou a lombalgia como

conseqüência da sobrecarga física a que este profissional está exposto, porém observou-se que

a maioria nem sempre está atento a sua postura, necessitando de um treinamento e atividades

ergonômicas no que se refere à educação na utilização do próprio corpo na profissão.

Em relação aos dados biográficos, a maioria dos pesquisados pertence, predominantemente,

ao sexo feminino (60%). A sua faixa etária encontrava-se entre 21 a 57 anos, sendo a idade

média de 31 anos. Esses mencionaram que começaram a ter dores quando estavam

trabalhando em unidades que continham pacientes críticos e dependentes. Em relação ao

tempo de profissão, a maioria dos sintomáticos exercem a profissão há 6 anos ou mais.

Quanto aos dados profissionais, dos 23 sintomáticos, constatou-se que, no que se refere à

dupla jornada de trabalho, 78 % desempenham pelo menos uma atividade extra como cuidar

de criança, idosos e afazeres domésticos, sendo 83% trabalhadores de enfermagem em outra

instituição.

A dor lombar foi a queixa mais freqüente para justificar a ausência no trabalho e procura de

auxílio médico. Cinqüenta por cento dos representantes apresentaram atestados médicos e

conseqüentemente, afastamento da atividade laboral, aumentando a taxa de absenteísmo. Os

participantes também citaram as atividades ocupacionais que causam dor lombar, sendo a

movimentação de pacientes dependentes a principal causa.

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Nesse contexto, faz-se necessárias mudanças no que se diz respeito à organização, ao homem

e a tecnologia, para que possam atingir os objetivos da assistência de enfermagem sem causar

sobrecarga física para os profissionais. Para isso, deve-se lembrar do papel do enfermeiro

como educador no ambiente de trabalho, apoiando uma nova cultura de consciência corporal e

postural para gerar um bem estar físico, mental e emocional, tornando um ambiente laboral

saudável.

Sugere-se como propostas futuras, o desenvolvimento de um programa educativo com os

profissionais de enfermagem, abrangendo riscos ergonômicos, cuidados posturais e qualidade

de vida, promovendo palestras preventivas, elaboração de séries de exercícios laborais, pausas

no trabalho e intervenções nos postos de trabalho para detectar possíveis riscos. Uma das

razões em investir neste programa de prevenção é a relação que existe entre a saúde de seus

profissionais e a produtividades, além das vantagens para empresa e trabalhador.

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5 REFERÊNCIAS

ABRANCHES, Sueli S. A situação ergonômica do trabalho de enfermagem em unidade básica de saúde. Tese de Doutorado – Escola de enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2005. ALENCAR, Maria do Carmo B. Fatores de risco das lombalgias ocupacionais: O caso de mecânicos de manutenção e produção. Net., mar. 2001. Disponível em: <http://maxipas1.tempsite.ws/principal/pub/anexos/200807280546468398.pdf>. Acesso em: 28 mai. 2011. ALEXANDRE, Neusa M. C. Ergonomia e as atividades ocupacionais da equipe de enfermagem. Net., abr. 1998. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62341998000100013>. Acesso em: 28 mai. 2011. BARRETO, Maurício L. et al. Epidemiologia: Teoria e Objeto. São Paulo, SP: HUCITEC -ABRASCO, 1990. BORGES, Maria E. S. Trabalho de gestão de si – Para além dos recursos Humanos. Net., São Paulo, 2004. Cadernos de Psicologia do trabalho. Disponível em: <http://www.revistasusp.sibi.usp.br/scielo.php?pid=S1516-37172004000100005&script=sci_arttext >. Acesso em: 06 fev. 2011. BREILH, Jaime. Epidemiologia: Economia, Política e Saúde. São Paulo: UNESP: HUCITE, 1991. CAMPOS, Shirley de. Doenças: Fatores de risco. Net., mar. 2003. Disponível em: < http://www.drashirleydecampos.com.br/noticias/18809>. Acesso em: 28 mai. 2011. CENTRO DE CIRURGIA DA COLUNA. Dor nas costas. Net., mai. 2011. Disponível em: < http://fisioterapeutascostaverde.blogspot.com/ > . Acesso em ago. 2011. DZIEDZINSKI, Audri T.; JOHNSTON, Cíntia; ZARDO, Erasmo. Perfil epidemiológico dos pacientes com dor lombar que procuram o serviço de traumatologia e ortopedia do HSL – PUCRS. Net., Rio Grande do Sul, mai. 2005. Fisioweb Wgate. Disponível em: < http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/traumato/dor_lombar.htm >. Acesso em: 06 fev. 2007.

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APÊNDICE

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APÊNDICE A

Questionário: Parte I

1 Sexo: ( ) M ( )F

2 Idade: ( ) de 21 a 30 anos ( ) 30 a 40 ( ) 41 a 50 ( ) Mais de 50 anos

3 Há quanto tempo trabalha com técnico de enfermagem?

( ) 01 a 05 anos ( ) 06 a 10 anos ( ) 11 a 15 anos

( ) 16 a 20 anos ( ) 21 a 25 anos ( ) Mais de 25 anos

4 Tem outra atividade?

( ) SIM ( ) NÃO

Qual?

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

5 Realiza atividades domésticas?

( ) SIM ( ) NÃO

1 Cuida de crianças em casa?

( ) SIM ( ) NÃO

2 Cuida de idosos em casa?

( ) SIM ( ) NÃO

8 Trabalha em outra instituição como técnico de enfermagem?

( ) SIM ( ) NÃO

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APÊNDICE B

Questionário: Parte II

1 Você sofre de lombalgia?

( ) SIM ( ) NÃO

2 Já foi diagnosticado alguma patologia em coluna?

( ) SIM ( ) NÃO

Qual?

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

3 Quando você tem lombalgia procura atendimento médico?

( ) SEMPRE ( ) ÀS VEZES ( ) NUNCA

4 Já apresentou atestado médico devido às dores lombares?

( ) SIM ( ) NÃO

5 Quantos atestados médicos já apresentou?

( ) 0 ( ) 1 ( ) 2 ( )3 ( )4 ( ) 5 ( ) Mais de 5

6 Já ficou afastado devido a problemas lombares?

( ) SIM ( ) NÃO

7 Por quanto tempo ficou afastado?

( ) Menos de 6 meses ( ) Mais de 6 meses ( ) 1 ano ( ) Mais de 1 ano

8 Sente lombalgia em casa, mesmo quando está de folga dos serviços de enfermagem?

( ) SIM ( ) NÃO

9 Você acha que suas atividades extras interferem no aparecimento das lombalgias?

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( ) SIM ( ) NÃO

Por que?

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

10 Você acha que suas atividades de enfermagem interferem no aparecimento das

lombalgias?

( ) SIM ( ) NÃO

Por que?

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

10 Identifique os fatores que você encontra nas suas atividades de enfermagem que levam

à lombalgia:

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

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________________________________________________________________________

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ANEXOS

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ANEXO 1

TERMO DE CONSENTIMENTO

INFORMAÇÕES SOBRE A PESQUISA Título do Projeto: A incidência de lombalgias entre técnicos de enfermagem que trabalham em unidade de internação de um hospital privado de Salvador. Pesquisador Responsável: Valesca Lôbo e Sant’Ana Telefone para contato: (71) 33456319 ou (71) 91081280 Pesquisadores participantes: Técnicos de enfermagem que trabalham na unidade de internação. Telefones para contato: (71).............................................................................................. Essa pesquisa tem como objetivo investigar o índice de casos de lombalgias entre técnicos de enfermagem, visando a identificação dos fatores de ricos com a finalidade de elaborar medidas preventivas que tenham finalidade de reduzir e evitar aparecimento de novos casos. Nome e Assinatura do pesquisador:................................................................................. CONSENTIMENTO DA PARTICIPAÇÃO DA PESSOA COMO SUJEITO Eu, _____________________________________, RG/ CPF/ n. º de prontuário/ n. º de matrícula ______________________________, abaixo assinado, concordo em participar do estudo __________________________________________ , como sujeito. Fui devidamente informado e esclarecido pelo pesquisador ______________________________ sobre a pesquisa, os procedimentos nela envolvidos, assim como os possíveis riscos e benefícios decorrentes de minha participação. Foi-me garantido que posso retirar meu consentimento a qualquer momento, sem que isto leve a qualquer penalidade ou interrupção de meu acompanhamento/ assistência/tratamento. Salvador, ___ de _________________________ de 2007.

___________________________________

Assinatura do sujeito Presenciamos a solicitação de consentimento, esclarecimentos sobre a pesquisa e aceite do sujeito em participar. Testemunhas (não ligadas à equipe de pesquisadores): Nome:______________________________Assinatura: ______________________________ Nome: ______________________________Assinatura: ____________________________ Observações complementares ___________________________________________________________________________

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