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UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO ATUALIZA DARDYANNE CASTRO VIANA SILVA ELZA CARLA ZACARIAS PEREIRA DOS SANTOS CO-GESTÃO NA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA: UM MODELO HUMANIZADO DE GESTÃO SALVADOR BAHIA 2011

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UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO

ATUALIZA

DARDYANNE CASTRO VIANA SILVA

ELZA CARLA ZACARIAS PEREIRA DOS SANTOS

CO-GESTÃO NA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA:

UM MODELO HUMANIZADO DE GESTÃO

SALVADOR – BAHIA

2011

ATUALIZA PÓS-GRADUAÇÃO

DARDYANNE CASTRO VIANA SILVA

ELZA CARLA ZACARIAS PEREIRA DOS SANTOS

CO-GESTÃO NA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA:

UM MODELO HUMANIZADO DE GESTÃO

SALVADOR – BAHIA

2011

DARDYANNE CASTRO VIANA SILVA

ELZA CARLA ZACARIAS PEREIRA DOS SANTOS

CO-GESTÃO NA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA:

UM MODELO HUMANIZADO DE GESTÃO

Monografia apresentada à Atualiza e Universidade Castelo Branco, como pré-requisito para obtenção do Certificado de Conclusão do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em MBA Executivo em Saúde,sob orientação do Prof. Dr. Robinson Moreira Tenório.

SALVADOR – BAHIA

2011

S586c Silva, Dardyanne Castro Viana

Co-gestão na unidade de saúde da família: um modelo

humanizado de gestão / Dardyanne Castro Viana Silva e Elza

Carla Zacarias Pereira dos Santos. – Salvador, 2011.

40f.; 30 cm.

Orientador: Prof. Dr. Robinson Tenório

Monografia (pós-graduação) – MBA Executivo em Saúde,

Universidade Castelo Branco, Atualiza Associação Cultural, 2011.

1. Gestão hospitalar 2. Co-gestão 3. Humanização 4. Co-

responsabilidade I. Santos, Elza Carla Zacarias Pereira dos II.

Tenório, Robinson III. Universidade Castelo Branco IV. Atualiza

Associação Cultural V. Título.

CDU 614.2

Ficha catalográfica elaborada pela Bibliotecária Adriana Sena Gomes CRB 5/ 1568

DARDYANNE CASTRO VIANA SILVA

ELZA CARLA ZACARIAS PEREIRA DOS SANTOS

CO-GESTÃO NA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA:

UM MODELO HUMANIZADO DE GESTÃO

Monografia para obtenção do grau de Pós-Graduado em MBA Executivo

em Saúde.

Salvador, 24 de Fevereiro de 2011.

EXAMINADOR:

Nome: Robinson Moreira Tenório

Titulação: Professor-Doutor

PARECER FINAL:

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AGRADECIMENTO

Agradeço ao Coordenador, Sr. Jossinei de Castro, ao Subcoordenador

Administrativo, Sr. Pedro Figueiroa, a minha antiga gerente e hoje

colega de trabalho, Sra. Rita Varjão pelo apoio em apostar no meu

crescimento profissional, aos colegas de profissão e colaboradores da

Unidade que contribuíram com a pesquisa. À minha família e noivo pelo

incentivo.

“ A tarefa de um gerente não é modificar os seres humanos.Bem ao contrário, como

nos mostra a Bíblia na Parábola dos Talentos, a missão é multiplicar a capacidade

de desempenho do todo, pondo em uso toda a força, toda saúde, toda a aspiração

que existe nos indivíduos.”

Peter Drucker

RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo analisar como o gestor percebe a

implantação da Co-gestão na Unidade de Saúde. Para entender como acontece

esse novo modelo de gestão, foi necessário definir no capítulo I, o conceito de

gestão, apresentar o modelo tradicional hegemônico e o perfil do gerente. No

capítulo II discute-se o conceito de Co-gestão, como se dá esse novo modelo de

gestão, o perfil desse gestor e a importância do trabalhador no processo decisório

junto com o gestor.No capítulo enfatiza-se que esse novo modelo propõe que o

trabalhador seja co-responsável das ações empreendidas na Instituição.Ele junto

com o gerente são protagonistas do processo. Uma Unidade de saúde que adota de

modelo tem resultados eficazes e presta serviço de qualidade à comunidade. A Co-

gestão é um dos eixos da Política nacional de Humanização proposto pelo Ministério

da saúde que vem valorizar o trabalhador.Após a fundamentação teórica foi aplicado

questionário com gestores e trabalhadores para perceber o grau de aceitação da

implantação da Co-gestão na Unidade de Saúde da Família.

Palavras-chaves: Co-gestão, Humanização e Co- responsabilidade.

ABSTRACT

The present study aims to analyze how the Manager realizes deployment of co-

management in the health unit. To understand how happens this new management

model, it was necessary to set in chapter I, the management concept, to present the

hegemonic traditional model and Profile Manager. In chapter II discusses the concept

of codetermination, how is this new management model, the Profile Manager and the

importance of workers in decision-making with the Manager. In chapter emphasizes

that this new model proposes that the worker is co-responsible of the actions

undertaken in the institution he along with the process manager are protagonists. A

health unit that adopts model has effective results and provides quality service to the

community. Co-management is one of priorities of national policy of Humanization

proposed by Ministry of Health's next enhance worker. After the theoretical reasoning

was applied questionnaire with managers and employees to realize the degree of

acceptance of the deployment of co-management in family health unit.

Keywords: co-management, Humanization and co-responsibility.

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...................................................................................... 07

2 GESTÃO ............................................................................................... 10

3 GESTÃO PARTICIPATIVA: CO-GESTÃO .......................................... 14

4 METODOLOGIA ................................................................................... 21

5 DISCUSSÃO ......................................................................................... 23

6 CONCLUSÃO ....................................................................................... 37

7 REFERÊNCIAS ..................................................................................... 39

APÊNDICE ............................................................................................... 41

1 Introdução

As mudanças e transformações da sociedade frente a globalização e avanços

tecnológicos têm direcionado as organizações para o foco na gestão, devido à

necessidade de aperfeiçoar continuamente os processos de trabalho para atingir os

objetivos comuns.

No âmbito da Saúde no Brasil, o gestor é aquele que coordena, articula,

negocia, planeja, controla e avalia os serviços de saúde visando “a produção da

saúde, a realização profissional e pessoal dos trabalhadores e a reprodução de uma

política democrática e solidária do SUS”.(BRASIL,2006, p.8).

Conforme preconizado na Lei Orgânica do SUS, os serviços de saúde devem

estar organizados de forma regionalizada e hierarquizada, em níveis crescentes de

complexidade. A atenção primária configura-se como primeiro nível de atenção e

coordenadora do cuidado integral, enquanto “conjunto de ações de saúde no âmbito

individual e coletivo, que abrangem a promoção e a proteção da saúde, prevenção

de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde”

(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006, p.01), tendo a saúde da família como estratégia de

reorganização.

No espaço desses serviços de saúde, a gestão se concretiza num nível micro,

representada pelo Gerente/Diretor da Unidade de Saúde, que tem como função

orientar e supervisionar as ações desenvolvidas, participando da elaboração da

análise da situação de saúde e do planejamento das ações a serem desenvolvidas

pelas Equipes de Saúde da Família, coordenando os processos de trabalho e

articulando-se com a supervisão técnica da estratégia, com vista à integração das

atividades.

Preconiza-se também que, tais serviços devem ser integrais, resolutivos,

acessíveis e qualificados. Sob este aspecto, em 2003, o Ministério da Saúde instituiu

a Política Nacional de Humanização - PNH, visando consolidar e qualificar o SUS no

país deu-se o enfoque de que tais serviços devem ser também, humanizados.

Segundo a PNH, “a humanização é a valorização dos diferentes sujeitos implicados

no processo de produção de saúde: usuários, trabalhadores e gestores” (BRASIL,

2006, p.8). Apresenta sete eixos de ações, “para institucionalizar e ver a apropriação

dos resultados pela sociedade”. (BRASIL, 2006, p.25 ).

Dentre estes eixos, o

[...] da gestão do trabalho propõe a promoção de ações que

assegurem a participação dos trabalhadores nos processos de

discussão e decisão, fortalecendo e valorizando os trabalhadores,

sua motivação, o autodesenvolvimento e o crescimento profissional.

(BRASIL, 2006, p. 25)

No município de Salvador, as Unidades de Saúde da Família apresentam a

situação peculiar, de ser referência para uma média de 04 equipes de saúde da

família por Unidade. Isto representa um grau de complexidade significante, desde a

administração logística até as relações interpessoais entre os trabalhadores e destes

com os usuários. Assim, o conjunto de trabalhadores que compõem tais Unidades

de Saúde é formado por: gerente, equipes de saúde da família (médico, enfermeiro,

técnicos de enfermagem, agentes comunitários de saúde), pessoal de apoio

(assistentes administrativos, agentes de higienização e vigilantes).

Esta singularidade justifica a necessidade de um sujeito, que articule os

processos e relações neste espaço de gestão. Desse modo, o gerente vem a ser o

protagonista destas ações e, em Salvador, o desempenho de tais funções é

atribuído a um cargo de confiança, na estrutura organizacional da Prefeitura.

Por outro lado, a Política de Humanização do SUS tem sido implementada no

município, nas Unidades de Atenção Primária à Saúde tanto com modelo de atenção

tradicional como na Estratégia de Saúde da Família (ESF). Este trabalho, entretanto,

trará o enfoque no eixo da co-gestão preconizada pela PNH, porém apenas, nas

Unidades de Saúde da Família.

Este tema foi escolhido porque, por se tratar da Estratégia de Saúde da

Família, se caracteriza em processos de trabalho realizados em equipe, tornando-se

importante a elaboração do planejamento das ações e decisões realizadas por todos

os profissionais da Unidade, juntamente com o gerente. Desse modo, é fundamental

o seguinte questionamento:

Qual a percepção dos gerentes das Unidades de Saúde da Família de um

Distrito Sanitário do município de Salvador, no ano de 2010, sobre a implantação da

co-gestão em seu espaço de atuação?

Objetivos

Geral: Conhecer a percepção dos gerentes das Unidades de Saúde da Família de

um Distrito Sanitário do município de Salvador, no ano de 2010, sobre a implantação

da co-gestão em seu espaço de atuação.

Específicos

01. Conhecer como o gerente entende o seu processo de trabalho

02. Analisar como se dão os processos de discussão e decisão no âmbito

gerencial das Unidades de Saúde da Família

03. Analisar como a percepção do gerente pode influenciar na implantação da

co-gestão.

2 Gestão

Gestão ou Administração é o ato de trabalhar com e por intermédio de outras

pessoas para realizar os objetivos das organizações, bem como de seus membros.

(MONTANA; CHARNOV, 2010, p.01)

O gestor é aquela pessoa que no ambiente dinâmico tem uma visão holística,

capaz de planejar, de gerir recursos financeiros, de recursos materiais, de recursos

pessoais e de recursos informacionais a fim de alcançar os objetivos da organização

e dos seus colaboradores. Além disso, ele controla e avalia as ações desenvolvidas

na organização. Para Chiavenato (2006) o gestor deve criar condições para gerar

valor e riquezas.

Para Maximiano (2009, p.05) “gerir é o processo de tomar decisões sobre

objetivos e utilização de recursos”.

Com a globalização, atualmente o mundo é dos negócios, seja ele público ou

privado. Todas as atividades dos negócios estão focadas na produção e oferta do

produto ou serviço. Porém, para que o negócio dê certo é preciso que seja gerido

com eficiência e eficácia.

Chiavenato (2006, p.02) define gestão como “a condução racional das

atividades de uma organização, seja ela lucrativa ou não-lucrativa”.

As Unidades de Saúde são instituições públicas não-lucrativas, que são

geridas por pessoas que exercem chefias de confiança. Para entender como

funciona o gerenciamento de uma Unidade de Saúde, antes de tudo é necessário

conhecer o que é gestão de saúde.

Gestão de saúde é a forma como planeja, coordena, dirige e controla os

recursos disponíveis para a promoção da saúde.

Dentre os avanços que podem ser creditados ao Sistema Único de

Saúde (SUS) nos seus vinte e um anos, está o crescente

reconhecimento da importância do planejamento e seus instrumentos

para a gestão de saúde pública. Um movimento contínuo, articulado,

integrado e solidário do processo de planejamento em saúde reúne

condições singulares para que se exercitem, em plenitude, os

princípios da universalidade, integralidade e equidade, contribuindo

para o que constitui o seu propósito mais sublime que é possibilitar

melhores condições de vida e saúde para as pessoas. (SESAB,

2009, p.07).

O gestor público de saúde é aquele capaz de estimular a melhoria da

prestação de serviço à sociedade, através da valorização do profissional. É que

proporciona à comunidade um serviço humanizado, é quem organiza e planeja as

políticas de saúde a serem implementadas nas Unidades.

Uma Unidade de Saúde é o local de assistência à saúde à sociedade de

forma programada, ou não, composta por profissionais de nível superior, técnico e

médio.

A Unidade de Saúde da Família é gerida por gerente. O gerente é a pessoa

preparada para enfrentar o ambiente dinâmico, capaz de superar os novos desafios

advindos das mudanças tecnológicas, estruturais e atualmente informacionais. O

gerente de uma unidade tem que ter o perfil empreendedor, com uma gestão de

“flexibilidade, inovação, horizontalidade, criatividade, agilidade, compartilhamento de

informações, aprendizagem, gestão do conhecimento, planejamento participativo e

estratégia competitiva”. (CLAUS, 2007, p.16)

Na unidade de saúde o planejamento participativo é importante, pois é a partir

daí que se pode medir o grau de envolvimento dos profissionais no processo

decisório e também os tornam corresponsáveis pelo desenvolvimento do trabalho

onde atua.

Segundo Claus (2007, p.24):

A atuação gerencial deve ser entendida como uma prática, baseada

na decorrência do quanto é possível explicar e compreender a

dinâmica das necessidades da saúde e do tipo de explicação

formulada a cerca da maneira como estão disponíveis e são

utilizados os recursos, as bases tecnológicas, os interesses e a

forma de combiná-los de modo eficaz, eficiente e efetivo.

Antigamente o gerenciamento era apenas para cumprir os quatro princípios

da Administração: planejar, coordenar, dirigir e controlar. Já hoje, com a nova

proposta do SUS de um atendimento universal, integral e equânime, o gerente deve

gerir de forma a adequar os poucos recursos disponíveis na Unidade às

necessidades da população.

Claus (2007, p.27) apud Cecílio (1994) que diz:

O tipo de gestão mais adequado dos serviços públicos é consensual

e colegiado, em contraposição ao tipo autoritário. Esse tipo de gestão

exige do dirigente um comportamento gerencial que reconheça o

papel central dos profissionais (como sujeitos sociais); enfatize a

definição e adoção de mecanismo de tomada de decisão que

envolva os profissionais; pressuponha que os profissionais trabalhem

não para obedecer às ordens, mas por responsabilidade.

Toda organização para ser gerida é preciso de planejamento, e Montana

(2010, p.116) o define como “processo de determinar os objetivos organizacionais e

de como atingi-los”.

O gerente antes de programar suas estratégias faz o planejamento para

analisar como vai executá-la.

O planejamento é divido em estratégico, tático e operacional.

Fonte: Chiavenato (2010)

A formulação de estratégias não se resume na simples previsão das decisões

a serem tomadas no futuro, mas sim, fundamenta-se na tomada de decisões no

presente com capacidade de produzir efeitos no futuro, sendo decisões a serem

executadas em longo prazo.

A estratégia está relacionada com a capacidade de utilizar bem os recursos, a

fim de minimizar as ameaças e maximizar as oportunidades existentes na

organização.

A estratégica é fundamental para o desenvolvimento da organização e

cumprimento da missão sendo representadas por um conjunto de objetivos,

finalidades, metas, diretrizes e planos utilizados para atingir os objetivos, de forma

que a organização consiga definir como é e como pretende ser.

ESTRATÉGICO

TÁTICO

OPERACIONAL

O planejamento tático refere-se aos objetivos setoriais e à maneira de

condução da função na organização. Constituem-se na continuidade do

planejamento estratégico e serve como suporte ao plano operacional.

O esforço e os meios para atingir os objetivos estratégicos da empresa são

planejados e descritos no planejamento tático, no qual as possíveis alterações de

serviços assistenciais podem ser alteradas.

No planejamento tático está incluso o aspecto referente à capacidade

operacional da organização potencial de desenvolvimento, possibilidades e

capacidade programática de ampliações e outros referentes aos recursos físicos,

equipamentos, instrumental, prédios, recursos financeiros e capacidade de

investimentos.

O planejamento tático complementa o estratégico e constitui-se no

planejamento logístico para que a fase operacional de processamento de serviços

possa transcorrer dentro do planejamento. Sem o planejamento tático, as operações

se desagregam da estratégia e comprometem o alcance de metas e objetivos.

O planejamento operacional resume-se no estabelecimento de metas e no

processamento funcional das atividades operativas dentro da organização. Esse

planejamento tem como objetivo garantir a realização e o alcance de metas

integradas aos objetivos da Instituição.

O planejamento operacional em serviços de saúde constitui-se planejamento

e controle da produção da assistência e refere-se direta e exclusivamente ao

processo de atendimento e leva aos resultados representados pela prestação dos

serviços.

Infelizmente, as Unidades de Saúde ainda não têm planejamento elaborado,

mas com as mudanças do modelo de gestão é algo que com um tempo será

realizado.

O novo modelo de gestão que está sendo implementado nas Unidades de

Saúde é a Co-gestão. O trabalho por co-gestão é imprescindível, pois tanto o

gerente valoriza a atuação do profissional e é ajudado no processo de decisão,

quanto o profissional se sente motivado e protagonista do processo de trabalho.

3 Gestão Participativa: Co-Gestão

Atualmente têm-se pensado em uma forma de administrar mais moderno,

sem autoritarismo e hierarquia, mas sim de forma participativa, em que todos os

integrantes no processo de trabalho possam tomar decisões em conjunto. Este novo

modelo chama-se gestão participativa. Maximiano (2009, p.260) define como “uma

filosofia ou doutrina que valoriza a participação das pessoas no processo de tomar

decisões sobre a administração das organizações”. E para Maranaldo (1989, p. 60),

a Administração Participativa é “o conjunto harmônico de sistemas, condições

organizacionais e comportamentos gerenciais que provocam e incentivam a

participação de todos no processo de administrar”.

Neste tipo de gestão o potencial do profissional é valorizado, cada idéia,

sugestão e atos são aproveitados na tomada de decisão e na forma de conduzir a

empresa, motivando dessa forma o profissional e melhorando a qualidade do serviço

prestado ao público.

Maximiano (2009, p.261) caracteriza o modelo participativo a partir da

“predominância da liderança, disciplina e autonomia”, ou seja, o profissional é

responsável pelos próprios atos e desempenho dentro da organização. Quanto mais

corresponsável é o profissional, mais autonomia na tomada de decisão lhe for dada,

mais a empresa caracteriza-se como gestão participativa.

Algumas empresas trabalham no modelo de gestão considerado como diretivo, em

que há níveis hierárquicos que devem ser obedecidos. Os pioneiros deste modelo

de gestão foram Taylor, Ford e Fayol, no período da Escola Clássica em que o

processo de trabalho era por produção, onde cada funcionário era treinado a

desempenhar apenas determinada função, sem poder emitir sugestões e/ou ampliar

seus conhecimentos em outras áreas. Neste período os funcionários trabalhavam

desmotivados, com fadiga, insatisfeitos e muitas vezes com intolerância ao seu local

de trabalho.

No século XX, o americano Likert, propôs estudar os dois modelos de gestão

o diretivo e o participativo e ao comparar os dois, percebeu que nível de satisfação

dos funcionários, o desempenho estavam melhor na gestão participativa. Isso se

deu porque na gestão participativa há a confiança entre superior e subordinado, há

motivação dos colaboradores, pois ele se torna protagonista do processo de

trabalho.

Um fator muito importante e até mesmo preponderante na gestão participativa

é a comunicação entre gestor e colaborador, pois todos ficam sabendo o que está

acontecendo na empresa que trabalha e até mesmo pode fazer uma avaliação do

que está bom e o que precisa melhorar.

Maximiano (2009, p.269) cita que na gestão participativa há formação das

equipes autogeridas que são caracterizadas pela:

[...] autonomia para decidir, responsabilidade pelos próprios

resultados, os integrantes são multifuncionais e polivalentes, o papel

de liderança pode ser desempenhado por diferentes pessoas,as

funções de apoio à operação estão embutida no próprio grupo... e a

equipe tem autonomia para tomar decisões que afetam a realização

da tarefa[...].

Em uma Unidade de Saúde da Família, as equipes são autogeridas, pois

todos têm um papel muito importante dentro da equipe, na ausência de um

integrante, o outro continua conduzindo as atividades. Porém para que isso

aconteça são realizadas semanalmente reuniões de equipe para que todos saibam

de que forma conduzir.

Em 1994, o Governo Federal implantou o Programa de Saúde da Família

como “estratégia prioritária para reorganização da atenção básica no Brasil”.

(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006, p.01)

“A Atenção Básica é um conjunto de ações de saúde no âmbito individual e

coletivo, que abrangem a promoção e a proteção da saúde, prevenção de agravos, o

diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e manutenção da saúde”. (MINISTÉRIO DA

SAÚDE, 2009, p. 23)

Antigamente, nem todas as pessoas tinham acesso ao atendimento de saúde.

A Saúde era apenas para as pessoas que tinham o poder aquisitivo elevado, e os

pobres não tinham vez. Com a Lei 8080/90, Lei Orgânica do SUS, que tem dentre

seus princípios a universalidade, a integralidade e a equidade na qual o art.196 da

Constituição Federal diz que: “Saúde é direito de todos e dever do Estado”, fez com

que todas as pessoas tivessem acesso aos serviços de saúde de forma integral e de

qualidade.

A Estratégia de Saúde da Família, enquanto atenção primária veio para firmar

os princípios do SUS e ampliar o acesso da população à Saúde. Além disso, mudou

o cenário da Saúde que anteriormente, seguia o modelo hegemônico tecnicista, em

que o foco estava na valorização da técnica do atendimento e não no usuário;

hospitalocêntrico, ou seja, curativista; e medicalocêntrico, havia a supervalorização

do profissional médico e ele era considerado o detentor do conhecimento.

Com o surgimento da Estratégia de Saúde da Família, como modelo técnico-

assistencial, a preocupação passou a ser na prevenção e promoção da saúde, as

ações e decisões não ficaram mais centradas na figura do médico, mas sim, todos

os profissionais são protagonistas do seu processo de trabalho.

A Estratégia de Saúde da Família é composta por equipes multiprofissionais

tendo como integrantes: o médico, o enfermeiro, cirurgião – dentista, técnico de

enfermagem, auxiliar de saúde bucal e agente comunitário de saúde. Cada equipe é

responsável por uma área adstrita, com comunidades de perfis diferentes, cada uma

com sua realidade, “prioridades de ação, potencialidades e limitações”. (CAMPOS et

al., 2006,p.811)

Dentre os quatorzes componentes que caracterizam a organização da

Estratégia de Saúde da Família que Campos (2006, p.811) apresenta é importante

dar enfoque na:

[...] adscrição da clientela, para identificar quem são seus usuários,

quais as prioridades de ação para este, acolhimento e organização

da demanda; trabalho em equipe multiprofissional; estímulo à

participação e controle social; organização de ações de promoção à

saúde e organização de um espaço e co-gestão coletiva na equipe.

Pois com essas ações trazem os profissionais a participarem do

planejamento, decisão e execução do processo de trabalho.

Campos (et.al.2006, p.822) define o sistema de co-gestão como “um

instrumento poderoso para construir a eficácia e eficiência, e uma diretriz ético-

política fundamental para a humanização e o bom funcionamento do sistema

municipal de saúde”.

Na co-gestão o poder de decisão está centralizado na equipe multiprofissional

e gerente. Pois estes definem nas reuniões de equipe e geral como serão as

agendas de marcação, as oficinas, visitas e atividades que serão desenvolvidas na

comunidade.

Apesar das equipes serem autogeridas, existe também o papel do gerente,

que é quem coordena e administra os recursos humanos e materiais da Unidade.

A organização dos serviços, segundo Mishima (1995, p.03),

[...] compreende um conjunto de ações desenvolvidas com o objetivo

de permitir a estruturação física e dos agentes do trabalho das

unidades de saúde, através de uma alocação adequada dos recursos

necessários para a prestação da assistência à saúde da

comunidade.

Claus (2007,p.19) apud Motta (2001) que diz ” a capacidade gerencial envolve

quatro dimensões básicas:a cognitiva, a analítica,a comportamental e a habilidade

de ação.” Essas quatro dimensões não descreve o gerente só como o administrador,

mas sim aquele que traça os objetivos e define o comportamento organizacional, é

aquele que identifica o problema e vê alternativas para saná-las, é quem desenvolve

o papel de líder e estimula os seus profissionais a transformar conhecimento em

ação e é quem articula as necessidades da população com os interesses

institucionais.

Matos (1979, p.48) diz que: “o nível de participação do grupo depende do

modo como o líder utiliza seu poder e autoridade[...] quando utiliza menos

autoridade, estimula o envolvimento da equipe na solução dos problemas”.

Gerenciar é um trabalho de muita responsabilidade e que exige do gestor

habilidades para saber conduzir as ações e adversidades que são postas no

cotidiano é saber tomar decisões certas e trazer resolutividade para os problemas

tanto de administrativa quanto de saúde. Lembrando que gerente capacitado traz

resultado e melhoria na qualidade de vida da população.

Na co-gestão, o gerente tem o apoio das equipes de saúde para tomada de

decisão, porém é necessário que o mesmo saiba conduzir as equipes para que

todos sigam uma linha de trabalho em prol de um único objetivo, prestar serviço de

qualidade à comunidade.

A co-gestão ou gestão participativa é um dos sete eixos propostos pela

Política Nacional de Humanização.

A Política Nacional de Humanização foi implantada no ano de 2003 pelo

Ministério da Saúde com base na experiência do chamado “SUS que dá certo”. O

SUS que dá certo é o SUS em que há principalmente a universalidade, a

integralidade e equidade dos serviços de saúde oferecidos à comunidade.

“A política do Ministério da Saúde denominada de Humaniza SUS, em larga

medida, busca trazer para o Brasil esse novo modo de pensar a gestão e o trabalho

em saúde”. (ABRASCO, 2010, p. 2342)

O objetivo do Humaniza SUS (Brasil, 2006, p. 01)

é efetivar os princípios do Sistema Único de Saúde no

cotidiano das práticas de atenção e de gestão, assim como

estimular trocas solidárias entre gestores, trabalhadores e

usuários para a produção de saúde e produção dos sujeitos.

O Humaniza SUS (2006) é uma política que propõe mudanças no atual

sistema de saúde. Esta preconiza a valorização dos envolvidos na saúde (gestor,

trabalhador e usuário) para a produção e promoção da saúde mais humanitária e

igualitária.

Na política de humanização do SUS há a preocupação em valorizar o

profissional, o usuário e o gestor, pois todos desenvolvem um papel importante na

produção da saúde. O humaniza propõe um atendimento de qualidade, acolhedor e

personalizado para que todos se conheçam.

A Política Nacional de Humanização é regida por três princípios: a

inseparabilidade entre a atenção e a gestão dos processos de produção de saúde; a

transversalidade e a autonomia e protagonismo dos sujeitos.

A PNH propõe sete eixos de ação para serem implementadas nas Unidades

de Saúde e avaliar os resultados para ver qual o impacto desta política na

sociedade.

Dentre estes eixos, vale ressaltar o da gestão do trabalho que “propõe a

promoção de ações que assegurem a participação dos trabalhadores nos processos

de discussão, fortalecendo e valorizando os trabalhadores, sua motivação, o

autodesenvolvimento e o crescimento profissional”. (Brasil, 2006, p.25)

Neste eixo o foco é no trabalhador, ele é um sujeito que pode participar, junto

com o gestor do processo de decisão das ações implementadas na Unidade. O seu

trabalho é tão importante quanto ao do gerente, e há a preocupação com

crescimento profissional destes.

Como uma das propostas do Humaniza SUS é o envolvimento de todos os

sujeitos no processo de produção de saúde, é importante falar da co-gestão.

Segundo Ferreira (1999, p.497), co-gestão significa gestão em comum,

administração ou gerência em sociedade.

A co-gestão reúne todos os envolvidos no processo de trabalho para ajudar

na discussão, planejamento e tomada de decisão junto com o gerente.

Na Cartilha de Humanização do SUS (Brasil, 2006, p.7) diz que “os

trabalhadores ainda participam pouco das decisões sobre o rumo das unidades que

trabalham”.

Apesar de falar-se em co-gestão, a questão acima relata que atualmente não

se vê com freqüência os trabalhadores de saúde envolvidos no processo de decisão,

pois muitas vezes o gerente centraliza tudo para si, ou existe muita burocracia no

trabalho. Porém, por o campo de estudo ser dentro de uma Unidade de Saúde da

Família e que a estratégia propõe que o trabalho seja desenvolvido em equipe, é

importante verificar a importância da co-gestão nos serviços de saúde.

O Ministério da Saúde (Brasil, 2006, p.8) define co-gestão como “um modo de

administrar que inclui o pensar e o fazer coletivo”. E, além disso, ele ainda diz que “é

uma diretriz que visa motivar e educar os trabalhadores”.

Um profissional motivado desenvolve suas atividades com eficiência, confia

na proposta do programa de trabalho, além de sentir-se corresponsável pelas ações

do seu local de atuação buscando soluções para os problemas que possam ocorrer.

Porém, antes da PNH, nas Unidades de Saúde, as equipes não tinham autonomia

para desenvolver suas tarefas, elas apenas cumpriam. O poder estava centralizado

na figura do gerente, qualquer tipo de decisão quem tomava era ele.

Para que chegasse esse novo modelo de gestão, foi necessário mudar as

estruturas e pensamentos organizacionais. No modelo tradicional, o gerente

ocuparia o nível estratégico e os as equipes o nível operacional. Mas com este novo

modelo de gestão, a co-gestão, os paradigmas começaram a ser quebrados e o

trabalhador passa a exercer um papel preponderante dentro das organizações, pois

o gestor passa a lhe dar autonomia no desenvolvimento das atividades, o

trabalhador, agora é visto como colaborador e ambos ocupam o mesmo nível

hierárquico.

A comunicação no modelo de co-gestão é muito importante, pois todos

podem expressar suas opiniões e até mesmo implementá-las.

O Humaniza SUS com sua proposta de co-gestão veio para integrar cada vez

mais as equipes multiprofissionais da Estratégia de Saúde da Família e tornar cada

profissional responsável pelas ações e decisões da Unidade.

O modelo de gestão que estamos propondo é centrado no trabalho

em equipe, na construção coletiva (planeja quem executa) e em

colegiados que garantem que o poder seja de fato compartilhado, por

meio de análise, decisões, avaliações construídas coletivamente.

(Brasil, 2006, p.9)

Na Estratégia de Saúde da Família existem reuniões de equipe semanais

para os profissionais programarem as atividades que serão desenvolvidas no

decorrer da semana, como os atendimentos ambulatoriais, as atividades educativas,

as vistas domiciliares e as vacinações. Neste cenário o papel do gerente também é

muito importante, pois é ele quem junto com as equipes, que vai montar as

estratégias de como as tarefas serão executadas.

4 Metodologia

Foi realizado um Estudo de Caso nas Unidades de Saúde da Família em um

Distrito Sanitário do município, no qual foi estudada a percepção dos gerentes das

Unidades de Saúde da Família sobre a implantação da co-gestão em seu espaço de

atuação.

A escolha por Estudo de Caso deu-se por este ser:

“[...]uma modalidade de pesquisa amplamente utilizada nas ciências

biomédicas e sociais. Consiste no estudo profundo e exaustivo de

um ou poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e

detalhado conhecimento [...]”. (GIL, 2006, p.54)

Para confirmar se era possível ou não a implantação da Co-gestão nas

Unidades de Saúde, foi feita uma abordagem comparativa entre gestor e trabalhador

que desenvolvem suas atividades laborais em uma Unidade de Saúde da Família,

que são regidos por uma mesma lei e normas, que é a Portaria 648/2006. Ressalto

que a Unidade de saúde da Família foi escolhida devido à facilidade de acesso às

informações, por desempenhar minhas atividades laborais neste âmbito.

As Unidades de Saúde sejam elas de demanda aberta ou de Saúde da

Família, hierarquicamente são administradas por Distritos Sanitários.

A Secretaria Municipal de Saúde de Salvador descreve o conceito de Distrito

Sanitário:

[...] deve ser compreendido sobre duas dimensões: a primeira,

enquanto estratégia de construção do SUS num município e/ou

conjunto de municípios, envolvendo alguns elementos conceitual e

operacionalmente importantes; e a outra dimensão se refere à menor

unidade de território ou de população, a ser apropriada para o

processo de planejamento e gestão. (SALVADOR, 2007, p. 01)

As Unidades em estudo fazem parte da área adscrita ao Distrito Sanitário São

Caetano/Valéria que conta atualmente com a colaboração de 07 gestores que

gerenciam as Unidades de Saúde da Família.

A Unidade em estudo é composta por 05 médicos, 05 enfermeiros, 03

cirurgiões-dentista, 03 Auxiliares de Saúde Bucal (ASB),10 técnicos em

enfermagem, 02 assistentes administrativos, 03 Agentes de higienização, 08

agentes de portaria e 07 agentes comunitários de saúde

Como instrumento de levantamento de dados, foi aplicado um questionário

com os 06 gestores e 20 profissionais das diversas categorias, porém apenas 04

gestores responderam e 15 profissionais.

Para a realização do estudo na Unidade de Saúde foi importante conhecer um

pouco da história da comunidade. Já que a sua aquisição foi conquista da

comunidade.

Em 2001 a comunidade de São Bartolomeu começou a se mobilizar

reivindicando por uma Unidade de Saúde, pois só existia apenas 01 Unidade, no

qual era de difícil acesso e uma estrutura que não acomodava de forma confortável

e satisfatória os profissionais e a comunidade.

Integrantes da comunidade foram até a CONDER solicitar a construção de um

novo posto de fácil acesso e que comportasse todos os profissionais, fizeram

abaixo-assinado, fecharam a pista, até que a CONDER cedeu um terreno e

começou a construir um novo Posto de Saúde. Este Posto foi inaugurado no dia 21

de Janeiro de 2008 seguindo a Estratégia de Saúde da Família.

Foi utilizado como fonte o livro ata da Associação Local e entrevista com

moradores da comunidade.

5 Discussão

A pesquisa foi realizada com 19 pessoas, sendo 04 gestores e 15

trabalhadores. Ao analisar as respostas dos gestores e trabalhadores, pôde-se

observar que houve convergência (na maioria das questões), porém cada um

respondendo sob a sua ótica.

Ao perguntar o que se entende por humanização na Saúde obtivemos

diversas respostas. Dentre estas, 75% dos gestores responderam que é a forma

humana de tratar o usuário e 25% respondeu que é a forma de se colocar no lugar

do outro.Já 20% dos trabalhadores responderam que é a igualdade para todos.

6,66% disseram que é a avaliação de políticas públicas e promoção à integralidade

do cidadão, 66,6% responderam que é acolher o usuário e orientá-lo, 13,3% citou o

respeito entre os colegas e 6,66% responderam que é prestar um serviço de

qualidade.

Analisando as idéias expostas pelo gestor e trabalhador, pôde-se averiguar

que cada um deles respondeu o que a Política Nacional de Humanização preconiza

dentro dos seus eixos: atender o usuário de forma acolhedora, avaliar as políticas

públicas para que prestemos um serviço de qualidade à comunidade.

Depois foi perguntado se conhecia a Política Nacional de Humanização e

100% dos gestores responderam que sim, no âmbito dos trabalhadores, 73,33%

disseram que conhece e 26,66% disseram que não.

Gráfico 01

Fonte: Própria

Gráfico 02

Fonte: Própria

É importante que todos conheçam o Humaniza SUS, pois é a base para a boa

relação entre trabalhador, gestor e usuário. O documento-base da Política Nacional

de Humanização define humanização como a valorização dos diferentes sujeitos

implicados no processo de produção de saúde.Os valores são autonomia e o

protagonismo dos sujeitos, a co-responsabilidade entre eles, os vínculos solidários e

a participação coletiva no processo de gestão.( BRASIL, 2006,p.2-3).

Quando perguntamos aos gestores para ele o que era gerenciar, 25% que era

organizar normas e rotinas, 50% respondeu que era um processo difícil devido a

falta de entendimento dos profissionais e a estrutura desorganizada da estratégia e

25% falou que é gerir ações administrativas e recursos humanos, integrando

atividades dos colaboradores e usuários.

Para Chiavenato (2006,p.4) administração significa planejar o que será feito,

botar ordem nas coisas, alinhar recursos e convergir tudo isso em direção a um só

objetivo. E para Montana et.al.(2010,p.2) é o ato de trabalhar com e por intermédio

de outras pessoas para realizar os objetivos da organização, bem como de seus

membros.

Quando foi perguntado aos trabalhadores, 53,33% respondeu que é saber

ouvir, decidir, delegar tarefas e resolver situações. 13,33% informou que é

administrar de forma participativa e 6,66% responderam que era acolher o público

de forma humanizada.6,66% disseram que é ter autonomia e respeito por todos os

profissionais, 6,66% que é acompanhar e atuar na provisão e previsão de recursos e

participar do desenvolvimento das atividades e por fim, 6,66% definiram como

organização do setor administrativo e da gestão de pessoas.

É interessante como na mente das pessoas quando se pergunta o que é

gerenciar/ administrar, na maioria das vezes respondem que é coordenar, planejar,

delegar tarefas e decidir. Certo essas são algumas atribuições do

administrador,porém vai muito alem disso, é ter liderança, ser proativo, flexível e

principalmente comunicativo.

Ao perguntarmos o papel de atuação na Unidade, 100% dos gestores

responderam que eram co-responsáveis no processo de gestão, já os trabalhadores

apenas 46,66% e 60% responderam que era funcional.

Gráfico 03

Fonte: Própria

Gráfico 04

Fonte: Própria

Por se tratar de uma Unidade de Saúde da Família no qual existem pessoas

das diversas categorias, desde o gerente ao técnico de enfermagem e consultório

dentário, era esperado que a maioria dos trabalhadores informasse que era apenas

funcional, pois existem muitos trabalhos técnicos dentro da Unidade. Porém existem

trabalhadores que além de desenvolver sua função técnica, também ajuda no

processo de gestão.

Quando perguntamos se havia interação dos profissionais no processo de

decisão, todos disseram que sim, ou seja, 100% dos entrevistados.

Gráfico 05

Fonte: Própria

Gráfico 06

Fonte: Própria

Logo em seguida, perguntamos como se dá essa interação, 50% dos

gestores falaram que era com responsabilidade, compromisso e respeito e 50%

respondeu que era através de reuniões e discussões das ações desenvolvidas. Os

trabalhadores, na maioria, respondeu que a interação se dava através de reunião e

mural, chegando a um percentual de 86,66% e 6,66% respondeu que a interação se

dá através do que ele pode oferecer de melhor.

Pôde-se perceber que a interação gestor/trabalhador se dá através de

reuniões e discussões. É importante ressaltar que no novo modelo de gestão uma

ferramenta prioritária é a comunicação. Maximiano (2009, p.267)... a administração

deve procurar comunicar-se, transmitindo informações para baixo e para os lados..

Ao perguntar qual método é utilizado para manter informado das ações de

gestão, 25% dos gestores informaram que era através de mural, 50% responderam

que além do mural também é através de reunião de equipe e capacitação e 25%

disseram que era apenas através da reunião de equipe e capacitação.

Gráfico 07

Fonte: Própria

Já os trabalhadores em 53,33% informaram que era através de mural, 93,33%

através de reunião de equipe, 6,66% capacitação e 6,66% disseram que era através

de outras ferramentas.

Gráfico 08

Fonte: Própria

Na gestão participativa é importante saber que os profissionais mantêm-se

informados das ações desenvolvidas no ambiente de trabalho. Pois dessa forma

todos vão estar em sintonia com a mesma informação.

Foi perguntado como se dava o trabalho em equipe, 26,66% dos

trabalhadores responderam que era de forma organizada em que cada profissional

expõe a sua idéia e esta é discutida, 40% acham que cada um tem sua

responsabilidade e função e 13,33% disseram que o trabalho se dá a partir da

participação de todas as categorias no desenvolvimento das atividades. Já 75% dos

gestores falaram que é a partir de ações integradas de forma coletiva e 25% é com

ética, responsabilidade e equidade.

Em uma Unidade de Saúde da Família o trabalho é desenvolvido em equipe,

mesmo cada um desempenhando sua função, as decisões são tomadas em

conjunto, as atividades são integradas.

Foi perguntado ao gestor se ele aceita opiniões dos profissionais na tomada

de decisão e ao trabalhador se as opiniões são aceitas. E 100% dos trabalhadores e

gestores disseram que são aceitas.

Gráfico 09

Fonte: Própria

Gráfico 10

Fonte: Própria

Uma gestão participativa eficaz é aquela em que o gestor escuta a opinião

dos trabalhadores na tomada de decisão. Significa que o trabalhador é co-

responsável pelas ações da Unidade.

Ao perguntar quem decide na necessidade de mudança, 33,33% dos gestores

responderam que é o gestor quem decide e 66,67% disseram que é o gestor e

trabalhador.

Gráfico 11

Fonte: Própria

Já 20% dos trabalhadores responderam que é o gestor quem decide e 80%

responderam que é o gestor e trabalhador.

Gráfico 12

Fonte: Própria

O gráfico nos mostrou que a participação do trabalhador no processo de

decisão é bem ativa. Isso confirma que o trabalhador é co-participante nas ações.

Quando foi perguntado se o trabalhador estava apto a desenvolver o papel de

liderança, 100% dos gestores responderam que sim, mas apenas 40% dos

trabalhadores responderam que sim, 53,33% responderam que não e 6,66% não

respondeu.

Gráfico 13

Fonte: Própria

Gráfico 14

Fonte: Própria

Isso significa que o gestor confia no profissional que tem e os acha capaz de

desenvolver um papel de liderança. Porém os profissionais acham o contrário devido

as função técnica que os mesmos desenvolvem na Unidade, não se preocupando ou

até mesmo não tendo despertado seu perfil de liderança.

Foi perguntado aos gestores e trabalhadores o que eles entendiam por Co-

gestão, 25% dos gestores responderam que não entendiam, 25% responderam que

o gestor é o responsável pela decisão das ações desenvolvidas na Unidade e 50%

respondeu que o trabalhador é co-responsável pelas decisões.

Gráfico 15

Fonte: Própria

Já s trabalhadores (6,66%) disseram que o trabalhador é o responsável pela

decisão das ações e 93,33% disseram que o trabalhador é co-responsável.

Gráfico 16

Fonte: Própria

É importante perceber que a maioria dos entrevistados entendem por Co-

gestão, pois uma Unidade que é composta por equipes, é necessário que o

processo de tomada de decisão seja compartilhada e que cada profissional seja e

sinta-se co-responsável das ações desempenhadas na Unidade.Na ausência do

gestor qualquer profissional está apto a decidir, pois os trabalhadores também são

protagonistas do processo.

Após analisarmos se os entrevistados conheciam o que era co-gestão,

perguntamos se era possível implantar a Co-gestão na Unidade e 100% dos

gestores disseram que sim. Enquanto 80% dos trabalhadores que sim e 20%

disseram que não.

Gráfico 17

Fonte: Própria

Gráfico 18

Fonte: Própria

Na implantação da co-gestão na Unidade é importante a aceitação de todos

os integrantes ou quase todos para que o trabalho ocorra com dinamismo, qualidade

e eficácia.

Foi perguntado como se implantaria na Unidade a co-gestão e 75% dos

gestores respondeu que estabeleceria uma negociação constante com os níveis

superiores para conquistar independência na tomada de decisão, capacitação para

integração no processo de gestão e 25% não entende do processo de co-gestão.

Já 20% dos trabalhadores informaram que não é necessário implantar porque

já existe;13,33% disseram que a implantação pode ser feita através do diálogo com

os profissionais, fazendo com que os mesmos sintam-se participantes;6,66% dando

autonomia a todos os funcionários para exercer suas ações, 6,66% falaram que

distribuiriam tarefas, 6,66% disseram que promoveriam reunião com os líderes

comunitários e participantes da comunidade, 20% falaram que organizariam

colocando cada profissional em sua função e 6,66% não se aplica.

É importante saber de que forma implantaria, para rever o modelo atual de

gestão e verificar o que excluiria, o que poderia ser melhorado e o que precisaria

para implantar.

Segue abaixo a planilha com as possibilidades e dificuldades encontradas

pelo gestor e trabalhador para a implantação da Co-gestão.

GESTOR

POSSIBILIDADES %

Integração equipe e gestão, conhecimento

das realidades situacionais

66,66%

Está tentando a implantação 33,33%

Tabela 01

Fonte: própria

DIFICULDADES %

Falta de autonomia gerencial e atuais

conjecturas do município

33,33%

Falta de entendimento e estímulo dos

profissionais

33,33%

Aceitação e participação 33,33%

Não respondeu 33,33%

Tabela 02

Fonte: Própria

Para o gestor a maior possibilidade é a integração entre equipe e gestor, pois

os dois estando em harmonia irão desempenhar um trabalho de qualidade.

TRABALHADOR

POSSIBILIDADES %

Todas 6,66%

Ganhando confiança e apoio da equipe 13,33%

Bom relacionamento entre gestor e trabalhador 6,66%

Boa vontade dos profissionais 6,66%

Não há possibilidade de implantação 33,33%

Ganhando apoio do gestor para implantar ações 6,66%

Boa vontade e compromisso gestor e trabalhador 13,33

Não respondeu 6,66%

Tabela 03

Fonte: Própria

DIFICULDADES %

Os profissionais não gostam de desempenhar suas

funções

6,66%

Falta de consenso na equipe 13,33%

Falta de compromisso de alguns trabalhadores 13,33%

Capacitação, decisões e punições iguais para todos 6,66%

Não ocorre dificuldade 20%

Tabela 04

Fonte: Própria

Já o trabalhador acha que não há possibilidade de implantação.Isto se torna

contraditório, pois quando perguntamos se havia possibilidade de implantação da

Co-gestão na Unidade, 80% disseram que sim.

Foi perguntado qual resultado esperaria alcançar e 50% dos gestores

responderam que era a satisfação do usuário e profissional, 25% não respondeu e

25% responderam que o resultado esperado é a responsabilidade, aceitação e

compromisso. Já os trabalhadores, na maioria com 26,66% responderam que era

melhorar o andamento da Unidade, 20% respondeu que era a melhoria na qualidade

do atendimento, 13,33% responderam que teria resultado trabalhador mais satisfeito

e gerente menos sobrecarregado, 6,66% bom desempenho dos funcionários, 6,66%

parceria entre trabalhador e gestor, 6,66% usuário satisfeito e 6,66%não respondeu.

Analisando as respostas da pesquisa pôde-se observar que a Política

Nacional de Humanização, o Humaniza SUS, resume tudo o que foi abordado pelos

entrevistados.

6 Conclusão

Propor um novo modelo de gestão é um processo lento e que precisa contar

com a participação de todos. Representa uma mudança de comportamento e cultura

organizacional com os partícipes do processo de trabalho.

O tema proposto é uma tentativa de implementação da Co-gestão nas

Unidades de Saúde da Família do Distrito Sanitário São Caetano/Valéria.

Ao fazer a consolidação dos dados da pesquisa, foi observado que é possível

implementar a Co-gestão nas Unidades, pois através das respostas tanto gestores

quanto trabalhadores foi verificado que eles já adotam este modelo.Talvez

inconscientemente eles não soubessem que a co-gestão já existe nas suas

Unidades, mas as ações empreendidas, informadas por eles, é uma comprovação.

A Co-gestão por ser um dos eixos propostos pela Política Nacional de

Humanização nos remete a uma prestação de serviço de qualidade e humanizado. A

relação de trabalho fica mais harmoniosa e conseqüentemente trabalhadores e

gestores desenvolvem suas atividades mais motivadas.

Foi importante observar que os participantes da pesquisa têm conhecimento

sobre co-gestão, pois o processo de discussão das atividades que são

desenvolvidas dentro da Unidade tem a opinião de todos e inclusive o processo

decisório.

É de grande valia saber que o modelo de gestão está mudando, mesmo que

gradativamente. Pois antigamente as relações de trabalho eram hierarquizadas, em

que só o gestor poderia tomar decisões, fazer planejamento e o trabalhador só

executava. Mas hoje, as relações hierárquicas estão ficando horizontais, há a

valorização do trabalhador, este é considerado protagonista do processo de

trabalho, tanto quanto o gestor.

É possível observar neste modelo o respeito mútuo gestor/trabalhador

tornando assim, a produção de trabalho mais eficaz trazendo benefício não só para

trabalhadores e gestores, como também e principalmente para a comunidade.

Diante deste estudo podemos afirmar que o objetivo proposto por este

trabalho, que era conhecer a percepção dos gerentes das Unidades de Saúde da

Família de um Distrito Sanitário do município de Salvador, no ano de 2010, sobre a

implantação da co-gestão em seu espaço de atuação, foi alcançado. Pois os

gerentes informaram que são co-responsáveis pelo processo, resposta no qual os

trabalhadores também afirmaram, ambos disseram que existe interação

gestor/trabalhador no processo decisório e que o gestor aceita as opiniões vindas

dos trabalhadores, respostas nas quais são características do modelo de Co-gestão.

Além disso, este estudo também confirma os objetivos específicos que foram:

conhecer como o gerente entende o seu processo de trabalho, analisar como se dão

os processos de discussão e decisão no âmbito gerencial das Unidades de Saúde

da Família e analisar como a percepção do gerente pode influenciar na implantação

da co-gestão. Respostas essas que foram mostradas anteriormente nos gráficos do

capítulo Discussão.

Deixa-se como sugestão que continuemos trabalhar em busca de novos

modelos de gestão que venham ser pactuadas com a proposta do Humaniza SUS

para que tenhamos sempre, trabalhadores motivados e comunidade satisfeita.

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APÊNDICE 1- QUESTIONÁRIO - GESTOR

Nº __________

Tempo de nomeação __________________

Formação___________________________

Tempo de conclusão da graduação________________

Tempo de experiência na função gerencial____________

1- O que você entende por humanização na Saúde?

2- Você conhece a Política Nacional de Humanização?

( )SIM

( )NÃO

3- Para você, o que é gerenciar uma Unidade de Saúde da Família?

4- Qual o papel dos profissionais que atuam na Unidade de Saúde?

( ) NENHUM

( ) CO-RESPONSÁVEL NO PROCESSO DE GESTÃO

( ) FUNCIONAL

5- Existe interação dos profissionais no processo de decisão?

( ) SIM

( ) NÃO

6- Como se dá essa interação?

7- Qual o método que você utiliza para manter os profissionais informados das

ações de gestão?

( ) NENHUM

( ) MURAL INFORMATIVO

( ) REUNIÃO DE EQUIPE

( ) CAPACITAÇÃO

8- Como se dá o trabalho em equipe?

9- Você, enquanto gerente, aceita opiniões dos seus profissionais na tomada de

decisão?

( ) SIM

( ) NÃO

10- Quando há necessidade de mudança, quem decide?

( ) GESTOR

( ) TRABALHADOR

( ) GESTOR/ TRABALHADOR

11- Você acha que seus profissionais estão aptos a desenvolverem papéis de

liderança dentro da Unidade?

( ) SIM

( ) NÃO

12- O que você entende por Co-gestão?

( ) NÃO ENTENDE;

( )PROCESSO NO QUAL O GESTOR É RESPONSÁVEL PELA DECISÃO

DAS AÇÕES DESENVOLVIDAS NA UNIDADE;

( ) PROCESSO NO QUAL O TRABALHADOR É RESPONSÁVEL PELA

DECISÃO DAS AÇÕES DESENVOLVIDAS NA UNIDADE;

( ) PROCESSO PELO QUAL O TRABALHADOR É CO-RESPONSÁVEL

PELA DECISÃO DAS AÇÕES DESENVOLVIDAS NA UNIDADE.

13- É possível implantar a Co-gestão na sua Unidade?

( ) SIM

( ) NÃO

14- Como você implantaria na sua Unidade?

15- Quais as possibilidades e dificuldades para a implantação da Co-gestão na

sua Unidade?

16- Que resultados você espera alcançar com a implantação da Co-gestão?

Obrigado pela colaboração!

APÊNDICE 2 - QUESTIONÁRIO - TRABALHADOR

Nº __________

Tempo de serviço __________________

Formação___________________________

Tempo de conclusão do curso________________

Tempo de experiência na função ____________

1- O que você entende por humanização na Saúde?

2- Você conhece a Política Nacional de Humanização?

( )SIM

( )NÃO

3- Para você, o que é gerenciar uma Unidade de Saúde da Família?

4- Qual o seu papel de atuação na Unidade de Saúde?

( ) NENHUM

( ) CO-RESPONSÁVEL NO PROCESSO DE GESTÃO

( ) FUNCIONAL

5- Existe interação dos profissionais no processo de decisão?

( ) SIM

( ) NÃO

6- Como se dá essa interação?

7- Qual o método que você se mantêm informado das ações de gestão?

( ) NENHUM

( ) MURAL INFORMATIVO

( ) REUNIÃO DE EQUIPE

( ) CAPACITAÇÃO

8- Como se dá o trabalho em equipe?

9- Sua opinião é aceita pelo gerente na tomada de decisão?

( ) SIM

( ) NÃO

10- Quando há necessidade de mudança, quem decide?

( ) GESTOR

( ) TRABALHADOR

( ) GESTOR/ TRABALHADOR

11- Você se acha aptos a desenvolver papel de liderança dentro da Unidade?

( ) SIM

( ) NÃO

12- O que você entende por Co-gestão?

( ) NADA;

( )PROCESSO NO QUAL O GESTOR É RESPONSÁVEL PELA DECISÃO

DAS AÇÕES DESENVOLVIDAS NA UNIDADE;

( ) PROCESSO NO QUAL O TRABALHADOR É RESPONSÁVEL PELA

DECISÃO DAS AÇÕES DESENVOLVIDAS NA UNIDADE;

( ) PROCESSO PELO QUAL O TRABALHADOR É CO-RESPONSÁVEL

PELA DECISÃO DAS AÇÕES DESENVOLVIDAS NA UNIDADE.

13- É possível implantar a Co-gestão na sua Unidade?

( ) SIM

( ) NÃO

14- Como você implantaria na sua Unidade?

15- Quais as possibilidades e dificuldades para a implantação da Co-gestão na

sua Unidade?

16- Que resultados você espera alcançar com a implantação da Co-gestão?

Obrigado pela colaboração!