UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU · Os programas de coleta seletiva são...
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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
GESTÃO AMBIENTAL EM
CONDOMÍNIOS RESIDENCIAIS LOCALIZADOS NO
BOSQUE MARAPENDI – BARRA DA TIJUCA
Por: Mariana Pires Novaes
Orientador
Prof.° Francisco Carrrera
RIO DE JANEIRO
2011
2
UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
GESTÃO AMBIENTAL EM
CONDOMÍNIOS RESIDENCIAIS LOCALIZADOS NO
BOSQUE MARAPENDI – BARRA DA TIJUCA
Apresentação de monografia à Universidade
Cândido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Gestão
Ambiental.
Por: Mariana Pires Novaes
RIO DE JANEIRO
2011
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço aos professores do curso de Gestão
Ambiental da UCAM, pela competência em
partilhar o saber. Aos colegas de turma, que se
tornaram amigos. Aos meus pais pelo apoio e
incentivo. Ao meu amor, Maurício, pelo carinho e
paciência.
4
DEDICATÓRIA
Dedico à minha mãe, Ana Maria, por sempre
acreditar em mim e me mostrar que o estudo é
fundamental para a vida.
5
RESUMO
Este trabalho monográfico tem como objetivo apresentar e analisar
os procedimentos necessários para uma gestão ambiental sustentável em
condomínios residenciais localizados no Bosque Marapendi – Barra da Tijuca.
Para melhor entendimento do tema proposto optou-se por descrever os
conceitos de sustentabilidade antes de falar sobre os meios através dos quais
se realiza a gestão ambiental. A pesquisa procura listar os recursos técnicos a
serem incorporados no projeto. Também são destacadas as diferenças entre
os edifícios que já realizam a gestão ambiental e os que ainda estão
ambientalmente incorretos. Através da aplicação de um questionário é
analisado a conscientização ambiental dos condôminos e o comprometimento
com a implantação de projetos sustentáveis. O presente trabalho pretende
incorporar uma gestão integrada e participativa no Bosque Marapendi.
Palavras chave: gestão, ambiental, condomínio, sustentabilidade.
6
METODOLOGIA
A metodologia empregada para o desenvolvimento deste trabalho
foi, primeiramente, a pesquisa bibliográfica. Através da investigação em livros,
teses, artigos publicados, jornais locais e sites da internet foi montada uma
base teórica para o entendimento técnico do processo de gestão ambiental.
Posteriormente, foi realizada uma pesquisa de campo, para
conhecer a área a ser estudada e o perfil dos moradores, tendo como
instrumento a aplicação de questionário e uma conversa informal com
funcionários da ABM (Associação Bosque Marapendi). O questionário foi
respondido por quarenta e cinco moradores dos prédios situados no Bosque
Marapendi, Barra da Tijuca.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I – SUSTENTABILIDADE 10
CAPÍTULO II – CONDOMÍNIOS RESIDENCIAIS 15
CAPÍTULO III – A GESTÃO AMBIENTAL DE QUALIDADE 21
CONCLUSÃO 25
BIBLIOGRAFIA 27
WEBGRAFIA 28
ANEXOS 29
ÍNDICE 34
8
INTRODUÇÃO
O presente trabalho Gestão Ambiental em Condomínios
Residenciais Localizados no Bosque Marapendi – Barra da Tijuca visa o
emprego de uma gestão ambiental de qualidade em condomínios. Para chegar
a este objetivo, este trabalho estuda o processo de sustentabilidade, as
diferentes fontes de energias renováveis, o reaproveitamento da água da chuva
e o processo de reciclagem dos resíduos sólidos urbanos.
Este trabalho se justifica, pois a questão ambiental se tornou nos
últimos anos um problema que aflige toda a sociedade. Com o aumento da
população mundial, a escassez dos recursos (principalmente a água e os
combustíveis fósseis), as mudanças climáticas e o aumento dos desastres
naturais. Surge, a necessidade do desenvolvimento de projetos que primem
pelo desenvolvimento sustentável.
Devido ao empobrecimento do planeta e as guerras, o
reaproveitamento dos resíduos, através da reciclagem é de fundamental
importância para a sociedade. A reciclagem aumenta a concorrência entre
produtos, diminui o preço das mercadorias; gera emprego e receita para o
empreendimento, além de diminuir o volume de lixo e evitar doenças.
O emprego da gestão ambiental em condomínios afeta
economicamente, moradores e funcionários e aumenta a conscientização
ecológica, fundamental para o sucesso do projeto e para o futuro da sociedade.
O processo da gestão ambiental é essencial para se conseguir
certificações ambientais, valorizando o imóvel.
O estudo irá se limitar ao Bosque Marapendi, condomínio de onze
prédios de classe média alta, localizados na Barra da Tijuca, zona oeste da
cidade do Rio de Janeiro.
Para desenvolver o tema descrito acima, o trabalho fará no primeiro
capítulo um estudo sobre sustentabilidade e gestão ambiental associadas à
preocupação ambiental mundial. Além de detalhar as medidas ambientais mais
indicadas a serem implantadas em um projeto de sustentabilidade. Tiveram
9
destaque: a reciclagem do lixo, as energias renováveis e o reaproveitamento
da água da chuva.
No capítulo II, iremos descrever o condomínio, o perfil dos
moradores e as medidas de gestão ambientais já empregadas. A relação entre
moradores e a questão ambiental, será analisada através de um questionário
respondido por moradores e funcionários, abordado neste capítulo.
No capítulo III será feito o estudo econômico-ambiental do emprego
da energia eólica, do reaproveitamento da água da chuva e da reciclagem dos
resíduos. A importância das certificações ambientais e a conscientização
ambiental dos moradores serão discutidas, visando à aplicação da gestão
ambiental no Condomínio Bosque Marapendi.
10
CAPÍTULO I – SUSTENTABILIDADE
1.1 – DEFINIÇÃO
A palavra sustentabilidade que tanto está sendo empregada no
mundo, mostra a real preocupação com as gerações futuras.
O Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, descreve como:
“Sustentável, adjetivo que pode sustentar, capaz de se manter mais ou menos
constante, ou estável, por longo tempo”.
A primeira conferência de escala global que tratou sobre as relações
do homem e do meio ambiente foi realizada em Estocolmo, em 1972. Em 1992
foi realizada a Rio 92 – Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente
e Desenvolvimento -, na qual foram discutidas metas e definidos acordos a fim
de conciliar o desenvolvimento humano com a conservação e proteção do meio
ambiente. Nessa reunião foi introduzida a idéia de desenvolvimento sustentável
– conceito extraído do Relatório Brundtland / “Nosso futuro comum” que diz:
Desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades. (ONU, 1991, Nosso Futuro Comum)
No Direito Ambiental Brasileiro encontramos normas jurídicas
relacionadas com questões ambientais, sobretudo definindo os procedimentos
necessários para a obtenção do licenciamento de atividades, parâmetros de
usos e penalidades aplicadas no caso de não cumprimento das imposições. O
desenvolvimento sustentável é citado como direito de todos e garantido através
da Constituição federal do Brasil, como segue abaixo:
Todos têm direito a um meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se o Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. (Constituição Federal do Brasil, 1988)
11
As definições de sustentabilidade mostram que este conceito surgiu
em virtude da busca existente em solucionar os problemas ocasionados pela
exploração descontrolada dos recursos naturais.
1.2 – PREOCUPAÇÃO AMBIENTAL
As graves alterações climáticas, a escassez de água, as crises no
setor energético têm colocado a população mundial para pensar em
alternativas que minimizem os impactos ao meio ambiente e assegurem a sua
permanência nele.
Cientistas, pesquisadores, organizações, população e governantes
estão se unindo para discutir e levantar sugestões que possam levar ao
encontro de medidas que desacelerem e minimizem os sérios impactos
ambientais.
Os cidadãos devem ser constantemente instruídos para a adoção de
práticas que garantam a sustentabilidade de todos os seus atos e ações.
Destinar corretamente os resíduos domésticos, proteger os mananciais que se
encontram em áreas urbanas e a adoção de medidas simples que estabeleçam
a cultura da sustentabilidade em cada família.
Reduzindo-se os desperdícios, as práticas ambientais
irresponsáveis, os danos ambientais serão drasticamente minimizados e a
sustentabilidade dos assentamentos humanos e as atividades econômicas de
qualquer natureza estarão asseguradas.
O mais importante de tudo é educar e fazer com que o cidadão
comum entenda que o ele faz ou fará; gerará um impacto no meio ambiente
que o cerca. E que só com práticas e ações que visem à sustentabilidade
dessas práticas; estará garantindo uma vida melhor e mais satisfatória, para
ela mesma, e para as gerações futuras.
12
1.3 – RECICLAGEM
Reciclar é economizar energia, poupar recursos naturais e trazer de
volta ao ciclo produtivo o que jogamos fora. Para a real compreensão da
palavra reciclagem é importante “reciclarmos” o conceito que temos de lixo,
deixando de enxergá-lo como sujeira inútil.
Grande parte dos materiais que vão para o lixo podem e devem ser
reciclados. Tendo em vista o tempo de decomposição natural de alguns
materiais como o plástico, o vidro, a lata, o alumínio, faz-se necessário o
desenvolvimento de uma consciência ambientalista para uma melhoria da
qualidade de vida atual e para que haja condições ambientais favoráveis à vida
das futuras gerações.
A produção de resíduos aumenta e surge a pergunta. O que fazer e
onde colocar tanto lixo? É um dos maiores desafios deste final de século. A
reciclagem é uma alternativa para minimizar o problema, porém é necessário o
engajamento da população para realizar esta ação.
Os programas de coleta seletiva são alternativas de renda para a
manutenção e sobrevivência de várias famílias.
A educação ambiental é o instrumento fundamental para a
destinação correta de resíduos sólidos, pois é um processo que integra
conhecimentos, valores e participação social. É essencial a criação de
mecanismos para a diminuição da geração exacerbada de resíduo. Segundo
Ortigoza, 2001, “o consumo sustentável tem sido apontado como uma das
possibilidades de minimização dos impactos gerados pelos resíduos sólidos”.
A reciclagem do lixo tem muitas vantagens, como: diminuições do
consumo de matérias primas não renováveis, prolongamento da vida útil de
aterros sanitários, diminuição da poluição do solo, da água e do ar,
melhoramento da produção de compostos orgânicos, geração de empregos
para a população não qualificada e receita para pequenos e micro empresários,
diminuição do índice de doenças, geração de receita com a comercialização de
recicláveis, estímulo a concorrência, contribuição para a valorização da limpeza
pública e para formação uma consciência ecológica.
13
1.4 – ENERGIAS RENOVÁVEIS
O mundo tem sofrido com a exploração de seus recursos naturais,
com a poluição atmosférica e com a degradação do solo. O petróleo,
considerado uma fonte tradicional de energia, foi tão extraído que seus poços
já começam a se esgotar. A energia nuclear, da mesma forma, nos alerta para
o perigo dos resíduos radioativos. O uso de fontes tradicionais de energia está
entrando em declínio, não só por ser não-renovável, mas porque é uma
ameaça ao meio ambiente.
As chamadas “fontes alternativas de energia” ganham um espaço
cada vez maior. Estas fontes, além de não prejudicar a natureza, são
renováveis, e por isso perenes. São exemplos de fontes renováveis: a energia
solar, a energia eólica, a energia hídrica e a biomassa.
Este trabalho se restringirá a energia eólica e a energia solar, pois
são as mais indicadas para serem implantadas em edifícios residenciais.
A energia solar pode ser usada para a produção de eletricidade
através de painéis solares e células fotovoltaicas. No Brasil, a quantidade de
sol abundante durante quase todo o ano estimula o uso deste recurso.
O uso passivo da energia solar é utilizado para o aquecimento de
edifícios. A principal vantagem é a quase ausência total de poluição. No
entanto, a grande limitação dos dispositivos fotovoltaicos é seu baixo
rendimento e o elevado custo dos painéis.
A energia eólica é a energia gerada pelo vento. É muito simples
entender de onde surgiu o sistema básico da energia eólica, basta observar os
barcos movidos por velas, impulsionados pelo vento ou a engrenagem dos
moinhos. Apesar da grandiosidade dos moinhos de vento, a tecnologia
continua a mesma há 1000 anos. Pode ser canalizada pelas modernas turbinas
eólicas ou pelo tradicional cata-vento. No Brasil há ventos favoráveis para a
ampliação dos instrumentos eólicos.
O mecanismo de funcionamento é o seguinte: o ar move-se
rapidamente, na forma de vento. As partículas, também se movimentam, isso é
a energia cinética. Essa energia é capturada pelas pás. Quando estas captam
14
a energia se movimentam e giram num eixo que une o cubo do rotor ao
gerador. O gerador transforma a energia rotacional (cinética) em eletricidade.
A energia do vento tem baixo impacto, tanto em termos de ruído
quanto no ecossistema. A produção de energia elétrica em grande escala, só
são interessantes em regiões que tenham ventos com velocidade média de 6
m/seg ou superior.
1.5 – Reaproveitamento da Água da Chuva
A água é o bem mais importante adquirido do meio ambiente e de
fundamental importância para a sobrevivência dos seres vivos.
O sistema de reaproveitamento da água da chuva trata-se de uma
medida para evitar o desperdício da água. Em algumas cidades do nordeste,
devido à escassez de água na maior parte do ano, utiliza-se o sistema como
fonte de suprimento de água.
A coleta de água da chuva ocorre em áreas permeáveis. No
processo de coleta é usado, normalmente, o telhado. A água da chuva coletada
através de calhas, condutores verticais e horizontais é armazenada em
reservatório, podendo ser de diferentes materiais. Essa água deve ser utilizada
somente para consumo não potável: em vasos sanitários, em torneiras de
jardim, para lavagem de carro e para lavagem de roupas.
De acordo com MAY (2004) a viabilidade do sistema depende de
três fatores, basicamente: precipitação, área de coleta e demanda. O
reservatório de água da chuva, por ser o componente mais dispendioso do
sistema, deve ser projetado de acordo com as necessidades do usuário e com
a disponibilidade pluviométrica local para dimensioná-lo corretamente, sem
inviabilizar economicamente o sistema. Baseado nos resultados das análises
realizadas e na utilização do sistema de coleta e aproveitamento de água da
chuva, seu uso para fins não potáveis deve ser estimulado.
15
CAPÍTULO II - CONDOMÍNIOS RESIDENCIAIS
2.1– O BOSQUE MARAPENDI
O condomínio Bosque Marapendi localiza-se na Barra da Tijuca,
próximo à Avenida das Américas, zona oeste da cidade do Rio de Janeiro. É
formado por um conjunto de onze edifícios, com administrações
independentes. Os edifícios são cercados por uma área verde comum,
chamada Bosque Marapendi e um canal, conhecido pelo mesmo nome,
Marapendi. A ABM (Associação Bosque Marapendi) possui serviço de ônibus,
centro esportivo e salão de festas.
Os apartamentos pertencem à moradores de classe média alta,
tendo de dois a quatro quartos, possuindo em média vinte e dois andares com
seis apartamentos por andar. Todos os edifícios têm área externa com piscina,
sauna, salão de festas, garagem e jardim.
2.2– A GESTÃO AMBIENTAL NO BOSQUE
A ABM (Associação Bosque Marapendo) mostra-se preocupada com
a questão ambiental. No seu salão de festas é frequente a ocorrência de
eventos ligados a educação ambiental. No ano de 2010, segundo o Jornal do
Bosque, foram realizados: a limpeza do canal com a ajuda de profissionais e
moradores (SOS Marapendi), a festa junina com o tema “reciclar”, palestras
sobre reciclagem, oficinas, exposições, identificação das árvores localizadas no
bosque e a colocação de lixeiras específicas para reciclagem.
A maioria dos edifícios, oito dos onze, possui sistema de separação
do lixo doméstico. Este serviço é feito normalmente, em convênio com ONGs e
cooperativas de catadores de lixo. Os moradores são encarregados de fazer a
separação do lixo. Nos corredores há lixeiras próprias e específicas, facilitando
o morador (anexo 1). Os resíduos são recolhidos pelos funcionários da limpeza
16
e por eles separados. Semanalmente, uma cooperativa de catadores, parceira
do projeto, “compra” este material a ser reciclado. O “lucro” é repassado para
os funcionários envolvidos no processo da separação (anexo 2).
São enviados, com freqüência, informativos (flyers, folders, cartas)
sobre a separação do lixo e a importância da reciclagem, conscientizando e
informando moradores e funcionários.
As ONGs assessoram os administradores e síndicos dos edifícios,
além de realizar palestras com moradores e funcionários.
O uso de energia limpa, alternativa, renovável, só está sendo usada
no Condomínio Via Barra (anexo 3). Este prédio serve como exemplo de
gestão ambiental e sustentabilidade. Ganhou o título de primeiro prédio do Rio
de Janeiro a utilizar a energia eólica. Esta foi implantada por José Walter,
advogado, empresário e síndico. Walter elaborou um projeto piloto, comprou
um pequeno equipamento para medir a força do vento. Foi comprovada a
viabilidade do projeto, pois a velocidade mínima para as pás se movimentarem
tinha sido atingida. O Via Barra tem o selo verde, que é uma certificação
ambiental e seu sistema de reciclagem, também, é eficiente.
O reaproveitamento da água da chuva foi implantado no Condomínio
Via Barra, mas ainda está em fase de testes. Pretende-se utilizar a água, não
potável para a irrigação dos jardins, lavagem das garagens e limpeza em geral.
2.3– MORADORES X PREOCUPAÇÃO AMBIENTAL
O questionário (anexo 4) aplicado aos moradores dos prédios
pertencentes ao Condomínio Bosque Marapendi, demonstrou uma real
preocupação ambiental dos moradores.
A primeira pergunta foi em relação à faixa etária dos participantes. A
maioria está na faixa de 40 a 50 anos, como mostra o gráfico.
A segunda p
resultado foi obtido porc
Quando perg
que vive?
A resposta f
ratifica a preocupação
realidade no mundo in
esta “nova” realidade.
nda pergunta foi em relação ao sexo dos parti
o porcentagem quase igual entre homens e m
o perguntados: Você se preocupa com o me
osta foi positiva para 87% dos moradores.
pação atual e emergencial com o meio
do inteiro. O “marketing verde” é, também, r
ade.
Idade
Sexo
17
s participantes. Como
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o meio ambiente em
res. Este percentual
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pagamento de uma taxa
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de recursos renováveis
epara o seu lixo doméstico?
os entrevistados já fazem a separação do
resultado é devido, principalmente, aos
ntal, desenvolvidos pela ONG em con
s prédios. A separação é facilitada com
specíficos instalados nas lixeiras dos corredor
poiaria a instalação de uma torre para capta
s (energia eólica), mesmo que para isto fos
a taxa extra?
de maioria (73%) dos entrevistados está “abe
áveis, mesmo tendo que pagar o custo da imp
Preocupação com Meio Ambiente
Separação do Lixo
18
ão do lixo de suas
aos programas de
conjunto com a
com a utilização de
rredores.
captação de energia
to fosse obrigatório o
“aberta” a utilização
a implantação.
te
SIM
NÃO
SIM
NÃO
Você se pre
banho, lavando a louça
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necessidade de se econ
Você gostaria
A imensa ma
condomínio sustentáv
à aceitação das medida
se preocupa em economizar água quando
louça ou lavando o carro?
40% dos entrevistados estão consc
e economizar água, o bem mais importante da
ostaria de morar em um condomínio sustentáv
sa maioria, 93% dos entrevistados, gostaria
ntável. Este resultado mostra a predisposição
edidas a serem implantadas para uma gestão
Energia Eólica
Economia de Água
19
ando está tomando
conscientizados da
nte da natureza.
tentável?
taria de viver em um
sição dos moradores
estão de qualidade.
SIM
NÃO
SIM
NÃO
21
CAPÍTULO III-A GESTÃO AMBIENTAL DE QUALIDADE
3.1– GESTÃO AMBIENTAL X ECONOMIA
A gestão ambiental visa ordenar as atividades humanas para que
estas originem o menor impacto possível ao meio. Esta organização vai desde
a escolha das melhores técnicas até o cumprimento da legislação e a alocação
correta de recursos humanos e financeiros.
Segundo Barbiere ( 2000):
Os termos administração, gestão de meio ambiente, ou simplesmente gestão ambiental são entendidos como as diretrizes e as atividades administrativas e operacionais, tais como, planejamento, direção, controle, alocação de recursos e outras realizadas com o objetivo de obter efeitos positivos sobre o meio ambiente, quer reduzindo ou eliminando os danos ou problemas causados pelas ações humanas, quer evitando que eles surjam.
A gestão ambiental tem como aspecto fundamental a
interdisciplinidade. Muito se caminha no sentido de tratar a questão ambiental
da forma adequada. Entretanto: “as evidências empíricas já acumuladas sobre
os impactos ecológicos das ações humanas parecem colocar em xeque as
formas usuais de gestão das relações sociedade-natureza.”( VIEIRA, P.F. e
WEBER, J.-org. 1997).
No Condomínio Bosque Marapendi, gestão ambiental e economia
estão ligadas. Uma gestão de qualidade é aquela que é sustentável
economicamente.
No edifício Via Barra, onde a gestão é empregada, os ganhos
econômicos são perceptíveis. A reciclagem do lixo proporciona todo mês em
torno de R$ 900,00 (valor pago pela cooperativa de catadores). Este valor é
dividido entre os funcionários da limpeza, que podem contar com uma renda
22
extra. As lixeiras ficam mais limpas, necessitando de menor mão de obra e os
focos de insetos e ratos, também, diminuem.
Com o uso da energia eólica, mesmo esta tenha tido um custo de
implantação de R$ 20.000,00, em menos de três meses notou-se o retorno do
investimento e a partir dos meses seguintes houve uma diminuição de 10% na
conta de luz dos moradores.
Com a implantação de programas de uso sustentável, o Via Barra,
tornou-se um lugar mais agradável, limpo e com funcionários comprometidos.
Economicamente, pode-se observar a valorização dos imóveis e a rápida
locação dos apartamentos.
3.2 – CERTIFICAÇÃO AMBIENTAL
A certificação ambiental é uma ferramenta que permite às empresas
estabelecer um processo contínuo de gerenciamento de seus impactos sobre o
meio ambiente, podendo ter resultados efetivos na melhoria do desempenho
ambiental das empresas e constituir-se em valioso instrumento para
consolidação da co-responsabilidade envolvendo as empresas e os órgãos de
controle ambiental.
A ISO é uma organização não governamental, que é formada por
pelos organismos nacionais de normalização de diversos países membros. As
normas são originadas a partir de acordos técnicos com o objetivo de
estabelecer uma estrutura que possibilite harmonizar a tecnologia a nível
mundial. A ISO não legisla ou regulamenta. As normas são voluntárias. A série
ISO 14000 é a norma que se refere à questão ambiental, tais como: sistemas
de gestão ambientais, auditorias ambientais, rotulagem ambiental, avaliação do
desempenho ambiental, avaliação do ciclo de vida, terminologia, projeto para o
ambiente e comunicação ambiental.
No Bosque Marapendi, três condomínios estão de posse do Selo
Verde, um certificado de qualidade ambiental criado pela ONG Reviverde, são
eles: Via Barra, Itapoã Jatiúca e o Paradiso. Este selo premia quem tiver um
bem executado processo de reciclagem.
23
Com a certificação selo verde os condôminos estão satisfeitos com a
valorização dos imóveis, o lixo da rua diminuiu bastante e os funcionários mais
interessados. A ONG Reviverde trabalha em parceria com os condomínios,
oferecendo palestras, distribuindo circulares, dando treinamento para os
funcionários e mostrando a importância da reciclagem.
3.3 – CONSCIENTIZAÇÃO AMBIENTAL
O Brasil possui ordenamentos legislativos eficientes relacionados à
proteção ambiental. Contudo, por mais bem elaborada que seja a norma, ela
não surtirá os efeitos desejados se não for comprometida com a
conscientização da população. Portanto, acredita-se não ser possível falar em
preservação ambiental e sustentabilidade sem as ligarmos à questão da
consciência ecológica, preocupada com a mudança do comportamento em prol
do meio ambiente.
A consciência ecológica que nasce com o ensino proposto pela
educação ambiental, se mostra como um dos caminhos mais racionais e
eficazes para se atingir uma ética realmente ativa, por assim dizer esperada.
Não é possível afastar meio ambiente, sustentabilidade, política e
cidadania. A questão da cidadania está profundamente ligada à noção de
direitos e deveres, sobretudo os políticos. Nesse sentido, a educação ambiental
age na produção do conhecimento político, campo onde se realiza a cidadania,
para que haja a implementação de uma sustentabilidade eficaz, vez que
propicia ao cidadão uma participação ativa na gestão e na organização do meio
em que vive.
Anderson Aparecido Cruz, atenta para o fato que "a educação
ambiental deve ser vista como processo participativo, onde o cidadão assume
o papel central, participando ativamente no exame dos problemas ambientais e
na busca de soluções, através de uma conduta ética, condizente ao literal
exercício da cidadania".
O estímulo para que os moradores atinjam uma consciência
ecológica é realizando atividades de educação ambiental.
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No Bosque Marapendi são realizadas palestras, shows, teatros e
reuniões, visando à integração da população, a vida em comunidade e o
comprometimento em uma vida sustentável. Só assim os projetos sustentáveis
e a gestão ambiental terão resultados positivos e chegarão ao principal
objetivo: o desenvolvimento sustentável.
25
CONCLUSÃO
Tentamos abordar nesta monografia aspectos ligados à Gestão
Ambiental em Condomínios Residenciais localizados na Barra da Tijuca, zona
oeste do Rio de Janeiro, buscando estudar e interpretar as diferentes
alternativas de implantar um gerenciamento sustentável. Tendo como base a
reciclagem dos resíduos, o uso de fontes renováveis de energia e o
reaproveitamento da água da chuva.
O objetivo deste trabalho foi estudar os modelos de sustentabilidade
já implantados nos prédios, analisá-los e propor um processo de gestão
integrado.
Ao longo deste trabalho monográfico, traçamos o perfil dos
moradores, através da aplicação de um questionário e traçamos um breve
histórico da área. Vimos teorias, definições e concepções relacionadas aos
processos sustentáveis; destacamos a importância do comprometimento de
moradores e funcionários para o sucesso do sistema de gestão; mostramos
que meio ambiente e economia estão ligados.
Num primeiro momento, destacamos a importância do
desenvolvimento sustentável e a preocupação mundial diante da escassez de
recursos não renováveis.
Após, destacamos as alternativas sustentáveis indicadas para
condomínios residenciais e como estas alternativas estão sendo empregas no
Condomínio Bosque Marapendi, seus pontos positivos e sua viabilidade, tanto
econômica como social.
Na pesquisa realizada no condomínio em estudo, percebemos a alta
aceitação por parte dos condôminos entrevistados mostrando que a utilização
de medidas sustentáveis de reciclagem, energias alternativas e reuso da água
da chuva é viável.
Acreditamos que os moradores do Condomínio Bosque Marapendi
querem medidas e projetos que melhorem o ambiente em que vivem. Cremos,
também, que diante do sucesso ambiental de alguns prédios do complexo,
27
BIBLIOGRAFIA
BRASIL.Contituição Federal, de 05.10.88. Atualizada com as Emendas
Constitucionais Promungadas.
CMMAD. Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. Nosso
futuro comum. Fund. Getúlio Vargas. Rio de Janeiro, 1991.
MAIA,A. Meio ambiente, qualidade e gestão ambiental. Revista Fundação
Estadual de Engenharia e Meio Ambiente (FEEMA). Rio de Janeiro:n°30,1995.
Ventos Pioneiros. A Folha do Bosque, Rio de Janeiro, 30 mar.2010, capa.
VIEIRA, P.F.; WEBER,J.1997. Gestão de recursos naturais renováveis e
desenvolvimento. Cortex Editora. São Paulo, 500p.
28
WEBGRAFIA
htt://www.aneel.gov.br, acesso em: 12 de novembro de 2010.
htt://www.afolhadobosque.com/a_folha_bosque/capa.html, acesso em: 10 de
fevereiro de 2011.
htt://www.ecologiaurbana.com.br/conscientização/maio-ambiente-
sustentabilidade, acesso em 10 de fevereiro de 2011.
htt://www.reviverde.org.br, acesso em 10 de fevereiro de 2011.
htt://www.barrazine.com.br/2010/07/condomínios-na-barra-da-tijuca-apostam-
na-reciclagem/, acesso em 21 de março de 2011.
29
ANEXOS
Índice de anexos
Anexo 1 – Fotos do Processo de Reciclagem
Anexo 2 – Reportagem
Anexo 3 – Fotos Energia Eólica
Anexo 4 – Questionário Aplicado
30
ANEXO 1 – Fotos do Processo de Reciclagem do Edifício Porto
Seguro. Fonte: A Folha do Bosque, 30/05/2010.
33
ANEXO 4 – Questionário Aplicado
Responda! Sua resposta será importante para a
sustentabilidade do seu condomínio!
1 – Em qual faixa etária você está?
( ) 20-30 ( )30-40 ( ) 40-50 ( ) 50-60 ( ) + 60
2– Sexo?
( ) Masculino ( ) Feminino
3– Você se preocupa com o meio ambiente em que vive?
( ) SIM ( ) NÃO
4– Você separa o seu lixo doméstico?
( ) SIM ( ) NÃO
5-Você apoiaria a instalação de uma torre para captação de energia
através dos ventos (energia eólica)? Mesmo que para isto fosse
obrigatório o pagamento de taxa extra?
( ) SIM ( ) NÃO
6-Você se preocupa em economizar água quando está tomando banho,
lavando a louça ou o carro?
( ) SIM ( ) NÃO
7 – Você gostaria de morar em um condomínio sustentável?
( ) SIM ( )NÃO
34
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 02
AGRADECIMENTO 03
DEDICATÓRIA 04
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMÁRIO 07
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I
SUSTENTABILIDADE 10
1.1 – Definição 10
1.2 – A Preocupação Ambiental 11
1.3 – Reciclagem 12
1.4 – Energia Renovável 13
1.5 – Reaproveitamento da Água da Chuva 14
CAPÍTULO II
CONDOMÍNIOS RESIDENCIAIS 15
2.1 – O Bosque Marapendi 15
2.2 – A Gestão Ambiental no Bosque 15
2.3 – Moradores X Preocupação Ambiental 16
CAPÍTULO III
A GESTÃO AMBIENTAL DE QUALIDADE 21
3.1 – Gestão Ambiental X Economia 21
3.2 – Certificações Ambientais 22
3.3 – Conscientização Ambiental 23
CONCLUSÃO 25
BIBLIOGRAFIA 27
WEBGRAFIA 28