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UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA - UNAMA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO - PPPA CURSO DE MESTRADO ACADÊMICO EM ADMINISTRAÇÃO THALLES DA SILVA LIMA MOTIVAÇÕES E BENEFÍCIOS DA ADOÇÃO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO PARA O DESEMPENHO DE MICRO E PEQUENAS EMPRESAS. BELÉM - PA 2016

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UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA - UNAMA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO - PPPA

CURSO DE MESTRADO ACADÊMICO EM ADMINISTRAÇÃO

THALLES DA SILVA LIMA

MOTIVAÇÕES E BENEFÍCIOS DA ADOÇÃO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO PARA O DESEMPENHO DE MICRO E PEQUENAS EMPRESAS.

BELÉM - PA 2016

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THALLES DA SILVA LIMA

MOTIVAÇÕES E BENEFÍCIOS DA ADOÇÃO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO PARA O DESEMPENHO DE MICRO E PEQUENAS EMPRESAS.

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em Administração (PPAD) da Universidade da Amazônia - Unama, como requisito para a obtenção do título de Mestre em Administração. Linha de Pesquisa: Gestão organizacional Orientador: Prof. Dr. Sérgio Castro Gomes

BELÉM - PA 2016

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Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada a fonte.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Nazaré Soeiro

CRB/2 961

658.4038 L732m Lima, Thalles da Silva.

Motivação e benefícios da adoção de tecnologia da informação para o desempenho de micro e pequenas empresas./ Thalles da Silva Lima. – Belém, 2016. 92 f.: il.; 21 x 30 cm. Dissertação (Mestrado)- Universidade da Amazônia, Programa de Mestrado em Administração, 2016.

Orientador: Profº. Dr. Sérgio Castro Gomes.

1. Tecnologia da informação - Adoção. 2. Tecnologia da informação - Benefícios. 3. Sistema de informação - Desempenho. I. Gomes, Sérgio Castro. II. Título.

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THALLES DA SILVA LIMA

MOTIVAÇÕES E BENEFÍCIOS DA ADOÇÃO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO PARA O DESEMPENHO DE MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em Administração (PPAD) da Universidade da Amazônia - Unama, como requisito para a obtenção do título de Mestre em Administração. Linha de Pesquisa: Gestão organizacional Orientador: Prof. Dr. Sérgio Castro Gomes

BANCA EXAMINADORA:

________________________________________________ Presidente e Orientador: Prof. Dr. Sérgio Castro Gomes Universidade da Amazônia - UNAMA _________________________________________________ Membro Titular: Prof. Dr. Ricardo Bruno Nascimento Universidade Federal do Pará - UFPA _________________________________________________ Membro Titular: Prof. Dr. Milton Farias Cordeiro Filho Universidade da Amazônia - UNAMA

Aprovado em: 09/08/2016

BELÉM - PA 2016

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Dedico este trabalho aos meus filhos

Lorenzo e Enrico Lima.

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AGRADECIMENTOS

A Deus, pela saúde, força e coragem a mim concedida, para encarar dia após dia os desafios apresentados nesta vida, superando as barreiras no caminho para concluir este trabalho. Ao Prof. Dr. Sérgio Castro Gomes, meu orientador e principalmente um grande amigo, pela paciência, motivação e por ter me dado a honra de ser seu orientado. Certamente irei me espelhar neste professor para seguir minha vida com calma e serenidade. Ao Prof. Dr. Milton Farias, pelas dicas valiosas e pelo apoio dado ao ajudar no contato com os respondentes do questionário desta pesquisa. A todos os demais professores do Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade da Amazônia pelo ensino transmitido durante o período do curso e juntamente com o Sr. Igor Marques pelo apoio prestado. A minha turma pela amizade e companheirismo durante todo o período do curso, em especial ao meu amigo Paulo Souza, e aos amigos do curso de doutorado que sempre nos incentivaram. Aos meus pais Paulo e Fátima que sempre acreditaram no meu potencial e investiram na minha formação e caráter. A minha amada família, minha esposa Arethusa e filhos Lorenzo e Enrico, pela tolerância e paciência nestes dois anos em que mantive minha mente ausente.

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O modo como você reúne, administra e usa a

informação determina se vencerá ou perderá.

Bill Gates

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RESUMO

Nos últimos anos, as Micro e Pequenas Empresas (MPE) passaram a investir mais em Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), como forma de melhorar a gestão das vendas, estoques e mídia. O estudo investiga as motivações e benefícios da adoção de Tecnologia da Informação para o desempenho de Micro e Pequenas Empresas do setor varejista do município de Belém. Analisaram-se os motivos e benefícios das MPE ao adotar TI além de caracterizar e identificar o perfil dessas empresas ao adotarem tais recursos. A metodologia da pesquisa empregou a abordagem qualitativa e quantitativa em que foram realizados levantamentos qualitativos junto a seis empresas e em 53 empresas foi realizada pesquisa primária de coleta de dados via aplicação de questionário. A fundamentação teórica da pesquisa foi desenvolvida a partir da revisão da literatura sobre a teoria dos Sistemas de Informação e de estudos na linha da adoção da tecnologia e sua relação com o desempenho das empresas. Como resultado observou-se que as empresas são altamente dependentes da TI para sobreviverem no mercado. A adoção auxilia as MPEs em sua gestão, oferecendo maior controle interno, agilidade, produtividade, aumento das vendas e que existe relação positiva entre os construtos da motivação e o desempenho das empresas. Palavras-Chave: Tecnologia da Informação. Adoção de TI. Benefícios da TI. Sistema de informação. Desempenho.

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ABSTRACT

In recent years, Micro and Small Enterprises (MSEs) have to invest more in Information and Communications Technology (ICT) as a way to improve the management of sales, stock and media. The study investigates the motivations and benefits of adopting Information Technology for both Micro and Small Businesses performance in the retail sector in the city of Belém. The reasons and benefits of MSE were analyzed by adopting IT in addition to characterize and identify the profile of these companies when adopting such resources. The research methodology employed qualitative and quantitative approach. The qualitative research was realized with six companies and in others 53 companies it was conducted primary research data collection via questionnaire. The theoretical grounding of the research was developed from a review of the literature on the theory of Information Systems and studies based on adoption of the technology and its relationship to business performance. As a result it was observed that companies are highly dependent on IT to survive in the market, that the adoption helps MSEs in their management, providing greater internal control, agility, productivity, sales growth and the existence of a positive relationship between the constructs of motivation and the companies’ performance. Keywords: Information Technology. IT adoption. IT Benefits. Information System. Performance.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 01 - Modelo de Pesquisa Adoção de Tecnologia de Informação (TI) e seu

Impacto no Desempenho Organizacional ..................................................... 28

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 01 - Número de anos para adotar tecnologia de informação desde a

fundação ............................................................................................... 58

Gráfico 02 - Fração de funcionários que operam TI nas empresas .......................... 59

Gráfico 03 - Média dos motivos da adoção tecnológica pelas empresas .................. 62

Gráfico 04 - Média da contribuição no desempenho da adoção tecnológica pelas

empresas ............................................................................................... 63

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LISTA DE QUADROS

Quadro 01 - Descrição das questões do questionário - Construto Motivação............. 40

Quadro 02 - Descrição das questões do questionário - Construto Desempenho.......... 40

Quadro 03 - Requisitos da contratação de mão de obra .............................................. 45

Quadro 04 - Motivos para adoção de TI ..................................................................... 47

Quadro 05 - Benefícios com a adoção de TI ............................................................... 49

Quadro 06 - TI integrada com valor ............................................................................ 51

Quadro 07 - Uso da TI para o sucesso da empresa ..................................................... 53

Quadro 08 - TI apoia as suas tomadas de decisões ..................................................... 54

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LISTA DE TABELAS

Tabela 01 - Principais Teorias para a Adoção de TI ............................................... 29

Tabela 02 - Distribuição dos ramos de atividades econômicas ............................... 56

Tabela 03 - Distribuição das empresas por Porte e Período de fundação ................ 57

Tabela 04 - Evolução do surgimento de empresas segundo ramo de atividade ...... 57

Tabela 05 - Estatísticas descritivas do número de funcionários, número de

computadores e tempo de vida da empresa ..........................................

58

Tabela 06 - Resultado da Correlação linear de Pearson .......................................... 60

Tabela 07 - Tecnologias de informação adotadas pelas MPE ................................. 61

Tabela 08 - Variância total explicada após rotação varimax ................................... 64

Tabela 09 - Matriz dos componentes ....................................................................... 65

Tabela 10 - Variância total explicada após rotação varimax ................................... 67

Tabela 11 - Matriz dos componentes ....................................................................... 67

Tabela 12 - Resultado da regressão ......................................................................... 69

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AF Análise Fatorial

BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social

CNPJ Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica

CSS Cascading Style Sheets – Linguagem de programação para web

EPP Empresa de Pequeno Porte

EUA Estados Unidos da América

GE Grandes Empresas

HTML Hyper Text Markup Language – Linguagem de programação para web

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

KMO Kaiser-Mayer-Olkin

ME Microempresas

MEI Micro Empreendedor Individual

MGE Médias e Grandes Empresas

MPE Micro e Pequenas Empresas

MSA Análise de Sistemas de Medição

PC Personal Computer – Computador Pessoal

PHP PHP: Hypertext Preprocessor – Linguagem de programação para web

PIB Produto Interno Bruto

PME Pequenas e Médias Empresas

PNAD Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios

SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

SI Sistema de Informação

SIG Sistemas de Informações Gerenciais

SPSS Statistical Package for the Social Sciences – Software da empresa IBM

SQL Structured Query Language – Linguagem de consulta a Banco de Dados

TI Tecnologia da Informação

TIC Tecnologia da Informação e Comunicação

UE União Europeia

VIF Variance Inflation Factor - Fator de Inflação da Variância

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................... 14

1.1 Contextualização da Pesquisa .................................................................... 14

1.2 O Problema da Pesquisa ............................................................................ 20

1.3 Objetivos ...................................................................................................... 20

1.3.1 Objetivo Geral .............................................................................................. 20

1.3.2 Objetivos Específicos ................................................................................... 20

1.4 Estrutura da Dissertação ........................................................................... 20

2 REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................... 22

2.1 A Tecnologia da Informação ...................................................................... 22

2.2 Os Sistemas de Informação ........................................................................ 24

2.3 A Adoção da TI pelas Organizações ......................................................... 26

2.4 Benefícios da TI e o Desempenho das Organizações ............................... 31

3 METODOLOGIA ....................................................................................... 34

3.1 População Alvo ............................................................................................ 34

3.2 Amostra ....................................................................................................... 35

3.2.1 Levantamento Qualitativo – Casos ............................................................... 35

3.2.2 Levantamento Quantitativo .......................................................................... 35

3.3 Instrumento da Coleta de Dados ............................................................... 36

3.3.1 Abordagem Qualitativa ................................................................................. 36

3.3.2 Abordagem Quantitativa ............................................................................... 36

3.4 Métodos e Técnicas de Análise dos Dados ................................................ 37

3.4.1 Análise Qualitativa dos Casos ...................................................................... 37

3.4.2 Análise Quantitativa da Pesquisa .................................................................. 37

3.4.3 Análise de Confiabilidade ............................................................................. 39

3.4.4 Elaboração dos Constructos ......................................................................... 40

3.4.5 Modelo de Regressão Linear Múltipla ......................................................... 41

3.5 Testes Estatísticos ....................................................................................... 43

3.5.1 Teste F .......................................................................................................... 43

3.5.2 Multicolinearidade ........................................................................................ 44

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS ............................................................... 45

4.1 Análise Qualitativa ..................................................................................... 45

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4.1.1 Contratação de mão de obra e o conhecimento de TI ................................... 45

4.1.2 Motivações de Adoção de TI ........................................................................ 46

4.1.3 Benefícios com Adoção de TI ...................................................................... 48

4.1.4 Percepção de Geração de Valor pela Adoção de TI ..................................... 50

4.1.5 Percepção dos Entrevistados em Relação do Sucesso da Empresa a partir

do Uso da TI .................................................................................................

52

4.1.6 Percepção dos Entrevistados Sobre o Apoio da TI na Tomada de Decisão.. 54

4.2 Análise Quantitativa ................................................................................... 55

4.2.1 Caracterização das Micro e Pequenas Empresas .......................................... 55

4.2.2 Motivos da Adoção de TI Pelas Micro e Pequenas Empresas ...................... 60

4.2.3 Elaboração dos Constructos A Partir da Análise de Fator ............................ 63

4.2.3.1 Constructos da Motivação da Adoção de TI Pelas MPEs ............................ 63

4.2.3.2 Constructos do Desempenho das MPEs ....................................................... 66

4.2.4 Relação da Motivação de Adoção e o Desempenho das MPEs .................... 68

5 CONCLUSÕES ........................................................................................... 70

5.1 Contribuições e Considerações .................................................................. 73

5.2 Limitações da Pesquisa ............................................................................... 74

5.3 Estudos Futuros .......................................................................................... 74

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................... 75

APÊNDICE A ........................................................................................... 82

APÊNDICE B ............................................................................................ 85

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1 INTRODUÇÃO

1.1 A Contextualização da Pesquisa

Muito se tem estudado sobre a importância das Micro e Pequenas Empresas (MPE) na

economia de diversos países, seja pela relevância econômica e social ou por suas

características organizacionais distintas das médias e grandes empresas (MGE), que

fundamentaram os estudos organizacionais neoclássicos desenvolvidos por FAYOL (1916) e

TAYLOR (1911), no qual a racionalidade tem papel preponderante na formulação dos

princípios gerais da administração.

As MPEs tornaram-se uma opção de atividade para parte da população que pode abrir

seu próprio negócio, constituindo uma alternativa de emprego, formal ou informal, para uma

parte da força de trabalho, que não possui qualificação suficiente para ser absorvida pelas

grandes empresas. “Uma importante contribuição das micro e pequenas empresas no

crescimento e desenvolvimento do País é a de servirem de “colchão” amortecedor do

desemprego” (IBGE, 2001).

As MPEs formam a grande maioria das empresas em diversos países. A importância

das MPEs como criadores significativos de emprego e modeladores para as economias

nacionais também é amplamente reconhecida. Por isso, muitos governos ao reconhecer a

contribuição dessas empresas tentam fornecer estruturas de apoio sob a forma de agências do

governo ou núcleos de desenvolvimento de MPEs (THONG; YAP, 1995).

Nos EUA as micro e pequenas empresas empregam metade dos trabalhadores do setor

privado, chegando a gerar entre 60% a 80% dos novos empregos anualmente. Além disso, as

MPE desempenham um papel crítico no fomento da inovação industrial. Desempenham

importante papel no reforço da competitividade da economia através do processo de

renovação econômica por nascimento, morte e reestruturação dos setores econômicos

(BHARATI; CHAUDHURY, 2006).

Na maioria dos países membros da União Europeia (UE), as MPE constituem mais de

99% do total de empresas. As MPE são geradoras em potencial do PIB e são fontes

fundamentais de novos postos de trabalho, bem como um terreno fértil para o

empreendedorismo e novas ideias de negócios. Através do e-business, as MPE da UE irão

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beneficiar a redução de barreiras favorecendo a entrada de novos mercados (LUCCHETTI;

STERLACCHINI, 2004).

Não diferente dos outros países, as MPE têm grande importância socioeconômica no

Brasil. De acordo com o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), elas

correspondem a 99% do total de empresas do país, participaram com 25% na formação do

PIB (Produto Interno Bruto) e responderam por 52% dos empregos formais (SEBRAE, 2012).

A participação no PIB cresceu tanto no setor de serviços como no comércio, porém, com uma

redução no setor industrial, em que as médias e grandes empresas deste setor são as que mais

se beneficiam da economia neste segmento (SEBRAE, 2014b).

De acordo com o SEBRAE (2014a) a quantidade total de empresas no Brasil, em

2009, foi de 4.950 mil e em 2012 saltou para 8.905 mil, isso equivale a um aumento de

aproximadamente 80% em um período de quatro anos. Anualmente isso corresponde a um

crescimento médio anual de aproximadamente 22,0%. Nesta mesma época, a quantidade de

Microempresas (ME) no Brasil cresceu de 4,1 milhões para 5,1 milhões, um aumento

equivalente a 25,2%, e as empresas de Pequeno porte (EPP), que no mesmo período saiu de

660,5 mil, em 2009, para 945,0 mil em 2012, um incremento de 43,1%, enquanto, as Médias e

Grandes Empresas (MGE), cresceram em 25,2% nesse período.

Dados da pesquisa “OS DONOS DE NEGÓCIO NO BRASIL POR REGIÕES E

POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO”, realizada pelo SEBRAE com base na PNAD 2011,

divulgada em 2013, mostram que, no Brasil 56% dos indivíduos donos de negócios foram

classificados como potencial empresário, 23% empresários e 21% produtores rurais. No

Estado 93% são classificados como donos de negócios por conta própria e 7% de

empregadores. Nesse conjunto 60% deles são sem instrução ou com o ensino fundamental

incompleto e 25% deles têm o ensino médio completo ou incompleto e 60% está a mais de

cinco anos na atividade. A distribuição desses indivíduos por setor de atividade mostra que

30% estão na agricultura, 24% no comércio, 19% nos serviços, 12% na construção civil e

11% na indústria.

Comparada a outras Unidades da Federação, o estado do Pará é o que apresenta a

menor proporção de indivíduos classificados como empresários (donos de negócios com

CNPJ) e 51% de potenciais empresários (donos de negócios sem CNPJ). Cabe ressaltar que os

30% classificados como produtores rurais não serão abrangidos pela pesquisa, por motivos

operacionais relativos a custos de deslocamento e pelo tempo limitado para realização da

pesquisa.

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Na cidade de Belém, em 2014, encontravam-se ativas 72.009 MPE, em que 30% delas

atuavam regidas pelo regime tributário normal e 24% no regime simples nacional (SEBRAE,

2014). Segundo o IBGE (2014) do total de empresas ativas no estado do Pará o setor

Comércio representa 49,47%, seguido por Serviços 40,06% e Indústria 6,13%.

Uma empresa será classificada como Micro ou Pequena se atender a um dos critérios

de enquadramento vigentes no país seja pelo Estatuto da Microempresa e da Empresa de

Pequeno Porte, pela Lei 9.841 de 1999, ou pelos critérios do Banco Nacional de

Desenvolvimento Social (BNDES), ambos ancorados no volume de receita das empresas. O

SEBRAE definiu seu critério considerando o número de pessoas empregadas pela empresa

(IBGE, 2001).

Entretanto, não há consenso sobre os critérios de classificação e outras características

foram adotadas por empresas do setor financeiro e órgãos oficiais. Essa heterogeneidade de

critérios de classificação tem dificultado a convergência dos resultados de pesquisas empíricas

e inviabilizado uma generalização para o seguimento (LUNARDI; DOLCI; MAÇADA,

2010).

Para o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as MPE possuem

características que as diferenciam das Médias e Grandes Empresas (MGE), com destaque para

a baixa intensidade de capital; altas taxas de natalidade e de mortalidade; forte presença de

proprietários, sócios e membros da família como mão de obra ocupada nos negócios; poder

decisório centralizado; estreito vínculo entre os proprietários e as empresas, não se

distinguindo, principalmente, em termos contábeis e financeiros, pessoa física de jurídica;

registros contábeis pouco adequados; utilização de mão de obra não qualificada ou

semiqualificada; baixo investimento em inovação tecnológica; maior dificuldade de acesso ao

financiamento de capital de giro; e relação de complementaridade e subordinação com as

empresas de grande porte (IBGE, 2001).

Como noventa por cento (90%) de todas as empresas em muitas economias são micro

e pequenas empresas, é fundamental examinar quais os fatores que incidem sob a adoção de

tecnologia de informação nas MPEs (CHUANG; NAKATANI; ZHOU, 2009). A Tecnologia

da Informação (TI), também denominada Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC),

vem se tornando, cada vez mais, parte integrante das ferramentas de gestão das organizações

em razão da dependência cada vez maior de informação e conhecimento. As grandes

empresas fazem o uso intensivo de TI na promoção de seus produtos ou serviços, e essa

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tendência também tem sido incorporada pelas micro e pequenas empresas (MPE) (SILVA;

TEIXEIRA, 2014).

A Tecnologia da Informação (TI) ou Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC)

é um dos assuntos mais abordados nos negócios de hoje. Já considerando o fato de levar à

reformulação das relações com clientes e fornecedores, a racionalização dos processos de

negócios e, em alguns casos, até mesmo a reestruturação das organizações inteiras

(DANIELS; WILSON; MYERS, 2002).

A cada dia, a TIC vem se tornando parte fundamental das estratégias de gestão das

organizações em razão da dependência cada vez maior da informação e do conhecimento. As

grandes empresas fazem, constantemente, o uso de TI na oferta de seus produtos ou serviços,

e essa tendência também tem sido promovida pelas micro e pequenas empresas (MPE)

(SILVA; TEIXEIRA, 2014). As TICs transformam bruscamente diversos aspectos da vida

econômica e social, tais como métodos de trabalho e relações, a organização das empresas, o

olhar na formação e na educação, e a maneira como as pessoas se comunicam umas com as

outras. Contudo, empresas, famílias e indivíduos estão aproveitando as oportunidades

oferecidas pelas TIC em velocidades diferentes (ARENDT, 2008).

A TI fornece uma oportunidade paras as empresas melhorarem a sua eficiência e

eficácia, e até mesmo ganhar vantagens competitivas. Há muitos casos relatados na literatura

de Sistema de Informação (SI) sobre a contribuição positiva da TI em grandes empresas (GE)

com os custos de softwares e diminuindo cada vez mais os computadores, deixando-os fáceis

de usar (THONG; YAP, 1995).

A adoção de Tecnologia da informação (TI), considerando, em parte, esse conjunto de

características, ocorreu de forma distinta da realizada pelas MGE, e aproveitou o salto

tecnológico proporcionado pelas telecomunicações, à expansão e facilidade de acesso aos

computadores pessoais e a internet ocorrido a partir da década de 1980 (DELONE, 1988;

TAKAHASHI, 2000; KOTELNIKOV, 2015). Hoje, os benefícios são mais acessíveis até

mesmo para as MPEs. Entretanto, enquanto as médias e grandes empresas (MGE) têm

explorado mais os benefícios da TI por algum tempo, as MPEs têm sido lentas no processo de

inovação tecnológica (THONG; YAP, 1995).

Para alguns pesquisadores a adoção de TI é considerada uma vantagem competitiva

essencial para as organizações que buscam responder ativamente às mudanças cada vez mais

rápidas no mercado. Os canais de distribuição dos mais diversos produtos têm-se mostrado

atentos a essa tendência e, para algumas organizações em particular como as alimentícias, a

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busca da eficiência na distribuição agrega algumas especificidades (perecibilidade,

sazonalidade, dispersão geográfica e diversas variáveis que afetam o comportamento do

consumidor) (DA SILVA; FISCHMANN, 2002).

O tamanho da empresa é uma das variáveis apontadas como condicionante da adoção

de TI, uma vez que as maiores empresas apresentam mais chance de adoção que as menores,

que apresentam estrutura organizacional menos complexa e com baixo nível de uso em

processos produtivos e administrativos, por conta do pequeno fluxo de informações

armazenadas e manuseadas diariamente (WINDRUM E BERRANGER, 2002).

Devido às divergências entre pequenas e grandes empresas, os resultados de pesquisas

sobre adoção de TI em MGEs não são aplicáveis as MPEs. Por exemplo, devido à falta de

recursos, as MPEs geralmente tendem a responder ao ambiente competitivo com um

planejamento de curto prazo, em consequência disso, a gestão que adota TI em um curto

prazo aumenta o risco de falhas na adoção (CHUANG; NAKATANI; ZHOU, 2009).

Sanchez et. al (2006) apontam que fatores relativos a limitação financeira e acesso ao

crédito, o baixo nível de escolaridade do capital humano e o grau de dependência com

grandes empresas a montante e a jusante da cadeia de produção faz com que as MPE tomem

decisões considerando as prioridades do curto prazo, sem a preocupação com o planejamento

de longo prazo que visa a consolidação das ações da empresa.

Como a utilização e comercialização da TI nas empresas se tornam mais difundidas

em todo o mundo, a adoção da TI pode gerar novas oportunidades de negócios e vários

benefícios. Hoje em dia, tanto as MGEs quanto as MPEs estão procurando maneiras de

reforçar a sua posição competitiva e melhorar a sua produtividade através dela

(MARNEWICK, 2014). Porém, Diversas pesquisas mostraram que as pequenas e médias

empresas não tiram vantagens das soluções que a TI pode oferecer, como as grandes empresas

tem feito, o que faz com que as MPE se tornem mais vulneráveis às mudanças econômicas,

por causa do baixo nível da sua competitividade. Como consequência existem organizações

que estão ampliando, consideravelmente a utilização das TIC e e-Business entre as MPEs e as

grandes empresas (GE), estas distância tecnológica é conhecida na literatura como "fosso

digital" ou "exclusão digital" (ARENDT, 2008).

As MPE relutam em adotar TI por conta de aspectos relacionados a características dos

proprietários que acabam por exercer múltiplas funções administrativas e de produção, o que

ocupa parte de seu tempo e inviabiliza os registros de dados e a produção de informações

importantes ao planejamento da empresa (SÁNCHEZ ET AL, 2006).

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19

Esses tipos de empresas, micro e pequenas, para conseguirem bons resultados e

gerenciar as informações de maneira otimizada e organizada precisam informatizar seus

processos de negócios tanto no que diz respeito a operações transacionais quanto gerencias e

ampliar as fronteiras virtuais da organização. Dessa forma, precisam adotar o uso de

Tecnologias da Informação (TI) em conjunto com Sistemas de Informação (SI) (ACETI,

2006) para alcançarem este objetivo.

Quando a TI é utilizada de forma adequada pelas organizações ela passa a

desempenhar um importante papel dentro dessas empresas, por consequência, tem-se a

condição de criar vantagens competitivas. A cada dia, a TI torna-se parte da estrutura das

organizações em razão da dependência. Este vínculo muitas vezes é irreversível e esta

dependência só aumenta ao longo do tempo (RECH, 2000).

O desenvolvimento de pesquisas sobre adoção e difusão da TI no meio empresarial

pode fornecer um conjunto rico de resultados e, inclusive, teorias que possam ser aplicadas

diretamente para melhor compreender o impacto de sua utilização, identificando também,

fatores relacionados ao sucesso e ao fracasso de sua implantação (LUNARDI; DOLCI;

MAÇADA, 2010).

Com base nessas informações, pretende-se com a pesquisa compreender o que motiva

os empresários a adotarem a TI em favor da competitividade, lucro e melhorias em suas

organizações. A necessidade de compreender o processo de adoção de TI das MPE em

Belém-PA e como elas incorporam essa tecnologia nos seus processos com vistas a se

diferenciar junto aos concorrentes e adicionar valor aos produtos e serviços ofertados ao

mercado foi o que motivou a escolha do tema considerando as características apontadas pela

pesquisa do SEBRAE e de outras pesquisas empíricas que focam sobre o tema em questão.

Nesta pesquisa, a adoção de TI em MPE é definida como a aquisição ou compra de

hardwares e softwares de computadores, assim como o uso da Internet, para apoiar as

operações das empresas, as gestões e decisões nas empresas. Essa implicação nos remete a

compreender que ela (TI) seja usada de forma produtiva e não como um gasto para os

gestores.

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20

1.2 O problema da pesquisa

Neste sentido, o problema de pesquisa que este estudo se propõe a responder é: quais

as motivações e benefícios da adoção da Tecnologia da Informação e sua relação com o

desempenho das Micro e Pequenas empresas no município de Belém?

1.3 Objetivos

1.3.1 Objetivo geral

Analisar os motivos e benefícios à adoção da Tecnologia da Informação e sua relação

com o desempenho das Micro e Pequenas Empresas do setor varejista no município de

Belém.

1.3.2 Objetivos específicos

• Caracterizar as MPE pesquisadas na amostra;

• Identificar os motivos e benefícios para seis casos de empresas que adotaram TI na

gestão dos seus negócios;

• Identificar o perfil da TI adotada por estas organizações;

• Avaliar a relação entre os construtos da adoção de TI com o desempenho das

empresas.

1.4 Estrutura da Dissertação

O trabalho está estruturado em seis capítulos. O primeiro compreende esta introdução

e contempla o problema da pesquisa e os objetivos geral e específicos. No segundo capítulo

apresenta-se o referencial teórico que sustenta a discussão dos resultados empíricos obtidos no

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21

estudo de casos e da pesquisa. O detalhamento do tipo de pesquisa e procedimentos de coleta

e tratamento dos dados é descrito no terceiro capítulo. A análise dos resultados obtidos nos

levantamentos de dados qualitativos e quantitativos compõe o quarto capítulo. O capítulo

seguinte apresenta as conclusões do trabalho, suas limitações e contribuições à temática. No

sexto e último capítulo tem-se as referências bibliográficas contendo informações de trabalhos

de diversos autores que contribuíram para este estudo.

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22

2 REFERENCIAL TEÓRICO

Neste capítulo são apresentadas as abordagens teóricas que sustentam a discussão

sobre a Tecnologia da Informação (TI), os Sistemas de Informação (SI) e sua aplicação no

processo de informatização das empresas e diante da dotação dessa tecnologia como isso

beneficia o desempenho das empresas. A literatura no campo da TI e seu relacionamento com

o desempenho é vasta e mostra os benefícios da TI na operacionalização de processos

relacionados ao acompanhamento de custos, finanças, operacionalização da produção,

controle de qualidade com foco nas médias e grandes empresas. No entanto, o desafio desta

pesquisa é compreender como a TI é adotada e seus benefícios ao desempenho em um

ambiente de pequenos negócios (Small Bussines) como nas Micro e Pequenas Empresas

(MPE).

2.1 A Tecnologia da Informação

Na literatura sobre Tecnologias de Informação (TI) os estudos são orientados pelas

necessidades de grandes empresas (HARINDRANATH; DYERSON; BARNES, 2008). Com

efeito, as teorias tradicionais de organizações e de sistemas de informações não cabem

diretamente às MPE, pois os fatores determinantes da adoção de TI presentes no segmento das

grandes empresas diferem dos encontrados nas MPE o que motiva a investigação desses

fatores junto ao conjunto de MPE (LUNARDI; DOLCI; MAÇADA, 2010).

A TI é um termo que é usado de diversas maneiras e está focada frequentemente nos

aspectos técnicos relativos ao tipo de Hardware e a concessão de Software de acordo com as

necessidades das empresas. Esse amplo e variado uso do rótulo "Tecnologia da informação"

ou "TI" pode levar à confusão e desnecessária complexidade segundo Proctor (2011).

Analisando ainda mais a definição formal de TI, o Merriam Dicionário Webster define informação como o conhecimento obtido a partir de investigação, estudo ou instrução, e tecnologia como a prática aplicada de conhecimento, especialmente em um campo particular. A informação pode também ser caracterizada como dados, ou símbolos crus que foram atribuídos significados por ligações relacionais. Lendo nas definições formais de TI, uma interpretação é a aplicação prática da informação no comércio e na indústria (PROCTOR, 2011, p.03).

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A TI é a parte tecnológica de um Sistema de Informação que trata do hardware e

software que a organização precisa para obter suas metas. Ou seja, é todo software e hardware

que a empresa necessita para atingir seus objetivos organizacionais. (LANDON; LANDON,

2009). Gobbo (2013) amplia a ideia de TI ao inserir o armazenamento, processamento e a

tecnologia que transmite as informações, ou seja, o processo de disseminação do

conhecimento no ambiente interno da empresa.

A TI possui um papel preponderante no ambiente empresarial das organizações

brasileiras, com intenso uso no campo administrativo e operacional, e tem influenciado as

organizações em suas decisões de aquisição e uso de recursos, com reflexo direto na

competição entre os concorrentes (ALBERTIN; DE MOURA ALBERTIN, 2008).

A TI deixou de ser usada apenas na gestão administrativa como ocorreu no início dos

anos de 1970, para se inserir no campo da administração estratégica das organizações. A TI

tem papel fundamental na gestão de processos internos e externos desenvolvidos pela

organização e contribui para melhorar o desempenho a partir da criação de vantagens

competitivas (MELO, 2008).

A TI é um instrumento estratégico à empresa uma vez que esta é constituída de um

conjunto de processos internos e externos que produzem um volume expressivo de registros

decorrente de suas compras, estoque, produção, armazenamento, comercialização, logística e

distribuição que necessitam ser organizados e tratados pela empresa de forma produzir

informações relevantes para tomada de decisão dos gestores, de maneira a alcançar seus

objetivos e metas de forma eficaz e eficiente (RODRIGUES; PINHEIRO, 2010). Segundo

Ritchie e Brindley (2005) a TI possuem a capacidade afetar significativamente as dimensões

de produtos e serviços, bem como processos de fabricação, práticas de trabalho e as práticas

de gestão orientadas para o mercado.

No caso das pequenas empresas Moraes, Terence e Escrivão Filho (2004) observaram

que um número reduzido de empresas aproveita o potencial oferecido pela TI por focarem nas

tarefas operacionais e rotineiras sem empregar no processo estratégico, ou seja, há uma

distância entre as características ou especificidades da empresa e o adequado uso da TI

considerando os funcionários, a infraestrutura, o processo de produção e distribuição dos

produtos.

Segundo Moraes, Terence e Escrivão Filho (2004) uma das maiores dificuldades das

pequenas empresas é conseguir reunir um conjunto de informações internas e externas que

orientem o planejamento das empresas e a tomada de decisão de seus gestores, que

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frequentemente é realizada com base em informações subestimadas. Com efeito, tem-se o

baixo nível de aproveitamento dos recursos oferecidos pela TI por grande parte das pequenas

empresas no Brasil.

2.2 Os Sistemas de Informação

Segundo De Melo Fonseca e Garcia (2007) um sistema é um conjunto de diversos

elementos que possuem um objetivo em comum, logo esses elementos trabalham de forma

interdependente um dos outros, fazendo assim o trabalho em conjunto para tal objetivo.

Esta, na verdade, é uma conceituação baseada na Teoria Geral do Sistema, onde

UHLMANN (2002, p.20) remete-se ao biólogo Von Bertalanff, o qual considera, em seu

trabalho, que “um sistema pode ser definido como um conjunto de elementos em inter-relação

entre si e com o ambiente”.

De acordo com a teoria dos sistemas voltada para administração, a própria empresa é

considerada um sistema, especificamente um sistema aberto, pois interage com o ambiente

externo e recebe trocas deste meio (DE ARAUJO, 1995). Para O’Brien e Marakas (2007),

Sistema de Informação é um conjunto organizado de pessoas, hardware, software, redes de

comunicação e recursos de dados que coletam, transformam e disseminam informações em

uma organização.

Guimarães (2002) assume que um sistema contém um conjunto de dados e

informações que são extraídas pelos usuários quando esses sentem a necessidade de

conhecimento sobre algo ou alguém para que uma decisão seja tomada. O Usuário extrai esses

dados armazenados e os utiliza conforme a necessidade para a empresa ou gerência dela, o

uso desses dados relacionados para um contexto corresponde ao que conhecemos como

informações.

De acordo com De Melo Fonseca e Garcia (2007), em todo lugar existe informações e

se tratando de empresas o cenário também não é diferente. Para De Melo Fonseca e Garcia

(2007) a informação é a sustentação da empresa, pois o conjunto de informações possui a

capacidade de representar a realidade da empresa, como esta funciona internamente e se

relaciona com fornecedores, clientes e concorrentes.

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As empresas necessitam das informações em seu cotidiano, porém é preciso que essas

informações estejam agrupadas, ordenadas e organizadas de uma forma que os interessados

possam ter o conhecimento necessário para realizar o gerenciamento da empresa.

Os interessados são clientes internos e externos das empresas, como por exemplo, os

bancos, compradores, governo, fornecedores, sociedade em geral. O mecanismo ideal para

essas empresas tratarem as informações é utilizando um Sistema de Informação (SI). Através

desta estrutura os envolvidos podem encontrar as informações necessárias em um local

específico com a vantagem dos recursos tecnológicos (DE MELO FONSECA; GARCIA,

2007).

Um SI pode ser compreendido como um conjunto de elementos inter-relacionados que

coletam (ou recuperam), processam, armazenam e distribuem informações destinadas a apoiar

a tomada de decisões, a coordenação e o controle de uma organização, e auxiliam os gerentes

e funcionários a analisar problemas, visualizar assuntos complexos e criar novos produtos.

No entanto, três atividades do SI dão origem aos resultados esperados pelas

organizações para as tomadas de decisões, controle de operações, analise de problemas,

criações de produtos e serviços, que são: entrada - coleta de dados não tratados ou dados

brutos, oriundos da organização ou do ambiente externo; processamento - fase de

transformação dos dados não tratados ou dados brutos para algo significativo; saída -

resultado produzido da atividade de processamento e entregue ao usuário (LAUDON e

LAUDON, 2009).

Em uma não tão diferente concepção, De Araújo (1995) complementa o conceito de

Sistemas de Informações como aqueles que realizam os processos de comunicação e recorda

que diversos outros autores ampliaram o contexto para sistemas de comunicação em massa,

redes de comunicação de dados e mensagens.

Na visão de Vasarhelyi e Mock (1974) o SI aplicado somente a questões tecnológicas

e computacionais não proporciona ao gestor conhecimentos suficientes para a compreensão

do processo de tomada de decisões para a empresa uma vez que SI engloba o controle

administrativo e operacional da empresa.

Ações do Controle Administrativo podem ser relacionadas a avaliação do desempenho

dos processos dentro da empresa; redução da responsabilidade do gestor sobre os fatos que

humanamente não podem ser controlados; maximização, para o gestor, dos fatos que já estão

sob o seu controle. As de Controle Operacional contemplam a gerência sobre o desempenho

das atividades fins das empresas; controle de estoque; horas trabalhadas dos funcionários.

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Para Landon e Landon (2009) o que torna os sistemas de informações essenciais para

as organizações e induz o investimento em tecnologias e SI é o desejo em alcançar a melhor

qualidade operacional, produtos novos, serviços e modelos de negócios mais eficientes,

aproximação com clientes e fornecedores, melhorias para as tomadas de decisões, vantagem

competitiva e sobrevivência.

Compreender os Sistemas de Informação, assim como a Tecnologia da Informação, é

assumir a possibilidade de dedicar-se a novos problemas e novos desafios que a implantação

dessa perspectiva poderá resultar para a empresa. Nos estudos de Sistema de Informação isso

é conhecido como “abordagem de resolução de problemas”, onde as soluções são encontradas

nos Sistemas de Informações.

2.3 Adoção da TI Pelas Organizações

A adoção de TI por empresas tem sido pesquisada intensamente nas últimas décadas,

porém sempre percebida por diferentes perspectivas de diversos autores. Para Gobbo (2013)

as características que as empresas possuem influenciam fortemente no modo como a TI é

adotada.

Segundo Baio-Moriones e Lera-López (2007), saber como estão relacionados a TI, as

características internas da empresa, suas estratégias e o ambiente competitivo, pode ajudar as

empresas a obter o maior benefício da adoção da TI, daí ser fundamental identificar os fatores

que afetam a decisão de adoção de TI pelas empresas. No estudo os autores categorizaram os

fatores que contribuem para explicar a adoção da TI em cinco categorias: ambiente em que a

empresa compete e a pressão exercida pelos concorrentes; característica estrutural da empresa

como o seu tamanho, o fato de ser uma multinacional que impõe as suas filiais a adoção de

padrões de tecnologia; capital humano, o nível educacional dos funcionários e a idade deles

impõem o ritmo da adoção, em que aquelas com maiores níveis de qualificação educacional

desenvolvem mais rapidamente o processo de adoção; empresas com estratégias bem

definidas necessitam da TI para viabiliza-las; a organização interna da empresa contribui para

estabelecer os sistemas tecnológicos de controles de qualidade.

Para Windrum e Berranger (2002), a literatura de SI observa que o tamanho da

empresa está relacionado com a probabilidade de adoção da TI, sendo as pequenas empresas

com menor probabilidade de adotar novas tecnologias do que os seus homólogos maiores. As

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organizações menores normalmente têm menos estrutura organizacional complexa do que as

organizações maiores e, portanto, têm menor requisitos internos para tecnologias de

comunicação extensa. Com menor volume de informações a serem comunicadas e

armazenadas, há necessidade menos convincente da TIC para gerir a informação.

A falta de capacitação interna e recursos reduzidos das MPE não é a única razão pela

qual as empresas possuem um padrão de adoção distinto das grandes empresas. Existe uma

diversidade de características inerentes a estas empresas que influenciam seu comportamento

no sentido da adoção da TIC (PRATES; OSPINA, 2004).

As MPE possuem recursos mais limitados (financeiro, humano e tecnológico),

tornando-as mais dependentes do apoio externo que as grandes empresas. As tomadas de

decisões nas MPE tendem a dar prioridade aquelas de curto prazo, sendo mais reativas e

intuitivas do que preventivas (SÁNCHEZ ET AL, 2006).

Para Prates e Ospina (2004), pelo fato das pequenas empresas não possuírem uma

hierarquia formal e não conseguirem diferenciar as necessidades de informações de maneira

planejada constata-se que o proprietário ou gerente assume posições que exige conhecimentos

técnicos do cotidiano da empresa, além da função de gerenciar e supervisionar o negócio.

Em comparação com as grandes empresas, as MPE tratam a gestão de TI como uma

questão sem importância estratégica. As MPE se apresentam mais relutantes ao adotar TI do

que as grandes empresas, mesmo considerando um aumento significativo do uso de SI nas

MPE, poucas mudanças foram experimentadas no que se refere gestão das TIC nas MPE

(SÁNCHEZ ET AL, 2006).

No âmbito das MPE Ghobakhloo et al (2011) apontam os seguintes fatores que

influenciam na adoção de TI relacionados ao ambiente interno – gestor do negócio, os

recursos e capacidades disponíveis na organização, o uso final da TI, as soluções de TI

definidos pela organização, características e comportamento da organização; no externo – a

relação com fornecedores e clientes, características da competição entre os concorrentes, os

consultores externos e vendedores e o governo.

Pesquisando empresas do Rio Grande do Sul (RS), Lunardi, Dolci e Maçada (2010)

identificaram alguns motivadores da adoção de TI nas MPE que são agrupados em quatro

categorias: Utilidade Percebida, Necessidade Interna, Ambiente Organizacional e Pressões

Externas, veja abaixo o modelo de pesquisa adotado pelos autores:

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Figura 01 - Modelo de Pesquisa Adoção de Tecnologia de Informação (TI) e seu Impacto no Desempenho Organizacional

Fonte: Lunardi, Dolci e Maçada (2010).

Sobre a adoção de TI, em específico, é possível encontrar diversas teorias que se

aplicam às organizações cabendo adequar as características de cada uma. É necessário ter

cautela ao aplicar uma determinada teoria para justificar um segmento de empresas com

comportamentos tão individualistas e variados como é o caso das MPE. Durante a revisão

teórica sobre Adoção da TI em MPE, diversos autores justificam aplicação de outras teorias,

causando uma inconsistência e a falta de um padrão no entendimento sobre os estudos de

adoção da TI apenas para estes tipos de empresas, no caso as pequenas e micro (DOS

SANTOS, 2007).

A Dai Prá, (2000) utilizou em sua pesquisa de Adoção de TI em Pequenas empresas a

Teoria do Impacto Ambiental para apurar o relacionamento entre as influências ambientais e

os problemas e influências criados pelos administradores de SI.

Rech (2000) em seu estudo sobre Adoção de TI utilizou a Teoria da Contingência

justificando que os fatores contingenciais são uma forma de entender a organização e a

tecnologia é um desses fatores contingenciais. Segundo Santos (2007), ao estudar os fatores

que influenciam a Adoção de TI, esclareceu o uso de várias perspectivas teóricas para a

compreensão da Adoção de TI, entre elas a Teoria da Difusão de Inovação (DOI)

desenvolvida por Rogers (2003) e o Modelo de Aceitação de Tecnologia (TAM) de Davis

(1989) para o modelo Tecnológico.

Para o modelo ambiental, Santos (2007) remete a Teoria Institucional de Dimaggio e

Powell (1983), além da Ecologia Organizacional de Nickerson e Zur Muehlen (2006). Para o

contexto Organizacional o autor foi muito enfático no estudo de Inovação.

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Na elaboração de um ensaio teórico Oliveira, Santos e Junior (2013) propuseram o

modelo TOE (Technology, Organization and Enviroment) para análise de adoção em MPE,

porém o modelo não considerou o processo compreensão da decisão da adoção de TI.

Inovação e Estratégia também são conceitos encontrados em trabalhos que justificam a

adoção de TI.

Um resumo das teorias que embasaram estudos sobre a adoção de TI são apresentadas

na Tabela 1 como forma de situar aqueles focados nas ações organizacionais e individuais.

Tabela 01 - Principais Teorias para a Adoção de TI

Teoria Principais autores em TI Individual Organizac. Teoria da Ação Racionalizada Fishbein e Ajzen (1975) x

Teoria da Difusão da Inovação (DOI) Rogers (1983, 1985) x X

Teoria Cognitiva Social Bandura (1986) x

Modelo de Aceitação de Tecnologia (TAM) Davis (1989) x

Teoria do Comportamento Planejado (TPB) Ajzen (1991) x

Características Percebidas da Inovação Moore e Benbasat (1991) x

Teoria Unificada de Aceitação e Uso de Tecnologia (UTAUT)

Venkatesh et al (2003) x

Modelo de Difusão e Infusão Kwon e Zmud (1987)

X

Modelo "Tri-Core" de Inovação de SI Swanson (1994)

X

Teoria Ator-rede Latour (2003) x X

Perspectiva Institucional Teo, Wei e Benbasat (2003)

X

Fonte: Santos (2007).

No artigo de Lunardi, Dolci e Maçada (2010), os autores foram enfáticos ao apontar a

baixa ocorrência de trabalhos sobre MPE relacionados a TI e mostram que a adoção de TI

pelas MPE deve ser tratada de forma específica, por conta das características das MPE, do

alto de nível de incerteza em seu ambiente, além das mudanças repentinas no ambiente

organizacional o que dificulta o gerenciamento.

A tecnologia da informação, em sua contínua evolução, é considerada uma dos

grandes vetores de mudanças no ambiente competitivo corporativo, sua expansão pelas

organizações alterou de maneira significativa a forma como as organizações desempenham

suas atividades (TEÓFILO; DE FREITAS, 2007).

Com relação às micro e pequenas empresas (MPE) brasileiras, nota-se que cada vez

mais o número de organizações informatizadas tem aumentado. Esse aumento pode ser

explicado pela diminuição progressiva dos custos de aquisição tecnológica, pela busca de

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vantagem competitiva, pela exigência dos parceiros comerciais ou até mesmo por exigências

legais (LUNARDI; DOLCI; MAÇADA, 2010).

A baixa ocorrência de trabalhos que pesquisam pequenas empresas e seu

relacionamento com a TI ocorre inicialmente pela própria definição de micro e pequena

empresa. Diferentes classificações são utilizadas, o que dificulta a convergência dos

resultados obtidos e até mesmo põe em dúvida sua possibilidade de generalização

(LUNARDI; DOLCI; MAÇADA, 2010).

No trabalho de SILVA (2009 apud BERALDI; ESCRIVÃO FILHO, 2000) a TI nas

MPE pode oferecer uma otimização da empresa através da modernização das seguintes

atividades: processos de arquivamento de papeis, fichas, pastas, folhetos, dentre outros

documentos; eliminação das atividades burocráticas que podem ser desenvolvidas no

computador; aumento da agilidade, segurança, integridade e exatidão das informações

levantadas; redução dos custos em todos os setores envolvidos; aperfeiçoamento da

administração geral da empresa, do marketing, do planejamento e controle da produção, das

demonstrações financeiras, das previsões orçamentárias, das análises de investimentos e de

custos.

Com a adoção da TI pela organização a grande maioria utiliza para operar os sistemas

de informação gerenciais e operacionais, porém, o acesso a internet é uma das utilizações

mais frequente por possibilitar o desenvolvimento de estratégias de marketing da empresa

junto aos seus clientes, via redes sociais e planos de ações de oferta de produtos segundo

segmento de consumidores atendidos pela organização. A relação com fornecedores também

é potencializada na medida em que os pedidos são realizados em tempo real e as ofertas e

divulgação de novos produtos (MORAES; TERENCE; ESCRIVÃO FILHO, 2004;

DHOLAKIA; KSHETRI, 2004; BAYO-MARIONES; LERA-LÓPEZ, 2007).

Encontrar explicações para o uso e a adoção de computadores pelas MPEs motivou a

pesquisa de Gupta, Setharaman e Raj (2013). Eles encontraram variáveis latentes

representativas do custo operacional, da facilidade de uso, da confiabilidade das operações,

participação e colaboração dos funcionários, segurança e privacidade das operações. Os

resultados mostram serem significativos os efeitos diretos do construto segurança e

privacidade sobre o uso e a adoção, assim como da redução custo, facilidade de uso e

conveniência. De forma indireta e atuando sobre a facilidade de uso e conveniência tem-se a

confiabilidade que atua também sobre a redução de custos. De forma que se observam efeitos

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diretos, indiretos e de interação entre os construtos sobre a decisão de adoção e uso de

computadores.

A percepção dos proprietários de pequenas e médias empresas sobre o conhecimento,

uso e adoção de TI na Malásia foi investigado por Hashim (2007) junto a uma amostra de 383

proprietários, tomando como base a teoria da difusão da inovação ele identificou

características da inovação e categorias de adoção entre os proprietários e estabeleceu a

relação entre os vários construtos. Os resultados mostraram que o nível de conhecimento dos

proprietários na Malásia é pobre, que o uso da TI é baixo, a adoção é lenta e tardia, explicado

principalmente pelo fato dos proprietários acharem que a adoção é difícil.

2.4 Benefícios da TI e o desempenho das Organizações

Apesar de ter recebido destaque nos últimos a produção de estudos sobre análise de

desempenho da TI em MPE em países em desenvolvimento ainda é muito baixa anos

(LUNARDI; DOLCI; MAÇADA, 2010), esta realidade é válida também para o Brasil

(PRATES; OSPINA, 2004). Os benefícios da TI foram discutidos por Albertin e De Moura

Albertin (2008) considerando os benefícios para os negócios da organização com destaque

para os custos, produtividade, qualidade, flexibilidade e Inovação. No modelo de análise

elaborado pelo autor estão presentes as dimensões relativas ao tipo de uso de TI, ao

desempenho empresarial, a governança e a administração de TI e o papel dos executivos de

negócios e de TI e o relacionamento entre as dimensões.

No estudo de Thong (2001) os impactos da TI sobre o desempenho das organizações

estão relacionado a adoção de SI que ajuda a organizar as rotinas administrativas e

operacionais e produz a informação necessária ao planejamento e a tomada de decisão, o que

contribui na ampliação do valor capturado pela empresa no processo de criação de valor a

partir da criação de vantagens competitivas.

A grande maioria das MPEs adota TI tomando como base a Internet uma vez que com

este recurso a empresa tem condições de fazer parte do mercado virtual e global. Segundo Tan

et al (2009), as MPEs da Malásia que adotaram TI baseada em Internet, justificam tal medida

pelo benefício de ter novas oportunidades de negócios, melhor acesso a informações e

conhecimento sobre o mercado a partir de uma comunicação rápida e confiável. No entanto,

para que as empresas consigam este benefício é preciso que sejam dotadas de recursos e

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capacidades organizacionais que possam se aproveitar da TI e do SI para fazer a leitura dos

produtos elaborados pelo SI e com isso estabelecer as estratégias de crescimento da empresa

com efeitos sobre o seu desempenho. Como posto pelos autores a potencialização dos

benefícios da TI e do SI não resultam imediatamente da aquisição única dessas tecnologias.

Segundo Ghobakhloo et al (2011), a adoção de TI e SI pelas MPEs pode ter efeito

negativo sobre o desempenho, desde que a aquisição da tecnologia tenha sido feita sem

considerar aspectos relacionados as características da empresa, seu processo produto, fluxos

de produção, armazenamento e distribuição, e a real estrutura do mercado e o posicionamento

da empresa no campo da concorrência.

De acordo com Consoli (2012) os fatores que inibem os investimentos e a adoção de

TI nas MPEs estão relacionados a questões financeiras por conta do elevado investimento

inicial para aquisição de hardware e software e a falta de acesso a crédito; infraestrutura de

energia e condições dos provedores de internet; organizacional pela falta de pessoal

qualificado e de estratégias inadequadas; tecnologia evolui sem a capacidade de absorção

pelas empresas.

No entanto, Consoli (2012) mostra que os benefícios da adoção de TI recaem sobre o

crescimento da produtividade, aumento de estratégias, aumento das vendas, criação de novos

produtos e serviços, melhor qualidade dos produtos e serviços, aumento da satisfação do

consumidor, ampliação da organização, melhoramentos na cadeia de suprimento, inserção no

mercado globalizado e no desempenho pela melhor eficiência, efetividade e competitividade,

e a inovação de negócios e pelos benefícios intangíveis resultante da criação de competências

difíceis de serem imitadas e de se encontrar substitutos pelos concorrentes como apresentado

pela Visão Baseada em Recurso.

O impacto positivo da TI sobre o desempenho das MPEs ocorre com mais frequência

quando a empresa baseia sua TI no uso da internet que amplia a possibilidade de expansão de

mercados e a realização de novos negócios com efeito sobre o desempenho dos negócios da

empresa (ALAM; NOOR, 2009).

Segundo Albertin e De Moura Albertin (2008, p. 607) o mecanismo como a TI

contribui para o desempenho da empresa através de processos e estratégias ocorre quando:

[...] O uso de TI, tanto como infraestrutura ou como suas aplicações em processos organizacionais, oferece os benefícios de custo, produtividade, qualidade, flexibilidade e inovação, que deverão ser mensurados nos negócios, formando assim a estrutura de benefícios de tecnologia de informação no desempenho empresarial.

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33

Os estudos de Melville et al. (2004) mostraram o efeito positivo das tecnologias de

informação sobre o desempenho da empresa quando se considera a produtividade,

rentabilidade, valor de mercado e quota de mercado como medidas do construto desempenho.

O estudo revela que as TI têm efeito intermediários sobre o desempenho tais como a

eficiência do processo, qualidade de serviço, redução de custos, organização e flexibilidade do

processo e satisfação do cliente. O uso de sistemas de informações contábeis, para uma

amostra de MPEs da Espanha, mostra-se positivamente correlacionado com o desempenho

delas a partir do aumento do valor adicionado pela facilidade de acesso aos sistemas de

controle dos órgãos fiscais e de acesso aos serviços bancário conforme Urquía Grande,

Estébanez e Muñoz (2011).

A importância dos recursos de TI, ativos de TI e a gestão de TI no desempenho das

empresas foi pesquisada por Wang et al (2015) que admitem que a combinação desses

recursos contribui para que as empresas possam estabelecer estratégias que as tornem

competitiva no mercado. Eles reforçam a complementaridade entre os recursos mostrando que

um sozinho não produzirá os efeitos esperados de criação de valor, mas sim a combinação

entre eles concebida com base em ações estratégicas formuladas a partir das informações

obtidas pelo SI e as capacidades disponíveis na empresa para absorver as transformações.

Segundo Wang et al (2015) a gestão de TI está relacionada de maneira positiva com o

desempenho delas, assim como a interação entre os ativos em TI e a gestão de TI impactam

positivamente sobre o desempenho. Além de indicar que o efeito da gestão de TI sobre o

desempenho da empresa é amplificado pelo dinamismo do ambiente interno. No estudo eles

mostram que essa relação pode assumir efeitos distintos a partir das variáveis de controle

inseridas no modelo de regressão empregado para avaliar o correlacionamento, tais como, o

tamanho da empresa, os anos de vida da empresa, os anos de experiência com TI, proporção

de empregados utilizando TI, e a diversificação de produtos fabricados pela empresa.

A relação entre a adoção da TI para melhorar o nível de agilidade na resposta aos

estímulos decorrente de mudanças na cadeia de suprimento e o desempenho das empresas foi

investigado por DeGroote e Marx (2013) para uma amostra de 193 empresas do setor de

transformação nos Estados e mostra que melhorias na TI contribuem positivamente para o

desempenho por possibilitarem a acessibilidade, acurácia e adequação dos processos da

empresa para as mudanças ocorridas nos elos da cadeia de suprimento em menor tempo de

execução, com reflexos também sobre o custo das operações e seus efeitos sobre as vendas,

parcela de mercado, lucratividade e satisfação do cliente.

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34

3 METODOLOGIA

Neste capítulo são apresentados todos os procedimentos adotados para o

desenvolvimento da pesquisa de maneira a esclarecer como foi estruturada a pesquisa

considerando a população alvo, os tipos de abordagem empregados, a elaboração dos

construtos, as técnicas de pesquisa utilizadas e o modelo de análise dos resultados.

Na pesquisa foram empregadas as abordagens metodológicas qualitativa e quantitativa

de maneira complementar em que os resultados da primeira, decorrentes da aplicação da

técnica de análise de Conteúdo, ajudaram a qualificar o relacionamento o entre os construtos

concebidos pela técnica de Análise Fatorial Exploratória proveniente do levantamento

desenvolvido junto as MPEs e o desempenho das empresas.

Esse tipo de planejamento e desenvolvimento de pesquisa tem se aproximado do que a

literatura denomina de métodos mistos (CRESWELL, 2010). No presente trabalho aplicou-se

a estratégia do método misto pelo fato do desenvolvimento da pesquisa ocorrer a partir de

uma combinação entre os dados qualitativos e quantitativos em que os bancos de dados estão

separados, porém tem-se uma conexão entre eles.

A elaboração dos construtos foi feita considerando o trabalho desenvolvido por

Lunardi, Dolci e Maçada (2010), o que foi feito a partir da concordância desses autores, após

consulta formal feita por e-mail. No entanto, pequenos ajustes foram feitos para inserir outras

variáveis importantes e relacionadas às características do entrevistado e da empresa de forma

a melhor qualificar os respondentes e suas experiências.

3.1 População Alvo

A população de interesse da pesquisa é formada pelas Micro e Pequenas Empresas

(MPEs) situadas no município de Belém e que desenvolvem a atividade de comércio varejista

e de serviços. De acordo o SEBRAE uma empresa é considerada Micro para o segmento de

Comércio e Serviços quando tem até 9 empregados e Pequena quando tem entre 10 e 49

empregados de acordo com a Lei 123 de 15 de dezembro de 2006.

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35

3.2 Amostra

3.2.1 Levantamento Qualitativo - Casos

Foram escolhidas seis MPEs de diferentes segmentos econômicos inseridas no

Comércio Varejista e Serviços. O processo de escolha levou em consideração o nível de TI na

empresa, o número de empregados, o tempo de uso da TI na empresa, além da aceitação do

proprietário em apresentar sua opinião e características detalhadas presentes em sua empresa.

3.2.2 Levantamento Quantitativo

O número de MPEs no município de Belém segundo dados do Cadastro Central de

Empresas do IBGE foi de 10.972, em 2006, sendo 9.895 microempresas e 1.113 pequenas

empresas, em que observa a predominância das microempresas com 89,9%. Essa proporção

guarda correlação os dados do SEBRAE sobre a proporção do número de MPEs.

Foi elaborado um site com um sistema de formulário, utilizando a linguagem PHP,

HTML e CSS para a construção da interface e programação do formulário e banco de dados

MySQL, com a linguagem SQL para a comunicação com a aplicação com a finalidade de

coletar as respostas dos gestores responsáveis pelas MPEs.

A seleção foi definida através de uma mineração no google. Por meio deste sistema de

busca, foi possível garimpar mais de mil e-mails das MPEs de Belém, dos mais diversos

ramos de atividade. Entretanto, foi encontrada uma enorme resistência por parte dos

empresários que não respondiam o questionário e em algumas vezes desconfiavam da

integridade e validade do e-mail. O link da pesquisa (www.pesquisamestrado.com.br) foi

enviado no corpo da mensagem e por receio de clicar e infectar seus computadores, muitos

empresários evitaram responder. O total de empresas do levantamento foi de 53, após a

resposta de 81 empresários que retornaram a solicitação, em que foram excluídos 28

questionários. Haviam 9 que não estavam completos em seu preenchimento, 2 registros

duplicados e 17 MEIs (Micro Empreendedor Individual).

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36

3.3 Instrumento de Coleta de Dados

3.3.1 Abordagem Qualitativa

O levantamento qualitativo foi desenvolvido a partir de entrevistas estruturadas junto

aos proprietários das MPEs cujas perguntas estão apresentadas no decorrer deste trabalho. O

objetivo deste procedimento foi o de encontrar explicações mais detalhadas sobre os motivos

e benefícios da adoção da TI pelas empresas.

Aspectos relacionados a trajetória empresarial dos entrevistados foi coletado assim

como se os pais trabalhavam no setor; a localização da empresa e seus reflexos; identificar

como se dá o processo de seleção e contratação de funcionários e a importância dada a TI no

ato de seleção; se há treinamento de TI aos funcionários e como ele é definido, executado e

com que frequência; quais os motivos de resistência ao uso da TI pelos funcionários e o que

pode estar relacionado isso; aspectos relacionados as características de TI dos concorrentes e

como isso influencia a tomada de decisão do empresário; como se deu o processo de adoção

de TI e quando isso aconteceu e qual a importância dessa adoção para o desempenho da

empresa. Estes aspectos são discutidos na literatura que estuda processos de uso, adoção e

benefício da TI na empresa e seu relacionamento com o desempenho delas.

3.3.2 Abordagem Quantitativa

O levantamento quantitativo foi realizado com base no instrumento de coleta de dados

elaborado com base no trabalho de Lunardi, Dolci e Maçada (2010) e na revisão da literatura

apresentada no referencial teórico. O questionário contém questões com escala de mensuração

Likert de 10 pontos, em que o empresário vai assinalar uma escala saindo de 0 no caso de

total discordância até 10 em caso de plena concordância e existe a condição dele afirmar que

não sabe ou que não está interessado em responder.

O questionário é composto de um bloco com a classificação do porte da empresa e

suas características e principais tipos de TI utilizados. Um segundo bloco com os motivos da

adoção da TI na percepção do empresário e que foi utilizado para encontrar os construtos

representativos dos motivos da adoção. Outro bloco foi empregado para encontrar o construto

do desempenho com base na percepção do empresário.

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37

3.4 Métodos e Técnicas de Análise dos Dados

3.4.1 Análise Qualitativa dos Casos

A análise dos dados obtidos a partir das entrevistas com os proprietários das MPEs

seguiu a abordagem desenvolvida por Creswell (2010) em cinco etapas:

1. As entrevistas gravadas foram transcritas em uma matriz de dados onde as linhas se

referiam aos casos e nas colunas encontram-se as perguntas das perguntas das

entrevistas.

2. De posse da matriz teve-se uma percepção geral do significado das respostas e as

ideias centrais em cada entrevista.

3. Foram concebidos codificadores a partir do processo de resumo das ideias em

temáticas centrais expressas por termos representativos de cada bloco. Nesta etapa

foram definidos tópicos e a agregação se deu pela combinação de tópicos similares.

4. Com os codificadores foi possível descrever cada um dos casos segundo os tópicos de

interesse de forma a gerar um número menor de aspectos enfatizados nas respostas dos

proprietários, e resumidas em quadros, contemplando a síntese de cada caso e a

categorização dos aspectos enfatizados.

5. De posse da matriz de respostas e dos quadros com os aspectos enfatizados pelos

entrevistados foram desenvolvidas as análises considerando os significado dos dados e

os resultados da revisão da teoria realizada na pesquisa.

3.4.2 Análise Quantitativa da Pesquisa

Os construtos representativos da motivação de adoção da TI e do Desempenho das

empresas foram calculados a partir da aplicação da técnica de análise fatorial aos dados,

técnica estatística multivariada que objetiva descrever o comportamento de um conjunto de

variáveis por meio de um número menor de variáveis.

Cada fator representou um distinto padrão de movimento entre as variáveis e deve ser

interpretado logicamente. Para explicar a estrutura da variância e covariância dos dados foi

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38

aplicada a técnica das componentes principais (Fávero et al, 2009; Hair et al, 1998; Mingoti,

2005).

Sob o modelo de fatores, cada variável respondida é representada por uma função

linear de uma pequena quantidade de fatores comuns, não observáveis, e outra parte de uma

variável latente específica. De acordo com Johnson e Wichern (1992), modelo de fatores pode

ser especificado em notação matricial:

εαfX += (1) em que T

p21 )X,,X,(XX L= é um vetor transposto de variáveis aleatórias observáveis; Tf )f,,f,(f r21 L= é um vetor transposto com pr < de variáveis não observáveis ou variáveis

latentes chamadas de fatores; α é uma matriz )( rp × de coeficientes fixos chamados de

cargas fatoriais; Tp21 )ε,,ε,(εε K= é um vetor transposto de termos aleatórios.

O ajuste do modelo de análise fatorial ortogonal aos dados foi inicialmente realizado

pela aplicação do critério de Kaiser-Mayer-Olkin (KMO). Outro teste aplicado para avaliar a

medida da adequação da AF aos dados foi o de esfericidade de Bartlett, que testa a hipótese

de que a matriz de correlação é uma matriz identidade, e essa hipótese refutada para valores

de significância menores que 0,05 indica a presença de correlações entre as variáveis (Pereira,

2001; Hair et al, 2009). A medida de adequação da amostra (MSA) também foi empregada

para avaliar se uma variável é prevista pelas outras variáveis e o valor mínimo aceitável ficou

em 0,5, para valores inferiores a indicação é para eliminar as variáveis. O número de fatores

extraídos foi definido a priori como indicado por Hair et al (2009).

A proporção da variância que uma variável compartilha com todas as demais variáveis

utilizadas no estudo é conhecida como comunalidade e as variáveis com valores acima de 0,5

são as aquelas que aportam maior contribuição ao modelo de AF. As demais foram excluídas

do modelo (FAVERO, et al, 2009).

De posse dos construtos para os motivos da adoção de TI e para o desempenho das

empresas foi elaborado um modelo de regressão linear múltipla visando encontrar a relação

entre os construtos da adoção com o desempenho:

erro de termoo é

adoção de motivos aos relativos construtos de matriz a é Z

desempenho construto do vetor o é D

que em

ε

εβ += ZD

2

Os parâmetros do modelo de regressão múltipla foram estimados pelo método dos

mínimos quadrados ordinários. A adequação dos resultados da regressão linear múltipla foi

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39

feita a partir da verificação das hipóteses de existência da regressão e da significância

estatística para cada um dos parâmetros que expressão o sentido e a intensidade da relação

entre os construtos da adoção e o construto do desempenho da empresa.

A significância estatística do modelo geral foi feito a partir do coeficiente de

determinação. A identificação de multicolinearidade foi realizada com base no Fator de

Inflação da Variância (VIF), em que VIF superior a 10 indica a presença do fenômeno (HAIR,

2009).

O software SPSS verão 21 foi utilizado para gerar os resultados das estatísticas

descritivas, organizar os dados em tabelas univariadas e bivariadas, os construtos obtidos a

partir da aplicação da Análise de Fator e dos parâmetros estimados do modelo de regressão

linear multivariada.

3.4.3 Análise de Confiabilidade

A avaliação das variáveis utilizadas no constructo da motivação e do desempenho foi

realizada com base no método de confiabilidade denominado Alfa de Cronbach, em que a

verificação das escalas propostas se preocupa com as aplicações futuras e é desenvolvida a

partir da correlação entre a variância da variável em destaque e a variância total de todas as

todas as variáveis (VIRGILLITO, 2010).

O Alfa de Cronbach é também entendido como coeficiente de correlação ao quadrado

(R2). A formulação de cálculo do índice é dada abaixo e quanto mais próximo de 1 for o

valor, isso mostra que o conjunto de questões utilizadas para representar o construto da

motivação e do desempenho está mais adequado e guarda forte correlacionamento entre as

variáveis. Alfa com grau inferior a 0,7 indica pouca exatidão do modelo (VIRGILLITO,

2010).

−×

−= ∑ 2

2

1)1( Soma

i

S

S

k

kα (3)

Em que:

medidos itens os todosde soma da variânciaa é

pesquisa na osconsiderad itensK dos individual variânciaa é 2

2

Soma

i

S

S

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40

3.4.4 Elaboração dos Constructos

Os construtos foram elaborados a partir da aplicação da Análise Fatorial considerando

as seguintes questões para cada um deles. O construto motivação foi elaborado a partir do

bloco de questões do questionário compreendidas entre Q1 e Q16.

Quadro 01 - Descrição das questões do questionário - Construto Motivação Q1 para se manter atualizada tecnologicamente. Q2 por causa da grande concorrência existente.

Q3 para realizar tarefas específicas mais rapidamente. Q4 porque possuía recursos financeiros. Q5 em função do seu crescimento.

Q6 por influência dos clientes, fornecedores e/ou governo. Q7 para melhorar o atendimento aos clientes.

Q8 porque possuía funcionários com condições de utilizá-las.

Q9 porque o seu negócio exigia.

Q10 para atender melhor as suas necessidades.

Q11 para aumentar a sua competitividade.

Q12 porque possuía uma estrutura organizacional adequada.

Q13 para garantir o bom funcionamento da empresa.

Q14 porque os concorrentes também têm adotado.

Q15 para realizar suas atividades com maior segurança.

Q16 porque possuía um ambiente favorável à sua utilização. Fonte: Resultados da pesquisa, baseado em Lunardi, Dolci e Maçada (2010).

O construto desempenho foi elaborado a partir do bloco de questões do questionário

compreendidas entre Q1 e Q9.

Quadro 02 - Descrição das questões do questionário - Construto Desempenho

Q1 ajuda na redução de custos totais.

Q2 ajuda a aumentar a participação de mercado.

Q3 ajuda a aumentar a produtividade da empresa.

Q4 ajuda a aumentar as vendas da empresa.

Q5 ajuda na obtenção de novos clientes.

Q6 é uma necessidade estratégica para competir no mercado.

Q7 aumenta a produtividade da empresa.

Q8 permite uma diferenciação no mercado onde a minha empresa atua.

Q9 auxilia no aumento das minhas receitas. Fonte: Resultados da pesquisa, baseado em Lunardi, Dolci e Maçada (2010).

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41

3.4.5 Modelo de Regressão Linear Múltipla

Como forma de atingir os objetivos específicos da dissertação foi proposto um modelo

de regressão linear múltipla em que os parâmetros foram estimados pelo Método dos

Mínimos Quadrados Ordinários (MQO). O modelo assumido foi o de K parâmetros conforme

(HAYASHI, 2000):

ttkktti XXXY µββββ +++++= K33221 (4)

Em que:

Y é a variável dependente para a observação t

Xij são as variáveis dependentes com , j=2,3, ... , k

inclinação da parâmetros os mrepresenta ,,

equação da intercepto o é

2

1

kββ

β

L

A representação matricial do modelo de regressão linear múltipla é escrita da seguinte forma:

ntXY ti ,,4,3,2,1, L=+= µβ . (5)

Em que cada t define um vetor 1xK, sendo Xt-(1, xt2, xt3, ..., xtk) o vetor de variáveis e

β=(β1, β2, β3,..., βk) o vetor Kx1 de parâmetros, u é o vetor nx1 dos distúrbios não observados.

A estimação dos β é obtida a partir da minimização da soma dos resíduos ao quadrado.

Seja a de regressão amostral com k variáveis:

ttkktti XXXY µββββ +++++= ˆˆˆˆ33221 K

(6)

Que pode ser escrita na seguinte forma matricial:

ntXY ti ,,4,3,2,1,ˆˆ L=+= µβ. (7)

Em que β é um vetor coluna de k elementos com os estimadores de MQO dos

coeficientes de regressão e u um vetor coluna nx1 com n resíduos (GUJARATI, 2000). A

minimização se processa a partir da Soma dos Quadrados dos Resíduos (SQR):

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42

233221

2 )ˆˆˆˆ(ˆtkktti XXXYu ββββ K−−−=∑∑ (8)

Em termos matriciais essa minimização se processa por minimizar uu ˆ'ˆ

De (2) obtêm-se que:

βˆ Xyu −= (9)

Assim:

βββββ ˆ''ˆ''ˆ2')()'ˆ(ˆ'ˆ XXyXyyXyXyuu +−=−−= (10)

Segundo Gujarati (2000) o MQO consiste em estimar os coeficientes betas da equação

(7) de modo que os resíduos ao quadrado, obtidos na equação (8)seja o menor possível. Esse

processo é realizado diferenciando (8) parcialmente em relação a kβββ ˆ,,ˆ,ˆ21 K e igualando a

zero as expressões resultantes, o que pode ser representado da seguinte forma:

yXXX 'ˆ)'( =β (11)

Isolando β de acordo com a álgebra de matrizes encontra-se:

yXXX ')'(ˆ 1−=β (12)

O autor indica que as seguintes pressuposições foram consideradas para viabilizar a

estimação pelo método dos MQO:

Para avaliar a relação entre o desempenho das empresas e os construtos representativos da motivação foi utilizado o modelo de regressão linear múltipla, abaixo estimado pelo método de MQO:

�� = �� + ���� + �� + �� + ���� + � (13)

Em que

).,0(~6.

tes;independen variáveisas entrelinear relação de ausência Há 5.

fixas; são sobservaçõe As.4

;0),(.3

;)(.2

;0)(.1

2

22

σ

σ

Nu

uuE

uE

uE

i

ji

i

i

=

=

=

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43

Di=desempenho

F1= eficiência das operações e segurança

F2=estrutura organizacional e recursos humanos especializados

F3=organização e flexibilidade do processo

F4=pressão externa induzida pela concorrência

Os sinais esperados para relação dos motivos da adoção de tecnologia e o desempenho

são todos positivos por conta daquilo que se discutiu no referencial teórico e nos achados que

foram encontrados no momento de análise qualitativa que capturou as respostas dos

empresários entrevistados.

3.5 Testes Estatísticos

3.5.1 Teste F

A significância da regressão, ou seja, da representatividade dos coeficientes da

regressão obtida pelo método dos Mínimos Quadrados Ordinários foi testada pela estatística

F, como forma de avaliar a significância do modelo, com a seguinte estrutura de hipóteses:

H0: β0=β1=β2=0

H1: existe pelo menos um β1≠0

A estatística F pode ser definida a partir do índice de explicação das variáveis

explicativas também conhecidas como Coeficiente de Explicação (R2).

A estatística F é definida por meio da seguinte expressão:

)()1(

)1(

)(

)1(2

2

knR

kR

knSQU

kSQRF

−−−

=−−

= (14)

Após o cálculo da estatística F a decisão sobre a rejeição da hipótese nula ocorrerá a

partir da comparação do valor tabelado da estatística F com o valor calculado em um nível de

significância estatística de 5,0% conforme a equação (14). Segundo Fávero et al (2009) o

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Software estatístico SPSS apresenta os valores de Sig. F e de Sig. t para o teste dos

coeficientes estimados de forma isolada, bastando comparar esse valor com a significância

estatística (α) de 5,0%.

3.5.2 Multicolinearidade

Na presença de multicolinearidade o modelo perde poder de explicação, por elevação

da parcela da variação da variável explicada pela parcela relativa aos resíduos. A presença de

elevada correlação linear entre as variáveis independentes leva a uma distorção dos resultados

com reflexos sobre o termo de resíduo (GUJARATI 2000; FÁVERO et al, 2009)

A combinação algébrica do índice de correlação linear e do coeficiente de

determinação ou explicação (R2) conduz a dois indicadores de diagnóstico: o VIF (Variance

Inflation Factor) e Tolerância (Tolerance), assim definidos:

21 RTolerance −= (15)

ToleranceVIF 1= (16)

A Tolerância representa a proporção da variação de uma variável explicativa que

independe das demais variáveis. A estatística VIF é uma medida de quanto à variância de

cada coeficiente de regressão estimado aumenta devido à multicolinearidade. A medida de

decisão pela presença de multicolinearidade se dá quando o VIF for acima de 10

(GUJARATI, 2006). Valores de VIF acima de 5,0 podem conduzir a problemas de

multicolinearidade segundo Fávero et al (2009).

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4 ANÁLISE DOS RESULTADOS

4.1 Análise Qualitativa

4.1.1 Contratação de mão de obra e o conhecimento de TI

No que se refere à contratação de funcionários pode-se observar no Quadro 03, que os

empresários possuem uma preferencia em contratar pessoas com conhecimentos em TI para

facilitar o uso na operacionalização de TI da empresa (SILVA; TEIXEIRA, 2014). E os

procedimentos desenvolvidos pelos empresários visam tornar mais eficiente as operações

administrativas, financeiras e deixar os clientes satisfeitos.

O corpo de funcionários em uma MPE dispõe, nos dias atuais, de recursos

computacionais com mais frequência (FERREIRA; RAMOS, 2005), o que nos remete a

compreender que é necessário ter conhecimento para manusear a TI adequadamente sem

causar prejuízos. Apesar das MPE contratarem profissionais mais qualificados (SILVA;

MOLINA-PALMA; RAPKIEWICZ, 2009), elas ainda encontram algumas dificuldades como

o temor e o receio, dos funcionários em estarem sendo monitorados (ARANHA, 2010). Nessa

perspectiva, os empresários realizam treinamentos e palestras para motivar os funcionários em

suas atividades.

Quadro 03 - Questão abordada: Requisitos da contratação de mão de obra

Caso Síntese Aspecto

enfatizado

C1

Informatizada em 2007/ gestor com domínio de informática/Contratação por indicação e confiança./Com a informatização foi exigido que o candidato tivesse algum domínio de informática já que os antigos não tinham e apresentavam dificuldades em manusear o sistema com reflexos no controle das vendas - Informatização nos processos de compra/estoque e vendas como segurança

Con

hec

imen

to b

ásic

o em

info

rmát

ica

C2 Tem que ter o conhecimento mínimo em informática/Pessoas idosas são mais resistentes que jovens

C3 Tem que ter o conhecimento básico em informática./ É dado treinamento pelos gerentes aos vendedores

C4

Todos devem conhecer informática/sempre damos palestras para as pessoas terem uma motivação maior … e isso realmente é bem interessante, se você não prestar atenção nesses pequenos detalhes, mas que são de grande influência para quem realmente deseja ter sucesso em algum planejamento que faça

C5 Pessoas novas com pouca experiência/treina seus funcionários/ resistência de alguns funcionários

C6 Dominar informática pelo fato de mexermos com instagram, trabalharmos com vendas pela internet ... ele tem que no mínimo saber disso. A outra exigência é que ele tem que entender do ramo. Tem que entender do “fight”.

Fonte: Resultados da pesquisa.

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46

Os proprietários afirmam que a mão de obra disponível no mercado tem pouco

domínio de informática, no entanto, ações foram aplicadas para melhorar a qualidade desses

funcionários e a sua motivação em se qualificar como pode ser percebido no relato abaixo

[Caso 1] :

[...] resolvemos investir em treinamento e com este treinamento as pessoas que nós conseguimos filtrar mantivemos na empresa e as outras tivemos que trocar e hoje a grande maioria possui o nível médio completo. Hoje, nós até ajudamos essas pessoas de nível médio completo a fazerem um curso superior. Por exemplo, o nosso gerente é formado em administração e agora está cursando inglês. Muitos não tinham carteira de motorista e agora já tem. Houve um funcionário que saiu da empresa para cursar engenharia elétrica [...]. (Informação Verbal).

A procura pela qualificação do quadro de funcionários é uma constante competitiva no

ambiente empresarial, pois desta forma ocorre um aumento na eficiência das tarefas

executadas na empresa (IBGE, 2010b), No Brasil a pesquisa do IBGE (2010b) constatou que

apenas 19,4% utilizaram a Internet para oferecer treinamentos aos seus funcionários e que

76,6% fornecem treinamento básico para operações com a TI nas empresas.

A pesquisa desenvolvida por Lunardi, Dolci e Maçada (2010), nos mostra que um dos

principais motivos que está relacionado a adoção de TI é a pressão externa no qual a empresa

sofre, assim como um ambiente organizacional favorável para a inclusão de TI. Para Prates e

Ospina (2004), em grande parte das empresas a aquisição da TI surge devido a uma

necessidade oriunda dos objetivos organizacionais anteriormente definidos, como:

necessidade de integração; melhoria dos controles organizacionais; competitividade; manter a

sua participação; aumentar a sua participação; melhoria da qualidade de atendimento;

aumentar a produtividade; gerar um ambiente produtivo; reduzir custos.

4.1.2 Motivos de adoção de TI

No Quadro 04 tem-se os principais tópicos relacionados a adoção de TI como motivo

central para se manter no mercado, devido a melhoria da gestão administrativa e financeira e

na produção de informações para definição de suas estratégias de expansão no mercado a

partir decisões baseadas em informações como realçado por Dholakia; Kshetri (2004); Del

Colli Silva e Reis (2008).

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47

A preocupação dos entrevistados com o processo de gestão de estoques e a segurança

financeira aparece como fatores frequentes na decisão pela adoção de TI. O entrevistado do

caso 1 relata que:

[...] os motivos do meu pai eu desconheço. Os meus motivos é que eu não tinha a experiência que ele tinha para realizar os procedimentos da loja, como identificar o produto que mais vendeu, porque vendeu, quando vendeu ... ele (pai) tinha isso na cabeça dele. Eu estava em uma situação em que precisava fazer o mesmo que ele fazia sem ter ferramentas palpáveis, nem números, nada! Para identificar isso. Este foi o meu primeiro motivo para insistir em colocar um sistema, o segundo motivo principal foi o controle. Eu identificava que haviam muitos oportunistas no mercado, contamos no dedo quantos representantes e fabricantes são parceiros nossos, a maioria querem apenas te empurrar produtos [...].(Informação Verbal).

Quadro 04 - Questão abordada: Motivos para adoção de TI

Caso Síntese Aspecto

enfatizado

C1 Melhorar a gestão da empresa diante da troca de gestão entre as gerações/ Controle de estoque, financeiro e caixa/compra de produtos repetidos e se deterioravam com o tempo

TI

par

a se

man

ter

no

mer

cad

o

C2 Ampliar as oportunidades de ganhos futuros/ Então eu busquei esse sistema, muito caro, mas felizmente a TIM veio e conseguiu unir o útil ao agradável que foi implantar o sistema dela.

C3 Necessidade e para a empresa prosperar. Para viver no mercado, senão eu estava fora. Não existe hoje uma empresa sem informática, seja maior ou menor.

C4 Pela necessidade em se manter e/ou ganhar mais mercado.

C5

A necessidade/ Porque só de cabeça não tem como você administrar, saber o que você tem. Tudo flui melhor, o sistema diz o que você tem que comprar. Ele te avisa. “Olha! Você tem que comprar isso, está acabando”. Avisa o produto que vende mais rápido, o produto que não gira. Tudo isso ele te diz

C6 Pelo fato dela ser muito eficaz no nosso ramo Fonte: Resultados da pesquisa.

Na mesma lógica de que a TI ajuda a organizar a gestão da empresa e possibilita um

planejamento realista o relato do Caso 5 enfatiza a preocupação com os resultados que a TI

pode trazer a gestão como cita:

[...] A necessidade. Porque só de cabeça não tem como você administrar, saber o que você tem. Tudo flui melhor, o sistema diz o que você tem que comprar. Ele te avisa. “Olha! Você tem que comprar isso, está acabando”. Avisa o produto que vende mais rápido, o produto que não gira. Tudo isso ele te diz. (Informação Verbal).

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48

Para Prates e Ospina (2004) ainda não conseguiram realizar uma avaliação dos

custos/benefícios dos investimentos realizados em TI. Os benefícios encontrados estão

relacionados com o entendimento das funções produtivas, em destaque o usuário que opera a

TI, pois melhora o controle e permite dar uma maior velocidade para as respostas desejadas.

Lunardi e Dolci (2007) apud SALMERON e BUENO, 2005 esclarecem que os

benefícios que a TI pode oferecer às MPE ainda não estão totalmente evidentes para o gestor

dessas empresas. Principalmente, no momento de decisão de uma tecnologia específica.

Seguindo este mesmo estudo, os autores detalham que em muitas situações, a decisão não é

realizada para ajudar na direção estratégica da empresa e, também, não se baseia em critérios

econômicos, o que atinge nas expectativas dos gestores quanto ao impacto da tecnologia no

resultado da empresa.

4.1.3 Benefícios com a adoção de TI

O Quadro 05 apresenta alguns dos benefícios apontados pelos entrevistados com

destaque para as melhoras no processo de gestão da empresa a partir da análise dos registros

das operações como forma de controlar as relações com fornecedores e clientes e criar

vantagens competitivas que conduzam a criação de mais valor e ampliação do desempenho

das empresas.

O relato feito pelo proprietário da empresa do caso 1 é bastante ilustrativo dos

benefícios percebidos pelos empresários:

[...] Porque no nosso ramo ... ele muda muito não é? Sempre tem um lançamento novo ou alguma coisa nova, então os produtos os produtos entram em defasagem ... você sabe que vende mais uma chuteira de marca tal, mas não interessante você saber o modelo porque ele já saiu de linha, então o que eu uso bastante é o meu planejamento financeiro ... eu sei o que é que vai cair de cartão, quando, que dia, quanto eu vendi tal mês de tal produto, de tal vendedor, qual o horário que eu mais vendo, eu sei de todos esses processos, eu sei qual o produto eu mais vendo em cada mês, meu ticket médio, eu sei pelos modelos que venderam de chuteira o porquê que ela vendeu mais, isso tudo o sistema me ajuda [...].(Informação Verbal).

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49

Fonte: Resultados da pesquisa.

Francisco, Ronchi e Mecheln (2008) menciona em seu artigo que benefícios como

controle financeiro, operacional e administrativo são resultados de muitos investimentos

realizados pela gestão em SI. Para Teófilo e De Freitas (2007) investimentos em TI geram

melhorias nos processos de gestão do estoque, como: eliminação de rupturas no estoque; evita

duplicidade de itens; reduz perdas por desaparecimento físico de alguns itens do estoque;

facilita o controle do nível de estoque fornecendo informações mais precisas para a reposição;

contribui para a modificação da organização do estoque físico; facilita o acesso imediato do

estoquista no produto, agilizando as vendas.

Francisco, Ronchi e Mecheln (2008) exaltam que investimentos em TI nunca são

demais, considerando os benefícios que ela pode trazer como: controle financeiro, operacional

e administrativo. O autor Balarine (2002) admite que há potencialidade da TI na melhoria dos

negócios, porém deve-se analisar os custos proporcionalmente aos benefícios de sua

implementação, considerando os efeitos sobre a sustentabilidade da empresa em um prazo

maior de tempo.

O relato do empresário proprietário da empresa do Caso 3 reforça o evidenciado por

(FRANCISCO; RONCHI; MECHELN, 2008):

[...] Nem sei te especificar. Só te dizer que se eu não tivesse eu não estaria no mercado mais. Foi atendimento agilizado, na emissão do cupom fiscal, agilidade para consultar o estoque ... o cliente vai hoje na vitrine e diz: Eu quero este tênis aqui tamanho 38, nós pegamos o código e jogamos no computador e ele sabe se tem ou não tem no estoque, eu não preciso subir e procurar ... Agilidade e funcionalidade da loja. (Informação Verbal).

Quadro 05 - Questão abordada: Benefícios com a adoção de TI

Caso Síntese Aspecto

enfatizado

C1

Maior controle de estoque o que ajuda na tomada de decisão sobre o produto, características e quantidades a serem adquiridas./Planejamento das finanças/Análise de desempenho dos vendedores/ identificação de dias e horários com maior frequências de vendas.

TI

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raté

gico

C2 Ampliou o controle sobre as operações da empresa/ampliou a lucratividade

C3 Só vou te dizer que se eu não tivesse, eu não estaria no mercado mais/atendimento agilizado, na emissão do cupom fiscal, agilidade para consultar o estoque/... Agilidade e funcionalidade da loja/

C4 Gestão do estoque, vendas, financeiro

C5 Você pode substituir coisas pela tecnologia, você pode também economizar os gastos com funcionários, porque ele já funciona como um/Melhora a gestão da empresa e auxilia o planejamento estratégico.

C6 Aumento das vendas é o principal

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50

Para Rodrigues e Pinheiro (2010) a TI gera mudanças e causa impactos no ambiente

organizacional, atribuindo um papel importante para melhorar a competitividade das

empresas. Este mesmo autor afirma que o uso cada vez maior da TI desempenha um

importante papel no fluxo de informações das empresas e melhora no quesito

competitividade, contribuindo para o aparecimento de um ambiente coorporativo essencial

para atingir vantagem estratégica, desenvolver novas políticas ou medidas adotadas nas

organizações que ultrapassam as fronteiras das organizações.

Segundo Santos Júnior, Freitas e Luciano (2005), o uso de TI é de vital importância,

pois a TI se mostra como uma ferramenta com capacidade de oferecer a competitividade

necessária para o crescimento e para a sobrevivência das empresas.

4.1.4 Percepção de Geração de Valor pela Adoção de TI

Durante as entrevistas podemos compreender através da ótica dos empresários como

eles percebem a geração de valor proporcionado pelo uso da TI. Verificar o Quadro 06. A

criação de valor para o empresário do Caso 1 é bem interessante conforme seu relato:

[...] Eu acredito que não, porque eu acredito que a TI facilita o atendimento e o atendimento bom e rápido é uma obrigação. O que eu acho que a tecnologia é importante, pelo menos a que eu utilizo aqui na loja, é a informação. É a informação melhor sobre o produto. Implica no atendimento, mas não na velocidade do atendimento. Até porque eu posso ter tudo informado no sistema, mas posso ter um estoquista mal treinado e com um estoque desorganizado, que vai atrasar a entrega do mesmo jeito [...]. (Informação Verbal).

Continuando:

[...] A questão toda é a seguinte, com a informação do produto bem explicada ... com utilização da tecnologia ... agrega valor neste sentido o produto. Você tem um tênis da asics ou da nike, por exemplo, essas empresas mandam treinamentos on-line por e-mail. Você cadastra os funcionários lá e eles têm acesso a internet em suas casa ou quem não tem computador pode assistir na empresa, eles aprendem sobre o produto para explicar melhor para o cliente. O atendimento melhora neste sentido [...]. (Informação Verbal).

O empresário do Caso 3 mostra como as estratégias proporcionadas pela gestão e a

adoção de TI e SI ajuda na fidelização de clientes:

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51

[...] Com relação com o meu cliente, eu já consigo me antecipar, por exemplo ... mais uma vez levando para o celular. Se ele comprou o celular há um ano e meio e eu sei que ele ainda continua com o celular, eu tenho o contato dele, tenho tudo registrado na loja, nada me impede de fazer uma venda por telefone ou por e-mail e informar que já chegaram novas tecnologias ... isso não é uma venda que surgiu e sim que eu busquei a venda, então tecnologia vem para facilitar essa situação [...]. (Informação Verbal).

Quadro 06 - Questão abordada: TI integrada com valor

Caso Síntese Aspecto

enfatizado

C1

TI melhora atendimento ao cliente por fornecer maior informação/Assim tem-se a agregação de valor/ A empresa revendedora do produto envia e-mail com treinamento on-line o que pode ser feito via internet na casa do funcionário ou na empresa de maneira que ele recebe todas as informações para orientar e ajudar o cliente na tomada de decisão

TI

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C2 Com esse sistema nós conseguimos alavancar as vendas, mudamos o layout da loja, conseguimos fidelizar os clientes... tudo isso utilizando a tecnologia/Segurança na gestão do negócio

C3 Vital! Se não tivesse o mundo não teria evoluído C4 Sem a TI você não sobrevive na atualidade

C5 Temos o facebook da loja, nós temos aproximadamente 1500 pessoas e nós transformamos ela para uma fanpage/marketing.

C6

Eu acho muito importante, porque a tecnologia ela vem só para agregar o que nós fazemos na prática. A parte burocrática fica muito com a parte da tecnologia/Uma coisa que eu acho muito importante é o controle de estoque, isso faz sinalizar que o estoque está acabando e que eu tenho que fazer um novo pedido. Outra coisa que eu acho importante é o controle das vendas, em saber meu faturamento, saber se eu consegui vender aquilo, qual é o produto que mais saiu, qual foi o produto que menos saiu.

Fonte: Resultados da pesquisa.

Os gestores têm a percepção de que a utilização de TI nas rotinas financeiras e de

fluxo de caixa é imprescindível, pois a automação é necessária para a manutenção e a

agilização dos processos de relacionamento com clientes e fornecedores, e que a dependência

é muito grande, que vai aumentar cada vez mais, pois as exigências do ambiente também

continuarão aumentando (MARRA, 2008).

O benefício da adoção de TI aparece em diferentes relatos que mostram a gradação das

estratégias e suas respostas de acordo com a intimidade do gestor com a TI e alguns

aplicativos, como relatado no Caso 6:

Aumentaram as vendas, aumentou a parte do delivery que estava quietinha. Conseguimos mensurar melhor a questão dos pedidos, quando está acabando os pedidos, qual o tempo que nós temos que fazer um novo pedido daquele produto. Isso também ajudou bastante,

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52

porque desenvolvemos umas planilhas no excel é uma coisa ainda primária, mas de qualquer forma ajuda bastante, com relação a não deixar o produto acabar, com relação ao tempo de chegada do produto ... nós temos todas essas planilhas separadinhas. Qual o produto que mais sai ... onde nós temos que investir mais. (Informação Verbal).

O Caso 1 relata que a TI responde por 20% de seu sucesso, no entanto, aumentar essa

parcela requer mão de obra especializada, investimento em tecnologia, infraestrutura, no

entanto veja o relato:

[...] A TI foi importantíssima para a saúde financeira, isso é inegável. Mas o sucesso não se resuma apenas a TI não. Mas se você sabe tudo o que faz, você é apaixonado pelo que faz, você sabe todas as tendências, vai a todas as reuniões de marketing e se teu estoque não estiver arrumado e se você não souber o que você vende e a tua financeira não está bem ... você vai quebrar. Eu acho que neste contexto eu acredito que 20% do sucesso é o TI. Porque, por exemplo, o que vendeu mais e o que não vendeu mais ... Dava para fazer manualmente? Dava. Só que ia inchar um pouco o meu pessoal, eu coloquei 20% para essa pergunta porque no sucesso da empresa, pois eu acredito que tenha outras variáveis, como clientes, variação de produtos e etc. (Informação Verbal).

O Caso 4 reforça a importância do conhecimento especializado dos gestores para

definir o tipo e uso de TI a ser adotada pela empresa a partir do planejamento estratégico

definido pela empresa.

[...] Eu não vou te dizer que ela fez muita coisa não … ela ajudou. Porque a TI ou qualquer outra coisa sobre informática, ela só vai dar certo se tem pessoas comprometidas para poder desenvolver o que ela tem de melhor. Se eu tiver tudo informatizado e tudo mais, mas não dou um bom atendimento … se eu não tiver uma boa mercadoria … não vai acontecer nada. Te digo o seguinte ... Há uma necessidade de TI? Há. É uma ferramenta indispensável? É, para complementar o negócio … o teu negócio, mas não que seja o que vai ter proporção especial … que tu vais crescer só por causa da TI, não! Você tem tudo em todos cantos, uma TI beleza e perfeita, mas não tem uma gestão para comandá-la. Aí se acaba [...]. (Informação Verbal).

4.1.5 Percepção dos entrevistados em relação ao sucesso da empresa a partir do uso da TI

No quadro 07, nota-se sob o ponto de vista dos empresários a TI como ferramenta que

proporciona melhorias estratégicas.

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53

Quadro 07 - Questão abordada: Uso da TI para o sucesso da empresa.

Caso Síntese Aspecto

enfatizado

C1

Nenhuma tecnologia vai dar vantagem estratégica se não tiver domínio da administração do negócio/ Poderia fazer um mapeamento de tendência de compras de um cliente/programa de fidelização de clientes/Importância dada a presença do cliente na loja para conferir a qualidade do produto que viu pela net ou TV.

TI

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gica

C2

Se nós formos analisar como está o mercado hoje, quanto mais eu puder minimizar os meus custos e maximizar a minha lucratividade é melhor e o sistema faz isso. Ele consegue fazer esse procedimento. Eu consigo visualizar onde eu estou gastando mais, consigo visualizar até onde eu posso gastar para eu poder ter uma lucratividade maior

C3

Eu comecei apenas com 3 funcionários e em 2 lojas eu tenho 48 funcionários agora (2 lojas distintas), nunca medi esforço nenhum, nem financeiro de investimento para que todos os setores da loja, inclusive a TI para que funcione com capacidade máxima de operação

C4 Ela ajuda/ TI ou qualquer outra coisa sobre informática, ela só vai dar certo se tem pessoas comprometidas para poder desenvolver o que ela tem de melhor

C5 Porque sem informática acho que dificilmente, hoje no mundo que estamos vivendo, alguém poderia ter sucesso

C6

pois é através dela que eu não fico esperando meu cliente bater na porta, é através da tecnologia que eu fico mandando mensagens, informando que os produtos chegaram, quais novidades nós temos na loja, é através da TI que mostramos nossos catálogos onde o cliente escolhe o que quer e fazemos a entrega. Então se não fossem essas ferramentas que engloba tecnologia, nós estaríamos lascados.

Fonte: Resultados da pesquisa.

Na análise de resultados do trabalho do autor Marra (2008), o mesmo chegou a

conclusão que os empresários se sustentam na TI para tomarem decisões das rotinas

financeiras.

Os autores Teófilo e De Freitas (2007) lembram que os três papéis do sistema de

informação, vantagem competitiva, tomadas de decisões e apoio nas operações, só serão

possível se o uso da TI tiver sido bem planejado.

Para os autores De Mendonça, De Almeida Freitas e De Souza (2009) o uso da TI

reduz o tempo de processamento dos pedidos, assim como diminui prazos de entrega de

mercadorias e serviços, além de possibilitar a redução de incertezas, que é um fator

preponderante para as tomadas de decisões do gestor.

O Caso 4 mostra como a TI ajuda na tomada de decisão do empresário:

[...] Através de uma mapa, você faz sempre um mapa e vai vendo os pontos fracos e fortes, no momento em que você vê um ponto fraco e que você pode melhorar, você vai vendo que essas informações foram fantásticas. A informação vai te ajudar a consertar algo que poderia passar despercebido se você não tivesse a ferramenta … há muita importância da TI em uma empresa, tá? Em todos os sentidos, é por isso que esse segmento é uma realidade. Há essa necessidade de aliar a sua empresa com a TI para você ter o seu banco de dados, seu

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financeiro enxuto, seus dados da empresa … então, a TI não é para nós brincarmos … a TI é para nós nos profissionalizarmos. A TI não é uma ferramenta para nós brincarmos, se a fiscalização te pega, ela vai em cima … a primeira coisa que ela pega são os computadores, ali está toda a vida da pessoa [...]. (Informação Verbal).

4.1.6 Percepção dos entrevistados sobre o apoio da TI na tomada de decisão

Observando o Quadro 08, os empresários relatam suas visões na relação de TI com as

tomadas de decisões gerenciais.

Fonte: Resultado da pesquisa.

Na mesma linha de explicação do Caso 4 tem-se o relato do Caso 2:

[...] Bem ... imagina se eu preciso fazer uma tomada de decisão sobre o aumento da produtividade e de venda, eu consigo visualizar qual foi o rendimento semanal de um vendedor, eu posso fazer a relação do desempenho da semana passada e fazer uma comparação, chamar o vendedor e perguntar o que aconteceu com ele, se aconteceu uma queda (venda) ou parabenizá-lo pelo sucesso no aumento da produção. A TI me gera esse tipo de relatório, eu consigo tomar uma decisão em tempo hábil e não esperar 2 ou 3 semanas e as minhas vendas decaíram. Eu consigo mensurar esse tipo de comportamento do vendedor e associar com algum outro fato do mercado, como uma propaganda ou alguma outra coisa ?. é possível fazer as correlações. Nesse sentido a TI é fundamental, sem ela essas informações seria tardias [...]. (Informação Verbal).

Quadro 08 - Questão abordada: TI apoia as suas tomadas de decisões

Caso Síntese Aspecto enfatizado

C1 No dia-a-dia identificamos os erros, tentamos evitar os erros e facilitar o uso dos sistemas

TI

pro

du

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form

açõe

s q

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C2

Bem ... imagina se eu preciso fazer uma tomada de decisão sobre o aumento da produtividade e de venda, eu consigo visualizar qual foi o rendimento semanal de um vendedor, eu posso fazer a relação do desempenho da semana passada e fazer uma comparação, chamar o vendedor e perguntar o que aconteceu com ele, se aconteceu uma queda (venda) ou parabenizá-lo pelo sucesso no aumento da produção

C3 Lógico! As decisões no comércio é a arte de comprar bem e vender melhor ... para circular a mercadoria você está em movimentação e gerando lucros e receitas

C4 Sim, a partir da elaboração de mapas com os pontos fortes e pontos fracos - gestão estratégica/

C5 Na verdade sem TI eu não teria como saber, eu teria que contar fisicamente .. aí complica. A minha gerencia depende da TI

C6

tudo nosso está baseado nas vendas, a forma que vendemos e que engloba o atendimento é que vamos mensurar o que precisamos. A outra coisa que é importante pra gente é a opinião dos nossos clientes. Se eu tenho um produto que dá problema e o cliente vem aqui reclamar, eu paro de vender aquele produto e isso também ajuda na escolha do meu fornecedor

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55

Os empresários reconhecem que sem TI as suas empresas não sobreviveriam, devido

os benefícios que a TI proporcionam na operacionalização, tomadas de decisões de suas

empresas e principalmente para competirem no mercado com os seus concorrentes. Com o

uso da TI os empresários desenvolvem métodos mais eficientes e eficazes de controlar seus

estoques e diminuir perdas no caixa, devido ao controle que a TI proporciona.

Para isso a maioria dos empresários das MPEs de Belém optam em contratar

funcionários com o mínimo de experiência comprovada em currículo, considerando curso

básico de informática. Desta forma os funcionários recém-chegados encontram-se mais

familiarizados com a tecnologia do seu novo estabelecimento profissional, considerando que

apesar de comprovada capacitação os funcionários ainda possuem baixo conhecimento

técnico para uso da TI nas organizações.

4.2 Análise Quantitativa

4.2.1 Caracterização das Micro e Pequenas Empresas

Conforme a Tabela 02 nota-se que a maior participação dos respondentes pertence ao

Comércio Varejista, onde se tem 12 casos do total de 53 respondentes, isso corresponde a

22,6% do total. Portanto, para esta pesquisa optou-se por compreender o desempenho das

Micro e Pequenas Empresas do ramo do comércio varejista, considerando que o Comércio

Varejista possui a maior participação no ramo de atividades do Brasil e da Região Norte

(SEBRAE, 2014b).

Em segundo lugar observa-se que as atividades referentes a Saúde humana, serviços

sociais, clínicas e farmácias foram as que mais responderam, atrás apenas do comércio

varejista conforme dito anteriormente, representando 13,2% do total de respondentes das

MPEs.

Em terceiro lugar, no total de respostas obtidas, ficaram empatadas as MPEs que

atuam nas atividades científicas e técnicas, assim como publicidade, propaganda, marketing e

impressão, em que ambas obtiveram 9,4% de empresas que participaram da pesquisa.

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56

Tabela 02 – Distribuição dos ramos de atividades econômicas

Ramo de atividade Casos Porcentagem

Indústrias extrativas, de transformação ou criação 3 5,7

Eletricidade e gás 2 3,8

Construção civil 4 7,5

Comércio varejista 12 22,6

Transporte, armazenagem e/ou correio 1 1,9

Alojamento e alimentação 2 3,8

Computação, sistema de informação, softwares 2 3,8

Atividades profissionais, científicas e técnicas 5 9,4

Atividades administrativas e serviços complementares 1 1,9

Educação, cursos e/ou treinamentos 2 3,8

Saúde humana, serviços sociais, clínicas, farmácias 7 13,2

Artes, cultura, esporte e recreação 2 3,8

Automóveis comércio e serviços 1 1,9

Serviços de reparo e/ou manutenção 2 3,8

Representação comercial 1 1,9

Publicidade, marketing, propaganda e impressão 5 9,4

Outro setor não informado 1 1,9

Total 53 100,0 Fonte: Resultados da pesquisa

Uma das questões discutidas no trabalho é a analise do tempo de fundação da empresa

com a adoção de tecnologia delas, na tentativa de encontrar uma relação entre essas duas

variáveis. A Tabela 03 detalha a quantidade de micro empresas que responderam ao

questionário na web e o ano de fundação delas, bem como a quantidade de pequenas empresas

e o seus anos de fundação.

Até o ano de 1999, das oito empresas pesquisadas, três são microempresas e cinco

pequenas empresas. Entre os anos 2000 e 2009 18 empresas foram fundadas em que 11 delas

eram microempresas e sete pequenos empresários. A maior parcela de empresas, 50,9%,

fundada a partir de 2010, o que pode ser explicado pelas ações do governo federal para

estimular o surgimento de micro e pequenas empresas conforme pesquisa do SEBRAE

(2007).

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57

Tabela 03 – Distribuição das empresas por Porte e Período de fundação

Período Porte da empresa

Micro Pequena Total

Até 1999 3 5 8

De 2000 a 2009 11 7 18

2010 ou mais 18 9 27

Total 32 21 53

Fonte: Resultados da pesquisa

No comércio varejista, atividade focada nesta pesquisa, observa-se que a quantidade

de MPEs respondentes cresce proporcionalmente em relação ao período de fundação destas

empresas. Este trabalho coletou três MPEs que foram fundadas até o ano de 1999, quatro que

iniciaram suas atividades no período do ano de 2000 a 2009 e cinco surgiram no ano de 2010

até o ano de 2016, conforme Tabela 04.

Tabela 04 – Evolução do surgimento de empresas segundo ramo de atividade

Ramo de atividade

Período de fundação

Até 1999

De 2000 a 2009

2010 ou

mais Total

Indústrias extrativas, de transformação ou criação 1 1 1 3

Eletricidade e gás 0 1 1 2

Construção civil 0 4 0 4

Comércio varejista 3 4 5 12

Transporte, armazenagem e/ou correio 0 0 1 1

Alojamento e alimentação 0 1 1 2

Computação, sistema de informação, softwares 0 0 2 2

Atividades profissionais, científicas e técnicas 0 1 4 5

Atividades administrativas e serviços complementares

0 1 0 1

Educação, cursos e/ou treinamentos 0 1 1 2

Saúde humana, serviços sociais, clínicas, farmácias 0 3 4 7

Artes, cultura, esporte e recreação 1 0 1 2

Automóveis comércio e serviços 0 1 0 1

Serviços de reparo e/ou manutenção 1 0 1 2

Representação comercial 0 0 1 1

Publicidade, marketing, propaganda e impressão 2 0 3 5 Outro setor não informado 0 0 1 1

Fonte: Resultados da pesquisa

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58

É possível verificar, na Tabela 05, a quantidade de funcionários, computadores e

tempo de existência das empresas para compreender o nível de dispersão que existe entre

essas variáveis ou a variação existente em relação a média. Na mesma tabela informada

abaixo, observamos que nas 53 empresas coletadas o número de funcionários variam entre 2 e

60, resultando em uma média de 9,83 e um desvio padrão de 10,451. Quanto ao número de

computadores variam entre 1 e 30, resultando em uma média de 5,68 e um desvio padrão de

5,399 e o tempo de vida destas 53 empresas variam entre 1 ano e 27 anos, resultando em uma

média de 8,79 e um desvio padrão de 7,091.

Tabela 05 – Estatísticas descritivas do número de funcionários, número de computadores e tempo de vida da empresa Variável Casos Mínimo Máximo Média Desvio

Padrão Número de funcionários 53 2 60 9,83 10,451

Número de computadores 53 1 30 5,68 5,399

Tempo de vida da empresa 53 1 27 8,79 7,091

Fonte: Resultados da pesquisa

No Gráfico 01, pode-se perceber que a maioria das empresas 60,4% adota tecnologia

no instante da fundação da empresa. Apenas três empresas adotaram TI após o primeiro ano e

seis adotaram TI a partir do terceiro ano. Encontraram-se empresas que adotaram TI depois do

décimo ano após a data de fundação.

Gráfico 01 – Número de anos para adotar tecnologia de informação desde a fundação

Fonte: Resultados da pesquisa.

32

3 2

6

1 1 1 2 1 1 1 1 1

0

5

10

15

20

25

30

35

,00 1,00 2,00 3,00 4,00 6,00 7,00 8,00 9,00 10,00 11,00 14,00 16,00

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Das empresas coletadas, a que mais demorou a adotar TI levou dezesseis anos para

adotar TI. Consideram-se os motivos apresentados na revisão literária deste estudo, como o

valor da TI no momento fosse incoerente com a realidade da MPE ou a falta de TI específica

para a MPE de acordo com o período em que ela se popularizou.

Visualiza-se no Gráfico 02 que em 45,3% empresas todos os funcionários operam TI

para procederem seus trabalhos mostrando um elevado uso da tecnologia nas operações da

empresa. A acessibilidade dos funcionários é ainda pequena quando observamos que um

pouco menos da metade dessas empresas, por algum motivo não possuem todos os seus

funcionários operando TI nas empresas, apesar do empresário exigir conhecimento de TI no

ato da contratação conforme mostrado no Quadro 01. Nas MPEs do país com até 10

funcionários, do setor do comércio, 96,8% usam computadores e 95,1% usam internet em

seus trabalhos (IBGE, 2010b).

Gráfico 02 – Fração de funcionários que operam TI nas empresas

Fonte: Resultados da pesquisa

A Tabela 06 apresenta o resultado da correlação linear simples entre as variáveis

número de funcionários da empresa (nr_funcionários), tempo de vida (tempo_vida), número

de computadores da empresa (nr_computadores), anos de TI na empresa (anoti) e a proporção

de funcionários que utilizam a TI adotada (prop_func_adot).

Os resultados mostram correlação positiva e significativa entre o número de

computadores das empresas e o tempo de vida delas e o número de funcionários indicando

que o aumento de uma variável está associado ao aumento da outra variável. Na literatura

têm-se casos dessa relação como observado por Baio-Moriones e Lera-López (2007).

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60

Tabela 06 - Resultado da Correlação linear de Pearson

Tempo_vida nr_funcionarios nr_computadores Anoti

nr_funcionarios 0,418**

nr_computadores 0,375** 0,506**

Anoti 0,628** 0,256 -0,024

prop_func_adot -0,148 -0,400** 0,196 -0,309*

**. A correlação é significativa no nível 0,01 (bilateral). *. A correlação é significativa no nível 0,05 (bilateral) Fonte: Resultados da pesquisa

No entanto a correlação negativa entre a proporção de funcionários que utilizam TI e o

tempo de vida da empresa, o número de funcionários, e o ano de adoção da TI, apesar de

apenas os dois últimos apresentarem significância estatística a 1,0 % e 5,0%, respectivamente.

Esse fato pode ser explicado a partir dos relatos capturados no levantamento qualitativo junto

aos casos pesquisados em que alguns afirmaram que o baixo nível de qualificação educacional

e de conhecimento de TI limita a adoção.

4.2.2 Motivos da Adoção de TI Pelas Micro e Pequenas Empresas

As MPE utilizam os recursos de TI apresentadas na Tabela 07 elaborada a partir da

indicação de um ou mais TI utilizada pela empresa. Dos 53 casos coletados observou-se que

23,8% das empresas fazem uso da Internet, 22,3% utilizam o Word e 21,4% empregam o uso

de planilhas que são utilizados no processo de gestão financeira, de estoque e de cadastro de

clientes.

Segundo Tan et al (2009), as MPEs da Malásia que adotaram TI baseada em Internet

apresentaram como motivo principal a necessidade de melhorar o acesso a informações e

conhecimento sobre o mercado a partir de uma comunicação rápida e confiável como forma

de orientar suas decisões.

No Brasil, 92,8% das empresas do setor do comércio utilizam Internet banda Larga,

serviço que popularizou-se nas grandes cidades do Brasil e que apenas 41,9% das

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microempresas do país possuem site próprio. Os sistemas e-commerce, 73,3% apresentam

suas listas de produtos e preços na internet IBGE (2010b).

Tabela 07 – Tecnologias de informação adotadas pelas MPE

TI Respostas

Casos Porcentagem

Word 46 22,3%

Excel 44 21,4%

Internet 49 23,8%

Sistema Contábil e Financeiro 22 10,7%

Sistema Específico para empresa 36 17,5%

Outro 9 4,4%

Total 206 100,0% Fonte: Resultados da pesquisa

Pesquisa realizada pelo IBGE (2010b), concluiu que as microempresas que possuem

computador, 96,6% utilizam software proprietário e apenas 3,3% das microempresas

desenvolvem seus próprios softwares que possuem licenças para uso.

O Gráfico 03 mostra que os maiores valores médios de motivos de adoção recaíram

sobre aspectos relacionados à necessidade de realização de tarefas específicas de maneira

mais rápida (9,19) seguido da necessidade de melhorar o atendimento aos clientes (6,13), a

preocupação com o bom funcionamento da empresa. Esses motivos aparecem nos estudos

desenvolvidos por Moraes, Terence e Escrivão filho (2004); Bayo-Mariones e Lera-López

(2007); Consoli (2012); Ghobakhloo et al (2011). Nos relatos coletados junto aos

proprietários encontram-se parte destes motivos como pode ser observado no Caso 5:

[...] Eu acho que tecnologia hoje é tudo. Inclusive, nós temos o facebook da loja, nós temos aproximadamente 1500 pessoas e nós transformamos ela para uma fanpage. Assim, observamos que é um meio de comunicação que temos que nos ajuda com o mínimo de custo. Nos ajuda a chegar muito longe sem ter trabalho, porque costumávamos panfletar, gastávamos bastante, ainda fazemos esse trabalho com boca-a-boca. Meu irmão é doutor em engenharia da computação e tem me ajudado com a TI, ele postou uma promoção que em 2 dias tivemos mais de 1 mil pessoas visualizaram, em apenas 2 dias e algumas pessoas vieram aqui na loja. Nem todos vão comprar mas a memória do nome ESPORTE MIX vai ficar gravada na mente das pessoas. Eu só tenho a crescer, cada vez mais a tecnologia ... ela é um meio que te ajuda a crescer sem custo [...].(Informação Verbal).

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Gráfico 03 – Média dos motivos da adoção tecnológica pelas empresas

Fonte: Resultados da pesquisa.

A percepção dos proprietários sobre a importância da adoção de TI para o desempenho

da empresa apresentada no Gráfico 04 dá ênfase ao fato de que TI ajuda a aumentar a

produtividade da empresa com média de 9,06, seguido por ajudar a aumentar as vendas e

ampliar a parcela de mercado ambas com média de 8,79. Esses fatores também foram

apresentados por Consoli (2012), Alam e Noor (2009) e Albertin e De Moura Albertin (2008).

O Caso 2 traz um relato interessante sobre a relação da adoção com o desempenho da

empresa:

[...] Bem ... imagina se eu preciso fazer uma tomada de decisão sobre o aumento da produtividade e de venda, eu consigo visualizar qual foi o rendimento semanal de um vendedor, eu posso fazer a relação do desempenho da semana passada e fazer uma comparação, chamar o vendedor e perguntar o que aconteceu com ele, se aconteceu uma queda (venda) ou parabenizá-lo pelo sucesso no aumento da produção. A TI me gera esse tipo de relatório, eu consigo tomar uma decisão em tempo hábil e não esperar 2 ou 3 semanas e as minhas vendas decaíram. Eu consigo mensurar esse tipo de comportamento do vendedor e associar com algum outro fato do mercado, como uma propaganda ou alguma outra coisa ?. é possível fazer as correlações. Nesse sentido a TI é fundamental, sem ela essas informações seria tardias [...]. (Informação Verbal).

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63

Gráfico 04 – Média da contribuição no desempenho da adoção tecnológica pelas empresas

Fonte: Resultados da pesquisa

4.2.3 Elaboração dos Construtos a Partir da Análise de Fator

4.2.3.1 Construtos da Motivação da Adoção de TI Pelas MPEs

O indicador de confiabilidade Alfa de Cronbach foi de 0,940 o que mostra que as

perguntas utilizadas para esse construto estão fortemente correlacionadas entre si e garantem a

confiabilidade do construto e a condição para que possam ser utilizados na produção da

Análise Fatorial.

O resultado do teste KMO foi ótimo para aceitar que a estrutura das correlações entre

as variáveis é adequada a aplicação da análise fatorial com valor de 0,838. O teste de

esfericidade de Bartlett foi de 661,51 o que elimina a possibilidade de matriz de correlação ser

uma matriz identidade. A medida de adequação da amostra a partir da matriz anti-imagem

apresentou valores todos superiores a 0,700.

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Após aplicação da técnica de componentes principais foram extraídas quatro

componentes considerando o fato de o componente ter valor maior ou igual a unidade que

respondem por 76,89% da variância total após rotação via processo varimax que visa

maximizar a variância entre os pesos de cada componente principal, esse método de escolha

do número de componentes foi apresentado por Hair et al (2009), conforme a Tabela 08.

Tabela 08 – Variância total explicada após rotação varimax

Componente

Somas de rotação de carregamentos ao quadrado

Autovalor % de variância % cumulativa

1 4,612 28,826 28,826

2 3,336 20,851 49,677

3 2,676 16,726 66,403

4 1,677 10,483 76,886

Fonte: Resultado da pesquisa

Com base na matriz de correlações entre as variáveis utilizadas para encontrar o

construto dos motivos da adoção foi feita a estimação do modelo fatorial e obtida as cargas

fatoriais para cada variável e fator extraído após rotação ortogonal e a comunalidade que

expressa a parcela da variância em cada variável explicada pelos quatro componentes,

resumidos na Tabela 08. A partir daí foi possível identificar as variáveis com maior nível de

correlação com cada um dos quatro componentes.

A soma de quadrado dos resultados dos autovalores rotacionados apresentados na

penúltima linha mostra quanto cada componente explica da variância total das variáveis

analisadas e foi obtido a partir da soma de todos os autovalores apresentados na coluna 2 da

Tabela 8, com resultado igual a 12,301. A soma dos fatores extraídos no presente modelo é de

90,96%, isso mostra que as quatro novas variáveis latentes obtidas pelo uso do modelo

fatorial podem substituir as sete variáveis iniciais sem maiores perdas de informações.

A variância total de uma variável no modelo fatorial é decomposta em fatores

específicos, comuns e aleatórios, e o interesse maior é que os fatores comuns representem a

maior parcela dessa variabilidade, ou seja, que eles sejam superiores a 0,700 como postulado

por Hair et al (2009). Dessa maneira pode-se afirmar que a comunalidade é uma medida da

proporção da variância explicada pelos fatores extraídos.

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Tabela 09 – Matriz dos componentes

Variável Componente Comuna

lidade 1 2 3 4

para se manter atualizada tecnologicamente 0,622 0,532 -0,155 0,146 0,715

por causa da grande concorrência existente 0,241 0,064 0,030 0,903 0,879

para realizar tarefas específicas mais rapidamente 0,876 0,101 0,264 0,060 0,851

porque possuía recursos financeiros 0,099 0,870 0,024 -0,011 0,767

em função do seu crescimento 0,743 0,329 0,016 0,170 0,690

por influência dos clientes, fornecedores e/ou governo

0,290 0,489 0,008 0,163 0,349

para melhorar o atendimento aos clientes 0,834 0,082 0,401 0,053 0,866

porque possuía funcionários com condições de utilizá-las

0,033 0,725 0,334 0,322 0,742

porque o seu negócio exigia 0,413 0,249 0,736 0,001 0,774

para atender melhor as suas necessidades 0,536 0,075 0,705 0,119 0,803

para aumentar a sua competitividade 0,382 0,283 0,647 0,425 0,824

porque possuía uma estrutura organizacional adequada

0,171 0,762 0,439 -0,058 0,805

para garantir o bom funcionamento da empresa 0,872 0,102 0,338 0,069 0,890

porque os concorrentes também têm adotado -0,004 0,465 0,428 0,629 0,795

para realizar suas atividades com maior segurança 0,804 0,079 0,258 0,160 0,746

porque possuía um ambiente favorável à sua utilização

0,132 0,664 0,543 0,225 0,804

Soma de quadrado do autovalor 4,612 3,336 2,676 1,67 12,301

Porcentagem da variância total 28,826 20,851 16,726 10,483 76,886 Método de Extração: Análise de Componente Principal. Método de Rotação: Varimax com Normalização de Kaiser. Fonte: Resultado da pesquisa.

Cada carga de fator é uma medida da importância de uma ou mais variáveis na

representação do fator obtido. A nomeação e interpretação dos fatores foram feitas de acordo

com o nível de correlação entre variáveis e o fator denominado conforme a preponderância

das variáveis e o grau de explicação dos fatores comuns.

O Fator 1 explica 28,8% variância total no modelo fatorial e apresenta forte correlação

positiva com motivos como realizar tarefas específicas mais rapidamente, garantir o bom

funcionamento da empresa, melhorar o atendimento ao cliente e realizar suas atividades com

maior segurança, todas com correlacionamento superior a 0,800. Essas características tem

tudo a ver com o que Baio-Moriones e Lera-López (2007) e Lunardi, Dolci e Maçada (2010)

que apresentam como motivos ligados a características internas da empresa, suas estratégias o

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que pode ajudar as empresas a obter o maior benefício e pode ser denominado de eficiência

das operações e segurança.

O Fator 2 explica 20,8% da variância total e tem forte correlação com os motivos

ligados ao fato de possuir recursos financeiros, funcionários com condições de utilizá-la e

porque possuía uma estrutura organizacional adequada condições encontradas nos trabalhos

de Sánchez et al (2006) e Ghobakhloo et al (2011). Diante dessas características o fator

recebeu a denominação de recursos financeiros, capital humano e estrutura

organizacional.

A variância explicada pelo Fator 3 é de 16,7% e encontra-se correlacionado

moderadamente com os seguintes motivos: porque o negócio exigia, atender melhor as

necessidades e aumentar a sua competitividade. De acordo com os estudos de Prates e Ospina

(2004) e Lunardi, Dolci e Maçada (2010) essas características podem ser agregadas em um

fator denominado de organização e flexibilidade do negócio.

Ao explicar 10,4% da variância total o Fator 4 é fortemente relacionado com motivos

como por causa da grande concorrência existente e porque os concorrentes também tem

adotado, motivos apontados por Baio-Moriones e Lera-López (2007), Lunardi, Dolci e

Maçada (2010), De Sánchez et al (2006) e Ghobakhloo et al (2011) e denominado de pressão

externa induzida pela concorrência.

4.2.3.2 Construtos do Desempenho das MPEs

O indicador de confiabilidade Alfa de Cronbach foi de 0,920, o que mostra que as

perguntas utilizadas para esse construto estão fortemente correlacionadas entre si e garantem a

confiabilidade do construto e a condição para que possam ser utilizados na produção da

Análise Fatorial.

O teste KMO apresentou resultado de 0,918 com valor próximo da unidade e

indicando haver uma forte adequação dos dados a aplicação da análise de fator, pelo fato das

variáveis apresentarem forte correlação linear. O resultado do teste de esfericidade de Bartlett

foi de 543,654 levando a não aceitação da hipótese de que a matriz de correlação é uma

matriz identidade. A medida de adequação da amostra a partir da matriz anti-imagem

apresentou valores todos superiores a 0,800.

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A partir das variáveis representativas do desempenho foi aplicada a Análise de fator

cuja técnica de extração foi a de componentes principais que resultou em um único fator que

representou 81,6% (Tabela da variância total após a rotação via processo varimax e o método

de escolha do número de componentes foi apresentado por Hair et al (2009)).

Tabela 10 – Variância total explicada após rotação varimax

Componente

Somas de rotação de carregamentos ao quadrado

Autovalor % de variância % cumulativa

1 6,535 81,682 81,682

Fonte: Resultado da pesquisa.

O Fator 1 está fortemente relacionado com as seguintes características: é uma

necessidade de estratégica para competir no mercado ajuda a aumentar a produtividade da

empresa, auxilia no aumento das minhas receitas, aumentar as vendas e permiti uma

diferenciação no mercado onde a minha empresa atua. Essas características estão presentes

nos estudos elaborados por Albertin e De Moura Albertin (2007), Thong (2001), Tan et al

(2009), Ghobakhloo et al (2011), Wang et al (2015) e DeGroote e Marx (2013). O fator 1

representou o construto do Desempenho.

Tabela 11 – Matriz dos componentes

Variável Fator 1 Comunalidade

ajuda na redução de custos totais 0,771 0,594

ajuda a aumentar a participação de mercado 0,865 0,748 ajuda a aumentar a produtividade da empresa 0,909 0,827 ajuda a aumentar as vendas da empresa 0,952 0,906 ajuda na obtenção de novos clientes 0,886 0,785 é uma necessidade estratégica para competir no mercado 0,958 0,918 permite uma diferenciação no mercado onde a minha empresa atua 0,931 0,866 auxilia no aumento das minhas receitas 0,944 0,891

Soma de quadrado do autovalor 6,6535

Porcentagem da variância total 81,682 Método de Extração: Análise de Componente Principal. Método de Rotação: Varimax com Normalização de Kaiser. Fonte: resultado da pesquisa

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4.2.4 Relação da Motivação de Adoção e o Desempenho das MPEs

Com a obtenção dos construtos relacionados aos motivos da adoção de TI e do

desempenho na opinião dos proprietários das MPEs foi possível avaliar a relação entre os

construtos da motivação e o do desempenho, assim como o sentido e a intensidade da relação

conforme estabelecido no modelo de regressão linear estimado pelo método dos mínimos

quadrados e resumido na Tabela 11.

O Modelo estimado foi

�� = �� + ���� + �� + �� + ���� + �

Di=desempenho

F1= eficiência das operações e segurança

F2=estrutura organizacional e recursos humanos especializados

F3=organização e flexibilidade do processo

F4=pressão externa induzida pela concorrência

O modelo ajustado mostra que 74,7% das variações ocorridas no construto do

desempenho resultam da variação obtida pelos construtos representativos dos motivos da

adoção de TI. O resultado do teste F mostra a rejeição da hipótese básica de que os

parâmetros estimados apresentam valor nulo. O resultado do teste VIF mostra a ausência de

multicolinearidade o que era esperado já que os construtos foram obtidos com base nos

componentes principais que geram fatores não correlacionados.

Os parâmetros estimados estão todos significativos a 1,0% e mostram o

correlacionamento positivo desses construtos com o desempenho. O construto F1= eficiência

das operações e segurança é o que apresenta o maior peso indicando que a eficiência das

operações e segurança está positivamente relacionado com o desempenho, mantido tudo mais

constante.

De acordo com os resultados da pesquisa qualitativa a adoção da TI contribui para

tornar mais eficiente a gestão por possibilitar um maior controle dos estoques, vendas, agilizar

o processo de atendimento aos clientes, o contato com os clientes por e-mail e mídias sociais e

o melhor que é a produção de informação sobre o negócio e essa combinação de elementos

que conduzem a eficiência e seguranças das operações que resultam na ampliação da criação

de valor e, por conseguinte, no aumento do desempenho.

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Tabela 12 – Resultado da regressão

Modelo

Coeficientes não padronizados

Coeficientes padronizados

t Sig.

Estatísticas de colinearidade

B Erro

Padrão Beta Tolerância VIF

�� 0,001 0,069 0,000 1,000

F1 0,667 0,070 0,667 9,558 0,000 1,000 1,000

F2 0,224 0,070 0,224 3,204 0,002 1,000 1,000

F3 0,459 0,070 0,459 6,574 0,000 1,000 1,000

F4 0,248 0,070 0,248 3,549 0,001 1,000 1,000

R2 = 0,747 F=39,360

Fonte: Resultados da pesquisa.

O segundo maior peso na relação é do fator F3=organização e flexibilidade do

processo que congrega a melhora na gestão administrativa, operacional e financeira, explicado

em grande parte, pela adoção de TI e SI adequado ao bom desempenho das MPEs no

município de Belém.

Os fatores F4=pressão externa induzida pela concorrência e F2=estrutura

organizacional e recursos humanos especializados indicam que a participação em um mercado

concorrido induz as MPEs a buscarem maior TI para ampliar seus controles e a inserção em

novos mercados como o relatado por um caso entrevistado: “[...] Eu faço venda pela internet

que eles não fazem, esse é o meu diferencial de modo geral em relação a tecnologia [...]”

A situação dos recursos humanos é fundamental para explicar o desempenho, pois

além do software e do hardware, se não tiver funcionários habilitados e capacitados para

manusear os recursos da TI e SI eles serão empregados na gestão de forma pouco eficiente e

não levaram ao aumento das vendas e da receita, ou seja, com baixo desempenho.

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5 CONCLUSÕES

A TI é considerada uma ferramenta que auxilia os empresários e seus respectivos

funcionários nas tarefas do dia-a-dia das organizações empresariais. É um elemento que

envolve todos os participantes que fazem parte do cenário organizacional, desde o empresário,

passando pelos fornecedores, funcionários, terceirizados e clientes.

Com base nessa elementar importância da Tecnologia no ambiente empresarial é que

nasceu a ideia de estudar seus critérios para adoção, motivação para o uso, impactos causados

da Tecnologia da Informação nas Micro e Pequenas Empresas na cidade de Belém, estado do

Pará.

Este estudo baseou-se nas obras de diversos autores, nacionais e internacionais,

sempre observando as diferentes características dos gestores a respeito dos motivos que os

levam a adotar TI em suas empresas. Porém, um trabalho em específico ajudou

fundamentalmente no desenvolvimento desta pesquisa. O artigo escrito pelos doutores

Lunardi, Dolci e Maçada intitulado por “Adoção de tecnologia de informação e seu impacto

no desempenho organizacional: um estudo realizado com micro e pequenas empresas” do

ano de 2010 serviu como elemento guia para esta pesquisa.

Esta pesquisa propôs analisar os motivos e os benefícios que as Micro e Pequenas

possuem ao adotar TI além da qual relação destes fatores com o desempenho dessas empresas.

Para isso foram analisadas 6 empresas, em que os empresários foram entrevistados em

profundidade. Quanto ao método quantitativo, foi desenvolvido um sistema web com um

questionário e o endereço deste questionário virtual foi enviado por e-mail para 1.800

empresários de Belém, que possuíam seus endereços de e-mail disponibilizados livremente na

internet. Com base nas respostas deste questionário virtual, pode-se caracterizar as MPE

envolvidas na pesquisa, identificar o perfil da Tecnologia de Informação adotada por elas e

estabelecer os motivos e as relações destes motivos com o desempenho das empresas.

Pôde-se observar que os empresários têm preferências em contratar funcionários com

conhecimento prévio de TI, por diversos motivos, o principal é a agilidade no aprendizado

nos treinamentos adotados para o uso dos SI e da TI encontradas nas empresas. Contudo,

apesar da exigência na contratação dos funcionários com experiências em TI, eles apresentam

baixas habilidades para operar adequadamente os componentes da TI nas empresas

Foram encontrados relatos de resistência/aversão dos funcionários no que diz respeito

ao uso de TI. Em todas as empresas entrevistadas os funcionários recebem um treinamento

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interno para operacionalização do SI da empresa e, de modo geral, os mais jovens são menos

resistentes ao aprendizado do uso de TI que os mais velhos segundo constatam os

entrevistados.

De forma unânime os empresários adquirem TI por necessidade imposta pelo

mercado, este fator os mantém "vivos" devidos os benefícios que a TI oferece a estas

empresas.

Segundo os entrevistados a TI proporciona controle dos produtos, organização,

agilidade nas operações de caixa e atendimento e facilidade na tomada de decisões e até

aumento nas vendas. Através da TI os empresários podem identificar as falhas operacionais e

administrativas, assim desta forma, é possível tomar decisões que melhorem os processos de

suas respectivas empresas.

Alguns empresários conseguiram ampliar os seus campos de venda com o auxílio da

TI. Através das redes sociais eles informam os seus produtos e alcançam consumidores que

residem em outros locais.

A TI também proporcionou aos empresários um maior controle administrativo,

possibilitando o gestor a fiscalizar melhor seus funcionários a respeito da sua produtividade

no trabalho. Além de controlar melhor os gastos com despesas desnecessárias onde os

processos não poderiam ser fiscalizados.

Os empresários adotam TI para melhorar suas gestões, ampliar suas oportunidades,

necessidade de sobrevivência e pela efetividade que ela oferece. A TI possibilita encontrar na

tomada de decisão como: reduzir falhas operacionais, analisar qual o produto vende mais ou

menos possibilitando comprar melhor, identificar pontos fortes e fracos da empresa, verificar

o rendimento dos funcionários, agilizar o processo de balanço de estoque, entre outros.

Os entrevistados constataram que a TI, de fato, é essencial para a melhor gestão da

empresa, entretanto não a consideram como o elemento principal para o sucesso alcançado

por eles.

Como se observou na literatura, muitas das micro e pequenas empresas possuem fortes

características de empresas familiares, em um determinado caso a TI contribuiu para a

prosperidade da empresa, possibilitando concentrar as informações, facilitando a passagem da

gestão de pai para o filho.

A grande maioria das empresas que surgem atualmente iniciam imediatamente o seu

processo de adoção de TI. Metade das empresas coletadas possuem todos os funcionários

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utilizando TI em suas operações. Há uma correlação positiva e significativa entre número de

computadores, número de funcionários e tempo de vida das empresas.

Os três elementos de TI mais utilizados pelas MPEs são Internet, Word e Excel sendo

os dados pesquisados. Os fatores que mais motivam as empresas a adotarem TI são: Garantia

de bom funcionamento da empresa, melhoria no atendimento aos clientes e realização das

tarefas especificas mais rapidamente, logo em seguida vem exigência do negócio e para

atender melhor as necessidades da empresa. O fator menos influente na motivação para

adoção de TI são os recursos financeiros. Quanto a contribuição da adoção de TI no

desempenho da empresa os dados coletados indicam que a TI ajuda a aumentar a

produtividade da empresa. Logo, a adoção de TI não contribui a reduzir os custos totais destas

empresas.

Conclui-se que a TI causou um impacto nas empresas pesquisadas. Seja positivamente

com o auxílio de melhorias e facilidades nas tomadas de decisões, assim como na mudança de

conceitos dos envolvidos da empresa. Os processos que antes eram manuais passaram a ser

centralizados no computador que internamente estabelece o fluxo dos produtos e do caixa.

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5.1 Contribuições e Considerações

Diversas possibilidades de contribuições podem ser encontradas nesta pesquisa, entre

elas um estudo sobre a realidade das MPE locais em relação ao uso de TI. Isto poderá

favorecer os gestores em suas decisões de compra de TI, não precisamente no produto a ser

adquirido, mas na compreensão de que a importância de utilizar TI para adquirir vantagens

empresariais e se destacar no cenário regional é possível.

Para os clientes a pesquisa contribui no esclarecimento da importância da TI com a

finalidade de estreitar contatos com as MPE, aproximando a empresa aos usuários. A

transparência é outro fator a ser considerado, cada vez mais os clientes buscam conhecer os

processos, a procedência dos recursos e produtos oferecidos, além da qualificação da empresa.

Desta forma, a TI empregada na empresa poderá submeter estas informações publicamente,

através Sites ou aplicativos para dispositivos móveis, etc.

A área de SI poderá contar com um estudo sobre os fatores que contribuem para

adoção de TI em MPE, uma lacuna a ser preenchida que poderá cobrir um apelo local muito

pouco investigado. A possibilidade de conhecer esses fatores possibilitará aos interessados

planejarem de forma mais eficiente a adoção de TI.

Pessoalmente, considero um desafio investigar, analisar e estudar sobre esse tema. Um

imenso esforço foi aplicado e acredito em poder contribuir (além da aprendizagem contínua)

um pouco sobre tal assunto a quem interessar.

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5.2 Limitações da Pesquisa

Pode-se considerar como limite da pesquisa a aplicação apenas em MPE do ramo de

atividades classificados como comércio varejista, mais especificamente das MPEs situadas no

município de Belém. Considera-se também a enorme dificuldade em colaboração dos

empresários desta cidade, por diversos fatores: Falta de interesse dos empresários em

participar; Desconfiança a respeito divulgação de informações de suas empresas; Receio de

clicar no link da página da pesquisa, sob a alegação que poderiam contaminar seus

computadores. A falta de conhecimento da importância da pesquisa para o entendimento dos

empresários a respeito do elemento do mercado que está sendo pesquisado. Falta de órgãos

que possuem MPEs cadastradas para formar parcerias; Não compreensão dos empresários

sobre o assunto TI.

5.3 Estudos Futuros

Muitos outros novos estudos podem ser realizados nesta área. Em pleno século XXI a

Tecnologia da Informação ainda possui muitos poucos estudos no país. Outras contribuições

poderiam abranger o estado do Pará a fim de identificar as características das outras cidades

neste estado. Outra sugestão seria realizar estudos comparativos entre o perfil das MPEs, ao

adotar TI, entre os outros estados. Sugere-se também que uma pesquisa seja feita em outros

ramos de atividades e não apenas o comércio varejista ao qual esta pesquisa se especializou.

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APÊNDICE A - Questionário de Pesquisa – Publicado na Internet em Dezembro de 2015

Parte 1: Informações Gerais

Classificação do Porte da empresa

Classificação da empresa segundo a Receita Bruta auferida no ano de 2014

Intervalo da Receita

1. Empreendedor Individual (EI) Até R$60.000,00

2. Micro Empreendedor (ME) Acima de R$60.000,00 até R$360.000,00

3. Empreendedor de Pequeno Porte (EPP) Acima de R$360.000,00 até R%3.600.000,00

Setor de atividade econômica 1. AGRICULTURA, PECUÁRIA, PRODUÇÃO FLORESTAL, PESCA E AQÜICULTURA 2. TURISMO, AGÊNCIAS DE VIAGENS, HOTELARIA 3. INDÚSTRIAS EXTRATIVAS, DE TRANSFORMAÇÃO OU CRIAÇÃO 4. ELETRICIDADE E GÁS 5. ÁGUA, ESGOTO, ATIVIDADES DE GESTÃO DE RESÍDUOS E DESCONTAMINAÇÃO 6. CONSTRUÇÃO CIVIL 7. COMÉRCIO VAREJISTA 8. TRANSPORTE, ARMAZENAGEM E/OU CORREIO 9. ALOJAMENTO E ALIMENTAÇÃO 10. COMPUTAÇÃO, SISTEMA DE INFORMAÇÃO, SOFTWARES 11. ATIVIDADES FINANCEIRAS, DE SEGUROS E SERVIÇOS RELACIONADOS 12. ATIVIDADES IMOBILIÁRIAS 13. ATIVIDADES PROFISSIONAIS, CIENTÍFICAS E TÉCNICAS 14. ATIVIDADES ADMINISTRATIVAS E SERVIÇOS COMPLEMENTARES 15. EDUCAÇÃO, CURSOS E/OU TREINAMENTOS 16. SAÚDE HUMANA, SERVIÇOS SOCIAIS, CLÍNICAS, FARMÁCIAS 17. ARTES, CULTURA, ESPORTE E RECREAÇÃO 18. AUTOMÓVEIS COMÉRCIO E SERVIÇOS 19. SERVIÇOS DE REPARO E/OU MANUTENÇÃO 20. SALÃO, CABELEIREIROS, COSMÉTICOS, PERFUMARIA 21. REPRESENTAÇÃO COMERCIAL 22. PUBLICIDADE, MARKETING, PROPAGANDA E IMPRESSÃO 23. OUTRO SETOR NÃO INFORMADO ACIMA

1. Nome da empresa: 9. Tecnologias que utiliza: 2. Cargo que ocupa na empresa: [1] Word [2] Excel [3] Internet 3. Ano de fundação: [4] Sistema Contábil / Financeiro 4. N° de funcionários: [5] Sistema Específico para a empresa 5. N° de computadores: [6] Outros: 6. Ano em que começou a se informatizar: 10. Possui site próprio na Internet: [1] Sim [2]Não 7. N° de funcionários que utiliza computadores na empresa:

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Parte 2: As afirmações abaixo se referem a alguns dos principais motivos pelos quais as empresas adotam diferentes tecnologias. Assinale com um ‘X’ a opção que melhor expressar a sua opinião, com relação a sua empresa, conforme escala abaixo.

Nossa empresa adotou tecnologia ... Dê a sua nota! NS

NQ

1... para se manter atualizada tecnologicamente. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 2... por causa da grande concorrência existente. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 3... para realizar tarefas específicas mais rapidamente. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 4... porque possuía recursos financeiros. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 5... em função do seu crescimento. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 6... por influência dos clientes, fornecedores e/ou governo. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 7... para melhorar o atendimento aos clientes. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 8... porque possuía funcionários com condições de utilizá-

las. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

9... porque o seu negócio exigia. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 10... para atender melhor as suas necessidades. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11... para aumentar a sua competitividade. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 12... porque possuía uma estrutura organizacional adequada. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 13... para garantir o bom funcionamento da empresa. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 14... porque os concorrentes também têm adotado. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 15... para realizar suas atividades com maior segurança. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 16... porque possuía um ambiente favorável à sua utilização. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

NS - Não sabe responder

NQ - Não quer responder

Parte 3: As afirmações abaixo referem-se ao desempenho e planejamento organizacional. Assinale com um ‘X’ a opção que melhor expressar a sua opinião, conforme a escala abaixo:

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O uso da tecnologia ... Dê a sua nota! NS

NQ

1... ajuda na redução de custos totais. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 2... ajuda a aumentar a participação de mercado. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 3... ajuda a aumentar a produtividade da empresa. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 4... ajuda a aumentar as vendas da empresa. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 5... ajuda na obtenção de novos clientes. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 6... é uma necessidade estratégica para competir no

mercado. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

7... aumenta a produtividade da empresa. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 8... permite uma diferenciação no mercado onde a minha

empresa atua. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

9... auxilia no aumento das minhas receitas. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 De modo geral, considero ... Dê a sua nota! N

S NQ

10...

que a nossa empresa investe bastante em tecnologia. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

11...

que a nossa empresa investe em tecnologia de forma planejada.

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

12...

que a tecnologia é essencial para a nossa empresa. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

13...

que a tecnologia tem proporcionado um impacto positivo na minha empresa.

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Estou interessado em receber os resultados dessa pesquisa: [ 1] Sim [ 0 ] Não

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APÊNDICE B - Informações resultantes do Software SPSS referente a pesquisa.

Tabela 13 – Constructos da Pesquisa: Motivos, Desempenho e Planejamento

Variável Descrição da variável Mínimo Máximo Média Desvio Padrão

CONSTRUTO DO MOTIVO DA ADOÇÃO

TECNOLÓGICA 5 10 8,26 1,247

T_ADOT1 para se manter atualizada tecnologicamente 2 10 8,42 1,916

T_ADOT2 por causa da grande concorrência existente 2 10 7,68 2,045

T_ADOT3 para realizar tarefas específicas mais rapidamente 5 10 9,19 1,532

T_ADOT4 porque possuía recursos financeiros 1 10 6,87 2,158

T_ADOT5 em função do seu crescimento 5 10 8,38 1,778

T_ADOT6 por influência dos clientes, fornecedores e/ou governo 3 10 7,36 2,104

T_ADOT7 para melhorar o atendimento aos clientes 5 10 9,13 1,442

T_ADOT8 porque possuía funcionários com condições de utilizá-las 3 10 7,36 1,972

T_ADOT9 porque o seu negócio exigia 5 10 9,00 1,664

T_ADOT10 para atender melhor as suas necessidades 5 10 9,00 1,629

T_ADOT11 para aumentar a sua competitividade 5 10 8,60 1,790

T_ADOT12 porque possuía uma estrutura organizacional adequada 3 10 7,83 2,082

T_ADOT13 para garantir o bom funcionamento da empresa 5 10 9,08 1,439

T_ADOT14 porque os concorrentes também têm adotado 3 10 7,45 2,108

T_ADOT15 para realizar suas atividades com maior segurança 4 10 8,85 1,634

T_ADOT16 porque possuía um ambiente favorável à sua utilização 3 10 8,02 2,080

CONSTRUTO DO DESEMPENHO COM ADOÇÃO

TECNOLÓGICA 5 10 8,78 1,521

USO_TEC1 ajuda na redução de custos totais 5 10 8,49 1,705

USO_TEC2 ajuda a aumentar a participação de mercado 5 10 8,79 1,668

USO_TEC3 ajuda a aumentar a produtividade da empresa 5 10 9,06 1,586

USO_TEC4 ajuda a aumentar as vendas da empresa 5 10 8,79 1,633

USO_TEC5 ajuda na obtenção de novos clientes 4 10 8,64 1,841

USO_TEC6 é uma necessidade estratégica para competir no mercado 5 10 8,83 1,695

USO_TEC7 aumenta a produtividade da empresa 5 10 8,94 1,657

USO_TEC8 permite uma diferenciação no mercado onde a minha empresa atua

5 10 8,75 1,697

USO_TEC9 auxilia no aumento das minhas receitas 5 10 8,70 1,671

CONSTRUTO DO PLANEJAMENTO

ORGANIZACIONAL 5 10 8,09 1,552 USO_TEC10 que a nossa empresa investe bastante em tecnologia 3 10 7,42 1,936

USO_TEC11 que a nossa empresa investe em tecnologia de forma planejada

3 10 7,58 1,936

USO_TEC12 que a tecnologia é essencial para a nossa empresa 5 10 8,66 1,720

USO_TEC13 que a tecnologia tem proporcionado um impacto positivo na minha empresa

5 10 8,70 1,682

Fonte: Resultados da pesquisa

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86

RESULTADOS DA ANÁLISE DE FATOR Bloco relacionado aos motivos da adoção

Estatísticas Descritivas

Média Erro Desvio Análise N para se manter atualizada tecnologicamente 8,42 1,916 53

por causa da grande concorrência existente 7,68 2,045 53

para realizar tarefas específicas mais rapidamente 9,19 1,532 53

porque possuía recursos financeiros 6,87 2,158 53

em função do seu crescimento 8,38 1,778 53

por influência dos clientes, fornecedores e/ou governo 7,36 2,104 53

para melhorar o atendimento aos clientes 9,13 1,442 53

porque possuía funcionários com condições de utilizá-las 7,36 1,972 53

porque o seu negócio exigia 9,00 1,664 53

para atender melhor as suas necessidades 9,00 1,629 53

para aumentar a sua competitividade 8,60 1,790 53

porque possuía uma estrutura organizacional adequada 7,83 2,082 53

para garantir o bom funcionamento da empresa 9,08 1,439 53

porque os concorrentes também têm adotado 7,45 2,108 53

para realizar suas atividades com maior segurança 8,85 1,634 53

porque possuía um ambiente favorável à sua utilização 8,02 2,080 53

Comunalidades

Inicial para se manter atualizada tecnologicamente 1,000

por causa da grande concorrência existente 1,000

para realizar tarefas específicas mais rapidamente 1,000

porque possuía recursos financeiros 1,000

em função do seu crescimento 1,000

por influência dos clientes, fornecedores e/ou governo 1,000

para melhorar o atendimento aos clientes 1,000

porque possuía funcionários com condições de utilizá-las 1,000

porque o seu negócio exigia 1,000

para atender melhor as suas necessidades 1,000

para aumentar a sua competitividade 1,000

porque possuía uma estrutura organizacional adequada 1,000

para garantir o bom funcionamento da empresa 1,000

porque os concorrentes também têm adotado 1,000

para realizar suas atividades com maior segurança 1,000

porque possuía um ambiente favorável à sua utilização 1,000

Método de Extração: Análise de Componente Principal.

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87

Variância total explicada

Componente

Autovalores iniciais Somas de rotação de carregamentos

ao quadrado

Total % de

variância %

cumulativa Total % de

variância %

cumulativa 1 7,725 48,281 48,281 4,612 28,826 28,826

2 2,313 14,457 62,739 3,336 20,851 49,677

3 1,190 7,437 70,176 2,676 16,726 66,403

4 1,074 6,710 76,886 1,677 10,483 76,886

5 ,852 5,323 82,208

6 ,620 3,874 86,083

7 ,492 3,073 89,155

8 ,352 2,200 91,355

9 ,336 2,097 93,452

10 ,262 1,641 95,093

11 ,231 1,446 96,539

12 ,184 1,148 97,687

13 ,114 ,716 98,403

14 ,097 ,608 99,010

15 ,087 ,545 99,555

16 ,071 ,445 100,000

Método de Extração: Análise de Componente Principal.

Matriz de componente rotativaa

Componente

1 2 3 4 para se manter atualizada tecnologicamente ,622 ,532 -,155 ,146

por causa da grande concorrência existente ,241 ,064 ,030 ,903

para realizar tarefas específicas mais rapidamente ,876 ,101 ,264 ,060

porque possuía recursos financeiros ,099 ,870 ,024 -,011

em função do seu crescimento ,743 ,329 ,016 ,170

por influência dos clientes, fornecedores e/ou governo ,290 ,489 ,008 ,163

para melhorar o atendimento aos clientes ,834 ,082 ,401 ,053

porque possuía funcionários com condições de utilizá-las ,033 ,725 ,334 ,322

porque o seu negócio exigia ,413 ,249 ,736 ,001

para atender melhor as suas necessidades ,536 ,075 ,705 ,119

para aumentar a sua competitividade ,382 ,283 ,647 ,425

porque possuía uma estrutura organizacional adequada ,171 ,762 ,439 -,058

para garantir o bom funcionamento da empresa ,872 ,102 ,338 ,069

porque os concorrentes também têm adotado -,004 ,465 ,428 ,629

para realizar suas atividades com maior segurança ,804 ,079 ,258 ,160

porque possuía um ambiente favorável à sua utilização ,132 ,664 ,543 ,225

Método de Extração: Análise de Componente Principal. Método de Rotação: Varimax com Normalização de Kaiser.

a. Rotação convergida em 15 iterações.

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88

Teste de KMO e Bartlett

Medida Kaiser-Meyer-Olkin de adequação de amostragem. Teste de esfericidade de Bartlett Aprox. Qui-quadrado gl Sig.

,838

661,514

120

,000

Bloco de desempenho organizacional

Estatísticas Descritivas

Média Erro

Desvio Análise N ajuda na redução de custos totais 8,49 1,705 53

ajuda a aumentar a participação de mercado 8,79 1,668 53

ajuda a aumentar a produtividade da empresa 9,06 1,586 53

ajuda a aumentar as vendas da empresa 8,79 1,633 53

ajuda na obtenção de novos clientes 8,64 1,841 53

é uma necessidade estratégica para competir no mercado 8,83 1,695 53

permite uma diferenciação no mercado onde a minha empresa atua 8,75 1,697 53

auxilia no aumento das minhas receitas 8,70 1,671 53

Teste de KMO e Bartlett

Medida Kaiser-Meyer-Olkin de adequação de amostragem.

,918

Teste de esfericidade de Bartlett

Aprox. Qui-quadrado 543,654

gl 28

Sig. ,000

Comunalidades

Inicial ajuda na redução de custos totais 1,000

ajuda a aumentar a participação de mercado 1,000

ajuda a aumentar a produtividade da empresa 1,000

ajuda a aumentar as vendas da empresa 1,000

ajuda na obtenção de novos clientes 1,000

é uma necessidade estratégica para competir no mercado 1,000

permite uma diferenciação no mercado onde a minha empresa atua 1,000

auxilia no aumento das minhas receitas 1,000

Método de Extração: Análise de Componente Principal.

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Variância total explicada

Componente

Autovalores iniciais

Total % de

variância %

cumulativa 1 6,535 81,682 81,682

2 ,543 6,783 88,465

3 ,339 4,237 92,702

4 ,242 3,023 95,725

5 ,114 1,430 97,155

6 ,098 1,230 98,384

7 ,071 ,882 99,266

8 ,059 ,734 100,000

Método de Extração: Análise de Componente Principal.

Matriz de componentea

Componente

1 ajuda na redução de custos totais ,771

ajuda a aumentar a participação de mercado ,865

ajuda a aumentar a produtividade da empresa ,909

ajuda a aumentar as vendas da empresa ,952

ajuda na obtenção de novos clientes ,886

é uma necessidade estratégica para competir no mercado

,958

permite uma diferenciação no mercado onde a minha empresa atua

,931

auxilia no aumento das minhas receitas ,944

Método de Extração: Análise de Componente Principal.

a. 1 componentes extraídos.

Resultados da regressão

Sumarização do modelob

Modelo R R quadrado

R quadrado ajustado

Erro padrão da estimativa

Durbin-Watson

1 ,875a ,766 ,747 ,50310720 2,300

a. Preditores: (Constante), REGR factor score 4 for analysis 1, REGR factor score 3 for analysis 1, REGR factor score 2 for analysis 1, REGR factor score 1 for analysis 1 b. Variável Dependente: REGR factor score 1 for analysis 2

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90

ANOVAa

Modelo Soma dos Quadrados gl

Quadrado Médio F Sig.

1 Regressão 39,850 4 9,963 39,360 ,000b

Resíduo 12,150 48 ,253

Total 52,000 52 a. Variável Dependente: REGR factor score 1 for analysis 2

b. Preditores: (Constante), REGR factor score 4 for analysis 1, REGR factor score 3 for analysis 1, REGR factor score 2 for analysis 1, REGR factor score 1 for analysis 1

Coeficientesa

a. Variável Dependente: REGR factor score 1 for analysis 2

Coeficientes não padronizados

Coeficientes padronizados

t Sig.

Estatísticas de colinearidade

B Erro

Padrão Beta Tolerância VIF 1 (Constante)

1,166E-17 ,069 ,000 1,000

REGR factor score 1 for analysis 1

,667 ,070 ,667 9,558 ,000 1,000 1,000

REGR factor score 2 for analysis 1 ,224 ,070 ,224 3,204 ,002 1,000 1,000

REGR factor score 3 for analysis 1 ,459 ,070 ,459 6,574 ,000 1,000 1,000

REGR factor score 4 for analysis 1 ,248 ,070 ,248 3,549 ,001 1,000 1,000

a. Variável Dependente: REGR factor score 1 for analysis 2

Diagnóstico de colinearidadea

Modelo Autovalor Índice de condição

Proporções de variância

(Constante)

REGR factor

score 1 for

analysis 1

REGR factor

score 2 for

analysis 1

REGR factor

score 3 for analysis

1

REGR factor score 4 for

analysis 1

1 1 1,000 1,000 ,73 ,21 ,03 ,03 0,00

2 1,000 1,000 0,00 0,00 0,00 0,00 1,00

3 1,000 1,000 ,00 ,06 ,06 ,88 0,00

4 1,000 1,000 ,27 ,57 ,08 ,07 0,00

5 1,000 1,000 ,00 ,16 ,82 ,02 0,00

a. Variável Dependente: REGR factor score 1 for analysis 2