Universidade Da Palavra - Dick Eastman

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UNIVERSIDADE

DICK EASTMAN A DA

PALAVRA

Traduo de Jlio Paulo Tavares Zabatiero

I

Editora VidaISBN 0-8297 -0442-6 Categoria: Estudos Bblicos Traduzido do original em ingls: The University af the WardCopyright @ 1983 by Regal Books Copyright @ 1986 by Editora Vida

2 Impresso: 1995Todos os direitos reservados na lngua portuguesa por Editora Vida, Miami, Florida 33167 -

E.D.A.

As citaes bblicas, quando no identificada outra fonte, so extradas da Traduo de Almeida, Edio Revista e Atualizada no Brasil da Sociedade Bblica do Brasil. Capa: Ana Maria Bowen

A minhas filhas Dena e Ginger, que suas vidas sejam sempre vividas de acordo com a imutvel Palavra de Deus.

II

INDICEPrefcio......................................................................... Introduo...................................................................... 1. A Asa de uma Borboleta........................................... 2. O Cesto das Preocupaes ........................................ 3. O Senhor da Manh .................................................. 4. As Leis da Vida ........................................................ 5. Menos do Que Nada ................................................. 6. Cortinas Coloridas .................................................... 7. A Beleza de Benny ................................................... 8. O Laboratrio da Vida .............................................. 9. Uma Onda de Sacrifcio ........................................... 10. Armas de Poder ...................................................... 11. Transformadores do Mundo .................... .............. 12. Eterna e Verdadeira ................................. .............. 13. O Comeo ............................................... .............. (O Princpio do Respeito) (O Princpio da Confiana) (O Princpio do Viver Santo) (O Princpio de Produzir Fruto) (O Princpio da Segurana) (O Princpio da Expectativa) (O Princpio da Unidade) (O Princpio da Famlia) (O Princpio do Comprometimento) (O Princpio da Adorao) (O Princpio da Participao) (O Princpio da Palavra) III IV 1 7 13 17 22 27 31 37 42 47 53 58 63

PREFCIODeus quase sempre deixa o melhor para o fim! Enquanto escrevia as ltimas pginas deste livro, uma impresso incomum invadiu-me o pensamento. Eu tinha pouca dvida de que Deus estava sussurrando uma palavra de discernimento no profundo de meu esprito. "Seu livro , em primeiro lugar, para sua famlia. uma resposta especfica para sete anos de orao especfica!" Lgrimas comearam a rolar-me pelas faces quando compreendi o que estava ouvindo. Por certo Deus queria que meu livro fosse publicado. Porm ele tinha um propsito para o livro antes mesmo de o primeiro exemplar ir parar na prateleira de alguma livraria. O seu propsito primrio para relatar estas idias, compreendo agora, era ajudar minha famlia a crescer em Jesus. Realmente, isso tudo comeou h sete anos, quando eu, baseado em Lucas 2:52, passei a orar especfica e diariamente por minha famlia. Eu pedia que Dee, eu e nossas duas filhas, Dena e Ginger, crescssemos como Jesus cresceu, "em sabedoria, estatura e graa diante de Deus e dos homens". Orei, dizendo: "Senhor, ajuda minha famlia a crescer mentalmente (em sabedoria), fisicamente (em estatura), espiritualmente (em graa diante de Deus) e socialmente (em graa diante dos homens)". Naqueles sete anos de orao constante, porm, no me lembro de jamais ter tido em mos um instrumento especfico que guiasse minha famlia a uma verdadeira compreenso bblica de como cada um de ns poderia crescer nessas reas. Suponho que eu estava simplesmente esperando que nosso crescimento acontecesse, algum dia, como que por acidente. Mas ento, quando as ltimas pginas deste livro chegavam ao fim, a suave voz de Deus dentro de mim assegurou-me que minhas peties haviam sido atendidas. Compreendi num relance que, espalhadas pelos doze princpios apresentados nas pginas seguintes h numerosas idias diretamente relacionadas com cada uma dessas reas principais pelas quais eu havia orado. Mas, e melhor do que tudo, agora eu tinha um plano especfico para levar minha famlia a uma discusso verdadeiramente bblica do que cremos como famlia crist. Ele veio completo com um esboo das Escrituras que poderamos examinar como famlia e marc-lo em nossas Bblias. Seriam momentos alegres ver Deus respondendo a meus sete anos de orao diria. Embora crentes de qualquer faixa etria possam fazer individualmente o que temos feito como famlia, as sugestes neste prefcio so dirigidas especialmente a famlias com crianas - ou maridos e esposas que querem crescer juntos em Jesus. Especificamente, nossa famlia separa uma noite por semana, durante doze semanas, nas quais devotamos pelo menos uma hora para o projeto. Nos primeiros trinta minutos lemos um princpio e sua passagem-chave para memorizao e, a seguir, discutimos como podemos viver diariamente e aplicar esse princpio particular. Antes da noite de estudo, nas horas de folga, cada um de ns j havia lido o captulo para aquela discusso semanal. Passamos a segunda meia-hora marcando alguns dos versculos de "apoio" para o princpio, encontrados nas listas do final de cada captulo. Deus no usou essas sesses apenas para responder a minha orao diria; ele tambm deu a mim e a minha esposa nossa primeira oportunidade significativa de guiar nossas filhas em um estudo sistemtico e proveitoso do qu e do porqu cremos. com alegria que apresento ao leitor estas sugestes, na esperana de que lhe concedam a alegria que trouxeram nossa famlia. Dick Eastman

III

INTRODUOO CONCEITOPatrick Henry teve um pronunciado efeito na mobilizao de tropas anterior Guerra Revolucionria nos Estados Unidos. Foi Henry que, perante a Milcia da Virgnia, em 1775, declarou com todo o vigor: "Dem-me a liberdade, ou a morte!" Mas, embora Patrick Henry tenha ajudado a moldar e mudar a histria nos primrdios dos Estados Unidos, ele cometeu um erro trgico que, como se diz, o fez arrepender-se profundamente. Perto do fim da vida, Henry pegou uma Bblia, e enquanto lhe folheava as pginas, disse a um amigo: "Eis aqui um livro, a Bblia, mais valioso do que todos os outros que j foram impressos; um infortnio que jamais eu tenha tido tempo para l-lo." Amado leitor, a Bblia um livro de vida e poder, mas enquanto no for reverenciada e lida, seu poder curador oculta-se entre suas capas. Historicamente, como um povo, os Estados Unidos da Amrica tm reverenciado este livro sobrenatural. Felizmente, essa reverncia est sendo seguida por muitos que escolhem ir alm da mera reverncia pelo livro: eles a lem diariamente. Louvado seja Deus por esses leitores, do passado e do presente, que tm declarado que este livro o que realmente , a prpria Palavra de Deus. O Presidente Ronald Reagan recentemente testemunhou: "A Bblia pode tocar nosso corao, ordenar nossa mente e refrigerar nossa alma. Pois 'seca-se a erva, e murcha a flor; mas a palavra de nosso Deus subsiste eternamente' (Isaas 40:8)." O presidente acrescentou: "Dentro das capas deste livro singular esto todas as respostas a todos os problemas que nos confrontam hoje, se as procurarmos l." Certamente, no h um problema na terra para o qual Deus no tenha uma soluo. Nenhuma pessoa que pensa ir discordar. Infelizmente, muitos de ns, como Patrick Henry, gastamos pouco tempo procurando conhecer esse Deus das respostas. Alguns chegam mesmo a duvidar de sua existncia. Mas, suponha haver um Deus, autor de um guia sobrenatural para dirigir nossas vidas. At que ponto conhecemos esse Deus e seu guia? Estamos dispostos a aproveitar a oportunidade de chegar a conhec-lo no mais alto nvel de intimidade espiritual? Se a sua resposta for sim - bem-vindo Universidade da Palavra! O dicionrio define universidade como "uma instituio de aprendizado do mais alto nvel". Certamente no h nvel de aprendizado superior quele que pode ser conseguido na Palavra de Deus. Os captulos deste livro destinam-se a apresentar-lhe doze dinmicos "princpios de vida abundante" que o levaro a uma vida de maduro compromisso espiritual em Jesus Cristo. Ao completar o estudo todo, voc ter aprendido um novo e raro modo de ler a Bblia, baseado naqueles doze princpios bsicos. Ao terminar os doze princpios, e chegar ao captulo treze: "O comeo...", voc reconhecer que este curso como um trampolim para um caminhar mais profundo na Palavra. Se voc aplicar corretamente este estudo, saber como marcar e como fazer referncias cruzadas em sua Bblia, e como encarar cada leitura bblica diria com um novo reconhecimento de que todas as passagens da Escritura tm sabedoria potencial para as atividades desse dia. Melhor do que tudo, a Palavra de Deus se tornar viva! Antes de comear a viagem pela Universidade da Palavra, voc precisa conhecer quatro alvos determinantes e fundamentais para o estudo. Duas passagens bblicas em particular nos provm a substncia para esses alvos. Escritas pelo apstolo Paulo, ambas as passagens esboam claramente a razo de ser do cristo: "[Pois meu propsito determinado ] que eu possa conhec-lo - que eu possa progressivamente tornar-me mais profunda e intimamente familiarizado com ele... e que eu possa, da mesma maneira, chegar a conhecer o poder que flui de sua ressurreio... que eu possa... ser continuamente transformado [em esprito, em sua semelhana...]" (Filipenses 3:10, Amplified Bible). Note a segunda passagem: "Possa Cristo atravs da f [realmente] habitar estabelecer-se, ficar, fazer seu lar permanente em vossos coraes!... [Que possais realmente chegar] a conhecer - praticamente, atravs da experincia prpria - o amor de Cristo, que ultrapassa o mero conhecimento [sem experincia]; que vs possais ser cheios [por todo o vosso ser] de toda a plenitude de Deus... e tornar-vos um corpo totalmente cheio e inundado do prprio Deus!" (Efsios 3: 17, 19, Amplified Bible). Tomando por base esses dois versculos to cheios de contedo, estabelecemos nossos quatro "alvos determinantes" que levam a uma vida de alegria em Jesus: Primeiro, devemos estar determinados a conhecer intimamente o Senhor Jesus (Filipenses 3:10a). Segundo, devemos estar determinados a ser cheios e inundados de tudo o que de Deus (Efsios 3: 19). Terceiro, devemos estar determinados a apropriar-nos de todo o poder de Deus, de modo que possamos ser continuamente transformados (Filipenses 3:10b). Finalmente, devemos estar determinados a permitir que Cristo torne prtica a nossa experincia (Efsios 3: 17). Esse, amado, o conceito. Agora, vamos ao curso.

IV

Captulo 1

A ASA DE UMA BORBOLETA(O Princpio do Respeito)Em menos de vinte e quatro horas eu estaria a caminho da China Comunista numa viagem de surpresa. Apenas trs semanas antes eu havia sido convidado por outro lder cristo para o propsito singular de colocar nossos ps no solo chins e reivindicar aquela grande nao para Deus. Muitos meses mais tarde se daria a normalizao das relaes entre os Estados Unidos e a China, e somente ento, em retrospecto, eu iria compreender o significado incomum dessa jornada de orao. Mas por enquanto, minha mente se ocupava em fazer as malas e dei pela falta de um terno azul. Estava na lavanderia, disse minha esposa. Sa s pressas, perguntando nossa filha, que estava na porta, se ela queria ir comigo. Com um aceno de cabea e um sorriso, Dena entrou na corrida e me acompanhou. Dena estava um tanto diferente naquele dia. Ela estava incomumente silenciosa, especialmente para urna criana de nove anos, cheia de energia. Quando nos aproximvamos da lavanderia, ela quebrou o silncio e fez urna pergunta esquisita. - Papai - perguntou com firmeza - aqueles missionrios que foram feridos morreram? A pergunta fez tanto sentido para mim quanto faz para voc. Totalmente confuso e rindo por dentro, respondi: - Sobre o que voc est falando, querida? - Sabe, papai,- respondeu ela,- quando voc exibiu em casa o filme, para mim e Ginger, aquele filme sobre os missionrios que foram golpeados na cabea com aqueles paus. Eles morreram? O assunto comeou a clarear, embora me tomasse quase um minuto para lembrar-me totalmente. Dena referia-se a um breve filme que eu havia exibido para elas vrios meses atrs. Espantou-me sua repentina lembrana do acontecimento. Nossa diretoria estivera orientando uma Escola de Orao para garotos e garotas, e queramos incluir pelo menos uma dramatizao do campo missionrio que criasse nas crianas a necessidade de orar pelos nossos missionrios. A Cruzada de Literatura Crist tinha muitos trechos de filme, incluindo uma dramatizao de aproximadamente dez minutos, que retratava vividamente dois distribuidores de literatura sendo atacados por tugues (membros de uma classe de assaltantes e rebeldes hindus). Eu queria ver como "crianas" verdadeiras reagiriam intensidade do filme. Dena e Ginger foram nossas cobaias. Minha mente voltou momentaneamente quele dia, quando Dena falou novamente, quebrando o silncio. - Ento papai, os missionrios morreram? Respondi com o que eu sabia serem os fatos naquele caso: - No, querida, no morreram. Um dos obreiros foi muito maltratado e levado a um hospital, mas no morreram -. Continuei a explicar: - Algumas vezes missionrios morreram enquanto pregavam acerca de Jesus, porque em toda parte as pessoas esto cheias de dio. Mas, felizmente, os homens que voc viu no filme sobreviveram ao ataque. Dena ficou em silncio. Quando falou novamente sua voz estava mais suave, solene mesmo. Aproximando se mais, falou em meu ouvido: Papai, voc vai morrer por Jesus quando chegar China amanh? Agora tudo fazia sentido. Por que eu no havia percebido antes? Durante quase trs meses, hora do jantar, junto com nossa costumeira ao de graas, estvamos, como famlia, orando pela China, sem nenhuma idia de que eu viajaria para l. Eu havia orado especificamente por obreiros cristos na China, obreiros que tinham sido espancados e lanados na priso. Cheguei mesmo a interceder por famlias de pastores que haviam sido assassinados por sua f. No de admirar que Dena estivesse preocupada. Ministros do evangelho eram maltratados e mortos na China, ou eu havia transmitido essa idia, e agora o seu pai, um pastor, estava a caminho da China. Tudo se encaixava. Papai estava indo para um lugar onde os pregadores morrem. Obviamente era necessria uma palavra de conforto. - Oh, no, querida, no se preocupe nem um minuto com isso. Deus estar comigo nessa viagem. Ele no vai me deixar morrer na China. Alm disso, ficarei l s trs semanas. Mas Dena sempre planejava com antecedncia, e seus olhos brilharam com aquele olhar de quem achou uma coisa linda naquilo que, de outra forma, poderia ter sido um terrvel pensamento. - Bem, papai,- declarou Dena com a simplicidade dos nove anos -, mas no caso de voc morrer na China, ser que poderia ser meu anjo da guarda? Tentando conter-me para no soltar uma gargalhada, e sabendo que Dena exigia respostas a todas, as perguntas, pois do contrrio ela me venceria pelo cansao, procurei dar uma resposta apropriada. - Bem, Dena, esta no uma deciso que eu possa tomar. Eu teria de pedir permisso a Deus. Minha resposta obviamente criou outro desafio. Os olhos de Dena tinham aquele olhar de novo. Com uma intensidade raramente vista na voz de minha filha, ela respondeu: - Olhe papai, se Deus disser no, no discuta! - E, imediatamente, acrescentou: - Lembre-se, papai, foi isso o que

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o diabo fez, e ele foi lanado fora do cu por isso!" Mesmo o humor no poderia esconder a verdade. Quando Satans escolheu o caminho da rebelio ele gerou um esprito que iria saturar, algum dia, as almas dos homens. De fato, toda vez que uma voz declara o absurdo da existncia de Deus, as razes se acham naquele antigo ato de rebeldia anterior criao, pois foi naquele mesmo momento que a incredulidade nasceu. UMA PREMISSA DE ALEGRIA Para mim, a incredulidade exige esforo de nossa parte. A evidncia contrria absolutamente arrasadora. Denis Diderot, filsofo francs, escreveu: "A asa de uma borboleta ou o olho de um mosquito so suficientes para confundir todos os que negam a existncia de Deus." Denis Diderot proporcionou um valioso trampolim para ajudar-nos a iniciar nossa jornada de alegria em direo a uma vida de produtividade e poder no mais importante livro j segurado por mos humanas - a Bblia Sagrada. Nossa jornada comea com uma premissa simples, uma premissa de alegria, fundamental para tudo que ir seguir em nosso estudo: A capacidade do homem para viver em completa felicidade, independentemente das circunstncias exteriores, comea com sua disposi de admitir e respeitar o conceito e a realidade de Deus. Um nico versculo da Escritura, Provrbios 9:10, que contm apenas dezesseis palavras, oferece uma base bblica para essa premissa: "O temor do Senhor o princpio da sabedoria; e o conhecimento do Santo prudncia." A Bblia Viva diz: "A base de toda a sabedoria a obedincia e o respeito ao Senhor. Sim, quem conhece o Santo Deus tem a verdadeira compreenso da vida." Eis aqui um segredo que no podemos ignorar. Toda a sabedoria e conhecimento de Deus podem ser liberados do depsito de sua infinita bno apenas com a chave da "reverncia." A Bblia chama essa chave de "o temor do Senhor." Preferimos cham-la de "respeito." A REALIDADE DE DEUS Antes de podermos "temer a Deus" (uma expresso mal interpretada), devemos admitir a sua realidade. Parece uma coisa fcil, mas, para alguns, o passo parece impossvel. Eles, erradamente, procuram provas da existncia de Deus, que Deus, sabiamente, esconde deles, a fim de proteger-lhes a livre escolha nessa questo vital que ns chamamos de "crer". F, portanto, realmente mais uma deciso da vontade do que um sentimento da emoo. E enquanto no nos decidimos a crer, a f no pode crescer. A Bblia diz: "Sem f impossvel agradar a Deus; porquanto necessrio que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe [ou ] e que se torna galardoador dos que o buscam" (Hebreus 11 :6). Num sentido verdadeiro, a Bblia nunca tenta provar a existncia de Deus. De fato, a prpria qualidade de f necessria para desenvolver crescimento espiritual no crente tornar-se-ia praticamente ineficaz se a existncia de Deus pudesse ser categoricamente provada aos olhos da comunidade secular. A f um pr-requisito absoluto. De fato, ela tem tal importncia que o captulo 5, O Princpio da Segurana, totalmente devotado ao tema. Isso no significa que no existem provas da existncia de Deus. Pelo contrrio, o universo est cheio delas. A Bblia trata da realidade divina de maneira simples. A escola de apologtica do salmista comea e termina com apenas nove palavras: "Diz o insensato no seu corao: No h Deus" (Salmo 53: 1)! A evidncia ao alcance dos que se decidem a procur-la , geralmente, classificada em duas categorias: (1) A evidncia interna. Esta tem que ver com a evidncia dentro do contexto da Escritura, bem como na experincia crist pessoal. (2) A evidncia externa. Relaciona-se com a evidncia fora da Escritura, a saber, em reas relacionadas com a criao fsica ao nosso redor, bem como com o testemunho da cincia natural. Evidncia Interna As palavras evidncia interna referem-se quelas evidncias que esto dentro do arcabouo da f crist. A mais significativa delas e foco deste livro todo , inquestionavelmente, a singularidade da Escritura. difcil negar que a Bblia a mais rara compilao de percepes literrias j escritas na histria do mundo. Consideremos os fatos. Mais de quarenta autores, de diferentes ocupaes, contriburam para compilar sessenta e seis livros distintamente diferentes: Moiss foi prncipe; Davi, rei; Isaas foi um erudito; Ezequiel, sacerdote; Neemias, estadista; Pedro foi pescador; Paulo, fabricante de tendas; Mateus foi cobrador de impostos e Lucas, mdico. At um pastor de ovelhas, Ams, escreveu um livro da Bblia. Consideremos, ainda, que esses autores escreveram durante um perodo de mil e quinhentos anos, durante os quais muitos deles jamais tiveram conhecimento da existncia de qualquer dos outros escritores. Todavia, o livro tem uma continuidade incrvel e uma autoridade sobrenatural. No de admirar que Mateus tenha dito de Jesus: "Quando Jesus acabou de proferir estas palavras, estavam as multides maravilhadas da sua doutrina; porque ele as ensinava como quem tem autoridade, e no como os escribas" (Mateus 7:28-29). Compare a autoridade de Jesus aos escritores secularistas, que buscam as origens do homem parte de Deus. Charles Darwin, por exemplo, ao escrever A Descendncia do Homem utilizou as palavras "bem podemos supor" mais de 800 vezes. Olhe novamente para as primeiras palavras da avaliao que Mateus fez do ensino de Jesus: "Quando Jesus acabou de proferir estas palavras!" Vez aps vez encontramos essa expresso nas pginas da

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Escritura, tanto do Antigo como do Novo Testamento. De fato, a Palavra de Deus um livro de coisas que "aconteceram". vivo. um livro de realidade. Mirades de membros da famlia humana no somente reconhecem a existncia de Deus, mas tambm dizem ter encontrado o Criador mediante uma experincia pessoal com Jesus Cristo, seu Filho. O prprio fato de que uma mdia de 78.000 pessoas, por todo o mundo, esto aceitando Jesus Cristo como Salvador, pessoalmente, cada dia (conforme confiveis estatsticas missionrias) 1 indica que alguma coisa muito real est acontecendo. Certamente isto no histeria de massa. Testemunhos fora do comum e dramticos de converses tm surgido nos anos recentes, de pessoas outrora consideradas totalmente fechadas ao evangelho de Jesus Cristo, algumas das quais chegaram at mesmo a, publicamente, zombar da prpria existncia de Deus. William Murray, filho de Madalyn Murray O'Hair, o mais famoso ateu dos Estados Unidos, no somente renunciou a seus conceitos de atesmo que aceitara durante a mocidade, mas tambm, com efeito, tornou-se um cristo "nascido de novo". Pergunte a Bill Murray hoje se Deus real, e prepare-se para um sermo. Charles "Tex" Watson, considerado por muitos como o principal assassino pertencente famlia de Charles Manson, agora um crescente e dedicado cristo "nascido de novo", e j por vrios anos. Embora repetidamente lhe tenha sido negada a liberdade condicional, por causa de seu envolvimento nos assassinatos atrozes em casa de uma atriz em Hollywood, h mais de uma dcada, Charles Watson atualmente exerce um dinmico ministrio entre os prisioneiros de sua prpria cela, que atinge os Estados Unidos como um todo, e tambm o mundo. H dez anos, escrevendo um livro para jovens, referi-me aos criminosos Manson e como tal poder satnico s pode ser vencido atravs de orao dinmica e prevalecente. Que alegria relatar que Charles Watson no somente est servindo a Jesus Cristo na priso, mas tem, de fato, ajudado a ensinar em meu Seminrio da Escola de Orao, que era apenas um sonho em seus estgios iniciais de desenvolvimento quando Charles foi preso pela primeira vez. Amado leitor, indivduos como Bill Murray e Charles Watson continuam a revelar que Jesus Cristo muda vidas. H um Deus, e ele est-se comunicando com o homem. Evidncia Externa No nos esqueamos, porm, das evidncias externas da existncia de Deus. Cada nascer e pr-de-sol um cntico silencioso entoado em tributo realidade divina. De fato, uma clara noite estrelada tudo de que qualquer ser pensante necessitaria para reconhecer que Deus existe. Neemias, conselheiro designado por Deus para um antigo rei da Babilnia, disse: "S tu s Senhor, tu fizeste o cu, e o cu dos cus, e todo o seu exrcito, a terra e tudo quanto nela h" (Neemias 9:6). A prpria criao que nos rodeia clama continuamente: "O teu Deus reina" (Isaas 52:7). O filsofo grego Aristteles certamente concordava com isto, pois escreveu: "Se algum que tenha passado a vida toda debaixo da terra repentinamente visse a luz do dia e as maravilhas do cu e da terra, diria que deveriam ser obras de um ser que ns chamamos de Deus." Aristteles no se encontrava sozinho entre os cientistas antigos que reconheceram a realidade de Deus. Consideremos Galileu. Ele foi preso por causa de seu pensamento avanado. De sua cela Galileu escreveu: "Se eu no tivesse nenhuma outra razo para crer na sabedoria e na bondade de Deus, eu poderia deduzi-Ias a partir da palha que est no cho desta masmorra." A cincia moderna, semelhantemente, levanta uma voz de apoio. Wernher von Braun, o notvel inventor dos primeiros foguetes espaciais, disse: "Quanto mais investigo o espao, tanto maior a minha f em Deus." Ainda outro cientista, Dwayne T. Gish, grande bioqumico, cujas opinies criacionistas tm sido publicadas freqentemente nas principais revistas, escreveu: "Quanto ao grande mistrio da vida, eu simples e definitivamente aceito o testemunho do Gnesis, que diz: 'Deus...lhe soprou nas narinas [do homem] o flego de vida' (Gnesis 2:7)!" Fora o registro dos prprios cientistas que reconhecem a existncia de Deus, podemos examinar o testemunho de campos especficos da cincia para ver ainda mais provas. Embora muitos de tais campos proporcionem testemunhos que apiam a realidade de Deus, em virtude do espao limitado citaremos apenas um, a etnologia, a cincia das caractersticas raciais. Consideremos especificamente as duas leis fundamentais da etnologia em relao com o relato bblico do dilvio. A primeira lei diz: "Quando povos amplamente isolados tm em comum um corpo de tradio e f, essa posse comum estabelece relacionamento ou ancestrais comuns." A segunda lei declara: "Quando povos amplamente separados tm uma tradio ou crena comum num evento passado, essa crena tem por base alguma ocorrncia histrica." Com intuitos de esclarecimento, consideremos um exemplo hipottico. Suponhamos que pesquisadores descobrem que um grupo de pessoas que viveram na China h dois mil e quinhentos anos tem uma tradio singular. Suponhamos tambm que, mais tarde, esses pesquisadores descobrem que um grupo distintamente separado, vivendo na mesma poca em uma parte totalmente diferente do mundo, tal como o Peru, tem em seus relatos a mesma tradio; podemos, ento, concluir que esses dois povos tm um ancestral comum. Essa seria a nica explicao do fato de que dois povos to isolados entre si pudessem manter o mesmo corpo de tradio e crenas.1

C. Peter Wagner, On the crest o the wave (Ventura, CA: Regal Books, 1983), pp 19-21.

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Em outras palavras, eles vieram, originalmente, dos mesmos pais. Alm disso, de acordo com a cincia da etnologia, se esse grupo hipottico de pessoas vivendo na China h dois mil e quinhentos anos contivesse em seus relatos uma declarao de f na ocorrncia de um evento particular (tal como um grande dilvio), e se um grupo de pessoas bem separado, como aqueles que viviam na mesma poca. no Peru, tambm declarasse uma crena no mesmo evento passado, deve ter havido alguma ocorrncia histrica que resultou no registro de tal crena. Em outras palavras, no poderia ter sido mera coincidncia. Alm do mais, medida que aumenta o nmero de povos isolados entre si, e que relatam um mesmo evento particular, maior a probabilidade de que tal evento tenha ocorrido precisamente como relatado. De acordo com a cincia da etnologia, portanto, se o registro bblico de um grande dilvio verdico, ns deveramos ler acerca de um dilvio tal nos escritos antigos de numerosas das trinta e trs raas de povos das quais temos registros. A avaliao de tais relatos reveladora. 1. Primeiro, notamos que das trinta e trs raas examinadas, todas elas, mesmo as mais isoladas e separadas, mencionam claramente um tipo de dilvio, total ou parcial, que aconteceu aproximadamente poca do dilvio bblico. Assim, cem por cento tm um relato do dilvio em seus arquivos. Isso no pode ser coincidncia. 2. Segundo, trinta e uma dessas raas incluem em seus registros uma referncia ao dilvio ter sido totalmente destruidor, como a Bblia o descreve. Assim, 94% dessas raas tm em suas tradies e crenas antigas um registro de um dilvio total. 3. Terceiro, trinta e duas, ou 97% declaram em suas tradies que o homem foi milagrosamente salvo do dilvio. Desse grupo, vinte e oito afirmam que a salvao ocorreu por intermdio de um navio, ou arca. Assim, 85% expressam crena em uma arca. 4. Quarto, trinta raas, 91 % relatam em suas tradies que animais tambm foram milagrosamente salvos, protegendo, assim, as suas espcies. 5. Quinto, vinte e cinco, ou 76% incluem como parte de seus antigos relatos, informao acerca da arca aterrando em uma montanha aps as guas terem baixado. 6. Sexto, vinte e nove, ou 88% descrevem pssaros sendo enviados do navio para verificar se as guas do dilvio estavam baixando. 7. Stimo, trinta das trinta e trs raas, ou 91 % mencionam algum tipo de favor divino demonstrado aos que foram salvos, em particular por um "arco" de cores no cu. 8. Finalmente, trinta e uma, ou 94% falam de ser oferecida adorao a uma deidade, por aqueles que foram salvos aps o dilvio destruidor. A evidncia, pelo menos para este escritor, parece bvia e conclusiva. Existe um Deus que comunicou seu amor pela humanidade. Ele escolheu fazer isso atravs de sua Palavra escrita, a Bblia, e atravs de sua Palavra Viva, Jesus Cristo, seu Filho. ESCOLHENDO O MELHOR DE DEUS No raia nenhum dia vazio do potencial do reino eterno. Jack Hayford escreveu: "No h maior segredo para o crescimento e vitria, ou para perseverar e triunfar na vida diria, do que caminhar com Jesus a cada novo dia." Crescimento uma escolha. Maturidade um ato da vontade. Cada dia que vivemos jaz perante ns como uma passagem para a promessa, ou como uma porta para a derrota. A introduo veterotestamentria a este conceito descoberta em Deuteronmio. Deus disse: "Eis que hoje eu ponho diante de vs a bno e a maldio: a bno, quando cumprirdes os mandamentos do Senhor vosso Deus, que hoje vos ordeno; a maldio, se no cumprirdes os mandamentos do Senhor vosso Deus, mas vos desviardes do caminho que hoje vos ordeno para seguirdes outros deuses que nunca conhecestes" (Deuteronmio 11 :26-28). Aqui parece que toda a teologia da experincia espiritual reduzida a um simples ato da vontade. Podemos escolher a "bno" respeitando a existncia de Deus e aceitando o perdo em seu Filho, ou podemos rejeitar essas condies por um ato de rebeldia, um ato que levar, em ltima anlise, "maldio." Est em ordem, pois, um exame mais cuidadoso desses dois pontos focais da escolha - a "bno" e a "maldio" . A Maldio (Rebelio) C. S. Lewis escreveu sabiamente: "Caminhar fora da vontade de Deus no ir para lugar nenhum." A rebelio o primeiro passo, de fato um passo gigantesco, para longe de Deus. A rebelio definida como "resistncia aberta ou contestao a qualquer autoridade". A Bblia deixa bem claro que a rebelio mortal. Atravs dos lbios de Samuel, Deus disse a Saul: "Porque a rebelio como o pecado de feitiaria, e a obstinao como a idolatria" (1 Samuel 15:23). Um pensamento particularmente amedrontador acerca da rebelio a maneira pela qual tal esprito tem a capacidade de atar as mos de Deus. Falando de Israel, o salmist disse: "Quantas vezes se rebelaram contra ele [Deus] no deserto, e na solido o provocaram! Tornaram a tentar a Deus, agravaram o Santo de Israel" (Salmo 78:40-41). Por mais espantoso que seja, a capacidade de Deus operar por meio de Israel foi limitada porque seus princpios estavam sendo violados. Infelizmente, esse mesmo esprito empesteia a Igreja de Jesus Cristo na atualidade. Algumas vezes tal esprito parece oculto, mas est presente. uma rejeio silenciosa do melhor de Deus. Nem toda rebelio se manifesta em

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palavras duras ou em acessos de ira. Pelo contrrio, a maior parte das rebelies espirituais simplesmente uma recusa aptica de reconhecer a Deus, e, alm disso, de permitir que ele reine desimpedidamente sobre o corao, mediante Jesus Cristo. Toda rebelio leva para..a mesma direo - para longe de Deus. Note a parfrase de Provrbios 1 :29-31: "Sabem por que isso vai acontecer? Porque vocs desprezaram a verdade e se recusaram a honrar e obedecer ao Senhor. Vocs no deram valor aos meus conselhos e acharam que minha repreenso era intil. Por isso, vocs comero os frutos amargos de sua desobedincia. J que seus pais foram semear ventos, vocs colhero tempestades" (Bblia Viva). A Cura (Bno) A cura para a maldio da rebeldia , inquestionavelmente, o esprito de respeito. A Bblia est cheia de promessas dirigidas queles que respeitem, ou "temam", ao Senhor. Beneficie-se deste belo sumrio de Levtico 26:3-8: "Se andardes nos meus estatutos, guardardes os meus mandamentos, e os cumprirdes ento eu vos darei as vossas chuvas a seu tempo... Estabelecerei paz na terra... Cinco de vs perseguiro a cem, e cem dentre vs perseguiro a dez mil; e os vossos inimigos cairo espada diante de vs." Respeito tem uma variedade de sentidos. Cada um significativo para uma compreenso do princpio fundamental deste captulo, que logo vir. Respeito significa: 1. Considerar digno de estima 2. No ser intrometido 3. Interessar-se por 4. Prestar ateno 5. Ter considerao 6. Mostrar favor A combinao dessas definies equivale precisamente expresso bblica "o temor do Senhor". No h, nesta definio, lugar para o terror. No estamos falando de "medo" quando nos referimos ao temor do Senhor, mas de um esprito de amor. O salmista disse: "Na tua presena h plenitude de alegria, na tua destra delcias perpetuamente" (Salmo 16: 11). Dificilmente esta uma descrio de terror ou pavor. A expresso tambm no fala, de modo nenhum, em cultivar um sentimento particular de ansiedade acerca de aproximar-nos do nosso Pai celestial. Fico confuso com professores da Bblia que sugerem tal significado. Sem dvida, a ira de Deus uma realidade, mas a essncia divina o amor. A ira resultado da rebelio, e quando escolhida por via da incredulidade, torna-se uma certeza que no pode ser evitada. Mas aqui est a realidade excitante. O temor do Senhor , literalmente, o oposto exato do que poderia ser chamado o pavor do Senhor. O temor do Senhor um profundo respeito que nasce de um senso de reverncia pela presena de Deus. E, medida que desenvolvemos essa reverncia, a vida comea a encher-se de bnos. Trs bnos bblicas nos vem de imediato mente, todas claramente ligadas ao temor do Senhor. A primeira bno a realizao. medida que reverenciamos a Deus, a vida d passos gigantescos em direo do significado e realizao em Jesus Cristo. Nossos dias, literalmente, tornam-se repletos de crescente realizao. A parfrase de Provrbios 10:27, diz: "O homem que obedece ao Senhor aumenta a durao de sua vida" (Bblia Viva). Diz-se que Martinho Lutero, certa vez, relatou que tinha tanto trabalho a fazer num cetto dia que o nico meio de poder realiz-lo seria passar as trs primeiras horas em orao. Ele havia aprendido que voltar a ateno a Deus realmente acrescentava potencial a um dia. O segundo grande resultado do temor do Senhor sade. Tanto a energia fsica como a espiritual fluem de uma vida de reverncia a Deus. Uma vez mais vamos parfrase de Provrbios: "Quem obedece e respeita o Senhor tem uma fora especial... Obedecer e respeitar o Senhor d novas foras para enfrentar a vida e escapar dos perigos da morte" (Provrbios 14:26-27, Bblia Viva). Aqui descobrimos que uma fonte de energia divina liberada em ns medida que desenvolvemos respeito espiritual. Finalmente, o temor do Senhor gera o sucesso material assim como o espiritual. A Bblia diz: "Para conseguir riqueza, respeito dos homens e uma vida feliz, voc precisa ser humilde e obediente ao Senhor" (Provrbios 22:4, Bblia Viva). Esta promessa final parece resumir tudo quanto resulta do temor do Senhor. Sade, bno pessoal, e mesmo o respeito dos outros fluem do cultivo da reverncia a Deus. Respeitar a Deus, portanto, o ponto de partida bem como o caminho da contnua jornada da vida em direo ao melhor das bnos de Deus. COMO CHEGAR L Sabedoria, diz-se, saber para onde vamos, e como chegar l. o uso correto do conhecimento. Como, ento, "tememos o Senhor?" Como desenvolvemos uma atitude de respeito? Nossa resposta trplice: Primeiro, devo respeitar a Deus. Podemos defini-lo como respeito espiritual. Pode-se comear a desenvolver esta qualidade por meio da orao diria fiel. Respeito, acima de tudo, o ato de dar ateno a algum. No h melhor maneira de voltar nossa ateno a Deus do que mediante um hbito devocional dirio cuidadosamente planejado. (No captulo 10 falaremos mais sobre este assunto.) Em segundo lugar, devo respeitar aos outros. Podemos defini-lo como respeito social. Esta qualidade

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desenvolvida ajudando aos outros, tangivelmente, a cada dia. A generosidade ocupa o ncleo do respeito social. O verdadeiro respeito deve ser demonstrado em aes. Finalmente, devo respeitar a mim mesmo. Podemos defini-lo como respeito pessoal. Tal respeito desenvolvido por meio do crescimento dirio, tanto espiritual como mentalmente. Nosso alvo a maturidade cristocntrica. Muitos conceitos, apresentados nos vrios princpios, ainda restantes, da Universidade da Palavra, determinaro os passos especficos para atingirmos este alvo, passos que nos ajudaro a ampliar nossa auto-imagem em Cristo. O PRINCPIO DO RESPEITO Reduzido a um simples princpio de vida abundante, tudo o que foi apresentado neste captulo pode ser resumido como segue: S posso achar um propsito final na vida se aprender os elementos essenciais do respeito. Devo respeitar a Deus. Devo respeitar aos outros. Devo respeitar a mim mesmo. Por isso, resolvo escolher este curso de ao diariamente, e, no poder de Deus, considero-o concludo. TEXTO BBLICO PARA MEMORIZAO DO PRINCPIO DO RESPEITO Para dar a voc uma nica passagem da Escritura, que sirva como um futuro ponto focal para marcar e preparar as referncias cruzadas em sua Bblia, aps completar este estudo, a seguinte passagem foi selecionada para o PRINCPIO DO RESPEITO. bom voc decor-la: Respondeu Jesus: O principal : Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus o nico Senhor! Amars, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu corao, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua fora. O segundo : Amars o teu prximo como a ti mesmo. No h outro mandamento maior do que estes (Marcos 12:29-31). PASSAGENS DE APOIO PARA O PRINCPIO DO RESPEITO Visto que o objetivo deste curso mostrar-lhe como estudar e marcar toda a sua Bblia, selecionamos um pequeno nmero de passagens de apoio para cada princpio, como um meio de ajud-lo a comear. Localize na Bblia as seguintes passagens e sublinhe as palavras ou frases-chave em cada uma. 2 Depois, na margem de sua Bblia, ao lado de cada versculo, escreva o nmero deste princpio, e trace um crculo ao seu redor. A seguir esto os versculos de apoio para o PRINCPIO DO RESPEITO: Provrbios 3:27 Lucas 10:30-37 Romanos 13:1-7 1 Corntios 9:19-23 Tiago 1:22-27 Isaas 58:1-12 Lucas 17:3 Romanos 14:1-23 1 Corntios 10:31-33 1 Pedro 2:17 Mateus 25:35 Romanos 12:10-16 1Corntios 8:6-13 Filipenses 2:1-4 1 Pedro 5:5-6

O autor usou a verso bblica do Rei Tiago (em ingls) para compilar a lista acima; em alguns casos a verso em portugus pode no empregar as palavras que, primeira vista, relacionar-se-iam com o tema do princpio de cada captulo. Geralmente, porm, uma leitura mais cuidadosa revelar o relacionamento desejado.

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Captulo 2

O CESTO DAS PREOCUPAES(O Princpio da Confiana)Era uma ensolarada tarde de sexta-feira; arrumei apressadamente minha mesa, esperando deixar o escritrio cedo, para o fim de semana do Dia Memorial. A firme batida em minha porta indicou que algo estava para acontecer. - Dick -, disse minha secretria com pnico na voz, - h um homem aqui que precisa desesperadamente de um ministro. Sendo o pastor mais novo da equipe, e no muito entusiasmado com a possibilidade de enfrentar situaes desesperadas, respondi imediatamente: - Por que no o encaminha ao Pastor Henson? Ele o nosso pastor mais experiente. Lola me informou imediatamente que o Pastor Henson j havia sado. - E o Pastor Morgan? - acrescentei. - Ele tambm j foi -, respondeu Lola. - O Pastor Waldon? - Dick -, retrucou ela, - ele tambm no est. Voc o nico pastor disponvel. Voc tem de ajudar aquele homem, Dick. Ele diz que est planejando se matar ainda esta tarde! O pnico invadiu todo o meu ser. No tenho idia de como as minhas palavras soaram para minha secretria, mas elas saram: - Ah, no! hoje no - eu planejava ir cedo para casa! Mas Deus tinha outros planos para aquela tarde. A porta de meu escritrio ia abrir-se para uma tarde de sexta-feira da qual jamais me esqueceria. Ele estava bem vestido, era contador, tinha trinta anos. primeira vista, no parecia haver nada de extraordinrio. - Ouvi dizer que voc se est sentindo um pouco desencorajado ultimamente -, disse-lhe, tentando estabelecer um dilogo. - Voc gostaria de me falar sobre isso? Vagarosamente o homem comeou a relatar suas razes para o desespero. Eram muitas. Para ele, tudo parecia estar dando errado. Perguntei-lhe se ele havia levado seus problemas a Deus. - Bem, outrora eu acreditava em Deus -, afirmou ele, - mas agora no tenho certeza de que ele existe. Meu lar era feliz, mas j no amo a minha esposa. Ela ainda me ama, mas eu me sinto morto por dentro. Tudo est se tornando enfadonho. O que h de errado comigo? Orei em meu corao, procurando uma resposta. Eu no sabia o que dizer. A nfase de meu ministrio naquela poca era a "mocidade", e certamente eu sabia muito pouco sobre como lidar com uma pessoa que planejava cometer suicdio. Repentinamente veio auxlio do cu. O Esprito Santo colocou em meu corao o solucionador final dos problemas: Sentado minha mesa, tive uma poderosa exploso de f. - Voc tomou a deciso certa vindo aqui hoje - assegurei ao contador. - Voc nunca mais ser o mesmo. Quando sair, o mundo todo ser diferente. A grama ser mais verde, o cu mais azul, e voc estar sorrindo como nunca antes. O contador no pareceu impressionado. - Mas o senhor no compreende -, alertou-me calmamente. - Voc ainda no tentou o cesto das preocupaes, no mesmo? - perguntei. - O qu? - perguntou ele abruptamente. Rapidamente estendi a mo at mesa e apanhei um cesto imaginrio. Era difcil acreditar que eu estava brincando de charadas com um contador bem educado que pensava em suicdio. - Aqui est -, disse, segurando o objeto invisvel. Ele viu pouco humor em meus gestos. Ao invs disso, parecia confuso. - Mas eu no estou vendo nada -, respondeu. - Sobre o que estamos falando? Por um momento pensei que eu estivesse em apuros. - Estou falando deste cesto em minhas mos-, respondi com firmeza. - Voc tem de v-lo para que ele funcione. - Mas eu no vejo nada -, reafirmou ele. - Se voc quiser livrar-se de seus problemas, ter de ver o cesto -, acrescentei imediatamente. - Voc tem de v-lo com o corao, com os olhos espirituais. De repente houve uma centelha de f. O contador, embora ainda solene, respondeu: - Ah!, acho que entendi. Estamos apenas imaginando -. Ele parou para pensar por um segundo e ento disse: - OK ... eu o estou vendo. Rapidamente fiz uma explicao acerca de como usar o cesto das preocupaes. Entrementes, eu ainda estava

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segurando o cesto imaginrio distncia de um brao, muito cansado. - Voc pega todas as suas preocupaes -, expliquei, - e, uma por vez, lana-as dentro do cesto. Depois, voc entrega o cesto a Deus, e fica livre dos problemas. Dizendo isto, estendi meu punho fechado para o homem algo confuso: - Eis aqui, pegue o cesto e tente -, roguei-lhe. Novamente houve aquele olhar vago. - Veja -, acrescentei, - voc no tem nada a perder. Apenas tente. Pegue o cesto. O contador olhou cuidadosamente ao redor da sala para certificar-se de que ningum estava vendo. Ele no tinha a mnima idia de que eu estava igualmente embaraado. Imagine, dois homens crescidos falando sobre um cesto invisvel. Repentinamente ele tomou o cesto imaginrio de minhas mos. A f estava do nosso lado, e crescia. - E agora, O que fao? - perguntou ele, segurando o cesto. - Voc coloca nele as suas preocupaes. - Como que fao isso? - replicou ele sinceramente. - Bem, voc pega cada problema que lhe vier mente e joga-o dentro do cesto. Fiz um gesto como quem pega alguma coisa no ar. Inclinei-me e lancei-a no cesto invisvel, firmemente seguro nas mos dele. Seus olhos rapidamente olharam de lado a lado, temeroso outra vez de que algum estivesse espiando pela fresta da porta. Ento, como se estivesse apanhando algo, ele agarrou o ar, lanando vrias preocupaes no cesto. - Voc pegou todas? - perguntei rapidamente. - O que o senhor quer dizer com isso? - Voc no esqueceu nenhuma preocupao? voc tem de incluir todas -, acrescentei, - de outra forma o cesto no ir funcionar direito. Pensei ter visto um rpido sorriso, mas no estava certo. Ele olhou rapidamente para o alto ponderando cuidadosamente as preocupaes que o haviam levado ao meu escritrio. To rapidamente quanto antes, ele pegou o ar. - Eu esqueci uma -, disse-me, e lanou-a ao cesto. Tentei no rir. - E agora? - perguntou ele. - Entregamos o cesto a Deus -, respondi, - e ele o limpar para ns. Depois ele o devolver vazio para uso posterior. - Mas como eu o entrego a Deus? - simples. Voc o segura com as duas mos e ergue-o em direo ao cu.- Ergui as mos para o teto enquanto falava. Calmamente, o homem pegou o cesto imaginrio com ambas as mos e o ergueu. verdade, parecia uma tolice, embora uma poderosa lio objetiva sobre a f se estivesse desenvolvendo e tomando fora. Sustentando os braos cansados em uma posio acima da cabea, por vrios segundos, o homem perguntou: - E agora? Tendo em vista que eu nunca havia feito aquilo antes, meu corao clamou a Deus: "Oh Deus, ouviste o homem, no ?" Imediatamente Deus respondeu. Sorri em voz alta quando falava com ele: - Veja voc mesmo -, disse alegremente. O balde se foi! Ele olhou rapidamente para os braos cansados, e disse: - Foi? - Certamente -, respondi, - voc no est vendo nenhum por aqui, no ? Antes que o homem falasse, acrescentei: - Veja, meu irmo, Deus desceu do cu e pegou todos aqueles problemas. Voc no tem mais nenhum! Havia um poderoso senso da presena de Deus no meu escritrio naquele momento. O homem parecia aliviado, embora ele ainda tivesse de demonstrar alguma alegria real. Para todos os fins prticos, a sesso de aconselhamento estava terminada. Lembrei ao homem que esses eventos em meu escritrio tinham de ser aceitos pela f. - Voc provavelmente ir sentir isso quando sair daqui -, disse-lhe. - Lembre-se do que disse antes. O mundo todo parecer diferente. Deus pode fazer isso, voc sabe. Levantamos juntos e fomos at porta. Fiz uma breve orao e o contador foi embora. Eu poderia ter algumas dvidas acerca do incidente todo, no fosse pela estranha cena que testemunhei trinta minutos mais tarde. Fechei a porta do escritrio e caminhei at o meu carro. Pelo canto do olho vi uma figura no ptio da igreja, facilmente visvel aos milhares de motoristas que passam por aquela esquina diariamente. Era difcil acreditar no que eu estava vendo. O contador com a face radiante, andava para l e para c no ptio gramado, com as mos erguidas ao cu. Nem se parecia com o homem que eu tinha visto em meu escritrio. Ele lanava um olhar para o cu e sorria. Ento, inclinava-se, olhando para a grama sorrindo. Era algo para se ver. O cu estava mais azul, a grama estava mais verde, e ele estava louvando ao Senhor - assim como Deus havia prometido. Ele havia descoberto o cesto das preocupaes. Ele descobriu que funcionava, algo que eu tambm estava descobrindo diariamente. O jovem contador no foi o nico ajudado naquela tarde ensolarada. Deus me estava apresentando um princpio fundamental para uma feliz e saudvel experincia de vida nele. Tinha que ver com aquela qualidade espiritual altamente desejvel e absolutamente vital, chamada confiana.

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UMA CONFIANA SEGURA Em termos simples, a capacidade de confiar em Deus, com tudo o que a palavra confiana implica, to vital para a vida espiritual quanto o ar para a vida fsica. Webster define confiana como uma "certeza da integridade de outra pessoa", e uma "esperana confiante". Talvez a definio mais compatvel com uma compreenso bblica de confiana seja "permitir que algum haja em seu favor, sem temor ou desconfianas". Confiar deixar Deus ser Deus. A confiana essencial ao processo de maturao do crente, pois gera a lealdade, "estado ou qualidade de ser fiel a qualquer pessoa a quem se deva fidelidade". A lealdade implica um estreito relacionamento, que se mantm mesmo quando a pessoa tentada a renunci-lo ou ignor-lo. A lealdade crucial para o crescimento espiritual porque gera fidelidade, "cuidadosa observncia do dever ou a desincumbncia das obrigaes". Confiana, lealdade, e fidelidade, juntas, formam a espinha dorsal da capacidade do crente de atingir sua mxima eficincia em Jesus Cristo. Declarado de maneira simples, onde h ausncia de confiana h ausncia de crescimento. A falta de confiana indica, de fato, fraqueza espiritual. A Bblia diz: "Os que confiam no Senhor so como o monte Sio, que no se abala, firme para sempre. Como em redor de Jerusalm esto os montes, assim o Senhor em derredor do seu povo" (Salmo 125:1-2). A confiana slida como a rocha, a confiana que permanece altaneira e firme como uma montanha, s cresce em proporo ao nosso conhecimento da natureza de Deus. O salmista disse: "Em ti, pois, confiam os que conhecem o teu nome" (Salmo 9: 10). Assim, para aumentar minha confiana, devo conhecer a natureza de Deus. E, para conhecer a natureza de Deus, devo conhecer os seus nomes. Pelo menos dezesseis vezes no Antigo Testamento o termo hebreu Jeov, que significa o "auto-existente" ligado a uma expresso descritiva, reveladora de um aspecto singular do nosso Criador. Essas expresses podem ser chamadas "os nomes de Deus". Para ajudar-nos a aumentar nosso conhecimento da natureza de Deus, e, assim, de nossa confiana, vamos examinar vrios deles. JEOV-PROTETOR Israel estava sob o ataque dos amalequitas. Moiss, o comandante chefe, designado por Deus, preparou a sua estratgia de batalha, tambm dada por Deus. A Bblia diz: "Ento veio Amaleque, e pelejou contra Israel em Refidim. Com isso ordenou Moiss a Josu: Escolhe-nos homens, e sai, peleja contra Amaleque; amanh estarei eu no cume do outeiro e a vara de Deus estar na minha mo" (xodo 17:8-9). Havia pouca complexidade na estratgia que Deus dera a Moiss. Moiss teria de levantar a vara de Deus, smbolo do poder sobrenatural de Deus, acima do campo de batalha, enquanto Josu conduzia as tropas vitria. No incio da batalha, a estratgia deu certo, mas por pouco tempo. A Bblia diz: "Quando Moiss levantava a mo, Israel prevalecia; quando, porm, ele abaixava a mo, prevalecia Amaleque" (xodo 17:11). H uma lio dinmica sobre o poder da intercesso, quando Aro e Hur sustentam os braos cansados de Moiss acima do campo de batalha. E, quando finalmente conseguiram a vitria, Moiss honra a Deus nomeando aquele lugar de Jeov-Nssi, uma expresso hebraica que significa "Jeov nosso protetor," ou "o Senhor nossa fora e nossa vitria" (leia xodo 17: 15). A Bblia Viva parafraseia xodo 17:15, de modo interessante: "Moiss construiu ali um altar e lhe deu um nome que significa: O Senhor a minha bandeira." Embora a parfrase soe algo fora do comum, ela tem um significado tremendo. Quando soldados levantam a bandeira de seu pas na batalha, ela simboliza todo o poder ou recursos daquela nao que esto por detrs dos seus esforos. Eles esto batalhando em nome de seu pas. Quando erguemos o nome Jeov-Nissi na face de nossos inimigos, significa que todo o poder do Rei dos Cus nos apia na batalha. Deus est atrs de ns. No estamos sozinhos. Moiss certamente aprendeu bem esse princpio. Deus era Jeov-Nssi para Israel j muito tempo antes de Moiss descrev-lo como tal. Por exemplo, foi Moiss que, anteriormente, dissera ao povo de Deus: "O Senhor pelejar por vs, e vs calareis" (xodo 14:14). At mesmo os seus inimigos sabiam que Israel avanava no poder de "Jeov-Nssi." Em 2Crnicas 20:29 lemos: "Veio da parte de Deus o terror sobre todos os reinos daquelas terras, quando ouviram que o Senhor havia pelejado contra os inimigos de Israel." Esse conceito no s do mbito veterotestamentrio. Jesus disse: "Eis a vos dei autoridade para pisardes serpentes e escorpies, e sobre todo o poder do inimigo, e nada absolutamente vos causar dano" (Lucas 10: 19). Isto, amado, no pode fazer outra coisa seno encher nossos coraes de confiana. o poder do seu glorioso nome Jeov-Nssi. JEOV-SUPRIDOR H ainda mais coisas a serem descobertas no poder dos nomes de Deus. Abrao fornece um exemplo especial. O patriarca enfrentou um srio teste de propores de crise. De fato, podemos cham-lo de "exame semestral" de Abrao, na Escola Divina da Confiana e Obedincia. Isaque era o filho do patriarca, atravs de quem Deus

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prometera fazer uma grande nao. No entanto, veio a prova. Dessa experincia a Bblia diz: "Depois dessas coisas ps Deus Abrao prova e lhe disse: Abrao. Este lhe respondeu: Eis-me aqui. Acrescentou Deus: Toma teu filho, teu nico filho, Isaque, a quem amas, e vai terra de Mori; oferece-o ali em holocausto, sobre um dos montes, que eu te mostrarei" (Gnesis 22:1-2). A confiana de Abrao foi profunda, e sua obedincia espantosa. Passo a passo este pai da nao judaica seguiu as instrues de Deus. A Escritura diz: "Chegaram ao lugar que Deus lhe havia designado; ali edificou Abrao um altar, sobre ele disps a lenha, amarrou Isaque seu filho, e o deitou no altar, em cima da lenha" (Gnesis 22:9). A questo final do teste era acerca de como seria administrado. At onde chegaria a obedincia de Abrao? Com o cutelo na mo, e seu nico filho amarrado sobre o altar, Abrao estendeu a mo e preparou-se para fazer o inimaginvel. Somente ento o representante anglico de Deus gritou: "No estendas a mo sobre o rapaz, e nada lhe faas; pois agora sei que temes a Deus, porquanto no me negaste o filho, o teu nico filho" (Gnesis 22: 12). Podemos apenas imaginar o alvio de Abrao. Certamente, l no fundo de seu corao, Abrao deve ter entendido que Deus providenciaria um meio de escape. Ora, no havia Deus prometido claramente fazer, atravs de Isaque, uma grande nao? Mas, por outro lado, Deus tambm requeria um sacrifcio, e Abrao sabia disso. Um substituto tinha de ser achado. A Bblia diz: "Tendo Abrao erguido os olhos, viu atrs de si um carneiro preso pelos chifres entre os arbustos; tomou Abrao o carneiro e o ofereceu em holocausto, em lugar de seu filho" (Gnesis 22: 13). A resposta de Abrao a este milagre de Deus foi nomear o lugar de Jeov-Jir, que significa "o Deus autoexistente viu minha necessidade," ou, "Jeov, Deus, minha fonte de suprimentos". A Escritura est plena de apoios para este nome de Deus. Olhe uma vez mais para as peregrinaes de Israel no deserto. A Bblia diz: "Pois o Senhor teu Deus te abenoou em toda a obra das tuas mos; ele sabe que andas por este grande deserto; estes quarenta anos o Senhor teu Deus esteve contigo; coisa nenhuma te faltou" (Deuteronmio 2:7). Lembramo-nos da experincia de Elias, que semelhantemente, descobriu que Deus era Jeov-Jir. Lemos: "Os corvos lhe traziam pela manh po e carne como tambm po e carne ao anoitecer; e bebia da torrente" (1 Reis 17:6). Deus , realmente,Jeov-Jir, nossa fonte de suprimentos. JEOV-CONSOLADOR Poucas histrias bblicas so ensinadas com maior freqncia do que o relato dos trezentos soldados malequipados de Gideo atacando um enorme exrcito midianita. interessante descobrir nesta histria um nome de Deus freqentemente negligenciado na divulgao do relato. A lio comea quando o anjo do Senhor procura Gideo, o futuro "general" escolhido por Deus para comandar seu exrcito de ral, de guerreiros sem armas. A narrativa comea: "Ento veio o anjo do Senhor, e assentou-se debaixo do carvalho... e Gideo... estava malhando o trigo no lagar, para o pr a salvo dos midianitas" (Juzes 6: 11). Gideo, claro, no era o que chamaramos de um membro corajoso do exrcito israelita. De fato, quando o anjo apareceu pela primeira vez, Gideo estava escondido. Certamente o espantado guerreiro ficou chocado quando o anjo exclamou: "O Senhor contigo, homem valente" (Juzes 6: 12). Pode-se quase ouvir a resposta de Gideo: "Voc deve estar brincando!" claro, dificilmente algum censuraria Gideo por ter medo. Acima de tudo, por certo era do conhecimento geral no acampamento israelita que os midianitas haviam reunido um formidvel exrcito de 135.000 soldados. O exrcito de Israel contava com apenas 32.000. Os midianitas, assim, tinham uma vantagem de quatro para um, j antes de Deus tirar 31.700 soldados de Israel, deixando Gideo com apenas 300. Imaginamos o choque de Gideo quando o anjo acrescentou: "Vai nessa tua fora, e livra a Israel da mo dos midianitas; porventura no te enviei eu?" (Juzes 6:14). Mas, alguns momentos depois, a conscincia espiritual de Gideo cresce. O anjo , de fato, real, e Gideo havia testemunhado um verdadeiro milagre. Este futuro juiz de Israel declara: "Ai de mim, Senhor Deus, pois vi o Anjo do Senhor face a face" (Juzes 6:22). " Naquele momento sagrado Gideo cessa toda atividade e edifica um altar ao Senhor. Sem dvida, uma paz sobrenatural inundou-lhe o corao, pois ele chamou o lugar de Jeov-Salom - que significa "o Senhor a nossa paz". A paz de Deus crescendo no corao de Gideo tornou possvel a sua preparao para uma batalha singular. Deus estava prestes a demonstrar no somente que s ele d a vitria, mas tambm que d a vitria s atravs de seus filhos. Como diria Agostinho: "Sem Deus nada podemos, mas sem ns Deus nada far!" E, embora as tropas de Gideo fossem menores na proporo de mais de 300 soldados para cada um, ele enfrentou a batalha cheio de confiana porque suas tropas saram cobertas com a paz de Deus. Possuir uma paz que ultrapassa todo entendimento possuir uma "confiana" que o mundo no pode compreender. JEOV-PERDOADOR Ainda h mais acerca da natureza de Deus, revelado pelo estudo de seus nomes. , por exemplo, impossvel entender a natureza divina sem uma compreenso da sua santidade. A pureza de Deus absolutamente perfeita e sua integridade inigualvel. Ele a essncia de tudo o que justo e direito. Por causa disso, toda a nossa justia deve provir dele. O profeta Jeremias apresenta-nos o poderoso nome de Deus Jeov- Tsidquenu, que nos lembra que Deus nossa

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fonte de justia. A Bblia diz: "Eis que vm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo; e, rei que , reinar, e agir sabiamente, e executar o juzo e a justia na terra. Nos seus dias Jud ser salvo, e Israel habitar seguro; e este o seu nome, com que ser chamado,jeov-Tsidquenu: SENHOR JUSTIA NOSSA" (Jeremias 23:56). Justo significa "caracterizado pela retido ou moralidade". E aquilo que bom, honesto, certo e direito. Assim, justia significa, "o estado ou qualidade de ser reto, moral, certo e honesto". Claramente, s o Senhor a nossa santidade. A Bblia diz acerca de Cristo: "Porquanto nele habita corporalmente toda a plenitude da Divindade. Tambm nele estais aperfeioados. Ele o cabea de todo principado e potestade" (Colossenses 2:9-10). As palavras hebraicas que Jeremias usou para descrever o Messias vindouro, Jeov- Tsidquenu, significam literalmente "nosso Senhor eterno, auto-existente e justo". E, mais, porque o perdo encontra-se no mago da justia divina, podemos declarar com certeza que o prprio Jesus verdadeiramente nosso perdoador eterno, auto-existente. O que mais poderia dar um impulso maior totalidade de nossa confiana em Deus do que o reconhecimento de que no precisamos nos esforar para sermos justos? Ns apenas precisamos extrair nossa justia de Jesus Cristo, o Filho de Deus. (A importncia da verdade de que nossa capacidade para viver uma vida santa flui inteiramente de Jesus, to significativa que devotamos um princpio completo, O PRINCPIO DO VIVER SANTO, a este assunto no captulo seguinte.) JEOV-GUIA Talvez o nome mais familiar de nosso Senhor na Escritura aparea no muito querido Salmo vinte e trs, que diz: "O Senhor o meu pastor: nada me faltar. Ele me faz repousar em pastos verdejantes. Leva-me para junto das guas de descanso" (Salmo 23:1-2). nesta passagem que o salmista nos lembra que nosso Senhor Jeov-Ro nosso Pastor e Guia. Ampliando este belo quadro do nosso Salvador, Isaas acrescenta: "Como pastor apascentar o seu rebanho; entre os seus braos recolher os cordeirinhos, e os levar no seio; as que amamentam, ele guiar mansamente" (Isaas 40: 11). Verdadeiramente nosso Senhor um gentil Pastor. Como Cristo mesmo explicou: "Eu sou o bom pastor; o bom pastor d a vida pelas ovelhas" (Joo 10:11). Quem visita a moderna Palestina logo descobre que pastorear ainda uma atividade muito viva, similar quela do tempo de Davi. Como nos tempos antigos, feras selvagens podem descer repentinamente sobre a ovelha descuidada e devor-la. Assim, os pastores continuam a viver dia e noite com as ovelhas. O moderno pastor ainda procura estabelecer um grau especial de intimidade com seu rebanho. Ele pode chamar cada uma delas pelo nome, e, periodicamente, falar com elas. Alm disso, muitas ovelhas aprendem a reconhecer a voz de seu pastor e a confiar nela. Ainda que parea que ele as conduza para um deserto, mesmo assim elas o seguem, sabendo por experincia que ele as est levando para a pastagem e para a gua, que elas no podem ver. Tal o exemplo do nosso Senhor e Rei, Jesus Cristo. Ele nos leva a tudo quanto necessrio para nosso crescimento e maturidade. Sabendo disto, nossa confiana nele no pode deixar de crescer. JEOV-RESTAURADOR Sade, cura e restaurao so, semelhantemente, descobertas em um nome de Deus. A lio bblica diz: "Fez Moiss partir a Israel do Mar Vermelho, e saram para o deserto de Sur; caminharam trs dias no deserto e no acharam gua" (xodo 15:22). Apenas alguns dias antes Israel havia testemunhado um dos mais dramticos milagres de sua histria. Perante seus olhos as guas do Mar Vermelho haviam-se separado e o povo de Israel atravessou em terreno seco. Ora, o povo de Deus estava agora quase morrendo de sede no meio de um deserto rido. Mal podemos imaginar a alegria que deve ter-se espalhado pelo acampamento quando algum enxerga um distante poo de gua. Sua alegria, porm, desaparece rapidamente. A Bblia diz: "Afinal chegaram a Mara; todavia no puderam beber as guas de Mara, porque eram amargas; por isso chamou-se-lhe Mara" (xodo 15:23). Tpico dos filhos de Israel, um esprito de murmurao rapidamente permeia o acampamento. Em desespero, Moiss busca a direo de Deus. As instrues divinas so simples, embora estranhas. A Moiss ordenado que corte uma rvore e a lance s guas. (Veja xodo 15:25). O lder de Israel responde obedientemente e Deus, num instante, purifica a gua. A seguir, Deus usa esse cenrio para revelar uma poderosa promessa de sade contnua. Ele diz: "Se ouvires atento a voz do Senhor teu Deus, e fizeres o que reto diante dos seus olhos, e deres ouvidos aos seus mandamentos, e guardardes todos os seus estatutos, nenhuma enfermidade vir sobre ti, das que enviei sobre os egpcios; pois eu sou o Senhor que te sara" (xodo 15:26). Aqui Deus se revela como Jeov-Rofech, "o Senhor nosso restaurador". A expresso vem da palavra hebraica rofe que ocorre mais de sessenta vezes no Antigo Testamento e sempre se refere restaurao e cura. O Antigo e o Novo Testamentos trazem abundantes promessas sobre o poder divino de curar. Citaremos apenas dois exemplos. Osias escreveu: "Vinde, e tornemos para o Senhor, porque ele nos despedaou, e nos sarar; fez a ferida, e a ligar" (Osias 6: 1). Jesus declarou: "O Esprito do Senhor est sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar aos pobres; enviou-me para proclamar libertao aos cativos e restaurao da vista aos cegos, para pr em liberdade os oprimidos" (Lucas 4: 18).

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JEOV-HABITANTE Poucos nomes de Deus tm a capacidade de aumentar nossa confiana mais do que o revelado por Ezequiel em sua descrio da Jerusalm restaurada. Vinte e cinco anos antes de sua profecia, Ezequiel havia advertido o povo de Deus de que Jerusalm e seu Templo seriam destrudos. Agora, o profeta traz estimulantes notcias de uma cidade e Templo restaurados. O relato um tanto detalhado, e isso o torna difcil para a leitura devocional, mas em meio aos detalhes sobressai um poderoso retrato de Deus. Descrevendo uma Jerusalm restaurada, as palavras finais da profecia de Ezequiel dizem: "Dezoito mil cvados em redor; e o nome da cidade desde aquele dia ser: [Jeov-Sam] - o Senhor est ali" (Ezequiel 48:35, os grifos so do autor). A expresso "o Senhor est ali" vem das palavras hebraicas Jeov-Sam. Pense nisso! "O Senhor est ali!" Poderia haver um nome mais bonito para descrever nosso Senhor? No importa onde estejamos ou o que faamos, Deus est l. Ele chegou antes de ns. Num certo sentido, todos os nomes de Deus nas Escrituras se resumem nesta nica realidade o Deus autoexistente, eterno, todo-poderoso est conosco. Eis aqui o corao do conceito do cesto das preocupaes. Posso lanar todas as minhas preocupaes sobre o Senhor, pois no importa aonde eu v ou o que enfrente, Deus j se encontra l. Embora Ezequiel 48:35 seja a primeira meno real deste nome especfico de Deus na Escritura, a essncia desta verdade j existe nas pginas iniciais da Bblia. Relembramos a afirmao de Deus a Jac: "Eis que eu estou contigo, e te guardarei por onde quer que fores... porque te no desampararei" (Gnesis 28:15). Considere a promessa de Deus aos seus sacerdotes, acerca de batalhas futuras: "Quando sares peleja contra os teus inimigos, e vires cavalos, e carros, e povo maior em nmero do que tu, no os temers; pois o Senhor teu Deus, que te fez sair da terra do Egito, est contigo" (Deuteronmio 20: 1). Trs versculos adiante, lemos: "pois o Senhor vosso Deus quem vai convosco a pelejar por vs contra os vossos inimigos, para vos salvar" (Deuteronmio 20:4). Especialmente digna de nota a promessa freqentemente citada, provinda da pena de Isaas: "Eu irei adiante de ti, endireitarei os caminhos tortuosos, quebrarei as portas de bronze, e despedaarei as trancas de ferro; dar-te-ei os tesouros escondidos, e as riquezas encobertas, para que saibais que eu sou o Senhor, o Deus de Israel, que te chama pelo teu nome" (Isaas 45:2-3). O equivalente neotestamentrio do Jeov-Sam de Ezequiel encontra-se em Mateus 18:20. Aqui nosso Senhor afirma: "Porque onde estiverem dois ou trs reunidos em meu nome, ali estou no meio deles." Cristo, na realidade, est dizendo: "sempre que vocs se reunirem, logo na chegada descobriro que eu j estou l!" Amado, uma plena compreenso da natureza de Deus, conforme revelada pelos seus muitos nomes, assegurar-nos ilimitada confiana. Deus , acima de tudo, no s nosso eterno protetor e perdoador; ele nosso consolador, supridor, guia e restaurador. Mas, melhor que tudo, Deus est conosco. Ele nosso eterno HABITANTE, um fato que s pode fazer aumentar nossa confiana. Conhecer a Deus confiar nele. Aumentar nosso conhecimento aumentar nossa confiana. No admira que o salmista tenha dito: "Em ti, pois, confiam os que conhecem o teu nome" (Salmo 9:10). O PRINCPIO DA CONFIANA Mas, ser que tudo isto se aplica ao dia-a-dia do cristo? Creio que a resposta sim. Reduzido a um simples princpio de vida abundante, podemos resumir tudo o que foi apresentado neste captulo conforme segue: S posso achar o propsito ltimo aprendendo os fundamentos da confiana em Deus como o meu solucionador de problemas. Devo entregar cada preocupao, por mais severa que seja, sua guarda. E fao isso com determinao. De agora em diante decido escolher este curso de ao diariamente, e, no poder de Deus, consideroo concludo. TEXTO BBLICO PARA MEMORIZAO DO PRINCPIO DA CONFIANA Escolhemos a passagem seguinte como o ponto focal para o PRINCPIO DA CONFIANA. bom voc memoriz-la: Os que confiam no Senhor so como o monte de Sio, que no se abala, firme para sempre. Como em redor de Jerusalm esto os montes, assim o Senhor em derredor do seu povo, desde agora e para sempre (Salmo 125:1-2). PASSAGENS DE APOIO PARA O PRINCPIO DA CONFIANA J 13:15; Salmo 16:1-11; Salmo 25:1-11; Salmo 31:1-8; Salmo 37:1-7; Salmo 55:2; Salmo 60:4; Salmo 91:1-7; Salmo 107:20; Salmo 119:41-45; Provrbios 29:25; Provrbios 30:5; Isaas 12:1-6; Mateus 6:24-34; Filipenses 4:57; 1Pedro 5:7-10.

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Captulo 3

O SENHOR DA MANH(O Principio do Viver Santo)Os pssaros pousados na capela de orao que temos no fundo do quintal cantavam com beleza rara quando comecei minha viglia matinal de orao. Era hora de estar novamente com Jesus. "Que lugar agradvel", pensei, "a ss com Deus, longe do mundo, neste confortvel abrigo usado apenas para orao." "Obrigado Deus", pensei, "pela deciso de fazer de Jesus o Senhor da minha manh." Mas alguma coisa parecia errada enquanto me esforava para oferecer minhas costumeiras palavras de adorao. Mesmo assim, tentei. Logo me achei num ponto especial na orao que geralmente ocorre todos os dias. a hora de confisso, um momento quando peo ao Senhor que sonde meu corao como ele fez com o do salmista. (Veja Salmo 139:23-24.) Embora os seguidores de Jesus saibam o quanto importante confessar quando pecam conscientemente, os pecados ocultos ainda escapam. Por isso, um tempo dirio de avaliao espiritual importante. uma ocasio para perguntar ao Senhor: "Minhas aes te agradaram plenamente, desde a ltima vez que conversamos em secreto?" Eu chegara a esse silencioso momento na orao, inconsciente de qual pecado oculto poderia estar impedindo minha adorao matinal. "Senhor", perguntei, "h alguma coisa em mim que te desagrada; alguma coisa, talvez, que deixei escapar desde nosso ltimo encontro?" A resposta do Senhor, dentro de mim, pareceu abrupta, embora gentil: "Sim", foi a impresso imediata em meu corao. Francamente, eu estava atnito. Ontem pareceu um dia muito bom. Eu havia cumprido prazos apertados em meu ministrio e havia tomado vrias decises estimulantes com respeito ao futuro. De fato, o dia foi quase perfeito, pensei comigo mesmo, exceto, talvez, pela pequena altercao com minha filha, na noite passada. "Foi isso!" revelou a impresso dentro de mim. "Isto me desagradou." "Mas, Senhor", respondi imediatamente, "como isso poderia te desagradar? Foi Dena quem causou a confuso. E foi ela que respondeu insolentemente sua me. E, alm disso, tudo o que eu fiz foi gritar-com ela!" Mal compreendia eu que estava prestes a aprender uma lio vital acerca da vida em Jesus. "Esse o ponto", senti o Senhor falar-me. "Voc conhece o meu jeito de disciplinar, e o tem ensinado publicamente. O seu, na noite passada, foi o jeito do mundo. Voc usou palavras iradas, e no uma vara amorosa de correo!" Estranhamente, o Senhor me fizera rever minhas palavras iradas da noite anterior. Foi um momento doloroso. "Senhor", disse, algo embaraado, "eu disse a Dena que ela era uma grande pateta, a maior pateta do mundo". Com um n na garganta acrescentei: "a seguir eu lhe disse que ela era ignorante, e que, simplesmente, ela nunca iria aprender nada." A voz suave do Senhor pareceu falar de novo: "E, ento, o que foi que voc fez?" A minha reao inicial foi lembrar ao Senhor que ele, obviamente, era onisciente, e sabia muito bem o que eu tinha feito; mas eu sabia que seu pedido era para meu benefcio, no para o dele. "Senhor", disse, e as lgrimas comearam a rolar, "eu sa da sala e no falei mais com ela." A voz de Deus foi firme, mas suave, quando ele me abriu o entendimento para o dano potencial de minhas observaes. "Voc plantou sementes de inferioridade em sua filha na noite passada", ele falou profundamente em meu esprito. "Elas esto crescendo agora. A sua filha acreditou em voc. Ela o respeita e ama. A certeza com que voc falou, e a firmeza de sua voz, asseguraram-lhe que suas palavras eram verdadeiras." Eu estava assustado. Se Deus, de fato, estava falando, havia transpirado uma transgresso muito mais sria do que eu havia imaginado. Se no fosse obstada, a estabilidade e o desenvolvimento da auto-imagem de minha filha estavam em perigo. "Senhor", clamei dentro de mim, "h alguma coisa que eu possa fazer para mudar isso?" A resposta do Senhor foi imediata: "V, agora, e remova as sementes." "O que o Senhor est querendo dizer?" respondi. Ele respondeu: "V ter com a sua filha, e pea-lhe perdo." Uma coisa estranha estava para acontecer. Deixei meu lugar de orao e fui direto ao quarto da minha filha. Dena tinha acabado de acordar e j se dirigia para o corredor. Com a face em lgrimas, chamei-a de longe e pedi-lhe que viesse at sala. - O que est errado, papai? - perguntou ela, com um olhar preocupado. - Querida - , disse-lhe, pondo meus braos em seu redor, - devo a voc um pedido de desculpas. Eu no conseguia reter as lgrimas. As lgrimas continuavam quando falei.

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- Dena-, disse eu gentilmente, - preciso dizer-lhe que estou sentido por ter feito algo que no devia. - Mas papai -, respondeu Dena, - por que voc precisa dizer que est sentido? Minha filha parecia perceber que era difcil falar, e chegando-se a mim, colocou os braos ao meu redor. Olhei diretamente em seus olhos, enquanto explicava a conversa que eu tivera com Deus naquela manh. - Dena, voc se lembra de ontem noite quando eu estava louco da vida com voc e levantei a voz? - Voc quer dizer quando gritou comigo, papai? Obviamente minha filha se lembrava da experincia com mais detalhes do que eu pensara. - Bem, querida -, acrescentei vagarosamente, - eu disse algumas coisas pesadas que realmente no queria dizer. Por isso, falei ao Senhor que eu estava triste. E ele me disse que eu precisava dizer a mesma coisa a voc. As lgrimas vieram aos olhos da minha filha enquanto eu falava. - Dena -, perguntei com a voz embargada, - voc me deixa retirar aquelas palavras? Voc me perdoa pelo que eu disse? Lutando com as lgrimas, Dena procurou as palavras certas para dizer. Ela me abraou ainda mais fortemente e comeou a me dar tapinhas nas costas. Embora ela no o tenha dito, senti que seu gesto estava declarando: No desista, papai. Voc vencer. No desista. Quando Dena falou, havia um toque especial de ternura, misturado com seu humor habitual. - Dessa vez passa, papai -, disse ela com um sorriso, - se voc procurar no fazer mais isso. Juntos, rimos e choramos, mas acima de tudo, aprendemos. Aprendemos que Jesus Cristo no morreu somente para nos libertar do pecado eternamente, mas morreu para nos ajudar a crescer continuamente, momento aps momento, um dia por vez. Moldava-se outro princpio vital para a vida. Jesus deseja ser Senhor de minhas manhs, bem como Senhor de minhas tardes e noites. Ele mais do que apenas Senhor do sbado. Ele quer ser o Senhor de tudo! Ele estava reafirmando dentro de mim aquilo que eu j ouvira dele atravs dos anos, nos momentos mais tenros que eu passara com ele. Ele queria que eu me lembrasse de que, embora ele tivesse perdoado todos os meus pecados, havia reas de saneamento espiritual que ele esperava que eu fizesse. Ele me lembrou as palavras de Paulo aos efsios: que... vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscncias do engano (Efsios 4:22). Em termos simples, Jesus operou a salvao de mas eu tinha que despojar-me. Jesus ampliou ainda mais meu pensamento com estas palavras do apstolo Paulo: Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes, no s na minha presena, porm muito mais agora na minha ausncia, desenvolvei a vossa salvao com temor e tremor (Filipenses 2:12). Salvao mais que uma idia teolgica que se aplica s ao nosso destino eterno. Salvao um conceito de vida que se aplica ao agora! Jesus disse de sua futura famlia: eu vim para que tenham vida e a tenham em abundncia (Joo 10:10). De fato, a vida santa no uma dolorosa busca de esforos religiosos, mas um alegre estilo de vida, fundamentado sobre tudo o que Jesus , e tudo o que ele veio fazer na terra. QUEM JESUS? Ningum pode compreender o assunto do viver santo em Jesus sem uma compreenso de quem Jesus, incluindo o que significa a sua morte e ressurreio. Primeiro, devemos reconhecer que Jesus foi o Deus-Homem. Ele literalmente Deus, mas foi literalmente homem. Jesus era Deus na carne. O Evangelho de Mateus relata: "Eis que a virgem conceber e dar luz um filho, e ele ser chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus conosco" (Mateus 1:23, itlico acrescentado). Segundo, devemos reconhecer o significado de Jesus como o Verbo. A fim de comunicar suas convices e opinies o homem usa a linguagem. A linguagem coloca nossas idias e personalidade em palavras. Ns comunicamos quem somos e o que pensamos, atravs de expresses - palavras. Quando Deus falou ao homem, ele o fez mediante a pessoa de Jesus Cristo. Cristo a "Palavra viva de Deus". A Bblia diz: "No principio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus" (Joo 1:1). Mais tarde, Joo acrescenta: "E o Verbo se fez carne, e habitou entre ns, cheio de graa e de verdade, e vimos a sua glria, glria como do unignito do Pai" (Joo 1:14). Terceiro, devemos reconhecer que a humanidade de Cristo clarificada pelo fato de ele ter sido tentado como qualquer mortal, embora jamais tenha cometido pecado. Quando Cristo se tornou homem, ele submeteu-se a todas as lutas e provaes que o homem pode enfrentar. Em Hebreus 2:14, lemos: "Visto, pois, que os filhos tm participao comum de carne e sangue, destes tambm ele, igualmente, participou, para que, por sua morte, destrusse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo." Mais adiante, em Hebreus, lemos: "Porque no temos sumo sacerdote que no possa compadecer-se das nossas fraquezas, antes foi ele tentado em todas as coisas, nossa semelhana, mas sem pecado" (Hebreus 4: 15). Finalmente, devemos reconhecer a humanidade de Cristo mediante sua capacidade de expressar emoes humanas. Mateus diz que vendo Jesus as multides, "compadeceu-se delas" (Mateus 9:36). Joo relata a intensa ira expressa por Jesus ao expulsar do templo os cambistas (Joo 2:15). Jesus tambm no tinha medo das lgrimas. O menor versculo da Bblia diz: "Jesus chorou" (Joo 11:35). E o autor de Hebreus, mais uma vez, relata que nosso Senhor chorou "com forte clamor e lgrimas" (Hebreus 5:7).

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O PODER DA MORTE DE CRISTO Uma viso adequada da vida de Cristo s emerge a partir de um exame cuidadoso de sua morte. De fato, para compreender plenamente o conceito do Senhorio de Jesus Cristo, tem-se de entender a cruz. Por incrvel que parea, a cruz um smbolo de intenso sofrimento enquanto, ao mesmo tempo, prov um poderoso exemplo de vitria dinmica. O que a morte de Cristo significa para aqueles que crem nele e o seguem? Primeiro, a morte de Cristo foi um resgate dos nossos pecados. Resgatar significa "libertar uma coisa ou pessoa pelo pagamento de um preo". A Bblia diz acerca de Cristo: "tal como o Filho do homem, que no veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos" (Mateus 20:28). Aos crentes glatas Paulo escreveu: "Cristo nos resgatou da maldio da lei, fazendo-se ele prprio maldio em nosso lugar, porque est escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro" (Glatas 3: 13). Resgatou, aqui significa "comprou-nos de volta". Segundo, a morte de Cristo foi uma propiciao pelos nossos pecados. Embora propiciao signifique literalmente "O propiciatrio", refere-se realmente asperso do sangue de Jesus como uma coberta para nosso pecado. Mas o sangue de Cristo no apenas cobre nossos pecados, ele nos purifica de todo pecado. Na primeira epstola de Joo ele escreveu: "Se, porm, andarmos na luz, como ele est na luz, mantemos comunho uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado" (1 Joo 1:7, itlicos do autor). Retornando ao assunto, Joo acrescenta: "Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que no pequeis. Se, todavia, algum pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o justo; e ele a propiciao pelos nossos pecados, e no somente pelos nossos prprios, mas ainda pelos do mundo inteiro" (1 Joo 2:1-2; itlicos do autor). Paulo tambm disse aos cristos de Roma que Deus enviou Jesus Cristo "como propiciao, mediante a f, para manifestar a sua justia, por ter Deus, na sua tolerncia, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos" (Romanos 3:25). A propiciao pode ser comparada palavra "anti-culpa." Quando Deus olha para nosso pecado, ele v, na verdade, o sangue de Cristo. E, visto que o sangue de Jesus Cristo cobre e lava todos os nossos pecados, eles esto, clara e absolutamente, perdoados. Como J. Sidlow Baxter diz de nossa salvao: "Ela livre, plena, final, e para sempre!" Terceiro, a morte de Cristo trouxe total reconciliao. Reconciliao significa "soluo de uma diviso ou separao, que rene duas pessoas". A Bblia diz: "Deus estava em Cristo, reconciliando consigo o mundo... e nos confiou a palavra da reconciliao" (2 Corntios 5: 19). Paulo enfatizou: "Porque se ns, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte de seu Filho, muito mais, estando j reconciliados, seremos salvos pela sua vida" (Romanos 5:10). Pedro acrescenta: "Pois tambm Cristo morreu, uma nica vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus; morto, sim, na carne, mas vivificado no esprito" (1 Pedro 3:18). Finalmente, a morte de Cristo serviu de substituio pelo nosso pecado. A substituio, conforme define o dicionrio de Aurlio, a "colocao de pessoa ou de coisa no lugar de outra". Quando Cristo morreu na cruz, ele, literalmente, tomou nosso lugar. Nosso pecado tal, que se exige nossa prpria morte por causa dele. Cristo, porm, assumiu o nosso lugar. Talvez o exemplo bblico mais poderoso desta verdade esteja focalizado na libertao do notrio criminoso Barrabs, que merecia a morte, quando comparado com o julgamento injusto dado a Jesus. (veja Joo 18:38-40.) O costume permitia a libertao de apenas um prisioneiro. Assim, quando Barrabs foi solto, ele o foi porque Jesus tomou o seu lugar. Pedro descreveu esse ato ao escrever que Jesus carregou "em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que ns, mortos aos pecados, vivamos para a justia; por suas chagas fostes sarados" (1 Pedro 2:24). O PODER DA RESSURREIO Embora a compreenso da vida e morte de Cristo seja teologicamente vital, na sua ressurreio que descobrimos a verdadeira diferena entre o Cristianismo e todas as outras religies ou filosofias. Nenhuma outra f alega que seu fundador tenha ressuscitado dos mortos e est vivendo mo direita do Criador do universo, com a inteno de, algum dia, ressuscitar todos os seus seguidores. Falando sobre a realidade da ressurreio de Cristo, Wilbur M. Smith, em seu significativo livro A Great Certainty in This Hour of World Crisis (Uma Grande Certeza Nesta Hora de Crise Mundial), disse: "Foi este mesmo Jesus, o Cristo, que, entre outras coisas dignas de nota, disse e repetiu algo que, procedente de qualquer outra pessoa, t-la-ia de imediato condenado como um egosta vaidoso ou como uma pessoa perigosamente desequilibrada. O fato de Jesus dizer que ele ia para Jerusalm a fim de morrer no to notvel, embora os detalhes que ele deu acerca de sua morte, semanas e meses antes de morrer, sejam um fenmeno proftico. Mas ao afirmar que ressuscitaria dos mortos, no terceiro dia depois de crucificado, ele disse algo que somente um louco se atreveria a pronunciar, se que esperava a devoo de qualquer discpulo, a menos que estivesse certo de que iria ressuscitar. Nenhum fundador de qualquer religio conhecida do homem jamais ousou dizer e pensar uma coisa assim." A ressurreio de Jesus Cristo, de fato, est no mago da nossa compreenso da teologia crist. E mais, no apenas teologia. A ressurreio uma realidade de poder. Especificamente, ela vital para o crente por vrias razes. Primeiro, a ressurreio de Cristo nos assegura que Deus aceitou o seu sacrifcio. Aprendemos, do Antigo Testamento, que somente uma pessoa, o sumo sacerdote, podia entrar no santo dos santos para oferecer sacrifcio

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pelos pecados do povo, e ele s podia fazer isso uma vez por ano. (Veja xodo 30: 10; Levtico 16: 1-34.) Durante essa cerimnia, todo o Israel esperava ansiosamente para ver se o sacrifcio fora aceito. Somente se o sumo sacerdote sasse vivo eles poderiam ter certeza da aceitao. O fato de que Jesus Cristo, nosso eterno Sumo Sacerdote, saiu vivo de seu tmulo, indica que Deus aceitou o sacrifcio de seu Filho Unignito. (Veja Mateus 28:1-7.) Segundo, a ressurreio de Cristo nos assegura que temos um intercessor no cu. Paulo perguntou aos romanos: "Quem os condenar? Cristo Jesus quem morreu, ou antes, quem ressuscitou, o qual est direita de Deus, e tambm intercede por ns" (Romanos 8:34). O autor de Hebreus acrescenta: "Por isso tambm pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles" (Hebreus 7:25). Terceiro, a ressurreio de Cristo nos assegura uma fonte ilimitada de poder. De fato, a Bblia retrata a ressurreio de Jesus Cristo como um reservatrio de poder de Deus para o crente. Paulo escreveu aos crentes efsios, dizendo-Ihes que orava para que "iluminados os olhos do vosso corao... [para ver]... a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos, segundo a eficcia da fora do seu poder; o qual exerceu ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos, e fazendo-o sentar sua direita nos lugares celestiais" (Efsios 1: 18-20). Dessa forma, o mesmo poder doador de vida que se manifestou na ressurreio de Jesus Cristo, o poder doador de vida que nos permite viver uma vida vitoriosa. Finalmente, e especialmente significativo, a ressurreio de Cristo nos assegura que tambm ns um dia, ressuscitaremos. A Bblia diz sobre a ressurreio de Cristo: "Pois se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim tambm Deus, mediante Jesus, trar juntamente em sua companhia os que dormem" (1 Tessalonicenses 4: 14). Como o prprio Cristo disse, sucintamente: "Porque eu vivo, vs tambm vivereis" (Joo 14:19). NOSSO REI INCOMPARVEL Talvez a nica e mais apropriada palavra para resumir a vida, morte e ressurreio de Jesus Cristo, seja a palavra singular, uma palavra particularmente enfatizada por Josh McDowell em seu brilhante trabalho, Evidence that Demands a Verdict (Evidncia que Exige um Veredicto), significa "no ter igualou semelhante", e "nico em seu tipo ou excelncia, incomparvel". Jesus Cristo , verdadeiramente, nosso Rei incomparvel. Cristo no tem semelhante ou igual. Como escreveu Napoleo: Conheo os homens; e vos digo que Jesus Cristo no um homem. Mentes superficiais vm uma semelhana entre Cristo e os fundadores de imprios, e os deuses de outras religies. Essa semelhana no existe. H, entre o Cristianismo e as outras religies, a distncia da infinitude... Tudo em Cristo me deixa atnito. Seu Esprito me assombra, e sua vontade me confunde. Entre ele, e tudo mais no mundo, no h termo possvel de comparao. Ele verdadeiramente um ser sozinho, singular. Suas idias e sentimentos, a verdade que ele anuncia, sua maneira de convencer, no so explicadas nem pela organizao humana, nem pela natureza das coisas... Em vo procuro na histria um similar a Jesus Cristo, ou qualquer coisa que chegue perto do evangelho. Nem a histria, nem a humanidade, nem as eras, nem a natureza me oferecem coisa alguma com a qual eu possa compar-lo ou explic-lo. O PRINCPIO DO VIVER SANTO Como, ento, aplicaremos toda a glria incomparvel de Jesus Cristo a cada momento de nossas vidas? Reduzido a um simples princpio de vida abundante, tudo o que foi apresentado neste captulo pode ser resumido da seguinte maneira: Eu s posso achar significado final na vida aprendendo os fundamentos do viver santo em Jesus Cristo. Devo valer-me de sua fora continuamente, para conquistar todos os pecados, no importa quo insignificantes possam parecer. Eu devo fazer isso momento aps momento, como um ato de minha vontade. Portanto, de agora em diante eu decido escolher este curso de ao diariamente, e, no poder de Deus, o considero concludo. TEXTO BBLICO PARA MEMORIZAO DO PRINCPIO DO VIVER SANTO O seguinte texto bblico foi escolhido como o ponto focal para o PRINCPIO DO VIVER SANTO. Voc pode querer memoriz-lo: "de conceder-nos que, livres da mo de inimigos, o adorssemos sem temor, em santidade e justia perante ele, todos os nossos dias" (Lucas 1:74-75). PASSAGENS DE APOIO PARA O PRINCPIO DO VIVER SANTO So as seguintes as passagens de apoio para o PRINCPIO DO VIVER SANTO: Isaas 33:15-16; Isaas 62:10-12; Filipenses 2: 12-16; Zacarias 3:1-5; 2 Timteo 2:1-4; Mateus 5:48; Hebreus 12:14; Efsios 4:11-14; Efsios 4:21-24; Ezequiel 33:14-20; 1 Tessalonicenses 4:7; Mateus 5:16-18; Hebreus 12:1-3; 2 Corntios 7: 1; Ezequiel 18:21-24; Filipenses 4:8-9; Zacarias 14:20-21; Tito 2:11-14; Lucas 1:5-7; 1 Pedro 2:7-10o modo de Deus disciplinar esboado mais claramente em Provrbios, e inclui correo amorosa com vara. e no palavras iradas ou o uso da vara como instrumento depunio sem amor. Veja Provrbios 3:11-12; 10:13; 13:24; 19:18; 20:30; 22:6.15; 23:13-14; 25:15. 17. Oa11WTocupa o centro tU xJa disciPlina bblica. Veja Hebreus 12:6.

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Captulo 4

AS LEIS DA VIDA(O Princpio de Produzir Fruto)A vida est cheia de leis; pelo menos o que parece. No raro este tema ser tratado com certo grau de humor, especialmente em anos recentes; talvez como uma tentativa de explicar por que nem sempre as coisas acontecem do modo como planejamos. No resisti tentao de fazer minha prpria lei recentemente, quando tentava explicar minha filha por que quando planejamos que alguma coisa acontea, ela no acontece. Mas, se no planejamos, ela acontece. minha lei, eu lhe disse, e decidi cham-la de "A lei Eastman da dinmica da sorte tenaz". Deixando o significado espiritual de lado, minha lei diz: A coisa para a qual voc planejou no acontecer2 1 , a menos que voc no tenha planejado. Por que, perguntei minha esposa, quando saio com meu guarda-chuva, as nuvens logo desaparecem e um brilhante sol californiano raia sobre o nico pedestre descendo a rua com um guarda-chuva? Mas, se deixo meu guarda-chuva em casa, volto todo encharcado. Na humorstica compilao das leis incomuns da vida, feita por Arthur Bloch, h numerosas observaes interessantes, como a Lei de Isles: "H sempre um jeito mais fcil de se fazer alguma coisa!". E o Primeiro Corolrio Lei de Isles: "Quando voc olha diretamente para o jeito mais fcil, especialmente por longos perodos, no consegue enxerg-lo." Para os que tm tido dificuldade em trabalhar com as regras "fceis de seguir", a Lei de Klipstein Aplicada Engenharia Geral digna de nota: "As dimenses sempre sero expressas pelo termo menos conhecido. A velocidade, por exemplo, ser medida em decmetros por quinzenas". A Observao de Ettorre, semelhantemente, mere