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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS LEIDIANE RODRIGUES FOTOGRAFIA DE CENA: OS VAMPIROS NO CINEMA CAXIAS DO SUL 2014

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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS

LEIDIANE RODRIGUES

FOTOGRAFIA DE CENA: OS VAMPIROS NO CINEMA

CAXIAS DO SUL

2014

LEIDIANE RODRIGUES

FOTOGRAFIA DE CENA: OS VAMPIROS NO CINEMA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para obtenção de diplomação no curso Tecnólogo em Fotografia da Universidade de Caxias do Sul. Orientador(a): Myra Adam de Oliveira

Gonçalves

CAXIAS DO SUL

2014

LEIDIANE RODRIGUES

FOTOGRAFIA DE CENA: OS VAMPIROS NO CINEMA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para obtenção de diplomação no curso Tecnólogo em Fotografia da Universidade de Caxias do Sul.

Aprovado(a) em: __/__/____

Banca Examinadora:

_________________________________________

Profa. Me Myra Adam de Oliveira Gonçalves

Universidade Caxias do Sul – UCS

_________________________________________

Prof. Me Edson Corrêa

Universidade Caxias do Sul - UCS

_________________________________________

Profa. Dra. Ivana Almeida da Silva

Universidade Caxias do Sul - UCS

AGRADECIMENTOS

Agradeço em primeiro lugar a Deus, que é a base de tudo em minha vida,

por ter me dado saúde e força para enfrentar as dificuldades.

Ao meu esposo Edgar, por estar sempre ao meu lado, apoiando minhas

escolhas e torcendo sempre por mim.

A minha orientadora Myra, pelo suporte e incentivo que foi de total

importância nessa minha caminhada.

Aos meus pais por estarem sempre dispostos a me ajudar, e a todos que

direta ou indiretamente tornaram possível este trabalho.

“Este cálice é meu sangue, e

quem dele beber viverá a vida

eterna”.

Evangelho de João (6:54)

RESUMO

O presente trabalho teve como principal objetivo a produção fotográfica. Através de cena de filmes com o personagem vampiro, encontramos a possibilidade de criação das imagens. Após a escolha dos filmes que forneceram as cenas, levou-se em conta as diferentes transformações que ocorreram com o personagem desde os primórdios do cinema. Para a produção fotográfica, os filmes escolhidos foram: Nosferatu, Drácula, A Dança dos Vampiros, Fome de Viver, Drácula de Bram Stoker, Entrevista com o Vampiro e Deixa ela Entrar, e a partir deles, foram escolhidas as cenas para serem transformadas em fotografias. Como forma de apresentação do trabalho imagético optamos pela construção de cartazes, que trazem a fotografia produzida e informações pertinentes para a melhor compreensão da origem do trabalho. A realização deste trabalho possibilitou o contato com diversas imagens significativas da história do cinema de vampiros e com elas podemos notar a evolução tanto na imagem como na personalidade do personagem. Palavras-chaves: Fotografia de cena. Vampiros. Cinema.

ABSTRACT

This study aimed to the photographic production. Through film scenes with the

vampire character we find the possibility of creating the images. After choosing the

films that provided the scenes, we took into account the different transformations that

occurred with the character since the early days of cinema. For the photographs the

films selected were: Nosferatu, Dracula, The Dance of the Vampires, The Hunger,

Bram Stoker's Dracula, Interview with the Vampire and Let her enter, and from them

the scenes to be made into photographs were chosen. And for the presentation of

imagery work we chose the construction of posters that portray the Picture produced

and relevant information for a better understanding of the origin of the work.This work

allowed contact with several significant images of the history of vampire movies and

with them we can see the evolution of both the image and the character's personality.

Keywords: Scene Photography. Vampires. Cinema.

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 8

2 ORIGEM DOS VAMPIROS ...................................................................................... 13

3 O CINEMA E OS VAMPIROS: UM UNIVERSO DE POSSIBILIDADES .................. 16

4 A EVOLUÇÃO DA IMAGEM DO PERSONAGEM ................................................... 18

5 AS ESCOLHAS METODOLÓGICAS ....................................................................... 21

5.1 AS DECISÕES ......................................................................................................... 24

5.2 AS CENAS ............................................................................................................... 25

5.3 OS “ATORES” .......................................................................................................... 25

5.4 OS EQUIPAMENTOS .............................................................................................. 26

5.5 OS PLANOS E ÂNGULOS ....................................................................................... 26

5.6 A ILUMINAÇÃO ........................................................................................................ 26

5.7 A FORMA DE APRESENTAÇÃO ............................................................................. 27

6 A PRODUÇÃO FOTOGRÁFICA .............................................................................. 28

7 CONCLUSÃO .......................................................................................................... 43

REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 46

APÊNDICE .......................................................................................................................... 50

ANEXOS ............................................................................................................................. 57

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1 INTRODUÇÃO

Para falar sobre o tema deste TCC, inicialmente é importante dizer que trata-

se de um trabalho aplicado, onde a produção fotográfica, visando uma exposição,

orientou nossa caminhada. As fotografias produzidas tiveram como base cenas de

filmes sobre vampiros, e nosso interesse foi explorar as diferentes nuances do

personagem ao longo de muitas décadas. Juntamente com a produção prática, e

para desenvolver teoricamente o assunto principal do trabalho, buscou-se a história

do personagem vampiro, desde seu surgimento através da literatura e

posteriormente no cinema.

O cinema nos forneceu material rico para a pesquisa e a possibilidade de

escolha de alguns filmes diferentes e representativos do nosso personagem. Os

filmes escolhidos1 foram: Nosferatu de 1922 (Nosferatu, eine Synphonie des

Grauens); Drácula de 1931 (Dracula); A Dança dos Vampiros de 1967 (The Fearless

Vampire Killers), Fome de Viver de 1983 (The Hunger), Drácula de Bram Stoker de

1992 (Bram Stoker’s Dracula), Entrevista com o Vampiro de 1994 (Inteview With the

Vampire) e Deixa ela Entrar de 2008 (Let the Right one In). Finalmente, a partir da

seleção de filmes, algumas cenas foram recriadas fotograficamente.

Esses filmes nos trazem o mito vampiro em diferentes situações, como o

vampiro de aparência grotesca e assustadora, interpretado pelo ator Max Schereck,

que está presente no filme Nosferatu, um filme alemão com direção de F. W. Murnau

e roteiro baseado na obra de Bram Stoker. Charme e elegância são características

do vampiro em Drácula, onde o ator húngaro Bela Lugose encarna a clássica figura

do vampiro. A mistura de comédia e horror se faz presente em A Dança dos

Vampiros, que é uma sátira do diretor Roman Polanski.

Tony Scott nos apresenta o vampiro assumindo identidade feminina no filme

Fome de Viver. O diretor Francis Ford Coppola, tráz em seu filme Drácula de Bram

Stoker, características físicas semelhantes as do vampiro da obra do escritor Bram

1 Mais informações sobre os filmes, diretores e atores citados nesta introdução podem ser

consultadas nos DVDS dos próprios filmes e nas seguintes publicações: 1001 filmes para ver

antes de morrer. Editor Steven Jay Schneider. Rio de Janeiro: Sextante, 2008; Guia de Vídeo e

DVD 2001. Editora Stephania C. Gambirasio. São Paulo: Nova Cultural, 2001; GONÇALO, Junior.

Enciclopédia dos Monstros. São Paulo: Ediouro, 2008 e BERGAN, Roland. Guia ilustrado Zahar

cinema. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed, 2007.

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Stoker. Tom Cruise e Brad Pitt são os belos e sedutores seres das trevas em

Entrevista com o Vampiro, que tem direção do cineasta irlandês Neil Jordam e

roteiro baseado no livro da escritora norte-americana Anne Rice. Crianças

consumidoras de sangue surgem no filme Sueco Deixa Ela Entrar dirigido por Tomas

Alfredson. Espalhados no tempo, desde os primórdios do cinema, os filmes citados

acima são representativos do personagem escolhido.

A partir da escolha do grupo de filmes, foi possível definir a cena que

representou cada um dos filmes e após isso definida a produção. Cada produção

das fotografias foi realizada como se fossem frames dos filmes selecionados. Essas

imagens foram referenciadas através dos figurinos, cenários e iluminações

existentes nos filmes. Para a produção foram analisadas as características de cada

cena como aparência física dos personagens, o figurino que vestiam, o cenário onde

se encontravam, os objetos que faziam parte das cenas e a iluminação existente.

Em Nosferatu, o que se destaca é a aparência grotesca do vampiro, com

suas vestes pesadas e unhas compridas. O cenário em Drácula é o que nos chama

a atenção, onde uma escadaria faz parte da cena juntamente com o figurino

elegante do vampiro, com sua capa e seu cabelo engomado, e neste caso vampiro

com características mais parecidas com a dos seres humanos. O filme A Dança dos

Vampiros faz uma mistura de dois gêneros, comédia e horror.

Uma das principais características que levamos em conta para a escolha da

cena a ser fotografada no filme Fome de Viver foi, além da presença de uma mulher

em forma de vampira, as várias e belas cenas onde aparecem cortinas de voal e

véus balançando com o vento, como pode ser visto na Figura 1.

Figura 1 - Cena do filme Fome de Viver

Fonte: DVD Fome de Viver

10

Tom Cruise e Brad Pitt encarnaram belos e sedutores vampiros no filme

Entrevista com o Vampiro, como podemos ver na Figura 2.

Figura 2 - Cena do filme Entrevista com o Vampiro

Fonte: DVD Entrevista com o Vampiro.

Crianças na pele de vampiros surgem em Deixa Ela Entrar, onde o que se

destaca é o cenário frio, coberto de neve ambientado no subúrbio de cidade na

Suécia. (Figura 3).

Figura 3 - Cena do filme Deixa Ela Entrar

Fonte: DVD Deixa ela Entrar.

No filme Drácula de Bram Stoker características físicas como cabelos

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longos e bigode, de um líder cruel e sanguinário chamado Vlad Tepes, serviram

como referência para as fotografias, sendo este filme o mais fiel a obra do escritor

Bram Stoker, segundo Branco(2012).(Figura 4).

Figura 4 - Cena do filme Drácula de Bram Stoker

Fonte: DVD Drácula de Bram Stoker

O gosto que nutrimos por filmes de horror vem desde a infância. Aos doze

anos de idade podemos experimentar um gosto especial pelo personagem vampiro

em uma telenovela chamada Vamp, transmitida pela Rede Globo de Televisão em

1992.

A trama dessa telenovela contava a história de uma cantora de rock

chamada Natasha Rebelo, interpretada pela atriz Cláudia Ohana, que em troca de

sucesso em sua carreira, vendeu sua alma ao diabo, que na verdade era um

poderoso vampiro chamado Vladimir Polanski, o Vlad, personagem feito pelo ator

Ney Latorraca. Natasha é perseguida por esse vampiro durante toda a trama. Esse

gosto por esses personagens com o tempo só foi crescendo, e vários filmes e séries

com o personagem vampiro foram sendo assistidas.

A ideia de usar esse personagem como tema principal do TCC surgiu, já

durante as aulas de graduação, na disciplina de Fotografia e Cinema em 2012. Em

uma das atividades da disciplina foram distribuídos filmes, divididos tematicamente

entre os alunos para que fossem assistidos e, após apresentados aos colegas,

mostrando imagens e contando um pouco da história de cada um, aprofundando

questões do gênero escolhido. Surgiu neste momento um novo contato com o

gênero terror (vampiros), o que possibilitou um novo aprofundamento no assunto e

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revelando ainda mais nossa fascinação por esses seres sedutores e misteriosos.

Quando surgiu a ideia de fazer o TCC com o tema vampiros, surgiu também

a dúvida de como usar na produção de imagens esse personagem. Foi na

construção do projeto que decidimos contar a história dos vampiros que fizeram

parte do cinema, mostrando cenas de filmes através da fotografia.

Para organizar o conteúdo do trabalho apresentamos a seguinte divisão em

capítulos: A origem dos vampiros é o capítulo 2 e versa sobre como iniciou a história

do personagem.

O capítulo 3 chama-se: O Cinema e os Vampiros: Um Universo de

Possibilidades, e nele abordamos o início do personagem no cinema.

A evolução da imagem do personagem é o capítulo 4 e nele destacamos as

mudanças que o personagem vampiro sofreu desde os primórdios do cinema.

Em as escolhas metodológicas, capítulo 5, pretendemos explorar as

possibilidades da metodologia. E por fim no capítulo 6, a produção fotográfica foi

possível, a partir de um diário de procedimentos, que revelou as facilidades e

dificuldades de um projeto de produção fotográfica, onde cada etapa do trabalho

prático foi sendo descrita.

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2 ORIGEM DOS VAMPIROS

“Vou te dar a escolha, que eu nunca tive”.

Entrevista com o Vampiro

Vampiro é uma criatura mitológica que, segundo alguns historiadores, está

presente no folclore de 95% das culturas e na maioria delas as lendas são muito

antigas. Acredita-se que as lendas mais antigas são originárias da China e do sul da

Ásia, mas independente de suas origens, os vampiros fascinam as pessoas até hoje.

Segundo Rodrigues (2012), o povo grego antigo adorava e temia seus

deuses. Eles eram responsáveis pelos fatos que ocorriam com os homens e a

natureza naquela época. Cronos, o mais jovem dos titãs2, seria a primeira referência

do mito vampiro, ele foi muitas vezes confundido com o Tempo que devora,

consome, interrompe o destino. Cronos foi um governante cruel, que oprimia deuses

e homens.

Ainda segundo a mesma autora, muito antigamente as pessoas não tinham

conhecimento sobre as doenças e como funcionava o corpo humano. Quando

alguém passava mal, acreditava-se que era algo sobrenatural que estava atuando

sobre esta pessoa, ou seja, seres sobrenaturais que se apoderavam da energia dos

vivos, deixando-os naquele estado enfraquecidos e até mesmo levando essas

pessoas a morte.

Seria o Tempo implacável que traz a mortalidade, o fim da essência que dá sentido a vida humana. O vampiro não tem destino: o seu também foi interrompido, consumido, porém ele triunfou. Venceu de forma antinatural, driblando o tempo e dominando o mistério da vida. Se, porém, sua vida foi consumida, ele precisa encontrar meios de absorver a essência de outras. Muito mais que uma maldição, o vampiro carrega a responsabilidade de interferir no destino dos outros e vagar pelo mundo, ao longo dos tempos, na busca pela fonte daquilo de que foi privado: a vida e a morte, que se

confundem e são solucionadas pelo tempo (RODRIGUES 2012, p.15).

Rodrigues (2012), ainda nos fala que doenças como tuberculose, raiva e

mortes inexplicáveis também eram associadas aos vampiros e isso foi assim por

2 Os Titãs são 12 deuses, que segundo a mitologia, nasceram da união de Urano, que representa o

céu, e Gaia, que seria a terra. Retirado de http://www.mundoestranho.abril.com.br/materia/quem-sao-

os-titas-da-mitologia-grega em 10/12/2014.

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muito tempo. O termo vampiro apareceu no século XVIII na França, como "vampire"

em documentos que relatavam casos de vampirismo.

Foi na Europa Central em alguns vilarejos, que os vampiros começaram a se

parecer com o mito de hoje, e fatos que ocorreram na época acabaram sendo

documentados. Havia boatos sobre pessoas que haviam cometido suicídio, ou

pessoas não batizadas e excomungadas, que quando chegava a noite, seus corpos

se levantavam do túmulo e iam sugar o sangue de seus parentes, que por sua vez,

se tornavam vampiros e voltavam ao cemitério em forma de morcegos. Na época

que isto ocorreu, acabou gerando uma série de assassinatos de pessoas que eram

ditas vampiras (ABREU, 2013).

Segundo Branco (2012), o ponto decisivo para a concepção do vampiro

atual foi o livro Drácula de Bram Stoker, lançado em 1897, inspirado no cruel

príncipe Vlad Dracula Tepes, que governou a Valzáquia, onde fica a atual Romênia,

na metade do século XV.

Vlad ficou famoso na época por sua cruel forma de execução. A empalação,

criada na antiguidade pelos Assírios, era um jeito cruel de torturar e executar

pessoas. Esse método de tortura consistia em atravessar uma longa lança na vítima

pelo abdômen ou ânus, deixando-a pendurada até a morte. A vítima morria de

hemorragia ou desidratação, pois a lança era inserida em seu corpo com o cuidado

de não atingir nenhum órgão vital. Tepes tinha o bizarro hábito de comer observando

suas vítimas empaladas agonizarem e havia rumores de que ele bebia o sangue

delas. Vlad era um torturador cruel, que combateu os turcos e participou de lutas

entre ramos de sua família, liquidando todos os parentes.

Em suas mãos o empalamento tornou-se uma forma de arte; os conhecimentos especializados e a habilidade particular para realizar um empalamento benfeito atraíam a natureza meticulosa de Vlad, que costumava amarrar um cavalo a cada uma das pernas da vítima e uma estaca cujo comprimento variava entre 1,80 e 2 metros, por cerca de 15 centímetros de diâmetro, na qual havia sido feita uma ponta, que era gradualmente introduzida no corpo em posição vertical. A ponta da estaca era untada com óleo, e ele tomava cuidado para que não fosse aguçada demais, senão a vítima morreria muito depressa com o choque. A estaca era introduzida pelo ânus até sair pela boca, mas, às vezes, era simplesmente cravada no peito ou no estômago da vítima. As vezes, as pessoas eram penduradas de cabeça para baixo(...) depois a estaca era desvirada e plantada no chão. (TWISS, 2004,p.104.)

Branco (2012) nos diz que Vlad Drácula tornou-se um mito do mal devido a

boatos feitos pelos seus inimigos, que através de panfletos, relatavam que Drácula

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bebia o sangue de suas vítimas. Durante mais de quatrocentos anos, Vlad Tepes fez

aparições em quadros, galerias e bestiários, como um símbolo da maldade. Foi

então que, no fim do século XIX, foi que o escritor irlandês Bram Stoker, com base

nestes panfletos difamatórios, acabou incluindo o nome e o passado de Vlad em seu

livro sobre vampiros.(Figura 5).

O mesmo autor também enfatiza que ao longo dos séculos XX e XXI, a obra

Drácula de Bram Stoker, recebeu várias adaptações, tendo se transformado em algo

totalmente diverso do romance de Stoker e do Vlad Tepes original. O diretor Francis

Ford Coppola foi um dos poucos que conseguiu apresentar sua própria visão do

personagem com o filme Drácula de Bram Stoker, um dos mais fiéis à obra do

escritor irlandês.

Figura 5 – Livro Drácula de Bram Stoker

Fonte: bibliotecaresytonline,2014.

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3 O CINEMA E OS VAMPIROS: UM UNIVERSO DE POSSIBILIDADES

“Eu sou Drácula”

Drácula

Segundo Mascarello (2006), foi no Salão Grand Café em Paris, em 1895,

que os irmãos Auguste e Louis Lumiére mostraram ao mundo o cinematógrafo,

invenção essa que os irmãos tornariam conhecida no mundo todo e então fizeram

do cinema uma atividade lucrativa. O cinema no início era mudo, os filmes com

áudio só viriam três décadas mais tarde.

As primeiras filmagens eram peças teatrais, pequenos documentários da

vida cotidiana e filmes de ficção. Em 1913 surge a primeira filmagem do gênero

cômico e a primeira série policial, posteriormente a produção de comédias crescia

nos Estados Unidos, chegando mais tarde à Inglaterra e à Rússia.

Não demorou muito para que os filmes de vampiros chegassem ao cinema,

a maioria deles baseado no romance Drácula de Bram Stoker, publicado em 1897.

Um dos primeiros filmes de vampiros foi Nosferatu, um filme alemão de 1922.

Segundo Kemp (2011) embora o nome do vampiro tenha sido mudado para Conde

Orlok, o enredo era o mesmo do livro de Stoker. Anos mais tarde os tribunais

alemães ordenaram a destruição de todas as cópias desse filme, pois a viúva de

Stoker havia processado a Prana Film por quase dez anos de violação dos direitos

autorais. A ação levou a produtora à falência, mas felizmente nem todas as cópias

foram destruídas, ficando escondidas até a morte da viúva de Stoker.

Ted Browning, um dos maiores diretores do cinema de horror, em 1931, cria

a figura clássica do vampiro, encarnada pelo húngaro Bela Lugose, com a brilhante

capa preta e os cabelos engomados para trás, lembrando as asas e a cabeça de um

morcego. Esse filme fez um grande sucesso e praticamente estabeleceu um padrão

para os filmes de vampiros que vieram depois dele. (Figura 6).

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Figura 6 – Bela Lugose com seu personagem Drácula

Fonte: DVD Drácula

Em 1958, estreia o filme Horror of Dracula de Terence Fisher, na Inglaterra.

O filme realizado pela produtora Hammer vai nos apresentar na pele do ator

Christopher Lee, a figura de um vampiro tradicional, mas com ênfase no erotismo

com a sedução de mulheres vestindo camisolas transparentes e decotadas, e na

cravação sangrenta de estacas.

Em A Dança dos Vampiros, de 1967, há uma combinação entre horror e

comédia trazendo vampiros gays e judeus, contra quem a cruz não faz efeito. É

chegada a vez das mulheres se tornarem vampiras, como no filme Fome de Viver,

de Tony Scott, onde o lesbianismo é sua marca registrada. As crianças também

tiveram sua participação no mundo das trevas com Deixa ela Entrar, um filme Sueco

de 2008, com direção de Tomas Alfredson, onde uma menina aparentemente

inocente é um ser sedento por sangue . Com o passar do tempo “o vampiro vai

deixando de ser uma criatura exótica, saída de um pesadelo, para tornar-se um tipo

cada vez mais familiar e caseiro” (NAZÁRIO, 2013, p.70 e 73).

A imagem dos vampiros com o passar das décadas foi se transformando,

mas nunca deixando de fazer parte do imaginário das pessoas, passando a ter mais

presença na vida dos fãs a cada nova produção cinematográfica.

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4 A EVOLUÇÃO DA IMAGEM DO PERSONAGEM

“Beba meu sangue e viva para sempre”.

Entrevista com o Vampiro

A partir da escolha das cenas e da produção fotográfica, foi possível

perceber as transformações que ocorreram com o personagem ao longo do tempo.

Podemos notar ao vermos os filmes, que de uma aparência horripilante como o

Conde Orlok, do filme Nosferatu (1922), interpretado pelo ator Max Schreck, com

uma silhueta assustadora, com sua cabeça raspada, corpo magro, vestes pesadas e

unhas compridas, os personagens vampiros passaram a ter uma aparência

sedutora, com beleza e elegância, como Louis de Pointe Du Lac, personagem do

ator norte americano Brad Pitt no filme Entrevista com o Vampiro. (Figura 7 e 8).

Evidente que entre este abismo estético que existe entre Orlok de Nosferatu

e Louis de Entrevista com o Vampiro, temos muitos outros exemplos de

transformação da imagem que poderíamos ter utilizado. Isto sempre nos pareceu

um elemento interessante para ser explorado nas fotografias, no entanto foi

importante fazer algumas escolhas. Mas mesmo assim gostaríamos de não deixar

de citar alguns nomes que nos parecem fundamentais para a pesquisa que fizemos

e para as próximas investidas fotográficas: Christopher Lee, George Hamilton e

Frank Langella.3

Figura 7 - Max Schreck Figura 8 – Brad Pitt

Fonte: DVD Nosferatu Fonte: DVD Entrevista com o Vampiro

3 Mais informações podem ser acessadas em GONÇALO, Junior. Enciclopédia dos Monstros; Gui a

de vídeo e DVD 2001. Editora Stephania C. Gambirasio. São Paulo: Arx, 2009 e

http://www.adorocinema.com/personalidades/personalidade-1305/ em 13/11/2014.

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Christopher Lee é um ator britânico nascido na Inglaterra que ficou

conhecido mundialmente por encarnar o personagem Conde Drácula por diversas

vezes. Lee atuou em filmes como: Drácula de 1958; O Castelo de Drácula de 1958;

Drácula de 1959 e vários outros. O ator hipnotizava as plateias quando perseguia

donzelas com seus grandes decotes e camisolas transparentes.

O ator norte – americano George Hamilton também teve sua participação em

filmes com o personagem vampiro como em Amor à primeira Mordida, de 1979. Ele

nos brinda com um bom exemplo de como o tema vampiros foi se adaptando as

mudanças do personagem. Um vampiro lindo se apaixona por uma jornalista e entra

em choque com a modernidade de Nova York. No mesmo ano o ator Frank Langella,

que atualmente voltou as telas do cinema através de personagens mais sérios como

Anthony Molina, que é dono de um time de futebol americano, no filme “A Grande

Escolha” de 2014, também já encarnou o personagem. O filme tinha como proposta

uma linha narrativa bem romântica e o vampiro não tinha presas.

Novamente pensando nas transformações que ocorreram com o

personagem, encontramos outro exemplo no filme Fome de Viver, de 1983, com a

direção de Tony Scott, que nos traz a bela Catherine Deneuve na pele de uma

vampira. Esse filme consegue sobrepor os clichês do gênero horror, sendo aqui um

suspense, romance e, principalmente drama. O drama citado é entre um casal de

vampiros e uma médica, pesquisadora que estuda sobre uma doença rara que

causa o rápido envelhecimento e leva ao risco de morte em pouco tempo.

Por outro lado o filme Deixa Ela Entrar, mostra crianças como vampiras. É

um filme Sueco de 2008 que teve seu remake em 2010 nos Estados Unidos, com o

título Deixe-me Entrar (Let me in). O filme conta a história que é ambientada no

subúrbio de Estocolmo, em 1982. Oskar um menino de 12 anos, que quer vingar-se

dos colegas que o perseguem, apaixona-se por Eli uma menina vampira, que não

suporta o sol ou a comida. Eli dá a Oskar força para lutar, mas o menino é colocado

em frente a um impasse, quando percebe que ela precisa beber o sangue de outros

para sobreviver.

As transformações nos mostram que a evolução dos personagens acontece

tanto em relação ao próprio cinema, pois os vampiros são inseridos em histórias que

acontecem nos dias atuais, vampiros modernos, como nas relações humanas

estabelecidas nos filmes ao longo do tempo, onde o personagem vampiro deixa de

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ser uma figura predominantemente malvada, sedenta por sangue e incapaz de ter

piedade, para ser alguém com sentimentos, que é capaz de se apaixonar, e que já

não consome tanto sangue humano ou pelo menos luta contra esta compulsão.

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5 AS ESCOLHAS METODOLÓGICAS

“O amor é mais forte que a morte”.

Drácula de Bram Stoker

A metodologia escolhida para a realização deste trabalho ficou configurada

da seguinte maneira: a pesquisa bibliográfica e a pesquisa da internet, nos ajudaram

a ter um maior conhecimento sobre as etapas de elaboração do trabalho, bem como

um conhecimento maior a respeito do tema escolhido, que são filmes sobre os

personagens vampiros.

Segundo Duarte e Barros (2012) a pesquisa bibliográfica nos ajuda no

planejamento do trabalho, onde buscamos várias informações a respeito do assunto

escolhido. O levantamento dessas informações foi de essencial importância para a

elaboração do trabalho acadêmico.

Pesquisa bibliográfica, num sentido amplo, é o planejamento global inicial de qualquer trabalho de pesquisa que vai desde a identificação, localização e obtenção da bibliografia pertinente sobre o assunto, até a apresentação de um texto sistematizado, onde é apresentada toda a literatura que o aluno examinou, de forma a evidenciar o entendimento do pensamento dos autores, acrescido de suas próprias ideias e opiniões (DUARTE e BARROS, 2012. p.51) .

A pesquisa na internet nos ajudou em um primeiro momento a fazer uma

lista de todos os filmes que tinham como assunto principal os vampiros. Alguns

filmes antigos também foram pesquisados e assistidos na web devido a dificuldade

de encontrá-los em outras mídias, tendo assim a internet como facilitadora na

pesquisa desses clássicos.

A riqueza da Internet como fonte de informação independe das motivações e dos objetivos da busca. Ela materializa algumas das marcantes características da nossa era, como a sobrecarga informacional, a fragmentação da informação e a globalização, todas provocadoras de estudos, pesquisas, discussões e polêmicas (YAMAOKA apud DUARTE e BARROS ,2012,p.146).

Todos os filmes selecionados para o trabalho foram assistidos, alguns já

haviam sido vistos e outros foram vistos pela primeira vez, e assim as cenas foram

selecionadas para a produção fotográfica.

Também optamos por uma aproximação aos métodos de pesquisa em arte,

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por uma questão de coerência e por entendermos que o processo criativo implicado

na produção fotográfica, para ser bem explorado necessitava disto.

Segundo Zamboni (2012), a pesquisa é a busca de soluções, e o caminho

para a conclusão de um trabalho.

Pesquisar é desejar solucionar algo, mas pode-se, em condições muito especiais, até encontrar algo que não se estava buscando conscientemente, sem que essa solução ocorra por meio de pesquisa. A pesquisa sempre implica a premeditação, a vontade clara e determinada de encontrar-se uma solução por meio de trajetória racional engendrada pela razão. A pesquisa presume a escolha de um caminho a ser trilhado para buscar-se uma finalidade determinada. (ZAMBONI 2012, p.43)

Ainda segundo o mesmo autor, a pesquisa em arte vai muito além de

referenciais teóricos. Ele nos diz que a maneira de ver e perceber o objeto de

pesquisa do artista é diferente da maneira com que o cientista vê esse objeto. A

ciência possui normas de percepção limitadas, enquanto a arte é forçada a uma

observação muito mais profunda e complexa. “A ciência representa a realidade

descrevendo somente algumas de suas características (químicas, físicas etc.),

restringindo dessa forma o conjunto geral de possibilidades de percepção de um

objeto na sua totalidade.” (ZAMBONI 2012, p.55).

Ainda segundo Zamboni (p.55), “apesar de toda precisão e exatidão

pretendida pelos cientistas, a realidade fez com que eles passassem a trabalhar

cada vez mais dentro de parâmetros de alta abstração, dado que eles não trabalham

a realidade, mas a recriam”.

Somente o homem possui a capacidade de elaborar imagens de coisas ausentes, utilizando essas imagens nas mais variadas situações também imaginárias. Um objeto observado pelo olho pode remeter a outras imagens formadas a partir do olhar, o qual não é limitação da percepção do objeto em suas características físicas imediatas: o olhar é ir além, é captar estruturas, é interpretar o que foi observado. (ZAMBONI 2012, p.55)

Zamboni (2012), nos mostra que quando possuímos todas as informações

que foram retiradas da observação do nosso objeto de pesquisa, estaremos prontos

para a realização do processo de trabalho.

O processo de trabalho, principalmente em arte, não é algo linear, é um processo de idas e vindas, de intuição e de racionalidade que se interpõe no caminho da reconstrução representativa de uma realidade. É uma etapa eminentemente criativa, e que dá forma material e organizada a uma série de ideias e fatos coletados de uma determinada realidade. Embora não seja

23

o momento mais característico, é o momento mais importante do desenvolvimento de uma pesquisa em arte, por que é exatamente quando se materializam as ideias. (ZAMBONI 2012, p. 57)

Zamboni (2012) ainda salienta que a conclusão de uma pesquisa faz parte

da própria obra realizada. Toda a interpretação dos resultados da pesquisa depende

não somente do autor da obra que impõe a sua conclusão aos espectadores, mas

sim das pessoas que interagem e interpretam a obra cada um de seu jeito.

A interpretação dos resultados da pesquisa em arte não converge para a univocidade, mas para a multivocidade, uma vez que cada interlocutor deverá fazer a sua interpretação pessoal e proceder uma leitura subjetiva, para analisar o resultado da pesquisa contido na própria obra de arte. Diferentemente da ciência, a arte tem um caráter pessoal de interpretação, garantido pela plurissignificação da linguagem artística. (ZAMBONI 2012, p.58)

Sobre o processo criativo na produção imagética Ostrower (2013) nos diz

que o processo de criar é imaginativo e concreto. O artista parte de um

conhecimento que já possui, a um novo conhecimento, e assim amplia seu domínio

sobre o material que utiliza.

Quando se configura algo e se o define, surgem novas alternativas. Essa visão nos permite entender que o processo de criar incorpora um princípio dialético. É um processo contínuo que se regenera por si mesmo e onde o ampliar e o delimitar representam aspectos concomitantes, aspectos que se encontram em oposição e tensa unificação. A cada etapa, o delimitar participa do ampliar. Há um fechamento, uma absorção de circunstâncias anteriores, e a partir do que anteriormente fora definido e delimitado, dá-se uma nova abertura. Da definição que ocorreu, nascem as possibilidades de diversificação. Cada decisão que se toma representa assim um ponto de partida, num processo de transformação que está sempre recriando o impulso que o criou. (OSTROWER 2013,p. 26-27)

Segundo Ostrower (2013), a criatividade não é algo que pertence somente a

algumas poucas pessoas, mas sim, é um potencial próprio do ser humano. Segundo

ela os processos criativos e as potencialidades não se limitam às artes, e devem ser

vistos em um sentido global, onde o criar e o viver se interligam.

O vício de considerar que a criatividade só existe nas artes deforma toda a realidade humana. Constitui uma maneira de encobrir a precariedade de condições criativas em outras áreas de atuação humana, por exemplo, na da comunicação, que hoje se transformou em meros meios sem fins, sem finalidades outras do que comerciais. Constitui, certamente, uma maneira de se desumanizar o trabalho. Reduz o fazer a uma rotina mecânica, sem convicção ou visão ulterior de humanidade. Nessas circunstâncias, como poderia o trabalho ser criativo? Pois não só se exclui do fazer o sensível, a

24

participação interior, a possibilidade de escolha, de crescimento e de transformação, como também se exclui a conscientização espiritual que se dá no trabalho através da atuação significativa, e sobretudo, significativa para si em termos humanos. (OSTROWER 2013, p.39).

Ainda segundo a mesma autora, quando criamos algo entramos em um

estado de tensão. A tensão pode e deve ser elaborada. O criar significa poder

manter a tensão ou recuperá-la e renová-la. Ela representa um momento de

libertação de energia, um sentimento de reestruturação, da própria produtividade, da

libertação quando estamos criando.

Compreendemos, na criação, que a ulterior finalidade de nosso fazer seja poder ampliar em nós a experiência de vitalidade. Criar não representa um relaxamento ou um esvaziamento pessoal, nem uma substituição imaginativa da realidade; e, em vez de substituir a realidade, é a realidade; é uma realidade nova que adquire dimensões novas pelo fato de nos articularmos, em nós e perante nós mesmos, em níveis de consciência mais elevados e mais complexos. Somos nós a realidade nova. Daí o sentimento do essencial e necessário no criar, o sentimento de um crescimento interior, em que nos ampliamos em nossa abertura para a vida. (OSTROWER 2013, p.28)

5.1 AS DECISÕES

Ainda sobre as escolhas, para a realização do trabalho, definimos a

quantidade de filmes que seriam utilizados. Em um primeiro momento foram

escolhidos dez filmes, de um vasto universo de possibilidades, cada filme deveria

ser capaz de representar uma década diferente. Começamos com o filme Nosferatu

de 1922, chegando a Drácula, uma história nunca contada (2014).

Nosferatu é um dos primeiros filmes com o personagem vampiro, onde sua

imagem é uma das mais assustadoras que temos dos vampiros até hoje, sua

imagem é sinônimo de destruição e morte, pois por onde passa traz consigo a peste.

Segundo KEMP (2011), Nosferatu apresenta uma fotografia4 expressionista

com sombras e contrastes, criando cenas memoráveis.

4 “O expressionismo pictórico, teatral e literário teve influência no cinema Alemão determinando o

surgimento de uma série de filmes. Ele trouxe um estilo baseado em cenografias e representação

teatral com a finalidade de mostrar uma visão deformada de situações e personagens patológicos”

(COSTA 1985, P. 76).

25

Em determinado momento, quando o herói está se aproximando do castelo sinistro, a imagem fica em negativo, com árvores brancas espectrais balançando seus galhos como se a própria natureza houvesse tido suas energias sugadas. Duas breves sequências filmadas em câmera rápida fazem com que os personagens se movam com uma velocidade frenética. Durante a maior parte do tempo, Murnau recorre a planos ligeiramente enviesados e ângulos de câmera desconcertantes para transmitir uma sensação de ameaça. (KEMP 2011, p.46)

Ainda segundo o mesmo autor, Nosferatu foi quase todo filmado com

tomadas em locação, utilizando-se de ruas tranquilas de cidades do norte da

Alemanha e de paisagens montanhosas.

Como forma de organizar as informações disponíveis e visando constituir o

grupo de filmes definitivos, estruturamos a lista final, utilizamos como norte nossas

preferências pessoais. Tal ordenação de filmes ficou configurada da seguinte

maneira: Nosferatu (1922), Drácula (1931), A Dança dos Vampiros (1967), Fome de

Viver (1983), Drácula de Bram Stoker (1992), entrevista com o Vampiro (1994) e

Deixa ela Entrar (2008).

5.2 AS CENAS

Depois de escolhidos os filmes, chegava a hora de escolher a cena de cada

um deles que seria mostrada através de uma fotografia. As cenas foram escolhidas

através da busca por características que traziam algum aspecto marcante para os

filmes, elementos como a neve que aparece em Deixa ela Entrar ou mesmo a

aparência grotesca do vampiro Nosferatu foram levados em conta para essa

escolha.

5.3 OS “ATORES”

Feita essa primeira etapa do trabalho, chegava o momento de fazer a

escolha das pessoas que interpretariam os personagens dos filmes escolhidos.

Algumas dessas pessoas foram selecionadas devido a sua aparência física, ou seja,

tinham alguma semelhança com os personagens dos filmes. Outras pessoas foram

escolhidas pela simples disposição que teriam em participar das fotos.

O figurino e a maquiagem foram muito importantes para dar vida às cenas.

Algumas roupas foram confeccionadas especialmente para a necessidade da

fotografia e outras tiveram acrescidas em sua característica algum detalhe para

26

ficarem parecidas com as originais. Maquiagem e perucas também foram utilizadas

para a produção. Para darmos a clássica cor pálida ao vampiro utilizamos pancake

branco que é uma espécie de base compacta, delineador de olhos e sombra na cor

preta, para dar a sensação de profundidade nos olhos e contornar as sobrancelhas.

Perucas e apliques de cabelo foram usadas em algumas cenas, onde os nossos

personagens exigiam um cabelo mais longo. Algumas locações foram feitas como,

por exemplo, na cena do filme Drácula, onde foi utilizado o estúdio na Universidade

de Caxias do Sul, e no filme Fome de Viver onde um sótão de uma casa em

construção serviu de cenário para a produção. Outros cenários precisaram ser

construídos como a janela de Nosferatu e o playground utilizado em Deixa Ela

Entrar.

5.4 OS EQUIPAMENTOS

Os equipamentos fotográficos como lente de câmera e estilo de iluminação

foram decididos a partir de cada cena definida.

Basicamente dois tipos de lentes foram utilizados em todas as cenas, uma

lente 24-120mm e outra de 50mm.

5.5 OS PLANOS E ÂNGULOS

Os planos e ângulos foram definidos ao observarmos cada cena escolhida,

como por exemplo, em Drácula, onde temos um plano mais aberto, com a projeção

de uma grande escadaria ao fundo, e à sua frente os dois personagens. Outro

plano mais fechado está em Entrevista com o Vampiro, onde os dois personagens

estão em primeiro plano.

Os ângulos de cada fotografia também foram definidos a partir da cena

original, como exemplo, a cena do filme Deixa Ela Entrar, que possui um ângulo

diferente das demais, ou seja, uma imagem feita de cima para baixo. Todas as

outras fotografias possuem o ângulo do olhar.

5.6 A ILUMINAÇÃO

O estilo de iluminação foi relacionado aos próprios filmes, por exemplo, na

27

cena de Drácula, a orientação da luz vem de um determinado lado onde se encontra

uma grande janela ou no filme Nosferatu que tráz em suas características o

expressionismo alemão com uma iluminação dramática e jogos de sombras e

contrastes entre claro e escuro.

5.7 A FORMA DE APRESENTAÇÃO

Depois de feitas as imagens, pensou-se então na forma de como apresentar

essas cenas fotografadas. Depois de várias ideias em relação a tamanho, tipo de

papel e formatos, chegou-se a conclusão de que as fotografias seriam apresentadas

em forma de cartazes, pois desde os primórdios os cartazes fazem parte do cinema.

Os primeiros cartazes eram feitos de um pedaço de papelão pintado à mão e fixados

nas paredes do cinema alguns dias antes da estreia. A importância do cartaz de

cinema é que além de ser uma peça de divulgação, ele coloca o filme e o

espectador frente a frente, dando a ele uma expectativa em relação ao filme.

O cartaz foi inicialmente uma ferramenta comercial tosca, um anúncio preto-e-branco com uma imagem altamente esquemática ou sem nenhuma imagem. Com a incorporação da cor nas primeiras décadas da terceira república francesa, no entanto, ele tornou-se um meio sofisticado; em meados da década de 1880, os cartazes estavam sendo colecionados por estetas e comentados com entusiasmo por críticos de arte. Essas mudanças foram amplamente atribuídas aos esforços de um único homem, o cartazista Jules Chéret, que logo se tornou um nome conhecido. Durante um tempo, o trabalho de Cherét foi praticamente sinônimo de cartaz (VERHAGEN apud CHARNEY e SCHWARTZ 2001, p.151).

Com a escolha de apresentação em forma de cartazes, pensou-se nas

informações que cada um deles iria trazer. Em cada imagem foram inseridos o título

do filme em português, a frase que acompanha o cartaz, o título em inglês e

informações das pessoas que contribuíram com a cena fotografada, o nome da

universidade, do curso e da aluna deste trabalho. Os cartazes foram feitos em lona

foto lisa no tamanho 60X90 cm. Para os títulos dos filmes foram pesquisados fontes

de letras semelhantes às originais para dar nome e assim finalizar a peça.

28

6 A PRODUÇÃO FOTOGRÁFICA

“Sangue! Seu precioso Sangue!”

Nosferatu

Como dito anteriormente é neste capítulo que exploramos as possibilidades

do Diário de Procedimentos, e nesta parte do texto será trabalhado, em certos

momentos, em 1ª pessoa. A primeira cena que foi fotografada foi a do filme

“Dracula” de 1931. A imagem foi realizada no estúdio fotográfico, na Universidade de

Caxias do Sul. Para a produção fotográfica foi feita uma projeção de uma escadaria

na parede branca do estúdio e na frente dessas escadas foram inseridos os

personagens que são o conde Drácula e uma jovem mulher, iluminados com um

fresnel5. Para a caracterização do personagem Drácula interpretado por Edgar

Zanol, foram confeccionadas algumas roupas, como uma capa típica dos vampiros

tradicionais, feita de cetim nas cores preta e vermelha, uma gravata borboleta

branca. Também foram utilizados uma camisa branca, calça social e sapatos pretos.

Para a maquiagem do rosto utilizou-se pancake na cor branca e lápis de olho preto.

Um vestido de renda branco e um sapato bege fizeram parte do figurino do

personagem interpretado por Mariele Belle, livremente inspirado em Mina Harker, a

partir da referência do frame escolhido.(Figura 9).

Figura 9 – Cena do filme Drácula

Fonte: DVD Drácula.

5 O fresnel é um equipamento de luz, que permite ajustar o foco da iluminação através do

deslocamento de uma lente, que se localiza na parte da frente desta luz. Retirado de

http://forum.mundofotografico.com.br/ em 20/11/2014.

29

A cena fotografada e editada em preto e branco nos apresenta o Conde

Drácula segurando em seu colo a jovem mulher chamada Mina, que está desmaiada

e ao fundo desses dois personagens aparece uma grande escadaria. (Figura 10).

Figura 10 - Fotografia usada no cartaz de Drácula

Fonte: Autoria própria

Ficha técnica da imagem produzida:

Tamanho do arquivo: 116 KB Iso: 2500

Dimensões: 426x640 pixels Equilibrio de branco: Automático

30

Marca da câmera: NIKON CORPORATION Modo de medição: Pontual

Modelo da câmera: NIKON D700 Programa de exposição: Manual

Flash: Não utilizado Espaço para cor: sRGB

Lentes: 50-50mm f/1.8-1.8 Qualidade JPEG: 98 (422)

Distância focal: 50mm Resolução de X: 300

Tempo de exposição: 0.005s (1/200) Resolução de Y: 300

F number: f/4 Contagem do obturador: 9353

A cena escolhida do filme Nosferatu , uma sinfonia de horror(1922) para a

produção fotográfica é a cena em que Conde Orlok aparece na janela da suposta

casa abandonada que comprou, para espionar Ellen, a esposa de Hutter, em seu

quarto.(Figura 11).

Figura 11 – Cena do filme Nosferatu

Fonte: DVD Nosferatu

A imagem foi feita pela primeira vez na casa de Adão Rodrigues, meu pai,

que fez o papel de Nosferatu. Porém a fotografia produzida não foi escolhida pelo

fato de a janela não apresentar as características que me pareciam interessantes e

que aparecem no filme. Devido ao potencial da cena consideramos fundamental a

construção de uma janela. (Figura 12).

31

Figura 12 - Primeira janela a ser fotografada para a cena de Nosferatu.

Fonte: Autoria própria

Na cena escolhida, Nosferatu aparece atrás de uma janela que possui nove

vidros, alguns deles quebrados com paredes laterais de tijolos e uma parte em

madeira na parte inferior da janela. O personagem encontra-se no centro desta

janela com as duas mãos entreabertas, mas com a mão direita mais acima. Ele

veste uma espécie de sobretudo preto, possui cabeça raspada, unhas compridas ,

olhos bem abertos e dois dentes grandes.

Para a caracterização do personagem, foram utilizados como figurino um

sobretudo preto e nele inserido grandes botões, também utilizamos grandes unhas

postiças, dois dentes de plástico. Na maquiagem usamos pancake branco para dar a

cor pálida do vampiro e para fazer a sua calvície, foi utilizada uma meia calça na cor

branca cortada e presa nos cabelos do nosso personagem com grampos. Na cena,

Orlok aparece com as mãos entreabertas atrás de uma janela sem vidros. O cenário

desta cena é justamente a janela que foi construída especialmente para a produção

fotográfica. Nela foram utilizados tijolos para fazer as laterais, como se fossem as

paredes da casa abandonada e também barras de ferro que foram unidas com solda

para dar formato a janela. Nosferatu foi interpretado por um senhor chamado Adão

Rodrigues. A imagem foi editada com sombra e luz e feita em preto e branco, assim

como o filme é apresentado. (Figura 13).

32

Figura 13 - Fotografia usada no cartaz de Nosferatu

Fonte: Autoria própria

Ficha técnica da imagem produzida:

Tamanho do arquivo: 2,4 MB Iso: 3200

Dimensões: 3381x2734 pixels Equilibrio de branco: Automático

Marca da câmera: NIKON CORPORATION Modo de medição: Central ponderada

Modelo da câmera: NIKON D 700 Programa de exposição: Manual

Flash: Não utilizado Espaço para cor: sRGB

Lentes: AF-S Nikkor 24-120mm f/4G ED VR Qualidade JPEG: 98(422)

Distância focal: 32mm Resolução de X: 300

Tempo de exposição: 0.002s (1/500) Resolução de Y: 300

F number: f/4 Contagem do obturador: 7514

Em Deixa Ela Entrar, a cena fotografada foi inspirada no cenário frio que o

filme nos apresenta. Em um primeiro momento iríamos fazer uma cena externa com

a lateral de um prédio como cenário, pelo fato desse prédio possuir algumas janelas

que nos faziam lembrar das encontradas no filme. Depois de feita a imagem vimos

que ela não teve o resultado esperado, nos fazer lembrar do filme, então optamos

por uma segunda cena. (Figura 14).

33

Figura 14 - Lateral do prédio que foi usado na primeira cena de Deixa Ela Entrar.

Fonte: Autoria própria

A imagem na segunda tentativa foi feita em um ambiente interno e a noite.

Usou-se uma espécie de playground construído em ferro e solda, semelhante ao

que aparece no filme, e também utilizado vários metros de fibra de tecido, material

usado na confecção de cobertores e travesseiros, para fazer a neve que cobria todo

o cenário. (Figura 15)

Figura 15 - Playground e fibra de tecido utilizado na produção do cartaz de Deixa Ela Entrar

Fonte: Autoria própria

Depois de muito convencimento, meus filhos aceitaram fazer parte da

produção, o Gabriel que fez o papel de Oskar e a Amanda que interpretou Eli, uma

vampira em forma de criança. A cena do filme nos mostra um menino sentado na

parte inferior no playgraund oferecendo a outra criança um brinquedo chamado de

cubo mágico e um pouco mais acima, de costas, olhando em direção ao menino,

aparece outra personagem levando sua mão em direção ao brinquedo.(Figura 16).

34

Figura 16 – Cena do filme Deixa ela Entrar

Fonte: DVD Deixa ela Entrar

Ficha técnica da imagem produzida:

Tamanho do arquivo: 310 BK Iso: 500

Dimensões: 800x601 pixels Equilibrio de branco: Automático

Marca da câmera: NIKON CORPORATION Modo de medição: Pontual (spot)

Modelo da câmera: NIKON D 700 Programa de exposição: Manual

Flash: Não utilizado Espaço para cor: sRGB

Lentes: AF-S Nikkor 24-120mm f/4G ED VR Qualidade JPEG: 100 (422)

Distância focal: 48mm Resolução de X: 300

Tempo de exposição: 0.0125s (1/80) Resolução de Y: 300

F number: f/4 Contagem do obturador: 7686

O próximo filme a ter uma cena escolhida para a produção fotográfica foi

Entrevista com o Vampiro, produzido em 1996 e que tem como personagens

principais Lestat, interpretado pelo ator norte-americano Tom Cruise e Louis de

Ponte Du Lac, feito pelo ator também nascido nos Estados Unidos, Brad Pitt. A cena

escolhida em Entrevista com o Vampiro é a cena onde os dois personagens vão até

um cabaré e, sentados em um banco que fica em frente a uma grande árvore,

35

mordem e matam uma prostituta.

Na produção fotográfica para o trabalho aparece somente um dos

personagens vampiros, que é o vampiro Louis Ponte Du Lac, com a prostituta. A

cena nos apresenta uma pequena parede feita com pedaços de madeira,

substituindo a grande árvore da cena original. À frente dessa parede há um banco

onde o personagem está sentado juntamente com a vítima. Na frente deles está uma

mesa feita com tábuas de assoalho, em um canto desta mesa aparece uma jarra de

louça branca, uma espécie de taça de metal e um conjunto de cinco velas grossas.

(Figura 17 e 18).

Figura 17 - Cena do filme Entrevista Figura 18 - Fotografia usada no

com o Vampiro cartaz de Entrevista com o Vampiro

Fonte: DVD Entrevista com o Vampiro Fonte: Autoria própria

A parafina escorrida que aparece sobre as cinco velas, foi feita manualmente

para que assim como na cena original, as velas parecessem estar acesas há muito

tempo.

Como o filme é ambientado no século XIX, foi necessário ter um cuidado

especial com o figurino dos personagens. O vampiro na cena está vestindo um

casaco de veludo na cor bege, que possui em suas mangas uma espécie de renda

ou babado, caracterizando-se como roupas típicas da época. Para finalizar a cena o

vampiro então dá um beijo na prostituta ao mesmo tempo lhe morde os lábios, assim

escorrendo o sangue por sua boca. Nesta cena foram utilizadas além da iluminação

das velas acesas, a iluminação com um fresnel. As pessoas que participaram desta

cena foram meu marido Edgar Zanol e eu mesma.

36

Ficha técnica da imagem produzida:

Tamanho do arquivo: 4,7MB Iso: 3200

Dimensões: 4256x2832 Equilibrio de branco: Automático

Marca da câmera: NIKON CORPORATION Modo de medição: Matriz

Modelo da câmera: NIKON D700 Programa de exposição: Manual

Flash: Não utilizado Espaço para cor: sRGB

Lentes: AF-S Nikkor 24-120mm f/4G ED VR Qualidade JPEG: 98 (422)

Distância focal: 38mm Resolução de X: 300

Tempo de exposição: 0.01s (1/100) Resolução de Y: 300

F number: f/9 Contagem do obturador: 8308

Para a próxima produção que se refere ao filme Drácula de Bram Stoker,

convidei minha cunhada Daiane Zanol e seu noivo Mateus De Nardi para fazerem

parte da cena. Nesse filme o que evidenciamos foi a aparência física do personagem

vampiro que faz referência ao cruel governante Vlad Tepes.

A cena escolhida para esta produção foi a cena em que Vlad e Mina dançam

em um local todo escuro apenas iluminado com velas. Para a caracterização da

personagem Mina, utilizamos um aplique de cabelo e um vestido vermelho. A

caracterização de Vlad foi feita com um sobretudo na cor preta, uma peruca, um par

de óculos e uma cartola. Mateus por sua vez se barbeou de forma a ficar parecido

com o personagem que iria interpretar.

Como a intenção desta fotografia foi apresentar as características físicas do

nosso personagem Drácula, optamos por utilizar as velas acesas em um ambiente

bem escuro, mas fotografar os dois personagens virados de frente para a câmera e

não dançando, assim tivemos como apresentar melhor essas características.

Mateus está sentado e Daiane abaixada na sua frente, com as mãos em seu

colo, e atrás dos dois aparecem alguma velas acesas que nos dão a impressão de

estarem flutuando. (Figura 19 e 20).

37

Figura 19 - Cena do filme Drácula de Bram Stoker

Fonte: DVD Drácula de Bram Stoker

Figura 20 - Imagem utilizada no cartaz de Drácula de Bram Stoker

Fonte: Autoria própria

Ficha técnica da imagem produzida:

Tamanho do arquivo: 2,8MB Iso: 3200

Dimensões: 4256x2832 pixels Equilibrio de branco: Automático

Marca da câmera: NIKON CORPORATION Modo de medição: Matriz

Modelo da câmera: NIKON D 700 Programa de exposição: Manual

Flash: Não utilizado Espaço para cor: sRGB

38

Lentes: AF-S Nikkor 24-120mm f/4 G ED VR Qualidade JPEG: 98 (422)

Distância focal: 46mm Resolução de X: 300

Tempo de exposição: 0.004s (1/250) Resolução de Y: 300

F number: f/4 Contagem do obturador: 8490

No filme Fome de Viver, tínhamos a ideia de utilizar uma das várias cenas

onde cortinas e véus ficam balançando com o vento. A cena que escolhemos para

ser produzida nos mostra esses véus, pendurados como se fossem cortinas, em um

lugar que parece ser um sótão empoeirado.(Figura 21).

Figura 21 – Cena do filme Fome de Viver

Fonte: DVD Fome de Viver

A nossa personagem, que é uma vampira, aparece inclinada sobre seu

companheiro, que está deitado no chão, e também é um vampiro mas que agora

está envelhecido.

A locação para a fotografia foi em um mezanino de uma casa em

construção, que estava bem empoeirado devido à obra no local. Utilizamos pedaços

de véus na cor preta, que foram pendurados no teto para fazer com que ficassem

circundando os personagens. (Figura 22).

39

Figura 22 - Sótão e véus utilizados na produção da cena de Fome de Viver

Fonte: Autoria própria

.

Minha amiga, Mariana Barreto, interpretou Miriam Blaylock, uma bela

vampira de cabelos louros e Adão Rodrigues, o mesmo senhor que interpretou o

vampiro Nosferatu, agora fez o papel de John, companheiro de Miriam. Mariana

aparece na cena usando uma camisa com mangas longas, o seu cabelo está preso

somente na parte da frente. Ela está de joelhos ao lado do outro personagem, dando

a impressão que o trouxe no colo e o largou no chão. Adão por sua vez, um senhor

de cabelos grisalhos, está deitado no chão com os olhos fechados. Ele está vestindo

uma calça na cor preta, um casaco bege que possui da época em que se casou nos

anos 70, uma camisa branca e sapatos pretos. Os dois personagens estão no centro

desse sótão envoltos pelos véus. A cena foi fotografada com uma luz de fresnel na

parte superior no meio da cena para iluminar o rosto do vampiro que está deitado e

uma luz lateral também de um fresnel para iluminar o rosto da Mariana.

Ficha técnica da imagem produzida:

Tamanho do arquivo: 3,2MB Iso: 3200

Dimensões: 2832x4256 Equilibrio de branco: Automático

Marca da câmera: NIKON CORPORATION Modo de medição: Matriz

Modelo da câmera: NIKON D700 Programa de exposição: Manual

40

Flash: Não utilizado Espaço para cor: sRGB

Lentes: AFS Nikkor 24-120mm f/4G ED VR Qualidade JPEG: 98 (422)

Distância focal: 24mm Resolução de X: 300

Tempo de exposição: 0.01s (1/100) Resolução de Y: 300

F number: f/4 Contagem do obturador: 9153

O último filme a ser fotografado foi A Dança dos Vampiros. Dele participaram

meu primo Roseberg Batista e sua esposa Rosane Dal Santo.

A cena escolhida do filme é a cena que nos mostra a personagem Sarah,

interpretada pala atriz Sharon Tate, tomando banho em uma banheira de madeira,

coberta por espuma, quando o Conde Von Krolock, feito pelo ator Ferdy Mayne,

depois de entrar por uma janela, para ao seu lado e a morde no pescoço. (Figura23).

Figura 23 – Cena do Filme A Dança dos Vampiros

Fonte: DVD A Dança dos Vampiros

Para a cena construímos uma espécie de banheira, que foi feita com a união

de alguns pedaços de madeira. Para dar o formato arredondado dessa peça,

primeiro aquecemos uma tira de madeira, para ela ficar maleável, e depois

41

pregamos as outras tiras formando assim a parte da banheira que fica atrás das

costas da nossa personagem. (Figura 24).

Figura 24 – Banheira construída para a produção fotográfica

Fonte: Autoria própria

As espumas que aparecem na cena foram feitas em um recipiente separado

e colocada sobre ela.

O nosso conde está usando uma capa de vampiro nas cores preto e

vermelho, uma camisa branca e dentes e unhas postiças. Nos cabelos foi aplicado

talco para darmos uma cor grisalha; nos olhos usamos lápis na cor vermelha e uma

base bem clara para dar a palidez ao rosto.

A cena produzida nos mostra Rosane dentro da banheira coberta de espuma

e Roseberg abaixado ao seu lado, com sua mão perto do pescoço de Rosane dando

a impressão de ataque.

Como iluminação utilizou-se um fresnel, para iluminar os dois personagens.

Ficha técnica da imagem produzida:

Tamanho do arquivo: 3,6MB Iso: 5000

Dimensões: 3382x2247 Equilibrio de branco: Automático

42

Marca da câmera: NIKON CORPORATION Modo de medição: Pontual (spot)

Modelo da câmera: NIKON D 700 Programa de exposição: Manual

Flash: Não utilizado Espaço para cor: sRGB

Lentes: 50-50mm f/1.8-1.8 Qualidade JPEG: 98 (422)

Distância focal: 50mm Resolução de X: 300

Tempo de exposição: 0.0125s (1/80) Resolução de Y: 300

F number: f/1.8 Contagem do obturador: 9430

43

7 CONCLUSÃO

Pela observação dos aspectos que podem ser notados nas imagens

construídas, foi possível ver que a imagem do mito vampiro foi se transformando no

cinema com o passar do tempo. A partir dos estudos feitos podemos perceber que

as mudanças do personagem vampiro ocorreram tanto fisicamente como nas

relações humanas.

Daquele vampiro dos primórdios do cinema, que era um ser de uma

aparência grotesca, sem nenhuma beleza, como Nosferatu, que era praticamente

um monstro, passamos ao longo de décadas para um vampiro que foi se

transformando em uma criatura com características mais humanas, com elegância,

beleza e muita sedução, como os personagens vampiros do filme Entrevista com o

Vampiro.

A pesquisa também nos mostrou que nessa trajetória os gêneros se

multiplicaram e mulheres em forma de vampiras e crianças como mortos vivos

tornaram-se realidade. Se tratando de relações humanas, os vampiros passaram de

seres extremamente maus, onde somente o que lhes interessava era o sangue

alheio, a seres capazes de amar e ter compaixão. A partir dessas percepções foi

possível definir como seria nosso trabalho.

Os filmes escolhidos tiveram grande importância na hora de fazer essa

seleção, pois traziam exatamente as diferentes nuances do vampiro, e isso permitiu

o planejamento adequado para a produção fotográfica. Nosso trabalho foi mostrar,

através de fotografias, cenas de filmes com o personagem vampiro e apresentá-las

na forma de cartazes.

Foram levadas em conta além dessas diferenças de nuances, as

características que cada filme em particular nos trouxe, como em Drácula, Fome de

Viver e Deixa Ela Entrar, todos eles com cenários marcantes. Em Drácula, como

cenário, temos a grande escadaria com sua janela iluminada na lateral, em Fome de

Viver o que procuramos mostrar foi o sótão empoeirado e alguns véus que são a

marca registrada do filme e em Deixa Ela Entrar o que levamos em conta foi o

cenário branco coberto de neve, onde várias cenas foram gravadas. A iluminação e

os ângulos de cada cena também foram observados. Tivemos um cuidado especial

na hora da produção. Procuramos criar objetos e figurino o mais semelhante

44

possível da cena original para compor nossas imagens.

A utilização de cartazes como forma de apresentação foi escolhida pelo fato

de que eles fazer parte no mundo cinematográfico desde os primórdios, pois são os

cartazes que nos dão uma primeira impressão em relação ao filme que vai ser

assistido.

A metodologia usada neste trabalho foi de grande importância para darmos

vida ao nosso projeto, pois foi através das noções de como fazer uma pesquisa em

arte e aprendendo um pouco mais sobre processos de criação, que conseguimos

concretizar nossos ideais.

Decidir pela produção fotográfica nos mostrou todas as dificuldades que

envolvem um trabalho de criação. Ao longo do semestre estabelecemos prazos e o

nosso cronograma precisou ser seguido com critério, pois tínhamos a sensação o

tempo todo, que não seria possível produzir todas as imagens que tínhamos

planejado.

Também ao longo da produção fotográfica nos deparamos com várias

situações, como por exemplo, quando tivemos que repetir a fotografia do filme

Drácula por três vezes, pois por falta de uma visualização em uma tela maior, não

observamos que as imagens não tinham ficado com a nitidez que gostaríamos.

Outra situação foi quando a janela da produção de Nosferatu não nos agradou

esteticamente, por isso decidimos pela construção de uma janela com

características semelhantes às do filme.

Também podemos perceber o quanto foi importante a colaboração das

pessoas envolvidas nesse trabalho, pois sem a importante ajuda da nossa

orientadora, das pessoas que participaram das cenas, da pessoa que fez alguns

figurinos, de quem construiu os cenários e de outros que de alguma forma

colaboraram, este projeto não teria sido possível.

Pretendemos, já sem a pressão que um trabalho de conclusão de curso nos

dá, continuar produzindo e ampliar o nosso projeto para uma futura exposição

chegando a quantia de quinze cartazes. Os futuros filmes a terem uma cena

fotografada são: O Vampiro da Noite de 1958; Vampyros Lesbos de 1971; Amor à

primeira Mordida de 1979; Os garotos Perdidos de 1987; Inocente Mordida de 1992;

A sombra do Vampiro de 2000; Sombras da Noite de 2010 e Drácula - a história

nunca contada de 2014.

Horripilantes ou não, seres de maldade extrema ou quase angelicais, os

45

vampiros há muitos anos despertam sentimentos que, para nós humanos, se

misturam horror e fascínio. E cada nova aparição nas telas dos cinemas ou em

séries de televisão, representa a vontade de querer saber cada vez mais de suas

“vidas”.

46

REFERÊNCIAS

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49

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APÊNDICE

1. NOSFERATU (1922) – Nosferatu, Eine Synphonie Des Grauens

País - Alemanha

Cartaz do filme Elenco

Max Schreck: Conde Orlock/

Nosferatu

Greta Schroeder: Ellen

Gustav von Wangenheim:

Hutter

Alexander Granach: Knock

Direção de Fotografia:

Günther Krampf e Fritz Arno

Wagner

Roteiro: Henrik Galeen

(baseado no livro de Bram

Stoker)

Produção: Enrico Dieckmann e

Albin Grau

Direção:

F.W. Murnau

http://www.pinterest.com/pin/495184921499595882/nosferatu

Sinopse

Nosferatu conta a história de um agente imobiliário chamado Hutter, que é

mandado aos Montes Cárpatos para encontrar-se com um tal Conde. Esse que

deseja vender seu castelo e mudar para Bremen, na Alemanha, em busca de poder,

já que esse tal conde se trata de um vampiro milenar com uma aparência

assustadora.

51

2. DRÁCULA (1931) – Dracula

País – Estados Unidos

Cartaz do filme Elenco

Bela Lugose:

Conde Dracula

Helen Chandler:

Mina Harker

David Manners:

Jonh Harker

Direção de Fotografia:

Karl Freund

Roteiro:

Garret Ford – Bram Stoker

Produção:

Tod Browning e Carl Laemmle

Jr.

Direção:

Tod Browning

http://www.draculauntold.net/the-evolution-of-dracula-film/

Sinopse:

Drácula é um filme de 1931, produzido pela Universal Pictures, onde conta a

história de um conde vindo dos Montes Cárpatus, que aterroriza Londres por trazer

consigo uma maldição, onde precisa beber sangue humano para sobreviver. Uma de

suas vítimas é filha de um cientista chamado Van Helsing, que é especialista em

vampiros e capaz de acabar com sua onda de horror.

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3. A DANÇA DOS VAMPIROS (1967) – The Fearless Vampire Killers

País – Inglaterra

Cartaz do filme Elenco

Jack Mac Gowran:

Professor Abronsius

Roman Polanski:

Alfred

Sharon Tate:

Sarah Shagal

Alfie Bass:

Yoineh Shagal

Ferdy Mayne:

Conde von Krolock

Direção de

Fotografia:

Douglas Slocombe

Roteiro:

Gérard Branch e

Roman Polanski

Produção:

Gene Gutowiski

Direção: Roman

Polansk

http://sandrothompsons.blogspot.com.br/2009/03/danca-dos-vampiros-1967_30.html

Sinopse:

O filme é ambientado na Transilvânia, onde um professor especialista em vampiros e

seu discípulo covarde, vão em busca dessas criaturas com a finalidade de aprender

mais sobre elas e se possível combatê-las.

53

4. FOME DE VIVER (1983) – The Hunger

País - Estados Unidos

Cartaz do filme Elenco

Chatherin Deneuve:

Miriam Blaylock

David Bowie:

John Blaylock

Susan Sarandon:

Sarah Roberts

Cliff De Young:

Tom Haver

Direção de

Fotografia:

Stephen Goldblatt

Roteiro:

James Costigan, Ivan

Davis e Michael

Thomas

Produção:

Richard Shepherd

Direção:

Tony Scott

http://www.ditopelomaldito.com/2014/02/fome-de-viver.html

Sinopse:

Miriam é uma vampira que graças ao sangue de seus amantes consegue se manter

viva e bela, em troca lhes dá a juventude eterna. Com John, seu companheiro atual,

isso não acontece, ao contrário, John está envelhecendo muito rápido e com isso

pede ajuda a uma médica que acaba tendo sua vida transformada por essas

pessoas.

54

5. DRÁCULA DE BRAM STOKER (1992) – Bram Stoker’s Dracula

País - Estados Unidos

Cartaz do filme Elenco

Gary Oldman:

Vlad Tepes

Winona Ryder:

Elizabetha / Mina

Harker

Keanu Reeves:

Jonathan Harker

Anthony Hopkins:

Professor Abraham

Van Helsing

Direção de

Fotografia:

Andrew Precht

Roteiro:

James V. Hart

Bram Stoker (autor da

obra original)

Produção:

Fred Funchs

http://pt.wikipedia.org/wiki/Dr%C3%A1cula_de_Bram_Stoker

Direção: Francis Ford

Coppola

Sinopse:

No século XV, um líder romeno chamado Vlad Tepes renega a Deus e a Igreja

quando esta se recusa a enterrar a mulher que amava, condenada ao inferno, pois

ela se matou acreditando que ele estava morto. Vlad jurando só beber sangue,

segue através dos séculos como um morto-vivo.

Quatro séculos depois encontra uma mulher e acredita que ela seja a reencarnação

de sua amada.

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6. ENTREVISTA COM O VAMPIRO (1994) – Interview With the Vampire

País - Estados Unidos

Cartaz do filme Elenco

Tom Cruise:

Lestat de Lioncourt

Brad Pitt:

Louis de Pointe Du Lac

Kirsten Dunst:

Claudia

Cristian Slater:

Daniel

Direção de

Fotografia:

Philippe Rousselot

Roteiro:

Anne Rice

Produção:

David Geff e

Stephen

Wooley

Direção:

Neil Jordan

http://tocadoscinefilos.net.br/entrevista-com-o-vampiro-1994/

Sinopse:

Nos anos de 1990, em São Francisco um vampiro é entrevistado por um jornalista,

contando sobre sua vida nos últimos 200 anos e como um vampiro o ajudou depois

de perder a mulher durante o parto, a ter uma nova forma de viver.

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7. DEIXA ELA ENTRAR (2008) – Let The Right One In

PAÍS: Suécia

Cartaz do filme Elenco

Kare Hedebrandt:

Oskar

Lina Leandersson:

Eli

Per Ragnar:

Rakan

Henrik Dahl:

Erik

Direção de

Fotografia:

Hoyte van Hoy Tema

Roteiro:

John Ajvide LindqvistJ

Produção:

Frida Asp

Direção:

Tomas Alfredson

http://www.assistirnovelaonline.com.br/2014/03/deixa-ela-entrar/

Sinopse:

Deixa Ela Entrar é uma história ambientada no subúrbio de Estocolmo, em 1982.

Oskar é um menino de 12 anos, que sonha vingar-se dos colegas que vivem o

atormentando na escola. Ele conhece Eli, uma linda garota que aparenta ser uma

vampira, pois necessita beber sangue para continuar viva.

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ANEXOS

ANEXO A – IMAGEM DA PRODUÇÃO FOTOGRÁFICA DO FILME NOSFERATU.

Diagramação final que foi transformada em cartaz e postal.

58

ANEXO B – IMAGEM DA PRODUÇÃO FOTOGRÁFICA DO FILME DRÁCULA.

Diagramação final que foi transformada em cartaz e postal.

59

ANEXO C – IMAGEM DA PRODUÇÃO FOTOGRÁFICA DO FILME A DANÇA DOS

VAMPIROS.

Diagramação final que foi transformada em cartaz e postal.

60

ANEXO D – IMAGEM DA PRODUÇÃO FOTOGRÁFICA DO FILME FOME DE

VIVER.

Diagramação final que foi transformada em cartaz e postal.

61

ANEXO E – IMAGEM DA PRODUÇÃO FOTOGRÁFICA DO FILME DRÁCULA DE

BRAM STOKER.

Diagramação final que foi transformada em cartaz e postal.

62

ANEXO F – IMAGEM DA PRODUÇÃO FOTOGRÁFICA DO FILME ENTREVISTA

COM O VAMPIRO.

Diagramação final que foi transformada em cartaz e postal.

63

ANEXO G – IMAGEM DA PRODUÇÃO FOTOGRÁFICA DO FILME DEIXA ELA

ENTRAR.

Diagramação final que foi transformada em cartaz e postal.