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UNIVERSIDADE DE LISBOA Faculdade de Ciências Departamento de Informática ENGENHEIRA DA QUALIDADE projecto realizado na Critical Software, S.A. por Inês de Sousa Ferreira Dias Versão Pública Mestrado em Engenharia Informática 2007

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UNIVERSIDADE DE LISBOA

Faculdade de Ciências

Departamento de Informática

ENGENHEIRA DA QUALIDADE

projecto realizado na

Critical Software, S.A.

por

Inês de Sousa Ferreira Dias

Versão Pública

Mestrado em Engenharia Informática

2007

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UNIVERSIDADE DE LISBOA

Faculdade de Ciências

Departamento de Informática

ENGENHEIRA DA QUALIDADE

projecto realizado na

Critical Software, S.A.

por

Inês de Sousa Ferreira Dias

Projecto orientado pelo Prof. Dr. Luís Moniz

e co-orientado por Engenheiro José Gonçalo Silva

Mestrado em Engenharia Informática

2007

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DECLARAÇÃO Inês de Sousa Ferreira Dias, aluno nº 28781 da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa,

declara ceder os seus direitos de cópia sobre o seu Relatório de Projecto em Engenharia Informática,

intitulado “Engenheiro da Qualidade”, realizado no ano lectivo de 2006/2007 à Faculdade de Ciências da

Universidade de Lisboa para o efeito de arquivo e consulta nas suas bibliotecas e publicação do mesmo

em formato electrónico na Internet.

FCUL, 31 de Maio de 2007

_________________________________________

José Gonçalo Silva, supervisor do projecto de Inês de Sousa Ferreira Dias, aluna da Faculdade de

Ciências da Universidade de Lisboa, declara concordar com a divulgação do Relatório do Projecto em

Engenharia Informática, intitulado “Engenheiro da Qualidade”.

Coimbra, 31 de Maio de 2007

_________________________________________

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AGRADECIMENTOS Agradeço à minha família por me terem dado o apoio necessário para tomar a decisão de

seguir o estágio relativo à carreira que quero seguir. Agradeço a todos os meus amigos

pela paciência da minha ausência e aos novos amigos pela partilha e o conforto.

Agradeço ao meu orientador José Gonçalo Silva pelas críticas construtivas transmitidas

que permitiram que o meu trabalho ao longo do estágio tomasse um maior rigor e

pragmatismo, para além das partilhas pessoais como amigo. Por fim, não poderia deixar de

referir a equipa do Departamento de Qualidade pela motivação e disponibilidade que

demonstraram ao longo do meu trabalho.

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“All things are difficult before they are easy”

Thomas Fuller

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RESUMO O insucesso de uma missão espacial significa uma perda considerável a muitos níveis. Para

além da questão monetária, num satélite, a maioria das consequências são críticas pois leva a

perda do mesmo e por conseguinte da missão, e no caso de missões tripuladas, as

consequências podem ser catastróficas com a perda de vidas. Por conseguinte, é fundamental

que o veículo espacial seja testado e validado no seu todo de forma a minimizar as hipóteses de

fracasso. Neste contexto foi realizado um documento designado por Software Development

Validation and Verification Plan, no âmbito do projecto dos futuros lançadores (da EADS Astrium)

onde é descrito detalhadamente o plano de desenvolvimento de software e um plano de

verificação referente à componente de voo do lançador, com objectivo de assegurar que o que

está a ser desenvolvido satisfaz os requisitos definidos.

O conceito de qualidade sempre foi um conceito estratégico desde a fundação da empresa

Critical Software, tendo sido uma vantagem competitiva de peso. O Departamento de Qualidade

tem como objectivo principal garantir a entrega dos projectos dentro do orçamento, prazo

acordado e finalmente, de acordo com os requisitos aprovados pelo cliente. A qualidade do

software é conseguido através da implementação de práticas de gestão de projecto,

coordenação e controlo convergindo num Sistema de Gestão de Qualidade (Quality

Management System) que segue as normas internacionais ISO 9001:2000 e ISO 15504 (SPiCE.

A tarefa de um Engenheiro de Software Quality Assurance (SQA) consiste em verificar se essas

práticas estão a ser seguidas e orientar os colaboradores nessas tarefas, a fim de garantir a

qualidade final do resultado e eventualmente melhorar os processos existentes.

PALAVRAS-CHAVE:

Plano de desenvolvimento, verificação e validação de software; Projecto Futuros Lançadores;

Qualidade; Engenheiro de Qualidade (SQA); Sistema de Gestão de Qualidade (SGQ).

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ABSTRACT The lack of success of a space mission means a considerable loss on many levels. Asides from

the monetary issues, most of the consequences are considered to be critical, not only due the

loss of the satellite and its consequent mission, but in the case of a crewed mission, the

consequences may be catastrophic, leading to the loss of lives. Therefore, it is fundamental that

the space vehicle be tested and validated as a whole, in order to minimise chances of failure. In

this context, a document named Software Development Validation and Verification Plan was

produced in the scope of the future launchers project (EADS Astrium) where the software

development plan and verification plan are described in greater detail, regarding the flight launch

component, with the objective to assure that what is being developed satisfies the defined

requirements.

The quality concept has always been considered a strategic concept since Critical Software’s

foundation, being a main competitive advantage. The Quality Department’s main objective is to

guarantee project delivery, on budget, on time and finally, according to client approved

requirements. The quality of software is obtained through the implementation of project

management practices, coordination and control, converging into a Quality Management System

which follows the international ISO 9001:2000 and ISO 15504 (SPiCE) standards. Software

Quality Assurance Engineer (SQA) tasks consist in verifying if these practices are being followed

and to coordinate the workers in these tasks, in order to guarantee the end result’s quality and

eventually improve existing processes.

KEYWORDS:

Software Development Verification and Validation Plan; Future Launchers Project; Software

Quality; Software Quality Assurance (SQA); Quality Management System (QMS).

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CONTEÚDO

1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................................................................14

1.1 MOTIVAÇÃO .................................................................................................................................................14 1.2 OBJECTIVO...................................................................................................................................................14 1.3 ORGANIZAÇÃO DO DOCUMENTO.................................................................................................................15

2. APRESENTAÇÃO ...............................................................................................................................................17

2.1 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA.....................................................................................................................17 2.1.1 Missão.....................................................................................................................................................17 2.1.2 Áreas de competência ............................................................................................................................17 2.1.3 Sistema de Gestão da Qualidade...........................................................................................................18

2.2 APRESENTAÇÃO DO PROJECTO....................................................................................................................21 2.3 APRESENTAÇÃO DAS EQUIPAS DE TRABALHO.............................................................................................21

3. METODOLOGIA E CALENDARIZAÇÃO ....................... ............................................................................23

3.1 METODOLOGIA.............................................................................................................................................23 3.1.1 Plano de Software dos Futuros Lançadores.........................................................................................23 3.1.2 Departamento da Qualidade.................................................................................................................24

3.2 ACTIVIDADES DESEMPENHADAS.................................................................................................................24

4. ANÁLISE DO PROBLEMA...............................................................................................................................29

4.1 TAREFAS DO PROJECTO FLPP2....................................................................................................................29 4.2 TAREFAS DE QUALIDADE ............................................................................................................................30

5. CONCRETIZAÇÃO ............................................................................................................................................31

5.1 PLANO DE DESENVOLVIMENTO VERIFICAÇÃO E VALIDAÇÃO DE SOFTWARE............................................31 5.2 TAREFAS DO DEPARTAMENTO DA QUALIDADE ..........................................................................................34 5.3 FERRAMENTAS UTILIZADAS.........................................................................................................................36

6. CONCLUSÕES .....................................................................................................................................................37

6.1 TRABALHO FUTURO.....................................................................................................................................37 6.2 CONCLUSÃO.................................................................................................................................................37

ACRÓNIMOS ................................................................................................................................................................40

DEFINIÇÕES.................................................................................................................................................................42

LISTA DE FIGURAS....................................................................................................................................................43

LISTA DE TABELAS...................................................................................................................................................43

ÍNDICE REMISSIVO...................................................................................................................................................43

REFERÊNCIAS.............................................................................................................................................................44

ANEXOS..........................................................................................................................................................................45

A.1. PLANO DE GESTÃO DE CONFIGURAÇÃO DO XCEPTIONTM ...................................................................................45

A.2. PLANO DE SUPORTE DO XCEPTIONTM ..................................................................................................................45

A.3. PLANO DE GESTÃO DE PROJECTO DO XCEPTIONTM .............................................................................................45

A.4. ACTA DE REUNIÃO DE ESTÁGIO............................................................................................................................45 A.5. CONCEITOS GNC..................................................................................................................................................45 A.6. PLANO DE DESENVOLVIMENTO, VALIDAÇÃO E VERIFICAÇÃO DE SOFTWARE DO FLPP2 ................................45 A.7. SQA LOG BOOK ...................................................................................................................................................45 A.8. SQA GUIDE BOOK................................................................................................................................................45

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1. Introdução

Após um período de aquisição de conhecimento é de esperar que um recém-licenciado tenha o

potencial e o conhecimento para assegurar as suas funções com responsabilidade no mundo de

trabalho tendo que para isso ser integrado em projectos reais. O Curso de Especialização

Profissional em Engenharia Informática (CEPEI) é um curso de pós-graduação de cariz

profissionalizante do Departamento de Informática da FCUL com o objectivo de integrar os

alunos numa instituição de acolhimento, tipicamente externa, pública ou privada [2]. Nesse

âmbito, surgiu a possibilidade deste estágio nomeado “Engenheiro da Qualidade” na empresa

Critical Software S.A. nas instalações em Coimbra [6].

1.1 Motivação

A motivação da escolha de efectuar o estágio está relacionada com dois factores principais: a

oportunidade profissionalizante e o âmbito do estágio.

O primeiro factor está relacionado com a forma como se processa o começo do estágio, sendo

de alguma forma simplificado o seu início e com ele um começo de carreira no mundo real de

trabalho.

O segundo factor, e mais significativo, está relacionado com o âmbito do estágio em causa, neste

caso Engenheira da Qualidade. A cadeira de 4ºano (opcional) da área de Sistemas de

Informação, designada Processos de Qualidade de Sistemas Informáticos, abriu o meu horizonte

como Licenciada em Informática na forma como se desenvolve software. A referida cadeira tem

como objectivo desenvolver capacidades de análise, de desenho, optimização e reutilização não

só de processos de desenvolvimento de software mas de todos os restantes processos que lhe

estão associados. De uma forma geral, apresenta noções do conceito qualidade, os objectivos e

princípios associados à gestão de qualidade e apresentação de algumas normas de certificação

(ISO 9001, CMMi, ISO/IEC 15504, IEEE/EIA 12207) [10].

Desta forma, a referida cadeira conseguiu numa vertente teórica cativar o meu interesse sobre o

conceito qualidade e também sobre outros aspectos, por exemplo, como é feita uma certificação

e por conseguinte a definição dos processos, a sua implementação, gestão e monitorização

numa empresa real.

1.2 Objectivo

O objectivo do estágio de Engenheira da Qualidade é proporcionar o desenvolvimento de

competências na área da qualidade através do estudo e o aprofundamento do Sistema de

Gestão da Qualidade (SGQ) da Critical Software. O conhecimento do referido sistema é

conseguido através do desenvolvimento de actividades de acompanhamento a projectos que se

encontram em curso, a fim de assegurar o seu cumprimento [6].

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O estágio está inserido na estratégia de consolidação da secção de Garantia de Qualidade,

integrada na área da Confiabilidade, responsável pela prestação de serviços na área da

qualidade a clientes externos. Esta secção tem como objectivo a implementação de Sistemas de

Gestão de Qualidade, a auditoria a projectos, avaliação de processos e a respectiva

apresentação de melhoria assim como a obtenção de certificados de qualidade.

A participação do estagiário estende-se também ao Departamento de Qualidade onde surgiu a

oportunidade de aprofundar conhecimentos na mesma área e desenvolver competências

relevantes.

Os objectivos genéricos do corrente estágio são [6]:

• Adquirir know-how em normas internacionais de qualidade, nomeadamente:

ISO 9001:200, ISO 15504, ISO 12207 e CMMI;

• Acompanhar projectos em curso, acompanhar auditorias e avaliação de

processos a fim de assegurar o cumprimento do Sistema de Gestão da

Qualidade;

• Participar na manutenção e evolução do SGQ;

• Participar num projecto concreto da secção de Garantia de Qualidade (clientes

externos).

1.3 Resultados do Estágio

Numa primeira fase, de forma a garantir o seguimento assertivo dos processos internos para o

produto/projecto da empresa XcpetionTM, foram criados três documentos, estando a sua

elaboração directamente relacionado com a fase de integração e aprendizagem do Sistema de

Gestão de Qualidade da empresa. A tarefa principal do estágio esteve relacionada com o

estudo/elaboração do Plano de Software do FLPP2. Por fim, e relacionado com as tarefas de

SQA no Departamento da Qualidade surge a oportunidade da elaboração de um guia do SQA,

onde é explicado todo o procedimento deste mesmo papel.

Como resultado do estágio, os seguintes documentos foram produzidos:

Nome do Documento

Plano de Gestão de Configurações do XcpetionTM

Plano de Suporte do XceptionTM (template)

Plano de Gestão de Projecto do XcpetionTM (template)

Plano de Desenvolvimento, Validação e Verificação de Software do FLPP2

SQA Guide Book

Tabela 1 – Documentos produzidos no âmbito do estágio

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1.4 Organização do documento

O documento está organizado nas seguintes partes: no ponto 1 é efectuada uma introdução ao

âmbito do estágio assim como a motivação e o objectivo do estágio; no ponto 2 a apresenta-se

empresa de acolhimento; no ponto 3 é apresentada a metodologia de trabalho e a calendarização

do estágio; no ponto 4 é efectuada uma análise do problema, ponto de partida para a realização

do estágio; no ponto 5 é apresentada como foi efectuada a concretização do trabalho e no ponto

6, apresentam-se as conclusões. Por último, é apresentada a lista de acrónimos, definições,

figuras e tabelas, assim como, o índice remissivo e a bibliografia. A secção de Anexos é

apresentada os documentos utilizados e realizados no âmbito do estágio (confidenciais).

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2. Apresentação

Esta secção tem como objectivo a apresentação da empresa de acolhimento e as suas diferentes

competências finalizando com a apresentação com o papel da qualidade na empresa.

2.1 Apresentação da empresa

2.1.1 Missão

A missão da Critical Software é fornecer soluções, serviços e tecnologias fiáveis e inovadoras,

para sistemas de informação críticos em empresas e organizações de diversos sectores,

respondendo às necessidades de clientes de diversos mercados designadamente,

telecomunicações, sector público, indústria, sector aeroespacial e defesa. Presta também

serviços de consultoria e auditoria na área da Tecnologia de Informação. A empresa foi fundada

em 1998 e emprega cerca de 300 pessoas, em escritórios localizados em Coimbra, Lisboa,

Porto, San Jose na Califórnia e Southampton no Reino Unido [4]

O sucesso da CSW reside na utilização de níveis elevados de qualidade e inovação tecnológica

como agentes na introdução de vantagens competitivas nos sistemas de informação e no

negócio dos clientes e parceiros. O resultado prático é um portofólio sólido de soluções de

elevada qualidade e conteúdo inovador, desenvolvidas dentro dos prazos e orçamentos com

nível crescente de parcerias estratégicas com clientes de grande dimensão a nível nacional e

internacional.

2.1.2 Áreas de competência

As áreas de competência permitem à empresa responder com flexibilidade aos desafios mais

complexos dos clientes e parceiros. A empresa está dividida de uma forma estratégica em seis

áreas de competência [4]:

• Enterprise Application Integration & Databases (EAI&DB);

• Redes e Comunicações;

• Sistema de Informação Fabris;

• Confiabilidade;

• Software de Ground Segment;

• Computação de Alto Desempenho ou HPC.

A área de EAI&DB lida com problemas complexos de integração e desenvolvimento de

aplicações, aplicações em camadas múltiplas, aplicações orientadas à internet, desenho e

optimização de bases de dados, data warehouse, data mining e soluções de integração shop-

flor utilizando para o efeito tecnologias abertas, recorrendo a boas práticas recomendadas pelas

normas internacionais e investigando o estado de arte.

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A área de Redes e Comunicações centra-se no planeamento, desenho e desenvolvimento de

soluções de comunicação. A comunicação eficiente é um ponto essencial nas organizações,

sendo os sistemas de informação e as redes cada vez mais, tratados de uma forma integrada.

Deste modo, existe uma grande necessidade de integração e mediação de sistemas,

complementada pela necessidade de gerir, integrar e interligar múltiplos elementos da rede,

protocolos e sistemas.

A área de Sistemas de Informação Fabris centra-se nos requisitos dos sistemas de informação

de processos industriais e da sua integração com as linhas de produção. Os engenheiros desta

área configuram soluções que respondem aos requisitos específicos dos diferentes processos

industriais, desenvolvendo soluções numa plataforma comum, com componentes pré-

desenvolvidos, validados e módulos testados.

A área de Confiabilidade centra-se na preocupação crescente sobre os aspectos de

confiabilidade de sistemas de software e computadores. Actualmente, esta é uma questão vital

devido à crescente importância do software na vida quotidiana e ao seu papel de controlo de

processos e aplicações empresariais e críticas. Esta área abrange competências em técnicas

de RAMS (Reliability, Availability, Maintainability and Safety), FDIR (Fault Detection, Isolation

and Recovery) e ISVV (Independent Software Verification and Validation). Em particular, como

fornecedora de ISVV, a empresa faz verificação de software e serviços de validação para vários

mercados como o aeroespacial, automóvel, defesa, saúde, telecomunicações e finanças. A sua

posição independente permite à CSW ter um estatuto único neste mercado.

A área de Software de Ground Segment fornece soluções para o sector das comunicações e

User Segment, sobretudo para o sector espacial, aeronáutico e defesa.

A área de Computação de Alto Desempenho dedica-se à resolução de problemas de

desempenho dos Sistemas de Informação de empresas e organizações. Nos serviços estão

incluídos a optimização, afinação e parameterização de processos, desenvolvimento de

aplicações paralelas e paralelização de código. Os problemas solucionados abrangem o

controlo de grandes volumes de dados, processos de escala (mais dados, mesmo tempo),

aceleração de processos (mesmos dados, menos tempo) e a implementação de processos

complexos e algoritmos.

2.1.3 Sistema de Gestão da Qualidade

A aposta da Critical Software na qualidade de software foi uma decisão de grande importância e

de carácter estratégico tendo em conta a sua competência chave: desenvolvimento de

soluções de alta segurança, fiabilidade, disponibilidade e desempenho de sistemas críticos

permitindo a competitividade com outras empresas de grande importância. A prova dessa

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aposta, está patente no facto de no primeiro ano de existência, ter conseguido que a Agência

Aeronáutica e Espacial (NASA - National Aeronautics Space Agency) dos Estados Unidos da

América se tornasse seu cliente.

Desde cedo, existiu a preocupação em garantir a implementação de regras básicas,

procedimentos e ferramentas que por um lado, tinham como objectivo garantir a consistência

nas tarefas, e por outro, o cumprimento de normas exigidas pelo sector aeroespacial, como por

exemplo, as normas da Comunidade Europeia para a Normalização Aeroespacial (ECSS) e as

recomendações do Laboratório de Engenharia de Software da Agência Aeronáutica e Espacial

Nacional (NASA-SEL National Aeronautics Space Agency – Software Engineering Laboratory).

Numa primeira fase, o número reduzido de colaboradores, de projectos e a proximidade entre

as pessoas não exigia um Sistema de Gestão de Qualidade (SGQ) com mais do que alguns

processos de gestão e implementação. Porém, o crescimento da empresa (a nível de projectos

e consequentemente de pessoal) obrigava a adaptação do SGQ às crescentes exigências da

Critical [7].

Em Janeiro de 2000, Portugal aderiu à Agência Espacial Europeia (ESA – European Space

Agency) e na mesma altura a ESA estava a seleccionar empresas europeias para testar o

modelo experimental de avaliação de processos orientada à indústria aeroespacial “Spice for

Space” (S4S). O modelo S4S é totalmente compatível com a norma ISO 15504, também

conhecida por “Processos de Melhoria de Software e Determinação da Capacidade” (SPiCE).

Visto que a Critical possuía fortes competência no sector aeroespacial, ganhou a candidatura à

avaliação do S4S tendo dado início a um processo de melhoria dos processos. Em Maio de

2003, a Critical atingiu o nível 3 (numa escala de 0 a 5) de maturidade de acordo com os

critérios de avaliação ISO 15504.

Segundo o manual de qualidade da Critical, as práticas rigorosas de gestão, coordenação e

controlo de projectos e processos de engenharia do SGQ baseiam-se nas seguintes normas de

qualidade internacionalmente conhecidas [7]:

• ECSS: normas europeias, definidas pela ESA, para o desenvolvimento de projectos no

sector aeroespacial;

• ISO 9001:2000: normas internacionais para a garantia de qualidade em produtos e

serviços;

• TickIT: interpretação da norma ISO 9001:2000 especialmente vocacionada para o

desenvolvimento de software;

• ISO 12207: normas internacionais para processos de ciclos de vida no

desenvolvimento de software;

• ISO 15504: normas internacionais para a avaliação da maturidade e capacidade de

processos;

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A certificação é um aspecto fulcral na projecção da empresa e na possibilidade de novos

projectos em variadas áreas.

A empresa CSW opera com base num sistema de qualidade certificado que segue a norma

ISO 9001:2000 segundo o referencial TickIT (British Standard Institute), sendo actualmente a

única empresa Ibérica certificada.

Em 2005, realizou a certificação na área da defesa através do AQAP 150 e AQAP 2100

(certificação da NATO) com o objectivo de satisfazer os requisitos contratuais para qualquer

cliente desta área.

Em 2006, consegue a certificação nível 3 do CMMI, equivalente à ISO 15504 (SPiCE); esta

certificação fornece um guia sobre como tirar benefício através do controlo dos processos

existentes da empresa. A certificação CMMI está a tornar-se uma referência mundialmente

reconhecida como uma medida do desempenho de desenvolvimento de software e das

empresas de engenharia, principalmente nos mercados americanos e asiáticos aumentando

assim as possibilidades de negócio da empresa.

Para além das certificações referidas, consegue também a certificação EN9100 e EN9006. A

certificação EN9100 é uma certificação da área aeroespacial com objectivo do aperfeiçoamento

na qualidade e a viabilidade do sistema de qualidade de requisitos para a indústria

aeroespacial. A certificação EN9006 tem como objectivo a unificação de requisitos para

fornecedores de software. As certificações são uma extensão da ISO 9001 como o objectivo de

melhorar o sistema de qualidade da empresa.

Figura 1 – Mapa de certificações da empresa [3]

A Qualidade representa assim um importante factor distintivo e uma vantagem competitiva para

a empresa, num mercado que é extremamente concorrente. As vantagens para os clientes

traduzem-se na condução de projectos dentro dos prazos e orçamentos, elevada qualidade das

soluções entregues e redução de custos.

Os processos de qualidade na CSW incluem a organização e gestão, em que a engenharia e

suporte são adaptados às necessidades específicas de cada cliente e projecto. Esta flexibilidade

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permite à empresa dar uma resposta adequada a projectos de natureza e níveis de criticalidade

distintas.

O processo de melhoria do SGQ é contínuo e definido com base nos comentários e níveis de

satisfação dos seus clientes, com a colaboração directa do retorno da utilização pelas várias

áreas de engenharia da empresa e por fim, de acordo com normas e práticas internacionais de

engenharia de software.

2.2 Apresentação do projecto

O estágio assenta em duas áreas distintivas da empresa: Confiabilidade e no Departamento de

Qualidade.

Na área da Confiabilidade, relacionada com tarefas de validação e verificação para clientes

externos, surge a oportunidade de participar na especificação de um plano de software

Verificação & Validação no âmbito do projecto dos Futuros Lançadores da ESA (FLPP2) tendo

como base os standards (nomeadamente, ECSS E-40 e ECSS E-80) criados pela mesma

entidade. Desta forma, é necessário saber aplicar o rigor dos standards tendo em conta os

objectivos do plano a realizar e do seu objectivo final conseguindo por fim uma solução objectiva

e criativa.

A contribuição do presente estágio na área da Qualidade é conseguida através do papel de

Software Quality Assurance que tem como objectivo a monitorização dos projectos através de

métodos que permitem a avaliação da conformidade dos mesmos com o SGQ assim como a

identificação de problemas (não conformidades) e melhorias. Desta forma, é necessário

desenvolver competências a nível da comunicação e conhecimento do SGQ de forma a

depreender se o projecto está em concordância com os processos internos.

2.3 Apresentação das equipas de trabalho

O orientador de estágio por parte do Departamento de Informática da Faculdade de Ciências da

Universidade de Lisboa é o Professor Luís Moniz e o supervisor por parte da Critical Software

S.A. é o Engenheiro José Gonçalo Silva.

O trabalho desenvolvido desenrola-se em duas áreas distintas da empresa. A primeira equipa,

relativa ao projecto FLPP2, é constituída por três elementos: Paulo Fernandes (Gestor de

Projecto), Paulo Sacramento (Engenheiro de Projecto) e Nuno Silva (Engenheiro Técnico de

Projecto). O cliente final do projecto FLPP2 é a ESA que contratou a EADS Astrium que por sua

vez contratou a Critical Software S.A.. A segunda equipa, relativa a equipa do Departamento de

Qualidade, é constituída por cinco elementos: Carla Nogueira (Responsável pelo o Departamento

da Qualidade), Filipe Fonseca (Responsável pelo os SQAs), Susana Boavida (Suporte), Braselina

Sousa (Suporte; Melhorias dos processos) e Ricardo Jesus (Responsável pelas Auditorias

internas e externas).

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Adicionalmente, o papel de SQA permitiu uma interacção com diferentes projectos e equipas

(nomeadamente Gestores de Projecto) acelerando o aprofundamento das competências devido a

uma maior diversidade de problemáticas.

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3. Metodologia e Calendarização

Nesta secção é apresentada a metodologia de trabalho seguida em ambas as áreas que

assentam o âmbito do estágio.

3.1 Metodologia

3.1.1 Plano de Software dos Futuros Lançadores

A elaboração do documento designado Software Development Verification and Validation Plan

(SDVVP) tem como objectivo a especificação de um plano de desenvolvimento para além da

componente de verificação e validação do mesmo tendo em conta os contexto e o seu

objectivo.

Esta tarefa foi iniciada com a leitura de vários de documentos que serviram como base da

elaboração do documentos, nomeadamente standards, sendo eles [16]:

• “Technical Proposal FLPP Period 1 Phase 2”, 2006, Critical Software;

• “Quality Management Process” Critical Software S.A., 2006;

• “Software Development Process”, Critical Software S.A., 2006;

• “Software Design”, Critical Software, 2006;

• “Reuse Process”, Critical Software, 2006;

• “Verification Process”, Critical Software, 2006;

• “Design Process”, Critical Software, 2006;

• “Galileo Software Standard”, 2004, Gain Industries;

• “Project Life Cycle”, Critical Software, 2005;

• ECSS Standards (ECSS-Q-80b e ECSS-E-40b);

• “Software Engineering Body of Knowledge”, Alain Abran & James W.Moore,

2004.

O ponto de partida para a elaboração da tabela de conteúdos foi o Galileo Software Standard

(GSWS), que apesar de ter sido criado no âmbito do projecto Galileo (GPS Europeu) fornece

informação que pode ser aplicada noutros contextos diferentes. Para além deste factor, o

GSWS foi criado com base nos ECSS que vai ao encontro do requisito explicitado na proposta

técnica para o cliente EADS Astrium que obriga a que o referido plano de software seja

elaborado com base nos mesmos.

Após a revisão e aprovação da tabela de conteúdos pela equipa, deu-se início à fase de

elaboração dos conteúdos do documento. Esta fase foi iniciada num momento em que o

contexto em que o plano de desenvolvimento de software assentava não era claro visto que,

por factores externos, a Reunião de Inicio do Projecto ainda não se tinha realizado. Desta

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24

forma, o preenchimento dos conteúdos do documento foi feito com uma postura abrangente

para que o impacto das alterações fosse minimizado.

Esta fase foi finalizada com uma revisão do documento, de forma a detectar incoerências ou

erros nos conteúdos como um todo, passando para uma versão estável mas não aprovada.

Em meados de Abril, a reunião de início de projecto foi realizado com o cliente EADS Astrium,

na Alemanha, onde foram esclarecidas algumas questões pertinentes para a realização do

plano. Nesta altura, o cliente identificou o objectivo do plano de desenvolvimento de software,

assim como problemas de gestão identificados em projectos passados. Assim, era possível

nesse momento do estágio, perceber com mais clareza para quem, para quê e como o plano

de software deveria ser direccionado.

Por fim, o plano foi convenientemente reformulado de forma a ser aplicável à realidade

apresentada não descuidando os problemas identificados pelo o cliente. Esse plano foi

submetido a revisão formal pela equipa enviado por fim, ao cliente para aprovação.

3.1.2 Departamento da Qualidade

Para que o referido SGQ seja seguido pelos os elementos da empresa, surge a criação de uma

responsabilidade designada por SQA que tem o papel de orientar a implementação do dito

sistema. Assim, o acompanhamento dos projectos é feita através de reuniões de progresso,

auditorias e avaliações de qualidade. Para além disso, o SQA tem de ter uma atitude crítica de

forma a avaliar como os processos poderão ser melhorados permitindo uma melhor adequação

aos projectos tendo em conta ao que as certificações obrigam.

Esta competência foi conseguida, em linhas gerais, por três fases principais: o estudo dos

processos chave, o acompanhamento por SQAs mais experientes e a aplicação do

conhecimento conseguido. A primeira fase, em complemento com a tarefa de elaboração do

plano de desenvolvimento, consistiu na leitura dos principais processos internos assim como a

familiarização de algumas ferramentas de apoio a este tipo de tarefa. Na segunda fase, foi feita

a observação e acompanhamento de projectos com outros SQAs de forma a interiorizar a

postura correcta a seguir, para além de perceber com mais clareza o que significam cada um

dos pontos do guia do SQA, designada por SQA Log Book (no Anexo 0). Por fim, foi delegado

alguns projectos para que os conhecimentos fossem aplicados de forma a adquirir autonomia,

experiência e sentido crítico em relação a este papel sendo que o número e a complexidade

dos projectos a serem monitorizados foram crescendo ao longo do estágio.

3.2 Actividades desempenhadas

As tarefas realizadas ocorreram de forma paralela e estão conceptualmente divididas em duas

áreas diferentes: Confiabilidade e Qualidade.

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25

A intervenção com a primeira área está relacionada com a tarefa de elaboração do plano de

software para o FLPP2 representando na imagem seguinte, estando dividia em três fases

principais: estudo, elaboração e revisão.

Figura 2 – Calendarização das tarefas referente à elaboração do plano de software

No mundo real de trabalho é comum existirem atrasados (por parte do cliente e não só)

nomeadamente clientes de grande peso e projectos de grande complexidade. Em particular, os

projectos da área aeroespacial são caracterizados por um elevado nível de entropia

relativamente ao seu contexto técnico devido, principalmente, à componente de investigação

associada. Desta forma, o projecto FLPP2 não foi excepção tendo começado, formalmente,

muito mais tarde do que esperado, apesar de internamente ter sido dado ao seu seguimento de

forma a não comprometer os objectivos do estágio.

A primeira fase ocupou uma parte significativa do estágio estando incluídas a fase de integração

(aproximadamente 1 mês) e da realização de algumas tarefas internas que permitiram uma

aprendizagem mais prática do que estava efectivamente a ser estudado. Dessas tarefas estão

incluídas a realização de um Plano de Gestão de Configuração Interno (CMP), Plano de Suporte

(template) e um Plano de Gestão de Projecto (template) para o produto da Critical Software

designado XceptionTM permitindo a aplicação de alguns processos internos assim como a

integração no Departamento de Confiabilidade.

Concluída esta fase, de meados de Novembro a meados de Janeiro, deu-se início à realização

da tabela de conteúdos do plano de software, tendo como base os documentos lidos e

informação da proposta técnica. Após a sua revisão e aprovação iniciou-se a elaboração dos

conteúdos do documento, sendo acompanhada por uma fase de revisão informal (mês de

07 Mar 2º versão

Elaboração do plano de software para o FLPP

04/Set/06

31.Maio/07 Out/06 Nov/06 Dez/06 Jan/06 Mar/06 Abril/06

- Macros do Projecto

Fev/06

10 Abril KOM interna

10 Mar KOM externa

- Início da tarefa

14 Nov Início

Tabela de Conteúdos

22 Dez 1º versão TC

Estudo da documentação

25 Jan 1º versão

Revisão e alterações

Ajuste

S SS S S S S S S S

Maio/06

S S S

23 Mar 3º versão

S

15 Maio revisão formal

Revisão

Versão estável

Alterações

Elaboração do conteúdo

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26

Fevereiro) por alguns dos elementos da equipa permitindo ter um retorno do trabalho efectuado

até ao momento.

Em Março de 2007 realizou-se a Reunião de Inicio do Projecto com o cliente, na Alemanha,

permitindo à equipa colocar algumas questões (no âmbito do estágio e não só) e clarificar o

propósito do plano e a sua aplicação assim como problemas e dificuldades identificadas noutros

projectos anteriores com o mesmo âmbito. Neste momento, passaram a existir bases sólidas

para proceder ao ajuste do conteúdo permitindo um maior rigor e detalhe.

Esta tarefa terminou com a entrega do documento para uma revisão técnica formal de forma a

criar uma versão estável para ser disponibilizada à EADS Astrium.

A colaboração com o Departamento da Qualidade verificou-se através do desempenho de

responsabilidade de SQA e mais tarde na melhoria de um documento guia (SQA Guidebook)

(Anexo 0) sobre o papel de SQA. A calendarização dessas mesmas tarefas é apresentada na

imagem em seguida:

Figura 3 – Calendarização das tarefas referente ao Departamento de Qualidade

Numa primeira fase, foi necessário um acompanhamento mais regular por parte de SQAs mais

experientes para que, como nova SQA, começasse a produzir valor e conseguisse autonomia

para intervir sozinha. Após esse período, foram delegados alguns projectos de forma a ser

possível aplicação do conhecimento adquirido, em paralelo com o objectivo interno de garantir

que todos os projectos em aberto na empresa tenham um acompanhamento/monitorização por

parte de um SQA.

Tarefas Departamento da Qualidade

04/Set/06

31.Maio/07 Out/06 Nov/06 Dez/06 Jan/06 Mar/06 Abril/06

- Inicio de acompanhamento de projectos

Fev/06

Projecto MGF

- Marco das tarefa (SQA Guidebook)

12 Mar Início da

elaboração do SQA Guide

Book

Acompanhamento

S SS S S S S S S S

Maio/06

S

Projecto SMICE-CR

Projecto WOW

Projecto WOW BCG

Projecto MESystem

& EnerCC

SQA guidebook

S

24 Abril Publicação do

SQA Guide Book

S

7 Maio Apresentação

formal

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27

A tarefa de SQA implicou um acompanhamento semanal de forma a ser possível apurar e

antecipar possíveis problemas e não conformidades de forma a assegurar o cumprimento do

SGQ da empresa. Esta tarefa exigiu uma intervenção activa no projecto, nomeadamente, a

participação nas reuniões de progresso, reuniões de milestone, preenchimento de uma check-list

que indica o nível de qualidade do projecto (SQA Log Book – Anexo 0), avaliação do projecto,

criação de acções correctivas/preventivas, manutenção de alguns documentos e o

preenchimento de um relatório semanal (SQA Form).

Na fase final de intervenção como SQA surgiu a possibilidade de formalizar o conhecimento

adquirido num documento designado por SQA Guidebook que possibilitou o registo da

experiência adquirida e o processo defendido pelo o Departamento da Qualidade, com objectivo

final de apoiar mais e melhor todos os SQAs no exercício das suas funções e desta forma

uniformizando as práticas subjacentes. Após a sua realização e revisão por parte do

departamento responsável, este foi apresentado numa reunião de SQAs formalizando a sua

aceitação.

Apesar de não terem sido referenciadas nos calendários apresentados anteriormente, ao longo

do estágio realizaram-se outras actividades importantes: reuniões de progresso de estágio,

reuniões de SQAs, reuniões do projecto FLPP2 e formações internas.

As reuniões de progresso de estágio (Anexo 0) foram realizadas de uma forma regular (numa

base semanal e mais tarde quinzenal) com o supervisor José Gonçalo Silva permitindo um

acompanhamento directo da intervenção da estagiária na empresa, tendo como resultado actas

de reunião.

As reuniões de SQA tiveram como objectivo a apresentação de alterações importantes no

processo que interfiram directamente com essa actividade, para além de permitir a exposição de

dúvidas, problemas e sugestões.

As reuniões do projecto FLPP2 permitiram um acompanhamento das tarefas da equipa bem

como a discussão das tarefas seguintes, prazos e monitorização de riscos e acções.

A formação na empresa foi uma constante, tendo especial incidência na primeira fase do

estágio. As formações pertinentes realizadas durante o estágio foram as seguintes: ISO/IEC

15504 (SPiCE), análise RAMS, “Qualidade para os novos colaboradores”, formação para novos

SQAs e “Writing Convincingly”.

Na primeira formação, que está relacionada com a participação directa com o Departamento da

Qualidade, foi abordada a norma ISO/IEC 15504 (SPiCE) para a avaliação de processos de

software de uma forma esquematizada e com exemplos práticos. De uma forma sucinta, esta

norma define um modelo bidimensional que tem por objectivo a realização de avaliações de

processos com o propósito de os melhorar (gerando o respectivo perfil e identificando os pontos

fracos e fortes que serão utilizados para a elaboração de um plano de melhorias) e a

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determinação da capacidade dos processos viabilizando a avaliação do potencial de um

fornecedor.

Na segunda formação foi apresentada a definição, o processo e métodos de suporte à análise

RAMS sendo a mesma incluída no plano de software para o FLPP2. Esta análise é uma

condição habitual para a implementação de missões críticas que tem como objectivo demonstrar

que o sistema está de acordo com os requisitos de segurança e caso isso não se verifique,

modificar os mesmos para que no final os pressupostos de segurança se verifiquem.

Na terceira formação, designada por Qualidade para os novos colaboradores, foram

apresentados os processos, práticas e normas descritos no SGQ seguidas pela empresa com

objectivo de elucidar os novos colaboradores a importância do conceito de qualidade e de que

forma os processos deverão ser implementados e seguidos.

Na quarta formação, designada por formação para novos SQAs foi apresentada a definição do

papel do SQA, como este deve agir, para além das principais tarefas, e a forma de as elaborar

de uma forma eficiente.

Na quinta formação, designada “Writing Convincingly” foram apresentadas técnicas e exemplos

práticos de como escrever de uma forma convincente.

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4. Análise do Problema

Nesta secção são apresentas as tarefas no âmbito do projecto FLPP2 assim como tarefas

realizadas no Departamento da Qualidade.

4.1 Tarefas do projecto FLPP2

O programa FLPP2 surge no âmbito da Europa pretender ser uma referência de topo no

que toca a tecnologia de reentrada dos futuros veículos aeroespaciais. Os estudos que

foram efectuados sobre a tecnologia de reentrada crítica e o desenvolvimento da mesma,

permitiram a passagem para a fase de criação de veículos experimentais, em particular o

Veículo Experimental Intermédio (Intermediate eXperimental Vehicle - IXV) que permitam

consolidar conhecimentos e a posição da Europa neste campo [16].

O plano de desenvolvimento de software elaborado assenta no desenvolvimento da parte

de orientação, navegação e controlo (GNC ou Guidance, Navigation and Control) do

veículo, ou seja, o software responsável pelo voo do veículo que permite direccionar e o

controlar o mesmo, desde a sua posição inicial (em repouso) até ao seu objectivo, algures

no espaço e o seu regresso seguro para Terra.

De forma a tornar a sua complexidade clara, são apresentadas em Anexo 0, os conceitos

técnicos importantes no âmbito do projecto.

O documento desenvolvido poder-se-á dividir em duas partes principais: plano de

desenvolvimento do software e plano de verificação e validação do software.

O plano de desenvolvimento de software de um projecto é de extrema importância pois

define os métodos e práticas ao longo da duração do projecto, que deve ser aplicável para

a resolução de problemas que eventualmente irão surgir ao longo do projecto. Assim, o

plano de desenvolvimento de software deverá especificar um processo de

desenvolvimento de software, definir o tipo de projecto em causa, definir uma estrutura

das fases, detalhar cada uma das fases de desenvolvimento definindo as revisões e

actividades de cada fase, definir orçamentos e escalonamento de tarefas das pessoas

envolvidas, gestão de artefactos a entregar, identificação de riscos, definição de recursos

e competências técnicas da equipa.

A informação definida no plano deverá ter em conta os objectivos, as necessidades, as

actividades e os riscos do projecto em causa fornecendo assim um nível de orientação

adequado e de informação relevante para cada um dos elementos envolvidos no projecto,

confiança aos colaboradores e a definição dos resultados a produzir tendo em conta os

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requisitos e expectativas. Assim o plano irá, de forma sistemática, controlar o

desenvolvimento e com isso poderá potencialmente aumentar a eficiência e a eficácia do

desenvolvimento de um projecto.

O plano de verificação de software é um documento onde deve estar definido um

processo de forma a assegurar que o software que está a ser desenvolvido irá satisfazer

os requisitos funcionais ou outros. Em cada passo do processo deverá ser garantido que o

resultado produzido é o esperado, aumentando assim a qualidade do projecto, reduzindo

os custos e os riscos durante o desenvolvimento do mesmo. Desta forma, o processo de

validação avalia se o projecto está a cumprir o compromisso, tendo em conta os requisitos

e parâmetros definidos, determinando quando é que os mesmos estão completos e

correctos e, finalmente, que o trabalho produzido para cada fase satisfaz as condições

impostas pela fase anterior. Esta avaliação é conseguida através da análise e da

inspecção intermediária de todos os itens produzidos durante o projecto. Assim, este

plano deverá cobrir todas as actividades que serão levadas a cabo em todas as fases do

ciclo de vida.

4.2 Tarefas de Qualidade

Tendo em conta o peso estratégico que a Qualidade tem na empresa e a existência de um

SGQ, é necessário garantir que os processos definidos são seguidos, e em caso de não

conformidade, apurar a causa para que, se aplicável, melhorar o referido SGQ.

Neste contexto, surge o papel de SQA que pretende apurar se os processos estão de facto a

ser seguidos através de uma postura positiva e motivante.

Numa primeira instância impõe-se o conhecimento rigoroso sobre o SGQ de forma permitir a

avaliação da conformidade do projecto em causa. Para isso, é necessário o desenvolvimento

de competências de comunicação para entender, com uma maior facilidade, as necessidade e

dificuldades da equipa bem como as oportunidades, permitindo sempre que possível uma

apresentação positiva e coerente do porquê da existência dos processos e das vantagens em

seguir os mesmos.

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5. Concretização

Nesta secção é apresentada a concretização das tarefas apresentadas na secção anterior,

relativamente ao projecto FLPP2 e à colaboração com o Departamento da Qualidade.

5.1 Plano de Desenvolvimento Verificação e Validaçã o de Software

No âmbito do projecto FLPP2, os artefactos criados são os seguintes [16]:

• IXV Software Requirements Specification (Onborard Software): especificação

dos requisitos de software de bordo que IXV deve implementar:

• IXV Software Requirements Specification (Ground Software): especificação

dos requisitos de software da secção ground que o IXV deve implementar.

• Software Development Verification and Validation Plan: documento elaborado

durante o estágio que define um plano de desenvolvimento de software para

o GNC.

• Preliminary Software Architecture Design Document: especificação do

desenho da arquitectura do IXV.

• Software Interface Requirements Defininition for each Software product:

especificação dos requisitos de interface para cada componente de software

considerados no desenvolvimento do IXV.

• Software Re-use File: análise de reutilização (documentos, desenho, software,

entre outros) aplicável ao desenvolvimento do IXV.

O ponto de partida da definição do plano foi necessariamente os standads ECSS (ECSS-E-

40 e ECSS-E-80) da ESA com especial atenção para o Software Validation Facilities (SVF)

e aplicações EGSE. Para além dos últimos standards referidos, foi também utilizado o

Galileo Software Standard (GSWG).

O primeiro desafio no estudo dos referidos documentos foi interiorizar a sua estrutura visto

que são bastante extensos e complexos e incluem muita informação que tem que

necessariamente ser filtrada. Desta forma, a fase seguinte foi determinar de que forma a

informação apresentada poderia ou deveria ser aplicados na elaboração do plano tendo em

conta o seu objectivo.

Conforme referido na secção Actividades desempenhadas, nesta fase do projecto ainda não

eram claros os objectivos do plano de software devido ao facto do mesmo não se ter

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iniciado (por parte da EADS Astrium) sendo portanto vago para onde o plano deveria ser

direccionado.

A abordagem inicial foi necessariamente generalista, de forma a permitir que os conteúdos

não divergissem do objectivo e âmbito, não tendo sido, apesar disso, uma tarefa simples.

Desta forma, o GSWS foi a principal base do documento devido à relativa clareza e

objectividade, em particular, referente ao plano de desenvolvimento de software e

verificação & validação. Para além disso, as tarefas de SQA obrigaram a um conhecimento

mais profundo do SGQ da empresa, sendo que a grande parte dos processos (os aplicáveis

na elaboração do plano de software) foram criados com base nos referidos standards,

permitindo assim uma visão mais abrangente e uma fonte mais prática e consistente.

Numa segunda fase, a reunião de início do projecto foi realizada permitindo à equipa expor

dúvidas e à EADS Astrium de expor os objectivos relativamente ao plano (e não só) para

além de problemas identificados em projectos anteriores. Desta forma, foi dado como input

pelo o cliente um exemplo do ciclo de vida utilizado em projectos anteriores do mesmo

género, tendo sido apresentadas as suas características e os principais problemas dando

início ao desafio principal da elaboração do plano de software tendo em conta as

características do referido software para GNC.

O ciclo de vida apresentado pelo o cliente tem como base a abordagem em V [5] caracterizada

pelo ênfase das fases de teste (verificação e validação) de acordo com a criticalidade do

desenvolvimento deste tipo de software. Para além da sua componente crítica, este tipo de

software é caracterizado por uma grande número de algoritmos que apenas podem ser validados

em ambientes simulados. A existência de uma solução de qualidade depende em grande parte

dos testes efectuados depois da integração das componentes envolvidas.

O cliente EADS Astrium identificou a necessidade da existência de três equipas diferentes (equipa

de Software, equipa de desenvolvimento de Algoritmos e a equipa de Validação), a complexidade

da integração (intermédia e final) das componentes (software e algoritmos) que implementam o

sistema GNC e da validação unitária. As características identificadas podem ser definidas em três

conceitos diferentes: equipas, testes e integração. A nova solução incluída no plano de

desenvolvimento de software teria de apresentar uma solução criativa para as referidas

características não descuidando os standards de referência (nomeadamente o ciclo de vida do

GSWS).

A necessidade de equipas diferenciadas e especializadas foi identificada pelo o cliente noutros

projectos anteriores, visto que o software que implementa o GNC é constituído por algoritmos

complexos. Desta forma, a equipa de Software é responsável pela implementação da maior parte

do software assim como decisões sobre a arquitectura e interface software/algoritmos. A equipa

de desenvolvimento de Algoritmos é portanto responsável pela a especificação e implementação

dos algoritmos necessários. Por fim, sendo a validação um factor crucial para a qualidade da

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solução que está a ser desenvolvida, é nomeada uma terceira equipa designada equipa de

Validação, responsável por validar algumas fases do projecto,

A solução final teve de incluir a informação cruzada do ciclo de vida apresentado pelo o cliente e o

GSWS. Desta forma, a primeira alteração à proposta foi a inclusão de uma fase designada Fase

de Planeamento (Planning phase) que teve como objectivo a definição, pela equipa de Software,

do custo, do planeamento e de outros aspectos de gestão de forma a tornar claro as funções,

datas e modus operandi dos intervenientes.

Outra característica adicionada, foi o facto de as equipas trabalharem de forma independente

sendo definidos rigorosos pontos de sincronização de trabalho de forma a permitir alterações

garantido a consistência da solução final. Para permitir este facto, foi necessário definir a

comunicação entre as equipas e como esta deveria ser efectuada, sendo um ponto fulcral na

parte de integração visto que, as três equipas envolvidas teriam que encontrar uma forma eficaz

de reportar e interagir face a problemas encontrados.

A fase de Desenho Preliminar (Preliminary Design) foi delegada à equipa de Software permitindo

que a equipa de desenvolvimento de algoritmos se concentrasse apenas nessa mesma tarefa,

devido à sua complexidade, sendo definidos momentos de sincronização para que as decisões

da equipa de Software fossem ajustadas com a realidade dos algoritmos especificados.

Outra diferença significativa da nova solução foi o facto da integração acontecer apenas quando

as duas componentes (software e algoritmos) estivessem terminadas tendo passado na primeira

fase de testes. Isto significa que a integração aconteceria quando o componente software

passasse nos Testes Unitários e a parte dos algoritmos passasse na Validação (realizada pela a

equipa de Validação) permitindo a detecção de problemas o mais cedo possível.

A imagem representa as fases e os pontos de sincronização identificados na nova solução:

Figura 4 – Fases e Macros do projecto [1];[12]

Em conclusão, a nova solução debruça-se sobre a minimização do impacto da coexistência de três

equipas de forma a uniformizar a comunicação tendo em especial atenção a fase de testes de

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integração. Por outro lado, é garantido que os testes unitários acontecem antes da integração ao

contrário do que era proposto pelo o cliente. A solução criada no âmbito do plano de software

(sendo descrita em detalhe no mesmo), é apresentada na Figura 4.

Figura 5 – Ciclo de Vida apresentado no plano [1];[ 12]

Em conclusão, a elaboração do plano de desenvolvimento de software obriga a uma postura

crítica relativamente à complexidade do tema e a um alto nível de rigor a que os standards

obrigam, não descuidando a criatividade e inovação das soluções, tornando o referido plano

numa ferramenta prática, objectiva e aplicável à realidade em que a mesma se insere.

5.2 Tarefas do Departamento da Qualidade

O papel de SQA obriga a um acompanhamento regular do projecto tendo por base as evidências

da concretização dos objectivos definidos para além da orientação da equipa sobre os objectivos

a cumprir no futuro.

As actividades realizadas por um SQA são as seguintes [15]:

• Elaboração do Plano de Garantia de Qualidade (QAP – Quality Assurance

Plan), sendo uma primeira versão publicada na KOM do projecto;

• Preenchimento de um guia designado SQA Log Book, obrigatório no caso de

reuniões de milestone e a avaliação na ferramenta WISE (ver secção

seguinte);

FES

SVF (Close-

SVF (Open-

TEAMS

Algorithms

Software

Numerical Validation

Implementation

Implementation

Software Detailed design

Verification Algorithm Detailed Design

Host GNC integration

Preliminary design

Preliminary analysis

Preliminary analysis

Planning phase

Integration

Verification and Validation

FES

Numerical Validation

Validation

Qualification

Prototyping

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• Verificar que a documentação está a ser produzida (relatórios de esforço,

planos de progresso, actas de reunião, entre outros);

• Verificar que as entregas ao cliente estão a ser revistas pela a equipa de

acordo com o plano;

• Verificar a conformidade do projecto face ao SGQ;

• Levantar não conformidades sempre que estas são detectadas, através da

ferramenta Work Orders (WO) (ver secção seguinte), permitindo um

acompanhamento assertivo e o não esquecimento das correcções a efectuar.

A realização do QAP tem como objectivo a identificação das actividades de qualidade assim

como as decisões de tailoring e as diferenças relativas ao SGQ assim como as respectivas

justificações. Ao longo do ciclo de vida do projecto, é aceitável que este plano se altere sendo da

responsabilidade do SQA garantir a sua actualização.

O preenchimento do SQA Log Book tem como objectivo o registo global do projecto assim como

a determinação do nível de conformidade (avaliação) com os processos internos tendo em conta

a fase do projecto. Para além disso, possibilita a passagem de projectos entre SQAs sem que a

informação sobre o histórico do projecto se perca.

A avaliação do projecto (verde, amarelo ou vermelho) é feita através do referido SQA Log Book

permitindo o levantamento de acções caso haja ‘não conformidades’ sendo efectuada a

comunicação do resultado da avaliação aos responsáveis pela área, qualidade e Gestor do

Projecto o estado do projecto. Esta avaliação obriga a um preenchimento de Relatório de

Avaliação (PAR – Product Assurance Report) onde fica registada a avaliação do mesmo, a

descrição dos artefactos produzidos e os objectivos atingidos (ou não) no momento em que o

projecto foi avaliado.

O preenchimento do SQA Form permite o registo do estado global dos projectos da empresa

permitindo aos responsáveis da área aceder ao estado das tarefas de qualidade e o nível de

conformidade dos projectos em relação ao SGQ.

Todas as tarefas referidas acima terão de ser realizadas para cada um dos projectos em que o

SQA é responsável, tendo como objectivo final a identificação de alterações a realizar ao SGQ

permitindo um melhor ajuste dos processos à realidade da empresa.

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5.3 Ferramentas utilizadas

As ferramentas de software utilizadas para o desenvolvimento do projecto são as seguintes:

Nome Versão Notas

MS Word 2003 Edição de texto

MS Excel 2003 Folha de cálculo

MS Visio 2003 Criação de desenhos e diagramas técnicos.

Acrobat Reader 8 Leitura de documentos em formato PDF.

CVS 2.0 Repositório e ferramenta de gestão de versões.

WISE - Sistema de Informação da Empresa (registo de esforço, informação sobre os projectos, registo de documentos, acesso aos processos e documentos do SGQ, entre outras funcionalidades).

WO - Sistema de registo e levantamento de acções.

Tabela 2 - Lista completa de ferramentas de software utilizadas

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6. Conclusões

Nesta secção é apresentada um balanço da minha colaboração com a Critical Software no

âmbito do estágio Engenheiro de Qualidade.

6.1 Trabalho futuro

O projecto FLPP2 tem como artefactos um conjunto de documentos, no qual se insere o

plano de software elaborado no âmbito deste estágio. Os documentos são referentes aos

requisitos do IXV (requisitos de software de bordo, requisitos de software de ground,

requisitos de interface), arquitectura, análise de reutilização e por fim, o plano de software

[Critical Software, 2006d].

No fim do corrente estágio, os documentos de requisitos de software e o plano de software

foram entregues ao cliente EADS Astrium, estando a equipa a aguardar os comentários do

mesmo para proceder à correcção e revisão formal numa reunião (nas instalações de

Coimbra) que deverá acontecer em meados de Junho. A partir do momento em que a fase

de aceitação do plano de software for realizada, termina a colaboração no projecto FLPP2

no âmbito do estágio, continuando no entanto, a elaboração pela equipa dos documentos

em falta.

Por outro lado, a intervenção com o Departamento de Qualidade, nomeadamente a partir

das tarefas de SQA, permitiram desenvolver competências de comunicação e ao nível do

SGQ abrindo portas para uma colaboração pós-estágio com a empresa, em projectos

internos e externos de elevada responsabilidade, esperando boas perspectivas de futuro,

tanto a nível pessoal como de carreira.

6.2 Conclusão

O projecto realizado no âmbito do CEPEI permitiu-me conhecer o ambiente de trabalho e o

que na realidade implica uma carreira profissional. Neste contexto, é possível verificar de

que forma conceitos teóricos adquiridos no percurso académico são aplicados na prática,

particularmente, qualidade de software, processos, certificação, auditorias, avaliação de

processos, entre outros.

Como resultado da minha intervenção foram produzidos variados documentos como

referidos anteriormente, sendo o plano software e o guia do SQA os mais importantes, para

além da minha intervenção como SQA que obriga a um elevado número de procedimentos

e reuniões com a equipa.

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O projecto de desenvolvimento do plano de software para o FLPP2, permitiu alargar os

horizontes sobre o processo de desenvolvimento de projectos na área da aeroespacial

(neste caso a criação de um lançador), algo que é conhecido através dos média

(documentários, notícias) mas que aparentemente está a um nível inalcançável.

Considerando a criticidade da referida área e das resultantes missões aeroespaciais, em

que o insucesso das mesmas poderá levar a perdas consideráveis de investimento, para

além da possível perda de vidas, no caso de missões tripuladas, é necessário garantir que

o veículo espacial seja testado e validado de forma a minimizar as probabilidades de

fracasso. Desta forma, o desenvolvimento de qualquer uma das componentes que fazem

parte do lançador IXV têm de ser rigorosamente planeadas e monitorizadas. Neste âmbito,

surge o Software Development Verification and Validation Plan para o software de GNC -

responsável pelo controlo de voo do veículo – que tem como objectivo o planeamento

rigoroso das tarefas relacionadas com o seu desenvolvimento e integração.

O requisito obrigatório da proposta acordada com EADS Astrium foi que o plano deveria

seguir de uma forma rigorosa os ECSS. Mas tendo em conta a sua extensão e estrutura

generalista, de forma a poderem ser aplicáveis a um grande número de situações, juntado

ao facto da indefinição do âmbito para o qual o plano teria de ser criado, desde cedo o

standard do Galileo foi a escolha mais apropriada. O GSWS foi criado com base nos

ECSS, por isso, não iria contra o requisito explicitado entre a EADS Astrium e a Critical.

Para além disso, foi elaborado tendo em conta um projecto real e conhecido – GPS

europeu - e devido à sua grande complexidade (número de equipas, dimensão do projecto)

o referido standard apresenta uma estrutura fácil de captar e de aplicar. Em particular,

apresenta variados templates que devem ser utilizados pelas equipas em causa, incluindo

um plano de software. Depois de definida a tabela de conteúdos do plano tendo em conta o

GSWS, foi necessário estudar todos os pontos para avaliar se os mesmos seriam ou não

aplicáveis e por fim, se seriam úteis no dia-a-dia das futuras equipas de desenvolvimento

do GNC do IXV.

Este tipo de projectos, na sua maioria, tem associado um elevado nível de entropia devido

à sua complexidade e faceta de investigação. O projecto FLPP2, onde o plano de software

esteve inserido, sofreu significativos atrasos tendo por isso, sido impossível o cumprimento

rigoroso da calendarização inicial apresentada no Relatório Preliminar mas em

contrapartida, as tarefas identificadas no mesmo foram efectuadas (elaboração da tabela

de conteúdos, elaboração do conteúdo, revisões) tendo sido possível coincidir o fim da

elaboração do plano de software com data final de estágio.

Por outro lado, as tarefas no Departamento da Qualidade foram efectuadas de uma forma

regular e com objectivos claros tendo em conta o impacto estratégico desse mesmo

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conceito na empresa visto que, as certificações conseguidas permitiram um crescimento

sustentado da carteira de clientes de grande importância (ESA, NASA, entre outros) e por

conseguinte, de projectos. Como tal, os processos definidos nesse âmbito de certificação

que constituem o SGQ, terão de ser obrigatoriamente mantidos e melhorados. A existência

do papel de SQA permite que os projectos sejam monitorizados de forma a garantir a

conformidade dos mesmos com o referido sistema, desmistificando a sua aplicação e

sempre que possível auxiliando na sua melhoria.

A minha colaboração com o Departamento de Qualidade foi conseguida através do papel

de SQA, num total de 8 projectos. A monitorização da conformidade dos projectos com o

SGQ é feita numa base diária através da leitura dos documentos realizados, análise da

informação disponível na intra da empresa e/ou reuniões de progresso/milestone. Estes

procedimentos permitem avaliar qual é o estado do projecto e, através da utilização do

SQA Logbook, avaliar o nível de qualidade (avaliação semáforo: verde, amarelo ou

vermelho) e orientar/informar os Gestores de Projecto as novas fases e o que estas

implicam a nível de tarefas de qualidade. Esta tarefa é conseguida, principalmente, através

de uma conversa com a equipa e a observação da mesma nas reuniões de projecto,

permitindo avaliar qual é a postura relativamente ás tarefas de qualidade e como elas estão

a ser garantidas. Caso a equipa, descuide essas tarefas, serão levantadas Work-orders e o

projecto será avaliado (amarelo ou vermelho) sendo o resultado desta avaliação reportado

para um nível alto (Departamento de Qualidade, Director da área, Director das áreas de

Engenharia).

O papel de SQA exige uma grande capacidade de comunicação, de organização e por fim,

um alto conhecimento dos processos existentes na empresa e principalmente, o que estes

implicam e qual é o seu objectivo prático no projecto, ou seja, qual é a sua mais valia se

foram seguidos. O carácter assertivo e destreza das tarefas realizadas pelo o SQA, é

conseguida através da experiência ganha ao longo do tempo da intervenção. Considero

que a minha capacidade neste papel, melhorou de forma significativa ao longo do estágio,

aumentando a minha capacidade crítica, criativa e motivadora face à não-aceitação

generalizada por parte das equipas de seguir os processos internos. A prova disso está no

facto de ser responsável pela elaboração de um guia que permite uma normalização das

tarefas realizadas por todos os SQAs existentes para além de, facilitar e motivar os novos

SQAs.

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ACRÓNIMOS

Acronyms Description

AQAP Allied Quality Assurance Publication

AR Acceptance Review

EADS Austrium Empresa fabricante de sistemas aeroespaciais

CDR Critical Design Review

CEPEI Curso de Especialização Profissional em Engenharia Informática

CIL Configuration Items List

CM Configuration Management

CMP Configuration Management Plan

CMMI Capability Maturity Model Integration

CSW Critical Software, S.A.

CVS Concurrent Version System (Sistema de Versões Concorrentes)

DDS Detailed Design Specification

DSI Departamento de Sistemas e Infrastruturas

EA Enterprise Architecture (Ferramenta de UML)

ECSS European Cooperation for Space Standardization

EGSE Electrical Ground Support Equipment

ELV Expendable Launch Vehicles

EN9001, EN 9006 European Normative 9001, European Normative 9006

ESA European Space Agency

FDIR Fault Detection, Isolation and Recovery

FLPP2 Future Launcher Preparatory Program Phase 2

GNC Guidance, Navigation and Control

GPS Global Positioning System

GSWS Galileo Software Standards

HPC High Performance Computing

IEC International Electrotechnical Commission

IMU Inertial Measurement Unit

IEEE Institute of Electrical and Electronics Engineer, Inc.

ISVV Independent Software Verification and Validation

ISO International Standards Organization

IXV Intermediate eXperimentaltal Vehicle

KO Kick-Off

KOM Kick-Off Meeting

NASA National Aeronautics and Space Administration

NASA-SEL National Aeronautics Space Agency – Software Engineering Laboratory

NATO North Atlantic Treaty Organization

NGL Next Generation Launcher

PAR Product Assurance Report

PCM Project Close Down Meeting

PDR Preliminary Design Review

PE Project Engineering

PINC Project Incident

PM Project Manager

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Acronyms Description

PMP Project Management Plan

QAP Quality Assurance Plan

QR Qualification Review

R.A.M.S. Reliability, Availability, Maintainability and Safety

RCS Reaction Control System

RLV Reusable Launch Vehicles

SDVP Software Development and Verification Plan

SGQ Sistema de Gestão de Qualidade

SP Support Plan

SPiCE Software Process Improvement and Capability dEtermination

SQA Software Quality Assurance

SRS Software Requirements Specification

SVF Software Verification Facility

TickIT ISO9001 aplicado ao desenvolvimento de software

TM Technical Manager

URS User Requirements Specification

WO Work-order

YSR System Requirements Specification

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DEFINIÇÕES

Termo Definição

SPiCE

Norma internacional que tem como objectivo a avaliação de processos de software.

ISO

Organização internacional de uniformização para os sistemas de gestão de qualidade.

CMMMI

Modelo de maturação que apresenta um método de avaliação da maturidade do desenvolvimento de software de uma escala de 1 a 5.

Item Crítico Qualquer item que pode provocar risco inaceitável para o projecto requerendo especial atenção ou controlo relativamente a outros itens não-críticos [GSWS]

Software Crítico Software (podendo ser constituído por várias componentes) que suporta um sistema crítico que caso falhe pode provocar resultados com catastróficos, críticos ou com consequências graves [GSWS]

Gestão de configurações

(Configuration Management Plan)

Documento que tem como objectivo manter a integridade do produto/projecto que se encontra em desenvolvimento.

Plano de suporte (Support

plan)

Documento que apresenta o plano de suporte pós-entrega onde é definido o processo de comunicação entre a CSW e o cliente, orçamentos de correcção de erros, processos de pedidos/entregas de correcção de erros ou actualizações.

Plano de gestão de

projecto (Project Management Plan)

Documento onde apresenta um plano de desenvolvimento de um projecto: macros, datas, artefactos, papéis e responsabilidades da equipa, entre outros.

Sistema de Gestão de

Qualidade (Quality Management System)

Definição de processos em diversas áreas de acordo com as certificações da empresa. É um sistema que está sempre em processo de melhoria.

Software Quality

Assurance (Engenheiro da

Qualidade)

Pessoa responsável pela a implementação das actividades de avaliação de qualidade de acordo com o Sistema de Gestão de Qualidade da CSW. Reporta periodicamente ao gestor de projecto e departamento de qualidade o estado do projecto.

Software Development

Validation and Verification Plan

Documento onde é especificado o plano de desenvolvimento de software e plano de verificação de forma a assegurar que o software que está a ser desenvolvido satisfaz os requisitos definidos.

Galileo Software Standard

Plano de desenvolvimento de software no âmbito do projecto Galileo (GPS europeu) criado com base no ECSS E40/Q80.

Tailoring Forma como processo, definição ou programa (entre outros) é aplicada a uma determinada realidade, tendo em conta os seus objectivos e limitações.

TickIT

Esquema para a avaliação e registro de sistemas da qualidade de actividades de desenvolvimento, fornecimento e manutenção de software. Baseia- se no uso da norma ISO 9000-3 e de um guia, Tick IT Guide, para que os auditores apliquem adequadamente as normas ISO 9000.

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Termo Definição

RAMS analysis

Actividade de engenharia que tem como objectivo avaliar a releability, availability, maintanability e safety de um sistema.

LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 – MAPA DE CERTIFICAÇÕES DA EMPRESA .......................................................................................... 20 FIGURA 2 – CALENDARIZAÇÃO DAS TAREFAS REFERENTE À ELABORAÇÃO DO PLANO DE SOFTWARE ................. 25 FIGURA 3 – CALENDARIZAÇÃO DAS TAREFAS REFERENTE AO DEPARTAMENTO DE QUALIDADE.......................... 26 FIGURA 4 – FASES E MACROS DO PROJECTO.................................................................................................... 33 FIGURA 5 – CICLO DE VIDA APRESENTADO NO PLANO ....................................................................................... 34

LISTA DE TABELAS TABELA 1 – DOCUMENTOS PRODUZIDOS NO ÂMBITO DO ESTÁGIO ..................................................................... 15 TABELA 2 - LISTA COMPLETA DE FERRAMENTAS DE SOFTWARE UTILIZADAS ....................................................... 36

ÍNDICE REMISSIVO

ESA 19, 21, 31, 39, 41 FLPP2... 12, 15, 21, 23, 25, 27, 28, 29, 31, 37, 38, 41,

45 NASA.............................................................19, 39, 41 Sistema de Gestão de Qualidade

SGQ 9, 14, 15, 18, 19, 21, 24, 27, 28, 30, 32, 35, 36, 37, 39, 42

Software Development Validation and Verification Plan........................................9, 23, 31, 38, 42, 45

SQA Software Quality Assurance9, 12, 15, 21, 22, 24,

26, 27, 28, 30, 32, 34, 35, 37, 39, 42, 45, 46 SQA Form.....................................................27, 35, 45 SQA Guidebook................................15, 26, 27, 45, 46 SQA Logbook............................................................ 39

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REFERÊNCIAS

[1] “GALILEO Software Standard (GSWS)”, Galileo Industries, 2004.

[2] “Guia do Projecto em Engenharia Informática do Mestrado em Engenharia

Informática do Departamento de Informática”, Departamento de Informática da

Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL), Julho de 2006a.

[3] Intranet, site interno da empresa, Critical Software, S.A., 2007a.

[4] “Manual de Acolhimento”, Critical Software, S.A., 2006a.

[5] Metodologia MELANIE, EADS Astrium, 2007.

[6] “Proposta de Estágio: Engenheiro de Qualidade”, Critical Software, S.A., 2006b.

[7] “Proposta de Tese de Mestrado”, José Gonçalo Silva, 2004a.

[8] “Quality Manual”, Critical Software, S.A., 2004b.

[9] Sítio da Critical Software: www.criticalsoftware.com, 2007b

[10] Sítio da cadeira Processos de Qualidade em Sistemas Informáticos,

http://si.di.fc.ul.pt/pqsi/, Departamento de Informática da Faculdade de Ciências da

Universidade de Lisboa (FCUL), 2006b.

[11] “Software Development Process”, Critical Software, S.A., 2006c.

[12] “Software Development Verification and Validation Plan” FLPP2, Inês Dias, 2007.

[13] “SQA Log Book”, Critical Software, S.A., 2007c.

[14] “SQA Form”, Critical Software, S.A., 2007d.

[15] “SQA Guide Book, Critical Software, S.A., 2007e.

[16] “Technical Proposal: FLLP Period 1 Phase 2- WPD 64500”, Critical Software, S.A.,

2006d.

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ANEXOS A informação contida nos anexos é de carácter confidencial.

A.1. Plano de Gestão de Configuração do Xception TM

A.2. Plano de Suporte do Xception TM

A.3. Plano de Gestão de Projecto do Xception TM

A.4. Acta de reunião de estágio

A.5. Conceitos GNC

A.6. Plano de Desenvolvimento, Validação e Verifica ção de Software do

FLPP2

A.7. SQA Log Book

A.8. SQA Guide Book