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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Programa de Pós-Graduação em Ecologia

Manual do Pós-Graduando

2012

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Programa de Pós-Graduação em Ecologia

Instituto de Biociências

Universidade de São Paulo

Diretor do Instituto

Prof. Dr Carlos Eduardo Falavigna da Rocha

Comissão Coordenadora de Programa (CCP)

Prof. Dr Paulo Inácio de Knegt López de Prado (Coordenador)

Prof. Dr Glauco Machado (Coordenador Suplente)

Profa Dra Isabel Alves dos Santos

Prof. Dr Márcio Roberto Costa Martins

Prof. Dr Pérsio de Souza Santos Filho

Joyce Iamara Nogueira (representante discente)

Secretária de Pós-Graduação

Vera Lucia Barboza Lima

São PauloMarço de 2012

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Sumário

1 Bem vindo(a) 1O programa e seus orientadores . . . . . . . . . . . . . . . . 2A Comissão Coordenadora do Programa . . . . . . . . . . . . 2

2 Etapas de sua pós-graduação 4Matrícula . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4Disciplinas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4Comitês de Acompanhamento . . . . . . . . . . . . . . . . . 6Exame de qualificação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

Doutorado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7Doutorado direto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

Avaliação de desempenho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8Procedimentos irregulares . . . . . . . . . . . . . . . . . 8

Conclusão de sua pós-graduação . . . . . . . . . . . . . . . . 10Prazos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10Prorrogação de prazo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

3 Bolsas e auxílios 12Bolsas de estudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

Bolsas institucionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12Bolsas individuais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13Bolsas emergenciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

Auxílio financeiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14Verba PROAP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14Verbas para participação em congressos . . . . . . . . . 16

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4 Oportunidades 17Estágios no exterior . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17Programa de Aperfeiçoamento de Ensino . . . . . . . . . . . 18Seminários EcoEncontros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

5 Boas práticas acadêmicas 20A pesquisa não tem uma jornada de trabalho usual . . . . . . 20Ordem e organização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21Teoria é fundamental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22Você faz parte de um laboratório . . . . . . . . . . . . . . . . 22Suas perguntas são interessantes ou triviais? . . . . . . . . . 23A resposta para a pergunta “Com o que você trabalha?” . . . 23Seja um bom usuário da estatística . . . . . . . . . . . . . . 24Aprenda a expressar suas ideias e resultados para seus pares . 24Exponha-se às críticas e comentários dos seus pares . . . . . . 25Lembre-se que fazer ciência é também um desafio social . . . 26

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1. Bem vindo(a)

Parabéns a você que acaba de ingressar no Programa de Pós-Graduaçãoem Ecologia da Universidade de São Paulo (PPGE-USP). Toda a equipedo PPGE-USP está empenhada em oferecer um ambiente intelectualestimulante a seus alunos, com muitas oportunidades de formação ecrescimento profissional. Esta cartilha tem as primeiras orientaçõespara que você possa melhor aproveitar essas oportunidades. Para isso,nos preocupamos em apresentar de forma resumida e didática o funci-onamento do nosso Programa, especialmente quanto aos aspectos maisimportantes para os alunos ingressantes.

Portanto, este documento não contém nem revê exaustiva-mente todas as normas e procedimentos de nosso Programaou da Pós- Graduação da USP. Você deve conhecer as normasconsultando as seguintes páginas na internet:

PPGE-USP: http://ecologia.ib.usp.br/pos/

Comissão de Pós-Graduação do IBUSP: http://www.ib.usp.br/cpg/

Pró-Reitoria de Pós-graduação USP: http://www.usp.br/prpg/

Você conta também com seu orientador, seus colegas, os professoresdo Programa, nossa Secretaria e a Comissão Coordenadora do Pro-grama (CCP) para se informar. O ingresso na pós-graduação é umamudança importante em sua vida e você enfrentará muitas situaçõesnovas. Não hesite em buscar ajuda das pessoas mais experientes doPrograma para resolvê-las.

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Bem vindo(a)

O programa e seus orientadores

A principal proposta do PPGE-USP é a formação de mestres e doutoresem ecologia com ampla visão dos diversos níveis de organização, tantoem ambientes terrestres quanto aquáticos. Para tanto, capacitamos osalunos em:

1. formulação de perguntas e hipóteses;

2. instrumentação teórica e analítica;

3. independência e senso crítico para a resolução de questões ecológi-cas.

Adicionalmente, proporcionamos condições para o debate e a divul-gação dos trabalhos científicos, tanto em âmbito nacional como inter-nacional. Nosso mestrado foi criado em 1982 e o doutorado em 1993.Até o final de 2011, formamos 245 mestres e 126 doutores que atuamhoje em diversas áreas, tanto no meio acadêmico quanto em órgãosgovernamentais, setor privado e organizações não governamentais.

O PPGE-USP tem 27 orientadores, em três subáreas: EcossistemasTerrestres, Ecossistema Aquáticos e Ecologia Evolutiva e Comporta-mental. Conheça seus professores e suas linhas de pesquisa: em nossapágina na internet você encontra a lista dos orientadores credenciados,links para suas páginas e currículos, e informações para contato.

A Comissão Coordenadora do Programa

A Comissão Coordenadora do Programa (CCP) é a instânciacolegiada que coordena, normatiza e toma as decisões sobrenosso Programa. Ela é formada pelo Coordenador do PPGE-USPe seu suplente, por três docentes credenciados como orientadores doPPGE-USP e vinculados ao Instituto de Biociências da USP, e umrepresentante discente do PPGE-USP. Os membros da CCP têm ummandato de dois anos e são eleitos por seus pares. Assim, os alunos

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elegem seu representante, que tem o papel importantíssimode estabelecer a comunicação entre o corpo discente e a CCP.

A CCP se reúne ordinariamente uma vez por mês, quando apreciatodas as solicitações a ela encaminhadas, incluindo os trâmites paraexames de qualificação, defesa de dissertação ou de teses. Por isso, es-teja atento às datas das reuniões, para encaminhar estas e quaisqueroutras solicitações em tempo hábil. As reuniões da CCP são aber-tas a todos os alunos e orientadores do PPGE-USP. As datase horários das reuniões estão em nossa página na internet, na seçãoCoordenação > Calendário CCP.

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2. Etapas de sua pós-graduação

Matrícula

A sua matrícula inicial é feita na secretaria da Comissão de Pós-Graduaçãodo IBUSP (CPG-IB, veja instruções na página da internet). Pedidosoficiais, como solicitação de exame de qualificação e defesas, prorroga-ções de prazo, auxílios financeiros, devem ser protocolados na Seção deProtocolo do IB. Após sua matricula inicial, toda sua vida acadê-mica na pós-graduação é administrada pelo Sistema Janus1.É com ele que você fará matrícula em disciplinas, acompanhará suasnotas e frequência, prazos, e resultados de solicitações. Assim que esti-ver matriculado, crie uma conta no Janus2 e experimente navegar pelasseções, para se familiarizar.

Disciplinas

Nossa filosofia é dar ao aluno liberdade para buscar as disciplinas quejulgar importantes para sua formação. Por isso, nosso Programanão tem disciplinas obrigatórias, mas há cinco consideradasbásicas para a formação de ecólogos que são oferecidas todosos anos:

BIE5701 Ecologia de Campo3, condensada, em julho.1https://sistemas.usp.br/janus/2opção primeiro acesso, na página inicial3http://ecologia.ib.usp.br/pos/curso/

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BIE5771 Planejamento e Análise de Pesquisas Ecológicas, extensiva,primeiro semestre.

BIE5778 Ecologia de Comunidades4, condensada, quatro semanas nosegundo semestre.

BIE5782 Uso da Linguagem R para Análise de Dados em Ecologia5,condensada,três semana no primeiro semestre.

BIE5786 Ecologia de Populações6, condensada, quatro semanas noprimeiro semestre.

A disciplina Preparação Pedagógica em Biologia (BIP5700)também é oferecida anualmente e é obrigatória para alunos dedoutorado bolsistas CAPES. Por exigência da agência financiadora,se você usufruiu de bolsa de doutorado CAPES em algum momentode seu doutorado, deverá realizar estágio de docência (ver item sobrePAE, pág. 18), que inclui cursar esta disciplina. Neste caso, você podetambém cursar disciplinas equivalentes oferecidas por outros Programasde Pós-Graduação da USP.

As demais disciplinas são oferecidas a cada dois ou três anos. Graçasà diversidade de áreas de pesquisas de nossos professores, temos umleque amplo de disciplinas. Além disso, você tem à disposição todasas disciplinas de pós-graduação oferecidas na USP. Consulte nosso sitepara o catálogo das disciplinas do PPGE-USP, e a lista das oferecidas nosemestre. Para as disciplinas de outros Programas, consulte o sistemaJanus7.

Cabe a você e seu orientador compor um plano de estudo com as dis-ciplinas que julgarem convenientes, que devem totalizar 24 créditospara o mestrado e 15 créditos para alunos de doutorado quecursaram mestrado. Alunos de doutorado direto devem obter 39créditos. Pelo menos dois terços dos créditos devem ser de disciplinasoferecidas por cursos de pós-graduação de qualquer unidade da USP.

4http://ecologia.ib.usp.br/bie57785http://ecologia.ib.usp.br/bie57826http://ecologia.ib.usp.br/bie57867https://sistemas.usp.br/janus/

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Etapas de sua pós-graduação

Destes, pelo menos 40% dos créditos devem ser obtidos em disciplinasoferecidas pelos cursos de pós-graduação do IB-USP. Créditos obtidosem disciplinas de outras universidades estão sujeitos à aprovação daCCP. Adicionalmente, podem ser atribuídos créditos especiais para ar-tigos e capítulos de livros que você tenha publicado e participação noPrograma de Aperfeiçoamento de Ensino (PAE, pág. 18).

Comitês de Acompanhamento

Os alunos de mestrado que ingressaram a partir de 2011 de-vem ter um Comitê de Acompanhamento, com o objetivo de au-xiliar o planejamento, execução e defesa da dissertação, bem como naformação geral do aluno. O Comitê é formado pelo orientador e outrosdois pesquisadores doutores, que são escolhidos pelo próprio aluno e seuorientador. O Comitê é uma instância consultiva e de apoio à orienta-ção, e não de avaliação. As normas estão em nossa página na internetseção Normas > Do Programa > Comitês. Atenção aos prazos:

Indicação do Comitê: até 3 meses após seu ingresso no Programa.

Primeira reunião: até 6 meses após seu ingresso no Programa.

Segunda reunião: entre 8 e 16 meses após seu ingresso no Programa.

Terceira reunião: entre 18 e 26 meses após seu ingresso no Programa.

Exame de qualificação

O exame de qualificação avalia o progresso de seu conhecimento e ama-durecimento científico em sua área de pesquisa. A qualificação éobrigatória apenas para os alunos de doutorado e não há neces-sidade de obter créditos em disciplinas para sua realização. O examede qualificação consiste na entrega pelo aluno de trabalho(s) escrito(s)sobre tema relacionado ao seu projeto. Esses trabalhos escritos serãoavaliados por uma banca de três professores, que arguirão o aluno. O

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orientador não faz parte da banca examinadora. Os exames de quali-ficação do doutorado e doutorado direto diferem quanto à modalidadede trabalho escrito exigido e aos prazos. Para entender melhor essasdiferenças, veja os tópicos a seguir.

Doutorado

O aluno de doutorado que cursou mestrado deve apresentar um artigocientífico (empírico, teórico ou metodológico) pronto para publicação,em revista que conste da base de dados SciELO, Scopus ou Web of

Science, ou revisão sobre um tema relacionado à tese, apresentada emformato para publicação em periódico científico. A normas e orienta-ções estão em nossa página, seção Normas > Do Programa > Exame

de Qualificação.O aluno de doutorado deve se inscrever para o exame de qualificação

até o 26º mês a partir de seu ingresso. A solicitação para o exame dequalificação deverá ser encaminhada à CCP. O exame será realizadoaté 60 dias a partir da data de inscrição. O aluno que for reprovado noexame de qualificação poderá repeti-lo apenas uma vez, devendo realizaro novo exame em até 90 dias contados a partir da data de realização doprimeiro. A reprovação no segundo exame leva ao desligamento.

Doutorado direto

O aluno de doutorado que não cursou mestrado deve apresentar doistrabalhos no formato de artigos para publicação, segundo as normas deperiódicos científicos escolhidos pelo aluno e seu(sua) orientador(a). Osdois artigos devem ser derivados de seu trabalho de tese e um deles podeser uma revisão no formato estabelecido para o doutorado normal. Oaluno de doutorado direto deve se inscrever para o exame de qualificaçãoaté o 32º mês a partir de seu ingresso no programa. Os demais prazossão os mesmos do doutorado normal. A reprovação no segundo exameleva ao desligamento. A normas e orientações estão em nossa página,seção Normas > Do Programa > Exame de Qualificação.

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Etapas de sua pós-graduação

Avaliação de desempenho

O seu desempenho acadêmico inclui, além dos resultados nas disciplinase no exame de qualificação, a condução adequada de seu projeto depesquisa, que resultará em sua tese ou dissertação. Há critérios mínimosa atender, ou seu desempenho acadêmico e científico será consideradoinsatisfatório, podendo resultar em seu desligamento do curso. Alémdas situações previstas no artigo 54 do Regimento de Pós-Graduaçãoda USP8, são considerados indicadores de desempenho insatisfatório:

� Não cumprimento do projeto de pesquisa e cronograma de ativida-des propostos no processo seletivo;

� Ausência das atividades do programa por período superior a trêsmeses, sem justificativa;

� Reprovação pelo orientador, pela segunda vez (consecutiva ou não),do relatório de atividades anual, com justificativa sobre os aspectosrelacionados à improdutividade do aluno. A justificativa do orienta-dor deverá ser aceita pela CCP e pela Comissão de Pós-Graduação(CPG);

� Procedimento irregular de natureza grave (e.g., plágio ou fraude,ver abaixo).

Constatada alguma dessas situações, a CCP irá avaliar e deliberarsobre o desligamento, tendo o aluno o direito de apresentar suas justi-ficativas, caso julgue o desligamento improcedente.

Procedimentos irregulares

O maior patrimônio do pesquisador são suas criações intelectuais, e seuvalor é reconhecido sob a premissa de que são criações legítimas. Oplágio é qualquer apropriação indevida de criações intelectuais alheiase a fraude é forjar uma criação intelectual sem a devida fundamentação.Plágio e fraude são as duas falhas éticas mais graves que um pesquisador

8http://leginf.uspnet.usp.br/resol/r5473m.htm

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ou pós-graduando pode cometer e que podem comprometer sua carreirade forma irreversível. Por isso, nosso Programa inclui plágio efraude entre os procedimentos irregulares de natureza grave,que incorrem no desligamento, se comprovados.

Plágio

O plágio em ciência ocorre, em geral, como apropriação de ideias, da-dos ou textos de outros autores sem o devido crédito. Informe-se paraevitar este erro, pois cometê-lo inadvertidamente não atenua sua res-ponsabilidade. Há muito material a respeito que você pode consultarpara se informar melhor.

Como leitura inicial recomendamos a cartilha On Being a Scientist9,e o manual de boas práticas acadêmicas da FAPESP10. Além de con-sultar esses materiais, é crucial que você converse com seu orientador.Podemos adiantar dois princípios simples para evitar o plágio:

� Sempre que utilizar dados ou ideias de outras pessoas, creditá-losaos seus autores de maneira clara e inequívoca;

� Caso utilize transcrições de textos de outros autores, no idiomaoriginal ou traduzidos, coloque o trecho transcrito entre aspas eindique o autor e obra de onde foram obtidos.

Fraude

As fraudes científicas mais comuns são a alteração de resultados e a cria-ção de dados falsos. Uma premissa básica da nossa profissão é que todaa atividade científica assenta-se na confiança mútua dos pesquisadoresde que toda a evidência empírica é legítima e não sofreu uma interven-ção para atender a expectativas ou interesses. O princípio básico paraevitar a fraude é simplesmente buscar coletar seus dados de maneiraisenta e nunca alterá-los para chegar a um resultado desejado. Além

9http://www.nap.edu/catalog.php?record_id=491710http://www.fapesp.br/boaspraticas/

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Etapas de sua pós-graduação

do material citado acima, recomendamos o artigo ¿Ecólogos o Ególo-

gos? Cuando las ideas someten a los datos11, do ecólogo AlejandroFarji-Brener.

Conclusão de sua pós-graduação

Prazos

Tendo cumprido todas as atividades obrigatórias (número mínimo decréditos, qualificação para doutorado ou reuniões do comitê para mes-trado), você pode concluir seu curso. Isto é feito com o depósito desua dissertação/tese na Secretaria de Pós-Graduação do Instituto deBiociências dentro do prazo máximo de integralização, que é contado apartir de seu ingresso (primeira matrícula):

Mestrado: até 28 meses após o ingresso

Doutorado: até 48 meses após o ingresso

Doutorado direto: até 60 meses após o ingresso

Para o depósito, você deve apresentar a dissertação de mestrado emseis vias ou a tese de doutorado em oito vias, com o encaminhamento emformulário de depósito12, devidamente assinado pelo orientador, junta-mente com uma cópia digital em mídia portátil contendo o resumo dadissertação/tese (em arquivo de texto) e a versão eletrônica completado trabalho (em arquivo do tipo PDF). Este ato comprova a conclu-são de sua tese ou dissertação dentro do prazo de integralização. Emseguida, a CCP indicará a comissão julgadora e a data de sua defesa.Para informações detalhadas sobre prazos, composição da banca, tempode apresentação e critérios de avaliação das dissertações/teses, consulteas páginas do PPGE-USP e da CPG-IB.

11www.scielo.org.ar/pdf/ecoaus/v19n2/v19n2a09.pdf12estes e outros formulários estão disponíveis na página da CPG-IB: http://

www.ib.usp.br/cpg

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Prorrogação de prazo

O prazo para depósito da dissertação/tese pode ser prorro-gado em casos excepcionais, por período não superior a 60dias. Para solicitar prorrogação, o aluno deverá enviar à CCP um re-querimento assinado e com parecer circunstanciado do orientador, comciência do coordenador do PPGE-USP, acompanhado de justificativada solicitação, versão preliminar da dissertação ou tese e cronogramadas atividades a serem desenvolvidas no período de prorrogação. Em-bora o Regimento da Pós-Graduação da USP permita aos Programasprorrogações de até 120 dias, o PPGE-USP tem a norma interna deconceder no máximo 60 dias de prorrogação.

De acordo com os critérios vigentes, a CCP entende como excepcio-nalidade as seguintes situações:

� Problemas de saúde que tenham prejudicado o desenvolvimento dadissertação ou tese, comprometendo o cronograma original;

� Problemas pessoais graves, como falecimento ou doença grave defamiliares próximos;

� Imprevistos no trabalho de campo ou laboratório que atrasaram ocronograma original.

As seguintes situações não caracterizam excepcionalidade e, por-tanto, não são consideradas pela CCP em pedido de prorrogação deprazo de depósito:

� Coleta de informações adicionais não previstas no cronograma ori-ginal;

� Análises adicionais não previstas no cronograma original;

� Atrasos no cronograma em decorrência de outras atividades, remu-neradas ou não.

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3. Bolsas e auxílios

Bolsas de estudo

Há duas maneiras de se obter uma bolsa de estudos em nosso Programa:bolsas da cota institucional, que são geridas pelo PPGE-USP, e bolsasatribuídas diretamente a seu orientador. Caso você ainda não tenhaobtido bolsas por estas vias, poderá pleitear bolsas emergenciais, quesão temporárias.

Bolsas institucionais

O Programa recebe do CNPq e da CAPES bolsas institucionais, masnão há garantia de que elas sejam suficientes. Nos últimos anos, todosos nossos alunos sem vínculo empregatício e sem bolsas dos orientadorestiveram bolsas institucionais, mas esta situação varia entre anos, depen-dendo do apoio que recebemos dos órgãos de fomento e do número dealunos ingressantes. Caso não haja bolsas para todos, os alunos melhorclassificados no exame de ingresso têm precedência na concessão dasbolsas institucionais. A classificação é feita pelo resultado do examede ingresso, e está publicada na página do PPGE-USP, assim como ocronograma de disponibilidade de bolsas. Assim que uma bolsa dacota do PPGE-USP torna-se disponível, os alunos da lista deespera são consultados sobre seu interesse na bolsa, estejammatriculados ou não. Os que não estão devem então matricular-se,caso queiram usufruir da bolsa.Se você foi selecionado para uma bolsa institucional deve

conhecer e aceitar as normas de concessão estabelecidas pelas

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agências financiadoras (CNPq e CAPES), através da assinatura doTermo de Compromisso. Essas normas incluem dedicação exclusiva àpós-graduação e ausência ou suspensão de vínculo empregatício. Emcasos bem justificados, pode-se solicitar permissão do Programa paratrabalhar em outra atividade relacionada à tese, por até oito horas se-manais. Algumas agências, como é o caso da CAPES, de fato exigem oenvolvimento do bolsista em atividades didáticas. Portanto, conheçaas normas de concessão antes da assinatura do Termo de Com-promisso e informe imediatamente caso você não possa maisatendê-las (por exemplo, em caso de estabelecer vínculo empregatícioou ter recebido outra bolsa).

Além das normas de cada agência, o PPGE-USP tem a norma internade que a bolsa institucional de mestrado só pode ser usufruídaaté o 24° mês, a contar da matrícula. Para o doutorado, abolsa só pode ser usufruída até o 48° mês de curso. Vencidosesses prazos, a bolsa é transferida para o próximo classificado, mesmoque o antigo bolsista ainda não tenha concluído sua pós-graduação.Com isso, busca-se estimular a conclusão da pós-graduação dentro dosprazos e permitir que mais alunos tenham acesso às bolsas.

Bolsas individuais

Além de bolsas institucionais, há bolsas que podem ser pleiteadas peloorientador diretamente junto a outras instituições, como a FAPESP.Converse com seu orientador sobre a possibilidade de solicitar essasbolsas. O PPGE-USP considera extremamente positivo que seus alunose orientadores pleiteiem diretamente bolsas em órgãos de fomento, poisisto alivia a demanda pelas bolsas institucionais e é um indicador daqualidade e competitividade de seus quadros.

Bolsas emergenciais

Caso você não tenha sido contemplado com uma das bolsas institucio-nais e esteja aguardando algum pedido de bolsa individual, há ainda a

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Bolsas e auxílios

bolsa emergencial, que é uma cota gerenciada pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação da USP. Podem solicitar a bolsa emergencial alunosque fizeram pedidos de bolsas individuais a órgãos de fomento.Para solicitar uma bolsa emergencial, seu orientador deve enviar umasolicitação à CCP, informando a qual órgão de fomento já foi solicitadauma bolsa. Deve-se anexar o protocolo de solicitação da bolsa, e al-guns outros documentos. A Secretaria da PPGE fornece as orientaçõescompletas aos interessados. Toda a documentação dos interessados embolsas emergenciais é então encaminhada pela CCP para a Pró-Reitoriade Pós-Graduação da USP. Não há nenhuma garantia que as solicita-ções sejam aceitas, pois o número de bolsas emergenciais varia de anopara ano e a cota total de bolsas emergenciais atende a todos os pro-gramas de pós-graduação da USP, o que torna o processo de obtençãobastante competitivo.

Auxílio financeiro

Verba PROAP

O PPGE-USP recebe da CAPES todos os anos verba do Programa deApoio á Pós-Graduação (PROAP,1), para apoio de suas atividades. Dototal disponível, temos que reservar cerca de 30% para pagamento depassagens e diárias para participantes de bancas de defesa, assim comopara despesas gerais. Do restante, uma parcela vem sendo destinadopara três atividades acadêmicas que o Programa quer incentivar:

� Palestras e cursos de professores convidados;

� Tradução e/ou revisão de manuscritos para publicação;

� Intercâmbio de alunos com outros programas do país.

O restante é dividido entre gastos administrativos do PPGE e auxílioàs atividades diretamente relacionadas ao trabalho de tese ou disserta-ção de cada aluno. O plano de aplicação do PROAP é aprovado

1http://www.capes.gov.br/bolsas/bolsas-no-pais/ds-e-proap

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pela CCP a cada ano, e está publicado em nossa página nainternet (seção Recursos para alunos e orientadores > PROAP),bem como um balancete das aplicações.

Auxílio à revisão de manuscritos

O PPGE-USP disponibiliza verba PROAP para pagamento de revisãode inglês de manuscritos de seus alunos, professores e egressos do úl-timos 3 anos. Informações em nossa página, na seção Recursos para

alunos e orientadores > PROAP > Revisão de manuscritos.

Intercâmbio no país

O PPGE-USP destina parte de sua verba PROAP para apoio finan-ceiro a seus alunos para cursar disciplinas de pós-graduação em outrasinstituições. É uma oportunidade a alunos para complementar sua for-mação e interagir com alunos e professores de outras instituições. Con-sulte nossa página, na seção Recursos para alunos e orientadores

> PROAP > Intercâmbio no país.

Auxílio à pesquisa dos alunos

Você pode solicitar recurso PROAP para atividades de sua pós-graduaçãocomo:

� Aquisição de material permanente e de consumo para sua pesquisa;

� despesas com trabalho de campo;

� visita a coleções e especialistas;

� participação a cursos ou estágios fora da instituição;

� transporte e alimentação de membros dos comitês de orientação(veja seção sobre comitês, pág. 6).

A lista completa de itens financiáveis pelo PROAP está na Portariapublicada pela CAPES 2. Há prazos para solicitar o recurso, por meio

2http://www.capes.gov.br/bolsas/bolsas-no-pais/ds-e-proap

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Bolsas e auxílios

de um formulário que é entregue à secretaria do PPGE-USP. Os pe-didos são avaliados por uma comissão de alunos coordenadapela representação discente do Programa, de acordo com umaescala de prioridades definida pelos próprios alunos.

Verbas para participação em congressos

A Pró-Reitoria de Pós-Graduação da USP oferece auxílio para partici-pação em eventos, tais como congressos, simpósios e outras atividadescientíficas e acadêmicas. Para auxílios em eventos no exterior, são acei-tos somente pedidos de alunos de doutorado. Para eventos nacionaissão aceitos alunos de mestrado e doutorado. Toda documentação en-caminhada à CPG deverá ser entregue na Seção de Protocolo do IB 80dias antes da realização do evento. Para que seu pedido possa cons-tar na ordem do dia das reuniões mensais da CPG, é importante quea documentação seja entregue no protocolo no IB-USP até a 4ª feiraque antecede a reunião. Para mais informações, consulte a página daPró-Reitoria de Pós-Graduação3.

3http://www.usp.br/prpg/pt/interna1/participEventos.html

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4. Oportunidades

Estágios no exterior

Nunca foi tão fácil realizar um estágio no exterior durante a pós-graduação.Há muitos programas de apoio, que fornecem bolsa, passagens e auxíliode instalação. Abaixo seguem os principais, mas novas oportunidadessurgem constantemente. Visite a página da Coordenação de RelaçõesInternacionais da USP para atualizar-se1.

No âmbito federal há o Programa Institucional de Bolsas de Dou-torado Sanduíche no Exterior (PDSE2), financiado pela CAPES, e oPrograma Ciência sem Fronteiras3. A bolsa do estágio é composta poruma mensalidade, seguro saúde, auxílio deslocamento e auxílio insta-lação. Os valores variam de acordo com o país de destino. O CNPqtambém possui um outro programa de bolsas sanduíche no exterior4.

A Pró-Reitoria de Pós-Graduação da USP tem incentivado iniciativasde cooperação internacional e buscado formas de apoio para o desen-volvimento de convênios e intercâmbios internacionais. O Programa deMobilidade Estudantil para alunos de Pós-Graduação disponibiliza bol-sas de estudos para doutorandos cumprirem estágio de cinco meses naEspanha, Portugal, México, Chile e Argentina. Para informações maisdetalhadas, consulte a página da Coordenação de Relações Internacio-nais da USP5. Além disso, a PRPG USP oferece uma complementação

1http://www.ccint.usp.br/2www.capes.gov.br/bolsas/bolsas-no-exterior/

doutorado-sanduiche-no-exterior-pdse3http://www.cienciasemfronteiras.gov.br/4http://www.cnpq.br/normas/rn_07_021_anexo3.htm5www2.eerp.usp.br/ccnint

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Oportunidades

de auxílio a doutorandos para estágio de pesquisa no exterior6. Porfim, bolsistas FAPESP contam com programa Estágio de Pesquisa noExterior7.

Programa de Aperfeiçoamento de Ensino

A USP mantém um programa de estágio supervisionado em docência, oPAE8. Participando do PAE você auxiliará em disciplinas de graduação,sob supervisão do professor responsável. Antes disto, você deve cursaruma disciplina de preparação pedagógica. Os participantes do PAE têmdireito a um crédito pela atividade e podem solicitar auxílio financeiro,sem prejuízo da bolsa de pós-graduação. É uma ótima oportunidade detreinamento em docência na graduação. O PAE é obrigatório paraalunos de doutorado que tenham usufruído de bolsa CAPES.

As inscrições são semestrais e ocorrem em outubro para realizar oestágio no 1° semestre do ano, e em maio, para realizar estágio nosegundo semestre. Mais informações na página do PAE, no site daPró-Reitoria de Pós-Graduação9.

Seminários EcoEncontros

O EcoEncontros (seminários do PPGE-USP) é uma iniciativa dos alu-nos, em vigor desde 2008. As palestras são realizadas quinze-nalmente na sala de Seminários do Departamento de Ecologia(sala 250 do Prédio Ernst Markus) às quintas-feiras, 17 horas.Todos os alunos podem se inscrever para ministrar uma palestra, quepode versar sobre resultados de um trabalho já finalizado ou sobre oprojeto de mestrado ou doutorado em desenvolvimento. Os semináriossão uma ótima oportunidade de intercâmbio de ideias e um excelente

6http://www.usp.br/prpg/pt/interna1/alunosdeposgraduacao.html7http://www.fapesp.br/bolsas/bepe/8Programa de Aperfeiçoamento de Ensino9http://www.usp.br/prpg/pt/interna1/pae.html

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canal de comunicação entre os alunos e os docentes do Programa. Entreem contato pelo correio eletrônico [email protected].

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5. Boas práticas acadêmicas1

A pós-graduação é a etapa de nossos estudos em que fica mais evidenteque o aluno é o protagonista de seu aprendizado. Todos os recursos eajudas fornecidos pelos orientadores, professores e equipe do Programasó serão efetivos se você tomar para si a responsabilidade por sua for-mação. Há, portanto, mudanças importantes de postura que devemocorrer na pós-graduação, relacionadas a definir-se como um bom pro-fissional. A seguir, discutimos as principais, muitas das quais podemjá estar em curso para você. Vale ressaltar, entretanto, que todas asmudanças são aspectos que demandam constante reflexão e aperfeiçoa-mento, e prosseguem por toda a nossa vida profissional.

A pesquisa não tem uma jornada de trabalho

usual

Não trate sua pós-graduação como um trabalho de horário fixo de 40horas semanais, pois a pesquisa é um trabalho por demanda, não porjornada. Todo pesquisador tem liberdade para gerir seu horário, poishá certas metas que exigem períodos de jornadas longas e não usuais,como a coleta de dados, uma disciplina intensiva, ou finalizar o texto daqualificação. Há um risco grande de confundir esta liberdade de gestãodo horário e a sucessão de rotinas diferentes com falta de rotina. Porisso, capacidade de planejamento é tão vital para o pesquisador como

1O texto a seguir é livremente inspirado na resenha intitulada . On being a

successful graduate student in the sciences, do Dr. John N. Thompson (Departmentof Ecology and Evolutionary Biology, University of California, Santa Cruz, CA,USA). E-mail: [email protected].

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suas ideias, seu conhecimento ou sua capacidade de trabalho.Outro equívoco comum é a crença que trabalho duro, como um campo

especialmente difícil, é sinônimo de qualidade de uma pesquisa. Semdúvida há momentos de trabalho intenso na pós-graduação, mas elessó farão sentido dentro de um planejamento maior. Para o exame deingresso você apresentou um projeto com um cronograma de execução.Re-avalie este cronograma cuidadosamente e verifique se todas as me-tas para concluir sua pós-graduação estão definidas com a clareza, se acada meta está atribuído um prazo realista e estabeleça critérios con-cretos para avaliar se você alcançou cada uma de suas metas. Além dedar sentido aos momentos críticos de sua pós-graduação, com um bomcronograma você pode se preparar para eles e ainda ter tempo para seulazer, descanso e vida pessoal.

Ordem e organização

É evidente que não se pode chegar a fazer tudo o que se deseja ao longoda vida, simplesmente porque não há tempo suficiente. O problema,portanto, é o que fazer e o que deixar de fazer. Essa decisão não deve sertomada por capricho. Trata-se de uma tentação comum fazer o urgenteantes do importante, o fácil antes do difícil, o que termina rápido antesdo que requer um esforço de longa duração. A ordem e a organização,que são virtudes que dependem muito da sua educação e também dosorientadores, são também a melhor forma de lidar com esses conflitos.Infelizmente, não se dá a devida importância a elas. Alguns detalhesinformativos das virtudes da ordem e da organização são, por exemplo,a pontualidade e o cumprimento de prazos. Quando não há ordem eorganização na cabeça, acabamos sempre por escolher as atividades quemais nos apetecem ou aquilo que nos parece urgentíssimo, mas que nãoé exatamente o que devemos fazer no momento.

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Boas práticas acadêmicas

Teoria é fundamental

Segundo o economista Edward E. Lawler “teoria sem dados é fantasia,mas dados sem teoria é caos”. Durante a pós-graduação, é importanteque você identifique as disciplinas que irão ajudá-lo a entrar em contatocom a literatura pertinente da sua área de estudo e a lê-la de maneiracrítica. Além disso, desenvolva o hábito de consultar os principais perió-dicos das áreas relacionadas ao seu projeto. A maior parte dos principaisperiódicos sobre ecologia possui um sistema de notificação por correioeletrônico que permitirá você sempre se manter informado sobre o queestá acontecendo na sua área. Note, entretanto, que para desenvolverseu projeto, você provavelmente necessitará não só de muito conheci-mento sobre a área principal do projeto, mas também de outras áreasrelacionadas.

Você faz parte de um laboratório

Durante a sua pós-graduação você fará parte de um laboratório quepossivelmente incluirá, além de seu orientador, pesquisadores de pós-doutoramento e alunos(as) em diferentes fases de suas carreiras, desdeestudantes de iniciação científica até estudantes no fim do doutorado.Além disso, alguns de nossos docentes possuem laboratórios coletivos,dos quais participam estudantes e professores com interesses distintose muitas vezes complementares ao seu. Aproveite essa oportunidadepara conhecer outros pesquisadores e aprender mais sobre a pesquisaque eles desenvolvem. Estude cuidadosamente os trabalhos publicadospelo laboratório de pesquisa do qual você faz parte. Afinal, você esco-lheu trabalhar neste laboratório porque as questões que este grupo depesquisadores quer responder são próximas às do seu próprio interesse,não é mesmo?

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Suas perguntas são interessantes ou triviais?

Formular boas perguntas é um desafio em qualquer área da ciência,especialmente para aqueles em início de carreira. Diante dessa dificul-dade, é importante que os jovens ecólogos tenham discernimento pararesponder uma questão crucial: estou respondendo perguntas interes-santes ou minhas perguntas são triviais? Infelizmente, não existeminstruções gerais para formular boas perguntas (mas veja o tópico ante-rior sobre teoria). Entretanto, existem dois padrões gerais de perguntasconsideradas triviais que você deveria evitar na sua dissertação ou nasua tese:

1. Realizar estudos comparativos desprovidos de um embasamentoteórico sólido e sem nenhuma hipótese prévia a respeito do quese espera encontrar geralmente caracteriza uma pergunta trivial.Esta é a famosa síndrome do “comparar por comparar”, que não fazo conhecimento científico avançar.

2. A ausência de informações biológicas sobre um determinado orga-nismo não é razão suficiente para justificar um estudo. Existemmais de 15 milhões de espécies no planeta e temos informação bi-ológica para uma parcela ínfima deste total. Portanto, a falta deconhecimento sobre uma espécie é a regra e não é um bom argu-mento. É crucial que você tenha claro outras razões que fizeramvocê escolher uma espécie ou táxon em particular para investigar,entre os milhares pouco estudados.

A resposta para a pergunta “Com o que você

trabalha?”

Muitas vezes perguntamos aos nossos colegas com o que eles trabalhame recorrentemente ouvimos como resposta o nome de uma espécie ou deum táxon, um tipo de ambiente, alguma interação particular entre doistáxons ou algum detalhe superficial sobre o tema de estudo. Quando

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Boas práticas acadêmicas

você se fizer esta pergunta ou respondê-la para outras pessoas, vocêdeve ser capaz de expor claramente e em poucas palavras aquestão científica que você pretende abordar no seu projeto enão detalhes periféricos como grupo de estudo ou tema geral.

Seja um bom usuário da estatística

A estatística é o conhecimento instrumental mais importante hoje paraa biologia, além da língua inglesa. É a análise estatística que liga nos-sos dados a hipóteses e teorias. Um bom usuário sabe que há mais deuma abordagem estatística e compreende as suas diferenças essenciais.Pode não conhecer todas a ponto de se sentir seguro a aplicá-las, masdedica-se a compreender criticamente e operacionalmente pelo menosuma delas. Um bom usuário não é nem quer ser um estatístico,mas recusa-se a usar rotinas cuja lógica ignora. Sua meta é quea estatística não seja para ele uma caixa preta onde entram dados esaem resultados. É um objetivo de longo prazo que demanda muitoestudo e, em muitos casos, o aprendizado de uma linguagem computa-cional que o livre da camisa de força dos pacotes estatísticos. Por issocomece logo sua educação de usuário. O PPGE-USP oferece disciplinasbásicas como Planejamento e Análise de Pesquisas Ecológicas e Uso daLinguagem R para Análise de Dados em Ecologia, e outras mais avan-çadas como Modelagem Estatística para Ecologia e Recursos Naturais,e várias Tópicos Avançados em Ecologia.

Aprenda a expressar suas ideias e resultados

para seus pares

Durante sua carreira como pesquisador, você passará muito tempo ten-tando explicar conceitos, hipóteses e resultados para seus pares. Umadas qualidades fundamentais de um bom pesquisador é a ha-bilidade de se comunicar de forma clara, simples e direta, seja

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verbalmente ou por escrito. Entretanto, essa habilidade não surge deforma miraculosa no momento em que você ingressa na pós-graduação.

Durante todo o seu período de permanência na pós-graduação vocêdeve se expor constantemente a situações nas quais você precisa falarem público. Em cada uma dessas oportunidades, você estará exerci-tando sua capacidade de comunicação verbal. Aprenda com seus errose aproveite as apresentações de outros colegas e profissionais mais ex-perientes para incorporar aspectos positivos nas suas próprias apresen-tações. Uma excelente oportunidade para começar a se exercitar são osSeminários EcoEncontros (pág. 18).

Adicionalmente, é muito importante que você aprenda a se comuni-car bem de forma escrita. Esta é uma habilidade para a qual os alunosrecebem pouco ou nenhum treinamento formal durante a graduação,o que pode explicar parcialmente a dificuldade de muitos alunos depós-graduação de escrever seus projetos, dissertações, teses ou artigos.Aproveite sua pós-graduação para exercitar a redação de textos científi-cos. Em nosso curso, a disciplina Ecologia de Campo é um treinamentointensivo da lógica da pesquisa e comunicação científica.

Exponha-se às críticas e comentários dos seus

pares

Uma vez o jornalista Paulo Francis fez a seguinte declaração:

Dizem que ofendo as pessoas. É um erro. Trato as pessoascomo adultas. Critico-as. É tão incomum isso na nossa culturaque as pessoas acham que é ofensa. Crítica não é raiva. Écrítica. Às vezes é estúpida. O leitor que julgue. Acho quequem ofende os outros e os leitores é o jornalismo em cima domuro, que não quer contestar coisa alguma. Meu tom às vezesé sarcástico. Pode ser desagradável. Mas é, insisto, uma formade respeito.

Uma lógica bastante similar também se aplica ao meio acadêmico e,em particular, aos momentos em que expomos nossas ideias e resultados

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Boas práticas acadêmicas

à apreciação dos nossos pares em seminários, palestras e apresentaçõesorais em congressos. O desejo sincero de se expor às críticas e comen-tários dos nossos pares, assim como a maturidade de compreenderque as críticas são direcionadas ao seu trabalho e não a vocêcomo indivíduo, são passos importantes na sua formação como pes-quisador.

Lembre-se que fazer ciência é também um

desafio social

Você não poderá fazer muito progresso como pesquisador a menos quevocê esteja disposto a procurar ajuda de outras pessoas e, em retorno,oferecer ajuda àqueles que necessitam. As maiores questões emecologia demandam muito mais conhecimento teórico e ha-bilidades técnicas do que qualquer pessoa possa adquirir du-rante toda a vida. Portanto, é impossível trabalhar de forma isoladae você deve estar disposto a colaborar com outras pessoas se deseja res-ponder questões maiores. Esta colaboração envolve não somente seusco-autores, mas também a discussão de seus projetos com colegas doPrograma e de outras universidades do Brasil e do exterior. Um dosgrandes prazeres da ciência é discutir ideias com pessoas com diferentesformações e interesses.

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Programa de Pós-Graduação em Ecologia

Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo

Rua do Matão, Trav. 14, nº 321, Cidade Universitária

CEP 05508-900, São Paulo - SP - Brasil

http://ecologia.ib.usp.br/pos

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Telefone: 11 30918096