UNIVERSIDADE DE SÃo PAULO · a estrutura ou comportamento de um sistema físico pelo qual se...
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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
INSTITUTO DE FlsICA E QUIMICA DE SÃO CARLOS
DEPARTAMENTO DE FlsICA E CItNCIA DOS MATERIAIS
Modelos Eletrônicos do atrito seco,
sistemas biestáveis e colisões elás
ticas e inelásticas.
Luiz Gonçalves Neto
Dissertação apresentada ao Instituto de
Física e Química de são Carlos,USP p~
ra obteção do título de Mestre em Físi
ca Aplicada.
Orientador:Prof.Dr.Robert Lee Zimmerman
são Carlos - são Paulo
1990
UNIVERSIDADE DE SÃo PAULOINSTITUTO DE FfslCA E aUfMICA DE SÃO CARlOS
~EMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTACAO DE ~ESTRADO DE LUI: GONCALVES NETO APRESENTADA AO
INSTITUTO DE FISICA E QUIMICA DE SAO CARLOS~DA UNIVERSIDADE DE SAO PAULO~EM 03 DE 0EZE~BRO DE1990~
CJ~ISSAO ~ULGADGPA:
/~=-----v~~~~t-------------~---Prof 1Dr' ~Car 1Ü':· ~t1r'" j qt~E: de Br i tG Crt~z
Cx. Postal, 369 - FONE (0162) 71-1016 - CEP 13.560- São Carlos - SP - Telex 162374- FOSC - BR - BRASI L
2
AGRADEC If'1ENTüS
Ao Prof. Robert Lee Zlmmermam,
amizade.
A minha família pelo apoio.
pela orientaQáo.incentivo e
Ao Prof. Heitor Cury Basso. pelas sugestóes valiosas e
infraestrutura para a reallzaQaO deste trabalho.
Ao Prof. Sérgio Selaschi, pelas sugestões e discussões.
Ao Prof. Jocelyn Freitas Benaton, pelos conceitos
sobre mOdelos, e sugestóes sobre trabalho.
iniciais
Ao Prof. Davilson Lucato. Pela amizade e incentivo.
Ao Eng. Matteo, pelo suporte técnico.
A Secretária lvone. pela atenQao e dedicaQáo.
Ao meus colegas Flávio Roberto Filho, Celso
Paulo Eduardo Casal Garcia e muitos outros,
incentivo e amizade.·
Ao CNPQ por parte do apoio financeiro.
'I
Luiz
pelas
Franzotti,
sugestões,
3
RESUMO
Aplica-se o conceito de analogias para para modelar-se quatro
sistemas:
1.0scilador Harmónico na presença de Atrito Viscoso e
Seco.
2.Sistemas Dinâmicos Biestáveis.
3.Partícula em Caixa.
4.Partícula em mesa vibratória.
Atrito
característica
modelarmos
No caso (1.) utilizamos a
tensão) de diodos de silício para
osciladores.
o
IxV (corrente
atrito seco
x
em
No caso (2.) utilizamos a característica IxV
germânio para projetarmos um circuito que modele
biestável. Exemplificamos que este circuito pode
para a verificação da Teoria de Transiçâo de Fase de
materiais ferromagnéticos próximo ao ponto crítico.
de diodos de
um potencial
ser utilizado
Landau para
No caso (3.) utilizamos a característica IxV de diodos de
silício para modelarmos uma caixa onde dentro existe uma
partícula. As colisóes desta partícula com as paredes desta êaixa
sâo elásticas.
No caso (4.) utilizamos a característica em modelar choques
de diodos de sIlício para modelarmos os cnoques inelásticos de uma
partícula em uma mesa vibratÓria.
descrever seus movimentos, observamos,
eletronicos, uma dinâmica extremamente
caótico.
Apesar destes sistemas pOSSUIrem equaçóes
utilizando
complexa e
simples para
estes modelos
comportamento
4
ABSTRACT
We applied the concepts of analogy to model four sistems:
1.The harmonic oscillator in the presence of viscous damping
and dry friction.
2.A two-well oscillator potencial.
3.A particle in a boxe
4.A particle on a vibrational table.
In case
characteristic
oscillators.
(1. )of
we applied the IxV (current
silicon "diodes to model dry
x voltage)
friction ln
In case (2.) we applied the IxV characteristic of germanium
diodes to make a circuit with a two-well potencial. We showed that
this circuit could be used to verify the Landau Phase Transition
Theory in ferroeletric materiaIs near the critical pOlnt.
In case (3.) we applied the IxV characteristic of silicon
diodes to model a box with a particle inside. The particle
collisions with the box walls are elastic.
In case (4.) we
silicon diodes to model
vibrational table.
applied the colision characteristic af
inelastic collisions of a particle on a
Althought those sistems have simple equations to describe
their motion, we observed, using those eletronics models, a very
extremlly complex dynamic and a caotic behavior.
5
SU/vltlRIO
Introdução. 8
1. Caos Em Sistemas Deterministicos. 14
2. Consideracóes Fundamentais Sobre Sistemas Dinámicos. 22
3. Modelos e Analogias. 38
4. Oscilador Harmonico com Atrito Viscoso e Atrito Seco.
4.1. Análises Básicas 54
4.2. Modelos e Analogias 61
4.3. Normalização 68
4.4. Resultados 70
5. Sistemas Biestáveis.
5.1. Análises Básicas
5.2. Modelos e Analogias
5.3. Normalizaçào
5.4. Resultados
6. Partícula em Caixa.
6.1. Análises Básicas
6.2. Modelos e Analogias
6.3. Normalização
6.4. Resultados
7. Paticula em Mesa VibratOria.
6.1. Análises Básicas
6.2. Modelos e Analogias
6.3. Normalizacão
6.4. Resultados
Conclusões.
7988
9193
99
105
107109
118
121123
125
131
Apêndices.
Referências Bibliográficas.
b
133
151
Há uma anedota segundo a qual o
teórico do quantum Werner Heisenberg, em
seu leito de morte, teria dito que faria
duas pergunta a Deus: por que a
relatividade. e por que a turbulência?
E teria concluido: "Eu realmente acho que Ele
deve ter uma boa resposta para a
primeira pergunta."
INTRODUÇ~O
Introdução
MODELOS E ANALOGIAS EM SISTEMAS DIN~MICOS
Desde as prim6rdios a ser humana tem feita o usa das mais
diversas tipos de modelos para poder estudar e compreender os
fatos e fenomenos que o cercam na natureza e nas áreas das
ciências exatas, humanas e biológicas.
Na física define-se modelo como o conjunto de hipóteses sobre
a estrutura ou comportamento de um sistema físico pelo qual se
procuram explicar ou prever, dentro de uma teoria científica, as
propriedades do sistema. Também podemos definir modelo como um
objeto destinado a ser reproduzido por imitação, ou a
representaçào em pequena escala de algo que se pretende executar
em grande. Neste contexto, entendemos que a palavra modelar
significa: fazer o modelo de; representar por meio de modelos.
Uma grande variedade de fenomenos exibe um comportamento
complicado, imprevisível e aleat6rio. Exemplos comuns incluem o
[I2J, os turbilhoes formados quando misturamos vagarosamente
fluxo turbulenta de uma corredeira [llJ, as mudanc;;as no tempo
dois
corantes diferentes [13J. o comportamento complexo e irregular na
dinâmica de moléculas e átomos em um gás e
em um plásma [14J.
partículas carregadas
Apesar da física ter feito grandes avanços nos últimos cem
anos. nao foi possível alcançar descric;;óes teorlcas desses
fenonenos complexos. A dificuldade está no caráter não linear das
equações matemáticas que modelam os sistemas (nos exemplos dados,
a equação de Navier-Stokes para fluxo de fluidos e a equaçao de
Newton para três ou mais particulas que se interagem). Desde que
estas equaçóes geralmente náo admitem soluc;;óesanalíticas de forma
fechada. tem-se demonstrado extremamente difícil construir teorias
úteis que possam prever. por exemplo. arrasto asa
aeroplano ou até que ponto são válidos os resultados
estatística.
da mecânica
TodaVIa, nos ultimas anos, um progresso considelavel tem sido
r'~t. ~ VI( ~\';--"~I"-f'~~-7'..', 't' "" í.. ' -!., l~I
".' --..-•.•....• -- .•..•.•..•.•.•.. -.
Introducao
feito utilizando-se a síntese da simulacao numérica e da
aproximaçao analítica. A chave para o recente progresso tem sido o
uso de computadores digitais de alta velocidade~ e em particular,
a computaçao gráfica de alta resoluçao, que permite ao matemático
'''experimental'' construir modelos matemáticos e numéricos para
identificar e explorar o comportamento do sistema estudado.
Hexperimentosd numéricos
com
Esta nova aproximação,
análises matemáticas.
que combina
tem feito surgIr um novo campo
interdiciplinar chamado dinâmica nao linear. Ü trabalho feito
neste campo tem sido aplicado não apenas em física mas tambem a
uma grande variedade de problemas não lineares em outros campos,
como a evoluçao de reaçoes qUimicas [15], o controle r-ealimentado
de circuitos elétricos [15], a interacao de populacões biológicas
[16J, a resposta de células cardíacas a impulsos elétricos [17J, a
queda e o aumento de preços na economia [I8J, etc ..
Além da simulaçao numérica e da aproximaçao analitica para a
abordagem de sistemas determinísticos nao lineares de baixa ordem.
é possível, em certos casos. valer-se das "analogias" do sistema
para modelá-Ia.
qual pode existir entre um fenômeno
entre um acústico e um eletrico, etc ..
podem
entreDefine-se analogia
físicos distintos que
matemático idêntico, o
elétrico e outro mecânico,
como a
ser
relaçao
descritos por
dois
um
feno menos
formalismo
confirmados,
pode ser
lesul tados
A utilizaçao destas analogias
imprescindível em situações onde os
numérica ou analítica preCIsam ser
fundamental
obtidos por
neceSSItamos
VIa
de
uma rápida varredura nos espaços de parâmetros para observarmos
qualitativamente a dinâmica do sistema e náo possuimos acesso a um
computador digital de grande velocidade. quando queremos dar
ênfase ao ensino de sistemas dinâmicos nao lineares; etc ..
Este trabalho irá utilizar diodos de silício e germânio de
baixo custo para a modelagem do atrito seco, que surge em vários
sistemas mecânicos; de sistemas biestáveis, que podem ser
Introduçao
utilizados para vários estudos em transição de fase; e do
elástico e inelástico, que está presente em vários
mecânicos.
11
choque
sistemas
figura Il: Oscilador Harmônico com atrito viscoso e seco.
p ()()
fIgura 12: Sistema dInâmico biestável.
Introduc;:ao
figura 13: Particula em caixa.
Abordaremos quatro sistemas:
12
1.0 oscilador harmonico na presenc;:a de atrito viscoso e
atrito seco (figura 11):
2.5istemas dinâmicos biestáveis (figura I2).
3.Particula em caixa (figura 13).
4.Particula em mesa vibratória (figura 14).
o caPltulo I introduzil-á o conceito de "caos" em sistemas não
lineares, mostrando como exemplo a dinâmica do mapa logistico.
o capitulo II apresentará algumas consideracões fundamentais
sobre sistemas dinâmicos. abordando a ....I '. - ••'..Jlnamlca doharmonico.
o capitulo III introduzirá o conceito de modelos, analogiase normalizac;:ao de equac;:ões diferenciais, exempllficando estaabordagem com o oscilador harmonico e o pêndulo simples.
Introduc;;ao 13
Os capítulos IV a VII abordarão os sistemas mencionados nos
itens 1 a 4, verificando a validade dos resultados obtidos nos
modelos eletronicos, mostrando que, apesar de possuirem equações
simples, apresentam um comportamento extremamente complexo ecaótico.
Xlt)x·(t.)
h(t)
figura 14: Partícula em mesa vibratória.
CAPITULO I
Cap.l
CAOS EM SISTEMAS DETERMIN~STICOS
Estudiosos em dinâmica não linear usam a palavra "Caos"
15
como
um termo técnico com um preciso significado matemático para se
referir á irregularidade e ao comportamento imprevisível de
sistemas deterministicos nào lineares [1.1],
Contrário ao que Isaac Newton acreditava, as equaçoes
deterministicas da mecânica clássica náo implicavam em um universo
regular e ordenado. Apesar dos fíSICOS modernos saberem que
sistemas dinâmicos com grande número de graus de liberdade, como a
atmosfera, pode exibir um comportamento aleatório para todos os
propósitos práticos, a real ':5urpresa é que sistemas
determinísticos com apenas um ou dois graus de liberdade podem ser
ca6ticos.
Tradicionalmente, o problema fundamental associado com a
origem do caos em fluxos turbulentos, os fundamentos microscópicos
da mecânica estatística e o surgimento de um comportamento
aleatório em vários outros campos tem sido evitado usando-se o
argumento que muitas
envolvidos, tornando
partículas
r-,uma namen te
e graus de
impossível
liberdade
desc 1- ever
estavam
estes
fenõmenos através dos princípios básicos. fOda',;ia, com o
descobrimento de sistemas maIS simples que possam exibir um
comportamento caótico, uma pequena esperança surgiu para a soluçáo
destes problemas [1.2J.
Talvez o mais simples exemplo de um sistema determinístico
com dinâmica não linear seja o
descrito pela equaçao
mapa logistico. Este sistema é
Xn+~ = A Xn (1 - XnJ
que determina em i(ltervalos discretos de tempo (segundos,
meses, anos, etcJ o valor futuro de uma variável Xn+~
variável Xn (n inteiro e positivo).
dPartir da
Cap.l 16
T =
O••Xo
n = O
••"T"=l~T =+Xl = f(Xo),
n =
1••T = 2t.T••X2= f (Xi )
n = 2
••T = 3~T=+X3= f (X2)
A evolução da sequenciade Xn gerada por esta simples equacão
algébrica, exibe uma extraordinária transição da ordem para o caos
a medida que o parâmetroAH é aumentado.
Para prop6sitos ilustrativos, vamos examinar o uso do mapa
logistico como um modelo para a evolução anual (LT = 1 ano) de uma
população de insetos Xn [1.3J.
Escrevendo a equação 1.1 da forma2
Xn+l=AXn-AXn , vemos que
esta é uma simples equação quadrática, com o primeiro termo linear
e o segundo termo nao linear. Quando a população inicial xo épequena (muito menOr que 1 numa escala normalizada), o
linear pode ser desprezado, e a população ap6s um ano
termo
(n=l)
não
será
aproximadamente igual a AXo. Se A>l, a população aumentará. Se
A<l, a populacão decrescerá.
equacão 1.1 pode ser
Desta
interpretado
forma,
como
o
uma
termo
taxa
linear
Iinear
da
de
crescimento ou morte, o qual pode levar a um c,-escimento ou
decaimento populacional exponencial. Se A>I, a populacão
crescer para um valor grande o suficiente para que o termo não
linear, -AXn2, torne-se importante. Desde que este termo énegativo, ele representa uma taxa não linear de morte, que
predomina quando a populacão torna-se muito grande.
A dinàmica deste ,napa e sua dependência com ,-el acao ao
parâmetro A, que mede a dimensão do termo e não linear.
pode ser melhor compreendida utilizando-se aná I i '=es '~,-aficas.
Considere os mapas de Xn+l versus Xn (chamados mapas retorno)
mostrados na figura 1.1 para quatro diferentes de ~.equação 1.1 define uma parábola invertida que intercepta o eixo Xn
em O e 1 e que possui seu máximo em Xn=O.5. Usando estes mapas de
retorno, podemos ter uma compreensão qualitativa da dinâmica do
mapa logístico sem desenvolver nenhum cálculo. Os valores
Cap.1 17
lOr
~ •. O/~S
/11A::: .2.,'1
0.8
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0.4
I
0.2
O
O
0.20.4060.8-
l.CO0.20.40.60.81.0
figura 1.1: Mapas de retorno.
sucessivos de população podem ser simplesmente determinados
tracando-se linhas neste grárico. Começa-se no valor inicial XO e
move-se verticalmente até a parábola para obter-se Xl. Deste ponto
retorna-se o eIXO horizontal para j-epetir-se este
procedimento. usando-se o valor de x~ para obter-se )(2. Podemos
utilizar uma retao .
inclinada a 45 com relacáo à horizontal e que
passa pela origem para facilitar esta operacão ífig 1.1).
Esta análise 'iOS que. se populacâo
normalizada comeca com um valer de Xú>l. esta ira imediatamente
valores negativos. tornando-se extinta em uma intera~áo. Da mesma
forma, se A>4. o pico da parábola irá exceder a 1. o que fará com
que populações iniciais próximas a 0,5 tornem-se extintas em duas
interacóes. Desta forma, Iremos restringir nossas análises para
Cap.l 18
valores de A entre O e 4 e valores de Xo entre O e 1.
Para valores de A~l. a populaçao sempre decresce para O, como
é mostrado para A=O,95 na figura 1.1. A intersecçao da parábolao
com a reta a 45 em Xn=O representa um ponto fixo estável no mapa.
Pela teoria das perturbações podemos verificar que toda populaçâo
inicial é atraida para este ponto fixo tornando-se extinta.
Todavia. para A>l este ponto torna-se instável (isto pode ser
verificado traçando-se as dinâmicas no segundo gráfico ou
aplicando-se uma perturbaçáo local. considerando-se a teoria das
perturbaçóes). Agora. a parábola irá interceptar a reta a
X=(A-1)/A, a qual corresponde a um novo ponto fixo.
em
Para valores de A entre 1 e 3, todos 05 valores de
populaçoes (exceto O e 1) tendem a este ponto. Em seguida, quandO
A é aumentado para valores entre 3 e 4. a dinâmica muda de forma
marcante. Primeiro, o ponto fixo torna-se instável e a populaçáo
tende a um estado dinâmico que é alternado entre uma populaçáo
grande e pequena. Esta sequencia convergindo para este ciclo com
periodo 2 é mostrada na figura 1.1 para A=3,2: a populaçao oscila
entre dois pontos na parabola, ~(n~D, 5 e Xn~.8. em anos
alternados. Para valores maiores de A este ciclo de período
torna-se instável e é trocado por um ciclo de periodo 4 no qual a
população alterna-se entre valores altos e baixos. ,-etornando pal-a
seu valor original a cada 4 interações. medida em que A éau~entado, a dinâmica converge para ciclos de periodo 8, 16, 32.
64. ... , finalmente acumulando para um ciclo de período infinito
em A:::.G.57.
Esta sequencia de "bifurcaçoes com dobl-amento de per~odo" ao
longo do tempo do mapa log~stico mostrado na 1. 2. o
gráfico mostra 05 valores de população, após 05 t r-a n s i t Ó r- i os,
funçao de ri entre 3 e 4. Para apenas um único estado
=stados
equilíbrio, depois quatro, oito, etc .. Cada bifurcaçáo Ila
1.2 representa um dobrame~to do número de estados de equilíbrio e
um dobramento no período.
SE RVIÇODEfrC·;.· ..i7·'7';~~·~·"<:'", ....•. ::.'.)Tv.:cTo-:-lFosC}! j.j' i..../\
Cap.l
o intervalo de A onde os ciclos sâo estáveis, decrescE
19
rapidamente a medida que o período dos ciclos aumenta, o que leva
a uma rápida acumulação dos ciclos com períodos cada vez
De fato, observando esta sequ~ncia de dobramento de per-iodos em
experimentos numéricos, Feiguenbaum [1.4] provou que o
no qual um ciclo é estável decresce na geométr- ica de
4,66926016. o tremendo significado deste trabalho e que a razão
E outr-as propriedades de sequ~cias com bifur-caçao e dobj-amento de
periodo sào universais, considerando que aparecem na di nârTlica de
qualquer sistema que pode ser aproximadamente modelado por um
mapa não linear com um quadr-át ico [1.5J. A teoria de
Feigenbaum está sendo conf ij-mada em uma gr-ande variedade de
sistemas físicos como fluidos turbulentos, quí.micas
oscilantes, circuitos elétricos não lineares, lasers em anel, etc
[1.6].
Para muitos valores de A>3,57 o di agr-ama de b ifUi-caçoes
mostra que o comportamento da população ao longo do tempo éaperiódico <caótico) e varia continuamente em intervalos de
--t-------------------- ~o
figura 1.2: Dinâmica do mapa logistico
x.
Cap. i
evolução de populaçôes neste i il t e,-vaIo é ind is tingu í 'v'!? 1
2(1
de
p~ocessos aleatÓ~ios, mesmo sendo o mapa l09istico totalmente
deterministico, no sentido de que nao
agindo.
existem fon:as ,-and"Omicas
Todavia, tambem encont~amos janelas com c:ompo\-tamento
periÓdico entre o \-eg 1me caótico. A janela (fia I S
corresponde a um ciclo de 3 A::z3,63 no Clual
popu 1ação cresce em do is anos sucess ivos e deCl-esce
Da mesma forma, a medida q~e A é aumentado dentro desta janela de
estabilidade, o ciclo de pe,-iodo 3 também pode exibir bifu~caçóes
com dobramento de periodo para ciclos de periodo 6, 12, 24 ...•
Apesar das janelas de estabilidade para a maioria dos ciclos de
maior ordem serem muito estreitas para serem vistas na figura 1.2,
os ciclos de periodo 5 e 6 podem ser observados.
Outra informaçào obtida no diagrama de bifurcação através
dos riscos escuros que marcam as regiões superiores e inferiores e
que cruzam o domínio caótico. Os riscos escur-os representam
x que sao ,úa1s e viSItado'=' '::0;11
frequincia durante a evoluçáo ca6tica. Estas estruturas ordenadas
foram descobertas exper iílrentalmente" gráficos de alta
resaluçào, como na figura 1.2.
A cascata infinita de dobramentos de pel-iodos é um dos
caminhos por onde o comportamento pode Existe(fi
também outras duas rotas possiveis para o caos exemplificado
figura 1.2. Estas sáo as r"otas por
crises.
intermit~ncia rota
Intei-mit"er,cia: Consider-e a figur-a 1.2. Para A UJlI pouco ac i Ifla
;::::ai-a. ri Uil1 PI~UCG~.- - .. ;
=:1U.::i.i r\W n(l
surge um comportamento ca6tico. entender o desta
aba i xo de Ao. O compor tamento parece ser- o de um c i c 1a de periodo
3 um longo de tempo, após o qual e~-<iste a
manifestação repentina de um comportamento caótico, seguido por um
outra longa lntervalo de tempo por um quase ciclo de periado 3 e
Cap.l 21
aSSIm por diante. A medida que A se aproxima de Ao por baixo, a
duracão média dos longos intervalos entre manifestacoes caóticas
tornam-se cada vez maiores. Desta maneira o ciclo de periodo tres
puro aparece em A=Ao. De outro modo, podemos dizer que o ciclo de
periodo 3 é convertido em um comportamento caótico a medida que üparâmetro A é diminuido abaixo do valor critico Ao. Devemos frizar
que, apesar de nosso exemplo de transicão para o caos pelo caminho
da intermitincia estar associado com um ciclo de periodo 3 do mapa
logistico da equação 1.1, este fenameno (assim como o dobramento
de periodo em cascata e crises) é bem geral; em outros sistemas
ele pode ocorrer para outros oeriodos (pel-iodo 1 por exemplo).
Crises: Pela figura 1.2 vemos que existe Uin compo,-ta,-nento
caótico para A~4, mas nenhum comportamento ca6tico para A>~.
Inversamente, a medida que A é diminuído em relacáo a 4 surge um
comportamento ca6tico. Note que em A=4 a variacáo populacional
ocupa o intervalo O<X<l. Se A é ligeiramente maior que 4, uma
populacão com condições iniciais no intervalo O<X<l ira seguir um
comportamento ca6tico em um tempo finito, tendendo para fora do
intervalo O<X<l, alcançando grandes valores negativos e tendendo a
menos infinito. Estas súbitas mudanças qualitativas da dinâmica
caó tica quando um par âme !;r-o é var iado é chamado de "cr i se" .
Fenômenos assoc iados a cr ises inc 1uem mudan.;;;a ,-epent ina da
dinâmica caótica ~ surgimento j-epentino do comportamento caótico
(uma rota poss íve 1 para o caos); e .jesaparec imellto ,-EPen tino da
dinâmica caótica.
Outra importante observaçáo em relaçáo a dinâmica de sistemas
caóticos. é a sua extrema dependência e sensibilidade a condiçoes
iniciais ou a pequenas pertubaç5es. Tal fato foi descoberto por
Lorenz em seus trabalhos cioneiros sobre metereologia [1.7].
CAPíTULO 11
,.
, • ..J .·.A. (lili(~
Cap.2
CONSIDERAÇOOES FUNDAMENTAIS SOBRE SISTEMAS DIN~MICOS
Das rela~ões básicas de um sistema, podemos, a tr-avés do
cálculo diferencial, obter seu modelo matemático [2.1J.
Vamos considerar o sistema massa-mola mostrado na figura 2.1:
figura o=, 1.'-a •• Sistema massa mola.
Este sistema massa-mola sem nenhum atrito \oscilador-
harmônico) possui a seguinte equacao de movimento:
~m dX-/dt + kx = O 2. 1
onde m é a massa do sistema a consta.rlte de tllola.
Considerando que I.'.lo;=-Yklmé a ft-equªcia angular natural do sistema,
~btemos a segUi0te equacão:
d 2 :-=.: / ij t 2 4- ~.i}(l:< = O 2.2
Cap.2
Podemos estudar o movimento do oscilador harmonico e de uma
infinidade de outros sistemas no plano >< -y , onde e y são
coordenadas ortogonais cartesianas. Cada estado do sistema, isto
é, cada valor do par de coordenadas x-y corresponde a um ponto no
plano x-y. O plano x-y é chamado plano dos estados, ou plano ..l-u\:
fase. Cada novo estado do sistema corresponde a um novo ponto no
plano de fase. Desta maneira a variaç;ão do estado ,jo sistema
corresponde ao movimento de um ponto neste plano de fase (chamado
ponto representativo), criando um caminho que é chamado Caminho de
Fase.
Fazendo dx/dt=y e obtendo-se a solucao da equaçao diferencial
analiticamente ou numericamente, quando não é posslvel fazê-Ia,
podemos obter a representacao dos caminhos de
fase.
fase :10 plano de
Para o oscilador harmonico temos as segUlntes equal;:oes
paramétricas do caminho de fase:
;, = kcos «(.,,;oút+ü)
Eliminando-se o tempo destas equaç;oes temos:
2 2: 2: 2 2x/k +y/k".::.o =1
2.3
2.,+
Esta equacào representa a curva de vár- ias eIipses no plano
x-y, para cada valor dE k e ~~. Neste caso todo o plano x-y épreenchido por eIipses, exceto no ponto x=O e y=O, onde a e1 ipse
que "c:; assa" neste pon to e degener ada em um pon to (figur-a 2.2).
Todas estas elipses representam caminhos no plano de fase,
que representam a trajetbria de movimento de uln ponto IlEste plano.
~ fácil observar que pela direcão escolhida estas
coordenadas os caminhos de fase correm sempi-e no sentido horá,io.
Transformando a equacao 2.1 em duas equacões de primeira
Cap.2
ordem podemos obter as seguintes relacões:
.x
figura 2.2: Elipses geradas pela eq. 2.~.
dx/dt = '::J dy/dt = 2.5
dividindo uma pela out~a obtemos:
d'::J/dx =2
,~.c) :~./ l-d
Pela equacao 2.6 podemos obter a InclInaçáo das curvas da
figura 2.2, e como neste caso as equações sáo i'ltegráveis, podemos
determinar as familias de curvas do plano de fase da
que também sao chamadas de Curvas Integrais.
2.2,
fase a tangente das curvas integrais, exceto no ponto ><.=0, i::J=O,
onde a direc~o da tangente i nd e t e;- ,To i ri ad a . Tais pontos
onde a direcão da tangente torna-se indeterminada são chamados de
Pentos Singulaj-es. lo~o caso do oscIladol hal°ínOnlCO, f-ior este ponto
Cap.2
singular não é possível passar nenhuma curva. Tais pontos isolados
envolvidos por curvas integrais são chamados de Centro.
Podemos observar neste caso que todos os caminhos de fase
(exceto para x=O e y=O, onde o caminho é degenerado em um ponto)
corresponde a um movimento periódico, pois L1ITI ponto descy-evendo
este caminho retorna à mesma posic;;ao com a mesma velocIdade em um
tempo finito, gerando uma curva chamada CamInho de FaSE Fechado.
E: fácil mostrar que o "tempo de recon--encia ou o PEI1.oda do
movimento é finito, pois 1...J comprimento de caminhos
fase fechados (elipses) sao finitos.
Por outro lado, o caminho degenerado ou ponto singular x=O e y=O
corresponde a um estado de equilíbrio. De fato, se o sistema
encontra-se neste estado. ai
alguma pertubaç:ao.
irá permanecer, salvo a aç:âo de
De uma forma geral, para estados de equilíbrio de um si s te,na
dirlâmico existem em co,-respondência ,·,0 p la"o fase pontos
singulares, ou seja, pontos singulares correspondem a
equilíbrio.
estados de
Podemos visualizar intuitivamente o significado das palavras
"estabilidade dos estados de equilíbrio". Entretanto, esta noç:ào
intuitiva é insuficiente e deve ser acrescida de conceitos Inals
r1gorosos,
qualquer sistema.
nos possibilitem de ma,leIra concl-eta
Vamos considerar para nossas análiSES
eXEmplos:
um dos simples
Imagine um pêndulo ideal sem atrito (figura 2.3) E evidente
e:-..:isteiT! dois es:adcs dE equilíb:-io possí·.,.,elS: t 1.
é colocado na Dosic;;áo inferior (a) , (2) quando o pêndulo
Tambem evidente estaposiç:ão inferior ia) é estável, e que a superIor (b) é
Cap.2
uma pequena pel-turbaçao firlita desta posicac
27
de
equilíbrio, o pêndulo irá iniciar um pequeno movimento oscilatório
em torno da posiçáo (a),' e tenderia a esta posiçao caso houvesse a
presença de alguma dissipaçáo de energia. Se o pêndulo se encontra
a
figura 2.3: Estados de equilibrlo do pindulü.
na posiçâo (b), uma pequena perturbaçáo finita faria com que elese movesse com uma velocidade crescente para longe dO ponte (b) I e
caso houvesse a presença
tenderia para o ponto (a).
de dissipaçáo de energIa, o pêndulo
Considerando o plano de fase temos que um ponto de equilibr-io
e estável quando, para uma pequena pertubaçao finita, o ponto que
desc,-eve o caminho de fase nunca se mova para "longe" deste ponto.
ponto i ns t á -.,..."e 1
quando o ponto que descreve o caminrlO de fase se mOva pal"a "longe"
Tal critério é ainda vago, pois não
suficientemente bem definida. Para darmos uma noçao mais
à estabilidade temos a seguinte definiçao (figura 2.~):
Cap.2
um estado de equilíbrio é estável se, para qualquer
28
demarcada como um possível resultado a perturba~ões do estado de
equilíbrio (regiáo s), n6s podemos indicar uma regláa 6(&),
figura 2.4: Definiçao de estabilidade.
contendo o estado de equilíb~io tendo proPI-iedade de qi...l8
nenhum movimento, começando dentro de 6, nunca cruze o contorno da
região ~. Por outro lado, um estado de equilíb~io é instável, seexistindo a regiao ~, nao existe a regiao ó(&} contendo o estado
de equilíbrio e tendo a p,-oPr-iedade de que um movirflento, começando
em Ó, nunca cruze o contorno da regiao
Podemos esta - . , --c1ef 1"nlt;;ao establlldade
linguagem de inequações matemáticas, levando
coordenadas x-~ do plajlO de fase. UfO estado de
e (fi ccnsideraçao
'2':::iLlll iOi 10
as
que,
~=dx/dt=O do plano de fase é considerado estável
se para t=O:
havendo u(i1
~ ...,L... ~.
~-1-.,;. ')',,,, \
CaP1l2
2.8
Chamamos este critério de estabilidade como critério de
estabilidade de Liapunov [2.2J.
A figura 2.5 mostra graficamente o resultado obtido para o
oscilador harm6nico para o ponto singular [x,O):
figUI-a 2.5: Cl-itél-io de Liapunov aplicado ao Osc i1ador-
Este estado de equilibrio é estável pais satisfaz
classificamos este ponto como Centro.
(2.8) ~ e
Cons i der ando agor a o osc i1adoi- harmon i co na pj-esenç:a de um
atrito dissipativo, que -..- .•.. :-.'=~ L.'=' seja à
velocidade, obtemos a seguinte equaç:ào diferencial:
Z 2m d x/dt ~ b dxídt + kx = O 2.9
- -f • -_::"'". -....i:-Q~.i-
onde b (b > O) é o coeficiente de atrito.
~Introduzindo a notaçao blin=2h, k!iTI='''_>O~,podemos
equaçâo 2.9 para uma forma mais usual:
converter a
~ , ~d -;>( / d t~ + 2h dx/d t + I.,)Q ~ X = O 2.10
ri soluçâo desta
t-l z =(~)Qz
o caso
onde Ai e AZ sao as ia~zes da equacao quadra.tica
c a c a c te i- í s t i c a :
? z_?-._~ . + 2h:h. +(00 = ()
chamada
2.11
equacao
2.12
P z z _ ~ _ara h)wo estas raIzes sao reaIs e paraz z· .~h (t,)Q sao complexas.
Desta maneira, dependendo do sinal de vamos obter dois
tipos de soluçao e dois di fererltes Píocessos: um
processo oscilat6rio amortecido e
oscilatório amortecido.
para- 2
h":' >!..!.)O tliTi processo não
Para o processo oscilatório amortecido temos o de
fase mostrado na figura 2.6. Todas os estados de todos os caminhos
de fase tendem para a posiçao de equilibrio (x=o e y=ú), e todos
os caminhos de fase sao espirais. Isto obviamente significa que o
processo é amortecido e os valore~ máximos de ~ e
cada volta. E tambéril que ,-, ponto ;.-;=iJ e
corresponde a um estado de equilibrio.
Os i-esu 1tados c::b t i dos .~ -..-t--,~::'
movimento no plano de fase podem fonnu 1ados da seguinte
rnar,e i r a: dafld I:} q ua 1qt.12\- 1= GCidi ç:áo i II i c i a 1 ~ j-jossa si s t 2fna fj es8r-i /w 1 :e
um movimento oscilatório ao redor da posiçáo de equilibria A=O
y=o~ exceto quatldG as condicdes illiciais
ao estado de equilíbrio.
e:<<:atarilente
Lap.2 31
No caso considerado temos apenas um ponto singular no sistema
y
.x
figUi-a 2.6:- Pi-ocesso oscilator-io amor-tecido.
de curvas integrais, sendo um porl to assintótico todas as
curvas integrais. Um ponto singular, que é Ufil ponto assintótico
para todas as curvas integrais, tendo a forma de espirais fechadas
uma na outra, é chamado de Foco.
Podemos notar pelo critério de estabilidade de Liapunov que o
sistema é estável, pois pOdemos escolher uma regiáo deque o ponto representativo nao deixe
w
ponto singular é um Foco Est~yel.
Um ponto singular do tipo foco pode ser estável ou instável
(em contraste com o ponto singular do tipo que é semp,-e
está'-/el). f\les t e e :-~emp Ia o .; .- .. - =-.I Wt-w é estável desde que a p au- t e í e a 1 de
À1 e ÀZ em 2.11 seja negativa. O significado fisico desta condi~áo
de estabilidade é claro: o
movimento.
dissipati'-~-o, ao
figura 2.7: Estabilidade de um foco pelo critério de Liapunov.
Para o processa amortecida não ascilatório temas o diagrama de
fase mostrada na figura 2.8:
y
Processa iidO 10.
Cap.c
Podemos notar primeiramente que, para toda condição inicial o
movimento é amortecido, desde que Ài e Àz sao números reais
negativos, e que para t~oo, Como da equaçao
característica 2.12 não possuem I.:)
Dscilatório é impossível e temos um pr-ocesso ape"!- i ód í co. Temos
apenas um ponto s istefTla, !'::OfTIO (ieS te caso é
impossível termos um processo oscilat6rio, este ponto
E fácil observar que o estado de .~-4 .-.I.•••.C' um nÓ
estdvel no critério de Liapunov desde que o ponto (ep j- esenta t 1 \iO
move-se ao longo das curvas integrais em ,j ire.;;ão das
coo~denadas. Desta inanEli ~ i-i estado
correspondendo a um N6Estável. Um nÓ também pode instável,
bastando para isso que expoentes \1 e ~l.-.z de 2. 11
positivos. Como no caso do foco, o signlficado fisicQ é que se o
estado de equilíbrio em um sistema sem atrito e
liberdade é estável, logo, a adição de um atrito
pode criar um distúrbio na estabilidade.
CUITI l..lfrJ
dissipativ'o
de
nao
a equa~ao diferencial possui a soluçao:
:; (A+Et) e::-\p (-qt) 2.13
e do ponto de vista do comportamento das do
tipo de ponto singular, este caso limite POSSUl um cOiTIPortamento
atribuido
tipo r··J6.
.,. .,.
ao caso h->0,.Xl-, onde temos um ponto singular estável do
Ass 1 iTi CWil1Ü no case .-1.-.'-''-' DSC i 1adOr- pOd8rflOS
obter a inclinaçao dos caminhos de fase através da equação 2.14:
Zd\d=-2hy-',-'O ;~dx '::I
Para considerarmos os casos onde eXIste a aeão de uma
2.1<+
"constante de mola negativa":
,~--.dP.2
2 2m d x!dt - kx = Q
podemos modificar esta equacáo para:
34
2.15
2d :'(/d t 2
'..c:·u i.) 2.16
reduzindo o sistema a
temos:
equacoes difereflCiais de primeira
d:.;/dt = ':I d ':;I / d t = + "~;o.•.:~
eliminando-se o tempo obtemos uma equacão de prImeira ordem
conectando x com y:
. 2di-d/dx = + i";":.(J ;.{./t~ 2.18
o estado de neste sistema \detei-minado pela
condicão dx/dt=O e dy/dt=O) é o ponto x=O e y=O. Como podemos
integral- a equacào 2.18. temos a seguinte equacào pai-a
integrais:
as curvas
L.Y
2 2ú"'ú 7.' = C 2.19
que nos dá o seguinte plano de fase da figura 2.9. A orIgem das
coordenadas é o único ponto singular da familia de curvas
inte-grais. Todas as cUr-vas integr-ais, exceto y=wo-t;Z e '-j=-;;"~-IX~ são
hipérboles que passam pela das coor-denadas. Tal p':ln to
singular~ por onde passam apenas duas curvas ir1tegrais~ quaIs
são ass1ntotas para todas as
chamado ponto do tipo Sela.
cUí\,·as é
Pelo critério de estabilidade de Liapunov, o estado
equilibrio é instável desde que não podemos escolhe, Uina
6(&) de maneira que o ponto representativo, estando nesta região
no instante inicial~ náo ultrapasse o contorno da região s dada.
~.-- ." ....I wl llld.
Todas as equações até aqui abm-dadas equac:óes
x
figura 2.9: Hipérboles descritas cela eq. 2.lq.
C::>:JinO obser-vamos, podemos Db ter as i nc 1i nacóes das cu, ...õ.S l i-i tegr aIs
pela relação:
dy.l d;, = f (x , '-:l .\ ,I Y :::l C1t-. .• :-....•.
Esta equaçáo nos leva õ. tirar duas importantes ela~óes a rEspeito
das curvas integrais para sistemas homog~neos de segunda ordem:
9C°.::om ,-elaçâo a este ,,/álido par-a sistemas (;ác; i-"~írlo'';~i-'EC;S)
espaço de f3.se ..
:....,;..:3.d;e!-~~,-'
nós e f':lCOS es t á v'e i 5 são exemplos 5 i IlÍp 1est- .- .:? -!"~ =l ,- ~_:: --.:-.1 .-- -4- - l- .-.,•..- 1; ,-,-,i t-=
· --:: .'-- ,-r- .•"--
estável. Um ciclo limite ~ uma
--, .--..J;""';
ilisoladalt, no ::er,tido ::::...ie Ciellh Uíllo. t d{Ilb éfi1
fechada (os caminhos de fase fechados do oscilado~- h2~mOnlCQ, por
exemplo, sáo obviamente náo isoladosl .
Ciclos , - . +-J.. 1rfll '-'es , os ·:Juals existem apeC!2S .= i s ternas
dissipativos náo lineaces, sáo de
[ 2 ..3 J. Ca ro 5u as 11 b a c i a:: Ij e a t r- a çã o 11 nCJ espaco cicIes
limite estáveis, assim como um nó está\iel eu uni foco est,=,"/el, sao
independentes de condiç6es
pacâmetros da equacão.
1 fI i c i a i s , são peles
Em muitas aplicac6es físicas difícil
e o amol-tec imento. Como
considerar o .-e16gio de pÊ,;'tdulo. Neste exerllp I(},controlam a cotacao da de escape tamb~m contl-ibuem com
impulsos pel-i6dicos. O aumento das oscilações do pêii;julo aumentam
até que o atrito faz com uma situaçao eql...li 1 ibr ia
:.:iclo linllte 6 i. dlPLi1 :05
pactida e é estável contra pequenas pertubacóes (como ocorre, QOi
exemp 10, quando D re 1óg i o é mo\!i do de '....llii I ugaju pal- a ·":;u ti e) .
Outr-o e:~:emplo é pr-ovido pela equacão de \,Jan Der- Poi C=:.'-'-J:
~ ~ -
d<";{/dt'" .•..b (x""-l) d;~idt-+ tI ··i I
I I.1-, I -' a'-l to-
-excitado quando Ixl~l. H equação 2.22 é equivalente
i-:;Z, dy2./dt = -b(':li~-l) 'dz - \::Jl. E;-<iste IJiTl pcnlto rl;~O 2iTI
pelo critério de estabilidade de Liapunov ,'erf!OS que este pontl~
um foco instável. Tr-ajetórias na espaço de fase P~O:<linas da origem
tendem p ar- a tora, para
,-.0
\ >, I·d
espaco
Uill
:.::on!ji~=oesiniciais:
!:ap ..2
CAP:tTULü rrr
r-"-~<-~~~-~"-... -
IS~RVIÇOL'I:.Clül.,,- r',u,, I I ~-'I ~._ l \._--_.,..~..•. ,.''''~ ~ _~'-'.,- --.-.~,._.. , _ ~-, .."-
r:ap.3
MODELOS E ANALOGIAS
~ possível a um sistema possuir vários modelos e analogias.
Vamos considerar novamente o sistema cnassa -iTIO 1a , inas
de 1...1i11 atrito \f 1 SCOSO ,elocldade
pertubado por uma força e~terna Fe (figura 3.1
figura 3.1: Sistema massa-mola com atrito viscoso e força externa.
Considerando a somato,-ia de forças n _rq ci ~'==- d.
temos a seguinte equação di ferencial que descl-e'ie o IlIoviinento:
- ~íii d'Xidt<- -+- b dx/dt -+- k = Fel, t j .3.1
à velocidade, k a constante de Inala e ~e(t) a ::ue
Este sistema possui um modelo matematico equivale!-,te
menos três outros sistemas:
pelo
;:2;:' ,,3
-circuito elétrico
série (RLC série).
com inrjutâ-ncia
-circuito elétrico CQiIJ j- es i s t ênc i a , indutância e capacitância
paralelo (RLC paralelo).
-circuito elétrico com amplificadores operacionais, capac itânc i asf- es i:= t ênc i as (AI!lP lJp}.
Para visualizarffiOs Q
aba i .:,0:
circuito RLC Sél- ie 'I ternos a
(SJ
Circuito RLC série.
neste
I..) e ( t).
Cil-cuitc temos , es i s tE- nc i a L
zero, c que nos leva à seguinte relacáo:
'·jR + \JL + I)..::; = l./e ( t )
·je'/e
~ •.c.
Cap.2
para as tensoes e cOrrentes em um resistor~ indutor
temos as seguintes relacóes~
capacitar,
VR = RI \/L = L dI/dt Q = C'v'c 3.3
I J,...,...; '-- temos:
~ -RC d\)C/dt -+- LC d""-.)c/dt'"+ I·."C = ')e(t) 3.4
considerando VC=Q/C e
carga Q do capacitor:
,.eari- anjando fatoles! temos em ;-e 1aeâo
~ ?L d'Q/dt- -+- R dQ/dt -+- Q/C = VeltJ
figura 3.3:
R~-i';'vVv'Wa---
L--~._----'
c
coIe.
~ ...~; ,~- ...••
.:.."-;:! '-1.1 .=t-' -" .
neste circuito temos a 1- e s i s t ê n c 1a p.. , a L!~ em par3.1elo sendo alImentadas ':Jnte de
,~'_ap.3
corrente Ie(t).Sabemos que a somatória das correntes
ser igual a zero; o que nos da a seguinte relacáo:
IR + IL + Ie = Ie ( t)
~ ~L dIL/dt + IL + CL d....IL /dt" = Ie':t)
um nÓ deve
3.6
3.7
cons ider ando IL=j:;/L, onlje f é o fI u:..;omagné t ico do i ildu tor ~ temos,
rearranjando as fatores:
3.8
Podemos obter o mesmo modelo
operacionais, como e mostrado na figura 3.4.
Este circuito nada maIS é que o cil-cuito RLC pal~alelo, onde a
c..~
R.ac.-.V
B
-V.~
V
figura 3.4: Circuitos com amplificadores opet-acionais.
Para afTiP 1i f i cadoies oper3cionais utilizando '-25 i stores ecapacitares, temos as relac6es básicas mostradas nas figuras
e 3.5b [3.1J.
I-'j c::~.....;. ~-
I-VJ..
I = I.) i. / Ri. = - 1'·/2 / P2 .3. ,=;.
1-V, R.
c.
I = VI/R = - C dV2idt
figura 3.5b: Circuito integj-ador lllVEi-sor.
3.1(1
Considerando que a somat6ria das correntes no
ser igual a zero. temos:
IRF + IR& + Ic& + le = 0
Donto 8 ,jeva
3. 11
le-··/arldo 9!TI conta as r"elac6es
t·/A ....F'i + ,jl 1A -L l.le R;::: =
como VA=R2C2dV/dt temos:
2dt
Cap.3
e rearranjando os fatores:
2 2;j '··)/dt ;j'-/!dt -l- V/A:" = - \Ii:: /~
As equacôes 3.8 e 3. 14 sao equac:oes diferenciais
lineares nao homogêneas. Estas equac:6es possuem 3 mesma Forma POIS
representam sistemas analogos.
Notamos também que estas equacoes possuem-/ar ias paràmetros.
- que alguns deles sao 1'-idependentes. D:3.ra -1S'....1a1izarmos
esta afirmacao, vamos utiliz:3.r o recurso d:3.normalizacao,
mostrado a seguir.
Vamos considerar a seguinte equacao d1ferencIal:
;2
a d z/dt + b dZ/dt -l- c z = P(t)
dividindo toda equac:ào por c temos:
-.,
a dc..z-b
dz-
+
dt'cdt+.:.
=P( t)c
-+'::r-ansformandoo tempo t em um tempo T seftld imensÔes:
t = kT
como
3.15
3.16
3.17
,-e 1ac:áo :3. 17 i::'!tl
a !j" Z bdz- -l-- -- ...:::c ;2 2CkdTk d-r P(kT)
c 3.18
vamos atribuir um valor a k~
para que k4(c/a)=1:
L-2 = :3. .•',-
~ ~fncs
2 2. -,d z/dr + bi~ac dz/dr -l- z = P'kT)/C 3.20
L. . _. ~ "_.•_: i í..:::.ll'-:W '- ;, - •.. - .- - - -
L ==:'!iiL!=:
......, .-.!_ap ;;..,j
~ .,.
d'z/dT- + l/Q dz/dT + z = p(T)
onde Q é o fator de qualidade do sistema:.
Observando a equaQáo 3.21 que Esta POSSUI .-':•• _. t- _- .-.'4LJ.C1L,õ W
parâmetros náo dimensionais independentes. O fato~ de qualidade Q
Pai-a si s ternas analogas
oscilador hamdnico com atrito viscoso, podemos montar
tabela (tabela 3.1):
a seguinte
Eq.Base ["!assa-f'lo I aT
iRLC Pa,a1elo Amp. OP.
z Posicao.;.r,
Carga CapoO
Fluxorf; Ind. ,!TenSãO pt.A
, Iv
dz/dt Velocidadedx/dt
COIi-ente II=dO/dt
Tensão VV=drf;/dt
i Pl-0POI • a Vc III.JC=R2C2dV1dt,
!
a
b
["lassa!Ti
Const.AtritoViscoso: (~
L
ResistêncIaR
Capacltâncla,C I
IAdmit.Reslst.l/R
Ci.R2C2
R2C2/Rl
cz Forca Restit.MoI a: k x
Tensão Capo'.jc=Q/C Corrente I nd o 'I C01-oReal im oIL=rp,L IRF=V/RF
c Consto Rest.rIo Ia: k 'Admito icapaco iAdmit. ,ReslS.liAd.Res,oReal.,1,C I l/R 1,RF
! I
P(t)Fo·,-ca.. APlic_II,Tensão APliC.I,COI" APlicada1cm.A.Pl. lcada,'F\t! V(tl I(tl I -VElt!/REI
Freq.f'Jat.
I ,~-:;.()=..;c;aIT Amort.I ta=b/cLFator de
QU:lid~delQ-Yac'/ bI
Yk,' m ' ;ll/LC
PC
-/C/c/ R
tabela 3.1
;l1/U.:':'
I :c
-1.·-'· 2
(C1.R2C2Rfl
R:2t'::2RF/Ri
Cap.3
Outro exemplo que podemos mostrar como um sistema que
vários modelos equivale~tes é o pêndulo.
possui
Como um modelo simplIficado para o pêndulo "",'amos considerar
uma massa pontual m fixa em uma das extremidades de uma haste
de peso desp,eZivel e comPi i iTIeclto 1.L , sendo a
extremidade fixa em uma referência inercial, permitindo movimentos
rotacionais, estando tOdO u sistema ':;uJelto i...lil) campo
gravitacional constante g.
A figura 3.6 mostra o sistema com maIores detalhes. o
deslocamento s é igual a ~l, onde em adi3l!os. As
for~as que agem na massa m é a tensao T e a g'a·/itaclona!
mg, que é representada pelas componentes tangencial e
perpendicular. A componente tangencial possui o valor -mgsen8 pois
esta em oposi~ào a dire~áo de
Newton temos:
refei-énc ia. Pela segunda lei de
mgsen$2 , 2
= m d sjdt = ml2_ 2
d f::! i,jt 3.2()
Este sistema é não linear deVIdo ao termo senti.
Vamos considerar agora que neste sistema exista a p,esença de
atrito viscoso, cuja magnitude é proporcional .elccidade
massa m. a presença de uma força externa que atua soC,-e o SIstema.
Desta maneira temos:
mgsen8 RI d&/dt + F(t) 1 :2 - :2= m d f::!/dt .3.21
rearranjando os fatores e multiplicando todos
temos:
os por I
:2 2.:2 :2_m1 ,j &/dt -4- Rl '~/dt
;:onsiderando Que:
3.22
:2 :2m 1 = a. R 1 = b, mg 1 = c, 1F (t) = r (t ), temos:
C:ap.3
figura 3.6: Pêndulo.
~ ~a d~9idtW + b d9/dt + c sen8 = r(tí
Que é a equaçao do pêndulo fOr-çado em U{íi ineio 'ilSCOSC;.
do ângulo e.
3.23
Outros fenômenos fisicas possuem comPDr- tamen to
andologo: Junçao ]osephson [3.2J, r'laIrlas rase
(~ase-Lacked-LooP) [3.3J e as Máquinas Sincronas [3.4J.
]oseprlson
shunte,j junction" [3.5J. Se C é = a
resistência de estado nOrmal, e V a diferença de potencial através
faSE de
seguintes equaodes:
C' d·,,-jt.: + ',} R + !.:- =ef1-'i-~' = ttl.F cos.'''!::
dp·/dt = 2e/h v
, :::luj • !--
3.25
Cap.3
onde I~ é a supercorre~te critica e IRF a amplitude do campo de
microondas na frequência de oscilacao G. T,ocando o potencial na
equacão 3.24 por sua exoressao em termos da equacão (Jbtemos
a equacao diferencial não linear para p, análoga ao pendulo:
Par a mos trar o compor t amento ,je u,na fila 1ha ,je de
fase utilizaremos o circuito proposto pl=,r HumIei-es, Beasley,
Huberman e Libchaber mostrado
figura 3.7:
bá.S1CC} da
IoIIXER
+ L.P.
FILTER
R _ REFERENtE
VI COS("'sl-';o)
c,...---"HRc............J
I.'R
VE(')~
RE
. 1
8+\ Vo cos ht+k!vU')dt']
o '
•&..' I vco
VUl
figura 3.7: Malha de Sincronismo de Fase.
No cirtuito, o sinal de sa1da do osc li auo,
tensáo (\leo) é misturado com o sinal pellódicc
sinal resultante e filtrado \filtl-0 passa baixa) em segUIda
,ealimentado para ~IT!P 1ificado;aoerac ional. 2 o capacitor ealimentacâo
do amplificador operacional promovem a inércia e amortecimento
do "loop". A mistura e a filtragem sao acopladas pelo uso de um
( C:Lj:. _I" • é
V1sen(w~t~~), a saída do circuito SH tomada como amostra no tempo
Tn~1, a entrada vet) do VCO é dada por:
c d\J/dt + \.J/·R + \/t./R:; ser!('~'';'-;-Tn+4"o) - '-)E ( t j ./hE 3.27
o tempo de coleta Tn~1 é relacionado para Tn e para a
~!CO por:
-Tn+1
entrada do
(T"r't--r1 - T:'"'l + k l' .3.28
temos:
8n = (2 fi + 1) rI :3.29
en-H. = 8" +
8nH. = 8n + k ,j
(Tn-H
-Tn-r1
\)<t) dt
Tn )
3.30
',n
Se W~ é maior que a maior frequéncia de veti durante o tempo Tn
,n~, Vet) pode ser considerado como constante e escrito:
r-r 11'j( t)
=LIITIl&l91"1+ t
-~ jj
,je iJt'1"1"1+1
-~~= 3.31('.)-::~(1)
-h
Desta maneil-a, se podemos ,-,egligenciar- o tei"flpO ent;-e '='
,joS! / d t = k ') ( t )
C ,j\j/dt + '//R + \.!t/R~ senl9 = -\/E (t); RE
ou
tOITlada de
3.32
3.33
~ ~C/k d"'ei,jt':" + likR ,j"3idt + './l/R=, sere = -"/Eít! RE
onde V1 é a amplitude de P1CO da referência.
3.3-+
Cap.3 se
Para modelarmos a máquina sincrona (figura 3.8), =bordaremos
o caso mais simples de uma máquina ligada a um barramento de
tensáo e frequência constantes. No termInal mecânIco, al~m dO
conjugado gerado na rotacao sincrona (conjugado s~ncrono), existem
o conjugado de inducao ou de amortecimento TD, o conjugado de
carga TL e o conjugado de inércia. Assim:
figura 3.8: MáqUIna ~1ncrona
Ts + Tv = TL + J ,j'.l/dt
o conjugado sincrono gerado é:
Ts = -f (:5)
3.35
onde f é uma funcão do 6.ngUID
amortecimentD gerado TD é:
Tv ~ - kt. d6 / d t 3.37
Cap.~
A funcão f(6) para a máquina sincrona de p610s lisos é:
SI
3.38
Exprimindo a velocIdade G em funcáo do ângulo de
temos:
'9 = 80 + Oot + 2/p Ô
d8/dt = n = 00 + 2.p dÔ:dt
3.39
potêncIa
3.4()
portanto:
2. 2d ,-)(,jt 3.42
?J/p 2 _. 2d -:;J ... ,jt + k1 dÓ /d t 311 4~.3
Para normalizarmos as equacóes do pêndulo. vamos considerar a
equacão:
2 2a d z/dt + b dz/dt + c senz = P(tl
Dividindo toda a equacào por c obtemos:
3.23
a/c :2 2d z j ,jt + b / C d z / d t + se;1 Z 3.44
transformando o tempo t em kT. temos:
2 2d z/dT + l/Q dz/dT + senz = p\T!
onde Q = Yac';b e P(T) = P(kT)/C.
Podemos também montar uma tabela para melhor ~isuali2armos a
c!e~1:e~
Eq.Base Pêndulo J.JuncionIi f'láQ. Si nC,"Onc3 !["talha5.Fase!
z Posic::ao Ang.8 Dif.FaseQuantlAngulo Poten. IDif.de Fase
o I ~ I ~" I '-' ! '~
dz/dt
a
b
csenz
c
'v'e 1 . Hi-,g LI 1d. r
d8/dt
r"10i"TI. I r1~!-c i a.L.
ml
Const.AtritD'-j iscoso: .~lz
Torque RestitmglsenB
mgl
2eV/h
h/2eR
Cor.JosephsonIcsen;p
Cor.CríticaIc
I' i 1" ,,- ',~e .Hng3rut.d6.dt
["10m. I 'ler' c 1a2J/p
Const.Amort.Gerado: kt
Potencla FOín~k2senÓ I
Potência Max.I,.~~~
"Je 1 . ..=4ngu 1arde! d t=k',}
C/k
l/kR
C.Oi" • Pea 11 m •IFB
I.) 1/Rs:
P(t) Torque Aplie.T( t)
Cai-rente Ex t.IRF(t) Conj.de cargalcor.APlicada,-TL( t) I -"/E( t) IRE
Freq.Nat.
I 0.)0=-ICIàt Amort .
ta=b/e
Fator de
iQualidadeI í]=-i'i2/b
•~/mq
'::l I 'h '", 1/2(L-e Ci feL) ,
Ili2eRlc
tabela
-/pk 2: /21'-1/2
(k"J 1 /RsC)
RS/kRV1
1 ....;22: I
kVtCR i IRs j
CAP1:TULO IV
Cap.<+
OSCILADOR COM ATRITO SECO
4.1 Análises Básicas.
Um sistema massa-mola na ausência de atrito. POSSUl sua
dinâmica descrita pela equaQao do oscilador harmonico:
222d X/dt + ~u x = O
2onde ~~ é a frequência angular natural do sistema, k a
linear de mola e m a massa do corpo.
A lei linear assumida para atrito viscoso [<+.lJ é
4.1.1
constante
totalmente
inadequada para representar as características do atrito seco
(fricQão> entre duas superficies sólidas não lubrificadas. As
características básicas deste tipo de atrito são muito bem
modeladas considerando-se em pequenas velocidades um atrito
constante. Este atrito I'constante" é constante em amplitude mas
nao em direçâo. desde que a direcão da força de atrito é sempre
oposta a direcão da velocidade. Esta dependência da forca de
atrito f em função da velocidade pode ser observada na fig.4.1.1.
r
l-;-fo
Ijx
J • v:: clt
-fo '-,---
-.x
figura <+.1.1: Característica do atrito seco.
Cap.4 55
Observe que para v=O f pode assumir, dependendo do valor de outras
forGas que estejam agindo no sistema, qualquer valor entre +fo e
-fo. A massa m sofre forGas de atrito e das molas (-k x ) • Esta
massa mantem-se em repouso (dx/dt=O) se a forQa de restituiQão das
molas não excede fo em módulo. Desta maneira, todas as posiQões do
oscilador com coordenadas -fo/k S x S fo/k podem ser posiQões de
repouso. Todavia, se Ikxl>fO o oscilador esta em movimento. Quando
o oscilador está em movimento, a forca de fricQão é f = +fo para
dx/dt<O e f = -f~ para dX/dt>O.
Desta maneira. podemos descrever o atrito de fricGão pelas
equacoes:
+fo p/ dx/dt < O
f=
+fo p/ dx/dt = O
+kx pl dx/dt = O e Ikxl S fo+
-fo pl dx/dt = O
-fo p/ dx/dt > O
'+.1.2
(A forQa de atrito seco é desta maneira uma funGão descontinua. e
portanto, nâo linear, dependendo nâo apenas da velocidade dx/dt.
mas tambem da coordenada x do oscilador ).
A equacão diferencial nào linear do movimento do oscilador
torna-se:
2 2m d xídt - ~ + k x = O
que pode ser escrita considerando-se o sistema lineal
da seguinte maneira:
4.1.3
2 2m d x í d t + fo + k x = O
2 2m d x / d t - fo + k x = O
(dx/dt.>O)
(dx/dt<O)
'+.1.4
4. 1 .5
Suponha que, para um instante inicial de tempo, d;.Udt<O. o
movimento do sistema é descrito por 4.1.5. A velocidade decresce
até t=t1, x=xt, onde a velocidade do sistema reduz-se a zero.
Assumindo que ikx!>fo. a velocidade muda o seu sinal e o sistema
Cap.4 56
descrito pelairá mover-se na direcão oposta. O movimento
equacão 4.1.4, onde as condicões iniciais sâo
será
a coordenada a
velocidade (x~.O). Este processo ira continuar até que o corpo de
massa m finalmente alcance uma condicâo de repouso. Vamos2: 2:
considerar as seguintes modificações: k/m=wo e fúím=a~~ onde
a=fú/k. As equacões de movimento tornam-se (sgn(a) = sinal a):
2: 2: 2:d x/dt + ~o x =
2:
sgn(dxidt) a r.••.•'ú 4.1.6
Vamos fazer E~=x-a. quando dx/dt<O e E2:=x+a. quando dx/dt>O.22:2:
d E-i/ d t +(00 E~=0Desta manelra2: 2 2
d E2 / d t +'......0 E2=0
teremos
(para dE2/dt>O), com
(para
variáveis
dE-i/dt<O)
referidas
e
diferentes origens. Desta maneira o movimento do sistema é obtido
combinando-se duas metades de oscilações harmonicas centradas em
duas diferentes posições de equilíbrio distantes +a e -a do ponto
x=O. A troca de um modo para outro se da
igual a zero e Ixl>a.
quando a velocidade é
Para encontrar-se a função de x com relaçao ao tempo tproceda da seguinte maneira (fig.4.1.2):
Xo,' -
t
figura 4.1.2: Gráfico de x(t).
Cap.4
Para uma posição inicial xo~~ com XO:i. positivo e dxO:i./dt=O. a
velocidade será primeiramente negativa. com a origem do movimento
em +a, (na fig.4.1.2 por "a" acima do eixo do tempo). Finalmente o
sistema chega ao mínimo negativo X02. onde IX021=lxo:i.I-2a.
Depois para dx/dt>O a segunda equaçao torna-se -·v'álida e
consequentemente~ haverá oscilacões com a posiçâo de equilíbrio
disposta em "-a". isto é. pela quantidade "a" abaixo do eIXO do
tempo. No fim desta meia oscilação o sistema chegará a outro
máximo local x03. onde IX03j=j x021-2a=1 XO:i.1-4a. Desta maneIra.
módulo inicial de de x irá decrescer em cada meia oscilação o
valor absoluto 2a, e em cada duas meIas oscilações o valor 4a. Ê
claro que esta progressào consiste em um n~mero finito de termos e
o movimento irá cessar após um finito número de oscilaçÓes. De
fato, o movimento subsequente ao máximo x03 na fig.4.1.2. fará com
que o sistema fique parado entre as linhas +a
parado pois nesta região Ikxl~fO.
e -a. Ele ficará
Neste oscilador o máximo inicial nào decresce de acordo com
uma !:lrogressâo geométrica como no oscilador harmonico com
amortecimento viscoso. mas sim de acordo com uma progressáo
aritimética. O intervalo de tempo entre dois máximos nâo depende.
no caso de atrito "constante"~ do valor desta forca. e seu período
é igual ao do oscilador harmonico. Mas. é facilmente verificado
examinando-se a figura 4.1.2. que o intervalo de tempo entre um
máximo (em m6dulo) e um zero é maior que o intervalo de tempo
entre um zero e seu máximo subsequente. Finalmente. existe outra
diferença entre sistemas que possuem um amortecimento "constante"~
pois neste caso. a divisão entre um processo oscilat6rio
(sub-amortecidol e um processo nio oscilatorio (super-amortecido)
perde seu significado~ desde que para um atrito "constante"
arbitrário é sempre possível escolher uma condicáo inicial
suficientemente grande de forma que o sistema desenvolva um certa
n~mero de oscilacões antes de parar. O significadO fiSico desta
fica particulaimente claro quando é analisado o
balanço de energia.
Iniciando seu movimento em XCi com velocidade Inicial igual a
Cap.4-
zero. a energia inicial é a energia potencial \1i. = k
58
o
trabalho A gasto para opor a forca de atrito nao depende da
velocidade mas apenas do deslocamento (desde que a forca de atrito
é constante), de maneira que durante o
trabalho é:primeiro meio período o
Ai.=( I X01.1+I X021 )fo
enquanto
aenel-giaem;..;=;.:02é:
, I~
2V~
=k;.:02/2
desde
queVi.-V2=AJ. • temos:
kí2
22
I ;-;01.11;>(021\fo( xOi.-;-;02 )=( +} 4.1.7
4. 1.8
4.1.9
ouI x011 IX021 = 2 foik = 2a 4.1.10
Ai. = 2 fo 1;':0:11 a 4.1.11
A:1 varia linearmente. enquanto V:1 varia com o :-( .Consequentemente, para um valor suficientemente grande de há
uma suficiente reserva de energia no sistema no fim do primeiro
meio período. de maneira que
oscilat6rio.
o sistema desenvolve U,ll processo
Considerando agora o movimento
dx/dt=y:
no plano de fase. fazendo
dy/dx =
cujas integrais sao:
:2 . ) II_.~-.o \ x - a /y
2'-'_'U ,-..( -r d. i,; '::l
p/ y<O
p,' l=i/1.)
4.1.12
4 . .i. • .1.3
.2:2X
-a) '"I
+=1
zz~
Ri.,
Ri ~oo
p/ y(O 4.1.14
Cap.4
.22" +a) l~"
+=i
Rz
.: zZR1
.t))O
59
Lt.l.15
onde Ri e Rz sao constantes de integraçao. As equaçóes 4.1.14 e4.1.i5 definem uma familia de semi elipses nos pontos
(a, O) e· (-a, O) A fig.5.1.3 mostra os caminhos
!J
de fase
x
for-mados
figura ~.1.3: Espaço de fase fOrmado par semi-elipses.
par estas semi-elipses. O movimento é em tOrno do segm8nto 010Z. o
qual é o geoff1.:;tricodos estados de Desta
maneira, as oscilações diminuem sua amplitude, e param ap6s um
finito numera de oscilações, o que depende ,jas condiçoes iniciais.
No caso particular quando uma condiçâo inicial cOrr-esponde a
5~;~!-i-!-=11 ~,= ;..JiG2"
Neste segmento, tOdavia, o sistema possui um certo t; ipo de
ponte::;
+x~ e de uma velocidade inicial ± y1. DepOis como é mostrado nafig.4.1.4, o ponto representativo (ponto cujo o movimento descreve
ponta do segmento
Cap.4
010Z diferente da condição inicial.
Figura 4.1.4: Instabilidade local do sistema.
6()
61
4.2 Modelo Equivalente.
Vamos considerar novamente o sistema massa-mola com atrito
seco (fig.4.l.l), onde sua dinâmica é descrita pela equacão:
onde
22_m d x/dt - f(dx/dt) + kx = V
+f·:!.pix<O
+
f':1-P/A= ü
f(dx/dt)
=Ikx
P/.;(=(J
.t-f<:\. P/A=O
f<:1.
P/X,.O
4.2.1
4.2.2
A~bordagem de um sistema mecânico para a compreensão da
dinâmica desta equacio esbarra na dificuldade de sua construcão e
na dificuldade de monitoracão de seus estados. üutra alternativa éa simulacão numérica, que muitas v~zes torna-se trabalhosa, ou a
utilizacão de um modelo equivalente de fácil
abor-dagem.
Considere o sistema elétrico/eletronico da figura 4.2.1.
Sabemos que as características de corrente ~ tensão de um diodo
são descritas pela equacao:
I = IQ [ exp 1 ] 4.2.3
onde Vo é igual a KT/e (k - constante de Soltzmam; T - temperatura
em kelvin; e - carga elementar do elétron) e Io a corrente r-eversado diodo.
- -.. ~.-.--.-o,=,w_,--, .- ç.: ....•
seguinte curva de corrente x tensao (fig,~,2.2) para a temperatura
ambi ente (t~OOk). onde ·.jd é a '. tensáo de di spa,o do ,j iodo '•.
Se associarmos dois diodos contrapostos em paralelo, como éusado no circuito da fig.4.2.1, teremos a seguinte caracteristica
~-.-~ - -~--_._---~~QI a a d~~W~~Q~QU.
Lap.4
I = 2Io senh VIVo
figura 4.2.1: Circuito LCD série.
1
v
figura 4.2.2: Curva IxV do diodo IN 4148.
4.2.4
Para o arranjo com dois diodos
temes a seguinte curva de corrent2 x
IN4148~-.-.- '.:;....-.:""<=1 ;~ow
usados
,~
no circuito,
Cap.L+
ambiente (fig 4.2.3): I
v
figura 4.2.3: Curva IxV para o arranjo de diodos.
Sabemos que a somatória de tensoes em uma malha deve ser
zero. o que nos leva a seguinte relacao:
\/L + \/D + 1V'C = () 4.2.5
Pela equacão 4.2.4 temos que a queda de tensão VD
diodos é:no arranjo de
VD = VO arcsenh 1/210 4.2.6
Para as tenscies em um indutcr e um capacitar temos as relac5es:
como I = dQ/dt temos:
'v'L = L dI;' d t \/c = Q/C 4.2.7
2 ~L d Qídt4 + ~~ arcsenh [(dQ/dt)/2Io] + Q/C = O 4.2.8
A equacao 4.2.6 possui a seguinte curva de tensao A corrente (VxI)
para os diodos IN4148 (fig.4.2.4).
Corno ;:Jodemos ,~bse:\/a: , Oí-:)SS'-.! 1 certa
v
L
figura 4.2.4: Curva VxI para o arranjo de diodos.
v·
1
figura 4.2.5: Curva do arranjo de diodos a ~ 77 K.
04
Cap.4 65
semelhanca com as características de atrito seco mostradas na
equação 4.2.2. Esta curva pode ainda ser mais aproximada para as
características de atrito seco se mergulharmos o arranjO de diodos
em um recipiente contendo nitrogênio liquido. diminuindo a
temperatura T para aproximadamente 77K. conforme é mostrado na
figura 4.2.5.
Como podemos observar através da figura 4.2.5. dois diodos
contrapostos em paralelo pode ser uma razoavel analogia para o
atrito seco em sistemas macânicos.
Podemos obter o mesmo modelo para o sistema da equaçao 4.2.1
através de amplificadores operacionais. como é mostrado na
fig.4.2.6:
R.
R&-
V+VO
o
i '
figura 4.2.6: Circuito com amp. OP .•
Considere que a somatbria de correntes no ponto D deva ser
igual a zero:
4.2.9
Cap.4 ~i...WL..I
levando em conta as características de amplificadores operacionais
temos:
z z _- ( V + VD ) / RY - o.RzO d V! d t = l) 4.2.10
5 R. D R
R.
figura 4.2.7: Circuto análogo ao sistema mecânico
com atrito seco e viscoso.
rearranjando os fatores temos:
:2 :2Ci.R2C2 d /dt + \t>/Rõ' + V/A:' = O
considerando a relação 4.2.6 e que 10 = C2 dVidt:
4.2.11
:2 2d ')/dt + \.0 /~ arcsenh [CCZ dV/dt)/2Ia] + '.,I/R" = t) 4.2.12
Se acrescentarmos um resistor Ri. em paralelo com o
Ci e tambem considerarmos a existência de uma pertubaçáo
capac i tore:,.; terna.
conforme é mostrado no circuito da figura 4.2.7.
seguinte. equação para esta situação:
iremos ter a
f-·--.~....~...,".="",I SU!ViCO l:L C'irl' i.I----""-.,.~-,.,"'",.- fi
"~~'.l1
.. " ., "0' " •.•• ~'''' i---.~-..~._.-._-~
Cap.4
2 2C1R2C2 d Vidt + RzC2 iA. dVidt + \b IR" arcsenh[ (~ dV/dt)/2J:i] +
67
V/RF = VlL/R&: 4.2.13
Obtemos o mesmo resultado para o circuito da figura 4.2.1 se
acrescentarmos um resistor em série com os elementos deste
circuito, e se alimentarmos o sistema com uma fonte de tensão V:
2 2L d Q/dt + R dQ/dt + VU arcsenh[(dQ/dt)/2Iu] + Q/C = V 4.2.14
Cap.4
4.3 Normalização.
Vamos ionsiderar a equação diferencial:
Z za d y/dt + b dy/dt - f(dy/dt) + d y = P(t)
+c p/ dy/dt< O
+c p/ dy/dt = Of(dy/dt)
=Id y - PE p/ dyJdt = O
.•.
-c pí dy/dt = (i-c p/ dy/dt
> O
dividindo a equaçao 4.3.1 por c teremos:
68
4.3.1
4.3.2
. di: i:ale y/dt + b/c dy/dt - f(dy/dt) /c + d/c y.=
assumindo que d/c y = z:
P(t}/c 4.3.3
. z z .a/d d z/dt + b/d dz/dt - f(c/d dz/dt)/c + z = P(t)/c
transformando o tempo t em um tempo T sem dimensões:
t = kT
substituindo na equação 4.3.3:
4.3.4
4.3.5
.,.
a d~z---d kZdTZ
b d2+ ---d kdT
4.3.6
.,.
se atribuirmos a k~ o valor a/d:
z z ..d z/dT + l/Q dz/dT - s(dz/dT) + Z = p~T!
onde:
4.3.7
Cap.4
1+1pídz/dT<O
+1
p/dz/dT= O
s(dz/dT)
="-- PEp/dz/dT= O4-
-1 p/dz/dT= O
-1
pldzidT"-O/
'::"0iJ ~.
4.3.8
Par-a file I t-Ior visualizarmos os sistemas analogos, poC1efrtOs
montar- a tabela a seguir:
III
II
EquaçãoBaselvlassa-t10IaRLCDSérie!
Ciie.Amp.Op.I ,
PosiçãoCarga
Lapaeit. jTenSaO pt.
FI y Q V
, XI
dy/dt
'.je Ioe idadeLorrenteIProporcional a
dx/dt
T= dQ/dtJ. "v'c=-R2C2dV/dt
Massa
IndutânciaIa
IC1R2C2m
LI Ib
Const.AtritoResistênciaR2C2/R1!Viscoso:
k R
I
eyForça Restit.
Tensao no Capo Icor.Realiment. IMola:
kx Q/C ViRF
I
ConstaRest.Admit.Capae.
iAd.Res.Realim·ie 11"10Ia:
k l/C l/RFI
I i
If(dy/dt)
Força AtritoTensãoDiodo
[Lor.deVido
aISeco:f(dx/dt)
VIlVn: Vn/RF
PE(t)
Força Ext.Apl.TensáoExt.Apl.Cor.Ext.Aplie.F (t)
V (t)IRE=-VE(t)/RE
Frequencia Natural-Iklm'1/-ILc'
_ ..•• JI'"
!....:.ü
=-leia'II (C iR2C2RF)4 / ~ II
i-Tempo
Amortecimentoklm I
1ta. = b/c
RCR2C2RFiRt
IIFator deQualidade I :1/21
I
Q=-fãC íb Yffik" ík -y'["jf íRIRtlCl/RFR2C2) Ii
Cap.-4
4.4.Resultados.
1'0
Todas as figuras deste item, salva alguma outra meneáo, foram
obtidas par fotografia da tela de um osciloscbpio que monitora os
estadas do sistema que desejamos observar. Nao nos preocupamos em
mencionar as escalas das figuras pois estamos interessados apenas
nos resultados qualitativos obtidos com este modelo eletronico.
Para verificai- a validade deste modelo eletronlco vamos
considerá-lo sem a presenca de dissipaeão viscosa (líQ = O) e sem
a aeão de forcas externas (p(T) = O) • Desta manElra temos a
equacáo diferencial homogênea 4.4.1:
22_dz Idt + f(dz/dt) + z = V 4.'+.1
Como vimos no item "-!-.2, se o arranjo dos dois diodos
realmente descreve as características do atrito seco~ devemos ter
para uma condicão inicial ZO~ (zO~ suficientemente grande para que
o sistema realize várias oscilacões) um decrescimo
entre os máximos da curva Z~T) x T. formando uma reta entre os
máximos. Observando a figura 4.4.1, que é o resultado do espaco x
tempo do modelo eletr5nico para uma condicão inicial
Figura 4.4.1: Posicao ~ tempo para o sistema
s~m a presenca de forcas viscosas.
em oscllaeão livre
Cap.4
züi. verificamos que estas condições sao satisfeitas.
A figura 4.4.2 mostra a velocidade x tempo SImultaneamente
com o espaço x tempo para o modelo
equação 4.4.1.
iJ
eletronico
-,.
nas condições da
Figura 4.4.2: Posição e velocidade x tempo para o sistema em
oscilação livre sem a presença de forças viscosas.
As curvas da figura 4.4.2 são alguns dos possiveis pares de
equações paramétricas do espaço de fase (fig.l+.l.3J da equacão
4.4.1 modelada eletronicamente. Neste caso em estas
curvas do espaço e da velocidade em função do tempo mostram que as
curvas do espaço de fase não se cruzam. e sao perpendiculares ao
eixo horizontal quando a velocidade e igual a zero, satisfazendo
algumas das observações sobre espaços de fase de sistemas
homogêneos de segunda ordem citados no caPitulo II <estas
observaçoes podem parecer triviais, mas muitos em modelos
eletronicos. numéricos. etc., podem ser detectados
consideraçao).
levando-as em
Desta maneira. apesar destas
Julgar nosso rnodelo satis"fatbrio_
poucas consideracóes. podemos
Para a existência de um comportamento mais complexo neste. c_
!::' /\ I" t:::'l 110 = • GL.i.
Cap.,+
nâo a presença de dissipaçao viscosa.
72
Alguns trabalhos foram publicados [4.4.1-4.4.2] explorando o
fato deste sistema ser linear por partes, mas apesar desta
característica, existe a necessidade de se resolver equaçóes-.------------- ..---- - ----~-.--
---.------.- .. ----.- .•..--.--.
Figura 4.4.3: Espaços de fase para l/Q = 0, pt = 5,0 e a assumindo
os seguintes valores: 0,03; u,08; 0,15; 0,25; 0,29; 0,36.
Cap.4 73
•J,
--..•• ti' \.
l,~
II
;
l.,_ •• !~.•. ~I .•••.•.,-.
.II
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"- \\--i)
//
//'/'
Figura 4.~.4: Espacos de fase obtidos numérlcamente para os dadosda figura 4.4.3.
algébricas transcendentais, tornando esta abordagem extremamentecomplExa.
"74
S.W.Shaw [4.4.3J obteve resultados valiosos em sua abordagem a
frequencias
de forcas
este sistema, mas incompletos para baixas
pode ser menor que zero quando analizamos a presenca
•••0<0 (Q
aerodinâmicas em pás de turbinas). Muitas outras dúvidas foram
levantadas para l/Q = "v. e baixas frequências. inclusive a
possibilidade da existência de um comportamento caótico na
dinâmica do sistema.
Neste contexto. a grande vantagem de nosso modelo eletrÔnico
é que com uma simples variacão de potenc iOmetl-os, podemos obter
uma varredura nas regiões dos espacos de parâmetros de difícil
abordagem numérica e analítica. possibilitando conclusÕes arespeito de sua dinâmica.
Para exemplificar vamos observar a dinâmica deste sistema sem
a presenca de disslpacào VIscosa, sofrendo a acao de um
ex terno seno idaI (p (Y) =p:isenuy ), onde vaí-iamos apenas a frequênc i adeste termo. Os resultados são mostrados nas figuras 4.4.3. Estas
imagens são espacos de fase do sistema onde na ve,- t i ca I temos a
velocidade (dz/dt) e na horizontal a posic::ao \z).
8(:" :al
-~Ü\MJJ\A-4f-~-6~
-8 L-I _---'- __ ~ _80 100 120 .~~ 160
I
Figura 4.4.5: Movimento com periodo dois com Uffiaparada por ciclo.para Q = -5. pJ. = 3,0. (2 = t). 55. (Referencia 4.4.3).
estes com =-s
Cap.4
resultados numéricos da firura obtidos pelo método
previsor-corretor descrito no apêndice A. Podemos verificar que
qualitativamente sao os mesmos. refor~ando ainda mais
deste modelo.
a validade
Conforme resultados obtidas na [<+.4.3J. existe
para certos parâmetros um movimento periodo dois como émostrado na figura 4.4.5. reproduzida desta referêncla.
üb t i"'/emos o mesmo ,-esultado coril nosso cir-cuito como émostrado nas figuras 4.4.6 e 4.4.7. (Para obtermos um valor de Q<O
acrescentamos um capacitar no esquema da figura 4.2.1 como émostrado através dos pontilhados desta figura).
Figura 4.4.6: Posi~áo em fun~áo da tempo para as dados
4.4.5.
da fi gUI- a
Cap.y.
B.F.Feeny e F.C.Moon [4.4.4] abordaram
sistema semelhante a este aqui apresentado,
de um comportamento caótico em seu sistema.
76
em seu trabalho um
e afirmam a existªncla
Encontramos um comportamento cabtico em duas situações como émostrado nos espaços de fase obtidos do circuito conforme émostrado nas figuras 4.4.8 e 4.~.9, situados na região de baixa
frequência não abordada em [4.4.3].
-::'I; c; _
Figura 4.4.8: Comportamento caótico em Q=-5; pt=8,6; 0=0,371
Cap.4
Com os resultados obtidos, concluimos que
eletr3nico é satisfatorio, sendo extremamente útil
regioes no espaço de parâmetros de difícil abordagem
analitica.
nosso modelo
o a j- a \i a r r e j-
numérica e
Apesar deste comportamento satisfatório, temos uma limitação
que é a incapacidade de nossos amplificadores operacionais
simularem para esta configura~áo do modelo eletr3nico grandes
valores para o deslocamento.
CAPiTULO V
.,."
Cap.5
S. SISTEMAS BIESTAVEIS.
S.l.Análises Basicas.
79
Vamos considerar o sistema descrIto pela equa~aG dIferEnCIal
7 7m d-x,dt- + dP(XJldx = O
onde PlXJ e a funçáo que descreve a energIa potencIal do
5.1.1
sistema
com rela~ão a x, POSSUIndo
(fig.5.1.U:a mostl-ada na abaIXO
\
\\~--+-
iI
•
- ~
-----.---------.--..;..--.-------------.-.-
figura 5.1.1: GráfICO de PIX).
Para a força de restItuIÇáü FIM) temos a seguInte relaçao:
5.1.2
resultando na curva mostrada na fIgUra 5.1.2.
Cap.5
Obser---.;andoa- .t u"ncao no t arno~· ;.:Jj.....1.2 es t 3. POSSLil
dois mínimos, um em x = a e outra em ~ = -3.. POSSUI t .3 iTiO em Ui'n
máxime local em ~ = Oz Estes ffiinimos correspondem a ijOl S estados
de equilibrio estável~ e o máxima local corresPo}lde a Uín estado de
equilíbrio instável, conforme mostraremos a pOSSL11C
dois estados de equilíbrio
biestáv'el.
2stáv21S, este sistefoa de
Para WIIl sistema corn
! F(x.)
car-acteristicas,
\.\ ~______ I
~ \
.----.-.-----------------.------------
figl...li-a 5.1.2: Gr"áfico i.:Je r- (A) '"
::..J c i r-eu i to CDffi diodos de i.. f ig. 5.1.3)
ponto D, temos 3 eQuaçáo diferencial homogªnea:
senh '.);\0 5.1.3
COfi1pai-ar-Ido a eql..lacão 5.1.3 COill a eQuacao 5 ..1.1. c:ci"rlclLlirflGS qi..le P(l ..})
e F(V) sáa descritos pelas relaçSes:
2RF' + 2 I (! \/(1 ..: osh ~)-' \.)(1 5.1.,+
Cap.5
F ( \,)) \/ /RF 2Io senh \"}./\/o
81
5.1.5
--- ..----- --
-.--.-- - --- -- --, ..-
---- ------ .. --- .. -----.-.,.-______ •• n •• ._ •• ~ __ . •• _
_ n 0'"' __ " '" . __ . ,_----+--.----- ..--_._~-.__ .._._--~------
.:gl~~: _ --c::: n p __ ---= :~_: _- __ '0 _
figu~a 5.1.3: Caracteristica I
em,paralelo e contrapostos.
V para o arranjo de diodcs
~U.JOS gráficos sác mostl-ados para l/RF 2Io/\.!l:l na figura 5.1.5.
R
• I. I.IJIl.......
-v
R
figura Ll(CUltO COjli dlOdos de g e f 'ÍI d. li 1o •
Cap.5
I H':.IJ
82
,
i\f \\
~
\ i Ft-i)\
\\\,\
\\.v
·, ..L~figura 5.1.5: Gráficos de P<V) e FIV).
Fazendo dV/dt = Y obtemos sistema EQLlaG:oes
diferenciais homogêneas de primeIra ordem:
í dV/dt='JI
"
I ld"/·-lt=+
C1RFRzCz. 1./ U
2 I Q sent-i i) / '.jQ
C1RzCz
Dividindo a segunda equacão pela prlmelr3 CJbteiTiOS
,-t\.:/r1\/ = ...•... ':enl i '. .1 t/,Ci
5.1.
Pearranjando 05 fatores da equacáo 5.1.
seguinte equacão para as curvas do caminho de
fase:
-fase plano de
Cap.5 83
Ci.R2C2....,c.
v'".~L
\)
2RF- 2IoVo cosh ViVo = C <:;;1 i:l
....;. J. • W
resultando no seguinte plano de fase (f19.5.1.6J:
,- ,."..........• .. _.,. ' ..,.
, .
.... ......•......••...... '
, -' .
'. ----'..~:~:;- .•...::::..-- _o. / " .
.---' .•",-- ..--.,."
". _._ •.•. _ •..•..• ' .•.•. ,.. M,_ ..•..•.• A_ ••• •• ••• 0'0'"
---------------.--.--...-----------.-
figura 5.1.6: Espaco de Fase do sistema 5.1.6.
Pela equaçáo 5.1.7 podemos determinar a incllna~áG das curvas
do plano de fase da figura 5.1.5, exceto em V = ± a e v = :) , quesáo pontos singulares deste nosso sisterna'l se.)a 'I pontos deequilíbrio.
Pelo critério de estabilidade de Llapunov concluímos
pontos de equilibrio em V = a e V =
1!IStá'vEl
os
tipo
pelo
que
doesta'vE1Sa sao
depontoumtemosCentro. Em V = O
critério de Liapunov, e do tipo Cela.
o tempo de !9corlênci3, ou período dos cami~hos de são
finitos, e:~ceto oara aquele ;~ue passa no PO"lito '..1 ..:.. l:J e = 1), CUJO
período é infinito. O caminho de fase fechado PO,
Vamos variar agora o valor de RF e observar acontece
com o sistema. Se diminuIrmos o valor de RF. rar2mos com qUE os
Cap.5 84
dois pontos estáveis se afastem do ponto instável central. como émostrado na figura 5.1.7.
--,.,- ".'--
-'''vo..""•...•;._, ..•..__ .•.•,••..••- R-··-' .
.•..---.- ...--
'1_ ••.• ' .• _ •
•r" .JI" •• ---- •.••••." '
,
.- ...•-'_ ..,~.....•... ,.,..- .•.....•..•.._, ... --,.-
,,
.-------------------- ------.------- ..---.-.-
f4umentando o valol de HF" de maneira que LRF" <. 210/',,'0. Iremos
obter C) potencial mostl"aOO na figura 5.1.8:
--- T---\ .\\. I
-----.------------------------------\
,I
' -..--.-.- ------.------.---.-.-- -- -----.- --.•..•.- -
fi9ura 5.1.8: PoteflClal obtido com liRF < 2Io/',)ü.
Cap.5
.-- -.•.. -- .•....-.- -.-- - ..-
.....-" - -- ,,- --- ..
.....• .......•........ - -.
~-_.__ ..---.• ---".----_._----------'-'~ -.-----~ J/
85
...•..
.-'.................................
• ,0-~ -- ..-- -- .•.-- --- ..• --'
- ---"--.- .. -._~.,.•..• -- .•-- ..-
.-
..------------ •...----- -.-----..-.- -.------ ..--•..
figura 5.1.9: Espaço de fase para o potencial da fig.5.1.g.
j-esultando em um espaço de fase com um ponto slngula., do tipocentro, como é mostrado na figura 5.1.9:
Nesta variacão dos va.lores de RF eX1ste uma situação crJ.tica
quando l/RF = 210/1)0. Observando novamente equaçao 5.1.'-+,
notamos que para pequenos valores de V, FtVl ~ Ü,
potencial mostrado na figura 5.1.10.
I-esultando no
Esta situaçáo aprox i(nadaniente a. i..lfÜa poslçao dee."1ste ele f,::,rças
restauradoras ou de dispersáo agindo soCre o sistenla. Proxifflo a
v=o este ponto e instável pelo Cf lterlo de Llapunov.
açáo dlssipati;a
(obtemos esta situaçáo aCI-escentandO Ulf,resisto,-
segullltecom o capacitoi- Co. Desta maneira temos a
Rt em
equacão
regendo a dinàmica:
-'"~':~-;FCA E 1• o •• ' I ".__ ?"""
) :
Cap.5
PCv)
86
,n ._. ' _'.f
'----------- ------~---------
figUl-a 5.1.10: Potencial pa(a l/RF = 2Io/vn
C z Z \' ., •.•. _,:1RzCz d V/dt + RZCZ /R. dV/dt - V/R'" + 2p senh -1/ ...,." ::: V 5.1.9Linearizando esta equa~áo em torno C10S PO"ltOS de equ 11 :i. br 10
CiRze:: dZ~/dt~ + RzCZ /R. dl /dt - (l/R'" + 2JJ /',n cosh \A /'j:) ) 6 = o
5.1.10
consider-ando os r-esultados obtidos r'la equação 2.10 temos:
1RFCiRzLZ
1/R1C1 = 2 h
+ 210" L- R L---h" 7'.1') i ,ZLz U'=> '.iA/I)O::: ,,;0'
5.1.11
5" 1. 12
P hz. z . '1" dara i .> ~-,.!Q temos um processo nao OSCl attli-lo a.mo,-tecl o. com um
ponto Singular do tipo NO Estavel elD V = VA e -VA,
P hz z .. 'dara ~ ~~ temas um processa oscilatárlo amortecl a com umponto singular do tipo Foco Estável em V = VA e - VA, e um ponto
singular do tipo Cela em V = O, como é mostrado llaTlgura 5.1.12.
Cap.5 87
.,;c--.•...
". -.....''I,.. -"'_ ,
l--·~~'~.
~-------;:---I Iiii
·lI"
It
I'J
1·I' .
figura 5.1.i~: NO estável e sela.
Podemos obter os mesmos resultados se 1 i RF2Io/Vo.
iI
·1..J .••••• - ••.•• - •• -- •• _ ••
IY:~1 -'"-,) l.--~-- '~~'~'j
;'~";" 4~'
-- u __ ••__•••• ~
figura 5.1.12: Foco estável e sela.
1:ap.5 88
5.2.Modelos e analogias.
1- .••.•..••.. ,
: 7~
figura 5.2.1: Pêndulo invertido.
Vários sistemas possuem seu potencIal semelhante ao da figura
5.1.1. Um sistema bem cDnl"'ecido por ,-,Osé o pén,julc lf,':e,-tldo CD!T!
uma mola que prOinO ...../2 U.1TI de ,-estitUIG;aO igual a(fig .5.2.1).
A equacão diferencial nao linear
dinâmica do sistema POSSUI a forma:
que descreve a
l. 2 --"'" - 1-I- ,,,: 1 ,~ I d t - mg sere + 1;:-.::1 -1 __ = tJ 5.2.1
Para mgl ~. podemos ter o potencial da figura 5.2.2 p, -2rr < e <
2rr, que é descrito pela equacáo:
Outro sistema eu..]adl,--,ainleapode sei- rjeSeiulta PCJ,· uma equacà.o
id~ntica 'a equaG;ao 5.2.1 eCJ pendulo magnetico mosclado na fi gur-a
5.2.3. Este sistema eor,siste e ,Ti um imâ com ii"lOmeilto!Tiagnético r'l que
sofre a aeão de um eamQO constante uniforme B e a acao de uma
Cap.5
P(9)
figura 5.2.2: Curva potencial para mgl > ~.
M
figur-a 5.2.3: llltáSOu a a~áo de UlfIcalTlpolIIagn~tIco.
89
mola que promove um k8. equac:ao
diferencial homoginea que descreve a dInâmIca do sIstema possui a
forma:
i:ap.5
~ ~I d·S!dt· ~ K d9/dt -EM senS + kS = Q
9(,
,-.-- =Ld.~.-.....J
5~3.Normalizaçâo.
Vamos considerar a equaçâo náo linear forcada:
.Z 2a d z/dt + b dz/dt + c senh z - ez = P(t)
91
5.3.1
dividindo toda a equaçáo POI- c, t~ansforniando o te,np1.:J i::'iii
tempo T sem dimensões It=kTJ2
e atrlbuiildo a k o v310r a!'c temos:
1 ..~ ôjz./,jt: -+- sEnh DI 6.3.2
onde Q = ~zlaCJ Ib, M = e/c e p(T) = PlkT).,C.
entre os parâmetros destes sistemas <tabela 5.3.1).
J
c,.."-,,,·~<·· .. ,'C- =''''lIOTECA E 1-";;"":'1 ~ 'I' j ••••.••••••,.) L.·,....:. L....• '--.•. - .INFOr=(lj t"çJ5,. C)
,..'_-=lP.5
em A
dv/dt
P2C.2/Ri.
TensaD
CliC.AiTiP.Op.
1
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Vel.
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8AngularVelo
AITlor t. 1.) ise asa
Posic:ao1C>;=;nrlt'l~ T'-"'I=>-, +-id"I!PS'1.-!"i,~ fvt;:<~np+:, __ u ·_ ,'~_ ....}, ,-;.~I_ ..•._' ·,,-.-:J.l_'--
ii C> . - .; r, .- I --I' os 1'_;:,0 .>-1,lgU dio 1'-1
l-iII d8/dtIiIIiI AfTIOr t .\)i scos-oI!
a
Base
b
dz/dt
1
rorQUe Restlt. iCo,.Realiment.. . I ./
-BI-"tSElltJ + ~{.e 121(Jserlh\//'..)Ú-~i ,..,F
rar"po Cytpr~oIL-u~-, ~yterlla_., ,-,-_ .. I . -" .
8(t) i -VE/RE
csenz + ez
P (t)i
Fator Qualidade
.J-'Q = raclb
Restit .-mglsen8 + k&
Ti !-'), v ,
m-yg7Tk
( lEI") i-' 2
1<..
i ~IoCi 1/2IRi{~2C2VO}j
Tabela 5.3.1
Cap.5
5.4.Resultados.
93
Todas as figuras deste item, salvo alguma outra Inencáo, foram
obtidas por fotografia da tela de UID osciloscbpio que monltora os
estados do sistema que desejamos observar. Nao nos preocupamos em
mencionar as escalas das figuras pois estamos interessados apenas
nos resultados Qualitativos obtidos com este modelo eletronico.
Este modelo eletrônico foi montado com a r'inalidade de
verificar a teoria de transicao de fase de Landau [5.4.1J,simulando esta transiçáo proxima ao ponto critico.
Muitos outros trabalhos utilizaram modelos inecClnIcos para
simular esta transic:ao [5.4.2-5.~.3J, mas, como corno mostrou a
prática. o modelo eletr6nico apresentou uma nitida vantagem para a
coleta de dados e a realizacao de medidas.
Como expusemos nas análises básicas. nosso intuito era
um sistema que apresentasse o potencIal inosti-adona figura
criar
5.1.1,onde existem dois pontos de equilíbrio estável e 1..Jm ponto de
equilíbrio instável, e que fosse possivel através da variaçao de
algum parametro (rEsistor RF)~ realizar uma transic:âo :=ara
situacao onde na curva do potencial exitisse apellas
equilíbrio estável.
um ponto de
Todos os resultados l-el at i vos a transic:ao ije fase estao
expostos no apêndice B. Neste Item ap ,-esen t aremos alguns
resultados relativos a dinâmica do SIstema para sltuacao de=otenci31 biestà\-'el ~ r a 1 fato ,us ti f I c::Ju-se
complexidade do sistema. pois conforme a üerturbacao e:.:terna.
poss1vel termos CInco ou maIS parâmetros independentes.
Vamos considerar '-10vamente equacao ondeD!'r)=P1SEn(~)T) :
2 :.;: _.d z/dt ~ l/Q dZ/dt ~ senh z • M z = p\f 5.3.1
Cap.5
Como podemos observar, neste caso
independentes (Q, w, Y1, Q) • Mesmo
temos
neste
quatro
caso,
parâmetros
torna-se
extremamente complexo a análise e o mapeamento do comportamento do
sistema no espaço de parâmetros. Apesar desta complexidade, aversatilidade de nosso modelo eletrônico faz
abordar algumas regioes com extrema facilidade.
com que possamos
Vamos observar o comportamen~o do sistema para Q=O,707; M=20;
Y1=245 e Q=0,703; com o respectivo espaço de fase mostrado nafigura 5.~.1:
.•••_•..•'"-~II..• ,"~-
figura 5.4.1: Espaço de fase para Q=0,707; M=20; y1=245 e Q =0,703
Nesta situação, a perturbaçao externa faz com que o ponto
representativo do espaço de fase mova-se de um ponto estável para
o outro, oscilando ao redor deste com velocidades bem pr6ximas de
zero, até que a perturbaçao externa faça com que este realize amesma dinâmica ao redor do outro ponto estdvel. Como podemos
observar por esta figura, estes dois pontos de equilibrio sãoestáveis e do tipo Foco.
Percebemos ainda mais a existência destes pontos estdveisobservando a
tela do oscilosc6pio quandO nenhuma perturbaçao
externa age no modelo. O ponto representativo pOde estar situado
no ponto de equilíbrio estável do lado direito ou do lado esquerdodo espaco de fase. ~o aplicarmos uma perturbação o ponto
L"~3.p.5
rEPrEsentativo irá mover-se no espaco de fase, tendendo a qualquer
de e~istir, permanecendo nesta posição at~ a presenca de uma 'nova
Corn i..J porlto
E -,.'identes os pontos est d'ie i s do si stema ~ como é iriaS t-j- ado na fi gUl- a
-1!I ••••• ooJlll."".."....,lIo.• 0.0 """0:~
figura 5.4.2: EspaQo de fase f~ao
01=245 e Q=2.810.
si fnét f- 1 C o pala fJ=~)" '/(J7 :
Aumentando ainda mais ~
bifurcac-oes de peciodO, CO.tl
comPD1-tamentD caótico di nâiTI i C.3. COiTI periodo CDmo
exemplificado no capitulo I.
Ef"fi iTlll i tos c Li t 'f- C}S s i s t e rTIa s [ "3~3 J t a rilb éco f o i G b s e f './ 3.d o :~ue
bifurcac6es sáo o~2cedlda5 !-' '~i
·~o- -
DITui-cacoes
dobramento de periodD;- . -
a j-eTer-2(iC Ia
(Tl.·.
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111
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O..
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IJ(fJ
OJ
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~1.:.~.ll
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~' ~~~
·1..1
(lCL
'TI
LJ
Ir!
.-. I:Lap •....J
5.4.5 .
.....••.~•... ,.. .•..~ ""=.
-:."....~
figura 5.4.4: Sequência de guebra de simetria, b ifUI-caçoes e
comportamento caótico para Q=O,707; 1'-1=20; p1=245 e n=10,950;'7', 132.
Cap.5 - 98
figura 5.4.5: Sequªncia de quebra de simetria, bifurcaç6es e
comportamento caótico ao redor de um dos panos de equllibrio para
Q=O,707; M=20; p1=245 e Q=54,792; 35,123; 32,313; 32,032.
Como conseguimos obter um modelo eletr&nico de
biestável que simulasse uma transiçáo de fase pr6ximo
critica como é mostrado no apêndice E, consideramos
modelo satisfatÓrio.
um sistema
ao ponto
este nosso
CAP:tTULO ') I
Cap.ó
6. PART~CULA EM CAIXA.
6.1 Análises Básicas.
Considere o sistema da figura abaixo (fig.6.1.1J:
lU!)
,..
o.,. .,
figura 6.1.1: Particula em caIxa.
Este sistema consiste de uma particula pontual de massa m dentro
de uma caixa unidimensional de comprimento 21 [ó.1.1J. Esta
partícula pode chocar-se contra a parede e este choque é elástico.
Vamos considerar a situação em que
agindo no sistema e que não ewiste
não ha forças externas
forçasdissipativas. Nestas condiçóes obtemos segullite equação
diferencial homogênea
z zm d x/dt + f(x) = O 6.1 . 1
< x <..
= -1onde f (X)
r~r'",'1 1"""\./ ·u· - ,I . ~ .- ... -. - ;I .-
=10 pl -1
i _," iL·lJ P.' .-,
1
1 ;-; 1....'-' .•.
6.1.2
A não linearidade deste sistema consiste nos ChOqUES
elásticos em x = 1 e x = -1. que provoca
conportamento da velocidade.
uma descorl t inu Idade no
Em -1 <: x < ,1. , f (><)
: ~= O. mostrando qUE d~x/dt- = o. que se
qualquer instante to a part1cula POSUlí uma felocldade
Dermanecera constante em ·/a 1or absoluto. mudando sentIdO
apenas em cada choque que eall:::a com a equacoes ecn
funcão do tempo. no intervalo -1 ( x
do sistema são as que se seguem:
;><: = V t
1. que dEscrE~Em a dinâmica
6.1.3
l~ = d x / d t = \)
A equação 6.1.4 representa a curva de varias ,-e t as
6. 1 .4
oaralelas
eixo x para cada valor de './.Podemos const,·uii o p 1ai It::' :je rase:-
representando O caminho de fase dos estados do sistema p a,--:3.
estes diversos valores (fig.b.l.2)
,
I Y
I
II
,.
-Q.
I
:~
I
."
.•
! X
"~
Figura 6.1.2: Plano de fase do sistema 6.1.1.
Cap.6 102
Como podemos observar. os caminhos de fase do plano de fase saltam
instantaneamente do semi-plano superior (y > o) para o semi-plano
inferior (y < O) em x = 1 , e do semi-p1ano inferIor para o
superior em x = -1. Tal situacao ocorre os aqUI
envolvidos sao totalmente elásticos. A representacao destes saltos
instantâneos é feita pelas lInhas pontilhadas em ~ = 1 e x = - 1 •
Neste caso. podemos considerar cada caminho fase como sendo
fechado. e o periodo para cada caminho é obtIdo pela lelacao:
-r _1 - (4 6.1.5
a estados de equilíbrio no plano de fase. I'!as, deixarmos a.
particula de massá m em repouso entre o Intervalo -1 :-< ,~ 1, es t a
irá permanecer em repouso, salvo a aeao de alguma pertubacão.
Desta maneira, pelo critérIO de Liapunov, todos os pontos entre o
intervalo citado sao instáveis.
Vamos agora inclinar a caixa de um ângulo E!1i ,elacao a
horizontal e obser"/aj- a dillamica do sistema (fig.6.1.3J:
0«/
1='ígura 6.1.3: Caixa liKlIi-,ada de um allu10
l:ap .6 103
Nesta situacao existe uma forca constante agindo sobre a partícula
de massa m ,jevido a aceleracao da g',-a\tidade g. equaçao
diferencial não homogênea que descreve esta situaçao é a seguinte:
6.1.6
com f(x) descrito em 1~ , = (J, o nos
possibilita montar o seguinte sistema de equacóes dIferenCIais de
primeira ordem:
Eliminando o tempo t e
ob tel- :
fdx/dt = y
ld\didt = 9
integrando equaçao j-esultante
6.1.7
1r-emos
':I = :.t Y 2gsen'':-tx
Considerando que em x = 1 e x = -1 há um choque eldstico,
6.1.8
podemos
construir o seguinte plano de fase mostrada na fIgura 6.1.~.
y
Figura 6.1.4: Espaco de fase para o sistema 6.1.6.
- -----_._~--'-_.__ ..__ ._~-----------------------
Cap.6
Para esta condieao possuimos um ponto de equ.llibrlO
104
estável
em x = 1 (um ponto de mínimo na curva do potencial), pois, estando
a partícula em repouso neste ponto. esta em torno
deste caso sofra a aeão de alguma pertubacao. satisfazendo
critério de estabilidade de Liapunov.
Vamos conside1ar que no sistema da Figura 6.1.3 exista
presenea de uma forca dissipativa viscosa. e que d1nâm1ca do
sistema é descrita pela equacao diferencial homogênea:
<li d2~.;/dt2 4- j.;,. d:-<f,jt -l- fix) = m g sen '1 6.1.9
com f(x) descrito por b.l.2. EITI -1 1 pode,nos
~eguinte sistema de equac6es diferenCIais de primeira ordem:
fdx/dt = yLdy/dt = - ?./m x + 9 sen_
6.1.10
Considerando os choques elásticos em x = 1 e x = -1. e os diversos
pai-âmetros da equação 6.1. 1(;! podemos cons t j- Li i j- i~
mostrada na figura 6.1.5.
de fase
Nesta condic~o o ponto com coordenadas \1,0) e
satisfaz o critério de Llapunov.
y
estd.vel POIS
x
Figu~a 6~1.5: Espaco de fase de SIstema 6.1.10.
1(15
6.2.Sistemas Com Modelo Equivalente.
\.lamas Clbsei-~./aJ- agoca o (íiodelo eletl-dnicc inosti-adCl , lCl
e
-V
R A•V
Figura 6.2.1~ Circuito com amplificadores operacionais.
e utilizar os diodos de silício· If\l4148. Se
considerarmos a somatória de correntes em l-elacão ao ponto
temos a seguinte equaçáo diferencial náo nomogêneai
6.2. 1
liquido~
=omo foi feito QU2)ldo simulamos o atrito seco~ 1 "iE:T10S
mostrado novamente na figura 6.2.2:
-.----- ------------
rI
J..
l=iguca 6.2.2: Diados IN41~8 K.
!. i Ili = C •• :' i ;HJ talHOS
ai-ranjo de diodos CCffioor-ta-se como a
L i ,:)'...-t •••• L.. • Sendo assim, temas para nosso sistema a seguinte equação.
também análoga à equaçáo 6.1.9 forçada~
::- ?C1RZC~ d~\j/dtL+ RzCZ/RL dV/dt + Iv (~/) = - \E /~ 6.2.2
r+ -- i' I + I ir.i '.xl p, \( = '.,..•
10-(\/);: It) p/ - \.-'0 {" t.) (
I .. IJ _ \;9"'"I--'U p.' 'J - - 'J •••
\Jü 6.2.3
Cap.6
6.3 !'!ormalizacao
Vamos considerar a equacáo diferencial:
2 :2a d z/dt ~ b dz/dt + ~(Z! = Pit)
r+'"TI D./ ..,. = + ,-I .. ,. - -
fez) = 10 P! - C V +_iiL-':;I) p I Z = -
107
6.3.1
6.3.2
te!TIOS:
- ,ac d~Yidt' + bc dy/dt ~ f(yl = PCt) 6.3.3
í+<:t) p/':I
=+1
f(y)
=1° pl
-1<y<+1 6.3.4
I -'X' P"
u=-1L .. ~
transformando o tempo t em um tempo r sem dimens~es i t = kTJ
. 2 Z 2aC/k d y/dT + bc/k dY/dT + f(y, = PikT) 6.3.5
:2ac/k = bc/k t2(T!OS:
k = alb
e obtemos:
6.3.b
,~.3.7
multiplicando todos os membros por:2
a/b
2como aib c f(y) = f(y)
- .......•.-,b.=,b
Cap.6 108
22.d u/dT + dy/dT ~ f(~) = p(·r) 6.3.9
<:Jilde f<y) =r+'X! p/I "-1 0/iI _.-,-! W /L .
,~ =+1
iyt-1
'.,j
=-i..
a: n&..l-
P( kT'
6.3. ir.)
6.3. 11
que esta POSSUl
indeoendentes apenas no ter-mo O(TJ.
Para melhor visualizarmos os sistemas atlálogos 30 sIstema com
Equacao Base Cl~CUlto Amp. OP.
Posicao: x VÃ = ')
d:z/dt \)elocidade:dx/dt IP1-0P. a 'v'C=R2C2dV/dt II
I1iI
~
CíR2C2
1 f
ITensáoDisp.Diodo:VD II I!Cor.Diodo To = f(v) Ii i!Cor.~plicada:-VE/RE II
['lassa: m!I Const.Atrit: kl!Metade Caixa: 1I
IForca Rest.: f(x)+'Fon:a Ex t. : F ( t )1
a
c
b
p ( t )
f ( z )
íabela 6.3.1
Cap.6
6.4.Resultados.
109
Todas as figuras deste item, salvo alguma outra menção, foram
obtidas por fotografia da tela de um osciloscbpio que monitora os
estados do sistema que desejamos observar. !~ao nos preocupamos em
mencionar as escalas das fIguras pois estamos Iiltei-essados apenas
nos resultados qualitativos obtidos com este modelo eletronico.
Para verificar a deste modelo ""amas
observar seu comportamento quando o ângulo a da figura 6.1.3 varia
conforme a função descrita na figura 6.4.1:
t
6.4.1: Funcão que descreve a variação do ângulo :,~-J-': .
Nesta ~ituacão. a equacão diferencial que descreve a dinâmica
deste sistema é descrita a seguIr:
Temos dois parâmetros Independentes. pl e ~.
a ~or suficientemente baixa para que 3 part1cula
sucessivos em cada canto da caixa até parar. deveremos obter em
nosso modelo eletronico um espaco de fase equivalente ao da figura
6.4.2. que foi obtido numer-lcamente pelo método p,-eV1501' <.:wiTetor.
descrito no apêndice "- .
1 1!)
..----------.---------,----·---..--·--------t
_----.---- _-1.--.-.- .. , - .. -- ---.'---
I
--"---..••.••.._ •.••.__ ._•••._ .•.•..•.i ..- ..-- •.-
~igura 6.4.2: Espaco de fase para equacão 6.4-.1 em
frequencia (simulacao numérica).
Com o modelo eletronico descrito na figura 6.2.2, obtivemos o
espaco de fase mostrado na figura 6.4.3:
~
Figura 6.4.3: Espaco de fase para
modelo eletr6nico da figur-a 6~2.2~Dbtido ceio
Como pOdemos observar analizando as figuras b.4.2 e 6.4.3,
o espaco de fase do modelo eletrônICO difere qualitatIvamente do
espaço de fase obtido numericamente. ~ diferenca está nos choques
,-' -.r-l. L'_-ü!-,. ,_,
cCJntra a "oarede" dCJ modelo eletronice, aue Dossui UiTl
111
coeficiente
de restituicão maior aue 1, eu se.ja , a particul:3 ganha energIa
durante o choque. Esta situacão é indesej~vel POIS queremos uma
condicáo onde o choque com a parede seja ~lástico Icoe~lclente de
restituiçáo igual a 1).
Conforme a referência [3.1J possí.vel para CErtas
f'eauencias DcallEr ati:3S0 de 'fase CCiC'Iente dos
amplificadores operacionais, Dcasionando uma realimentac:ão
corrente que fornece energia para o sistema. Se um atraso de Fase
na corrente de nossos amplificadores operacionais acarreta UiTla
situacáo onde é fornecido energia, c~eve(j10= >3.diantar
~ara obtermos uma situac::3.o onde é Pela
referrªncia [3.1J para obtermos esta sItuac~o devemoS 3ci-escentar
um capacitor e um resistor em nosso modelo eletroi,lco Dara
ob~ermos um adiantamento na corrente, e ajustai'mos o SIstema para
um coeficiente de restituic:ão onde os choques sao elástIcOS. Desta
maneira, temos o circuito da figura 6.4.~,
ajustados para esta situação:
onde RF
c.J, R.
-um choque elástico.
Com esta modificac:ão obtemos o espaço de fase
f~bt"!.do
Cap.6
com a simulaçao numerica.
-
112
Figura 6.4.5: Espaço de fase obtido do modelo da ·tig.6.,+.4 pa.-a
baixa frequência; p~=3.09; 0= O.Ob3.
Podemos tambem observa. as curvas do espaço e da
em funçáo do tempo na flgu,a 0.4.0:-•
.~
,I
~
i )-r.l~';;
velocidade
Figura 6.4.6: Espaco e velocidade x tempo para os dados da
[\loresultado IlumerlCO consIderamos que o cI,oque e elástICo, e
tempo de duracão do choque é diferente de zero.
r\JI~ ::osso
elástico,
C:3P", c
que o tempo de dura~ao do choque
eletronico obtemos esta situa~âo onde
zero.
o choque éDU seJa,
modelo
mas o
existe
deformação no choque. ,nas ,-,aoexiste dissipacão de ene,-gia.
Vamos agora dar alguns exemplos da
eletronico. Observe nas figuras 6.4.7 O
dinâmica do sistema cuando aumentamos ainda
que
deste
acontece
modelo
com a
'~.'
figuras 6.4.7: Espa~o de fase para pl = 3,09 e O =0547.
(J , 5(J~3; (i 1 5()4:
Com o aumento da Fiequêilcia. a pa,-t~cula "ao possue tempo
suficiente pa,-a 03i-31- ;,as pa;-edes da '=al."a. [\Iotamc)s tambem uma
pequena quebra de simetr-ia tiO espaço de rase, CCqTI (J=Ur-~lríieilto ~je
Aumentando frequencia para valor-es :nu i to E 1E'/ados. a
pa.rticula nâo POSSUI telTlPCl par-a ,ja
Cap.6
caixa. formando c espaco de fase da figura 6.4.8:
L 14
Diminuindo a freqUªnCla para valores abaIXO .dos ",alores da
figura 6.6.8. a partícula começa a apresentar condiçoes de choque
contra uma das paredes. apresentando um cOITiPortamento caotico
devido a estes choques, conforme é mostrado na figura 6.~.9:
•transiciona para uma situação onde desaparece o comportamento
caotico, ~ esta eal12d ~.s
Cap20
Figura 6.4.10: Espaco de fase pai-a p1.=3,C9 e (2=3,7'7.
115
conta a amplitude máxima de deslocamento da D a j- t 1c u 1a • a
o-i a j- 1 a c:::::3"I~ (2. Esta
eanalisando-se o espaco de fase deste modelo 00 osciloscÓP10.
Encontramos neste modelo uma \-egiao no espa~o
onde existem quebra de simetria do espaco de fase, blfurcaç3es com
dobramento de peciodo, surgimento de compol t ame" to caótico ejanela de estabilidade com período três. Toda esta. sequência
mostrada na página seguinte na figura 6.~.11
Observamos também neste ,nodelo a existência ,je 1,-,te,,,, i tênc i a
"nodelD
'-:Jue este '-1 1TI a
Cap.b 116
Figura 6.4 • .1:1: Espaç;:;o de rase pa.-a ,:!l=3.'.J9 e \.2=1,8''1;
1,43; 1,41; 1,40; 1,24; 1.18.
i ç: I •j, .• ...J.L ! 1. '+5 ;
CAP:!TULO VII
F~~=n .••.~~~==_..~.~,_~_~.~"~~-,~".~..~..•...."..w"""===~
SERViÇO DÉ8 j[::I~'; (.1-r-i:;=;\ E-':'HO;;'t:1 ;\Ç X ó _ IFÔSCFiSIC,t.
----., •• .,.~'''"'." ••• , ••••••••• '''-~ ••• _",.,., •• " •• '-.,-, ••• < ",.-.,~".,~ •• _",--- •• _. __ •
~ap.7
ry Partícula em mesa vibrat6ria.
7.1. Análises básicas.
118
Vamos considerar uma partícula de dimens6es eiTIassam [7.1.1], que se choca contr-a o topo de uma ,>lesa massa
infinita que oscila conforme uma funcáo h(t), como éfigura 7.1.2 íBouncing 8al1) [7.1.2-7.1.3J .
.-----tI
I
f! h (t)
mostrado fia
Figura 7.1.1: Partícula em mesa vibratória.
A partícula move-se no vácuo em apenas uma dImensão (eixo
vertical) e os choques da bola com a mesa podem ser elásticos einelásticos. \Js lTIO\/irneq-it(;S da rnesa (h(t» esão descritos em re1acão a uma referencia fixa.
seguinte equacão diferencIal nio homogênea para uma 31tuacão
c. choque é perfeitamente elástico:
c.nde
/ d t~ + r{x = - mg 7.1.1
Cap.7
..f(x )
..x = x(t) - h(t)
=l r+w p/ :.= OO pi x > O
119
7.1.2
7.1.3
com a relação 7.1.2 temos:
2 .2.m d x Idt + F{x(t> - h(t» = - mg 7.1.4
Se considerarmos agora a situação onde os choques sâo
inelásticos, temos a seguinte funçâo para descrever o sistema:
2 2m d x /dt + F(x(t) - h(t» = - mg
F garantindo a relação:
IVa i - VW i I = k I VBf - \1M fi
7.1.5
7.7.6
onde IVai - VWil é o valor absoluto da velocidade relativa entre
a bola e a mesa antes do choque, k o coeficiente de restituiçâo do
choque, e IVaf VMfl o valor absoluto da velocidade relativa
entre a bola e a mesa ap6s o choque.
Considerando h(t) = A sen(w t),
mostrado na figura 7.1.2:podemos ter o movimento
figura 7.1.2: Movimento da bola e da mesa em fun~ao do tempo.
o método
como este
Dbter 3
I~,-,ap.7
Para solucionar este sistema podemos aplicar
orevisor corretor. como fizemos no capítulo VI. Mas.
sistema é nao linear apenas durante os choques. podemos
soluc:áo algébrica da ti-ajetb'-la da pa.rtícula ,ju,ante o ···/00. eposteriormente calcula, para que valor de tempo eXIste choque
entre a partícula e a mesa. A 0nica dificuldade para o cálculo do
exato tempo em que ocorre o choque está em solucinar equacões
algébricas trancendentais. que não chega a ser um grande problema.
pois sabemos em que intervalo de variáveis está a solucão.
Cap.7
7.2. Modelo Equivalente.
Vamos observar o modelo eletronico da figura 7.2.1:
121
D
C.z
B
-v
R
R
Figura 7.2.1: Modelo eletronico para partícula em mesa vibrat6ria.
Este modelo difere do modelo para partícula em caixa apenas
por não possuir um dos diodos, não considerar a presença de
dissipação viscosa, e a maneira como introduzimos a perturbação
externa. Considerando a somat6ria de correntes em relação ao ponto
D temos a equação diferencial:
2 2C1R2C2 d V/dt + Io{exp[(V - \.~2)/\};'] - 1} = -1J;:J./A;::i 7.2.1
Introduzindo o diodo no nitrogênio líquido iremos tornar seu
comportamento de corrente em funçao da tensão mais abrupto,
correspondendo a uma situação próxima a da funçâo 7.1.3, onde:
2 2Ct R2 C2 d V/ d t + 10 ('v' - \.i;:2) = _1J;:J. I Fl:J. 7.2.2
•Io(V )
== ~/ - \/E2
,.
= r+00 p / ~ = VOLO P/ 'v < 'vo
7.2.3
7.2.4
,~-- ,....,:_.d.~ •.... 122
acr-escentamos '-I.m caoacitor
(PF) no circuito para controlarmos o coeficiente de
que era malor que 1. ,jevido possíveis atrasos de -Fase
amplificadores operaciol:aiswi···~esteenode1otambémtemos
acrescentar
estecapacitareesteresistorparaobtermos
cQeficiente
de)-estituicãoigual·3.I ?QUDU tI-O\falar
desejarmos. Desta maneira temos o circuito da figura 7.2.2:
R
aue
um
que
B
-v R
~igura 7.2.2: Modificacão no circuito da figura 7.2.1
controle no coeficiente de restituicão.
haver
fS8,/~(,'é:)-l"" l~~T;" .~.:
7.3.1 Normalizacão.
Vamos considerar a equacão diferencIal:
123
2 . 2 .•3. .j z !dt +- fiz = 7.3.1
= z(t) - s(t)
considerando s(t)
r+-,-:(; p I;li'
•I .-' I'""=
CJ
'+:(z
)=I •LOp/
,O.:..
Pi se~\wt) temos:
7.3.3
2 . 2a d z (dt +- fiz - Ptsen(wtl1 = - ab
como na função f nos interessamos apenas quando esta val
temos a relacão:
.::= Ptsen(wt)
a
7.3.4
zero,
7.3.5
onde Z/P1 = sen(wt) 7.3.6
substituindo Z/Pt por y em 7.3.6, t=kT em 7.3.4 e dl~idindo
os fatores de 7.3.4 por ab temos:
todos
Pt--·2bk
2d '"l
2/ ,jt +- 1 f(ya b
7.3.7
atribuindo a k o valor:
temos:7.3.8
1
-~-2P 1v.J
b
2d '"l
2(dt; +- 1 r(y
.=, b
2sen \ 1='1 w T ) ) = - 1 7.3.9
Cap,,7 L24
·1...
.•-~1 7.3.10
••'.,! =,~ - sen (çn:- ) 7.3.11
7.3.12
••y =-r+(1) P'/
- \ • o.- .. " ", uL ,o, ,",,' --. ••r_.1 ;-: _
'*f ( '-:!
Considerando uma situacáo de Choque elAsticG~ temos apenas ~m
- t .. t .pardffie ·ro neste Sls.ema (~)~
Se considerarmos agora um coeficiente de ~estltulcáo menor
Para melhor visualizarmos os sistemas analog05 a particula em
mesa vibratória, podemos montar a seguinte tabela:
Equacão!
IBasePartlculaemr"lesaICircuIto;:':;!1lP.I]P.
1I!
~ posicáo: ',)8=_I.) I"-
"Idz/dt
',)e 1oc idade:dx/dtPro.a\)c=R2C2dlJ/dtliI
a m Ci.R2C2
b Gravidade: 9'*f (z ) Forç:a de choque Corrente do diodo
s (t ) Posicáo da mesa Corrente Aplic.VE2/RE21
C3.p.7
7.4 Resultados.
125
To das as f iguras de s t-e i tem, sa Ivoa 1guma ,=,u.t ,~ ;1"1er,,=á o, f or :3.!1l
obtidas por fotografia da tela de um osclloscÓPI0 que monitora os
estados do sistema que desejamos observar. !~ao nos preocupamos em
mencionar as escalas das fIguras pois estamos interessados apenas
nos resultados qualitativos obtidos com este modelo eletronico.
,jeste '.'amos
observar seu comportamento quando a mesa está em reOOi)SI:) ~ ;;<3.0
e~iste a oresenca de dlssip5Cào r:i:3' tlc~,!!a
choques inelásticos contra a mesa, '3 e ,""'do coe-ficientEi
restituiçáo do cho~ue igu31 a 0,8 (flgur-a ~.~.l):
--------_._---_ .. _~._- -----
Figura 7.4.1: Altura e ·/elocidade >< temco partícula
realizando choques contra uma mesa que esta carada; l = (1,8.
Como podemos observar nesta figura, a 1::lneada
cara cima a p a r t i r- d a <fiesa COill ielocidade , ,',i ~ momento
do chOque com uma velocidade -V. partindo logo em seguida com
velocidade O,8V, e sucess 1'··amente. Este de
restituicao igual a 0.8 é ':Jbtidoempir-icamente 3tr3 es ,j':J '-eslsto,-
RF e do capacitor CF. A figura 7.4.2 mostra O espaco de Fase
os resultados da figura 7.4.1:
para
Cap.7 126
Figura 7.4.2: Espaco de fase para os resultados da fIgura 7.4.1.
Os resultados por nÓs obtidos sao compat~·/els com os
resultados das referências [7.1.2-7.1.3J. Estes trabalhos
abordaram sistemas mecânicos onde a dificuldade encontrada era
coletar os dados referentes a posicão e velocidade da partícula e
da mesa. Com nosso modelo eletronico temos fácil acesso a estas
medidas~ como é mostrado nas figuras a seguir.
Çiqura 7.4.3 °articula oscIlando com a mesa para k=O.8 e ~=O,76.
~Cap. ;
Vamos considerar aue em mossa modelo a mesa comece
senoidalmente, mas de maneira que a partícula náo tenha
127
a vibrar
condic::âo
de levantar '150. coma é mostrado na figura 7.4 ..3.
Neste caso, o parâmetro a n~o é suficientemente grande pa~a
que a partícula decole e com~ce a realizar choques contra a mesa.
Se aumentarmos o parâmetro 0, a partícula comecai-a a vibrar contra
a mesa. Notamos neste aumento de parâmetro ~ uma histerese na
regiào do espaco de parâmetros, pois ao diminulr,nos este parâmetro
ao valor onde antes a partícula oscilava com a :ijes a. ., esta ainda
continua a realizar seus voes ~ choques
mostrado na figura 7.4.4.
-como
~igura 7.4.4: Posic::ãa da partícula
~espectivo espaco de fase para k=O.8 e
e da
·:::1.=0,76.
"latamos
"deformac::ãa"
na Imagem das DOS100e5
na superfície da mesa durante o
1:'. eiÍlPI.J que
Chl~qu.e •
hd
senda
uma
este
Aumentando o parâmetro a, comecam a
dobramento de período. coma é mostrado nas
sug 1 ,-
imagens da Dosic::áo da
figura7.4.5:
seus esp -3:.i':CJS de fase na
··Cap.7 - 128
••
--
~_._._,.~-----~------------------------------
Figura ~.4.5: Resultados para k=0,8 e ü=0,99; 1,03; 1,06.
oossivel. em
de eouilibíio
Cap.7
Conforme a referência [7.1.2] ésituações. coexistirem duas condicões
oarâmetro. como é mostrado na figura 7.4.6:
129
determinadas
::lara o mesmo
•
e c:t=().99 •
Observamos com este 111odelo a e.,<istencia e
descritas nas referênCIas [7.1.2-~. 1.3J.
crisesoutras
em '/ál- i as
situacões
do espac:o pa,·· ã!llE t '""":':'s , aSSIm como
Pelos resultados
satisfatóri':J.
obtidos podemos CO(1side!~:3i este modela
CONCLUSÁO
Conclusao 131
Baseado nas referências bibliográficas deste trabalho e em
seus resultados, podemos considerá-Io safisfatOrlO com relacáo a
sua proposta, que foi criar os modelos eletronicos para os
seguintes sistemas:
Oscilador Harmonico na Dresenca
atrito seco.
Sistemas dinâmicos biestáveis.
Partícula em caixa.
Partícula em mesa vibratória.
de disslpacáo .'iscosa e
Outro Donto alcancado por este trabalho fOI crIar um
material farto e ainda náo explorado que Dode ser aplicado em
cursos de dinâmica não linear, suprindo uma grande quantIdade de
experiências que ajudam a compreender consideracoes a respeito
desta dinâmica.
Ainda com relação ao ensino, estes modelos
utilizados para desenvolver o interesse do aluno em
sistemas não lineares, além de desenvolver a habilidade
desenvolver modelos e analogias.
podem ser
relacao a
de criar e
aqui usados sào e~tremamente
Por
circutos
último, pOdemos citar o economIa.
eCOnOlTIlCOS.
DOIS os
APêNDICE
Apêndice
APENDICE A
133
A grande maioria das equações dIferencIaIs encontradas na
pr~tica nio podem ser solucionadas analiticamente, ou possuem
outros inconvenientes que tornam este trabalho extremamente
complexo. O recurso que dispomos é o emprego de metodos numericos,
que nos possibilita obter soluções bem preCIsas.
Para SolUCIonar
iremos utilizar o
descrito a seguir.
as equacóes que apalEcem
m~todo do TrapezIo, CUJO algoíl.timo ser~
Dada uma equacáo diferencial náo homogénea de segunaa ordem
que possua coordenadas x e Y do plano de fase, onde dX/dt = y,
temos que este sistema pOde ser descrito pelas segUIntes equações:
dX/dt = y
dy/dt = f(x,y,t)
Podemos aproximar a integral de uma
intervalo de tempo À, onde ~ = tn~
trapéZiO, como é mostrado na figura 1:
f(t)
1
funcáo dY/dt = i(t) em um
tn, pela ~rea de um
figura 1 -
.•.L
Desta maneira temos que:
tnT1
f f(t) dt ~ Atn
1.34
2
mas como A = (t n..•.1. - tn) ( f ( tr•..•.·1") -4- f í tn )\ 3
(tr,+1 - tn) = c.. e .r f ( t) d t = Fi t) .•..c temas:
t. r.+ 1.j' f ( t) d t = F ( t n+1.) - F ( I;n) ~ L / 2 (f ( I;n+1.! .•.. f ( tr. :.)
tn
precisão de nosso resultado.
Podemos utilizar este algoritimo para a funcao
xtn+1 e ytn+:I. do sistema 2 como é mostrado a seguir:
tn+:I..1 dx/dt ,jt = xl.',+1
tn5
~n""1
J' dY/dt dt = yt-n+1 - ytn ;;;,ü,/2(f(xt-n+1..yt.n+1.l:n+t.i+frxl.n.'J,n.!rI)6
r-eorganizando os fatores temes:
7
8
Quando o sistema é 11 ne3r- ou 1inear (tomando
certos cuidados quando linear por partes), podemos üesac:oplar :.s
equacóes e agrupar todos os termos que '-'0
l:.do Dest3 -f ~c 11
determinarmos a solucao do sistema POIS sempre temos c:onrlecimento
Para sistemas náo lineares, nao POdemos agrupa~ os termos que
possuem val-iáveis '.~k,""1e yf.n+1. no lado esquerdo das equacões 7 e8, tornando im~ossivel o cálculo destes ·,/alore5. Para
estes problemas. usamos o artifício de prever
variáveis, como é mostrado a seguir:
os o/alares
1':j<=....• ....J
destas
";~ tn+:I. :: xt.n + Á ,jx / d t ( tn) = xi,n + A '~n
o _ o .•• o •
y I,n+1 = ytn + il d'::I1 d t (tn) = ':!lr, + il f ( ~or •• I.,}.n , lj".
desta maneira temos:
10
x t· n+ 1 ::: "( '::It n+1 -\-1::1 t r. ) 11
ytn+:I. -- ytno O
+ A l' 2 ( f ()(ln+ 1 • yt. n+ 1 • tn+1 ) +f (X tn • y tn , !rl+1 12
f\lovamente,quanto menor for o valor de serd a precisao denosso método •
.Oscilador com Atrito seco
simularmos numér"icamente a equacao 5.3.7, vamos
reduzi-Ia a um sistema de duas equacdes diferencials
ordem:
dz/dT = v
dv/dT = -l/Q v - s(V) Z + PE13
Poderiamos obter di l-etamente a solucào analítlca desta
equacao pois esta é linear por partes. A dificuldade deste método
está em resol~er equac6es trigonometricas t,- anscendent a 15 qUando
dz/dt = O. Tal fato levou-nos a 6ptar por um método 0umérico para
solucionarmos esta equacao.
Pela regra do trapézio, obtemos a seguinte solucão
para este sistema considel-ando inte,'valos discretos Ije t2l1"1i=lr::l Ar:
~1r21""n+11r
rz1""n1r··· .•./4'C1
I
cE (To.+1 ) 0)\" II
, I=i1'1 +(-2s (V1""nJ+oE (1""n .l+
JL LVTn J I ".,',=, ILv1""n+1 J
L~O '- J
14
onde C1 =1
136
1
2+ ilT/2Q + Cor /4
[ 1
2L-r
1+ üT/2Q - &:l'r /4-Ie
M =-Ar
1- ur /2Q - ó.r2 / y.J
Nesta simulacão devemos apenas nos pi-eocupar-qUandO o pi-oduto
VTn.vTn~<O, OU seja, que houve o cruzamento do elXO
mostrado na figura 2:
Z 1 como
(z~,.,, V"t;..,.)\\\
-\\,
•z.
\
figura 2
Quando tal fato ocorre, devemos calcular o valol- de zTn~ tal que
vTnTt seja igual a zero. e o intervalo de tempo cOi-respondente.
Assumindo que uma reta passa pelos dois pontos da figura 2 temos aequacáo:
15Assumindo vTn.~ = O temos que:
16
Apêndice
e o intervalo de tempo aproximado para este ponto:
137
~T' = t::..r í· I v'T"n 11' I ""..~. I·· .. vETn-t-t.! ) 17
A seguir é mostrado o programa utilizado para esta simulaçáo em um
microcomputador Apple.
5 !EH INEERI~ C'HC'CS
:~ ?~:U; "'ElfrnE C';~ Q,? ..WJJ
i: I~~PUT ),r.,U
~~ PF. ~!:T liE?fTF.t :>;~: r'.'. 7M
~5 :~lr~JT:, \' ,T3C OT = :~5: ~r.:)1 ::lTERIJAlC DE 7E
MP,)
3~ OZ = 20:0',' = j;}: Wf DrI1E)lS';O
DA TELA
38 REM D~F!NIC~OD~ Tr~ri
40 HGP. : HCOLOR= 3
4~ HFLCT~,0TO ~6~.~TO ~60.1~STO ~.158 TO e.e
5~ YPLOT~,;rTe ~$0.7~:HPLjT2~,~70 ~3C.1~8
58 ~E~ OE!=n!rC';O rE ',',;n;':EIS60 D = C~ ! ~:C1= ~ I 0::2 = o :
3;~ = t + c: + C1
S 5 Di = -:~ •. C2 - Ci,} I' :3: O~ = o
i t C3:C3 = - r-T " C3:N =
(1 - C~ - Ci) .' C3
7~ Ai = 130:~~= 79
~~ STOP : R~ F~R~DA P~r.ACO~TR
OLE OE 'J~~r ';'J\: 1 S
-:'3 REli R[~?ESE?IT:' po~no N:' m.A
81 !F')) ': ~ lHEII GOT'j 34: RElili':"!':.!"". ~':' ~tC'! ~,.,:,!:":••,!:",!" -"'-~.I.wn ".,_ ",-,- ••...•'._cC.,~!! •. '.'
82 DF = F:4 SI~l (tJ :f r; - z: r:=
~as {DF) < = 1 7H8~ Gero
~~~: RE~ ~;Er.!F:C;~ CC~~D!:~~
~E DE5l:~Crl~E}~iC
33 H: SGN (C..F;: ~CT':; S~
34 H = 3Glt ';'.')
3S PI : F f ( SIM lU l T' ~ Z!~(W * (~ ~ DT1J) - 2 li H
90 :n = c1 * Z + O~ :f •..•~ + :1 • ~I
S OE Z E: \'
~3 'm = D3 11 Z + 04 * I) !o o li PI
9~ !r v I ~~( ~T~E~ OOT:~~~:REM ~ltRIF!Cri C;'UZ~.~tUTO DO
EIXC Z
'?s : " ZN:'.' = :Jrl: ml ATU;'~I::; ':
,~p.:tj'JEI5
13a ; = T + ~T: Rt~ ATUhLl:~ ·r:H
?~
t ~5 G:iC: 33: REM REIN1C:.; :!0':~C;'L:ULO
j 13 ~E~ Ci;LC::LjDe :~~~:,~.~\EN7~'~c E!X~:
_ .• ",.=- '·'\1',.- •••1)· •••• ,. ~ •
: = r:f~ * !J - Z * ~}Il) i [V -
"'''..1.,1
• •••~ ,. - .,. l.. .•••,'!.':"4 , - I , l,,; j
130 GCT:j30
Aoêndice 138
.Sistemas Biestáveis
Para simularmos a equacâo 6.3.2 temos que nos valer apenas de
métodos numéricos, pois esta é uma equacao dífer"ellCIal "ao - linear
e não homogênea.
Vamos reduzir esta equacão a um sistema de duas equacões
diferenciais de primeira ordem:
dy/dt = \(
dx/dt = -l/Q x - senh u + M y + P(T)18
cela regra de trapézlO obtemos as SegUIntes solucáo numérIca para
intervalos discretos de tempo ~T:
19+ p\rn) + p\Tn+J.))
':I'T n~i.= Y'Tn+~'T' /2(xTn;<TnTt.=
X1"n+tJ.1"/2(-l/Qo -rn-+-:1 )
+ r"1(yTn+':I
üy Tn'H = y'rn + tJ.·T ;-:Tn
o ...x Tn-Ti.= XTn + t:.:T (-l/Q xTn - senh yTn + 1"1 yTn + p\Tn!)
Ü+ x Tn~t.)Ü Ü
(xTn + x Tn~ t) - senh yTrl - senh ':1n~t +
A seguir é mostrado o programa utilizado para esta simulacio:
1 It Zi
: ~~ ZN : ~ .;. D * 1') t i.'e l
~0::~!P= ( ~X~':~,- ~YF"'!'l\\\ "';'\" l ~
- :.~/ 1 - ~.~~T'W~ (14 li 7) '"?: ~
Q0 :~ = : ~ ~7 * V
92 SH!F : ( E'~~ r:) - EXe\ ''1.I ! '"
~~ ;0 = ~ T :T ~ l
6~ H~L:7 ~39-e -~ ~:?,1~8: ~PLOr~:' ~~. 7:· :;:73,:-9
50 HG~ :.MC:L~R~ 2,,~."
~u.r.~ 1"'1
_"'4.' '-
(z. ~~ ~ ~1 ~ ~ s:~;(U ~ T
) ~ r~ ~U " (7 ~ or)~~:~i:: : Z;J:'.' -::
.••..•••." _ f\~ .,'t. ~~- V I ••
~~sT = T + 07
Apêndice
.Partícula em Caixa
L39
equac:ão pois esta é linear por partes. H dlficuldade deste
Poderíamos obter diretamente a saluc:ão analítica desta
metodo
está em resolver equac:ôes trigonométricas t,anscendentais quando ~
= O. Tal fato levou-nos
solucionarmos esta equacao.
optar Dor um metado numerlCO para
Pela regra do trapézio. obtemos a segulnte soluc::âo '-'umerica
para este sistema considerando intervalos discretos de tempo Lr:
r~TnHl
rru·T"~.1-., -IlM
' -'" I !.l~/41I
= Cl I .+(pli: (Tn )+ cE ('1""'-·Ti. j' j I
l;~TnJ
.' •••. , IILx Tr ..,.1J
l·"!;:J II•.•.' - j J
20
onde1
Ci =1 + ~T/2
r 1+'::"T/2 :"'r,l2le
M=I I(I
1- "::'.•/2IL J
Para calcularmos o ponto onde a part1cula choca-se contra a
parede, consideramos o cruzamento das retas mostradas na figura 3:
figura 3
Apêndice
A seguir é mostrado o programa utilizado para esta simulação:
1"+0
'::1~JT ;}:~rr~E:-~~F .:1"
:~~U-;~..)!~~:"T f'8rr~E::~~: ~'.1, I:·~~t~Z ~!.,1 _ i
33 ~r = ,~f3S :Z : :~~:C~ = 3J
45 H~LCT ~-~ ~j ~~e.3~O 2éO,i59
Tj :J. ::.J 7~ ~.~50 r.PLO~ ~.71T~ ~t~_7~: HPLOT ~
3~ • 3 : O t:~.t 53••~~ O : 07 ' Z:C~ : DT I 07
.~.A".:. •• L,,&.: i + li
~5 Ct = 1:C~ : D ' C1:C3 : 0=D4 =.'.( - ~~
....,, •• lJi
'.~
i8 ~1 : !3a:~~ : ;~"'S STOP
30 HPLCi:: ~ ~!~Al.~~ - ~ f OV
(!I\.,81 !F ~;S CZ~:
(Z): 3GNiHEIl If' SGN
- "•
as ?! = P li .; SOU ( :.:;1
~:m: -:!i! (~ f (T
:-~ :lI : ~~ * ~ ~ O~ I !} T
! • "r?3 :t Z + tl~» V
Ir- ~a3 (':~D = ~ "-HEJl
i00 T = T .;.DT
30~O
1=~.:~ = !1 (::1 I! '.I - : t !}~!' + i':ij - IJ~ * sm~ (:m),' '::N-
,_ ..•. ,~:L:T :: * :.z ~ ~t.~~- ~c fJ~j!"'\n
..:-.,.,., IF :.~ = ~ rHE~' :.;- 1\-> •• - ".,~23 : = :r;:~=
_ qr".~ _ ~ _ ~~"'"., - • oj.
1\10caso de uma
C.Pt:=NDICE B
I;r arís I ceio ,je de segunda o'' dem. uma
transicao magnética. por exemplo. temos um ÚnICO da
parãmetro que ca,-acterlza o sistema lmagnetlzacão} para
temperaturas acima da temperatura de transicão. e dois valores
para este mesmo parãmetro abaixo da transicão.
sendo seu comportamento em funcao da temperatura
relacao:
j';! ,':1 (T e - T:'
sendo esta relacáo válIda para T ~ Te.
dada cela pela
1
Se um externo H ap 11cada ao sIstema. a
suscetibilidade é dada por:
= X = (T - TC)-Y
-y(T - TC) •
Pi T,>Te
Ci
T",Te
3
E na transicao (T = Te) temos:
SeL' certas condicões sobre o potencIal termod 1 ilâ.TI i co são
respeitadas lessencIalmente qUE o potenCIal sela "tiôlii:lCO). os
coeficientes acima citados são racionals. condicoes oue
modelo de Landau.
levam ao
No caso simulado Dor nosso sistema biestàvel. ~St3S candic6es
se observam. levando em conta os coeficientes teoricos:
-",~ =
,.-
=
t'
=I-:;.
=3
Apêndice 142
Os valores experimentais foram obtidos da analise das
curvas V x VE para baixas frequências. onde V representa M, l/E
representa H. A variacao da temperatura foi obtida por RF, onde a
condicão crítica é:
PF = Vi)/PF 5
A suscetibilidade (no caso, o obtIda
derivando-se graficamente as curvas. nos pontos VE = O. obtendo-se
r:::l V- .
o valor de ~ também fOI obtido dos pontos VE = 0. para vários
·ia lares de RF.
Finalmente. para RF = ~~/2Io. com valores de ~ü e 10
das curvas. mediu~se H x M para a obtencáo de 5.
As figuras a seguir mostraráo todos estes resultados.
obtidos
..:
---' ..
~--
_1._
+
t_
==:i=nu '-'l.
;:-:::-.::::~ --iU •
:.:.==:.:.;' .-
___ o~
_u-----.--~----~-_.-. - ~-_. ---
._------ .----- ...----- .-----.--____ • __ 4 _
_.-. ----- - ---~-H:---....::'":
, 'T~==.--~~~~~r-=
•-,.,....,...•. ~._::~=:- --~:-:
-~~=;~.:..-.....:,.. __ O--.- .. -
__ o _
f ..
'êO~ ~r
---;---'N-
m--c#:..::-..::;'_- '--7~
.....• ---
0=t
- :--=-I=~_.C~;;7'~~~_-_ .. ~~~-
~~:.:-::..:::--.-
----_rE .• #..;::;.--------- ----,l-=-
--.--.-"---=::=:=E"~_
---------.----
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••• - .+ ••• "- -.-. -.~
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'00
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l ~._.__."~."=,-~".!~:::._~~-~._c-,_~..
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--------
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--, .--_._._-_._-.
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ü_ í ..' i
150
::::...•.
~
"'~ '"
: i, ~I· .~!I.·I i I I i i Ml ,1.1~=fc~:; . ~.! 1:1·1:: i\TI,i! I ...:!fi!M::'J I: I ~ ; ! · I ' I.! : i i! I~ '" ,;.'!~i; I!!: :;1 i.1 li!:!'
L' !'i.±+:1'f:ti: :'1 'I ~
•
I
~
. : .. : \, i ' .: i..... _ .. :c.: .._._h ~. : i :. i iI
-.~--------____ o
----;; I' i~l·Xi-{!~I,I(+~i:-~Itl.~·I•~1:=I··~~I·jô=II{f':;.~
'-0- -, [ .r::
-- -
----
--
v- ---':-'J~, I I
------ -- ..- --- - .--. --_._----------~---~
I i
I
,:;;:3:
------- -.- -- ----------------_.---.--_.- -. ---
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------
~--
.---- - ~ _:::.:...=:::c~_
--_.---------------..
.--
----.---_._. -
---~
----------- -------- .._. ---- -- .--- ...
~~7 -.----- --------- o . _
= ,. ~-~:~-~~-~:::::~ ---
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-~~-==:~f.=:~:-~
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--------~----------..------------.
?- e .5:,-
L50
~r"'.-:c-:~:~--'::?:·_-~=-~~~~'''.1 _:~
-'€------
-,,:~~~~~':('-X"..~2=~==~.:::-~~:1 _--o- .:~
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