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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FFCLRP – DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM ENTOMOLOGIA Levantamento e análise faunística da artropodofauna de ocorrência na cultura do milho (Zea mays) e estudo do efeito de inseticidas sobre organismos não alvos Antonio Cesar dos Santos Tese apresentada à Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da USP, como parte das exigências para a obtenção do título de Doutor em Ciências, Área: Entomologia Ribeirão Preto – SP 2006

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FFCLRP – DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA

PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM ENTOMOLOGIA

Levantamento e análise faunística da artropodofauna de ocorrência na cultura do milho (Zea mays) e estudo do efeito de inseticidas

sobre organismos não alvos

Antonio Cesar dos Santos

Tese apresentada à Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da USP, como parte das exigências para a obtenção do título de Doutor em Ciências, Área: Entomologia

Ribeirão Preto – SP 2006

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FFCLRP – DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA

PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM ENTOMOLOGIA

Levantamento e análise faunística da artropodofauna de ocorrência na cultura do milho (Zea mays) e estudo do efeito de inseticidas

sobre organismos não alvos

Antonio Cesar dos Santos

Orientador: Prof. Dr. Odair Aparecido Fernandes

Tese apresentada à Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da USP, como parte das exigências para a obtenção do título de Doutor em Ciências, Área: Entomologia

Ribeirão Preto – SP 2006

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A minha esposa ANDRÉA, meu filho FELIPE e toda a minha

família, pelo apoio, carinho, dedicação e incansável ajuda sem

medir esforços

.

DEDICO e AGRADEÇO

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AGRADECIMENTOS

- Ao Prof. Dr. ODAIR AP. FERNANDES, pelo apoio e orientação segura nos trabalhos realizados.

- A Dow AgroSciences Indl Ltda pela oportunidade, em especial aos Engº.

Agrônomos ELIAS MELOTTO (in memorian) e LUIS ANTONIO PAVAN pelo suporte .

- Aos funcionários da Estação Experimental de Mogi Mirim pela condução, manutenção e aplicação nas áreas dos ensaios. - Ao amigo EDSON CORBO pelo auxílio nas avaliações e coletas nos ensaios de Mogi Mirim. - A todos os amigos da GRAVENA LTDA pela colaboração na condução do ensaio de Jaboticabal e pelo auxílio na separação de todo o material coletado.

- Ao amigo GUSTAVO VILELA FRACASSO, por todo o auxílio prestado, principalmente pela ajuda direta na tabulação de dados e organização da literatura citada.

- Ao Dr. RAUL GUEDES pelas sugestões e fornecimento de referências

cruciais ao trabalho. - Ao Dr. ADENEY DE FREITAS BUENO por sugestões no texto. - Às funcionárias da BIBLIOTECA da FCAVJ-UNESP pela presteza e

correção da Literatura Citada. - A todos aqueles que colaboraram direta ou indiretamente na realização

deste e outros trabalhos.

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ÍNDICE

1. RESUMO ........................................................................................ 1 2. INTRODUÇÃO ................................................................................ 2 3. REVISÃO DE LITERATURA ............................................................ 5 3.1.Ordens e famílias de insetos, aranhas, ácaros e respectivas

funções e uso de bioindicadores.................................................... 5 3.1.1. Coleoptera ....................................................................... 6 3.1.2. Diptera ............................................................................. 7 3.1.3. Hemiptera ........................................................................ 9 3.1.4. Hymenoptera ................................................................... 10 3.1.5. Neuroptera....................................................................... 11 3.1.6. Dermaptera..................................................................... 11 3.1.7. Araneae .......................................................................... 12 3.1.8. Ácaros Oribatida .............................................................. 13 3.2. Levantamento da artropodofauna de ocorrência na cultura do

milho no Brasil................................................................................. 13 3.3. Impacto de inseticidas............................................................. 16 3.4. Utilização de índices faunísticos em ensaios de impacto......... 21 4. MATERIAS E MÉTODOS ................................................................ 23 4.1. Locais....................................................................................... 23 4.2. Tratamentos e desenho experimental utilizados ...................... 24 4.3. Avaliações................................................................................ 25 4.4. Identificação dos artrópodes .................................................... 26 4.5. Análise dos dados.................................................................... 27 4.5.1. Análise faunística............................................................. 27 4.5.2. Diversidade de espécies.................................................. 28 4.5.3. Similaridade entre os habitats.......................................... 29 4.5.4. Comparação do efeito dos tratamentos sobre os índices

obtidos............................................................................................. 29 5. RESULTADOS................................................................................. 31 5.1. Levantamento e análise faunística da artropodofauna

capturada através de armadilha tipo bandeja d’ água.................... 31 5.1.1. Levantamento da artropodofauna através de bandeja

d’água ............................................................................................. 31 5.1.2. Análise faunística da artropodofauna coletada através

de bandeja d’ água.......................................................................... 38 5.2. Levantamento e análise faunística da artropodofauna

capturada através de armadilha de solo (Pitfall) ............................ 51 5.2.1. Levantamento da artropodofauna através de armadilha

de solo............................................................................................. 51

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5.2.2. Análise faunística da artropodofauna coletada através de armadilha de solo....................................................................... 57

5.3. Levantamento da artropodofauna através de avaliações visuais ............................................................................................. 68

5.4. Levantamento da artropodofauna através de avaliações destrutivas....................................................................................... 70

5.5. Análise conjunta das diferentes safras e locais....................... 73 5.6. Impacto dos inseticidas chlorpyrifos e spinosad sobre a

comunidade de artrópodes.............................................................. 94 5.6.1. Efeito sobre índices de diversidade ................................. 94 5.6.2. Análise de componentes principais por safra..................106 5.6.3. Análise de componentes principais: herbívoros e

predadores dentro de cada safra ................................................... 118 5.7. Impacto dos inseticidas chlorpyrifos e spinosad sobre

Spodoptera frugiperda e organismos não alvos............................. 124 5.7.1. Herbívoros ...................................................................... 124 5.7.2. Predadores ..................................................................... 139 5.7.3. Decompositores .............................................................. 149 5.7.4. Polinizadores .................................................................. 159 5.7.5. Função não determinada ................................................ 159 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................ 163 7. CONCLUSÕES ............................................................................... 165 8. SUMMARY...................................................................................... 166 9. LITERATURA CITADA.................................................................... 167

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1. RESUMO

Chlorpyrifos é um organofosforado de amplo espectro de ação e um dos mas

estudados inseticidas mundialmente. Spinosad é produzido através de um processo de

fermentação utilizando a bactéria Saccharopolyspora spinosa. Estudos têm

demonstrado alta seletividade de spinosad à maioria dos inimigos naturais. Entretanto,

informações sobre o impacto desses produtos sobre a comunidade de artrópodes é

escassa. Desta forma, o objetivo do trabalho foi avaliar o impacto de spinosad e

chloropyrifos sobre a comunidade de artrópodes na cultura do milho. Os experimentos

foram conduzidos nos anos de 2002 e 2003. Os tratamentos (chlorpyrifos 240 g ia/ha e

spinosad 24 g ia/ha) foram pulverizados três vezes no decorrer das safras. A primeira

aplicação foi realizada por volta de 15 dias após a emergência da cultura e a última

pouco antes ou no início do florescimento. Foi utilizado o desenho de blocos

casualizados com quatro repetições. As armadilhas de solo (2/parcela) e bandeja

d’água (1/parcela) foram instaladas semanalmente nas parcelas. Amostras de solo

foram retiradas para contagem de ácaros. Os insetos foram também observados

visualmente em 50 – 100 plantas/parcela. Ainda, 10 plantas/parcela foram coletadas

para contagem dos indivíduos. Um total de 282 espécies nas ordens Coleoptera,

Dermaptera, Diptera, Hemiptera, Hymenoptera, Isoptera, Lepidoptera, Neuroptera,

Odonata, Orthoptera, Thysanoptera, Blattodea e Araneae foram coletados. A

comunidade de artrópodes diferiu entre safras e locais. A riqueza e abundância dos

artrópodes estão mais relacionadas com a fenologia da cultura do que ao impacto dos

produtos. Em geral, não se observou efeito dos inseticidas na diversidade e riqueza,

embora chlorpyrifos possa causar impacto temporário na abundância dos artrópodes.

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2. INTRODUÇÃO

O milho é mundialmente um dos mais importantes cereais (CHIANG, 1978). No

Brasil, a área plantada em 2005/2006 foi de 9,6 milhões de ha na primeira safra ou

safra de verão e 3,3 milhões de ha na segunda safra ou safrinha (CONAB, 2006)

O uso de inseticidas na cultura do milho tem se constituido até o momento, na

principal tática de controle de insetos herbívoros, principalmente Spodoptera frugiperda

(Smith) (Lepidoptera: Noctuidae) (MICHEREFF FILHO et al., 2002a). Segundo VAN

DEN BOSCH & STERN (1962), o uso extensivo de produtos de largo espectro acaba

por ocasionar instabilidade ecológica aumentando populações de artrópodos

considerados pragas. Esta instabilidade é devida, em parte, à mortalidade dos inimigos

naturais. O uso intensivo e inadequado de inseticidas de amplo espectro pode resultar

na eliminação dos inimigos naturais, polinizadores e contaminação ambiental

(PIMENTEL & EDWARDS 1982). Os inseticidas aplicados na cultura do milho podem

afetar, além da S. frugiperda, um complexo de predadores, incluindo a tesourinha Doru

luteipes (Scuder) (Dermaptera: Forficulidae), o percevejo Orius sp. (Heteroptera:

Anthocoridae), formigas (Formicidae) e aranhas (Araneae), os quais são importantes

agentes naturais de controle de S. frugiperda (ANDREWS, 1988; CRUZ, 1995). Vários

outros inimigos naturais como Coccinellidae e Carabidae (Coleoptera), Chrysopidae

(Neuroptera), além de hymenópteros e dípteros predadores e parasitóides, exercem

também papel fundamental na manutenção das interações tritróficas no

agroecossistema do milho.

Vários estudos têm abordado os efeitos dos inseticidas sobre inimigos naturais

associados à cultura do milho (FALEIRO et al., 1995; CRUZ, 1997; SIMÕES et al.,

1998); entretanto tem-se restringido a uma ou pouca espécies, não levando em

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consideração a influência de variáveis ambientais nas interações biológicas e que

podem afetar o impacto de inseticidas (BADJI et al., 2004).

Chlorpyrifos é um inseticida organofosforado com amplo espectro de ação

bastante utilizado em milho para controle de insetos herbívoros com destaque para

larvas de Lepidoptera. Os resultados dos efeitos do produto sobre inimigos naturais

predadores ou parasitóides é variável. Vários estudos citam efeitos negativos

(COCKFIELD & POTTER, 1983; MIZELL & SCHIFFAHAUER, 1990; PASINI &

FOERSTER, 1994; SANTOS, 1995; FRAMPTON, 1999; AL-DEEB et al., 2001;

FRAGOSO et al., 2001; MICHEREFF FILHO et al., 2002b; MÈNDEZ et al., 2002;

SILVA et al., 2006). Da mesma forma estudos verificaram que o produto não afetou

predadores (MORSE & BELLOWS, 1986; BELLOWS & MORSE, 1988; WANG et al.

2001), ácaros Oribatida (COCKFIELD & POTTER, 1983; WANG et al., 2001) e aranhas

(MÈNDEZ et al., 2002). Vários autores citam uma redução, mesmo que temporária, na

população de ácaros, formigas, aranhas e coleópteros que vivem na superfície de solo

após a aplicação (MACK, 1992; BRAMAN & PENDLEY, 1993; PEREIRA et al., 2004).

Estudos em condições tropicais têm sugerido que o impacto de inseticidas de amplo

espectro pode ser menor que o esperado (MICHEREFF FILHO et al., 2002 b,c). Apesar

de Chlorpyrifos ser um dos produtos mais utilizados na cultura do milho seu impacto

sobre artrópodos de solos em condições tropicais ainda é pouco conhecido

(MICHEREFF FILHO et al., 2004).

Spinosad é um novo produto pertencente à classe Naturalyte e que tem como

características, baixa toxicidade aos mamíferos e predadores em geral (ANÔNIMO,

2001). Estudos têm demonstrado baixa toxicidade a inimigos naturais predadores (VAN

DE VEIRE et al., 2002; STUDEBAKER & KRING, 1999; 2003; ELZEN, 2001; TORRES

et al. 1999; TORRES et al., 2002; MURRAY & LLOYD, 1997; BOYD & BOETHEL,

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1998; TILLMAN & MULROONEY, 2000; MUSSER & SHELTON, 2003; NASREEN et

al., 2003). O efeito sobre himenópteros parasitóides é variável sendo considerado

seletivo em alguns casos (MURRAY & LLOYD, 1997; HILL & FOSTER, 2000) e pouco

seletivo em outros (TILLMAN & MULROONEY, 2000; SUH et al., 2000; MASON et al.,

2002). Spinosad tem demonstrado seletividade também a ácaros predadores

(BYLEMANS & SCHOONEJANS, 2000). Alta mortalidade de Aleochara bilineata

(Gyllenhal) (Coleoptera: Staphylinidae) e Doru taeniatum (Dohrn) (Dermaptera:

Forficulidae) foi observada por CISNEROS et al. (2002) e MÉNDEZ et al. (2002).

Não são muitos os trabalhos na literatura brasileira sobre o levantamento da

entomofauna no agroecossistema do milho. A composição e densidade estimada da

fauna de artrópodos associados com o agroecossistema do milho são pouco

conhecidas nas condições neotropicais (MICHEREFF FILHO et al., 2002b; BADJI et al.,

2004). A maioria dos levantamentos e publicações como CRUZ et al. (1995) e

GASSEN (1996) se referem aos principais herbívoros e inimigos naturais. Da mesma

forma a literatura sobre o efeito de spinosad sobre artrópodos em geral nas condições

brasileiras é escassa. Poucos são também os estudos de impacto de inseticidas a

longo termo e/ou analisados através de índices faunísticos. Assim, o presente trabalho

teve por objetivos: 1) fazer o levantamento da artropodofauna de ocorrência no

agroecossistema do milho; 2) avaliar o efeito de inseticidas sobre a diversidade de

herbívoros, agentes de controle biológico e organismos não alvos em diferentes safras

(verão e safrinha) procurando determinar possíveis bioindicadores de impacto

ambiental.

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3. REVISÃO DE LITERATURA

3.1. Ordens e famílias de insetos, aranhas, ácaros e respectivas funções e uso

de bioindicadores

Os insetos representam a maior parte da biodiversidade mundial em termos de

espécies. Das 1.7 x 106 espécies descritas até 1992, aproximadamente 45.000

eram vertebrados, 250.000 eram plantas e 950.000 eram insetos. Estima-se que de

todas as espécies do mundo, 64% são insetos. A ordem com maior diversidade é

Coleoptera com 300.000 espécies. Os insetos são, não apenas mais diversos

numericamente do que outros grupos, mas apresentam também várias funções:

herbívoros, predadores, parasitóides, decompositores, polinizadores (SPEIGHT et

al., 1999)

Indicadores ecológicos podem ser utilizados para se verificar condições do

ambiente e se obter um sinal antecipado de mudanças ambientais. Indicadores

ecológicos precisam capturar a complexidade do sistema, porém, serem simples o

bastante para que possam ser rotineiramente monitorados. Sensibilidade a

estresses ambientais está dentre as características exigidas para seleção de um

bom bioindicador (DALE & BEYELER, 2001). O uso de bioindicadores é um sistema

inovador na avaliação de distúrbios ambientais, seja poluição, contaminação

(PAOLETTI, 1999), ou ainda aplicação de agroquímicos e de outras práticas

agrícolas como fertilização e manejo do solo (PAOLETTI et al., 1991). Insetos

podem se tornar indicadores ecológicos para avaliação do impacto que venha a

ocorrer em uma região (SILVEIRA NETO et al., 1995).

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3.1.1. Coleoptera

Coccinellidae é taxonomicamente, uma das famílias mais conhecidas em

Coleoptera. São 490 gêneros e 4200 espécies descritas (IPERTI, 1999). A maioria

(90%) é de predadores e podem na falta de presas, alimentarem-se de substâncias

açucaradas, pólen e néctar extrafloral. Alguns coccinelídeos podem se desenvolver e

reproduzir alimentando-se apenas de pólen de milho (COTRELL & YEARGAN, 1998).

São predadores de pulgões que infestam milho e sorgo como Rhopalosiphum maidis

(Fitch) e Schizaphis graminum (Bond.) (SMITH, 1971; LOPEZ & TEETES, 1976;

WRIGHT & LAING, 1980; KRING & GILSTRAP, 1986; ELLIOT et al., 2002) e outros

pulgões em cereais de inverno como trigo (GASSEN, 1986; ELLIOT et al., 1999). Os

coccinelídeos são muito vulneráveis a mudanças ambientais e sensíveis a aplicação de

produtos químicos (IPERTI, 1999).

Os carabídeos são diversos e abundantes em agroecossistemas. São predadores

polífagos e têm papel importante no controle de herbívoros (LOVEI & SUNDERLAND,

1996; KROMP, 1999). Podem se alimentar de afídeos, ovos e larvas de

Chrysomelidae, Curculionidae e outros Coleoptera e larvas de Lepidoptera (KROMP,

1999). De acordo com LANG et al. (1999), carabídeos em conjunto com aranhas da

família Lycosidae, podem reduzir populações de Cicadellidae, Thysanoptera e

Aphididae em campos de milho. Os carabídeos podem em alguns casos serem

utilizados como bioindicadores (LOVEI & SUNDERLAND, 1996), porém estudos locais

são necessários ( KROMP, 1989; PEARCE & VENIER, 2006; VILLA-CASTILLO &

WAGNER, 2002). A família Carabidae não foi significativamente afetada pelo uso de

inseticidas (STINNER et al., 1988; HUMMEL et al., 2002). Por outro lado, BRUST

(1990) verificou que o uso de herbicidas pode reduzir afetar negativamente os

carabídeos, em alguns casos, devido efeito de repelência.

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A família Staphylinidae é uma das mais diversas em Coleoptera com cerca de

32.000 espécies conhecidas. É cosmopolita e está distribuída em todos os tipos de

ecossistemas formando um dos mais comuns e ecologicamente importantes

componentes da fauna do solo. Comunidades de Staphylinidae podem ser utilizadas

como bioindicadores ambientais e particularmente da influência humana em

ecossitemas (BOHAC, 1990).

Em relação a outros Coleoptera, a maioria das espécies de Chrysomelidae,

Elateridae, Scarabaeidae, Melyridae e Curculionidae, são herbívoras e em alguns

casos considerados prejudicais à cultura do milho (GASSEN, 1989; GASSEN, 1996)

3.1.2. Diptera

Diptera está entre os mais diversos grupos de organismos com 128 famílias e cerca

de 124.000 espécies descritas (VOCKEROTH, 2002). Dolichopodidae com 5100

espécies, Syrphidae com 5800 espécies, Asilidae com 5600 espécies e Tachnidae com

9200 espécies são as maiores famílias. Os hábitos alimentares dos Diptera têm um

profundo impacto nos ecossistemas. A maioria das larvas (cerca de 50%) são

detritívoras e contribuem para a decomposição de matéria orgânica. Outras são

predadores, parasitóides ou se alimentam de fungos e plantas, tanto na fase jovem

como na fase adulta. Alguns ainda atuam como polinizadores (VOCKEROTH, 2002).

Das 128 famílias, 42 incluem predadores tanto na fase larval, como na fase adulta

(BROOKS, 2002). Larvas de Dolichopodidae vivem no solo e são consideradas

predadoras de larvas de outros insetos de solo (FROUZ, 1999) e podem ser utilizadas

como bioindicadores, pois, podem representar umas das mais importantes partes da

macrofauna de solo em alguns ecossistemas (CURRY & MOMEN, 1988; SCHAEFFER

& SCHAUERMANN, 1990). As larvas predam principalmente insetos das famílias

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Scolytidae, Elateridae e Scarabaeidae (Coleoptera). Os adultos, também predadores

(SMITH & EMPSON, 1955), se alimentam de larvas de Diptera, Collembola, pulgões

(Aphididae), tripes (Thripidae), ácaros (Acari) e pequenas lagartas (Lepidoptera)

(BROOKS, 2002; BROOKS, 2005).

Pouco se sabe sobre a biologia de Micropezidae (MERRITT & JAMES, 1973).

SMITH (1978) citado por BROOKS (2002) observou hábitos de predação em adultos.

De acordo com OLDROYD (1964) citado por MERRITT & JAMES (1973), os adultos de

Micropezidae são predadores de pulgões. No entanto, MERRITT & JAMES (1973) não

concordam com tais observações já que, o aparato bucal em Micropezidae não é

modificado para predação. Larvas de Micropezidae podem atuar como decompositores

de material vegetal e de excrementos de animais (SAVAGE, 2002).

Os insetos da família Asilidae são predadores e as presas incluem artrópodos

capturados durante o vôo (BROOKS, 2002) e aranhas (GRIMM, 2006). A fase jovem é

predadora de larvas de Scarabaeidae (WEI et al., 1994; CASTELO & LAZZARI, 2004).

De acordo com SAVAGE (2002), larvas de Sciaridae e Stratiomyidae são

importante parte da fauna atuando como decompositores de material vegetal,

principamente folhas. Hermetia illucens (Linnaeus) (Stratiomyidae) foi observada em

polpa de café em decomposição (LARDÉ, 1990).

Algumas espécies de Sarcophaga são parasitóides de Acrididae (SKEVINGTON,

2002) e outros insetos (PAPE, 2005), mas a família Sarcophagidae aparentemente tem

sua principal função ecológica como decompositora de material vegetal e animal

(SKEVINGTON, 2002; PAPE, 2005).

Larvas de Syrphidae estão entre os principais predadores de afídeos (WEEMS,

1954; TENHUMBERG & POEHLING, 1995). Os adultos se alimentam basicamente de

pólen e néctar. Existem porém gêneros de Syrphidae cujos indivíduos podem ser

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fitófagos, micófagos e saprófagos (SOMMAGGIO, 1999). Allograpta sp. é

reconhecidamente uma espécie cujas larvas são predadoras de pulgões (GASSEN,

1986). O uso de Syrphidae como potencial bioindicador tem sido pouco estudado.

Teoricamente, os sirfídeos possuem características que os tornam bons indicadores

(SOMMAGGIO, 1999). São fáceis de encontrar na maioria dos ecossistemas terrestres

e a identificação, na maioria dos gêneros, não é difícil. Por outro lado o fato de serem

muito móveis e capazes de recolonizar rapidamente habitats sob estresse (após

aplicações de produtos químicos, por exemplo) é um obstáculo significativo para o uso

de Syrphidae como bioindicadores (SOMMAGGIO, 1999).

3.1.3. Hemiptera

Embora inclua alguns predadores (antocorídeos, nabídeos), a grande maioria das

espécies de Hemiptera é de herbívoros, em geral polífagos (FAUVEL, 1999). No caso

dos herbívoros, R. maidis frequentemente infesta a cultura do milho e algumas vezes

pode atingir altas densidades (ELLIOT et al., 2002). O dano à cultura em geral não é

sério, mas pode ocasionalmente reduzir a produção (FOOT, 1975). Os predadores de

R. maidis mais comuns são Geocoris (Lygaeidae), Orius (Anthocoridae), Scymnus

(Coccinellidae), além de outros coccinelídeos, crisopídeos, nabídeos, sirfídeos e

aranhas (LOPEZ & TEETES, 1976; MENDES et al., 2000). Orius insidiosus (Say) é

predador efetivo de afídeos em soja (RUTLEDGE & O’NEIL, 2005) além de importante

predador também de ovos de Helicoverpa zea (Bod.) (PFANNENSTIEL & YEARGAN,

2002). Em relação ao uso como bioindicadores, os insetos da família Anthocoridae em

geral são bastante móveis, possuem várias gerações num mesmo ciclo da cultura

(FAUVEL, 1999), o que são características desfavoráveis.

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Ainda nessa ordem, um dos cicadelídeos mais importantes no milho é D. maidis que

é um herbívoro que pode em algumas circunstâncias causar danos à cultura (GASSEN,

1996).

3.1.4. Hymenoptera

Formigas são importantes no funcionamento de ecossistemas principalmente pela

sua habilidade de manter ou restaurar a qualidade do solo em ambientes rurais e pelo

seu valor como bioindicadores da qualidade do solo (BRUYN, 1999). Solenopsis invicta

(Buren) é um predador generalista mas pode também causar danos em algumas

culturas (VOGT et al., 2001). MATLOCK & DE LA CRUZ (2003) compararam duas

áreas de banana, uma convencional e outra com poucas aplicações de químicos,

utilizando o índice de Shannon-Weiner e o índice de Equitabilidade bem como a

comparação da riqueza de espécies de formigas entre as áreas. Os autores não

observaram diferença significativa entre as mesmas. Ainda, os autores relataram que

as formigas foram menos sensíveis aos tratamentos químicos do que parasitóides

nesse estudo.

A maioria dos trabalhos sobre polinizadores como bioindicadores tem sido realizada

em nível de população, principalmente com abelhas melíferas. Recentemente o valor

de grupos de espécies de polinizadores como bioindicadores tem sido demonstrado

(KEVAN, 1999).

Espécies de Ichneumonidae e Braconidae são importantes parasitóides de S.

frugiperda, importante inseto desfolhador de gramíneas, nos EUA (PAIR et al. 1986

a,b.; RIGGIN et al., 1992; McCUTCHEON, 1991). No Brasil levantamentos

demonstraram alta taxa de parasitismo de S. frugiperda por Ichneumonidae e

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Braconidae (LUCCHINI & ALMEIDA, 1980; PATEL & HABIB, 1982; SILVEIRA et al.,

1987; VALICENTE, 1989; SILVA et al., 1997).

3.1.5. Neuroptera

Dentro de Neuroptera, Chrysopidae é a maior família, com aproximadamente 1.200

espécies e subespécies distribuídas em 86 gêneros e subgêneros (FREITAS, 2002).

De acordo com PRINCIPI & CANARD (1984) os crisopídeos têm sido relacionados

como predadores de pulgões, cochonilhas, cigarrinhas, mosca-branca, psilídeos, tripes,

ovos e larvas de Lepidoptera, ácaros e Diptera.

Em agroecossistemas, algumas espécies das famílias Chrysopidae e Hemerobiidae

são conhecidas como predadores principalmente de insetos sugadores sendo

Hemerobius relacionado como predador de afídeos (STELZL & DEVETAK, 1999).

FREITAS (2002) apresenta uma série de cultivos nos quais crisopídeos aparecem

como importantes predadores; porém, a cultura do milho não foi mencionada entre

elas.

3.1.6. Dermaptera

D. luteipes é encontrada no campo durante o ano todo (CRUZ & OLIVEIRA, 1997),

principalmente na fase inicial da cultura do milho, quando a ocorrência de S. frugiperda

é mais frequente. Ocorrem também nas espigas e pendões do milho podendo

alimentar-se de ovos ou larvas de outros insetos (REIS et al., 1988). Além da lagarta-

do-cartucho, D. luteipes pode predar também lagartas H. zea e pulgões (ALVARENGA

et al., 1995; ALVARENGA et al., 1996; CRUZ et al., 1995).

Em levantamento de insetos benéficos no agroecossistema do tomate, PROBST et

al. (1999) observaram a presença de Labidura riparia (Pallas) e comentam que essa

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espécie pode ser predadora de larvas de Coleoptera e Diptera, bem como de

Lepidoptera como Diatraea saccharalis (Fabr.) (BUENO et al., 1983; BUENO & BERTI

FILHO, 1987).

3.1.7. Araneae

Cerca de 40.000 espécies de aranhas são conhecidas no mundo. Todas são

predadoras e a grande maioria se alimenta principalmente de insetos, sendo

abundantes tanto em ecossistemas naturais como em agroecossistemas (MARC et al.,

1999). Vários estudos mostram uma sólida evidência de que aranhas têm um

importante papel no decréscimo de populações de pragas em agroecossistemas

(MARC et al., 1999; BOGYA & MARKÓ, 1999; AMALIN et al., 2001; SCHMIDT &

TSCHARNTKE, 2005). MANSOUR & HEIMBACH (1993) verificaram, por exemplo, que

aranhas podem reduzir substancialmente populações de pulgões em trigo. Lycosidae,

Salticidae, Oxyopidae, Araneidae e Linyphiinae entre outras, são comuns em

agroecossistemas (MARC et al., 1999; SCHMIDT & TSCHARNTKE, 2005). Araneae

parece ser mais sensível ao efeito de pesticidas do que muitos dos insetos fitófagos

(CROFT & BROWN, 1975, HUMMEL et al., 2002). Muitos estudos em todo o Mundo

têm demonstrado que o uso de produtos químicos diminui a diversidade e densidade

de aranhas (MARC et al., 1999; AMALIN et al., 2001). Testes de laboratório (BROWN

et al., 1983) e de campo (EPSTEIN et al., 2000) demonstraram que inseticidas

organofosforados podem ser tóxicos para aranhas, porém em alguns casos, o efeito é

pequeno ou apenas moderado (BAJWA & ALINIAZEE, 2001). Segundo FRAMPTON

(1999) aranhas da família Linhyphiidae são sensíveis ao uso de piretróides e

organofosforados e teria um grande potencial como bioindicador na detecção de

efeitos negativos de inseticidas em sistemas agrícolas

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3.1.8. Ácaros Oribatida

Ácaros Oribatida são um dos grupos de artrópodos numericamente dominantes

no horizonte orgânico da maioria dos solos (BEHAN-PELLETIER, 1999; HASEGAWA,

2001). Existem cerca de 7000 espécies descritas, representando cerca de 1000

gêneros em mais de 150 famílias. Ácaros Oribatida exercem papel-chave na

fragmentação da matéria orgânica, na ciclagem de nutrientes e na formação da

microestrutura do solo (BEHAN-PELLETIER 1999). Podem se alimentar de fungos

(REEVES, 1998) e bactérias além de material vegetal em decomposição

(HARTENSTEIN, 1962) e podem servir também de alimento para outros organismos

(WALTER & PROCTOR, 1999). Em relação ao uso de Oribatida como bioindicadores,

estes artrópodes os mesmos apresentam características favoráveis como

desenvolvimento lento e baixa fecundidade (BEHAN-PELLETIER 1999) além da

riqueza de espécies e abundância em áreas agrícolas (MICHEREFF FILHO et al.,

2004). O efeito de inseticidas sobre esses organismos é, entretanto variável, sendo

pouco sensíveis ao uso de Chlorpyrifos, por exemplo (STARK, 1992; MICHEREFF

FILHO et al., 2004).

3.2. Levantamento da artropodofauna de ocorrência na cultura do milho no

Brasil.

Um levantamento de espécies de insetos fitófagos associados aos estilos-

estigma e espigas de milho na fase de grão-leitoso foi realizado por MATRANGOLO et

al. (1997). S. frugiperda e H. zea (Lepidoptera: Noctuidae) foram as lagartas

predominantes. Ocorreram também outros noctuídeos como Pseudaletia sequax

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(Franclemont), Spodoptera dolichos (Frabricius), Anticarsia gemmatalis (Hueb.) e

Cirphus humidicola. Outros lepidópteros encontrados foram Thalesa citrina (Sepp.)

(Arctiidae) e Diatraea sp. Além destes, foram observados Lagria villosa (Fabr.)

(Coleoptera: Lagriidae), Chrysomelidae, Euxesta sp. (Diptera: Otitidae), Colopterus sp.

(Coleoptera: Nitidulidae), Dalbulus maidis (DeLong & Wolcott) (Hemiptera:

Cicadellidae), R. maidis (Hemiptera: Aphididae), Leptoglossus zonatus (Dallas)

(Hemiptera: Coreidae).

Dentre os predadores, MATRANGOLO (1995) verificou a ocorrência de D.

luteipes (Dermaptera: Forficulidae), Geocoris punctipes (Say) (Hemiptera: Lygaeidae),

O. insidiosus (Hemiptera: Anthocoridae) e os coccinelídeos Cycloneda saguinea

(Linnaeus) e Coccinella ancoralis (Germar) (Coleoptera: Coccinellidae). As famílias de

aranhas amostradas foram Thomisidae, Oxyopidae, Salticidae e Araneidae.

No sistema de consorciação soja-milho, estudando artrópodos no solo,

CIVIDANES (2002) relatou a ocorrência de espécies como Callida scutellaris (Chaud.),

Galerita sp., Lebia sp., Calosoma granulatum (Perty) (Coleoptera: Carabidae), várias

espécies de Formicidae, Staphylinidae, Acrididae, Gryllidae, Dermaptera e várias

famílias de Araneae dentre elas Lycosidae e Salticidae.

MICHEREFF FILHO et al. (2002b) encontraram 26 espécies de insetos

pertencentes a 17 famílias além de aranhas em experimento realizado na época de

emissão do pendão do millho. Os herbívoros mais representativos de acordo com os

autores foram S. frugiperda, D. maidis, Euxesta sp., D. speciosa, e o mirídeo

Sthenaridea carmelitana (Carvalho). Os predadores mais frequentes foram D. luteipes,

Orius sp., além de Crematogaster sp. e Pheidole sp. (Formicidae) e aranhas. Por

ocasião da emissão dos estilo-estigmas MICHEREFF FILHO et al. (2002c) verificaram

que os predadores mais abundantes em plantas de milho foram D. luteipes, Orius sp.,

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Chrysoperla externa (Hagen), C. sanguinea, Geocoris sp., Crematogaster sp., Pheidole

sp. e Solenopsis saevissima (F. Smith). Já BADJI et al. (2004), através de avaliações

visuais observaram 23 espécies dos quais os herbívoros S. frugiperda, D. maidis e D.

speciosa e os predadores Orius sp., D. luteipes e C. sanguinea foram os mais

abundantes e frequentes.

Em um levantamento ralizado por PICANÇO et al., (2003) em 49 cultivares de

milho aos 32, 47 e 69 dias após a semeadura e observaram que D. maidis foi o

herbívoro mais abundante seguido por D. speciosa (Coleoptera: Chrysomelidae) e

lagartas de S. frugiperda (Lepidoptera: Noctuidae), sendo D. luteipes (Dermaptera:

Forficulidae), o inimigo natural de maior ocorrência.

Um levantamento da entomofauna na cultura do milho utilizando diversos tipos

de armadilhas (solo, bandeja d’água, cartão adesivo e rede de varredura) foi realizado

por FRIZZAS (2003) nas regiões de Barretos, SP e Ponta Grossa, PR no período de

1999 a 2001. Foram coletadas 409 espécies nas mais diversas ordens e famílias. Em

outro estudo, porém com armadilha luminosa, FRIZZAS et al. (2003) avaliaram a

comunidade de insetos durante o ciclo da cultura do milho nas regiões de Barretos, SP,

Ponta Grossa, PR, Capinópolis, MG e Santa Helena de Goiás, GO durante oito safras

agrícolas (1999-2001). Foram coletadas 390 espécies em todas as safras avaliadas.

De acordo ainda com os autores, o cálculo dos índices de riqueza, diversidade e

equitabilidade mostraram que a comunidade de insetos varia entre as safras e regiões

sendo que as safras de verão foram as que apresentaram as maiores quantidades de

espécimens coletados e os menores índices de equitabilidade quando comparado com

a safrinha e safra de inverno.

No caso de coleópteros de superfície do solo associados à cultura do milho

ARAÚJO et al. (2004) coletaram em um estudo espécies de Carabidae, Chrysomelidae,

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Cicindelidae, Cucujidae, Lagriidae, Nitidulidae, Scarabaeidae. Scolytidae, Staphylinidae

e Tenebrionidae.

3.3. Impacto de Inseticidas

Predadores e parasitóides frequentemente apresentam maior mortalidade

devido ao uso de inseticidas do que suas presas ou hospedeiros herbívoros (CROFT &

BROWN, 1975), seja pela maior susceptibilidade ao inseticida, seja pelo fato de sua

fonte de alimento ser reduzida após a aplicação (PIMENTEL & EDWARDS, 1982).

Vários estudos têm abordado os efeitos dos inseticidas sobre inimigos naturais

associados à cultura do milho (FALEIRO et. al, 1995; CRUZ, 1997: SIMÕES et al.,

1998); entretanto tem-se restringido a uma ou pouca espécies, não levando em

consideração a influência de variáveis ambientais nas interações biológicas e que

podem afetar o impacto de inseticidas (BADJI et al., 2004).

Chlorpyrifos é um dos inseticidas mais utilizados mundialmente na agricultura

(RAFALIMANANA et al., 2002). É um inseticida organofosforado com amplo espectro

de ação bastante utilizado em milho para controle de insetos herbívoros com destaque

para larvas de Lepidoptera.

Efeitos negativos deste produto foram verificados sobre Carabidae (PASINI &

FOERSTER, 1994), vespas predadoras Brachygastra lecheguana Latreille, Polybia

paulista Ihering e Protopolybia exigua Saussure (FRAGOSO et al., 2001), D. luteipes

(MICHEREFF FILHO et al., 2002b), D. taeniatum e Orius spp. (MÈNDEZ et al., 2002).

O. insidiosus (AL-DEEB et al., 2001), Chrysoperla rufilabris (Burmeister) e C. sanguinea

(L.) (MIZELL & SCHIFFAHAUER, 1990), C. externa (SILVA et al., 2006), Coccidophilus

citricola Brèthes (SANTOS, 1995), Araneida e Staphylinidae (COCKFIELD & POTTER,

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1983; FRAMPTON, 1999). Chlorpyrifos não apresentou efeitos negativos sobre Acari:

Oribatida (COCKFIELD & POTTER, 1983), Araneae (MÈNDEZ et al., 2002) e sobre o

coccinelídeo Cryptolaemus montrouzieri (Mulsant) (MORSE & BELLOWS, 1986;

BELLOWS & MORSE 1988).

Sobrevivência de D. luteipes de 71% após aplicação de chlorpyrifos foi

observada por REIS et al. (1988) e CAMPOS & GRAVENA (1984), trabalhando em

algodão, obtiveram uma sobrevivência de 52% na população de D. lineare após duas

aplicações de chlorpyrifos. O efeito de chlorpyrifos após duas aplicações num intervalo

de 3 dias por ocasião da emissão do pendão do milho foi de apenas uma redução

temporária na abundância de D. luteipes (MICHEREFF FILHO et al., 2002b). Através

de análise multivariada foi observado que a maior tendência na abundância da

comunidade dos artrópodos estava relacionada ao tempo e esta tendência poderia

estara associada à fenologia da cultura bem como mudanças climáticas ou a

combinação de ambos. As populações foram mais afetadas pelas variáveis ambientais

do que pela aplicação do inseticida (MICHEREFF FILHO et al., 2002b). No caso de

Orius sp., a redução na população foi observada 21 dias após a aplicação de

chlorpyrifos (MICHEREFF FILHO et al., 2002c). Esse efeito pode ter sido dado pela

redução na capacidade reprodutiva do predador devido efeito subletal do inseticida

após consumo de pólen e presas contaminadas. O maior efeito foi observado na

atividade de formigas durante o período entre a última aplicação e três semanas após.

A atividade de forrageamento de Crematogaster sp. foi drasticamente reduzida,

diferentemente do que aconteceu com Pheidole sp.

Em condições de laboratório, chlorpyrifos não foi repelente a Micromus

tasmaniae (Walker) (Neuroptera: Hemerobiidae) (HODGE & LONGLEY, 2000) e o

declínio de populações deste inseto após aplicações do produto se dá provavelmente

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devido à mortalidade e não dispersão devido à repelência. Também em laboratório,

FITZGERALD (2004) obteve mortalidade maior que 50% quando da pulverização do

produto sobre C. carnea, entretanto, em condições de campo não se foi observado

efeito negativo sobre outros predadores como anthocorídeos.

Vários autores citam uma redução, mesmo que temporária, na população de

ácaros, formigas, aranhas e coleópteros que vivem na superfície de solo após a

aplicação (MACK, 1992; BRAMAN & PENDLEY, 1993; PEREIRA et al., 2004). No

entanto WANG et al. (2001) observaram que aplicações de chlorpyrifos não afetaram

as populações de Carabidae e ácaros Oribatida. O efeito de chlorpyrifos é rápido e

intenso em espécies suscetíveis, mas sua degradação é relativamente rápida no

ambiente (CRANE et al., 2003). Ácaros Oribatida não foram afetados pelo uso de

chlorpyrifos mesmo após duas aplicações consecutivas do produto (MICHEREFF

FILHO et al., 2004).

Spinosad é um novo produto pertencente à classe Naturalyte e foi classificado

pela Environmental Protection Agency - USA, como um produto de risco reduzido

baseado na sua baixa toxicidade aguda aos mamíferos, baixa toxicidade a peixes,

segurança para insetos benéficos e compatibilidade com programas de manejo

integrado de pragas (CLEVELAND et al, 2001), além de rápida degradação no solo

(THOMPSON et al., 2002). É utilizado no controle de herbívoros como larvas de

lepidópteros em geral, dípteros minadores de folhas e tripes (COPPING & MENN,

2000).

Spinosad pode ser tóxico para abelhas melíferas em aplicação tópica, no

entanto, os resíduos em folhas 3 horas após a pulverização já não apresentam efeito

negativo seja em laboratório ou campo (CLEVELAND et al., 2001). Abelhas

polinizadoras Bombus impatiens também não foram negativamente afetadas quando

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expostas a pólen que recebeu aplicações de spinosad, entretanto, efeitos sub-letais

podem ocorrer (MORANDIN et al., 2005). Em condições de campo, STERK et al.

(2002) relatam não haver efeito sobre abelhas do gênero Bombus.

Estudos têm demonstrado baixa toxicidade à inimigos naturais da ordem

Hemiptera como Orius laevigatus (Fieber) (Van DE VEIRE et al., 2002), O. insidiosus

(STUDEBAKER & KRING, 1999; 2003), Geocoris punctipes (Say) (ELZEN, 2001),

Podisus nigrispinus (Dallas) (TORRES et. al. 1999; TORRES et al. 2002), Nabis

kinbergii (Reuter) (MURRAY & LLOYD, 1997), G. punctipes, Nabis capsiformis

(Germar), Nabis roseipennis (Reuter) e Podisus maculiventris (Say) (BOYD &

BOETHEL, 1998), coccinelídeos como Harmonia octomaculata (Fabricius) (MURRAY &

LLOYD, 1997), Hippodamia convergens (Guerin-Meneville), Coleomegilla maculata (De

Geer) e Harmonia axyridis (Dallas) (TILLMAN & MULROONEY, 2000; MUSSER &

SHELTON, 2003) e himenópteros parasitóides como Trichogrammatoidea bactrae

(Naganaja) (MURRAY & LLOYD, 1997) e Diadegma insulare (Cresson)

(Ichneumonidae) (HILL & FOSTER, 2000). Entretanto, spinosad demonstrou menor

seletividade para himenópteros como Bracon mellitor (Say), Cardiochilles nigricipes e

Cotesia marginiventris (Cresson) (TILLMAN & MULROONEY, 2000), Trichogramma

exiguum (Pinto & Platner) (SUH et al., 2000) e Encarsia formosa (Gahan) (JONES et

al., 2005). NASREEN et al. (2003) verificaram que spinosad foi seletivo a Chrysoperla

carnea, resultado este diferente do obtido por MEDINA et al. (2003). Spinosad tem

demonstrado seletividade também a ácaros predadores como Typhlodromus pyri

(Scheuten) (BYLEMANS & SCHOONEJANS, 2000) e Amblyseius cucumeris

(Oudeman) (JONES et al., 2005). Alta mortalidade de Aleochara bilineata (Gyllenhal)

(Coleoptera: Staphylinidae) e Doru taeniatum (Dohrn) (Dermaptera: Forficulidae) foi

observada por CISNEROS et al. (2001) e MÈNDEZ et al. (2002).

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Embora haja um valor inestimável de ensaios de laboratório, ensaios de campo

podem demonstrar de forma mais acurada o efeito de pesticidas sobre espécies

benéficas (HASSAN et al., 1985). De acordo com STUDEBAKER & KRING (2002),

spinosad apresentou mortalidade de O. insidiosus significativamente maior em

condições de laboratório do que em campo.

WILLIAMS et al. (2003) levantaram as informações disponíveis na literatura

sobre o impacto de spinosad sobre inimigos naturais e utilizaram as escalas do IOBC

para ensaios de laboratório e campo que varia de um (não tóxico) a quatro (muito

tóxico) para classificação dos dados de mortalidade. No geral, 71% dos estudos de

laboratório e 79% dos estudos de campo sobre predadores resultaram em classe um.

Parasitóides da ordem Hymenoptera foram significativamente mais suscetíveis do que

insetos predadores com 78% dos estudos de laboratório e 86% dos ensaios de campo

com resultados variando de moderadamente tóxico a tóxico. No entanto, em todos os

experimentos houve rápida degradação dos resíduos de spinosad com baixa toxicidade

residual de 3 a 7 dias após a aplicação.

Vários autores têm estudado não somente a toxicidade aguda, mas também

efeitos subletais de spinosad sobre predadores. Não houve mudança no

desenvolvimento e parâmetros de reprodutivos de C. carnea (MEDINA at al., 2003) e

O. insidiosus (ELZEN, 2001). Entretanto, GALVAN et al. (2005) verificaram que o

produto reduziu a fertilidade do coccinelídeo H. axyridis por duas semanas após a

aplicação.

3.4. Utilização de índices faunísticos em ensaios de impacto

Índices de diversidade, abundância e dominância de espécies têm sido

utilizados para estudar o efeito de diversos sistemas de cultivo e intensidade de

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aplicação de agroquímicos (OLFERT et al., 2002) além de comparar também o efeito

de tratamentos, seja de produtos químicos ou culturas transgênicas, em

agroecossistemas (ELLSBURY et al., 1998; STEVENSON et al., 2002; DIVELY &

ROSE, 2002; MEN et al., 2003; CANDOLFI et al., 2004; DIVELY, 2005; ROSE, 2005).

KROOS & SCHAEFER (1998) compararam diversos sistemas de cultivo e

intensidade de aplicação de inseticidas, fungicidas e herbicidas em trigo sobre

Staphylinidae. Em relação a comparação de áreas não tratadas e tratadas com

inseticidas verificaram que a não aplicação favoreceu apenas algumas poucas

espécies dominantes mas não teve efeito positivo na riqueza de espécies.

O efeito da rotação de culturas (milho, trigo e alfafa) bem como o efeito de

inseticidas sobre espécies de carabídeos foi estudado por ELLSBURY et al. (1998)

através do indíce de diversidade de Shannon-Weaver. Observou-se uma maior

abundância e riqueza de espécies na área com menor quantidade de inseticidas. Da

mesma forma, MEN et al. (2003) observaram diferença significativa na abundância e

riqueza de espécies quando compararam algodão transgênico expressando proteínas

de Bt, área tratada com inseticidas e área não tratada. As aplicações de inseticidas

reduziram a abundância total de herbívoros e inimigos naturais. Houve também um

decréscimo na abundância de espécies e diferenças significativas nos índices de

diversidade. Entretanto, BOGYA & MARKÓ (1999), utilizando índices de diversidade,

abundância, riqueza e dominância, concluiram não haver diferença entre diferentes

tipos de sistemas de controle de pragas em macieiras sobre a comunidade de aranhas

que vivem na superfície do solo.

No Brasil estudos utilizando-se índices faunísticos têm sido realizados em

ambientes não agrícolas (COSTA et al., 1993; DORVAL & PERES FILHO, 2001;

THOMAZINI & THOMAZINI, 2002; MULLER & ANDREIV, 2004; GUSMÃO & CREÃO-

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DUARTE, 2004; URAMOTO et al., 2005), porém é escassa na literatura brasileira

informações em agroecossistemas. Um dos raros estudos foi desenvolvido por

FRIZZAS (2003) que estudo o efeito de milho geneticamente modificado sobre a

comunidade de insetos comparando o mesmo com milho convencional e milho

convencional tratado com inseticida.

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4. MATERIAL E MÉTODOS

4.1. Locais

Quatro estudos foram conduzidos sendo três na Fazenda Experimental da Dow

AgroSciences Indl. Ltda situada no município de Mogi Mirim, SP, e outro em uma

propriedade no distrito de Córrego Rico em Jaboticabal, SP. A área de M. Mirim é

caracterizada por agricultura intensa por mais de 20 anos. No caso de Jaboticabal a

área foi recém cultivada sobre uma área anteriormente plantada com eucalipto.

O primeiro ensaio foi realizado em M. Mirim na safrinha de 2002 (ou segunda

safra, que é plantada de meados de fevereiro a início de março). O híbrido utilizado foi

o CO-9460 (Dow AgroSciences Ltda). O plantio se deu em 05/03/2002 e sa avaliações

foram realizadas dos 17 dias (22/03/2002) até 92 dias após o plantio (07/06/2002). O

segundo estudo, também em M. Mirim, foi iniciado em 20/11/2002 (safra de verão) com

o plantio do mesmo híbrido adotado na safrinha (CO-9460 - Dow AgroSciences Ltda).

As avaliações ocorreram dos 14 dias após o plantio (04/12/2002) até 105 dias após o

plantio (05/03/2003).

Em Jaboticabal o plantio foi realizado em 23/12/2002 (safra de verão) utilizando-

se o híbrido AG-450 (Agroceres) e as avaliações ocorreram dos 20 dias após o plantio

(13/01/2003) até 98 dias após o plantio (31/03/2003). O último experimento foi

conduzido de 06/03 (plantio) a 07/06/2003 (safrinha de 2003) também em Mogi Mirim,

SP. O híbrido semeado foi o AG-450 (Agroceres) e as avaliações foram realizadas de

22/03 a 20/06/2003 (16 a 104 dias após o plantio).

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4.2. Tratamentos e desenho experimental utilizados

Em todos os experimentos realizados três tratamentos foram utilizados. Um

inseticida considerado de alto impacto (chlorpyrifos a 240 g i.a/ha) e utilizado como

tratamento positivo (HASSAN et al., 1985), outro considerado de baixo impacto

(spinosad a 24 g i.a/ha) e uma testemunha sem aplicação. Foi utilizado o delineamento

de blocos ao acaso com 4 repetições. As parcelas foram constituídas por uma área útil

de 625 a 952 m2 (25 X 25 m a 34 X 28 m), tamanho considerado adequado para

ensaios de impacto (PRASIFKA et al., 2005), e uma bordadura lateral de 4 linhas entre

parcelas e 2 m no fim de cada parcela. Os produtos foram aplicados com equipamento

comercial tratorizado utilizando-se um volume de 250 a 400 L / ha, dependendo do

estágio da cultura, seguindo as condições padrões de aplicação (HASSAN et al., 1985).

Foram realizadas três aplicações, sendo a primeira cerca de 15 dias após a

emergência, a segunda no intervalo de 10 a 15 dias após a primeira e uma terceira por

ocasião da emissão do pendão ou florescimento (entre 45 e 60 dias após a

emergência).

No primeiro ensaio em M. Mirim (safrinha de 2002), as aplicações foram

realizadas em 22/03, 06/04 e 16/04/2002. No segundo estudo, também em M. Mirim, as

pulverizações aconteceram em 05/12, 20/12/2002 e 25/01/2003. Em Jaboticabal

(verão 2002/2003) as aplicações foram realizadas em 13/01, 03/02 e 18/02/2003. No

último experimento, realizado em Mogi Mirim (safrinha de 2003) os produtos foram

pulverizados em 03/04, 19/04 e 24/05/03.

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4.3. Avaliações

As avaliações foram realizadas semanalmente desde o estágio V2-V3 até o

estágio R4-R5 (RITCHIE, 1993). Foram utilizadas para coleta e observações:

1) uma armadilha colorida por parcela (bandeja d’àgua com fundo amarelo)

posicionada sempre no nível do topo da cultura (SOUTHWOOD, 1978; POWELL et al.,

(1996):

2) duas armadilhas de solo (Pitfall) por parcela;

3) avaliações visuais em 50-100 plantas por parcela;

4) coleta e dissecação de 10 plantas por parcela e;

5) coleta de 8 subamostras de solo perfazendo um total de 500 cm3 por parcela.

No caso das armadilhas tipo bandeja d’água e Pitfall utilizou-se alcool 70% como

preservativo. Em ambos os casos algumas gotas de detergente foi adicionada para

quebra da tensão superficial (POWELL et al., 1996).

Nas avaliações foram observados os seguintes parâmetros:

• Contagem de lagartas vivas de S. frugiperda: até a fase do pendoamento 10 plantas

/ parcela foram coletadas para contagem de lagartas (MICHEREFF FILHO et al.,

2002c)

• Contagem do pulgão do milho Rhopalosiphum maidis (Fitch) (Hemiptera: Aphididae)

e do tripes Frankliniella williamsi (Hood) (Thysanoptera: Thripidae) nas mesmas

plantas utilizadas para contagem da lagarta-do-cartucho (GRAVENA, 1978).

• Contagem de agentes de controle biológico e herbívoros através de observações

visuais (50-100 plantas) (LEWIS et al. 1997; MICHEREFF FILHO et al., 2002 a,b;

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BADJI et al., 2004). No primeiro experimento (safrinha de 2002) foram observadas

50 plantas por parcela e nos seguintes, 100 plantas por parcela.

• Contagem de insetos coletados através de armadilha (bandeja) amarela (HASSAN

et al., 1985)

• Contagem de insetos e aranhas de ocorrência no solo realizado através de

armadilhas Pitfall (HASSAN et al., 1985; LEWIS et al., 1997).

• Contagem de ácaros de solo: oito sub-amostras por parcela perfazendo um total de

500 cm3 de solo foram coletadas na profundidade de 0-5 cm utilizando cilindros de

alumínio com 7,5 cm de diâmetro (FOX et al., 1999) e levadas para laboratório. As

amostras foram colocadas em funil de Berlese e permaneceram por três dias sob

luz intensa no intuito de se extrair os ácaros (Acari: Oribatida) (HARTENSTEIN,

1962; PEREIRA et al., 2004).

As armadilhas de solo e bandeja d’água foram mantidas no campo por um período de

quatro dias, quando então foram coletados os indivíduos capturados (COLL &

BOTTRELL, 1994).

4.4. Identificação dos Artrópodes

Todos os insetos e aranhas coletados foram acondicionados em recipientes

plásticos contendo alcool a 70% (MICHEREFF FILHO et al, 2002a; PEREIRA et al.,

2004.) Posteriormente, os espécimens coletados foram separados em morfoespécies

e contados. Os ácaros Oribatida foram separados e mantidos em solução de ácido

lático a 50%. Após a separação, os insetos foram montados em alfinetes

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entomológicos. A identificação foi realizada com auxílio do Dr. Sinval Silveira Neto do

Departamento de Entomologia, Fitopatologia e Zoologia Agrícola, ESALQ-USP,

Piracicaba. Os insetos pertencentes às famílias Ichneumonidae e Braconidae foram

identificados pela Dra. Maria Angélica Penteado do Departamento de Biologia da

UFSCar. As aranhas foram identificadas conforme KANSTON (1972) até o nível

taxonômico de família.

4.5. Análise dos dados

4.5.1. Análise faunística

Os índices de freqüência, abundância, dominância e constância foram obtidos

através programa ANAFAU (SILVEIRA NETO et al., 2005) onde:

• Frequência (F) – porcentagem de indivíduos de uma espécie em relação

ao total de insetos coletados (SILVEIRA NETO et al., 1976). Classes de

frequência: Pouco frequente (pf), Frequente (f), Muito frequente (mf)

• Abundância (A) - refere-se ao número de indivíduos por unidade de

superfície ou volume e varia no espaço e no tempo (SILVEIRA NETO et

al., 1976). Foram estabelecidas as seguintes classes de abundância:

Rara (r), Dispersa (d), Comum (c), Abundante (a) e Muito abundante (ma)

• Dominância (D) – é a ação exercida pelos organismos dominantes de

uma comunidade. A dominância consiste na capacidade da espécie em

modificar, em seu benefício, o impacto recebido do ambiente, podendo

assim causar o aparecimento ou desaparecimento de outros organismos

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(SILVEIRA NETO et al., 1976). Foi analisada pelo método de LAROCA &

MIELKE (1975) citado por SILVEIRA NETO et al., 1976.

• Constância (C) – porcentagem de espécies presentes nos levantamentos

efetuados (SILVEIRA NETO et al., 1976). As espécies foram separadas

em categorias, segundo a classificação proposta por BODENHEIMER

(1955) citado por SILVEIRA NETO et al. (1976):

a) Espécies constantes (w) = presentes em mais de 50% das coletas;

b) Espécies acessórias (y) = presentes em 25-50% das coletas;

c) Espécies acidentais (z) = presentes em menos de 25% das coletas.

4.5.2. Diversidade de espécies

A diversidade foi determinada pelo índice de Shannon, calculado através

do programa MVSP (MVSP versão 3.13 m, Kovach Computing Services, 1985-

2004). Esse índice reflete dois atributos básicos da comunidade: o número de

espécies e a equitatividade. Este índice varia ente 0 a aproximadamente 4,6.

Valores próximos de zero indicam que um ou poucos grupos taxonômicos

dominam a comunidade (baixa diversidade), ao passo que valores altos

significam que muitos grupos taxonômicos estão equitativamente distribuídos na

comunidade (DIVELY, 2005).

Também foi calculado o índice de Eqüitabilidade (E) que estima a

distribuição das espécies na amostra, verificando a homogeneidade da

ocorrência numérica das espécies.

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Foi determinada ainda a riqueza de espécies, ou seja, número de

espécies (MAGURRAN, 1989) e abundância das espécies.

4.5.3. – Similaridade entre habitats

Para a determinação da similaridade entre os ambientes (safras, locais ou

tratamentos) estudados, optou-se pela determinação do Quociente de

Similaridade (QS) através da fórmula de SORENSEN (1948) citado por

SILVEIRA NETO et al., 1976:

QS = 2j :

a + b

onde:

a = número de espécies no habitat A;

b = número de espécies no habitat B;

j = número de espécies comuns aos dois habitats.

4.5.4. – Comparação do efeito dos tratamentos sobre os índices obtidos

Realizou-se a comparação dos tratamentos através de índices de diversidade

(ELLSBURY et al., 1998; STEVENSON et al., 2002; DIVELY & ROSE, 2002; MEN et

al., 2003; CANDOLFI et al., 2004; DIVELY, 2005; ROSE, 2005). De acordo com

BÜCHS et al. (2003), além do número de espécies, são necessários ainda para se

avaliar o impacto em agroecossistemas se determinar a abundância e diversidade além

da avaliação da dominância de espécies.

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Os índices de diversidade, riqueza, abundância e equitabilidade foram

analisados através do test F e quando necessário submetidos ao teste de separação

de médias de Tukey. Para tanto as médias foram sumetidas ao teste de Bartlett de

homogeneidade de variância dos dados através do programa ARM7 (ARM7, revisão

7.2.2., Gylling Data Management, Inc.). Quando identificada a necessidade os dados

foram transformados em �X+0.5 ou Log X+1.

A partir da análise faunística determinou-se quais eram as espécies dominantes.

As espécies foram separadas em herbívoros, predadores, parasitóides, polinizadores e

de função indeterminada (BIRCH et al., 2004; HILBECK et al., 2006). Essas foram

submetidas a análise de componentes principais através do programa MVSP 3.13 e os

organismos dominantes submetidos então a ANOVA e teste de separação de médias

de Tukey através do programa ARM7 (ARM7, revisão 7.2.2., Gylling Data

Management, Inc.).

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31

5. RESULTADOS

5.1. Levantamento e análise faunística da artropodofauna capturada através

de armadilha tipo bandeja d’água

5.1.1. Levantamento da artropodofauna através de Bandeja d’água

No primeiro experimento (milho safrinha), fevereiro a junho de 2002 no que diz

respeito a insetos coletados em bandeja o maior número de famílias (10) e espécies

(14) foi observado na ordem Coleoptera seguido pela ordem Diptera (8 famílias e 13

espécies) e Hemiptera (6 famílias e 11 espécies) (Figura 1). Capturou-se também

espécimens de Hymenoptera (4 famílias e 7 espécies), Lepidoptera (5 famílias e 6

espécies), além de Orthoptera, Neuroptera, Blattodea e Araneae

Em Coleoptera foram observadas três famílias de predadores (Coccinellidae,

Carabidae e Staphyllinidae), seis de herbívoros (Alleculidae, Chrysomelidae,

Elateridae, Lagriidae, Scarabaeidae e Scolytidae) e uma de decompositor (Nitidulidae).

No caso de Hemiptera as famílias foram predominantemente de herbívoros (Aphididae,

Cicadellidae, Coreidae, Lygaeidae e Pentatomidae) com uma família de predador

(Nabidae). Em Diptera, Syrphidae, Dolichopodidae e Asilidae são famílias de

predadores, Otitidae de herbívoros. Micropezidae é ainda pouco estudada e sua função

ainda não é bem clara (MERRITT & JAMES, 1973) e Sarcophagidae pode atuar como

parasitóide, mas parece ter sua função ecológica mais importante como decompositor

(SKEVINGTON, 2002). Em Hymenoptera pôde-se observar polinizadores (Apidae),

parasitóides (Ichneumonidae) e predadores (Sphecidae e Vespidae). Araneae foi

representada por Salticidae e Lycosidae.

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A

B

Figura 1. Ordens e respectivos números de famílias e espécies (A) e porcentagem de indivíduos (B) capturados em armadilha tipo bandeja d’água. Mogi Mirim, SP, março a junho de 2002.

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Alleculidae – 2Bolboceratidae - 3Carabidae – 1Chrysomelidae – 2Coccinellidae – 2Elateridae – 1Lagriidae – 1Nitidulidae – 2Scarabaeidae – 1Scolytidae – 1Staphylinidae – 2

Asilidae – 2Calliphoridae – 1Dolichopodidae – 3Micropezidae – 1Otitidae – 1Sarcophagidae – 1Stratiomydae – 2Syrphidae – 3

Aphididae – 1Cicadellidae – 3Coreidae – 1Lygaeidae – 4Nabidae – 1Pentatomidae - 1

Apidae – 2Ichneumonidae – 2Sphecidae – 1Vespidae - 2

Hesperidae – 1Noctuidae – 2Pieridae – 1Pyralidae – 1Satiridae – 1

Acrididae - 1Tettigoniidae - 1Trigonidiidae - 1

Salticidae - 1Lycosidae - 1

Hemerobiidae - 1

Blattidae - 1

BANDEJA SAFRINHA 2002

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A ordem Diptera foi a que apresentou a maior abundância (66,6%) seguida por

Coleoptera (19,4%) e Hemiptera (9,95%) (Figura 1). As outras ordens (Hymenoptera,

Lepidoptera, Orthoptera, Neuroptera, Blattodea) e Araneae representaram 4,05% do

total de insdivíduos capturados em armadilha tipo bandeja d’água.

Na safra de verão, novembro/2002 a fevereiro/2003, houve um incremento no

número de ordens e espécies (Figura 2). Além das ordens já citadas, capturou-se

também Dermaptera, Isoptera, Odonata e Thysanoptera. O número de famílias

capturadas aumentou de 10 para 12 em Coleoptera, 8 para 13 em Diptera, 7 para 10

em Hemiptera e 4 para 13 em Hymenoptera. No caso de Dermaptera não se capturou

indivíduos desta ordem na safrinha de 2002, porém 3 famílias (Forficulidae, Labiduridae

e Spongiphoridae) ocorreram entre novembro de 2002 e março de 2003.

A predominância de Diptera (78,33% dos indivíduos capturados) foi ainda mais

acentuada na safra de verão de 2002/2003 (Figura 2). Hymenoptera representou

8,82% dos indivíduos capturados, seguido por Coleoptera (6,27%) e Hemiptera

(3,31%). Todas as outras ordens somaram 3,27% do total de indivíduos capturados por

coleta. Houve também o aumento no número de famílias e espécies capturadas. Em

Coleoptera foram 12 famílias sendo Chrysomelidae, Carabidae e Scarabaeidae as que

apresentaram o maior número de espécies (12, 8 e 5, respectivamente). No caso de

Hemiptera, dez espécies de Cicadellidae foram capturadas. As famílias Formicidae e

Sphecidae (Hymenoptera) tiveram oito espécies capturadas em cada uma delas.

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A

B

Figura 2. Ordens e respectivos números de famílias e espécies (A) e porcentagem de indivíduos (B) capturados em armadilha tipo bandeja d’água. Mogi Mirim, SP, novembro de 2002 a março de 2003.

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Alleculidae – 1Carabidae – 4Chrysomelidae – 7Coccinellidae – 4Curculionidae - 1Elateridae – 1Lagriidae – 1Melyridae – 1Nitidulidae – 3Scarabaeidae – 4Staphylinidae – 3

Calliphoridae – 1Dolichopodidae – 3Drosophilidae – 1 Micropezidae – 1Muscidae – 1Otitidae – 1Richardiidae – 1 Sarcophagidae – 3Sciaridae – 1 Stratiomydae – 3Syrphidae – 3Tabanidae – 1Tephritidae - 1

Alydidae – 1 Aphididae – 1Cercopidae – 1 Cicadellidae – 10Coreidae – 1Cydnidae – 1 Lygaeidae – 3Pentatomidae – 2Reduviidae – 1Scutelleridae – 2

Andrenidae – 2Anthophoridae - 1Apidae – 3Braconidae – 1Formicidae – 8Hallictidae - 1Ichneumonidae – 3Megachilidae – 1Mutillidae – 4Pompilidae - 3Sphecidae – 8Tenthredinidae - 1Vespidae – 3

Noctuidae – 1

Acrididae – 2 Gryllidae – 1

Deinopidae – 1 Lycosidae – 1

Chrysopidae – 1 Hemerobiidae – 1

Blattidae – 1

Forficulidae – 1Labiduridae – 1Spongiphoridae – 1

Termitidae – 1

Libellulidae – 1

Thripidae – 1

BANDEJA VERAO 0203

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Na safrinha de 2003 a tendência foi a mesma apresentada no verão de

2002/2003, ou seja, Diptera foi a ordem que apresentou a maior quantidade de

indivíduos capturados (84,56%), seguido por Hymenoptera (7,23%), Coleoptera

(3,56%) e Hemiptera (3,4%) (Figura 3). Houve um decréscimo no número de ordens e

famílias capturadas quando se compara a safra de verão de 2002/2003 (Figura 2) com

a safrinha de 2003 (Figura 3).

Como observado anteriormente nas outras safras, em Jaboticabal as ordens que

apresentaram o maior número de famílias, espécies e indivíduos capturados foram

Coleoptera (13 famílias e 42 espécies), Diptera (13 famílias e 26 espécies), Hemiptera

(10 famílias e 19 espécies), Hymenoptera (14 famílias e 45 espécies) além de

Dermaptera com 3 famílias e 3 espécies e Orthoptera (4 famílias e 5 espécies) (Figura

4).

Apesar de apresentar a maior riqueza (número de espécies), Hymenoptera

representou 14,88% dos indivíduos capturados contra 66,63% no caso de Diptera

(Figura 4). Coleoptera apresentou número de famílias e espécies (13 e 42),

semelhantes aos de Hymenoptera (14 e 45) e foi responsável por 10,84% do total de

indivíduos capturados em bandeja d’água.

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A

B

Figura 3. Ordens e respectivos números de famílias e espécies (A) e porcentagem de indivíduos (B) capturados em armadilha tipo bandeja d’água. Mogi Mirim, SP, março a junho de 2003.

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Alleculidae – 1Carabidae – 4Chrysomelidae – 7Coccinellidae – 4Curculionidae - 1Elateridae – 1Lagriidae – 1Melyridae – 1Nitidulidae – 3Scarabaeidae – 4Staphylinidae – 3Tenebrionidae – 1

Asilidae – 1 Dolichopodidae – 3Drosophilidae – 1 Micropezidae – 1Muscidae – 1Otitidae – 1 Sarcophagidae – 3Stratiomyidae – 2Syrphidae – 2Tephritidae - 1

Alydidae – 1 Aphididae – 1Cercopidae – 1 Cicadellidae – 13Coreidae – 3Cydnidae – 1 Lygaeidae – 3Mebracidae - 2Pentatomidae – 4Reduviidae – 1Scutelleridae – 1

Andrenidae – 1Anthophoridae - 2Apidae – 3Braconidae – 2Chalcididae – 1 Formicidae – 4Hallictidae - 2Ichneumonidae – 6Mutillidae – 1Pompilidae – 3Scollidae – 2 Sphecidae – 5Tenthredinidae - 1Vespidae – 2

Noctuidae – 3

Acrididae – 1Tettigonidiidae – 1 Henicidae – 1

Deinopidae – 1 Lycosidae – 1

Chrysopidae – 1 Hemerobiidae – 1

Forficulidae – 1Labiduridae – 1

BANDEJA SAFRINHA 2003

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A

B

Figura 4. Ordens e respectivos números de famílias e espécies (A) e porcentagem de indivíduos (B) capturados em armadilha tipo bandeja d’água. Jaboticabal, SP, dezembro de 2002 a março de 2003.

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Alleculidae – 1Carabidae – 4Chrysomelidae – 7Coccinellidae – 4Curculionidae - 1Elateridae – 1Lagriidae – 1Melyridae – 1Nitidulidae – 3Scarabaeidae – 4Staphylinidae – 3Tenebrionidae – 1

Asilidae – 1 Dolichopodidae – 3Drosophilidae – 1 Micropezidae – 1Muscidae – 1Otitidae – 1 Sarcophagidae – 3Stratiomyidae – 2Syrphidae – 2Tephritidae - 1

Alydidae – 1 Aphididae – 1Cercopidae – 1 Cicadellidae – 13Coreidae – 3Cydnidae – 1 Lygaeidae – 3Mebracidae - 2Pentatomidae – 4Reduviidae – 1Scutelleridae – 1

Andrenidae – 1Anthophoridae - 2Apidae – 3Braconidae – 2Chalcididae – 1 Formicidae – 4Hallictidae - 2Ichneumonidae – 6Mutillidae – 1Pompilidae – 3Scollidae – 2 Sphecidae – 5Tenthredinidae - 1Vespidae – 2

Noctuidae – 3

Acrididae – 1Tettigonidiidae – 1 Henicidae – 1

Deinopidae – 1 Lycosidae – 1

Chrysopidae – 1 Hemerobiidae – 1

Forficulidae – 1Labiduridae – 1

BANDEJA SAFRINHA 2003

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38

5.1.2. Análise faunística da artropodofauna coletada através de bandeja d’água

Na safrinha de 2002, foram coletadas 58 espécies em 8 coletas perfazendo um

total de 18466 (Tabela 1). O Índice de diversidade de Shannon (H’) foi 2,4861 e de

Margalef 5,803. O índice de uniformidade que mede a homogeneidade na ocorrência

numérica das espécies foi de 0,6123.

Do total de 58 espécies, 16 (27,58%) foram espécies acidentais, ou seja, que

ocorreram em menos de 25% das coletas. Outras 14 espécies (24,13%) foram

consideradas acessórias já que ocorreram entre 25 e 50% das coletas. As demais, 28

(48,27%) foram espécies constantes; aquelas que apareceram em mais de 50% das

coletas. Ainda, 40 das 50 espécies, ou seja, 68,96% foram consideradas raras (Tabela

1).

As espécies dominantes, segundo o método de LAROKA & MIELKE (1975)

citado por SILVEIRA NETO et al., 1976 foram:

1. Predadores: Lebia concina (Germar), Paedorus brasiliensis, Cycloneda

sanguinea, Condylostilus sp., Dolichopodidae sp.2, Syrphidae sp.1,

Syrphidae sp.5, Syrphidae sp.6 e Tropiconabis sp;

2. Parasitóide: Ichneumonidae – Ichneumoninae sp.3;

3. Herbívoros: Elateridae sp.3, Epitrix sp., Lagria villosa (Fabricius), Xyleborus

sp., Euxesta sp., Cicadellidae sp.15, R.maidis, Sonesimia grossa (Signoret),

Lygaeidae sp.4 e Trigonidiidae sp.1;

4. Polinizador: nenhuma espécie selecionada;

5. Decompositor: Nitidulidae sp.1 e Conotelus sp.;

6. Outros (função desconhecida): Taeniaptera sp.

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TABELA 1. Espécies, total de indivíduos coletados, número de coletas em armadilha amarela (bandeja d’àgua) e análise faunística. Mogi Mirim, SP, março a junho de 2002.

Ordem Família Espécie Nº Individuos Nº Coletas Dom A F CAraneae Salticidae Salticidae sp.1 1 1 ND r PF ZAraneae Lycosidae Lycosidae sp.1 2 1 ND r PF ZBlattodea Blattidae Blattidae sp.2 16 4 D r PF WColeoptera Alleculidae Alleculidae sp.1 10 1 D r PF ZColeoptera Carabidae Lebia concinna 106 8 D d PF WColeoptera Chrysomelidae Diabrotica speciosa 32 3 D r PF YColeoptera Chrysomelidae Epitrix sp. 1186 7 D ma MF WColeoptera Coccinellidae Cycloneda sanguinea 145 4 D c F WColeoptera Coccinellidae Eriopsis conexa 17 3 D r PF YColeoptera Elateridae Elateridae sp.3 76 7 D d PF WColeoptera Lagriidae Lagria villosa 70 6 D d PF WColeoptera Nitidulidae Conotelus sp. 14 4 D r PF WColeoptera Nitidulidae Nitidulidae sp.06 1648 8 D ma MF WColeoptera Scarabaeidae Scarabaeidae sp.1 1 1 ND r PF ZColeoptera Scolytidae Xyleborus sp. 223 8 D c F WColeoptera Staphylinidae Paederus brasiliensis 33 5 D r PF WColeoptera Staphylinidae Trichophya sp. 10 2 D r PF YDiptera Asilidae Asilidae sp.3 19 6 D r PF WDiptera Asilidae Asilidae sp.4 2 2 ND r PF YDiptera Calliphoridae Calliphoridae sp.1 7 2 D r PF YDiptera Dolichopodidae Condylostilus sp. 4427 8 D ma MF WDiptera Dolichopodidae Dolichopodidae sp.2 1574 8 D ma MF WDiptera Dolichopodidae Dolichopodidae sp.4 3 1 ND r PF ZDiptera Micropezidae Taeniaptera sp. 2012 8 D ma MF WDiptera Otitidae Euxesta sp. 2082 7 D ma MF WDiptera Sarcophagidae Euboettcheria sp. 728 8 D ma MF WDiptera Stratiomyidae Stratiomyidae sp.3 4 2 ND r PF YDiptera Syrphidae Syrphidae sp.1 1394 8 D ma MF WDiptera Syrphidae Syrphidae sp.5 37 5 D r PF WDiptera Syrphidae Syrphidae sp.6 11 4 D r PF WHemiptera Aphididae Rhopalosiphum maidis 1398 7 D ma MF WHemiptera Cicadellidae Sonesimia grossa 172 8 D c F WHemiptera Cicadellidae Cicadellidae sp.1 9 4 D r PF WHemiptera Cicadellidae Cicadellidae sp.15 8 4 D r PF WHemiptera Coreidae Leptoglossus zonatus 9 3 D r PF YHemiptera Lygaeidae Lygaeidae sp.1 2 1 ND r PF ZHemiptera Lygaeidae Lygaeidae sp.4 194 5 D c F WHemiptera Lygaeidae Lygaeidae sp.5 1 1 ND r PF ZHemiptera Lygaeidae Lygaeidae sp.7 12 2 D r PF YHemiptera Nabidae Tropiconabis sp. 33 6 D r PF WHemiptera Pentatomidae Mormidea maculata 1 1 ND r PF ZHymenoptera Apidae Apis mellifera 3 2 ND r PF YHymenoptera Apidae Apidae sp.1 1 1 ND r PF ZHymenoptera Ichneumonidae Ichneumonidae sp.1 7 2 D r PF YHymenoptera Ichneumonidae Ichneumoninae sp.3 121 5 D c F WHymenoptera Sphecidae Sphecidae sp.1 8 2 D r PF YHymenoptera Vespidae Polistes versicolor 1 1 ND r PF ZHymenoptera Vespidae Vespidae sp.1 1 1 ND r PF ZLepidoptera Hesperidae Hesperidae sp.1 4 1 ND r PF ZLepidoptera Noctuidae Helicoverpa zea 3 1 ND r PF ZLepidoptera Noctuidae Spodoptera frugiperda 533 5 D a MF WLepidoptera Pieridae Ascia monuste orseis 1 1 ND r PF ZLepidoptera Pyralidae Elasmopalpus lignosellus 3 1 ND r PF ZLepidoptera Satiridae Satiridae sp.1 2 1 ND r PF ZNeuroptera Hemerobiidae Hemerobius sp. 5 3 ND r PF YOrthoptera Acrididae Acrididae sp.5 5 2 ND r PF YOrthoptera Tettigoniidae Neoconocephalus infuscatus 11 3 D r PF YOrthoptera Trigonidiidae Trigonidiidae sp.1 28 5 D r PF WNumero total de indivíduos => 18466 Característica da ComunidadeNúmero de espécies => 58 Indice de Diversidade (Shannon-Weaner) => H = 2.4861Número total de coletas => 8 Variancia H => V(H)= 0.0001*Dominancia: (1) Metodo de Laroca e Mielke Intervalo de Confiança (P=0,005) H => [2.485970 ; 2.486200]

Indice de Diversidade (Margalef) => ALFA= 5.8023Indice de Uniformidade ou Equitabilidade => E = 0.6123

Dom = Dominância; A = abundância; F = frequência; C = ConstânciaD = dominante; ND = não dominante; SD = Superdominantea = abundante; d = dispersa; r = rara; ma = muito abundante; sa = superabundanteW = constante; Y = acessória; Z = acidental

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Dentre estas Epitrix sp., Nitidulidae sp.1, Condylostilus sp., Dolichopodidae sp.2,

Syrphidae sp.1, Taeniaptera sp., Euxesta sp. e R. maidis além de S. frugiperda, foram

muito abundantes.

Na safra seguinte (novembro de 2002 a março de 2003) (Tabela 2), o número de

espécies coletadas (139) foi superior ao da safrinha de 2002 (58 espécies); entretanto

o número de indivíduos coletados foi inferior (7767 em novembro/2002 a março/2003 e

18466 na safrinha de 2002). O índice de diversidade de Shannon (H’) foi de 2,7882,

sendo próximo àquele estimado na safra anterior (2,4861). Uma grande diferença foi

observada no índice de diversidade de Margalef (alfa = 15,4058). Verificou-se um baixo

índice de uniformidade (E = 0,5650) devido ao reduzido número de espécies com

elevado número de indivíduos.

Das 139 espécies capturadas em armadilha tipo bandeja d’água no verão de

2002/2003, 97 (69,78%) foram espécies acidentais e 24 (17,26%) foram espécies

acessórias. As espécies constantes foram 18 e representaram 12,94% do total,

diferentemente da safrinha de 2002 na qual 48,27% foram de espécies constantes. As

espécies raras (71) representaram 51% do total (Tabela 2)

As espécies dominantes e constantes, ou acessórias porém frequentes foram:

1. Predadores: L. concinna, Notiobia sp., Dolichopodidae sp.1, Dolichopodidae

sp.3, Formicidade sp.8, C. sanguinea, D. luteipes, Condylostilus sp.,

Syrphidae sp.3, Allograpta sp., Formicidae sp.4, Pompilidae sp.4, Sphecidae

sp.2 e Sphecidae sp.7;

2. Parasitóide: Ichneumonidae sp.5;

3. Herbívoros: Diabrotica sp., Maecolaspis occidentalis, Lagria villosa, Euxesta

sp., Elateridae sp.2, Cicadellidae sp.3, Cicadellidae sp.6, Cicadellidae sp.10,

Coreidae sp.1 e F. williamsi;

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TABELA 2. Espécies, total de indivíduos coletados, número de coletas em armadilha amarela (bandeja d’água) e análise faunística. Mogi Mirim, SP, novembro/2002 a março/2003.

Ordem Família Espécie Nº Individuos Nº Coletas Dom A F CAraneae Deinopidae Deinopidae sp.3 1 1 ND r PF ZAraneae Lycosidae Lycosidae sp.1 11 3 D d PF ZBlattodea Blattidae Blattidae sp.1 1 1 ND r PF ZColeoptera Alleculidae Alleculidae sp.1 4 1 ND d PF ZColeoptera Alleculidae Lobopoda sp. 3 1 ND r PF ZColeoptera Carabidae Arthrostictus sp. 2 1 ND r PF ZColeoptera Carabidae Calida scutellaris 1 1 ND r PF ZColeoptera Carabidae Carabidae sp.1 1 1 ND r PF ZColeoptera Carabidae Galerita bruchi 1 1 ND r PF ZColeoptera Carabidae Lebia concinna 39 8 D c F WColeoptera Carabidae Notiobia sp. 42 7 D c F WColeoptera Carabidae Polpochila sp. 3 1 ND r PF ZColeoptera Carabidae Selenophorus sp. 1 1 ND r PF ZColeoptera Chrysomelidae Cerotoma arcuata 9 3 D d PF ZColeoptera Chrysomelidae Cerotoma sp. 16 5 D d PF YColeoptera Chrysomelidae Chrysomelidae sp.1 4 2 ND d PF ZColeoptera Chrysomelidae Chrysomelidae sp.2 1 1 ND r PF ZColeoptera Chrysomelidae Chrysomelidae sp.3 3 2 ND r PF ZColeoptera Chrysomelidae Diabrotica bivitulla 2 1 ND r PF ZColeoptera Chrysomelidae Diabrotica sp. 20 7 D c F WColeoptera Chrysomelidae Epitrix sp. 1 1 ND r PF ZColeoptera Chrysomelidae Lema sp. 1 1 ND r PF ZColeoptera Chrysomelidae Maecolaspis occidentalis 73 10 D c F WColeoptera Chrysomelidae Maecolaspis perturbata 3 1 ND r PF ZColeoptera Chrysomelidae Zatrephina sp. 1 1 ND r PF ZColeoptera Cicindelidae Megacephala brasiliensis 1 1 ND r PF ZColeoptera Coccinellidae Coccinellidae sp.1 3 1 ND r PF ZColeoptera Coccinellidae Cycloneda sanguinea 29 4 D c F YColeoptera Coccinellidae Scymnus sp. 13 5 D d PF YColeoptera Curculionidae Curculionidae sp.1 1 1 ND r PF ZColeoptera Curculionidae Listronotus bonariensis 5 2 ND d PF ZColeoptera Elateridae Conoderus sp. 3 1 ND r PF ZColeoptera Elateridae Elateridae sp.2 26 4 D c F YColeoptera Histeridae Omalodes sp. 4 2 ND d PF ZColeoptera Lagriidae Lagria villosa 65 7 D c F WColeoptera Nitidulidae Colopterus sp. 27 7 D c F WColeoptera Nitidulidae Nitidulidae sp.2 58 5 D c F YColeoptera Scarabaeidae Ataenius sp. 1 1 ND r PF ZColeoptera Scarabaeidae Canthidium sp. 1 1 1 ND r PF ZColeoptera Scarabaeidae Canthidium sp. 2 3 1 ND r PF ZColeoptera Scarabaeidae Oxysternon palaemon 1 1 ND r PF ZColeoptera Scarabaeidae Trichillum sp. 2 1 ND r PF ZColeoptera Staphylinidae Staphylinidae sp.1 8 2 D d PF ZColeoptera Staphylinidae Staphylinidae sp.2 5 2 ND d PF ZDermaptera Forficulidae Doru luteipes 22 5 D c F YDermaptera Labiduridae Labidura xanthopus 12 3 D d PF ZDermaptera Spongiphoridae Spongiphoridae sp.1 10 5 D d PF YDiptera Calliphoridae Phaenicia eximia 11 4 D d PF YDiptera Dolichopodidae Condylostylus sp. 67 5 D c F YDiptera Dolichopodidae Dolichopodidae sp.1 1606 13 D ma MF WDiptera Dolichopodidae Dolichopodidae sp.3 2171 12 D ma MF WDiptera Drosophilidae Drosophilidae sp.1 401 9 D ma MF WDiptera Micropezidae Taeniaptera sp. 63 8 D c F WDiptera Muscidae Muscidae sp.1 792 8 D ma MF WDiptera Otitidae Euxesta sp. 196 8 D ma MF WDiptera Richardiidae Richardia sp. 1 1 ND r PF ZDiptera Sarcophagidae Euboettcheria sp. 256 11 D ma MF WDiptera Sarcophagidae Sarcophaga sp. 1 1 ND r PF ZDiptera Sarcophagidae Sarcophagidae sp.1 81 9 D c F WDiptera Sciaridae Sciaridae sp.1 2 1 ND r PF ZDiptera Stratiomydae Hermetia illucens 37 7 D c F WDiptera Stratiomyidae Stratiomyidae sp.1 217 10 D ma MF WDiptera Stratiomyidae Stratiomyidae sp.5 5 2 ND d PF ZDiptera Syrphidae Allograpta sp. 123 4 D ma MF YDiptera Syrphidae Syrphidae sp.2 35 3 D c F ZDiptera Syrphidae Syrphidae sp.3 17 5 D c F YDiptera Tabanidae Tabanidae sp.1 1 1 ND r PF ZDiptera Tephritidae Anastrepha fraterculus 1 1 ND r PF ZHemiptera Alydidae Alydus sp. 2 1 ND r PF ZHemiptera Aphididae Rhopasosiphum maidis 28 2 D c F Z

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TABELA 2. Continuação.

Ordem Família Espécie Nº Individuos Nº Coletas Dom A F CHemiptera Cercopidae Mahanarva fimbriolata 2 2 ND r PF ZHemiptera Cicadellidae Cicadellidae sp.3 38 4 D c F YHemiptera Cicadellidae Cicadellidae sp.6 38 4 D c F YHemiptera Cicadellidae Macugonalia leucomelas 1 1 ND r PF ZHemiptera Cicadellidae Cicadellidae sp.7 8 3 D d PF ZHemiptera Cicadellidae Cicadellidae sp.8 1 1 ND r PF ZHemiptera Cicadellidae Cicadellidae sp.9 9 4 D d PF YHemiptera Cicadellidae Cicadellidae sp.10 88 5 D c F YHemiptera Cicadellidae Cicadellidae sp.11 5 1 ND d PF ZHemiptera Cicadellidae Sonesimia grossa 6 3 D d PF ZHemiptera Cicadellidae Lebaja sp. 1 1 ND r PF ZHemiptera Coreidae Coreidae sp.1 18 5 D c F YHemiptera Cydnidae Cydnidae sp.1 1 1 ND r PF ZHemiptera Lygaeidae Lygaeidae sp.2 1 1 ND r PF ZHemiptera Lygaeidae Lygaeidae sp.6 3 1 ND r PF ZHemiptera Lygaeidae Lygaeidae sp.1 1 1 ND r PF ZHemiptera Pentatomidae Mormidea maculata 1 1 ND r PF ZHemiptera Pentatomidae Pentatomidae sp.1 1 1 ND r PF ZHemiptera Reduviidae Reduviidae sp.1 2 1 ND r PF ZHemiptera Scutelleridae Scutelleridae sp.1 2 2 ND r PF ZHymenoptera Andrenidae Oxaea flavescens 51 3 D c F ZHymenoptera Andrenidae Ctenioschelus goryi 1 1 ND r PF ZHymenoptera Anthophoridae Epicharis sp. 2 1 ND r PF ZHymenoptera Apidae Apis mellifera 112 8 D ma MF WHymenoptera Apidae Trigona spinipes 7 4 D d PF YHymenoptera Apidae Trigona sp. 1 1 ND r PF ZHymenoptera Braconidae - Agathidinae Alabagrus sp. 3 2 ND r PF ZHymenoptera Formicidae Acromyrmex sp. 128 1 D ma MF ZHymenoptera Formicidae Formicidae sp.3 26 3 D c F ZHymenoptera Formicidae Formicidae sp.4 53 5 D c F YHymenoptera Formicidae Formicidae sp.5 1 1 ND r PF ZHymenoptera Formicidae Formicidae sp.6 5 2 ND d PF ZHymenoptera Formicidae Formicidae sp.7 3 1 ND r PF ZHymenoptera Formicidae Formicidae sp.8 108 9 D a MF WHymenoptera Formicidae Ectatoma sp. 3 1 ND r PF ZHymenoptera Hallictidae Augochloropsis sp. 7 3 D d PF ZHymenoptera Ichneumonidae Trachysphyrus sp. 1 1 ND r PF ZHymenoptera Ichneumonidae Enicospilus sp. 1 1 ND r PF ZHymenoptera Ichneumonidae Ichneumoninae sp.5 52 6 D c F YHymenoptera Megachilidae Megachile sp. 1 1 ND r PF ZHymenoptera Mutillidae Mutillidae sp.1 2 1 ND r PF ZHymenoptera Mutillidae Mutillidae sp.2 5 2 ND d PF ZHymenoptera Mutillidae Mutillidae sp.3 2 1 ND r PF ZHymenoptera Mutillidae Traumatomutilla quadripustulata 1 1 ND r PF ZHymenoptera Pompilidae Pompilidae sp.4 32 5 D c F YHymenoptera Pompilidae Pompilidae sp.2 2 1 ND r PF ZHymenoptera Pompilidae Pompilidae sp.3 1 1 ND r PF ZHymenoptera Sphecidae Ammophila sp. 2 1 ND r PF ZHymenoptera Sphecidae Sphecidae sp.2 31 6 D c F YHymenoptera Sphecidae Sphecidae sp.3 2 1 ND r PF ZHymenoptera Sphecidae Sphecidae sp.4 7 3 D d PF ZHymenoptera Sphecidae Sphecidae sp.5 1 1 ND r PF ZHymenoptera Sphecidae Sphecidae sp.6 1 1 ND r PF ZHymenoptera Sphecidae Sphecidae sp.7 18 5 D c F YHymenoptera Sphecidae Sphecidae sp.8 2 2 ND r PF ZHymenoptera Tenthredinidae Tenthredinidae sp.1 2 1 ND r PF ZHymenoptera Vespidae Agelaia pallipes 3 3 ND r PF ZHymenoptera Vespidae Vespidae sp.2 4 1 ND d PF ZHymenoptera Vespidae Vespidae sp.3 1 1 ND r PF ZIsoptera Termitidae Termitidae sp.3 2 1 ND r PF ZLepidoptera Noctuidae Spodoptera frugiperda 21 4 D c F YLepidoptera Noctuidae Helicoverpa zea 2 1 ND r PF ZNeuroptera Chrysopidae Chrysopidae sp.1 1 1 ND r PF ZNeuroptera Hemerobiidae Hemerobius sp. 2 1 ND r PF ZOdonata Libellulidae Libellulidae sp.1 1 1 ND r PF ZOrthoptera Acrididae Acrididae sp.3 1 1 ND r PF ZOrthoptera Acrididae Orphulella sp. 7 3 D d PF ZOrthoptera Gryllidae Gryllus assimilis 4 2 ND d PF ZThysanoptera Thripidae Frankliniella williamsi 156 5 D ma MF YNumero total de indivíduos => 7767 Característica da ComunidadeNúmero de espécies => 139 Indice de Diversidade (Shannon-Weaner) => H = 2.7882Número total de coletas => 13 Variancia H => V(H)= 0.0004 Intervalo de Confiança (P=0,005) H => [2.787746 ; 2.788626]*Dominancia: (1) Metodo de Laroca e Mielke Indice de Diversidade (Margalef) => ALFA= 15.4058

Indice de Uniformidade ou Equitabilidade => E = 0.5650

Dom = Dominância; A = abundância; F = frequência; C = Constância a = abundante; d = dispersa; r = rara; ma = muito abundante; sa = superabundanteD = dominante; ND = não dominante; SD = Superdominante W = constante; Y = acessória; Z = acidental

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4. Polinizador: Apis mellifera (L.);

5. Decompositores: Colopterus sp., Hermetia illucens, Stratiomyidae sp.1,

Nitidulidae sp.2;

6. Outros: Taeniaptera sp.

Apenas Dolichopodidae sp.1, Dolichopodidae sp.3, Euxesta sp., Stratiomyidae sp.1,

Allograpta sp., Apis mellifera e Frankliniella williamsi foram espécies muito abundantes

(Tabela 2)

No caso da safrinha de 2003 (Tabela 3), 125 espécies foram coletadas, sendo que

93 (74,4%) foram espécies acidentais (<25% de presença nas coletas), 19 (15,2%)

foram espécies aleatórias (25-50% de presença) e apenas 13 (10,4%) foram espécies

constantes (>50% de presença nas coletas). Oitenta e três espécies (66,4%) foram

consideradas raras.

O índice de Shannon (H’) foi 2,2764 e o de Margalef 14,0529. A equitabilidade (E =

0,4715) foi inferior a das safras anteriores (Tabela 3). Pelo fato de haver poucas

espécies abundantes e 66,4% de espécies raras o valor do índice de equitabilidade foi

baixo.

As espécies dominantes e constantes, ou acessórias porém freqüentes foram:

1. Predadores: L. concinna, Scymnus sp., Asilidae sp.2, Condylostilus sp.,

Dolichopodidae sp.1, Dolichopodidae sp.3, Syrphidae sp.3, Sphecidae sp.2,

Agelaia pallipes (Olivier) e Hemerobius sp.;

2. Parasitóide: Ichneumonidae sp.5;

3. Herbívoros: Diabrotica bivitulla (Kirk), Diabrotica sp., L. villosa, Euxesta sp.,

Alydus sp., S. grossa, Cicadellidae sp.3 e Orphullela sp.;

4. Polinizador: A. mellifera;

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TABELA 3. Espécies, total de indivíduos coletados, número de coletas em armadilha amarela (bandeja d’àgua) e análise faunística. Mogi Mirim, SP, março a junho, 2003. Ordem Família Espécie Nº Individuos Nº Coletas Dom A F CAraneae Deinopidae Deinopidae sp.3 1 1 ND r PF ZAraneae Lycosidae Lycosidae sp.1 1 1 ND r PF ZColeoptera Alleculidae Alleculidae sp.1 4 2 ND r PF ZColeoptera Carabidae Calida scutellaris 2 1 ND r PF ZColeoptera Carabidae Lebia concinna 21 4 D c F YColeoptera Carabidae Notiobia sp. 5 2 ND r PF ZColeoptera Carabidae Polpochila sp. 2 1 ND r PF ZColeoptera Chrysomelidae Cerotoma arcuata 4 2 ND r PF ZColeoptera Chrysomelidae Cerotoma sp. 1 1 ND r PF ZColeoptera Chrysomelidae Chrysomelidae sp.1 1 1 ND r PF ZColeoptera Chrysomelidae Chrysomelidae sp.4 1 1 ND r PF ZColeoptera Chrysomelidae Diabrotica bivitulla 19 5 D c F YColeoptera Chrysomelidae Diabrotica sp. 14 4 D c F YColeoptera Chrysomelidae Maecolaspis occidentalis 3 1 ND r PF ZColeoptera Coccinellidae Coccinellidae sp.1 2 1 ND r PF ZColeoptera Coccinellidae Cycloneda sanguinea 8 3 D c F ZColeoptera Coccinellidae Hyperaspis sp. 2 1 ND r PF ZColeoptera Coccinellidae Scymnus sp. 13 7 D c F WColeoptera Curculionidae Listronotus bonariensis 2 1 ND r PF ZColeoptera Elateridae Elateridae sp.2 1 1 ND r PF ZColeoptera Lagriidae Lagria villosa 46 10 D ma MF WColeoptera Melyridae Astylus variegatus 16 3 D c F ZColeoptera Nitidulidae Colopterus sp. 22 5 D c F YColeoptera Nitidulidae Nitidulidae sp.2 2 1 ND r PF ZColeoptera Nitidulidae Nitidulidae sp.3 27 4 D ma MF YColeoptera Scarabaeidae Canthidium sp. 2 1 1 ND r PF ZColeoptera Scarabaeidae Cyclocephala malanocephala 2 2 ND r PF ZColeoptera Scarabaeidae Leucothyreus sp. 1 1 ND r PF ZColeoptera Scarabaeidae Trichillum sp.1 10 1 D c F ZColeoptera Staphylinidae Staphylinidae sp.1 2 1 ND r PF ZColeoptera Staphylinidae Staphylinidae sp.2 4 2 ND r PF ZColeoptera Staphylinidae Staphylinidae sp.3 1 1 ND r PF ZColeoptera Tenebrionidae Epitragus sp. 3 1 ND r PF ZDermaptera Forficulidae Doru luteipes 5 3 ND r PF ZDermaptera Labiduridae Labidura xanthopus 1 1 ND r PF ZDiptera Asilidae Asilidae sp.2 16 5 D c F YDiptera Dolichopodidae Condylostylus sp. 2148 13 SD sa SF WDiptera Dolichopodidae Dolichopodidae sp.3 163 10 D ma MF WDiptera Dolichopodidae Dolichopodidae sp.4 1744 14 SD sa SF WDiptera Drosophilidae Drosophilidae sp.1 1056 13 SD sa SF WDiptera Micropezidae Taeniaptera sp. 58 9 D ma MF WDiptera Muscidae Muscidae sp.1 13 5 D c F YDiptera Otitidae Euxesta sp. 333 11 D ma MF WDiptera Sarcophagidae Euboettcheria sp. 94 10 D ma MF WDiptera Sarcophagidae Sarcophaga sp. 52 5 D ma MF YDiptera Sarcophagidae Sarcophagidae sp.1 3 2 ND r PF ZDiptera Stratiomyidae Hermetia illucens 11 5 D c F YDiptera Stratiomyidae Stratiomyidae sp.1 36 8 D ma MF WDiptera Syrphidae Syrphidae sp.2 2 1 ND r PF ZDiptera Syrphidae Syrphidae sp.3 12 5 D c F YDiptera Tephritidae Anastrepha fraterculus 2 1 ND r PF ZHemiptera Alydidae Alydus sp. 28 5 D ma MF YHemiptera Aphididae Rhopasosiphum maidis 6 1 D d PF ZHemiptera Cercopidae Mahanarva fimbriolata 1 1 ND r PF ZHemiptera Cicadellidae Cicadellidae sp.2 1 1 ND r PF ZHemiptera Cicadellidae Cicadellidae sp.3 80 4 D ma MF YHemiptera Cicadellidae Cicadellidae sp.4 1 1 ND r PF ZHemiptera Cicadellidae Cicadellidae sp.6 4 1 ND r PF ZHemiptera Cicadellidae Cicadellidae sp.7 10 3 D c F ZHemiptera Cicadellidae Cicadellidae sp.8 1 1 ND r PF ZHemiptera Cicadellidae Cicadellidae sp.9 7 1 D d PF ZHemiptera Cicadellidae Cicadellidae sp.10 2 2 ND r PF ZHemiptera Cicadellidae Cicadellidae sp.11 1 1 ND r PF ZHemiptera Cicadellidae Cicadellidae sp.12 1 1 ND r PF ZHemiptera Cicadellidae Cicadellidae sp.13 1 1 ND r PF ZHemiptera Cicadellidae Macunogalia leucomelas 2 1 ND r PF ZHemiptera Cicadellidae Sonesimia grossa 52 5 D ma MF YHemiptera Coreidae Coreidae sp.1 1 1 ND r PF ZHemiptera Coreidae Leptoglossus zonatus 2 1 ND r PF ZHemiptera Coreidae Phthia pieta 9 5 D c F YHemiptera Cydnidae Cyrtonemus sp. 1 1 ND r PF Z

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TABELA 3. Continuação.

Ordem Família Espécie Nº Individuos Nº Coletas Dom A F CHemiptera Lygaeidae Geocoris sp. 2 2 ND r PF ZHemiptera Lygaeidae Lygaeidae sp.2 1 1 ND r PF ZHemiptera Lygaeidae Lygaeidae sp.6 1 1 ND r PF ZHemiptera Membracidae Cyphonia sp. 1 1 ND r PF ZHemiptera Membracidae Membracidae sp.1 1 1 ND r PF ZHemiptera Pentatomidae Dichelops melacanthus 1 1 ND r PF ZHemiptera Pentatomidae Mormidea maculata 1 1 ND r PF ZHemiptera Pentatomidae Nezara viridula 2 2 ND r PF ZHemiptera Pentatomidae Oebalus ypsilongriseus 1 1 ND r PF ZHemiptera Reduviidae Reduviidae sp.1 8 2 D c F ZHemiptera Scutelleridae Scutelleridae sp.1 1 1 ND r PF ZHymenoptera Andrenidae Oxaea flavescens 5 2 ND r PF ZHymenoptera Anthophoridae Ceratina sp. 2 1 ND r PF ZHymenoptera Anthophoridae Epicharis sp. 1 1 ND r PF ZHymenoptera Apidae Apis mellifera 246 7 D ma MF WHymenoptera Apidae Trigona sp. 2 2 ND r PF ZHymenoptera Apidae Trigona spinipes 3 1 ND r PF ZHymenoptera Braconidae - Agathidinae Alabagrus sp. 5 2 ND r PF ZHymenoptera Braconidae - Doryctinae Braconidae sp.1 3 2 ND r PF ZHymenoptera Chalcididae Chalcididae sp.2 1 1 ND r PF ZHymenoptera Formicidae Formicidae sp. 3 3 2 ND r PF ZHymenoptera Formicidae Formicidae sp.4 6 2 D d PF ZHymenoptera Formicidae Formicidae sp.6 4 2 ND r PF ZHymenoptera Formicidae Formicidae sp.8 1 1 ND r PF ZHymenoptera Hallictidae Hallictidae sp.1 2 1 ND r PF ZHymenoptera Hallictidae Augochloropsis sp. 2 1 ND r PF ZHymenoptera Ichneumonidae Enicospilus sp. 3 1 ND r PF ZHymenoptera Ichneumonidae Trachysphyrus sp. 2 1 ND r PF ZHymenoptera Ichneumonidae - Cremastinae Ichneumonidae sp.2 1 1 ND r PF ZHymenoptera Ichneumonidae-Ichneumoninae Ichneumonidae sp.5 32 6 D ma MF YHymenoptera Ichnumonidae Epirhyssa sp. 7 2 D d PF ZHymenoptera Ichnumonidae - Ichneumoninae Ichneumonidae sp.4 1 1 ND r PF ZHymenoptera Mutillidae Mutillidae sp.3 1 1 ND r PF ZHymenoptera Pompilidae Pompilidae sp.2 2 1 ND r PF ZHymenoptera Pompilidae Pompilidae sp.3 1 1 ND r PF ZHymenoptera Pompilidae Pompilidae sp.4 9 3 D c F ZHymenoptera Scollidae Campsomeris sp. 2 1 ND r PF ZHymenoptera Scollidae Scolia sp. 1 1 ND r PF ZHymenoptera Sphecidae Ammophila sp. 5 2 ND r PF ZHymenoptera Sphecidae Sphecidae sp.8 1 1 ND r PF ZHymenoptera Sphecidae Sphecidae sp.2 56 8 D ma MF WHymenoptera Sphecidae Sphecidae sp.3 2 2 ND r PF ZHymenoptera Sphecidae Sphecidae sp.7 4 3 ND r PF ZHymenoptera Tenthredinidae Tenthredinidae sp.1 4 2 ND r PF ZHymenoptera Vespidae Agelaia pallipes 72 4 D ma MF YHymenoptera Vespidae Vespidae sp.2 1 1 ND r PF ZLepidoptera Noctuidae Helicoverpa zea 2 1 ND r PF ZLepidoptera Noctuidae Spodoptera frugiperda 34 7 D ma MF WNeuroptera Chrysopidae Chrysopidae sp.1 1 1 ND r PF ZNeuroptera Hemerobiidae Hemerobius sp. 19 5 D c F YOrthoptera Acrididae Orphulella sp. 6 4 D d PF YOrthoptera Tettigonidiidae Neoconocephalus infuscatus 1 1 ND r PF ZOrthoptera Henicidae Lutosa sp. 1 1 ND r PF ZNumero total de indivíduos => 6794 Característica da Comunidade

Número de espécies => 125 Indice de Diversidade (Shannon-Weaner) => H = 2.2764

Número total de coletas => 14 Variancia H => V(H)= 0.0004

Intervalo de Confiança (P=0,005) H => [2.275885 ; 2.276877]

*Dominancia: (1) Metodo de Laroca e Mielke Indice de Diversidade (Margalef) => ALFA= 14.0529 (2) Metodo de Sakagami e Larroca Indice de Uniformidade ou Equitabilidade => E = 0.4715

Dom = Dominância; A = abundância; F = frequência; C = Constância

D = dominante; ND = não dominante; SD = Superdominante

a = abundante; d = dispersa; r = rara; ma = muito abundante; sa = superabundante

W = constante; Y = acessória; Z = acidental

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5. Decompositores: Colopterus sp., H. illucens, Stratiomyidae sp.1, Nitidulidae sp.3;

6. Outros: Taeniaptera sp.

As espécies L. villosa, Nitidullidae sp.3, Condylostilus sp., Dolichopodidae sp.1,

Dolichopodidae sp.3, Taeniaptera sp., Euxesta sp., Stratiomyidae sp.1, Alydus sp.,

S. grossa, Cicadellidae sp.3, A. mellifera, Ichneumonidae sp.5, Sphecidae sp.2, A.

pallipes foram muito ou superabundantes de acordo com a análise faunística

realizada.

Em Jaboticabal (dezembro de 2002 a março de 2003), obteve-se o maior

número de espécies capturadas (154) (Tabela 4). Destas, 108 (70,13%) foram

espécies acidentais e 23 (14,93%) foram espécies aleatórias. O mesmo número foi

observado para espécies constantes (14,93%). As espécies raras somaram 98, ou

seja, 63,63% do total. Também se obteve em Jaboticabal, SP, os maiores índices

de diversidade de Shannon (H’) (3,1524), de Margalef (18,6288), e de equitabilidade

(E = 0,6258) em comparação com as outras safras.

As espécies dominantes e constantes, ou acessórias porém freqüentes foram:

1. Predadores: Deinopidae sp.3, L. concinna, D. luteipes, Spongiphoridae sp.1,

Dolichopodidae sp.1, Dolichopodidae sp.3, Formicidae sp.6, Formicidae sp.8,

Pompilidae sp.4, Syrphidae sp.3, Salpingogaster nigra, Sphecidae sp.7,

Staphylinidae sp.1.;

2. Parasitóide: nenhuma espécie selecionada

3. Herbívoros: Allecullidae sp.1, Diabrotica sp., Lema sp., Maecolaspis

occidentalis, Maecolaspis perturbata, Conoderus sp., Elateridae sp.2,

Canthidium sp.2, Euxesta sp., Coreidae sp.1, Cicadellidae sp.3 e Orphullela

sp.;

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TABELA 4. Espécies, total de indivíduos coletados, número de coletas em armadilha amarela (bandeja d’água) e análise faunística (dominância, abundância, frequência e constância). Jaboticabal, SP, 2002-2003.

Ordem Família Espécie Nº Individuos Nº Coletas Dom A F CAraneae Deinopidae Deinopidae sp.1 1 1 ND r PF ZAraneae Deinopidae Deinopidae sp.246 1 1 ND r PF ZAraneae Deinopidae Deinopidae sp.3 13 5 D c F WAraneae Lycosidae Lycosidae sp.2 1 1 ND r PF ZAraneae Lycosidae Lycosidae sp.3 1 1 ND r PF ZAraneae Lycosidae Lycosidae sp.4 1 1 ND r PF ZAraneae Lycosidae Lycosidae sp.5 5 2 ND r PF ZBlattodea Blattidae Blattidae sp.1 1 1 ND r PF ZColeoptera Alleculidae Lobopoda sp. 7 2 D d PF ZColeoptera Alleculidae Alleculidae sp.1 13 4 D c F YColeoptera Bolboceratidae Bolbapium sp. 6 2 D d PF ZColeoptera Bolboceratidae Neothyreus sp. 5 1 ND r PF ZColeoptera Bolboceratidae Bolbapium sp. 2 1 ND r PF ZColeoptera Carabidae Calida scutellaris 1 1 ND r PF ZColeoptera Carabidae Galerita bruchi 1 1 ND r PF ZColeoptera Carabidae Lebia concinna 40 7 D a MF WColeoptera Carabidae Notiobia sp. 8 4 D d PF YColeoptera Carabidae Polpochila sp. 3 2 ND r PF ZColeoptera Carabidae Selenophorus sp. 1 1 ND r PF ZColeoptera Chrysomelidae Cerotoma arcuata 10 5 D c F WColeoptera Chrysomelidae Diabrotica bivitulla 1 1 ND r PF ZColeoptera Chrysomelidae Diabrotica sp. 30 8 D c F WColeoptera Chrysomelidae Epitrix sp. 7 2 D d PF ZColeoptera Chrysomelidae Lema sp. 22 5 D c F WColeoptera Chrysomelidae Maecolaspis occidentalis 24 4 D c F YColeoptera Chrysomelidae Maecolaspis perturbata 79 8 D ma MF WColeoptera Coccinellidae Cycloneda sanguinea 4 2 ND r PF ZColeoptera Coccinellidae Exochomus sp. 2 1 ND r PF ZColeoptera Coccinellidae Hyperaspis sp. 1 1 ND r PF ZColeoptera Coccinellidae Scymnus sp. 1 1 ND r PF ZColeoptera Curculionidae Listronotus bonariensis 1 1 ND r PF ZColeoptera Elateridae Conoderus sp. 15 6 D c F WColeoptera Elateridae Elateridae sp.1 1 1 ND r PF ZColeoptera Elateridae Elateridae sp.2 37 6 D c F WColeoptera Lagriidae Lagria villosa 3 1 ND r PF ZColeoptera Melyridae Melyridae sp.1 1 1 ND r PF ZColeoptera Nitidulidae Colopterus sp. 1 1 ND r PF ZColeoptera Nitidulidae Nitidulidae sp.2 11 3 D c F YColeoptera Scarabaeidae Ataenius sp. 2 1 ND r PF ZColeoptera Scarabaeidae Canthidium sp.1 1 1 ND r PF ZColeoptera Scarabaeidae Canthidium sp.2 30 7 D c F WColeoptera Scarabaeidae Canthidium sp.3 1 1 ND r PF ZColeoptera Scarabaeidae Cyclocephala melanocephala 1 1 ND r PF ZColeoptera Scarabaeidae Macraspis morio 5 2 ND r PF ZColeoptera Scarabaeidae Onthophagus ranunculus 1 1 ND r PF ZColeoptera Scarabaeidae Trichillum sp.1 5 3 ND r PF YColeoptera Scarabaeidae Trichillum sp.2 2 1 ND r PF ZColeoptera Scolytidae Xyleborus sp. 3 1 ND r PF ZColeoptera Staphylinidae Eulissus chalybaleus 1 1 ND r PF ZColeoptera Staphylinidae Staphylinidae sp.1 10 3 D c F YDermaptera Forficulidae Doru luteipes 33 5 D c F WDermaptera Labiduridae Labidura xanthopus 6 1 D d PF ZDermaptera Spongiphoridae Spongiphoridae sp.1 81 3 D ma MF YDiptera Asilidae Asilidae sp.1 2 1 ND r PF ZDiptera Asilidae Asilidae sp.2 2 2 ND r PF ZDiptera Calliphoridae Phaenicia eximia 6 3 D d PF YDiptera Dolichopodidae Condylostylus sp. 2 1 ND r PF ZDiptera Dolichopodidae Dolichopodidae sp.1 518 10 D ma MF WDiptera Dolichopodidae Dolichopodidae sp.3 792 9 D ma MF WDiptera Drosophilidae Drosophilidae sp.1 525 9 D ma MF W

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TABELA 4. Continuação.

Ordem Família Espécie Nº Individuos Nº Coletas Dom A F CDiptera Micropezidae Taeniaptera sp. 39 4 D a MF YDiptera Muscidae Musca domestica 3 1 ND r PF ZDiptera Muscidae Muscidae sp.1 144 7 D ma MF WDiptera Muscidae Muscidae sp.2 4 2 ND r PF ZDiptera Otitidae Euxesta sp. 153 6 D ma MF WDiptera Sarcophagidae Euboettcheria sp. 118 8 D ma MF WDiptera Sarcophagidae Sarcophaga sp. 1 1 ND r PF ZDiptera Sarcophagidae Sarcophagidae sp.1 25 3 D c F YDiptera Sciaridae Sciaridae sp.1 4 3 ND r PF YDiptera Stratiomyidae Hermetia illucens 13 5 D c F WDiptera Stratiomyidae Stratiomyidae sp.1 42 2 D a MF ZDiptera Stratiomyidae Stratiomyidae sp.2 4 2 ND r PF ZDiptera Syrphidae Allograpta sp. 6 1 D d PF ZDiptera Syrphidae Eristalis sp. 2 1 ND r PF ZDiptera Syrphidae Salpingosgaster nigra 12 3 D c F YDiptera Syrphidae Syrphidae sp.252 3 1 ND r PF ZDiptera Syrphidae Syrphidae sp.3 27 3 D c F YDiptera Syrphidae Syrphidae sp.4 7 1 D d PF ZDiptera Tachinidae Tachinidae sp.1 3 1 ND r PF ZDiptera Tephritidae Anastrepha fraterculus 1 1 ND r PF ZHemiptera Acanaloniidae Acalonia sp. 2 1 ND r PF ZHemiptera Alydidae Alydus sp. 5 1 ND r PF ZHemiptera Berytidae Berytidae sp.1 4 1 ND r PF ZHemiptera Cercopidae Mahanarva fimbriolata 6 3 D d PF YHemiptera Cicadellidae Macugonalia leucomelas 1 1 ND r PF ZHemiptera Cicadellidae Scaphytopius sp. 1 1 ND r PF ZHemiptera Cicadellidae Cicadellidae sp.3 14 4 D c F YHemiptera Cicadellidae Cicadellidae sp.4 1 1 ND r PF ZHemiptera Cicadellidae Cicadellidae sp.5 2 1 ND r PF ZHemiptera Cicadellidae Cicadellidae sp.6 6 3 D d PF YHemiptera Cicadellidae Cicadellidae sp.14 1 1 ND r PF ZHemiptera Coreidae Hypselonatus sp. 2 1 ND r PF ZHemiptera Coreidae Leptoglossus zonatus 6 3 D d PF YHemiptera Coreidae Coreidae sp.1 22 5 D c F WHemiptera Coreidae Coreidae sp.2 1 1 ND r PF ZHemiptera Cydnidae Cyrtonemus sp. 1 1 ND r PF ZHemiptera Lygaeidae Geocoris sp. 2 1 ND r PF ZHemiptera Pentatomidae Mormidea maculata 9 2 D d PF ZHemiptera Reduviidae Reduviidae sp.1 7 1 D d PF ZHymenoptera Andrenidae Oxaea flavescens 4 1 ND r PF ZHymenoptera Anthophoridae Ceratina sp. 3 2 ND r PF ZHymenoptera Anthophoridae Epicharis sp. 4 3 ND r PF YHymenoptera Apidae Apis mellifera 8 1 D d PF ZHymenoptera Apidae Trigona sp. 3 1 ND r PF ZHymenoptera Apidae Trigona spinipes 5 2 ND r PF ZHymenoptera Braconidae Braconidae sp.1 15 2 D c F ZHymenoptera Formicidae Acromyrmex sp. 1 1 ND r PF ZHymenoptera Formicidae Atta sexdens 48 5 D ma MF WHymenoptera Formicidae Ectatoma sp. 1 1 ND r PF ZHymenoptera Formicidae Formicidae sp.3 5 1 ND r PF ZHymenoptera Formicidae Formicidae sp.4 3 1 ND r PF ZHymenoptera Formicidae Formicidae sp.5 1 1 ND r PF ZHymenoptera Formicidae Formicidae sp.6 235 10 D ma MF WHymenoptera Formicidae Formicidae sp.7 3 1 ND r PF ZHymenoptera Formicidae Formicidae sp.8 52 9 D ma MF WHymenoptera Formicidae Formicidae sp.9 1 1 ND r PF ZHymenoptera Formicidae Formicidae sp.10 2 1 ND r PF ZHymenoptera Hallictidae Augochloropsis cupreola 2 2 ND r PF ZHymenoptera Hallictidae Augochloropsis sp. 51 6 D ma MF WHymenoptera Ichneumonidae Enicospilus sp. 1 1 ND r PF ZHymenoptera Ichneumonidae Trachysphyrus sp. 1 1 ND r PF ZHymenoptera Ichneumonidae Ichneumonidae sp.2 2 1 ND r PF Z

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TABELA 4. Continuação.

Ordem Família Espécie Nº Individuos Nº Coletas Dom A F CHymenoptera Ichneumonidae Ichneumonidae sp.5 1 1 ND r PF ZHymenoptera Ichneumonidae Ichneumonidae sp.4 1 1 ND r PF ZHymenoptera Megachilidae Megachile sp. 4 1 ND r PF ZHymenoptera Mutillidae Mutillidae sp.1 1 1 ND r PF ZHymenoptera Mutillidae Mutillidae sp.2 2 1 ND r PF ZHymenoptera Mutillidae Mutillidae sp.3 4 1 ND r PF ZHymenoptera Pompilidae Pompilidae sp.4 23 6 D c F WHymenoptera Pompilidae Pompilidae sp.1 2 1 ND r PF ZHymenoptera Pompilidae Pompilidae sp.2 1 1 ND r PF ZHymenoptera Scollidae Campsomeris sp. 1 1 ND r PF ZHymenoptera Scollidae Scolia sp. 1 1 ND r PF ZHymenoptera Sphecidae Ammophila sp. 1 1 ND r PF ZHymenoptera Sphecidae Sphecidae sp.2 9 4 D d PF YHymenoptera Sphecidae Sphecidae sp.3 7 3 D d PF YHymenoptera Sphecidae Sphecidae sp.4 2 1 ND r PF ZHymenoptera Sphecidae Sphecidae sp.5 1 1 ND r PF ZHymenoptera Sphecidae Sphecidae sp.6 1 1 ND r PF ZHymenoptera Sphecidae Sphecidae sp.7 17 6 D c F WHymenoptera Tenthredinidae Tenthredinidae sp.1 1 1 ND r PF ZHymenoptera Vespidae Polybia sp.1 13 2 D c F ZHymenoptera Vespidae Polybia sp.2 3 1 ND r PF ZHymenoptera Vespidae Vespidae sp.2 1 1 ND r PF ZHymenoptera Vespidae Vespidae sp.3 1 1 ND r PF ZLepidoptera Noctuidae Helicoverpa zea 5 3 ND r PF YLepidoptera Noctuidae Spodoptera frugiperda 9 3 D d PF YLepidoptera Noctuidae Noctuidae sp.1 7 2 D d PF ZLepidoptera Pyralidae Elasmopalpus lignosellus 1 1 ND r PF ZOrthoptera Acrididae Orphulella sp. 17 4 D c F YOrthoptera Acrididae Acrididae sp.4 1 1 ND r PF ZOrthoptera Tetigoniidae Neoconocephalus infuscatus 1 1 ND r PF ZOrthoptera Gryllidae Gryllus assimilis 3 1 ND r PF ZOrthoptera Henicidae Lutosa sp. 1 1 ND r PF ZNumero total de indivíduos => 3689 Característica da ComunidadeNúmero de espécies => 154 Indice de Diversidade (Shannon-Weaner) => H = 3.1524Número total de coletas => 10 Variancia H => V(H)= 0.0008 Intervalo de Confiança (P=0,005) H => [3.151449 ; 3.153297]*Dominancia: (1) Metodo de Laroca e Mielke Indice de Diversidade (Margalef) => ALFA= 18.6288

Indice de Uniformidade ou Equitabilidade => E = 0.6258Dom = Dominância; A = abundância; F = frequência; C = Constância

D = dominante; ND = não dominante; SD = Superdominante

a = abundante; d = dispersa; r = rara; ma = muito abundante; sa = superabundante

W = constante; Y = acessória; Z = acidental

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4. Polinizador: Augochloropsis sp.;

5. Decompositores: H. illucens, Nitidulidae sp.2;

6. Outros: Taeniaptera sp.

As espécies M. perturbata, Spongiphoridae sp.1, Dolichopodidae sp.1,

Dolichopodidae sp.3, Euxesta sp., Formicidae sp.6, Formicidae sp.8,

Augochloropsis sp. foram muito ou superabundantes.

Levando-se em consideração a coleta em bandeja nas quatro safras, as espécies

dominantes ou acessórias e frequentes que ocorreram na maioria dos ensaios foram:

• Predadores: L. concinna, Condylostilus sp., Dolichopodidae sp.1,

Dolichopodidae sp.3, Syrphidae sp.3, C. sanguinea, Sphecidae sp.2,

Sphecidae sp.7, D. luteipes e Formicidae sp.8;

• Herbívoros: Diabrotica sp., L. villosa, Euxesta sp., Maecolaspis sp., S.

grossa, Elateridae sp.2, Cicadellidae sp.3, Orphulella sp.;

• Polinizador: A. mellifera

• Parasitóide: Ichneumonidae sp.5;

• Decompositores: Colopterus sp., Nitidulidae sp.2, H. illucens, Stratiomyidae

sp.1;

• Outros (função não definida): Taeniaptera sp.

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5.2. Levantamento e análise faunística da artropodofauna capturada através

de armadilha de solo (Pitfall)

5.2.1. Levantamento da artropodofauna através de armadilha de solo

Na safrinha de 2002 (Figura 5), Coleoptera e Diptera foram as ordens que

apresentaram o maior número de famílias (9 cada). Em Diptera, Dolichopodidae

apresentou o maior número de espécies (3). Foram capturados indivíduos de 4

famílias em Hemiptera, sendo Cicadellidae e Lygaeidae as com maior número de

espécies (3 cada). Em Hymenoptera foram 3 famílias, em Orthoptera 4 e Araneae 2.

Em Dermaptera e Lepidoptera capturou-se apenas 1 espécie em cada. Diptera foi

responsável por 60,18% do total de indivíduos capturados (Figura 5) seguida por

Coleoptera (20,52%), Hymenoptera (9,35%) e Dermaptera (3,71%). Hemiptera,

Lepidoptera, Orthoptera e Araneae somaram 6,25% dos indivíduos.

Como verificado na captura com armadilha d’água houve um aumento no número

de famílias e espécies na safra de verão 2002/2003 (Figura 6), quando comparado

com a safra anterior (março a junho de 2002) (Figura 5) . Em Coleoptera foram

capturados indivíduos em 15 famílias diferentes. Foram 41 espécies sendo Carabidae,

Scarabaeidae e Chrysomelidae as mais numerosas (8, 9 e 5, respectivamente).

Cicadellidae foi a família com maior número de espécies (6) em Hemiptera enquanto

Formicidae foi a com maior número em Hymenoptera (7).

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52

A

B

Figura 5. Ordens e respectivos números de famílias e espécies (A) e porcentagem de indivíduos (B) capturados em armadilha de solo (Pitfall). Mogi Mirim, SP, março a junho de 2002.

Alleculidae – 1 Carabidae – 1Chrysomelidae – 2Coccinellidae – 2Elateridae – 1Lagriidae – 1Nitidulidae – 2Scarabaeidae – 1Scolytidae – 1Staphylinidae – 2

Asilidae – 2Calliphoridae – 1Dolichopodidae – 3Drosophilidae - 1Micropezidae – 1Otitidae – 1Sarcophagidae – 1Stratiomydae – 2Syrphidae – 2

Cicadellidae – 3Coreidae – 1Lygaeidae – 3Nabidae – 1

Formicidae – 1Ichneumonidae – 2Scelionidae - 1

Acrididae – 1Gryllidae – 1Tettigoniidae - 1Trigonidiidae - 1

Lycosidae – 1Oxyopidae - 1

Labiduridae - 1Noctuidae - 1

SOLO SAFRINHA 2002

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53

A

B

Figura 6. Ordens e respectivos números de famílias e espécies (A) e porcentagem de indivíduos (B) capturados em armadilha de solo (Pitfall). Mogi Mirim, SP, novembro de 2002 a março de 2003.

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Alleculidae – 2Bolboceratidae – 1 Carabidae – 8Chrysomelidae – 5Cicindelidae - 1 Coccinellidae – 3Curculionidae - 1Elateridae – 2Histeridae – 1 Lagriidae – 1Nitidulidae – 2Scarabaeidae – 9Scolytidae – 1 Staphylinidae – 3Trogidae – 1

Calliphoridae – 1Dolichopodidae – 2Drosophilidae – 1 Micropezidae – 1Muscidae – 1Otitidae – 1Sarcophagidae – 3 Stratiomydae – 1Syrphidae – 1

Alydidae – 1 Aphididae – 1Cicadellidae – 6Coreidae – 3 Lygaeidae – 2Pentatomidae – 2Reduviidae – 1

Apidae – 2Braconidae – 1Chalcididae - 1Formicidae – 7Ichneumonidae – 2Mutillidae – 2Pompilidae - 2Sphecidae – 3

Noctuidae – 1

Acrididae – 2 Gryllidae – 1Henicidae – 1

Deinopidae – 1 Lycosidae – 1

Blattidae – 1

Forficulidae – 1Labiduridae – 1

Termitidae – 1

Libellulidae – 1

Thripidae – 1

SOLO VERAO 0203

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54

Também na armadilha de solo, Diptera foi a ordem com a maior abundância de

indivíduos (66,38%) (Figura 6). Em Dermaptera, representada por duas famílias foram

capturados 23,95% dos indivíduos. Apesar do grande número de famílias (15) e

espécies coletadas (41) Coleoptera representou 5,23%. Hemiptera com 7 famílias e 16

espécies, Hymenoptera com 8 famílias e 20 espécies e Orthoptera com 3 famílias e 4

espécies foram responsáveis por 1,25; 1,02 e 1,54% do total de indivíduos

capturados. Lepidoptera, Isoptera, Odonata, Blattodea e Araneae somaram apenas

0,64% do total (Figura 6).

Na safrinha de 2003 (Março a Junho de 2003) (Figura 7) a maior quantidade de

indivíduos capturados foi em Dermaptera (39,85%). Diptera, ordem predominante em

abundância em todas as coletas em bandeja e no solo nas duas primeiras safras

(Figuras 1 a 6), representou 13,96% do total de indivíduos capturados por coleta

(Figura 7). Orthoptera foi responsável por 11,67% dos indivíduos capturados.

Em Jaboticabal, SP, safra de dezembro de 2002 a março de 2003, Diptera (12

famílias e 19 espécies) foi novamente a ordem que apresentou a maior abundância de

indivíduos (67,41%). Em Coleoptera foram coletados indivíduos em 11 famílias e 39

espécies, que representaram 13,7% do total capturado. No caso de Orthoptera

(8,78%), 8 espécies representando 4 famílias foram observadas nas coletas.

Hemiptera, Hymenoptera e Araneae representaram 2,14; 1,86% e 1,4%, dos indivíduos

capturados respectivamente. O restante (0,75 %) foi coletado em Lepidoptera,

Isoptera, Mantodea e Blattodea (Figura 8).

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55

A

B

Figura 7. Ordens e respectivos números de famílias e espécies (A) e porcentagem de indivíduos (B) capturados em armadilha de solo (Pitfall). Mogi Mirim, SP, março a junho de 2003.

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Alleculidae – 1Bolboceratidae – 1 Carabidae – 7Chrysomelidae – 5Coccinellidae – 3Curculionidae - 1Elateridae – 1Histeridae – 1 Lagriidae – 1Nitidulidae – 3Scarabaeidae – 5Staphylinidae – 3

Calliphoridae – 1Dolichopodidae – 1Micropezidae – 1Muscidae – 1Otitidae – 1Sarcophagidae – 3 Stratiomydae – 1

Alydidae – 2 Cicadellidae – 5Coreidae – 2Cydnidae – 1 Lygaeidae – 2Pentatomidae – 2Reduviidae – 1

Anthophoridae – 1 Apidae – 1 Braconidae – 1 Chalcididae – 1 Formicidae – 4Ichneumonidae – 4Mutillidae – 3Pompilidae - 2Sphecidae – 3Vespidae – 1

Noctuidae – 1

Acrididae – 2 Gryllidae – 1Henicidae – 1

Lycosidae – 2

Blattidae – 1

Chelisochidae – 1 Forficulidae – 1Labiduridae – 1

Termitidae – 1

Libellulidae – 1

Thripidae – 1

Hemerobiidae – 1

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A

B Figura 8. Ordens e respectivos números de famílias e espécies (A) e porcentagem de indivíduos (B) capturados em armadilha de solo (Pitfall). Jaboticabal, SP, dezembro de 2002 a março de 2003.

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Alleculidae – 2Bolboceratidae – 2Carabidae – 6Chrysomelidae – 10Coccinellidae – 3Elateridae – 3Lagriidae – 1Nitidulidae – 1Scarabaeidae – 8Scolytidae – 1 Staphylinidae – 2

Asilidae – 1 Calliphoridae – 1Dolichopodidae – 2Drosophilidae – 1 Micropezidae – 1Muscidae – 2Otitidae – 1Richardiidae – 1 Sarcophagidae – 3 Syrphidae – 4Tachnidae – 1 Tephritidae – 1

Alydidae – 2 Cicadellidae – 6Coreidae – 3 Pentatomidae – 1Reduviidae – 1

Apidae – 1Braconidae – 1Formicidae – 4Hallictidae – 1 Ichneumonidae – 2Megachilidae – 1 Mutillidae – 1Pompilidae – 2Scollidae – 1 Sphecidae – 5Vespidae - 2

Noctuidae – 3

Acrididae – 5 Gryllidae – 1Henicidae – 1Tettigoniidae – 1

Deinopidae – 2 Lycosidae – 6Oxyopidae – 1

Blattidae – 1

Chelisochidae – 1 Forficulidae – 1Labiduridae – 1Spongiphoridae -1

Termitidae – 1

Mantidae – 1

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57

5.2.2. Análise faunística da artropodofauna coletada através de armadilha

de solo

Na safrinha de 2002 foram coletadas 47 espécies e um total de 14563 indivíduos

em 8 coletas (Tabela 5). O índice de diversidade de Shannon (H’) foi de 2,4980 e o

índice de diversidade de Margalef foi 4,7985. O índice de uniformidade E foi igual a

0,6488.

Das 47 espécies capturadas na armadilha de solo durante a safrinha de 2002, 10

espécies (21,27%) foram acidentais e 15 (31,91%) espécies acessórias. As espécies

constantes foram 22 e representaram 46,82% do total. As espécies raras (28)

representaram 59,25% do total (Tabela 5)

As espécies dominantes e constantes, ou acessórias porém freqüentes foram:

1. Predadores: L. concinna, Paedorus brasiliensis, Labidura xanthopus (Stal),

Syrphidae sp.1; Condylostilus sp.; Dolichopodidae sp.2;

2. Parasitóide: Ichneumonidae sp.3, Scelionidae sp.1;

3. Herbívoros: Epitrix sp., Elateridae sp.3, L. villosa, Xyleborus sp., Euxesta sp., S.

grossa, Lygaeidae sp.4, Gryllus assimilis (Fabricius), Trigonidiidae sp.1;

4. Polinizador: nenhuma espécie selecionada

5. Decompositores: Nitidulidae sp.1;

6. Outros: Taeniaptera sp.

Destas, Epitrix sp., Nitidulidae sp.1, Condylostilus sp., Dolichopodidae sp.2,

Taeniaptera sp., Euxesta sp. e Scelionidae sp.1, foram muito abundantes (Tabela 5).

Em relação a safra de verão de 2002/2003 (Tabela 6), verifica-se que as espécies

aleatórias foram 72,64% do total e as acessórias 13,20%. As espécies constantes (15)

representaram 14,15%. No que diz respeito a espécies raras (63), estas representaram

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TABELA 5. Espécies, total de indivíduos coletados, número de coletas em armadilha de solo (Pitfall)) e análise faunística (dominância, abundância, frequência e constância). Mogi Mirim, SP, março a junho de 2002. Ordem Família Espécie Nº Individuos Nº Coletas Dom A F CAraneae Lycosidae Lycosidae sp.7 6 2 D r PF YAraneae Oxyopidae Oxyopidae sp.2 2 1 ND r PF ZColeoptera Carabidae Lebia concinna 106 8 D d PF WColeoptera Chrysomelidae Epitrix sp. 1010 4 D ma MF WColeoptera Chrysomelidae Diabrotica speciosa 29 2 D r PF YColeoptera Coccinellidae Cycloneda sanguinea 11 2 D r PF YColeoptera Coccinellidae Eriopsis conexa 13 3 D r PF YColeoptera Elateridae Elateridae sp.3 76 7 D d PF WColeoptera Lagriidae Lagria villosa 28 4 D r PF WColeoptera Nitidulidae Nitidulidae sp.1 1560 6 D ma MF WColeoptera Nitidulidae Conotelus sp. 1 1 ND r PF ZColeoptera Scarabaeidae Trichilum sp. 3 1 ND r PF ZColeoptera Scarabaeidae Scarabaeidae sp.1 1 1 ND r PF ZColeoptera Scolytidae Xyleborus sp. 125 5 D c F WColeoptera Staphylinidae Paederus brasiliensis 16 4 D r PF WColeoptera Staphylinidae Trichophya sp. 10 2 D r PF YDermaptera Labiduridae Labidura xanthopus 540 5 D a MF WDiptera Asilidae Asilidae sp.3 15 4 D r PF WDiptera Asilidae Asilidae sp.4 1 1 ND r PF ZDiptera Calliphoridae Calliphoridae sp.1 5 2 ND r PF YDiptera Dolichopodidae Condylostilus sp. 3387 6 D ma MF WDiptera Dolichopodidae Dolichopodidae sp.2 644 5 D ma MF WDiptera Dolichopodidae Dolichopodidae sp.4 2 1 ND r PF ZDiptera Drosophilidae Drosophilidae sp.1 192 6 D c F WDiptera Micropezidae Taeniaptera sp. 2080 5 D ma MF WDiptera Otitidae Euxesta sp. 1512 5 D ma MF WDiptera Sarcophagidae Euboettcheria sp. 488 5 D c F WDiptera Stratiomyidae Stratiomydae sp.3 3 2 ND r PF YDiptera Syrphidae Syrphidae sp.1 431 6 D c F WDiptera Syrphidae Syrphidae sp.5 4 2 ND r PF YHemiptera Cicadellidae Sonesimia grossa 72 4 D d PF WHemiptera Cicadellidae Cicadellidae sp.1 6 3 D r PF YHemiptera Cicadellidae Cicadellidae sp.15 3 2 ND r PF YHemiptera Coreidae Leptoglossus zonatus 3 1 ND r PF ZHemiptera Lygaeidae Lygaeidae sp.4 96 4 D d PF WHemiptera Lygaeidae Lygaeidae sp.5 4 2 ND r PF YHemiptera Lygaeidae Lygaeidae sp.7 6 1 D r PF ZHemiptera Nabidae Tropiconabis sp. 9 2 D r PF YHymenoptera Formicidae Solenopsis sp. 1 1 ND r PF ZHymenoptera Ichneumonidae Ichneumonidae sp.1 3 1 ND r PF ZHymenoptera Ichneumonidae Ichneumoninae sp.3 93 4 D d PF WHymenoptera Scelionidae Scelionidae sp.1 1264 5 D ma MF WLepidoptera Noctuidae Spodoptera frugiperda 440 3 D c F YOrthoptera Acrididae Acrididae sp.5 1 1 ND r PF ZOrthoptera Gryllidae Gryllus assimilis 224 6 D c F WOrthoptera Tettigoniidae Neoconocephalus infuscatus 11 2 D r PF YOrthoptera Trigonidiidae Trigonidiidae sp.1 26 4 D r PF WNumero total de indivíduos => 14563 Característica da ComunidadeNúmero de espécies => 47 Indice de Diversidade (Shannon-Weaner) => H = 2.4980Número total de coletas => 8 Variancia H => V(H)= 0.0001 Intervalo de Confiança (P=0,005) H => [2.497823 ; 2.498112]*Dominancia: (1) Metodo de Laroca e Mielke Indice de Diversidade (Margalef) => ALFA= 4.7985

Indice de Uniformidade ou Equitabilidade => E = 0.6488

Dom = Dominância; A = abundância; F = frequência; C = ConstânciaD = dominante; ND = não dominante; SD = Superdominantea = abundante; d = dispersa; r = rara; ma = muito abundante; sa = superabundanteW = constante; Y = acessória; Z = acidental

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TABELA 6. Espécies, total de indivíduos coletados, número de coletas em armadilha de solo (Pitfall)) e análise faunística (dominância, abundância, frequência e constância). Mogi Mirim, SP, novembro de 2002 a março de 2003.

Ordem Família Espécie Nº Individuos Nº Coletas Dom A F CAraneae Deinopidae Deinopidae sp.3 2 1 ND r PF ZAraneae Lycosidae Lycosidae sp.3 4 3 ND r PF ZAraneae Lycosidae Lycosidae sp.1 33 7 D c F WAraneae Lycosidae Lycosidae sp.5 2 1 ND r PF ZAraneae Salticidae Salticidae sp.1 2 2 ND r PF ZBlattodea Blattidae Blattidae sp.1 10 3 D d PF ZColeoptera Alleculidae Lobopoda sp. 5 1 ND r PF ZColeoptera Alleculidae Alleculidae sp.1 27 6 D c F YColeoptera Bolboceratidae Bolbapium sp. 1 1 ND r PF ZColeoptera Carabidae Selenophorus sp. 22 5 D c F YColeoptera Carabidae Polpochila sp. 12 3 D d PF ZColeoptera Carabidae Lebia concinna 6 2 D r PF ZColeoptera Carabidae Notiobia sp. 47 10 D c F WColeoptera Carabidae Galerita bruchi 46 8 D c F WColeoptera Carabidae Calosoma granulatum 1 1 ND r PF ZColeoptera Carabidae Scaritodes sp. 1 1 ND r PF ZColeoptera Carabidae Arthrostictus sp. 4 2 ND r PF ZColeoptera Chrysomelidae Cerotoma sp. 1 1 ND r PF ZColeoptera Chrysomelidae Diabrotica sp. 2 1 ND r PF ZColeoptera Chrysomelidae Epitrix sp. 13 2 D d PF ZColeoptera Chrysomelidae Diabrotica bivitulla 1 1 ND r PF ZColeoptera Chrysomelidae Maecolaspis occidentalis 46 9 D c F WColeoptera Cicindelidae Megacephala brasiliensis 2 2 ND r PF ZColeoptera Coccinellidae Scymnus sp. 12 4 D d PF YColeoptera Coccinellidae Cycloneda sanguinea 2 2 ND r PF ZColeoptera Coccinellidae Coccinellidae sp.1 1 1 ND r PF ZColeoptera Curculionidae Listronotus bonariensis 1 1 ND r PF ZColeoptera Elateridae Elateridae sp.2 16 6 D d PF YColeoptera Elateridae Conoderus sp. 1 1 ND r PF ZColeoptera Histeridae Omalodes sp. 23 3 D c F ZColeoptera Lagriidae Lagria villosa 51 5 D c F YColeoptera Nitidulidae Colopterus sp. 12 3 D d PF ZColeoptera Nitidulidae Nitidulidae sp.2 3 2 ND r PF ZColeoptera Scarabaeidae Cyclocephala malanocephala 2 1 ND r PF ZColeoptera Scarabaeidae Trichillum sp. 15 3 D d PF ZColeoptera Scarabaeidae Canthidium sp. 1 32 7 D c F WColeoptera Scarabaeidae Canthidium sp. 2 182 10 D ma MF WColeoptera Scarabaeidae Coprophaneus ensifer 8 3 D r PF ZColeoptera Scarabaeidae Onthophagus ranunculus 1 1 ND r PF ZColeoptera Scarabaeidae Oxysternon palaemon 27 3 D c F ZColeoptera Scarabaeidae Coprophaneus sp. 34 5 D c F YColeoptera Scarabaeidae Cyclocephala sp. 1 1 ND r PF ZColeoptera Scolytidae Xyleborus sp. 1 1 ND r PF ZColeoptera Staphylinidae Staphylinidae sp.1 155 7 D ma MF WColeoptera Staphylinidae Eulissus chalyaeus 1 1 ND r PF ZColeoptera Staphylinidae Staphylinidae sp.2 50 6 D c F YColeoptera Trogidae Omorgus persuberosus 1 1 ND r PF ZDermaptera Forficulidae Doru luteipes 52 5 D c F YDermaptera Labiduridae Labidura xanthopus 3930 14 SD sa SF WDiptera Calliphoridae Phaenicia eximia 330 10 D ma MF WDiptera Dolichopodidae Condylostylus sp. 21 1 D c F ZDiptera Dolichopodidae Dolichopodidae sp.3 5067 14 SD sa SF WDiptera Drosophilidae Drosophilidae sp.1 3248 13 SD sa SF WDiptera Micropezidae Teniaptera sp. 1114 14 D ma MF WDiptera Muscidae Muscidae sp.1 42 3 D c F ZDiptera Otitidae Euxesta sp. 260 7 D ma MF WDiptera Sarcophagidae Euboettcheria sp. 484 14 D ma MF WDiptera Sarcophagidae Sarcophagidae sp.1 419 10 D ma MF WDiptera Sarcophagidae Sarcophaga sp. 44 6 D c F YDiptera Stratiomyidae Stratiomyidae sp.1 1 1 ND r PF ZDiptera Syrphidae Allograpta sp. 7 2 D r PF Z

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60

TABELA 6. Continuação.

Ordem Família Espécie Nº Individuos Nº Coletas Dom A F CHemiptera Alydidae Alydus sp. 4 2 ND r PF ZHemiptera Aphididae Rhopasosiphum maidis 13 2 D d PF ZHemiptera Cicadellidae Cicadellidae sp.3 7 2 D r PF ZHemiptera Cicadellidae Cicadellidae sp.6 2 1 ND r PF ZHemiptera Cicadellidae Cicadellidae sp.7 14 2 D d PF ZHemiptera Cicadellidae Cicadellidae sp.9 7 2 D r PF ZHemiptera Cicadellidae Cicadellidae sp.10 11 3 D d PF ZHemiptera Cicadellidae Sonesimia grossa 1 1 ND r PF ZHemiptera Coreidae Coreidae sp.1 141 8 D ma MF WHemiptera Coreidae Leptoglossus zonatus 1 1 ND r PF ZHemiptera Coreidae Phthia pieta 3 2 ND r PF ZHemiptera Lygaeidae Lygaeidae sp.2 1 1 ND r PF ZHemiptera Lygaeidae Lygaeidae sp.6 1 1 ND r PF ZHemiptera Pentatomidae Mormidea maculata 1 1 ND r PF ZHemiptera Pentatomidae Oebalus ypsilongriseus 1 1 ND r PF ZHemiptera Reduviidae Reduviidae sp.1 1 1 ND r PF ZHymenoptera Apidae Apis mellifera 2 1 ND r PF ZHymenoptera Apidae Trigona spinipes 1 1 ND r PF ZHymenoptera Braconidae - Agathidinae Alabagrus sp. 3 1 ND r PF ZHymenoptera Chalcididae Chalcididae sp.1 11 2 D d PF ZHymenoptera Formicidae Ectatoma sp. 22 4 D c F YHymenoptera Formicidae Acromyrmex sp. 1 1 ND r PF ZHymenoptera Formicidae Formicidae sp.4 5 2 ND r PF ZHymenoptera Formicidae Formicidae sp.5 1 1 ND r PF ZHymenoptera Formicidae Formicidae sp.6 1 1 ND r PF ZHymenoptera Formicidae Formicidae sp.7 2 1 ND r PF ZHymenoptera Formicidae Formicidae sp.8 95 6 D ma MF YHymenoptera Ichneumonidae Ichneumonidae sp.2 1 1 ND r PF ZHymenoptera Ichneumonidae Ichneumoninae sp.5 4 2 ND r PF ZHymenoptera Mutillidae Traumatomutilla quadripustulata 2 1 ND r PF ZHymenoptera Mutillidae Timulla sp. 2 1 ND r PF ZHymenoptera Pompilidae Pompilidae sp.3 1 1 ND r PF ZHymenoptera Pompilidae Pompilidae sp.4 5 2 ND r PF ZHymenoptera Sphecidae Sphecidae sp.2 2 1 ND r PF ZHymenoptera Sphecidae Sphecidae sp.5 2 1 ND r PF ZHymenoptera Sphecidae Sphecidae sp.7 2 1 ND r PF ZIsoptera Termitidae Termitidae sp.1 1 1 ND r PF ZLepidoptera Noctuidae Spodoptera frugiperda 12 5 D d PF YLepidoptera Noctuidae Helicoverpa zea 7 3 D r PF ZOdonata Libellulidae Libellulidae sp.1 1 1 ND r PF ZOrthoptera Acrididae Acrididae sp.3 1 1 ND r PF ZOrthoptera Acrididae Orphulella sp. 8 2 D r PF ZOrthoptera Gryllidae Gryllus assimilis 245 14 D ma MF WOrthoptera Henicidae Lutosa sp. 2 1 ND r PF ZThysanoptera Thripidae Frankliniella williamsi 30 3 D c F ZNumero total de indivíduos => 16622 Característica da ComunidadeNúmero de espécies => 106 Indice de Diversidade (Shannon-Weaner) => H = 2.1481Número total de coletas => 14 Variancia H => V(H)= 0.0001 Intervalo de Confiança (P=0,005) H => [2.147969 ; 2.148328]*Dominancia: (1) Metodo de Laroca e Mielke Indice de Diversidade (Margalef) => ALFA= 10.8042

Indice de Uniformidade ou Equitabilidade => E = 0.4606Dom = Dominância; A = abundância; F = frequência; C = ConstânciaD = dominante; ND = não dominante; SD = Superdominantea = abundante; d = dispersa; r = rara; ma = muito abundante; sa = superabundanteW = constante; Y = acessória; Z = acidental

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61

59,43% do total de espécies capturadas através de armadilha de solo. O índice de

diversidade de Shannon (H’) (Tabela 6) foi de 2,1481, pouco inferior ao da safrinha de

2002 apesar de apresentar um número maior de espécies coletadas. O índice de

Margalef foi de 10,8042, superior ao da safra anterior. Considerando o índice de

uniformidade (0,4606) este foi inferior ao da safrinha de 2002. Algumas espécies como

Labidura xanthopus, Dolichopodidae sp.3 e Drosophilidae sp.1 foram superabundantes

enquanto houve uma grande porcentagem de espécies raras (59,43%) e dipersas

(10,37%).

As espécies dominantes e constantes, ou acessórias porém frequentes foram:

1. Predadores: Lycosidae sp.1, Selenophorus sp., Notiobia sp., Galerita bruchi,

Staphylinidae sp.1, Staphylinidae sp.2, Doru luteipes, Labidura xanthopus,

Dolichopodidae sp.3, Ectatoma sp., Formicidae sp.8;

2. Parasitóide: nenhuma espécie selecionada

3. Herbívoros: Allecullidae sp.1, M. occidentalis, Lagria villosa, Canthidium sp.1,

Canthidium sp.2, Coprophaneus sp., Euxesta sp., Coreidae sp.1;

4. Polinizador: nenhuma espécie selecionada

5. Decompositores: nenhuma espécie selecionada;

6. Outros: Taeniaptera sp.

Destas, Canthidium sp.2, Staphylinidae sp.1, L. xanthopus, Dolichopodidae sp.3,

Taeniaptera sp., Euxesta sp., Coreidae sp.1, Formicidae sp.8 e G. assimilis foram muito

abundantes (Tabela 6).

Considerando a safrinha de 2003 (Tabela 7), observa-se que as espécies aleatórias

(66) representaram 70,96% do total e as acessórias 21,50%. As espécies constantes

(7) representaram 7,52% do total de espécies capturadas através de armadilha de solo.

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TABELA 7. Espécies, total de indivíduos coletados, número de coletas em armadilha de solo (Pitfall) e análise faunística (dominância, abundância, frequência e constância). Mogi Mirim, SP, março a junho de 2003. Ordem Família Espécie Nº Individuos Nº Coletas Dom A F CAraneae Lycosidae Lycosidae sp.3 3 3 ND r PF YAraneae Lycosidae Lycosidae sp.1 13 3 D ma MF YBlattodea Blattidae Blattidae sp.1 3 1 ND r PF ZColeoptera Alleculidae Alleculidae sp.1 6 2 D c F ZColeoptera Balboceratidae Neothyreus sp. 1 1 ND r PF ZColeoptera Carabidae Calida scutellaris 2 1 ND r PF ZColeoptera Carabidae Calosoma granulatum 4 3 ND r PF YColeoptera Carabidae Galerita bruchi 14 5 D ma MF YColeoptera Carabidae Lebia concinna 11 2 D c F ZColeoptera Carabidae Notiobia sp. 1 1 ND r PF ZColeoptera Carabidae Polpochila sp. 2 2 ND r PF ZColeoptera Carabidae Selenophorus sp. 1 1 ND r PF ZColeoptera Chrysomelidae Cerotoma arcuata 18 5 D ma MF YColeoptera Chrysomelidae Cerotoma sp. 19 5 D ma MF YColeoptera Chrysomelidae Epitrix sp. 5 1 ND r PF ZColeoptera Chrysomelidae Maecolaspis occidentalis 1 1 ND r PF ZColeoptera Chrysomelidae Chrysomelidae sp.4 2 1 ND r PF ZColeoptera Coccinellidae Cycloneda sanguinea 9 3 D c F YColeoptera Coccinellidae Scymnus sp. 3 1 ND r PF ZColeoptera Coccinellidae Coccinellidae sp.1 1 1 ND r PF ZColeoptera Curculionidae Listronotus bonariensis 1 1 ND r PF ZColeoptera Elateridae Elateridae sp.2 3 2 ND r PF ZColeoptera Histeridae Omalodes sp. 1 1 ND r PF ZColeoptera Lagriidae Lagria villosa 30 7 D ma MF WColeoptera Nitidulidae Colopterus sp. 5 2 ND r PF ZColeoptera Nitidulidae Nitidulidae sp.2 3 2 ND r PF ZColeoptera Nitidulidae Nitidulidae sp.53 3 2 ND r PF ZColeoptera Scarabaeidae Canthidium sp.1 2 1 ND r PF ZColeoptera Scarabaeidae Canthidium sp.2 15 3 D ma MF YColeoptera Scarabaeidae Coprophaneus sp. 8 1 D c F ZColeoptera Scarabaeidae Oxysternon palaemon 4 2 ND r PF ZColeoptera Scarabaeidae Trichillum sp. 4 2 ND r PF ZColeoptera Staphylinidae Eulissus chalybaeus 36 6 D ma MF WColeoptera Staphylinidae Staphylinidae sp.1 1 1 ND r PF ZColeoptera Staphylinidae Staphylinidae sp.2 8 3 D c F YDermaptera Chelisochidae Chelisochidae sp.1 1 1 ND r PF ZDermaptera Forficulidae Doru luteipes 4 3 ND r PF YDermaptera Labiduridae Labidura xanthopus 623 9 SD sa SF WDiptera Calliphoridae Phaenicia eximia 41 3 D ma MF YDiptera Dolichopodidae Condylostylus sp. 10 3 D c F YDiptera Micropezidae Teniaptera sp. 68 6 D ma MF WDiptera Muscidae Muscidae sp.1 1 1 ND r PF ZDiptera Otitidae Euxesta sp. 62 6 D ma MF WDiptera Sarcophagidae Euboettcheria sp. 25 3 D ma MF YDiptera Sarcophagidae Sarcophaga sp. 7 2 D c F ZDiptera Sarcophagidae Sarcophagidae sp.1 4 3 ND r PF YDiptera Stratiomyidae Stratiomyidae sp.1 2 1 ND r PF ZHemiptera Alydidae Alydus sp. 6 2 D c F ZHemiptera Alydidae Stenocoris filiformis 1 1 ND r PF ZHemiptera Cicadellidae Sonesimia grossa 23 5 D ma MF YHemiptera Cicadellidae Cicadellidae sp.3 8 2 D c F ZHemiptera Cicadellidae Cicadellidae sp.6 3 1 ND r PF ZHemiptera Cicadellidae Cicadellidae sp.10 1 1 ND r PF ZHemiptera Cicadellidae Cicadellidae sp.11 7 3 D c F YHemiptera Coreidae Leptoglossus zonatus 7 3 D c F YHemiptera Coreidae Coreidae sp.1 10 4 D c F YHemiptera Cydnidae Cyrtonemus sp. 10 1 D c F ZHemiptera Lygaeidae Geocoris sp. 2 1 ND r PF ZHemiptera Lygaeidae Lygaeidae sp.6 2 1 ND r PF ZHemiptera Pentatomidae Dichelops melacanthus 2 1 ND r PF ZHemiptera Pentatomidae Nezara viridula 1 1 ND r PF ZHemiptera Reduviidae Reduviidae sp.1 6 1 D c F Z

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TABELA 7. Continuação.

Ordem Família Espécie Nº Individuos Nº Coletas Dom A F CHymenoptera Anthophoridae Ceratina sp. 1 1 ND r PF ZHymenoptera Apidae Apis mellifera 2 1 ND r PF ZHymenoptera Braconidae-Agathidinae Alabagrus sp. 2 1 ND r PF ZHymenoptera Chacididae Chacididae sp.2 1 1 ND r PF ZHymenoptera Formicidae Ectatoma sp. 2 1 ND r PF ZHymenoptera Formicidae Formicidae sp.3 1 1 ND r PF ZHymenoptera Formicidae Formicidae sp.4 7 1 D c F ZHymenoptera Formicidae Formicidae sp.6 1 1 ND r PF ZHymenoptera Ichneumonidae Enicospilus sp. 40 2 D ma MF ZHymenoptera Ichneumonidae Trachysphyrus sp. 1 1 ND r PF ZHymenoptera Ichneumonidae-Ichneumoninae Ichneumonidae sp.4 4 2 ND r PF ZHymenoptera Ichneumonidae-Ichneumoninae Ichneumoninae sp.5 16 4 D ma MF YHymenoptera Mutillidae Timulla sp. 3 2 ND r PF ZHymenoptera Mutillidae Traumatomutilla quadripustulata 1 1 ND r PF ZHymenoptera Mutillidae Mutillidae sp.2 3 1 ND r PF ZHymenoptera Pompilidae Pompilidae sp.2 2 1 ND r PF ZHymenoptera Pompilidae Pompilidae sp.4 7 1 D c F ZHymenoptera Sphecidae Sphecidae sp.2 5 2 ND r PF ZHymenoptera Sphecidae Sphecidae sp.3 1 1 ND r PF ZHymenoptera Sphecidae Sphecidae sp.7 1 1 ND r PF ZHymenoptera Vespidae Agelaia pallipes 1 1 ND r PF ZIsoptera Termitidae Termitidae sp.2 8 1 D c F ZLepidoptera Noctuidae Agrotis ypsilon 47 6 D ma MF WLepidoptera Noctuidae Spodoptera frugiperda 18 4 D ma MF YNeuroptera Hemerobiidae Hemerobius sp. 19 2 D ma MF ZOrthoptera Acrididae Orphulella sp. 4 1 ND r PF ZOrthoptera Acrididae Acrididae sp.3 5 2 ND r PF ZOrthoptera Gryllidae Gryllus assimilis 173 12 SD sa SF WOrthoptera Gryllotalpidae Scapteriscus vicinus 1 1 ND r PF ZOrthoptera Henicidae Lutosa sp. 1 1 ND r PF ZThysanoptera Thripidae Frankliniella williamsi 18 2 D ma MF ZNumero total de indivíduos => 1576 Característica da ComunidadeNúmero de espécies => 93 Indice de Diversidade (Shannon-Weaner) => H = 2.8385Número total de coletas => 12 Variancia H => V(H)= 0.0022 Intervalo de Confiança (P=0,005) H => [2.836096 ; 2.840811]*Dominancia: (1) Metodo de Laroca e Mielke Indice de Diversidade (Margalef) => ALFA= 12.4955

Indice de Uniformidade ou Equitabilidade => E = 0.6262Dom = Dominância; A = abundância; F = frequência; C = Constância

D = dominante; ND = não dominante; SD = Superdominante

a = abundante; d = dispersa; r = rara; ma = muito abundante; sa = superabundante

W = constante; Y = acessória; Z = acidental

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As espécies raras (56) representaram 60,21%. O índice de diversidade de Shannon

(H’) (Tabela 7) foi de 2,8385, sendo numericamente superiorao obtido nas duas safras

anteriores. O mesmo se observa para os índices de Margalef (12,4955) e o índice de

uniformidade (0,6262).

As espécies dominantes e constantes, ou acessórias porém frequentes foram:

1. Predadores: Lycosidae sp.1, G. bruchi, C. sanguinea, Eulissus chalybaeus,

Staphylinidae sp.2, L. xanthopus, Condylostilus sp.;

2. Parasitóide: Ichneumonidae sp.5;

3. Herbívoros: Cerotoma sp., L. villosa, Canthidium sp.2, Euxesta sp., S. grossa,

Cicadellidae sp.11, Leptoglossus zonatus, Coreidae sp.1, Agrotis ipsilon

(Hufnagel), S. frugiperda, G. assimilis;

4. Polinizador: nenhuma espécie selecionada

5. Decompositores: nenhuma espécie selecionada;

6. Outros: Taeniaptera sp.

Apesar de várias espécies serem consideradas abundantes (Tabela 7), a

abundância dos indivíduos em relação as safras anteriores foi menor, com exceção de

L. xanthopus com 643 indivíduos foram capturados.

Em Jaboticabal (dezembro de 2002 a março de 2003) (Tabela 8), o número de

espécies capturadas em armadilha de solo (119) foi superior ao observado na safrinha

de 2002 (Tabela 5), safra de verão de 2002/2003 (Tabela 6) e da safrinha de 2003

(Tabela 7). O mesmo acontece com o índice de Shannon (H’) (2,9220), índice de

Margalef (13,1581) e o índice de equitabilidade (0,6114). Este último não foi maior

apenas quando comparado com a safrinha de 2003. A tendência em relação as

espécies aleatórias (65,54%), acessórias (19,32%) e constantes (15,12%) foi

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TABELA 8. Espécies, total de indivíduos coletados, número de coletas em armadilha de solo (Pitfall) e análise faunística (dominância, abundância, frequência e constância). Jaboticabal, SP, dezembro de 2002 a março de 2003.

Ordem Família Espécie Nº Individuos Nº Coletas Dom A F CAraneae Deinopidae Deinopidae sp.1 2 1 ND r PF ZAraneae Deinopidae Deinopidae sp.3 2 1 ND r PF ZAraneae Lycosidae Lycosidae sp.2 4 2 ND r PF ZAraneae Lycosidae Lycosidae sp.9 1 1 ND r PF ZAraneae Lycosidae Lycosidae sp.10 2 2 ND r PF ZAraneae Lycosidae Lycosidae sp.3 2 1 ND r PF ZAraneae Lycosidae Lycosidae sp.4 80 7 D c F WAraneae Lycosidae Lycosidae sp.5 6 2 D r PF ZAraneae Oxyopidae Oxyopidae sp.1 11 2 D r PF ZBlattodea Blattidae Blattidae sp.1 25 4 D d PF YColeoptera Alleculidae Alleculidae sp.1 20 5 D d PF YColeoptera Alleculidae Lobopoda sp. 1 1 ND r PF ZColeoptera Balboceratidae Neothyreus sp. 4 2 ND r PF ZColeoptera Bolboceratidae Bolbapium sp. 13 2 D r PF ZColeoptera Carabidae Calosoma granulatum 1 1 ND r PF ZColeoptera Carabidae Galerita bruchi 31 5 D c F YColeoptera Carabidae Lebia concinna 12 4 D r PF YColeoptera Carabidae Notiobia sp. 15 4 D d PF YColeoptera Carabidae Polpochila sp. 2 1 ND r PF ZColeoptera Carabidae Selenophorus sp. 3 2 ND r PF ZColeoptera Chrysomelidae Cerotoma arcuata 1 1 ND r PF ZColeoptera Chrysomelidae Cerotoma sp. 3 1 ND r PF ZColeoptera Chrysomelidae Chrysomelidae sp.1 2 1 ND r PF ZColeoptera Chrysomelidae Colaspis sp. 3 2 ND r PF ZColeoptera Chrysomelidae Diabrotica bivitulla 3 1 ND r PF ZColeoptera Chrysomelidae Diabrotica sp. 31 1 D c F ZColeoptera Chrysomelidae Epitrix sp. 1 1 ND r PF ZColeoptera Chrysomelidae Lema sp. 3 2 ND r PF ZColeoptera Chrysomelidae Maecolaspis occidentalis 10 4 D r PF YColeoptera Chrysomelidae Maecolaspis perturbata 52 7 D c F WColeoptera Coccinellidae Cycloneda sanguinea 13 2 D r PF ZColeoptera Coccinellidae Hyperaspis sp. 3 1 ND r PF ZColeoptera Coccinellidae Scymnus sp. 1 1 ND r PF ZColeoptera Elateridae Conoderus sp. 9 2 D r PF ZColeoptera Elateridae Elateridae sp.1 7 2 D r PF ZColeoptera Elateridae Elateridae sp.2 34 7 D c F WColeoptera Lagriidae Lagria villosa 2 2 ND r PF ZColeoptera Nitidulidae Nitidulidae sp.2 56 5 D c F YColeoptera Scarabaeidae Ataenius sp. 1 1 ND r PF ZColeoptera Scarabaeidae Canthidium sp.1 55 5 D c F YColeoptera Scarabaeidae Canthidium sp.2 190 11 D ma MF WColeoptera Scarabaeidae Copraphaneus ensifer 37 5 D c F YColeoptera Scarabaeidae Onthophagus ranunculus 102 7 D c F WColeoptera Scarabaeidae Oxysternon palaemon 7 2 D r PF ZColeoptera Scarabaeidae Trichillum sp.1 263 11 D ma MF WColeoptera Scarabaeidae Trichillum sp.2 18 2 D d PF ZColeoptera Scolytidae Xyleborus sp. 18 4 D d PF YColeoptera Staphylinidae Eulissus chalybaeus 4 2 ND r PF ZColeoptera Staphylinidae Staphylinidae sp.1 44 5 D c F YDermaptera Chelisochidae Chelisochidae sp.1 6 2 D r PF ZDermaptera Forficulidae Doru luteipes 101 8 D c F WDermaptera Labiduridae Labidura xanthopus 161 12 D ma MF WDermaptera Spongiphoridae Spongiphoridae sp.1 42 3 D c F YDiptera Asilidae Asilidae sp.1 3 2 ND r PF ZDiptera Calliphoridae Phaenicia eximia 853 10 D ma MF WDiptera Dolichopodidae Dolichopodidae sp.1 64 4 D c F YDiptera Dolichopodidae Dolichopodidae sp.3 1071 10 D ma MF WDiptera Drosophilidae Drosophilidae sp.1 1803 10 D ma MF WDiptera Micropezidae Taeniaptera sp. 157 9 D ma MF WDiptera Muscidae Musca domestica 1 1 ND r PF ZDiptera Muscidae Muscidae sp.1 39 5 D c F YDiptera Otitidae Euxesta sp. 512 8 D ma MF WDiptera Richardiidae Richardia sp. 4 1 ND r PF ZDiptera Sarcophagidae Euboettcheria sp. 524 10 D ma MF WDiptera Sarcophagidae Sarcophaga sp. 75 7 D c F WDiptera Sarcophagidae Sarcophagidae sp.1 156 6 D ma MF W

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TABELA 8. Continuação.

Ordem Família Espécie Nº Individuos Nº Coletas Dom A F CDiptera Syrphidae Allograpta sp. 1 1 ND r PF ZDiptera Syrphidae Salpingosgaster nigra 14 5 D d PF YDiptera Syrphidae Syrphidae sp.2 3 1 ND r PF ZDiptera Syrphidae Syrphidae sp.4 5 2 ND r PF ZDiptera Tachinidae Tachinidae sp.1 4 2 ND r PF ZDiptera Tephritidae Anastrepha fraterculus 1 1 ND r PF ZHemiptera Alydidae Alydus sp. 2 1 ND r PF ZHemiptera Alydidae Stenocoris filiformis 1 1 ND r PF ZHemiptera Cicadellidae Cicadellidae sp.2 1 1 ND r PF ZHemiptera Cicadellidae Cicadellidae sp.3 7 2 D r PF ZHemiptera Cicadellidae Cicadellidae sp.4 2 1 ND r PF ZHemiptera Cicadellidae Cicadellidae sp.5 1 1 ND r PF ZHemiptera Cicadellidae Cicadellidae sp.6 15 3 D d PF YHemiptera Cicadellidae Cicadellidae sp.8 1 1 ND r PF ZHemiptera Coreidae Coreidae sp.1 115 9 D a MF WHemiptera Coreidae Holhymenia sp. 2 1 ND r PF ZHemiptera Coreidae Leptoglossus zonatus 1 1 ND r PF ZHemiptera Pentatomidae Mormidea maculata 17 4 D d PF YHemiptera Reduviidae Reduviidae sp.1 3 1 ND r PF ZHymenoptera Apidae Trigona sp. 1 1 ND r PF ZHymenoptera Braconidae Braconidae sp.1 2 1 ND r PF ZHymenoptera Formicidae Atta sexdens 84 10 D c F WHymenoptera Formicidae Ectatoma sp. 3 2 ND r PF ZHymenoptera Formicidae Formicidae sp.6 17 3 D d PF YHymenoptera Formicidae Formicidae sp.7 1 1 ND r PF ZHymenoptera Hallictidae Augochloropsis sp. 3 1 ND r PF ZHymenoptera Ichneumonidae Ichneumonidae sp.4 1 1 ND r PF ZHymenoptera Ichneumonidae Ichneumonidae sp.5 1 1 ND r PF ZHymenoptera Megachilidae Megachile sp. 1 1 ND r PF ZHymenoptera Mutillidae Mutillidae sp.2 1 1 ND r PF ZHymenoptera Pompilidae Pompilidae sp.1 1 1 ND r PF ZHymenoptera Pompilidae Pompilidae sp.4 7 4 D r PF YHymenoptera Scollidae Scolia sp. 1 1 ND r PF ZHymenoptera Sphecidae Ammophila sp. 3 3 ND r PF YHymenoptera Sphecidae Sphecidae sp.4 3 2 ND r PF ZHymenoptera Sphecidae Sphecidae sp.5 1 1 ND r PF ZHymenoptera Sphecidae Sphecidae sp.6 4 1 ND r PF ZHymenoptera Sphecidae Sphecidae sp.7 8 2 D r PF ZHymenoptera Vespidae Agelaia pallipes 2 2 ND r PF ZHymenoptera Vespidae Vespidae sp.2 1 1 ND r PF ZIsoptera Termitidae Termitidae sp.1 2 1 ND r PF ZLepidoptera Noctuidae Helicoverpa zea 4 2 ND r PF ZLepidoptera Noctuidae Noctuidae sp.1 12 3 D r PF YLepidoptera Noctuidae Spodoptera frugiperda 15 4 D d PF YMantodea Mantidae Mantidae sp.1 1 1 ND r PF ZOrthoptera Acrididae Acrididae sp.1 1 1 ND r PF ZOrthoptera Acrididae Acrididae sp.2 1 1 ND r PF ZOrthoptera Acrididae Acrididae sp.3 1 1 ND r PF ZOrthoptera Acrididae Acrididae sp.4 8 2 D r PF ZOrthoptera Acrididae Orphulella sp. 83 12 D c F WOrthoptera Gryllidae Gryllus assimilis 572 10 D ma MF WOrthoptera Henicidae Lutosa sp. 22 4 D d PF YOrthoptera Tettigoniidae Neoconocephalus infuscatus 1 1 ND r PF Z

Numero total de indivíduos => 7847 Característica da ComunidadeNúmero de espécies => 119 Indice de Diversidade (Shannon-Weaner) => H = 2.9220Número total de coletas => 12 Variancia H => V(H)= 0.0003 Intervalo de Confiança (P=0,005) H => [2.921647 ; 2.922403]*Dominancia: (1) Metodo de Laroca e Mielke Indice de Diversidade (Margalef) => ALFA= 13.1581

Indice de Uniformidade ou Equitabilidade => E = 0.6114Dom = Dominância; A = abundância; F = frequência; C = ConstânciaD = dominante; ND = não dominante; SD = Superdominantea = abundante; d = dispersa; r = rara; ma = muito abundante; sa = superabundanteW = constante; Y = acessória; Z = acidental

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semelhante quando se compara com as outras safras. O número de espécies raras foi

79, ou seja, 66,38% do total de espécies capturadas através de armadilha de solo.

As espécies dominantes e constantes, ou acessórias porém frequentes foram:

1. Predadores: Lycosidae sp.1, G. bruchi, Staphylinidae sp.1, D. luteipes, L.

xanthopus, Spongiphoridae sp.1, Dolichopodidae sp.1, Dolichopodidae sp.3;

2. Parasitóide: nenhuma espécie selecionada;

3. Herbívoros: Canthidium sp.1, Canthidium sp.2, Coprophaneus ensifer (Etore) ,

Onthophagus ranunculus (Mannerheim), Trichilum sp.1, Euxesta sp., Coreidae

sp.1, G. assimilis, Orphulella sp.;

4. Polinizador: nenhuma espécie selecionada ;

5. Decompositores: Nitidulidae sp.2;

6. Outros: Taeniaptera sp.

As espécies muito abundantes dentre as acima foram: Canthidium sp.2, Trichilum

sp.1, L. xanthopus, Dolichopodidae sp.3, Taeniaptera sp. e G. assimilis.

Levando-se em consideração a coleta com armadilha de solo nas quatro safras as

espécies dominantes ou acessórias e frequentes que ocorreram na maioria dos

ensaios foram:

• Predadores: Lycosidae sp.1, G. bruchi, L. xanthopus, Staphylinidae sp.1,

Staphylinidae sp.2;

• Herbívoros: Canthidium spp., Coprophaneus sp., G. assimilis.;

• Decompositores: Nitidulidae spp.;

• Outros (função não definida): Taeniaptera sp.

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5.3. Levantamento da artropodofauna através de avaliações visuais

Nas avaliações visuais realizadas durante a safrinha de 2002 (Tabela 9) os

insetos mais comumente observados (dominantes pelo método de LAROKA & MIELKE,

1975 citado por SILVEIRA NETO et al., 1976) foram os predadores Allograpta sp., D.

luteipes e Orius sp. e os fitófagos Astylus variegatus, D. speciosa e D. maidis. Em

número bastante reduzido (5 indivíduos) observou-se C. sanguinea que foi a única

espécie não dominante nas avaliações visuais (Tabela 9). D. luteipes foi muito

abundante e Allograpta sp. super abundante. Apesar de dominantes e freqüentes, D.

maidis e Orius sp. foram as únicas espécies acessórias (25-50% de presença nas

observações) na avaliação visual da safrinha de 2002 (Tabela 9).

TABELA 9. Espécies, total de indivíduos observados e número de observações através de avaliação visual e análise faunística (dominância, abundância, frequência e constância). Mogi Mirim, SP, março a junho de 2002.

Ordem Família Espécie Nº Individuos Nº Coletas Dom A F C

Coleoptera Chrysomelidae Diabrotica speciosa 254 12 D c F WColeoptera Coccinellidae Cycloneda sanguinea 5 1 ND r PF ZColeoptera Melyridae Astylus variegatus 422 6 D c F WDermaptera Forficulidae Doru luteipes 566 9 D ma MF WDiptera Syrphidae Allograpta sp. 1424 10 SD sa SF WHemiptera Anthocoridae Orius sp. 165 5 D c F YHemiptera Cicadellidae Dalbulus maidis 301 5 D c F Y

Numero total de indivíduos => 3137 Característica da ComunidadeNúmero de espécies => 7 Indice de Diversidade (Shannon-Weaner) => H = 1.5309Número total de coletas => 12 Variancia H => V(H)= 0.0002 Intervalo de Confiança (P=0,005) H => [1.530466 ; 1.531429]

Indice de Diversidade (Margalef) => ALFA= 0.7452*Dominancia: (1) Metodo de Laroca e Mielke Indice de Uniformidade ou Equitabilidade => E = 0.7868Dom = Dominância; A = abundância; F = frequência; C = Constância

D = dominante; ND = não dominante; SD = Superdominante

a = abundante; d = dispersa; r = rara; ma = muito abundante; sa = superabundante

W = constante; Y = acessória; Z = acidental

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D. maidis foi da mesma forma uma espécie acessória na safra de verão de

2002/2003, sendo porém muito abundante (Tabela 10). Diabrotica sp., L. villosa e

Orius sp., como D. maidis, foram também acessórias. C. sanguinea na safra de verão

de 2002/2003 foi como na safra anterior (Tabela 9), uma espécie aleatória (Tabela 10).

D. luteipes, Euxesta sp. e Spongiphoridae sp.1 (Dermaptera) foram espécies

constantes sendo todas as espécies dominantes (Tabela 10).

TABELA 10. Espécies, total de indivíduos observados e número de observações através de avaliação visual e análise faunística (dominância, abundância, frequência e constância). Mogi Mirim, SP, dezembro de 2002 a março de 2003. Ordem Família Espécie Nº Individuos Nº Coletas Dom A F C

Dermaptera Forficulidae Doru luteips 236 10 D ma F WHemiptera Anthocoridae Orius sp. 12 3 D ma F YHemiptera Aphididae Rhopalosiphum maidis 6734 7 D ma MF WLepidoptera Noctuidae Spodoptera frugiperda 506 8 D ma F WThysanoptera Thripidade Frankliniella williamsi 127 5 D ma F W

Numero total de indivíduos => 7615 Característica da ComunidadeNúmero de espécies => 5 Número total de coletas => 10 Indice de Diversidade (Shannon-Weaner) => H = 0.4750 Variancia H => V(H)= 0.0001

Intervalo de Confiança (P=0,005) H => [0.474734 ; 0.475258]*Dominancia: (1) Metodo de Laroca e Mielke Indice de Diversidade (Margalef) => ALFA= 0.4475

Indice de Uniformidade ou Equitabilidade => E = 0.2951Dom = Dominância; A = abundância; F = frequência; C = Constância

D = dominante; ND = não dominante; SD = Superdominante

a = abundante; d = dispersa; r = rara; ma = muito abundante; sa = superabundante

W = constante; Y = acessória; Z = acidental

Da mesma forma que observado anteriormente, na safrinha de 2003 todas as

espécies foram dominantes (Tabela 11). D. maidis aparece mais uma vez como

espécie acessória (25-50% de presença nas observações). Ao contrário das safras

anteriores (Tabelas 9 e 10), C. sanguinea aparece como espécie constante na safrinha

de 2003 (Tabela 11). Diabrotica sp., L. villosa, D. luteipes, Euxesta sp. e Allograpta sp.

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foram também espécies constantes (presença em mais de 50% das observações). Esta

última foi ainda, juntamente com D. maidis, espécies muito abundantes (Tabela 11).

Em relação a Jaboticabal (Tabela 12), C. sanguinea, D. luteipes e Orius sp.

foram espécies constantes e Allograpta sp., acessória. Estas mesmas espécies

ocorreram em Mogi Mirim (Tabelas 9, 10 e 11). A diferença entre as regiões fica por

conta de Lycosidae sp.8, não encontrada em Mogi Mirim e de L. concinna, não

observada visualmente mas capturada através das armadilhas de solo e bandeja

d’água naquela região.

Levando-se em consideração as avaliações visuais nas quatro safras as espécies

dominantes que ocorreram na maioria dos ensaios foram:

• Predadores: C. sanguinea, D. luteipes, Orius sp., Allograpta sp.;

• Herbívoros: Diabrotica sp., L. villosa, Euxesta sp., e D. maidis;

5.4. Levantamento da artropodofauna através de avaliações destrutivas

Nas avaliações em que as plantas foram dissecadas (Tabelas 13, 14 e 15) foi

possível se avaliar os herbívoros R. maidis, F. williamsi e S. frugiperda além dos

predadores Orius sp. e D. luteipes que é reconhecidamente um excelente predador de

S. frugiperda (REIS et al., 1988). Todas as espécies mencionadas foram dominantes

em todas as safras (Tabelas 13,14 e 15). Na safrinha de 2002 (Tabela 13) todas foram

muito abundantes e constantes. Já na safra de verão de 2002/2003, todas foram muito

abundantes, porém, Orius sp. foi espécie acessória (Tabela 14). A mesma Tendência

foi observada na safrinha de 2003 (Tabela 15) com a diferença de que neste caso F.

williamsi foi a espécie acessória (25-50% de presença nas observações).

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TABELA 11. Espécies, total de indivíduos observados e número de observações através de avaliação visual e análise faunística (dominância, abundância, frequência e constância). Mogi Mirim, SP, março a junho de 2003.

Ordem Família Espécie Nº Individuos Nº Coletas Dom A F C

Coleoptera Chrysomelidae Diabrotica sp. 119 13 D d PF WColeoptera Coccinellidae Cycloneda sanguinea 124 11 D d PF WColeoptera Lagriidae Lagria villosa 700 11 D c F WDermaptera Forficulidae Doru luteips 202 17 D d PF WDiptera Otitida Euxesta sp. 1941 17 D c F WDiptera Syrphidae Allograpta sp. 3585 14 D ma MF WHemiptera Cicadellidae Dalbulus maidis 3391 8 D ma MF Y

Numero total de indivíduos => 10062 Característica da ComunidadeNúmero de espécies => 7 Número total de coletas => 17 Indice de Diversidade (Shannon-Weaner) => H = 1.4222 Variancia H => V(H)= 0.0001

Intervalo de Confiança (P=0,005) H => [1.422078 ; 1.422373]*Dominancia: (1) Metodo de Laroca e Mielke Indice de Diversidade (Margalef) => ALFA= 0.6510

Indice de Uniformidade ou Equitabilidade => E = 0.7309Dom = Dominância; A = abundância; F = frequência; C = Constância

D = dominante; ND = não dominante; SD = Superdominante

a = abundante; d = dispersa; r = rara; ma = muito abundante; sa = superabundante

W = constante; Y = acessória; Z = acidental

TABELA 12. Espécies, total de indivíduos observados e número de observações através de avaliação visual e análise faunística (dominância, abundância, frequência e constância). Jaboticabal, SP, dezembro de 2002 a março de 2003. Ordem Família Espécie Nº Individuos Nº Coletas Dom A F C

Araneae Lycosidae Lycosidae sp.8 34 8 D d PF WColeoptera Carabidae Lebia concinna 22 6 D d PF YColeoptera Coccinellidae Cycloneda sanguinea 172 12 D c F WDermaptera Forficulidae Doru luteipes 2087 14 SD sa SF WDiptera Syrphidae Allograpta sp. 267 6 D a MF YHemiptera Anthocoridae Orius sp. 213 7 D c F W

Característica da ComunidadeNumero total de indivíduos => 2795 Número de espécies => 6 Indice de Diversidade (Shannon-Weaner) => H = 0.9020Número total de coletas => 14 Variancia H => V(H)= 0.0004 Intervalo de Confiança (P=0,005) H => [0.901189 ; 0.902745]*Dominancia: (1) Metodo de Laroca e Mielke Indice de Diversidade (Margalef) => ALFA= 0.6301

Indice de Uniformidade ou Equitabilidade => E = 0.5034

Dom = Dominância; A = abundância; F = frequência; C = Constância

D = dominante; ND = não dominante; SD = Superdominante

a = abundante; d = dispersa; r = rara; ma = muito abundante; sa = superabundante

W = constante; Y = acessória; Z = acidental

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TABELA 13. Espécies, total de indivíduos observados e número de observações através de avaliação destrutiva e análise faunística (dominância, abundância, frequência e constância). Mogi Mirim, SP, março a junho de 2002. Ordem Família Espécie Nº Individuos Nº Coletas Dom A F C

Dermaptera Forficulidae Doru luteipes 334 6 D ma F WHemiptera Anthocoridae Orius sp. 133 6 D ma F WHemiptera Aphididae Rhopalosiphum maidis 7888 6 D ma MF WLepidoptera Noctuidae Spodoptera frugiperda 418 6 D ma F WThysanoptera Thripidae Frankliniella williamsi 1097 6 D ma F W

Numero total de indivíduos => 9870 Característica da ComunidadeNúmero de espécies => 5 Número total de coletas => 6 Indice de Diversidade (Shannon-Weaner) => H = 0.7298 Variancia H => V(H)= 0.0001*Dominancia: (1) Metodo de Laroca e Mielke Intervalo de Confiança (P=0,005) H => [0.729632 ; 0.730058]

Indice de Diversidade (Margalef) => ALFA= 0.4349Indice de Uniformidade ou Equitabilidade => E = 0.4535

Dom = Dominância; A = abundância; F = frequência; C = Constância

D = dominante; ND = não dominante; SD = Superdominante

a = abundante; d = dispersa; r = rara; ma = muito abundante; sa = superabundante

W = constante; Y = acessória; Z = acidental

TABELA 14. Espécies, total de indivíduos observados e número de observações através de avaliação destrutiva e análise faunística (dominância, abundância, frequência e constância). Mogi Mirim, SP, dezembro de 2002 a março de 2003.

Ordem Família Espécie Nº Individuos Nº Coletas Dom A F CColeoptera Chrysomelidae Diabrotica sp. 121 7 D d PF YColeoptera Chrysomelidae Maecolaspis sp. 238 9 D c F WColeoptera Coccinellidae Cycloneda sanguinea 56 4 D r PF ZColeoptera Lagriidae Lagria villosa 355 5 D c F YDermaptera Forficulidae Doru luteips 851 17 D ma MF WDermaptera Spongiphoridae Sponghiphoridae sp.1 1411 9 D ma MF WDiptera Otitidae Euxesta sp. 278 10 D c F WDiptera Syrphidae Allograpta sp. 272 4 D c F ZHemiptera Anthocoridae Orius sp. 41 6 D r PF YHemiptera Cicadellidae Dalbulus maidis 885 7 D ma MF Y

Numero total de indivíduos => 4508 Característica da ComunidadeNúmero de espécies => 10 Indice de Diversidade (Shannon-Weaner) => H = 1.8889Número total de coletas => 17 Variancia H => V(H)= 0.0001 Intervalo de Confiança (P=0,005) H => [1.888569 ; 1.889262]*Dominancia: (1) Metodo de Laroca e Mielke Indice de Diversidade (Margalef) => ALFA= 1.0697

Indice de Uniformidade ou Equitabilidade => E = 0.8203

Dom = Dominância; A = abundância; F = frequência; C = Constância

D = dominante; ND = não dominante; SD = Superdominante

a = abundante; d = dispersa; r = rara; ma = muito abundante; sa = superabundante

W = constante; Y = acessória; Z = acidental

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TABELA 15. Espécies, total de indivíduos observados e número de observações através de avaliação destrutiva e análise faunística (dominância, abundância, frequência e constância). Mogi Mirim, SP, março a junho de 2003.

Ordem Família Espécie Nº Individuos Nº Coletas Dom A F C

Dermaptera Forficulidae Doru luteips 320 7 D ma F WHemiptera Anthocoridae Orius sp. 165 7 D ma F WHemiptera Aphididae Rhopalosiphum maidis 6367 5 D ma MF WLepidoptera Noctuidae Spodoptera frugiperda 753 7 D ma F WThysanoptera Thripidae Frankliniella williamsi 613 3 D ma F Y

Numero total de indivíduos => 8218 Característica da ComunidadeNúmero de espécies => 5 Número total de coletas => 7 Indice de Diversidade (Shannon-Weaner) => H = 0.8152 Variancia H => V(H)= 0.0001*Dominancia: (1) Metodo de Laroca e Mielke Intervalo de Confiança (P=0,005) H => [0.814926 ; 0.815443]

Indice de Diversidade (Margalef) => ALFA= 0.4438Indice de Uniformidade ou Equitabilidade => E = 0.5065

Dom = Dominância; A = abundância; F = frequência; C = Constância

D = dominante; ND = não dominante; SD = Superdominante

a = abundante; d = dispersa; r = rara; ma = muito abundante; sa = superabundante

W = constante; Y = acessória; Z = acidental

Levando-se em consideração as avaliações destrutivas nas quatro safras, as

espécies dominantes que ocorreram na maioria dos ensaios foram: 1) Predadores: D.

luteipes e Orius sp. e 2) Herbívoros: S. frugiperda, R. maidis, F. williamsi.

5.5. Análise conjunta das diferentes safras e locais.

Considerando-se todos os ensaios (safrinha de 2002, verão de 2002/2003 e

safrinha de 2003 em Mogi Mirim e verão de 2002/2003 em Jaboticabal), o número de

espécies coletadas foi 282 (Tabela 16). Este número é inferior ao de FRIZZAS (2003)

que foi de 409. Como métodos de coleta foram utilizados bandeja d’água, armadilha de

solo, observações visuais e destruição de plantas. No caso de FRIZZAS (2003) além

das armadilhas de solo e bandeja d’àgua foram utilizados ainda cartão adesivo e rede

de varredura, além da coleta em um maior número de safras. Esses fatores em

conjunto podem ter contribuído para a coleta de um maior número de espécies.

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74

O número de espécies na safrinha de 2002 (75) foi o menor entre todas as safras

(Tabela 16). Houve uma maior semelhança em relação ao número de espécies entre a

safra de verão de 2002/2003 (166), safrinha de 2003 (153) e verão de 2002/2003 em

Jaboticabal (174). O maior índice de diversidade (3,263) foi observado em Jaboticabal,

e o menor na safrinha de 2002 (2,689) em M. Mirim, porém sendo muito semelhante

aos obtidos no verão de 2002/2003 (2,802) e na safrinha de 2003 (2,775) em M. Mirim

Tabela 16). O índice de Equitabilidade variou entre 0,552 e 0,632. Nos

agroecossistemas existe uma simplificação do sistema e algumas poucas espécies são

abundantes (SENGONCA, 1998), o que faz com que os índices de equitabilidade

sejam baixos. Monoculturas são exemplos extremos da simplificação de um ambiente

(ALTIERI, 1978). A redução na riqueza de espécies devido esta simplificação pode

acarretar problemas de desequilíbrio em agroecosssitemas (van EMDEN & WILLIAMS,

1974).

O número de espécies em comum foi variável. Através do quociente de similaridade

(Figura 9) observa-se que a similaridade entre a safrinha de 2002 e as outras safras e a

safra de verão de 2002/2003 em Jaboticabal, foi baixa (ao redor de 20%). Uma

similaridade maior (ao redor de 60%) foi observada entre a safra de verão de

2002/2003 em Jaboticabal e as safras de 2002/2003 e safrinha de 2003 em M. Mirim. O

maior quociente de similaridade foi obtido entre o verão de 2002/2003 e a safrinha de

2003 em M. Mirim (Figura 9). No que diz respeito a análise de agrupamento das safras

(Figura 10) a safrinha de 2003 e verão de 2002/2003 em M. Mirim e o verão de

2002/2003 em Jaboticabal formaram um grupo separado da safrinha de 2002 em

Jaboticabal. Um total de 38 espécies ocorreram em quatro safras e 52 espécies em 3

safras, ou seja, 90 das 282 espécies foram frequentes em relação a ocorrência na

safras avaliadas (Tabela 17).

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TABELA 16. Espécies, total de indivíduos coletados, número de coletas em armadilha de solo (Pitfall) e armadilha tipo bandeja d’àgua nas diferentes safras. Ordem Família Gênero / Espécie

JaboticabalSafrinha 2002 Verão 02/03 Safrinha 2003 Verão 02/03 Total %Total

Araneae Araneae Araneae sp.1 0,14 0,14 0,001Araneae Araneae sp.2 0,25 0,25 0,002Deinopidae Deinopidae sp.1 0,27 0,27 0,002Deinopidae Deinopidae sp.2 0,27 0,27 0,002Deinopidae Deinopidae sp.3 1,05 0,07 1,12 0,010Lycosidae Lycosidae sp.1 6,77 6,77 0,057Lycosidae Lycosidae sp.2 0,27 0,27 0,002Lycosidae Lycosidae sp.3 0,26 0,25 0,27 0,77 0,007Lycosidae Lycosidae sp.4 2,48 1,15 3,63 0,031Lycosidae Lycosidae sp.5 0,17 1,00 1,17 0,010Lycosidae Lycosidae sp.6 1,38 1,38 0,012Lycosidae Lycosidae sp.7 0,75 0,75 0,006Lycosidae Lycosidae sp.8 2,43 2,43 0,021Oxyopidae Oxyopidae sp.1 0,92 0,92 0,008Oxyopidae Oxyopidae sp.2 0,25 0,25 0,002Salticidae Salticidae sp.1 0,13 0,13 0,001

Blattodea Blattidae Blattidae sp.1 0,78 0,25 2,18 3,21 0,027Blattidae Blattidae sp.2 2,00 2,00 0,017

Coleoptera Alleculidae Alleculidae sp.1 1,25 2,20 0,79 2,97 7,21 0,061Alleculidae Lobopoda sp. 0,63 0,78 1,41 0,012Bolboceratidae Bolbapium sp. 0,10 1,68 1,78 0,015Bolboceratidae Neothyreus sp. 0,08 0,83 0,92 0,008Carabidae Arthrostictus sp. 0,38 0,38 0,003Carabidae Calida scutellaris 0,23 0,23 0,10 0,56 0,005Carabidae Calosoma granulatum 0,09 0,17 0,08 0,34 0,003Carabidae Galerita bruchi 6,30 0,08 2,68 9,07 0,077Carabidae Lebia concinna 26,50 3,70 2,67 6,57 39,44 0,335Carabidae Notiobia sp. 3,48 1,27 2,05 6,80 0,058Carabidae Polpochila sp. 0,98 0,48 0,47 1,93 0,016Carabidae Scaritodes sp. 0,09 0,09 0,001Carabidae Selenophorus sp. 1,70 0,17 0,35 2,22 0,019Carabidae Carabidae sp.1 0,08 0,08 0,001Chrysomelidae Cerotoma arcuata 1,23 1,08 1,08 3,39 0,029Chrysomelidae Cerotoma sp. 0,39 1,79 0,25 2,43 0,021Chrysomelidae Colaspis sp. 0,25 0,25 0,002Chrysomelidae Diabrotica bivitulla 1,61 0,21 0,35 2,17 0,018Chrysomelidae Diabrotica sp. 21,2 7,3 9,9 5,58 43,99 0,374Chrysomelidae Diabrotica speciosa 7,63 7,63 0,065Chrysomelidae Epitrix sp. 274,50 1,64 0,42 0,78 277,34 2,357Chrysomelidae Lema sp. 0,08 2,45 2,53 0,021Chrysomelidae Maecolaspis occidentalis 3,49 0,24 3,23 6,96 0,059Chrysomelidae Maecolaspis perturbata 0,15 12,23 12,39 0,105Chrysomelidae Maecolaspis sp. 14,0 14,00 0,119Chrysomelidae Zatrephina sp. 5,62 5,62 0,048Chrysomelidae Chrysomelidae sp.1 0,08 0,07 0,17 0,32 0,003Chrysomelidae Chrysomelidae sp.2 0,08 0,08 0,001Chrysomelidae Chrysomelidae sp.3 0,23 0,23 0,002Chrysomelidae Chrysomelidae sp.4 0,07 0,07 0,001Cicindelidae Megacephala brasiliensis 0,25 0,25 0,002Coccinellidae Coccinellidae sp.1 0,32 0,23 0,55 0,005Coccinellidae Cycloneda sanguinea 19,90 4,47 8,48 13,77 46,62 0,396Coccinellidae Eriopsis conexa 3,75 3,75 0,032Coccinellidae Exochomus sp. 0,20 0,20 0,002Coccinellidae Hyperaspis sp. 0,14 0,35 0,49 0,004Coccinellidae Scymnus sp. 3,06 1,32 0,18 4,56 0,039Curculionidae Curculionidae sp.1 0,08 0,08 0,001Curculionidae Listronotus bonariensis 0,47 0,23 0,10 0,80 0,007Elateridae Conoderus sp. 2,10 2,25 4,35 0,037Elateridae Elateridae sp.1 0,68 0,68 0,006Elateridae Elateridae sp.2 1,40 0,32 6,53 8,25 0,070Elateridae Elateridae sp.3 19,00 19,00 0,161Histeridae Omalodes sp. 1,96 0,08 2,04 0,017Lagriidae Lagria villosa 12,25 29,5 47,0 0,47 89,23 0,758Melyridae Astylus variegatus 35,2 1,1 36,31 0,308Melyridae Melyridae sp.1 0,10 0,10 0,001Nitidulidae Colopterus sp. 2,91 1,99 0,10 5,00 0,042Nitidulidae Conotelus sp. 1,88 1,88 0,016Nitidulidae Nitidulidae sp.1 401,00 401,00 3,407Nitidulidae Nitidulidae sp.2 4,69 0,39 5,77 10,85 0,092Nitidulidae Nitidulidae sp.3 2,18 2,18 0,019Scarabaeidae Ataenius sp. 0,08 0,28 0,36 0,003Scarabaeidae Canthidium sp. 1 2,33 1,25 4,68 8,26 0,070

Mogi MirimNúmero médio de insetos / coleta

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TABELA 16. Continuação. Ordem Família Gênero / Espécie

JaboticabalSafrinha 2002 Verão 02/03 Safrinha 2003 Verão 02/03 Total %Total

Coleoptera Scarabaeidae Canthidium sp. 2 13,18 0,74 18,83 32,75 0,278Scarabaeidae Canthidium sp.3 0,10 0,10 0,001Scarabaeidae Coprophaneus ensifer 0,57 3,08 3,65 0,031Scarabaeidae Coprophaneus sp. 2,46 0,33 2,79 0,024Scarabaeidae Cyclocephala malanocephala 0,17 0,07 0,10 0,34 0,003Scarabaeidae Cyclocephala sp. 0,07 0,07 0,001Scarabaeidae Leucothyreus sp. 0,71 0,71 0,006Scarabaeidae Macraspis morio 0,50 0,50 0,004Scarabaeidae Onthophagus ranunculus 0,09 8,60 8,69 0,074Scarabaeidae Oxysternon palaemon 2,16 0,33 0,58 3,08 0,026Scarabaeidae Trichillum sp.1 0,38 1,06 0,31 22,42 24,16 0,205Scarabaeidae Trichillum sp.2 0,08 1,70 1,78 0,015Scarabaeidae Scarabaeidae sp.1 0,26 0,26 0,002Scolytidae Xyleborus sp. 43,50 0,09 1,80 45,39 0,386Staphylinidae Eulissus chalybaeus 0,09 0,08 0,43 0,60 0,005Staphylinidae Paederus brasiliensis 6,13 6,13 0,052Staphylinidae Trichophya sp. 2,50 2,50 0,021Staphylinidae Staphylinidae sp.1 11,67 3,14 4,67 19,48 0,165Staphylinidae Staphylinidae sp.2 3,93 0,95 4,88 0,041Staphylinidae Staphylinidae sp.3 0,07 0,07 0,001Tenebrionidae Epitragus sp. 0,21 0,21 0,002Trogidae Omorgus persuberosus 0,09 0,09 0,001

Dermaptera Chelisochidae Chelisochidae sp.1 0,08 0,50 0,58 0,005Forficulidae Doru luteipes 102,8 79,10 29,41 160,79 372,10 3,162Labiduridae Labidura xanthopus 67,50 281,67 51,99 14,02 415,18 3,528Spongiphoridae Spongiphoridae sp.1 83,00 11,60 94,60 0,804

Diptera Asilidae Asilidae sp.1 0,45 0,45 0,004Asilidae Asilidae sp.2 1,14 0,20 1,34 0,011Asilidae Asilidae sp.3 4,25 4,25 0,036Asilidae Asilidae sp.4 0,28 0,28 0,002Calliphoridae Calliphoridae sp.1 0,88 0,88 0,007Calliphoridae Phaenicia eximia 24,45 3,42 71,68 99,55 0,846Dolichopodidae Condylostilus sp. 976,75 125,05 12,48 0,20 1114,48 9,470Dolichopodidae Dolichopodidae sp.1 196,75 5,15 153,43 57,13 412,47 3,505Dolichopodidae Dolichopodidae sp.2 80,50 80,50 0,684Dolichopodidae Dolichopodidae sp.3 528,91 124,57 168,45 821,93 6,984Dolichopodidae Dolichopodidae sp.4 0,63 0,63 0,005Drosophilidae Drosophilidae sp.1 24,00 262,82 75,43 202,75 565,00 4,801Micropezidae Taeniaptera sp. 511,50 84,42 9,81 16,98 622,71 5,291Muscidae Musca domestica 0,38 0,38 0,003Muscidae Muscidae sp.1 63,95 1,01 17,65 82,61 0,702Muscidae Muscidae sp.2 0,40 0,40 0,003Otitidae Euxesta sp. 449,25 50,00 143,13 57,97 700,35 5,951Richardiidae Richardia sp. 0,08 0,33 0,41 0,003Sarcophagidae Euboettcheria sp. 152,00 54,28 8,80 55,47 270,55 2,299Sarcophagidae Sarcophaga sp. 9,40 0,55 6,35 16,30 0,139Sarcophagidae Sarcophagidae sp.1 29,99 4,30 15,50 49,79 0,423Sciaridae Sciaridae sp.1 0,15 0,40 0,55 0,005Stratiomyidae Hermetia illucens 2,85 0,79 1,30 4,93 0,042Stratiomyidae Stratiomyidae sp.1 0,07 0,17 4,20 4,44 0,038Stratiomyidae Stratiomyidae sp.2 0,40 0,40 0,003Stratiomyidae Stratiomyidae sp.3 0,88 0,88 0,007Stratiomyidae Stratiomyidae sp.4 16,69 2,57 19,26 0,164Stratiomyidae Stratiomyidae sp.5 0,38 0,38 0,003Syrphidae Allograpta sp. 118,7 19,0 210,9 19,75 368,30 3,129Syrphidae Eristalis sp. 0,20 0,20 0,002Syrphidae Salpingosgaster nigra 2,37 2,37 0,020Syrphidae Syrphidae sp.1 228,13 228,13 1,938Syrphidae Syrphidae sp.2 1,31 0,14 0,55 2,00 0,017Syrphidae Syrphidae sp.3 9,46 0,86 2,70 13,02 0,111Syrphidae Syrphidae sp.4 1,12 1,12 0,009Syrphidae Syrphidae sp.5 4,63 4,63 0,039Syrphidae Syrphidae sp.6 1,88 1,88 0,016Tabanidae Tabanidae sp.1 0,08 0,08 0,001Tachinidae Tachinidae sp.1 0,63 0,63 0,005Tephritidae Anastrepha fraterculus 0,08 0,14 0,18 0,40 0,003

Hemiptera Acanaloniidae Acalonia sp. 0,20 0,20 0,002Alydidae Alydus sp. 0,41 2,50 0,67 3,58 0,030Alydidae Stenocoris filiformis 0,08 0,08 0,17 0,001Anthocoridae Orius sp. 35,9 3,6 8,7 15,21 63,40 0,539Aphididae Rhopalosiphum maidis 1489,4 676,5 335,5 2501,45 21,255Berytidae Berytidae sp.1 0,40 0,40 0,003

Número médio de insetos / coletaMogi Mirim

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77

TABELA 16. Continuação.

Ordem Família Gênero / EspécieJaboticabal

Safrinha 2002 Verão 02/03 Safrinha 2003 Verão 02/03 Total %TotalHemiptera Cercopidae Mahanarva fimbriolata 0,15 0,07 0,60 0,83 0,007

Cicadellidae Dalbulus maidis 25,1 52,1 199,5 276,61 2,350Cicadellidae Lebaja sp. 2,92 2,92 0,025Cicadellidae Macugonalia leucomelas 2,92 0,07 0,10 3,09 0,026Cicadellidae Scaphytopius sp. 0,10 0,10 0,001Cicadellidae Sonesimia grossa 30,50 0,16 0,73 31,39 0,267Cicadellidae Cicadellidae sp. 1 1,88 1,88 0,016Cicadellidae Cicadellidae sp. 2 0,14 0,08 0,23 0,002Cicadellidae Cicadellidae sp. 3 1,10 5,63 1,98 8,71 0,074Cicadellidae Cicadellidae sp. 4 0,27 0,27 0,002Cicadellidae Cicadellidae sp. 5 0,07 0,28 0,35 0,003Cicadellidae Cicadellidae sp. 6 0,22 6,38 1,85 8,45 0,072Cicadellidae Cicadellidae sp. 7 1,66 0,29 1,95 0,017Cicadellidae Cicadellidae sp. 8 6,77 0,07 0,08 6,92 0,059Cicadellidae Cicadellidae sp. 9 0,87 0,71 1,58 0,013Cicadellidae Cicadellidae sp. 10 1,23 0,32 1,55 0,013Cicadellidae Cicadellidae sp. 11 0,08 0,58 0,66 0,006Cicadellidae Cicadellidae sp. 12 0,07 0,07 0,001Cicadellidae Cicadellidae sp. 13 0,07 0,07 0,001Cicadellidae Cicadellidae sp. 14 0,10 0,10 0,001Cicadellidae Cicadellidae sp.15 1,38 1,38 0,012Coreidae Holhymenia sp. 0,17 0,17 0,001Coreidae Hypselonatus sp. 0,20 0,20 0,002Coreidae Leptoglossus zonatus 1,50 0,07 1,48 0,68 3,73 0,032Coreidae Phthia pieta 0,21 0,07 0,29 0,002Coreidae Coreidae sp. 1 11,47 0,73 11,78 23,98 0,204Coreidae Coreidae sp. 2 0,10 0,10 0,001Cydnidae Cyrtonemus sp. 0,90 0,10 1,00 0,008Cydnidae Cydnidae sp.1 0,08 0,08 0,001Lygaeidae Geocoris sp. 0,31 0,20 0,51 0,004Lygaeidae Lygaeidae sp.1 0,08 0,08 0,001Lygaeidae Lygaeidae sp.2 1,15 0,07 1,22 0,010Lygaeidae Lygaeidae sp.3 0,25 0,25 0,002Lygaeidae Lygaeidae sp.4 24,75 24,75 0,210Lygaeidae Lygaeidae sp.5 0,13 0,13 0,001Lygaeidae Lygaeidae sp.6 12,00 0,32 0,24 12,56 0,107Lygaeidae Lygaeidae sp.7 2,25 2,25 0,019Membracidae Cyphonia sp. 0,07 0,07 0,001Membracidae Membracidae sp.1 0,07 0,07 0,001Nabidae Tropiconabis sp. 5,25 5,25 0,045Pentatomidae Dichelops melacanthus 0,31 0,31 0,003Pentatomidae Mormidea maculata 0,13 1,15 0,07 2,32 3,66 0,031Pentatomidae Nezara viridula 0,15 0,15 0,001Pentatomidae Oebalus ypsilongriseus 0,07 0,07 0,14 0,001Pentatomidae Pentatomidae sp.1 0,08 0,08 0,001Reduviidae Reduviidae sp.1 0,24 1,07 0,95 2,26 0,019Scutelleridae Scutelleridae sp.1 0,15 0,07 0,23 0,002

Hymenoptera Andrenidae Ctenioschelus goryi 3,92 3,92 0,033Andrenidae Oxaea flavescens 0,08 0,36 0,40 0,83 0,007Anthophoridae Ceratina sp. 0,18 0,30 0,48 0,004Anthophoridae Epicharis sp. 0,15 0,14 0,40 0,70 0,006Apidae Apis mellifera 0,38 8,79 17,74 0,80 27,71 0,235Apidae Trigona sp. 0,62 0,21 0,38 1,22 0,010Apidae Trigona spinipes 0,08 0,14 0,50 0,72 0,006Apidae Apidae sp.1 0,13 0,13 0,001Braconidae Alabagrus sp. 0,46 0,52 0,98 0,008Braconidae Braconidae sp.1 0,21 1,67 1,88 0,016Chalcididae Chalcididae sp. 1 0,80 0,80 0,007Chalcididae Chalcididae sp. 2 1,15 1,15 0,010Formicidae Acromyrmex sp. 9,93 0,10 10,03 0,085Formicidae Atta sexdens 11,80 11,80 0,100Formicidae Ectatoma sp. 3,57 0,17 0,35 4,09 0,035Formicidae Solenopsis sp. 0,13 0,13 0,001Formicidae Formicidae sp.1 0,10 0,10 0,001Formicidae Formicidae sp.2 0,20 0,20 0,002Formicidae Formicidae sp.3 4,08 0,29 0,50 4,87 0,041Formicidae Formicidae sp.4 0,44 1,01 0,30 1,75 0,015Formicidae Formicidae sp.5 0,45 0,10 0,55 0,005Formicidae Formicidae sp.6 0,32 0,37 24,92 25,61 0,218Formicidae Formicidae sp.7 8,45 0,38 8,83 0,075Formicidae Formicidae sp.8 6,77 0,07 5,20 12,04 0,102Hallictidae Augochloropsis cupreola 0,54 0,14 0,20 0,88 0,007

Número médio de insetos / coletaMogi Mirim

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78

TABELA 16. Continuação.

Ordem Família Gênero / EspécieJaboticabal

Safrinha 2002 Verão 02/03 Safrinha 2003 Verão 02/03 Total %TotalHymenoptera Hallictidae Augochloropsis sp. 0,14 5,35 5,49 0,047

Ichneumonidae Epirhyssa sp. 0,50 0,50 0,004Ichneumonidae Enicospilus sp. 0,08 0,22 0,10 0,40 0,003Ichneumonidae Trachysphyrus sp. 0,08 3,55 0,10 3,73 0,032Ichneumonidae Ichneumonidae sp.1 1,25 1,25 0,011Ichneumonidae Ichneumonidae sp.2 0,09 0,07 0,20 0,36 0,003Ichneumonidae Ichneumonidae sp.3 26,75 26,75 0,227Ichneumonidae Ichneumonidae sp.4 0,40 0,18 0,58 0,005Ichneumonidae Ichneumonidae sp.5 4,26 3,62 0,18 8,06 0,069Megachilidae Megachile sp. 0,08 0,48 0,56 0,005Mutillidae Timulla sp. 0,14 0,08 0,23 0,002Mutillidae Traumatomutilla quadripustulata 0,32 0,25 0,57 0,005Mutillidae Mutillidae sp.1 0,38 0,10 0,48 0,004Mutillidae Mutillidae sp.2 0,15 0,25 0,28 0,69 0,006Mutillidae Mutillidae sp.3 0,08 0,07 0,40 0,55 0,005Pompilidae Pompilidae sp.1 0,28 0,28 0,002Pompilidae Pompilidae sp.2 0,15 0,31 0,10 0,56 0,005Pompilidae Pompilidae sp.3 0,17 0,10 0,27 0,002Pompilidae Pompilidae sp.4 2,82 1,23 2,88 6,93 0,059Scelionidae Scelionidae sp.1 158,00 158,00 1,343Scollidae Campsomeris sp. 0,14 0,10 0,24 0,002Scollidae Scolia sp. 0,07 0,18 0,25 0,002Sphecidae Ammophila sp. 0,15 0,07 0,35 0,58 0,005Sphecidae Sphecidae sp.1 1,00 1,00 0,008Sphecidae Sphecidae sp.2 2,53 4,42 0,90 7,85 0,067Sphecidae Sphecidae sp.3 0,15 0,22 0,70 1,07 0,009Sphecidae Sphecidae sp.4 0,54 0,45 0,99 0,008Sphecidae Sphecidae sp.5 0,22 0,18 0,40 0,003Sphecidae Sphecidae sp.6 0,08 0,43 0,51 0,004Sphecidae Sphecidae sp.7 1,56 0,37 2,37 4,30 0,037Sphecidae Sphecidae sp.8 0,15 0,36 0,51 0,004Tenthredinidae Tenthredinidae sp.1 0,15 0,29 0,10 0,54 0,005Vespidae Agelaia pallipes 0,23 5,22 0,17 5,62 0,048Vespidae Polistes versicolor 0,13 0,13 0,001Vespidae Polybia sp.1 1,30 1,30 0,011Vespidae Polybia sp.2 0,30 0,30 0,003Vespidae Vespidae sp.1 0,13 0,13 0,001Vespidae Vespidae sp.2 0,31 0,07 0,18 0,56 0,005Vespidae Vespidae sp.3 0,08 0,10 0,18 0,002

Isoptera Termitidae Termitidae sp.1 0,07 0,17 0,24 0,002Termitidae Termitidae sp.2 0,67 0,67 0,006Termitidae Termitidae sp.3 0,15 0,15 0,001

Lepidoptera Hesperidae Hesperidae sp.1 0,50 0,50 0,004Noctuidae Agrotis ypsilon 1,50 1,50 0,013Noctuidae Helicoverpa zea 0,38 1,62 0,93 0,83 3,75 0,032Noctuidae Noctuidae sp.1 1,00 1,00 0,008Noctuidae Spodoptera frugiperda 191,3 51 46,1 61,44 349,86 2,973Pieridae Ascia monuste orseis 0,13 0,13 0,001Pyralidae Elasmopalpus lignosellus 0,38 0,10 0,48 0,004Satiridae Satiridae sp.1 0,25 0,25 0,002

Mantodea Mantidae Mantidae sp.219 0,08 0,08 0,001Neuroptera Chrysopidae Chrysopidae sp.1 0,08 0,07 0,15 0,001

Hemerobiidae Hemerobius sp. 0,63 0,15 2,94 3,72 0,032Odonata Libellulidae Libellulidae sp.1 0,15 0,15 0,001Orthoptera Acrididae Orphulella sp. 1,08 0,76 8,62 10,46 0,089

Acrididae Acrididae sp.1 0,08 0,08 0,001Acrididae Acrididae sp.2 0,08 0,08 0,001Acrididae Acrididae sp.3 0,17 0,42 0,08 0,67 0,006Acrididae Acrididae sp.4 0,77 0,77 0,007Acrididae Acrididae sp.5 0,75 0,75 0,006Gryllidae Gryllus assimilis 28,00 17,81 14,42 47,97 108,19 0,919Gryllotalpidae Scapteriscus vicinus 0,08 0,08 0,001Henicidae Lutosa sp. 0,17 0,15 1,93 2,25 0,019Tettigoniidae Neoconocephalus infuscatus 2,75 0,07 0,18 3,00 0,026Trigonidiidae Trigonidiidae sp.1 6,75 6,75 0,057

Thysanoptera Thripidae Frankliniella williamsi 182,8 26,87 33,8 243,50 2,0696034,3 2811,9 1642,1 1280,5 11768,80 100,000

Safra Index EquitabilidadeSafrinha 2002 2,689 0,623Verão 02/03 2,802 0,548Safrinha 2003 2,775 0,552Jaboticabal 3,263 0,632 174

Indíce de Diversidade de ShannonNumero de Espécies

75166153

Total de Indivíduos Coletados por data de amostragem =Número total de espécies em todas as safras = 282

Número médio de insetos / coletaMogi Mirim

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79

Figura 9. Quociente de Similaridade (SORENSEN, 1948) entre as diferentes safras e locais. Mogi Mirim e Jaboticabal, SP, março de 2002 a junho de 2003

0,2460,193

0,606 0,612

0,241

0,702

0,0

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

A B C D E F

A = Safrinha, M. Mirim (MAR/JUN 2002) - Verão, M. Mirim (NOV/02 a MAR/03)

B = Safrinha, M. Mirim (MAR/JUN 2002) - Safrinha, M. Mirim (MAR/JUN 2003)

C = Safrinha, M. Mirim (MAR/JUN 2002) - Verão, Jaboticabal (NOV/02 a MAR/03)

D = Verão, M. Mirim (NOV/02 a MAR/03) - Safrinha, M. Mirim (MAR/JUN 2003)

E = Verão, M. Mirim (NOV/02 a MAR/03) - Verão, Jaboticabal (NOV/02 a MAR/03)

F = Safrinha, M. Mirim (MAR/JUN 2003) - Verão, Jaboticabal (NOV/02 a MAR/03)

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Figura 10. Análise de agrupamento das safras considerando-se todas as espécies amostradas através de armadilha de solo, bandeja d’água, avaliação visual e destruição de plantas. Mogi Mirim e Jaboticabal, SP, novembro de 2002 a junho de 2003.

UPGMA

Euclidean

Safrinha 2002Verão 02/03Safrinha 2003Jaboticabal

1800 1500 1200 900 600 300 0

Safrinha 2003

Safrinha 2003

Verão 2002/03

Safrinha 2002

Jaboticabal 2002/03

Verão 2002/03

Safrinha 2002

Distância Euclidiana

PCA case scores

Axis 2

Axis 1

Safrinha 2002

Verão 02/03

Safrinha 2003

Jaboticabal

-5.3

-10.7

-16.0

5.3

10.7

16.0

21.3

26.7

-5.3-10.7-16.0 5.3 10.7 16.0 21.3 26.7

EigenvaluesAxis 1 Axis 2

Eigenvalues 1001,169 226,761 Percentage 72,572 16,437Cum. Percentage 72,572 89,010CP 1 = 72,572

CP

2 =

16,

437

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Em Coleoptera, a maioria dos insetos das famílias Chrysomelidae, Elateridae,

Scarabaeidae, Melyridae e Curculionidae são herbívoros e considerados prejudicais à

cultura do milho (GASSEN, 1989; GASSEN, 1996). Chrysomelidae e Scarabaeidae

foram as famílias com o maior número de espécies (16 e 15, respectivamente)

coletadas nos quatro ensaios (Tabela 16). Chrysomelidae é uma família de herbívoros,

já os escarabeídeos apresentam hábitos alimentares diversificados, incluindo plantas

vivas, material orgânico, excrementos e outros insetos e animais em decomposição

(GASSEN, 1996). No caso de Chrysomelidae, Epitrix sp., Diabrotica sp. e Maecolaspis

sp., foram as espécies mais abundantes e que ocorreram nas quatro safras (Tabela

17). Diabrotica sp. e Maecolaspis sp. foram dominantes ou acessórias e frequentes nas

coletas com bandeja d’água e Diabrotica sp., dominante nas avaliações visuais.

Segundo GASSEN (1996), várias espécies de Diabrotica ocorrem nos

agroecossistemas onde se cultiva o milho, sendo que no Brasil predomina D. speciosa.

No período dos ensaios e espécies de Diabrotica foram coletadas, D. bivitulla, D.

speciosa e Diabrotica sp. sendo que D. speciosa predominou apenas na safrinha de

2002 em Mogi Mirim, SP.

Em relação a Scarabaeidae, Trichilum sp. foi uma das mais abundantes e

frequentes, no que diz respeito ao número de safras, juntamente com Canthidium sp. e

Coprophaneus sp. (Tabelas 16 e 17). Canthidium sp. e Coprophaneus sp. foram

dominantes ou acessórias e frequentes nas armadilhas de solo. Das espécies de

Scarabaeidae de ocorrência no milho, as mais comuns, principalmente no sul do Brasil,

são Cyclocephala flavipennis, Phyllophaga spp., Diloboderus abderus, Phytalus

sanctipauli e Ataenius sp. (GASSEN, 1996). Destas, apenas Ataenius sp. e

Cyclocephala sp. foram coletadas em Mogi Mirim e Jaboticabal, SP, sendo pouco

abundantes.

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TABELA 17. Espécies de ocorrência comum em pelo menos três dos quatro ensaios realizados em diferentes safras e regiões. Ordem Família Gênero / Espécie Número de Ocorrências Jaboticabal

(Safras) Safrinha 2002 Verão 02/03 Safrinha 2003 Verão 02/03Araneae Araneae Lycosidae spp. 4 x x x xColeoptera Alleculidae Alleculidae sp.1 4 x x x x

Carabidae Lebia concinna 4 x x x xChrysomelidae Diabrotica spp. 4 x x x xChrysomelidae Epitrix sp. 4 x x x xChrysomelidae Maecolaspis spp. 4 x x x xCoccinellidae Cycloneda sanguinea 4 x x x xElateridae Elateridae spp. 4 x x x xLagriidae Lagria villosa 4 x x x xNitidulidae Nitidulidae spp. 4 x x x xScarabaeidae Trichillum sp.1 4 x x x xStaphylinidae Staphylinidae spp. 4 x x x x

Dermaptera Forficulidae Doru luteipes 4 x x x xLabiduridae Labidura xanthopus 4 x x x x

Diptera Asilidae Asilidae spp. 4 x x x xDolichopodidae Condylostilus sp. 4 x x x xDolichopodidae Dolichopodidae sp.1 4 x x x xDrosophilidae Drosophilidae sp.1 4 x x x xMicropezidae Taeniaptera sp. 4 x x x xOtitidae Euxesta sp. 4 x x x xSarcophagidae Euboettcheria sp. 4 x x x xStratiomyidae Stratiomydae spp. 4 x x x xSyrphidae Allograpta sp. 4 x x x xSyrphidae Syrphidae spp. 4 x x x x

Hemiptera Anthocoridae Orius sp. 4 x x x xCicadellidae Cicadellidae spp. 4 x x x xCoreidae Leptoglossus zonatus 4 x x x xLygaeidae Lygaeidae spp. 4 x x x xPentatomidae Mormidea maculata 4 x x x x

Hymenoptera Apidae Apis mellifera 4 x x x xFormicidae Formicidae spp. 4 x x x xIchneumonidae Ichneumonidae spp. 4 x x x xSphecidae Sphecidae spp. 4 x x x xVespidae Vespidae spp. 4 x x x x

Lepidoptera Noctuidae Helicoverpa zea 4 x x x xNoctuidae Spodoptera frugiperda 4 x x x x

Orthoptera Acrididae Acrididae spp. 4 x x x xGryllidae Gryllus assimilis 4 x x x x

Coleoptera Carabidae Calida scutellaris 3 x x xCarabidae Calosoma granulatum 3 x x xCarabidae Galerita bruchi 3 x x xCarabidae Notiobia sp. 3 x x xCarabidae Polpochila sp. 3 x x xCarabidae Selenophorus sp. 3 x x xChrysomelidae Cerotoma arcuata 3 x x xChrysomelidae Cerotoma sp. 3 x x xCoccinellidae Scymnus sp. 3 x x xCurculionidae Listronotus bonariensis 3 x x xMelyridae Melyridae spp. 3 x x xNitidulidae Colopterus sp. 3 x x xScarabaeidae Canthidium sp. 1 3 x x xScarabaeidae Canthidium sp. 2 3 x x xScarabaeidae Coprophaneus spp. 3 x x xScarabaeidae Cyclocephala malanocephala 3 x x xScarabaeidae Oxysternon palaemon 3 x x xScolytidae Xyleborus sp. 3 x x xStaphylinidae Eulissus chalybaeus 3 x x x

Mogi Mirim

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TABELA 17. Continuação Ordem Família Gênero / Espécie Número de Ocorrências Jaboticabal

(Safras) Safrinha 2002 Verão 02/03 Safrinha 2003 Verão 02/03Diptera Calliphoridae Phaenicia eximia 3 x x x

Muscidae Muscidae sp.1 3 x x xSarcophagidae Sarcophaga sp. 3 x x xSarcophagidae Sarcophagidae sp.1 3 x x xStratiomydae Hermetia illucens 3 x x x

Hemiptera Alydidae Alydus sp. 3 x x xAphididae Rhopalosiphum maidis 3 x x xCercopidae Mahanarva fimbriolata 3 x x xCicadellidae Dalbulus maidis 3 x x xCicadellidae Macugonalia leucomelas 3 x x xCicadellidae Sonesimia grossa 3 x x xCoreidae Coreidae sp.1 3 x x xReduviidae Reduviidae sp. 3 x x x

Hymenoptera Andrenidae Oxaea flavescens 3 x x xAnthophoridae Epicharis sp. 3 x x xApidae Trigona sp. 3 x x xApidae Trigona spinipes 3 x x xBraconidae Braconidae spp. 3 x x xFormicidae Ectatoma sp. 3 x x xHallictidae Augochloropsis cupreola 3 x x xIchneumonidae Enicospilus sp. 3 x x xIchneumonidae Trachysphyrus sp. 3 x x xMutillidae Mutillidae spp. 3 x x xPompilidae Pompilidae spp. 3 x x xSphecidae Ammophila sp. 3 x x xTenthredinidae Tenthredinidae sp. 3 x x xVespidae Agelaia pallipes 3 x x x

Isoptera Termitidae Termitidae spp. 3 x x xNeuroptera Hemerobiidae Hemerobius sp. 3 x x xOrthoptera Acrididae Orphulella sp. 3 x x x

Henicidae Lutosa sp. 3 x x xTettigoniidae Neoconocephalus infuscatus 3 x x x

Thysanoptera Thripidae Frankliniella williamsi 3 x x x

Mogi Mirim

.

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Outras 12 espécies foram entretanto observadas (Tabela 16). Trichilum sp., que

ocorreu nas quatro safras, não foi relacionado em levantamentos realizados na cultura

do milho por FRIZZAS (2003) e FRIZZAS et al. (2003). Ainda em Coleoptera, espécies

de Elateridae e L. villosa ocorreram em todas as safras (Tabelas 16 e 17). L. villosa foi,

em geral, dominante nas coletas em bandeja d’água e nas avaliações visuais.

Dentre os predadores três famílias, Carabidae, Coccinellidae e Staphylinidae,

tiveram várias espécies coletadas sendo dez em Carabidae, seis em Coccinellidae e

seis em Staphylinidae (Tabela 16).

De maneira geral, L. concinna foi o carabídeo mais abundante, seguido por G.

bruchi e Notiobia sp., Selenophorus sp. e Polpochila sp. (Tabela 16), porém L. concinna

foi o único que ocorreu nos quatro levantamentos (Tabela 17). A grande maioria dos

carabídeos, com exceção de Arthrostictus sp., Scaritodes sp. e Carabidae sp.1,

ocorreram em duas safras em Mogi Mirim e também em Jaboticabal (Tabela 17). Nas

armadilhas de solo G. bruchi foi uma das espécies dominantes, já na coleta com

bandeja, L. concinna foi a predominante. Carabídeos são predadores polífagos e tem

papel importante no controle de herbívoros (LOVEI & SUNDERLAND, 1996; KROMP,

1999). Podem se alimentar de afídeos em cereais, ovos e larvas de Chrysomelidae,

Curculionidae e outros Coleoptera e larvas de Lepidoptera (KROMP, 1999) como S.

frugiperda (CRUZ, 1995). De acordo com LANG et al. (1999), podem reduzir

populações de Cicadellidae, Thysanoptera e Aphididae em campos de milho.

Staphylinidae é uma das famílias mais numerosas em Coleoptera e está distribuída

em todo o mundo e todos os tipos de ecossistemas formando um dos mais comuns e

ecologicamente importantes componentes da fauna do solo (BOHAC, 1999). Seis

espécies foram coletadas no decorrer dos ensaios sendo Staphylinidae sp.1 a mais

abundante, seguida por Staphylinidae sp.2, P. brasiliensis e Trichophya sp.. Apenas

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Staphylinidae sp.1 e Eulissus chalybaeus, que foi pouco abundante, ocorreram em pelo

menos 3 safras e nas duas regiões (Tabelas 16 e 17). Staphylinidae sp.1 foi uma das

espécies dominantes ou acessória e frequente nas coletas com armadilha de solo.

Apenas recentemente levantamentos de espécies de Carabidae e Staphylinidae de

ocorrência no agroecossistema do milho foram realizados (CIVIDANES, 2002;

FRIZZAS, 2003; FRIZZAS et al., 2003; ARAÚJO, 2004). Existe ainda a necessidade

não só de se conhecer melhor as espécies, mas também suas principais presas na

cultura do milho.

Em Coccinelllidae, C. sanguinea foi a única espécie que ocorreu em todas as safras

e regiões, sendo a mais abundante. Scymnus sp. foi a segunda mais abundante

ocorrendo em 3 safras e nas duas regiões (Tabelas 16 e 17). Os coccinelídeos são

predadores de pulgões como R. maidis e S. graminum (SMITH, 1971; LOPEZ &

TEETES, 1976; WRIGHT & LAING, 1980; KRING & GILSTRAP, 1986; ELLIOT et al.,

2002) além de outros de ocorrência em cereais de inverno como trigo (GASSEN, 1986;

ELLIOT et al., 1999). C. sanguinea foi espécie dominante nas avaliações visuais.

Dolichopodidae, dentre as famílias de Diptera, foi uma das mais numerosas e

abundantes. Larvas de Dolichopodidae vivem no solo e são consideradas predadoras

de larvas de outros insetos de solo (FROUZ, 1999) e podem ser utilizadas como

bioindicadores, pois podem representar umas das mais importantes partes da

macrofauna de solo em alguns ecossistemas (CURRY & MOMEN, 1988; SCHAEFFER

& SCHAUERMANN, 1990). As larvas predam principalmente insetos das famílias

Scolytidae, Elateridae e Scarabaeidae (Coleoptera). Os adultos, também predadores

(SMITH & EMPSON, 1955), se alimentam de larvas de Diptera, Collembola, pulgões,

tripes, ácaros e pequenas lagartas (BROOKS, 2002; BROOKS, 2005).) Dolichopodidae

foi também uma das famílias que apresentou o maior número de indivíduos capturados

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em campos de aveia ( FROUZ & PAOLETTI, 2000) e é também abundante em

lavouras de algodão (BASTOS & TORRES, 2003), trigo (GASSEN, 1986) e tomate

(MIRANDA et. al., 1998) infestadas por pulgões. A espécie Condylostilus sp. foi a mais

abundante na safrinha de 2002 em Mogi Mirim, seguida por Dolochopodidae sp.1. Já

Doclichopodidae sp.3 foi a mais abundante no verão de 2002/2003, em Mogi Mirim e

em Jaboticabal. Em milho existe apenas um relato de FRIZZAS (2003) de coleta de

Dolichopodidae. No Brasil nada se conhece a respeito do papel de espécies de

Dolichopodidae na cultura do milho. Pela frequência e abundância dessa família mais

estudos seriam necessários sobre a relação desses predadores e suas presas.

Micropezidae foi também abundante durante as coletas. Pouco se conhece sobre

espécies dessa família, não só no Brasil, mas em também em outras regiões onde

ocorrem. Hábitos de predação foram observados nesta família (SMITH, 1978 citado por

BROOKS, 2002 e OLDROYD, 1964 citado por MERRITT & JAMES, 1973). No entanto

MERRITT & JAMES (1973) não concordam com tais observações já que, de acordo

com os autores, o aparato bucal em Micropezidae não é modificado para predação.

Larvas de Micropezidae podem atuar como decompositores de material vegetal e de

excrementos de animais (SAVAGE, 2002). Taeniaptera sp. foi observada em todas as

safras e nas duas regiões, sendo espécie dominante nas coletas em bandeja.

Espécies de Asilidae foram coletadas no decorrer dos ensaios, porém sua

frequência em relação ao número de safras e abundância foram baixas, com exceção

de Asilidae sp.3 na safrinha de 2002 em Mogi Mirim. Adultos de Asilidae são

predadores de vários artrópodes (BROOKS, 2002) incluindo aranhas (GRIMM, 2006).

As larvas são predadoras de larvas de Scarabaeidae (WEI et. al., 1994; CASTELO &

LAZZARI, 2004) e são capazes de manter as mesmas em baixas populações (WEI et.

al., 1994). Na frequência e abundância em que foram encontrados nos ensaios é

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provável que estejam auxiliando no controle biológico de herbívoros em milho, mas é

difícil dizer se seriam suficientes para manter baixa populações dos mesmos. Da

mesma forma como para Dolichopodidae e Micropezidae, também no caso de Asilidae,

haveria a necessidade de melhor se conhecer seu papel no agroecossistema do milho.

De acordo com SAVAGE (2002), larvas de Sciaridae e Stratiomyidae são

importante parte da fauna atuando como decompositores de material vegetal,

principamente folhas. Apenas uma espécie de Sciaridae foi coletada, ocorrendo no

verão de 2002/003 tanto em M. Mirim quanto em Jaboticabal (Tabela 16). Já

Stratiomyidae ocorreu em todas as safras e nas duas regiões estudadas (Tabela 17).

Hermetia illucens e Stratiomyidae sp.1 e sp.4 foram as mais abundantes.

Algumas espécies de Sarcophaga são parasitóides de Acrididae (SKEVINGTON,

2002) e outros insetos (PAPE, 2005), mas a família Sarcophagidae aparentemente tem

sua principal função ecológica como decompositora de material vegetal e animal

(SKEVINGTON, 2002; PAPE, 2005). As espécies Euboettcheria sp., que ocorreu em

todas as safras, Sarcophaga sp. e Sarcophagidae sp.1, que foram coletadas no verão

de 2002/2003 em M. Mirim e Jaboticabal e na safrinha de 2003 em M. Mirim, foram

abundantes nas safras e regiões onde ocorreram. A espécie Sarcophaga georgina

(Wiedemman) é citada na literatura como parasitóide de S. frugiperda (CRUZ, 1995).

Larvas de Syrphidae estão entre os principais predadores de afídeos (WEEMS,

1954; TENHUMBERG & POEHLING, 1995) e os adultos se alimentam basicamente de

pólen e néctar (SOMMAGGIO, 1999). Allograpta sp. é reconhecidamente uma espécie

cujas larvas são predadoras de pulgões (GASSEN, 1986). Essa foi a espécie de

Syrphidae de maior abundância, ocorrendo em todas as safras e locais avaliados

sendo dominante nas avaliações visuais. O uso de Syrphidae como potencial

bioindicador tem sido pouco estudado. Uma das características de Syrphidae que os

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fazem bons indicadores é que são fáceis de encontrar na maioria dos ecossistemas

terrestres (SOMMAGGIO, 1999). Por outro lado o fato de serem muito móveis e

capazes de recolonizar rapidamente habitats sob stress (após aplicações de produtos

químicos, por exemplo) é um obstáculo significativo para o uso de Syrphidae como

bioindicadores (SOMMAGGIO, 1999).

Em relação a Dermaptera duas espécies, D. luteipes e Labidura xanthopus, foram

as mais abundantes, ocorrendo em todas as safras e nas duas regiões. De acordo com

CRUZ & OLIVEIRA (1997), D. luteipes é encontrada no campo durante o ano todo,

principalmente na fase inicial da cultura do milho, quando a ocorrência de S. frugiperda

é mais frequente mas é encontrada também nas espigas e pendões do milho podendo

alimentar-se de ovos ou larvas de outros insetos (REIS et al., 1988) como Helicoverpa

zea e pulgões de modo geral (ALVARENGA et al., 1995; ALVARENGA et al., 1996;

CRUZ et al., 1995). D. luteipes foi espécie dominante em todos os tipos de avaliações

(bandeja, visual e destrutiva) com exceção da coleta em solo.

Entre os insetos capturados no solo, o predador L. xanthopus foi um dos mais

abundantes. Em levantamento de insetos benéficos no agroecossistema do tomate,

PROBST et al. (1999) observaram a presença de L. riparia e comentam que a mesma

pode ser predadora de larvas de Coleoptera e Diptera, além de Lepidoptera como

Diatraea saccharalis (BUENO et al., 1983; BUENO & BERTI FILHO, 1987). L.

xanthopus, apesar de sua abundância e frequêncaia observada nos ensaios não é

citada entre os principais predadores de ocorrência na cultura do milho (CRUZ, 1995;

PINTO et al., 2004).

Embora inclua alguns predadores (antocorídeos, nabídeos), a grande maioria das

espécies de Hemiptera é de herbívoros, em geral polífagos (FAUVEL, 1999). No caso

dos herbívoros, R. maidis frequentemente infesta a cultura do milho e algumas vezes

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pode atingir altas densidades (ELLIOT et al. 2002) como foi o caso nos levantamentos

realizados em M. Mirim onde, em geral, foi muito abundante. O mesmo não foi

observado em Jaboticabal. R. maidis é fonte de alimento para predadores como

Geocoris, Orius, Scymnus, além de outros coccinelídeos, crisopídeos, nabídeos,

sirfídeos, aranhas (LOPEZ & TEETES, 1976; MENDES et al., 2000) e também para D.

luteipes (ALVARENGA et al., 1995; ALVARENGA et al., 1996). O pulgão pode ser um

bom bioindicador na cultura do milho. Em situações de estresse como plantio

continuado (safra e safrinha) e áreas com aplicações de inseticidas de amplo espectro

utilizados para o controle de S. frugiperda, tem-se observado populações maiores de

pulgões que, livre de seus inimigos naturais, reproduzem-se rapidamente (GASSEN,

1996). Segundo MAJER (1983), bioindicadores não são apenas aqueles que indicam

um ambiente particular devido sua presença ou ausência, mas também são aqueles

em que a abundância pode ser alterada devido a perturbações.

Várias foram as espécies de Cicadellidae, Coreidae, Lygaeidae e Pentatomidae

coletadas nas áreas. Cicadellidade foi a família que apresentou o maior número de

espécies, algumas dominantes como D. maidis e S. grossa. A primeira é citada por

diversos autores (GASSEN, 1996; MATRANGOLO et al., 1997; MICHEREFF FILHO et

al., 2002b; PICANÇO et al., 2003; FRIZZAS, 2003; BADJI et al., 2004) como herbívoro

associado à cultura do milho.

Dentre Hemiptera predadores, as espécies observadas foram Geocoris sp. e Orius

sp. Este último foi o hemíptero predador de maior abundância e presente em todas as

safras e locais. Orius sp. foi espécie dominante nas avalições visuais e destrutivas.

Neste tipo de avaliação o predador foi encontrado dentro do cartucho juntamente com

tripes e pulgões. Várias espécies de Orius são citadas como predadoras efetivas de

afídeos (RUTLEDGE & O’NEIL, 2005), ovos de H. zea (OATMANN, 1966;

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PFANNENSTIEL & YEARGAN, 2002) e tripes (KIMAN & YEARGAN, 1985;

FUNDERBURK et al., 2000; GITONGA et al., 2002). Em relação ao uso como

bioindicadores, os Anthocoridae em geral são bastante móveis e possuem várias

gerações num mesmo ciclo da cultura, que são características desfavoráveis (FAUVEL,

1999)

Em relação a Hymenoptera, poucas foram as epécies polinizadoras observadas nos

ensaios. Apis mellifera foi a mais comum e abundante delas. Outras espécies como

Epicharis sp., Trigona sp., Trigona spinipes (Fabr.) e Augochloropsis cupreola

(Cockerell) foram pouco abundantes mas sempre presentes em quase todas as safras.

A maioria dos trabalhos sobre polinizadores como bioindicadores têm sido realizados

com abelhas melíferas, entretanto utilização de grupos de espécies de polinizadores

como bioindicadores tem sido estudada (KEVAN, 1999).

Formigas são importantes no funcionamento de ecossistemas principalmente pela

sua habilidade de manter ou restaurar a qualidade do solo em ambientes rurais e pelo

seu valor como bioindicadores da qualidade do solo (BRUYN, 1999). Atta spp. e

Acromyrmex sp., espécies encontradas nos ensaios em M. Mirim e Jaboticabal, são

espécies desfolhadoras (GASSEN, 1996). Espécies da família Formicidae foram em

geral mais abundantes no verão, seja em M. Mirim ou Jaboticabal. Ectatoma sp.,

Formicidae sp.3 e Formicidae sp.7 foram mais abundantes em M. Mirim e Formicidae

sp.6 em Jaboticabal. Formicidae sp.8 foi semelhante em termos de abundância nos

dois locais (Tabela 16). De acordo com ANDERSEN (1997) e ROCHA (2004), formigas

são bons bioindicadores uma vez que respondem as mudanças do ambiente. O

número de espécies de formigas em geral foi menor que o coletado em outros estudos

como MICHEREFF et al. (2004). Este estudo foi conduzido em condições de plantio

direto, sem revolvimento de solo, diferentemente dos ensaios conduzidos em M. Mirim

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e Jaboticabal onde se adotou o cultivo convencional com revolvimento de solo pré-

plantio. Entre esses dois locais o número de espécies foi 11 em Jaboticabal e 8 em M.

Mirim, sendo também maior a abundância em Jaboticabal. A área de M. Mirim é uma

área caracterizada por agricultura intensa por mais de 20 anos e Jaboticabal por ser

uma área anteriormente plantada com eucalipto. De acordo com ALI et al. (1986)

práticas culturais como manutenção de restos de cultura ou revolvimento de solo,

podem afetar a abundância de S. invicta em cana-de-açúcar. Formigas devem ser

consideradas como um importante grupo da fauna de solo; entretanto existe a

necessidade de experimentos específicos para se testar a hipótese de que elas

possam ser utilizadas como bioindicadores (BRUYN, 1999). Como exemplo, MATLOCK

& DE LA CRUZ (2003) compararam duas áreas de banana, uma convencional e outra

com poucas aplicações de químicos em geral e verificaram que formigas foram menos

sensíveis aos tratamentos químicos do que parasitóides no mesmo estudo.

Espécies de Ichneumonidae e Braconidae são importantes parasitóides de S.

frugiperda (LUCCHINI & ALMEIDA, 1980; PATEL & HABIB, 1982; SILVEIRA et al.,

1987; VALICENTE, 1989; SILVA et al., 1997). O número de espécies bem como a

abundância de Ichneumonidae foi maior do que Braconidae em ambos os locais.

(Tabela 16). Mesmo dentro da família Ichneumonidae a abundância variou entre as

espécies e safras. Ainda entre os parasitóides, Scelionidae foi a família de maior

abundância na safrinha de 2002, e ocorreu somente nesta safra.

Foram coletadas várias espécies de Pompillidae, Sphecidae e Vespidae. (Tabela

16). Pompillidae sp.4 foi a mais abundante dentre os Pompillidae. Sphecidae foi mais

abundante do que Vespidae, sendo a espécie Sphecide sp.7 a mais abundante.

Vespas são encontradas em agroecossistemas alimentando-se principalmente de

lagartas (GASSEN, 1986).

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No caso de Neuroptera apenas duas espécies, Chyrsopidae sp. 1 e Hemerobius

sp., foram observadas nos ensaios. Ambos foram pouco abundantes, entretanto

Hemerobius sp. teve uma abundância maior que Chrysopidae sp.1, principalmente na

safrinha de 2003 em M. Mirim (Tabela 16). Em agroecossistemas algumas espécies

das famílias Chrysopidae e Hemerobiidae são conhecidas como predadores

principalmente de insetos sugadores sendo Hemerobius relacionado como predador de

afídeos (STELZL & DEVETAK, 1999), porém, dentre os vários cultivos mencionados

por FREITAS (2002) onde crisopídeos são importantes predadores, o milho não figura

entre elas.

De acordo com GASSEN (1996), G. assimilis ocorre mais comumente em áreas de

hortaliças e esporadicamente em lavouras extensivas. Entretanto, entre os insetos

capturados no solo, G. assimilis, foi abundante e ocorreu em todas as safras e nas

duas regiões (Tabelas 16 e 17). Ainda segundo o mesmo autor, os grilos são onívoros

e podem eventualmente, além de se alimentar de plantas jovens, predar outros insetos

e alimentar-se de sementes. YOSHIMURA et al. (2005) verificaram que G. bimaculatus

poderia funcionar como um organismo indicator na detecção de poluentes químicos em

ambientes terrestres.

Outro herbívoro abundante foi F. williamsi (Tabela 16). O mesmo foi observado

apenas nas avaliações destrutivas. Tripes são fonte de alimento principalmente para o

predador Orius sp. (KIMAN & YEARGAN, 1985; FUNDERBURK et al., 2000; GITONGA

et al., 2002)

As espécies de aranhas são todas predadoras e a grande maioria se alimenta

principalmente de insetos, sendo abundantes tanto em ecossistemas naturais como em

agroecossistemas (MARC et al., 1999) e podem exercer papel importante no

decréscimo de populações de herbívoros (MARC et al., 1999; BOGYA & MARKÓ,

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93

1999; AMALIN et al., 2001; SCHMIDT & TSCHARNTKE, 2005). As famílias de aranhas

coletadas foram Lycosidae, Oxyopidae, Salticidae e Deinopidae (Tabela 16), sendo

Lycosidae a que apresentou o maior número de espécies. Lycosidae, Salticidae,

Oxyopidae, Araneidae e Linyphiinae entre outras, são comuns em agroecossistemas

(MARC et al., 1999; SCHMIDT & TSCHARNTKE, 2005). De acordo com LANG et al.

(1999), aranhas da família Lycosidae em conjunto com carabídeos, podem reduzir

populações de Cicadellidae, Thysanoptera e Aphididae em campos de milho. Em

relação a bioindicação, Araneae parece ser mais sensível ao efeito de pesticidas do

que muitos dos insetos fitófagos (CROFT & BROWN, 1975, HUMMEL et al., 2002).

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94

5.6. Impacto dos inseticidas chlorpyrifos e spinosad sobre a comunidade de

artrópodes

5.6.1. Efeito sobre índices de diversidade

O índice de diversidade obtido a partir das coletas em bandeja d’água (Figura

11) variou entre 1,0 e 2,5 sendo que na safra de verão de 2002/2003 obteve-se os

maiores índices aos 14 e 59 dias após o plantio. Diferença estatística significativa foi

observada em apenas 6 (13,63%) do total de avaliações (44), sendo que em 5

(11,36%) a área tratada com chlorpyrifos apresentou índice de diversidade inferior ao

da testemunha. Em duas avaliações (4,54%) a área tratada com o inseticida spinosad

mostrou um índice de diversidade inferior ao da área não tratada.

Quando se compara os índices de diversidade obtidos a partir das coletas em

armadilha de solo (Figura 12), observa-se que na maioria das avaliações não há

diferença significativa entre os tratamentos. Na safrinha de 2003 se observou o maior

número de avaliações (3 num total de 14 - 21,42%) nas quais as áreas tratadas com os

inseticidas spinosad e chlorpyrifos apresentaram índice inferior ao obtido na área

testemunha.

Os índices de diversidade obtidos a partir das avaliações visuais (Figura 13)

foram inferiores aos obtidos nas coletas com bandeja d’àgua e armadilha de solo.

Diferença significativa foi observada apenas na safrinha de 2003. Em apenas uma das

avaliações o índice de diversidade na área tratada com chlorpyrifos foi inferior aos

índices obtidos na área não tratada e na área tratada com spinosad.

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98

Em relação à riqueza de espécies considerando-se os três métodos de

amostragem, bandeja d’àgua (Figura 14), armadilha de solo (Figura 15) e avaliação

visual (Figura 16), poucas foram as datas nas quais se obteve diferença significativa

entre os tratamentos. Em 10 (6,5%), no total de 152 avaliações, verificou-se diferença e

das 10, em apenas 3 (1,97% do total) a diferença foi verificada nas primeiras

avaliações, após uma das aplicações. Esses resultados indicam que tanto spinosad

como chlorpyrifos praticamente não interferem no número de espécies de uma

determinada área mesmo após as aplicações. KROOS & SCHAEFER (1998)

comparando a intensidade de aplicação de inseticidas, fungicidas e herbicidas em trigo

sobre Staphylinidae e verificaram que a não aplicação favoreceu apenas algumas

poucas espécies dominantes, mas não teve efeito positivo na riqueza de espécies. Já

no que diz respeito a abundância (Figuras 17, 18 e 19) um número maior de avaliações

(14) com diferença significativa foi observado. Neste caso a diferença na abundância

entre tratamentos se dá principalmente após uma ou outra aplicação sendo mais

notável o efeito do inseticida chlorpyrifos, mas também observado com spinosad.

Todavia esse efeito negativo dos inseticidas na abundância tem uma duração que varia

de 3 a 10 dias, como verificado, por exemplo, nas avaliações visuais (Figura 19). O

efeito de chlorpyrifos é rápido e intenso em espécies suscetíveis, mas sua degradação

é relativamente rápida no ambiente (CRANE et al., 2003). Redução temporária na

abundância população de formigas, aranhas e coleópteros que vivem na superfície de

solo após a aplicação de chlorpyrifos foi observada por diversos autores (MACK, 1992;

BRAMAN & PENDLEY, 1993; WANG et al. (2001); PEREIRA et al., 2004).

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102

ELLSBURY et al. (1998) e MEN et al. (2003) observaram diferença significativa

na abundância e riqueza de espécies (herbívoros e inimigos naturais) quando

compararam área tratada com inseticidas e área não tratada. Além do decréscimo na

abundância de espécies houve também diferenças significativas no índice de

diversidade. No entanto, BOGYA & MARKÓ (1999), utilizando índices de diversidade,

abundância, riqueza e dominância, concluiram não haver diferença entre diferentes

tipos de sistemas de controle de pragas em macieiras sobre a comunidade de aranhas

que vivem na superfície do solo. Ainda, MICHEREFF FILHO et al. (2002b), verificaram

que a abundância dos artrópodes na cultura do milho foi mais afetada pelas variáveis

ambientais do que pela aplicação do inseticida chlorpyrifos.

Em geral os maiores valores dos índices de diversidade, riqueza e abundância,

foram observados entre 50 e 80 dias dias após o plantio nas avaliações visuais (Figura

13). Essa mesma tendência foi observada nas coletas com bandeja d’àgua (Figura 11)

e armadilha de solo (Figura 12). Esse período coincide com início de emissão do

pendão e o período de florescimento do milho e indica que em estudos de impacto seja

de agroquímicos ou de milho transgênico contendo proteínas de Bacillus thuringiensis,

essa época deve obrigatoriamente ser considerada nas avaliações.

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200

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104

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5671

7685

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Figu

ra 1

8.N

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Tuk

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= 0

,05)

.

Page 113: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FFCLRP – DEPARTAMENTO DE … · 2012. 6. 6. · UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FFCLRP – DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM ENTOMOLOGIA

105

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Figu

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(P =

0,0

5).

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106

5.6.2. Análise de componentes principais por safra

Relizando-se a comparação entre as safras verifica-se que existe um

agrupamento dos tratamentos por safra (Figura 20) evidenciando o maior efeito das

safras do que dos tratamentos em si. O componente principal 1 foi responsável por

60,021% e o componente principal 2 por 22,853% da variabilidade total. As safras do

verão de 2002/2003 e da safrinha de 2003 em Mogi Mirim formaram um grupo mais

próximo e as duas foram agrupadas com a safra de verão de 2002/2003 de

Jaboticabal. A safrinha de 2002 em Mogi Mirim foi discrepante en relação as safras já

mencionadas. Não houve discrepância em relação aos tratamentos estudados.

Em relação às espécies das famílias Carabidae, Coccinellidae e Staphylinidae

(Figura 21), observa-se a mesma tendência do agrupamento por safras não havendo

discrepância entre os tratamentos. Essa mesma tendência de agrupamento foi

observada nas famílias Chrysomelidae, Elateridae e Scarabaeidae (Figura 21),

Nitidulidae e outras famílias de Coleoptera (Figura 22).

No caso de Diptera, os tratamentos foram também agrupados de acordo com as

safras sendo mais evidente esse agrupamento em Asilidae, Sciaridae e Stratiomyidae,

e Dolichopodidae e Micropezidae. (Figura 23) do que em Syrphidae (Figura 24).

Das espécies de Hymenoptera parasitóides (Figura 25), Scelionidae sp.1 foi

predominante na safrinha de 2002 que formou um grupo distinto das outras espécies e

safras. Houve um agrupamento dos tratamentos e das safras acontecendo o mesmo

no caso de Sphecidae, Vespidae e Pompilidae e dos polinizadores.

A espécie D. maidis foi a predominante em Cicadellidae e R. maidis entre outras

famílias de herbívoros de Hemiptera (Figura 26). Em ambos os casos, e principalmente

em Cicadellidae, fica bastante claro o agrupamento dos tratamentos e safras,

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107

mostrando que não houve efeito dos tratamentos na abundância desses insetos. Houve

também agrupamento dos tratamentos no caso de Orius, Geocoris e Tropiconabis

(Figura 27).

Não se observa discrepância entre os tratamentos também no caso de

Orthoptera (Figura 27), Dermaptera e Araneae (Figura 28).

A análise de componentes principais mostrou em geral um agrupamento dos

tratamentos dentro das safras estudadas, não havendo discrepância entre os

tratamentos mas, em alguns casos, entre safras. Por se tratar de análise exploratória

tendências podem ser observadas, porém, análises posteriores (univariadas) devem

ser realizadas para confirmação dos resultados.

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108

A

B

Figura 20. Análise de agrupamento (A) e de Componentes Principais (B) considerando-se todas as safras e espécies amostradas através de armadilha de solo, bandeja d’água, avaliação visual e destruição de plantas. M. Mirim e Jaboticabal, SP, novembro de 2002 a junho de 2003 (Chlorp = chlorpyrifos; Spin = spinosad; Test = testemunha; Jab = Jaboticabal). As elipses referem-se aos agrupamentos baseados no dendograma.

UPGMA

Euclidean - Data square-root transformed

Spin Safrinha 02Test Safrinha 02Chlorp Safrinha 02Spin Safra 02/03Test Safra 02/03Chlorp Safra 02/03Spin Safrinha 03Test Safrinha 03Chlorp Safrinha 03Spin Safra 02/03 JabTest Safra 02/03 JabChlorp Safra 02/03 Jab

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Distância Euclidiana

PCA case scores

Axis 2

Axis 1

Spin Safrinha 02

Chlorp Safrinha 02Test Safrinha 02

Spin Safra 02/03Chlorp Safra 02/03

Test Safra 02/03

Spin Safrinha 03Chlorp Safrinha 03

Test Safrinha 03

Spin Safra 02/03 JabChlorp Safra 02/03 JabTest Safra 02/03 Jab

-4.8

-9.6

-14.5

4.8

9.6

14.5

19.3

24.1

CP 1 = 60,021

CP

2 =

22,8

53

b

Page 117: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FFCLRP – DEPARTAMENTO DE … · 2012. 6. 6. · UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FFCLRP – DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM ENTOMOLOGIA

109

Figura 21. Análise de componentes principais considerando-se as espécies de Carabidae (A), Coccinellidae (B) e Staphylinidae (C) nas diferentes safras e tratamentos. Mogi Mirim e Jaboticabal, SP, novembro de 2002 a junho de 2003 (Chlorp = chlorpyrifos; Spin = spinosad;Test = testemunha; Jab = Jaboticabal). As elipses referem-se aos agrupamentos baseados no dendograma.

PCA case scores

Axi

s 2

Axis 1

Spin Safrinha 02

Chlorp Safrinha 02

Test Safrinha 02Spin Safra 02/03Chlorp Safra 02/03Test Safra 02/03

Spin Safrinha 03

Chlorp Safrinha 03Test Safrinha 03

Spin Safra 02/03 Jab

Chlorp Safra 02/03 JabTest Safra 02/03 Jab

-0.3

-0.7

-1.0

-1.4

-1.7 0.3

0.7

1.0

1.4

1.7

Calida scutellaris

Galerita bruchi

Lebia concinna

Notiobia sp.

Polpochila sp.

Selenophorus sp.

Vector scaling: 2,14

CP 1 = 69,928

CP

2 =

16,0

53

Carabidae

PCA case scores

Axi

s 2

Axis 1

Spin Safrinha 02

Chlorp Safrinha 02

Test Safrinha 02

Spin Safra 02/03Chlorp Safra 02/03Test Safra 02/03

Spin Safrinha 03

Chlorp Safrinha 03

Test Safrinha 03

Spin Safra 02/03 Jab

Chlorp Safra 02/03 JabTest Safra 02/03 Jab

-0.2

2

-0.4

3

-0.6

5

-0.8

7

0.22

0.43

0.65

0.87

1.08

Coccinellidae sp.1

Cycloneda sanguinea

Eriopsis conexa

Exochomus sp.

Hyperaspis sp.

Scymnus sp.

Vector scaling: 1,16

CP 1 = 59,232

CP

2 =

24,8

58

Coccinellidae

PCA case scores

Axi

s 2

Axis 1

Spin Safrinha 02Chlorp Safrinha 02Test Safrinha 02

Spin Safra 02/03Chlorp Safra 02/03

Test Safra 02/03

Spin Safrinha 03Chlorp Safrinha 03

Test Safrinha 03

Spin Safra 02/03 JabChlorp Safra 02/03 Jab

Test Safra 02/03 Jab

-0.4

-0.7

-1.1

-1.4

-1.8 0.4

0.7

1.1

1.4

1.8

Eulissus chalybaeus

Paederus brasiliensis

Staphylinidae sp.1

Staphylinidae sp.2

Trichophya sp.

Vector scaling: 1,98

CP 1 = 79,832

CP

2 =

12,5

37

Staphylinidae

A

B

C

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110

Figura 21. Análise de componentes principais considerando-se as espécies de Chrysomelidae (A), Elateridae e Scarabaeidae (B) nas diferentes safras e tratamentos. Mogi Mirim e Jaboticabal, SP, novembro de 2002 a junho de 2003 (Chlorp = chlorpyrifos; Spin = spinosad;Test = testemunha; Jab = Jaboticabal). As elipses referem-se aos agrupamentos baseados no dendograma.

PCA case scores

Axi

s 2

Axis 1

Spin Safrinha 02

Chlorp Safrinha 02

Test Safrinha 02

Spin Safra 02/03Chlorp Safra 02/03Test Safra 02/03

Spin Safrinha 03Chlorp Safrinha 03Test Safrinha 03

Spin Safra 02/03 JabChlorp Safra 02/03 JabTest Safra 02/03 Jab

-1.6

-3.1 1.6

3.1

4.7

6.2

7.8

Diabrotica sp.

Diabrotica speciosa

Epitrix sp.

Maecolaspis occidentalis

Maecolaspis perturbata

Maecolaspis sp.

Vector scaling: 6,28

CP 1 = 83,868

CP

2 =

9,76

3

Chrysomelidae

PCA case scores

Axi

s 2

Axis 1

Spin Safrinha 02

Chlorp Safrinha 02Test Safrinha 02

Spin Safra 02/03Chlorp Safra 02/03Test Safra 02/03

Spin Safrinha 03

Chlorp Safrinha 03Test Safrinha 03

Spin Safra 02/03 JabChlorp Safra 02/03 Jab

Test Safra 02/03 Jab

-0.7

-1.5

-2.2

-3.0

-3.7 0.7

1.5

2.2

3.0

Conoderus sp.

Elateridae sp.2

Elateridae sp.3

Omalodes sp.

Canthidium sp. 1

Canthidium sp. 2

Copraphaneus ensifer

Coprophaneus sp.

Onthophagus ranunculus

Oxysternon palaemon

Trichillum sp.2

Trichilum sp.1

Vector scaling: 5,34

CP 1 = 68,793

CP

2 =

18,0

08

Elateridae e Scarabaeidae

A

B

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111

Figura 22. Análise de componentes principais considerando-se as espécies de Nitidulidae (A), e outras famílias de Coleoptera (B) nas diferentes safras e tratamentos. Mogi Mirim e Jaboticabal, SP, novembro de 2002 a junho de 2003 (Chlorp = chlorpyrifos; Spin = spinosad;Test = testemunha; Jab = Jaboticabal). As elipses referem-se aos agrupamentos baseados no dendograma.

PCA case scores

Axi

s 2

Axis 1

Spin Safrinha 02Chlorp Safrinha 02Test Safrinha 02Spin Safra 02/03Chlorp Safra 02/03Test Safra 02/03

Spin Safrinha 03Chlorp Safrinha 03Test Safrinha 03

Spin Safra 02/03 Jab

Chlorp Safra 02/03 Jab

Test Safra 02/03 Jab

-1.6

-3.2

-4.8 1.6

3.2

4.8

6.4

8.0

Colopterus sp.

Conotelussp.

Nitidulidae sp.3

Nitidulidae sp.1

Nitidulidae sp.2

Vector scaling: 5,68

CP 1 = 97,096

CP

2 =

2,12

9

Nitidulidae

PCA case scores

Axi

s 2

Axis 1

Spin Safrinha 02

Chlorp Safrinha 02

Test Safrinha 02

Spin Safra 02/03Chlorp Safra 02/03

Test Safra 02/03

Spin Safrinha 03

Chlorp Safrinha 03

Test Safrinha 03

Spin Safra 02/03 Jab

Chlorp Safra 02/03 JabTest Safra 02/03 Jab

-0.7

-1.4

-2.1

-2.9

-3.6 0.7

1.4

2.1

2.9

3.6

Bolbapium sp.

Lagria villosa

Astylus variegatus

Xyleborus sp.

Vector scaling: 4,81

CP 1 = 61,345

CP

2 =

33,9

49

(Allecullidae, Bolboceratidae, Curculionidade, Histeridae, Lagriidae, Melyridae, Scolytidae, Trogidae,

Tenebrionidae)

A

B

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112

Figura 23. Análise de componentes principais considerando-se as espécies de Asilidae, Sciaridae e Stratiomyidae (A), Dolichopodidae e Micropezidae (B) nas diferentes safras e tratamentos. Mogi Mirim e Jaboticabal, SP, novembro de 2002 a junho de 2003 (Chlorp = chlorpyrifos; Spin = spinosad;Test = testemunha; Jab = Jaboticabal). As elipses referem-se aos agrupamentos baseados no dendograma.

PCA case scores

Axi

s 2

Axis 1

Spin Safrinha 02

Chlorp Safrinha 02

Test Safrinha 02

Spin Safra 02/03

Chlorp Safra 02/03Test Safra 02/03

Spin Safrinha 03

Chlorp Safrinha 03Test Safrinha 03

Spin Safra 02/03 Jab

Chlorp Safra 02/03 Jab

Test Safra 02/03 Jab-0.4

-0.8

-1.1

-1.5

-1.9 0.4

0.8

1.1

1.5

1.9

Asilidae sp.2

Asilidae sp.3

Hermetia illucens

Stratiomyidae sp.1

Vector scaling: 1,83

CP 1 = 75,423

CP

2 =

10,4

98

Asilidae, Sciaridae, Stratiomyidae

PCA case scores

Axi

s 2

Axis 1

Spin Safrinha 02

Chlorp Safrinha 02Test Safrinha 02

Spin Safra 02/03Chlorp Safra 02/03Test Safra 02/03

Spin Safrinha 03

Chlorp Safrinha 03

Test Safrinha 03Spin Safra 02/03 Jab

Chlorp Safra 02/03 Jab

Test Safra 02/03 Jab

-3.3

-6.6

-10.

0

3.3

6.6

10.0

13.3

16.6

Condylostilus sp.

Dolichopodidae sp.1

Dolichopodidae sp.2

Dolichopodidae sp.3

Taeniaptera sp.

Vector scaling: 16,35

CP 1 = 86,058

CP

2 =

11,0

41

Dolichopodidae, Micropezidae

A

B

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113

Figura 24. Análise de componentes principais considerando-se as espécies de Syrphidae (A) e de espécies de Hymenoptera polinizadores (B) nas diferentes safras e tratamentos. Mogi Mirim e Jaboticabal, SP, novembro de 2002 a junho de 2003 (Chlorp = chlorpyrifos; Spin = spinosad;Test = testemunha; Jab = Jaboticabal). As elipses referem-se aos agrupamentos baseados no dendograma.

PCA case scores

Axi

s 2

Axis 1

Spin Safrinha 02

Chlorp Safrinha 02Test Safrinha 02

Spin Safra 02/03Chlorp Safra 02/03Test Safra 02/03Spin Safrinha 03

Chlorp Safrinha 03Test Safrinha 03

Spin Safra 02/03 JabChlorp Safra 02/03 JabTest Safra 02/03 Jab

-1.2

-2.3

-3.5 1.2

2.3

3.5

4.7

5.8Allograpta sp.

Syrphidae sp.2

Syrphidae sp.3

Syrphidae sp.5

Syrphidae sp.6

Vector scaling: 4,89

CP 1 = 93,565

CP

2 =

4,19

3

Syrphidae

PCA case scores

Axi

s 2

Axis 1

Spin Safrinha 02Chlorp Safrinha 02Test Safrinha 02

Spin Safra 02/03

Chlorp Safra 02/03

Test Safra 02/03

Spin Safrinha 03Chlorp Safrinha 03

Test Safrinha 03

Spin Safra 02/03 JabChlorp Safra 02/03 Jab

Test Safra 02/03 Jab

-0.6

-1.1

-1.7 0.6

1.1

1.7

2.2

2.8

Oxaea flavescens

Apis mellifera

Augochloropsis sp.

Vector scaling: 2,41

CP 1 = 69,951

CP

2 =

16,0

47

Andrenidae, Apidae, Anthophoridae, Hallictidae,Tenthredinidae

A

B

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114

Figura 25. Análise de componentes principais considerando-se as espécies de Hymenoptera parasitóides (A) e predadores (B) nas diferentes safras e tratamentos. Mogi Mirim e Jaboticabal, SP, novembro de 2002 a junho de 2003 (Chlorp = chlorpyrifos; Spin = spinosad;Test = testemunha; Jab = Jaboticabal). As elipses referem-se aos agrupamentos baseados no dendograma.

PCA case scores

Axi

s 2

Axis 1

Spin Safrinha 02Chlorp Safrinha 02Test Safrinha 02

Spin Safra 02/03

Chlorp Safra 02/03Test Safra 02/03

Spin Safrinha 03

Chlorp Safrinha 03

Test Safrinha 03

Spin Safra 02/03 JabChlorp Safra 02/03 Jab

Test Safra 02/03 Jab

-1.1

-2.2 1.1

2.2

3.3

4.5

5.6

Braconidae sp.1

Alabagrus sp.

Ichneumonidae sp.1

Ichneumonidae sp.5Trachysphyrus sp.

Ichneumonidae sp.3

Epirhyssa sp.

Scelionidae sp.1

Vector scaling: 4,78

CP 1 = 91,430

CP

2 =

3,77

2

Braconidae, Ichneumonidae,Chalcididae,Scelionidae

PCA case scores

Axi

s 2

Axis 1

Spin Safrinha 02Chlorp Safrinha 02

Test Safrinha 02

Spin Safra 02/03

Chlorp Safra 02/03

Test Safra 02/03

Spin Safrinha 03Chlorp Safrinha 03

Test Safrinha 03

Spin Safra 02/03 JabChlorp Safra 02/03 Jab

Test Safra 02/03 Jab

-0.4

-0.7

-1.1

-1.5 0.4

0.7

1.1

1.5

1.8Pompilidae sp.2

Pompilidae sp.4

Sphecidae sp.8

Sphecidae sp.1

Sphecidae sp.2

Sphecidae sp.7

Agelaia pallipes

Vespidae sp.2

Vector scaling: 2,30

CP 1 = 57,186

CP

2 =

30,8

32

Sphecidae, Vespidae, Pompilidae

A

B

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115

Figura 26. Análise de componentes principais considerando-se as espécies de Cicadellidae (A) e de outros Hemiptera (B) nas diferentes safras e tratamentos. Mogi Mirim e Jaboticabal, SP, novembro de 2002 a junho de 2003 (Chlorp = chlorpyrifos; Spin = spinosad;Test = testemunha; Jab = Jaboticabal). As elipses referem-se aos agrupamentos baseados no dendograma.

PCA case scores

Axi

s 2

Axis 1

Spin Safrinha 02Chlorp Safrinha 02Test Safrinha 02

Spin Safra 02/03Chlorp Safra 02/03Test Safra 02/03

Spin Safrinha 03Chlorp Safrinha 03Test Safrinha 03

Spin Safra 02/03 JabChlorp Safra 02/03 Jab

Test Safra 02/03 Jab

-1.6

-3.2

-4.8 1.6

3.2

4.8

6.4

8.0

Cicadellidae sp.3Cicadellidae sp.6Cicadellidae sp.10

Dalbulus maidis

Sonesimia grossa

Vector scaling: 6,75

CP 1 = 85,005

CP

2 =

9,60

5

Cicadellidae

PCA case scores

Axi

s 2

Axis 1

Spin Safrinha 02Chlorp Safrinha 02Test Safrinha 02

Spin Safra 02/03Chlorp Safra 02/03Test Safra 02/03 Spin Safrinha 03Chlorp Safrinha 03Test Safrinha 03

Spin Safra 02/03 JabChlorp Safra 02/03 Jab

Test Safra 02/03 Jab

-2.4

-4.9

-7.3

-9.8

-12.

2

2.4

4.9

7.3

9.8

12.2Rhopalosiphum maidis

Coreidae sp.160

Lygaeidae sp.552

Vector scaling: 10,29

Lygaeidae sp.4

Coreidae sp.1

CP 1 = 94,367

CP

2 =

3,62

3

Aphididae, Coreidae, Lygaeiadae, Reduviidae, Pentatomidae

A

B

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116

Figura 27. Análise de componentes principais considerando-se as espécies de Hemiptera predadores (A) e de Orthoptera (B) nas diferentes safras e tratamentos. Mogi Mirim e Jaboticabal, SP, novembro de 2002 a junho de 2003 (Chlorp = chlorpyrifos; Spin = spinosad;Test = testemunha; Jab = Jaboticabal). As elipses referem-se aos agrupamentos baseados no dendograma.

PCA case scores

Axi

s 2

Axis 1

Spin Safrinha 02

Chlorp Safrinha 02

Test Safrinha 02

Spin Safra 02/03Chlorp Safra 02/03Test Safra 02/03

Spin Safrinha 03Chlorp Safrinha 03

Test Safrinha 03

Spin Safra 02/03 Jab

Chlorp Safra 02/03 Jab

Test Safra 02/03 Jab

-0.4

-0.7

-1.1 0.4

0.7

1.1

1.4

1.8

Orius sp.

Geocoris sp.

Tropiconabis sp.

Vector scaling: 1,86

CP 1 = 60,104

CP

2 =

31,4

71

Orius, Geocoris, Tropiconabis

PCA case scores

Axi

s 2

Axis 1

Spin Safrinha 02Chlorp Safrinha 02

Test Safrinha 02

Spin Safra 02/03Chlorp Safra 02/03

Test Safra 02/03Spin Safrinha 03

Chlorp Safrinha 03

Test Safrinha 03

Spin Safra 02/03 Jab

Chlorp Safra 02/03 Jab

Test Safra 02/03 Jab

-0.4

-0.8

-1.3

-1.7 0.4

0.8

1.3

1.7

2.1

Acrididae sp.3

Acrididae sp.5

Orphulella sp.

Neoconocephalus infuscatus

Gryllus assimilis

Lutosa sp.

Vector scaling: 2,35

CP 1 = 69,951

CP

2 =

16,0

47

Orthoptera

A

B

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117

Figura 28. Análise de componentes principais considerando-se as espécies de Dermaptera (A) e de Araneae (B) nas diferentes safras e tratamentos. Mogi Mirim e Jaboticabal, SP, novembro de 2002 a junho de 2003 (Chlorp = chlorpyrifos; Spin = spinosad;Test = testemunha; Jab = Jaboticabal). As elipses referem-se aos agrupamentos baseados no dendograma.

PCA case scores

Axi

s 2

Axis 1

Spin Safrinha 02Chlorp Safrinha 02

Test Safrinha 02

Spin Safra 02/03

Chlorp Safra 02/03

Test Safra 02/03

Spin Safrinha 03

Chlorp Safrinha 03

Test Safrinha 03

Spin Safra 02/03 Jab

Chlorp Safra 02/03 Jab

Test Safra 02/03 Jab

-1.8

-3.6

-5.3 1.8

3.6

5.3

7.1

8.9

Chelisochidae sp.1

Doru luteipes

Labidura xanthopus

Spongiphoridae sp.1

Vector scaling: 9,32

CP 1 = 79,349

CP

2 =

19,2

27

Dermaptera

PCA case scores

Axi

s 2

Axis 1

Spin Safrinha 02Chlorp Safrinha 02Test Safrinha 02

Spin Safra 02/03

Chlorp Safra 02/03

Test Safra 02/03

Spin Safrinha 03Chlorp Safrinha 03Test Safrinha 03 Spin Safra 02/03 JabChlorp Safra 02/03 Jab

Test Safra 02/03 Jab

-0.4

-0.8

-1.1

-1.5 0.4

0.8

1.1

1.5

1.9

Deinopidae sp.3

Deinopidae sp.4

Lycosidae sp.2Lycosidae sp.12

Lycosidae sp.4

Lycosidae sp.5

Lycosidae sp.7

Oxyopidae sp.1

Oxyopidae sp.2

Araneae sp.1

Lycosidae sp.8

Vector scaling: 2,37

CP 1 = 67,765

CP

2 =

14,2

64

ARANEAE

A

B

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118

5.6.3. Análise de componentes principais: herbívoros e predadores dentro

de cada safra

Para análise de componentes principais levando-se em consideração os

herbívoros e predadores utilizou-se os dados das avaliações visuais, por se tratar do

método no qual se observou a maior abundância dos organismos em estudo.

Em relação aos herbívoros (Figuras 29, 30 e 31) observa-se em todos os casos,

o agrupamento dos tratamentos e respectivas datas de avaliação. Em nenhum dos

casos houve discrepância entre os tratamentos.

Na safrinha de 2002 (Figura 29), D. maidis e A. variegatus foram os herbívoros

que obtiveram os maiores valores e os que mais contribuíram na distribuição ao longo

dos eixos. Já no verão de 2002/2003 (Figura 30), além de D. maidis, L. villosa, Euxesta

sp. e Maecolaspis sp. foram importantes na distribuição, assim como D. maidis e

Euxesta sp. na safrinha de 2003 (Figura 31). Observando-se as datas de avaliação

verifica-se que há a formação de grupos definidos separando as primeiras e as últimas

avaliações. Na fase inicial da cultura do milho (primeiras avaliações), D. maidis foi o

herbívoro predominante. Outros herbívoros como A. variegatus e L. villosa estiveram

mais relacionadas as avaliações na época de florescimento (avaliações intermediárias,

e Euxesta sp. aparece sempre correlacionada às avaliações finais.

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119

Figura 29. Análise de componentes principais: herbívoros observados através de avaliações visuais na safrinha de 2002. Mogi Mirim, março a junho de 2002; 1= spinosad , 2= chlorpyrifos, 3= testemunha; A-L = avaliações 1 a 12. DALBMA = D. maidis, ASTYVA = A. variegatus, DIABSC = D. speciosa.

Figura 30. Análise de componentes principais: herbívoros observados através de avaliações visuais no verão de 2002/2003. M. Mirim, dez/2002 a mar/2003; 1= spinosad , 2= chlorpyrifos, 3= testemunha; A-P = avaliações 1 a 17. DALBMA = D. maidis, LAGRVI = L. villosa, DIABSP = Diabrotica sp., MAECOSP = Maecolaspis sp., EUXESP = Euxesta sp.

PCA case scores

Axis 2

Axis 1

1-A2-A3-A1-B2-B3-B

1-C2-C3-C

1-D

2-D

3-D

1-E

2-E

3-E

1-F

2-F

3-F

1-G2-G

3-G

1-H

2-H3-H

1-I2-I

3-I

1-J

2-J3-J1-K

2-K3-K

1-L

2-L3-L

-0.2

-0.5

-0.7

-1.0

-1.2

0.2

0.5

0.7

1.0

1.2DIABSC

ASTYVADALBMA

Vector scaling: 1,43

CP 1 = 66,551

CP

2 =

28,5

12

Visual Safrinha 2002 - Herbívoros

PCA case scores

Axi

s 2

Axis 1

1-C 2-C3-C

1-D2-D

3-D1-E

2-E3-E1-F

2-F

3-F

1-G

2-G3-G

1-H2-H3-H

1-I 2-I

3-I1-K

2-K

3-K

1-L

2-L

3-L

1-M2-M

3-M1-N

2-N3-N

1-P2-P3-P

-0.4

-0.7

-1.1 0.4

0.7

1.1

1.4

1.8

LAGRVI

EUXESP

DIABSPDALBMA

MAECOSP

Vector scaling: 1,65

CP 1 = 68,264

CP

2 =

22,

023

Visual Verão 2002/2003 - Herbívoros

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120

Figura 31. Análise de componentes principais: herbívoros observados através de avaliações visuais na safrinha de 2003. M. Mirim, março a junho de 2003; 1= spinosad , 2= chlorpyrifos, 3= testemunha; A-M = avaliações 1 a 15. DALBMA = D. maidis, LAGRVI = L. villosa, DIABSP = Diabrotica sp., EUXESP = Euxesta sp.

No que diz respeito aos predadores (Figuras 32, 33, 34 e 35), também observa-

se em todos os casos, o agrupamento dos tratamentos e respectivas datas de

avaliação não havendo discrepância entre tratamentos, com exceção do tratamento 2

(chlorpyrifos) na décima primeira avaliação (avaliação K) da safra de verão de

2002/2003, entretanto, faz-se necessária uma análise de variância para verificação de

diferença entre os tratamentos.

Os predadores Allograpta sp. e D. luteipes foram os que apresentaram os

maiores valores na safrinha de 2002 (Figura 32), verão de 2002/2003 (Figura 33) e

verão de 2002/2003 em Jaboticabal (Figura 34) e Allograpta sp. e C. sanguinea na

safrinha de 2003 (Figura 35). Além dessas, Orius sp. foi importante na safra de verão

PCA case scores

Axi

s 2

Axis 1

1-A2-A3-A

1-B

2-B

3-B

1-C 2-C3-C

1-D2-D 3-D1-E

2-E

3-E

1-F

2-F

3-F

1-G 2-G

3-G

1-H

2-H3-H

1-I2-I3-I

1-J2-J3-J1-K2-K

3-K1-L

2-L3-L

1-M

2-M

3-M

-0.5

-0.9

-1.4

-1.8 0.5

0.9

1.4

1.8

2.3

DIABSP

DALBMA

EUXESP

LAGRVI

Vector scaling: 2,18

CP 1 = 90,742

CP

2 =

6,2

59

Visual Safrinha 2003 – Herbívoros

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121

em Jaboticabal (Figura 34). Na maioria dos casos houve uma relação entre as

avaliações intermediárias (florescimento) e a presença dos predadores, exceção a D.

luteipes na safrinha de 2002 (Figura 32) em que sua maior ocorrência esteve

relacionada as avaliações iniciais (ciclo vegetativo da cultura) e Orius sp. em

Jaboticabal (Figura 34), relacionada as avaliações no final de florescimento.

Por se tratar de análise exploratória tendências são observadas, porém, de

modo geral as variações na abundância das espécies estiveram mais relacionadas a

fenologia da planta do que ao efeito dos produtos propriamente dito. MICHEREFF

FILHO et al. (2002 b), também, através de análise multivariada, indicaram que a maior

tendência na abundância da comunidade dos artrópodos estava relacionada ao tempo

e esta tendência poderia estara associada a fenologia da cultura bem como mudanças

climáticas ou a combinação de ambos ou seja, as populações foram mais afetadas

pelas variáveis ambientais do que pela aplicação do inseticida chlorpyrifos.

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122

Figura 32. Análise de componentes principais: predadores observados através de avaliações visuais na safrinha de 2002. M. Mirim, março a junho de 2002; 1= spinosad , 2= chlorpyrifos, 3= testemunha; A-L = avaliações 1 a 12. DORULU = D. luteipes, ALLOSP = Allograpta sp., ORIUSP = Orius sp., CYCLSA = C. sanguinea.

Figura 33. Análise de componentes principais: predadores observados através de avaliações visuais na safra de verão de 2002/2003. M. Mirim, dez/2002 a mar/2003; 1= spinosad , 2= chlorpyrifos, 3= testemunha; A-L = avaliações 1 a 12. DORULU = D. luteipes, ALLOSP = Allograpta sp., ORIUSP = Orius sp., CYCLSA = C. sanguinea., SPONSP1 = Spongiphoridae sp.1

PCA case scores

Axi

s 2

Axis 1

1-A2-A3-A

1-B

2-B3-B

1-C

2-C 3-C

1-D

2-D

3-D

1-E2-E3-E

1-F

2-F3-F

1-G

2-G3-G

1-H2-H3-H

1-I2-I3-I1-J

2-J

3-J1-K

2-K3-K

1-L2-L3-L-0

.4

-0.9

-1.3 0.4

0.9

1.3

1.8

2.2

CYCLSA

ORIUSP

DORULU

ALLOSP

Vector scaling: 2,02

CP 1 = 72,530

CP

2 =

16,

963

Visual Safrinha 2002 - Predadores

PCA case scores

Axi

s 2

Axis 1

1-C2-C3-C1-D2-D3-D1-E 2-E3-E1-F2-F3-F1-G2-G3-G1-H2-H3-H

1-I2-I3-I

1-J

2-J3-J

1-K

2-K

3-K1-L

2-L

3-L

1-M

2-M

3-M1-N

2-N3-N

-0.6

-1.2 0.6

1.2

1.8

2.3

2.9

ORIUSP

ALLOSP

DORULU

SPONSP1

CYCLOSA

Vector scaling: 2,81

CP 1 = 81,572

CP

2 =

12,

643

Visual Verão 2002/2003 - Predadores

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123

Figura 34. Análise de componentes principais: predadores observados através de avaliações visuais na safra de verão de 2002/2003. Jaboticabal, dez/2002 a mar/2003; 1= spinosad , 2= chlorpyrifos, 3= testemunha; A-L = avaliações 1 a 12. DORULU = D. luteipes, ALLOSP = Allograpta sp., ORIUSP = Orius sp., CYCLSA = C. sanguinea.

Figura 35. Análise de componentes principais: predadores observados através de avaliações visuais na safrinha de 2003. M. Mirim, março a junho de 2003; 1= spinosad , 2= chlorpyrifos, 3= testemunha; A-L = avaliações 1 a 12. DORULU = D. luteipes, ALLOSP = Allograpta sp., CYCLSA = C. sanguinea.

PCA case scores

Axi

s 2

Axis 1

1-B 2-B3-B1-C 2-C3-C 1-D2-D 3-D1-E2-E3-E

1-F2-F 3-F

1-G2-G

3-G

1-H2-H

3-H

1-I

2-I

3-I

1-J

2-J3-J

1-K2-K 3-K

1-L

2-L3-L

1-M2-M 3-M

1-N2-N3-N

1-O

2-O3-O

1-P2-P3-P

-0.2

-0.5

-0.7

-1.0

-1.2 0.2

0.5

0.7

1.0

1.2DORULU

ALLOSP

ORIUSP

CYCLSA

Vector scaling: 1,18CP 1 = 71,016

CP

2 =

16,

983

Visual Jaboticabal Verão 2002/2003 - Predadores

PCA case scores

Axi

s 2

Axis 1

1-D2-D

3-D

1-E2-E 3-E1-F

2-F

3-F

1-G

2-G3-G1-H

2-H3-H

1-I2-I3-I

1-J

2-J3-J

1-K

2-K

3-K

1-L 2-L3-L1-M

2-M

3-M

-0.4

-0.7

-1.1

-1.4 0.4

0.7

1.1

1.4

1.8

CYCLSA

DORULU

ALLOSP

Vector scaling: 1,49

CP 1 = 86,935

CP

2 =

8,3

08

Visual Safrinha 2003 – Predadores

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124

5.7. Impacto dos inseticidas chlorpyrifos e spinosad sobre Spodoptera frugiperda

e organismos não alvo

5.7.1. Herbívoros

A lagarta-do-cartucho é o alvo principal das aplicações dos inseticidas

chlorpyrifos e spinosad na cultura do milho. Em geral, os dois inseticidas apresentaram

efeito negativo sobre S. frugiperda, reduzindo o número de larvas diferindo

significativamente da área não tratada principalmente no período entre 3 e 7 dias após

cada aplicação (Figura 36). A infestação, expressa em número de lagartas / 10 plantas,

foi em todas as safras, maior no período até 30 dias após o plantio decrescendo a

seguir. A partir de 45-50 dias a infestação foi nula na maioria das safras estudadas

(Figura 36).

O mesmo não se observa no caso do pulgão R. maidis (Figura 37). Com

exceção da última avaliação da safrinha de 2002, não se observou diferença

significativa entre os tratamentos no decorrer de todo o período dos ensaios. Ao

contrário de S. frugiperda, a população do pulgão foi praticamente nula até cerca de 35

dias após o plantio aumentando até a fase próxima a emissão do pendão. O fato dos

inseticidas não ter afetado a população dessa espécie é interessante, uma vez que

preserva uma das fontes de alimentos para outros artrópodes predadores e

parasitóides tais como D. luteipes, Allograpta sp., C. sanguinea, Aphidius sp., entre

outros.

O tripes, F. williamsi, ocorre em épocas mais secas principalmente no milho de

safrinha, como pôde ser observado nos experimentos (Figura 38). A abundância deste

herbívoro foi no entanto, baixa em todas as épocas. Diferenças significativas não foram

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125

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126

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128

verificadas na maioria das avaliações. Os tripes em geral são fontes de alimento para

Orius spp.

Outro herbívoro constante nos ensaios foi D. maidis. A maior abundância desse

cicadelídeo ocorreu no período compreendido entre a emergência das plantas e 40-45

dias após o plantio (Figura 39), ou seja, na fase vegetativa da cultura. Em nenhuma

das avaliações foi observada diferença significativa entre os tratamentos.

Nas avaliações visuais foram ainda observados adultos dos coleópteros A.

variegatus (Figura 40), Maecolaspis sp. (Figura 41), D. speciosa (Figura 42), e L. villosa

(Figura 43). Em todos os casos a maior abundância ocorreu no período entre 50 e 80

dias, coincidindo com a fase de florescimento. Em relação a Maecolaspis sp. e L.

villosa (Figuras 41 e 43), houve efeito negativo dos tratamentos chlorpyrifos e spinosad

após a terceira aplicação na safra de verão de 2002/2003, sendo mais pronunciado o

efeito do inseticida chlorpyrifos.

Em relação a Euxesta sp., em todas as safras o período entre 60 e 90 dias após

o plantio (espigamento, grão leitoso) foi aquele no qual houve a maior abundância do

herbívoro (Figura 44), coincidindo com observações de LINK et al. (1984). Ainda, o

maior número de indivíduos foi observado na época da safrinha (2002 e 2003). Efeito

dos inseticidas, no qual houve a redução da abundância, foi observado após a terceira

aplicação na safra de verão de 2002/2003 e safrinha de 2003. Entretanto, aos 86 dias

após o plantio na safra de verão de 2002/2003, chlorpyrifos é o tratamento que

apresenta o maior número de indivíduos (5,0), diferindo da testemunha e de spinosad.

Os tratamentos chlorpyrifos e spinosad não mostraram efeito sobre a espécie

Lygaeidae sp.4, que ocorreu apenas na safrinha de 2002 (Figura 45). Também Epitrix

sp. ocorreu apenas na safrinha de 2002, sendo coletado tanto em bandeja d’àgua

quanto em armadilha de solo (Figura 46). Apesar das aplicações terem sido realizadas

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130

Figura 40. Número de adultos de Astylus variegatus / 100 plantas (±EPM) (contagem visual) sob diferentes tratamentos. Mogi Mirim, SP, 2002. (*) = Datas na quais houve diferença significativa (Tukey P = 0.05); (�) = Datas de aplicação.

Figura 41. Número de adultos de Maecolaspis / 100 plantas (±EPM) (contagem visual) sob diferentes tratamentos. Mogi Mirim, SP, 2002. (*) = Datas na quais houve diferença significativa (Tukey P = 0.05); (�) = Datas de aplicação.

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131

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132

Figura 43. Número de adultos de Lagria villosa / 100 plantas (±EPM) (contagem visual) sob diferentes tratamentos. Mogi Mirim, SP, 2002/2003. (*) = Datas nas quais houve diferença significativa (Tukey P = 0.05); (�) = Datas de aplicação.

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134

Figura 45. Número de adultos de Lygaeidae sp.4 (±EPM) coletados em bandeja d’àgua em diferentes tratamentos. Mogi Mirim, SP, 2002/2003. (*) = Datas nas quais houve diferença significativa (Tukey P = 0.05); (�) = Datas de aplicação.

A

B

Figura 46. Número de adultos de Epitrix sp. (±EPM) coletados em bandeja d’àgua (A) e armadilha de solo (B) em diferentes tratamentos. Mogi Mirim, SP, 2002/2003. (*) = Datas nas quais houve diferença significativa (Tukey P = 0.05); (�) = Datas de aplicação.

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135

até 44 dias após o plantio, um menor número de indivíduos foi observado no

tratamento com chlorpyrifos entre 76 e 85 dias na armadilha de solo e entre 85 e 94

dias na bandeja d’àgua, havendo inclusive diferença significativa entre o efeito de

chlorpyrifos e dos outros tratamentos (spinosad e testemunha). Larvas de Epitrix sp.

vivem no solo (FRANÇA & RITSCHEL, 2002) e podem ter sido afetadas pela aplicação

do produto ou ainda, o menor número de indivíduos a partir de 71 dias após o plantio

pode ter se dado pelo menor número de adultos observado aos 56 e 65 dias após o

plantio (15 e 24 dias após a terceira aplicação) devido a aplicação.

Dentre os herbívoros capturados no solo, espécies de Coleoptera e G. assimilis

(Orthoptera: Gryllidae) foram os mais comuns. A espécie Xyleborus sp. (Coleoptera:

Scolytidae) ocorreu apenas na safrinha de 2002 e teve sua abundância negativamente

afetada pelo inseticida chlorpyrifos aos 71 dias após o plantio (24 dias após a terceira

aplicação) (Figura 47). Por outro lado não afetou negativamente os escarabaeídeos

Coprophaneus sp. (Figura 48), Trichillum sp.1 (Figura 49) e Canthidium sp.2 na safra

de verão de 2002/2003 em Jaboticabal (Figura 50). Efeito negativo foi observado na

safra de verão de 2002/2003 em Mogi Mirim aos 52 dias após o plantio (13 dias após a

segunda aplicação). No caso de spinosad, somente aos 42 dias após o plantio (20 dias

após a primeira aplicação), em Jaboticabal, se observou efeito negativo do produto.

A espécie G. assimilis ocorreu em todas as safras sendo mais abundante na

safrinha de 2002 e na safra de verão de 2002/2003 em Jaboticabal (Figura 51). Em

geral, não houve efeito dos produtos, com exceção dos 7 dias após a aplicação (65

dias após o plantio) em Jaboticabal, na qual chlorpyrifos reduziu significativamente a

abundância dessa espécie.

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136

Figura 47. Número de adultos de Xyleborus sp. (±EPM) coletados em armadilha de solo em diferentes tratamentos. Mogi Mirim, SP, 2002/2003. (*) = Datas nas quais houve diferença significativa (Tukey P = 0.05); (�) = Datas de aplicação.

Figura 48. Número de adultos de Coprophaneus sp. (±EPM) coletados em armadilha de solo em diferentes tratamentos. Mogi Mirim, SP, 2002/2003. (*) = Datas nas quais houve diferença significativa (Tukey P = 0.05); (�) = Datas de aplicação.

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137

Figura 49. Número de adultos de Trichilum sp.1 (±EPM) coletados em armadilha de solo em diferentes tratamentos. Mogi Mirim, SP, 2002/2003. (*) = Datas nas quais houve diferença significativa (Tukey P = 0.05); (�) = Datas de aplicação.

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Figura 50. Número de adultos de Canthidium sp. (±EPM) coletados em bandeja d’àgua (A) e armadilha de solo (B) em diferentes tratamentos. Mogi Mirim, SP, 2002/2003. (*) = Datas nas quais houve diferença significativa (Tukey P = 0.05); (�) = Datas de aplicação.

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139

5.7.2. Predadores

A tesourinha D. luteipes apresentou em geral dois picos de abundância sendo o

primeiro na fase inicial (vegetativa) do milho até 30-40 dias após o plantio (Figura 52).

Nesta fase se alimenta principalmente de larvas de S. frugiperda podendo

ocasionalmente se alimentar de outras presas como é o caso dos pulgões. O segundo,

e maior, pico foi na época do florescimento enter 50 e 70 dias após o plantio, onde

provavelmente alimenta-se principalmente de pólen. A abundância foi maior na safra de

verão. Considerando-se os quatro experimentos, verificou-se diferença significativa do

efeito dos produtos em relação a área não tratada em logo após seis das doze

aplicações (Figura 52). Houve diferença entre a área testemunha e a área tratada com

spinosad em duas ocasiões e entre a área testemunha e a área tratada com

chlorpyrifos em seis ocasiões indicando que este último causa um maior impacto

negativo sobre o predador. Entretanto o impacto de ambos os inseticidas foi observado

apenas logo após as aplicações, visto que, em geral, verificou-se uma recuperação no

número de indivíduos por volta de 7 dias após as pulverizações. Efeitos negativos da

aplicação de chlorpyrifos sobre sobrevivência de D. luteipes foi observada por REIS et

al. (1988) e CAMPOS e GRAVENA (1984) logo após a aplicação do produto. O efeito

de chlorpyrifos após aplicações no milho foi de apenas uma redução temporária na

abundância de D. luteipes (MICHEREFF FILHO et al., 2002 b,c). No caso de spinosad

são escassos os estudos publicados sobre D. luteipes. Alta mortalidade de Doru

taeniatum foi observada por CISNEROS et al. (2001) e MÈNDEZ et al. (2002) após

aplicações com spinosad.

Na safra de verão de 2002/2003 houve a ocorrência com grande abundância de

uma espécie de Spongiphoridae (Dermaptera) predominantemente na época de

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141

florescimento (Figura 53). Verificou-se diferença significativa entre os tratamentos Aos

1 e 4 dias após a aplicação (66 e 69 dias após o plantio) que indica efeito negativo do

produto chlorpyrifos. Houve também uma redução na abundância causada pela

aplicação de spinosad, não havendo, entretanto, diferença significativa no número de

indivíduos na área testemunha e tratada com spionosad. Relatos na literatura sobre a

ocorrência dessa espécie na cultura do milho são escassos, principalmente no Brasil.

A ocorrência de Orius sp. foi pequena na fase inicial da cultura (Figura 54),

sendo maior nas safrinha de 2002 e 2003 do que no verão de 2002/2003. Esse fato

coincide com a maior ocorrência de tripes também nas safrinhas já que nesta fase da

cultura o predador foi observado dentro do cartucho das plantas onde também havia o

tripes. Orius é importante predador de várias espécies de tripes (VAN DE VEIRE et al.,

2002). Por outro lado, um outro pico de abundância ocorreu entre 56 e 78 dias após o

plantio na safrinha de 2002 e entre 77 e 98 dias após o plantio em Jaboticabal (Tabla

60), ou seja, a partir do florescimento, época de ocorrência de H. zea. O. insidiosus é

predador de ovos de H. zea (PFANNENSTIEL & YEARGAN, 2002). Não se verificou

diferença significativa entre os tratamentos, com exceção da avaliação dos 32 dias

após o plantio (2 dias após a segunda aplicação), na safrinha de 2002, na qual foi

maior o número de Orius sp. na área com spinosad e na testemunha do que na área

tratada com chlorpyrifos (Figura 55). Estudos têm demonstrado baixa toxicidade de

spinosad à inimigos naturais da ordem Hemiptera como O. laevigatus (VAN DE VEIRE

et al., 2002), O. insidiosus (STUDEBAKER & KRING, 1999; 2003; ELZEN, 2001).

O sirfídeo Allograpta sp., foi constante em todas as safras e regiões foi também

(Figura 56). No verão de 2002/2003, em Mogi Mirim e Jaboticabal, a ocorrrência e

conseqüentemente maior abundância ficou restrita a época do florescimento. Nestas

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142

Figura 53. Número de adultos e ninfas de tesourinhas Spongiphoridae (Dermaptera) / 100 plantas (±EPM) (contagem visual) sob diferentes tratamentos. Mogi Mirim, SP, 2002 / 2003. (*) = Datas nas quais houve diferença significativa (Tukey P = 0,05); (�) = Datas de aplicação.

Figura 54. Número de adultos e ninfas de Orius sp. / 10 plantas (±EPM) (contagem em plantas dissecadas) sob diferentes tratamentos. Mogi Mirim, SP, 2002 / 2003. (*) = Datas nas quais houve diferença significativa (Tukey P = 0.05); (�) = Datas de aplicação.

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143

Figura 55. Número de adultos e ninfas de Orius sp. / 10 plantas (±EPM) (contagem visual) sob diferentes tratamentos. Mogi Mirim, SP, 2002 / 2003. (*) = Datas nas quais houve diferença significativa (Tukey P = 0.05); (�) = Datas de aplicação.

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145

duas safras apesar de uma menor abundância nas áreas tratadas com chlorpyrifos e

com spinosad após a terceira aplicação, não foi observada diferença significativa entre

os tratamentos (Figura 56). Foi mais evidente o efeito do inseticida chlorpyrifos após a

segunda e terceira aplicações na safrinha de 2003.

As espécies de Dolichopodidae estiveram entre os mais abundantes (Figuras 57,

58 e 59) e ocorreram em todas as safras. Com exceção de uma única avaliação (86

dias após o plantio na safrinha de 2003), não houve diferença significativa entre os

tratamentos mostrando que estas espécies são pouco afetadas pela aplicação de

ambos os químicos. Apenas no experimento conduzido por FRIZZAS (2003) há relato

do estudo do efeito de agroquímicos sobre a comunidade de insetos de ocorrência no

milho, incluindo indivíduos dessa família, mas não há a comparação do efeito dos

químicos especificamente sobre indivíduos da família Doplichopodidae.

Vários outros predadores ocorreram durante os experimentos, porém, foram

menos abundantes. A joaninha C. sanguinea foi frequente no verão de 2002/2003 em

Jaboticabal e na safrinha de 2003 em M. Mirim, porém foi pouco abundante em ambas

as áreas. No geral não foi afetada pela aplicação dos inseticidas chlorpyrifos e

spinosad (Figura 60). O efeito apresentado por chlorpyrifos sobre coccinelídeos é

variável sendo pouco seletivo a C. sanguinea (MIZELL & SCHIFFAHAUER 1990) e C.

citricola (SANTOS, 1995) ou não apresentando efeito negativo sobre C. montrouzieri

(MORSE & BELLOWS, 1986; BELLOWS & MORSE 1988). Em relação a spinosad

estudos têm demonstrado baixa toxicidade à H. octomaculata (MURRAY & LLOYD,

1997), H. convergens, C. maculata e H. axyridis (TILLMAN & MULROONEY, 2000;

MUSSER & SHELTON, 2003).

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146

Figura 57. Número de adultos de Condilostylus sp. (±EPM) coletados em bandeja d’àgua em diferentes tratamentos. Mogi Mirim, SP, 2002/2003. (*) = Datas nas quais houve diferença significativa (Tukey P = 0.05); (�) = Datas de aplicação.

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148

Figura 59. Número de adultos de Dolichopodidae sp.2 (±EPM) coletados em bandeja d’àgua em diferentes tratamentos. Mogi Mirim, SP, 2002/2003. (*) = Datas nas quais houve diferença significativa (Tukey P = 0.05); (�) = Datas de aplicação. Figura 60. Número de adultos de Cycloneda sanguinea (±EPM) / 100 plantas (contagem visual) em diferentes tratamentos. Mogi Mirim, SP, 2002/2003. (*) = Datas nas quais houve diferença significativa (Tukey P = 0.05); (�) = Datas de aplicação.

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149

Praticamente não se verificou efeito negativo de chlorpyrifos e spinosad sobre os

carabídeos L. concinna e Notiobia sp. (Figuras 61 e 62), Staphylinidae sp.2 (Figura 63),

Formicidae sp.6 (Figura 64), Lycosidae sp.4 ( Figura 65). Vários autores citam uma

redução, mesmo que temporária, na população de ácaros, formigas, aranhas e

coleópteros que vivem na superfície de solo após a aplicação (MACK, 1992; BRAMAN

& PENDLEY, 1993; PEREIRA et al., 2004). Efeitos negativos deste produto foram

verificados sobre Araneida e Staphylinidae (COCKFIELD & POTTER, 1983;

FRAMPTON (1999) e Carabidae (PASINI & FOERSTER, 1994), no entanto WANG et

al. (2001) observaram que aplicações de chlorpyrifos não afetaram populações de

carabídeos. Essas variações de resultados podem se dar por diversos fatores como

dose do produto utilizada, por exemplo.

Não se verificou também efeito dos produtos sobre himenópteros predadores como

Agelaia pallipes (Vespidae) e Sphecidae sp.2 (Figura 66). Outros autores, entretanto,

observaram efeitos negativos da aplicação de chlorpyrifos sobre vespas predadoras

como B. lecheguana, P. paulista e P. exigua (FRAGOSO et al., 2001).

No solo o predador mais abundante foi L. xanthopus, que ocorreu em todas as

safras estudadas (Figura 67). Não houve efeito negativo de chlorpyrifos e spinosad

sobre esta espécie.

5.7.3. Decompositores

As espécies de decompositores mais abundantes foram Nitidulidae sp.1 na

safrinha de 2002 (Figura 68) e Stratiomyidae sp.1 no verão de 2002/2003 (Figura 69).

No caso de Nitidulidae sp.1, não se observa efeito negativo de chlorpyrifos e spinosad

nas avaliações com armadilha de solo, ao contrário, a maior abundância foi verificada

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151

A

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Figura 62. Número de adultos de Notiobia sp. (±EPM) coletados em bandeja d’àgua (A) e em armadilha de solo em diferentes tratamentos. Mogi Mirim, SP, 2002/2003. (*) = Datas nas quais houve diferença significativa (Tukey P = 0.05); (�) = Datas de aplicação.

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153

Figura 64. Número de indivíduos de Formicidae sp.6 (±EPM) coletados em bandeja d’àgua em diferentes tratamentos. Mogi Mirim, SP, 2002/2003. (*) = Datas nas quais houve diferença significativa (Tukey P = 0.05); (�) = Datas de aplicação.

Figura 65. Número de indivíduos de Lycosidae sp.4 (±EPM) coletados em aramadilha de solo em diferentes tratamentos. Jaboticabal, SP, 2002/2003. (*) = Datas nas quais houve diferença significativa (Tukey P = 0.05); (�) = Datas de aplicação.

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154

Figura 66. Número de adultos de Agelaia pallipes (±EPM) coletados em bandeja d’àgua em diferentes tratamentos. Mogi Mirim, SP, 2002/2003. (*) = Datas nas quais houve diferença significativa (Tukey P = 0.05); (�) = Datas de aplicação.

Figura 67. Número de indivíduos de Sphecidae sp.2 (±EPM) coletados em bandeja d’àgua em diferentes tratamentos. Mogi Mirim, SP, 2002/2003. (*) = Datas nas quais houve diferença significativa (Tukey P = 0.05); (�) = Datas de aplicação.

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156

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B Figura 69. Número de indivíduos de Nitidulidae sp.1 (±EPM) coletados em bandeja d’àgua (A) e em armadilha de solo (B) em diferentes tratamentos. Mogi Mirim, SP, 2002/2003. (*) = Datas nas quais houve diferença significativa (Tukey P = 0.05); (�) = Datas de aplicação.

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157

Figura 70. Número de indivíduos de Stratiomyidae sp.1 (±EPM) coletados em bandeja d’àgua em diferentes tratamentos. Mogi Mirim, SP, 2002/2003. (*) = Datas nas quais houve diferença significativa (Tukey P = 0.05); (�) = Datas de aplicação.

nesses tratamentos aos 56 e 71 dias após o plantio (entre 25 e 30 dias após a terceria

aplicação). Na bandeja d’água, porém, a maior abundância foi verificada na

testemunha aos 71 dias após o plantio, havendo inclusive diferença significativa entre

os tratamentos.

Não se verificou diferença significativa quando se avaliou o efeito de chlopryirfos

e spinosad sobre Stratiomyidae sp.1 (Figura 69).

Ácaros Oribatida foram coletados para avaliação do efeito de chlorpyrifos e

spinosad nas safras de verão de 2002/2003 em M. Mirim e Jaboticabal (Figura 70). Em

apenas duas (<10%) das 22 avaliações houve diferença significativa na abundância.

Em M. Mirim, aos 80 dias após o plantio, a área tratada com spinosad mostrou um

número significativamente menor de indivíduos do que chlorpyrifos e a testemunha. Por

outro lado, em Jaboticabal, aos 57 dias após o plantio, spinosad foi o tratamento que

apresentou a maior abundância.

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158

Figura 71. Número de indivíduos de ácaros (Oribatida) (±EPM) / 500 cm³ de solo em diferentes tratamentos. Mogi Mirim e Jaboticabal, SP, 2002/2003. (*) = Datas nas quais houve diferença significativa (Tukey P = 0.05); (�) = Datas de aplicação.

Ácaros Oribatida são pouco sensíveis ao uso de chlorpyrifos (STARK, 1992;

WANG et al., 2001; MICHEREFF FILHO et al., 2004). São organismos que vivem no

horizonte orgânico dos solos (BEHAN-PELLETIER, 1999; HASEGAWA, 2001), sendo

provavelmente pouco afetados, como demonstrado nos ensaios, por aplicações foliares

em que se utiliza um baixo volume de calda. Estudos com aplicações via Pivô Central

em que se utiliza um mínimo de 30.000 L de água / ha e mais de 90% deste volume

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159

atinge o solo seriam necessários para comprovação da não sensibilidade desses

ácaros ao produto.

5.7.4. Polinizadores

A abundância de espécies polinizadoras foi baixa nos ensaios. Em geral, as

parcelas tratadas com chlorpyrifos foram aquelas que apresentaram o menor número

de indivíduos de A. mellifera e Andrenidae sp.1 na safra de verão de 2002/2003 (Figura

72).

5.7.5. Função não-determinada

A espécie Taeniaptera sp. (Diptera: Micropezidae) foi frequente e abundante nas

três safras em M. Mirim tanto nas armadilhas de solo como nas badejas d’àgua

(Figuras 73 e 74). Ocorreu também em Jaboticabal, mas foi pouco abundante. Não se

verificou efeito de chlorpyrifos e spinosad sobre esta espécie na maioria das

avaliações. Pouco se conhece sobre esta espécie e não se sabe ao certo sua função

ecológica não só no agroecossitema do milho, mas também em outros ecossistemas.

As larvas podem atuar como decompositores de material vegetal e de excrementos de

animais (SAVAGE, 2002). Dada a frequência e abundância desta espécie estudos são

necessários para melhor entendimento da interação de Taeniaptera sp. em

agroecossistemas.

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163

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Estudos dos efeitos de inseticidas e outros agroquímicos têm focado apenas

alguns inimigos naturais e os principais herbívoros considerados pragas e são

realizados em geral em laboratório ou no campo, mas são de curta duração. Poucos,

porém, são os estudos de impacto de produtos sobre a comunidade de artrópodes e

que levam em consideração fases ou mesmo o ciclo total da cultura. Dada a

importância do papel que várias espécies de herbívoros não-alvo, predadores,

parasitóides, polinizadores e decompositores exercem em agroecossistemas, faz-se

necessário o estudo do impacto de estratégias de controle sobre a comunidade de

artrópodes. O efeito na abundância sobre herbívoros não-alvos é tão importante quanto

o efeito sobre predadores, pois outros herbívoros além do alvo das aplicações podem

ter papel fundamental nas interações tritróficas, como é o caso dos pulgões

(Hemiptera: Aphididae), entre outros. Ainda, vários foram os insetos abundantes em

todas as safras como, por exemplo, espécies de Dolichopodidae (Diptera), Taeniaptera

sp. (Diptera: Micropezidae), Labidura xanthopus (Dermaptera: Labiduridae). Outros

foram menos abundantes porém frequentes como é o caso por exemplo de espécies

de Carabidae (Coleoptera), Staphylinidae (Coleoptera), Asilidae (Diptera). Existe,

também nesses casos, a necessidade de um melhor conhecimento do papel desses

organismos e outros e suas interações no agroecossistema do milho.

O levantamento do maior número possível de espécies de ocorrência em uma

área, no intuito de se observar o efeito de estratégias de controle de herbívoros

considerados pragas, é um processo dispendioso em termos de tempo e custo. Com o

surgimento de novas tecnologias, como novos produtos com modos de ação

diferenciados e as plantas transgênicas inseticidas, existe a necessidade de se

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164

estabelecer uma metodologia de análise do impacto que seja confiável, porém que seja

menos onerosa e que apresente resultados mais rapidamente. A determinação de

espécies bioindicadoras é fundamental na facilitação desse processo. Em não havendo

bioindicadores ainda determinados, aquelas espécies que foram observadas na maioria

das safras poderiam ser utilizadas na avaliação de impacto de estratégias de controle

e/ou práticas agrícolas sobre comunidades de artrópodes. Ainda, devido a variação dos

índices de diversidade, riqueza e abundância de acordo com o método de amostragem

há a necessidade de utilização de diversos métodos para estudos de impacto.

Nos ensaios foram realizadas três aplicações, número que é considerado média

para produtores de grãos. Todavia, em áreas de produção de sementes, o número

pode variar de 10 até mais de 20 aplicações em uma única safra. Assim, há a

necessidade de se conhecer o impacto que este tipo de manejo, ou seja, inúmeras

aplicações, causa sobre a comunidade de artrópodes visto que na condição de 3

aplicações com spinosad e chlorpyrifos não houve efeito negativo pronunciado sobre

os parâmetros estudados. Ainda, a grande maioria dessas aplicações em área de

produção de sementes, é realizada com equipamento tipo Pivô Central no qual o

volume de água utilizado é muito grande e a maior parte da água contendo produtos

atinge o solo. Também se faz importante o conhecimento do impacto nestas condições,

pois ao atingir e penetrar no solo pode haver efeito negativo ou não, desses e de outros

produtos, sobre a comunidade de artrópodes que habitam esse ambiente. Em

aplicações foliares não se observou efeito negativo em ácaros Oribatida, por exemplo.

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165

7. CONCLUSÕES

• Existem diferenças na comunidade de artrópodes entre diferentes safras e locais,

sendo, porém, as espécies predominantes semelhantes em todas as situações;

• A ocorrência dos artrópodes, em geral, está relacionada à fenologia da cultura,

sendo a época de florescimento a que apresenta a maior abundância e riqueza de

espécies, embora esses índices sejam afetados pelo método de amostragem

utilizado;

• O inseticida spinosad não causa impacto significativo sobre a diversidade, riqueza e

abundância de espécies não-alvo;

• O inseticida chlorpyrifos não causa impacto significativo sobre a diversidade e

riqueza de espécies não-alvo, porém pode causar uma redução na abundância por

um período de até uma semana;

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166

8. SUMMARY

Chlorpyrifos is an organophosphate insecticide known as a broad-spectrum

product. Spinosad product is produced through a fermentation process using the

bacterium Sacchalopolyspora spinosa. Studies have shown spinosad to be harmless to

most of natural enemies. Despite that, information on the pesticides effect on arthropod

community is scarce. Thus, this work aimed at evaluating the impact of both spinosad

and chlorpyrifos on the maize arthropod community. Experiments were carried out in

2002 and 2003. Treatments (chlorpyrifos at 240 g ai/ha and spinosad at 24 g ai/ha)

were sprayed three times using a tractor sprayer. The first application ocurred at 15

days after crop emergence and the last one ocurre prior to blooming phase. A RCB

design with four replications was used. Pitfall traps (2/plot) and yellow water traps

(1/plot) were placed in the field on a weekly basis to collect soil insects and spiders. Soil

samples were also taken to count soil mites. Insects were visually observed on 50 – 100

plants/plot. Also, 10 plants/plot were cut and taken to the laboratory for insect counting.

A total of 282 species in Coleoptera, Dermaptera, Diptera, Hemiptera, Hymenoptera,

Isoptera, Lepidoptera, Neuroptera, Odonata, Orthoptera, Thysanoptera, Blattodea and

Araneae were collected. The arthropod community differed amonggrowing seasons and

sites. Richness and abundance of arthopods were more related to crop stage than to

the product effects. In general no effect of the insecticides was observed on arthropod

diversity and richness, although chlorpyrifos can cause a short-term impact on

arthropod abundance.

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