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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS INTRODUÇÃO A ENGENHARIA

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11 de Abril de 2014

Manaus – AM

INTRODUÇÃO A ENGENHARIA

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Trabalho de Introdução á Engenharia, realizado pelo Professor: Cleto Leal. Para a obtenção de nota , da 1ª prova,do curso de engenharia. Trabalho este

realizado pela aluna: Nayara Suelem Aires de Souza.

11 de Abril de 2014

Manaus - AM

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INTRODUÇÃO

Neste trabalho é apresentada sucintamente a história do ensino de engenharia. Esta história teve início há milhões de anos, quando nossos ancestrais começaram a elaborar as suas primeiras armas e ferramentas, dando início ao desenvolvimento tecnológico.Conhecimentos e técnicas se acumularam e foram transmitidas de geração para geração e, com o advento da linguagem escrita, tais conhecimentos nas mãos certas, foram sendo aperfeiçoados. Já os primeiros engenheiros diplomados surgiram na França na École Nationale des Ponts et Chaussés, seguida pela Ècole Polytechnique.

No Brasil, o ensino de engenharia teve origem no ensino militar e só posteriormente aparece, pela primeira vez, a denominação Curso de Engenharia Civil. Posteriormente foram criadas a Escola Politécnica de São Paulo, a Escola de Engenharia de Pernambuco, a Escola de Engenharia Mackenzie em São Paulo, e outras.

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DESENVOLVIMENTO

É difícil estabelecer o inicio da atividade no Brasil, mas pode-se afirmar que aquela efetividade começou com as primeiras casas feitas pelos colonizadores que naturalmente, hoje não seriam classificadas como obras de engenharia.Em seguida, ainda de forma muito rudimentar, vieram as primeiras obras rudimentar, tal como na época era entendida, parece ter entrado no Brasil através das atividades dos oficiais-engenheiros e dos mestres construtores de edificações civis e religiosas.O desenvolvimento da engenharia no Brasil manteve-se por muito tempo atrasado. Isto aconteceu pelo fato da economia ser baseada na escravidão, que representava uma mão- de- obra barata, o que implicava a proibição da instalação de indústria.A referencia mais antiga com relação ao inicio da engenharia no Brasil, de acordo com o livro ‘História da Engenharia no Brasil’ foi a contratação do holandês Miguel Timermans, em 1648-1650 para ensinar sua arte e sua ciência. O primeiro curso de engenharia do Brasil,foi criado por carta régia de 1699, com enfoque para o ensino militar a Aula de Fortificação, que promovia conhecimentos de engenharia e, posteriormente (1738), conhecida como Aula do terço de Artilharia. Não era um ensino regulamentado com programa de ensino, sabendo-se apenas que tinha a duração de cinco anos, conforme (Pardal, 1966).Em 17 de dezembro de 1792, a Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho, na cidade do Rio de Janeiro foi pioneira em ter o curso formal de engenharia no Brasil, segundo registros de (PARDAL, 1986) e (TELLES, 1994). Numa época em que poucos países, além da França, possuíam escolas para a formação regular de engenheiros, a criação da Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho repercutiu muito e veio suceder a antiga Aula de Fortificação do Rio de Janeiro que tinha como característica o enfoque para o ensino militar, tendo já o caráter de um verdadeiro instituto de ensino superior, com organização comparável aos demais de sua época.Esta Academia foi também precursora em linha direta e contínua, da Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, preparando oficiais para o exército. Conforme (TELLES, 1994), “Os oficiais de infantaria e de cavalaria faziam apenas os três primeiros anos, os de artilharia os cinco primeiros, e os de engenharia o curso completo. O sexto ano era dedicado exclusivamente à engenharia civil”.Da Casa do Trem (atualmente parte do Museu Histórico Nacional), a Academia RealMilitar, criada pela lei de 04 de dezembro de 1810, foi a próxima escola com ensinoregulamentado. O ensino nessa Escola abrangia um curso teórico de Ciências Matemáticas, Físicas e Naturais, um curso de Engenharia e Ciências Militares, e um curso de Engenharia Civil voltado para as técnicas de construção de estradas, pontes, canais e edifícios, ministrado aos não-militares, ou seja, aos civis que frequentavam as aulas.A Academia Real Militar teve sua sede transferida, em 1812, para o Largo de São Francisco de Paula, ocupando o primeiro prédio construído no Brasil para abrigar uma escola hoje dita superior. A Escola situada no Largo de São Francisco é considerada o Berço da Engenharia Brasileira, funcionando ali até 1966. Atualmente, o prédio está ocupado pelo Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ. O curso de engenharia da Academia Militar, tinha duração de 7 anos. A Academia posteriormente recebeu às denominações de Escola Militar e, em 1858, de Escola Central.

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Fig1.1 A Academia Militar foi transformada em Escola Central, permitindo o estudo de civis e militares (1860).

Com a transferência do Ministério do Exército para o Ministério do Império em 1874, aEscola Central passou a ser denominada Escola Politécnica. A Escola Central promoviaformação de bacharéis em ciências e, engenheiros civis e também foram criadas outrasespecialidades de engenharia. Seus programas de ensino se tornaram modelo para todas as escolas de engenharia brasileiras até o inicio do século XX e devido a sua fama educacional, muitas são denominadas, ainda hoje de Escola Politécnica.Resultado da fusão da Academia Militar e de Guardas-Marinha que voltaram a separar-se em 1833. Aparece pela primeira vez a denominação Curso de Engenharia Civil.O ensino de engenharia teve origem no ensino militar com conhecimentos pertinentes à formação militar e aprendizado de técnicas próprias à construção com finalidades militares, como pontes, fortificações, calçamento, calçadas, entre outros, mas que também se usava na construção civil.A partir de 1874, começou a ser empregado no Brasil, a denominação engenharia civilcom a desvinculação da Escola Central do Ministério da Guerra, passando a ser a Escola Politécnica. Conforme bibliografia consultada, o ensino de engenharia não militar, no Brasil, também se iniciou pela engenharia hoje conhecida como engenharia civil.Em 1835, foi fundado na Província de São Paulo, o Gabinete Topográfico. Esteestabelecimento foi avaliado como o segundo em ensino de estabelecimento no Brasil efuncionou até 1838, reabriu em 1840 e fechou outra vez em 1850.O imperador D. Pedro II quem, com a sua vasta erudição e interessado pela riqueza dosolo brasileiro que em 1874, contratou, por indicação do cientista francês Auguste Daubrée, o seu discípulo, o engenheiro Claude-Henri Gorceix (1842-1919), que, na ocasião, estava na Grécia, realizando uma série de pesquisas geológicas. Gorceix retornou, não só aceitando o convite como, também, prontificando-se a ministrar o ensino da mineralogia e da geologia. E, então, em 1876, criava-se a Escola de Minas de Ouro Preto.Ainda no século XIX, foram fundadas mais 5 escolas de engenharia e entre 1910 e 1914, tivemos o registro de mais cinco. Até então 12 escolas de engenharias, sendo que quatro estavam em Minas Gerais.Os Cursos de engenharia no Brasil até o meados do século XX tiveram o seu início apartir de1893. A seguir são apresentados em ordem cronológica as seguintes fundações:• 1893 - Fundação da Escola Politécnica de São Paulo, denominada hoje USP com osseguintes cursos iniciais em Civil e Industrial (período – 2 anos), Agronômico eMecânica (período – 3 anos) e Agrimensor (período – 2 anos);• 1895 – Fundação da Escola de Engenharia de Pernambuco, denominada hoje UFPE

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com os seguintes cursos iniciais em Agrimensor (período – 2 anos) e Civil (período –5 anos);• 1896 – Fundação da Escola de Engenharia Mackenzie, denominada hoje UPM com ocurso inicial em Civil (período – 5 anos);• 1896 – Fundação da Escola de Engenharia de Porto Alegre, denominada hoje UFRGcom o curso inicial em Civil;• 1897 - Fundação da Escola Politécnica da Bahia, denominada hoje UFBA com osseguintes cursos iniciais em Geógrafo (período – 4 anos) e Civil (período – 5 anos);• 1911 - Fundação da Escola Livre de Engenharia, denominada hoje UFMG com osseguintes cursos iniciais em Civil (período – 5 anos);• 1912 - Fundação da Faculdade de Engenharia do Paraná, denominada hoje UFPRcom o curso inicial em Civil;• 1912 - Fundação da Escola Politécnica de Pernambuco, denominada hoje UFPE comos seguintes cursos iniciais em Civil e Química Industrial;• 1913 - Fundação do Instituto Eletrotécnico de Itajubá, denominado hoje EFEI com osseguintes cursos iniciais em Mecânica e Elétrica (período – 3 anos);• 1914 - Fundação da Escola de Engenharia de Juiz de Fora, denominada hoje UFJFcom o curso inicial em Civil Eletrotécnico (período – 4 anos).A Primeira Escola de Engenharia particular do Brasil foi fundada em 1896, na cidade deSão Paulo, Escola de Engenharia da Universidade Presbiteriana Mackenzie,denominada hoje EE-UPM.Atualmente, verifica-se um número grande de escolas de engenharia no Brasil. Muitas das quais, sem condições de oferecer cursos de qualidade, e por não apresentarem corpo docente devidamente preparado e desprovidas de recursos tais como: laboratórios, oficinas, espaço físico, entre outros.

OS ASPECTOS PEDAGÓGICOS NOS CURSOS DE ENGENHARIA

É na “Carta de Lei” de 4 de dezembro de 1810, que criou a Academia Militar que apresenta de forma estruturada a organização de um curso de engenharia no Brasil. Alguns itens da estrutura deste curso podem ser denominados pedagógicos.Os termos ensinar, explicar e dar (o conteúdo), usados no cotidiano pedagógico, odestaque das disciplinas básicas e das aulas práticas e, ainda, a recomendação de que osprofessores deveriam escrever seus próprios compêndios (livros), são práticas muitas vezes usadas no ensino de hoje. Essas diretrizes contidas na “Carta de Lei” fundamentavam-se no que regia a Escola Politécnica de Paris.A “Carta de Lei”, estruturada em uma série de Capítulos ou Títulos, continha aindaoutros aspectos pedagógicos, tanto em relação aos deveres e direitos dos alunos como àsatribuições de seus mestres:• dos exercícios diários e semanais;• da obrigatoriedade dos alunos se dedicarem aos estudos• da forma dos exames no final do ano letivo;• das aulas predominantemente “expositivas”;• da responsabilidade dos estudantes em saber “reproduzir” o que o professor ensinava;• da importância das aulas práticas.Ressalta-se que as recomendações citadas guardam muita semelhança com o praticado no ensino de engenharia da atualidade.

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CONCLUSÃO

Finalizo que, a implantação da Engenharia no Brasil,foi, é e será de suma importância, pois ela permitiu e permite que o país venha avançando, sendo este avanço em vários setores da sociedade brasileira. A engenharia desde os seus primórdios se mostrou a base fundamental de uma sociedade que busca o avanço, seja ele tecnológico ou geográfico, pois foi através dela e de seus profissionais formados que se pôde e pode organizar, avaliar e projetar esquemas, processos e produtos, analisando todas as opções possíveis para o melhor resultado.

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BIBLIOGRAFIA

1. O Berço da Engenharia Brasileira. PARDAL, P & LEIZER, L. Revista de Ensino deEngenharia, n. 16, dezembro, p. 37-40, 1996.

2. PARDAL, P. 140 anos de doutorado e 75 de livre docência no ensino de engenharia no Brasil. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ, 1986.

3. TELLES, P. C. S., História da engenharia no Brasil: século XX. Rio de Janeiro: Clavero,1994.

4. WWW.inovaçãotecnologica.com.br/noticias Acesso em 10 de Abril de 2014.5. Introdução a Engenharia.Editora UFSC – Walter Antonio Bazzo e Luiz

Teixeira do Vale Pereira – Florianopolis - 1996