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UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE UNESC CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO MESTRADO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE FERNANDO SCHMITZ DE FIGUEIREDO EFEITOS DA FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA EM PACIENTES VENTILADOS POR MAIS DE 48 HORAS EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA CRICIÚMA, 2010.

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UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE – UNESC

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO MESTRADO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE

FERNANDO SCHMITZ DE FIGUEIREDO

EFEITOS DA FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA EM PACIENTES

VENTILADOS POR MAIS DE 48 HORAS EM UNIDADE DE TERAPIA

INTENSIVA

CRICIÚMA, 2010.

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FERNANDO SCHMITZ DE FIGUEIREDO

EFEITOS DA FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA EM PACIENTES

VENTILADOS POR MAIS DE 48 HORAS EM UNIDADE DE TERAPIA

INTENSIVA

Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde para obtenção do título de Mestre em Ciências da Saúde.

Orientadora: Prof.ª Dra. Cristiane Ritter

CRICIÚMA, 2010.

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação

F475e Figueiredo, Fernando Schmitz de.

Efeitos da fisioterapia respiratória em pacientes ventilados por mais de 48 horas em unidade de terapia intensiva. / Fernando Schmitz de Figueiredo ; orientadora: Cristiane Ritter. – Criciúma : Ed. do Autor, 2010. 64 f. : il. ; 30 cm.

Dissertação (Mestrado) - Universidade do Extremo Sul Catarinense, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Criciúma, 2010. 1. Exercícios respiratórios – Uso terapêutico. 2. Respiradores (Medicina). 3. Desmame do respirador. 4. Unidade de tratamento intensivo. I. Título. CDD. 21ª ed. 615.836 Bibliotecária Eliziane de Lucca – CRB 1101/14ª - Biblioteca Central Prof. Eurico Back - UNESC

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RESUMO

A utilização de fisioterapia respiratória para pacientes com uma variedade de doenças pulmonares é um padrão de atendimento médico, inclusive em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Neste contexto, é amplamente aceito o uso rotineiro de fisioterapia em diversas situações dos cuidados intensivos, tais como o cuidado de pacientes graves que necessitem ou não de suporte ventilatório e na assistência durante a recuperação pós-operatória, apesar de estudos recentes demonstrarem efeitos desfavoráveis da fisioterapia. Atualmente recomendações definitivas não podem ser feitas a respeito do uso da fisioterapia respiratória para reduzir desfechos clínicos relevantes em pacientes graves que necessitam de ventilação mecânica, assim, o objetivo deste estudo foi investigar se a prestação de padronização regular de intervenções de fisioterapia respiratória, além da rotina médica e cuidados de enfermagem, facilita o desmame e diminui o tempo da ventilação mecânica, diminui tempo de internação em UTI, reduz a mortalidade hospitalar em pacientes clínicos e cirúrgicos internados em UTI. Foi realizado em um único centro, em uma UTI de um hospital geral universitário, um ensaio clínico randomizado e controlado. Foram incluídos 139 pacientes com idade superior a 18 anos, internados na UTI que necessitam de ventilação mecânica por mais de 48 horas. Os fisioterapeutas forneceram terapia apropriada em um grupo de intervenção (P) com a intensidade e freqüência baseado na sua avaliação e benefício do provável tratamento. Pacientes do grupo controle (C) receberam apenas aspiração, cuidados de decúbito e mobilização geral. Desfechos primários foram mortalidade na UTI e hospitalar, independentemente da causa da morte. Resultados secundários foram: tempo de internação em UTI, tempo de ventilação mecânica, desmame e extubação. Os pacientes do grupo P atingiram com maior freqüentemente os parâmetros para iniciar o desmame, mas não houve diferenças significativas entre os grupos P e C no desmame e extubação, tempo de ventilação mecânica e tempo de internação na UTI. Houve uma menor mortalidade hospitalar no grupo P, mas não a mortalidade na UTI. Em conclusão, nós demonstramos que a fisioterapia respiratória diminui a mortalidade hospitalar e sugere que este efeito foi, em parte, secundárias ao efeito da intervenção sobre o desmame da ventilação mecânica. Palavras-chave: UTI, Fisioterapia Respiratória, Ventilação Mecânica, Desmame.

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ABSTRACT

The use of respiratory therapy for patients with a variety of lung disease is a standard in medical care, including in the Intensive Care Unit (ICU) setting. In this context, it is widely accepted the routine use of physical therapy in several situations in the intensive care, such as the care of critically ill patients not requiring ventilatory support, assistance during the postoperative recovery and the assistance to critically ill patients requiring ventilatory support. Despite of these, recent studies have shown unfavorable effects of physiotherapy. At present definitive recommendations cannot be made regarding the use of respiratory physiotherapy for decreasing relevant clinical outcomes in critical ill patients requiring mechanical ventilation, thus the aim of this study was to investigate if the provision of standardised regular respiratory physiotherapy interventions, in addition to routine medical/nursing care facilitates the weaning of the mechanical ventilation, decreased length of mechanical ventilation and ICU stay, reducing hospital mortality in clinical and surgical ICU patients. We conducted a single-centre, randomised, controlled trial in a university hospital general intensive care unit (ICU). 139 patients aged more than 18 years, admitted to the ICU needing mechanical ventilation for longer than 48 hours were included. Physiotherapists provide group intervention (P) with the intensity and frequency of therapy they felt appropriate based on their assessment of the likely treatment benefit. Control patients (group C) only received suctioning, decubitus care and general mobilisation. Primary outcomes were ICU and hospital mortality regardless of the cause of death. Secondary outcomes were length of ICU and hospital stay, length of mechanical ventilation, weaning and extubation failure. Patients in the P group more frequently achieved parameters to start weaning , but there were no significant differences between P and C groups on weaning and extubation failure, length of mechanical ventilation and length of ICU stay. There was fewer hospital, but not ICU, mortality in the P group. In conclusion, we demonstrated that respiratory physiotherapy decrease hospital mortality and suggest that this effect was, in part, secondary to the effect of the intervention on weaning from mechanical ventilation.

Keywords: ICU, Chest Physiotherapy, Mechanical Ventilation, Weaning.

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SUMÁRIO

PARTE I - INTRODUÇÃO ......................................................................................... 07

1. Unidade de Terapia Intensiva ................................................................................ 07

2. Ventilação Mecânica ............................................................................................. 07

3. Desmame da Ventilação Mecânica ....................................................................... 08

4. Técnicas de Fisioterapia Respiratória ................................................................... 10

4.1. Posicionamento .................................................................................................. 10

4.2 Aspiração Traqueal ............................................................................................. 11

4.3.Vibrocompressão ................................................................................................ 11

4.4 Drenagem Postural ............................................................................................. 11

4.5 Compressão Brusca do Tórax ............................................................................. 11

4.6 Hperinsuflação Manual (HM) ............................................................................... 12

4.7 Expansão/reexpansão pulmonar ......................................................................... 12

5. Fisioterapia Respiratória no Paciente Críticamente Enfermo ................................ 12

PARTE II - OBJETIVOS ............................................................................................ 16

1 Objetivo Geral ........................................................................................................ 16

2 Objetivo ESpecífico ................................................................................................ 16

PARTE III - RESULTADOS ....................................................................................... 17

Artigo 1 ...................................................................................................................... 17

PARTE IV - DISCUSSÃO .......................................................................................... 36

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 41

ANEXOS ................................................................................................................... 43

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PARTE I – INTRODUÇÃO

1. Unidade de Terapia Intensiva (UTI)

A UTI também denominada Unidade de Cuidados Intensivos

Respiratórios, possui registros de sua existência desde o século XIX. Porém, eles se

tornaram mais evidentes a partir de 1969 quando se verificou a necessidade de

criação de uma unidade de cuidados específicos para pacientes críticos. A taxa de

mortalidade de indivíduos que sofriam de insuficiência respiratória aguda era alta,

63%. (ROGERS, 1972 apud TEIXEIRA, 2006).

Com a instituição da unidade, a taxa de mortalidade diminuiu para 30%,

entre os pacientes em ventilação mecânica (VM), sendo o maior índice de causa-

morte desses pacientes representado por complicações respiratórias. Nos doentes

em VM, eram administradas várias terapias adjuntas, como por exemplo, a

fisioterapia pulmonar, com procedimentos como: drenagem postural, aspiração

nasotraqueal e posicionamento (ROGERS, 1972 apud TEIXEIRA, 2006).

2. Ventilação Mecânica

A VM constitui um dos pilares terapêuticos da UTI. Desde o início do seu

uso em 1952, por ocasião da epidemia de Poliomielite em Copenhagem, ela vem se

mostrando como uma das principais ferramentas no tratamento de pacientes graves,

em especial, os que apresentam insuficiência respiratória (DAMASCENO, DAVID,

SOUZA E COL. 2006)

Um ventilador mecânico é um dispositivo projetado para aumentar ou

substituir respiração espontânea. É utilizado para recuperação de uma crise

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respiratória aguda e/ou de longo prazo como terapêutica para os doentes com

hipoventilação crônica (BRAVERMAN, 2001)

3. Desmame da Ventilação Mecânica

O termo desmame refere-se ao processo de transição da ventilação

artificial para a espontânea nos pacientes que permanecem em ventilação mecânica

invasiva por tempo superior a 24 h (GOLDWASSER, 2007)

O processo de suspensão ou retirada da ventilação mecânica é uma

importante questão clínica e a prática atual do desmame mostra que o empirismo é

insuficiente e inadequado. Os pacientes são geralmente submetidos a intubação

traqueal e colocados sob ventilação mecânica quando a capacidade ventilatória e/ou

a troca gasosa se encontram alteradas e prejudicadas devido a uma variedade de

doenças (ASSUNÇÃO, MACHADO, ROSSETI E COL, 2006; OLIVEIRA, JOSÉ,

DIAS E COL. 2006)

O desmame dos pacientes sob VM é uma das etapas críticas da

assistência ventilatória em terapia intensiva, é um processo cujo início jamais deve

ser adiado, tendo em vista as complicações associadas à VM e aos custos

relacionados com esse processo (FREITAS E DAVID, 2006)

Apesar de ser uma intervenção importante no paciente com insuficiência

respiratória aguda, a VM pode induzir diversas complicações, que podem aumentar

a morbimortalidade de um paciente grave, portanto, é importante abreviar o tempo

no qual o paciente está sob ventilação artificial invasiva, restabelecendo a ventilação

espontânea tão logo seja possível (OLIVEIRA, JOSÉ, DIAS E COL. 2006)

Em pacientes submetidos à ventilação mecânica invasiva através de um

tubo endotraqueal ocorre danos ao epitélio ciliar e alterações no transporte

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mucociliar, podendo acarretar hipotermia, espessamento das secreções e

atelectasias (GALVÃO, 2006).

Qualquer anormalidade que altere a potência das vias aéreas, a função

mucociliar ou eficácia do reflexo da tosse pode comprometer a depuração das vias

aéreas e causar a retenção de secreções. Além disso, algumas intervenções

terapêuticas, especialmente aquelas utilizadas na terapia intensiva (como o uso de

sedativos), podem acarretar uma depuração anormal (SCANLAN, 2000).

Em geral, quando um paciente começa a se estabilizar e inverter a

doença respiratória subjacente, a consideração para a interrupção da ventilação

mecânica deve começar (MACINTYRE, 2007).

Macintyre (2007) recomenda que o paciente deve ser considerado um

candidato para a retirada da ventilação se a lesão pulmonar é estável ou resolvida, a

fração de oxigênio inspirada (FiO2) está adequada com baixa pressão positiva

expiratória final (PEEP) por exemplo, PEEP de 5 a 8 cm H2O; FiO2 de 0,4 a 0,5 e as

variáveis hemodinâmicas estão estáveis (por exemplo, sem necessidades

significativas de terapia com vasopressores) e se existe a capacidade de iniciar

respiração espontânea.

Carlucci (2009) tem sugerido que a razão entre freqüência respiratória e

volume corrente (f / VT) possam dar uma estimativa da capacidade de sustentar um

prova de respiração espontânea.

Este índice foi descrito em 1991 por Yang e Tobin e é chamado de índice

de respiração rápida superficial (IRRS) integrando dois dados de fácil aferição: o

volume corrente espontâneo e a frequência respiratória. Uma relação menor que 80

indica alta probabilidade de extubação bem sucedida e um valor maior que 105

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aponta uma grande probabilidade de insucesso neste procedimento (FREITAS E

SALGUEIRO, 2004).

Além dos índices preditivos, as condições de organização, os dados

clínicos extrapulmonares (estabilidade hemodinâmica, balanço hídrico), dados

laboratoriais envolvidos na capacidade contrátil muscular (como níveis séricos de

potássio e fósforo), e aspectos radiológicos diversos devem ser levados em

consideração (FREITAS E SALGUEIRO, 2004).

Caso o julgamento clínico e os dados preditivos de desmame sejam

satisfatórios, e caso o paciente suporte um determinado período de tempo em peça-

T, pode-se considerar a extubação. O teste de respiração espontânea com tubo T

(método de interrupção da ventilação mecânica) é a técnica mais simples, estando

entre as mais eficazes para o desmame. É realizado permitindo-se que o paciente

ventile espontaneamente através do tubo endotraqueal, conectado a uma peça em

forma de “T”, com uma fonte enriquecida de oxigênio (FREITAS E SALGUEIRO,

2004; GOLDWASSER, 2007).

4. Técnicas de Fisioterapia Respiratória

4.1 Posicionamento

O posicionamento, neste contexto, descreve o uso da posição do corpo

como uma técnica de tratamento específico. O posicionamento de pacientes

internados em UTI pode ser utilizado com o objetivo de otimizar o transporte de

oxigênio através dos seus efeitos de melhorar a ventilação/perfusão (V/Q)

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aumentando os volumes pulmonares, reduzindo o trabalho respiratório, minimizando

o trabalho do coração, e reforçando clearance mucociliar (STILLER, 2000).

4.2 Aspiração Traqueal

É a retirada passiva das secreções, com técnica asséptica, por um cateter

conectado a um sistema de vácuo, introduzido na via aérea artificial. É usada com o

objetivo de eliminar secreções das vias aéreas centrais e estimular a tosse

(STILLER, 2000; JERRE E BERALDO 2007).

4.3 Vibrocompressão

É o procedimento manual aplicado sobre o tórax, que busca transmitir

uma onda de energia através da parede torácica e favorecer o deslocamento de

secreções. Podem ser aplicadas manualmente por meio de vibração, agitação, ou

comprimindo a parede torácica durante a expiração (STILLER, 2000; JERRE E

BERALDO 2007).

4.4 Drenagem Postural

É o posicionamento do corpo do paciente, de modo que o segmento

pulmonar a ser drenado seja favorecido pela ação da gravidade. A justificativa para

a drenagem postural repousa no pressuposto de que as forças gravitacionais

adicionais irão reforçar o transporte vertical de muco no posicionamento dos

brônquios (SCHANS 1999; JERRE E BERALDO 2007).

4.5 Compressão Brusca do Tórax

É a compressão vigorosa do tórax, no início da expiração espontânea ou

da fase expiratória da ventilação mecânica, a fim de obter um aumento do fluxo

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expiratório. A compressão brusca do tórax deve ser realizada em pacientes com

ausência ou diminuição do reflexo de tosse e em pacientes com dificuldade de

mobilizar secreção, especialmente aqueles com disfunção neuromuscular (JERRE E

BERALDO, 2007).

4.6 Hiperinsuflação Manual (HM)

Jerre e Beraldo (2007) descrevem como a desconexão do paciente do

ventilador, seguida de insuflação pulmonar com um ressuscitador manual, aplicando-

se volume de ar maior do que o volume corrente utilizado. Freqüentemente, realiza-

se inspiração lenta e profunda, seguida de pausa inspiratória e uma rápida liberação,

a fim de obter um aumento do fluxo expiratório. A hiperinsuflação manual poten-

cializa as forças de recolhimento elástico pulmonar, promovendo um aumento do

pico de fluxo expiratório e, conseqüentemente, favorecendo o deslocamento de

secreção acumulada nas vias aéreas. Está indicada em pacientes que apresentem

acúmulo de secreção traqueobrônquica.

4.7 Expansão/reexpansão pulmonar

É o uso de procedimentos que aumentem a pressão e/ou volume alveolar,

promovendo expansão de unidades alveolares colabadas. Pode ser utilizada com o

uso da técnica de pressão positiva ao final da expiração (PEEP) ou pressão positiva

contínua nas vias aéreas (CPAP) para promover expansão de unidades alveolares

colabadas (JERRE E BERALDO, 2007).

5. Fisioterapia Respiratória em Pacientes Criticamente Enfermos

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A primeira referência de fisioterapia respiratória data de 1901, quando

Willian Ewart descreveu os benefícios de algumas técnicas do tratamento de

fisioterapia em pacientes com bronquiectasia. Com os avanços tecnológicos,

principalmente os relacionados à VM, os cuidados aos pacientes em estado grave

passaram a ter um enfoque multiprofissional. Essa necessidade criou uma

especialização, o fisioterapeuta intensivista, que consiste de seu papel na UTI, atua

não visando apenas o binômio ventilação-perfusão, como também a preservação da

estrutura pulmonar (GAMBAROTO, 2006).

Jerre e Beraldo (2007) afirmam que a atuação da fisioterapia é extensa e

se faz presente em vários segmentos do tratamento intensivo, tais como o

atendimento a pacientes críticos que não necessitam de suporte ventilatório;

assistência durante a recuperação pós-cirúrgica, com o objetivo de evitar

complicações respiratórias e motoras; assistência a pacientes graves que

necessitam de suporte ventilatório. Nesta fase, o fisioterapeuta tem importante

participação, auxiliando na condução da VM, desde o preparo e ajuste do ventilador

artificial à intubação, evolução do paciente durante a VM, interrupção e desmame do

suporte ventilatório e extubação.

A fisioterapia respiratória é um método aceito para aumentar volumes

pulmonares, remover secreções e reexpandir atelectasia pulmonares e seu uso está

indicado nos cuidados gerais de pacientes com vários problemas pulmonares. O

objetivo da fisioterapia respiratória em pacientes ventilados é de melhorar volumes

pulmonares para faclitar o recrutamento alveolar e remover secreções brônquicas

para reduzir o risco de súbita ou progressiva oclusão (TEMPLENTON E PALAZZO,

2007; KIRILLOFF E COL.1985).

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Tem sido muito discutido a fundamentação das técnicas manuais

(recursos manuais) empregadas na fisioterapia respiratória bem como as questões

relativas a diversidade terminológica que essas técnicas adquirem, com o passar do

tempo, para cada profissional da área. Isso provavelmente ocorre pela escassez de

bibliografias básicas, assim como pela ausência de estudos científicos que

fundamentem o assunto (COSTA, 1999).

Stiller (2000) relata que na maioria dos hospitais nos países

desenvolvidos, a fisioterapia é vista como uma parte integrante da gestão de

pacientes em UTI. Segundo Teixeira (2006) no Brasil, as funções do fisioterapeuta

em uma UTI estão aumentando, principalmente no que compete a parte respiratória

do doente. Porém, há limites funcionais sobre a abordagem da fisioterapia nessa

área, sendo ainda os estudos encontrados na literatura insuficientes para determinar

com clareza a atividade fisioterápica em UTI.

Azeredo (1993) defende a fisioterapia dizendo que a atuação do

fisioterapeuta na VM é gerenciar a função muscular respiratória. Esta estará

submetida a sobrecargas na ventilação artificial, devido à inatividade durante a

ventilação controlada prolongada, fraqueza e inabilidade ao trabalho durante o

período de desmame. Considerando que como meta final da VM seja o desmame,

podemos correlacionar a atuação do Fisioterapeuta como facilitador do mesmo.

Schettino e col (2004) complementa dizendo que um estudo de Kollef e

colaboradores mostraram que a implementação de um protocolo guiado por

enfermeiros e fisioterapeutas reduziu em até 30 horas o tempo de VM.

Segundo Stiller (2000) muitos estudos têm investigado o efeito de curto

prazo da multimodalidade da fisioterapia respiratória (por exemplo, posicionamento,

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percussão, vibrações, hiperinsuflação manual e sucção) sobre a função pulmonar

dos doentes entubados UTI recebendo VM. O autor completa ainda relatando que

outros estudos também têm demonstrado melhorias significativas após fisioterapia

na complacência pulmonar, valores na PO2 arterial e do shunt intrapulmonar.

Schans (2007) relata que a fisioterapia respiratória é uma intervenção

amplamente utilizada em pacientes com doenças das vias respiratórias. O principal

objetivo é melhorar a retirada do muco, para diminuir o risco de infecção pulmonar, o

lento declínio da função pulmonar, e melhorar a qualidade de vida. A fisioterapia

respiratória convencional é usada em pacientes estáveis com doença pulmonar

obstrutiva, para evitar complicações no período perioperatório e, em alguns

criticamente doentes, tais como aqueles que recebem VM.

Por outro lado, estudos recentes tem mostrado resultados desfavoráveis a

fisioterapia. Templenton e Palazzo (2007) relatam em uma pesquisa onde dois

grupos foram separados, um que recebia fisioterapia e outro grupo que recebia

apenas aspiração. De acordo com suas conclusões, os autores relatam que os

pacientes que tiveram apenas aspiração tiveram 4 dias a menos de ventilação

comparado com o grupo que recebeu fisioterapia.

Por essa discussão ainda não estar totalmente esclarecida, de o quanto a

fisioterapia é benéfica para o paciente que necessita de cuidados intensivos e sob

VM, é que surge a proposta de identificar os benefícios da fisioterapia respiratória

em pacientes ventilados por mais de 48 horas em Unidade de Terapia Intensiva.

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PARTE II – OBJETIVOS

1 Geral

Determinar a eficácia da intervenção da fisioterapia respiratória como

tratamento auxiliar de pacientes ventilados por mais de 48 horas na UTI

do Hospital São José.

2 Específicos

Comparar as taxas de sucesso de desmame e reintubação entre

intervenção da fisioterapia respiratória e grupo controle

Verificar a relação entre a intervenção fisioterapêutica e grupo controle

com a permanência na UTI e nas taxas de mortalidade.

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PARTE III – RESULTADOS

Artigo 1

Artigo submetido ao periódico Intensive Care Medicine

Beneficial effects of respiratory physiotherapy in critically ill patients ventilated

for more than 48 hours: a randomized, controlled trial

Fernando Schmitz de Figueiredo, Juliano Farias Jozwiak, Talita Tuon, Cristiane Damiani

Tomasi, Rodrigo Grandi,

Felipe Dal-Pizzol, Cristiane Ritter

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Abstract

Objective: This study aimed to determine the impact of providing chest physiotherapy on the

duration of mechanical ventilation, intensive care length of stay, intensive care and hospital

mortality in mechanically ventilated patients.

Design and setting: Single-centre, randomised, controlled trial in a university hospital

general intensive care unit (ICU).

Patients: 139 patients aged more than 18 years, admitted to the ICU needing mechanical

ventilation for longer than 48 hours

Interventions: Physiotherapists provide group intervention (P) with the intensity and

frequency of therapy they felt appropriate based on their assessment of the likely treatment

benefit. Control patients (group C) only received suctioning, decubitus care and general

mobilisation.

Measurements and main results: Primary outcomes were ICU and hospital mortality

regardless of the cause of death. Secondary outcomes were length of ICU and hospital stay,

length of mechanical ventilation, weaning and extubation failure. Patients in the P group

more frequently achieved parameters to start weaning , but there were no significant

differences between P and C groups on weaning and extubation failure, length of mechanical

ventilation and length of ICU stay. There was fewer hospital, but not ICU, mortality in the P

group.

Conclusions: We demonstrated that respiratory physiotherapy decrease hospital mortality

and suggest that this effect was, in part, secondary to the effect of the intervention on

weaning from mechanical ventilation.

Keywords Mechanical ventilation, Chest physiotherapy, Ventilator weaning, Outcome

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INTRODUCTION

The use of respiratory therapy for patients with a variety of lung disease is a standard in

medical care 1, including in the Intensive Care Unit (ICU) setting 2. In this context, it is widely

accepted the routine use of physical therapy in several situations in the intensive care, such

as the care of critically ill patients not requiring ventilatory support, assistance during the

postoperative recovery and the assistance to critically ill patients requiring ventilatory

support.3 The main goals of respiratory physiotherapy include promotion of adequate

oxygenation, clearance of airway secretions, maintenance of chest-wall mobility, and

enhancement of mobility.

Stiller (2000) reports that in most hospitals in developed countries, the respiratory

therapy is seen as an integral part of the management of ICU patients and that studies have

investigated the effect of short-term multimodality respiratory therapy (eg, positioning,

percussion, vibration, manual hyperinflation and suction) on pulmonary function in intubated

ICU patients receiving mechanical ventilation, concluding that there was a significant

improvement after physical therapy in lung compliance values and in arterial PO2. 2 In

addition, Ntoumenopoulos (2002) demonstrated that respiratory physiotherapy reduced

ventilator associated pneumonia (VAP) in general ICU patients.

Despite of these positive results recent studies have shown unfavorable effects of

physiotherapy. Templenton and Palazzo (2007) in a randomized clinical trial reported that the

use of respiratory physiotherapy was associated with longer periods of mechanical

ventilation and no reduction of VAP incidence, length of ICU stay or mortality. 4 In this way, in

adults with acute brain injury the regular use of respiratory physiotherapy did not prevent

VAP, reduce length of mechanical ventilation or ICU stay5

At present definitive recommendations cannot be made regarding the use of

respiratory physiotherapy for decreasing relevant clinical outcomes in critical ill patients

requiring mechanical ventilation, thus the aim of this study was to investigate if the provision

of standardised regular respiratory physiotherapy interventions, in addition to routine

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medical/nursing care facilitates the weaning of the mechanical ventilation, decreased length

of mechanical ventilation and ICU stay, reducing hospital mortality in clinical and surgical

ICU patients.

METHODS

This randomized clinical trial was conducted at a 20-bed general ICU in a teaching hospital,

São José Hospital. The study was approved by the local ethics committee.

Population and sample

Patients aged more than 18 years, admitted to the ICU needing mechanical ventilation for

longer than 48 hours were included in the study after consent from the patient or from patient

relative. Patients with ventilatory failure due to neuromuscular dysfunction likely to impair

ability to wean were excluded.

Patients (n = 139) were divided into two groups P - respiratory physiotherapy (intervention

group n = 77) and C - control group (n = 62).

Psychiotherapists were all aware of patient randomisation. Patients were routinely assessed

by physiotherapists twice a day and their treatments and decisions were documented,

facilitating continuity of care. Physiotherapists provide group P with the intensity and

frequency of therapy they felt appropriate based on their assessment of the likely treatment

benefit. Group-C patients were also routinely assessed twice daily by physiotherapists but

were only allowed to receive suctioning, decubitus care and general mobilisation. Nursing

and medical staff were blind to whether a patient had been recruited to the study. All patients

were allowed rescue physiotherapy (need for manual hyperinflation and suctioning) for

sudden sustained de-saturation due to mucus plugging, outside the times of routine visits.

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21

Rescue therapy was provided by bedside nurses or physiotherapist. Rescue events were

recorded for the duration of patient ventilation. Physiotherapeutic care includes thoracic and

pulmonary expansion by positioning, manual pulmonary hyperinflation with a Waters bag

circuit, rib springing and general mobilisation. Secretion removal techniques included manual

pulmonary hyperinflation with vibration, positioning and drainage with tracheal suctioning.

Patients received medical treatment according to requirements defined by ICU staff.

Weaning criteria was identical in the two groups and followed a pre-defined ICU protocol,

that includes blood electrolytes were in the normal range, PaO2/FiO2 ratio > 250 mmHg kPa,

and PaCO2 was normal for the patient. Ventilatory support was reduced using pressure

support mode and extubation was undertaken in awake patients who had reached pressure

support 10 cm water, PEEP < 10 cm water, respiratory rate < 25/m and secretions could be

expectorated by coughing. Ventilator-free status was reached at extubation. Unconscious

patients with a tracheostomy were judged ventilator-free once breathing spontaneously in a

T-tube circuit. Weaning failure was defined as the incapacity to follow weaning protocol to

reach a ventilator-free status. Extubation failure was defined as the needing of re-ventilation

in the next 24 hours after ventilator-free definition was achieved.

The primary outcomes of interest were ICU and hospital mortality regardless of the cause of

death. Secondary outcomes were length of ICU and hospital stay, length of mechanical

ventilation, weaning and extubation failure.

Statistical Analysis

Standard descriptive statistics were used to describe the study population. Continuous

variables were reported as mean + standard deviation or median (25%–75% interquartile

range [IQR]). Univariate analysis was used to identify factors associated with ICU and

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hospital mortality. For categorical variables with multiple levels, the reference level was

attributed to the one with the lowest probability of the dependent variable. Variables yielding

p < .2 by univariate analysis and those considered clinically relevant were entered in the cox-

regression analysis to estimate the independent association of each covariate with the

dependent variable. Survival curves were constructed with the Kaplan-Meier method and

compared with the logrank test. Two-tailed p < .05 was considered statistically significant. To

the probability of 90 percent that the study will detect a treatment difference at a two sided

5.0 percent significance level, if the true difference between the treatments is 0.8 times the

standard deviation a total of 124 patients was calculated to enter in the study.

RESULTS

One hundred and sixty-three patients were evaluated for the study. One hundred and thirty-

nine patients entered the study between September 2008 and July 2009, 77 randomized to

therapy (P group) and 62 to control (C Group). Twenty-four patients were excluded from the

study: twelve with confirmed brain death, 2 had therapy withdrawn due to overwhelming

illness, 3 younger than 18 years and 7 with neuromuscular dysfunction. Patient clinical

characteristics are shown in Table 1. There were no significant differences between groups

in these characteristics, nor to reasons to ICU admission (Table 2).

As expected, patients in the P group required fewer rescue therapy when compared to the C

group (1.3% vs 21% respectively) (Table 3). In addition, patients in the P group more

frequently achieved parameters to start weaning when compared to C group (81% vs 61%

respectively p <0.05) (Table 3). Despite of this, there were no significant differences between

P and C groups regarding weaning and extubation failure, needing for tracheostomy, length

of mechanical ventilation and length of ICU stay (Table 3). During the ICU stay there was a

trend to a higher mortality in the C group when compared to the P group (45% vs 31% p =

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0.09), despite the P group did not spent lower time on mechanical ventilation or did not have

fewer weaning and extubation failures. When determining hospital mortality there was a

significant difference between groups (66% vs 40% p=0.004). (Table 3 and Figure 1). In the

univariate analyses factors associated with death besides being allocated in the P group

were age, APACHE II score and SOFA score at admission group (Table 4). Including all

these variables in a cox regression model none only age was independently associated with

outcome.

Since there was a significant higher number of patients in the control group that did

not reach criteria to start weaning when compared to physiotherapy group we performed a

sub-group analyses including only patients that did reach criteria to start weaning. In table 5

it was demonstrated that both ICU and hospital death was not significantly different between

control and physiotherapy in this sub-group analyses. In the Kaplan-Meier curve it was

observed a trend to lower hospital mortality in the physiotherapy group, but this difference did

not reach statistical significance (Figure 2, p=0.17). In addition, analyzing the Kaplan-Meier

curve it was observed that after 20 days it seems that exist a benefit from the P group. Thus

it was analyzed the subgroup of patients with hospital stay higher than 20 days, and is

possible to detect a significant benefit of physiotherapy in this sub-group (Figure 3, p=0.002).

DISCUSSION

To the best of our knowledge this is the one of few randomized controlled trial to explore the

effect of respiratory physiotherapy in mechanically ventilated patients that determined

clinically relevant outcomes. Despite the intervention did not have an observable effect on

length of mechanical ventilation and ICU stay it was observed a trend toward lower ICU

mortality and a significant benefit on hospital mortality. Observing the Kaplan-Meier curve we

suggest that there was two time period that the P group presented lower mortality when

compared to the C group, at earlier study entry and after 20 days. This early effect seemed

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to be secondary, at least in part, to the small proportion of patients in the P group that did not

reach criteria to weaning the mechanical ventilation when compared to the C group. When

excluding these patients the benefit of P was not statistically significant, suggesting that a

significant part of the observed effect is due to this fact. In addition, we observed a

significant effect in the sub-group of patients with hospital stay higher than 20 days, and at

this time more than 70% of patients in both groups were discharged from the ICU,

suggesting that other benefits from physiotherapy that were maintained even after ICU

discharge could be of particular interest. In this study it was not possible to determine which

benefits are responsible to this effect.

It is demonstrated that respiratory physiotherapy improves several physiologic

parameters associated with ventilation, mainly in the critical ill patients under mechanical

ventilation 6-16. These would be expected to accelerate the weaning, decreasing VAP

incidence, decreasing mortality in ICU patients, but to date few studies were performed to

address physiotherapy effects on major clinical outcomes. A well designed randomized

clinical trial have shown that the average time to be free from mechanical ventilation was 4

days longer for those who received chest physiotherapy compared to a control group4,

differently from our study that did not observed a significant difference between groups on

mechanical ventilation duration. In addition, in patients with acute brain injury respiratory

physiotherapy did not decreased VAP incidence, mechanical ventilation duration and ICU

length of stay. In contrast, Ntoumenopoulos et al. in non-randomized study observed that

only 8% of patients in the intervention group developed VAP, compared with 39% in the

control group 17. We here demonstrated that not reach weaning condition was more frequent

in the C group as previously demonstrated, reinforcing previous data on the role of

physiotherapist in the conduction of protocols for patients for weaning from mechanical

ventilation 18. Curiously, despite of this patients in the P group did not have fewer extubation

failures, nor did spent lower time in the mechanical ventilation or in the ICU.

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Some limitations must be observed when interpreting our results. Despite there were

no significant differences in clinical characteristics between groups, when performing a cox-

regression model that includes APACHE II, admission SOFA, age and experimental group

only age was independently associated with outcome, thus the positive effect of respiratory

physiotherapy must be interpreted with caution. The sub-group analyses presented here

suggest that on of the main effects of respiratory physiotherapy is to allow patients initiate

weaning from mechanical ventilation. Several variables are necessary to be achieved to

reach weaning criteria, some not related to respiratory parameters (i.e. blood electrolytes,

homodynamic stability). Thus, despite groups were similar at baseline, and during the first 10

days there were no significant differences on daily SOFA score, we can not ascertain that the

beneficial effect observed here is truly related to respiratory physiotherapy. In addition, the

effect observed in patients whose hospital stay was higher than 20 days could not solely be

explained by decreased ICU deaths, thus a non-determined beneficial effect of chest

physiotherapy seemed to exist after ICU discharge, and the protocol did not allow us to

determine this.

CONCLUSION

This study examined the impact of physical therapy in patients requiring ventilation for more

than 48 hour. We demonstrated that respiratory physiotherapy decrease hospital mortality

and suggest that this effect was, in part, secondary to the effect of the intervention on

weaning from mechanical ventilation. In addition, it seems that the beneficial effects were

prolonged even after ICU discharge. We proposed that a large, multicenter study, must be

performed to confirm the results from this study.

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Table 1 – Patient clinical characteristics

Control (n=62) Physiotherapy

(n=77)

p

Age (mean + SD) 56.1 + 19.5 54.3 + 18.1 0.59

Sex, female (%) 23 (37) 21 (27) 0.21

APACHE II (mean

+ SD)

15.4 + 6.6 14.3 + 7.6 0.45

SOFA D1 (mean

+ SD)

4.5 + 2.9 5.0 + 3.0 0.48

SOFA D3 (mean

+ SD)

4.2 + 3.2 4.1 + 2.7 0.89

Vasopressor

need (%)

21 (34) 26 (34) 0.78

Medical

admission (%)

Surgical

admission (%)

35 (56)

27 (44)

45 (58)

32 (42)

0.93

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Table 2 – Reasons for admission

Reasons for admission Control (n=62) Physiotherapy (n=77)

Post-operative care 3 6

Sepsis 11 12

Respiratory insufficiency 8 11

Neurological 8 11

Renal / Metabolic 6 1

Cardiovascular 6 11

Politrauma 4 4

Other 16 21

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Table 3 – Outcome measures

Control (n=62) Physiotherapy (n=77) p

Tracheostomy need

(%)

24 (38) 25 (32) 0.47

Mechanical

ventilation, time, days

(mean + SD)

10.6 + 8 9.6 + 8.6 0.49

Condition to weaning,

yes (%)

38 (61) 63 (81) 0.008

Weaning failure, yes

(%)

23 (60) 37 (59) 0.93

Extubation failure, yes

(%)

14 (36) 16 (25) 0.24

Rescue

physiotherapy, yes

(%)

13 (21) 1 (1.3) <0.0001

ICU length of stay,

days (mean + SD)

13.6 + 9.3 13.5 + 9.7 0.93

ICU mortality (%) 28 (45) 24 (31) 0.09

Hospital mortality (%) 41 (66) 31 (40) 0.004

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Table 4 – Univariate analyses of factors associated with hospital death

Non-survivor

(n=72)

Survivor (n=67) p value

Age (mean + SD) 62.1 + 16.5 47.7 + 18.1 <0.0001

APACHE II (mean

+ SD)

16.1 + 7.8 12.9 + 6.0 0.036

Admission SOFA

(mean + SD)

5.39 + 3.24 4.13 + 2.59 0.05

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Table 5 – ICU and hospital death in the sub-group of patients that reach criteria to

start weaning

Control (n=38) Physiotherapy

(n=64)

p

ICU mortality (%) 4 (10.5) 11 (17.1) 0.4

Hospital mortality

(%)

17 (44.7) 18 (28.1) 0.1

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Figure 1 - The survival of control groups and physiotherapy

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Figure 2 - The survival of physiotherapy and control groups except for patients who

did not start weaning from mechanical ventilation

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Figure 3 The survival of control group and the physiotherapy of patients with

hospitalization longer than 20 days

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PARTE IV – DISCUSSÃO

Sabemos que estudos relacionados a fisioterapia respiratória e a saída do

paciente da VM não são explorados com intensidade. Neste trabalho tivemos como

objetivo mostrar o impacto da fisioterapia respiratória no paciente ventilado

mecanicamente por um período maior que 48 horas.

Em um estudo multicêntrico, verificou-se que aproximadamente 15% dos

pacientes não iniciavam uma tentativa de desmame da VM. Este subgrupo de

pacientes geralmente requer VM prolongada e, por essa razão, é responsável por

cerca 40% do custo total da UTI (CARLUCCI, 2009).

Somando se a afirmação acima com estudos anteriores onde Templenton

e Palazzo (2007), mostraram que o tempo médio para o paciente sair da VM foi de 4

dias a mais para aqueles que receberam fisioterapia respiratória comparado a um

grupo controle temos um resultado nada animador para pacientes ventilados

mecanicamente em UTI com aumento o tempo de VM e conseqüentemente os

custos

Macintyre (2007) relata ainda claramente que o uso do ventilador deve ser

destinado a obter do paciente a saída do suporte ventilatório o mais rapidamente

possível. Atrasos na descontinuação do suporte ventilatório mecânico expõe os

pacientes a riscos desnecessários de infecção, lesão por estiramento, necessidades

de sedação, trauma das vias aéreas, e os custos.

Em nosso estudo não tivemos diferenças significativas em relação a

tempo de ventilação mecânica em dias dos grupos com 10,68 ± 8,1 e 9,69 ± 8,6

respectivamente Grupo controle e Grupo Intervenção (M, ±DP) mostrando que a

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fisioterapia não altera tempo de ventilação mecânica do paciente em terapia

intensiva não sendo prejudicial como relatado por Templenton e Palazzo.

Templenton e Palazzo, (2007) relatam que a fisioterapia respiratória

exerce em pacientes ventilados mecanicamente um reforço dos volumes pulmonares

para facilitar o recrutamento alveolar e eliminação de secreções brônquicas

reduzindo o risco de oclusão súbita ou progressiva. Estes benefícios seriam

esperados para acelerar o desmame, no entanto, não há dados controlados quanto

ao impacto da Fisioterapia respiratória no desmame da ventilação mecânica.

Em nosso estudo os efeitos da fisioterapia no grupo intervenção

comparado com o grupo controle tiveram impacto sobre a urgência em atender

paciente com baixa saturação (SpO2) através de fisioterapia resgate mostrando uma

menor necessidade de resgate para os pacientes que recebiam fisioterapia

respiratória (1,3% no grupo intervenção vs 21% no grupo controle; p<0,0001). Nas

tentativas de inicio de desmame tivemos 81% dos pacientes do grupo intervenção

que tentaram iniciar desmame da ventilação mecânica contra 61% nos pacientes do

grupo controle (p=0,008) reforçando o papel importante do fisioterapeuta no

desmame da ventilação mecânica. Na mortalidade dos pacientes que tiveram alta da

UTI e ficaram internados nos setores hospitalares tivemos 66% dos pacientes do

grupo controle com desfecho de óbito contra 40% no grupo intervenção (p=0,004).

Ntoumenopoulos (2002) compararam em pequeno estudo controlado,

mas não aleatório, fisioterapia respiratória (vibrocompressão e aspiração endo-

traqueal) com um grupo controle (sem fisioterapia respiratória). Observaram que

apenas 8% dos pacientes do grupo intervenção desenvolveram pneumonia

associada a ventilação (PAV), comparado com 39% no grupo controle.

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Pode-se especular então que a diminuição de PAV, consequentemente

diminuição de secreção (rolhas/plugs) e atelectasias com o uso da Fisioterapia

relaciona-se com o menor número de fisioterapia resgate no grupo intervenção

Schans (1999) afirma que a fisioterapia respiratória pode ser definida como

a aplicação externa de uma combinação de forças para aumentar o transporte de

muco.

Em um estudo controlado, no qual se comparou a aspiração endotraqueal

com e sem a associação da compressão brusca do tórax (por 5 min), evidenciou-se

que, no grupo da compressão brusca do tórax, a quantidade de secreção aspirada

foi maior do que no grupo que recebeu apenas aspiração endotraqueal, porém sem

atingir valor estatisticamente significativo (JERRE E BERALDO, 2007).

Takeshi Unoki (2005) descreve uma variedade de técnicas de fisioterapia

respiratória tem sido amplamente utilizado com pacientes recebendo VM. Uma delas

é Compressão expiratória também conhecida como "Squeezing". Esta técnica

consiste em comprimir manualmente a caixa torácica durante a expiração e

liberando a compactação no final da expiração, com o objetivo de mobilizar e

eliminar secreções pulmonares, facilitando a inspiração ativa, e melhorar a

ventilação alveolar.

Em um levantamento dos principais hospitais de ensino na Austrália e

Nova Zelândia, 75% dos centros relataram o uso de técnicas de fisioterapia

destinadas a retirar a secreção das vias aéreas como parte do seu processo de

indução de escarro. Técnicas de desobstrução das vias aéreas têm sido mostradas

para acelerar a limpeza de secreção em doenças como a fibrose cística e

bronquiectasia, onde há retenção substancial de muco com propriedades reológicas

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anormal. Assim, as técnicas de desobstrução das vias aéreas são projetados para

desalojar o muco pegajoso e usar o fluxo de ar para movê-lo para a parte mais

central, de onde pode ser eliminada com tosse ou técnicas de expiração forçada

(ELKINS,2005).

Estudos relataram que o risco de falha de extubação é aumentada com

tosse ineficaz, uma propensão para a aspiração, e secreções abundantes (FRUTOS-

VIVAR, 2006).

Frutos-Vivar (2006) destaca a importância da força da tosse e da

quantidade de secreção brônquica como fatores relacionados à reintubação. Na

análise univariada, identificou-se que as culturas do aspirado traqueal, com

resultados positivos foram mais comuns em pacientes que necessitaram de

reintubação. Pacientes que eram incapazes a cooperar, e tinham secreções

abundantes e uma tosse fraca fazia-se necessário reintubação.

Com relação às tentativas de desmame mesmo não havendo diferença

significativa no tempo da ventilação Ely e col. (2001) mostraram que o fisioterapeuta

tem importante papel na condução de protocolos de triagem de pacientes para

interrupção da VM, ocorrendo assim um maior número de tentativas de desmame na

tentativa de retirada da ventilação.

Carlucci (2009) mostra que o alto número de tentativas de desmame é

normal afirmando que uma percentagem de pacientes internados em UTI (cerca de

10% para 15%) pode falhar em várias tentativas de desmame antes de ser

transferido para um centro de desmame com o objetivo de alcançar uma liberação

definitiva do ventilador. Até 50% destes pacientes podem finalmente ser

desmamados após várias semanas.

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No estudo de Templenton e Palazzo (2007), o trabalho da fisioterapia

respiratória não teve impacto sobre as taxas de mortalidade. Diferentemente em

nosso estudo o impacto sobre a taxa de mortalidade dos paciente que tiveram alta

da UTI e ficaram internados nas clínicas do hospital teve uma diferença significativa.

Não há estudos que relatam o impacto da fisioterapia na diminuição da

mortalidade de pacientes sobreviventes de internações em UTI. Sitille (2000) afirma

que a capacidade de fisioterapia de diminuir morbidade e mortalidade não tem sido

relatada. Embora recomendações podem ser feitas sobre prática baseada em

evidência para a fisioterapia na UTI, estas ainda são limitadas devido à falta de

dados para avaliar a eficácia da fisioterapia nesta definição. Há uma necessidade

urgente de novas pesquisas para ser conduzidas justificando o papel da fisioterapia

na UTI.

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41

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.

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ANEXOS

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Anexo 1 – Termo de Consentimento Pós-Informação (modelo 1 – para paciente)

Estudo - EFEITOS DA FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA NO DESMAME DE

PACIENTES VENTILADOS POR MAIS DE 48 HORAS EM UNIDADE DE TERAPIA

INTENSIVA

Responsável: Dra. Cristiane Ritter – Serviço de Medicina Intensiva

Telefone de contato: 48 34311500 / 48 9162 3388

Esta sendo realizado no Serviço de Medicina Intensiva do Hospital São José um

estudo para verificar os efeitos da fisioterapia respiratória em pacientes que estão há

mais de dois dias com ventilação mecânica. O objetivo deste trabalho experimental

é determinar se a fisioterapia acelera a saída destes pacientes da necessidade do

suporte da ventilação mecânica.

Mesmo que o (a) senhor (a) decida não participar do estudo ou se a qualquer

momento quiser se desligar do estudo, não haverá nenhum prejuízo no seu

atendimento no hospital.

Declaro ter lido as informações sobre o estudo acima e concordo em participar do

estudo e em coletar sangue para medir os radicais livres.

Estou de acordo que os resultados do estudo sejam publicados de forma anônima

numa revista científica.

Criciúma, ____ de _______de 200_

Paciente_____________________________________________________

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Anexo 1 – Termo de Consentimento Pós-Informação (modelo 2 – para familiar)

Estudo - EFEITOS DA FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA NO DESMAME DE

PACIENTES VENTILADOS POR MAIS DE 48 HORAS EM UNIDADE DE TERAPIA

INTENSIVA

Responsável: Dra. Cristiane Ritter – Serviço de Medicina Intensiva

Telefone de contato: 48 34311500 / 48 9162 3388

Esta sendo realizado no Serviço de Medicina Intensiva do Hospital São José um

estudo para verificar os efeitos da fisioterapia respiratória em pacientes que estão há

mais de dois dias com ventilação mecânica. O objetivo deste trabalho experimental

é determinar se a fisioterapia acelera a saída destes pacientes da necessidade do

suporte da ventilação mecânica.

Mesmo que o (a) senhor (a) decida não autorizar a participação no estudo ou se a

qualquer momento decidir desligar o seu familiar do estudo, não haverá nenhum

prejuízo no seu atendimento no hospital.

Declaro ter lido as informações sobre o estudo acima. Concordo em autorizar a

participação de meu familiar __________________________________no estudo.

Estou de acordo que os resultados do estudo sejam publicados de forma anônima

numa revista científica.

Criciúma, ____ de _______de 200_

Familiar Responsável__________________________________________________

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Anexo 2 – Ficha de coleta de dados fisioterapêutica

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Anexo 3 – Ficha de coleta de dados

1 – Identificação e Dados Demográficos

Iniciais: |....||....||....||....| Registro hospitalar: |....||....||....||....||....||....||....||....||....||....|

Idade: |....||....||....| anos Sexo: | M | | F | Peso: |....||....||....| kg Altura: |....||....||....|cm

Data Internação: Hospitalar: |....||....| / |....||....| / |....||....|

Na UTI: |....||....| / |....||....| / |....||....|

2– Comorbidades

Insuficiência renal crônica em diálise |sim||não|

Insuficiência renal crônica sem diálise |sim||não|

Insuficiência cardíaca NYHA classes II-III |sim||não|

Insuficiência cardíaca NYHA classe IV |sim||não|

DPOC grave |sim||não| Cirrose Chlid C |sim||não| SIDA |sim||não|

OUTRAS:__________________________________________________________

|Assinale | 0 | se não houver; no caso de haver a comorbidade, marque em

função do grau de descompensação ou gravidade: | 1 | = leve; | 2 | moderada; |

3 | grave| de acordo com o Adult Comorbidity Evaluation (ACE-27)

Hipertensão arterial |....| Diabetes mellitus |....| Angina |....| Trombose |....|

Desnutrição |....| AVC com seqüela |....| AVC sem seqüela |....| DPOC |....| Demência

|....| Alcoolismo |....| Doença arterial periférica |....| Cirrose hepática |....| Infarto

miocárdico prévio |....| Arritmias |....| Doença psiquiátrica |....| Obesidade

(IMC>38Kg/m2) |....| Doenças reumáticas |....|

3 – Internação na UTI

Tipo: | 1 | Médica | 2 | Cirurgia eletiva | 3 | Cirurgia de urgência / emergência

Origem: | 1 | Enfermaria/quarto | 2 | Emergência | 3 | Centro Cirúrgico | 4 | Outra

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Motivo da Internação: | 1 | Monitoração pós-operatório | 2 | Sepse

| 3 | Insuficiência respiratória (exceto sepse) | 4 | Choque (exceto sepse)

| 5 | Neurológico | 6 | Renal / metabólico | 7 | Pós PCR | 8 | Cardiovascular

| 9 | Hepático | 10 | Hematológica | 11 | Digestivo | 11 | Trauma | 12 | Outras

Escreva o diagnóstico da internação:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

_________

Complicações à internação na UTI |as informações referem-se ao período de +

1h|

Insuficiência respiratória |sim||não| Arritmia cardíaca |sim||não|

Efeito massa intracraniano sim||não| Parada cardiorrespiratória |sim||não|

Insuficiência renal aguda |sim||não| Neutropenia |sim||não|

Hemorragia digestiva |sim||não| Ventilação não-invasiva |sim||não|

Insuficiência Adrenal |sim||não| Ventilação Mecânica |sim||não|

Aminas vasoativas> 1h |sim||não| Diálise |sim||não|

Complicações ao final das primeiras 24h de internação na UTI

Insuficiência respiratória |sim||não| Arritmia cardíaca |sim||não|

Efeito massa intracraniano sim||não| Parada cardiorrespiratória |sim||não|

Insuficiência renal aguda |sim||não| Neutropenia |sim||não|

Hemorragia digestiva |sim||não| Ventilação não-invasiva |sim||não|

Insuficiência Adrenal |sim||não| Ventilação Mecânica |sim||não|

Aminas vasoativas> 1h |sim||não| Diálise |sim||não|

Assinale o Pior Resultado à Internação na UTI (período de + 1h)

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PA: |....||....||....| x |....||....||....| mmHg Freq. card: |....||....||....| bpm

Freq. resp: |....||....| irpm Temp: ....||....|,|….| 0C

Escala de coma de Glasgow total: |....||....| pontos

Icterícia: |sim||não| Bilirrubinas totais l: |....||....|,|....| mg%

Leucócitos.: |....||....|,|....| x103/mm3 Plaquetas: |....||....||....| x103/mm3

Creatinina: |....||....|,|....| mg/dL

pH: |....|,|....||....| PaO2: |....||....||....| FiO2: |....||....||....| %

Lactato: |....||....|,|....| mmol/L

Assinale o Pior Resultado nas Primeiras 24Horas de Internação na UTI

PA: |....||....||....| x |....||....||....| mmHg Freq. card: |....||....||....| bpm

Freq. resp: |....||....| irpm Temp: |....||....|,|….| 0C

Escala de coma de Glasgow total: |....||....| pontos

Icterícia: |sim||não|

Diurese: |....||....||....||....| ml/24h

Hematócrito: |....||....| % Hemoglobina: |....||....|,|....| g%

Plaquetas: |....||....||....| x103/mm3 TAP INR: |....||....|,|....|

Leucócitos.: |....||....|,|....| x103/mm3 Neutrófilos.: |....||....||....||....| /mm3

Creatinina: |....||....|,|....| mg/dL Uréia: |....||....|,|....| mg%

Sódio: |....||....||....| mEq/L Potássio: |....|,|....| mEq/L

Bilirrubinas totais l: |....||....|,|....| mg%

Albumina.: |....|,|....| g/dL PCR-t: |....||....|,|....| mg%

glicemia: |....||....|,|....| mg/dL

Lactato: |....||....|,|....|mmol/L

pH: |....|,|....||....| PaO2: |....||....||....| PaCO2: |....||....||....| HCO3: |....||....|,|....| mEq/L

FiO2: |....||....||....| %

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Aminas vasoativas |Assinale a maior dose utilizada durante as primeiras 24h de

UTI| | g/Kg/min|:

Dopamina: |....||....|,|....| Dobutamina: |....||....|,|....| Noradrenalina.: |....||....|,|....|

DIURESE NAS PRIMEIRAS 24HS: _____________________________________

4 – Variáveis Relacionadas às Complicações Infecciosas À internação na UTI

Infecção à internação na UTI: |sim| |não|

Origem: | 1 | Comunitária | 2 | Hospitalar

Tipo: | 1 | Clinicamente comprovada | 2 | Microbiologicamente documentada

Gravidade: | 0 | Sem sepse | 1 | Sepse | 2 | Sepse grave | 3 | Choque séptico

Focos de Infecção (marque todas que se apliquem):

Pulmonar |sim||não| Urinário |sim||não| Corrente sanguínea |sim||não|

Cateter |sim||não| Sinusite |sim||não| Pele / partes moles |sim||não|

Abdominal |sim||não| Sistema nervoso |sim||não| Ferida cirúrgica |sim||não|

Outros: |sim||não|

Especifique: ____________________________________________

Germes (marque todas que se apliquem):

|....| Staphyloccocus coagulase negativo |....| MRSA |....| Pneumococo |...| Klebsiella

sp. |....| Staphyloccocus aureus não-MRSA |....| E. coli |....|

Serratia sp. |...| Acinetobacter sp. |....| S. maltophyla / B. cepacia |....|

P. aeruginosa |....| Outros

|....| Aspergilose |....| Cândida sp. |....| Vírus |....| Micobacterias

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Antibioticoterapia inicial ou empírica adequada: |sim||não|

Durante internação na UTI

Infecção adquirida durante internação na UTI: |sim| |não|

Tipo: | 1 | Clinicamente comprovada | 2 | Microbiologicamente documentada

Gravidade: | 0 | Sem sepse | 1 | Sepse | 2 | Sepse grave | 3 | Choque séptico

Focos de Infecção (marque todas que se apliquem):

Pulmonar |sim||não| Urinário |sim||não| Corrente sanguínea |sim||não|

Cateter |sim||não| Sinusite |sim||não| Pele / partes moles |sim||não|

Abdominal |sim||não| Sistema nervoso |sim||não| Ferida cirúrgica |sim||não|

Outros: |sim||não|

Especifique: ____________________________________________

Germes (marque todas que se apliquem):

|....| Staphyloccocus coagulase negativo |....| MRSA |....| Pneumococo |...| Klebsiella

sp. |....| Staphyloccocus aureus não-MRSA |....| E. coli |....|

Serratia sp. |...| Acinetobacter sp. |....| S. maltophyla / B. cepacia |....|

P. aeruginosa |....| Outros

|....| Aspergilose |....| Cândida sp. |....| Vírus |....| Micobacterias

Antibioticoterapia inicial ou empírica adequada: |sim||não|

5 - Durante a Permanência no CTI

Aminas vasoativas: |sim||não| Dia de UTI: |....||....|

Diálise: |sim||não| Dia de UTI: |....||....|

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Ventilação Mecânica: |sim||não| Dia de UTI: |....||....|

Ventilação não invasiva (VNI): |sim||não| Dia de UTI: |....||....|

Falha da VNI: |sim||não| Dia de UTI: |....||....|

Duração do suporte ventilatório: |....||....||....| dias

Sedação: |sim||não| Dia de UTI: |....||....| Duração da sedação: |....||....| dias

Medicação (ões) utilizadas para sedação:_________________________________

__________________________________________________________________

Uso de antipsicóticos: [sim] [não]

Se sim qual: _______________________________________________________

Uso de analgésicos: [sim] [não]

Se sim qual: _______________________________________________________

Uso de restrição física: [sim] [não]

Se sim: [antes do diagnóstico de delirium] [após o diagnóstico de delirium]

[antes e após o diagnóstico de delirium]

Suporte nutricional enteral: |sim||não| Dia de UTI: |....||....|

Duração do suporte enteral: |....||....| dias

Suporte nutricional parenteral: |sim||não| Dia de UTI: |....||....|

Duração do suporte parenteral: |....||....| dias

Acesso venoso central: [sim] [não]

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Sonda vesical de demora: [sim] [não]

Sonda naso/oro gástrica/entérica: [sim] [não]

Hipotermia: [sim] [não]

Hipertermia: [sim] [não]

Hipoglicemia: [sim] [na]

Hiperglicemia: [sim] [não]

Hiponatremia: [sim] [não]

Hipernatremia: [sim] [não]

Anote os valores para os domínios do SOFA e do SOFA total (pontos) e da

PCR-t (mg/dL)

SOFA Cardiov Respir Hematol Hepático Neuro Renal Total PCR-t

D3 de UTI |....| |....| |....| |....| |....| |....| |.…||.…| |....||....|,|....|

D5 de UTI |....| |....| |....| |....| |....| |....| |.…||.…| |....||....|,|....|

D7 de UTI |....| |....| |....| |....| |....| |....| |.…||.…| |....||....|,|....|

6 – Intensive Care Delirium Screening Checklist

Consc Aten Orient Aluci Agito Linguag Sono Flutua Total

D1 |....| |....| |....| |....| |....| |....| |.…| |.…| |....|

D2 |....| |....| |....| |....| |....| |....| |.…| |.…| |....|

D3 |....| |....| |....| |....| |....| |....| |.…| |.…| |....|

D4 |....| |....| |....| |....| |....| |....| |.…| |.…| |....|

D5 |....| |....| |....| |....| |....| |....| |.…| |.…| |....|

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7 - Confusion Assessment Method for the Intensive Care Unit

D1 Item 1 |sim| |não| Item 2 |sim| |não| Item 3 |sim| |não| Item 4 |sim| |não|

D2 Item 1 |sim| |não| Item 2 |sim| |não| Item 3 |sim| |não| Item 4 |sim| |não|

D3 Item 1 |sim| |não| Item 2 |sim| |não| Item 3 |sim| |não| Item 4 |sim| |não|

D4 Item 1 |sim| |não| Item 2 |sim| |não| Item 3 |sim| |não| Item 4 |sim| |não|

D5 Item 1 |sim| |não| Item 2 |sim| |não| Item 3 |sim| |não| Item 4 |sim| |não|

8 – Evolução no CTI e no Hospital

Saída do CTI: Óbito: |sim||não| Alta: |sim||não| Data: : |....||....| / |....||....| / |....||....|

Saída do Hospital: Óbito: |sim||não| Alta: |sim||não|

Data: : |....||....| / |....||....| / |....||....|

Houve decisão para a limitação da terapêutica? |sim||não|

Data: : |....||....| / |....||....| / |....||....|

9 – Seguimento em 90 dias

90 dias após a internação na UTI Óbito: |sim||não| Alta: |sim||não|

Ignorado: |sim||não|

Caso não seja possível o seguimento em 90 dias, forneça informações sobre o

último seguimento:

Último seguimento: Óbito: |sim||não| Alta: |sim||não|

Data: : |....||....| / |....||....| / |....||....|

Ultima localização: |....| Na sua residência |....| Home-care / casa de apoio

|....| Internado no hospital

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Anexo 4 – Glossário e definição de variáveis

Reinternação na UTI: Marque sim ou não caso trate-se de uma reinternação na UTI

durante a mesma internação hospitalar.

1 – Identificação e Dados Demográficos

Iniciais- Anote as iniciais dos nomes e sobrenomes do paciente.

Registro hospitalar: Anote o número de registro hospitalar do paciente na sua

instituição.

Idade: idade do paciente em anos.

Sexo: Atribua | M | para sexo masculino e | F |para sexo feminino.

Peso: peso atual mensurado ou estimado, em quilogramas.

Altura: altura mensurada ou estimada em centímetros.

Datas de internação: anote no formato DD / MM / AA

2 – Comorbidades

Marque |sim| ou |não| de acordo com a presença ou ausência dês seguintes

comorbidades principais: insuficiência renal crônica com a necessidade ou não de

diálise crônica, insuficiência cardíaca congestiva classificada de acordo com NYHA,

DPOC grave (necessidade de oxigênio suplementar, sinais de hipertensão pulmonar

ou cor pulmonale, retenção crônica de CO2 > 50 mmHg), cirrose hepática Chlid C e

SIDA (critérios diagnósticos da OMS).

Assinale | 0 | se não houver; no caso de haver a comorbidade, marque em

função do grau de descompensação ou gravidade: | 1 | = leve; | 2 | moderada; |

3 | grave| de acordo com o Adult Comorbidity Evaluation (ACE-27) (Ref # 49.

Piccirllo JF)

3 – Internação na UTI

Tipo: Assinale a opção adequada para a presente internação do paciente.

Origem: Assinale a opção adequada para a localização do paciente antes da

internação na UTI.

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Motivo da Internação: Assinale a opção adequada para a razão principal da

internação na UTI:

| 1 | Monitoração pós-operatório.

| 2 | Sepse: diagnosticada pelos critérios de Bone et al. (Chest 1992) (vide abaixo)

| 3 | Insuficiência respiratória (exceto sepse): outras causas de insuficiência

respiratória tais como: DPOC descompensado, SARA, parada respiratória,

broncoaspiração, envenenamento intoxicação exógena causando insuficiência

respiratória, tromboembolismo pulmonar, neoplasia.

| 4 | Choque (exceto sepse): choque anafilático, indefinido ou outras causas de

choque

circulatório e não previstas em outras opções de diagnóstico.

| 5 | Neurológico: complicações neurológicas agudas (AVC, convulsões, doenças

neuromusculares, etc)

| 6 | Renal / metabólico: insuficiência renal aguda, distúrbios hidro-eletrolíticos e do

equilíbrio ácido-base, cetoacidose diabética, estado hiperosmolar, etc.

| 7 | Pós PCR: após reanimação cardiopulmonar realizada fora da UTI.

| 8 | Cardiovascular: complicações cardiovasculares agudas (crise hipertensiva,

edema

agudo de pulmão, síndromes coronariana agudas, arritmias cardíacas

| 9 | Hepático: insuficiência hepática aguda ou crônica descompensada;

| 10 | Hematológica: discrasias sanguíneas.

| 11 | Digestivo: complicações agudas do aparelho digestivo; hemorragia digestiva,

pancreatite aguda, abdome agudo. Caso haja abdome agudo com sinais de sepse,

assinale a opção sepse.

| 12 | Trauma: trauma múltiplo, trauma craniano

| 13 | Outras: outras causas de internação não previstas em outras opções de

diagnóstico.

Escreva o diagnóstico da internação: escrever por extenso a(s) causa(s) de

internação na UTI.

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Complicações à internação na UTI |as informações referem-se ao período de ±

1h|:

assinale as complicações apresentadas no período compreendido entre a última

hora antes e a primeira hora após a internação na UTI. (vide abaixo)

Complicações ao final das primeiras 24h de internação na UTI: assinale as

complicações apresentadas nas primeiras 24 horas após a internação na UTI. (vide

abaixo)

- Insuficiência respiratória:

- Arritmia cardíaca: distúrbios do ritmo cardíacos agudos tais como fibrilação e

flutter atriais, taquicardias e fibrilação ventriculares, bloqueios AV.

- Efeito massa intracraniano: documentado por exame de imagem.

- Parada cardiorrespiratória.

- Insuficiência renal aguda: creatinina sérica com um aumento de 3 vezes a

creatyinina basal ou diurese < 0.3 ml/kg/hour × 24 horas ou anúria por mais de 12h

ou necessidade suporte renal dialítico agudo.

- Neutropenia: contagem total de neutrófilos < 500 células por mm3.

- Hemorragia digestiva

- Ventilação não-invasiva: necessidade de suporte ventilatório não invasivo

- Insuficiência Adrenal: Definido de acordo com protocolos de cada serviço: Os

critérios aceitos serão: aumento <9 μg/dl do cortisol basal após estimulação com

250 μg de ACTH, valor de cortisol basal inferior a 15μg/dl ou resposta

hemodinâmica ao uso de esteróides em dose de estresse (hidrocortisona 200-

300mg/dia ou equivalente).

- Ventilação Mecânica: necessidade ventilação mecânica invasiva endotrqueal.

- Aminas vasoativas> 1h: necessidade aminas vasoativas por mais de uma hora

consecutiva nas seguintes doses: dopamina > 5mcg/Kg/mimnuto, qualquer dose de

dobutamina, adrenalina ou noradrenalina.

- Diálise: necessidade suporte renal dialítico.

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Resultados a internação na UTI (período compreendido entre a última hora antes e a

primeira hora após a internação na UTI) e nas primeiras 24 horas de internação.

PA = pressão arterial

Freq. Card. = freqüência cardíaca em batimentos por minuto.

Freq. Resp. = freqüência respiratória em incursões por minuto.

Escala de coma de Glasgow = pontuação para a escala de coma de Glasgow

(abaixo)

Elementos da escala coma de Glasgow:

Abertura ocular

Existem quatro níveis (pontos):

4. Olhos se abrem espontaneamente.

3. Olhos se abrem ao comando verbal. (Não confundir com o despertar de uma

pessoa

adormecida; se assim for, marque 4, se não, 3.)

2. Olhos se abrem por estímulo doloroso.

1. Olhos não se abrem.

Melhor resposta verbal

Existem 5 níveis (pontos):

5. Orientado. (O paciente responde coerentemente e apropriadamente às perguntas

sobre seu nome e idade, onde está e porquê, a data etc.)

4. Confuso. (O paciente responde às perguntas coerentemente mas há alguma

desorientação e confusão.)

3. Palavras inapropriadas. (Fala aleatória, mas sem troca conversacional).

2. Sons ininteligíveis. (Gemendo, sem articular palavras.)

1. Ausente.

Melhor resposta motora

Existem 6 níveis (pontos):

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6. Obedece ordens verbais. (O paciente faz coisas simples quando lhe é ordenado.)

5. Localiza estímulo doloroso.

4. Retirada inespecífica à dor.

3. Padrão flexor à dor (decorticação).

2. Padrão extensor à dor (descerebração).

1. Sem resposta motora.

Pontuação total: de 3 a 15 pontos.

Observação: Caso o paciente esteja sedado, utilizar os parâmetros anteriores à

sedação.

FiO2 = Fração inspirada de oxigênio

Vent. Mec. = Ventilação mecânica

PCR-t = proteína C reativa titulada

4 – Variáveis Relacionadas às Complicações Infecciosas

Infecção à internação na UTI: preencha as opçoes caso o paciente apresente

infecção clinicamente ou microbiologicamente documentada no dia da internação na

UTI.

Infecção adquirida durante internação na UTI: preencha as opçoes caso o

paciente

apresente infecção clinicamente ou microbiologicamente documentada adquirida

durante a internação na UTI.

Origem: | 1 | Comunitária: adquirida fora do ambiente hospitalar e manifesta nas 1as

48 horas de admissão; | 2 | Hospitalar: adquirida no ambiente hospitalar e manifesta

após as 1as 48 horas de admissão.

Tipo: | 1 | Clinicamente comprovada; presença de sinais clínicos, radiológicos e

laboratoriais compatíveis com infecção e que justifiquem o emprego de antibióticos e

| 2 |

Microbiologicamente documentada, os critérios anteriores associados à identificação

de

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germe patoGêncio, de acordo com os critérios do Centers for Diseases Control de

1988. (Ref. 50. Garner et al. Am J Infect Control 1988; 16:128-140)

Gravidade será definida de acordo com os critérios de sepse abaixo (Bone et al.

Chest 1992; 101:1644-1655).

Síndrome da resposta inflamatória sistêmica (do inglês “systemic inflammatory

response syndrome” SIRS). Resposta do organismo a um insulto variado (trauma,

pancreatite, grande queimado, infecção sistêmica), com a presença de pelo menos 2

dos critérios abaixo

1. Febre, temperatura corporal > 38ºC ou Hipotermia, temperatura corporal < 36ºC

2. Taquicardia – freqüência cardíaca > 90 bpm

3. Taquipnéia – freqüência respiratória > 20 irpm ou PaCO2 < 32 mmHg

4. Leucocitose ou leucopenia – Leucócitos > 12.000 cels/mm3 ou < 4.000 cels/mm3,

ou

presença de > 10% de formas jovens (bastões)

- Sepse – Quando a síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SIRS) é

decorrente

de um processo infeccioso comprovado.

- Sepse grave – Quando a sepse está associada a manifestações de hipoperfusão

tecidual e disfunção orgânica, caracterizada por acidose lática, oligúria ou alteração

do nível de consciência, ou hipotensão arterial com pressão sistólica menor do que

90 mmHg – porém, sem a necessidade de agentes vasopressores

- Choque séptico – Quando a hipotensão ou hipoperfusão induzido pela sepse é

refratária à ressuscitação volêmica adequada e com subseqüente necessidade de

administração de agentes vasopressores.

Focos de Infecção (marque todas que se apliquem): Assinale as opções

pertinentes. Os critérios utilizados serão os do Centers for Diseases Control de 1988.

(Ref. 50. Garner et al. Am J Infect Control 1988; 16:128-140)

Germes (marque todas que se apliquem): Assinale as opções pertinentes.

S. maltophila = Stenotrophomonas maltophila; B. cepacea = Burkholderia cepacea;

MRSA estafilococo resistente a meticilina/oxacilina; E. coli - Escherichia coli; P.

aeruginosa = Pseudomonas aeruginosa.

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Antibioticoterapia inicial ou empírica adequada: Definida por presença de

microorganismos sensíveis ao esquema antimicrobiano empregado ou

resolução/cura

clínica da infecção em resposta ao tratamento utilizado.

5 - Durante a Permanência no CTI: assinale as intervenções e tratamentos

utilizados ou recebidos durante a internação na UTI. Ao lado de cada opção, anote o

dia de internação correspondente ao início do respectivo tratamento ou interveção.

- Aminas vasoativas> 1h: necessidade aminas vasoativas por mais de uma hora

consecutiva nas seguintes doses: dopamina > 5mcg/Kg/mimnuto, qualquer dose de

dobutamina, adrenalina ou noradrenalina.

- Diálise: necessidade suporte renal dialítico.

- Ventilação Mecânica: necessidade ventilação mecânica invasiva endotrqueal.

- Ventilação não-invasiva: necessidade de suporte ventilatório não invasivo

- Falha da VNI: falha do suporte ventilatório não-invasivo com necessidade de

intubação endotraqueal para ventilação mecânica invasiva.

- Duração do suporte ventilatório: em dias.

- Sedação: necessidade de sedação intermitente ou contínua.

- Duração da sedação: em dias

- Suporte nutricional enteral: necessidade de suporte nutricional enteral

- Duração do suporte enteral: em dias

- Suporte nutricional parenteral: necessidade de suporte nutricional parenteral

- Duração do suporte parenteral: em dias

Anote os valores para os domínios do SOFA e do SOFA total (pontos) e da PCR-t

(mg/dL):

Anote os valores correspondentes aos domínios e ao valor total do escore SOFA e

das

dosagens de proteína C titulada nos dias #3, #5 e #7 de internação na UTI.

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6 – Intensive Care Delirium Screening Checklist (ICDSC):

Anote os valores para dos domínios do ICDSC e do ICDSC total conforme Anexo 3

nos dias #1 a #28 de internação na UTI.

7 – Confusion Assessment Method for the Intensive Care Unit (CAM-ICU):

Anote a presence ou não dos itens de 1 a 4 do CAM-ICU conforme Anexo 4 nos dias

#1 a #28 de internação na UTI.

8 – Evolução no CTI e no Hospital

Assinale a opção correspondente ao status vital do paciente à saída da UTI e do

hospital. O formato das datas é DD/MM/AA.

Houve decisão para a limitação da terapêutica? Foi decidido pelos cuidadores,

pacientes (quando possível) e familiares pela suspensão ou limitação dos

tratamentos com intuito curativo e/ou pela instituição de cuidados paliativos.

9 – Seguimento em 90 dias

Assinale a opção correspondente ao status vital e localização do paciente no

seguimento 90 dias após a internação na UTI. O formato das datas é DD/MM/AA.

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