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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PRISCILA MARTINS PESQUISA DO CLIMA MOTIVACIONAL: UM ESTUDO NA SUPERAUTO VEÍCULOS Biguaçu 2011

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

PRISCILA MARTINS

PESQUISA DO CLIMA MOTIVACIONAL:

UM ESTUDO NA SUPERAUTO VEÍCULOS

Biguaçu

2011

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PRISCILA MARTINS

PESQUISA DO CLIMA MOTIVACIONAL:

UM ESTUDO NA SUPERAUTO VEÍCULOS

Trabalho de conclusão de estágio apresentado ao Curso de Administração do Centro de Educação de Biguaçu – Universidade do Vale do Itajaí, como requisito para obtenção do Título de Bacharel em administração.

Professor Orientador: Alexandre Magalhães

Biguaçu

2011

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PRISCILA MARTINS

PESQUISA DO CLIMA MOTIVACIONAL:

UM ESTUDO NA SUPERAUTO VEÍCULOS

Este Trabalho de Conclusão de Estágio foi considerado adequado para a obtenção

do Título de Bacharel em Administração e aprovado pelo Curso de Administração da

Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação de Biguaçu.

Área de Concentração: Recursos Humanos

Biguaçu, 18 de Outubro de 2011.

Prof°. M.Sc Alexandre Magalhães

UNIVALI – CE de Biguaçu

Orientador

Prof°. Amarildo Felipe Kanitz

UNIVALI – CE de Biguaçu

Membro 1

Profª. Josiane da Luz

UNIVALI – CE de Biguaçu

Membro 2

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Dedico este Trabalho de Conclusão de Estágio

a meus pais Rozecler Teixeira Martins e Osmar

Isidoro Martins, por estar ao meu lado, me

apoiando e torcendo por mim em todos os

momentos.

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AGRADECIMENTOS

Durante o período de aprendizado, as pessoas que nos cercam foram

extremamente importantes na construção do conhecimento, na fuga do senso

comum, na troca de opiniões e até nas discussões enriquecedoras em prol das

idéias. Centralizamos os agradecimentos às pessoas que fizeram parte disso.

Agradeço a Deus, pois nas incansáveis horas de trabalho, me dava força e

discernimento para que prosseguir.

À minha família, pelo apoio, compreensão e orgulho que sempre

demonstraram para me manter motivada a concretizar esse objetivo.

Ao professor orientador Alexandre Magalhães que realmente se importou e se

responsabilizou pelo aprendizado na construção de um sonho que está se

realizando.

A empresa Superauto Veículos, por dar oportunidade de realizar a pesquisa

com os funcionários.

Não poderia deixar de agradecer a todos os meus amigos, e parentes que me

deram apoio, força e que hoje comemoram comigo mais um sonho realizado.

O estágio foi a fase conclusiva para a minha formação, proporcionando a

certeza de ter escolhido o curso certo, e que fazer a diferença enquanto profissional,

realmente vale a pena.

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“Competência, planejamento, determinação,

espírito de equipe e amor são as qualidades

essenciais para ser dono do futuro. Mas

também é preciso ter fé, acreditar” (Roberto

Schinyashiki)

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RESUMO

MARTINS, Priscila. Pesquisa sobre o clima motivacional dos funcionári os da empresa Superauto Veiculos LTDA. Trabalho de Conclusão de Estágio (Graduação em Administração) – Universidade do Vale do Itajaí, Biguaçu, 2011.

Este trabalho apresenta uma pesquisa realizada na empresa Superauto Veiculos Ltda., com o intuito de analisar o clima motivacional dos funcionários da empresa. Para tanto, os objetivos específicos contemplados foram: Identificar fatores motivacionais que influenciam os colaboradores da empresa estudada; identificar as expectativas individuais dos colaboradores em relação a estes fatores motivacionais; fazer uma pesquisa do clima motivacional com os colaboradores da empresa pesquisada; e por fim propor ações para melhorar o clima motivacional dentro da empresa. A população alvo foram 22 funcionários da empresa pesquisada, aplicado com 6 setores, sendo eles: vendas, gerente geral, administrativo, financeiro, serviços gerais e lavação. A análise dos resultados foi realizada mediante ferramentas estatísticas e expostas por meio de gráficos e textos explicativos. A partir da pesquisa realizada percebeu-se que de um modo geral os funcionários da empresa encontram-se satisfeitos, entretanto, hà questões no qual a empresa deve observar com maior atenção, pois alguns resultados foram insatisfatórios. Conclui-se que as ações propostas neste estudo, se implantadas pela empresa, poderão contribuir para o melhor desempenho de cada funcionário, visando melhorias no ambiente e nas suas respectivas funções.

Palavras-chave: Gestão de pessoas; Motivação; Clima Motivacional.

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ABSTRACT

MARTINS, Priscila. Research on the motivational climate of the compa ny employees Superauto Veículos LTDA. Completion of Work Internship (Undergraduate Management) – Universidade do Vale do Itajai, Biguaçu, 2011. This paper presents a survey on company vehicles superhighway Ltda. In order to examine the motivational climate of the company employees. For this purpose, specific objectives were addressed: To identify motivational factors that influence the company's employees studied, identifying the individual expectations of employees regarding these motivational factors; do a search of the motivational climate with employees of the company studied, and finally propose actions to improve the motivational climate within the company. The target populations were surveyed 22 employees of the company, applied to six sectors, namely: sales, general manager, administrative, financial, general services and washing. Analysis of the results was performed using statistical tools and exposed by means of graphs and explanatory texts. From the survey it was found that in general the company's employees are satisfied, however, there are issues in which the company should look more carefully, since some results were unsatisfactory. It is concluded that the actions proposed in this study, if implemented by the company, may contribute to the better performance of each employee in order to improve the environment and in their respective functions. Keywords: People Management, motivation, motivational climate

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ..........................................................................................................14

1.1 OBJETIVOS ........................................................................................................16

1.1 Objetivo Geral................................. ...................................................................16

1.1.1 Objetivos específicos........................ .............................................................16

1.2 JUSTIFICATIVA ..................................................................................................16

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA............................ .................................................18

2.1 CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO .....................................................................18

2.2 ESCOLAS DA ADMINISTRAÇÃO .......................................................................19

2.2.1 Teoria das relações humanas .................. .....................................................20

2.2.2 Abordagem comportamental..................... ....................................................21

2.2.3 Abordagem contingencial ...................... .......................................................22

2.3 ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS.................................................23

2.3.1 Funções da administração de recursos humanos . .....................................24

2.3.1.1 Recrutamento e seleção ..................... ........................................................25

2.3.1.2 Treinamento................................ .................................................................27

2.3.1.3 Avaliação do treinamento................... ........................................................28

2.3.2 Missão da administração de recursos humanos.. .......................................28

2.4 GESTÃO DE PESSOAS......................................................................................29

2.4.1 Desafios da gestão de pessoas ................ ....................................................30

2.4.2 A organização como um sistema social............... ........................................32

2.4.2.1 Comportamento humano nas organizações...... .......................................33

2.5 MOTIVAÇÃO.......................................................................................................34

2.5.1 Conceito ..................................... .....................................................................35

2.5.2 Motivação nas organizações................... ......................................................40

2.5.3 Teoria das necessidades de Maslow............ ................................................44

2.5.4 Teoria ERG de Alderfer ....................... ...........................................................47

2.5.5 Teoria X E Y de Douglas Mcgregor............. ..................................................49

2.5.6 Correntes históricas da motivação............ ...................................................50

2.5.7 Ciclo motivacional........................... ...............................................................51

2.5.7.1 Frustração e compensação ................... .....................................................53

2.5.8 Continuidade e estabilidade da motivação ..... .............................................56

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2.6 CULTURA ORGANIZACIONAL...........................................................................57

2.6.1 Componentes da cultura organizacional ........ .............................................58

2.7 CLIMA ORGANIZACIONAL.................................................................................58

2.7.1 Conceito ..................................... .....................................................................59

2.7.1.1 Diferenças individuais ..................... ...........................................................61

2.7.1.2 Aptidões e habilidades ..................... ..........................................................62

2.7.1.3 Atitudes e preferências.................... ...........................................................63

2.7.2 Clima organizacional e seu impacto sobre a qu alidade dos serviços.......64

2.7.3 Clima organizacional e o ambiente............ ...................................................66

2.8 LIDERANÇA........................................................................................................69

2.8.1 Cinco tipos de poder para liderar ............ .....................................................70

2.8.2 Estilo de liderança.......................... ................................................................72

3 METODOLOGIA ...................................... ..............................................................76

3.1 DELINEAMENTO DO ESTUDO ..........................................................................76

3.2 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO ..............................................................................77

3.3 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS ..........................................................77

3.4 INSTRUMENTOS DE ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS..................78

4 RESULTADOS DA APLICAÇÃO .......................... ................................................79

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO...........................................................79

4.2 CLIMA MOTIVACIONAL......................................................................................80

4.3 APRESENTAÇÕES, INTERPRETAÇÕES E ANÁLISE DOS DADOS E

INFORMAÇÕES COLETADAS .................................................................................84

4.4 ANÁLISE GERAL DOS RESULTADOS POR FATORES DO CLIMA

MOTIVACIONAL .....................................................................................................131

4.5 AÇÕES E ESTRATÉGIAS PARA MELHORAR O CLIMA MOTIVACIONAL DA

SUPERAUTO VEÍCULOS .......................................................................................134

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................141

REFERÊNCIAS.......................................................................................................143

APÊNDICE..............................................................................................................146

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1: Modelo básico de motivação..................................................................................38

Figura 2: Fenômeno de intercâmbio da motivação............................................................ ..43

Figura 3: Hierarquia das necessidades humanas segundo Maslow.....................................46

Figura 4: Esquema representativo da teoria ERG.................................................................48

Figura 5: Contraste entre as abordagens de Maslow e Alderfer...........................................48

Figura 6: Comparação dos pontos principais das teorias X e Y, de Douglas.......................50

Figura 7: Motivação dos quadros o peracionais..................................................................51

Figura 8: Etapas do ciclo motivacional, envolvendo a satisfação de uma necessidade.......52

Figura 9: Ciclo Motivacional com frustração ou compensação.............................................55

Figura 10: Esquema para visualizar o clima organizacional..................................................68

Figura 11: Determinantes do clima organizacional................................................................69

Figura 12: Tipos de poder e seus relacionamentos...............................................................73

Figura 13: Duas dimensões do estilo de liderança................................................................73

Figura 14: Organograma da Superauto.................................................................................80 Gráfico 1: Quanto ao gênero dos funcionários da Superauto...............................................84

Gráfico 2: Quanto a idade dos funcionários da Superauto....................................................86

Gráfico 3: Quanto a escolaridade dos funcionários da Superauto........................................87

Gráfico 4: Quanto ao estado civil dos funcionários da Superauto ........................................88

Gráfico 5: Quanto a função dos funcionários da Superauto..................................................89

Gráfico 6 : Quanto ao tempo que o funcionário trabalha na empresa....................................90

Gráfico 7: Município onde residem os funcionários da Superauto........................................91

Gráfico 8: Gosto do cargo que exerço dentro da organização..............................................92

Gráfico 9: A empresa proporciona oportunidades de crescimento.......................................93

Gráfico 10: considero bom o meu ambiente de trabalho.......................................................95

Gráfico 11: Percebo inveja entre os colegas.........................................................................96

Gráfico 12: Espero por melhorias..........................................................................................97

Gráfico 13: Sinto orgulho e satisfeito por trabalhar aqui.......................................................99

Gráfico 14: Posso debater minhas idéias com os demais...................................................100

Gráfico 15: As reuniões apresentam resultados práticos....................................................101

Gráfico 16: acesso fácil a outras gerências da empresa.....................................................102

Gráfico 17: Há flexibilidade por parte dos superiores em acatar sugestões para trabalho.103

Gráfico 18: Há colaboração entre os colegas da empresa.................................................105

Gráfico 19: As tarefas do meu setor são feitas por equipe.................................................106

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Gráfico 20: É fácil lidar com as chefias/relações abertas e diretas.....................................107

Gráfico 21: Posso confiar no que é divulgado pela empresa..............................................109

Gráfico 22: Sei a quem recorrer quando tenho dúvidas......................................................110

Gráfico 23: Relação ao mercado de trabalho/salário está de acordo.................................111

Gráfico 24: Recebo críticas construtivas sobre minhas atividades.....................................113

Gráfico 25: Meu salário é compatível com as atividades que realizo..................................115

Gráfico 26: A diferença de salários entre os funcionários é justa.......................................117

Gráfico 27: A monotonia faz parte do meu dia-a-dia...........................................................118

Gráfico 28: Estou sobrecarregado de tarefas diariamente..................................................119

Gráfico 29: Sou capaz de fazer sacrifícios pelo meu trabalho............................................121

Gráfico 30: Vejo a empresa com otimismo..........................................................................122

Gráfico 31: Sinto-me Seguro neste emprego......................................................................124

Gráfico 32: Preocupo-me com a imagem da empresa........................................................125

Gráfico 33: Conhecimento suficiente para executar minha função ....................................126

Gráfico 34: Trabalho sobre pressão....................................................................................128

Gráfico 35: Há espaço para desenvolver outras habilidades .............................................129

Gráfico 36: Promove treinamentos que possibilitam aprimorar trabalho............................130

Tabela 1: Quanto ao gênero dos funcionários da Superauto................................................84

Tabela 2: Quanto a idade dos funcionários da Superauto....................................................85

Tabela 3: Quanto a escolaridade dos funcionários da Superauto.......................................87

Tabela 4: Quanto ao estado civil dos funcionários da Superauto ........................................88

Tabela 5: Quanto a função dos funcionários da Superauto..................................................89

Tabela 6 : Quanto ao tempo que o funcionário trabalha na empresa....................................90

Tabela 7: Município onde residem os funcionários da Superauto........................................91

Tabela 8: Gosto do cargo que exerço dentro da organização..............................................92

Tabela 9: A empresa proporciona oportunidades de crescimento.......................................93

Tabela 10: considero bom o meu ambiente de trabalho.......................................................94

Tabela 11: Percebo inveja entre os colegas.........................................................................96

Tabela 12: Espero por melhorias..........................................................................................97

Tabela 13: Sinto orgulho e satisfeito por trabalhar aqui.......................................................98

Tabela 14: Posso debater minhas idéias com os demais...................................................100

Tabela 15: As reuniões apresentam resultados práticos....................................................101

Tabela 16: acesso fácil a outras gerências da empresa.....................................................102

Tabela 17: Há flexibilidade por parte dos superiores em acatar sugestões para trabalho.103

Tabela 18: Há colaboração entre os colegas da empresa.................................................104

Tabela 19: As tarefas do meu setor são feitas por equipe.................................................105

Tabela 20: É fácil lidar com as chefias/relações abertas e diretas.....................................107

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Tabela 21: Posso confiar no que é divulgado pela empresa..............................................108

Tabela 22: Sei a quem recorrer quando tenho dúvidas......................................................109

Tabela 23: Relação ao mercado de trabalho/salário está de acordo.................................111

Tabela 24: Recebo críticas construtivas sobre minhas atividades.....................................113

Tabela 25: Meu salário é compatível com as atividades que realizo..................................114

Tabela 26: A diferença de salários entre os funcionários é justa.......................................116

Tabela 27: A monotonia faz parte do meu dia-a-dia...........................................................118

Tabela 28: Estou sobrecarregado de tarefas diariamente..................................................119

Tabela 29: Sou capaz de fazer sacrifícios pelo meu trabalho............................................121

Tabela 30: Vejo a empresa com otimismo..........................................................................122

Tabela 31: Sinto-me Seguro neste emprego......................................................................123

Tabela 32: Preocupo-me com a imagem da empresa.......................................................125

Tabela 33: Conhecimento suficiente para executar minha função ....................................126

Tabela 34: Trabalho sobre pressão....................................................................................127

Tabela 35: Há espaço para desenvolver outras habilidades .............................................129

Tabela 36: Promove treinamentos que possibilitam aprimorar trabalho............................130

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INTRODUÇÃO

As mudanças que se processam nas organizações em busca da qualidade e

produtividade, agilidade e flexibilidade, têm se caracterizado por um continuo

repensar de estruturas, processos e qualificações e, finalmente, chegam à gestão de

pessoas.

A constatação de que o diferencial competitivo de uma organização, num

ambiente de maior disponibilização de técnicas e tecnologias, ocorrerá a partir do

comprometimento das pessoas, torna o conhecimento de expectativas, motivações,

necessidades e níveis de satisfação dos indivíduos perante a organização,

estratégico para a eficácia organizacional.

Se considerarmos que no atual contexto de mudanças organizacionais o

administrador atua como gerenciador de pessoas e, tais mudanças surtem efeito no

comportamento das pessoas no ambiente e na organização.

Acrescenta-se que, em razão da forma como estão constituídas, tais

organizações dependem, em diferentes graus, dos indivíduos que dela fazem parte.

Cresce, portanto a importância de melhorar a administração dos Recursos

Humanos seja em grandes ou em pequenas organizações. Existe a necessidade

dos profissionais dessa área reconhecer os talentos, pois as pessoas são o

diferencial.

O administrador deve ter estratégias para alcançar o sucesso da organização,

porém, cada vez fica mais evidente que o desempenho de uma empresa está

diretamente ligado às pessoas que contribuem de forma direta ou indiretamente para

esse resultado.

Neste contexto, questões de ordem comportamental adquirem significativa

importância, constituindo-se a motivação para o trabalho um dos mais desafiantes

temas para pesquisa. Face a esta constatação, o estudo do comportamento tem

despertado interesse de diferentes profissionais e acadêmicos.

Estar motivado preliminarmente pode ser compreendido como o mesmo que

ter interesse, entusiasmo, dispor de vontade para fazer algo.

Acredita-se que o principal desafio das organizações é desenvolver novas

maneiras de gerenciar pessoas, pois os esforços daqueles que as administram

concentra-se em atingir objetivos, no desenvolvimento e na sobrevivência da

organização.

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Concorrem para que sejam obtidos tais resultados a intervenção dos

indivíduos participantes deste contexto, movidos também pela necessidade que têm

de satisfazerem seus próprios objetivos.

Para que os funcionários trabalhem, produzam, alcançando os objetivos,

precisam estar motivados, pois a motivação impulsiona o ser humano a agir de

determinada forma ou, pelo menos, dá origem a uma propensão a um determinado

comportamento específico (CHIAVENATO, 1998, p. 118).

Como decorrência do conceito motivação, em nível individual, surge o conceito

de clima organizacional, considerado como um importante aspecto do

relacionamento entre pessoas e organizações.

Portanto, uma pesquisa do clima motivacional passa, a ser de extrema

relevância para os gestores, que buscam, através da gestão participativa, um fator

que agregue vantagem competitiva as suas organizações.

Esta pesquisa de clima motivacional foi elaborada na empresa Superauto

Veículos, que comercializa veículos semi-novos, localizada em São José – SC e

Florianópolis, onde se vê a necessidade de ter conhecimento do clima motivacional,

para que sua avaliação revele as impressões gerais ou percepções dos empregados

em relação ao seu ambiente de trabalho.

Por fim, destaca-se que este trabalho teve por objetivo responder a seguinte

pergunta: Como está o clima motivacional dos funcionários da Superauto Veículos?

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1.1 OBJETIVOS

1.1 Objetivo Geral

Avaliar o clima motivacional dos colaboradores da Superauto Veículos dentro

do contexto organizacional.

1.1.1 Objetivos específicos

• Identificar relação (concordâncias e discordâncias) entre as teorias sobre

motivação e as práticas motivacionais da empresa pesquisada;

• Identificar fatores motivacionais que influenciam os colaboradores da

empresa estudada;

• Identificar as expectativas individuais dos colaboradores em relação aos

fatores motivacionais levantados;

• Fazer uma pesquisa do clima motivacional com os colaboradores da

empresa pesquisada;

• Propor ações para melhorar o clima motivacional dentro da empresa;

1.2 JUSTIFICATIVA A elaboração deste trabalho acadêmico é importante, pois através dele

pôde-se compreender a situação do clima motivacional dos funcionários da empresa

Superauto Veículos, a fim de compreender e analisar as questões que giram em

torno das atribuições e competências da área de Recursos Humanos.

O administrador em uma organização tem um papel delineador, pois na

grande maioria das vezes é ele que deve tomar as principais decisões, motivar

funcionários, cobrar dos mesmos, eficiência na prestação dos serviços e avaliar o

rendimento e resultados da empresa em que atua.

O gestor deve ter o perfil adequado ao cargo, ter conhecimento, habilidades e

atitudes, de modo que as funções que serão desempenhadas por ele garantam os

resultados satisfatórios para a organização.

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Nesse sentido, o momento foi oportuno para se realizar o estudo nas lojas da

Superauto Veículos, empresa que atua no ramo de venda de automóveis seminovos

há mais de 20 anos e possui cerca de 22 funcionários, haja vista que a organização

vê a necessidade de conhecer melhor o clima motivacional de seus funcionários,

para que os gestores possam direcionar melhor suas estratégias.

Este estudo é uma boa oportunidade para detectar os fatores que motivam

os colaboradores, motivos de reclamações e consequentemente rotatividade de

funcionários, pois somente descobrindo as causas é que se pode traçar um

planejamento para amenizá-los. Com esta oportunidade se aproveitada, é possível

desenvolver uma comunicação direta com os envolvidos e conhecer suas

necessidades, com vistas a identificar ações que tragam melhorias.

O trabalho foi realizado no período de março a novembro de 2011, e os

custos foram baixos. O acesso às informações foi permitido, tendo em vista que a

pesquisadora é funcionária da organização, e os gestores tiveram interesse no

desenvolvimento deste estudo.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Este capítulo apresenta a fundamentação teórica que orientará e apoiará a

realização deste trabalho, com a abordagem dos seguintes assuntos: conceito de

administração, administração de recursos humanos, gestão de pessoas, motivação,

clima organizacional e clima motivacional

2.1 CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO

Numa época de complexidade, mudanças e incertezas como a que

atravessamos hoje, a administração tornou-se uma das mais importantes áreas da

atividade humana. Segundo Chiavenato (2001, p. 76), “vivemos em uma civilização

onde o esforço coorporativo do homem é a base fundamental da sociedade.”

A tarefa básica da administração é a de fazer as coisas através das pessoas,

sejam na indústria, nas organizações, serviços públicos, nos hospitais, nas

universidades, ou em qualquer outra forma de empreendedorismo humano, pois a

eficácia com que as pessoas trabalham em conjunto para conseguir objetivos

comuns depende, principalmente, da capacidade daqueles que exercem função

administrativa (DRUCKER, 1970).

Para Lacombe (2003, p. 48), administração é definida como um conjunto de

objetivos de um grupo de indivíduos, para planejar, organizar, dirigir, coordenar e

controlar seus esforços para atingir um resultado comum.

Segundo Montana e Charnov (2003, p. 3), “administração é o ato de

trabalhar com e por intermédio de outra pessoa para realizar os objetivos da

organização, bem como de seus membros.”

A palavra administração vem do latim ad (direção para tendência para) e

minister (subordinação ou obediência). No entanto a palavra administração sofreu

grandes transformações ao longo dos anos, a tarefa atual da administração segundo

Chiavenato (2001, p. 25) é, “interpretar os objetivos propostos pela organização e

transformá-los em ação organizacional através de planejamento, organização,

direção e controle [...].”

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Motta (1998) concorda com essa idéia enfatizando que, “Alguém será um

bom administrador à medida que planejar cuidadosamente seus passos, que

organizar e coordenar racionalmente as atividades de seus subordinados e souber

comandar e controlar tais atividades.”

Como ressalta Luz (1995, p. 20) “o resultado é necessário e indispensável,

mas a organização, ao perseguir resultados, deve ter a consciência de que é uma

comunidade de trabalho, onde as pessoas são mais importantes do que as

máquinas e os sistemas.”

A administração é o processo dinâmico de tomar decisões, a forma de

administrar uma organização poderá ter relação com alguma teoria das escolas da

administração, que poderá ajudar a entender processos da administração das

organizações (MOTTA, 1998).

O administrador portanto, deve estar focado no futuro para poder, preparar

sua empresa para enfrentar os novos desafios que surgem, seja através de novas

tecnologias, novas condições sociais e culturais, novos produtos e serviços. Além

disso, deve pensar globalmente e agir localmente.

Segundo Chiavenato (2000, p. 14), “para levar sua empresa a excelência o

administrador deve ter espírito empreendedor, aceitar desafios, assumir riscos e

possuir um senso de inconformismo sistemático”, pois segundo o autor, somente

assim, o administrador pode conduzir sua empresa a uma situação melhor.

Portanto para entendermos um pouco mais sobre a administração devemos,

estudar as escolas da administração que foram essências para o desenvolvimento

das teorias modernas.

2.2 ESCOLAS DA ADMINISTRAÇÃO

As escolas da administração servem para que as empresas possam

entender as questões e os princípios que norteiam o complexo mundo

organizacional, segundo Chiavenato (2001, p. 21) as escolas têm as seguintes

abordagens: clássica, neoclássica, estruturalista, sistêmica, de relações humanas,

contingencial e comportamental. Para o efeito do presente trabalho, considerando

suas características e objetivos foram mais enfatizadas as abordagens de relações

humanas, contingencial e comportamental.

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2.2.1 Teoria das relações humanas As escolas de Recursos Humanos vêm em 1930 trazer uma nova perspectiva

para o regimento das empresas. Segundo as experiências de Hawthorne e postas

em prática por Elton Mayo, o comportamento humano nas organizações eram

diretamente afetado pelas condições como iluminação do ambiente de trabalho,

fadiga, índice de acidentes no trabalho, seu desenvolvimento veio demonstrar, as

influências dos fatores psicológicos e sociais no final do processo produtivo do

produto (GIL, 2001).

Para Chiavenato (1983, p. 96), “a teoria das Relações Humanas nasceu da

necessidade de se corrigir a forte tendência à desumanização do trabalho surgida

com a aplicação de métodos rigorosos aos quais os trabalhadores eram

submetidos.”

As principais origens da Teoria das Relações Humanas são as seguintes

segundo Chiavenato (1983, p. 97):

• A necessidade de se humanizar e democratizar a administração,

libertando-a dos conceitos rígidos e mecanicistas da teoria clássica.

• O desenvolvimento das chamadas ciências humanas, principalmente a

psicologia e a sociologia, bem como a sua crescente influência intelectual

e suas primeiras tentativas de aplicação à organização industrial.

As recompensas e sanções não econômicas influem significativamente no

comportamento dos trabalhadores e limitam, em grande parte o resultado dos planos

de incentivo econômico, essas recompensas sociais e morais são simbólicas e não

materiais, porém influenciam decisivamente a motivação e o bem estar do

trabalhador (MOTTA, 1998).

A teoria das Relações Humanas passou a estudar intensamente o contexto

social baseado na interação das pessoas no trabalho, pois relações humanas são as

ações e atitudes desenvolvidas pelos contatos entre pessoas e grupos.

Segundo Chiavenato (1983, p. 97), “cada indivíduo é uma personalidade

altamente diferenciada que influi no comportamento e atitudes dos outros com quem

mantém contato e é, por outro lado, igualmente bastante influenciado pelos outros”.

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Para Motta (1998, p. 23), “o homem é apresentado como um ser cujo

comportamento não pode ser reduzido a esquemas simples mecanicistas, todo

homem possui necessidades de segurança, afeto, aprovação social, prestígio e

auto-realização”.

Já Caravantes (1998, p. 56), é enfático em afirmar que:

“a teoria das relações humanas teve o grande mérito de

quebrar, ou pelo menos atenuar, o mecanismo presente na

teoria clássica, como que num movimento pendular, ela

deslocou-se para outro extremo, não mais a estrutura, os níveis

hierárquicos, o alcance do controle e a especialização eram o

objeto de análise mas sim o indivíduo”.

A partir destes resultados, ocorre um despertar para as Relações Humanas

nas empresas, a ênfase nas pessoas teve continuidade com o estudo da abordagem

comportamental, que procura entender e analisar as características do

comportamento dos indivíduos.

2.2.2 Abordagem comportamental

A teoria comportamental teve início com as primeiras experiências de

Hawthorne e veio significar uma nova direção e um novo enfoque dentro da teoria

administrativa fazendo com que a ênfase ainda permaneça nas pessoas.

Chiavenato (2000) afirma que a Teoria Comportamental surgiu com um livro

de Herbert A. Simon publicado em 1947 (O comportamento administrativo), onde o

autor desenvolve uma teoria das decisões, salientando que a decisão é muito mais

importante do que a execução que a sucede.

A partir daí, as empresas são visualizadas como sistemas de decisões, onde

as pessoas percebem, sentem, decidem e agem, definindo seus comportamentos

frente às situações com que se deparam.

Lacombe e Heilborn (2003), assinalam que na abordagem comportamental, a

definição mais adequada é a seguinte: A administração é o trabalho com o indivíduo

e grupo para a realização dos objetivos da organização, ou seja, os autores

enfatizam que essa abordagem se faz necessários, pois através dela, podemos

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entender conhecer e melhor interpretar, os funcionários e compreender suas

necessidades, para motivá-los e obter melhores resultados através deles.

Chanov e Montana (2003, p. 26) relatam que “a abordagem comportamental

tem gerado esforços no treinamento e no desenvolvimento de habilidades gerenciais

eficazes, isso criou um estilo mais sofisticado e eficaz da parte dos gerentes no

tratamento com variáveis humanas no local de trabalho”.

Portanto com o estudo da abordagem comportamental, a tônica passou a ser

o homem, o homem integrante e ou participante de um grupo, o que ele pensava,

sentia e como se comportava agora interessava, pois isso de uma forma ou de outra

iria influenciar no processo produtivo. Se antes havia um desequilíbrio, provocado

pela superênfase nos elementos formais da organização, agora o desequilíbrio era

provocado pela superênfase que se passou a dar ao indivíduo. (CARAVANTES,

1998, p. 62),

Para Caravantes (1998, p. 62), “pesquisas efetuadas posteriormente

revelaram que a relação não é tão simples assim, pode ocorrer qualquer tipo de

combinação – moral elevado e baixa produção, moral baixo e alta produção, moral

elevada e produção elevada”, e segundo o autor, o que indica a falta de qualquer

relação fixa e nítida.

Assim sendo, tão importante quando conhecer e entender o comportamento

humano é saber lidar com ele, ou seja, potencializar as motivações e reduzir os

conflitos entre os objetivos organizacionais e os objetivos individuais.

Para que haja a melhor escolha deve haver uma boa administração, que

poderá ser observada a abordagem contingencial, onde o administrador age de

acordo com as circunstâncias impostas pelos eventos.

2.2.3 Abordagem contingencial Na abordagem contingencial, acredita-se que para cada situação existam

maneiras critérios diferentes para administrar. Entretanto, a empresa depende da

situação do ambiente para poder tomar a melhor decisão para a solução de

problemas.

As relações de interação entre empresas e seus ambientes passaram a

explicar com mais profundidade certos aspectos de estrutura organizacional e dos

processos operacionais utilizados pelas empresas, essa ênfase no ambiente surgir

com o aparecimento da teoria da contingência.

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Para Chiavenato (1994, p. 22), “para a teoria da contingência, não existe

uma única “melhor maneira” de organizar as empresas, pelo contrario, as

características estruturais das empresas dependem das características ambientais

que as circulam”.

Chanov e Montana (2003) concordam com a idéia enfatizando que “a

abordagem contingencial revela que não há soluções universais para os problemas

da administração, mas que a solução dependerá de cada necessidade específica da

situação”.

A teoria da contingência, portanto enfatiza que não existe um único modelo

para as empresas seguirem, ele deverá escolher a que melhor se encaixar nas

necessidades e características da situação.

Chiavenato (1994, p. 3) pondera que “a teoria da contingência permite uma

grande variedade de abordagens a respeito de seu objetivo de estudo e engloba um

enorme leque de variáveis a serem levadas em consideração”.

Devido aos novos e complexos desafios com que a administração se

confronta, é necessário que a empresa avalie algumas variáveis isoladas do enorme

contexto de variáveis que intervêm. Cada qual com sua natureza, seu impacto, sua

direção e sua importância (CHIAVENATO, 2000).

O ser humano possui uma grande capacidade de se adaptar a novas

circunstâncias e novos desafios, frente às dificuldades que surgem a partir desta

abordagem, a administração de recursos humanos vem auxiliar nas práticas e

métodos a serem utilizados para cada situação vivenciada.

2.3 ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS

A sobrevivência e progresso de uma empresa dependem, em grande parte,

de sua capacidade de atrair, selecionar, treinar e posicionar corretamente, no

presente, as pessoas com potencial para atuar, no futuro, na alta administração da

empresa, assumindo responsabilidade e agindo como uma equipe integrada, neste

sentido estudar a administração de recursos humanos torna-se essencial para

entender esse processo.

A administração de recursos humanos é zelar, por meio de variadas formas

de ação, pelas relações humanas da organização (TOLEDO, 1996).

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Chiavenato (1994, p. 3) afirma que, a administração de Recursos Humanos

é, “o conjunto de políticas e práticas necessárias para conduzir os aspectos da

posição gerencial relacionados às pessoas ou recursos humanos, incluindo

recrutamento, seleção, treinamento e recompensas e avaliação de desempenho”.

De acordo com Chiavenato (2004, p. 10), “as pessoas podem aumentar ou

reduzir as forças e fraquezas de uma organização dependendo da maneira como

elas são tratadas.”

As empresas de um modo geral são geridas de pessoas que possuem

conhecimentos e habilidades para impulsionar o desempenho da organização,

portanto as empresas dependem das pessoas para atingir seus objetivos. Assim

sendo as empresas tem que aprender a lidar com o capital humano, entendendo seu

comportamento, desenvolvendo estratégias que garantam o conhecimento das

habilidades, da capacidade e a vulnerabilidade dessas pessoas. (CHIAVENATO,

1994, p. 3)

2.3.1 Funções da administração de Recursos Humanos O profissional de Recursos Humanos tem a função de identificar as

características de cada funcionário, pois se entende que cada pessoa tem suas

peculiaridades, portanto esse profissional de RH tem que prover a empresa de

meios de avaliação das pessoas em todos os sentidos.

Dependendo do tipo de atividade da organização, sua estrutura

organizacional, dimensão, nível de desempenho e amadurecimento de sua direção e

especialmente, de sua cultura, o órgão de administração de RH refletirá, nas suas

ações, suas predominâncias de adoção em relação a este ou aquele tipo de

“produto” (TOLEDO, 1996).

Assim, quando o órgão de administração de Recursos Humanos é

particularmente ativo em produzir assessoria, eis algumas de suas ação típicas

segundo Toledo (1996):

• Ser solicitado a fornecer fórmulas para solução de problemas técnicos de

pessoal;

• Interpretar a política de pessoal para a empresa;

• Avaliar programas de outras áreas no que possam afetar asa relações no

trabalho e sugerir ações.

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No caso dos órgãos orientados predominantemente para serviços encontramos

segundo Toledo (1996):

• Administração de programas de treinamento;

• Administração de programas de desempenho;

• Administração de programas de relações sociais (restaurante assistência

médica etc.).

Quando o produto é pesquisa, segundo Toledo (1996):

• Pesquisa de clima organizacional;

• Acompanhamento de rotatividade (tunover) de pessoal e suas causas;

• Estudo do mercado de salários e benefícios e das práticas de pessoal em

geral etc.

Deve-se enfatizar que a administração de Recursos Humanos tem por

função gerenciar pessoas visando em investir em seu desenvolvimento contínuo,

para que as mesmas tenham uma melhor qualidade de vida no trabalho, portanto é

importante que a área de Recursos Humanos informe e integre as pessoas em sua

missão.

2.3.1.1 Recrutamento e Seleção

Segundo Marras (2000, p. 69) o recrutamento de pessoal tem por finalidade a

captação de recursos humanos interna e externamente á organização com o intuito

de suprir a necessidade da organização no que tange os recursos humanos

necessários para seu desenvolvimento, bem como a realização de suas atividades.

Para Mikovich e Boudreau (2000, p. 162), “O recrutamento é um processo de

identificação e atração de um grupo de candidatos, entre os quais serão escolhidos

alguns para posteriormente serem contratados para o emprego.”

O recrutamento envolve um conjunto de atividades para atrair os candidatos

qualificados para a organização. Esse processo abrange a divulgação, oferecendo

ao público de interesse a possibilidade de participar do recrutamento da empresa, o

processo de divulgação de vagas e oportunidades pode ocorrer tanto no ambiente

interno como uma divulgação externa.

Segundo Mikovich e Boudreau (2000, p. 208) após a realização das

atividades de recrutamento, o responsável pelo processo deve iniciar os

procedimentos de seleção do pessoal. Que corresponde coletar e utilizar as

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informações advindas dos candidatos recrutados, a fim de selecionar os que mais se

adequar no perfil da vaga para o trabalho.

Para enfrentar os novos desafios impostos pelo mundo dos negócios, as

empresas precisam gerar novas capacidades organizacionais. Estas devem ser

decorrentes da redefinição e redistribuição das práticas e funções de RH.

(CHIAVENATO, 1992).

Enquanto o recrutamento de pessoas é uma atividade de atração de

candidatos, divulgação e de comunicação de vagas, e, portanto, é uma atividade

tipicamente positiva e convidativa; a seleção é, ao contrário, uma atividade de

escolha de pessoas, de classificação e de decisão, e, portanto, restritiva e

abstrativa. Assim da mesma forma que o objetivo do recrutamento é abastecer o

processo seletivo; o objetivo da seleção é escolher e classificar os candidatos mais

adequados às necessidades do cargo e da organização (CHIAVENATO, 1999).

Existe uma série de conceitos e definições sobre seleção de pessoal. De

acordo com Chiavenato (1999, p. 92), “Seleção é o processo onde um recrutador

escolhe dentro os candidatos, a pessoa que mais se adequar dentre os candidatos

para a vaga disponível.”

Ivancevich (1995, p. 777) por sua vez concorda com essa idéia enfatizando,

que a, “Seleção é o processo pelo qual uma organização faz a escolha através de

uma lista de candidatos, a pessoa que melhor alcançar os critérios de seleção para

a posição disponível, considerando as atuais condições de mercado.“

Gil (1994), aponta como escolha do método de seleção algumas opções tais

como: análise dos currículos, testes escritos, testes práticos, teste psicológicos,

entrevista e dinâmica de grupo, entre outros.

No entanto para Gil (1994, p. 61) “A tomada de decisão em relação à

contratação é tarefa que se reveste de grande responsabilidade, envolve,

naturalmente, muito de pessoal, todavia, há algumas recomendações que auxiliam

nessa tarefa.”O autor cita ainda:

• É mais importante considerar as realizações do que as credenciais do

candidato;

• Preconceitos de raça, idade e religião devem ser excluídos, pois levam a

ver nos candidatos defeitos inexistentes;

• Candidatos fortes ameaçam gerentes fracos;

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• Candidatos super-qualificados costumam sentirem-se desmotivados no

trabalho;

• Candidatos finalistas não devem ser dispensados até que o escolhido

aceite definitivamente o cargo.

2.3.1.2 Treinamento

O treinamento envolve um conjunto de atividades com o intuito de promover a

aquisição de habilidades, regras, conceitos e atitudes que resultem em uma

melhoria de adequação entre as características dos empregados e as exigências

dos papéis funcionais (MIKOVICH; BOUDREAU, 2000, p. 339). Os autores

consideram que o treinamento pode ser visto como uma ferramenta estratégica, pois

aumenta a produtividade e a especialização do trabalho conseqüentemente

aumentando a lucratividade no longo prazo.

Para Marras (2000, p. 146) o treinamento se caracteriza por um “processo de

assimilação cultural em curto prazo, que objetiva repassar ou reciclar

conhecimentos, habilidades ou atitudes relacionados diretamente a execução de

tarefas ou à sua otimização no trabalho”.

Observa-se que o treinamento se estabelece através do desenvolvimento de

qualidades e qualificações dos recursos humanos, influenciando seu

comportamento, habilitando-os a serem mais produtivos e participativos dos

objetivos organizacionais.

Entende-se que treinamento tem como finalidade melhorar o desenvolvimento

profissional do ser humano na sua organização, e no desempenho das suas funções

além de ser o processo que visa à preparação e ao aperfeiçoamento das habilidades

e dos conhecimentos dos funcionários de uma organização. Para Marras (2001, p.

145), “treinamento é um processo de assimilação cultural a curto prazo, que objetiva

repassar ou reciclar conhecimento, habilidades ou atitudes relacionadas diretamente

à execução de tarefas ou à sua otimização no trabalho”.

Robbins (2002, p. 469) coaduna com essa idéia enfatizando que, “a maioria

dos treinamentos visa à atualização e ao aperfeiçoamento das habilidades técnicas

dos funcionários”.

Percebe-se que o treinamento pode trazer um grande retorno para o

profissional e para a empresa, pois um profissional bem mais qualificado terá uma

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motivação maior e o seu resultado na execução das tarefas será maior e mais

produtivo, conseqüentemente a maior produtividade do empregado poderá contribuir

efetivamente para os resultados da organização.

Robbins (2002, p. 241) aborda ainda que “um dos motivos para a crescente

importância do treinamento é devido à competição intensificada, as mudanças

tecnológicas e a busca de aumento da produtividade estão aumentando as

demandas de qualificação dos funcionários”.

Marras (2001, p. 148), define os objetivos específicos do treinamento como

sendo:

• Formação Profissional: que tem como base, elevar o conhecimento do

profissional à sua profissão, para elevar o seu desempenho nas suas

atividades;

• Especialização: oferece a oportunidade do empregado de treinamentos

voltados a uma área de conhecimento específico;

• Reciclagem: é a oportunidade de se atualizar dos conhecimentos já

aprendidos na sua rotina de serviço. (MARRAS, 2001, p. 148).

2.3.1.3 Avaliação do treinamento

Segundo Marras (2001, p. 159) a avaliação de treinamento, “tem por

finalidade aferir os resultados conseguidos comparativamente aquilo que foi

planejado e esperado pela organização”.

Entende-se, portanto que este processo finaliza o processo de treinamento,

pois ele busca avaliar os resultados obtidos e compará-los com os objetivos que a

empresa buscou com a implantação do treinamento, os resultados nem sempre

podem ser satisfatório, porém o processo de treinar pessoas pode ser considerado

essencial para o bom desenvolvimento do trabalho individual e ou em grupo dos

funcionários.

2.3.2 Missão da administração de Recursos Humanos

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A missão inicial dos recursos humanos, segundo Toledo (1992), era

“predominantemente servir de “amortecedor” das insatisfações de pessoal e ser um

órgão técnico-administrativo relativamente isolado da direção da empresa”. Passa a

ser encarada como atividade contribuidora para a modernização constante das

organizações como um todo.

Ribeiro (2005) enfatiza que “a área de recursos Humanos deve ser

responsável por ajudar as pessoas a alcançar seus objetivos e realizar suas missões

tornando-a competitiva”.

Ribeiro (2005) ainda afirma que a missão de Recursos Humanos baseia-se em:

• Prover qualificação profissional dos Recursos Humanos da empresa;

• Assegurar o bom relacionamento entre empregado e a empresa;

• Dimensionar e planejam as necessidades de pessoal, para atender os

objetivos da empresa.

Administrar pessoas exige uma dinâmica própria que envolve tecnologia de

administração de Recursos Humanos e capacidade perceptiva de compreender e

prever comportamentos que podem gerar conflitos, a gestão de pessoas tem por

objetivo administrar certos conflitos e torná-los o menos dominante possível.

2.4 GESTÃO DE PESSOAS

As mudanças que se processam nas organizações em busca da qualidade e

produtividade, agilidade e flexibilidade, têm se caracterizado por um contínuo

repensar de estruturas, processos e qualificações e, finalmente, chegam à gestão de

pessoas.

Gil (2002, p. 17) conceitua a gestão de pessoa como sendo a função

gerencial que visa à cooperação das pessoas que atuam nas organizações para o

alcance dos objetivos tanto organizacionais quanto individuais.

A constatação de que o diferencial competitivo de uma organização, num

ambiente de maior disponibilidade de técnicas e tecnologias, ocorrerá a partir do

comprometimento das pessoas, torna o conhecimento de expectativas, motivações,

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necessidades e níveis de satisfação dos indivíduos perante a organização,

estratégico para a eficácia organizacional (LUZ, 1995).

Segundo Chiavenato (1999, p. 4), “a gestão de pessoas é uma área muito

sensível à mentalidade e posturas que predominam nas organizações”, ela é

contingencial e situacional, pois depende de vários aspectos como a estrutura

organizacional, a cultura que existe em cada organização, as características do

contexto ambiental, a tecnologia utilizada nos processos internos e uma infinidade

de outras variáveis importantes. (CHIAVENATO, 1999, p. 4)

2.4.1 Desafios da gestão de pessoas

Ao longo do tempo, as empresas vêm buscando formas de estabelecer

vantagem competitiva diante dos seus concorrentes. Nesta era de economia digital,

da internet e do comércio eletrônico, o relacionamento entre a organização e suas

empresas fornecedoras e clientes, o comportamento das pessoas e a gestão de

capital intelectual, representam novos conceitos que vieram transformar a tradicional

administração de recursos humanos.

Segundo Tachizawa, Ferreira e fortuna (2001, p. 21), “Captar e compreender

as principais tendências que estão se delineando para os próximos anos é tão vital

para a gestão de pessoas quanto administrar os problemas do dia-a-dia.” Uma

gestão de pessoas desatrelada da realidade presente pode tropeçar em obstáculos

mais imediatos e comprometer a sobrevivência da organização.

Em contrapartida, a gestão de pessoas que não procure antever o amanha

pode ser apanhada de surpresa pelas transformações que venham a tingir os

fornecedores, os clientes, a competição do mercado e o ambiente como um todo,

impedindo assim a organização de reagir de forma eficaz (TACHIZAWA; FERREIRA

e FORTUNA, 2001). Chiavenato (1996, p. 36) ressalta ainda que “o mundo moderno

se caracteriza por tendências que envolvem globalização, tecnologia, informação,

conhecimento, serviços, ênfase nos clientes, produtividade, qualidade e

competitividade”.

Assim sendo essas mudanças, surtem efeito no comportamento das pessoas,

no ambiente e na organização. Colocar-se acima das turbulências do mercado e

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enxergar as transformações mais amplas que ocorrem no ambiente, é fundamental

para os gestores das organizações (TACHIZAWA, FERREIRA E FURTUNA, 2001).

Ultimamente, iniciativas e decisões se tornaram elementos fundamentais para

o sucesso duradouro de muitas organizações, tais como, programas relacionados à

qualidade de vida, otimização dos processos, competência, liderança. Diante dessas

iniciativas está à forma como a empresa se comporta perante o mercado, da forma

como elas conseguem desenvolver aptidões, competências e a forma com que

definem seus objetivos e metas e as pessoas que a compõe (ULRICH, 2000).

Em função disto, os gerentes de RH devem não somente conhecer o mercado

de atuação, mais também os aspectos culturais que giram em torno de todo o

processo acerca da globalização. Tachizawa, Ferreira e Fortuna, (2001, p. 11)

coadunam com essas afirmações quando ressaltam que “a organização que

trabalha em sintonia com as mudanças em curso, tem a vantagem adicional do

impulso a seu favor, e multiplica suas possibilidades de êxito”.

Essa capacidade de sintonia com o ambiente maior pode vir a ser o principal

diferencial competitivo de organizações, num mercado em transformação, é a

diferença entre deixar-se levar pelas mudanças e interagir com elas. Buscando

assim, influenciar o próprio processo de renovação do ambiente, papel este a ser

desempenhado pelos gestores (TACHIZAWA; FERREIRA e FORTUNA, 2001).

Segundo Gil (2001, p. 220), “outro fato importante é a participação dos

gestores de RH, ao desempenharem o papel de liderança”. Num contexto de gestão

de pessoas, requer que as mesmas desempenhem papeis de colaboradores, e não

mais como subordinados, pois se requer adesão de objetivos comuns à empresa,

políticas e missão da organização.

De acordo com Lacombe (2005), “O modelo de gestão da organização

tenderá a pautar-se por valores, e não por regras e papeis, enfatizando-se o

aprendizado e o aperfeçoamento contínuos”. A organização assimilará conceitos

como sistemas flexíveis e procedimentos adaptativos, ampla delegação no processo

de tomada de decisões, múltiplos fluxos de comunicação em todas as direções com

base nas tecnologias da informação, recursos humanos de múltiplas habilidades

cumprindo tarefas variáveis, autodefinidas e quase sempre autocontroladas

(TACHIZAWA; FERREIRA e FORTUNA, 2001, p. 25).

Contudo, Tapscott (1997) afirma que “a abertura dos mercados mundiais tem

provocado significativas mudanças em inúmeras organizações, levando os gestores

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a efetivar a reestruturação em quase todos os setores” com os mercados e seus

protagonistas mudando constantemente, não existe mais a possibilidade de as

organizações estabelecerem uma vantagem competitiva duradoura (TOLEDO, 1996,

p. 27).

Sendo assim, se as pessoas desenvolvem habilidades, aptidões,

diferenciadas uma das outras e estas possuem capacidades de desempenho

distintas, deve-se compreender a sua atuação e comportamento tanto no ambiente

interno quanto no externo. Alguns dos maiores desafios que gestão de pessoas tem

para superar são os fatores que rondam o ambiente organizacional, como

comportamento humano nas organizações, cultura organizacional, clima

organizacional, teoria x e y, motivação e liderança. (TOLEDO, 1996, p. 27).

Toda organização, deve acompanhar a evolução da sociedade, passa isso

deverá existir mudanças constantes, mudanças estas que buscam desenvolvimento

organizacional, porém geram conflitos que precisam ser administrados com

inteligência.

De acordo com Gil (2001), “a gestão de pessoas tem como objetivo ajudar a

alcançar a excelência organizacional necessária para enfrentar os desafios que

surgirem”. Portanto, o profissional de gestão de pessoas deve atuar como agente de

mudanças, assumindo novas responsabilidades dentro da organização, agregando

valor aos empregados, aos clientes e a empresa, mantendo sempre o

comportamento ético e responsável. (GIL, 2001).

2.4.2 A organização como um sistema social

Num marco de referência para a compreensão do comportamento

organizacional somos obrigados a chegar a um meio termo entre encarar a

organização, como um modelador de seus membros exercendo total poder entre

eles, e considerar o indivíduo como possuidor de completa liberdade para perseguir

objetivos particulares dentro da empresa. Ambas as posições não deixam de conter

algumas verdades, mais nenhuma das duas é exata. (DUBIN, 1971, p. 60).

Comecemos considerando a organização como unidade completa mais ou

menos auto-limitada, a unidade seja ela referente a uma firma comercial, a uma

igreja, tem objetivos limitados e os cumpre organizando as atividades de seus

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membros. Esta movimentação de atividades individuais com propósitos definidos é o

que chamamos de organização formal. (DUBIN, 1971, p. 60).

Organizar as pessoas numa unidade produtiva é tarefa das mais complexas,

podendo observar dois aspectos fundamentais nesta tarefa. A primeira e mais

simples é, o delineamento da estrutura formal da organização e este será revelado

no regulamento interno, nos procedimentos rotineiros e no funcionamento do

fluxograma das atividades diárias. O segundo aspecto, que pretende alcançar a

unidade produtiva da organização, relaciona-se com o indivíduo e com a

personalidade dos membros da empresa. (DUBIN, 1971, p. 61).

Dubin (1971, p. 61), é enfático em afirmar que “as pessoas não são

máquinas, elas se empenham e se motivam, reagem a variadas maneiras ao

ambiente que as cerca e aos indivíduos que povoam esse ambiente”. Segundo

ainda o autor, “da mesma forma que podem se dedicar seus melhores esforços ao

progresso da organização, podem também com igual entusiasmo trabalhar no

sentido predatório, procurando sabotar os objetivos da empresa”.

2.4.2.1 Comportamento humano nas organizações

Segundo Davis e Newstrom (1992, p. 6), “embora as relações humanas

tenham existido desde o início dos tempos, a arte e a ciência de se tentar lidar com

eles em organizações complexas são relativamente novas”.

No começo, as pessoas trabalhavam sozinhas ou em grupos tão pequenos

que suas relações de trabalho poderiam ser facilmente resolvidas. O interesse inicial

sobre as pessoas no trabalho foi despertado por Frederick W. Taylor nos Estados

Unidos no começo de 1900, ele é frequentemente chamado de “pai da

administração científica”, e as modificações que ele trouxe para a administração

desbravaram o caminho para o desenvolvimento posterior do comportamento

organizacional como um todo. Ele assinalou que assim como existe uma melhor

máquina para o trabalho, também existem maneiras melhores de executarem suas

atividades. (DAVIS e NEWSTROM, 1992, p. 6).

Na mesma perspectiva, Kanaane (1999, p. 71) afirma que “o comportamento

humano nas organizações nada mais é que o estudo e a aplicação do conhecimento

sobre como as pessoas agem dentro das organizações”. É, portanto, a ferramenta

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humana para o benefício do homem, ele se aplica amplamente ao comportamento

das pessoas em todos os tipos de organizações tais como negócios, governo,

escolas e organizações de serviços.

Para Davi e Newstron (1996, p. 10), “quando a administração leva em conta o

comportamento organizacional, o faz tentando desenvolver um melhor empregado,

como também querendo desenvolver uma pessoa melhor em termos de crescimento

e realizações”.

Já Hatakeyama (1995, p. 145) sustenta: “onde quer que estejam às

organizações existirá sempre a necessidade de compreender o comportamento

organizacional, e este está diretamente relacionado com o comportamento gerencial

nas organizações”.

Hatakeyama (1995, p. 7) enfatiza que:

Há de se considerar as influências da cultura, tanto em seu aspecto social, quanto nas condições estabelecidas pela própria organização, como fator fundamental na determinação das diversas concepções sobre o trabalho, as empresas no geral tem culturas organizacionais diferentes, isso tende a influenciar direta ou indiretamente no comportamento decisório do gestor [..] (HATAKEYAMA, 1995, p. 7).

As organizações, portanto, nada mais são que um sistema, que por sua vez

possui vários elementos, sejam eles estrutura, tecnologia, ambiente, pessoas enfim,

todos estes se influenciam mutuamente, esses elementos influenciam as atitudes

das pessoas, afetam as condições de trabalho e promovem competições por

recursos e poder. Portanto torna-se imprescindível conhecer primeiramente o

comportamento das pessoas para, então, perceber e avaliar seu nível motivacional.

(CHIAVENATO, 1999).

2.5 MOTIVAÇÃO

O fracasso de muitas organizações atualmente, não está na falta de

conhecimento tecnológico, mais sim na maneira de lidar com os colaboradores, isto

acontece porque muitas organizações ainda não acreditam na importância do

significado da motivação dentro do contexto organizacional.

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De acordo com Bergamini (1997, p.19) “antes da Revolução Industrial, a

principal maneira de motivar consistia no uso de punições, com a Revolução

Industrial foram feitos investimentos cada vez mais pesados com objetivo de terem

recompensadores retornos”.

As pessoas não fazem as mesmas coisas pelas mesmas razões, os motivos

humanos variam de pessoa para pessoa, o que determina uma significa diferença

individual de comportamento, não somente em termos de metas e propósitos, como

também na intensidade de comportamento característica de cada um em buscar

atingir esses objetivos (BERGAMINI e BERALDO, 1988, p. 29).

Segundo Chiavenato (1999), “com a Teoria das Relações Humanas passou-

se a estudar a influência da motivação no comportamento das pessoas”. Embora

este seja apenas um dos fatores internos que influenciam o comportamento

humano, a ele é dada tanta importância porque a motivação atua, em geral, sobre as

necessidades dos indivíduos, a fim de supri-las para atingir os objetivos, tanto

pessoais como organizacionais (CHIAVENATO, 1999).

2.5.1 Conceito

Para Bergamini (1997, p. 54), “Motivação é um aspecto intrínseco às

pessoas, que ninguém pode motivar ninguém. A motivação passa a ser entendida

como fenômeno e comportamental único e natural e vem da importância que cada

um dá ao seu trabalho, do significado que atribuído a cada atividade desse trabalho

e que cada pessoa busca o seu próprio referencial de auto-estima e de auto-

identidade”.

Vergara (2000), concorda enfatizando que “ao avaliar as diferentes respostas

dos indivíduos frente a determinadas tarefas, define que a motivação é

absolutamente intrínseca, isto é, está dentro do indivíduo, nasce de nossas

necessidades interiores”.

De acordo com Gil (2001, p. 203), “Os motivos é que impulsionam e mantêm

o comportamento dos indivíduos, são por assim dizer, as molas da ação”.

Já Moscovici (1996, p. 77) afirma que, “a motivação humana é constante,

infinita, flutuante e complexa, o indivíduo é um todo organizado e integrado. O

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36

indivíduo como um todo se motiva, e não apenas parte dele, e a satisfação,

consequentemente, atingem o indivíduo”.

Segundo Chiavenato (2000, p. 126), “ a administração científica e de Taylor e

de seus seguidores baseava-se na concepção de homo economicus, segundo o

qual o comportamento do homem é motivado exclusivamente por dinheiro e pelas

recompensas salariais e materiais do trabalho”.

Chiavenato (2000, p. 126) afirma ainda que “a experiência de Hawthorne ,

teve o mérito de demonstrar que o pagamento ou recompensa salarial, esmo

efetuado em bases justas ou generosas não é o único fator decisivo na satisfação do

trabalhador dentro da situação do trabalho”

Da mesma forma Elton Mayo e sua equipe passaram a chamar a atenção

para a nova teoria da motivação antagônica à do homo economicus, o ser humano é

motivo, não por estímulos econômicos e salariais mais por recompensas sociais,

simbólicas e não materiais (CHIAVENATO, 2000, p. 126).

De modo geral, motivo é tudo aquilo que impulsiona a pessoa agir de

determinada forma ou, pelo menos, que dá origem a uma propensão a um

comportamento específico, este impulso à ação pode ser provocado por um estímulo

externo (provindo do ambiente) e pode também ser gerado internamente nos

processos mentais do indivíduo (CHIAVENATO, 1998, p. 76).

Não se pode tratar da mesma forma todas as pessoas, cada uma possui

comportamento diferentes, decorrentes de motivações diferentes, dentro e fora das

organizações. Essa diversidade de interesses permite aceitar, de forma

razoavelmente clara, que as pessoas não fazem as mesmas coisas pelas mesmas

razões. (BERGAMINI, 1993, p. 62).

A criatividade estaria muito relacionada aos aspectos motivacionais, o que

realmente distingue as pessoas criativas é uma motivação intrínseca para o

trabalho, a questão da motivação para o trabalho é um dos assuntos centrais das

teorias organizacionais para o processo criativo (TERRA, 1994).

Bergamini (1993, p. 54), afirma que “cada pessoa exerce com naturalidade

seu poder criativo, buscando o seu próprio referencial de auto-estima”, a motivação,

portanto é considerado atualmente como um aspecto intrínseco as pessoas, ou seja,

ninguém pode motivar ninguém, sendo que a motivação específica para o trabalho

depende do sentido que se da a ele. (BERGAMINI, 1993, p. 54)

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37

Para Heller (2001, p. 28), “a arte de motivar pessoas começa com a

descoberta de como influenciar o comportamento de cada uma delas, motivação é a

força que nos estimula a agir, com isso aumentam as oportunidades de alcançar os

resultados esperados pela empresa”.

Segundo Bergamini e Beraldo (1988, p. 29), “a motivação é o fenômeno

humano responsável pelo dinamismo do individuo nas situações que vivencia, e nele

determina um movimento de evoluir do menos para mais, de amadurecer

pessoalmente e estar sempre exibindo um comportamento”.

De acordo com Chiavenato (1998, p. 76), “as pessoas são diferentes no que

tange a motivação, as necessidades variam de indivíduo para indivíduo, produzindo

diferentes padrões de comportamento”. As necessidades, os valores sociais e as

capacidades podem variar no mesmo indivíduo conforme o tempo, apesar de todas

as diferenças que podem ocorrer, o processo que dinamiza o comportamento é mais

ou menos semelhante para todas as pessoas. Em outras palavras embora os

padrões de comportamento variem o processo do qual resultam é, basicamente, o

mesmo para todas as pessoas, neste sentido existe três premissas segundo

Chiavenato (1998, p. 76), que explicam o comportamento humano:

• O comportamento é causado , ou seja, existe uma causalidade do

comportamento, tanto a hereditariedade como o meio ambiente influi

decisivamente no comportamento das pessoas;

• O comportamento é motivado , ou seja, há uma finalidade em todo

comportamento humano, o comportamento não é casual nem aleatório,

mas sempre orientado e dirigido para algum objetivo;

• O comportamento é orientado para objetivos , ou seja, em todo

comportamento existe sempre um impulso, um desejo, uma necessidade,

uma tendência, expressões que servem para designar os motivos do

comportamento.

Para Chiavenato (1998, p. 77), a motivação das pessoas depende

basicamente das três variáveis descritas no modelo básico de motivação exposto

abaixo:

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38

Figura 1 – Modelo básico de motivação

Fonte: Chiavenato (1999, p. 77)

Embora o modelo básico de motivação acima seja o mesmo para todas as

pessoas o resultado poderá variar indefinidamente, pois depende da percepção do

estímulo (que varia conforme a pessoa e na mesma pessoa, conforme o tempo), das

necessidades (que também varia conforme a pessoa) e da cognição de cada pessoa

CHIAVENATO (1998, p. 77).

Para Schermerhorn, Hunt e Osborn (1999, p. 86), a motivação se refere às

forças dentro de uma pessoa responsáveis pelo nível, direção e persistência do

esforço despendendo no trabalho. O nível é a quantidade de esforço que a pessoa

emprega, isto é, quão duro trabalha, (por exemplo, pouco ou muito) direção é o que

a pessoa opta por fazer quando está face a um grande numero de alternativas

possíveis, (isto é se vai empregar o esforço visando à qualidade ou à quantidade do

produto) persistência se refere há quanto tempo à pessoa continua numa

determinada ação (por exemplo, desiste se está difícil, ou continua tentando).

(SCHERMERHORN; HUNT e OSBORN, 1999, P. 86)

Para Chiavenato (1998, p. 76), existem três fatores que determinam em cada

indivíduo a motivação para produzir, são eles:

• Os objetivos individuais, ou seja, a força do desejo de atingirem objetivos;

• A relação que o indivíduo percebe entre a produtividade e o alcance dos

seus objetivos individuais;

Estímulo (causa)

NECESSIDADES (desejo) Tensão

desconforto

Objetivo

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• A capacidade de o indivíduo influenciar seu próprio nível de produtividade,

à medida que acredita poder influenciá-lo; (CHIAVENATO, 1998, p. 76)

É difícil definir exatamente o conceito de motivação, uma vez que este tem

sido utilizado com diferentes sentidos. De modo geral, motivação é tudo aquilo que

impulsiona a pessoa a agir de determinada forma ou, pelo menos, que dá origem a

uma propensão a um comportamento específico, podendo este impulso à ação ser

provocado por um estímulo externo (provindo do ambiente) ou também ser gerado

internamente nos processos mentais do indivíduo (CHIAVENATO, 1999).

Maximiano (2000, p. 297), ressalta que “o estudo da motivação é

extremamente importante para compreender os mecanismos que movimentam as

pessoas, para os comportamentos de alto desempenho, indiferença ou

improdutividade, a favor ou contra os interesses da organização e da administração”.

A teoria das relações humanas constatou a existência das necessidades

humanas básica. Para Chiavenato (2000, p. 128), “o comportamento humano é

determinado por causas que às vezes, escapam ao próprio entendimento e controle

do homem”. Essas causas são chamadas de necessidades e motivos, no qual

Chiavenato (2000, p. 128) é enfático em afirmar que “são forças conscientes ou

inconscientes que levam o indivíduo a um determinado comportamento, a motivação

se refere ao comportamento que é causado por necessidades dentro do indivíduo e

que é dirigido em direção aos objetivos” podendo assim satisfazer essas

necessidades.

O homem é considerado um animal dotado essencialmente de necessidades,

que se alteram constantemente e se sucedem em conjunto ou mesmo isoladamente.

Satisfeita uma determinada necessidade, surge então outra em seu lugar, contínua e

infinitamente, portanto as necessidades motivam o comportamento humano dando-

lhes direção e conteúdo. (CHIAVENATO, p. 128).

Segundo Marras (2000, p. 277), existem três ações básicas que o Recursos

Humanos deve implementar para trabalhar o campo motivacional:

• Estimular os trabalhadores a trabalhar e atingir seus objetivos pessoais e

profissionais;

• Não desmotivá-los com ambientes, condições ou políticas inadequadas;

• Propiciar condições financeiras, físicas e psicológicas a ponto de permitir;

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• Atingir um nível médio de qualidade de vida muito próximo do desejado.

2.5.2 Motivação nas organizações Por motivação geralmente entendemos os mecanismos interiores do

indivíduo que sustentam sua contínua atividade como ser humano. Esta definição

imediatamente provoca três indagações fundamentais segundo Dubin (1971, p. 84):

• Onde estão localizados estes mecanismos?

• O que fornece ao indivíduo a direção específica para suas opções ou

atividades particulares?

• Como o conteúdo específico das razões particulares do indivíduo penetra

no seu íntimo?

Uma das mais antigas tradições em psicologia identifica a motivação com

instintos e tendências hereditárias. Esta frase segundo Dubin (1971, p. 85),

soluciona as três indagações acima propostas pelo mesmo autor:

• Onde? – Os mecanismos da motivação estão localizados através de todo

o tecido corporal;

• O que? – Os mecanismos são respostas psicológicas automáticas a

estados de tensão do organismo, esses mecanismos funcionam para

reduzir estas tensões independentemente de se apenas elas surgiram

dentro ou fora do corpo humano;

• Como? – Estes mecanismos são herdados pelo indivíduo segundo a

evolução histórica das gerações.

Segundo Dubin (1971, p.85), “o desejo de alimentar-se ou de fazer sexo é

estimulado por mecanismos celulares quando as células estão sentindo privações, a

solução a esta privação ou tensão é a pratica de determinados atos que reduzam a

tensão e acabem com a privação”.

Há duas importantes limitações na motivação instintiva, observamos que

desejos específicos como sexo e alimento resultam de amplas variações de

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comportamento para que sejam satisfeitos. As pessoas em cada parte do mundo

comem diferentes espécies de alimentos, preparados de maneiras diversas e

empregando utensílios de totalmente diferente. Mesmo quando esfomeados, alguns

indivíduos não ingerem certos alimentos, pois são proibidos pelos costumes

vigentes. Observamos também que determinadas pessoas podem ser treinadas,

instruías, condicionadas e ate coagidas a alterarem sua dieta diária por exemplo.

(DUBIN, 1971, p. 85).

Estas duas constatações sobre a variação da satisfação de idênticos desejos

e da possibilidade de mudar as fontes de satisfação para os mesmos indivíduos,

dirige nossa atenção para uma importante observação, devemos portanto, encarar a

motivação como forma de intercambio entre o indivíduo e o ambiente social em que

convive. (DUBIN, 1971, p. 85)

O ambiente social dá ao indivíduo escalas de preferência e de valores que os

constituem nas metas em direção as quais, os desejos instintivos se orientam. Além

disso, o ambiente social é a fonte das normas de comportamento que traçam, a linha

divisória entre o bem e o mal, o certo e o errado, o legítimo e o ilegítimo. Valores e

normas brotam do ambiente social e ambos são roteiros importantes para a

canalização de necessidades intrínsecas do indivíduo. (DUBIN, 1971, p. 85)

Outra parte do intercâmbio é o grau ate o qual a pessoa se ajusta e se

conforma às expectativas correntes da sociedade ou contra elas se rebela. O

comportamento que se ajusta é obrigado a aceitar a continuada existência do

sistema social de que emanam as normas e os valores, sendo assim, as rebeliões

contra o sistema em vigor podem ameaçá-lo. (DUBIN, 1971, p. 85)

Assim, em troca dos valores e normas que incorporou ao comportamento, o

individuo devolve ao sistema social sua lealdade e adesão na forma de trabalho,

com o objetivo de alcançar as expectativas que dele espera a sociedade.

Chegando neste ponto, a uma nova concepção de motivação que igualmente

admite as três indagações anteriormente feitas segundo Dubin (1971, p.85), porém

as responde já num outro estágio:

• Onde? – Além dos impulsos psicológicos localizados através de todo o

tecido corporal, existem centralizados na mente, mecanismos emocionais

e racionais que agem no sentir e no escolher uma dentre diversas

alternativas de comportamento disponíveis;

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• O que? – Além dos mecanismos automáticos que respondem por estados

de tensão, existem mecanismos racionais e emocionais que respondem

pelas condições do ambiente social que minimizem as exigências rígidas

dos valores e normas recebidos do ambiente social e que devem ser

cumpridos pelo indivíduo bem ajustado;

• Como? – Além dos mecanismos hereditários, existem preferências

socialmente discerníveis entre objetivos e normas de comportamento e os

meios de atingi-los.

Quando concebemos a motivação como o intercâmbio entre o indivíduo e seu

ambiente social descobrimos a fórmula que nos dá a chave da compreensão do

significado da motivação nas organizações empresariais. Agora faz sentido falar em

“soldados motivados para a luta”, ou em “executivos jovens e motivados, ou ainda

em “operários motivados para o trabalho”. Em cada caso estamos falando de

alguém inserido, encravado num sistema social, numa organização. (DUBIN, 1971,

p. 85)

A figura abaixo representará as características do intercâmbio da motivação

organizacional, segundo Dubin (1971, p. 86). Para o autor este intercâmbio entre

pessoas e organização ocorre no começo e no fim de um ato organizacionalmente

relevante:

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43

Figura 2 – fenômeno de intercambio da motivação

MOTIVAÇÃO DO COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL CONSIDERADO COMO UM FENÔMENO DE INTERCÂMBIO

AÇÃO INICIADORA

METAS (VALORES) ORGANIZAÇÃO PADRÕES DE COMPORTAMENTO INDIVÍDUO (NORMAIS) EXPECTATIVA DE CONFORMIDADES AÇÃO AVALIADORA DESEMPENHO ADEQUADO ORGANIZAÇÃO DESEMPENHO INADEQUADO INDIVÍDUO RECOMPENSAS CASTIGOS

Fonte: Dubin (1971, p. 87).

No inicio de um ato o indivíduo “recebe” da organização algumas

informações sobre os objetivos (valores) a serem alcançados e em direção aos

quais o comportamento deve ser orientado, e padrões (normas) através dos quais

ele distinguira as diversas atitudes com que se defrontará para o bom cumprimento

de sua missão. Elas serão certas ou erradas, segundo a moral ou imorais, neste

ponto a pessoa dará a organização uma razoável expectativa de que se conformará

aos objetivos definidos e as normas que governam seus passos no

empreendimento. (DUBIN, 1971, p. 87).

Portanto, quando a ação é completada, aparece o resultado, de êxito ou

fracasso, da avaliação desses resultados segundo Dubin (1971, p. 87), “ a

organização coloca na posição de premiar seus membros ( com aumento dos seus

vencimentos, reconhecimento público, promoção etc.), pelo êxito obtido ou de puni-

los (com demissão, reprimenda, suspensão dos serviços etc.), pelo fracasso”.

O último estágio nesse duplo intercâmbio, entre a organização e o indivíduo é

a paga em prêmios ou castigos, Dubin (1971, p.87), afirma que “um exame de

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literatura existente sobre motivação torna claro que a maior parte da atenção

analítica se concentra nesta fase característica da motivação”.

Podemos chamar esses pagamentos de incentivos, e é geralmente aceito

que no controle dos incentivos e no tipo de recompensas e punições, a

administração exerce o controle sobre a motivação. Contudo não devemos

subestimar o fato de que tais estímulos são o elo final de uma cadeia de

relacionamentos entre a organização e o indivíduo, segundo Dubin (1971, p.87), “o

controle da motivação dos membros da organização é também, e talvez de modo

mais duradouro alcançado ao serem inculcados valores e normas organizacionais

como base para o desempenho individual”.

Para Hampton (1992, p. 155), “independentemente do autoritarismo da

instituição, esta tem de satisfazer às ambições e às necessidades de seus membros

e fazê-lo tomando em consideração sua capacidades como indivíduo”. Portanto os

funcionários serão motivados a esforçar-se na execução de suas tarefas

organizacionais se puderem, ao mesmo tempo em que contribuem, satisfazer suas

necessidades.

2.5.3 Teoria das necessidades de Maslow

Segundo Lopes (1980, p. 34), Abraham Maslow, foi o primeiro a relacionar as

necessidades humanas num quadro teórico abrangente na sua teoria da motivação

humana baseada numa hierarquia das necessidades humanas básicas.

Em uma primeira visão, poderíamos dizer que o indivíduo tem necessidades

viscerogênicas e necessidades psicogênicas. As primeiras são as inatas, ou seja,

fome, o oxigênio, a sede, o sexo, a segunda são as aprendidas, como por exemplo,

o poder, o reconhecimento o amor (RODRIGUES 2008, p. 40 Apud TREWATRA E

NEWPORT, 1979).

Amplamente divulgada e conhecida, a teoria da hierarquia das necessidades

de Maslow, (1954) tem sido aceita como estrutura conceitual no estudo da

motivação humana, nas situações variadas de vida no lar, no trabalho e na

sociedade. (MOSCOVICI, 1996, p. 76).

Estudos empíricos feitos por F.Herzberg (1968) e outros, no contexto

industrial, têm sido relacionados ao modelo de Maslow, num esforço de integração

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de descobertas e conhecimentos para compreensão da motivação humana no

trabalho. (MOSCOVICI, 1996, p. 76).

Segundo Moscovici (1996, p. 76), “o modelo de Maslow, precisa ser colocado

em suas devidas proporções conforme a concepção do autor. Este caracterizou as

necessidades básicas como um dos aspectos de sua teoria de motivação humana.”

Se esta feição, de modelo parcial não for claramente indicada e compreendida, a

validade da pirâmide motivacional poderá ser seriamente questionada.

(MOSCOVICI, 1996, p.76).

Chiavenato (1994, p. 168), coloca que, para Maslow as necessidades

humanas estão arranjadas em uma pirâmide de importância e de influenciação do

comportamento humano. Na base da pirâmide estão as necessidades mais baixas e

recorrentes, enquanto no topo estão as mais sofisticadas e intelectualizadas.

Moscovici (1996, p. 77), afirma que “Maslow concebe as necessidades

básicas por categoria em uma hierarquia e predomínio relativo, das quais as

necessidades fisiológicas são primordiais”. Quando o organismo humano está

dominado por uma determinada necessidade fisiológica, tende a mudar até sua

filosofia do futuro, a satisfação é tão importante quanto a privação, pois libera o

organismo do domínio das necessidades fisiológicas, permitindo o aparecimento de

outros impulsos ou motivos. (MOSCOVICI, 1996, p. 77).

Chiavenato (2000) realizou uma síntese da Hierarquia de Necessidades

Humanas e meios de satisfação, desenvolvida por Maslow, que afirma que os

indivíduos são impulsionados – motivados - a satisfazer grupos de necessidades

hierarquicamente organizadas. Essa hierarquização encontra-se mais detalhada no

diagrama abaixo:

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46

Figura 3 – Hierarquia das necessidades humanas segundo Maslow.

Fonte: Chiavenato (2000)

O diagrama acima reflete exatamente o que Maslow propôs como uma

hierarquização das necessidades. Todavia, para que se tenha um entendimento

mais amplo, os exemplos abaixo buscam detalhar tais necessidades segundo

Chiavenato (2000):

• Necessidades Fisiológicas : necessidades de sobrevivência - alimento,

água, oxigênio, sono, sexo – e também são instintivas, uma vez que

nascem com o homem;

• Necessidades de Segurança : busca de proteção contra ameaças e

privações. Segurança em casos de acidentes doenças, mantém as

pessoas em estado de dependência seja com a empresa, seja com outras

pessoas;

• Necessidades Sociais : relacionadas ao convívio social – amizade, afeto,

amor; ser aceito por outros, pertencerem a grupos;

• Necessidade de Estima: desenvolvimento de sentimentos de

autoconfiança e de ser útil e necessário para os outros. Sua frustração

produz sentimentos de inferioridade e impotência;

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• Necessidade de Auto-Realização : é a síntese de todas as outras

necessidades, é o impulso de cada um realizar o próprio potencial, de

estar em contínuo autodesenvolvimento no sentido mais elevado do

termo.

Chiavenato (1983, p. 369), completa enfatizando que “a teoria de Maslow é

suficientemente bem estruturada para poder oferecer, um esquema orientador e útil

do comportamento do administrador”.

2.5.4 Teoria ERG de Alderfer Clayton Alderfer respondeu a algumas críticas do trabalho de Maslow

conduzindo seu próprio estudo das necessidades humanas, ele identificou três

categorias básicas das necessidades segundo Certo (2003, p. 350):

• Necessidades de existência (existence) – a necessidade de bem-estar

físico.

• Necessidades de ligação (relatedness) – a necessidade de satisfazer

relacionamentos interpessoais.

• Necessidades de crescimento (growth) – a necessidade de crescimento e

desenvolvimento pessoal contínuos. (CERTO, 2003, p. 350)

As primeiras letras dessas necessidades, em inglês, formam o acrônimo

ERG, pelo qual agora é conhecida. Para Certo (2003, p. 350), a teoria ERG de

Alderfer é parecida com a teoria de Maslow, exceto em três aspectos importantes.

Primeiramente Alderfer identificou apenas três ordens de necessidades

humanas, comparadas às cinco ordens de Maslow. Em segundo lugar, em contraste

com Maslow, ele verificou que às vezes as pessoas ativam suas necessidades de

nível superior antes de terem satisfeito completamente todas as suas necessidades

de nível inferior. Em terceiro lugar, ele concluiu que o movimento em sua hierarquia

das necessidades humanas nem sempre é para cima. Por exemplo, ele descobriu

que um funcionário frustrado por seu fracasso em satisfazer uma necessidade de

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nível superior poderia regredir, tentando realizar uma necessidade já satisfeita de

nível inferior. (CERTO, 2003, p. 350)

Figura 4 – Esquema representativo da teoria ERG

Fonte: Certo (2003, p. 350)

O trabalho de Alderfer, em conjunto com o de Maslow, tem implicações para o

gerenciamento. Certo (2003, p. 350), é enfático em afirmar que “os funcionários

frustrados com o trabalho que não oferece oportunidades de crescimento ou de

desenvolvimento no cargo podem centrar sua energia tentando ganhar mais

dinheiro, regredindo a um nível inferior de necessidades”.

Para tentar contrapor essa regressão, a gerência poderia usar estratégias de

enriquecimento no cargo destinadas a ajudar as pessoas a atender suas

necessidades de ordem superior. (CERTO, 2003, p. 351)

Figura 5 – Contraste entre as abordagens de Maslow e Alderfer

Fonte: Certo, 2003, p. 351.

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2.5.5 Teoria X E Y de Douglas Mcgregor Outra estratégia motivacional envolve as suposições dos gerentes sobre a

natureza humana. Segundo Carvalho e Serafim (1998, p. 62), para Mcgregor, o

processo de gerência participativa recebe influência marcante de quatro variáveis, a

saber:

• As características do gerente;

• As atitudes, necessidades e outros aspectos individuais dos empregados;

• Características da empresa, tais como finalidade, estrutura e natureza das

tarefas a serem executadas;

• O meio social político e econômico onde a organização se faz presente.

As teorias X e Y representam, no pensamento de Mcgregor, dois

enfoques extremos do trabalho e do indivíduo. Na teoria X para Carvalho e Serafim

(1998, p. 62), “os empregados preferem ser dirigidos, não desejam maiores

responsabilidades e querem segurança, acima de tudo, resumindo, as pessoas

trabalham basicamente por dinheiro, vantagens extras e medo de serem punidas”.

Segundo Certo (2003, p. 354), “teoria X, envolve suposições negativas sobre

as pessoas que segundo ele, os gerentes costumam considerar como base para

lidar com seus subordinados, por exemplo, uma pessoa comum não gosta de

trabalhar e evitará isso sempre que puder”.

Por outro, lado Mcgregor formula a teoria Y, partindo de premissas

antagônicas à teoria x. Para Carvalho e Serafim (1998, p. 62), “pela teoria Y, o

empregado é criativo e responsável e o trabalho não constitui um castigo, o

desempenho profissional baseia-se nos seus sentimentos de auto-estima, auto-

realização e de pertencer a um grupo social (empresa)”.

Segundo Certo (2003, p. 354), “a teoria Y representa suposições positivas

sobre as pessoas que Mcgregor acredita que os gerentes devem se esforçar para

usar, por exemplo, as pessoas exercerão a direção de si mesmas e terão

autocontrole para atender suas metas”.

Comparação dos pontos principais das teorias X e Y, de Douglas Mcgregor

segundo Carvalho e Serafim (1998, p. 62):

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Figura 6 - Comparação dos pontos principais das teorias X e Y, de Douglas Mcgregor.

Fonte: Carvalho e Serafim (1998, p. 63).

O ser humano, no geral, está disposto ao trabalho, à liderança, então,

constitui-se como elemento de fundamental importância no contexto organizacional,

isso porque, a formação das empresas passa por um processo de aglutinação de

pessoas, grupos de indivíduos que necessitam de organização e coordenação no

direcionamento de seus potenciais e esforços individuais, em prol das metas e

objetivos da organização. (BERGAMINI, 1997)

2.5.6 Correntes históricas da motivação Conforme a figura abaixo, percebe-se uma evolução histórica nos estudos

sobre a motivação no trabalho, cuja trajetória passa por várias escolas, desde o

Taylorismo com a racionalização do trabalho, punições e recompensas pecuniárias,

perpassando por Victor Vroom, em que analisa fatores como expectação,

instrumentalidade e valência, até os dias contemporâneos em que os modelos de

gestão focam na participação e autonomia como importantes canais para a

produtividade e cooperação no ambiente laboral.

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Figura 7 - Motivação dos Quadros Operacionais

Fonte: Chiavenato (1996).

2.5.7 Ciclo motivacional

O ciclo motivacional começa com o surgimento de uma necessidade, a

necessidade é uma força dinâmica e persistente que provoca comportamento.

Segundo Chiavenato (1998, p. 77), “toda vez que surge uma necessidade

esta rompe o estado de equilíbrio do organismo, causando um estado de tensão,

insatisfação desconforto e desequilíbrio”. Este estado leva o individuo a um

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comportamento, ou ação, capaz de descarregar a tensão ou de livrá-lo do

desconforto e do desequilíbrio.

Chiavenato (1998, p. 78) sustenta que, “se o comportamento for eficaz, o

individuo encontrará a satisfação da necessidade e, portanto, a descarga da tensão

provocada por ela, satisfeita a necessidade o organismo volta ao estado de

equilíbrio anterior”. Este ciclo motivacional está esquematizado didaticamente na

figura a seguir:

Figura 8 – Etapas do ciclo motivacional, envolvendo a satisfação de uma necessidade.

Fonte: Chiavenato (1998, p. 78)

No ciclo motivacional demonstrado na figura 2, a necessidade é satisfeita, à

medida que o ciclo se repete com a aprendizagem e a repetição, os

comportamentos tornam-se gradativamente mais eficazes na satisfação de certas

necessidades. Uma vez satisfeita, a necessidade deixa de ser motivadora de

comportamento, e já não causa tensão e desconforto (CHIAVENATO, 1998, p. 78).

No ciclo motivacional, contudo, a necessidade nem sempre pode ser

satisfeita, ela pode ser frustrada, ou ainda pode ser compensada (ou seja,

transferida para outro objeto, pessoa ou situação).

Chiavenato (1998, p. 78) afirma que “no caso da frustração da necessidade,

no ciclo motivacional, a tensão provocada pelo surgimento da necessidade encontra

uma barreira ou um obstáculo para sua liberação”, ou seja, não encontrando saída

normal, a tensão represada no organismo procura um meio indireto de saída, por via

psicológica (agressividade, descontentamento, tensão emocional, apatia, indiferença

Equilíbrio interno

NECESSIDADES

Tensão Estimulo ou

incentivo

ação Satisfação

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etc.), seja por via fisiológica (tensão nervosa, insônia, repercussões cardíacas ou

digestivas, depressão etc.) (CHIAVENATO, 1998, p. 79).

Para Silva (2004, p. 223), o ciclo motivacional constitui-se de seis estágios,

são eles:

• Uma necessidade ou um objetivo por algum motivo não satisfeito;

• Procuram-se alternativas, por meio de um determinado comportamento

dirigido para satisfazer a necessidade;

• É escolhida a maneira para satisfazer a necessidade;

• A pessoa é motivada a agir para ter a necessidade satisfeita;

• A partir dos resultados dos esforços pela pessoa feita, a mesma pode ou

não ser motivada novamente, pelo mesmo tipo de necessidade ou satisfator de

necessidade.

Segundo Schermerhorn, Hunt e Osborn (1999, p. 96), “embora a motivação

enseje empenho no trabalho, o desempenho individual também depende da

presença de habilidades relevantes para o trabalho e do apoio da organização”.

Outras vezes, a necessidade não é satisfeita nem frustrada, mas transferida ou

compensada, isto se dá quando a satisfação de uma outra necessidade reduz ou

aplaca a intensidade de uma necessidade que não pode ser satisfeita como indica a

figura abaixo, é o que acontece quando o motivo de uma promoção para um cargo

superior é contornado por um bom aumento de salário ou por uma nova sala de

trabalho (CHIAVENATO, 1998, p. 79).

2.5.7.1 Frustração e compensação Nem sempre a satisfação das necessidades é obtida, pode existir alguma

barreira ou mesmo obstáculos ao alcance da satisfação de alguma necessidade.

Para Chiavenato (1993, p. 168), “toda vez que alguma satisfação é bloqueada por

alguma barreira, ocorre frustração, havendo frustração a tensão existente não é

liberada por meio de descarga provocada pela satisfação, essa tensão acumulada

mantém o estado de desequilíbrio”.

Por outro lado, o ciclo motivacional pode ter outra solução além da satisfação

da necessidade ou da frustração, a compensação ou transferência, segundo

Chiavenato (1993, p. 168), “ocorre a compensação (ou transferência) quando o

indivíduo tenta satisfazer alguma necessidade impossível de ser satisfeita por meio

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da satisfação de outra necessidade complementar ou substitutiva”. Assim, a

satisfação de uma outra necessidade aplaca a necessidade mais importante para

ele reduzindo ou evitando a frustração. (CHIAVENATO, 1993, p. 169).

Desta forma Chiavenato (1993, p. 168) ainda contempla que “dessa forma

toda a necessidade humana pode ser satisfeita, frustrada ou compensada, cada

uma dessas soluções envolve uma infinidade de nuances e de variações

intermediárias”.

Para as necessidades fisiológicas os objetivos são relativamente fixados e

quase não têm compensação ou substitutos, ou seja, a fome só se satisfaz com

alimentação, a sede somente se satisfaz com a ingestão de líquidos, se estão são

os motivos a serem satisfeitos, para as necessidades psicológicas, como de auto -

estima e auto realização, os objetivos são mais flexíveis e possibilitando

transferências e compensações. A necessidade de prestígio, por exemplo, pode ser

satisfeita pela preeminência social, pelo sucesso profissional e até mesmo pelo

poder do dinheiro. (CHIAVENATO, 1993, p. 169)

Segundo Chiavenato (1993, p. 169), “toda necessidade não satisfeita é

motivadora de comportamento, porém quando uma necessidade não é satisfeita

dentro de algum tempo razoável, ela passa a ser um motivo frustrado”.

Abaixo têm-se as etapas do ciclo motivacional com frustração ou com

compensação quando há impossibilidade de satisfação da necessidade segundo

Chiavenato (1998, p. 79).

Figura 9 – Ciclo Motivacional com frustração ou compensação.

Fonte: Chiavenato (1998, p.79)

Chiavenato (1998, p. 79) reforça a idéia afirmando, que a frustração pode

levar diversas reações generalizadas, são elas:

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• Desorganização do comportamento: a conduta do homem frustrado pode

se tornar repentinamente ilógica e sem explicação aparente;

• Agressividade: o homem frustrado pode ser agressivo, a liberação da

tensão acumulada pode acontecer por meio de agressividade física,

verbal, simbólica etc.;

• Reações emocionais: a tensão retida pela não satisfação da necessidade

pode provocar formas de reação, como ansiedade, aflição, estados de

intenso nervosismo ou ainda outras formas de conseqüência, como

insônia, distúrbios circulatórios, digestivos etc.

• Alienação e apatia: o desagrado em face da não satisfação da

necessidade pode ocasionar reações de alienação, de apatia e de

desinteresse pelo alcance dos objetivos frustrados como forma ou

mecanismo inconscientes de defesa do ego.

A satisfação de algumas necessidades é temporal e passageira, ou seja, a

motivação humana é cíclica, o seja é quase um processo contínuo de resolução de

problemas e de satisfação de necessidades, à medida que vão surgindo

(CHIAVENATO, 1998, p. 79).

Segundo Bergamini (1980, p. 28) “é necessário considerar ao mesmo tempo,

fatores que determinam diferenças individuais de expectativas das pessoas por um

lado, e por outro as várias oportunidades oferecidas pelas diferentes organizações”.

A dinâmica da interação individuo-organização, dessa forma, tem algo a ver com as

formas pelas quais são as solicitações dos indivíduos e os recursos oferecidos pela

empresa se combinam e se trocam (BERGAMINI, 1980, p. 128).

Em linhas gerais com base nessas conclusões Herzberg e seus

colaboradores afirmam que as pessoas são motivadas apenas pelos fatores

intrínsecos, ou seja, apenas o trabalho em si e os fatores que lhe são diretamente

relacionados podem motivar as pessoas (CHIAVENATO, 1998).

Portanto é indispensável que a organização, de alguma forma, deixe explicito

ao individuo quais são as suas reais expectativas para que ele possa posicionar-se,

se for o caso, em termos do tipo de afiliação que desenvolverá com relação a ela, ou

melhor, qual será, provavelmente, sua posição dentro da empresa.

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2.5.8 Continuidade e estabilidade da motivação A motivação dentro de uma organização é contínua, as pessoas um vez que

passem a fazer parte da empresa, automaticamente aderem a um padrão

motivacional que inicia sustenta as atividades internas da firma.

No contexto motivação, três características do trabalho, tarefas, deveres e

direitos são encarados como forças ambientais impessoais que moldam o

comportamento em cada momento. Segundo Dubin (1971, p. 94), “ elas canalizam

atividades técnicas e as atividades relacionadas com o comportamento geral da

organização, os direitos inerentes a determinada atividade profissional são algumas

das recompensas específicas pelo desempenho brilhante.”

Para o mesmo autor a responsabilidade, a obrigação e o privilégio são

também componentes de cada posição. Estes três elementos representam, a

incorporação pessoal dos valores do trabalho, o compromisso emocional de

lealdade a esses valores através do trabalho honesto, e as recompensas advindas

das relações inter-pessoais. (DUBIN, 1971, p. 94)

Umas das principais causas da estabilidade de um sistema de motivação

residem no fato de que ele afeta um vínculo essencial, o que liga a pessoa à

empresa.

O sistema de motivação lida direta e imediatamente com a adesão da pessoa à empresa. Mudanças nesse sistema podem ocasionar desequilíbrio e fissuras nos elos que unem o indivíduo à organização. Por esta mesma razão, quando os membros da empresa se tornam ambientados a seu sistema motivacional (o adotado pela firma), eles não raro relutam em aceitar alterações que possam trazer-lhes redefinições de sua relação individual para com a organização. (DUBIN, 1971, p. 94)

Concluímos então, que um sistema de motivação é ingrediente básico a

qualquer organização, além disso, é também característica permanente dela e tende

a refletir-lhe a natureza, o estilo, a filosofia de trabalho e consequentemente os

objetivos. Portanto se faz necessário que os novos gestores encarem a motivação e

a aceitem como algo extremamente complexo, único, que irá exigir comportamentos

diferenciados em função de situações, de culturas, de pessoas e de níveis

hierárquicos por ela ocupados.

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2.6 CULTURA ORGANIZACIONAL

Cultura organizacional é o modelo de pressupostos básicos que um grupo

assimilou na medida em que resolveu os seus problemas de adaptação externa e

integração interna e que, por ter sido suficientemente eficaz, foi considerado válido e

repassado aos demais membros como a maneira correta de perceber, pensar e

sentir em relação aqueles problemas. (MARRAS, 2000 p. 290)

Para Marras (2000, p.289), “toda empresa possui uma cultura própria que

identifica seus costumes, crenças e valores, é pela sua cultura que a empresa fixa a

marca do seu perfil e também orienta ou controla o comportamento daqueles que a

formam”. A responsabilidade de conhecer, analisar e acompanhar a evolução da

cultura organizacional é uma das grandes tarefas da gestão da administração

estratégicas de Recursos Humanos.

Luz (2003, p.14) considera que a cultura organizacional influência o

comportamento de todos os indivíduos e grupos dentro da organização, segundo o

autor ela impacta o cotidiano da organização: suas decisões, as atribuições de seus

funcionários, as formas de recompensas e punições, as formas de relacionamento

com seus parceiros comerciais, o estilo da liderança adotado, o processo de

comunicação, a forma como seus funcionários se vestem e se portam no ambiente

de trabalho, seu padrão arquitetônico, sua propaganda e assim por diante.

Na visão de Chiavenato (2004, p.100), “a cultura organizacional representa as

formas informais e não escritas que orientam o comportamento dos membros de

uma organização no dia a dia e que direcionam suas ações para a realização dos

objetivos organizacionais”. Ela é o conjunto de hábitos e crenças estabelecidos

através de normas, valores, atitudes e expectativas compartilhadas por todos da

organização.

No conceito de Lacombe (2005, p. 229) cultura organizacional é, “o conjunto

de valores em vigor numa empresa, suas relações e sua hierarquia, definindo os

padrões de comportamento e de atitudes que governam as ações e decisões mais

importantes da administração”. Pode também ser considerada como crenças em

relação ao que é importante na vida e expectativas sobre o comportamento dos

membros da organização.

Maximiano (2000, p.474) define cultura como sendo, “o conjunto de hábitos,

valores crenças que as comunidades e grupos sociais envolvem e transmitem a

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seus integrantes e novas gerações de integrantes. A cultura representa a “moldura”

pela qual fatos, objetos e pessoas são interpretados e avaliados”.

2.6.1 Componentes da Cultura Organizacional

De acordo com o conceito de Maximiano (2000, p.257), a cultura é composta

por três componentes que seriam:

• Crenças, valores e preconceitos: que determinam o comportamento em

muitas organizações, podendo ser neutros ou positivos em relação às

pessoas. Estão na base das normas de conduta, influenciando a maneira

como os chefes tratam seus funcionários e, de forma geral, como as

pessoas se relacionam.

• Cerimônias e rituais: são procedimentos e atividades planejadas,

compreendendo eventos sociais, que se realizam para platéias, formadas

especialmente por funcionários da própria organização.

• Símbolos: compreendem palavras, objetos, ações ou eventos que

carregam significado para pessoas e grupos da organização.

Portanto é imprescindível que as pessoas busquem se adaptar a cultura da

organização onde trabalham, para que se consiga manter um bom ambiente de

trabalho e conseqüentemente um clima organizacional mais agradável.

2.7 CLIMA ORGANIZACIONAL

As mudanças se processam nas organizações em busca da qualidade e

produtividade, agilidade e flexibilidade, têm se caracterizado por um contínuo

repensar de estruturas, processos e qualificações, se considerarmos que no atual

contexto de mudanças organizacionais o gerente atua como gerenciador de pessoas

e da cultura organizacional, a possibilidade de conhecer e de intervir no clima

organizacional significa para ele a oportunidade de construir e administrar relações

convergentes para a viabilização dos objetivos organizacionais.

O tema Clima Organizacional tem sido objeto de estudos por parte de

especialistas em psicologia organizacional e da administração, por tratar-se de um

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fenômeno comportamental cujo entendimento tem desafiado os estudiosos. Tem

aumentado, nos últimos tempos, o interesse pelo assunto em virtude da crescente

tomada de consciência da sua relação com o desempenho e resultados das

organizações. (RESENDE e BENAITER, 1997 p. 50)

2.7.1 Conceito

Segundo Luz (1995, p. 5) pode-se definir o Clima Organizacional como

sendo, “as impressões gerais ou percepções dos empregados em relação ao seu

ambiente de trabalho, embora nem todos os indivíduos tenham a mesma opinião,

pois não têm a mesma percepção”. O clima Organizacional reflete o comportamento

organizacional, isto é, atributos específicos de uma organização, seus valores ou

atitudes que afetam a maneira pela quais as pessoas ou grupos se relacionam no

ambiente de trabalho (LUZ, 1995, p. 5).

Luz (1995, p. 5) afirma ainda que, “clima organizacional é um fenômeno

resultante da interação dos elementos da cultura, é uma decorrência do peso de

cada um dos elementos culturais e seus efeito sobre os outros dois”.

Torna-se importante destacar que o fator tempo no conceito, uma vez que o

Clima Organizacional é instável, conforme a influência que sofre de algumas

variáveis. O clima é resultante da cultura das Organizações, de seus aspectos

positivos e negativos (conflitos), resulta também, dos acontecimentos fortemente

positivos e negativos, que ocorrem fora delas (LUZ, 1995, p. 6).

O conceito de clima organizacional envolve um quadro mais amplo e flexível

da influência ambiental sobre a motivação. Chiavenato (2004, p.103), afirma ainda,

que o conceito de Clima Organizacional traduz a influência ambiental sobre a

motivação dos participantes, podendo ser descrito como a qualidade ou propriedade

do ambiente organizacional que é percebida ou experimentada pelos membros da

organização e que influência seu comportamento.

O Clima Organizacional pode ser traduzido por aquilo que as pessoas

costumam chamar de ambiente de trabalho, ou seja, é toda atmosfera que envolve a

relação entre empresa e funcionários, via regra os fatos que ocorrem no ambiente

externo não têm impacto duradouro sobre o clima, ao contrario os acontecimentos

internos se refletem de forma mais intensa e permanente no clima organizacional.

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60

É muito importante ressaltar que o conhecimento das diferenças individuais

sob a dimensão motivacional é imprescindível para uma convivência harmônica

entre as pessoas, ao mesmo tempo em que é essa mesma convivência que

permitirá conhecê-las. Até porque, não se pode esquecer que diversas vezes é

através de outras pessoas que se consegue suprir as próprias carências

(BERGAMINI, 1988, p. 30).

O conceito de motivação no nível individual, conduz ao conceito de clima

organizacional no nível da organização. As pessoas estão continuamente engajadas

no ajustamento a uma variedade de situações, no sentido de satisfazer suas

necessidades e manter um equilíbrio emocional. Isso pode ser definido como um

estado de contínuo ajustamento. (CHIAVENATO, 2004, p. 255).

Luz (1995, p.12) conceitua que “Clima Organizacional é o reflexo de estado

de ânimo ou do grau de satisfação dos funcionários de uma empresa, num dado

momento”. Tudo que faz parte e envolve a organização afeta as percepções,

sentimentos e a forma como os trabalhadores se sentem em relação a essa

organização, assim sendo este conjunto de sentimentos é o que forma o clima

organizacional.

Já Maximiano (1997, p. 168) conceitua o clima organizacional como sendo, “o

produto dos sentimentos individuais e grupais em relação a realidade objetiva”, o

clima é representado pelos sentimentos que as pessoas partilham a respeito da

organização e que afetam de maneira positiva ou negativa sua satisfação e

motivação para o trabalho. O autor ainda enfatiza que sentimentos negativos

exercem impacto negativo sobre o desempenho, hostilidade, agressividade, greves

e sabotagens têm origem em sentimentos de insatisfação. (MAXIMIANO, p. 168)

Para Maximiano (1997, p. 168) o clima organizacional resulta da percepção

de sentimentos em relação a:

• Clareza dos objetivos da organização;

• Clareza na definição das prioridades de trabalho;

• Equilíbrio na dedicação ao trabalho;

• Integração com o pessoal;

• Eficiência nos serviços prestados pelos fornecedores internos;

• Atitudes do chefe;

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• Capacidade de orientação por parte do chefe;

• Qualidade da comunicação;

• Ambiente de amizade e bom relacionamento;

• Conhecimento da empresa, do mercado e dos clientes.

Estudar o clima e os mecanismos que afetam os sentimentos é a base para

entender como a organização e suas práticas administrativas influenciam o interesse

e o desempenho das pessoas. A pesquisa do clima organizacional é uma técnica

que permite aferir de modo sistemático as diferenças individuais e os sentimentos

das pessoas a respeito, de vários aspectos da organização e de seu trabalho.

2.7.1.1 Diferenças individuais

Ao lado da compreensão do sistema social, o outro objetivo importante do

enfoque comportamental é a compreensão das pessoas como indivíduos e das

características que as tornam diferentes umas das outras.

As diferenças individuais, em primeiro lugar, são determinadas pela forma

como as aptidões se manifestam em cada pessoa. Para Maximiano (1997, p. 171),

“as aptidões individuais tornam cada pessoa mais capaz de realizar algumas

atividades e menos capaz de realizar outras”. Os estudantes que tem bom

desempenho nas disciplinas exatas, algumas vezes têm dificuldades com as

disciplinas que envolvem aptidões verbais, e vice-versa. Assim, as aptidões poderão

influenciar a escolha de carreiras e o desempenho profissional, conforme sejam

mais ou menos exigidas.

De acordo com a visão humanista, as organizações são feitas essencialmente

de pessoas, portanto, é importante o entendimento dos fatores que as tornam

diferentes uma das outras. Os mais importantes desses fatores segundo Maximiano

(1997, p. 170), são:

• Aptidões e habilidades;

• Atitudes e preferências;

• Percepção.

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2.7.1.2 Aptidões e habilidades A primeira característica que diferencia as pessoas umas das outras é a

distribuição desigual das aptidões e habilidades. Aptidões são habilidades em

potencial e habilidades são aptidões que se desenvolveram, segundo Maximiano

(1997, p. 171) aptidões podem ser:

• Musical;

• Numérica;

• Física;

• Interpessoal;

• Conceitual;

• Verbal.

A aptidão é algumas vezes determinada pela estrutura física ou estatura,

como acontece no campo dos esportes, em certos casos é produto da

hereditariedade, em outros, do sexo. Não há dois indivíduos iguais e uma das

poucas coisas em comum entre todos é a desigualdade das aptidões e habilidades.

As aptidões podem desenvolver-se ou não, transformando-se em habilidades.

Devido ao grande número de fatores, o mais importante deles é experiência pratica

fundamentada no conhecimento teórico, que permite desenvolver e refinar a maioria

das habilidades. Pessoas com potencial para a liderança, presumidamente,

desenvolvem seu potencial por meio de oportunidades como coordenar grupos de

colegas de escola, militância política, sindical ou acadêmica, e participação em

empreendimentos sociais, como clubes e diretorias de associações.

Para maximiano (1997, p. 172), “normalmente essas atividades também

ajudam a desenvolver aptidões de planejamento, organização e controle”. Assim,

uma pessoa que na juventude tenha tido essas atividades, certamente estará

preparada para ocupar posições gerenciais ou dedicar-se à política, se a

oportunidades se apresentar.

A palavra-chave para transformar aptidões em habilidades desde a infância

chama-se oportunidade. A primeira influencia que a criança recebe e que pode

ajudá-la nesse processo é exercida pela família, depois vem a escola e, em seguida,

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a experiência profissional. Cada uma dessas fases dependendo das oportunidades

que apresente, pode contribuir ou não para a transformação das aptidões em

habilidades.

Maximiliano (1997, p. 172), afirma que “as aptidões e habilidades parecem

estar em elaboração incessante, certas habilidades aparentam desenvolver-se

constantemente, como as conceituais, ao passo que outras se degradam com a

idade, como as físicas”. As pesquisas a esse respeito demonstram que a idade

aprimora as aptidões verbais e a inteligência geral, no entanto as pessoas mais

jovens apresentam melhor desempenho que as mais velhas nas ocupações que

exigem velocidade, especialmente nas tarefas repetitivas. As pessoas mais jovens

também são mais dedicadas ao trabalho, ao passo que os mais velhos dedicam-se

mais às pessoas no ambiente de trabalho. (MAXIMIANO, 1997, p. 172)

2.7.1.3 Atitudes e preferências

As diferenças individuais que o enfoque comportamental procura entender

baseiam-se não apenas nas aptidões e habilidades, mas também nas atitudes e

preferências. Para Maximiano (1997, p. 173), “as atitudes e preferências permitem

explicar porque pessoas comparáveis às vezes têm desempenho tão diferentes: é

porque as pessoas agem de acordo com suas motivações e interesses e não

apenas de acordo com seu potencial e suas habilidades”.

Em outras palavras, as pessoas frequentemente fazem aquilo que querem

fazer, e nem sempre o que podem ou devem fazer, esse mecanismo das escolhas

pessoais ajuda a entender como o comportamento das pessoas no trabalho

influencia o desempenho das organizações. Assim como acontece com as aptidões

e habilidades, as atitudes e preferências são formatadas primeiras pelas

experiências na família e, mais tarde, pela interação com a sociedade.

(MAXIMIANO, 1997, p. 173).

As influências que o individuo recebe dessas experiências classificam-se nas

seguintes categorias segundo Maximiano (1997, p. 173):

• Atitudes familiares e sociais em relação à vida e ao trabalho: crenças

disseminadas na família e na sociedade a respeito do papel do trabalho na vida das

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pessoas e da própria finalidade da vida, transmitidas ao individuo por meio da

simples interação social e do contato com grupos;

• Crenças pessoais a respeito do papel do trabalho na vida, transmitidas ao

indivíduo por outros indivíduos que sobre ele exercem alguma influência;

• Educação formal e informal.

A distribuição das atitudes e habilidades torna as pessoas diferentes uma das

outras e mais ou menos eficazes no desempenho das atividades profissionais das

atividades profissionais. A designação de pessoas para realizar tarefas, levando em

conta essas diferenças, é uma das mais importantes aplicações do enfoque

comportamental na administração. (MAXIMIANO, 1997, p. 173)

2.7.2 Clima organizacional e seu impacto sobre a qu alidade dos serviços

O clima organizacional está intimamente relacionado com o grau de

motivação dos seus membros. Quando há elevada motivação entre os membros, o

clima motivacional se eleva e se traduz em relações de animação, de satisfação,

interesse, colaboração etc. Todavia, quando há baixa motivação entre os membros,

seja por frustração ou por barreiras a satisfação das necessidades, o clima

organizacional tende a abaixar-se, caracterizando-se por estados desinteresse,

depressão, insatisfação e apatia. (Chiavenato, 1994, p. 77).

Assim, o clima organizacional é favorável quando proporciona satisfação das

necessidades pessoais dos indivíduos e a elevação moral, é desfavorável, quando

proporciona a frustração daquelas necessidades. Pode-se assim dizer que o clima

organizacional influencia o estado motivacional das pessoas e é por ele influenciado.

Para Ribeiro (1996, p. 45), Clima organizacional “é o conjunto de fenômenos

resultantes da ação humana, visualizada dentro das fronteiras de um sistema, e

compõe-se de três elementos: os preceitos, a tecnologia e o caráter”.

• Preceitos - “a autoridade e o conjunto de regulamentos e valores,

explícitos ou implícitos, que regem a vida organizacional. Incluem-se aí:

política administrativa, costumes sociais, estilos de gerência, rituais,

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65

cerimônias, tabus, tradições, dogmas, sanções, padrões de conduta

esperada, etc."

• Tecnologia - " o conjunto de instrumentos e processos utilizados no

trabalho organizacional, inclusive em suas relações com o ambiente

externo. Incluem-se aí: máquinas, equipamentos, divisão de tarefas,

estrutura de funções, leiaute, racionalização do trabalho, recursos

materiais, cronogramas, redes de comunicações, linguagem

especializada, metodologia de serviços, etc."

• Caráter - "o conjunto das manifestações afetivo-volitivas espontâneas dos

indivíduos que compõem a organização. Incluem-se aí: alegria,

depressão, agressividade, medo, tensão, malícia, jocosidade, entusiasmo,

carinho, apatia, etc."

(RIBEIRO, 1996, p. 45).

Portanto, para o funcionário prestar um bom serviço, é preciso que saiba que

possa e queira fazer. Saber fazer é uma questão de conhecimentos, habilidades ou

atitudes, logo, uma questão de treinamento. Poder fazer é uma questão de ter e

poder usar os recursos necessários, querer fazer é uma questão volitiva que

depende do estado de espírito, do ânimo, da satisfação das pessoas quando

realizam seu trabalho. Logo, o “querer fazer” está associado ao Clima

Organizacional, que muitas vezes é onde encontramos as causas da má qualidade

nos serviços. (LUZ, 1995).

Segundo Chiavenato (2004, p. 22) “As organizações necessitam de recursos

para funcionar. Na verdade, elas funcionam como sistema, aberto que apresentam

uma incrível reiteração de ciclos”.

Chiavenato a firma ainda que:

As organizações são entidades sociais inventadas e reinventadas para alcançar objetivos comuns. Poderia dizer que as organizações são formadas de prédios, instalações, equipamentos, tecnologias, sistemas, processos de trabalho, recurso como capital e matérias prima. Etc. (...) todas essas coisas constituem a infra-estrutura das pessoas são alma das organizações, aquilo que lhes dá vida e vigor. CHIAVENATO. (2004, p.22)

Para Maximiano (2000, p.259), além dos grupos, das normas e da cultura, a

organização informal compreende as percepções e sentimentos em relação à

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realidade objetiva da organização formal. Os sentimentos em relação à realidade

objetiva podem ser classificados em três grandes categorias: satisfação, insatisfação

e indiferença.

2.7.3 Clima organizacional e o ambiente Para Lacombe (2005, p. 236) o clima organizacional reflete o grau de

satisfação do pessoal com o ambiente interno e a qualidade do ambiente de trabalho

percebida pelas pessoas da empresa. E este por sua vez, está diretamente

vinculado à motivação, a identificação com a empresa, à lealdade, à colaboração

entre as pessoas no ambiente de trabalho, à facilidade das comunicações internas,

aos sentimentos e emoções, e a integração da equipe entre outras variáveis que

normalmente é fortemente influenciado pela cultura da empresa.

De acordo com Tachizawa.; Ferreira e Fortuna (2004, p. 239):

É o ambiente interno em que convivem os membros da organização, estando, portanto relacionado com seu grau de motivação e satisfação. È influenciado pelo conjunto de crenças e valores que regem as relações entre as pessoas, determinando o que é “bom” ou “ruim” para elas e para a organização como um todo. (TACHIZAWA.; FERREIRA E FORTUNA 2004, p. 239)

Concordando com as afirmações relatadas acima pelos autores, Chiavenato

(1994, p. 523), afirma ainda que “o clima organizacional refere-se ao ambiente

interno que existe entre os participantes de uma empresa, e está intimamente

relacionado com o grau de motivação de seus participantes”. O autor enfatiza ainda

que:

• Todos os indivíduos têm certos motivos ou necessidades básicas, que

representam comportamentos potenciais e que somente influenciam o

comportamento quando provocados;

• A provocação ou não desses motivos depende da situação real ou do

ambiente tal como é percebido pelo indivíduo;

• As propriedades do ambiente que envolve cada indivíduo servem para

estimular ou provocar certos motivos, em outras palavras, um motivo específico não

influenciará o comportamento até que seja provocado por uma influência ambiental

apropriada;

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• Mudanças no ambiente percebido resultarão em mudanças no padrão da

motivação provocada;

• Cada espécie de motivação é dirigida para a satisfação de uma diferente

espécie de necessidade. O padrão da motivação provocada determina o

comportamento e a mudança nesse padrão resultará também em uma mudança de

comportamento.

Em termos práticos, o clima organizacional depende das condições

econômicas da empresa, do estilo de liderança utilizado, das políticas e valores

existentes, da estrutura organizacional, das características das pessoas que

participam da empresa, da natureza do negócio (ramo de atividade da empresa) e

do estágio de vida da empresa. Esses fatores determinantes (variáveis de entrada)

provocam fenômenos ou variáveis dependentes intermediárias que são as saídas

intermediárias, como o nível de motivação, a estimulação de motivos específicos,

satisfação de cargo, métodos de trabalho, nível de absenteísmo e de produtividade

no trabalho. Assim sendo esses fenômenos é que decidirão se a empresa será bem

ou mal sucedida, isto é, quais as variáveis dependentes finais produzidas (saídas

finais). CHIAVENATO (1994, p. 524)

Esquema para visualizar o clima organizacional segundo Chiavenato (1994, p.

525):

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Figura 10 – Esquema para visualizar o clima organizacional.

Fonte: Chiavenato (1994, p.525)

Segundo ainda Chiavenato (1994, p. 524), alguns climas organizacionais

poder ser criados em um curto espaço de tempo e suas características permanecem

relativamente estáveis, uma vez criado, o clima organizacional passa a provocar

poderosa influência sobre a motivação e correspondentemente sobre o

desempenho.

O clima organizacional refere-se especificamente às propriedades

motivacionais do ambiente organizacional, ou seja, aqueles aspectos internos da

empresa que levam à provocação de diferentes espécies de satisfação das

necessidades individuais de seus participantes, o clima pode mostrar-se favorável,

porém, na medida em que o ambiente organizacional frustra a satisfação das

necessidades dos participantes pode mostrar-se desfavorável. CHIAVENATO (1994,

p. 526). Determinantes do clima organizacional segundo o autor:

Variáveis de entrada Saídas intermediárias Saídas finais

Fatores determinantes do clima organizacional

Variáveis dependentes intermediárias

Variáveis dependentes finais

• Condições econômicas • Estilo de vida • Políticas da empresa • Estrutura organizacional • Características dos parti-

cipantes • Ramo de atividade • Estágio da vida de trabalho

• Nível de motivação • Estimulação de motivos

específicos • Satisfação no cargo • Métodos de trabalho • Nível de absenteísmo • Produtividade no trabalho

• Empresa bem-sucedida

• Empresa malsucedida

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Figura 11 – Determinantes do clima organizacional.

RETROAÇÃO Fonte: Chiavenato (1994, p.525)

O clima organizacional, portanto, pode ser percebido dentro de uma ampla

gama de características qualitativas: saudável, doentio, quente, frio, incentivador,

desafiador, neutro, animador, ameaçador etc., de acordo com as características com

que cada participante se defronta nas suas transações com o ambiente

organizacional e passa a percebê-lo em função de suas transações. (CHIAVENATO,

1994, p. 526)

Para fazer uma empresa ou um departamento produzir resultados, o

administrador deve desempenhar muitas funções ativadoras, entre elas sobressaem

a liderança, juntamente com o uso adequado de incentivos para obter motivação e

consequentemente melhorar o clima organizacional.

2.8 LIDERANÇA

Tanto a liderança quando os incentivos para a busca de motivação requerem

uma compreensão básica das necessidades humanas e dos meios através dos

quais essas necessidades poder ser satisfeitas ou canalizadas.

Ambiente Organizacional

Estrutura organizacional

Cultura organizacional

Políticas e diretrizes

Processo decisorial

Sistemas de comunicações

Relações interpessoais

Sistemas de recompensa

Clima organizacional

Influência sobre os

participantes

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Segundo Chiavenato (1994, p.526), “liderança é a influência interpessoal

exercida numa situação e dirigida através do processo de comunicação humana à

consecução de um ou de diversos objetivos específicos”.

Concordando com essa idéia Silva (2004, p. 252) enfatiza que “liderança é o

processo de dirigir e influenciar as atividades de grupos, no sentido do alcance de

objetivos, em uma dada situação.

Hampton (1992, p. 386) afirma ainda que “liderança é definida em

administração como o processo interpessoal, pelo qual os gerentes tentam

influenciar os empregados a realizar objetivos de trabalhos estabelecidos”.

A liderança é encarada com um fenômeno social e que ocorrerá

exclusivamente em grupos sociais, portanto a liderança deve ser considerada em

função dos relacionamentos que existem entre as pessoas em uma determinada

estrutura social, e não pelo exame de uma série de traços individuais.

(CHIAVENATO, 1994, p. 526)

Para Silva (2004, p. 250) afirma que, “os estudos de Hawthorne permitiram

conhecer a grande influência que os grupos exercem tanto negativa como

positivamente, nos indivíduos das organizações”. Segundo ainda o autor os

estudiosos tentaram métodos de pesquisa mais apurados dos que até então eram

usados, para determinar razões e modelos de comportamento dos indivíduos nas

organizações, e perceberam a grande influência da liderança informal sobre o

comportamento dos trabalhadores.

Os líderes informais estabeleciam as regras para atuação dos grupos e

mantinham forte controle sobre o comportamento dos membros dos grupos, daí a

importância da liderança até os dias de hoje. Portanto atualmente o estudo da

liderança é tratado como uma habilidade da função de direção, que os

administradores devem exercer. (SILVA, 2004, p. 250)

2.8.1 Cinco tipos de poder para liderar

Um administrador tem cinco tipos de poder que servem de base para o

desenvolvimento da liderança segundo Silva (2004, p. 252), são eles:

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• Poder de recompensa – é a capacidade de oferecer algo de valor, um

resultado positivo, como meio de influenciar o comportamento de outras

pessoas;

• Poder coercitivo – é a capacidade de punir ou de reter resultados

positivos, como meio de influenciar o comportamento de outras pessoas;

• Poder de especialização – é a capacidade de influenciar o comportamento

de outras pessoas por causa do conhecimento específico ou do

entendimento que alguém detém;

• Poder de referência – é a capacidade de influenciar o comportamento de

outras pessoas por causa do seu desejo de se identificar pessoal e

positivamente com alguém admirado;

• Poder legítimo – é a capacidade de influenciar o comportamento de outras

pessoas em virtude dos direitos do cargo ou da função ocupada.

Silva (2004, p. 252), ressalta ainda que, “os tipos de poder de recompensa,

coercitivo e legítimo, são relacionados à posição hierárquica, já os tipos de

especialização e de referência, estes estão relacionados ao indivíduo e não

dependem da posição ocupada na hierarquia da organização” como podemos ver na

figura abaixo:

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Figura 12 – Tipos de poder e seus relacionamentos.

Fonte: Silva (2004, p.252)

2.8.2 Estilo de liderança O modo pelo qual os gerentes lideram varia segundo pelo menos duas

dimensões importantes, a primeira é o ponto até o qual o líder concentra-se nas

pessoas que lidera, considerando seus sentimentos e a qualidade de suas relações

mútuas. Um líder assim é orientado para as pessoas segundo Hampton (1992, p.

390):

Figura 13 – Duas dimensões do estilo de liderança.

Fonte: Hampton (1992, p.390)

Liderança orientada para as pessoas: • Pessoas; • Seus sentimentos e relações

interpessoais.

Liderança orientada para a tarefa:

• Tarefas; • Progresso; • Meios de trabalho realizado.

Tipos de poder (do líder) apoiados na organização

Especialização Referência

Recompensa

Legítimo

Coercitivo

Seguidores

Metas alcançadas

Tipos de poder (do líder) apoiados nas qualidades pessoais

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73

A segunda dimensão é o ponto até o qual o líder se concentra na tarefa a ser

desempenhada, no progresso que esteja sendo feito e nas maneiras de cumprir o

trabalho, este é o líder orientado para a tarefa. A questão administrativa importante,

que deve-se explorar, é se a orientação para as pessoas ou orientação para a tarefa

está associada com quaisquer diferenças, seja no desempenho da organização ou

na forma como os subordinados se sentem. (HAMPTON, 1992, p. 391)

Estilo de liderança orientada para as pessoas segundo Hampton (1992, p.

391):

• Democrático;

• Permissivo;

• Orientado para seus seguidores;

• Participativo;

• Atencioso.

O líder orientado para as pessoas é descrito de diversas formas descritas

acima, segundo ainda o autor “a essência do estilo desse líder é a sensibilidade aos

subordinados”. Os resultados de pesquisas sobre os efeitos da liderança orientada

para as pessoas sobre a produtividade, a satisfação do empregado e a coesão

grupal podem ser sintetizados como se segue segundo Hampton (1992, p. 391):

• A liderança orientada para as pessoas não está relacionada com

produtividade. Não há segurança de que a produtividade do grupo possa

ser aumentada pelo fato de o líder ser mais orientado para as pessoas;

• A liderança orientada para as pessoas tende, de fato aumentar a

satisfação do empregado, e tende também a ampliar a coesão grupal.

O líder orientado para a tarefa é descrito de diversas formas segundo

Hampton (1992, p. 391):

• Autocrático;

• Restritivo;

• Orientado para a tarefa;

• Socialmente distante;

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• Diretivo;

• Estruturalista.

Para o autor, “a essência do estilo deste líder á a preocupação excessiva com

a tarefa em si própria e não com os trabalhadores como pessoas”. Entretanto ser

líder orientado para a tarefa não se implica, necessariamente, um estilo rudi ou

mesmo ameaçador. O líder neste estilo simplesmente põe a tarefa e seu

cumprimento, e não a pessoa em primeiro lugar, o que se reflete em suas palavras e

seus atos. (HAMPTON, 1992, p. 392)

Os resultados de pesquisas sobre os efeitos da liderança orientada para a

tarefa sobre a produtividade, a satisfação e a coesão grupal podem também ser

segundo afirma Hampton (1994, p. 392):

• A liderança orientada para a tarefa frequentemente esta associada com a

produtividade, porém algumas espécies particulares de liderança a

autocrática e a restritiva tendem a estar divorciadas da produtividade.

Outros tipos particulares de liderança orientada para a tarefa como o

comportamento socialmente distante e estruturalista, tendem a estar

associados com a produtividade;

• A liderança orientada para a tarefa tende a diminuir a satisfação e a

coesão. Contudo há uma exceção importante, a estruturação da tarefa do

subordinado, no sentido de fazê-lo saber o que é dele esperado, tende a

aumentar sua satisfação e coesão.

Podemos assim dizer que, um líder pode ser sensível e agradável no trato

com seus subordinados, e assim obter resultados mais satisfatórios sobre a

produção, o comportamento e sobre o clima organizacional.

Hoje, neste mundo tão cheio de transformações, em meio à globalização,

fusões e aquisições, as empresas devem, cada vez mais, melhorar seus índices de

competitividade e para isso ela depende quase que única e exclusivamente de seus

seres humanos motivados, felizes e orgulhosos dos valores compartilhados com a

organização.

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Portanto o que se busca hoje na gestão de pessoas dentro das organizações,

é a identificação do perfil dos seus colaboradores, para desenvolver e aperfeiçoar as

suas capacidades, respeitando os limites e valores pessoais.

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3 METODOLOGIA

Métodos podem ser entendidos como regras que auxiliam a forma como os

objetivos foram buscados, tendo como base procedimentos elaborados por

estudiosos da metodologia científica.

3.1 DELINEAMENTO DO ESTUDO

O presente trabalho é um estudo de caso, onde foi feita uma pesquisa

bibliográfica, foi utilizada predominantemente abordagem de pesquisa quantitativa,

com análise descritiva.

Para Gil (1995), o estudo de caso é um estudo profundo de um ou de mais

objetos, que busca retratar a realidade de forma completa e profunda, de modo a

permitir o seu amplo e detalhado conhecimento.

Segundo Lima (2004, p. 38) :

“a pesquisa bibliográfica é a atividade de localização e consulta de fontes diversas de informação escrita orientada pelo objetivo explicito de coletar materiais mais genéricos ou mais específicos a respeito de um tema. É procurar no âmbito dos livros e documentos escritos as informações necessárias para progredir na investigação de um tema de real interesse do pesquisador.”

Para Oliveira (1998), a pesquisa quantitativa, conforme o próprio termo

indica, significa quantificar os dados pesquisados na forma de coleta de

informações, assim como também de empregar os recursos e técnicas estatísticas

desde as mais simples, como as mais complexas.

A escolha do método quantitativo está relacionada com a necessidade da

empresa de ter conhecimento do o clima motivacional dos funcionários.

A respeito do método quantitativo, Richardson (1999, p. 70) afirma que,

“amplamente utilizado na condução da pesquisa o método quantitativo representa

em principio a intensão de garantir a precisão dos resultados, evitar a distorção da

análise e a interpretação, possibilitando uma margem de segurança”.

Por meio de dados estatísticos, o método quantitativo busca uma compreensão

detalhada dos significados e características da empresa pesquisada.

Para Gil (2002, p. 42), “a pesquisa descritiva tem como objetivo primordial a

descrição das características de determinada população ou fenômeno ou, então, o

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estabelecimento de relações entre variáveis.” Uma das características mais

significativas dessa pesquisa está na utilização de técnicas padronizadas de coleta

de dados, tais como o questionário e a observação sistemática.

Oliveira (1998) afirma que o trabalho descritivo é o processo de estudo que

procura abranger a correlação entre variáveis, fundamentais para as diversas

ciências sociais e permitem controlar de forma simultânea um grande número de

variáveis, que por meio de técnicas estatísticas de correlação, especificam o grau

pelo qual diferentes variáveis estão ocorrendo.

Já para Cervo e Bervian (1996, p. 49), a pesquisa descritiva “busca

conhecer as diversas situações e relações que ocorrem na vida social, política,

econômica e demais aspectos do comportamento humano, tanto do indivíduo

tomado isoladamente como de grupos e comunidades mais complexas.”

3.2 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO

O trabalho de estágio foi desenvolvido na empresa Superauto Veículos,

localizada na Avenida Lédio João Martins, Bairro Kobrasol, Cidade São José, no

período de março a novembro de 2011 e também na loja localizada na avenida

Irineu Bornhausen, Agronômica, Florianópolis.

A empresa tem em seu quadro de funcionários 22 pessoas, sendo que todos

participaram da pesquisa.

3.3 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS Para a realização deste trabalho foram utilizados dados primários, os dados

foram coletados por meio de questionários (Apêndice A), que possibilitou identificar

o perfil dos funcionários e visão em relação aos fatores que os motivam.

Abaixo segue a escala do questionário:

• sempre;

• ás vezes;

• raramente;

• nunca.

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3.4 INSTRUMENTOS DE ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS Na pesquisa foram sendo coletados dados primários, dados esses que são

colhidos diretamente pelo pesquisador através de questionário.

Para organizar o perfil dos funcionários, identificou-se a percepção dos

mesmos, a técnica de pesquisa foi quantitativa com abordagem descritiva que

segundo Richardson (1999, p. 71), “representa em nível de analise que permite

identificar as características dos fenômenos, possibilitando também a ordenação e a

classificação destes”.

Para a interpretação dos resultados da pesquisa com as chefias e os

funcionários, foi utilizada uma análise de dados de conteúdo que para Richardson

(1999, p.73), “é um conjunto de instrumentos metodológicos cada dia mais

aperfeiçoada que se explicam, a discursos diversos”.

Para a apresentação dos resultados da pesquisa foram utilizados ainda

tabelas, gráficos e textos explicativos, que permitiram assim, o melhor entendimento

dos resultados que se pretendia alcançar por meio da pesquisa realizada. Essas

técnicas foram utilizadas para descrever e interpretar os dados coletados e

compará-los com os fundamentos teóricos, assim a pesquisa teve condições de

atingir seus objetivos.

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4 RESULTADOS DA APLICAÇÃO

Os resultados da aplicação serão apresentados, a fim de fornecer subsídios

para a interpretação e a análise do Clima Motivacional, e consequentemente propor

melhorias para a empresa Superauto Veículos.

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO

A Superauto Veículos foi fundada em 5 de agosto de 1987, pelos sócios, João

Eduardo Nunes Gomes um vendedor de automóveis, Édio Fucher, um piloto de

Stockcar, que resolveram abrir a empresa, pelo grande interesse que tinham na

área de vendas de automóveis.

Desde sua fundação, vem tentando se firmar como uma das maiores

revendas de veículos da grande Florianópolis, assim como de outras regiões de

Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Distrito Federal

Os principais produtos oferecidos são: automóveis novos e seminovos de

procedência e o bom atendimento mantido há duas décadas pelos funcionários que

visam atender as necessidades do seu público.

A Superauto Veículos tem como missão fazer sempre o melhor para os

clientes, mantendo sempre uma pós-venda, que é considerado pela empresa o

melhor programa de marketing que uma empresa desse ramo pode fazer adotar. A

empresa está focada em se tornar cada vez mais consolidada e reconhecida como

modelo na sua área de atuação.

A SuperAuto tem como visão ser referência na comercialização de veículos,

com prestação de serviços com excelência e qualidade.

A empresa situa-se na Avenida Lédio João Martins, 1500, bairro Kobrasol, na

cidade de São José. Conta também com outra loja no bairro agronômica,

Florianópolis, com dimensões e ambientes de trabalho adequados para o exercício

de suas funções. Seu quadro de funcionários é constituído por uma equipe de 22

colaboradores, que ocupam funções na área de vendas, financeira, administrativa,

suporte técnico, contábil.

Hoje, a estrutura organizacional da empresa é representado pelo

organograma a seguir:

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Figura 14 – Organograma da Superauto

Fonte: Dados internos (2011)

Podemos observar que se trata de uma estrutura bem organizada com

alguns níveis hierárquicos, porém isto não dificulta a tomada de decisão, muito pelo

contrário ajuda a fazer uma triagem de boas e más decisões.

4.2 CLIMA MOTIVACIONAL

Para se entender o clima motivacional, temos que resgatar os conceitos

básicos de motivação humana e clima organizacional.

De acordo com Magalhães (2010), geralmente os colaboradores de uma

organização trabalham diariamente em suas rotinas, onde os mesmos não são

voluntários. Entretanto, estes enxergam o trabalho apenas como uma fonte de renda

e não como uma fonte de satisfação, prazer ou alegria, então esperar que eles dêem

o “melhor de si” é uma árdua tarefa para os gestores. Aprendizado, auto-estima,

cativar clientes, trabalho em equipe, “ir um pouco além” e a vontade de vencer

resultam muito mais do que um contracheque.

Diretor

Diretor Financeiro e administrativo

Auxiliares financeiros

Diretor de vendas

Gerente da loja Assessoria de RH Auxiliares administrativos

Vendedores Lavador

Auxiliar de Serviços Gerais

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Corroborando com as idéias de Bergamini (1997), Chiavenato (1998),

Coutinho (apud MAGALHÃES, 2010) e Vergara (2000), em que a motivação é um

aspecto intrínseco ao ser humano, ou seja, que ninguém pode motivar ninguém, a

motivação deve ser entendida como um fenômeno comportamental único e natural e

vem da importância que cada um dá ao seu trabalho, do significado que é atribuído

a cada atividade, e que cada pessoa busca o seu próprio referencial de auto-estima

e de auto-identidade. Portanto a motivação é absolutamente intrínseca, isto é, está

dentro do indivíduo e nasce das necessidades e vontades interiores.

Já com relação ao clima organizacional, Luz (1995) define como sendo as

impressões gerais ou percepções dos empregados em relação ao seu ambiente de

trabalho, embora os indivíduos ali situados tenham percepções diferentes sobre este

clima interno e também o externo. Portanto, o clima organizacional é resultante da

cultura da organização. O conceito de clima organizacional envolve um quadro mais

amplo e flexível da influência ambiental sobre a motivação.

Resgatando as idéias de Chiavenato (2004), o conceito de clima

organizacional traduz a influência ambiental interna e externa (pouco controlável)

sobre a motivação dos participantes, podendo ser descrito como a qualidade ou

propriedade do ambiente organizacional que é percebida ou experimentada pelos

membros da organização e que influência seu comportamento.

Mais enfático, Luz (1995, p.12) conceitua que o clima organizacional é o

reflexo de estado de ânimo ou do nível de satisfação dos funcionários de uma

empresa, num dado momento.

Já de maneira mais ampla, mas ainda corroborando com as idéias de Luz

(1995), Lacombe (2005) propõem que o clima organizacional reflete o grau de

satisfação do pessoal com o ambiente interno e a qualidade do ambiente de trabalho

percebida pelas pessoas da empresa. Ou seja, está diretamente vinculada à

motivação, a identificação com a empresa, à lealdade, à colaboração entre as

pessoas no ambiente de trabalho, à facilidade das comunicações internas, aos

sentimentos e emoções, a integração da equipe entre outras variáveis que

normalmente é fortemente influenciado pela cultura e o clima da empresa.

Diante do exposto, Magalhães (2010), em seus estudos e principalmente em

seus trabalhos de campo, relaciona a motivação humana com o clima

organizacional, adotando o clima motivacional.

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Para o autor (2010), a motivação é intrínseca ao ser humano, na qual, se

torna impossível motivar às pessoas, portanto o que pode ser feito é eliminar os

fatores que os desmotivam criando na organização um bom clima motivacional, ou

seja, a idéia é encontrar maneiras de proporcionar um bom ambiente de trabalho,

com equipes colaborativas, liderança de competência com feedbacks construtivos,

promovendo o reconhecimento individual e coletivo para o desenvolvimento

profissional dos envolvidos. Ou seja, incentivar e proporcionar oportunidades de

reconhecimento por um trabalho, mesmo que rotineiro bem feito. Isto é, encontrar a

motivação que lhes permita usar todo o seu potencial, direcionado a qualidade do

atendimento, cultura já instituída, na qual, tal diferencial deve ser constantemente

aprimorado.

Portanto, para Magalhães (2010), o clima motivacional é composto pelos

seguintes elementos: bom ambiente de trabalho, colegas colaboradores, gerentes

competentes, reconhecimento e crescimento profissional, que pode ser melhor

entendido no esquema a seguir.

• Bom ambiente de trabalho (BAT):

– Condições físicas – instalações;

– Equipamentos facilitadores;

– Lay-out;

– Endomarketing;

– Informatização;

– Climatização;

– Limpeza e higiene;

– Iluminação adequada etc.

• Colegas colaboradores (CC):

– Todos se preocupam por todos;

– Um depende do outro;

– Auxílio espontâneo;

– Empatia;

– Trabalho por objetivo coletivo;

– Não a competição interna agressiva;

– Companheirismo;

– Cooperação etc.

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• Gerentes competentes (GC):

– Gerentes que interferem nos resultados;

– Dividem os méritos dos resultados positivos com a equipe;

– Assumem os resultados negativos/fracassos;

–Treinam e desenvolvem a equipe - multiplicador dos seus

conhecimentos;

– Descentralizador;

– Promove a participação;

– Promove a criatividade;

– Aceita sugestões etc.

• Reconhecimento (RC):

– Através de elogios;

– Salários justos;

– Benefícios e incentivos extras;

– Valorização constante da importância do colaborador para a empresa;

– Capacidade de retenção de talentos;

– Participação nos resultados etc.

• Crescimento profissional (CP):

– Oportunidades para o desenvolvimento;

– Incentivo a cursos, palestras, simpósios, conferências, dentre outros;

– Atualização e aprendizagem contínua;

– Acesso a informação - quanto maior a informação, maior o poder de

argumentação – junto aos clientes;

– Possibilidade de promoção interna com os “pratas da casa” etc.

Neste contexto, Magalhães (2010), em seus trabalhos de campo

(consultorias), afirma que é possível identificar pontos positivos e negativos dos

elementos do clima motivacional, e pontos que apresentarem algumas debilidades,

podem de maneira pontual, ser melhorados. Ou seja, como é impossível motivar as

pessoas, uma vez que a motivação é intrínseca ao ser humano, as organizações

devem retirar ou melhorar as “coisas” que desmotivam, criando desta forma, um bom

clima motivacional.

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84

4.3 APRESENTAÇÕES, INTERPRETAÇÕES E ANÁLISE DOS DADOS E INFORMAÇÕES COLETADAS

Segundo Marconi e Lakatos (2006, p. 34), “Uma vez feita à coleta dos dados

e obtidos os resultados, o passo seguinte é a análise e interpretação dos mesmos,

constituindo–se ambos na essência central da pesquisa que foi realizada.”

Apresentam-se, portanto, os resultados da pesquisa na qual 22 funcionários

responderam o questionário, 9 são da loja do Kobrasol e 13 são funcionários da loja

da Beiramar, foi feita apenas à análise geral de ambas as lojas em conjunto,

entretanto, havendo discrepância nos resultados isolados, os mesmos foram

evidenciados nas análises.

Este estudo tem por finalidade, conhecer a opinião dos funcionários, com

relação as variáveis que serão apresentadas, juntamente, com as análises e

interpretações dos gráficos e as possíveis causas que atingem o clima motivacional

da Superauto.

4.3.1 Perfil dos funcionários

a) Gênero dos funcionários da Superauto

Com a pesquisa realizada, pode-se obter as seguintes informações em

relação aos funcionários da Superauto como mostra tabela 1:

Tabela 1: Quanto ao gênero dos funcionários da Superauto. GENERO ABSOLUTO RELATIVO

MASCULINO 16 73% FEMININO 6 27%

TOTAL 22 100% Fonte: Dados primários (2011)

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85

Gráfico 1: Gênero dos funcionários da Superauto

73%

27%

0% 20% 40% 60% 80%

MASCULINO

FEMININO

Fonte: Dados primários (2011)

Com relação aos dados apresentados no gráfico 1, pode-se notar que 73%

dos funcionários da Superauto são homens, contra 27% de mulheres. Esse fator se

dá pelo fato da maioria dos funcionários da loja serem vendedores, e nas unidades

existe apenas 2 mulheres que são vendedoras.

Vale ainda ressaltar que e mercado de venda de automóveis, é ainda muito

dominado pelo sexo masculino, entretanto com as mudanças da mão de obra

feminina e as mulheres se destacando em várias áreas, esse perfil vem sofrendo

alterações de forma significativa.

b) Idade dos funcionários da Superauto

Tabela 2: Quanto à idade dos funcionários da Superauto. IDADE ABSOLUTO RELATIVO

Menos de 18 anos 0 0%

18 a 25 anos 2 9%

26 a 35 anos 12 52%

36 a 45 anos 3 13%

46 a 55 anos 6 26%

Mais de 55 anos 0 0%

TOTAL 23 100% Fonte: Dados primários (2011)

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86

Gráfico 2: Idade dos funcionários da Superauto

0%9%

52%

13%

26%

0%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

Menosde 18anos

18 a 25anos

26 a 35anos

36 a 45anos

46 a 55anos

Mais de55 anos

Fonte: Dados primários (2011) Como podemos perceber no gráfico 2, 52% dos funcionários tem entre 26 e

35 anos, ou seja, a empresa possui um capital humano de jovens, haja vista que as

empresas têm buscado sempre pessoas para integrar seu corpo de funcionários

com alta capacidade de interação, flexibilidade, idéias novas, com o intuito de

agregar valor a organização e isto é, segundo a empresa, mais notado por esse

perfil de funcionário.

Maximiliano (1997, p. 172), afirma que “as aptidões e habilidades parecem

estar em elaboração incessante, certas habilidades aparentam desenvolver-se

constantemente, como as conceituais, ao passo que outras se degradam com a

idade, como as físicas”. As pesquisas a esse respeito demonstram, que a idade

aprimora as aptidões verbais e a inteligência geral, no entanto as pessoas mais

jovens apresentam melhor desempenho que as mais velhas nas ocupações que

exigem velocidade, especialmente nas tarefas repetitivas. As pessoas mais jovens

também são mais dedicadas ao trabalho, ao passo que os com mais idade dedicam-

se mais às pessoas no ambiente de trabalho. (MAXIMIANO, 1997, p. 172)

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87

c) Escolaridade dos funcionários da Superauto

Tabela 3: Quanto à escolaridade dos funcionários da Superauto

ESCOLARIDADE ABSOLUTO RELATIVO

Ensino fundamental incompleto 0 0%

Ensino fundamental completo 2 9%

Ensino médio incompleto 1 5%

Ensino médio completo 15 68%

Ensino superior incompleto 2 9%

Ensino superior completo 2 9%

Pós-graduado 0 0%

TOTAL 22 100% Fonte: Dados primários (2011)

Gráfico 3: Escolaridade dos funcionários da Superauto

Escolaridade dos funcionários da Superauto

9% 5%

68%

9%9%

0%

0%

E. Fundamental incompleto

E. Fundamental completo

E. Médio incompleto

E. Médio completo

E. Superior incompleto

E. Superior completo

Pós-graduado

Fonte: Dados primários (2011)

De acordo com os dados coletados verifica-se que em relação ao nível de

escolaridade dos funcionários, 18% possuem o ensino superior completo ou estão

cursando, isso mostra que alguns funcionários estão buscando oportunidades de

crescimento pessoal e profissional. Em contrapartida 68% possuem o ensino médio

completo, 9% possue o ensino médio incompleto e 5% o fundamental incompleto

sendo esse, um ponto importante a ser trabalhado, visto que o profissional com

maior qualificação tem mais oportunidades.

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88

d) Estado civil dos funcionários da Superauto Tabela 4: Quanto ao estado civil dos funcionários da Superauto

ESTADO CIVIL ABSOLUTO RELATIVO

Solteiro 8 36%

Casado 14 64%

Relação estável 0 0%

Separado/ divorciado 0 0%

Viúvo 0 0%

TOTAL 22 100% Fonte: Dados primários (2011)

Gráfico 4: Estado civil dos funcionários da Superauto

36%

64%

0% 0% 0%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

Solteiro Casado Relaçãoestável

Separado/divorciado

Viuvo

Fonte: Dados primários (2011) Como podemos perceber no gráfico, 64% dos funcionários são casados e

36% solteiros, a empresa não demonstra preferência por qualquer um dos perfis

mostrados, mais como vemos a tendência do cargo e até mesmo pela idade dos

funcionários mostrados no gráfico, tendem para o estado civil casado.

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89

e) Função dos funcionários da Superauto

Tabela 5: Quanto à função dos funcionários da Superauto CARGO ABSOLUTO RELATIVO

Gerente 2 9% Aux. Financeiro 1 5%

Aux. Administrativo 2 9% Vendedores 13 59% Lavadores 2 9%

Serviços Gerais 2 9% TOTAL 22 100%

Fonte: Dados primários (2011)

Gráfico 5: Função dos funcionários da Superauto

Função dos funcionários da Superauto

9% 5%9%

59%

9%9% Gerente

Aux. Financeiro

Aux. Administrativo

Vendedores

Lavadores

Serviços Gerais

Fonte: Dados primários (2011)

Segundo os dados do gráfico 5, 59% do corpo de funcionários da empresa

ocupam o cargo de vendedor, contrapondo 9% que ocupam os cargos de gerente,

aux. Administrativo, lavadores, serviços gerais e 5% ocupam o cargo de auxiliar

financeiro. Esses dados mostram que a grande maioria dos funcionários são

vendedores, é a mão de obra que lida diretamente com o público, portanto são

funcionários de extrema importância para a organização, e isso evidencia ainda

mais, a necessidade de se fazer esse estudo, para que a empresa possa conhecer

as necessidades, a satisfação ou a falta dela, que possa interferir no clima

organizacional da empresa.

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90

f) Tempo que o funcionário trabalha na empresa

Tabela 6 : Quanto ao tempo que o funcionário trabalha na empresa PERÍODO ABSOLUTO RELATIVO

Menos de 1 ano 7 32% De 1 a 3 anos 9 41% De 3 a 6 anos 3 14%

De 6 a 10 anos 2 9% Mais de 10 anos 1 5%

TOTAL 22 100% Fonte: Dados primários (2011) Gráfico 6: Quanto ao tempo que o funcionário trabalha na empresa

Quanto ao tempo que o funcionário trabalha na empresa

32%

40%

14%

9% 5%Menos de 1 ano

De 1 a 3 anos

De 3 a 6 anos

De 6 a 10 anos

Mais de 10 anos

Fonte: Dados primários (2011)

Como podemos perceber com relação a os dados apresentados acima, 40%

dos funcionários trabalham entre 1 e 3 anos na empresa, 32% trabalham a menos

de 1 ano, 14% trabalham de 3 a 6 anos e apenas 5% trabalha a mais de 10 anos.

Esses dados evidenciam que a maioria trabalha dentre 1 e 3 anos, isso mostra que

há uma certa rotatividade de funcionários na empresa, devemos, portanto avaliar

com o desenvolvimento desse estudo, se há ligação entre o clima motivacional da

empresa com esse fator de rotatividade dos funcionários.

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g) Município onde residem os funcionários da Supera uto

Tabela 7: Município onde residem os funcionários da Superauto MUNICÍPIO ABSOLUTO RELATIVO

Florianópolis 9 41% São José 7 32% Biguaçu 2 9% Palhoça 3 14%

Gov. Celso Ramos 1 4% TOTAL 22 100%

Fonte: Dados primários (2011)

Gráfico 7: Município onde residem os funcionários da Superauto

Municipio onde residem os funcionários da Superauto

41%

32%

9%

14% 4%FLORIANÓPOLIS

SÃO JOSÉ

BIGUAÇU

PALHOÇA

GOV. CELSO RAMOS

Fonte: Dados primários (2011)

Como mostram os dados do gráfico 7, os municípios onde a maioria dos

funcionários da Superauto reside são Florianópolis com 41%, e São José com 32%.

Esse resultado se deve ao fato das 2 lojas onde foi feita a pesquisa se localizarem

nesses dois municípios. Apesar da empresa não mostrar uma preferência por

pessoas dessas respectivas localidades, inevitavelmente que os cargos atraem

pessoas da mesma localidade ou mesmo de localidades próximas.

4.3.2 Avaliação do nível do clima motivacional dos funcionários

Conforme visto anteriormente, Magalhães (2010) define o clima motivacional

como sendo composto pelos seguintes elementos: bom ambiente de trabalho,

colegas colaboradores, gerentes competentes, reconhecimento e crescimento

profissional. Seguindo essa abordagem, pode-se avaliar o clima motivacional dos

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92

funcionários da Superauto, utilizando como base principal esses 5 fatores de

avaliação, nas 29 questões aplicadas com os colaboradores das duas lojas.

Não foi separado as respostas das duas lojas, porém ao observar

discrepâncias em qualquer uma das questões, analisou-se isoladamente. Segue no

anexo do presente trabalho o questionário com as variáveis e as respostas dos

funcionários de ambas as lojas separadamente.

Tabela 8: Gosto do cargo que exerço dentro da organização Gosto do cargo que exerço dentro da

organização Absoluto Relativo sempre 14 63%

às vezes 7 32% Raramente 1 5%

Nunca 0 0% Total 22 100%

Fonte: Dados primários (2011) Gráfico 8: Gosto do cargo que exerço dentro da organização

63%

32%

5% 0%

sempre

às vezes

raramente

nunca

Fonte: Dados primários (2011)

De acordo com os dados apresentados no gráfico 8, a maioria dos

funcionários, afirmaram que gostam do cargo que ocupam dentro da empresa,

totalizando 63% que responderam sempre, 32% responderam as vezes e 5%

responderam raramente. Esses resultados mostram que aproximadamente 95% dos

funcionários, gostam do cargo que exercem dentro na Superauto, esse que por sua

vez é um elemento muito importante para o bom desempenho de suas atividades

como colaboradores. Bergamini (1997, p. 54), afirma que “a motivação passa a ser

entendida como fenômeno e comportamental único e natural e vem da importância

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93

que cada um dá ao seu trabalho, do significado que atribuído a cada atividade desse

trabalho e que cada pessoa busca o seu próprio referencial de auto-estima e de

auto-identidade”.

Ou seja, o fato dos funcionários gostarem do que fazem demonstra um

sentimento intrínseco, ou seja, não depende da organização ou estímulos externos,

e como pode-se perceber no resultado para esse elemento da pesquisa exposto no

gráfico 8, o clima motivacional Superauto apresenta-se favorável.

Tabela 9: A empresa proporciona oportunidades de crescimento A empresa proporciona oportunidades de

crescimento Absoluto Relativo sempre 8 36%

às vezes 9 41% raramente 5 23%

nunca 0 0% Total 22 100%

Fonte: Dados primários (2011) Gráfico 9: A empresa proporciona oportunidades de crescimento

36%

41%

23%0%

sempre

às vezes

raramente

nunca

Fonte: Dados primários (2011)

Conforme ilustrado no gráfico, 36% dos funcionários responderam que a

Superauto sempre proporciona oportunidades de crescimento, 41% responderam às

vezes e 23% responderam raramente, porém houve uma discrepância no resultado

da unidade do Kobrasol como pode-se ver na tabela de resultado individual que

segue no anexo, onde quase a metade dos funcionários da mesma responderam

que raramente, esse percepção que existe com relação a esta variável na loja do

Kobrasol merece atenção.

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94

A variável analisada acima está ligada a crescimento profissional (CP) e

também apresenta tendência com o elemento gerentes competentes, (GC), a

superauto de um modo geral, oferece oportunidades de crescimento, entretanto os

cargos que mais tem visibilidade para esse fator é o cargo de vendedor, onde o

vendedor que se destacar, com suas habilidades, competências, ética, tende a ter

oportunidades para se tornar supervisor e até mesmo gerente, pois existem vários

casos em outras filiais da empresa. Isso demonstra que a empresa em questão,

prefere aproveitar seus funcionários para ocupar outros cargos dentro da empresa, e

não simplesmente fazer recrutamento externo. Segundo Marras (2000, p. 69) o

recrutamento de pessoal tem por finalidade a captação de recursos humanos interna

e externamente á organização com o intuito de suprir a necessidade da organização

no que tange os recursos humanos necessários para seu desenvolvimento.

Chiavenato (1999, p. 92) afirma, “que o recrutamento interno atua sobre os

candidatos que estão trabalhando dentro da empresa, promovendo e transferindo

para outras atividades complexas ou mais motivadoras”.

Neste processo o gerente apresenta papel fundamental, pois geralmente é ele

que analisa o comportamento de cada um e a sua opinião com relação a um

determinado funcionário tem um peso muito importante, e o funcionário que percebe

essa oportunidade que existe dentro da empresa, tende a trabalhar com mais afinco,

com o propósito de ter suas habilidades reconhecidas e assim podem crescer dentro

da organização, sendo promovido.

Tabela 10: Considero bom o meu ambiente de trabalho

Considero bom o meu ambiente de trabalho Absoluto Relativo sempre 13 59%

às vezes 6 27% raramente 3 14%

Nunca 0 0% Total 22 100%

Fonte: Dados primários (2011)

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95

Gráfico 10: Considero bom o meu ambiente de trabalho

59%27%

14% 0%

sempre

às vezes

raramente

nunca

Fonte: Dados primários (2011)

Para Lacombe (2005, p. 236), o clima organizacional reflete o grau de

satisfação do pessoal com o ambiente interno e a qualidade do ambiente de trabalho

percebida pelas pessoas da empresa. E este por sua vez, está diretamente

vinculado à motivação, a identificação com a empresa, à lealdade, à colaboração

entre as pessoas no ambiente de trabalho.

De acordo com os dados apresentados na pesquisa, 59% dos funcionários

sempre consideram bom o ambiente de trabalho, 27% responderam às vezes e 14%

responderam raramente.

Essa variável pesquisada apresenta ambiguidade, pois está ligada o bom

ambiente de trabalho (BAT), a gerentes competentes (GC) e também a colegas

colaboradores (CC). A percepção como vemos está satisfatória pois mais da metade

do funcionários das duas lojas consideram bom o ambiente de trabalho, e assim

tende a melhorar o clima motivacional da empresa.

Um bom gerente deve buscar priorizar a criação de um bom ambiente de

trabalho, tal que as pessoas trabalhem de forma eficaz num esforço comum,

desenvolva suas competências realizem suas aspirações profissionais e atinjam

reconhecimento apropriado e recompensas. (LACOMBE, 2005 p. 236)

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96

Tabela 11: Percebo inveja entre os colegas

Percebo inveja entre os colegas Absoluto Relativo sempre 4 18%

às vezes 11 50% Raramente 5 23%

Nunca 2 9%

Total 22 100% Fonte: Dados primários (2011) Gráfico 11: Percebo inveja entre os colegas

18%

50%

23%

9%

sempre

às vezes

raramente

nunca

Fonte: Dados primários (2011)

De acordo com os dados, 18% dos funcionários responderam que sempre

percebem inveja entre os colegas, 50% responderam às vezes, 23% responderam

raramente e 9% responderam nunca, esses resultados obtidos apresentam um nível

elevado de inveja na percepção dos funcionários.

Essa questão tem ligação com o elemento colegas colaboradores (CC) e

também com bom ambiente de trabalho (BAT), entretanto como vimos no gráfico 10,

à grande maioria dos funcionários da empresa apresentam satisfação com relação

ao ambiente de trabalho, isso demonstra que a “inveja” que é percebida pelos

colaboradores, não exerce grande influência neste elemento.

Para, Kanaane (1999, p. 71) “o comportamento humano nas organizações

nada mais é que o estudo e a aplicação do conhecimento sobre como as pessoas

agem dentro das organizações”. É, portanto, a ferramenta humana para o benefício

do homem, ele se aplica amplamente ao comportamento das pessoas em todos os

tipos de organizações tais como negócios, governo, escolas e organizações de

serviços. Para Davi e Newstron (1996, p. 10), “quando a administração leva em

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97

conta o comportamento organizacional, o faz tentando desenvolver um melhor

empregado, como também querendo desenvolver uma pessoa melhor em termos de

crescimento e realizações”.

Tabela 12: Espero por melhorias

Espero por melhorias Absoluto Relativo sempre 16 73%

às vezes 6 27% Raramente 0 0%

Nunca 0 0%

Total 22 100% Fonte: Dados primários (2011) Gráfico 12: Espero por melhorias

73%

27%

0%

0%

sempre

às vezes

raramente

nunca

Fonte: Dados primários (2011)

De acordo com os resultados obtidos, 73% dos funcionários esperam por

melhorias na organização sempre, e 27% responderam as vezes os demais

resultados somam 0%. Esses dados mostram que 100% dos funcionários da

Superauto esperam por melhorias, isso se deve pelo fato de que a empresa está em

constantes transformações, pelas forças do mercado que estão agindo sobre ela.

Essas mudanças que ocorrem derrepente, vêem causando certo descontentamento

e dúvidas, por parte dos funcionários. Pois apesar dessas mudanças serem a longo

prazo benéficas para a empresa e consequentemente para o seu capital humano

ainda traz conflitos e o desejo por parte dos colaboradores de existir melhorias.

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98

A gestão de pessoas que não procure antever o amanhã pode ser apanhada

de surpresa pelas transformações que venham atingir os fornecedores, os clientes, a

competição do mercado e o ambiente como um todo, impedindo assim a

organização de reagir de forma eficaz (TACHIZAWA; FERREIRA e FORTUNA,

2001).

Chiavenato (1996, p. 36) ressalta ainda que “o mundo moderno se caracteriza

por tendências que envolvem globalização, tecnologia, informação, conhecimento,

serviços, ênfase nos clientes, produtividade, qualidade e competitividade”.

Assim sendo, essas mudanças surtem efeito no comportamento das

pessoas, no ambiente e na organização. Colocar-se acima das turbulências do

mercado e enxergar as transformações mais amplas que ocorrem no ambiente, é

fundamental para os gestores das organizações (TACHIZAWA, FERREIRA E

FURTUNA, 2001).

Vale ressaltar, que melhorias devem sempre existir nas organizações e na

vida das pessoas, entretanto as pessoas também devem estar preparadas para

enfrentar e se adaptar as mudanças que são inevitáveis e imprescindíveis para a

sobrevivência de qualquer empresa e qualquer profissional no mercado de trabalho.

Tabela 13: Sinto orgulho e satisfeito por trabalhar aqui

Sinto orgulho e satisfeito por trabalhar aqui Absoluto Relativo sempre 15 68%

às vezes 6 27% Raramente 1 5%

Nunca 0 0%

Total 22 100% Fonte: Dados primários (2011)

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99

Gráfico 13: Sinto orgulho e satisfeito por trabalhar aqui

68%

27%

5% 0%

sempre

às vezes

raramente

nunca

Fonte: Dados primários (2011)

De acordo com os dados apresentados, 68% dos funcionários responderam

que sempre sentem orgulho em trabalhar na Superauto, 27% responderam às vezes

e 5% raramente e nenhuma pessoa respondeu nunca. Esses resultados

demonstram que a grande maioria dos colaboradores da empresa sente orgulho e

satisfação em trabalhar na empresa. Essa variável é muito importante na avaliação

do clima Motivacional ele faz parte do elemento bom ambiente de trabalho (BAT) e

também em reconhecimento profissional (RP). A empresa está a mais de 20 anos no

mercado, e apresenta boa idoneidade perante aos seus concorrentes, cliente e

funcionários. Essa ética é evidenciada nos resultados da empresa, e

consequentemente refletem na visão que os funcionários têm perante a empresa.

A constatação de que o diferencial competitivo de uma organização, num

ambiente de maior disponibilidade de técnicas e tecnologias, ocorrerá a partir do

comprometimento das pessoas, torna o conhecimento de expectativas, motivações,

necessidades e níveis de satisfação dos indivíduos perante a organização,

estratégico para a eficácia organizacional (LUZ, 1995).

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Tabela 14: Posso debater minhas idéias com os demais

Posso debater minhas idéias com os demais Absoluto Relativo sempre 9 41%

às vezes 11 50% raramente 2 9%

nunca 0 0%

Total 22 100% Fonte: Dados primários (2011)

Gráfico 14: Posso debater minhas idéias com os demais

41%

50%

9% 0%

sempre

às vezes

raramente

nunca

Fonte: Dados primários (2011)

De acordo com os dados apresentados no gráfico 14, 50% dos funcionários

responderam sempre podem debater as suas idéias com os demais, 41%

responderam as vezes e 9% raramente. Essa pergunta apresenta certa

ambigüidade, podem ao aplicar o questionário foi tirado as possíveis duvidas com

relação a estas questões. No entanto ficou evidenciado nesta questão, que a maioria

dos funcionários apresenta a percepção de que possuem o livre arbítrio de debater

as idéias que possuem com os demais colegas e também com o gerente. Essa

variável está ligada a gerentes competente (GC), assim como bom ambiente de

trabalho (BAT) e colegas colaboradores (CC), pois, a abertura dada ao funcionários

para que ele possa se expressar, agregar valor a empresa, e teoricamente é

fornecido pelo gerente. Os colegas têm um papel importante nesse processo, pois

auxiliam nas idéias, nos debates com relação ao trabalho visando sempre a melhora

e crescimento do mesmo e por fim, a soma, de todos estes elementos fazem com

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101

que o ambiente de trabalho se torne mais agradável, pela liberdade que o

funcionário sabe que possue dentro da organização, em expressar suas opiniões.

Tabela 15: As reuniões apresentam resultados práticos

As reuniões apresentam resultados práticos Absoluto Relativo sempre 1 4%

às vezes 16 73% raramente 5 23%

nunca 0 0% Total 22 100%

Fonte: Dados primários (2011) Gráfico 15: As reuniões apresentam resultados práticos

73%

23%

0%4%

sempre

às vezes

raramente

nunca

Fonte: Dados primários (2011)

Segundo os dados, 4% dos funcionários responderam que as reuniões

apresentam resultados práticos sempre, 73% as vezes e 23% raramente. O

resultado demonstrou que nem sempre as reuniões que são feitas apresentam

resultados práticos, fato este que pode apresentar reações negativas no clima

motivacional da empresa.

As reuniões com os funcionários na sua grande maioria são feitas com o

intuito de solucionar problemas com as vendas, por isso são feitas geralmente com

os vendedores no final de cada mês quando as vendas estão baixas. Com os

demais colaboradores, raramente são feitas reuniões. No entanto se faz necessário

reuniões de esclarecimento de dúvidas, ou mesmo referente a mudanças que

acontecem na organização. A falta de esclarecimento, de informações aos demais

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102

membros, vem causando certo desconforto, e sendo assim pode prejudicar o

desenvolvimento do trabalho. Geralmente as informações são “jogadas” no ar, sem

qualquer preparo ou esclarecimentos.

Esta variável está ligada ao elemento gerentes competentes (GC), e

demonstra que os mesmos, devem estar atentos, no modo que procedem as

reuniões, o intuito no qual elas são feitas, e principalmente o objetivo no qual eles

pretendem chegar.

Tabela 16: Tenho acesso fácil a outras gerências da empresa

Tenho acesso fácil a outras gerências da empresa Ab soluto Relativo sempre 8 36%

às vezes 5 23% raramente 7 32%

nunca 2 9%

Total 22 100% Fonte: Dados primários (2011)

Gráfico 16: Tenho acesso fácil a outras gerências da empresa

36%

23%

32%

9%

sempre

às vezes

raramente

nunca

Fonte: Dados primários (2011)

De acordo com os dados, pode-se notar que as respostas foram bem

divididas, no qual 36% responderam que sempre tem acesso fácil a outras gerências

da empresa, 23% as vezes, 32% raramente e 9% nunca.

Esses dados demonstram a visão peculiar que cada um tem de um

determinado fator, ou seja, dependendo o cargo que o colaborador ocupa ele terá

naturalmente mais acesso a outras gerências como, por exemplo, vendedores,

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103

administrativos e financeiros. Normalmente os outros cargos não possuem

efetivamente muito acesso as gerência, fator este que acabou ocasionando essa

divisão de opiniões apresentadas no gráfica 16.

Essa variável está ligada a crescimento profissional (CP), assim como

reconhecimento profissional (EP), ou seja, sabe-se que o homem é um ser social,

vive em grupo, ele tem a necessidade de estar participando de alguma coisa ou

empreendimento, interagindo a todo o momento com o meio e com outras pessoas.

E está relacionada a essa necessidade, a necessidade de reconhecimento do grupo

a que pertence de aprovação social, de calor humano, de dar e receber amizade etc.

(CHIAVENATO, 1999)

Tabela 17: Há flexibilidade por parte dos superiores em acatar sugestões para o trabalho Há flexibilidade por parte dos superiores em acatar

sugestões para o trabalho Absoluto Relativo sempre 3 14%

às vezes 9 41% raramente 9 41%

nunca 1 4%

Total 22 100% Fonte: Dados primários (2011) Gráfico 17: Há flexibilidade por parte dos superiores em acatar sugestões para o trabalho

14%

41%

41%

4%

sempre

às vezes

raramente

nunca

Fonte: Dados primários (2011)

Na questão exposta no gráfico 17, há flexibilidade por parte dos superiores

em acatar sugestões para o trabalho, 14% responderam que sempre, 41%

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104

responderam às vezes, 41% raramente e 4% nunca. Houve discrepância entre as

respostas da loja do Kobrasol com relação a loja da Beiramar como pode ser

conferido no anexo B. A Superauto do Kobrasol mostrou-se pouco satisfeita com

esse fator, contrapondo de certa forma com a percepção dos funcionários da

Beiramar que mostraram um certo grau de satisfação. Ou seja, as principais fontes

de informações, que são os funcionários, estão de maneira significativa se sentindo

podados em suas sugestões.

No entanto, há facilidade na troca de informações, contrapondo com o aceite

de sugestões, pode ser que alguns funcionários já estão se abdicando de sugerir, o

que pode vir a ocasionar, baixa auto-estima, insatisfação, diminuição da criatividade

dentre outros.

Essa variável tem forte ligação com o fator gerentes competentes (GC), afinal

eles que tem contato direto com os funcionários da empresa, portanto para essa

variável a empresa deve ficar atenta, pois, pelos resultados obtidos na questão

pode-se notar que há certo grau de insatisfação entre os funcionários.

Maximiano (2000, p.322) considera que o clima do ambiente de trabalho é

representado pela atmosfera psicológica criada pelo gerente, por meio de sua

maneira de falar, tom de voz, expressão corporal e expressão facial.

Para o subordinado, o comportamento do gerente pode criar a sensação de

cordialidade e interesse, de hostilidade ou de indiferença, tornando o clima mais ou

menos favorável. Quanto mais favorável o clima criado pelo gerente, maior é a

impressão, de parte do subordinado, que desfruta de sua confiança, e mais abertos

estão os canais de comunicação. O subordinado sente-se então mais propenso a

responder positivamente a essa confiança, o que contribui para o seu

desenvolvimento. (MAXIMIANO, 2000, p. 322)

Tabela 18: Há colaboração entre os colegas da empresa

Há colaboração entre os colegas da empresa Absoluto Relativo sempre 6 27%

às vezes 12 55% raramente 4 18%

nunca 0 0%

Total 22 100% Fonte: Dados primários (2011)

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105

Gráfico 18: Há colaboração entre os colegas da empresa

27%

55%

18% 0%

sempre

às vezes

raramente

nunca

Fonte: Dados primários (2011)

Segundo os dados, da questão, há colaboração entre os colegas da empresa,

27% dos questionados responderam sempre, 55% responderam às vezes e 18%

responderam raramente. Questão esta, que podemos analisar com os elementos,

colegas colaboradores (CC), gerentes competentes (GC) e também bom ambiente

de trabalho (BAT).

O fator relacionamento interpessoal tem um papel muito importante no

desenvolvimento do clima dentro de uma organização. Os gerentes apresentam

grande responsabilidade nesse processo, pois como gestores, devem promover

maiores oportunidades de encontros entre os colaboradores, de modo a provocar

maior interação entre os membros.

Na empresa 82% dos funcionários demonstraram certo grau de satisfação

com relação a esta variável, ou seja, existe cooperação por parte dos colegas de

trabalho, fator este, importante para manutenção de um clima agradável, e um bom

ambiente de trabalho.

Tabela 19: As tarefas do meu setor são feitas por equipe

As tarefas do meu setor são feitas por equipe Absol uto Relativo sempre 11 50%

às vezes 8 36% raramente 2 9%

nunca 1 5%

Total 22 100% Fonte: Dados primários (2011)

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106

Gráfico 19: As tarefas do meu setor são feitas por equipe

50%

36%

9% 5%

sempre

às vezes

raramente

nunca

Fonte: Dados primários (2011)

Segundo os dados apresentados, 50% dos funcionários afirmam que as

tarefas do setor em que trabalham são feitas por equipe sempre, 36% responderam

as vezes , 9% responderam raramente e 5% responderam nunca. Como podemos

notar na visão de 86% que a soma dos funcionários que responderam sempre e as

vezes a maioria dos trabalhos desempenhados são feitos por equipe. Entretanto

14% possuem opinião contrária, pois certos cargos da organização, não possuem

necessidade de trabalho em equipe, ou pelo menos não tão fica visível, que é o caso

da auxiliar de serviços gerais e dos lavadores.

Na Superauto, todos os trabalhos são interligados, pois para que o vendedor

possa vender, ele precisa que o administrativo dê entrada no veículos, o financeiro

por sua vez precisa que o vendedor faça a proposta de venda desse veículo para

que ele possa faturar e emitir a nota fiscal.

Para receber o retorno do banco quando há financiamento o funcionário

responsável por esta atividade, precisa das cópias dos documentos que estão com o

administrativo, que em seguida precisa que essa gravame entre alienando o carro

para que ela possa dar fim a transferência. Ou seja, todos os funcionários dependem

de alguma forma uns dos outros, cabe, portanto ao gerente, fazer o melhor

alinhamento entre os colaboradores, fazendo com que, haja cooperação por parte

dos funcionários para que se mantenha um bom ambiente de trabalho. Portanto

como vemos, essa variável têm ligação com gerentes competente (GC), colegas

colaboradores (CC) e bom ambiente de trabalho (BAT).

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107

As equipes têm uma clara vantagem, sobre os esforços isolados, o apoio

mútuo que surge entre seus membros, o sinergismo que vem de pessoas

trabalhando juntas de maneira produtiva em um projeto importante é em geral

suficiente para manter o entusiasmo e apoio, mesmo em tempos difíceis. Quando o

espírito de equipe invade uma organização, todos os empregados começam a

trabalharem juntos visando à qualidade sem barreiras, ou seja, “todos em uma única

equipe”, movendo-se juntos na mesma direção.

As equipes podem ser um fator fundamental na busca de vantagens

competitivas, pois a interação das pessoas em equipes pode se transformar num

dos pilares de sustentação de qualquer organização, na busca de um objetivo

comum, entretanto com habilidades e competências individuais.

Tabela 20: É fácil lidar com as chefias/relações abertas e diretas É fácil lidar com as chefias/relações abertas e

diretas Absoluto Relativo sempre 16 73%

às vezes 5 23% raramente 1 4%

nunca 0 0%

Total 22 100% Fonte: Dados primários (2011)

Gráfico 20: É fácil lidar com as chefias/relações abertas e diretas

73%

23%

4% 0%

sempre

às vezes

raramente

nunca

Fonte: Dados primários (2011)

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De acordo com os dados apresentados, 73% dos funcionários responderam

que é fácil lidar com as chefias, e as relações abertas e diretas, sempre, 23%

responderam as vezes, 4% responderam raramente.

Como podemos ver, a grande maioria tem uma percepção positiva com

relação a esta variável, fator este que é positivo para a manutenção do clima. Essa

variável tem ligação com o elemento gerentes competentes (GC), crescimento

profissional (CP), assim como bom ambiente de trabalho (BAT).

Na Superauto nota-se que o gerente dá espaço para o funcionário, expor

seus comentários, descontentamentos. Eles procuram sempre tentar resolver os

problemas para evitar conflitos futuros, logicamente que muitas vezes isso não é

possível, seja pelas políticas organizacionais ou mesmo pelo perfil de liderança de

cada gerente.

Segundo Chiavenato (1994, p. 526), “liderança é a influência interpessoal

exercida numa situação e dirigida através do processo de comunicação humana à

consecução de um ou de diversos objetivos específicos”.

Hampton (1992, p. 386) afirma ainda que “liderança é definida em

administração como o processo interpessoal, pelo qual os gerentes tentam

influenciar os empregados a realizar objetivos de trabalhos estabelecidos”.

Tabela 21: Posso confiar no que é divulgado pela empresa

Posso confiar no que é divulgado pela empresa Absol uto Relativo sempre 19 86%

às vezes 3 14% raramente 0 0%

nunca 0 0%

Total 22 100% Fonte: Dados primários (2011)

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109

Gráfico 21: Posso confiar no que é divulgado pela empresa

86%

14%

0%

0%

sempre

às vezes

raramente

nunca

Fonte: Dados primários (2011)

Pode-se observar que, 83% dos funcionários afirmaram que podem confiar no

que é divulgado pela empresa sempre, seguidos de 14% que responderam as

vezes. Portanto essa percepção que os funcionários tem da empresa, demonstra

que a mesma é idônea, ética, e transparente perante aos seus funcionários, aos

seus clientes e a sociedade em geral.

Essa variável estudada na questão 21 é muito importante porque, engloba o

elemento bom ambiente de trabalho (BAT), pois como um funcionário vai se sentir

bem no ambiente em que trabalha, se ele sabe que a empresa não cumpre o que

divulga. Para haver cooperação por parte dos funcionários, deve existir esse

relacionamento moldado em confiança, para que haja melhor desempenho e

satisfação por parte dos colaboradores.

Segundo Luz (2003), a variável “imagem da empresa” analisa a opinião dos

funcionários sobre como a empresa é percebida no mercado, por seus clientes,

fornecedores e pela comunidade”.

Tabela 22: Sei a quem recorrer quando tenho dúvidas

Sei a quem recorrer quando tenho dúvidas Absoluto Relativo sempre 14 64%

às vezes 7 32% raramente 1 4%

nunca 0 0%

Total 22 100% Fonte: Dados primários (2011)

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110

Gráfico 22: Sei a quem recorrer quando tenho dúvidas

64%

32%

4% 0%

sempre

às vezes

raramente

nunca

Fonte: Dados primários (2011)

De acordo com os dados apresentados, 64% dos funcionários questionados

responderam que sabem a quem recorrer quando têm duvidas sempre, 32%

responderam às vezes, 4% responderam raramente e nenhum funcionário

respondeu nunca.

Como podemos notar a grande maioria dos funcionários de ambas as lojas

responderam a essa variável positivamente, o que é um fator que contribui também

para o bom clima motivacional da Superauto. Essa variável está diretamente ligada

ao elemento gerentes competentes (GC) e bom ambiente de trabalho (BAT), no qual

o gerente possui papel importante nesta questão, ou seja, o papel do gerente em

uma empresa é instruir bem seus funcionários, deixando-os preparados, bem

informados, para que então eles possam ter embasamento para desenvolver bem

seu trabalho.

Na superauto as dúvidas que os funcionários possam vir a ter, são sempre

esclarecidas e cada um desses funcionários já sabe a quem recorrer, pois

geralmente existem várias pessoas competentes desempenhando vários papéis

sendo assim, se o funcionário quer saber, por exemplo: gostaria de saber quanto

ganhei de comissão (fala com o RH), meu sistema está com problemas (fala com

CPD), como passar fichas de financiamentos (fala com financeiro ou F&I) etc. Ou

seja, esses foram apenas alguns exemplos do que acontece na empresa, pois,

quando o funcionário sabe a quem se dirigir quando está com dúvidas ele sente-se,

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111

ainda mais confiante para trabalhar melhor, e consequentemente irá trazer mais

benefícios para a empresa.

Portanto, vê-se que é muito importante para o bom ambiente de trabalho, que

exista dentro da empresa um bom sistema de comunicação entre seus membros,

para que as dúvidas sejam devidamente esclarecidas, por pessoas que tem o

conhecimento necessário para fazê-lo. Para Chiavenato (1992, p. 114), “a

comunicação é o processo de transmissão de uma informação de uma pessoa para

outra, sendo então compartilhada por ambas”.

A comunicação, portanto, é uma prioridade estratégia para a empresa, pois

nas organizações mais bem-sucedidas do mundo, a comunicação recebe máxima

prioridade. (CHIAVENATO, 1992, p. 144)

Tabela 23: Em relação ao mercado de trabalho meu salário está de acordo Em relação ao mercado de trabalho meu salário

está de acordo Absoluto Relativo sempre 12 55%

as vezes 6 27% raramente 4 18%

nunca 0 0%

Total 22 100% Fonte: Dados primários (2011)

Gráfico 23: Relação ao mercado de trabalho/salário está de acordo

Fonte: Dados primários (2011)

55% 27%

18% 0%

sempre

às vezes

raramente

nunca

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112

De acordo com os dados, 55% dos funcionários responderam que em relação

ao mercado de trabalho o seu salário está de acordo sempre, 27% responderam às

vezes e 18% responderam raramente. O resultado mostra um grau de satisfação

com relação ao salário pago a eles em comparação a outras empresas do setor. Ou

seja pode-se notar que mais da metade dos funcionários da empresa estão

satisfeitos com o seu salário, seguidos de 27% que afirmam que as vezes o salário

que a empresa paga está de acordo com o do mercado.

Para Chiavenato (2000, p. 371), “salário é a soma de tudo quando o

empregado ganha como consequência do trabalho que ele desenvolve em uma

organização”. Na Superauto, existem 2 tipos de remuneração, uma é o salário fixo

pago a todos os funcionários, e as comissões que são pagas aos vendedores

juntamente com os salários fixos. As comissões são calculadas a partir quantidade

de vendas feitas por eles, assim como o valor do lucro que um determinado veículo

proporcionou.

Para Wood (1996, p. 75), o objetivo principal de um sistema de remuneração

variável, qualquer que seja a sua forma, é alinhar e convergir esforços para melhorar

o desempenho da empresa, vinculando o desempenho e a recompensa com o

intuito de se buscar a melhoria contínua, partilhando os bons e maus resultados da

empresa e transformando custo fixo em variável.

Podemos ligar essa variável ao fator gerentes competentes (GC) e

reconhecimento profissional (CP), pois a definição do salário deve refletir cada vez

mais o valor das pessoas para a organização mais que somente o conteúdo do

trabalho, e esse valor é percebido pelos gerentes, assim como o setor de recursos

humanos que possui as informações sobre a média dos salários dos cargos.

Vale a pena ressaltar, que um funcionário que tem a percepção que está

sendo remunerado adequadamente com relação à outras empresas, ele sentirá

reconhecido pelo cargo que ocupa e tenderá a melhorar seu desenvolvimento dentro

da organização, assim como contribuir para o bom clima motivacional.

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113

Tabela 24: Recebo críticas construtivas sobre minhas atividades Recebo críticas construtivas sobre minhas

atividades Absoluto Relativo sempre 6 27%

às vezes 9 41% raramente 6 27%

nunca 1 5%

Total 22 100% Fonte: Dados primários (2011)

Gráfico 24: Recebo críticas construtivas sobre minhas atividades

Recebo críticas construtivas sobre minhas atividades

27%

41%

27%

5%

sempre

às vezes

raramente

nunca

Fonte: Dados primários (2011)

De acordo com os dados apresentados, 27% dos funcionários responderam

que recebem críticas construtivas sobre as atividades que realizam sempre, 41%

responderam às vezes, 27% responderam raramente e 5% responderam nunca.

Pode-se observar que as opiniões ficaram um pouco divididas, entretanto

houve uma percepção mais positiva do que negativa para essa variável, portanto se

faz necessários que os gestores da Superauto também estejam atentos a esta

questão que pode levar a insatisfação dos funcionários e consequentemente

prejudicar o clima motivacional.

Essa variável está diretamente ligada ao elemento; gerentes competentes

(GC), reconhecimento profissional (RP), e bom ambiente de trabalho (BAT), afinal na

Superauto é o gerente de cada loja quem costuma, fazer críticas, ou deixar de fazer

com relação ao trabalho dos funcionários. Entretanto na Superauto as críticas são

impostas pelos gerentes de uma maneira as vezes rígida, ríspida, e que muitas

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114

vezes não são encaradas pelos funcionários com sendo construtivas. O que tem

causado alguns conflitos com funcionários, que reclamam dessa questão. Talvez por

isso apareceu 32% de certa insatisfação nesta questão.

Portanto vê-se a importância da análise e da atenção que os gestores da

Superauto devem ter com relação a esta variável. Para Chiavenato (1992, p. 166),

“as pessoas constituem o elemento básico das empresas, as pessoas interagem de

alguma forma estruturada fazendo com que a empresa exista e possa alcançar os

seus objetivos organizacionais”. E o estilo de liderança é muito importante para a

eficácia desse processo pois, segundo Chiavenato (1994, p.526), “liderança é a

influência interpessoal exercida numa situação e dirigida através do processo de

comunicação humana à consecução de um ou de diversos objetivos específicos”.

Concordando Silva (2004, p. 252), enfatiza que “liderança é o processo de

dirigir e influenciar as atividades de grupos, no sentido do alcance de objetivos, em

uma dada situação”.

Tabela 25: Meu salário é compatível com as atividades que realizo Meu salário é compatível com as atividades que

realizo Absoluto Relativo sempre 13 59%

às vezes 8 36% raramente 1 5%

nunca 0 0%

Total 22 100% Fonte: Dados primários (2011)

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115

Gráfico 25: Meu salário é compatível com as atividades que realizo

59%

36%

5% 0%

sempre

às vezes

raramente

nunca

Fonte: Dados primários (2011)

Segundo a variável analisada, 59% dos colaboradores responderam que o

salário que recebem é compatível com as atividades que realizam sempre, 36%

responderam às vezes e 5% responderam raramente, na perspectiva dos resultados

nota-se que os funcionários apresentam um grau significativo de satisfação com

relação a essa variável estudada, com a qual têm ligação com o elemento gerentes

competentes (GC), reconhecimento profissional (RP), e crescimento profissional

(CP).

Na análise da questão 23, foi descrito que tipo de remuneração é

disponibilizada para os funcionários da Superauto, deixando evidenciada a

estratégia utilizada pela empresa, entretanto, os gerentes convivem dia a dia com

esses profissionais, avaliando, interagindo e auxiliando no seu trabalho, portanto a

percepção que os gerentes possuem em relação aos seus funcionários é essencial

para a decisão do valor salarial dos mesmos. Portanto cabe ao gerente fazer a

análise do desempenho individual de cada um, para que ele possa fazer a avaliação

por mérito que no meu ver, seria a melhor maneira de remunerar um funcionário.

Portanto vale a pena ressaltar, que em seus trabalhos sobre motivação,

Lawler (apud WOOD, 1996, p. 79), em seus trabalhos sobre a teoria da expectação

encontrou fortes evidências de que o dinheiro pode motivar o desempenho e outros

tipos de comportamento, como o companheirismo e dedicação à organização.

Porém, verificou-se que o dinheiro tem apresentado pouca potência motivacional em

virtude da sua incorreta aplicação pela maior parte das organizações.

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116

Em síntese, o dinheiro pode ser poderoso motivador se as pessoas

acreditarem haver ligação direta ou indireta entre desempenho e consequente

aumento de remuneração. Se essa percepção for alcançada e confirmada, as

pessoas certamente terão melhor desempenho tendo em vista o resultado financeiro

desejado. (WOOD, 1996, p. 79).

Para Chiavenato (2000, p. 373), no entanto "assim, em troca desse elemento

simbólico e intercambiável (dinheiro), o homem é capaz de empenhar parte de si

mesmo, de seu esforço e de sua vida." O salário por si só não motiva o homem, pois

motivação é um sentimento intrínseco do ser humano, porém, o salário é um dos

principais fatores contribuem do exercício da motivação. Quando um funcionário

recebe um aumento pelo bom desempenho de suas atividades percebe, que está

melhor e irá desempenhar suas tarefas com mais entusiasmo, para alcançar

satisfação de suas necessidades, crescimento e reconhecimento profissional.

Esse fator “salário”, quando não alcançado nos parâmetros esperados pelos

funcionários, os torna insatisfeitos na execução de suas tarefas, gerando uma série

de problemas para setores em que atuam na organização, conseqüentemente para

o clima motivacional da empresa e, também para si mesmos.

Tabela 26: A diferença de salários entre os funcionários é justa A diferença de salários entre os funcionários é

justa Absoluto Relativo sempre 7 31%

às vezes 9 41% raramente 3 14%

nunca 3 14%

Total 22 100% Fonte: Dados primários (2011)

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117

Gráfico 26: A diferença de salários entre os funcionários é justa

Fonte: Dados primários (2011)

Segundo os dados analisados acima, 31% dos funcionários responderam que

a diferença de salário entre os funcionários é justa sempre, 41% responderam as

vezes, 14% raramente e por fim outros 14% responderam nunca. Pode-se notar que

os resultados dos índices sempre e as vezes somam 72%, ou seja no resultado

geral apresentado a maioria dos funcionários concordam que a diferença de salários

é justa. Fator esse que se deve, ao fato de que na Superauto os vendedores

praticamente fazem o seu salário, ou seja, eles dependem além do salário fixo que é

igual para todos, mais também das comissões que eles recebem sobre as vendas,

portanto a percepção sobre o fato da diferença ser justa se dá justamente, ocorre

pelos funcionários saberem que, o valor que ele recebe é o resultado do que ele

mesmo produz, tornando assim a diferença de salário justa na percepção deles.

Entretanto 28% dos colaborados mostraram certa insatisfação com relação a

esta variável, o que merece atenção dos gestores.

Visando obter equilíbrio externo dos salários pagos pela organização, são

feitas pesquisas salariais, na qual é observado o que o mercado de trabalho está

oferecendo, podendo fazer uma comparação, para formar a faixa salarial da

empresa. Conforme Pontos (2000, p. 236), “pesquisa salarial é o estudo do

comportamento salarial praticado em certo setor empresarial.”

31%

41%

14%

14%

sempre

às vezes

raramente

nunca

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118

Tabela 27: A monotonia faz parte do meu dia-a-dia

A monotonia faz parte do meu dia-a-dia Absoluto Relativo sempre 3 14%

às vezes 6 27% raramente 3 14%

nunca 10 45%

Total 22 100% Fonte: Dados primários (2011)

Gráfico 27: A monotonia faz parte do meu dia-a-dia

14%

27%

14%

45% sempre

às vezes

raramente

nunca

Fonte: Dados primários (2011)

De acordo com os dados, 14% dos funcionários responderam que a

monotonia faz parte do seu dia-a-dia sempre, 27% responderam as vezes, 14%

responderam raramente e 45% responderam nunca.

Como podemos ver, na percepção da maioria dos funcionários de ambas as

lojas a monotonia não está presente no dia-a-dia de trabalho dos colaboradores.

Os cargos como por exemplo, de vendedor, gerente, administrativos,

financeiros, são cargos que exigem dos colaboradores maior diversidade de tarefas,

portanto o trabalho não se torna monótono. Diferentemente dos cargos de auxiliar de

serviços gerais, lavadores, pois pela pesquisa aplicada em ambas as lojas notou-se

que na percepção desses profissionais há sim monotonia no trabalho que executam.

Portanto é importante que os gestores, fiquem atentos a essa variável, afinal

a monotonia em excesso pode causar, fadiga, ócio e fazer com que os funcionários

fiquem insatisfeitos com o cargo que ocupam dentro da empresa e

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119

consequentemente o clima organizacional ficará comprometido e os resultados para

ambas as partes não será satisfatório.

Chiavenato (1998, p. 79) reforça afirmando, que a frustração pode levar

diversas reações generalizadas, dentre elas alienação e apatia: pois o desagrado

em face da não satisfação da necessidade pode ocasionar reações de desinteresse

pelo alcance dos objetivos frustrados como forma ou mecanismo inconscientes de

defesa do ego.

Tabela 28: Estou sobrecarregado de tarefas diariamente

Estou sobrecarregado de tarefas diariamente Absolut o Relativo sempre 11 50%

às vezes 9 41% raramente 0 0%

nunca 2 9%

Total 22 100% Fonte: Dados primários (2011)

Gráfico 28: Estou sobrecarregado de tarefas diariamente

50%41%

0% 9%

sempre

às vezes

raramente

nunca

Fonte: Dados primários (2011)

De acordo com os dados apresentados, 50% dos funcionários da Superauto

responderam a questão , relatando estar sobrecarregado de tarefas diariamente

sempre, 41% respondeu as vezes, e 9% dos entrevistados responderam nunca. Ou

seja diante dos resultados pode-se afirmar que grande parte dos funcionário, se

sentem sobrecarregado de trabalho no seu dia-a-dia.

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120

Vale a pena ressaltar que, este resultado é contraposto a questão do gráfico

27, na qual houve 41% dos funcionários mostraram uma tendência às respostas

sobre a monotonia diária.

Na Superauto, principalmente nos cargos de vendedores, administrativos,

financeiros e de gerência, apresentam alto grau de sobrecarga de trabalho, pois na

grande maioria das vezes esses colaboradores desempenham várias tarefas

durante o dia de trabalho, tarefas estas que muitas vezes não condiz com o cargo

ocupado. Por exemplo, com a queda significativa nas vendas no primeiro semestre

de 2011, houveram muitas reduções de custo, e neste processo vários funcionários

foram desligados da empresa, entre eles profissionais que ocupavam cargos de

serviços gerais (boy ), que executam tarefas como; pagamento de contas, depósitos

bancários, entrega de documentos dentre outros.

Esse cargo aparentemente desnecessários em determinadas empresas, mais

na Superauto é considerado de grande importância, pois alivia o fluxo de saídas de

administrativo, financeiro, vendedores. Agora todos têm que se dividir e fazer os

trabalhos de banco, correio, cartório, envio de documentação à outras lojas. Como

pode-se notar, o trabalho aumentou, fazendo com que os colaboradores que antes

ficaram na empresa, hoje tem que se deslocarem para desempenhar outras tarefas

complementares. Esse conjunto de fatores vem causando, desgastes, insatisfação,

conflitos, pois as tarefas aumentaram, mais a remuneração continua a mesma.

Essa variável analisada, está estreitamente ligada a gerentes competentes

(GC) e bom ambiente de trabalho (BAT), pois é importante que o gerente, visualize e

tenha consciência da sobrecarga de trabalho de seus colaboradores, até mesmo

porque essa sobrecarga pode ocasionar além dos desgastes físicos, a maior

probabilidade de ocorrência de erros, atrasos e outras série de conseqüências.

Neste sentido é imprescindível que haja uma melhor avaliação da quantidade de

tarefas desempenhadas pelos funcionários, para que se tome medidas, visando a

minimização dos impactos dessas tarefas, para que essa variável que ajuda a

formar o bom clima motivacional seja satisfatório.

Em termos práticos, o clima organizacional depende das condições

econômicas da empresa, do estilo de liderança utilizado, das políticas e valores

existentes, da estrutura organizacional, das características das pessoas que

participam da empresa, da natureza do negócio (ramo de atividade da empresa) e

do estágio de vida da empresa. Esses fatores determinantes (variáveis de entrada)

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121

provocam fenômenos ou variáveis dependentes intermediárias que são as saídas

intermediárias, como o nível de motivação, a estimulação de motivos específicos,

satisfação de cargo, métodos de trabalho, nível de absenteísmo e de produtividade

no trabalho. (CHIAVENATO, 1994, p. 524)

Tabela 29: Sou capaz de fazer sacrifícios pelo meu trabalho

Sou capaz de fazer sacrifícios pelo meu trabalho Ab soluto Relativo sempre 16 73%

às vezes 4 18% raramente 2 9%

nunca 0 0%

Total 22 100% Fonte: Dados primários (2011)

Gráfico 29: Sou capaz de fazer sacrifícios pelo meu trabalho

73%

18%

9% 0%

sempre

às vezes

raramente

nunca

Fonte: Dados primários (2011)

De acordo com os dados apresentados na questão, 73% dos questionados

responderam que são capazes de fazer sacrifícios pelo seu trabalho sempre, 18%

respondeu as vezes, outros 9% responderam raramente. Em ambas as filiais como

está evidenciado no anexo, ocorreu percepção parecida para esta variável o que

demonstra que a grande maioria dos funcionários são capazes de fazer sacrifícios

pelo seu trabalho, fator esse que pode ser intrínseco, ou seja porque gostam e estão

motivados para isso, ou por necessidade.

Dubin (1971, p. 61), é enfático em afirmar que “as pessoas não são

máquinas, elas se empenham e se motivam, reagem a variadas maneiras ao

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122

ambiente que as cerca e aos indivíduos que povoam esse ambiente”. Segundo

ainda o autor, “da mesma forma que podem se dedicar seus melhores esforços ao

progresso da organização, podem também com igual entusiasmo trabalhar no

sentido predatório, procurando sabotar os objetivos da empresa”, que não é caso da

Superauto.

Tabela 30: Vejo a empresa com otimismo

23. Vejo a empresa com otimismo Absoluto Relativo sempre 16 73%

às vezes 4 18%

raramente 2 9%

nunca 0 0%

Total 22 100% Fonte: Dados primários (2011)

Gráfico 30: Vejo a empresa com otimismo

73%

18%

9% 0%

sempre

às vezes

raramente

nunca

Fonte: Dados primários (2011)

De acordo com os dados apresentados, 73% dos funcionários da Superauto

responderam que vêem a empresa com otimismo sempre, 18% responderam as

vezes, 9% respondeu raramente. Como ficou evidente a grande maioria dos

colaboradores vêem a empresa com otimismo, o que é muito importante para o

clima motivacional da empresa.

Apesar da crise que a empresa vem passando ao longo dos meses, ela

permanece na visão dos colaboradores, uma empresa que vai se recuperar, pelo

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123

histórico que a Superauto tem perante o mercado, clientes, concorrentes e

funcionários.

Portanto essa relação de otimismo e confiança que a empresa mantém com

seu quadro de funcionários com certeza faz muita diferença, no convívio, no clima,

na expectativa de crescimento que existe por parte dos funcionários. Afinal se um

colaborador não vê a empresa em que trabalha com otimismo, ele não estará

motivado para continuar fazendo parte da organização com afinco.

Essa variável, portanto tem a ver com gerentes competentes (GC), pois são

eles que são o espelho para o funcionário da organização; bom ambiente de

trabalho (BAT), se o funcionário perde o otimismo ele não vai sentir bem na empresa

e consequentemente vai influenciar no ambiente; e também crescimento profissional

(CP). Se o funcionário tem a percepção que a empresa não vai para frente, ele

entenderá que ele estagnará na organização afetando este elemento.

Segundo Chiavenato (1983, p. 97), “cada indivíduo é uma personalidade

altamente diferenciada que influi no comportamento e atitudes dos outros com quem

mantém contato e é, por outro lado, igualmente bastante influenciado pelos outros”.

Para Motta (1998, p. 23), “o homem é apresentado como um ser cujo

comportamento não pode ser reduzido a esquemas simples mecanicistas, todo

homem possui necessidades de segurança, afeto, aprovação social, prestígio e

auto-realização”.

Tabela 31: Sinto-me seguro neste emprego

Sinto-me Seguro neste emprego Absoluto Relativo sempre 2 9%

às vezes 4 18% raramente 15 68%

nunca 1 5%

Total 22 100% Fonte: Dados primários (2011)

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Gráfico 31: Sinto-me Seguro neste emprego

9%

18%

68%

5%

sempre

às vezes

raramente

nunca

Fonte: Dados primários (2011)

De acordo com os dados apresentados, quando questionados sobre a

variável “sinto-me seguro neste emprego, 9% dos funcionários responderam

sempre, 18% responderam às vezes, 68% responderam raramente e 5%

responderam nunca. Como pode-se notar a grande maioria dos funcionários

apresentam um nível considerável de insegurança no que diz respeito a estabilidade

dentro da organização.

Fator este que se dá, por diversos motivos, entre eles o fato de ter havido

muitas demissões decorrentes da queda das vendas. Essas demissões ocorreram

tanto com funcionários que trabalhavam a pouco tempo, como também com

funcionários que trabalhavam a anos, não houve preferência por tempo de trabalho

e sim pelas tarefas desenvolvidas por esses profissionais.

Outro fator importante que influenciou o resultado apresentado acima é, a

pressão e as metas que são cobradas dos vendedores, ou seja, se em um

determinado mês o vendedor não ir bem nas vendas (o que na época de hoje

acontece frequentemente), ele será cobrado ao extremo para que consiga se

recuperar, se ele continuar não apresentando o resultado esperado para a empresa

no 2° ou 3° mês ele pode ser desligado da empresa.

Esta variável está intimamente ligada a bom ambiente de trabalho (BAT) e

crescimento profissional (CP), pois, podemos entender um pouco melhor os

resultados obtidos na questão, onde a maioria das respostas indicou que os

funcionários se sentem pressionados no trabalho que executam, esse conjunto de

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125

fatores vem causando descontentamentos, insegurança e consequentemente vem

influenciando no clima motivacional da Superauto, fazendo com que o nível de

satisfação com relação a esta variável e a de crescimento profissional esteja

diminuindo.

Tabela 32: Preocupo-me com a imagem da empresa

Preocupo-me com a imagem da empresa Absoluto Relativo sempre 16 73%

às vezes 5 23% raramente 1 4%

nunca 0 0%

Total 22 100% Fonte: Dados primários (2011)

Gráfico 32: Preocupo-me com a imagem da empresa

73%

23%

4% 0%

sempre

às vezes

raramente

nunca

Fonte: Dados primários (2011)

De acordo com os dados apresentados no gráfico 32, ao serem questionados

com relação a variável “preocupo-me com a imagem da empresa”, 73% dos

funcionários responderam sempre, 23% responderam as vezes, 4% respondeu

raramente e nenhum funcionário respondeu nunca.

Esses resultados evidenciam a preocupação dos funcionários com relação a

imagem da empresa. Essa variável portanto está ligada ao elemento crescimento

profissional (CP), pois, as pessoas costumam dizer que os funcionários são a

imagem da empresa, e vice versa, a aparência de um profissional, que é muito

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126

importante, não no que diz respeito a apresentação propriamente dita, mas sim na

sua postura, a maneira com que esses funcionários tratam seus clientes. Portanto se

um profissional trabalha em uma empresa que não é bem vista pelo mercado, pelos

seus clientes, poderá afetar negativamente esse funcionário direta ou indiretamente,

pela ligação dele com a empresa.

Para Dubin (1971, p. 94), “umas das principais causas da estabilidade de um

sistema de motivação reside no fato de que ele afeta um vínculo essencial, o que

liga a pessoa à empresa”.

A responsabilidade, a obrigação e o privilégio são também componentes de

cada posição. Estes três elementos representam, a incorporação pessoal dos

valores do trabalho, o compromisso emocional de lealdade a esses valores através

do trabalho honesto, e as recompensas advindas das relações inter-pessoais.

(DUBIN, 1971, p. 94)

Tabela 33: Tenho conhecimento suficiente para executar minha função

Tenho conhecimento suficiente para executar minha função Absoluto Relativo

sempre 10 45% às vezes 7 32%

raramente 4 18% nunca 1 5%

Total 22 100% Fonte: Dados primários (2011)

Gráfico 33: Tenho conhecimento suficiente para executar minha função

45%

32%

18%5%

sempre

às vezes

raramente

nunca

Fonte: Dados primários (2011)

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127

Segundo os dados expostos no gráfico acima, 45% dos funcionários

pesquisados responderam que têm conhecimento suficiente para executar sua

função sempre, 32% afirmaram que as vezes, 18% raramente e 5% nunca.

A soma dos que responderam sempre e as vezes totalizam 77% dos

funcionários, esses resultados ajudam a evidenciar, que grande parte dos

funcionários acreditam ter o conhecimento necessário para desempenhar de forma

adequada suas funções. Esse resultado mostra-se ainda positivo na contribuição do

clima motivacional, entretanto, os 23% restantes merecem atenção, afinal para que

um funcionário desempenhe com eficiência suas funções ele precisa estar

preparado, ter o conhecimento necessário, para trazer benefícios e a contribuição

para a organização.

As empresas de um modo geral são geridas de pessoas que possuem

conhecimentos e habilidades para impulsionar o desempenho da organização,

portanto as empresas dependem das pessoas para atingir seus objetivos. Assim

sendo as empresas tem que aprender a lidar com o capital humano, entendendo seu

comportamento, desenvolvendo estratégias que garantam o conhecimento das

habilidades, da capacidade e a vulnerabilidade dessas pessoas. (CHIAVENATO,

1994, p. 3)

A distribuição das atitudes e habilidades torna as pessoas diferentes uma das

outras e mais ou menos eficazes no desempenho das atividades profissionais das

atividades profissionais. A designação de pessoas para realizar tarefas,levando em

conta essas diferenças, é uma das mais importantes aplicações do enfoque

comportamental na administração. (MAXIMIANO, 1997, p. 173)

Tabela 34: Trabalho sobre pressão

Trabalho sobre pressão Absoluto Relativo sempre 10 45%

às vezes 7 32% raramente 4 18%

nunca 1 5%

Total 22 100% Fonte: Dados primários (2011)

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Gráfico 34: Trabalho sobre pressão

45%

32%

18%5%

sempre

às vezes

raramente

nunca

Fonte: Dados primários (2011)

De acordo com os funcionários entrevistados, 45% afirmam que trabalham

sobre pressão sempre, 32% afirmam que as vezes, 18% raramente e 5%

responderam nunca. Como pode-se notar, na visão da maioria dos entrevistados,

eles trabalham sobre pressão constantemente.

Esses resultados derivam principalmente do fato da empresa em questão

trabalhar muito com metas, e como vimos no gráfico sobre salário, os vendedores

trabalham muito com comissão, ou seja, o seu salário depende da sua

produtividade.

Portanto esses dados apontam, que na percepção dos funcionários existe

forte pressão vivenciada pelos mesmos dentro da organização, fator este, que

merece maior atenção com relação aos gestores. Pois de acordo com Chiavenato

(2004, p. 10), “as pessoas podem aumentar ou reduzir as forças e fraquezas de uma

organização dependendo da maneira como elas são tratadas”.

Essa variável, tem forte ligação com gerentes competentes (GC), e ainda com

bom ambiente de trabalho (BAT), haja vista que os gerentes, são responsáveis por

esses resultados explicitados no gráfico, pois é ele que exerce influência sobre os

colaboradores, ele é que dita as ordens, ele é quem motiva, e é ele quem mais

pressiona. Portanto é de suma importância que os gerentes sejam pessoas

preparadas, capacitadas para que saibam cobrar, motivar, sem que isso se

transforme em uma ferramenta que traga para organização um resultado negativo, e

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129

sim se transforme em força, em perseverança e consequentemente bons resultados

a empresa e ao funcionário, fazendo com que se mantenha um clima motivacional,

saudável, e propício para a eficácia dos resultados.

Tabela 35: Há espaço para desenvolver outras habilidades e aprimorar conhecimentos Há espaço para desenvolver outras habilidades e

aprimorar conhecimentos Absoluto Relativo sempre 5 23%

às vezes 1 4% raramente 9 41%

nunca 7 32%

Total 22 100% Fonte: Dados primários (2011)

Gráfico 35: Há espaço para desenvolver outras habilidades e aprimorar conhecimentos

23%

4%

41%

32%sempre

às vezes

raramente

nunca

Fonte: Dados primários (2011)

Segundo os dados apresentados, 23% dos funcionários afirmaram que na

empresa há espaço para desenvolver outras habilidades e aprimorar seus

conhecimentos, seguidos por 4% que responderam às vezes, 41% responderam

raramente e 32% nunca. Como se pode notar, a soma dos resultados negativos

dessa variável ultrapassa 70% na percepção dos funcionários, resultado este que

merece atenção, pois demonstra um elevado grau de descontentamento por parte

dos mesmos.

Vemos com isso que mais uma vez gerentes competentes (GC), assim como

crescimento profissional (CP), são os elementos no qual essa variável tem ligação

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130

direta, pois, atualmente o que diferencia uma empresa de outra é o capital intelectual

que ela possui.

Para Chiavenato (1992, p. 50), “o clima organizacional é favorável quando

proporciona satisfação das necessidades pessoais dos participantes, produzindo

elevação do moral interno e é desfavorável quando proporciona frustração daquelas

necessidades”.

As empresas juntamente com seus gestores cada vez, mas estão cientes e a

procura de pessoas capacitadas, motivadas, para ocupar os cargos dentro das

organizações. Entretanto para que isso aconteça, a empresa deve dar espaço para

que seus funcionários possam desenvolver outras habilidades além das quais já

possuem, assim como aprimorar seus conhecimentos e consequentemente trazer

benefícios a empresa.

Tabela 36: Promove treinamentos que possibilitam aprimorar trabalho A empresa promove treinamentos que possibilitam

aprimorar trabalho Absoluto Relativo sempre 3 14%

às vezes 3 14% raramente 5 22%

nunca 11 50%

Total 22 100% Fonte: Dados primários (2011)

Gráfico 36: Promove treinamentos que possibilitam aprimorar trabalho

14%

14%

22%

50%

sempre

às vezes

raramente

nunca

Fonte: Dados primários (2011)

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131

Com relação a variável avaliada no gráfico 36, 14% dos funcionários

responderam que a empresa sempre promove treinamento para o aprimoramento do

trabalho, 14% as vezes, 22% raramente e 50% responderam nunca. Esses

resultados apontam certo grau de insatisfação neste fator. Fator este que está

relacionado com gerentes competentes (GC), assim como, crescimento profissional

(CP).

Neste sentido vale a pena ressaltar que a Superauto não tem o hábito de

promover treinamentos para a maioria dos colaboradores. Os treinamentos são

realizados apenas para os gerentes, deixando de fora os demais colaboradores que

ocupam outros cargos na empresa.

Como vimos no gráfico 33, 23% dos funcionários responderam não ter o

conhecimento necessário para o desempenho das suas funções, como podemos

notar esse resultado tem ligação com a falta de treinamento na empresa.

Sabe-se que o treinamento envolve um conjunto de atividades com o intuito

de promover a aquisição de habilidades, regras, conceitos e atitudes que resultem

em uma melhoria de adequação entre as características dos empregados e as

exigências dos papéis funcionais (MIKOVICH; BOUDREAU, 2000, p. 339). Os

autores consideram ainda que, o treinamento pode ser visto como uma ferramenta

estratégica, pois aumenta a produtividade e a especialização do trabalho

conseqüentemente aumentando a lucratividade no longo prazo.

Percebe-se que o treinamento pode trazer um grande retorno para o

profissional e para a empresa, pois um profissional mais qualificado terá motivação e

o resultado na execução das tarefas será teoricamente mais produtivo,

conseqüentemente trará maior contribuição para os resultados da organização.

4.4 ANÁLISE GERAL DOS RESULTADOS POR FATORES DO CLIMA MOTIVACIONAL

Após as análises dos resultados, é apresentado a seguir a análise geral dos

elementos que compõe o clima motivacional.

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132

Bom ambiente de trabalho (BAT)

Como item primeiro do clima motivacional, pode-se observar que este é

favorável a empresa, na qual em várias questões na análise deste fator, detectou um

bom nível de satisfação, em questões como, gosto pelo trabalho que realiza, orgulho

e satisfação, debater as idéias com os demais, dentre outras.

Entretanto, notou-se certa insatisfação em alguns itens que devem ser

melhorados tais como, inveja que foi detectado entre os colegas, 73% dos

colaboradores mostraram-se inseguros com relação a empregabilidade. Este

sentimento deriva-se das constantes mudanças no quadro de pessoal que vem

ocorrendo nos últimos meses.

Colegas colaboradores (CC)

Em virtude do quesito "Colegas Colaboradores" ser um dos principais itens do

Clima Motivacional, torna-se preocupante certo grau de inveja, como relatado

também no item anterior. Pode-se observar que a grande maioria não se sente em

uma equipe coesa, pois a variável cooperação entre os colegas apresentou certo

nível de insatisfação.

As fontes de informação devem ser cada vez mais ampliada para promover o

crescimento pessoal e organizacional, ampliando assim o capital intelectual do

grupo.

Gerentes competentes (GC)

Neste item apareceram alguns problemas no qual pode-se destacar:

dificuldade da gerência em acatar sugestões, apesar da facilidade de acesso aos

superiores, baixo nível de resultados práticos em reuniões, baixo feedback

detectado no item recebo críticas construtivas, na variável trabalhar sobre pressão e

sobrecarga de trabalho. Nesta, 77% apontam alguma ou permanente sobrecarga em

suas tarefas, este dado é preocupante, na qual deve-se detectar e aprimorar uma

possível redistribuição de tarefas mais adequadamente, ou ainda rever o número de

funcionários para a execução destas.

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133

Em contra partida, este resultado é contraposto a questão monotonia, na qual

houve uma tendências positivas nas respostas.

Fortificando a impossibilidade percebida de "desenvolvimento pessoal", nota-

se uma falta de incentivo da empresa na promoção ou condução dos funcionários a

treinamentos para aprimorar conhecimentos e habilidades de seus colaboradores.

Pode-se observar que na percepção dos funcionários, há credibilidade no que

é divulgado pela empresa, fato este que pode ser reflexo da facilidade de acesso às

chefias, e considera-se muito positivo para implementação de novos projetos e

mudanças.

Reconhecimento (RP)

O nível de reconhecimento na Empresa de um modo geral mostrou-se

favorável entretanto em alguns fatores como, críticas construtivas, como analisado

também no elemento anterior mostrou insatisfatório. Este dado é preocupante para a

empresa, se a percepção dos funcionários é de que, a empresa não reconhece seus

valores, logo a empresa pode perder pessoas e o seu capital intelectual para os

seus concorrentes.

Vale ressaltar que a política salarial não é responsável por alguma

insatisfação/motivacional percebida na empresa, pois o resultado desta questão foi

considerado positivo. Isto aponta que a política salarial da empresa está enquadrada

na média do que o mercado paga para profissionais em cargos semelhantes.

Crescimento profissional (CP)

Aparentemente os colaboradores têm expectativas de crescimento

profissional uma vez que 77% mostraram-se satisfeitos com essa variável,

entretanto esse elemento é composto por outros fatores que auxiliam na análise

geral tais como, treinamentos, desenvolvimento de habilidades. E no resultado

dessas as constatações são preocupantes, pois o crescimento profissional é um dos

fatores responsáveis para que haja engajamento mais efetivo junto à empresa.

Geralmente, os funcionários que não vêem perspectivas de crescimento dentro de

uma empresa, estão nela de maneira não “inteira”, ou seja; trabalham como se este

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134

emprego fosse temporário, para quando aparecer uma boa oportunidade, buscar o

seu crescimento profissional.

Em contraposto, a maioria vê a empresa com otimismo e isso é um bom sinal

para a organização. Portanto, ela pode amenizar as falhas nestas variáveis que

apresentaram problemas, promovendo, conduzindo e incentivando as pessoas a se

desenvolverem em suas competências: conhecimento, habilidades e atitudes. Esta

condição deve ser aproveitada com muito afinco pela empresa, promovendo cada

vez mais o aprimoramento contínuo de sua equipe.

4.5 AÇÕES E ESTRATÉGIAS PARA MELHORAR O CLIMA MOTIVACIONAL DA SUPERAUTO VEÍCULOS

Buscando atingir os objetivos propostos neste trabalho, depois de estudar

todo o referencial teórico e assim tendo embasamento para analisar os resultados

do questionário aplicado com os funcionários, serão apresentadas na seqüência as

ações propostas, visando melhorar o clima motivacional dos funcionários da

Superauto Veículos.

Medida 1 - Implantar um programa de treinamento de funcionários

Recomenda-se a implantação de um programa de treinamento para os

funcionários da Superauto, haja vista que na empresa em questão como vimos nas

análises não acontecem. O treinamento pode ser visto como uma ferramenta

estratégica, pois aumenta a produtividade e a especialização do trabalho

consequentemente aumentando a lucratividade no longo prazo.

A empresa deverá adotar essa ferramenta com todo o quadro de funcionários,

com o intuito de promover a aquisição de habilidades, regras, conceitos e atitudes

que resultem em uma melhoria de adequação entre as características desses

empregados e as exigências dos papéis funcionais.

Deve-se implantar treinamento também com os funcionários novos, pois ao

ingressar na organização eles obterão muitas informações decorrentes deste

treinamento, que consequentemente irão auxiliá-los na familiarização com as

normas da empresa. A empresa não terá custos elevados nesse processo, afinal

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135

poderá designar funcionários mais experientes para promover esses treinamentos,

entretanto para que não haja conflitos e insatisfação a empresa deverá remunerar

esse profissional que provavelmente deixará de desenvolver suas tarefas, no

período em que estiver promovendo o treinamento.

O treinamento poderá ser aplicado a cada 6 meses se houver mudanças no

processo produtivo de cada cargo, ou ainda, no momento em que houver mudanças

significativas no ambiente de trabalho. Na contratação de um novo funcionário este

também deverá passar por um treinamento primário para familiarização com a

empresa, e seus afazeres.

Medida 2 - Implantar um programa de treinamento em liderança com a gerência

Como vimos nas análises existe certo grau de descontentamento no que diz

respeito a algumas variáveis estudadas, como a inveja entre os colegas de trabalho,

que geralmente é acirrada pelo clima de competição que existe entre os

funcionários, principalmente entre os vendedores, portanto os gerentes devem estar

atentos e preparados para lidar com essas questões.

Outra questão que apresentou preocupação entre os funcionários

pesquisados, foi à flexibilidade por parte dos superiores em acatar sugestões para o

trabalho, que mostrou certo grau de insatisfação entre os colaboradores e, portanto,

deverá ser avaliado pelos gerentes, assim como trabalho sobre pressão que

também apresentou insatisfação.

Esse treinamento com os gerentes deverá ser aplicado, de caráter imediato,

haja vista, que existe certo grau de insatisfação com relação a algumas variáveis em

que os gestores estão envolvidos direta ou indiretamente. Essa medida proposta

acarretará para a empresa custos, entretanto como vimos, se faz necessário o

investimento na capacitação desses profissionais para que esse conjunto de ações

tragam resultados positivos e satisfatórios para a empresa.

Medida 3 – Revisão das funções dos cargos dos funci onários da empresa

A revisão das funções é importante, uma vez que os resultados obtidos da

variável sobrecarga de tarefas, notou-se um certo grau de insatisfação por parte dos

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136

funcionários e a necessidade de melhorar a percepção dos funcionários neste

elemento.

Portanto a empresa deverá fazer esse processo através de análise dos

cargos, a fim de identificar o motivo da sobrecarga e onde ele poderá desafogar

essas tarefas, avaliando até a possibilidade de novas contratações, ou ainda uma

melhor distribuição das tarefas.

Essa medida, não acarretará custos para a organização, haja vista que a

empresa possue no seu corpo de funcionários profissionais competentes para o

desenho e análise dos cargos.

A empresa deverá adotar essa ação, à medida que ela notar a sobrecarga de

tarefas, por meio da percepção dos superiores, dos colegas de trabalho, dos

próprios colaboradores ou até mesmo, dos resultados das tarefas desempenhadas.

Medida 4 – Implantação de um mural de comunicação i nterna

Essa medida é importante, pois através dela serão passadas as informações,

de mudanças repentinas que possam vir a ocorrer e ocorrem, alguns procedimentos

que devam ser adotados pelos funcionários, e que muitas vezes são esquecidos.

Essa ação visa, portanto, diminuir os ruídos que ocorrem na empresa, pela

falta de comunicação que muitas vezes existe por parte dos gestores, busca

esclarecer as dúvidas que possam existir por parte dos colaboradores.

Os custos efetivos para a implantação desta medida são baixos, e devem ser

implantadas de imediato na empresa.

Medida 5 – Programa de avaliação do clima motivacio nal

A implantação de um programa de avaliação do clima motivacional pode ser

feito a cada 6 meses, com o intuito de conhecer as necessidades,

descontentamentos, insatisfação, sobrecargas, e possíveis falhas no sistema

gerencial. Pois sabe-se que lidar com pessoas é uma tarefa difícil, e estar atento ao

que acontece dentro da organização é essencial para prevêr e evitar conflitos

desnecessários que possam vir a afetar a produtividade da empresa.

Os custos serão baixos, pois existem na empresa funcionários capacitados, e

com conhecimento suficiente para aplicar o questionário e com base na

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fundamentação teórica utilizada neste trabalho, terão o embasamento para fazer as

análises e propor melhorias.

Medida 6 - Redefinições dos processos de decisão co m a participação dos

funcionários

A redefinição dos processos de decisão devem ser feitos, para que os

funcionários percebam que suas opiniões ou sugestões ajudam a implementar algo

que poderá trazer melhorias a empresa. Essa melhora na gestão participativa é

importante para que mantenha um bom clima organizacional.

Para a implantação a empresa deverá redefinir critérios e a sistemática atual

de decisão; rever os dispositivos regulamentadores proporcionando a

descentralização e participação dos funcionários nas decisões. Os custos para esse

procedimento serão baixos.

Medida 7 – Contratação de um auxiliar geral BOY

Essa medida é importante pois visa desafogar o fluxo de trabalho, saída de

funcionários, para amenizar a sobrecarga, afim de amenizar os desconfortos e

conflitos existentes.

A sugestão é contratar um novo funcionário para desempenhar a função de

auxiliar geral (Boy ), que executará funções como; pagamento de contas, serviços de

correio, entrega de documentação entre lojas e despachantes, entre outros.

Os custos para essa medida variam de R$1.400,00 à R$1.700,00, segundo

dados de contratações passadas.

Medida 8 – Elaboração e implementação do plano de c arreira para possíveis

promoções

Essa medida é importante para proporcionar aos funcionários, expectativas

de crescimento e reconhecimento, para melhorar a satisfação e consequentemente

afinco no trabalho.

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138

Para isto a empresa deverá divulgar as normas da empresa para o plano de

carreira; incluir um sistema de meritocracia, para as possíveis promoções, afim de

instigar e manter os funcionários satisfeitos e empenhado para o trabalho. Os custos

para implantação são baixos.

Medida 9 – Festas e confraternizações

Promover festas e confraternizações, e tem por intuito proporcionar a

integração dos colaboradores visando amenizar a inveja e promover a união. A

empresa deverá implantar festas como; dia do trabalho, natal; jantar de

aniversariantes; churrascos no final do mês.

Medida 10 - Incentivo aos estudos

A empresa pode incentivar e promover uma melhor capacitação do capital

humano da empresa, e melhorar a auto-estima e sentimento de reconhecimento dos

funcionários. Para fazer a implantação desse projeto a empresa poderá fazer

convênio com empresas, como o SESI, SENAI, assim como Universidades, entre

outros. Os custos devem ser analisados.

No quadro a seguir segue uma síntese das propostas listadas anteriormente.

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D

PLANO DE AÇÃO PROPOSTA: Estratégias de melhorias do clima motivacional da S uperauto Veículos

INDICA-DOR

MEDIDA (o que)

Quando Onde Quem Razão, Porque, P/ quem Como (procedimento) Quanto Posição

1 Treinamento com os funcionários da empresa

De imediato Empresa Funcionários da empresa, ou terceirizados

Para promover a aquisição de habilidades, diminuir a resistência a mudanças e promover a melhor adaptação dos

novos funcionários.

Por meio de palestrar e cursos, desenvolvidos pelos próprios

colaboradores melhor instruídos e que conhecem bem as normas e valores da

empresa.

-

2 Treinamento em liderança dos gerentes

De imediato Empresa Empresa Terceirizada

Para melhorar o relacionamento entre

gerentes e colaboradores, proporcionando melhor

capacitação para os gestores

Por meio de cursos e palestras direcionadas a liderança, gestão de

pessoas e relacionamento interpessoal

1.500,00

3 Revisão das funções dos cargos da empresa

De imediato Empresa RH,

Gerencia

Para a definição das atribuições dos

colaboradores a fim de diminuir a sobrecarga de

trabalho

Descrevendo e analisando os cargos e tarefas desempenhadas

-

4 Implantação de mural de comunicação interna

De imediato Empresa RH Para repassar de forma clara as informações

relevantes ao trabalho dos Funcionários

Implantação de mural de comunicação 65,00

5 Programa de avaliação do clima motivacional

Junho de 2012

Empresa RH Para avaliar, prevê e evitar conflitos desnecessários que possam vir a afetar a produtividade da empresa

Aplicando o questionário que foi aplicado neste trabalho,

-

6 Redefinições dos processos de decisão com a participação dos funcionários

De imediato Empresa Gerencia Para que os funcionários percebam que suas

opiniões ou sugestões ajudam a implementar algo que poderá trazer

Redefinindo critérios e a sistemática atual de decisão; rever os dispositivos

regulamentadores proporcionando a descentralização e participação dos

funcionários nas decisões

-

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140

melhorias a empresa

7 Contratação de um BOY

De imediato Empresa A empresa Para amenizar o fluxo de trabalho, saída de

funcionários, para diminuir a sobrecarga

Contratando um Auxiliar de serviços gerais (boy)

1.200,00

8 Elaboração e implementação do plano de carreira para possíveis promoções

De imediato Empresa Gerencia, RH Para proporcionar aos funcionários expectativas

de crescimento e reconhecimento, para

melhorar a satisfação e consequentemente o

trabalho

Divulgando as normas da empresa para o plano de carreira; incluir um sistema de

meritocracia, para as possíveis promoções, afim de instigar e manter os funcionários satisfeitos e emprenhado para o trabalho

-

9 Festas e confraternizações

De imediato Empresa Gerencia, RH Proporcionar a integração dos colaboradores

visando amenizar a inveja e promover a união.

Por meio de festas como; Dia do trabalho, natal; jantar de aniversariantes; churrascos

no final do mês

-

10 Incentivo aos estudos

De imediato Empresa Empresa Para promover uma melhor capacitação do

capital humano da empresa, e melhorar a

auto-estima e sentimento de reconhecimento dos

funcionários

Através de convenio com empresas, como o SESI, SENAI.

-

Quadro 4: Plano de Ação: Ação para melhorias no clima motivacional da Superauto Veículos. Fonte: Pesquisa de campo. Legenda

EM ANDAMENTO REALIZADO A SER FEITO

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante das mudanças que ocorrem nas organizações em busca da qualidade

e produtividade, agilidade e flexibilidade, têm se caracterizado por um continuo

repensar de estruturas, processos e qualificações. A organização que busca

preencher as lacunas da modernidade são aquelas que buscam entender e inserir

técnicas de valorização do seu capital humano.

Numa época de complexidade, mudanças e incertezas como a que

atravessamos hoje, a administração tornou-se uma das mais importantes áreas da

atividade humana. A tarefa básica da administração é a de fazer as coisas através

das pessoas, sejam na indústria, nas organizações, serviços públicos, nos hospitais,

nas universidades, ou em qualquer outra forma de empreendedorismo humano, pois

a eficácia com que as pessoas trabalham em conjunto para conseguir objetivos

comuns depende, principalmente, da capacidade daqueles que exercem função

administrativa.

O objetivo central deste trabalho foi diagnosticar e analisar o clima

motivacional da Superauto Veículos Ltda, além de identificar o perfil dos seus

funcionários, mais também compreender as variáveis associadas ao favorecimento

ou o desfavorecimento do clima motivacional.

Durante a implantação da pesquisa de campo com os funcionários da

Superauto, houve colaboração por parte da empresa, haja vista que o trabalho trará

benéficos para a compreensão dos funcionários com relação as questões

relacionadas ao clima motivacional.

Os objetivos geral e específicos foram atingidos com a elaboração deste

trabalho, que tornaram-se durante todo processo de aprendizado, o alicerce para a

continuação e propriedade do mesmo.

Para que a pesquisa tivesse veracidade, os funcionários, foram informados

que poderiam colocar o seu real ponto de vista com relação as variáveis que foram

expostas no questionário aplicado, pois, com a percepção correta, pode-se realizar

um trabalho científico, um trabalho consistente e dados coerentes para medir e

analisar o clima motivacional da Superauto Veiculos.

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Notou-se que o clima motivacional da Superauto, apresenta-se favorável,

apesar de ter algumas variáveis que, se apresentaram desfavoráveis e merecem

atenção, conforme foi evidenciado nas análises e no plano de ação.

É muito importante ressaltar que o conhecimento das diferenças individuais

sob a dimensão motivacional é imprescindível para uma convivência harmônica

entre as pessoas, ao mesmo tempo em que é essa mesma convivência que

permitirá conhecê-las.

Como vimos na fundamentação teórica, a motivação é algo intrínseco, ou seja

ninguém motiva ninguém, as empresas devem retirar ou melhorar as “coisas” que

desmotivam, criando desta forma, um bom ambiente de trabalho, que traga

satisfação a seus funcionários e bons resultados a empresa e que esse conjunto de

fatores gerem um bom clima motivacional.

Como sugestão para futuros trabalhos, sugere-se a elaboração de um

planejamento estratégico com o intuito de amenizar os fatores que afetam o clima

motivacional, o intuído de complementar este estudo, criando novas estratégias e

buscando novas informações.

Para a acadêmica o trabalho teve grande importância, tendo em vista o

aprofundamento dos conhecimentos teóricos e práticos dos conceitos estudados,

fazendo com que o acadêmico conseguisse avaliar a organização sob a ótica de

cada colaborador participante da pesquisa, suas percepções e necessidades.

O presente trabalho foi importante para entender que motivação é a nível

individual, que por sua vez conduz ao clima organizacional que apresenta-se a nível

da organização. Da junção desses dois elementos, surgiu o clima motivacional, que

apresenta elementos importantes que nos ajudam a entender, o comportamentos

dos indivíduos, suas necessidades, desejos anseios e insatisfações.

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REFERÊNCIAS

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146

APÊNDICE

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147

APÊNDICE A

QUESTIONÁRIO

PESQUISA APLICADA COM OS FUNCIONÁRIOS DA SUPERAUTO VEÍCULOS

Este questionário faz parte de um trabalho de conclusão de estágio de curso de Administração da UNIVALI – Biguaçu, que tem por objetivo avaliar o perfil e o nível de satisfação quanto ao clima motivacional da Superauto Veículos. Marque com um “X” conforme o seu perfil ou seu

nível de satisfação. Não é necessária a identificação.

1. Sexo:

( ) Feminino ( ) Masculino

2. Faixa etária:

( ) Menos de 18 anos

( ) 18 a 25 anos

( ) 26 a 35 anos

( ) 46 a 55 anos

( ) 36 a 45 anos

( ) Acima de 55 anos

3. Escolaridade:

( ) Ensino fundamental incompleto

( ) Ensino fundamental completo

( ) Ensino médio incompleto

( ) Ensino médio completo

( ) Ensino superior incompleto

( ) Ensino superior completo

( ) Pós-graduação

4. Estado civil:

( ) Solteiro

( ) Casado

( ) Relação estável

( ) Separado/divorciado

( ) Viúvo

5. Qual sua função: _______________________________ ___________________

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6. Há quanto tempo você trabalha na empresa?

( ) Menos de 1 ano

( ) De 1 a 3 anos

( ) De 3 a 6 anos

( ) De 6 a 10 anos

( ) Mais de 10 anos

7. Município onde reside:

( ) Florianópolis

( ) São José

( ) Biguaçu

( ) Palhoça

( ) Outro:________________

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Indicadores de Freqüência Sempre Às vezes

Rara-mente Nunca

1. Gosto do cargo que exerço dentro da organização

2. A empresa proporciona oportunidades de crescimento

3. Considero bom o meu ambiente de trabalho

4. Percebo inveja entre os colegas

5. Espero por melhorias

6. Sinto orgulho e satisfação por trabalhar aqui

7. Posso debater minhas idéias com os demais

8. As reuniões apresentam resultados práticos

9. Tenho acesso fácil a outras gerências da empresa

10. Há flexibilidade por parte dos superiores em acatar sugestões para o trabalho

11. Há colaboração entre os colegas da empresa

12. As tarefas do meu setor são feitas por equipe

13. É fácil lidar com as chefias da empresa, isto é; as relações são abertas e diretas

14. Posso confiar no que é divulgado pela empresa

15. Sei a quem recorrer quando tenho dúvidas

16. Em relação ao mercado de trabalho meu salário está de acordo

17. Recebo críticas construtivas sobre minhas atividades

18. Meu salário é compatível com as atividades que realizo

19. A diferença de salários entre os funcionários é justa

20. A monotonia faz parte do meu dia-a-dia

21. Estou sobrecarregado de tarefas diariamente

22. Sou capaz de fazer sacrifícios pelo meu trabalho

23. Vejo a empresa com otimismo

24. Sinto-me seguro neste emprego, no que diz respeito a estabilidade

25. Preocupo-me com a imagem da empresa

26. Tenho conhecimento suficiente para executar minha função

27. Trabalho sobre pressão

28. Há espaço para desenvolver outras habilidades e aprimorar meus conhecimentos

29. A empresa proporciona treinamentos que possibilitam aprimorar o meu trabalho

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APÊNDICE B

RESULTADO INDIVIDUAL DA PESQUISA DOS FUNCIONÁRIOS D A SUPERAUTO POR FILIAL FUNCIONÁRIOS KOBRASOL

Indicadores de Freqüência Aplica-se Aplica-se Aplica-se Aplica-

se Aplica-se Aplica-

se Aplica-se Não se

sempre às vezes raramente nunca Total totalmente às

vezes raramente aplica

1. Gosto do cargo que exerço dentro da organização 6 3 0 0 9 67% 33% 0% 0% 2. A empresa proporciona oportunidades de crescimento 3 2 4 0 9 33% 22% 44% 0% 3. considero bom o meu ambiente de trabalho 6 3 0 0 9 67% 33% 0% 0% 4. Percebo inveja entre os colegas 0 4 3 2 9 0% 44% 33% 22% 5. Espero por melhorias 7 2 0 0 9 78% 22% 0% 0% 6. Sinto orgulho e satisfeito por trabalhar aqui 7 2 0 0 9 78% 22% 0% 0% 7. Posso debater minhas idéias com os demais 5 4 0 0 9 56% 44% 0% 0% 8. As reuniões apresentam resultados práticos 1 8 0 0 9 11% 89% 0% 0% 9. Tenho acesso fácil a outras gerências da empresa 3 2 3 1 9 33% 22% 33% 11% 10. Há flexibilidade por parte dos superiores em acatar sugestões para o trabalho 1 2 6 0 9 11% 22% 67% 0% 11. Há colaboração entre os colegas da empresa 2 5 2 0 9 22% 56% 22% 0% 12.As tarefas do meu setor são feitas por equipe 4 2 1 2 9 44% 22% 11% 22% 13. É fácil lidar com as chefias/relações abertas e diretas 5 4 0 0 9 56% 44% 0% 0% 14. Posso confiar no que é divulgado pela empresa 9 0 0 0 9 100% 0% 0% 0% 15. Sei a quem recorrer quando tenho dúvidas 7 2 0 0 9 78% 22% 0% 0% 16. Relação ao mercado de trabalho/salário está de acordo 5 4 0 0 9 56% 44% 0% 0% 17. Recebo críticas construtivas sobre minhas atividades 3 4 2 0 9 33% 44% 22% 0% 18. Meu salário é compatível com as atividades que realizo 3 5 0 1 9 33% 56% 0% 11% 19. A diferença de salários entre os funcionários é justa 4 5 0 0 9 44% 56% 0% 0% 20. A monotonia faz parte do meu dia-a-dia 2 2 2 3 9 22% 22% 22% 33% 21. Estou sobrecarregado de tarefas diariamente 1 3 2 3 9 11% 33% 22% 33% 22. Sou capaz de fazer sacrifícios pelo meu trabalho 4 4 0 1 9 44% 44% 0% 11% 23. Vejo a empresa com otimismo 7 1 1 0 9 78% 11% 11% 0% 24. Sinto-me Seguro neste emprego 1 2 6 0 9 11% 22% 67% 0% 25. Preocupo-me com a imagem da empresa 7 2 0 0 9 78% 22% 0% 0%

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151

26. Conhecimento suficiente para executar minha função 5 4 0 0 9 56% 44% 0% 0% 27. Trabalho sobre pressão 4 2 2 1 9 44% 22% 22% 11% 28. Há espaço para desenvolver outras habilidades e aprimorar conhecimentos 2 5 0 2 9 22% 56% 0% 22% 29. Promove treinamentos que possibilitam aprimorar trabalho 2 0 2 5 9 22% 0% 22% 56%

GERAL 116 88 36 21 261 44% 34% 14% 8% 100%

FUNCIONÁRIOS BEIRAMAR

Indicadores de Freqüência Aplica-se Aplica-se Aplica-se Não se Aplica-se

Aplica-se Aplica-se

Não se

totalmente às vezes raramente aplica Total totalmente às

vezes raramente aplica

1. Gosto do cargo que exerço dentro da organização 8 4 1 0 13 62% 31% 8% 0% 2. A empresa proporciona oportunidades de crescimento 5 7 1 0 13 38% 54% 8% 0% 3. considero bom o meu ambiente de trabalho 7 3 3 0 13 54% 23% 23% 0% 4. Percebo inveja entre os colegas 4 7 2 0 13 31% 54% 15% 0% 5. Espero por melhorias 9 4 0 0 13 69% 31% 0% 0% 6. Sinto orgulho e satisfeito por trabalhar aqui 8 4 1 0 13 62% 31% 8% 0% 7. Posso debater minhas idéias com os demais 4 7 2 0 13 31% 54% 15% 0% 8. As reuniões apresentam resultados práticos 0 8 5 0 13 0% 62% 38% 0% 9. Tenho acesso fácil a outras gerências da empresa 5 3 4 1 13 38% 23% 31% 8% 10. Há flexibilidade por parte dos superiores em acatar sugestões para o trabalho 2 7 3 1 13 15% 54% 23% 8% 11. Há colaboração entre os colegas da empresa 4 7 2 0 13 31% 54% 15% 0% 12.As tarefas do meu setor são feitas por equipe 6 4 2 1 13 46% 31% 15% 8% 13. É fácil lidar com as chefias/relações abertas e diretas 7 5 1 0 13 54% 38% 8% 0% 14. Posso confiar no que é divulgado pela empresa 12 1 0 0 13 92% 8% 0% 0% 15. Sei a quem recorrer quando tenho dúvidas 9 3 1 0 13 69% 23% 8% 0% 16. Relação ao mercado de trabalho/salário está de acordo 9 2 2 0 13 69% 15% 15% 0% 17. Recebo críticas construtivas sobre minhas atividades 3 4 6 0 13 23% 31% 46% 0% 18. Meu salário é compatível com as atividades que realizo 9 3 1 0 13 69% 23% 8% 0% 19. A diferença de salários entre os funcionários é justa 5 7 1 0 13 38% 54% 8% 0% 20. A monotonia faz parte do meu dia-a-dia 2 3 1 7 13 15% 23% 8% 54% 21. Estou sobrecarregado de tarefas diariamente 3 4 4 2 13 23% 31% 31% 15%

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22. Sou capaz de fazer sacrifícios pelo meu trabalho 7 5 0 1 13 54% 38% 0% 8% 23. Vejo a empresa com otimismo 9 3 1 0 13 69% 23% 8% 0% 24. Sinto-me Seguro neste emprego 1 2 9 1 13 8% 15% 69% 8% 25. Preocupo-me com a imagem da empresa 9 3 1 0 13 69% 23% 8% 0% 26. Conhecimento suficiente para executar minha função 8 3 2 0 13 62% 23% 15% 0% 27. Trabalho sobre pressão 6 5 2 0 13 46% 38% 15% 0% 28. Há espaço para desenvolver outras habilidades e aprimorar conhecimentos 3 6 3 1 13 23% 46% 23% 8% 29. Promove treinamentos que possibilitam aprimorar trabalho 3 1 7 2 13 23% 8% 54% 15%

GERAL 167 125 68 17 377 44% 33% 18% 5% 100%

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