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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAS APLICADAS - GESTÃO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO ISMAEL LUTZ DIAS ANÁLISE SWOT DA EMPRESA ARMADA YACHTS São José 2010

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAS APLICADAS - GESTÃO

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

ISMAEL LUTZ DIAS

ANÁLISE SWOT DA EMPRESA ARMADA YACHTS

São José 2010

1

ISMAEL LUTZ DIAS

ANÁLISE SWOT DA EMPRESA ARMADA YACHTS

Trabalho de Conclusão de Estágio apresentado como

requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em

Administração da Universidade do Vale Itajaí.

Professor Orientador: Profª. Ana Paula Lisboa Sohn

São José 2010

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ISMAEL LUTZ DIAS

ANÁLISE SWOT DA EMPRESA ARMADA YACHTS

Este Trabalho de Conclusão de Estágio foi julgado adequado e aprovado em sua forma final pela Coordenação do Curso de Administração da Universidade do Vale do Itajaí, em 01 de dezembro de 2010.

Prof(a) MSc. Valerio Cristofolini UNIVALI – Campus São José Coordenador(a) do Curso

Banca Examinadora:

Prof(a) Ana Paula Lisboa Sohn

UNIVALI – Campus São José Professor Orientador

Prof(a) Evelize Mara de Sousa Gomes Martins

UNIVALI – Campus São José Membro

Prof(a) Amarildo Felipe Kanitz UNIVALI – Campus São José

Membro

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Dedico este trabalho a minha família e aos meus amigos.

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AGRADECIMENTOS

A UNIVALI, aos professores e coordenação pelos

conhecimentos adquiridos ao longo do curso e a amizade.

A minha orientadora Profª. Ana Paula Lisboa Sohn e aos colegas

de sala de aula pelo companheirismo.

A Armada Yachts por possibilitar o desenvolvimento das

atividades de estágio e também pelo apoio de seus gestores e

colaboradores para a conclusão deste trabalho.

Agradeço a Deus pela vida e a minha família pelo incentivo e

compreensão.

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RESUMO

Tendo em vista a dinâmica competitiva imposta pelos valores da sociedade do conhecimento, quais sejam a valorização dos bens intangíveis, a melhor integração das informações e o estímulo ao aprendizado, o objetivo deste trabalho de conclusão de estágio é desenvolver a análise SWOT (Strengths – Pontos Fortes, Weaknesses – Pontos Fracos, Oportunities – Oportunidades, Threats - Ameaças) da empresa Armada Yachts. Para o alcance do objetivo proposto fez-se uma pesquisa de cunho qualitativo e o instrumento de pesquisa adotado foi um ckeck list desenvolvido pelo Prower et al (1986) citado por Prower apud Mintzberg, Ahlstrand et Lampel (2000). Como resultados observou-se que em relação às oportunidades destacam-se a expansão do mercado náutico e a consolidação do Estado como pólo da indústria náutica e as políticas de incentivo fiscal. As ameaças estão associadas à concorrência e ao fornecimento de matérias- primas. Na análise do ambiente interno destacam-se como pontos fortes a qualidade do produto, seu desempenho e a relação custo/benefício. Como pontos fracos têm-se o pouco tempo de experiência da empresa no mercado e a infra-estrutura. Palavras chave: Ameaças e oportunidades. Pontos fortes e fracos.

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ABSTRACT Taking in consideration the competitive dynamics imposed by the information society values, like the valorization of intangible goods, better integration of information and learning stimulation, this traineeship final study aims to develop the SWOT(Strengths, Weaknesses, Opportunities, Threats) analysis at Armada Yachts Enterprise. To reach the proposed goal, a qualitative approach research was conducted and the instrument adopted was a checklist developed by Prower et al (1986) quoted by Prower apud Mintzberg, Ahlstrand et Lampel (2000). Regarding the results observed on opportunities, it is possible to highlight the expansion of the nautical market and the consolidation of Santa Catarina as an important nautical industrial site, and also the policy of tax incentives. The threats are related to competition and raw material supply. In the analysis of the internal environment, it is possible to highlight as strengths the quality of the product, its performance and cost/benefit ratio. The weaknesses consist in the enterprise’s short experience time and its infrastructure. Keywords: Threats and opportunities. Strengths and weaknesses.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Quadro 1 - Análise do ambiente externo........................................................................... 19

Quadro 2 - Análise do ambiente interno........................................................................... 24

Quadro 3 - Análise ambiental............................................................................................ 27

Quadro 4 - Check list de variáveis ambientais.................................................................. 31

Quadro 5 - Check list dos pontos forte e pontos fracos..................................................... 31

Quadro 6 - Oportunidades e ameaças.............................................................................. 42

Quadro 7 - Pontos fortes e fracos.................................................................................... 45

Quadro 8 - Matriz SWOT.................................................................................................. 46

Quadro 9 - Análise SWOT............................................................................................... 47

Figura 1 - Análise SWOT.................................................................................................. 28

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SUMARIO

1 INTRODUÇÃO............................................................................................ 09

1.1 PROBLEMÁTICA.............................................................................................. 10

1.2 OBJETIVOS...................................................................................................... 11

1.2.1 Objetivo geral................................................................................................ 11

1.2.2 Objetivos específicos..................................................................................... 11

1.3 JUSTIFICATIVA................................................................................................ 11

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA............................................................. 13

2.1 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO....................................................................... 13

2.2 ANÁLISE AMBIENTAL...................................................................................... 15

2.2.1 Análise do ambiente externo..........,.............................................................. 16

2.2.2 Análise do ambiente interno.......................................................................... 21

2.2.3 Análise SWOT................................................................................................ 26

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS............................................. 29

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA..................................................................... 29

3.2 CONTEXTO DOS PARTICIPANTES...................................................................... 29

3.3 PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS......................................................... 29

3.4 TRATAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS............................................................. 30

3.5 LIMITAÇÕES DA PESQUISA.............................................................................. 33

4 RESULTADOS............................................................................................ 34

4.1 A EMPRESA..................................................................................................... 34

4.2 ANÁLISE DO AMBIENTE EXTERNO................................................................... 36

4.3 ANÁLISE DO AMBIENTE INTERNO.................................................................... 42

4.4 MATRIZ SWOT............................................................................................... 46

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................... 48

REFERÊNCIAS........................................................................................... 50

ANEXOS....................................................................................................... 53

ANEXO A – Armada Yachts Boat Show....................................................... 54

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1 INTRODUÇÃO

Neste mundo globalizado, a sociedade tem passado por muitas transformações

econômicas, políticas, tecnológicas e sociais. Diante disso, o mundo empresarial não ficou

imune e é constante o desafio na busca de soluções criativas, inovadoras e modernas.

A imprevisibilidade do mundo moderno e as freqüentes mudanças que se

processam caracterizam a globalização, não se vive mais aquela época de estabilidade em que

as mudanças ocorriam lentamente, decorrentes de causas e efeitos que se ajustavam através

dos tempos de maneira quase imperceptível (LUCENA, 2004).

Para Lucena (2004, p. 13), a globalização desse processo de mudança identifica

inúmeras variáveis atuando simultaneamente: incertezas econômicas, avanço da tecnologia,

complexidade das relações, questionamentos dos hábitos de vida e dos valores, contradições

políticas e sociais, posicionamento ecológico, confrontações ideológicas, expectativa dos

trabalhadores, agressividade da concorrência e exigências do mercado. Daí surge à

necessidade de uma gestão estratégica, pois a organização empresarial enfrenta esse ambiente,

interagindo e recebendo o impacto dessas mudanças e incertezas decorrentes.

O mercado náutico em expansão em Santa Catarina mais precisamente na região

onde está instalada a empresa Armada Yachts é parte de um processo de globalização e

apresenta-se como uma característica de mudança, a qual influenciará no desenvolvimento

econômico, social, ecológico, ambiental da região.

O aumento da competitividade, devido à globalização da economia e os avanços

tecnológicos, resultaram também no aumento dos riscos relacionados à gestão inadequada da

empresa. Pois, qualquer empresa de qualquer parte do mundo, a qualquer hora, pode produzir

melhor e mais barato e ter acesso aos mesmos mercados (KLOTER, 2000).

Em busca de uma vantagem competitiva as empresas investem na análise

ambiental, baseados em uma visão sistêmica que possibilite analisar suas potencialidades e

identificar suas vulnerabilidades.

O nível de competitividade de uma empresa depende do ambiente no qual ela

opera. Inúmeras variáveis têm influência na condução dos negócios. Enquanto sobre algumas

delas a empresa tem algum tipo de controle, ou seja, pode influenciar no seu desenvolvimento

e/ou sua relevância na busca dos objetivos organizacionais, sobre outras não existe essa

possibilidade, em razão de elas estarem no ambiente externo à organização (KLOTER, 2000).

10

À análise e monitoramento das variáveis externas e internas da organização

chama-se de análise ambiental. É importante que haja uma constante preocupação em

identificar situações no mercado, atuais ou futuras, que podem ou poderão mostrar-se

favoráveis (oportunidades) e, por isso, devem ser aproveitadas ou desfavoráveis (ameaças) e

que, por essa razão, devem levar a empresa a precaver-se quanto a impactos negativos em seu

desempenho. A análise ambiental considera as variáveis que impactam na condução dos

negócios de uma empresa (LAS CASAS, 2001; FERREL et al, 2000).

A análise ambiental trata de avaliar as condições externas e internas à empresa,

monitorando variáveis que fogem ao seu controle e que representam ameaças e oportunidades

e variáveis cujo controle pode ser exercido pela organização, e onde é possível detectar pontos

fortes e pontos fracos (KLOTER, 2000).

Em relação à análise ambiental Tavares (2000) observa que a principal diferença,

então, é que sobre as situações percebidas no ambiente externo às organizações (ameaças e

oportunidades), não há possibilidade de ingerência, de interferência por parte dos gestores do

negócio. Já os pontos fortes e fracos são características distintivas próprias a cada empresa, ou

seja, depende delas próprias, da capitalização de suas forças e a minimização ou supressão de

suas fraquezas.

Este trabalho de conclusão de estágio tem como objetivo desenvolver a análise

SWOT da empresa Armada Yachts.

1.1 PROBLEMÁTICA

A análise ambiental é uma estratégia para a empresa manter-se competitiva no

mercado, pode ser ainda, base para implantação e definição de estratégias e ações que visam o

bom andamento dos negócios da empresa.

A análise ambiental é importante para a gestão da empresa e tanto quanto é

importante conhecer o mercado (ambiente externo – oportunidades e ameaças) quanto

conhecer-se (ambiente interno - pontos fortes e fracos) (TAVARES, 2000).

Um dos resultados importantes de uma boa análise SWOT é ajustar as forças

internas às oportunidades externas, é, ainda encontrar formas de converter as fraquezas em

forças e de substituir as ameaças por oportunidades. Sendo assim a análise SWOT passa a ser

uma estratégia competitiva para a empresa (FERREL et al, 2000).

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Viu-se que a empresa Armada Yachts não possui um posicionamento de

marketing, nunca realizou um processo de análise ambiental, e atualmente não tem claros seus

diferenciais, fraquezas, oportunidades e ameaças.

Diante do acima exposto pode-se dizer que a empresa possui uma desvantagem

competitiva por não desenvolver ações que visem à análise ambiental.

1.2 OBJETIVOS

A seguir apresentam-se os objetivos perseguidos pela empresa.

1.2.1 Objetivo geral

O objetivo geral deste estágio é desenvolver a análise SWOT a empresa Armada

Yachts (TIFFANY, 1998).

1.2.2 Objetivos específicos

Identificar as ameaças no ambiente competitivo da empresa Armada Yachts;

Levantar as oportunidades no ambiente competitivo da referida empresa;

Descrever os pontos fortes e fracos da empresa Armada Yachts.

1.3 JUSTIFICATIVA

A análise SWOT (Strengths – Pontos Fortes, Weaknesses – Pontos Fracos,

Oportunities – Oportunidades, Threats - Ameaças) é baseada nas oportunidades e ameaças e

pontos fortes e fracos identificados na análise ambiental, essas forças devem ser analisadas

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em relação a necessidades e concorrência de mercado. Para Ferrel et al (2000, p. 34): “essa

análise ajuda a empresa a identificar o que faz bem e onde precisa fazer melhorias.”

O presente Trabalho de Conclusão de Estágio possibilita ao aluno o

desenvolvimento do conhecimento adquirido durante o curso, o aprimoramento da capacidade

de ordenar logicamente idéias e criatividade para propor sugestões e melhorias, bem como o

aprofundamento na disciplina de marketing mais especificamente na Análise Ambiental.

No intuito de contribuir com a empresa Armada Yachts, este Trabalho de

Conclusão de Estágio se propõe levar ao conhecimento da organização abordagens referentes

a questões relacionadas ao Marketing – Análise Ambiental, como fator competitivo, fazendo

com que a empresa busque implementar ações que possibilitem conhecer o ambiente interno e

externo da organização e também acredita-se que a análise ambiental seja ferramenta

fundamental para a gestão da empresa e estratégia de mercado.

Diante do acima exposto, pode-se afirmar que a execução e apresentação deste

Trabalho de Conclusão de Estágio beneficiarão não somente o aluno e a empresa, mas

também a comunidade acadêmica visto que este ficará exposto para pesquisa e até mesmo

para guiar outros estudos de casos dos demais acadêmicos desta universidade.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Para o desenvolvimento da fundamentação teórica foram pesquisados os

principais conceitos e a importância dos seguintes temas: planejamento estratégico, análise

ambiental, análise do ambiente externo, análise do ambiente interno e análise SWOT.

2.1 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

O planejamento pode ser definido como uma ação traçada antecipadamente. Pode-

se dizer que planejar é pensar no futuro, ou ainda que planejamento é a determinação

consciente de medidas destinadas a cumprir objetivos.

Para Mintzberg (2004) planejamento é um procedimento formal para produzir um

resultado articulado, na forma de um sistema integrado de decisões. Segundo o autor, as

organizações devem planejar para coordenar suas atividades, para assegurar que o futuro seja

levado em consideração, para ser “racionais” e por fim as organizações devem planejar para

controlar.

Para Chiavenato (2003) planejamento estratégico é um processo de formulação de

estratégias organizacionais no qual se busca inserção da organização e de sua missão no

ambiente em que ela está atuando.

A estratégia não é um conceito recente, desde quando o homem das cavernas se

pôs a caçar, pescar ou lutar para poder sobreviver, a estratégia sempre esteve presente com um

plano antecipado do que fazer para ser bem-sucedido. O termo estratégia (strátegos)

inicialmente referia-se a uma posição (o general no comando de um exército), mais tarde veio

a significar a aplicação de competências e habilidades gerenciais. Cabe a estratégia elaborar

planos e subplanos para reunir e integrar todos os recursos necessários para alcançar os

objetivos traçados (CHIAVENATO, 2003).

Para Drucker in Chiavenato (2003, p. 39): “Planejamento estratégico é o processo contínuo de, sistematicamente e com o maior conhecimento possível do futuro contido, tomar decisões atuais que envolvem riscos; organizar sistematicamente as atividades necessárias à execução dessas decisões e, através de uma retroalimentação organizada e sistemática, medir os resultados dessas decisões em confronto com as medidas alimentadas.’

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A estratégia é quase sempre uma resposta organizacional às demandas ambientais.

A estratégia precisa ser planejada. O planejamento estratégico é a maneira pela qual a

estratégia é articulada e preparada. Devem-se observar as mudanças ambientais e manter o

processo contínuo de atualização do planejamento estratégico. Possibilitando que o

planejamento estratégico maximize os resultados e minimize as deficiências utilizando-se dos

princípios de maior eficiência, eficácia e efetividade. Estes princípios são os critérios de

avaliação da gestão, pois planejar é administrar (CHIAVENATO, 2003).

Por outro lado, Oliveira (1999) define que planejamento estratégico não deve ser

confundido com previsão, projeção, predição, resolução de problemas ou plano, pois, além

disso, o planejamento estratégico corresponde ao estabelecimento de um conjunto de

providências a serem tomadas pelos gestores para a situação em que o futuro tende a ser

diferente do passado; entretanto, a empresa tem condições e meios de agir sobre as variáveis e

fatores de modo que possa exercer alguma influência; o planejamento é ainda um processo

contínuo de vontade específica dos seus gestores. Planejamento pressupõe a necessidade de

um processo decisório que ocorrerá antes, durante e depois de sua elaboração e

implementação na empresa.

O processo do planejamento pode ser definido como o desenvolvimento de

processos, técnicas e atitudes administrativas, as quais proporcionam uma situação viável de

avaliar as implicações futuras de decisões presentes em função dos objetivos empresariais que

facilitarão a tomada de decisão no futuro, de modo mais rápido, coerente, eficiente e eficaz.

Dentro deste raciocínio, pode-se afirmar que o exercício sistemático do planejamento tende a

reduzir a incerteza envolvida no processo decisório e, consequentemente, provocar o aumento

da probabilidade de alcance dos objetivos e deságios estabelecidos pela organização

(OLIVEIRA, 1999).

O planejamento estratégico é uma ferramenta importante para administração da

organização, e, possibilita o conhecimento do ambiente interno e externo da organização, ou

seja, os pontos fortes, os pontos fracos, as oportunidades e ameaças, os objetivos e metas a

serem alcançados, além de possibilitar a adoção de base de dados e propiciar a utilização de

avaliação estatística. Para Tiffany (1998, p.10) “a elaboração de um plano estratégico aumenta

a probabilidade de que no futuro, sua empresa esteja no lugar certo na hora certa.”

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2.2 ANÁLISE AMBIENTAL

Para Chiavenato (1999, p. 328) a análise ambiental refere-se ao exame das

condições e variáveis atuais e futuras, as coações e restrições, os desafios e contingências, as

oportunidades e brechas percebidas no contexto ambiental que envolve a organização.

A análise ambiental deve focalizar os componentes do microambiente (ambiente

de tarefa), como clientes, fornecedores, concorrentes e agências reguladoras, e os principais

fatores do macroambiente, como variáveis econômicas, sociais, tecnológicas, culturais, legais,

políticas, demográficas e ecológicas (CHIAVENATO, 1999).

Segundo Ferrel et al (2000, p. 33) a análise ambiental resume todas as

informações obtidas sobre as condições da empresa em relação ao ambiente externo, ambiente

do consumidor e ambiente interno. Sendo que a análise do ambiente externo deve incluir

fatores relevantes como: econômicos, competitivos, sociais, políticos/legais e tecnológicos, a

análise do ambiente do consumidor, isto é, mercado-alvo, deve analisar as necessidades e

tendências emergentes e por fim a análise interna, ou seja, organizacional, deve considerar

assuntos como a disponibilidade de alocação dos recursos humanos, a idade e a capacidade

dos equipamentos e da tecnologia, a disponibilidade dos recursos financeiros e o poder e as

lutas políticas no interior da estrutura da organização.

Deve-se considerar que somente a obtenção de dados e informações sobre o

ambiente externo e interno da organização não garante o bom resultado da análise ambiental.

È imprescindível compreender a flexibilidade das informações e adaptar-se a dinâmica do

mundo globalizado (FERREL et al, 2000).

A análise ambiental contribui para a tomada de decisão, para compreender o

diagnóstico atual e possibilita a análise de ações para o futuro da organização. A análise

ambiental busca caracterizar a empresa e mercado de atuação (KOTLER, 2000).

Kotler (2000, p. 159) complementa afirmando que as empresas bem sucedidas

percebem que o ambiente apresenta uma série infindável de oportunidades e ameaças, e

atribui aos profissionais de marketing e gestores da empresa a responsabilidade de identificar

as oportunidades e rastrear as tendências através da análise ambiental.

Para Las Casas (2001, p.68): Aproveitar uma oportunidade ou defender-se de uma ameaça depende, acima de tudo, das condições em que uma empresa se encontra. A combinação dos fatores ambientais analisados, tanto eventos favoráveis como desfavoráveis, com a análise de pontos fortes e fracos de uma empresa é que determinará ameaças e oportunidades reais em determinado período.

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As informações e constatações obtidas através da análise ambiental são

importantes e contribuem para a tomada de decisão dos gestores da organização, os quais

buscam definir e mensurar os objetivos e metas alinhados a valorização das oportunidades e

pontos fortes e minimização dos impactos relacionados a pontos fracos e ameaças.

Para Prower apud Mintzberg, Ahlstrand et Lampel (2000, pág. 211) “o ambiente,

apresenta-se à organização como um conjunto de forças gerais, é agente central no processo

de geração de estratégia.

2.2.1 Análise do ambiente externo

A análise do ambiente externo de uma organização é fundamental no processo

estratégico. Uma estratégia de sucesso é aquela que se alinha bem com o ambiente. Os

administradores precisam saber, por exemplo, o que os competidores estão fazendo, de que

forma uma legislação iminente poderia afetar uma organização e como está a oferta de mão-

de-obra nos lugares onde atua (KOTLER, 2000).

Em geral, uma empresa tem que monitorar importantes forças macro-ambientais

(econômico-demográfico, tecnológicas, político-legais, e sócio-culturais) e significativos

agentes micro-ambientais (clientes, concorrentes, distribuidores, fornecedores) que afetam sua

capacidade de obter lucros. A empresa deve estabelecer um sistema de inteligência de

marketing para acompanhar tendências e mudanças importantes. A administração precisa

identificar as oportunidades e ameaças assoadas a cada tendência ou desenvolvimento

(KOTLER, 2000).

Em continuação, Kotler (2000, p. 145 a 159) define que a análise do ambiente

externo deve observar as seguintes variáveis:

Demográfica: crescimento da população mundial, composto etário da

população, mercados étnicos, grupos educacionais, padrões de moradia, mudanças geográfica

da população;

Econômica: distribuição de renda, poupança, empréstimos e disponibilidade de

crédito;

Natural: escassez de matérias-primas, custo de energia crescente, níveis

crescentes de poluição, mudança no papel dos governos em relação a proteção ambiental;

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Tecnológica: aceleração do passo na mudança tecnológica, oportunidades

ilimitadas de inovação, variação dos orçamentos de pesquisa e desenvolvimento, crescimento

da legislação sobre as mudanças tecnológicas;

Político/legal: quantidade substancial de legislação que afeta as empresas,

crescimento de grupos de interesse especial;

Sociocultural: alta persistência dos valores culturais centrais, existência de

subculturas, mudanças nos valores culturais secundários através dos tempos.

Ainda, sobre a análise do ambiente externo, Ferrel et al (2000, p.44) diz que a

empresa deve observar as seguintes variáveis:

Forças competitivas: os principais concorrentes em marca, produto, genérico e

pelo orçamento total, as características em termo de tamanho, crescimento, rentabilidade,

estratégias e mercados-alvo, as principais fraquezas e forças dos concorrentes, os prováveis

novos concorrentes;

Forças econômicas: as condições econômicas (juros, inflação) do país, região,

estado e local em que a empresa opera e o poder de compra dos consumidores dos mercados-

alvos;

Forças políticas: os esforços empreendidos para manter boas relações com os

candidatos eleitos ou que irão se eleger e os princípios alinhados ao negócio defendidos por

candidatos eleitos ou que irão se eleger;

Forças legais e regulamentadoras: mudanças nas leis ou nos regulamentos

internacionais, federais, estaduais ou municipais que estão sendo propostos e que afetariam as

atividades e o efeito das mudanças nos acordos comerciais globais nas oportunidades de

negócio e estratégias de mercado;

Forças tecnológicas: o impacto da mudança tecnológica sobre os

consumidores, as mudanças tecnológicas que afetarão a forma de operar ou de fabricar os

produtos;

Forças socioculturais: as mudanças nas condições demográficas e de valores da

sociedade, os efeitos que essas mudanças terão sobre o produto, preço, promoção, pessoal, os

problemas éticos que necessitam ser destacados, ações para adotar a fim de melhorar atitudes.

Chiavenato (1999, p. 329) define como aspectos importantes para a análise do

ambiente externo as seguintes variáveis:

Ambiente legal: eficácia do sistema legal, legislação comercial e legislação

tributária;

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Ambiente econômico: desenvolvimento econômico, população, produto

nacional bruto (PNB), renda per capita, infra-estrutura social, recursos naturais, política

monetária e fiscal, inflação, sistema de impostos e taxas, níveis de juros, níveis de salários;

Ambiente político: forma de governo, ideologia política, estabilidade do

governo, força dos partidos políticos e da oposição, atitude do governo quanto às empresas,

política externa;

Ambiente cultural: costumes e normas sociais, valores e crenças, atitudes e

inovações, instituições sociais, símbolos de status e prestígio, crenças religiosas e idioma.

Prower apud Mintzberg, Ahlstrand et Lampel (2000, p. 31) definem como

aspectos importantes para a análise do ambiente externo as seguintes variáveis:

Mudança na sociedade: mudar as preferências dos clientes, tendências

populacionais;

Mudanças governamentais: nova legislação, novas prioridades de cumprimento

de leis;

Mudanças econômicas: taxas de juros, taxa de câmbio, mudança na renda

pessoal real;

Mudanças de competição: adoção de novas tecnologias, novos concorrentes,

mudanças de preços e novos produtos;

Mudanças nos fornecedores: mudanças nos custos de entrada, mudanças em

suprimentos, mudanças no número de fornecedores;

Mudanças no Mercado: novos usos dos produtos, novos mercados, obsolência

de produtos.

Observando o exposto identifica-se que Ferrel et al (2000), Kotler (2000),

Chiavenato (1999) e os autores Prower apud Mintzberg, Ahlstrand et Lampel (2000)

concordam que a análise do ambiente externo da empresa deve analisar os aspectos

econômicos, políticos, legais e socioculturais, outro aspecto mencionado por Kotler (2000),

Ferrel et al (2000) e os autores Prower apud Mintzberg, Ahlstrand et Lampel (2000) é a

tecnologia, estes últimos ainda citam a competitividade de mercado e análise de fornecedores.

A partir do que foi apresentado elaborou-se o quadro 1 que demonstra a visão dos

autores em relação aos aspectos observados na análise do ambiente externo.

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VARIÁVEIS / ATORES

KOTLER 2000

FERREL ET AL 2000

CHIAVENATO 1999

PROWER ET AL (1986: 38)

CITADO POR MINTZBERG,

AHLSTRAND ET LAMPEL

2000

Demográfica

Crescimento da população mundial, composto etário da população, mercados étnicos, grupos educacionais, padrões de moradia, mudanças geográfica da população;

Competitivas

Os principais concorrentes em marca, produto, genérico e pelo orçamento total, as características em termo de tamanho, crescimento, rentabilidade, estratégias e mercados-alvo, as principais fraquezas e forças dos concorrentes, os prováveis novos concorrentes.

Adoção de novas tecnologias, novos concorrentes, mudanças de preços e novos produtos; Mudanças nos custos de entrada, mudanças em suprimentos, mudanças no número de fornecedores; Novos usos dos produtos, novos mercados, obsolência de produtos.

Econômica

Distribuição de renda, poupança, empréstimos e disponibilidade de crédito;

As condições econômicas (juros, inflação) do país, região, estado e local em que a empresa opera e o poder de compra dos consumidores dos mercados-alvos;

Desenvolvimento econômico, população, produto nacional bruto (PNB), renda per capita, infra-estrutura social, recursos naturais, política monetária e fiscal, inflação, sistema de impostos e taxas, níveis de juros, níveis de salários;

Taxas de juros, taxa de câmbio, mudança na renda pessoal real;

Natural

Escassez de matérias-primas, custo de energia crescente, níveis crescentes de poluição, mudança no papel dos governos em relação à proteção ambiental;

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Tecnológica

Aceleração do passo na mudança tecnológica, oportunidades ilimitadas de inovação, variação dos orçamentos de pesquisa e desenvolvimento, crescimento da legislação sobre as mudanças tecnológicas.

O impacto da mudança tecnológica sobre os consumidores, as mudanças tecnológicas que afetarão a forma de operar ou de fabricar os produtos;

Adoção de novas tecnologias,

Político/legal

Quantidade substancial de legislação que afeta as empresas, crescimento de grupos de interesse especial.

Os esforços empreendidos para manter boas relações com os candidatos eleitos ou que irão se eleger e os princípios alinhados ao negócio defendidos por candidatos eleitos ou que irão se eleger. Mudanças nas leis ou nos regulamentos internacionais, federais, estaduais ou municipais que estão sendo propostos e que afetariam as atividades e o efeito das mudanças nos acordos comerciais globais nas oportunidades de negócio e estratégias de mercado.

Eficácia do sistema legal, legislação comercial e legislação tributária; Forma de governo, ideologia política, estabilidade do governo, força dos partidos políticos e da oposição, atitude do governo quanto às empresas, política externa;

Nova legislação, novas prioridades de cumprimento de leis;

Sociocultural

Alta persistência dos valores culturais centrais, existência de subculturas, mudanças nos valores culturais secundários através dos tempos.

As mudanças nas condições demográficas e de valores da sociedade, os efeitos que essas mudanças terão sobre o produto, preço, promoção, pessoal, os problemas éticos que necessitam ser destacados, ações para adotar a fim de melhorar atitudes.

Costumes e normas sociais, valores e crenças, atitudes e inovações, instituições sociais, símbolos de status e prestígio, crenças religiosas e idioma.

Mudar as preferências dos clientes, tendências populacionais.

Quadro 1: Análise do ambiente externo Fonte: O autor (2010)

Após analisar o ambiente externo, a administração precisa avaliar o que descobriu

em termos de oportunidades que podem ser exploradas pela organização e ameaças que

podem surgir. Oportunidades são fatores ambientais externos positivos, por outro lado as

21

ameaças são fatores ambientais externos negativos. Para Kotler (2000, p. 87) “as

oportunidades podem ser classificadas de acordo com a atratividade e a probabilidade de

sucesso” enquanto que “as ameaças devem ser classificadas conforme seu grau de relevância

e probabilidade de ocorrência.”

Segundo Ferrel et al (2000, p. 34) as oportunidades referem-se às condições

favoráveis no ambiente que podem produzir recompensas para a organização, ou seja,

oportunidades são situações que existem, mas que devem ser aceitas em benefício da empresa.

Por outro lado, as ameaças ou as barreiras que podem impedir a empresa de atingir seus

objetivos.

Ainda neste contexto, Tiffany (1998, p. 74) define que as oportunidades e

ameaças vêm das forças, dos problemas, das tendências e dos fatos que escapam ao controle

da empresa, mas representam os desafios que a empresa precisa enfrentar para alcançar a

vantagem competitiva. Tiffany (1998) lembra ainda que as oportunidades nem sempre batem

à porta, a empresa precisa encontrar a porta e saber como deve abri-la. Quanto às ameaças,

Tiffany relata que é preciso saber identificá-las, encarando como um desafio empresarial.

2.2.2 Análise do ambiente interno

Considera-se analise das condições internas a avaliação dos principais pontos

fortes e dos pontos fracos que a organização possui. Segundo Kotler (2000, p. 87) “uma coisa

é discernir as oportunidades atraentes do ambiente; outra é possuir as competências

necessárias para aproveitar bem essas oportunidades” daí a importância de se avaliar

periodicamente suas forças e fraquezas internas.

O aspecto final da análise ambiental é uma avaliação crítica do ambiente interno

atual e futuro da empresa em relação a seus objetivos e desempenho, à alocação de recursos,

às características estruturais e às lutas políticas e de poder (FERREL et al, 2000).

As definições de Chiavenato (1999) quanto à análise interna estão alinhadas as

definições de Ferrel et al (2000), pois Chiavenato (1999) afirma que os administradores

devem utilizar-se da análise crítica das condições internas da organização como ferramenta

para a formulação de estratégias capazes de conduzir à realização da missão e resultar no

alcance dos objetivos organizacionais.

22

Para análise do ambiente interno Kloter (2000, p. 89) indica a avaliação das

seguintes variáveis:

Marketing: reputação da empresa, participação no mercado, qualidade do

produto, qualidade do serviço, eficácia do preço, eficácia da distribuição, eficácia da

promoção, eficácia da força de vendas, eficácia da inovação, cobertura geográfica;

Finanças: custo/disponibilidade de capital, fluxo de caixa, estabilidade

financeira;

Produção: instalações, economia de escala, capacidade, habilidade da força de

trabalho, habilidade de produção pontual, habilidade tecnica de produção;

Organização: visão de liderança, dedicação dos funcionários, orientação

empreendedora, flexibilidade/responsabilidade.

Neste mesmo contexto, Ferrel et al (2000, p.54) apresenta o seguinte roteiro para

o desenvolvimento da análise ambiental interna na empresa, veja abaixo:

Revisão de metas, objetivos e desempenho de marketing: as metas e objetivos

atuais, as consistentes mudanças recentes nos ambientes de marketing e dos consumidores, o

desempenho da empresa em relação ao desempenho de outras empresas do setor;

Revisão dos recursos organizacionais atuais e previstos: a situação dos recursos

organizacionais atuais (financeiros, humanos, experiência, relacionamento com o cliente e

fornecedores, etc.), a probabilidade de mudanças nos recursos melhor ou para pior no futuro;

Revisão dos problemas estruturais atuais previstos: horizonte de planejamento

a curto ou longo prazo enfatizado pela empresa, as influências nas atividades de marketing da

empresa e problemas associados à motivação dos funcionários, especialmente aqueles em

cargos de contato com os consumidores (isto é, em vendas, em serviços ao consumidor).

Veja abaixo as questões críticas para análise ambiental interna, segundo

Chiavenato (1999, p.333):

Os objetivos e propósitos da organização, a missão da organização, os

objetivos organizacionais da organização;

O posicionamento da organização quanto às metas perseguidas, os resultados

alcançados, o grau de eficácia da organização, o sucesso organizacional;

O contexto das operações da organização, as condições internas e externas a

serem conquistados pela organização, os principais fatores endógenos e exógenos da

organização;

23

As melhorias da estratégia organizacional, as articulações e compatibilizações

todos os elementos organizacionais e as reformulações de estratégias organizacionais.

Enquanto que para Prower apud Mintzberg, Ahlstrand et Lampel (2000, p. 332) a

análise ambiental interna na empresa, segue os seguintes aspectos:

Marketing: qualidade do produto, diferenciação de produto, participação no

mercado, canais de distribuição, serviço ao cliente, propaganda, força de vendas;

Pesquisa e Desenvolvimento: capacidade de P&D de produto, capacidade de

P&D de processo, capacidade da fábrica piloto;

Sistema de Informações Gerenciais: velocidade e resposta, qualidade das

informações correntes, capacidade de expansão, sistema orientado para o usuário;

Time Gerencial: habilidades, congruência de valores, espírito de equipe,

experiência, coordenação de esforços;

Operações: controle de matéria prima, capacidade de produção, estrutura de

custo de produção, instalações e equipamentos, controle de estoques, controle de qualidade,

eficiência energética;

Finanças: alavancagem financeira, alavancagem operacional, proporções de

balanço, relações com acionistas, situação fiscal;

Recursos Humanos: capacidades dos funcionários, sistemas de pessoal,

turnover de pessoal, moral dos funcionários, desenvolvimento dos funcionários.

Observando o exposto identifica-se que Ferrel et al (2000), Kotler (2000) e

Chiavenato (1999) concordam que a análise do ambiente interno da empresa deve analisar os

aspectos organizacionais como base estratégica (negócio, missão, valores, objetivos), recursos

financeiros, estrutura física e de produção, os autores Prower apud Mintzberg, Ahlstrand et

Lampel (2000) destacam também os sistema de informações gerencias, time gerencial e

recursos humanos, conforme apresentado no quadro 2.

24

VARIÁVEIS / ATORES

KOTLER 2000

FERREL ET AL 2000

CHIAVENATO 1999

PROWER ET AL (1986: 38)

CITADO POR MINTZBERG,

AHLSTRAND ET LAMPEL

2000

Marketing

Reputação da empresa, participação no mercado, qualidade do produto, qualidade do serviço, eficácia do preço, eficácia da distribuição, eficácia da promoção, eficácia da força de vendas, eficácia da inovação, cobertura geográfica;

As metas e objetivos atuais, as consistentes mudanças recentes nos ambientes de marketing e dos consumidores, o desempenho da empresa em relação ao desempenho de outras empresas do setor.

Qualidade do produto, diferenciação de produto, participação no mercado, canais de distribuição, serviço ao cliente, propaganda, força de vendas.

Base estratégica

Visão de liderança, dedicação dos funcionários, orientação empreendedora, flexibilidade / responsabilidade.

A probabilidade de mudanças nos recursos melhor ou para pior no futuro.

Os objetivos e propósitos da organização, a missão da organização, os objetivos organizacionais da organização. O posicionamento da organização quanto às metas perseguidas, os resultados alcançados, o grau de eficácia da organização, o sucesso organizacionais. As melhorias da estratégia organizacional, as articulações e compatibilizações todos os elementos organizacionais e as reformulações de estratégias organizacionais.

Habilidades, congruência de valores, espírito de equipe, experiência, coordenação de esforços; Velocidade e resposta, qualidade das informações correntes, capacidade de expansão, sistema orientado para o usuário; Capacidade de P&D de produto, capacidade de P&D de processo, capacidade da fábrica piloto.

25

Recursos financeiros

Custo / disponibilidade de capital, fluxo de caixa, estabilidade financeira;

a situação dos recursos organizacionais atuais (financeiros, humanos, experiência, relacionamento com o cliente e fornecedores.

O posicionamento da organização quanto às metas perseguidas, os resultados alcançados, o grau de eficácia da organização, o sucesso organizacional.

Alavancagem financeira, alavancagem operacional, proporções de balanço, relações com acionistas, situação fiscal.

Estrutura física e de Produção

Instalações, economia de escala, capacidade, habilidade da força de trabalho, habilidade de produção pontual, habilidade tecnica de produção;

Horizonte de planejamento a curto ou longo prazo enfatizado pela empresa, as influências nas atividades de marketing da empresa e problemas associados à motivação dos funcionários, especialmente aqueles em cargos de contato com os consumidores (isto é, em vendas, em serviços ao consumidor).

O contexto das operações da organização, as condições internas e externas a serem conquistados pela organização, os principais fatores endógenos e exógenos da organização.

Capacidades dos funcionários, sistemas de pessoal, turnover de pessoal, moral dos funcionários, desenvolvimento dos funcionários. Controle de matéria prima, capacidade de produção, estrutura de custo de produção, instalações e equipamentos, controle de estoques, controle de qualidade, eficiência energética.

Quadro 2: Análise do ambiente interno Fonte: O autor (2010).

Vale apena ressaltar a importância da análise ambiental interna a fim de

possibilitar a alta administração da organização delinear e reformular estratégias

organizacionais valorizando os pontos fortes (fatores que apresentam vantagem competitiva) e

minimizando o impacto dos pontos fracos (fatores que interferem negativamente na

capacidade de obter vantagem competitiva) (LAS CASAS, 2001).

Ferrel et al (2000, p. 34) conceitua as forças e fraquezas como problemas internos

e exclusivos para a empresa conduzir a análise. As forças referem-se aos fatores que permitem

à empresa alguma vantagem em atender as necessidades de seus mercados-alvo, isto é,

vantagem competitiva. Enquanto que as fraquezas referem-se a quaisquer deficiências que

uma empresa possa ter no desenvolvimento ou na implementação de sua estratégia

organizacional.

Para Tiffany (1998, p. 145) define que os pontos fortes da empresa são as

capacidades, recursos e habilidades que servem como base para desenvolver estratégias,

implementar planos e alcançar as metas estabelecidas pela organização. Por outro lado, os

26

pontos fracos da empresa correspondem a falta de habilidades ou a uma deficiência de

capacidades e recursos em relação a concorrência que pode impedir o desenvolvimento das

estratégias, planos e metas definidos pela organização.

2.2.3 Análise SWOT

A SWOT Analysis (Strengths Weaknesses Oportunities Threats) estuda a

competitividade de uma organização segundo quatro variáveis: forças, fraquezas,

oportunidades e ameaças. Através desta metodologia poderá fazer-se a relação entre as forças

e fraquezas da empresa, das oportunidades e ameaças do meio envolvente, e do grau de

adequação entre elas. Quando os pontos fortes de uma organização estão de acordo com os

fatores críticos de sucesso para satisfazer as oportunidades de mercado a empresa será, por

certo, competitiva no longo prazo (KOTLER, 2000).

Para Ferrel et al (2000, p.64) a utilização da análise SWOT abrange os seguintes

benefícios:

Simplicidade: treinamento técnico e habilidades técnicas não são exigidos. O

analista precisa apenas de um conhecimento abrangente da empresa e do setor em que ele

opera;

Custos mais baixos: treinamento caro e, em alguns casos, departamentos de

planejamento inteiros podem ser eliminados ou reduzidos em virtude da simplicidade da

análise SWOT;

Flexibilidade: um sistema de informações de marketing não é necessário para o

sucesso da análise SWOT. Entretanto, ela é capaz de incorporar o conteúdo de qualquer

sistema de informações em sua estrutura de planejamento.

Integração: a análise SWOT tem a habilidade de integrar e sintetizar várias

fontes de informações;

Colaboração: a análise SWOT estimula a colaboração e a troca de informações

entre os gerentes de diferentes áreas funcionais. Essa colaboração ajuda a revelar e a eliminar

desentendimentos e preenche vazios, na análise, antes da finalização do processo de

planejamento.

27

Segundo Chiavenato (1999) a análise FF/AO (forças, fraquezas, oportunidades e

ameaças) permite um mapeamento do ambiente externo (oportunidades e ameaças) e do

ambiente interno (forças e fraquezas) para fundamentar a formulação da estratégia

organizacional. Nesse sentido, aproveitam-se as forças internas e as oportunidades externas ao

mesmo tempo que se corrigem as fraqueza internas e se neutralizam as ameaças externas.

Observa-se no quadro 3 abaixo algumas considerações sobre a análise FF/AO

(forças, fraquezas, oportunidades e ameaças) por Chiavenato (1999, p. 334):

AMBIENTE INTERNO AMBIENTE EXTERNO

FORÇAS FRAQUEZAS OPORTUNIDADES AMEAÇAS

Competências distintas Recursos financeiros Qualidade do produto/serviço Liderança de mercado Estratégias adequadas Economias de escala Isolamento de pressões Tecnologia avançada Vantagens de Custo Inovação do produto Administração adequada

Estratégia vacilante Posição deteriorada Equipamentos obsoletos Baixa lucratividade Baixa qualidade do produto/serviço Falta de talentos Problemas operacionais Pressões competitivas Linha estreita de produto/serviço Má imagem no mercado Desvantagem competitiva

Novos mercados Novas linhas de produto/serviço Integração vertical Integração horizontal Poucos concorrentes Crescimento do mercado Novos clientes Novas tecnologias Produto/serviço adicionais Novas estratégias

Novos concorrentes Produtos substitutivos Redução dos mercados Novas leis restritivas Pressões competitivas Ciclo de negócio vulnerável Novas necessidades Mudanças demográficas Pouco fornecedores Mudanças sociais e culturais Concorrências desleais

Quadro 3: Análise ambiental Fonte: Adaptado de Samuel C. Certo In: CHIAVENATO (1999)

A mudança é a única constante no negócio, setor e mercado. Mudança constante

significa que a análise SWOT não pode ser feita uma única vez, necessário monitorar e

atualizar, como um processo contínuo e importante para a gestão da empresa (TIFFANY,

1998).

Para Tiffany (1998, p. 160), a matriz SWOT equilibra os pontos fortes e fracos

internos de sua empresa em relação às oportunidades e riscos externos, veja a figura 1, a

seguir:

28

Figura 1: Análise SWOT Fonte: Tiffany (1998)

Tiffany (1998, p. 160) ainda cita como lembrete para a eficácia da análise SWOT:

Para identificar oportunidades e riscos potenciais, analise atentamente os

pontos fortes e fracos de seus concorrentes;

A matriz SWOT posiciona os pontos fortes e fracos no contexto das

oportunidades e ameaças mostrando-lhe o que fazer.

A estratégia SWOT é eliminar os pontos fracos em áreas onde existem riscos e

fortalecer os pontos fortes em áreas onde identificou-se oportunidades.

2

Capitalizar

4

Monitorar

1

Eliminar

3

Melhorar

Análise SWOT

Riscos

Externa

Oportunidade

Interna

Pontos Fortes Pontos Fracos

29

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA

Para o desenvolvimento do Trabalho de Conclusão de Estágio na empresa

Armada Yachts utilizou-se a pesquisa exploratória pelo fato de exigir do acadêmico a

familiarização com a realidade investigada, em seguida utilizou-se também a pesquisa

descritiva, já que se procurou descrever os fundamentos práticos relativos ao tema. Pode-se

dizer que se trata de uma pesquisa avaliativa, pois buscou-se estabelecer uma proposta de

desenvolvimento da análise SWOT na empresa (GIL, 2002).

Para Richardson (1999) os estudos exploratórios são utilizados quando não se tem

informação sobre determinado tema e se deseja conhecer o fenômeno e refere-se aos estudos

descritivos como pesquisa utilizada quando se deseja descrever as características do

fenômeno.

O fato do autor ser integrante do quadro funcional da empresa Armada Yachts

possibilitou a observação e análise do tema mencionado neste trabalho. Desenvolveu-se a

pesquisa durante os meses de agosto a outubro do corrente ano.

3.2 CONTEXTO DOS PARTICIPANTES

A empresa Armada Yachts foi constituída por dois sócios administradores,

atualmente conta com setenta e cinco colaboradores, sendo que as bases estão subordinadas a

Gerência Administrativa e Financeira, Gerência de Suprimentos, Gerência de Produção e

Gerência de Vendas.

Sendo que para a elaboração deste Trabalho de Conclusão de Estágio foram

entrevistados os sócios administradores, os gerentes e os supervisores totalizando quinze

colaboradores, em torno de 20% do quadro funcional.

Os entrevistados foram selecionados em função dos conhecimentos e das

informações de que dispunham em relação aos objetivos propostos neste trabalho. Procurou-

30

se identificar, na empresa Armada Yachts, aqueles colaboradores e influenciadores que

participam do processo de desenvolvimento da respectiva organização.

3.3 PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS

Inicialmente buscou-se identificar qual técnica seria utilizada para o

desenvolvimento do trabalho e a coleta de dados. Com base nos conceitos abaixo

mencionados, as técnicas de coleta de dados utilizadas são:

A entrevista semi-estruturada: a qual foi realizada com os gestores e

colaboradores da empresa;

Análise documental: buscou-se estudar e a analisar documentos disponíveis na

empresa sobre o assunto pesquisado, observa-se que há registros, porém informais.

Observação simples: a qual se tornou relevante a partir do momento em que

incentivou o acadêmico a verificar a realidade com muito mais cuidado, ou seja, observar se

os dados e informações coletados representavam realmente a realidade da organização (GIL,

2002).

Em relação ao processo de coleta de dados vale mencionar ainda que os

dirigentes e demais colaboradores da empresa pesquisada foram bastante receptivos,

facilitando, desta forma, o processo de coleta de dados.

Durante a realização do trabalho observou-se com maior finalidade as variáveis

ambientais na empresa, o autor obteve acesso a todos os setores da empresa, assim como

acompanhou a execução de processos da produção, vendas, marketing e de gestão.

Para a realização das entrevistas e para a coleta de dados autor realizou

questionamentos tendo como referência os trabalhos de Ferrel et al (2000), Kotler (2000),

Chiavenato (1999) e os autores Prower apud Mintzberg, Ahlstrand et Lampel (2000).

Assim para análise do ambiente externo apresenta-se o quadro 4 com base nos

autor Prower apud Mintzberg, Ahlstrand et Lampel (2000, p. 31):

31

CHECK LIST DE VARIÁVEIS AMBIENTAIS

Mudança na Sociedade

Mudar as preferências dos clientes

Tendências populacionais

Mudanças Governamentais

Nova legislação Novas prioridades de cumprimento de leis

Mudanças Econômicas

Taxas de juros Taxa de câmbio

Mudança na renda pessoal real

Mudanças de Competição

Adoção de novas tecnologias

Novos concorrentes Mudanças de preços

Novos produtos

Mudanças nos Fornecedores

Mudanças nos custos de entrada Mudanças em suprimentos

Mudanças no número de fornecedores

Mudanças no Mercado

Novos usos dos produtos Novos mercados

Obsolência de produtos Quadro 4: Check List de variáveis ambientais Fone: Prower et al (1986) citado por Mintzberg, Ahlstrand et Lampel (2000)

Em sequência para análise do ambiente interno apresenta-se o quadro 5 com base

no autor Prower apud Mintzberg, Ahlstrand et Lampel (2000, p. 32):

CHECK LIST DOS PONTOS FORTES E PONTOS FRACOS

Marketing

Qualidade do produto Numero de linhas do produto Diferenciação de produto Participação no mercado Políticas de determinação do preço Canais de distribuição Programas promocionais Serviço ao cliente Pesquisa de Marketing Propaganda Força de vendas

Pesquisa e Desenvolvimento

Capacidade de P&D de produto Capacidade de P&D de processo Capacidade da fábrica piloto

32

Sistema de Informações

Gerenciais

Velocidade e resposta Qualidade das informações correntes Capacidade de expansão Sistema orientado para o usuário

Time Gerencial

Habilidades Congruência de valores Espírito de equipe Experiência Coordenação de esforços

Operações

Controle de matérias-primas Capacidade de produção Estrutura de custo de produção Instalações e equipamentos Controle de estoques Controle de qualidade Eficiência energética

Finanças

Alavancagem financeira Alavancagem operacional Proporções de balanço Relações com acionistas Situação fiscal

Recursos Humanos

Capacidades dos funcionários Sistemas de pessoal Turnover de pessoal Moral dos funcionários Desenvolvimento dos funcionários

Quadro 5: Check List dos pontos fortes e pontos fracos Fonte: Prower et al (1986) citado por Mintzberg, Ahlstrand et Lampel (2000)

3.4 TRATAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS

Os dados e as informações coletadas foram tratados de modo qualitativo.

A pesquisa qualitativa pode ser caracterizada como a tentativa de uma

compreensão detalhada dos significados e características situacionais apresentadas pelos

entrevistados, em lugar da produção de medidas quantitativas de características ou

comportamentos. A pesquisa qualitativa baseia-se nas convicções subjetivas dos

entrevistados (RICHARDSON, 1999).

Para Richardson (1999) o método qualitativo difere, em princípio, do quantitativo

à medida que não emprega um instrumental estatístico como base do processo de análise de

33

um problema. As variáveis e resultados estão apresentadas com o efeito subjetividade do

autor.

Algumas dificuldades foram encontradas durante a execução do presente

trabalho, pode-se citar: a falta de indicadores formais, o fato da empresa não monitorar

efetivamente os aspectos ambientais abordados neste trabalho, a falta de informações

governamentais e em relação ao setor náutico, o qual está em ascensão.

Os dados foram analisados e classificados dentro da matriz SWOT como:

oportunidades ou ameaças, pontos fortes e pontos fracos. A partir desta análise foi

desenvolvida uma nova matriz na qual destacam-se aspectos que a empresa deve capitalizar,

melhorar, monitorar e eliminar.

3.5 LIMITAÇÕES DA PESQUISA

Independentemente da natureza do estudo, ou seja, exploratória ou qualitativa e

dos procedimentos metodológicos utilizados, o mesmo deve apresentar as limitações, que

devem ser esclarecidas para o leitor como forma de favorecer discussões sobre o que se está

estudando. As limitações detectadas no estudo são as seguintes:

Quanto à delimitação do problema e à generalização dos resultados: o presente

trabalho procura desenvolver a análise SWOT na empresa Armada Yachts. Observa-se que o

referido objetivo servirá como um referencial, já que até o momento a empresa não

desenvolve e nem monitora através de indicadores os fatores relacionados à análise ambiental.

Quanto ao acesso por parte de informações advindas do objeto de pesquisa, foram de grande

valia, pela sinceridade e comprometimento com o trabalho realizado.

Quanto às técnicas de coleta e de tratamento dos dados: pode-se dizer que os

dados obtidos através de observações, entrevistas e por meio de documentos podem retratar a

experiência objetiva e subjetiva do autor acerca do assunto. Pois a análise qualitativa torna-se

subjetiva, já que decorrem das percepções do autor e dos entrevistados.

Quanto às influências comportamentais e ambientais: ao propor o

desenvolvimento da análise SWOT como um diferencial competitivo para a organização

pesquisada, o mesmo pode ficar limitado por influências comportamentais do autor e dos

grupos que atuam junto à empresa objeto de investigação. Nesse caso, as interpretações feitas

no decorrer da proposta podem expressar os sentimentos e a ideologia do autor.

34

4 RESULTADOS

4.1 A EMPRESA

A empresa Armada Yachts – Indústria e Comércio de Embarcações Náuticas Ltda.

É inscrita pelo CNPJ n.º 11.197.913/0001-66 e está localizada na Rodovia BR 282, s/nº -

Térreo, Quadra 09, Lote 11, Parque Res. Pinhais no Alto Aririú na cidade de Palhoça / SC.

Fundada em maio de 2006, busca oferecer embarcações e serviços de qualidade superior,

atendendo e superando as expectativas, tanto de mercado como dos colaboradores, no mais

alto nível de eficiência e produtividade com altas margens de lucro. Atualmente representada

pelos sócios Jayson Passos Vieira e Caio César de Souza.

A armada foi um sonho de dois amigos que ao conhecer um engenheiro naval e

um projetista que tinha acabado de terminar o seu primeiro projeto, apostaram nesse sonho. O

caminho trilhado pela Armada Yachts até este momento é um caminho que começou com um

sonho antigo, e foi se desenvolvendo ao longo da infância e da juventude vividas no mar. Das

aventuras de pesca às manobras radicais no wakeboard, da adrenalina do surf ao sossego de

um caiaque. A habilidade para enfrentar os desafios que o mar impunha foi criando paixões

instintivas, de quem ama, admira e respeita (http://www.armada.com.br).

E a infância no mar foi o combustível ideal para o espírito de dois jovens

empreendedores, movidos pela paixão e por um desafio, descobriram que poderiam ir muito

além e encontraram no empreendedorismo a maneira de expressar o que mais gostavam de

fazer. Nascia a Armada Yachts e munidos de muitas idéias e referências, os jovens

empreendedores tinham por objetivo ir muito além do que já vinha sendo feito pelos estaleiros

no Brasil. O amadurecimento do mercado com o desenvolvimento da indústria náutica

impunha novos requisitos e como jovens empreendedores, sabiam que não deveriam apenas

cumpri-los, e sim superá-los. Foi com esse propósito, a custa de muito estudo e

desenvolvimento que a Armada Yachts começou uma trajetória de sucesso poucas vezes vista

no mercado náutico brasileiro.

Logo a sua embarcação de estréia foi à maior sensação do São Paulo Boat Show

2007, a primeira apresentação pública da Armada Yachts.

A Armada surgiu com a construção de seu primeiro modelo, a 300M Cabrio, que

hoje é conhecida como a melhor 30 pés do Brasil, segundo a uma comparação feita pela

35

revista náutica, onde comparou 15 embarcações com 30 pés e destacou em primeiro lugar a

lancha 300M Cabrio chega, uma nova legião de fãs e apaixonados é formada, os autênticos

“armadeiros”, veja as fotos dos modelos no Anexo A – Armada Yachts Boat Show.

Já foram construídas até o momento 80 unidades, o estaleiro Armada Yachts após

seu primeiro ano de atuação no mercado, solicitou aos responsáveis pelo projeto da 30 pés um

novo modelo, só que mais ambicioso, uma 44 pés. Sendo assim deram inicio a fabricação da

Armada 440 Sport Coupê, uma lancha mais luxuosa e com um valor bem mais alto.

O intuito de construir uma 440 foi por ter essa lacuna entre as concorrentes, ou

seja, é fácil encontrar embarcações de 36, 38, 48 e 50 pés, uma intermediária com valor

competitivo acaba sendo tentador, pois o modelo dispões de todos os opcionais encontrados

em uma 50 pés que custa 3 milhões, e a 44 custa 1,8 milhões.

Após o lançamento em 2009 da 440 Sport Coupê, a empresa decidiu fazer o

modelo 440 com Flybrid, uma lancha mais tradicional, e atualmente desenvolve em paralelo

uma nova embarcação que é uma 37 pés, que está em processo inicial de fabricação de molde,

esse modelo já tem 06 unidades vendidas no projeto, financiando o desenvolvimento da

lancha que será lançada em abril de 2011 no Rio Boat Show.

Dando seqüência aos projetos da empresa, posterior a 37, será lançada uma lancha

de menor porte com 28 pés. O intuito de lançar uma lancha menor é cativar o cliente desde

sua primeira embarcação e poder oferecer modelos de 28 a 44 pés.

O intuito da Armada Yachts é estar com 5 modelos de barco até 2012, e para que

isso seja possível está reestruturando a empresa, investindo em máquinas, ferramentas,

melhorias estruturais, físicas e um novo software para gestão da empresa.

A empresa conta com 75 (setenta e cinco) colaboradores, sendo que as bases estão

subordinadas a Gerência Administrativa e Financeira, Gerência de Suprimentos, Gerência de

Produção e Gerência de Vendas.

Os principais clientes são empresários e profissionais bem sucedidos que estão no

grupo de pessoas de poder aquisitivo elevado.

A empresa possui revendedores em todo o Brasil, pode-se citar: Distrito Federal,

estados da Bahia, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande

do Sul. (http://www.armada.com.br).

A missão da Armada Yachts é tornar-se a marca mais desejada por aplicar

inovação e tecnologia na criação de produtos exclusivos em design, líderes em conceito e

perfeitos na satisfação dos clientes.

36

A visão da Armada Yachts é construirmos e proporcionar os melhores momentos

da vida.

Diante da missão e visão acima mencionadas a empresa Armada Yachts define

como objetivo organizacional, melhorar a qualidade dos produtos náuticos oferecendo

embarcações com diferenciais tecnológicos e conceituais. Contribuindo assim para o

incremento competitivo do mercado com um todo, estabelecendo novos padrões de exigência,

qualidade e competência. Visando nesses aspectos tanto a própria organização como o seu

mercado de atuação.

Com o objetivo de tornar os momentos de lazer mais agradáveis, seguros e

exclusivos a Armada Yachts tem como princípio número “um” a busca incessante pela

qualidade total de seus produtos e serviços. Desde a primeira unidade entregue a Armada

Yachts está dentro do padrão e das normas européias de navegação, sendo certificada CE pelo

Intenational Marine Certification Institute - IMCI. Todos os processos produtivos estão

focados na qualidade que hoje pode ser percebida pelo mercado como principal atributo e

diferencial de uma embarcação produzida pela Armada Yachts.

4.2 ANÁLISE AMBIENTE EXTERNO

Seguindo a metodologia selecionada, buscou-se responder ao Check list de

variáveis ambientais Prower et al (1986:38) citado por Mintzberg, Ahlstrand et Lampel

(2000).

Quanto à variável ambiental mudanças na sociedade vale mencionar que o

mercado náutico movimenta mais de US$ 400 milhões por ano, segundo dados da Associação

Brasileira dos Condutores de Barcos e seus Implementos (ACOBAR). Santa Catarina tem se

destacado muito neste setor, ficando atrás, somente de São Paulo (www.bigua.sc.gov.br).

O barco é uma fonte inesgotável de lazer e saúde, um grande aliado na busca da

melhoria da qualidade de vida. Por todos esses motivos, a ACOBAR tem como objetivo

mostrar a importância do setor náutico para a economia brasileira, busca contribuir para o

crescimento da cultura náutica no país, além de fazer com que a sociedade, os interlocutores e

as instituições saibam a razão de investir-se na indústria de embarcações de recreio, esporte e

turismo como grande aliada no desenvolvimento do Brasil (www.acobar.org.br).

37

A Associação Catarinense de Marinas, Garagens Náuticas e afins - ACATMAR

fundada em novembro de 2008, representante da classe como interlocutora nas discussões

com os poderes constituídos nos assuntos de relevância para a comunidade náutica, destaca

que a Expo náutica 2010 foi concebida para atrair consumidores deste vasto e democrático

segmento, teve um crescimento de 30% em relação ao ano passado. A feira tem praça de

alimentação, programação artística e cultural, competições esportiva, exposições de carros e

motos, e até uma ação social através do projeto Navegando com Deus, que há cerca de quatro

anos leva assistência social, saúde bucal e lazer a comunidades ribeirinhas do litoral brasileiro

(http://noticias.pozagora.com.br).

Outro fator importante é o crescimento do mercado de luxo no Brasil, segundo

publicações, o mercado de luxo no país crescerá 20% em 2010. Até 2008, o mercado crescia

em média 17%. Com o impacto da crise o mercado cresceu, em 2009, 11.5%, movimentando

R$ 6,7 bilhões, o que continua sendo um valor expressivo. Esse número é extraordinário, se

comparado com as outras economias mundiais, que tiveram crescimento negativo ou de no

máximo 2% no mercado de luxo. Tirando a China, é claro, que continua com números de

crescimento espetaculares (http://economia.ig.com.br).

O mercado náutico brasileiro vive um momento de euforia, graças ao aumento do

poder de compra dos brasileiros e ao dólar em baixa, o que favorece a compra de embarcações

de esporte e lazer, em que 50% dos produtos utilizados são importados. Assim, as mais de 1,5

mil lojas e empresas especializadas na comercialização de embarcações novas e seminovas e

artigos náuticos esperam para este ano um incremento médio de 20% nas vendas, em cima do

volume movimentado no ano passado, em torno de US$ 423,5 milhões

(http://www.sindlab.org).

Em relação à variável ambiental mudanças governamentais vale mencionar que o

Estado oferece ainda medidas tributárias para favorecer a competitividade com São Paulo e

Rio de Janeiro. O programa Pró-Naútica, que beneficia a indústria de embarcações de lazer

vai conceder redução de carga tributária, com alíquota de ICMS passando de 25% para 7%

(http://www.adjorisc.com.br).

O objetivo é fomentar o pólo náutico catarinense. As embarcações utilitárias já

possuem outros benefícios específicos anteriores a 2009, data em que foi acordado o

programa.

Quanto à variável ambiental mudanças econômicas destaca-se a importância do

segmento náutico como alavanca do crescimento econômico e do desenvolvimento social,

distribuindo renda, gerando empregos, expandindo o turismo e proporcionando melhoria da

38

qualidade de vida, é incontestável. Uma embarcação de esporte, recreio e turismo se traduz na

grande capacidade de gerar mão-de-obra, desde o projeto do barco, passando por sua

construção, utilização e manutenção; e no movimento que produz em toda a cadeia náutica,

criando sete postos de trabalho para cada barco produzido (http://www.acobar.org.br).

Atualmente, o setor náutico brasileiro é responsável por milhares empregos

diretos e indiretos, na sua maioria em empresas de médio e pequeno porte, pulverizadas por

todo o país. Ao mesmo tempo em que o Brasil representa um dos maiores potenciais náuticos

do mundo, reúne condições ideais para a prática do lazer e do esporte aquático: 8.500 km de

costa navegável, ao longo de 17 estados, e um número imenso de rios, lagos, represas e

hidrovias que somam 21 mil 115 quilômetros de águas navegáveis. O Brasil é o segundo

maior conjunto de águas interiores do planeta. O clima tropical, com a temperatura média

anual em torno de 24°, também é altamente favorável (http://www.noticenter.com.br).

Quando fala-se em náutica, não pode-se esquecer o turismo, que é hoje um dos

três maiores segmentos de negócios do mundo (os outros dois são armas e petróleo). O

crescimento do setor turístico tem relação direta com o fortalecimento e expansão da indústria

de barcos, e também com a necessidade de criação de pontos turísticos de vocação náutica, de

qualificar e re-qualificar a mão-de-obra, de profissionalizar as atividades de turismo aquático,

de fomentar os esportes náuticos e de preservar as águas, com o seu uso sustentado.

Estudos confirmam que o turismo é a maior atividade econômica do planeta, a

que mais fatura e a que mais gera empregos. Dela faz parte também o setor náutico, com uma

infinidade de produtos e insumos, tais como veleiros, lanchas, motores, velas, cabos,

vestuário, equipamentos e manutenção, estaleiros, instrumentos eletrônicos, pesca amadora,

mergulho, terminais de passageiros de navios, píeres, rampas, poitas, embarcadouros, etc. O

meio de locomoção é o barco e a base de apoio, a marina. Sem novas marinas, a produção não

cresce, pois o comprador de barco pensa duas vezes se há uma vaga disponível para deixar

seu barco em segurança e bem cuidado. Não havendo produção em escala, pessoas de menor

poder aquisitivo não têm acesso a um simples bote, pois o custo é proibitivo. Quem mantém

vivo este mercado, aqui no Brasil, ainda é o topo da pirâmide social.

(http://www.clicrbs.com.br).

Diante da variável ambiental mudanças de competição, pode-se dizer com base

nos dados da ACATMAR que existem mais de 30 marinas e píeres, 17 oficinas especializadas

no setor náutico e 15 estaleiros que constroem barcos e lanchas dos mais variados portes em

Santa Catarina. A indústria catarinense é a maior produtora de lanchas maiores de 30 pés

(http://www.adjorisc.com.br).

39

Estudos apontam que esta indústria tem em Santa Catarina potenciais emergentes

que tendem fazer do Estado um pólo do setor. Santa Catarina, com mais de 500 quilômetros

de Litoral e uma ilha como Capital, também é naturalmente preparada para receber e ajudar

no crescimento do setor. O litoral deverá ser contemplado com novidades que fortalecerão a

atividade recém-instalada em Itajaí, a Azimut no Brasil, empresa com sede na Itália, enxerga

oportunidades de crescimento constantemente por isso que - mesmo em época de crise -

surpreende com faturamento anual em R$ 1,8 bilhões. O pólo náutico para a fabricação de

mega iates de luxo terá 200 mil metros quadrados e as instalações estarão concluídas ao longo

de 2011 (http://www.sebrae-sc.com.br).

Já em Biguaçu, o estaleiro OSX, do empresário Eike Batista, está em trâmite

ambiental e conta com o apoio de governo e associação do setor para ser erguido. A cidade

escolhida foi Biguaçu, na Grande Florianópolis, e tem investimento previsto de R$ 1 bilhão

(www.bigua.sc.gov.br).

O número de novos barcos anualmente fabricados é de apenas 3.200 unidades. A

frota total quantificada pelo Instituto de Marinas do Brasil é de 53 mil unidades, acima de seis

metros de comprimento, ou seja, para cada 3.358 habitantes, apenas um brasileiro tem barco

de recreio. Enquanto que 15 países localizados na União Européia, com 373 milhões de

habitantes, registram uma frota de 5.912.000 barcos, ou seja, 63 habitantes por barco. A

Suécia, onde vivem nove milhões de pessoas, tem 1.245.000 barcos, exibindo a relação de

sete habitantes por barco (http://www.clicrbs.com.br).

A indústria náutica brasileira tem sua origem em pequenos estaleiros, com

produção sob encomenda de embarcações de esporte e lazer, veleiros e lanchas. Vários países,

especialmente da Europa, têm se interessado pelos produtos “made in Brazil”, que oferecem

excelente acabamento, design arrojado, alta tecnologia, elevado padrão de qualidade e preço

competitivo. A maior parte da demanda recai sobre as embarcações entre 20’ e 50’

(http://www.designbrasil.org.br).

A Armada Yachts lançou sua primeira embarcação, 300M Cabrio, sob muitos

holofotes e colocou o estaleiro em posição de destaque no mercado nacional. Dotada de

avanços tecnológicos e um design com forte estilística, em embarcação se tornou um grande

sucesso de vendas logo em seu lançamento, sendo considerada “a embarcação mais

inteligente da feira” pela revista Náutica. A certificação do mercado europeu (CE 2007/55

IMCI), conquistada desde o lançamento, demonstrou a preocupação e o foco na qualidade e a

padronização de todos os elementos de segurança requisitados pelos mercados mais exigentes

do mundo, obedecendo às normas essências de segurança e estabilidade.

40

Com esses atributos e diferenciais a Armada Yachts destaca-se diante dos

concorrentes e impulsiona a empresa a desenvolver novos produtos. O lançamento da nova

embarcação (440 SportCoupé) surpreendeu o mercado e contribui para estabelecer a

identidade da marca, já reconhecida pelo acabamento impecável e pelo desenho futurista de

suas criações. Este lançamento também permitiu que o estaleiro atingisse um elevado padrão

de excelência e qualidade nos seus processos produtivos. Com destaque para a fabricação das

peças em fibra através do moderno processo de infusão a vácuo.

Para aproveitar as oportunidades de crescimento da economia e do setor,

oferecendo uma gama de produtos ainda maior para o mercado em expansão e para os seus

clientes, a Armada Yachts desenvolve projetos para ampliação de sua linha de embarcações,

os quais tem por objetivo o lançamento de três novos modelos de embarcações (440 Sportfly,

380 GranCabrio e 270 Roadster). Acredita-se que a empresa está posicionando-se de maneira

a suprir as necessidades dos atuais e futuros clientes, criando uma linha de produtos completa

com categorias de variados tamanhos de embarcações.

Outra ação que a empresa vem realizando é o investimento em capital próprio

para o incremento, melhoria, desenvolvimento, divulgação e promoção de sua atual linha de

produtos.

Em relação ao segmento de barcos a expansão está baseada no crescimento da

demanda solicitada por grande parte dos clientes atuais, clientes em prospecção e através de

revendedores e agentes comerciais espalhados no Brasil. Estes novos produtos oportunizarão

a empresa sua consolidação no mercado náutico brasileiro, ampliando a sua gama de produtos

e estarão direcionados para a satisfação das necessidades dos clientes em um mercado em

expansão e de diferentes exigências quanto ao tamanho, configuração, desenho e tipo de

embarcação.

Estima-se ainda que os novos produtos possibilitem um elevado ganho da

produtividade, visto que em um segmento altamente dependente da mão-de-obra, o

incremento da demanda deve motivar o aumento da linha de produção o que invariavelmente

deverá melhorar e aperfeiçoar o aproveitamento das técnicas e dos processos produtivos,

otimizando o tempo de produção e melhorando a eficiência e a utilização da mão-de-obra

disponível.

Como um produto de alto-luxo e muito valor agregado a Armada Yachts preza por

uma política de preços que privilegie a saúde financeira da empresa. O estaleiro tem por

característica entregar uma gama maior de itens de série em suas embarcações, o que

aparentemente pode parecer que o produto é um pouco mais caro que a concorrência. Mas ao

41

equiparar todos os itens opcionais compreende-se que o preço é competitivo, ainda mais se

levado em consideração todos os atributos diferenciais que uma Armada Yachts carrega. Hoje

o modelo de 30 pés é reconhecido pelo mercado como a de melhor qualidade produzida para

este segmento. Tanto que na edição de janeiro de 2008 da Revista Náutica, especializada no

setor, elegeu a 300M Cabrio como a melhor 30 pés do ano, somente três meses após o seu

lançamento. Desde então a 300M Cabrio vem se firmando como a embarcação de vanguarda e

desejo em seu segmento.

A 440 SportCoupé é um modelo em afirmação. Foi lançada a menos de um ano,

portanto precisa de um preço mais competitivo para continuar a sua inserção no mercado de

iates exclusivos. Hoje é uma embarcação que ainda não chegou ao patamar ideal de preço e é

comercializada cerca d 25% abaixo de suas concorrentes mais próximas. Valor que não

prejudica a margem de lucro, que será potencializada com a afirmação da embarcação ao

longo de seu período de crescimento.

Referindo-se a variável ambiental mudanças nos fornecedores, verificou-se que a

empresa Armada Yachts situa-se num pólo náutico de grande importância e reconhecimento

nacional, a empresa busca desenvolver um bom relacionamento com seus fornecedores,

baseado em uma relação de confiança e parceria ao longo do tempo.

Recentemente a empresa optou por importar matéria-prima da China, após

avaliação criteriosa de qualidade do produto, preço e relação com de confiança com o

fornecedor, verificou-se ainda que os custos são mais baixos, cerca de 45% mais barato,

favorecendo a empresa também no aspecto econômico/financeiro.

A empresa também realiza compras em Campinas/SJ, pela facilidade de

deslocamento.

Outras matérias-primas mais específicas da linha náutica, como inversor de

potência, guincho nem sempre estão disponíveis no mercado e também há dificuldade de

importação devido a burocracia de documentos e declarações, como por exemplo os motores

que são importados da Suécia, Europa, Itália e Estados Unidos.

A Armada Yachts mantem-se atenta as novas possibilidades de parceria com

fornecedores, pois a abertura de novos mercados no setor possibilita também maior

possibilidade de negociação e traz benefícios para a empresa.

Quanto a variável ambiental mudanças no mercado observou-se que a cadeia

produtiva da indústria náutica compreende a indústria e o comércio de embarcações de recreio

e esportivas. O setor naval brasileiro garante ao país um lugar de destaque no mercado

internacional. O Brasil é considerado um dos maiores mercados potenciais náuticos do

42

mundo. Atualmente, embarcações e equipamentos são exportados para cerca de dez países

nos cinco continentes, segundo dados da ACOBAR.

O mercado brasileiro conta com um setor formado, em sua grande maioria, por

pequenas e médias empresas, que se destaca pelo uso intensivo da mão de obra, devido à sua

produção quase artesanal.

Nos últimos anos o mercado náutico internacional e, principalmente o brasileiro,

experimentam um crescimento surpreendente, com milhares de embarcações vendidas no

Brasil mesmo em um período de crise. Segundo dados do SINDILAB, o mercado tem tido

crescimento nos últimos anos, sendo que em 2006 as vendas foram de US$ 423,5 milhões, e

já se esperava um movimento de vendas da ordem de US$ 500 milhões em 2007, o que

acabou se concretizando. Em 2010 apenas o salão náutico indoor de São Paulo prevê faturar

R$ 200 milhões em um único evento.

Diante do acima exposto identificaram-se os seguintes fatores, veja o quadro 6:

OPORTUNIDADE AMEAÇAS

Mercado náutico em franca expansão; Crescimento do público-alvo (mercado de luxo); Estágio de maturidade do mercado; Lançamento de novos produtos (440 Sportfly, 270 Roadster e 380 GranCabrio ); Investimento do governo na região do pólo náutico; Política de incentivo fiscal dos governos.

Concorrência de produtos mais baratos (concorrente mais próximo Schaefer); Fornecimento de matéria-prima importadas; Entrada de concorrentes estrangeiros em nosso estado (Azimut).

Quadro 6: Oportunidades e ameaças Fonte: O autor (2010)

4.3 ANÁLISE AMBIENTE INTERNO

Seguindo a metodologia selecionada, buscou-se responder ao Check list de

variáveis ambientais Prower et al (1986:37) citado por Mintzberg, Ahlstrand et Lampel

(2000).

Em relação à variável ambiental interna marketing, observou-se que a empresa

Armada Yachts destaca-se pela qualidade dos produtos, na Boat Schow realizado em Santa

43

Catarina confirmou o sucesso alcançado no São Paulo Boat Show com o modelo 300M

Cabrio, pois possui modernidade, design avançado, modernidade e ousadia. A qualidade da

construção desse produto é visível inclusive nos detalhes e estão presentes nas ferragens,

como as acabadas dobradiças e os cunhos de aço inox, há que se destacar a certificação

européia, atendendo todas as normas para ser comercializada na comunidade européia

(normas ambientais, de segurança, flutuação e estabilidade).

Outro modelo, o 440 Sportcoupé vem confirmar a qualidade dos produtos da

Armada Yachts, oferecendo como diferencial de duas opções de configuração interna.

A Armada Yachts possui canais de distribuição em todo o Brasil, pode-se citar:

Distrito Federal, estados da Bahia, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Minas

Gerais e Rio Grande do Sul.

A Armada Yachts possui serviço de pós-venda o qual atualmente está mais focada

para a assistência técnica, a equipe é formada por três técnicos externos e dois técnicos

internos, conta ainda com dois automóveis, sendo que agenda dos serviços é definida de

maneira atender as prioridades, pois com a estrutura atual não é possível atender a todas as

solicitações, outras situação que influência no atendimento pós-venda é a disponibilidade de

estoque. A empresa oferece garantia de um ano para o produto e três anos para a estrutura da

embarcação.

No momento não há investimentos em pesquisa de marketing na empresa Armada

Yachts.

Desenvolve-se propaganda e divulga-se os produtos através da participação em

feiras náuticas (Boat Show) na região e em outros estados do Brasil (São Paulo), onde os

barcos ficam em exposição.

Em relação à variável ambiental interna pesquisa e desenvolvimento, observou-se

que a empresa Armada Yachts até o momento não desenvolve pesquisa e desenvolvimento de

maneira formal, ou baseada em indicadores. O desenvolvimento de produtos, processo e a

capacidade de fábrica estão definidos conforme a percepção dos administradores e

intervenção das gerencias.

Referente à variável ambiental interna sistema de informações gerenciais viu-se

que a empresa Armada Yachts possui processo produtivos pouco definidos, o que ocasiona

falhas na comunicação e também demora em responder as informações solicitadas, nem

sempre todos os gerentes estão cientes o que ocasiona distorção das informações.

44

A Armada Yachts não desenvolve pesquisa de satisfação com os clientes e

também não mede o nível de procura do produto formalmente, ficando também a avaliação do

produto sem indicativos formais.

Contudo a empresa vê um futuro melhor e está projetando o desenvolvimento de

ações estratégicas que visam sanar as dificuldades encontradas no sistema de informações

gerencias a fim de alavancar a capacidade de expansão.

Quanto à variável ambiental interna time gerencial destaca-se o talento individual

dos gerentes, capazes de liderar e possuir liderados, engajando a equipe para os objetivos

propostos pela empresa, ainda que não haja processo formalizados, os gerentes possuem

experiência no setor e conhecem bem o mercado, inclusive a avaliação individual e da equipe

depende de cada gerente, visto que a empresa Armada Yachts não possui processos formais de

Recursos Humanos.

Em relação à variável ambiental interna operações pode-se dizer que a empresa

Armada Yachts desenvolve o controle de matérias-primas através de um software (Marcon

Software), sendo que a compra e estoque são gerenciados pelo Gerente de Suprimentos o qual

está subordinado aos sócios da empresa.

A capacidade atual de produção da empresa está limitada a quatro barcos de 30pés

por mês e um 440 Sportcoupé, porém estão sendo disponibilizados recursos para ampliação

da estrutura física, incluindo a compra já realizada de um galpão com as seguintes dimensões

de 968 m² além da projeção de layout adequado ao desenvolvimento do produto, o qual tem

por objetivo proporcionar agilidade, continuidade, flexibilidade e organização do processo

produtivo.

A estrutura de custo de produção é bastante alta varia de R$ 92.000,00 a R$

94.000,00 por produto, os custos são influenciados pela mão-de-obra qualificada que está em

falta no mercado.

A Armada Yachts realiza um controle de qualidade baseado na verificação do

produto, o profissional possui um check list de inspeção e realiza a avaliação do produto no

final da produção.

A Armada Yachts possui uma política de estoque “zero” pois os custos de

matéria-prima são elevados, o que exige controle e planejamento da gerencia de suprimentos

a fim de manter a produção e não atrasar a finalização do produto por falta de um ou outro

material.

45

A percepção da administração da empresa e gerentes é de que a eficiência

energética, ou seja, a capacidade de união de seus colaboradores em alcançar os objetivos de

finalização do produto, com qualidade e em tempo determinado é um diferencial.

Quanto à variável ambiental interna finanças viu-se que a empresa Armada Yachts

não possui capital de giro, enfrenta dificuldades para pagamento em dia de seus

compromissos, o que ocasiona uma perda de valores arrecadados através do pagamento de

juros e protestos. Exige capacidade gerencial alta e positiva, no sentido de manter os

processos em andamento, boa relação com fornecedores e setor produtivo interno.

E por fim, analisando à variável ambiental interna recursos humanos constatou-se

que a empresa Armada Yachts não desenvolve processo de Recursos Humanos formalmente,

ou seja, não possui indicadores (rotatividade, plano de cargos e salários, grau de

desenvolvimento, analise de necessidade de treinamento e capacitação, etc.) verifica-se que há

maior investimento dos sócios no setor administrativo com o desenvolvimento de treinamento

e capacitação.

A Armada Yachts oferece condições básicas (higiene, segurança, satisfação,

crescimento profissional, processos produtivos, etc.) de ambiente de trabalho, mas está

investindo em melhorias.

A Armada Yachts tem dificuldade em realizar contratações, devido à falta de

capacitação, e neste processo está valorizando os candidatos mais experientes, os quais são

também cobiçados pela concorrência, neste caso manter as pessoas na organização torna-se

um desafio para organização, o qual muitas vezes está alinhado diretamente à remuneração.

Diante do acima exposto identificaram-se os seguintes fatores, veja o quadro 7:

PONTOS FORTES PONTOS FRACOS

Qualidade; Desempenho; Design; Inovação; Custo versus benefício; Desenvolvimento de novos modelos; Investimentos para ampliar e estruturar a empresa.

Tempo de mercado; Organização de materiais; Infra-estrutura; Capital de giro; Baixa atuação de vendas no mercado; Falta de padronização nos processos; Falta de treinamento e capacitação interna dos funcionários.

Quadro 7: Pontos fortes e fracos Fonte: O autor (2010)

46

4.4 MATRIZ SWOT

A matriz SWOT permite visualizar ambiente externo (oportunidades e ameaças) e

do ambiente interno (forças e fraquezas) conforme identificado através da aplicação do Check

List, veja o quadro 8 abaixo elaborado a partir da análise ambiental:

AMBIENTE INTERNO AMBIENTE EXTERNO

PONTOS FORTES PONTOS FRACOS OPORTUNIDADES AMEAÇAS

Qualidade; Desempenho; Design; Inovação; Custo versus benefício; Desenvolvimento de novos modelos; Investimentos para ampliar e estruturar a empresa.

Tempo de mercado; Organização de materiais; Infra-estrutura; Capital de giro; Baixa atuação de vendas no mercado; Falta de padronização nos processos; Falta de treinamento e capacitação interna dos funcionários.

Mercado náutico em franca expansão; Crescimento do público-alvo (mercado de luxo); Estágio de maturidade do mercado; Lançamento de novos produtos (440 Sportfly, 270 Roadster e 380 GranCabrio); Investimento do governo na região do pólo náutico; Política de incentivo fiscal dos governos.

Concorrência de produtos mais baratos (concorrente mais próximo Schaefer); Fornecimento de matéria-prima importadas; Entrada de concorrentes estrangeiros em nosso estado (Azimut).

Quadro 8: Matriz SWOT Fonte: O autor (2010)

Através da análise desta matriz observam-se os aspectos que a empresa deve

capitalizar, melhorar, monitorar e/ou eliminar, veja o quadro 9:

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CAPITALIZAR MELHORAR MONITORAR ELIMINAR

Qualidade; Desempenho; Design; Inovação; Custo versus benefício; Desenvolvimento de novos modelos; Investimentos para ampliar e estruturar a empresa.

Organização de materiais; Infra-estrutura; Capital de giro; Baixa atuação de vendas no mercado; Falta de padronização nos processos; Falta de treinamento e capacitação interna dos funcionários.

Mercado náutico em franca expansão; Crescimento do público-alvo (mercado de luxo); Estágio de maturidade do mercado; Lançamento de novos produtos (440 Sportfly, 270 Roadster e 380 GranCabrio); Investimento do governo na região do pólo náutico; Política de incentivo fiscal dos governos. Concorrência de produtos mais baratos (concorrente mais próximo Schaefer); Fornecimento de matéria-prima importadas; Entrada de concorrentes estrangeiros em nosso estado (Azimut).

Baixa atuação de vendas no mercado; Falta de padronização nos processos; Falta de treinamento e capacitação interna dos funcionários.

Quadro 9: Análise SWOT Fonte: O autor (2010)

Exemplificando o acima exposto pode-se dizer que a empresa Armada Yachts

poderá obter vantagem competitiva no mercado com o desenvolvimento de estratégias e ações

que visem melhorar a infra-estrutura, capitalizar a qualidade, o desempenho, monitorar a

entrada de concorrentes no estado, as políticas de incentivo fiscal dos governos e por fim

eliminar a falta de padronização dos processos.

48

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho acadêmico é o registro das pesquisas, entrevistas e análises

realizadas durante as atividades de estágio. Durante a execução das mesmas houve a

integração entre a teoria e a prática, o que possibilitou ao acadêmico engajamento ainda

maior, a fim de conhecer e aprimorar os conhecimentos das práticas administrativas, assim

como possibilitou o desenvolvimento de habilidades importantes para o êxito profissional.

Buscou-se identificar as ameaças no ambiente competitivo da empresa Armada

yachts, levantar as oportunidades no ambiente competitivo da empresa, descrever os pontos

fortes e fracos da empresa e por fim apresentar a matriz SWOT (Strengths – Pontos Fortes,

Weaknesses – Pontos Fracos, Oportunities – Oportunidades, Threats - Ameaças) para os

gestores da empresa.

Observou-se que em relação às oportunidades destacam-se a expansão do

mercado náutico e a consolidação do Estado como pólo da indústria náutica e as políticas de

incentivo fiscal. As ameaças estão associadas à concorrência e ao fornecimento de matérias-

primas. Na análise do ambiente interno destacam-se como pontos fortes a qualidade do

produto, seu desempenho e a relação custo/benefício. Como pontos fracos têm-se o pouco

tempo de experiência da empresa no mercado e a infra-estrutura.

Constatou-se de forma muito clara, na prática e também nas teorias a importância

da realização da análise ambiental e monitoramento desses cenários para a organização, assim

como a implantação de processos formais tanto na produção como nas demais áreas que

norteiam o sucesso da organização. O envolvimento da organização com os aspectos

econômicos, políticos, sociais, culturais e tecnológicos, assim como a capacidade de gestão de

seus recursos e estrutura, são pilares fundamentais para desenvolvimento e sobrevivência da

organização diante do mercado competitivo e globalizado.

Por isso, busca-se através da apresentação do presente Trabalho de Conclusão de

Estágio contribuir com a organização e espera-se que a empresa utilize as informações para a

elaboração de ações e estratégias organizacionais que visam alinhar a empresa ao mercado em

expansão e crescimento notável.

O estágio possibilitou ter uma visão mais ampla da empresa Armada Yachts, no

que se refere aos processos internos, estrutura de pessoal, produção e gerencial, assim como

do posicionamento e expansão do mercado náutico na região e no estado de Santa Catarina.

49

Possibilitou ainda, ao estagiário uma experiência incentivadora e ao mesmo tempo reveladora

das aptidões e limitações do mesmo.

Diante do acima exposto espera-se ter atingido os objetivos propostos neste

Trabalho de Conclusão de Estágio.

A partir desta pesquisa sugere-se que outros Trabalhos acadêmicos sejam

desenvolvidos. Sugere-se como trabalhos futuros: elaboração e realização de uma pesquisa de

satisfação, a formulação de estratégias para empresas no mercado náutico e elaboração de

planejamento estratégico.

50

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53

ANEXOS

54

ANEXO A – Armada Yachts Boat Show