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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAS APLICADAS - GESTÃO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO PATRÍCIA DUARTE A SISTEMÁTICA DA ROTATIVIDADE O CASO DO SUPERMERCADO IMPERATRIZ: FILIAL DE BARREIROS SÃO JOSÉ 2009

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAS APLICADAS - GESTÃO

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

PATRÍCIA DUARTE

A SISTEMÁTICA DA ROTATIVIDADE O CASO DO SUPERMERCADO

IMPERATRIZ: FILIAL DE BARREIROS

SÃO JOSÉ

2009

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PATRÍCIA DUARTE

A SISTEMÁTICA DA ROTATIVIDADE O CASO DO SUPERMERCADO

IMPERATRIZ: FILIAL DE BARREIROS

Trabalho de Conclusão de Estágio - apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Administração da Universidade do Vale do Itajaí. Professora Orientadora: Kellen da Silva Coelho

SÃO JOSÉ

2009

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PATRÍCIA DUARTE

A SISTEMÁTICA DA ROTATIVIDADE O CASO DO SUPERMERCADO

IMPERATRIZ: FILIAL DE BARREIROS

Este Trabalho de Conclusão de Estágio foi julgado adequado e aprovado em sua

forma final pela Coordenação do Curso de Administração da Universidade do Vale

do Itajaí.Centro de Ensino Superior VII . Campus de São José.

São José , 24 de junho de 2009.

__________________________________________ Prof(a) MSc. Luciana Merlin Bervian

UNIVALI – Campus São José Coordenadora do Curso

Banca Examinadora:

__________________________________________ Prof(a) MSc. Kellen da Silva Coelho

UNIVALI – Campus São José Professora Orientadora

__________________________________________ Prof(a) MSc Evelize Mara Souza Gomes Martins

UNIVALI – Campus São José Membro

__________________________________________ Prof(a)MSc Amarildo Felipe Kanitz

UNIVALI – Campus São José Membro

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Dedico este trabalho primeiramente a

Deus, por sempre abençoar a minha vida

e iluminar o meu caminho.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço este trabalho a Deus, pois sem ele nada seria possível.

Agradeço, a minha orientadora, Profª Kellen da Silva Coelho, pelo

estímulo, competência e paciência. Muito obrigada por compartilhar todas as

dúvidas e ansiedades surgidas durante a realização deste trabalho.

Aos membros da banca examinadora, por terem aceitado o convite e

pelas proeminentes contribuições neste trabalho.

Agradeço a Onédio e Cecília meus pais, que sempre acreditaram e

torceram por mim.

Aos meus irmãos Ana Paula e Júnior que sempre acreditaram em mim.

Ao meu querido e amado sobrinho Arthur, que tantas vezes me fez sorrir.

Especialmente, ao meu esposo Leandro pela paciência e apoio durante

todos esses anos de minha vida.

E muito respeitosamente ao meu orientador de campo Bernardino José

da Silva, que muitas vezes me incentivou e ajudou em momento de grande

dúvida. E aos demais funcionários entrevistados que prestaram real contribuição

para realização deste trabalho e para o desenvolvimento deste estudo,

especialmente a Olga, Bianca e Márcio.

Não poderia esquecer dos amigos que sempre me acompanharam e que

durante a trajetória acadêmica, houve muitos momentos agradáveis,

desagradáveis e até momentos muitos difícies. Estar estudando e trabalhando

durante a realização deste trabalho me fez perceber o quanto sou capaz. E que

não devemos desistir nunca de nossos sonhos. Agradeço a Bruna, Giselli,

Marina, Michelle, Daniela, Joice, Liana, Evelin, Wetcera, Alex Sandro, Natally,

Marina, Kako, Gustavo, Charlene, Reginaldo, Paulo, nunca esquecerei de vocês.

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Existem homens que lutam um dia e são bons; existem outros que lutam um ano e são melhores; existem aqueles que lutam muitos anos e são muito bons. Porém, existem os que lutam toda a vida. Estes são os imprescindíveis.

Bertold Brecht

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RESUMO

O presente estudo teve como principal objetivo analisar á rotatividade dos funcionários na filial de Barreiros da empresa Supermercados Imperatriz Ltda. Para isso, buscou-se: descrever o índice de rotatividade dos funcionários nos Supermercados Imperatriz - filial de Barreiros; verificar a sistemática de análise da rotatividade utilizada pela empresa Supermercados Imperatriz Ltda.; identificar os principais fatores associados que levam a rotatividade na empresa em questão. Propor melhorias para a redução da rotatividade na requerida filial. A pesquisa caracterizou-se como estudo de caso de natureza descritiva, com abordagem qualitativa e quantitativa. A população da pesquisa correspondeu aos gestores que se constituiu de quatro (4) gestores, diante de que a análise foi feita através de questionários respondidos por ex-funcionários da organização. A coleta dos dados baseou-se em dados primários e secundários, por intermédio de roteiro de entrevista com os (gestores). Os dados foram tratados: estatisticamente, por meio de análise documental e categorial. Estudados os aspectos avaliados, tanto na prática como na literatura pesquisada, foram caracterizadas as etapas e as atividades do processo, identificados os aspectos e seus impactos na empresa em questão. O estudo demonstrou uma necessidade de gestão mais eficaz no que tange ao índice rotatividade e às influências das atividades de recursos humanos. Dentro desse contexto, verificou-se a possibilidade de acompanhar mais de perto essas variáveis, que influenciam negativamente as organizações, pois os gestores são pessoas que demonstraram boas idéias, principalmente no que diz respeito a uma gestão mais eficaz acerca da rotatividade de funcionários. Palavras-chave: Gestão de Recursos Humanos. Planejamento de Recursos Humanos. Rotatividade.

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ABSTRACT

This study had as main objective to analyze the turnover of staff the subsidiary company's Barreiros Supermercados Imperatriz Ltda. To do so, sought to: describe the rate of turnover of staff in supermarkets Empress - a subsidiary of Barreiros, check the systematic analysis of the rotation used by supermarkets Imperatriz Ltda; identify the main risk factors that lead to turnover in the company in question. Propose improvements to reduce the rotation required in subsidiary. The search was characterized as a case study of descriptive nature, with qualitative and quantitative approach. The population of the survey corresponded to managers that consisted of four (4) managers, given that the analysis was done through questionnaires answered by former employees of the organization. Data collection was based on primary and secondary data, via an interview with the roadmap (managers). The data were treated: statistically, by means of document analysis and categorical. Studied the aspects evaluated, both in practice and in literature, were characterized steps and activities of the process, identified the issues and their impacts on the company concerned. The study showed a need for more effective management in terms of turnover rate and the influences of human activities. Within this context, there is the possibility to monitor more closely those variables that negatively influence the organizations, as managers are people who have good ideas, especially with regard to more effective management of the rotation of officials. Key-words: Human Resources Management. Planning Human Resources. Turnover.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 01 – Fórmula Para se Calcular a Taxa de Rotatividade ............................... 43

Figura 02 – Fórmula Para se Calcular o Índice de Rotatividade ............................. 44

Figura 03 – Procedimento Para se calcular o Índice de Rotatividade ..................... 44

Figura 04 – Cálculo do Índice de Rotatividade ........................................................ 44

Figura 05 – Fórmula Para o cálculo da Amostra ..................................................... 49

Figura 06– Cálculo da Amostra ............................................................................... 49

Figura 07 – Fórmula Para se Calcular a Taxa de Rotatividade ............................... 56

Figura 08 – Masculino versus Feminino ................................................................. 58

Figura 09 – Período de Permanência ...................................................................... 58

Figura 10 – Formas de Demissão ........................................................................... 59

Figura 11 – Acompanhamento do Padrinho ............................................................ 59

Figura 12 – Cartas de Boas Vindas ......................................................................... 60

Figura 13 – Retorno das Avaliações de Experiência ............................................... 61

Figura 14 – Treinamento para Aplicação Manual .................................................... 62

Figura 15 – Relacionamento Entre os Funcionários ................................................ 62

Figura 16 – Estrutura Física Para se Trabalhar ....................................................... 63

Figura 17 – Valores e Normas da Empresa ............................................................ 64

Figura 18 – Planejamento, Organização e Metas Estabelecidas ............................ 64

Figura 19 – Relacionamento com a Chefia Imediata ............................................... 65

Figura 20 – Relacionamento com a Gerencia da Loja ............................................ 65

Figura 21 – Oportunidades de Treinamento e Crescimento .................................... 66

Figura 22 – Satisfação com o Trabalho Realizado .................................................. 66

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LISTA DE TABELAS

Quadro 01 – Possíveis Conseqüências Positivas na Rotatividade ......................... 42

Quadro 02 – Possíveis Conseqüências Negativas da Rotatividade ........................ 42

Tabela 01 – Índice de Demissões das Lojas dos Supermercados Imperatriz em

São José (2006, 2007, 2008 e 2009 até abril)......................................................... 55

Tabela 02: Cálculo do Índice da Rotatividade ......................................................... 56

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................... 12

1.1 TEMA E PROBLEMA DE PESQUISA .................................................... 12

1.2 PERGUNTAS DE PESQUISA OU HIPÓTESES DE PESQUISA ........... 13

1.3 OBJETIVOS ........................................................................................... 13

1.3.1 Objetivo Geral ....................................................................................... 14

1.3.2 Objetivos Específicos .......................................................................... 14

1.4 JUSTIFICATIVA ..................................................................................... 14

1.5 APRESENTAÇÃO GERAL DO TRABALHO .......................................... 15

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................. 17

2.1 CONCEITOS DE ADMINISTRAÇÃO ..................................................... 17

2.2 ESTUDOS SOBRE A CIÊNCIA DA ADMINISTRAÇÃO ......................... 18

2.2.1 Abordagem Clássica ............................................................................ 19

2.2.1.1 Administração Cientifica ......................................................................... 19

2.2.1.2 Teoria Clássica ....................................................................................... 20

2.2.2 Abordagens das Relações Humanas .................................................. 22

2.2.2.1 Escola das Relações Humanas .............................................................. 22

2.2.3 Abordagem Estruturalista ................................................................... 23

2.2.3.1 Teoria Estruturalista ............................................................................... 24

2.2.3.2 Teoria da Burocracia .............................................................................. 25

2.2.4 Abordagem Comportamental .............................................................. 27

2.2.4.1 Teoria Comportamental .......................................................................... 27

2.2.5 Abordagem dos Sistemas ................................................................... 29

2.2.5.1 Teoria dos Sistemas ............................................................................... 29

2.2.6 Abordagem Contingencial ................................................................... 30

2.2.6.1 Teoria das Contingências ....................................................................... 31

2.3 Evolução Histórica da Administração de Recursos Humanos......... 31

2.3.1 O Papel, as Funções e as Atividades da Administração de

Recursos Humanos .............................................................................. 33

2.3.2 Planejamento de Administração de Recursos Humanos ................. 35

2.3.2.1 Fatores Interferentes .............................................................................. 36

2.3.2.1.1 Absenteísmo .......................................................................................... 36

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2.3.2.1.2 Rotatividade (Turn Over) ........................................................................ 38

3 ASPECTOS METODOLÓGICOS ........................................................... 47

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA ..................................................... 47

3.2 CONTEXTO E PARTICIPANTES DA PESQUISA .................................. 48

3.3 PROCEDIMENTOS E INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS ...... 50

3.4 TRATAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS ............................................. 52

4 RESULTADOS DO ESTUDO................................................................. 53

4.1 CARACTERIZAÇÃO DOS SUPERMERCADOS IMPERATRIZ ............. 53

4.2 PARTICIPANTES DA PESQUISA .......................................................... 55

4.3 ÍNDICES DA ROTATIVIDADE................................................................ 55

4.3.1 Motivos da Saída dos Funcionários da Organização ........................ 67

4.3.2 Fatores Causadores de desmotivação na percepção funcionários . 67

4.3.3 Contribuições Deixadas pelos Ex-funcionários Para a Empresa ..... 68

4.4 FATORES E ATIVIDADES RELACIONADOS À ROTATIVIDADE ......... 68

4.5 A SISTEMÁTICA DA ROTATIVIDADE ................................................... 70

4.6 MELHORIAS SUGERIDAS PARA REDUÇÃO DA ROTATIVIDADE ..... 73

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................... 76

REFERÊNCIAS ...................................................................................... 78

APÊNDICES........................................................................................... 82

Apêndice A – Roteiro de Entrevista com o Subgerente .................... 83

Apêndice B – Roteiro de Entrevista com o Gerente .......................... 84

Apêndice C – Roteiro de Entrevista com o Gerente Regional .......... 85

Apêndice D – Roteiro de Entrevista com o Vice-presidente ............. 86

ANEXOS ................................................................................................ 87

Anexo A – Modelo do Questionário Preenchido pelos Ex-

funcionários .......................................................................................... 88

Anexo B – Organograma dos Supermercados Imperatriz Ltda ........ 91

Anexo C – Avaliação de Desempenho (Empresa Avalia o

Colaborador) ......................................................................................... 93

Anexo D – Avaliação do Colaborador para a Empresa ..................... 96

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1 INTRODUÇÃO

1.1 TEMA E PROBLEMA DE PESQUISA

As portas do terceiro milênio , e em uma época em que as mudanças e as

inovações e a crescente globalização se tornaram os maiores desafios as palavras

de ordem passaram a ser a produtividade, qualidade e competividade. Nesse novo

contexto , as pessoas deixam de ser o problema das organizações e passam a ser a

solução. As pessoas deixam de se o recurso organizacional mais importante para se

tornar o parceiro principal do negócio. (CHIAVENATO, 1998)

Para entender as novas exigências do mercado, as organizações, buscam

compreender as pessoas, seus desejos profissionais, particulares e familiares.

Desde a época de Taylor, já se pensava em harmonia, cooperação,

rendimento, desenvolvimento e eficiência do homem no trabalho. Já se percebia o

quanto se perdia com a ausência destes fatores em uma organização, portanto é

necessário identificar as causas desta ausência, uma vez que elas podem ser os

motivos de alto nível de rotatividade de uma empresa (VAZ, 2008).

Frente a isso, convém enfatizar que um índice alto de rotatividade causa

ruptura na eficiência da organização, quando o pessoal experiente deixa a empresa

e é necessário encontrar substitutos e prepará-los para assumir posições de

responsabilidade, (ROBBINS, 2002). Assim nota-se que as organizações buscam

reduzir todos os elementos que causa a elevação dos custos de seus produtos ou

serviços. Para isso, as empresas contam com o comprometimento dos gestores de

recursos humanos, a fim de trabalharem de forma a reduzir os custos com pessoal,

entre os quais se observa a rotatividade.

A rede de Supermercados Imperatriz iníciou suas atividades em 14 de agosto

de 1974 com o fundador Vidal Procópio Lohn , o mesmo contava com a mão de obra

de sua própria família. Com o crescimento da empresa e o aumento das exigências

dos clientes na prestação de serviços e da concorrência, surgiu a necessidade de

uma maior profissionalização, desde então acompanha a evolução do varejo no

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Brasil. Atualmente, com 18 lojas e 2300 funcionários ela atua no segmento de

comércio varejista (IMPERATRIZ, 2009).

Para reduzir o índice de rotatividade de pessoal no Supermercado Imperatriz,

filial de Barreiros, acredita-se que seja interessante um estudo sobre as principais

causas que podem estar acontecendo internamente na empresa e por meio dela,

diagnosticar cada uma e finalmente atribuir uma solução.

Neste sentido, foi possível convergir tal fato com a realidade dos

Supermercados Imperatriz, filial de Barreiros tendo em vista um diagnóstico feito no

sexto período constatou-se que a empresa apresenta um alto índice de rotatividade

de funcionários que agora passa a ser alvo deste estudo.

Diante disso estabelece-se o seguinte problema de pesquisa:

Como é a rotatividade na empresa Supermercados Imperatriz Ltda, filial

de Barreiros?

1.2 PERGUNTAS DE PESQUISA

Com o intuito de responder ao problema de pesquisa, estas são as perguntas

aguçadoras desta investigação:

quais são os índices da rotatividade na empresa Supermercados

Imperatriz Ltda.?;

qual é a sistemática de análise da rotatividade na empresa em questão?;

como se caracteriza os fatores e as atividades dos recursos humanos que

levam a rotatividade na empresa Supermercados Imperatriz Ltda.?;

que melhorias podem ser propostas para a redução da rotatividade na

empresa Supermercados Imperatriz Ltda.?;

1.3 OBJETIVOS

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Á luz das perguntas de pesquisa apresentadas anteriormente, foram

escolhidos como objetivos deste trabalho, tanto geral como específico.

1.3.1 Objetivo Geral

O objetivo geral desta pesquisa é analisar a rotatividade na filial de Barreiros

(São José) da empresa Supermercados Imperatriz Ltda.

1.3.2 Objetivos Específicos

Para entender melhor esta pesquisa foram estipulados os seguintes objetivos

específicos:

descrever os índices de rotatividade na filial de Barreiros, em São José;

verificar a sistemática de análise da rotatividade utilizada pela empresa

Supermercados Imperatriz na filial em questão;

identificar os principais fatores e atividades da administração de recursos

humanos que levam a rotatividade na filial de Barreiros;

propor melhorias para a redução da rotatividade de funcionários na

requerida filial.

1.4 JUSTIFICATIVA

Conforme alguns autores e evidenciando mais especificamente Robbins

(2002, p. 21) “toda a organização, evidentemente, tem certa rotatividade. Portanto,

quando a rotatividade é muito grande ou envolve a perda de pessoal valioso, ela

pode ser um fator de ruptura, prejudicando a eficiência da organização”.

Os estudos referentes à rotatividade são muito importantes para o planejamento de recursos humanos de qualquer empresa. A rotatividade não somente pode significar investimentos perdido, desperdiçados, que não retornam a empresa, como pode afetar profundamente o nível de

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produtividade, a continuidade da empresa em seus resultados (LUCENA, 1999).

O referente estudo consiste em analisar os fatores e influências da

rotatividade que acontece na filial de Barreiros da empresa Supermercados

Imperatriz Ltda. Será medido, num determinado período, as variações que ocorrem e

que estaticamente poderá fornecer informações importantes. A pesquisa se torna

relevante no sentido de analisar detalhadamente as possíveis causas da rotatividade

e assim fará com que a empresa possa ter viabilidade nas tomadas de decisões.

Aparentemente, a rotatividade no quadro de trabalhadores da empresa

Supermercados Imperatriz Ltda., representa um significativo problema enfrentado

pelos gerentes de lojas da rede e implica na qualidade dos serviços e também nos

custos para a organização. Sendo assim, essas mudanças provocaram uma

elevação no que se chama de rotatividade, os quais passam a ser os elementos de

pesquisa e estudo de caso neste trabalho.

Como acadêmica este estudo apresentado revela uma grande oportunidade,

pois por fazer parte da administração de recursos humanos desta empresa

pesquisada também tem grande interesse em saber o que acontece em relação à

rotatividade na empresa. Além do aprendizado, o envolvimento de conceitos e

interpretações visto que ao longo destes anos no meio acadêmico proporcionaram o

interesse por tal assunto.

1.5 APRESENTAÇÃO GERAL DO TRABALHO

O presente trabalho de conclusão de estágio apresentado é composto de

cinco capítulos. No primeiro capítulo, é apresentado à introdução do trabalho; parte

em que são contextualizados o tema e o problema de pesquisa juntamente com

objetivos e a justificativa da pesquisa. Neste capítulo, demonstra-se a importância do

estudo da rotatividade nas organizações e detecta-se assim a problemática de

pesquisa.

No segundo capítulo será abordada a fundamentação teórica onde são

apresentados alguns assuntos e definidos conceitos que permitem entender melhor

o desenvolvimento do presente trabalho, quais sejam: conceitos de administração,

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estudos sobre a ciência da administração, a administração de recursos humanos

bem como suas funções e atividades, fatores interferentes como o absenteísmo e

rotatividade. No entanto para melhor compreender esta análise, destaca-se o fator

determinante para este estudo: a rotatividade de pessoal, que mede o giro de

entradas e saídas de pessoal nas organizações.

No terceiro capítulo são descritos os aspectos metodológicos, tais como:

caracterização da pesquisa; contexto e participantes da pesquisa; procedimento e

instrumentos de coletas de dados; tratamento e analise de dados e por ultimo as

definições dos conceitos relacionados à pesquisa.

No quarto capítulo são apresentados os resultados do estudo, juntamente

com a caracterização da empresa, análise dos dados da organização em estudo, os

índices, fatores, atividades e sistemática relacionada à rotatividade na empresa em

questão. No quinto capítulo são apresentados às considerações finais. Na seqüência

são apresentadas as referências. E por fim são apresentados os apêndices: a)

roteiro de entrevista com os gestores; e anexos: a) questionários de desligamentos;

b) organograma da empresa; c) avaliação de desempenho da empresa para o

funcionário; d) avaliação de desempenho do funcionário para a empresa.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A fundamentação teórica abrange temas como a administração geral, a

gestão de recursos humanos e analisa o principal objetivo desta pesquisa sendo

este um indicador de grande importância, a rotatividade nas organizações.

Posto isso, serão abordados a seguir alguns assuntos relacionados, tais

como: conceitos de administração, estudos sobre a ciência da administração,

evolução histórica sobre da administração de recursos humanos, o papel a função e

as atividades de recursos humanos, planejamento de recursos humanos e a

rotatividade este, como fator interferente deste estudo.

2.1 CONCEITOS DE ADMINISTRAÇÃO

“A administração é o processo de consecução dos objetivos organizacionais

de uma maneira eficiente, eficaz e efetiva, por meio do planejamento, da

organização, da liderança e do controle dos recursos organizacionais”.

(CARAVANTES; PANNO; KLOECKNER, 2005).

Já Montana e Charnov, (1999, p. 6), relaciona a “administração ao ato de

trabalhar com e através de pessoas para realizar os objetivos tanto da organização

quanto de seus membros”.

Além disso, cabe destacar que, de acordo com Maximiano (2000, p. 25),

administração “é o conjunto de princípios, normas, funções que têm por fim ordenar

os fatores de produção e controlar a sua produtividade e eficiência, para se obter

determinado resultado”.

Assim administrar é uma atividade essencialmente empírica. Ao se

administrar qualquer coisa, seja ela uma empresa, um exército ou nosso próprio

tempo, estamos procurando formas de interagir com a realidade que nos cerca na

busca de determinados objetivos (PARK; BONIS; APUD, 2002, p. 1).

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No tópico seguinte serão expostos os estudos sobre a ciência da

administração serão referencia do próximo tema bem como sua importância para as

organizações.

2.2 ESTUDOS SOBRE A CIÊNCIA DA ADMINISTRAÇÃO

A administração é uma atividade encontrada em empreendimentos de

qualquer espécie, de todos os povos e tempos. Todos os grandes líderes que a

história registra foram administradores, eles administraram países, coordenaram

explorações, dirigiram guerras, gerindo assim esforços de outros homens (SILVA,

2001). O pensamento central pode ser resumido na afirmação de que alguém será

um bom administrador á medida que planejar cuidadosamente seus passos, que

organizar e coordenar racionalmente as atividades de seus subordinados e que

souber comandar e controlar tais atividades (MOTTA, 1982, p. 3)

Silva (2001) enfatiza que desde 1900, a administração tem evoluído á

categoria de atividade central da nossa era, e é a economia uma força poderosa e

inovadora de que as sociedades dependeram para o seu desenvolvimento. No

entanto a administração é um fator determinante do processo econômico. Embora se

possa reconhecer a importância da administração para o bem estar e

desenvolvimento dos povos, são muito difíceis reconstruir a sua história.

Posto isso, cabe apresentar, de forma breve um panorama das teorias da

administração que se desenvolveram no século XX. As divisões das teorias

estudadas são as seguintes: abordagem clássica, abordagem das relações

humanas, abordagem estruturalista e burocrática, comportamental, dos sistemas e a

abordagem contingencial.

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2.2.1 Abordagem Clássica

A origem da Abordagem Clássica da Administração teve origem nas

conseqüências da Revolução Industrial. Assim a abordagem clássica se divide em

administração científica com Frederick Winslow Taylor e a teoria clássica com Henry

Fayol.

2.2.1.1 Administração Científica

A administração científica foi à primeira abordagem da teoria da

administração, criada por engenheiros, cientistas e administradores preocupados

com a melhoria da eficiência do trabalhador. A administração cientifica surgiu de

esforços em melhorar a eficiência do trabalhador, que começaram com Frederick W.

Taylor (MONTANA; CHARNOV, 1999)

Na era da administração científica, as mudanças foram minimizadas. O

comportamento era geralmente, regido por regras e regulamentos. A organização

moderna, porém, era objeto de mudanças constantes (KWASNICKA, 1995, p. 33).

Os classistas ignoravam a importância do fator humano, pois acreditavam que

as pessoas deveriam estar sob um sistema de autoridade. E consideravam a

autoridade como um fluxo de cima para baixo, no que se refere às níveis

hierárquicos da organização e isto refletia uma atitude pessimista a respeito da

natureza humana (SILVA, 2001). “Os princípios da administração científica se

basearam na estrutura formal e nos processos das organizações” (SILVA, 2001, p.

117).

Taylor foi um líder de um grupo que promoveu o movimento da administração

científica. Em essência, os princípios e as técnicas criados para esse movimento

procuravam aumentar a eficiência dos trabalhadores por meio da racionalização do

trabalho (MAXIMIANO, 2000, p. 56). Assim as teorias propostas por Taylor podem

ser resumidas em quatros princípios da administração científica são elas:

estabelecer uma ciência da produção; treinar e selecionar trabalhadores; aplicar

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essa ciência para as tarefas operativas e construir um sistema de cooperação entre

trabalhadores e gerência para alcançar os objetivos (CARAVANTES; PANNO;

KLOECKNER, 2005).

Organização Racional do Trabalho se fundamenta em: análise do trabalho e

estudo dos tempos e movimentos; estudo da fadiga humana; divisão do trabalho e

especialização do operário; a tarefa; padronização de métodos e de máquinas e

supervisão funcional (SILVA, 2001).

Para Taylor, o operário não tem capacidade, nem meios para analisar o seu

trabalho e estabelecer racionalmente qual o método ou processo é mais eficiente.

Taylor culpou a administração e não os operários, porque para ele era função dos

gerentes projetarem as atividades de maneira apropriada e oferecer incentivos

adequados para estimular a produção dos operários. Porém, com a Administração

Cientifica ocorre uma divisão das responsabilidades: a administração fica com o

planejamento e a supervisão, e o trabalhador fica com a execução do trabalho

(SILVA, 2001)

Diante disso, conclui-se que foi Taylor que implantou diversos conceitos que

até hoje se utiliza na Administração. A seguir aborda-se a teoria clássica que se

caracterizava pela ênfase na estrutura organizacional, pela visão do homem

econômico e pela busca da máxima eficiência.

2.2.1.2 Teoria Clássica

As organizações estavam crescendo em tamanho e em complexidade, e

havia uma necessidade maior de compreender como uma organização como um

todo poderia operar com mais eficácia. Quem mais se destacou na área da

administração das organizações foi Henri Fayol (MONTANA; CHARNOV, 1999, p.

14). Assim Fayol, que foi considerado o pai da administração moderna considerava

que administração é processo de planejar, organizar, comandar, coordenar e

controlar.

Fayol (apud SILVA, 2001) assegurava que: “qualquer organização

necessitava de administração, fosse do tipo do comércio, indústria, política, religião,

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militar ou filantrópica; em qualquer condição existe uma função administrativa a ser

desempenhada”..

As funções administrativas, para Fayol (apud SILVA, 2001) eram elementos

que sintetizariam o trabalho do administrador. Assim no planejamento entende-se

que “perscrutar o futuro e traçar o programa de ação” deve ter uma única direção,

contado com os diversos subprogramas devidamente entrelaçados e harmonizados

o bastante para resistir à passagem do tempo, ter perspectiva anual e precisão nas

metas definidas. Já na organização, enfatiza que organizar uma empresa é “dota-la

de tudo que é útil a seu funcionamento: matérias-primas, utensílios, capitais e

pessoal”. Para Fayol (apud SILVA, 2001) comandar, consiste em fazer o corpo social

devidamente constituído funcionar, ou seja, dirigir o pessoal. Coordenar, na

perspectiva de Fayol significa “estabelecer a harmonia entre todos os atos de uma

empresa, de maneira a facilitar o seu funcionamento e o seu sucesso”. Controlar

consiste, em “verificar se tudo corre de acordo com o programa adotado, a ordem

dada e os princípios admitidos” (PARK; BONNIS; ABUD, 2002).

Os princípios gerais da administração sugeridos por Fayol são ainda

considerados, por grande parte dos administradores, úteis na prática administrativa.

Estes princípios foram escritos em 1916, e são eles: divisão de trabalho; autoridade

e responsabilidade; disciplina; unidade de comando; unidade de direção;

subordinação do interesse individual ao interesse geral; remuneração pessoal;

centralização; cadeia escalar; ordem; equidade; estabilidade do pessoal no cargo;

iniciativa e espírito de equipe. Henri Fayol ressaltou ainda que “não existe nada

rígido ou absoluto, quando se trata de problemas da administração; é tudo uma

questão de proporção” (SILVA, 2001).

Contudo, cabe destacar que, segundo alguns autores, como Montana e

Charnov (1999); Caravantes; Panno; kloeckner, (2005), Taylor e Fayol apresentaram

idéias extremamente importante e foram tipificados como estudiosos da

administração e que com isso se complementaram em seus princípios e técnicas de

tentar resolver os problemas com seus funcionários. Então, ambos tiveram um papel

essencial para o moderno pensamento administrativo. A finalidade de ambas as

teorias era a mesma: maior produtividade do trabalho e a busca da eficiência das

organizações. A Teoria Clássica se caracterizava pela ênfase na estrutura que a

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organização deveria possuir para ser eficiente, enquanto a Administração Científica

se caracterizava pela ênfase na tarefa realizada pelo operário.

Na seqüência, mostra-se a abordagem das relações humanas. Esta

abordagem teve grande impacto na gerência das empresas. Basta observarmos

como, atualmente as, relações humanas são tratadas de maneira prioritária pela

maioria das organizações em geral.

2.2.2 Abordagens das Relações Humanas

A seguir aborda-se a escola das relações humanas, segundo Mayo buscava-

se melhorar a eficiência do trabalhador através das dimensões humanas do trabalho.

2.2.2.1 Escola das Relações Humanas

As teorias administrativas desenvolvidas, até então, desencadearam uma

alteração: a ênfase colocada na tarefa (Taylor), colocada na estrutura (Fayol) e

colocada na autoridade (Weber), foi transferida para a ênfase nas pessoas que

fazem parte das organizações (SILVA, 2001).

O movimento das relações humanas foi um esforço combinado dentre

teóricos e práticos, para fazer os gerentes mais sensíveis às necessidades dos

empregados. Isto veio como um resultado de circunstâncias especiais que

ocorreram na metade do século XX. Já o enfraquecimento do sindicalismo se deveu

a grande depressão norte americana de 1930; a filosofia do humanismo industrial foi

estabelecida por estudiosos que queriam provar que a produtividade dos indivíduos

depende do tratamento dado a eles; estudos de Hawthorne se propunham a estudar

as condições que melhorariam o desempenho dos empregados nas organizações

(SILVA, 2001).

Elton Mayo, foi o mais importante incentivador da escola das relações

humanas, descobriu que os teóricos que buscavam melhorar a eficiência do

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trabalhador precisam levar em conta as dimensões humanas do trabalho. Ainda,

segundo Montana ; Charnov (1999), a abordagem comportamental enfatiza que a

administração eficaz virá de uma compreensão do trabalhador. Esta afirmação

surgiu de uma experiência de Hawthorne, conduzida por Elton Mayo e que deu

origem ao movimento de relações humanas.

De acordo com Caravantes; Panno; Klockner, (2005, p. 80), Mayo é

conhecido como “o pai das relações humanas”, por causa de sua liderança na

condução da pesquisa de Hawthorne e outras investigações no campo do

comportamento humano.

Os trabalhos de Mayo constituem um marco para o início de uma nova forma

de pensar sobre a administração. Ele foi responsável por uma revolução ideológica

na teoria administrativa (PARK; BONIS; ABUD, 2002). Para Mayo (apud

MAXIMIANO, 2000, p. 67) “o desempenho das pessoas era determinado não

apenas pelos métodos de trabalho, segundo a visão da administração científica, mas

também pelo comportamento”.

Abria-se, dessa forma, espaço para uma nova abordagem que procurasse

integrar a teoria clássica e a teoria das relações humanas, aproveitando o que de

melhor havia em uma e em outra. Foi como surgiu a Abordagem Estruturalista, que

será a próxima abordagem a ser estudada.

2.2.3 Abordagem Estruturalista

A administração científica foi o ponto de transição da administração para a

escola clássica. As pesquisas de Hawthorne representam à passagem da escola

clássica para as escolas das relações humanas. Nessa evolução, o estruturalismo

representa uma nova visão no campo administrativo, com o surgimento de uma

escola chamada sistêmica.

A Abordagem Estruturalista se divide em: teoria da burocracia com ênfase na

estrutura e teoria estruturalista com ênfase na estrutura, nas pessoas e no ambiente.

2.2.3.1 Teoria Estruturalista

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O estruturalismo marcou sua presença no campo da administração por

implicar o estudo das organizações num sentido mais amplo e integral, considerando

todos os fatos que influem, tanto interno como externos, e submetendo - os a uma

análise comparativa e global (SILVA, 2001).

Para Caravantes; Panno; Kloeckner, (2005), a abordagem estruturalista pode

ser definida como uma tentativa de englobar aspectos importantes da abordagem

clássica e aspectos relevantes da Escola das Relações Humana, ou seja, a

abordagem estruturalista é uma junção dos aspectos formais da escola clássica e

dos aspectos informais da abordagem das relações humanas.

Para (LAKATOS, 1997)

O estruturalismo procura uma maximização dos aspectos positivos das organizações formal e informal, apresentando assim, um funcionamento mais completo e integrado da empresa, considerando como padrão de eficiência. Compreendendo que correlacionamento entre as organizações formal e informal origina diversas maneiras de relacionar à hierarquia, o poder, a autoridade e as formas de controle com o tipo de consentimento dado pelos subordinados a esses aspectos, preconiza, para organização formal, conforme seus objetivos, um trato dos componentes da empresa pela visão cientifica, ou uma atuação em termos da colocação de Behavioristas.

O nome em destaque no estruturalismo é Amitai Etzioni, foi um sociólogo

organizacional, além de ser um cidadão politicamente engajado demonstrou

habilidades á economia neoclássica. Criticou duas preposições fundamentais do

comportamentalismo e da dinâmica de grupo, que são: a participação nas decisões,

meio pelo qual se tentava delegação de autoridade por questões que tivesse pouca

importância e se tentava obter a conformidade e consentimento. No segundo, os

pequenos grupos informais não foram levados em contas nos estudos feitos e nas

relações com os aspectos formais (SILVA, 2001).

Amitai Eltzioni argumenta três tipos de poder nas organizações: coercitivo, só

se consegue por meio de ameaças, imposições de dor, geração de frustração,

deformidade ou morte, controle da satisfação das necessidades fisiológicas;

remunerativo, baseado no controle de valores econômicos, como salários,

comissões, benefícios, serviços e mercadorias e para finalizar o normativo, baseado

em recompensas, como liderança, prestigio e estima (SILVA, 2001).

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Em seguida será evidenciada a teoria burocrática. Baseada na teoria de Max

Weber representa um desdobramento da teoria da burocracia e uma leve

aproximação da teoria das relações humanas e também uma visão bastante critica

da organização formal.

2.2.3.2 Teoria da Burocracia

A teoria da burocracia se originou na Europa no início do século XX, como

alternativa as teorias conhecidas, visto que buscava a racionalidade técnica

requerida para projetar e construir um sistema administrativo baseado no estudo

exato dos tipos de relacionamento humanos. Originou também da necessidade de

organização das empresas, que cresciam em tamanho e complexidade de operação,

pois era necessário um modelo de organização racional que abrangesse muitas

variáveis envolvidas e também o comportamento dos participantes (SILVA, 2001).

A burocracia como forma de organização das atividades humanas é muito

antiga: entretanto, como teoria desenvolvida, com objetivos específicos, só

aconteceu a partir de Max Weber (SILVA, 2001)

Max Weber foi sem dúvida um dos mais destacados teóricos econômicos e

sociológicos de todos os tempos. Weber definiu a organização como:

Um sistema de atividade continua e intencional de um tipo especificado, além de uma organização dotada de personalidade jurídica ser uma relação social associativa caracterizada por um quadro administrativo que se dedica

a essa atividade continua e intencional (PARK; BONIS; ABUD, 2002).

Já para Kwasnicka (1995, p. 31), “a teoria da burocracia é uma teoria que

refletem muitos dos princípios da teoria clássica, e pode ser aplicada tanto a

organização publica como a privada e, como todos os modelos, é raro ser

encontrada na forma pura”. Ainda complementa que, Weber também enfatiza o

profissionalismo na burocracia, acreditando que o sistema poderia funcionar

eficientemente a menos que estivesse providas de pessoas competentes e

especializadas.

Segundo Maximiano (2000), as três características principais da burocracia é

a formalidade, impessoalidade e o profissionalismo. Essas características formam o

tipo ideal de burocracia, criado por Max Weber. Na Formalidade as burocracias são

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essencialmente sistemas de normas e a figura da autoridade é definida pela lei. Na

Impessoalidade a burocracia obedece à lei dos seguidores. Já no profissionalismo

as burocracias são formadas por funcionários. As burocracias operam como

sistemas de subsistência para os funcionários.

Contudo percebe-se que a burocracia é uma teoria muito importante para as

organizações, baseia-se em regras, esfera de competência e hierarquia e com o

crescente tamanho e complexidade das empresas passa-se a exigir modelos

organizacionais bem mais definidos tendo assim mais eficiência nas organizações

(PARK; BONNIS; ABUD, 2002).

Para Maximiano (2000, p. 97) “as disfunções da burocracia existem porque as

organizações são sistemas humanos e não mecânicos, estritamente regidos pelas

leis”.

A seguir, serão citadas as seis principais disfunções escritas por Maximiano

(2000) de que as organizações formais normalmente sofrem: A primeira disfunção

seria a valorização excessiva dos regulamentos, nota-se que há um exagero por

parte das organizações de regulamentar tudo o que for possível a respeito do

comportamento humano. Procurando prever e controlar tudo, as organizações

formais criam regras excesso e funcionários em excesso para fiscalizar o

cumprimento das regras.

Na segunda disfunção que seria a valorização excessiva da hierarquia

percebe-se que a hierarquia faz as pessoas dependerem de outras pessoas em

posição superior, assim tende a atrair pessoas sem talento.

Na terceira disfunção que é a defesa de interesses de grupos externo muitas

pessoas estão voluntariamente e involuntariamente associadas a grupos externo a

organização: amigos que se diplomaram na mesma escola, por exemplo, ou tenha

um vinculo com um agrupamento qualquer de tipo, pode defender seus interesses

dentro dela.

Na quarta disfunção tem-se a defesa de interesses pessoais em geral muitas

vezes o funcionário usa a organização para atendimento de seus interesses

pessoais, provocando assim males como nepotismo e corrupção.

Na quinta disfunção, há o mecanismo, o profissionalismo das organizações

formais exige que as pessoas desempenhem papeis limitados, cada pessoa ocupa

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um cargo, que tem competências bem definidas. Assim as organizações

burocráticas tendem a ser contingentes de pessoas com talentos.

Na sexta e ultima disfunção o individualismo é uma conseqüência pelo poder

ou por recursos escassos. A organização burocrática oferece muitas vantagens para

as pessoas que são alcançadas as posições de chefia.(MAXIMIANO, 2000).

A abordagem comportamental marca a mais forte ênfase das ciências do

comportamento na teoria administrativa e a busca de soluções democráticas e

flexíveis para aos problemas organizacionais.

2.2.4 Abordagem Comportamental

É na abordagem comportamental que se passa a ter a preocupação com a

estrutura, processos e com a dinâmica organizacional, isto é com o comportamento

organizacional.

2.2.4.1 Teoria Comportamental

A teoria comportamental teve origem como um desdobramento da teoria das

relações humanas e como uma tentativa de consolidar o enfoque das relações

humanas nas teorias das organizações. Esta teoria trouxe uma nova direção às

teorias da administração, com uma maior valorização do comportamento do

individuo e uma redução nas posturas normativas e descritivas (SILVA, 2001).

A abordagem clássica havia enfatizado o trabalho, mas a abordagem

comportamental enfatiza que a administração eficaz virá de uma compreensão do

trabalhador .(MONTANA; CHARNOV, 1999)

A teoria das necessidades humanas foi desenvolvida por Abrahan H. Maslow,

segundo ele o homem é motivado por necessidades organizadas em uma hierarquia

de relativa prepotência. Isso que significar que uma necessidade de ordem superior

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surge somente quando a ordem inferior for relativamente satisfeita (CARAVANTES;

PANNO; KLOECKNER, 2005).

Assim, Maslow classificou as necessidades humanas em cinco tipos:

fisiológicas, de segurança, de afeto, de estima e de auto-realização. A primeira é a

fisiológica que constitui sono, alimentação, sexo, respiração. A segunda é de

segurança constitui proteção e estabilidade. A terceira é o afeto constitui aceitação,

amor, amizade, sentimento de grupo. A quarta é a estima que constitui a

autoconfiança, apreço, reconhecimento. E a quinta e ultima é a auto-realização que

é crescimento, auto-desenvolvimento e potencial (PARK; BONIS; ABUD, 2002)

Frederick Herzberg foi responsável por dois fatores e desenvolveram sua

classificação dos elementos de trabalho em dois conjuntos, os que atende as

necessidades básicas das pessoas denominados de fatores de higiene e os que

atendem as necessidades humanas, denominados de fatores de motivação. Nesta

pesquisa fez várias entrevistas para tentar descobrir se as pessoas eram satisfeitas

em seu trabalho e descobriu que quando as pessoas se sentiam insatisfeitas com o

seu trabalho tinham efeitos negativos eram extrínsecos (exterior) e quando as

pessoas se sentiam satisfeitas este fator era positivo e, portanto era intrínseco

(interior).

Para Herzberg os motivadores satisfazem á necessidade por criatividade,

enquanto os fatores higiênicos satisfazem as necessidades por tratamento justo

(PACK; BONNIS, 2002).

A Teoria X e a Teoria Y são dois conceitos desenvolvidos por Douglas

McGregor, as quais servem de base a qualquer teoria e de como liderar pessoas

dentro de uma organização. Teoria X: As organizações partem do pressuposto de

que as pessoas têm aversão ao trabalho e à responsabilidade e o evitará o quanto

puder. Estes pressupostos correspondem à concepção mecanicista dos

trabalhadores. Teoria Y: Parte-se da hipótese de que as pessoas são criativas e

competentes e consideram que o trabalho é tão natural como a diversão ou o

descanso (MONTANA; CHARNOV, 1999).

A teoria dos sistemas que será apresentada a seguir surgiu através de

trabalhos feitos pelo biólogo Ludwig von Bertalanffy elaborou por volta da década de

50 uma teoria interdisciplinar capaz de transcender aos problemas exclusivos de

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cada ciência e proporcionar princípios gerais e modelos gerais para todas as

ciências envolvidas.

2.2.5 Abordagem dos Sistemas

A teoria geral dos sistemas nos proporciona uma compreensão mais realista

da complexidade do fenômeno organizacional e de que carecemos não apenas de

uma teoria administrativa que articule e interligue, com clareza os pontos cruciais

integrantes da teoria e de onde cada passo tenha sua razão de ser em função dos

objetivos a serem alcançados.

2.2.5.1 Teoria dos Sistemas

De origem alemã e formado em Biologia, Ludwig von Bertalanffy,juntamente

com Kenneth Bouilding, foi um dos criadores da Teoria Geral dos Sistemas.

Considerada uma abordagem integrativa, a visão sistêmica, na teoria

administrativa, procura combinar diversos elementos desenvolvidos na ciência

comportamental, na abordagem cientifica e na própria ciência administrativa

(LAKATOS, 1997).

Para Bertalanffly, a teoria geral dos sistemas tem por finalidade identificar as

propriedades, princípios e leis característicos dos sistemas em geral,

independentemente do tipo de cada um, da natureza de seus elementos

componentes e da relação entre eles (PARK; BONIS; ABUD, 2002)

O argumento mais importante para o conceito de sistemas para uma

organização seja a empresa viver em um ambiente muito instável. A rápida

expansão da tecnologia, do mercado econômico e das mudanças políticas e sociais

gera constantes pressões para a organização mudar, adaptar e crescer para fazer

frente aos desafios do ambiente (LAKATOS, 1997)

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A diferenciação entre sistemas abertos e sistemas fechados tornou-se uma

das diferenciações mais criticas para a compreensão do funcionamento

organizacional.

Para Caravantes; Panno; Kloeckner, (2005), Sistemas fechado provém das

ciências físicas e é aplicável aos sistemas ditos mecânicos. Assim concentravam

nas operações internas das organizações e adotavam abordagens ditas “racionais”

dessa forma as organizações eram consideradas sem nenhuma referência do

ambiente externo. Ainda segundo os autores, os sistemas abertos podem ser

compreendidos como um conjunto de partes em constante interação, constituindo

um todo sinérgico orientado para determinado propósito e em permanente relação

de interdependência há que ser entendida como a dupla capacidade de influenciar o

meio externo e ser por ele influenciado.

Para analisar o mundo organizacional, podemos perceber que os sistemas

abertos por natureza, interagindo com o ambiente, como se fossem sistemas

fechados, simplesmente abstraindo o ambiente em suas operações (CARAVANTES;

PANNO; KLOECKNER, 2005).

A abordagem sistêmica contribui para o desenvolvimento da abordagem

contingencial também chamada de situacional que serra o próximo assunto a ser

abordado.

2.2.6 Abordagem Contingencial

A Abordagem Contingencial marca uma nova etapa no estudo da Teoria

Geral da Administração, assumindo uma abordagem eclética, comparando as

demais teorias administrativas existentes à luz dessas variáveis, aplicando seus

diversos princípios em cada situação distinta de cada organização.

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2.2.6.1 Teoria das Contingências

Essa abordagem tem como princípio básico que não basta apenas considerar

as várias relações internas e externas da organização, mas de que a organização

deverá estar pronta a adaptarem-se as diferentes situações que esses ambientes

possam apresentar (LAKATOS, 1997)

Os autores neoclássicos procuraram aumentar o grau de abrangência da

Escola Clássica acrescendo aspectos das teorias comportamentais, mantendo as

premissas básicas da Teoria Clássica. A abordagem contingencial fez à mesma

coisa em relação à teoria de sistemas. Incorporou os pressupostos da teoria de

sistemas sobre a interdependência e a natureza orgânica da organização, bem

como o caráter aberto e adaptivo das organizações e a necessidade de preservar a

flexibilidade em face das mudanças e procurou meios para unir a teoria com a

pratica, em um enfoque de sistemas (CARAVANTES; PANNO; KLOECKNER, 2005).

O método contingencial enfatiza que não existe uma única solução universal

para os problemas em administração, mas que a solução correta dependera das

necessidades especificas da situação. Este método é eclético e faz uso de técnicas

de administração de muitos outros métodos. Ele se distingue com uma metodologia

de solução de problemas que começa com uma análise situacional e termina com a

geração, avaliação e recomendação de uma solução em potencial para resolver o

problema em administração (MONTANA; CHARNOV, 1999).

A evolução histórica da administração de recursos humanos nas

organizações será o próximo tema a ser exposto neste estudo.

2.3 Evolução Histórica da Administração de Recursos Humanos

Segundo Marras (2000, p. 21) tudo começou com a necessidade de

“contabilizar” os registros dos trabalhadores, com ênfase, obviamente, nas horas

trabalhadas, faltas e atrasos para efeitos de pagamento ou de descontos.

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Para Gil (2001), Começa-se a falar em administração de recursos humanos

na década de 60, quando essa expressão passou a substituir as utilizadas no âmbito

das organizações: Administração de Pessoal e Relações Industriais. Gil (2001) ainda

enfatiza que o termo administração de Recursos Humanos é muito restritivo, pois

implicam a percepção das pessoas que trabalham uma organização apenas como

recursos, adeptos da gestão de pessoas procuram designar as pessoas que

trabalham nas organizações não mais como empregados ou funcionários, mas

cooperadores ou parceiros.

De acordo com Fidelis ; Banov, ( 2006 p. 24 ) “é na década de 90 que a idéia

de Gestão de Pessoas, vivenciada por alguns autores da idéia da administração de

recursos humanos, começa a ter forma”.

A administração de recursos humanos surge em decorrência do crescimento

das organizações e do aumento da complexidade das tarefas de gestão de pessoal

(GIL, 2001).

A administração de recursos humanos é uma área extremamente sensível à

mentalidade que predomina nas organizações. Depende da cultura que existe em

cada organização. Depende também da estrutura organizacional adotada. Mais

ainda depende também das características do contexto ambiental, do negócio, das

características internas, das funções e muitas outras variáveis (CHIAVENATO,

2002).

Para Toledo (1977, p. 141) “a política de recursos humanos de uma empresa

ou instituição, reduzida a uma expressão simples, é a de assegurar a existência de

recursos humanos disponíveis e adequados para suas operações presentes e

futuras”. Segundo Milkovich e Boudreau (2000), os recursos humanos trazem brilho

da criatividade para a empresa. Sem pessoas eficazes, é simplesmente impossível

para qualquer empresa atingir seus objetivos.

Ulrich (2000) destaca ainda que tenha que se investir na área de recursos

humanos como se fosse um negócio. Pois é necessário vencer o estereótipo dos

profissionais de RH como um grupo de apoio incompetente que exaure os recursos

da empresa.

“As organizações têm evoluído muito quanto à administração de recursos

humanos, procurando melhorar o relacionamento com seus funcionários, na busca

de melhores índices de qualidade e produtividade” (SILVA, 2001, p. 45)

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Boa parte das empresas ainda mantém padrões autoritários no trato com

seus empregados e muitas valorizam, por exemplo, finanças e marketing do

detrimento dos Recursos Humanos. Porém, vale lembrar que são as pessoas que

fazem à diferença nas empresas (FIDELIS; BANOV, 2006). No entanto Dessler

(2003) afirma que, em nenhum momento da nossa história a administração de

recursos humanos foi tão relevante quanto é hoje. Em um número cada vez maior de

organizações, os recursos humanos são vistos como uma fonte de vantagem

competitiva.

Diante disso, a seguir são abordados o papel, as funções e as atividades de

recursos humanos, que nada mais é do que gerenciar a organização em seus

aspectos administrativo e funcional.

2.3.1 O Papel, as Funções e as Atividades da Administração de Recursos

Humanos

Os recursos humanos passaram por várias fases. Os primeiros

departamentos de recursos humanos controlavam apenas as admissões e

demissões, dirigiam o departamento de pagamentos e administravam os planos de

benefícios. Com o surgimento dos sindicatos na década de 30 levou a administração

de pessoal para uma segunda fase e uma nova ênfase na proteção da empresa. Na

década de 60 e 70 a legislação tornou-se importante por causa dos grandes

prejuízos que as ações judiciais poderiam causar nas empresas. Hoje a área de

pessoal esta rapidamente entrando na quarta fase e seu papel está mudando: de

protetora, ela esta se tornando planejadora e agentes de mudanças (DESSLER,

2003).

As organizações têm evoluído muito quanto à administração de recursos

humanos e procurando melhorar o relacionamento com seus empregados está

sempre em busca de qualidade e produtividade. Mas a falta de habilidade de

algumas organizações em reter a mão de obra, pode resultar em grande perda do

investimento já feito na área de recursos humanos (SILVA, 2001). Em geral as

empresas ainda não vee as funções de recursos humanos como uma área

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essencial. Em muitas organizações ela é vista como o “Departamento de Pessoal”,

essencialmente burocrática e distante dos objetivos da organização (RIBEIRO,

2006).

No entanto, a administração de recursos humanos da empresa deve estar

voltada para ajudar a organização a alcançar seus objetivos e realizar suas missões,

tornando a competitiva. Além disso, também tem de prover empregado bem treinado

e motivado, ao mesmo tempo em que mantém a qualidade de vida no trabalho,

administra as políticas e a ética (RIBEIRO, 2006).

Uma política de recursos humanos tende a melhorar relações entre o

empregador e o empregado. No entanto para estimular o pessoal, muita empresa

tem feitos ações, como seminários, dinâmica de grupo, encontros com funcionários

publicações periódicas e companhias internas (RIBEIRO, 2006).

Para Fidelis e Banov (2006, p. 26) “o objetivo da área de recursos humanos é

avaliar o grupo de trabalho como ferramenta de sustentação dos objetivos

organizacionais e o indivíduo como parceiro importante dessa engrenagem do

processo produtivo e social”. Já para Ribeiro (2006) “o objetivo do departamento de

recursos humanos é criar oportunidades para as pessoas crescerem dentro da

empresa”.

Assim para realizar objetivos, é preciso empregar pessoas. Essa é a tarefa da

área de recursos humanos. A área funcional de recursos humanos administra todos

os tipos de relações da empresa com seus empregados (MAXIMIANO, 2000). Para

um melhor entendimento do papel de recursos humanos nas organizações

atualmente é importante entender como as empresas estão mudando e as

tendências estão fazendo com que essas mudanças ocorram. Percebe-se que as

organizações vivem sobre constante pressão para serem mais competitivas e as

universidades trabalham duro para aumentar o número de matriculas e a

produtividade acadêmica. A globalização é a principal responsável por esta pressão.

Entre outras tendências que afetam as organizações estão à diversidade e outras

mudanças da força de trabalho (DESSLER, 2003)

O setor de recursos humanos ainda assume funções burocráticas e

operacionais, diante disso, Ribeiro (2006), afirma que esta área também é

responsável:

Por ações como recrutamento, seleção, treinamento, planos de cargo e salários, contratação, remuneração e questões trabalhistas. Contudo, deve

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ainda adotar medidas para desenvolver talentos e criar um ambiente de trabalho aberto a novas idéias (RIBEIRO, 2006, p. 13).

Existem várias áreas que se podem destacar tais como: marketing, vendas,

compras, financeiro, contábil, TI, entre outros. Contudo, é importante mencionar que

todas essas áreas são importantes para o sucesso da empresa. Ainda que os

equipamentos, a tecnologia, o capital intelectual, as instalações sejam importantes

para as organizações - às pessoas – os recursos humanos, tornou-se hoje, senão o

mais, importante departamento dentro de uma organização (ULRICH, 2000)

Para um melhor entendimento do que vem ocorrendo na administração de

recursos humanos, faz-se necessário descrever a seguir o planejamento de recursos

humanos, que além de tudo, é o objeto deste estudo, por ser a atividade que se

envolve com o estudo da rotatividade.

2.3.2 Planejamento de Administração de Recursos Humanos

O planejamento de recursos humanos busca uma integração com o negócio e

objetivos da empresa. A nova percepção sobre a missão dos recursos humanos

remete os profissionais da área a outros campos de conhecimento e de atuação,

que estão muito além das fronteiras dos instrumentos técnicos existentes (LUCENA,

1999).

A área de recursos humanos deve estar voltada, para ajudar a organização a

alcançar seus objetivos e a realizar suas missões, tornando-a competitiva (RIBEIRO,

2006, p. 6).

Para Chiavenato (1999) um planejamento de recursos humanos é um

processo de decisão a respeito dos recursos humanos necessários para atingir os

objetivos da organização dentro de um período de tempo. Trata-se de antecipar uma

realização de ação organizacional futura de força de trabalho.

Segundo Lucena (1999, p. 84)

Planejamento de recursos humanos compreende o processo gerencial de identificação e análise das necessidades organizacionais de recursos humanos e o conseqüente desenvolvimento de políticas, programas, sistemas e atividades que satisfaçam essas necessidades, a curto, médio e longo prazo, tendo em vista assegurar a realização das estratégias do negócio, dos objetivos da empresa e de sua continuidade sob condições de mudanças.

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O perfil menos burocrático da área de recursos humanos já começa a ser

especulado pelo mercado. Hoje em dia ainda é raro apontar empresas que utilizam

os recursos humanos como estratégia de negócio. Mas algumas companhias que já

estão adotando este modelo já percebem os ganhos. Um deles seria a diminuição

na rotatividade dentro da empresa e o outro seria a relação empregador e

empregado (RIBEIRO, 2006).

Um ponto importante no planejamento de recursos humanos é que nem

sempre a organização conta com 100% de seu pessoal efetivo. No entanto se a

organização não considerar a rotatividade e o absenteísmo de seu pessoal seu

planejamento de RH esta furado. De um modo geral o planejamento de RH depende

de necessidade da organização quanto a seus recursos humanos; depende da

situação de mercado; da rotatividade de pessoal e do absenteísmo. (CHIAVENATO,

1999).

Assim se faz necessário descrever os fatores que tem grande interferência

nas organizações de recursos humanos e também mudanças nos requisitos das

forças de trabalho, que são: absenteísmo e rotatividade, este como foco desta

análise.

2.3.2.1 Fatores Interferentes

Na seqüência será abordado um dos fatores mais interferentes na

rotatividade, este importante indicador é o absenteísmo.

2.3.2.1.1 Absenteísmo

A ausência de empregados ao trabalho constitui num problema que vem

preocupando os dirigentes empresarias e administradores de um modo geral, bem

como profissionais que atuam na área de recursos humanos. Esta preocupação

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decorre da dificuldade em diagnosticar a origens das faltas, estabelecer critérios

relacionados à política de pessoal e utilizar medidas alternativas (FRANÇA, 2007)

Considera-se absenteísmo a relação entre as horas produtivas possíveis no

mês e a quantidade de horas em que o trabalhador fica ausente do seu posto de

trabalho em decorrência de faltas, atrasos e saídas antecipadas (FIDELIS; BANOV,

2006, p. 150). Para Marras (2000, p. 191) “absenteísmo é o montante de faltas no

trabalho bem como atrasos e saídas antecipadas durante determinado período”.

De acordo com Assis (2005), o absenteísmo demonstra o nível de abstenção

do funcionário ao trabalho, considerando-se tanto as faltas como os atrasos,

entende-se que a abstenção pode afetar o andamento dos trabalhos, de forma geral,

e pode estar diretamente relacionada com o nível de satisfação dos funcionários,

sobretudo no que envolva o relacionamento com seus superiores.

O absenteísmo refere-se também às ausências em momentos que os

empregados deveriam esta trabalhando normalmente. Segundo Chiavenato (1999)

existem algumas causas que podem fazer que o absenteísmo esteja na organização

e não no empregado, são elas: a supervisão deficiente, o empobrecimento das

tarefas, a falta de motivação e estimulo, entre outros.

Para Fidelis; BANOV, (2006) os motivos de absenteísmo são: falta ou atraso

por motivo de saúde, afastamentos justificados (acidente de trabalho, auxilio doença,

enfermidade, fisioterapias, maternidade, paternidade, falecimento, entre outros). No

entanto França (2007) observa que os motivos mais freqüentes de absenteísmo

apresentam-se na doença, com comprometimento físico, na qual o alcoolismo tem

significativa ocorrência; dificuldades de relacionamento com a chefia e os colegas;

desmotivação por falta de oportunidade de ascensão profissional ou reconhecimento

do valor do trabalho. Ah também funcionários que não conseguem superar ou

enfrentar dificuldades e falta ao serviço por motivos banais, tais como: problemas

familiares, assistência ao filho ou a pessoa idosa e outras situações de ordem

pessoal, difícies de serem resolvidas no horário normal de expediente.

As organizações sempre demonstram uma grande preocupação com o

absenteísmo. Assim segundo Robbins (2002, p. 20).

O fluxo do trabalho é interrompido e decisões frequentemente importantes precisam ser postergadas. Nas organizações que dependem da linha de montagem na produção, o absenteísmo é mais uma interrupção; ele pode resultar em uma drástica perda da qualidade e, em certos casos, até na completa paralisação da fabrica. Níveis de absenteísmo acima do normal,

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em qualquer caso, causam um impacto direto sobre a eficiência da organização.

As ausências são mais comuns em operários do que em supervisores. No

entanto a não adaptação ao trabalho em turnos é, também, um grande responsável

pelo absenteísmo. O ausente tem que ser substituído por outro empregado e

geralmente com pagamento de horas extras, portanto o absenteísmo além de afetar

a produtividade, tem como conseqüências o aumento de custos para a empresa

(RIBEIRO, 2006).

Assim para evitar este tipo de interferência, as empresas têm procurado

formas alternativas que visam à diminuição do nível de absenteísmo, tais como

entrevistas de aconselhamento, compensações, horário variáveis, melhoria nas

condições de trabalho, políticas de promoção de pessoal interno e até políticas de

Serviço Social, tais como instalações de creches (FRANÇA, 2007)

Diante disso, percebe-se que a área de recursos humanos das organizações

deve focar seus esforços na compreensão das causas que levam a diminuição do

absenteísmo, assim poderão apoiar seus gestores em suas decisões quanto as

possíveis demissões. Em virtude do que foi mostrado anteriormente apresentamos a

seguir o foco deste estudo como a rotatividade.

2.3.2.1.2 Rotatividade (Turn Over)

De acordo com Mobley (1992, p. 30) a definição de rotatividade “é a

suspensão da condição de membro de uma organização por parte de um indíviduo

que recebia compensação monetária desta”.

Para Chiavenato (1998, p 176) “o termo rotatividade é usado para definir a

flutuação de pessoal entre a organização e seu ambiente”, em outras palavras, o

intercãmbio de pessoas entre a organização e o ambiente é definido pelo volume de

pessoas que ingressam e que saem da organização.

Já para Marras (2000), rotatividade é o número de funcionários desligados da

empresa num determinado período comparativamente ao quadro médio de efetivos.

Pode ser expressa por um número índice , chamado índice de rotatividade. Neste

medimos uma parte da organização, uma seção, um departamento, um setor, etc.

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A rotatividade de pessoal é o efeito de consequências de certos fenômenos

localizados interna e externamente á organização que condicionam a atitude e o

comportamento do pessoal. É portanto uma variável dependente (em maior ou

menor grau) daqueles fenômenos internos e/ou externos á organização.

(CHIAVENATO, 1998).

As maiores partes das pesquisas sobre a rotatividade centram-se em suas

causas e correlatos. Apesar de muitos que pesquisam e escrevem sobre o assunto

afirmarem que a rotatividade “não é totalmente ruim”, a maioria não trata

sistematicamente de suas conseqüências individuais e organizacionais (MOBLEY,

1992). No entanto alguns autores defendem que a perda de emprego pode ter

aspectos positivos para o individuo do ponto de vista profissional. Segundo eles,

pode ser positivos se o indivíduo encontrar uma atividade que propicie novas

oportunidades de sucesso (CALDAS, 2000).

Toda organização evidentemente tem certa rotatividade, mas alguns estudos

sobre as causas, conseqüências, análise e controle da rotatividade evidenciou que

esta ocorrência pode ter aspectos positivos e negativos. No entanto quando os

funcionários não essenciais deixam à empresa, a rotatividade passa a ser um

aspecto positivo, pois dessa forma a empresa pode criar a oportunidade para a

substituição de uma pessoa de fraco desempenho por outra mais capacitada e

motivada, trazendo novas idéias e melhoria para a organização (ROBBINS, 2002).

Considerando que os custos de recrutamento, treinamento e substituições

são altos, essa rotatividade tende a ter resultados negativos para a organização. E

dependendo se o funcionário deixa a organização com uma sensação de fracasso,

tempo desperdiçado ou oportunidade perdida, essa rotatividade, tende a ter

resultados negativos para o indivíduo também (ASSIS, 2005).

Mais importante ainda, são os efeitos negativos que a rotatividade traz

quando acelerada, torna-se um fator de perturbação. Principalmente quando forçada

pela empresa no sentido de obtenção a curto prazo, é que a médio e longo prazo a

rotatividade provoca enormes prejuízos à organização, ao mercado e a economia

em sua totalidade e principalmente ao empregado (CHIAVENATO, 1999).

Assim, o custo da rotatividade é um desafio para aqueles que atuam na

gestão de recursos humanos, no entanto o mesmo varia conforme a estrutura

organizacional (ASSIS, 2005)

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Segundo Silva (2001), para controlar ou gerenciar a rotatividade é

efetivamente necessário encoraja-la, quando tiver conseqüências positivas e

procurar minimizá-los, quando suas conseqüências forem negativas. O autor (SILVA,

2001) enfatiza ainda que as áreas que necessitam de maior gerenciamento são:

recrutamento e seleção, socialização inicial, cargos, remuneração, gestão, carreiras

e esquemas alternativos de salários. Ainda de acordo com Silva (2001), algumas

organizações estão sujeitas a terem uma maior rotatividade do que outras, isto,

ocorre porque existem empresas altamente centralizadas onde há um pequeno

envolvimento dos funcionários nas tomadas de decisões e uma comunicação mais

eficiente com os funcionários é amplamente defendida, mas raramente praticada. As

condições de trabalho também será um fator cada vez mais importante para a

retenção de pessoal.

O que os estudos sobre a rotatividade mostram é que ela é dispendiosa (caro,

oneroso). Sabendo, no entanto que a rotatividade é dispendiosa, torna-se

inadequado para as organizações um gerenciamento efetivo. Por outro lado a

rotatividade pode ser em si um agente de mudanças organizacionais, ou seja,

independentes das mudanças que elas podem ser estimuladas por substituições

(MOBLEY, 1992). Entretanto, se a rotatividade for mal administrada, com

desligamentos ocorrendo sem critérios, à motivação dos colaboradores tenderá a

baixar, incluindo prejuízos para a imagem da empresa na comunidade e no mercado

(SILVA, 2001).

A demissão caracteriza-se pelo rompimento do contrato de trabalho por

iniciativa do empregador ou do empregado. No entanto a demissão poder ser:

voluntária que é solicitada pelo empregado, geralmente está ligada a satisfação

individual com o trabalho ou dispensa é a demissão decidida pelo empregador e

geralmente motivada por fatores pessoais específico (FIDELIS; BANOV, 2006).

Silva (2001) ressalta que a preparação e a condução da demissão são

importantes para manter em bom nível de todo o processo, no entanto ele enfatiza

que o comportamento posterior à demissão também é relevante, pois é bastante

comum ouvir comentários de demitidos sobre a forma inadequada como foram

tratados, ocasionando assim sérios problemas de imagem empresarial.

Para Lucena (1999) o controle e eliminação da rotatividade deveriam ser o

objetivo e a política de qualquer organização que reconhece ser sua força de

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trabalho, o recurso dinamizador do negócio e a causa de seu sucesso. Controlar a

rotatividade não significa apenas ter as informações sobre ela, mas significa proteger

e reter a mão- de- obra que é importante para a empresa.

Para melhor entendimento da rotatividade, Lucena (1999) destaca que é

necessário ser feita as seguintes análises:

comportamento da empresa nos últimos três ou cinco anos. Identificação

das causas da rotatividade, obtidas através da análise das entrevistas de

desligamentos;

analisar o que predomina na empresa: desligamentos por iniciativa da

empresa ou saídas espontâneas e quais as causas;

identificar as unidades da organização onde a rotatividade é baixa e quais

aquelas onde a rotatividade é alta. Quais os motivos das saídas;

identificar que tipo de mercado compete com a empresa; se ela perde

profissionais para os concorrentes e quais as razões. Adotar providências

a serem tomadas;

analisar o comportamento da rotatividade para os cargos – chaves e

críticos, seus impactos na produtividade e que providências devem ser

tomadas para eliminar essa rotatividade.

No entanto dependendo das características e da realidade da empresa, será

importante saber verificar o que é relevante e prioritário, tendo em vista as

estratégias de negócio e os resultados esperados. A partir desta premissa, talvez

outros estudos devam ser feitos e outras variáveis devam ser consideradas,

procurando-se estabelecer, nas análises, a correlação dos dados e informações,

com as políticas e procedimentos na empresa (LUCENA, 1999)

Chiavenato (1999), afirma ainda que o custo da rotatividade envolve custos

primários, secundários e terciários, são eles: custos primários são aqueles

relacionados com o desligamento de cada empregado e sua substituição por outro.

Custos secundários estão indiretamente relacionados com o desligamento e

conseqüente substituição do empregado, e se referem aos efeitos colaterais e

imediatos da rotatividade. Para finalizar o custo terciário esta relacionada com os

efeitos colaterais mediatos da rotatividade, que se fazem sentir a médio e a longo

prazo. Este custo é apenas estimável e incluem custo extra-investimento e perdas

nos negócios.

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Segundo Mobley (1992), encontramos algumas possíveis conseqüências

positivas e negativas na rotatividade, são elas:

Quadro 01 – Possíveis Conseqüências Positivas na Rotatividade

POSSÍVEIS CONSEQÜÊNCIAS POSITIVAS NA ROTATIVIDADE

Organização

Afastamento de empregados de baixo desempenho; infusão de novas tecnologias /novos conhecimentos via substituição; estimulo para mudanças em praticas e políticas; maiores oportunidades de mobilidade interna; maior flexibilidade estrutural; diminuição de outros comportamentos de “afastamentos”; oportunidades de redução de custos e estabilização; redução de conflitos.

Indivíduo (que sai)

Aumento de salários; progresso profissional; melhor “compatibilização pessoa – organização”, e, portanto menos estresse, melhor uso de habilidades, interesses; renovação de estímulos no novo ambiente; satisfação em relação a valores não ligados ao trabalho; Maior percepção da própria eficiência.

Indivíduo (que fica)

Maiores oportunidades de mobilidade interna; estimulação e fertilização em cadeia pela presença de novos colegas de trabalho; maior satisfação; menor coesão; maior comprometimento.

Sociedade

Mobilidade para as novas indústrias; menores iniqüidades relativas à renda; menores custos de desemprego e bem – estar social em um mercado de trabalho em declínio; menores custos relacionados ao estresse no trabalho.

Fonte: Mobley (1992).

Quadro 02 – Possíveis Conseqüências Negativas da Rotatividade

POSSÍVEIS CONSEQÜÊNCIAS NEGATIVAS NA ROTATIVIDADE

Organização

Custos (recrutamento, admissão, ajustamento, treinamento); custos de substituição; custos do processo de demissão; abalo nas estruturas social e comunicacional; menor produtividade (durante a procura do substituto e o re – treinamento); evasão de empregados de alto desempenho; menor satisfação entre os que ficam; estímulo para o uso de estratégias indiferenciadas de controle da rotatividade.

Indivíduo (que sai)

Perda das condições de empregados antigos e gratificações correlatas; perda de benefícios extra-oficiais; abalo nos sistemas de suporte social e familiar; “Fenômeno da grama mais verde” e subseqüente desilusões; custos referentes à inflação; estresse relacionado à transição; interferência no curso da carreira do conjugue; regressão no curso da carreira.

Indivíduo (que fica)

Abalo nos padrões social e comunicacional; evasão de colegas de trabalho funcionalmente valorizados; menor satisfação; aumento de carga de trabalho durante e imediatamente após a

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POSSÍVEIS CONSEQÜÊNCIAS NEGATIVAS NA ROTATIVIDADE

procura do substituto; menor coesão; menor comprometimento.

Sociedade

Aumento nos custos de produção e inabilidade regional para manter ou atrair indústrias.

Fonte: Mobley (1992).

Normalmente as empresas calculam as taxas de rotatividade que são

geralmente expressas em uma dada porcentagem para certo período de tempo

específico. Acompanhar e comparar taxas de rotatividade determinadas de forma

apropriada pode ser útil para o bom gerenciamento. A seguir será expresso talvez o

mais freqüente indexador de rotatividade (MOBLEY, 1992)

Desligamento em dado período

Taxas de Rotatividade = _____________________________ x 100

Numero médio de funcionários

Figura 01 – Fórmula Para se Calcular a Taxa de Rotatividade Fonte: Mobley (1992)

Uma das desvantagens desta fórmula é que ela não especifica os motivos

dos desligamentos.

Para Marras (2000), a rotatividade é o número de empregados desligados da

empresa num determinado período comparativamente ao quadro médio de efetivo.

Diante desta afirmação, se expressa a rotatividade por um número índice, que

chamamos de índice de rotatividade. Este índice por sua vez pode medir a

organização como um todo, ou por partes, tais como: uma seção, um departamento,

um setor, etc. Assim, utilizaremos a seguinte fórmula geral:

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Número de desligados

__________________________________________________

Índice de Rotatividade = Nº. de efetivos inicio do per. + Nº. de efetivos final do per. x 100

__________________________________________________

2

Figura 02 – Fórmula Para se Calcular o Índice de Rotatividade Fonte: Adaptado Marras (2000)

Assis (2005), explica que a rotatividade tenta captar a flutuação (entrada e

saída) no quadro de pessoal (efetivo de funcionários), tendo em vista o impacto

potencialmente negativo de uma rotatividade não desejada ou planejada. No entanto

a fórmula adotada por este autor pode ser facilmente calculada pela média da

entrada e da saída pelo número de funcionários no mês anterior.

Nº. de admissões + Nº. de demissões

________________________________

Rotatividade = 2 x 100

________________________________

Nº. de funcionários (mês anterior)

Figura 03 – Procedimento Para se calcular o Índice de Rotatividade Fonte: Adaptado Assis (2005)

Pontes (2001) mostra que existe outra forma para se calcular o índice da

rotatividade:

Figura 04 – Cálculo do Índice de Rotatividade Fonte: Pontes (2001)

Onde:

Ir = índice de rotatividade do pessoal

D

Ir = ___________ x 100

(Ni + Nf)2

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D = número de demissões do período a ser mensurado

Ni = número do efetivo no inicio do período a ser mensurado

Nf = número do efetivo do final do período a ser mensurado

De acordo com a literatura estudada, percebe-se que os autores não chegam

ao um índice ideal de rotatividade, isto acontece devido a diferentes fatores políticos

de diferentes tipos de organizações.

Para Silva (2001) , uma análise completa exige muito mais do que a

computação das taxas de rotatividade e das entrevistas de desligamentos. Embora

estas, sejam a abordagens básicas da maioria das organizações que analisam este

fenômeno. Para ele as organizações devem realizar análises internas regulares e

sistemáticas, além da mensuração das percepções, atitudes e expectativa do

empregado e das entrevistas de desligamento.

Um dos fatores relacionados a rotatividade esta na falha em não recompensar

os bons funcionários, e na satisfação do empregado em relação aos seus valores; e

também devem ser considerados que um pacote de beneficios adicionais pode

contribuir para a atração e retenção de funcionarios na organização. (SILVA, 2001)

Obviamente que uma taxa de rotatividade igual à zero não deve ocorrer na

pratica e nem seria desejável. Por outro lado uma taxa de rotatividade elevada

também não seria ideal, pois refletiria num estado de fluidez da organização que por

sua vez não conseguiria fixar e assimilar seus recursos humanos (SILVA, 2001)

As organizações têm vários objetivos a alcançar, portanto diagnosticar a

rotatividade não é tarefa fácil, no entanto o sistema deve ser eficaz à medida que

alcança seus objetivos com um mínimo de recursos, esforços e tempo. Um dos

problemas na administração de um sistema é exatamente medir, avaliar seu

funcionamento de seus resultados e da adequada utilização de seus recursos. À

medida que os resultados não são satisfatórios, os seus recursos não são

adequadamente utilizados, deve então fazer certas intervenções (CHIAVENATO,

1999).

Mobley (1992) afirma ainda que seja necessário ter modelos conceituais para

análise de rotatividade, pois é preciso interpretar as descobertas feitas pela

pesquisa; é necessário sugerir novas rotas para o trabalho; é necessário chamar a

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atenção para seus múltiplos determinantes e finalmente é preciso orientar os

administradores no diagnóstico e tratamento deste fenômeno.

Diante de tanta diversidade as empresas vêm percebendo que não basta

contratar talentos, mas que o mais importante e necessário é mantê-los nas

organizações (SILVA, 2001).

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3 ASPECTOS METODOLÓGICOS

Diante do problema de pesquisa descrito neste trabalho, pode-se destacar os

aspectos metodológicos. Segundo Barros (BARROS; LEHFELD, 2000, p. 02), “a

metodologia não procura soluções, mas escolhe as maneiras de encontrá-las,

integrando os conhecimentos a respeito dos métodos”.

Lakatos (1997) comenta que método é o conjunto das atividades sistemáticas

e racionais que com segurança permite alcançar os objetivos, traçando assim o

caminho a ser seguido. Enquanto Gil (2001, p. 27) “define, método como caminho

para se chegar a determinado fim”.

Na seqüência aborda-se a caracterização da pesquisa, o contexto e os

participantes da pesquisa, procedimentos e instrumentos de coleta de dados, bem

como o modo de análise de dados.

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA

A pesquisa apresentada caracteriza-se como teórico-empírica, pois se

fundamenta em estudos bibliográficos e procura explicar um problema a partir de

referencias publicadas em documentos (CERVO; BERVIAN, 1996). Desse modo

este estudo se classifica como descritivo, pois o que se pretende mostrar são as

características de um grupo, através de aplicação de questionários. As pesquisas

descritivas deste tipo têm como objetivo primordial a descrição das características de

determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre

variáveis (GIL, 2001).

Esta pesquisa também foi caracterizada como qualitativa e quantitativa,

segundo Richardson (1999 p .70 ) “a pesquisa quantitativa representa, em princípio,

a intenção de garantir a precisão dos resultados, evitarem distorções de análise e

interpretação, possibilitando, consequentemente, uma margem de segurança quanto

às interferências”. Já a pesquisa qualitativa pode ser caracterizada como a tentativa

de uma compreensão detalhada dos significados e características situacionais

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apresentadas pelos entrevistados, em lugar da produção de medidas quantitativas

de características ou comportamentos (RICHARDSON, 1999).

Essencialmente o delineamento de pesquisa utilizado nesta analise é estudo

de caso, muito freqüente na pesquisa social devido a sua relativa simplicidade e

economia e também se aplica com pertinência nas situações em que o objeto de

estudo já é suficientemente conhecido (GIL, 2001). Ainda segundo Laville e Dionne

(1999), estudo de caso refere-se evidentemente ao estudo de um caso, pode ser de

uma pessoa, um grupo, uma comunidade, de um meio ou um acontecimento

especial. Esta investigação permitira fornecer explicações no que tange diretamente

ao caso considerando o elemento que marca o contexto.

3.2 CONTEXTO E PARTICIPANTES DA PESQUISA

Ao tratar do contexto e dos participantes deste trabalho, cabe comentar a

população e a amostra do trabalho.

População é o conjunto de elementos que possuem determinadas

características. Usualmente fala-se de população quando se referem á todos os

habitantes de determinado lugar (RICHARDSON, 1999).

Em grandes populações, torna-se interessante a realização de uma

amostragem, ou seja, a seleção de uma parte da população para ser observada

(BARBETTA, 1999). Pois na amostra tem-se a vantagem de menor custo, maior

velocidade na obtenção das informações, o estudo torna-se mais detalhado e há

uma maior precisão nos resultados.

Atualmente, a filial de Barreiros da empresa Supermercados Imperatriz Ltda,

possui duzentos e vinte e oito (228) funcionários, sendo que trinta e sete (37) deles

encontram-se afastado pela perícia médica e por licença maternidade.

Assim, estabelece-se que a pesquisa foi feita em cima dos questionários de

desligamentos existentes na empresa e já respondido pelos funcionários desligados

da loja de Barreiros. Neste foram verificados os motivos que influenciam na

rotatividade dos funcionários na organização.

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49

O tamanho da população considerada foi de 54 funcionários com uma

amostra de 41 funcionários conforme cálculo apresentado na Figura 5. Sendo que a

fórmula utilizada para calcular a amostra está representada na Figura 6.

N = tamanho da população; n = tamanho da amostra; no = uma primeira aproximação para o tamanho da amostra e Eo = erro amostral tolerável

Figura 5 – Fórmulas para o cálculo da amostra

Fonte: Barbetta (1999 )

no = __1____ = ___1___ = 157

(0,08)² ( 0,0064)

no = 157

N = 54

n = 54 x 157 = 8478 = 41

54 + 157 = 211

n = 41

Figura 6 – Cálculo da amostra

Fonte: Dados primários, 2009.

n = N . no

N + no

no = _1_

(Eo) ²

n = (N) . (no)

N + no

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50

3.3 PROCEDIMENTOS E INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS

A coleta foi feita por meio de dados primários e secundários. Os instrumentos

utilizados foram questionário e roteiros de entrevistas, bem como pesquisa

bibliográfica e dados coletados dos recursos humanos da empresa estudada. Os

dados primários são aqueles observados diretamente da organização em estudo.

Os dados secundários foram realizados por meio da pesquisa bibliográfica

que é todo o material publicado, tais como: livros, jornais, revistas e publicações

avulsas e teses, cuja autoria é conhecida. Na visão de Gil (2001, p. 65) “a principal

vantagem da pesquisa bibliográfica reside no fato de permitir ao investigador a

cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia

pesquisar diretamente”.

Considerando que a pesquisa de rotatividade em questão foi feita em cima

dos questionários que a empresa já utiliza quando os demitidos saem da empresa,

além dos registros e informações coletados dos recursos humanos da própria

organização. A coleta dos questionários foi feita de dezembro de 2008 a abril de

2009, e este ocorreu nesta data porque foi neste período que a organização

começou a aplicar os questionários de desligamento com os funcionários com

menos de um ano de casa.

Para coletar dados dos ex-funcionário analisou-se os questionários de

desligamento já aplicados pela empresa, estes cumprem pelo menos duas funções:

descrever as características e medir determinadas variáveis de um grupo social.

Portanto, uma descrição adequada das características de um grupo não apenas

beneficia a análise a ser feita por um pesquisador, mas também pode ajudar outros

especialistas, tais como os administradores (RICHARDSON, 1999). O questionário é

a forma mais usada para coletar dados, pois possibilita medir com melhor exatidão o

que se deseja (CERVO; BERVIAN, 1996).

Para melhor analisar a rotatividade, procurou-se identificar por meio de roteiro

de entrevista com os gestores se os mesmos influenciavam na saída do funcionário

da organização. Assim tentou-se fazer esta pesquisa por amostra, nesta o

pesquisador não se dirige, portanto na “massa”, e sim a elementos representativos

da população, e se dirige àqueles que segundo ao seu entender exercem a função

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51

de líder de opinião. Pressupõe que estas pessoas, por palavras, atos ou atuações,

têm a propriedade de influenciar a opinião dos demais (MARCONI; LAKATOS,

1999).

A pesquisa apresentada foi aplicada no mês de abril do ano de dois mil e

nove (2009). O roteiro de entrevista aplicado na loja 06 foi por meio de entrevista

semi-estruturada e respondido por apenas uma amostra da população, ou seja,

pelos gestores da organização, conforme Apêndice A, (entrevista com o

subgerente), Apêndice B (entrevista com o gerente), Apêndice C (entrevista com o

gerente regional), e Apêndice D(entrevista com o vice-presidente). Assim de acordo

com Marconi e Lakatos (1999), a entrevista nada, mas é do que uma conversação

efetuada face a face, de maneira metódica e proporciona ao entrevistado, a

informação necessária.

Explanado de maneira detalhada, em um segundo momento, realizou-se

primeiramente a entrevista semi-estruturada com o subgerente e o gerente da loja

de Barreiros. Estas foram realizadas na propria loja pesquisada e houve total

colaboração dos gestores. As perguntas estavam focadas na satisfação com o

salário oferecido; o relacionamento com funcionários; e a rotatividade dos

funcionários na organização. De acordo com Laville e Dionne (1999), a entrevista

semi-estruturada, nada mais e do que perguntas abertas, feitas verbalmente em uma

ordem prevista, mas na qual o entrevistador pode acrescentar perguntas de

esclarecimentos.

Já a entrevista com o gerente regional se deu no recursos humanos da

organização em estudo e teve seu objetivo alcançado, pois o entrevistado colaborou

com as perguntas realizadas , bem como sugeriu algumas melhorias para o estudo.

Assim de acordo com Gil (2001), a entrevista tem como objetivo a obtenção de

dados que interessa à investigação, sendo também uma forma de interação social e

diálogo esta como a melhor forma de coletar dados.

Diante do conhecimento que o vice-presidente da empresa Supermercados

Imperatriz Ltda, seria o responsável pelas entrevistas de desligamento de

funcionário com mais de um ano de empresa, tentou-se abordar alguns assuntos de

como esta atividade acontece , quais os pontos abordados, quais as ferramentas

utilizadas para diminuir a rotatividade e que tratamento é dado para este fenômeno,

e ainda o que pode ser melhorado para diminuir a rotatividade.

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52

3.4 TRATAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS

A análise de dados deste estudo foi efetuado da seguinte forma: por meio de

análise documental, análise categorial e análise estatística.

A análise documental foi à busca de dados por meio da área de recursos

humanos da empresa, além da literatura pesquisada ambas com o mesmo objetivo,

verificar os motivos da rotatividade. Em termos gerais a análise documental trabalha

sobre documentos; é essencialmente temática e tem como objetivo básico a

determinação fiel dos fenômenos sociais (RICHARDSON, 1999).

Segundo Richardson (1999) uma vez feita à análise dos elementos é

necessário classificá-la. No entanto convém esclarecer que não é uma etapa

obrigatória, mas que facilita muito a análise das informações. A categorização pode

ser realizada de duas maneiras. A primeira por meio do sistema de categorias

estabelecido previamente assim os elementos são distribuídos da melhor forma

possível. Na segunda o sistema de categorias não é dado, resulta da classificação

progressiva dos elementos.

A categorização deste trabalho foi feito com base nos questionários e

entrevistas e as informações foram agrupadas de acordo com os indicadores

previamente definidos, estes como índices, sistemática, fatores e atividades

relacionados a rotatividade.

Além disso, a análise estatística fundamenta-se na aplicação da teoria

estatística da probabilidade e constitui importante auxilio para a investigação (GIL,

2001).

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53

4 RESULTADOS DO ESTUDO

Este capítulo tem como finalidade apresentar a análise dos dados referente à

rotatividade na empresa Supermercados Imperatriz Ltda. Tentou-se buscar

respostas ás perguntas formuladas no trabalho e no problema de pesquisa exposto

no início deste estudo. Diante disto este capítulo foi dividido em cinco tópicos. O

primeiro capítulo refere-se à caracterização dos Supermercados Imperatriz, bem

como sua fundação, historia, e evolução. O segundo aborda os índices de

rotatividade encontrados na empresa em questão. O terceiro expõe a sistemática da

rotatividade utilizada pela empresa para reduzir a rotatividade. O quarto traz os

fatores e as atividades da administração de recursos humanos relacionados à

rotatividade e o quinto propões melhorias para diminuir a rotatividade.

4.1 CARACTERIZAÇÃO DOS SUPERMERCADOS IMPERATRIZ

A história da rede de Supermercados Imperatriz, teve seu início em Varginha,

na cidade de Santo Amaro da Imperatriz, SC. Neste lugar a família Lohn criava seus

onze filhos com muito sacrifício.(IMPERATRIZ , 2002)

Trabalhadores persistentes, o casal Vidal Procópio Lohn e Vilza Maria Lohn,

iniciaram sua trajetória vendendo açúcar mascavo e cachaça numa pequena carroça

e somente depois de muita luta e perseverança, obtiveram seu primeiro caminhão.

Em conseqüência de tanto trabalho e dedicação logo abriram a primeira loja da

região.(IMPERATRIZ, 2002)

O primeiro supermercado da rede Imperatriz foi fundado no dia 14 de agosto

de 1974, em Santo Amaro da Imperatriz, vizinha da capital de Santa Catarina. Diante

disso o sonho do Sr Vidal e Dona Vilza se tornaram realidade, e, hoje, a rede

Imperatriz conta com 18 lojas, são elas: em Florianópolis se encontram 8 lojas. Na

localidade de São José encontra-se 4 lojas. Já em Palhoça encontra-se 2 lojas. Na

cidade de Imbituba a rede conta com uma loja no centro, assim como em Santo

Amaro da Imperatriz e Balneário Camboriu. E finalmente em Rio do Sul também há

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54

uma loja no centro. Totalizando assim 18 lojas no estado de Santa Catarina

(IMPERATRIZ, 2009).

A empresa tem gestão familiar e conta com profissionais bem preparados no

mercado de trabalho e está assim estruturada: Presidente Tiago Vidal Lohn, Vice –

presidente executivo João Batista Lohn, Diretor Financeiro Marcos Vidal Lohn,

Diretor comercial José Renato Lohn, Diretor de Marketing Julio César Lohn, Diretor

de obras e expansão Vidal Lohn Filho. Por meio do organograma pode se identificar

e entender melhor como esta distribuída a hierarquia da empresa, conforme Anexo B

(IMPERATRIZ, 2009).

A rede de Supermercados Imperatriz, buscando atender as necessidades dos

seus clientes internos, oferece aos mesmos alguns benefícios tais como, convênio

médico e odontológico, associação para os funcionários (AVPL), cartão de vale

compras para desconto em folha, cursos e treinamentos, serviço social do comércio

(SESC), nutricionista e psicóloga.

É importante destacar que a rede Imperatriz desenvolve algumas funções

social tais como: contratação de funcionários de terceira idade, portadores de

deficiência, reabilitados do INSS, primeiro emprego, jovens aprendizes e tem auxilio

a diversas instituições carentes. E é um supermercado pioneiro em várias iniciativas

no estado de Santa Catarina, pois foi o primeiro a ter banheiros para deficientes

físicos, o primeiro há funcionar 24 horas.

Os supermercados imperatriz têm em sua visão, “ser uma empresa em

contínuo crescimento, líder na prestação de serviços e solução aos clientes”

(IMPERATRIZ, 2002).

A missão dos supermercados imperatriz é “comercializar produtos e prestar

serviços com qualidade buscando a satisfação dos clientes através da capacitação e

motivação dos colaboradores” (IMPERATRIZ, 2002)

A filosofia da empresa é a valorização do ser humano, esta por sua vez tenta

deixar claro aos seus funcionários que antes das vendas e dos lucros aparecem às

pessoas, sendo assim por ser uma empresa familiar tem grande facilidade de

adaptação, transparência nas suas ações (IMPERATRIZ, 2002).

A cultura da empresa é orientada para a valorização do ser humano em

primeiro lugar, a honestidade e a ética em todas as ações, o respeito à sociedade e

ao meio ambiente, o respeito a livre concorrência, a negociação justa com

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55

fornecedores para a sobrevivência de ambos, a humildade e a paciência em ouvir e

ensinar as pessoas (IMPERATRIZ, 2002).

Atualmente, a empresa conta com 2300 colaboradores direito e cerca de 4000

indiretos. São 34 anos servindo a comunidade e aprendendo muito, com

simplicidade e humildade, na busca de sucesso.

4.2 PARTICIPANTES DA PESQUISA

Como já mencionado no capítulo referente aos métodos, e para viabilizar a

rotatividade julgou-se necessário à aplicação de roteiro de entrevista semi-

estruturado por meio da pesquisa qualitativa apenas com os gestores da empresa.

Este foi aplicado e respondido pelo subgerente, gerente da loja, gerente regional,

além do vice – presidente da organização, este como responsável pela entrevistas

de desligamento de funcionários com mais de um ano de empresa.

4.3 ÍNDICES DA ROTATIVIDADE

A pesquisa foi realizada na empresa, Supermercados Imperatriz Ltda, no

entanto para se chegar à análise de qual loja de São José seria pesquisada foram

feitos alguns estudos para verificar o índice de rotatividade, conforme é mostrado na

tabela a seguir:

Tabela 01 – Índice de demissões das lojas dos Supermercados Imperatriz em São José (2006, 2007, 2008 e 2009 até abril)

Lojas 2006

Nº. de demitidos

2007

Nº. de demitidos

2008

Nº. de demitidos

2009 até abril

Nº. de demitidos

Loja 06 75 168 143 37

Loja 07 48 58 69 16

Loja 12 67 95 76 19

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56

Lojas 2006

Nº. de demitidos

2007

Nº. de demitidos

2008

Nº. de demitidos

2009 até abril

Nº. de demitidos

Loja 15 28 31 20 08

Total 218 352 308 79

Média 55 88 77 20

Fonte: Dados primários 2009

„Ao analisar a tabela 01, verificou-se que, São José, era a loja que apresentava o

maior índice de demissão. Diante disso, estabeleceu-se esta loja como a ideal para

a pesquisa sobre a rotatividade. Uma vez feita à escolha da loja a ser pesquisada,

estabeleceu-se a seguinte fórmula para se calcular o índices de rotatividade nesta

filial:

Desligamento em dado período

Taxas de Rotatividade = _____________________________ x 100

Numero médio de funcionários

Figura 07 – Fórmula Para se Calcular a Taxa de Rotatividade Fonte: Mobley (1992)

Verificou-se que a empresa passou a efetuar um controle mais de perto sobre

a rotatividade de funcionários com menos de um ano somente a partir de

dezembro/2008. Assim a análise feita no quadro a seguir inclui os funcionários

demitidos e admitidos de toda a loja 06 seja eles com mais de um ano ou com

menos de um ano de empresa, no entanto a análise será feita a partir de dezembro

de 2008 até abril de 2009.

Tabela 02: Calculo do Índice da Rotatividade

Mês Nº. de

demissões em dado período

Nº.de admissões em dado período

Nº. médio de funcionários

Índice de rotatividades %

Dezembro/2008 11 19 238 4,62

Janeiro/2009 13 6 228 5,70

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57

Mês Nº. de

demissões em dado período

Nº.de admissões em dado período

Nº. médio de funcionários

Índice de rotatividades %

Fevereiro/2009 12 8 226 5,30

Março/2009 9 8 225 4

Abril/2009 5 6 228 2,19

Fontes: dados primários 2009

De acordo com a tabela 02, percebe-se que em todos os meses houve

demissão e admissões, seja ela por parte do empregador ou do empregado. Nos

meses de janeiro e fevereiro este índice aumenta, pois é neste período que há a

maior dispensa de funcionários por parte da empresa, pois é termino de temporada

em nossa região e as vendas tende a diminuir, obrigando a empresa a dispensar

alguns funcionários.

Além da análise feitas por meio dos dados primários, foram também

analisados questionários de desligamentos, respondidos pelos ex-funcionários da

empresa. Nestes pôde-se constatar mais de perto os principais motivos da saída de

funcionários na filial de Barreiros em São José. Diante disso, julgou-se necessário

avaliar cada item contido nos questionários de desligamentos aplicado pela empresa

em estudo, como será mostrado a seguir:

Na figura 06, estão apresentados todos os funcionários que se desligaram da

empresa. Mediante que os funcionários com mais de um ano de empresa não se

tem nenhum dado registrado senão o motivo de seu desligamento e se o mesmo é

feminino ou masculino. Observou se que não há representatividade de saída

referente a gênero, ou seja, não existe saída maior de homens ou mulheres, o que

significa que não há conflitos envolvendo gêneros e que ambos têm o mesmo

tratamento na empresa.

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58

Gênero respondentes

26

24

Masculino

Feminino

Figura 08 – Masculino x Feminino Fontes: Dados primários, 2009.

O período de permanência na empresa é controlado e registrado pela área de

recursos humanos. Neste a empresa tenta conhecer qual o período de permanência

dos funcionários na organização.

Período de permanência

298

13

1 a 3

meses

4 a 12

meses

acima 12

meses

Figura 09 – Período de Permanência Fontes: Dados primários, 2009.

No período de permanência na empresa, representado pela figura 07,

observa-se que há um alto índice de saída de funcionários, com até 3 meses de

trabalho. No mês de dezembro de 2008 até abril de 2009, houve 50 desligamentos,

destes, 13 funcionários tinham mais de um ano de empresa, enquanto que 37

funcionários tinham menos de um ano de empresa, sendo que 29 tinham menos de

3 meses de trabalho na empresa e a grande maioria é demissão solicitada. Isso

reflete que algo faz com que os funcionários não cheguem a criar vínculo com a

empresa e também não chegam a se inteirar dos valores e missão da empresa.

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59

O questionário de desligamento avaliado inicia com o preenchimento das

formas de demissão. Neste o funcionário desligado assinala qual foi à forma de

demissão ocorreu na sua saída, ou seja, solicitou demissão, foi demitido ou contrato

de experiência.

Formas de demissão

9

11

10 20

Pediu demissão

Foi demitido

Vencimento do contrato

Pediu demissão contrato

Figura 10 – Formas de Demissão Fonte: Dados primários, 2009.

Na forma de demissão foi identificado que no período de dezembro de 2008 a

abril de 2009, houve cinqüentas (50) desligamento na loja de Barreiros, onde; 20

funcionários pediram demissão, 9 funcionários foram demitidos pela empresa, 11

funcionários tiveram encerramento de contrato e 10 funcionários pediram demissão

antes de terminar o contrato de experiência.

O acompanhamento do padrinho se dá somente para o novo funcionário, este

por sua vez quando é admitido na loja, em seu primeiro dia de trabalho recebe um

“padrinho”, este acompanha o novo funcionário nas tarefas até o mesmo estar

preparado para fazê-las sozinho.

Acompanhamento padrinho

10

420

3

Tiveram

Não tiveram

Desconhecem

Sem resposta

Figura 11 – Acompanhamento do Padrinho Fonte: Dados primários, 2009.

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60

Diante da figura 09 – identificou-se que a grande maioria não teve ou

desconhecem. Sendo uma forma para que o novo funcionário se sinta mais seguro e

tenha maior aprendizado, pode-se entender que a falta deste faz com que o

colaborador se sinta inseguro, desmotivado e perdido na realização de suas

atividades.

Já carta de boas vindas é um documento formulado pela empresa e aplicado

ao novo funcionário no seu primeiro dia de trabalho. Este por sua vez tem como

objetivo dar as boas vindas ao novo funcionário, ou seja, a empresa tenta passar ao

novo funcionário que esta feliz e satisfeita com a sua chegada e que agora este

passa a fazer parte da família Imperatriz.

Carta boas vindas

33

3 1

Receberam

Não receberam

Sem resposta

Figura 12 – Cartas de Boas Vindas Fonte: Dados primários, 2009.

Percebe-se através da figura 10 - que a maioria dos novos funcionários

receberam a carta de boas vindas. A empresa deixa claro que esta carta deve ser

aplicada em todos os novos funcionários sem exceção. Visto que ainda tem algumas

falhas, pois quatro pessoas não tiveram acesso a este documento da empresa.

A empresa tem algumas políticas internas que devem ser cumpridas pelos

funcionários nas filiais. Uma desta política é a avaliação de desempenho, que deve

ser aplicada ao novo funcionário durante o seu período de experiência. Esta

avaliação se dá aos 20 dias de trabalho, nos 35 dias de trabalho e nos 75 dias de

trabalho. Na primeira aplicação chama-se o novo funcionário e explica a ele que o

mesmo será avaliado pela empresa três vezes durante a sua experiência que é de

80 dias. Assim o responsável pela aplicação da avaliação preenche a mesma na

presença do funcionário. Este encontro acontece na própria filial que o funcionário

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61

trabalha. Diante disso o responsável pela aplicação da avaliação de desempenho

deve dar um retorno ao funcionário avaliado.

Retorno avaliações experiência

20

16

1

Tiveram

Não tiveram

Sem resposta

Figura 13 – Retorno das Avaliações de Experiência Fontes: Dados primários, 2009.

Percebe-se na figura 11 - que 20 funcionários receberam a avaliação, e

tiveram retorno. No entanto houve uma grande parte que não recebeu o retorno da

avaliação, visto que esta ferramenta de trabalho é de grande importância para o

funcionário e a organização. Esta por sua vez ajuda o funcionário a melhorar em

seus pontos fracos. Sem um retorno o funcionário fica desorientado e pode não

passar na experiência, elevando assim a rotatividade na organização.

O treinamento manual é feito em toda empresa, pelo menos duas vezes ao

ano, e é aplicado pelos chefes de setores ou pelo auxiliar de recursos humanos de

cada filial. Este treinamento é aplicado em todos os funcionários da filial e é

composto de questionário e gabarito. Primeiramente o questionário é explicado e

respondido pelo funcionário e depois são comparadas às respostas do gabarito. Se

as respostas tiverem muita diferença esta são revistas uma a uma, pelo chefe e o

funcionário, visto que as respostas devem estar parecidas ou iguais ao gabarito,

diante de que as perguntas contidas neste questionário são estritamente do setor e

cargo que o funcionário ocupa, portanto o mesmo não deve ter duvidas do que faz

em seu dia a dia.

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62

Treinamento aplicação manual

2015

2

Tiveram

Não tiveram

Sem resposta

Figura 14 – Treinamento para Aplicação Manual Fonte: Dados primários, 2009.

Conforme é mostrado na figura 12 – dos trinta (37) funcionários desligados

apenas vinte (20) receberam o treinamento manual, isto significa que houve falhas

por parte da administração nos treinamento desta filial. Assim conclui-se que se o

funcionário não recebeu o treinamento manual, como ela ficara sabendo se esta

fazendo o que é correto, no seu dia a dia.

O ambiente de trabalho sem dúvida é o que há de mais importante no

trabalho. De nada adianta um bom salário, processos eficazes se as relações entre

os funcionários da empresa não é harmoniosa. Quando não se tem harmonia entre

as pessoas o clima fica pesado, não há colaboração mútua, o trabalho em equipe é

prejudicado, os processos deixam de ser tão eficazes. Diante deste propósito a

empresa em estudo tem a intenção de identificar se entre os funcionários demitidos

havia um bom relacionamento.

Relacionamento colaboradores

1 2

10

20

311-Ruim

2-Regular

3-Bom

4-Ótimo

5-Excelente

s/resp

Figura 15 – Relacionamento Entre os Funcionários Fontes: Dados primários, 2009.

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63

Na figura 15, o relacionamento entre funcionários, apresenta uma

porcentagem alta, ou seja, de bom a ótimo, o que leva a hipótese de que grande

maioria se sente bem e vê o trabalho e o ambiente favoravelmente. Manter o bom

relacionamento no ambiente de trabalho é essencial para o sucesso das empresas e

para o bem-estar da equipe e, por isso, resolver e evitar problemas de

relacionamento entre funcionários é uma tarefa crucial.

Na estrutura física para se trabalhar a empresa tem a intenção de saber se os

ex-funcionários durante o tempo em que trabalharam na empresa, se os mesmos

ficaram satisfeitos em relação aos uniformes, aos equipamentos e aos materiais de

trabalho.

Estrutura física para trabalhar

1 1

25

6

2 2 1-Ruim

2-Regular

3-Bom

4-Ótimo

5-Excelente

s/resp

Figura 16 – Estrutura Física Para se Trabalhar Fonte: Dados primários, 2009.

A figura 16 – mostra que com relação à estrutura física a maioria dos ex-

funcionários assinalou ser boa para se trabalhar, no entanto alegam que poderia ser

melhor.

Os valores e as normas estão evidenciados na história da empresa. Diante

disso a empresa estabelece uma orientação aos funcionários de que os valores dos

Supermercados Imperatriz, são: o ser humano em primeiro lugar; pró – atividade e

persistência na busca de resultados; honestidade e ética em todas as ações;

respeito a livre concorrência, a sociedade e ao meio ambiente; consciência que o

encantamento do cliente será conseguido pelo respeito e valorização da equipe; e

valorização da espiritualidade como forma de crescimento do ser humano; além da

humildade e paciência em ouvir e ensinas as pessoas (IMPERATRIZ, 2002).

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64

Valores e normas da empresa

1 2

1810

5 1 1-Ruim

2-Regular

3-Bom

4-Ótimo

5-Excelente

s/resp

Figura 17 – Valores e Normas da Empresa Fonte: Dados primários, 2009.

A figura 17 mostra que dos 37 funcionários que saíram da empresa 33 deles

estavam satisfeitos com as normas e os valores da empresa. Isto esclarece que a

empresa esta conseguindo passar aos seus funcionários que mesmo sendo uma

empresa em continuo crescimento ela busca valorizar os seus funcionários.

O planejamento, da empresa está definido em processo formal. A

organização e as metas estão posicionadas de acordo com o organograma da

empresa, conforme já mencionado na caracterização dos Supermercados Imperatriz.

Planejamento, organização e metas

estabelecidas

1 5

1510

15 1-Ruim

2-Regular

3-Bom

4-Ótimo

5-Excelente

s/resp

Figura 18 – Planejamento, Organização e Metas Estabelecidas Fonte: Dados primários, 2009.

De acordo com a figura 18, dos 37 funcionários demitidos, 25 estão satisfeitos

e consideraram o planejamento, organização e metas estabelecidas pela empresa

como bom e ótimo.

Na filial de Barreiros, assim como todas as lojas da rede Imperatriz os

funcionários trabalham por setores, e estes obedecem à chefia imediata, acima

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desta chefia imediata tem-se o gerente da loja, que por sua vez é a autoridade

máxima dentro da filial.

Relacionamento com chefia imediata

2

12

12

5

5 11-Ruim

2-Regular

3-Bom

4-Ótimo

5-Excelente

s/resp

Figura 19 – Relacionamento com a Chefia Imediata Fonte: Dados primários, 2009.

Na figura 19, pode -se observar que o relacionamento com a chefia imediata

fica empatado entre bom e ruim. Muitos ex-funcionários alegaram ter chefes que não

estão preparados para assumir posição de chefia.

O gerente da loja é a pessoa que toma todas as decisões finais dentro da

filial, ou seja, ele é o chefe de todos os funcionários.

Relacionamento com gerência da loja

2 2

11

10

10

2 1-Ruim

2-Regular

3-Bom

4-Ótimo

5-Excelente

s/resp

Figura 20 – Relacionamento com a Gerencia da Loja Fonte: Dados primários, 2009.

Na figura 20 - observa-se que o relacionamento entre gerente e os demais

funcionários esta de excelente, ótimo e bom e isto muito favorável para a

organização.

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66

A rede de Supermercados Imperatriz, proporciona cursos e treinamento para

os chefes de setores e estes repassam aos demais funcionários. Além disso, a

empresa também adota o recrutamento interno, ou seja, quando surge vaga dentro

da rede é feito inscrição e seleção, desta forma a empresa estará dando mais

oportunidade de crescimento aos funcionários dentro da organização.

Oportunidades de treinamento e

crescimento:

11

11

12

1 1 11-Ruim

2-Regular

3-Bom

4-Ótimo

5-Excelente

s/resp

Figura 21 – Oportunidades de Treinamento e Crescimento Fontes: Dados primários, 2009.

Na figura 21, percebe-se que 12 funcionários acharam a oportunidades de

treinamento e crescimento bom, mas por outro lado houve 22 funcionários que

acharam ruim e regular as oportunidades de treinamento e crescimento dentro da

organização. A falta desses indica uma das causas de tantos desligamentos. Porém,

como maioria ficam 3 meses na empresa, não é tempo suficiente para que seja

favorecido com esses tipos de incentivos.

A empresa busca saber nesta pergunta se o ex-funcionário ficou satisfeito no

trabalho que realizou.

Trabalho realizado

2 1

1514

4 11-Ruim

2-Regular

3-Bom

4-Ótimo

5-Excelente

s/resp

Figura 22 – Satisfação com o Trabalho Realizado Fonte: Dados primários, 2009.

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Na figura 22, a maioria dos funcionários, ou seja, 29 deles estavam satisfeitos

com o trabalho que realizam na empresa.

Além das perguntas de assinalar nos questionários de desligamento

avaliados, haviam algumas perguntas de responder, neste sentido a seguir

descreve-se o que os ex- funcionários responderam.

4.3.1 Motivos da Saída dos Funcionários da Organização

Muitos ex-funcionários alegaram ter deixado a empresa por conseguir

emprego com melhor salário e que não trabalhasse aos domingos. Outros alegaram

à saída da organização por problemas particulares, envolvendo assim, saúde, filhos

e mudança de cidade. Ainda houve aqueles que disseram que a troca constante de

horário de trabalho foi o motivo da saída.

Foram identificados também outros motivos que levaram as saídas dos

funcionários desta organização, tais como; relacionamento difícil com a gerência,

falta de movimento na loja, trabalhar numa função diferente da que foi contratado,

falta de oportunidade, abuso de autoridade, cobrança excessiva da chefia,

transferência de loja, falta de comunicação, abandono de emprego e outros.

4.3.2 Fatores Causadores de Desmotivação na Percepção dos Funcionários

O índice de desmotivação foi identificado como alto, aproximadamente 40%, o

que favorece a saída do colaborador. Se maiorias dos colaboradores que saíram

ficaram até 3 meses, e mesmo aprovando o ambiente de trabalho, o relacionamento,

há algo que os desmotiva nesse tempo. As justificativas apresentadas foram; falta de

incentivo, realização de outras tarefas além do cargo; cobrança excessiva da chefia;

falta de oportunidades; pessoas ganhando promoções sem mérito; relacionamento

ruim entre os funcionários; troca de horário; transferência de loja, entre outros.

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68

4.3.3 Contribuições Deixadas pelos Ex-funcionários Para a Empresa

No questionário de desligamentos avaliados, existe uma pergunta final em

que a empresa pede ao funcionário desligado que deixe uma contribuição para a

empresa, no entanto a maioria dos funcionários da loja de Barreiros, não

preencheram este campo. Por outro lado houve outros que deixaram sua

contribuição, agradecendo a empresa pela oportunidade recebida e pela acolhida

familiar em que foram prestados.

4.4 FATORES E ATIVIDADES RELACIONADOS À ROTATIVIDADE

A rotatividade de pessoal, também conhecida por turn over, está relacionada

ás entradas e saída de funcionários em uma organização e os fatos para esta

ocorrência podem ser diversas. A rede de Supermercados Imperatriz procura fatores

relacionados à rotatividade, pois fora o gasto gerado pelas admissões e demissões,

há também um transtorno gerado pela falta de mão de obra.

Na organização em estudo observaram-se, alguns fatores relacionados à

rotatividade, são eles: funcionários que não enxergam possibilidade de crescimento

dentro da organização, outros funcionários acham que sua contribuição e sua

valorização não são reconhecidas e ainda que estejam insatisfeitos com as chefias

atuais.

Ainda diante dos fatores relacionados a rotatividade procurou-se também

verificar na organização se existiam algumas doenças ocupacionais ou demissionais

que pudessem estar relacionado com a rotatividade. Conforme informações do

departamento seesmt da organização estes dados são sigilosos e não podem ser

divulgados.

Já no que diz respeito às atividades a rede de Supermercados Imperatriz

possui algumas maneiras para diminuir e controlar a rotatividade. Diante disso,

abaixo será descrito a forma como acontece este fenômeno na organização.

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No que diz respeito o recrutamento e seleção desta empresa em estudo

podemos citar que, antes de realizar a entrevista com o futuro candidato este

preenche um formulário fornecido pela empresa e somente depois a entrevista é

realizada. Neste formulário o entrevistador já procura identificar se o candidato já se

encaixa no perfil do cargo. Segundo Chiavenato (2002, p. 197), “recrutamento é um

conjunto de técnicas e procedimentos que visa a atrair candidatos potencialmente

qualificados e capazes de ocupar cargos dentro da organização”.

Feita a entrevista e aprovado o candidato, à empresa solicita vários

documentos, e o não cumprimento desta etapa, pode eliminar o candidato.

Passada a etapa de seleção e contratação do futuro funcionário a empresa,

parte para o treinamento, pois acredita que este seja um fator de grande

importância, pois funcionário motivado e bem treinado é capaz de exerce sua tarefa

da melhor maneira possível, isto faz com que o mesmo se sinta valorizado, fazendo

com que o índice de rotatividade também reduza. Para Chiavenato (2002),

“treinamento é a educação profissional que visa adaptar o homem para determinado

cargo”. Num mercado competitivo em que vivemos cada vez mais estamos em

busca do profissional ideal, ou seja, aquele que traz ótimos resultados para a

organização.

Num segundo momento aplica-se a avaliação de desempenho a empresa

aplica de duas formas, são elas; a primeira avaliação é feita pelo líder de setor o

mesmo acompanha o funcionário em seu período de experiência, esta é aplicada ao

funcionário nos seus vinte (20) dias, trinta e cinco (35) dias, e nos setenta (70) dias.

Todos os resultados desta avaliação são passados para o funcionário avaliado, para

que ele possa melhorar seu desempenho durante o período de experiência,

conforme Anexo C. Na segunda o funcionário avalia a empresa e a empresa avalia o

funcionário, mais é importante destacar que as perguntas feitas para o colaborador

avaliarem a empresa não são as mesmas que a empresa avalia o colaborador,

conforme Anexo D. Segundo Chiavenato (2002), avaliação de desempenho é um

meio do qual se pôde verificar problemas de supervisão de pessoal, da integração

do empregado a organização ou no cargo que ocupa, de desaproveitamento de

funcionários com potencial mais elevados dos aqueles exigidos pelo cargo, de

motivação entre outros.

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70

Segundo o diretor de recursos humanos desta organização a rede de

Supermercados Imperatriz preocupa-se em reter talentos, pois é preciso manter este

profissional atuando na empresa, porque não há como sobreviver num mercado

competitivo com pessoas sem talento em nossa empresa, segundo ele, nossa

diferença só pode estar em gente talentosa que faça a diferença todos os dias.

4.5 A SISTEMÁTICA DA ROTATIVIDADE

O custo que uma empresa possui para abrir um processo seletivo, contratar o

novo funcionário e treiná-lo é muito grande para que tudo termine em demissão; seja

ela uma iniciativa do colaborador ou da empresa.

Diante disso, os gestores perceberam que precisava fazer algo que pudesse

melhorar para ambos os lados – empresa e funcionário. E decidiu pela “solicitação

de desligamento” e a “entrevista de desligamento”, meios estes que segundo eles

são muito eficazes. Portanto, sua aplicação deve ser vista como um momento

importante e sério. O que é dito nesta hora pode significar a melhoria de um

processo. Enfim, este momento deve ser encarado como estratégico e de

fundamental importância para a empresa.

Quando ocorre um desligamento na empresa, seja ele por parte do

empregado ou do empregador é de obrigação do gerente da filial, primeiramente o

preenchimento da “solicitação de desligamento” este por sua vez é um documento

fornecido pela área de recursos humanos da empresa e visa auxiliar no controle da

rotatividade. Este se dá logo após a assinatura do aviso prévio e é aplicado em

todos os funcionários da empresa.

As formas de controlar a rotatividade de funcionários na organização ainda

são aplicadas de mais duas formas: a primeira é para funcionários com mais de um

ano de empresa, nestas são feitas entrevistas de desligamento. Na segunda é para

funcionários com menos de um ano de empresa e são aplicados questionários de

desligamentos. Segundo Mobley (1992), as entrevistas de desligamentos têm sido

utilizadas há bastante tempo, como uma fonte de informações, sobre os motivos da

rotatividade. Diante disso, para ser efetiva a entrevista deve ser estruturada e

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71

conduzida por entrevistadores treinados, em um modo que encoraje o indivíduo que

esta saindo a ser sincero.

Segundo o vice-presidente, este como responsável pela entrevistas de

deligamentos com funcionários com mais de um ano de empresa estas são feitas

uma vez por semana em seu escritório em São José. Nesta participam apenas o

entrevistador e o entrevistado e as informações ali repassadas são de total

privacidade, diante que o ex-funcionário pode se tranqüilizar que a mesma só serão

utilizadas para melhorias dos processos funcionais da empresa. O entrevistador

afirma a pessoa entrevistada que esta tem total liberdade e privacidade para falar

tudo aquilo que quiser e procura nas entrevistas ter mais um “bate papo” com o ex -

funcionário do que uma própria entrevista, pois percebe certo medo na pessoa

entrevistada.

Diante desta afirmação Silva (2001), enfatiza que nas entrevistas de

desligamentos os ex-funcionários, tendem a ser mais sinceros, pois não desejam

que as portas se fechem para si, assim procuram dar respostas originais e evidentes

da sua saída.

O vice-presidente acredita ainda que as ações nas entrevistas sejam mais

rápidas quando feitas pelo diretor da empresa e percebeu com o tempo que o

relacionamento interpessoal melhorou, pois os demais funcionários sabem que

quem sai fala direto com o dono da empresa. Estes encontros acontecem uma vez

por semana, segundo o ele á maiorias das pessoas agendadas comparecem.

Segundo o entrevistador uma forma de confortar as pessoas é buscando um

bom relacionamento, mesmo depois da demissão, pois não gosta que as pessoas

saiam da empresa com má impressão e ressalta ainda que o ex-funcionário

independente de qualquer coisa continua sendo um cliente, portanto não podemos

perdê-lo. Afirma ainda que em muitas vezes interfere na recolocação deste

profissional no mercado de trabalho, indicando-o ou até mesmo fazendo contato

com amigos, pois tem muita influência e conhecidos em varias áreas.

Nas entrevistas são abordados o relacionamento de chefias e colegas de

trabalho, estratégia empresarial, os pontos que a empresa pode melhorar, entre

outros. E este é repassado ao gerente regional ou para o diretor de recursos

humanos para verificação e tomada de decisão perante o que foi dito pelo ex-

funcionário. Ainda segundo, o Vice-presidente em entrevistas já feitas foi constatado

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72

muitas informação “frias”, ou seja, “não verdadeiras”, portanto o mesmo só leva

adiante os problemas que julga ter fundamento. As entrevistas de desligamentos

para funcionários com mais de um ano, são feitas desde 2005, mas o entrevistador

admite ser um erro não ter guardado dados das entrevistas feitas desde então e diz

que pensa em formalizar tudo a partir desta data. Enquanto que os questionários

para funcionários com menos de um ano passaram a ser aplicados a partir de

dezembro de 2008.

Na segunda forma são aplicados os questionários de desligamentos

conforme Anexo E - com funcionários com menos de um ano de empresa este são

fornecido pelos auxiliares de recursos humanos da empresa, os funcionários

demitidos antes de acertar a sua rescisão preenchem o questionário. Este

acompanha uma folha de rosto que explica de forma detalhada que todas as

informações ali contidas são confidenciais e que o objetivo da empresa é melhorar

os processos funcionais e agradece o carinho e a dedicação que o funcionário teve

com os clientes internos e externo durante a sua permanência na empresa.

Deixando claro que este questionário não é obrigatório a ser preenchido, caso o ex-

funcionário não queira se identificar, apenas fale que não tem interesse e devolva.

Os questionários preenchidos são depositados em urnas da própria empresa

e somente o analista dos recursos humanos e a psicóloga tem acesso. Estes por

sua vez fazem a tabulação mensalmente do que foi preenchido e repassam ao

diretor de recursos humanos da empresa para uma análise e decisão final. Após a

tabulação final são feitos gráficos e tabelas para melhor entender e analisar a

rotatividade e verificados as informações deixadas pelos ex - funcionários nos

questionários.

Assim para que fosse feito a pesquisa sobre a rotatividade dos funcionários

dos Supermercados Imperatriz, filial de Barreiros, foi preciso à autorização da

Psicóloga e do Analista de recursos humanos para os acessos aos documentos da

empresa.

Após analisar os questionários de desligamento dos ex-funcionários da filial

de Barreiros, identificaram-se como principais motivos das saídas de funcionários, os

seguintes:

Em primeiro lugar o principal motivo para ocorrer à saída do funcionário da

organização foi o novo emprego, nestes muitos ex-funcionários alegaram ter deixado

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a empresa por conseguir emprego com melhor salário e o não trabalho aos

domingos.

O segundo motivo identificado foi à saída do funcionário da organização por

problemas particulares, envolvendo assim, saúde, filhos e mudança de cidade.

O terceiro motivo identificado foi o horário tarde (noite) e trocas constantes de

horários, muitos destes ex-funcionários reclamaram por ficar além do horário e a

chefia esta sempre trocando seu horário de trabalho.

Diante disso, foram aplicadas pesquisas qualitativas por meio de roteiros de

entrevista com os gestores e com o vice-presidente da empresa, para verificar se os

mesmos tinham algum tipo de influência na rotatividade.

Frente aos dados relatados nas entrevistas constatou-se que os gestores

estão satisfeitos em trabalhar na empresa, alegaram gostar do que fazem, porém

existe uma insatisfação por parte da subgerencia em relação ao salário. Foi

constatado também que o relacionamento com os colegas e chefias é satisfatório,

pois sempre se tenta manter o respeito entre eles. Os gestores julgaram muito

importantes os treinamentos oferecidos pela empresa, pois acreditam ser uma boa

ferramenta de gestão. Quando se perguntou aos gestores sobre a rotatividade,

respondeu achar a entrevista de desligamento uma ótima ferramenta, pois há uma

identificação imediata do problema, e sugeriram mais rigidez na escolha do currículo

e um plano de cargos e salários.

4.6 MELHORIAS SUGERIDAS PARA REDUÇÃO DA ROTATIVIDADE

Nada é mais difícil de administrar do que pessoas. São seres com vontades,

capacidades, desejos e sentimentos únicos. É muito comum que funcionários

troquem de empresa buscando melhorias em seu salário, após terem absorvido todo

o conhecimento. (GALVÃO, 2009)

Conforme o diretor de recursos humanos a empresa em estudo já pensa em

projetos futuros tais como a participações nos lucros e remuneração variável plano

de cargo e salários para diminuição da rotatividade e satisfação dos seus

funcionários. Diante deste propósito reforça-se a esta empresa que estes projetos

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devem ser levados a diante e que não devam ficar apenas no papel, pois se trata de

importantes ferramentas para o controle da rotatividade. Assim sugere-se que além

das participações nos lucros da empresa e remuneração variável, se pense em

aplicar também a gestão participativa e a implementação de alguns benefícios

sociais, tais como cesta básica.

A participação nos lucros é um sistema pelo qual uma organização distribui

anualmente entre seus funcionários certa proporção de seus lucros. Trata-se de

uma forma de remuneração variável. (CHIAVENATTO, 1999)

Já a remuneração variável ou flexível, une esforço para alcançar

determinadas metas ou resultado. A remuneração variável funciona como fator

motivacional, pois premia o bom desempenho do funcionário e o desempenho

excepcional, assim o objetivo é fazer do executivo ou de qualquer funcionário um

aliado nos negócios da empresa. Com a remuneração variável passa a reinar

alguns critérios como ser criativo, inovar, ter espírito empreendedor e iniciativa.

(CHIAVENATTO, 1999)

Para diminuir e controlar a rotatividade sugere-se ainda a gestão

participativa, muitas empresas já anunciam a disposição para tratar seus

empregados realmente como parceiros, incentivando sua participação nas decisões

e utilizando o máximo o talento das pessoas para a obtenção de sinergia necessária

para seu desenvolvimento. (GIL, 2001)

Os gestores precisam ter em mente que ao oferecerem determinados

benefícios sociais estão envolvendo a motivação das pessoas. Sendo assim nem

todos os benefícios precisam ser aplicados nesta empresa, diante de que são

muitos os tipos existentes. Mas mencionamos a cesta básica, muitas empresas

distribuem no propósito de complementar de forma indireta o salário dos seus

funcionários. (ARAUJO, 2006) Uma observação interessante é o fato de que esta

alternativa favorece bastante a empresa neste caso por se tratar de um

supermercado, tem-se a possibilidade de obter o produto a preço de custo.

Sem dúvida muita coisa poderia ser discutida além do que foi exposto e

tratado nas sugestões de melhorias deste trabalho. Assim sugerem-se outros

estudos para a diminuição da rotatividade na rede de Supermercados Imperatriz,

tais como:

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75

Estudos relacionados ao absenteísmo;

Proposta de melhores benefícios;

Uma melhor compreensão do clima organizacional;

O comportamento do indivíduo na organização;

A satisfação do indivíduo na organização; e

Acompanhamento dos índices de rotatividade durante o ano.

A intenção das propostas citadas anteriormente é servir de base para outras

idéias, ou seja, antes de ser aplicado as sugestões citadas, a empresa deve fazer

um estudo mais detalhado e buscar outros exemplos de participações, remuneração,

beneficios, para assim ter um maior comprometimento por parte dos seus

funcionários.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta pesquisa teve como objetivo principal a análise da rotatividade dos

funcionários dos Supermercados Imperatriz Ltda., filial de Barreiros. Desse modo

não se mediu esforços para se chegar a um entendimento deste fenômeno chamado

rotatividade. Neste sentido, os objetivos específicos foram os seguintes: descrever

os índices de rotatividade dos funcionários da filial de Barreiros; verificar a

sistemática de análise da rotatividade; identificar os principais fatores e atividades

que levam a rotatividade na empresa; propor melhorias para redução da rotatividade

na empresa em questão.

Diante disso, os dados desta pesquisa foram coletados de documentos da

própria empresa, ou seja, foram realizadas as entrevista de desligamento de ex –

funcionários e os dados obtidos foram analisados. Para um melhor entendimento da

rotatividade foram também feitos roteiro de entrevista semi-estruturada com três (3)

gestores e o vice – presidente da organização.

Em relação aos dados apresentados, pode-se concluir que no que diz

respeito aos índices, a organização em estudo deve investir mais em treinamento

das chefias de setores, e que estes devem ser orientados a repassar estes

treinamentos aos seus subordinados, pois o que se percebeu foram pessoas

desmotivadas e outras que não receberam a devida atenção, logo o seu primeiro

dia de trabalho. Diante do fato de que o mercado está muito competitivo é

necessário investir em melhorias do processo, pois é por meio destas melhorias,

que os funcionários tendem a ser mais comprometido. Assim, pôde-se evidenciar

que o índice de rotatividade ainda não é tratado com deveria, tanto que existem

poucos estudos relacionados a este assunto.

Ao estudar a sistemática da rotatividade na organização, pôde-se verificar

que os funcionários que saíram da empresa, estavam insatisfeitos com o salário,

folga (trabalhos aos domingos) e horário de trabalho. Frente a isso, surge-se a

necessidade da implantação do plano de cargo e salários, e uma revisão em alguns

horários de trabalhos dos funcionários da organização.

Durante o estudo pode-se também identificar os principais fatores e

atividades da organização em estudo, por meio de dados primários e da

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convivência organizacional, foi apurado que há uma preocupação por parte da

empresa em controlar e diminuir a rotatividade, desde a seleção do futuro

funcionário até a sua saída da empresa. Analisando cada uma dessas variáveis e

considerando uma empresa onde todos os processos, programas e atividades de

gestão de Recursos Humanos funcionam normalmente, chegar-se-á a conclusão de

que adotar o planejamento de recursos humanos, a empresa apenas estará

desenvolvendo e utilizando uma filosofia e uma estratégia, para garantir a sua

sobrevivência e sua evolução no mercado que escolheu atuar. LUCENA, (1999).

Quanto à dificuldade encontrada para este estudo pode-se mencionar que

não houve, pois a disponibilidade da administração de Recursos Humanos foi

excelente no fornecimento das informações para a análise, assim como os

gestores. Desse modo percebe-se a importância da administração de Recursos

Humanos para as organizações e para com os seus funcionários.

Observou-se ainda que alguns funcionários não pouparam elogios à

empresa alegando que na mesma existe companheirismo, satisfação profissional e

acima de tudo um ambiente familiar. Muitos também disseram tratar de uma

empresa seria e que honra seus compromissos.

Conforme já mencionado nas sugestões de melhorias para diminuição da

rotatividade, sugerem-se novos estudos para a filial de Barreiros e as demais filias

tais como o absenteísmo, programas de benefícios, clima organizacional,

comportamentos do indivíduo nas organizações ,satisfação do indivíduo na

organização e o acompanhamento dos índices de rotatividade durante o ano.

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MARCONI, A, M; LAKATOS, E, M. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisas, elaboração, análise e interpretação de dados. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1999. MARRAS, J. P. Administração de recursos humanos: do operacional ao estratégico. 3. ed. São Paulo: Futura, 2000. MAXIMIANO, A.C. Introdução á administração. São Paulo: Atlas, 2000. MILKOVICH, G.; BOUDREAU, J. Administração de recursos humanos. São Paulo: Atlas, 2000. MOBLEY, W.H. Turn over: causas, conseqüências e controle. Porto Alegre: Ortiz, 1992. MONTANA, J. P.; CHARNOV, H. B. Administração: um modo fácil de dominar os conceitos básicos. São Paulo: Saraiva, 1999. MOTTA, F. C. P. Teoria geral da administração: uma introdução. São Paulo: Pioneira, 1996. PARK, K. H.; BONIS, D. F.; ABUD, M. R. Introdução ao estudo da administração. São Paulo: Thomson Learning, 2002. PONTES, B. R. Planejamento, recrutamento e seleção de pessoal. São Paulo: LTr, 2001. RHPORTAL. Disponível em: <www.rhportal.com.br/artigos>. Acesso em: 27 maio 2008. RIBEIRO, A. L. Gestão de pessoas. São Paulo: Saraiva, 2006. ROBBINS, S. P. Comportamento organizacional. São Paulo: Prentice-Hall, 2002. RICHARDSON, R. J. Pesquisa social: métodos e técnicas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1999.

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SILVA, G. L. R. Controle do turn over: como prevenir e demitir com responsabilidade. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2001. SILVA, R, O. Teoria da administração. São Paulo: Pioneira Thomson Learnig, 2001. ULRICH, D. Recursos humanos estratégicos: novas perspectivas para os profissionais de rh. São Paulo: Futura, 2000. VAZ, Roseli Rocha. Diminuição do índice de absenteísmo e rotatividade na empresa. Disponível em: <www.espacorh.com.br>. Acesso em: 19 set. 2008.

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APÊNDICES

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Apêndice A – Roteiro de Entrevista com o subgerente

1 Quanto tempo você trabalha nos Supermercados Imperatriz?

2 Cite abaixo os cargos que você ocupou antes de ser Sub - Gerente.

3 Você recebe treinamento da empresa?

4 Quais as perspectivas que você teria nesta organização?

5 O seu salário está?

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Baixo ( ) Muito baixo

6 Você se sente motivado dentro da organização?

7 Você se relaciona bem com os funcionários dos outros setores?

8 O que você acha sobre o treinamento que é feito na organização?

9 Você se relaciona bem com seu superior ?

10 O seu superior reconhece seu trabalho ?

11 Você acha importante quando um funcionário deixa a empresa, fazer a entrevista

de desligamento?

12 Qual a sua opinião sobre a saída de funcionários na organização?

13 Quais ferramentas são utilizadas para diminuir a rotatividade na sua loja?

14 Você se relaciona bem com seu superior ?

15 O seu superior reconhece seu trabalho ?

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Apêndice B – Roteiro de Entrevista com o Gerente

1 Quanto tempo você trabalha nos Supermercados Imperatriz?

2 Cite abaixo os cargos que você ocupou antes de ser gerente.

3 Você recebe treinamento da empresa?

4 Quais as perspectivas que você teria nesta organização?

5 O seu salário está?

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Baixo ( ) Muito baixo

6 Você se sente motivado dentro da organização?

7 Você se relaciona bem com seus funcionários?

8 Como é feito o treinamento dos funcionários? E o que você acha sobre o treinamento que é feito na organização?

9 Como é avaliado o desempenho dos funcionários?

10 Você acha importante quando um funcionário deixa a empresa, fazer a entrevista

de desligamento?

11 Qual a sua opinião sobre a saída de funcionários na organização?

12 Quais ferramentas são utilizadas para diminuir a rotatividade na sua loja?

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Apêndice C – Roteiro de Entrevista com o Gerente Regional

1 Quanto tempo você trabalha nos Supermercados Imperatriz?

2 Qual sua opinião sobre o treinamento que é feito com os gestores, e como é feito?

3 Como é avaliado o desempenho dos gestores da organização?

4 Qual sua opinião sobre as possíveis causas das saídas de funcionários na

organização?

5 Em sua opinião, quais são as possíveis causas da rotatividade de funcionários na

organização?

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Apêndice D – Roteiro de Entrevista com o Vice-presidente

1 Como é feita a entrevista de desligamento com os funcionários com mais de um

ano?

2 Quais os pontos são abordados na entrevista de desligamentos ?

3 Quais as ferramentas utilizadas nas entrevistas ?

4 O que no seu ponto de vista pode ser melhorado nas entrevistas de

desligamentos?

5 Qual a sua opinião sobre a saída de funcionários da organização ?

6 Quais as ferramentas são utilizadas para diminuir a rotatividade na organização ?

7 Que tipo de tratamento é dado após a entrevista de desligamentos ?

8 0 O que “deve” ser melhorado para diminuir a rotatividade na organização ?

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ANEXOS

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Anexo A – Modelo do Questionário Preenchido pelos Ex-funcionários

QUESTIONÁRIO DE DESLIGAMENTO SUPERMERCADO IMPERATRIZ

Prezado(a) Colaborado(a),

Este é um questionário de Desligamento, um instrumento do RH que visa levantar

informações significativas sobre sua percepção dos aspectos funcionais da nossa empresa.

Sua contribuição é essencial para nós, para que possamos realizar o devido

encaminhamento às questões levantadas pelos colaboradores. O que você descrever nesse

questionário será totalmente confidencial e significará a melhoria dos processos funcionais

da nossa empresa. Solicitamos que você preencha todo o questionário expressando a sua

visão e opinião sobre os temas levantados. Caso você não queira responder, solicitamos

que após a identificação escreva que não tem interesse em participar e assine.

Agradecemos o carinho e a dedicação que você teve para com os clientes internos e

externos durante a sua permanência na empresa, com certeza, este tempo trouxe

aprendizado, muitas alegrias e conquistas para todos nós.

Atenciosamente,

Administração Recursos Humanos

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Nome: ___________________________________________________________________

Filial: __________ Admissão em: ____ / ____ / ____ Demissão em: ____ / ____ / ____

Trabalhou na função de: _____________________________________________________

( ) Solicitou demissão ( ) Foi demitido ( ) Contrato de experiência

Foi entregue a carta de Boas Vindas? ( ) Sim ( ) Não

Foi acompanhado pelo “padrinho Imperatriz”? ( ) Sim ( ) Não

Você recebeu retorno das avaliações de experiência? ( ) Sim ( ) Não

Você recebeu treinamento para aplicação do manual? ( ) Sim ( ) Não

Assinale a opção da sua opinião sobre o aspecto apresentado abaixo:

1 Relacionamento entre colegas e demais colaboradores:

( ) Excelente ( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

2 Estrutura física para trabalhar (uniformes, equipamentos, materiais):

( ) Excelente ( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

4 Valores e normas da empresa:

( ) Excelente ( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

5 Planejamento, organização e metas estabelecidas:

( ) Excelente ( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

6 Relacionamento no trabalho com a chefia imediata:

( ) Excelente ( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

7 Relacionamento com a gerência da loja:

( ) Excelente ( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

8 Oportunidades de treinamento e de crescimento:

( ) Excelente ( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

9 Ao trabalho que você realizou no seu cargo:

( ) Excelente ( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

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Qual foi o principal motivo da sua saída?

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

Em algum momento se sentiu desmotivado? O que aconteceu?

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

O que você deixaria como contribuição para a empresa? Use o verso da folha para escrever

se necessário.

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

Assinatura do Ex-Colaborador

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Anexo B – Organograma dos Supermercados Imperatriz Ltda

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Anexo C – Avaliação de Desempenho (Empresa Avalia o Colaborador)

Colaborador (a):_____________________________________________________________ Setor: ________________ Loja: ________

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO

INDICADORES CRITÉRIOS COM

(DIAS)

1 - Produtividade 20 35 70

Serviços realizados

1 - Supera as expectativas. Nota: 08, 09 ou 10

2 - Atende às necessidades. Nota: 06 ou 07

3 - Pouco satisfatório. Nota: 04 ou 05

4 - Insatisfatório, muito lento. Nota: 01, 02 ou 03

2 - Adaptação ao Trabalho

Comportamento diante das dificuldades encontradas.

1 - Integrado à equipe. Nota: 08, 09 ou 10

2 - Tem feito o possível. Nota: 06 ou 07

3 - Precisa se modificar radicalmente. Nota: 04 ou 05

4 - Comportamento inadequado. Nota: 01, 02 ou 03

3 - Interesse

Entusiasmo demonstrado frente ao trabalho.

1 - Interessado. Nota: 08, 09 ou 10

2 - Apresenta entusiasmo adequado. Nota: 06 ou 07

3 - Necessita de constantes estímulos. Nota: 04 ou 05

4 - Indiferente, desinteressado. Nota: 01, 02 ou 03

4 - Capacidade de aprendizagem

Facilidade com a qual consegue perceber pontos importantes.

1 - Domina as atividades. Nota: 08, 09 ou 10

2 - Aceita as orientaçoes sobre as atividades. Nota: 06 ou 07

3 - Aprende com facilidade. Nota: 04 ou 05

4 - Muita dificuldade. Nota: 01, 02 ou 03

5 - Qualidade - Atendimento ao cliente

Cordialidade, educação, capacidade de ouvir e atender às necessidades.

1 - Excelente. Nota: 08, 09 ou 10

2 - Satisfatória. Nota: 06 ou 07

3 - Pouco satisfatória, comportamento inadequado. Nota: 04 ou 05

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Colaborador (a):_____________________________________________________________ Setor: ________________ Loja: ________

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO

INDICADORES CRITÉRIOS COM

(DIAS)

4 - Não possui habilidade. Nota: 01, 02 ou 03

6 - Qualidade

Organização, limpeza, disciplina.

1 - Exclente. Nota: 08, 09 ou 10

2 - Satisfatória. Nota: 06 ou 07

3 - Pouco satisfatória. Nota: 04 ou 05

4 - Insastifatória. Nota: 01, 02 ou 03

7 - Qualidade

Imagem pessoal (higiene e uniforme)

1 - Excelente. Nota: 08, 09 ou 10

2 - Satisfatória. Nota: 06 ou 07

3 - Pouco satisfatória, descuido. Nota: 04 ou 05

4 - Insatisfatória, relaxado. Não se preocupa. Nota: 01, 02 ou 03

8 - Responsabilidade

Dedicação, cumprimento de prazos.

1 - Muito superior. Não exige fiscalização. Nota: 08, 09 ou 10

2 - Satisfatória, basta a orientação habitual. Nota: 06 ou 07

3 - Pouco satisfatória. Nota: 04 ou 05

4 - Muito inferior, fiscalização constante. Nota: 01, 02 ou 03

9 - Cooperação / Trab. De Equipe

Disponibilidade aos colegas e à chefia. Interação com outras pessoas.

1 - Excelente espírito de cooperação. Nota: 08, 09 ou 10

2 - Adequado, procura colaborar. Nota: 06 ou 07

3 - Colabora quando solicitado. Nota: 04 ou 05

4 - Mostra resistência, se nega colaborar. Nota: 01, 02 ou 03

10 - Conhecimento do Trabalho

Grau de conhecimento das tarefas do cargo.

1 - Excelente, busca se aperfeiçoar. Nota: 08, 09 ou 10

2 - Satisfatório, conhece o essencial. Nota: 06 ou 07

3 - Pouco satisfatório, necessita de treinamento. Nota: 04 ou 05

4 - Insatisfatório, não busca se aperfeiçoar. Nota: 01, 02 ou 03

11 - Compreensão de Situações

Capacidade de compreender problemas, fatos e situações.

1 - Muito superior. Nota: 08, 09 ou 10

2 - Satisfatória. Nota: 06 ou 07

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Colaborador (a):_____________________________________________________________ Setor: ________________ Loja: ________

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO

INDICADORES CRITÉRIOS COM

(DIAS)

3 - Pouco satisfatória. Nota: 04 ou 05

4 - Insatisfatória. Nota: 01, 02 ou 03

12 - Iniciativa

Iniciativa

1 - Tem iniciativa. Nota: 08, 09 ou 10

2 - Satisfatória, precisa de orientações. Nota: 06 ou 07

3 - Pouco satisfatória. Precisa de orientações constantes. Nota: 04 ou 05

4 - Sem iniciativa. Nota: 01, 02 ou 03

13 - Assiduidade e Pontualidade

Responsabilidade quanto a horários, freqüencia no trabalho.

1 - Sempre pontual e assíduo. Nota: 08, 09 ou 10

2 - Freqüente, dentro do limite para atrasos, faltas. Nota: 06 ou 07

3 - Atrasos e faltas não justificadas. Nota: 04 ou 05

4 - Faltas e atrasos constantes. Nota: 01, 02 ou 03

14 - Comunicação - Marketing Pessoal

Comportamento profissional de vendas.

1 - Excelente atendimento ao cliente. Nota: 08, 09 ou 10

2 - Atende o cliente com frieza. Nota: 05, 06ou 07

3 - Tem dificuldade para falar com o cliente.. Nota: 03 ou 04

4 - Sem iniciativa para atender o cliente. Nota: 01ou 02

Entrevistador (a) (20 dias) __________________________________________________________________Data: _____ / _____ / _____ Entrevistador (a) (35 dias) __________________________________________________________________Data: _____ / _____ / _____ Entrevistador (a) (70 dias) __________________________________________________________________Data: _____ / _____ / _____

Obs. Aplicar a Avaliação 360o com 35 dias

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Anexo D – Avaliação do Colaborador para a Empresa

AVALIAÇÃO DO COLABORADOR SOBRE A EMPRESA

Colaborador (a) ______________________________________________________ Loja: __________________________ Setor: _______________________________

Por favor, entregue esta avaliação apenas ao gerente da loja, ou deposite na urna, pois somente o gerente possui a chave. As informações serão mantidas em sigilo absoluto. Caro colaborador (a) pedimos que preencha esta avaliação sobre a empresa, pois já conta mais de 30 dias de trabalho e você pode nos avaliar perfeitamente para que haja boas condições de trabalho para sua adaptação à empresa. Pedimos para que seja sincero, marcando com X apenas uma resposta.

01 A recepção no seu local de trabalho foi:

( ) Excelente ( ) Boa ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssima

02 Você recebeu a carta de boas vindas?

( ) Sim ( ) Não

03 Foi realizado treinamento sobre o manual do setor?

( ) Sim ( ) Não

04 Caso a chefia não tenha aplicado o manual do setor, quais as instruções que

você recebeu?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

5 O treinamento recebido para desenvolver suas habilidades foi

( ) Excelente ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo

06 O ambiente de trabalho está:

( ) Excelente ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo

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07 Se o ambiente de trabalho estiver favorável, cite os fatos que estão contribuindo:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

08 Se o ambiente de trabalho estiver desfavorável, cite os fatos que estão

prejudicando:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

09 Há cooperação entre as pessoas do seu setor?

( ) Sim ( ) Não

10 Existe cooperação entre os setores da loja?

( ) Sim ( ) Não

11 Seu chefe o motiva para que você possa executar bem suas atividades?

( ) Sim ( ) Não

12 O seu relacionamento com a chefia está:

( ) Excelente ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo

13 Caso seu relacionamento com a chefia estiver favorável, cite os fatos que estão

contribuindo:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

14 Caso seu relacionamento com a chefia estiver desfavorável, cite os fatos que

estão prejudicando:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

15 Seu chefe tem paciência para ensiná-lo, quando você necessita de auxílio?

( ) Sim ( ) Não

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16 Seu chefe disponibiliza tempo para ouvi-lo quando necessário?

( ) Sim ( ) Não

17 O atendimento ao cliente do setor que você trabalha está:

( ) Excelente ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo

18 O seu atendimento ao cliente está:

( ) Excelente ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo

19 Você conhece a missão da Empresa?

( ) Sim ( ) Não

20 Está satisfeito no cargo / setor que trabalha?

( ) Sim ( ) Não

21 Caso a sua resposta for negativa, descreva o motivo da sua insatisfação e qual o

setor que gostaria trabalhar?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

22 Escreva a Missão da empresa: Supermercados Imperatriz?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

23 Nós temos a cultura do bom atendimento ao cliente, você está comprometido

para aperfeiçoar a excelência do atendimento no setor que trabalha?

( ) Sim ( ) Não

24 Você gostaria de contribuir com esta avaliação citando alguns aspectos que não

foram mencionados? Você pode escreve no verso desta folha.

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Muito Obrigado!

Recursos Humanos.