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1 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ - UNIVALI DIEGO DE SOUZA GESTÃO AMBIENTAL NO SEGMENTO HOTELEIRO DA REGIÃO DAS HORTÊNSIAS / RS: Análise da aplicação dos requisitos de SGA. Balneário Camboriú. 2010

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ - UNIVALI

DIEGO DE SOUZA

GESTÃO AMBIENTAL NO SEGMENTO HOTELEIRO DA REGIÃO DAS

HORTÊNSIAS / RS:

Análise da aplicação dos requisitos de SGA.

Balneário Camboriú. 2010

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DIEGO DE SOUZA

GESTÃO AMBIENTAL NO SEGMENTO HOTELEIRO DA REGIÃO DAS

HORTÊNSIAS / RS:

Análise da aplicação dos requisitos de SGA

Dissertação apresentada como requisito parcial para obtenção do título de mestre em turismo e hotelaria, na Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação Superior de Balneário Camboriú. Orientadora: Profª. Draª. Anete Alberton

Balneário Camboriú. 2010

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DIEGO DE SOUZA

GESTÃO AMBIENTAL DO SEGMENTO HOTELEIRO DA REGIÃO DAS

HORTÊNSIAS / RS:

Análise da aplicação dos requisitos de SGA

Esta dissertação foi julgada adequada para a obtenção do título de mestre

em turismo e hotelaria e aprovada pelo Curso de mestrado de turismo e hotelaria, da

Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação Superior de Balneário

Camboriú.

Área de concentração: Planejamento e Gestão do Turismo e da Hotelaria.

Balneário Camboriú, 1 de Março de 2010.

Profª. Drª. Anete Alberton UNIVALI. Campus de Balneário Camboriú

Orientadora

Profª. Drª. Lucila Maria de Souza Campos UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina

Membro

Prof. Dr. Sidnei Vieira Marinho UNIVALI. Campus de Biguaçu

Membro

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À minha esposa Francini pela dedicação, incentivo,

colaboração na leitura, revisão, comentários e

compreensão pela minha ausência durante meus

estudos. Aos meus pais por estarem sempre me

incentivando a alcançar meus objetivos.

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AGRADECIMENTOS

Essa é mais uma importante etapa que completo. Uma meta cumprida

para um novo momento na minha vida pessoal e profissional. Quero, aqui expressar

os meus agradecimentos àqueles que direta ou indiretamente contribuíram para que

essa importante conquista fosse alcançada.

A Deus pela vida e pela constante motivação que a cada dia nos abre

novos caminhos.

A minha esposa Francini por estar sempre ao meu lado me incentivando e

dando forças para que eu conseguisse vencer mais esta etapa na minha vida.

Aos professores do Mestrado pelos ensinamentos e incentivos durante o

programa.

A minha professora orientadora Anete Alberton de quem recebi inúmeras

contribuições e com competência me orientou durante todo o processo da

formatação da minha dissertação com muita paciência.

A Professora coordenadora do Mestrado em Turismo e Hotelaria, Dra.

Dóris Van de Meene Ruschmann, pelo incentivo e compreensão das dificuldades

encontradas.

A secretária do Mestrado de Turismo e Hotelaria Márcia, que sempre

esteve à disposição nos momentos em que precisei do seu apoio.

Aos meus colegas de mestrado: Renato, Rossano, Giovana, Rodrigo,

Cláudio, Dado, Fer, Rudi, Edna e todos os demais, por fazerem parte desta fase da

minha vida.

A todos meus amigos e familiares, que me apoiaram e me entenderam

nas diversas vezes que não pude usufruir de suas companhias por estar escrevendo

esta dissertação.

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RESUMO

O meio ambiente e sua preservação vem se tornando ao longo dos últimos anos uma preocupação cada vez mais constante para a sociedade e se faz presente também no ambiente empresarial, incluindo as organizações turísticas e, desta forma, os meios de hospedagem. O objetivo desta pesquisa é analisar a aplicação dos requisitos de Sistemas de Gestão Ambiental (SGA’s) nos meios de hospedagem da Região das Hortênsias no RS. Na revisão teórica foram identificados quatro Sistemas de Gestão Ambiental utilizados na hotelaria brasileira: ISO 14001; NBR 15401:06 – Meios de hospedagem, Programa Hóspedes da Natureza (ABIH) e dois Sistemas Ambientais Autônomos – a Carta Ambiental da Rede Accor e o Código de Conduta do Roteiros de Charme. A partir destes SGA’s foi elaborado um checklist com os requisitos ambientais por eles contemplados. A partir deste checklist foi estruturado um questionário contendo cinco blocos de perguntas: Bloco I – Política ambiental; Bloco II – Gestão da água; Bloco III – Gestão da Energia; BlocoIV – Resíduos sólidos e efluentes e Bloco V – Emergências ambientais e segurança. A pesquisa foi aplicada em uma amostra composta por 92 meios de hospedagem na Região das Hortênsias, mais precisamente nas cidades de Gramado e Canela, onde há o maior fluxo turístico da região e uma rede hoteleira ampla. A partir das respostas obtidas do questionário submetido aos gestores dos hotéis, foi verificado o grau de aplicação dos requisitos e seu grau de importância. Como resultados foi possível verificar quais os requisitos ambientais menos e mais atendidos, bem como os de maior e menor grau de importância, segundo a percepção dos gestores pesquisados. Os resultados apontam que os hotéis da Região das Hortênsias consideram relevantes as ações ambientais apresentadas pelos SGA’s, assim foram selecionadas 25 sugestões ambientais passíveis de aplicação na região das Hortênsias, onde os requisitos que tiveram menor atendimento foram associados com os de maior importância. Palavras-Chave: Sistemas de Gestão Ambiental; Hotelaria; Meio Ambiente; Região das Hortênsias.

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ABSTRACT

The environment and its preservation have become a more constant concern for society throughout the latest years and it is also present in the business world, including some touristic organizations, and, consequently the means of lodging. The goal of this research is to analyze the application of the requirements of the environmental management systems (EMS ´s) in the means of lodging in the Hortênsias region in RS. In the theoretical review, four systems were identified which are used in the Brazilian hotel industry: ISO 14001; NBR 15401:06 – Means of lodging, Guests of Nature Program (ABIH) and two autonomous environmental systems – the Accor Network Environment Charter and the Code of Conduct of the Charming Tours. Considering these EMS´s, a checklist was elaborated with the environmental requirements comprised in it. Taking into consideration the checklist, a questionnaire was designed containing five groups of questions: Group I – Environmental policy; Group II – Water Management; Group III – Energy Management; Group IV – Solid Residues and effluents and Group V – Environmental emergencies and Safety. The research was applied in a sample composed of 92 means of lodging in the Hortênsias region, more precisely in the towns of Gramado and Canela, where there is a greater flow of tourists of the region and a broad hotel network. The degree of applicability of the requirements and their level of importance were verified in the hotels of that region, which was identified by the answers obtained through the questionnaire given to the managers of those hotels. With the results, it was possible to verify which were the most and the least attended environmental requirements, as well as the greater or lower level of importance, according to the perception of the interviewed managers. The results point that the hotels in the Hortênsias region consider the environmental actions presented by the EMS´s relevant. Thus, 25 environmental suggestions were selected to be subject to application in the Hortênsias region, where the requirements which were less attended were associated to the ones with greater importance. Key-words: Environmental Management Systems; Hotel Industry; Environment; Hortênsias Region.

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ÍNDICE DOS QUADROS

Quadro 1- Classificação por sistemas. ................................................................................................. 34

Quadro 2- Ações ambientais da nova matriz de classificação. ............................................................ 36

Quadro 3- Principais eventos globais sobre a questão ambiental. ....................................................... 39

Quadro 4- Principais programas de certificação do mundo. ................................................................. 47

Quadro 5- Elementos básicos da ISO 14001. ....................................................................................... 54

Quadro 6- Requisitos da ISO 14001:04. ............................................................................................... 55

Quadro 7- Dimensão e indicadores de NBR 15401:2006. .................................................................... 63

Quadro 8- Princípios do programa Hóspedes da Natureza. ................................................................. 68

Quadro 9- Dados: Programa Hóspedes da natureza............................................................................ 69

Quadro 10- Processos para Adesão. .................................................................................................... 70

Quadro 11- Auxílio para Implantação do programa Hóspedes da Natureza. ....................................... 71

Quadro 12- Carta ambiental da rede Accor. ......................................................................................... 75

Quadro 13- Cinco Pilares de rede Accor. ............................................................................................. 78

Quadro 14- Classificação do Roteiros de Charme. ............................................................................... 80

Quadro 15- Plano de monitoramento. ................................................................................................... 81

Quadro 16- Etapas do código de conduta ambiental Roteiros de Charme. ......................................... 82

Quadro 17- Quantidade de Hotéis na região das Hortênsias. .............................................................. 88

Quadro 18- Dados gerais da pesquisa. ................................................................................................ 94

Quadro 19- Dados sobre os meios de hospedagem. ........................................................................... 95

Quadro 20- Dados sobre os meios de Hospedagem. ........................................................................... 97

Quadro 21-: Bloco I Questões relacionadas a política ambiental. ........................................................ 99

Quadro 22-: Bloco II Questões relacionadas a gestão da água. .......................................................... 99

Quadro 23-:Bloco III Questões relacionadas à questão de energia. .................................................. 100

Quadro 24-: Bloco IV Questões relacionadas a resíduos sólidos e efluentes. ................................... 101

Quadro 25-: Bloco V Questões relacionadas a emergências ambientais e segurança...................... 102

Quadro 26- Relação dos objetivos específicos e etapas propostas. .................................................. 105

Quadro 27- Requisitos menos atendidos dos 5 blocos. ..................................................................... 130

Quadro 28- Requisitos mais atendidos dos 5 blocos. ......................................................................... 131

Quadro 29- Requisitos com maior grau de importância dos cinco blocos. ......................................... 131

Quadro 30- Requisitos com menos grau de importância. ................................................................... 132

Quadro 31- Sugestões Ambientais. .................................................................................................... 134

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ÍNDICE DAS ILUSTRAÇÕES

Ilustração 1- Sistema de gestão ambiental relacionado a um modelo empresarial. ............................ 43

Ilustração 2- Elaboração das normas. .................................................................................................. 58

Ilustração 3- Roteiro de implementação - Fase I .................................................................................. 61

Ilustração 4- Roteiro de implementação - Fase II ................................................................................. 61

Ilustração 5- Estados incentivados e certificação. ................................................................................ 64

Ilustração 6- Desenvolvimento – Parque Atual no Brasil. ..................................................................... 73

Ilustração 7- Mapa das regiões do RS. ................................................................................................. 87

Ilustração 8- Região das Hortênsias. .................................................................................................... 87

Ilustração 9- Mapa da rede hoteleira do Estado do RS. ....................................................................... 88

Ilustração 10- Gráfico do fluxo de visitantes de Gramado. ................................................................... 89

Ilustração 11- Tela de apresentação do software Sample. ................................................................... 91

Ilustração 12- Resultado do cálculo de nível de precisão e nível de segurança. ................................. 91

Ilustração 13- Fluxograma da Pesquisa. ............................................................................................. 106

Ilustração 14- Gráfico 1 – Tipo de Administração ............................................................................... 108

Ilustração 15- Gráfico 2 – Grau de Escolaridade ................................................................................ 109

Ilustração 16- Gráfico 3 – Participação nos SGA’s ............................................................................. 111

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ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1- Conhecimento sobre o SGA ............................................................................................... 109

Tabela 2- Análise do bloco I referente à política ambiental ................................................................ 115

Tabela 3- Análise do Bloco II referente a gestão da água. ................................................................. 118

Tabela 4- Análise do bloco III referente a gestão de energia. ............................................................ 121

Tabela 5- Análise do bloco IV referente a gestão de energia. ............................................................ 124

Tabela 6- Análise do bloco V referente a emergências ambientais e segurança. .............................. 127

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LISTA DE SIGLAS

ABIH – Associação Brasileira da Indústria de Hotéis

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

AHMA – American Hotel and Motel Association

APEX – Agência de Promoção de Exportações e Investimentos

BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento

BNDS – Banco Nacional de desenvolvimento Social

CBTS – Conselho Brasileiro do Turismo Sustentável

CST – Certificação para a Sustentabilidade Turística – Costa Rica

DTIE – Divisão de Tecnologia, Indústria e Economia

EA – Educação Ambiental

EMBRATUR – Empresa Brasileira de Turismo

EPI – Equipamento de Proteção Individual

FUGETUR – Fundo Geral do Turismo

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IEC – International Electrotechnical Commission

IH – Instituto de Hospitalidade

IHEI – International Hotels Environmental Initiatives

INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia Normalização e Qualidade Industrial

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional

ISO – International Standard Organization

NBR – Norma Brasileira de Regulamentação

NEAP – Nature and Ecotourism Accreditation Program

NIH – Norma do Instituto de Hospitalidade

OMT – Organização Mundial do Turismo

ONG – Organização Não-Governamental

PCTS – Programa de Certificação do Turismo Sustentável

PDCA – ciclo Plan-Do-Check-Act – método de gerenciamento de projetos que determina 4 fases:

planejar, executar, verificar, atuar

PHN – Programa Hóspedes da Natureza

PNT – Plano Nacional de Turismo

PNUMA – Programa das Nações Unidas para o Ambiente

POP – Procedimento Operacional Padrão

RQA – Responsáveis pela Qualidade Ambiental

SAGE – Grupo Assessor Estratégico sobre o Meio Ambiente

SCP-RS – Secretaria de Coordenação e Planejamento do Rio Grande do Sul

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SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

SENAC – Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial

SETUR – Secretaria de Estado do Turismo

SGA – Sistema de Gestão Ambiental

STSC – Sustainable Tourism Stewardship Council

SUDAN – Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia

SUDENE – Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste

SUDESCO – Superintendência de Desenvolvimento do Centro-oeste

SUDESUL – Superintendia de Desenvolvimento da Região Sul

UNEP – United Nation Environment Programme

UNWTO – Unifed Nations Wored Tourism Organization

VISIT – Voluntary Initiative for Sutainability in Tourism

WTTC – World Travel & Tourism Council

WWF – World Wildlife Fund

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 14

1.1 JUSTIFICATIVA ........................................................................................................................ 21

1.2 OBJETIVOS ............................................................................................................................. 24

1.3 ESTRUTURA DA PESQUISA: ...................................................................................................... 25

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................................... 27

2.1 HOTELARIA ............................................................................................................................ 27

2.1.1 Tipologia ........................................................................................................................ 32

2.1.2 A Hotelaria e o Meio Ambiente ...................................................................................... 37

2.2 SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAL .......................................................................................... 41

2.3 SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAL NA HOTELARIA BRASILEIRA ................................................. 48

2.3.1 SGA Baseado na ISO 14001 ........................................................................................ 51

2.3.2 NBR 15401:2006 Meios de Hospedagem – Sistema de Gestão da Sustentabilidade – Requisitos ..................................................................................................................................... 57

2.3.3 Sistema Ambiental ABIH – Hóspedes da Natureza ...................................................... 65

2.3.4 Sistemas Ambientais Autônomos .................................................................................. 72

2.4 SÍNTESE GERAL DA FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................................ 83

3 METODOLOGIA ........................................................................................................................... 84

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA ............................................................................................. 84

3.2 OBJETO DE ESTUDO ............................................................................................................... 86

3.3 POPULAÇÃO E AMOSTRA ........................................................................................................ 90

3.4 COLETA DE DADOS ................................................................................................................. 92

3.5 INSTRUMENTO DE PESQUISA ................................................................................................... 94

3.6 TRATAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS .................................................................................... 102

3.7 SÍNTESE DAS ETAPAS X OBJETIVOS ........................................................................................ 105

4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS OBTIDOS ............................................. 107

4.1 DADOS GERAIS ..................................................................................................................... 107

4.2 ANÁLISE DA PARTICIPAÇÃO DOS SGA’S NA PESQUISA ............................................................. 110

4.3 ANÁLISE DOS RESULTADOS POR BLOCO DE QUESTÕES ........................................................... 114

4.3.1 Bloco I – Política Ambiental ......................................................................................... 115

4.3.2 Bloco II – Gestão da água ........................................................................................... 118

4.3.3 Bloco III – Gestão da energia ...................................................................................... 121

4.3.4 Bloco IV – Resíduos sólidos ........................................................................................ 124

4.3.5 Bloco V – Emergências ambientais e segurança ........................................................ 127

4.3.6 Quadros referente aos requisitos mais e menos atendidos e de maior e menor grau de importância ................................................................................................................................. 130

4.3.7 Sugestões ambientais para meios de hospedagem .................................................. 133

CONCLUSÃO ..................................................................................................................................... 135

REFERÊNCIAS ................................................................................................................................... 138

ANEXOS ............................................................................................................................................. 148

APÊNDICES ........................................................................................................................................ 151

APENDICE A – CIDADES DA POPULAÇÃO AMOSTRA ................................................................ 152

APENDICE B – INSTRUMENTO DE PESQUISA .............................................................................. 156

APÊNDICE C – ESCALA COMPLETA DA PESQUISA ................................................................... 160

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1 INTRODUÇÃO

O mercado mundial de viagens está em grande expansão, com reflexos

para o Brasil, que possui uma grande oferta turística. Segundo dados da

EMBRATUR (2009), “em 2008 a entrada de divisas trazidas por turistas estrangeiros

ao Brasil bateu mais um recorde: 5,8 bilhões de dólares, 17% a mais do que em

2007”. Dados divulgados pelo Banco central mostram que em fevereiro de 2010

turistas estrangeiros gastaram 18% a mais do que o mesmo período em 2009, os

gastos foram US$511 milhões no país contra US$433 milhões do ano passado

(REVISTA HOTEL NEWS, 2010).

As perspectivas para 2010 são animadoras, o turismo no Brasil é

considerado a 13ª economia do turismo no mundo e em 2010 deverá ser o 7º país

na geração de empregos no setor turístico nas previsões do WTTC. (REVISTA

HOTEL NEWS, 2010). Segundo dados do Panorama da Hotelaria Brasileira (2010),

publicado em março de 2010, o Brasil projeta um futuro promissor para a hotelaria

brasileira neste ano. As expectativas são da expansão do PIB (+5,35%),

estabilização da taxa de câmbio, e elevação da taxa Selic (11% no fim do ano).

Enquanto a economia mundial não tem perspectivas de retomada, o Brasil se

apresenta como opção para investidores estrangeiros.

Esta situação favorável tomou a hotelaria nacional bastante atraente. Desde 2008, sete grandes cadeias hoteleiras internacionais, incluindo três das quatro maiores do mundo, montaram equipes de desenvolvimento no Brasil. Há motivos para tanta atenção, além da força econômica. O país será sede da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas em 2016; eventos que induzem demanda, dão visibilidade e determinam um prazo para a execução de grandes investimentos públicos, aumentando a confiança do

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empresariado e garantindo o dinamismo econômico (PANORAMA DA HOTELARIA BRASILEIRA, 2010, p.05)

O Brasil, com a realização destes eventos, estará exposto para o mundo.

Esta visibilidade internacional, de grandes repercussões econômicas, sociais,

ambientais, políticas e culturais para o país, exigirão de todos os estados brasileiros

planejamento, organização, dedicação, transparência e competência para o

atendimento das exigências esperadas pelos turistas que visitarão nosso país.

Segundo a pesquisa anual de Conjuntura Econômica do Turismo (2010,

p.14), quase a totalidade do mercado hoteleiro brasileiro (94%) prevê expansão da

economia brasileira em 2010, sendo que somente 6% estimam decréscimo; no que

diz respeito a seu mercado de atuação, 89% prognosticam incremento e 2%,

declínio.

Neste contexto, a partir das informações sobre o as perspectivas futuras

do turismo, pode constituir-se uma vantagem competitiva para a atividade turística e

também para a hotelaria. Desta forma, torna-se importante a compreensão de novas

atribuições da gerência de hotéis na atual fase em que o mercado se encontra,

dando uma maior ênfase às empresas que se importam com as questões

ambientais.

Paralelamente ao desenvolvimento das atividades turísticas como o

ecoturismo, o turismo de aventura, o turismo de sol e mar, o turismo rural entre

outras atividades turísticas, começam também a ser percebido os efeitos negativos

que esta atividade gera ao meio ambiente. Muitos destes impactos são ocasionados

pelo crescimento desordenado da atividade.

A expansão territorial feita sem planejamento é um dos fatores para o aparecimento de problemas gerados por um crescimento desordenado, quer pelo aumento acelerado da densidade demográfica, quer pela constante e rápida urbanização. Por essas razões, extinguem-se os espaços arborizados, os locais de lazer escasseiam e as vidas saudáveis, prejudicadas pela falta de infraestrutura básica que acompanhe este desenvolvimento, também sucumbem. A comunidade local presencia a cada instante a destruição dos patrimônios históricos, culturais e arquitetônicos. Os atrativos naturais e culturais tornam-se mercadorias para a construção dos não-lugares, perdendo, assim, sua identidade, tornando-se locais estranhos aos próprios moradores. (BACAL, et. al. 2007, p.176)

O meio ambiente sendo ele natural ou construído artificialmente pelo

homem, é a peça fundamental para a formação do produto turístico, no momento em

que o turismo se instala na localidade, passa a modificar este ambiente. A exigência

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de infraestrutura da atividade turística leva a modificação dos espaços sociais e

naturais (COOPER et al., 2001).

O hotel, como parte fundamental da infraestrutura turística está atrelado a

estes impactos negativos gerados pela atividade.

O Parque Hoteleiro nacional possui hoje aproximadamente 25 mil meios de hospedagem, e deste universo 18 mil são hotéis e pousadas. No geral, 70% são empreendimentos de pequeno porte. Isto representa mais de um milhão de empregos e a oferta de aproximadamente um milhão de apartamentos em todo o país. Muitas matérias trazem inovações, o que é certo é que de cada 10 empregos da população ativa 1 é de turismo, o que já é um número expressivo e razoável, levando em conta que os outros segmentos tem força e representatividade (ABIH, 2009).

Com o setor hoteleiro em expansão, aumenta a preocupação com os

impactos que a atividade pode causar ao meio ambiente. Ainda que empresas

prestadoras de serviços não tenham um histórico de degradação ambiental, como as

indústrias poluidoras o têm, os danos causados por um conjunto de hotéis, como

desperdício de energia, água, resíduos sólidos e líquidos gerados pela atividade,

entre outros, somados podem representar uma grande ameaça a natureza.

Enquanto a indústria destrói para produzir, o turismo deve preservar para produzir. A harmonização do turismo com o ambiente é uma mudança na forma de pensar, uma inovação conceitual para superar uma contradição que facilmente acontece entre o turismo destrutivo e a proteção de um turismo que deve ser preservado (RUSCHMANN, 2001, p. 69).

Segundo Schenini, Lemos e Silva (2007), atualmente empresários, por

questão de bom senso, estão investindo mais na conservação do meio ambiente,

visto que o crescimento da população mundial e o aumento do consumo, estão

causando um aumento da poluição e da degradação ambiental.

De acordo com Demajorovic, Minaki e Crook (2007), nos meios de

hospedagem, as iniciativas com relação ao meio ambiente vêm se multiplicando, os

impactos ambientais causados pela atividade são crescentes, em razão poucos

empreendimentos hoteleiros adotarem efetivamente programas de gestão ambiental.

“No Brasil estes impactos tendem a crescer, pois os empreendimentos neste setor

vêm aumentando em ritmo acelerado” (DEMAJOROVIC, MINAKI, COOK, 2007,

p.02).

De acordo com Hack Neto e Pereira (2008), os Sistemas de Gestão

Ambiental (SGA) desempenham um papel fundamental no sucesso ambiental de

uma empresa. Ao aderirem a estes sistemas a empresa se beneficia de diversas

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formas como o reconhecimento dos consumidores, e o reconhecimento de outras

empresas. Tornando esta atuação pública, a utilização de um SGA faz com que as

atitudes da empresa se tornem ambientalmente correta.

Campos et. al. (2006), dizem que “gestão ambiental se tornou, nas

últimas décadas, uma importante ferramenta de modernização e competitividade

para as indústrias”. Silva (2006, p.02) corrobora dizendo que no turismo e na

hotelaria a gestão ambiental está em plena ascensão, gestores dos

empreendimentos hoteleiros estão começando a se dar conta que gestão ambiental

não é somente despesas, mas lucro em longo prazo, tanto para o empreendimento

quanto para a natureza e a sociedade.

A conservação do meio ambiente é para o turismo assim como a matéria

prima é para as indústrias, um não se desenvolve sem o outro. Portanto todas as

atividades que se beneficiam do turismo devem buscar o equilíbrio entre seus lucros

e a preservação ambiental para que a atividade continue se desenvolvendo e

gerando divisas.

Para Ruschmann (1997, p.19) “a inter-relação entre o turismo e o meio

ambiente é incontestável”. Entre as empresas prestadoras de serviços na área de

turismo, os meios de hospedagem são os principais causadores de impactos

ambientais. Impactos gerados principalmente através dos resíduos sólidos

(orgânicos e inorgânicos), os efluentes líquidos derivados do setor de limpeza,

geração de lixo e o alto consumo de água e energia gerado pela atuação da

empresa e pelos seus hóspedes.

A mídia atual está fazendo um forte apelo ambiental, através de

informações sobre aquecimento global, efeito estufa, desmatamento, emissões de

carbono, escassez da água entre outros apelos.

Uma das dimensões da questão ambiental refere-se às organizações. Como gerir uma organização em sintonia com o meio ambiente? É uma questão que vem ganhando cada vez mais terreno, até porque gerir uma organização, um hotel inclusive, “de bem” com o meio ambiente é visto com simpatia pela sociedade e o marketing pode tirar proveito disso. Na verdade, o consumidor está cada vez mais aderindo aos produtos das empresas que estão em sintonia com o meio ambiente e está cada vez mais pondo a “boca no trombone” contra aquelas que o desrespeitam (CASTELLI, 2006, p.128).

Segundo Ferreira (1999) existe uma nova classe de consumidores que

estão valorizando mais os produtos e serviços que estão de acordo com o meio

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ambiente, que não agridem a natureza, e que promovendo sua conservação. Estes

consumidores estão dispostos a pagar por isso, mas em contrapartida exigem o

comprometimento ético das organizações para o desenvolvimento sustentável.

Quando a maioria dos consumidores e dos empresários enxergarem os

benefícios do consumo sustentável poderão modificar seus padrões de consumo de

recursos e então muitas conquistas serão alcançadas para o meio ambiente

(FERREIRA, 1999).

Já existem iniciativas que estabelecem diretrizes a serem seguidas por

empresas que trabalham na área do turismo, preocupando-se com a

sustentabilidade da atividade, tais como o STSC – Sustainable Tourism Stewardship

Council (Conselho Administrativo do Turismo Sustentável) que tem atividades

inclusive aqui no Brasil na área de ecoturismo e a WTTC – World Travel and

Tourism Council ( Conselho Mundial do Turismo e Viagens), conselho este que

reúne os maiores lideres da indústria de Viagem e Turismo no mundo.

Existem SGA’s utilizados em indústrias como Responsible Care Program

(Programa de Atuação Responsável), o STEP (Strategies for Today’s Environmental

Partnership), a Norma Britânica BS 7750 (Specifications for Environmental

Management Systems), a EMAS (Eco-Management and Audit Scheme), Sistema

Europeu de Ecogestão e Auditorias e ISO 14000, a principal norma de gestão

ambiental da atualidade (CAMPOS et. al. 2006). A ISO é utilizada também na área

de prestação de serviços, como no turismo e na hotelaria

Os SGA’s são utilizados nas indústrias há bastante tempo, por serem

fontes poluidoras, na área da prestação de serviços a preocupação com o meio

ambiente é mais recente, mas já existem SGA’s que são utilizados no turismo como

a CST (Certificação para a Sustentabilidade Turística) na Costa Rica, o NEAP

(Nature and Ecotourism Accreditation Programme) na Austrália, o Green Globe 21

que certifica empreendimentos turísticos ou áreas de turismo que atuam de acordo

com os princípios da sustentabilidade, o Blue Flag (para praias, é um dos mais

antigos) na Europa, o Green Deal na Guatemala, o Nord Swan na Scandinávia, o

Green Keys na França (ZUCARATO, 2006; FRANCO 2004), entre outros que estão

sendo criados em toda parte do mundo.

De acordo com Dias e Pimenta (2005), foram certificados sete mil

diferentes produtos como praias, agências de viagens e hotéis. Dentre estes se

identificou 59 diferentes tipos de programas de certificação em turismo sustentável e

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ecoturismo no mundo. Ainda foi verificado que dentre os 59 programas, 39 deles

são ofertados por organizações não governamentais e 20 por organismos

governamentais.

No Brasil os estudos ainda são incipientes em questões de pesquisas

científicas sobre SGA na hotelaria, o que implica em pouca bibliografia e poucos

estudos especializados. Mas como podemos ver no cenário acima, a hotelaria já

vem tratando das questões do meio ambiente há alguns anos. Alguns autores

apresentam importantes estudos sobre gestão ambiental em meios de hospedagem,

e foram base para o referencial teórico desta pesquisa: Ferreira (1999), Webster

(2000) Abreu (2001), De conto (2001,2006), Fengler (2002), Gonçalves (2004),

Castelli (2006), Vieira e Hoffman (2006), Alves e Cavalcanti (2006), Demajorovic,

Minaki, Crook (2007), Neto e Pereira (2008) e Alves (2009).

As contribuições que estes autores deixam em suas obras são da

necessidade que a hotelaria brasileira tem em estar de acordo com as questões

ambientais, salientando a necessidade de utilizar sistemas de gestão ambiental para

diminuir a agressão ao meio ambiente que a atividade hoteleira gera. Ferreira

(1999) aponta em seus estudos a necessidade da variável ambiental dentro da

classificação hoteleira, Webster (2000), afirma que o setor da hospitalidade está

vendo a importância de estar ecologicamente correto se tornando empresas

“verdes”. Abreu 2001 corrobora com sua obra “Os ilustres hóspedes verdes”, foi uma

das primeiras autoras a introduzir o assunto de gestão ambiental na hotelaria

brasileira, seu estudo contribui com informações importantes relacionadas a

preservação ambiental e aos sistemas de gestão ambiental, assim como Ferreira

(1999) e Webster (2000), Abreu também salienta a necessidade da preservação

ambiental nas empresas hoteleiras.

Os trabalhos de De Conto (2001, 2006) e Alves e Cavalcanti (2006),

contribuem com assuntos relacionados aos resíduos sólidos gerados por

empreendimentos turísticos. Os trabalhos de Fengler (2002), Gonçalves (2004),

Castelli (2006) apontam em seus estudos a importância dos SGA’s dentro da

atividade hoteleira. Vieira e Hoffman (2006), contribuem analisando práticas de

sustentabilidade ambiental em empresas hoteleiras, Hack Neto e Pereira (2008),

apresentam um case de uma pousada em Joinville-SC discutindo sobre a redução

de gastos e os SGA’s na hotelaria.

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Demajorovic, Minaki, Crook (2007), apontam em seus estudos a

ecoeficiência, que vem ocupando um espaço cada vez maior nos debates sobre

como conciliar desempenho econômico com compromisso ambiental, e os estudos

de Alves (2009) atenta para a importância do Hóspede dentro do processo de

preservação do meio ambiente na hotelaria, os “Hóspedes verdes” que a autora

Abreu (2001) também apresenta em sua obra.

Além dos pesquisadores as organizações e associações que estão

relacionadas à gestão ambiental também contribuem de forma importante. A ABIH

nacional, que contribui com o programa Hóspedes da Natureza, o Instituto de

Hospitalidade (IH), que contribui com ações relacionadas a NBR 15401:06,

Programa Ambiental das Nações Unidas (UNEP), International Hotel Environment

Iniciative (IHEI), Instituto Brasileiro de Turismo (EMBRATUR), estas organizações

possuem uma base teórica sobre os sistemas de gestão ambiental, que estão sendo

desenvolvidas na hotelaria brasileira.

Como visto acima, a preocupação com o meio ambiente e os SGA’s estão

sendo cada vez mais discutidos dentro dos meios de hospedagem, dentro deste

contexto a pesquisa busca analisar a aplicação dos requisitos de Sistemas de

Gestão ambiental nos meios de hospedagem da região das Hortênsias da serra

gaúcha. Foram selecionados quatro SGA’s para analisar: ISO 14001, NBR 15401,

Programa Hóspedes da Natureza e Sistemas autônomos.

Para a presente pesquisa foram escolhidas duas cidades dentro da região

das Hortênsias: Gramado e Canela. Estas duas cidades possuem o maior fluxo

turístico da região e também contemplam a maior rede hoteleira. Gramado e Canela

são cidades turísticas reconhecidas nacionalmente por seus atrativos turísticos e por

suas belezas naturais, devido a este panorama é importante tratar de SGA’s na

hotelaria da região, para que os meios de hospedagem possam contribuir para a

preservação ambiental da localidade.

A principal contribuição desta dissertação é mostrar a aplicação dos

requisitos de SGA’s nos meios de hospedagem da região das Hortênsias do RS,

identificando através da pesquisa os requisitos menos e mais atendidos e pelos

meios de hospedagem da região e apresentar os requisitos que os hotéis julgam

mais ou menos importantes dentro da lista de requisitos apresentada na pesquisa,

formada pelos quatro SGA’s utilizados na hotelaria brasileira, e a partir desta lista

propor sugestões ambientais que possam ser aplicadas nos hotéis da região.

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1.1 JUSTIFICATIVA

O aumento da população mundial, a escassez dos recursos naturais, o

aquecimento global dentre outras atividades estão mudando nosso planeta. As

agressões ao meio ambiente estão aumentando a cada dia, sucessivas catástrofes

naturais estão fazendo com que a população repense seu modo de consumir.

Uma nova e crescente classe de consumidores está valorizando mais os produtos e serviços ambientalmente corretos, que de uma forma ou de outra não agridem a natureza ou que promovem a sua conservação. Estão dispostos a pagar por isto, mas cobram novas posturas das organizações e o comportamento ético para a vida sustentável. Quando tiverem claro que o efeito cumulativo de ações pró-ativas em defesa do “verde” de milhares de consumidores pode modificar os padrões de consumo de recursos e as atitudes dos empresários com relação ao ambiente natural, muitas conquistas serão alcançadas (FERREIRA, 1999, p.3)

Existem hoje consumidores que se preocupam com as questões

ambientais, apesar de ainda ser uma pequena fatia do mercado, já estão chamando

a atenção dos hoteleiros. Esta demanda está sendo identificada por alguns autores

como: “Hóspedes Verdes” (ABREU, 2001), ou “Turistas Verdes” (SWARBROOKE e

HORNER, 2002). Está se formando um mercado bastante promissor que se

identifica com as ações ambientais.

Os hóspedes verdes já estão influenciando o mundo dos negócios, definindo com precisão os tipos de produtos que querem adquirir e o perfil das empresas com as quais querem negociar. Assim, eles estão fazendo essas empresas repensarem seus produtos, serviços e suas formas de gestão, buscando novas alternativas que não agridam o meio ambiente. (ABREU, 2001, p.19)

Alves e Cavalcanti (2006), relatam em seus estudos que esse

“consumidor verde” começa a exigir dos hotéis um novo requisito, que não está

apenas atrelado à qualidade dos serviços prestados aos hóspedes, mas,

principalmente, associado à implementação da estrutura de gestão ambiental, ou

seja, exigindo uma qualidade ambiental por parte dos meios de hospedagem. Por

este motivo a pesquisa ressalta a importância de utilizar SGA’s em hotéis. Segundo

Castro Ramos (2006), os meios de hospedagem já estão identificando que seus

hóspedes estão preocupados com o meio ambienta, mas mesmo com esta

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informação alguns meios de hospedagem ainda não estão dando a devida atenção

às questões ambientais.

Os hotéis também usam recursos naturais e, ao utilizá-los, provocam sua redução, representando significativo impacto ambiental. Impactos também decorrentes do lixo gerado, dos equipamentos, dos produtos de uso diário, de efluentes líquidos misturados com detergentes e outros dejetos orgânicos lançados em mares e rios. Tendo consciência da variedade e dimensão dos impactos causados por essa atividade e afetando diretamente esse próprio segmento, a utilização de um sistema de gestão ambiental nos hotéis surge como garantia futura de grandes retornos. (SCHENINI et. al., 2007, p.1)

Os hotéis apesar de não terem uma estrutura de indústria, poluem o meio

ambiente com suas atividades diárias, e muitas vezes têm suas unidades

operacionais localizadas em ambientes naturais frágeis, bem como em cidades

históricas e antigas, fixadas nestas áreas devido aos próprios turistas que visitam

estas localidades, o que pode tornar seus impactos bastante significativos.

De acordo com Silva (2006), grandes Resorts e hotéis construídos em

áreas onde o contato com a natureza é direto, estão sendo visados por setores da

economia e grupos que defendem o meio ambiente, por oferecerem riscos a

natureza e degradação ambiental.

Segundo Ferreira (1999), Abreu (2001), Gonçalves (2004), as atividades

ligadas ao turismo, à hotelaria em particular, devem contribuir com sua cota de

responsabilidade ambiental, fazendo com que o desenvolvimento sustentável se

torne parte integrante das atividades da empresa, já que o turismo depende da

qualidade do meio ambiente para se desenvolver.

A “espinha dorsal” do turismo, a hotelaria, segmento que é um dos maiores geradores de emprego do país, possui potencial evidente para investir no desenvolvimento social e ecológico da região receptora, considerando que avançamos, em direção a um mundo mais populoso, mais consumista e ameaçado pela poluição e degradação ambiental (BARROS E MORATELLI, 2004, p.538).

Os impactos gerados pelos empreendimentos hoteleiros são variados e

complexos, depende de cada tipo de hotel e onde ele está implantado. As principais

degradações ambientais gerada por um hotel são: uso excessivo da água e energia,

geração de lixo e resíduos sólidos e efluentes líquidos contaminados por produtos

de limpeza.

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É difícil mensurar o quanto um hotel produz de impacto ambiental, pois

varia de acordo com o tipo de hotel, de sua taxa de ocupação, do local onde está

instalado entre outros motivos. Os principais motivos que levam um hotel a poluir

são: número de hóspedes, número de colaboradores, variação sazonal do hotel,

serviços oferecidos aos hóspedes, motivos da viagem e área relativa de geração de

resíduos em jardins e parques entre outros (ABREU, 2001).

Hotéis também são grandes geradores de resíduos sólidos, incluindo desde embalagens (farináceos, bebidas, óleos, conservas, enlatados, etc.) e restos de comida, até resíduos de limpeza (embalagens de produtos químicos, vassouras e panos usados, etc) e manutenção (lâmpadas, pregos, fios elétricos, carpetes, etc) alguns dos quais tóxicos, tais como latas de tinta, pilhas e baterias, que podem contaminar severamente os recursos de água, ar e solo, ameaçando o meio ambiente e a saúde humana. Além disso, os meios de hospedagem sempre trazem consigo o problema da destinação do seu esgoto e demais efluentes, tais como as demais águas servidas (cozinha, lavanderia, jardinagem, etc.). Esse tipo de poluição afeta, entre outros, rios, mares e lagoas, causando danos à flora e à fauna destes lugares. Além disso, a poluição dos esgotos traz problemas à saúde, tanto de seres humanos como de animais (DEMAJOROVIC, MINAKI, CROOK, 2007, p.04)

Como pode ser identificado através dos autores acima citados, há uma

crescente necessidade dos meios de hospedagem estar minimizando seus impactos

ambientais, gerindo seus resíduos de forma planejada. A presente pesquisa vem

chamar a atenção dos meios de hospedagem para esta necessidade de implantar

SGA’s, buscando ações que possam diminuir os impactos ambientais.

Segundo Harck Neto e Pereira (2008), os SGA’s desempenham um papel

importante na determinação do sucesso ambiental de uma empresa. Aderir a um

SGA pode beneficiar a empresa de diversas formas, uma delas é mostrar o

compromisso ambiental perante seus clientes e também perante seus concorrentes.

No turismo e hotelaria, a gestão ambiental está em plena ascensão, pois os proprietários e gerentes de empreendimentos hoteleiros estão começando a entender que gestão ambiental não é apenas despesas, mas lucros a longo prazo, tanto para o meio de hospedagem, quanto para o meio ambiente e a sociedade (SILVA, 2006, p.02)

As localidades receptoras do turismo e seus governantes também devem

despertar essa consciência ecológica, assim dando um grande passo para a

sobrevivência da atividade e também para o desenvolvimento da mesma, sendo que

há uma ligação direta entre o turismo e meio ambiente. “Se o turismo quiser se

tornar a indústria bem sucedida e duradoura que muitos afirmaram ser, deverá ser

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planejado e administrado como uma indústria de recursos renováveis, baseada em

capacidades locais e tomadas de decisão comunitárias” (MURPHY, 1985 apud

HALL, 2001, p.153).

Segundo Petrocchi (2002) os meios de hospedagem partilham do mesmo

futuro do núcleo turístico de onde faz parte. Mesmo um hotel corretamente

administrado, pode ser levado a situações difíceis, em decorrência de problemas no

sistema turístico onde está inserido.

Os Programas de Gestão Ambiental voltados para a hotelaria são o início

do processo para a sustentabilidade no turismo, e nas destinações turísticas, já que

os hotéis representam o maior setor dentro da atividade. Segundo De Conto (2001,

p.67), “O hotel passa a ser uma escola a partir do momento em que implanta seu

plano de gerenciamento de resíduos e socializa para todos os turistas”.

No Brasil, segundo Gonçalves (2004) as certificações voltadas

especificamente para a hotelaria são: ISO 14001, Programa Hóspedes da Natureza,

Sistemas ambientais autônomos e o programa de Produção mais limpa. Estes são

os programas que estão se desenvolvendo no Brasil, além da NBR 15401 que é

uma certificação específica para a hotelaria.

Assim a presente pesquisa pretende colaborar com os meios de

hospedagem da região das Hortênsias, mostrando as ações ambientais que tem

sido mais e menos atendida e mostrar os requisitos que julgam mais e menos

importantes. A partir dos resultados é formada uma lista onde irá apresentar os

requisitos menos e mais atendidos e também identificando os requisitos que são

considerados mais importantes e menos importantes segundo os resultados. A partir

desta lista será proposto algumas sugestões ambientais que possam ser aplicadas

nos meios de hospedagem da região.

1.2 OBJETIVOS

- Objetivo Geral:

Analisar a aplicação dos requisitos de Sistemas de Gestão Ambiental em

hotéis da região das Hortênsias.

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- Objetivos específicos:

• Identificar os modelos de Sistemas de Gestão Ambiental utilizados

nos meios de hospedagem brasileiros

• Estruturar um checklist de requisitos ambientais abordados pelos

SGA's utilizados na hotelaria brasileira

• Identificar junto aos meios de hospedagem da região das

Hortênsias o grau de aplicação e a importância de cada requisito

do checklist.

• Gerar um conjunto de sugestões ambientais para os meios de

hospedagem da região a partir da aplicação e importância dos

requisitos identificados na pesquisa.

1.3 ESTRUTURA DA PESQUISA:

Esta dissertação está dividida em 4 capítulos, incluindo o capítulo de

introdução, no qual apresenta uma visão geral sobre o assunto da pesquisa

juntamente com a justificativa onde identifica o porque do tema proposto e

apresenta os objetivos que se deseja alcançar.

O segundo capítulo apresenta a fundamentação teórica. Dentro deste

capítulo serão abordadas as definições sobre hotelaria, um breve histórico da

hotelaria, as tipologias usadas na hotelaria. Neste mesmo capítulo será abordado o

tema hotelaria e o meio ambiente, Sistemas de Gestão Ambiental na hotelaria

brasileira e serão apresentados os sistemas de gestão ambiental utilizados na

hotelaria. Para finalizar o capítulo será apresentada uma síntese geral do capítulo.

No terceiro capítulo será explicado à metodologia da pesquisa. Primeiro

será apresentada a caracterização da pesquisa, logo após será descrito o objeto de

pesquisa, a população e a amostra que será utilizada para a aplicação do

instrumento de pesquisa e como se deu a coleta dos dados. Após a explicação do

instrumento de pesquisa a ser utilizado nos hotéis, e como se deu o tratamento e a

análise dos dados. Por ultimo será apresentado a relação das etapas x objetivos da

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pesquisa. Ao término desta parte será apresentado o fluxograma da pesquisa,

descrevendo os passos que foram dados para atingir os objetivos.

O quarto capítulo apresenta e discute os resultados da pesquisa, que foi

analisada em três partes. Primeiro foi analisado as características gerais do

respondente e da empresa, segundo foi verificar o conhecimento que os meios de

hospedagem tinham sobre os SGA’s e sua participação nos mesmos e por último foi

analisado quanto ao atendimento dos requisitos e o nível de importância que cada

um recebeu. Partindo destes resultados foram propostas algumas sugestões

ambientais para os meios de hospedagem da região das Hortênsias do RS.

Finalizando o trabalho são apresentadas as conclusões oriundas da

pesquisa, assim como as devidas recomendações para trabalhos futuros

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O objetivo deste capítulo é apresentar um referencial teórico sobre a

Hotelaria e Sistemas de Gestão Ambiental. Serão apresentadas definições, aspectos

históricos, tipologia e a ligação da hotelaria com o meio ambiente. Posteriormente

serão abordados os Sistemas de Gestão Ambiental, a Gestão Ambiental na hotelaria

e serão descritos os quatro SGA’s (Sistemas de Gestão Ambiental) mais utilizados

na hotelaria brasileira. O objetivo deste capítulo é apresentar uma base teórica para

dar subsídio a pesquisa apresentada nesta dissertação

2.1 HOTELARIA

Os meios de hospedagem compõem a infra-estrutura turística básica de

uma localidade, destacando-se por serem imprescindíveis para que ocorra o

desenvolvimento de qualquer tipo de turismo. Não havendo hotéis em uma

destinação turística, provavelmente esta não se desenvolve, turistas buscam

principalmente um local onde possam descansar e usufruir da melhor maneira

possível do seu tempo livre, ou suas viagens a trabalho.

Segundo Petrocchi (2002, p.19) “o produto turístico é constituído por três

serviços básicos: o transporte, a hospedagem e o atrativo, como lazer ou qualquer

outra motivação para a viagem”. Assim fica caracterizado que a hotelaria é parte

fundamental para o desenvolvimento turístico.

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Além disso, os hotéis são uma importante fonte empregadora de mão-de-

obra, uma vez que disponibiliza milhares de empregos em diversas áreas em vários

países do mundo.

Segundo o Instituto Brasileiro de Turismo (EMBRATUR):

Considera-se empresa hoteleira a pessoa jurídica, constituída de forma de sociedade anônima ou sociedade por quotas de responsabilidade limitada, que explore ou administre meio de hospedagem e que tenha em seus objetivos sociais o exercício da atividade hoteleira, observado o Art. 4º do decreto nº 84.910, de 15 de junho de 1980. (EMBRATUR, 2002)

Segundo Beni (1998, p.187), “o hotel é uma empresa de prestação de

serviços e diferencia-se completamente de outros estabelecimentos industriais ou

comerciais”. O hotel como a maioria das empresas prestadoras de serviços não

pode contar com uma previsão antecipada para planejar todo o seu funcionamento

operacional, existem épocas de alta e baixa temporada, mas fora isso não há como

fazer uma previsão exata antecipada, diferentemente do que ocorre com as

indústrias onde o planejamento da sua produção é bem mais preciso.

Medlik e Ingram (2002, p.4), descrevem um hotel como “um

estabelecimento que oferece hospedagem, alimentação e bebidas para os viajantes

e residentes temporários, e muitas vezes outras instalações para outros tipos de

usuários”. Castelli (2003, p.56) corrobora dizendo que “uma empresa hoteleira pode

ser entendida com sendo uma organização que, mediante o pagamento de diárias,

oferece alojamento à clientela indiscriminada”.

Fica então caracterizado segundo Beni (1998), Medlik e Ingram (2002) e

Castelli (2003) que os meios de hospedagem são empresas de prestação de

serviços a pessoas que estão de passagem ou de férias em um determinado local.

A atividade hoteleira teve seu inicio há muitos anos atrás, segundo

SENAC (1998), a primeira notícia que se tem sobre um local criado especificamente

para os fins de hospedagem vem de alguns séculos antes da era cristã na Grécia

antiga, por conta da realização dos Jogos Olímpicos realizados na época.

As palavras hospedagem, hospitalidade e hóspede segundo os autores

(SENAC 1998, DIAS, 2002 e CASTELLI, 2005), têm sua origem no latim, e mantém

até hoje o seu sentido original onde hospedagem que é um local de repouso dos

viajantes, hospitalidade é bom tratamento oferecido a alguém que se brigue em

nossas casas, ato de acolher e hóspede é a pessoa que se hospedava.

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A noção de hospitalidade provém da palavra latina hospitalitas-atis e traduz-se: ato de acolher, hospedar; a qualidade do hospitaleiro; boa acolhida; recepção; tratamento afável, cortês, amabilidade, gentileza. Já a palavra hospes-itu se traduz por hóspede, forasteiro, estrangeiro, aquele que recebe ou que é acolhido com hospitalidade; o individuo que se acomoda; ou se acolhe provisoriamente em casa alheia, hotel ou outro meio de hospedagem; estranho (DIAS, 2002, p.98).

Com o desenvolvimento do transporte onde vieram às diligências, depois

as ferrovias, barcos a vapor, automóveis, ônibus e o avião, aumentou drasticamente

a necessidade de hospedagem em todo o mundo, desenvolvendo assim a hotelaria.

As ferrovias contribuíram para a instalação de hotéis no centro da cidade, os ônibus

e os automóveis trouxeram os motéis para as rodovias e o avião levou uma grande

necessidade de hospedagem próxima ou dentro de aeroportos. Tornando-se assim

uma atividade econômica muito importante (GOELDNER, RITCHIE e McINTOSH,

2002).

No Brasil a necessidade de hospedagem começou no período colonial,

predominando a hospitalidade religiosa e familiar. Segundo Gonçalves (2004), na

metade do século XVIII, no mosteiro de São Bento, no Rio de Janeiro, foi construído

um edifício exclusivo para hospedaria. Neste século iniciou o surgimento das

estalagens que ofereciam alojamento; seguindo este formato de estabelecimento

estariam surgindo os futuros hotéis. Essas hospedarias ofereciam primeiramente

refeições com preço fixo, com o passar do tempo os proprietários viram a

necessidade de ampliar seus negócios e começaram a oferecer estadia para os

viajantes.

Na década de 1970 houve no Brasil um grande incentivo para o

desenvolvimento a infra-estrutura turística, com a criação da EMBRATUR (Empresa

Brasileira de Turismo), empresas hoteleiras nacionais aumentaram suas

capacidades e teve início da entrada de cadeias internacionais no Brasil

(GONÇALVES, 2004)

Os anos 80 foram caracterizados pela criação dos apat-hotéis ou flats, por

causa da crise econômica da época, a hotelaria não pode manter o ritmo dos anos

70. Houve a necessidade de criar uma alternativa mais barata de hospedagem, os

flats fizeram sucesso por ser uma opção mais econômica, mas com a qualidade dos

serviços hoteleiros (SENAC, 1998).

Com a estabilização da economia brasileira em 1994 com o plano Real, a

hotelaria volta a crescer atendendo uma demanda interna. Motivados pelo

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incremento de renda da população brasileira, com o financiamento de passagens

aéreas e pacotes turísticos a economia do país passa a movimentar o turismo em

todas as regiões (GONÇALVES, 2004).

Em 2002 com a globalização iniciou o aumento da competitividade entre

as empresas locais e internacionais, as passagens aéreas tornaram-se mais

acessíveis ao público, outros nichos de mercado se desenvolveram como, por

exemplo, o da 3ª idade, isso fez alavancar o desenvolvimento do turismo mundial.

A expansão da economia incorporou novos e significativos contingentes à sociedade de consumo, na qual o turismo se insere como um segmento importante e em contínuo crescimento. As viagens passaram a fazer parte da cultura e das aspirações das populações, fazendo com que a demanda turística passasse a ser crescente. A oferta hoteleira evoluiu em função desta demanda (ANDRADE, BRITO, JORGE, 2007, p.28)

Com o mundo globalizado e as oportunidades crescentes do mercado, a

competitividade entre as empresas tanto da área do turismo, como de outras áreas,

se acirraram, não bastando mais ser a melhor empresa da região ou do país, agora

a pretensão é ser a melhor do mundo (CASTELLI, 2006).

Com o desenvolvimento do turismo e da hotelaria o Brasil recebeu

grandes redes internacionais de hotéis, esse grande número de hotéis veio a intalar-

se no país por vários motivos, mas o principal deles é a disputa por um mercado de

milhões de viajantes (CASTELLI, 2005).

O aumento da demanda turística, juntamente com a instalação de novas

empresas e o surgimento de novos destinos turísticos surgiu também problemática

ambiental dentro do turismo. A questão ambiental assumiu a importância

fundamental quando começaram a surgir os problemas globais ligados ao meio

ambiente, como o aquecimento global, a diminuição da biodiversidade, o aumento

na produção de resíduos, a preocupação com a quantidade de água potável no

mundo, entre outras preocupações devidas a este fato.

É praticamente impossível imaginar o desenvolvimento de qualquer ramo da economia sem a participação do meio ambiente. Algumas dependem direta e outras indiretamente, no entanto, todas as atividades necessitam de não apenas um, mas vários recursos naturais para funcionar. Não é diferente no turismo e na hotelaria, pois nestes, a natureza fornece a matéria prima para seu funcionamento (MELO et. al., 2009, p.3)

Segundo Dias (2007), não há dúvidas que a massificação da atividade

turística contribuiu de forma decisiva para o aumento considerável dos problemas

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com o meio ambiente nas destinações turísticas tradicionais, com o aumento da

demanda, exigiu das localidades um aumento da infraestrutura turística, tanto para

acomodação quanto para o deslocamento dos turistas. Para atender a estes turistas

foi necessário a construção e melhoramento de vias de acesso, rodovias,

aeroportos, hotéis, pousados, restaurantes entre muitos outros.

Os meios de hospedagem são peças fundamentais para se entender o

comportamento de alguns atores que interagem durante a atividade do turismo. A

hotelaria é responsável por uma boa fatia da geração de empregos dentro do

cenário de desenvolvimento turístico. Porém, assim como qualquer outra empresa,

que utiliza recursos naturais, também se caracteriza por intervir e modificar o

funcionamento natural das variáveis ambiental, social, econômica e cultural (ALVES,

2009).

A hotelaria ao utilizar os recursos naturais para seu funcionamento faz

com que os mesmos diminuam, causando impacto ambiental. Os autores Abreu

(2001), Gonçalves (2004), Castelli (2006) e Schenini (2007), atentam para a

problemática ambiental dentro dos meios de hospedagem, mostrando a necessidade

destas empresas em se preocupar com o meio ambiente, indicando os sistemas de

gestão ambiental para que os meios de hospedagem possam estar sanando esta

necessidade.

Além da necessidade natural indicada pelos pesquisadores acima existe

também a exigência por parte dos hóspedes, conforme Ferreira (1999), Abreu

(2001), Swarbrooke e Horner (2002), Alves e Cavalcanti (2006), existe uma

demanda que está começando a exigir as ações ambientais como pré requisito para

sua hospedagem, fazendo com que os gestores dos hotéis enquadrem seus

empreendimentos nesta nova realidade do mercado.

A evolução da hotelaria, componente essencial do turismo, levou os

meios de hospedagem a trabalhar a sua demanda de forma a canalizá-la de acordo

com os seus interesses. Assim viu-se a necessidade de segmentar o mercado,

processo mais adequado para a orientação do crescimento hoteleiro (ANDRADE,

BRITO e JORGE, 2007).

Existe no Brasil uma classificação dos meios de hospedagem onde estes

podem estar inseridos dentro de um grande grupo. Deste modo cada

estabelecimento pode atingir uma parte específica do mercado, de acordo com o

seu segmento.

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2.1.1 TIPOLOGIA

Os meios de hospedagem utilizam as tipologias hoteleiras para estarem

de acordo com o segmento de mercado que desejam atender. Como por exemplo,

hotéis que querem atender ao público de luxo, devem oferecer aos seus hóspedes

uma excelente infraestrutura, com acomodações luxuosas e uma excelência na

prestação de serviços. Já os hotéis de negócio, buscam atender ao público

corporativo, hóspedes que estão a trabalho e não a lazer, sua infraestrutura é

voltada para atender e prestar serviços para pessoas de negócios. Os hotéis

ecológicos objetivam atingir o segmento turismo ecológicos ou turismo de aventura,

possuindo uma preocupação voltada ao meio ambiente dentro de sua estrutura.

Segundo Petkow (2004, p.134), “mesmo que o foco não seja o turista

ecológico, todos os hotéis também poderão ter todos os cuidados com a proteção ao

meio ambiente”.

Sempre houve uma necessidade desta classificação, para que possam auxiliar os hóspedes em seu processo de decisão. Por mais que questionável que um processo de avaliação possa ser, ele é normalmente, gerado a partir da observação de alguns critérios que avaliam e atendem a necessidade de informação mercadológica qualificada para os consumidores (MOTTA et al. 2005, p.747).

Para Castelli (2006) os objetivos de uma classificação hoteleira servem

para orientar:

I) A sociedade em geral: sobre os aspectos físicos e operacionais que vão distinguir os diferentes tipos e as categorias de meios de hospedagem; II) Aos consumidores: para que possam aferir a compatibilidade entre a qualidade oferecida e os preços praticados pelos meios de hospedagem de turismo; III) aos empreendedores hoteleiros: sobre os padrões que deverão prever e executar em seus projetos, para a obtenção do tipo e da categoria desejados; IV) o controle e a fiscalização: sobre os requisitos e padrões que deverão ser observados, para manutenção da classificação (CASTELLI, 2006, p.19).

Segundo Cândido (2003, p.44), “os critérios usados para classificar hotéis

variam de país para país”. No Brasil existem vários tipos de classificações, não

existe ainda um padrão a ser seguido pelos meios de hospedagem, alguns se

classificam de acordo com seus serviços, outros por atributos, por categorias, por

identificação, entre outros.

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Basicamente o setor hoteleiro pode ser classificado através de quatro

tipos de identificação (EMBRATUR, 2008), que são as mais utilizadas pelos meios

de comunicação, e mais reconhecidas pelos hóspedes que são: I) Por números: 1ª,

2ª 3ª classe ou categorias; II)Por letras: A, B, C etc; III) Por letras e símbolos

(estrelas): H�����, H����, H���, H��, H�. Ou H1�����,

HH����, P��� etc; IV)Por categorias: Super Luxo, luxo, superior, turístico,

econômico e simples.

A classificação hoteleira pode ser citada de diferentes formas, Beni (1998)

utiliza uma classificação para os meios de hospedagem bem abrangente: Hotel (H),

Hotel de Lazer (HL), Hotel – Residência ou suíte service (HR), Hotel clube (HC),

Hotel de saúde/SPA (HS), Hotel fazenda (HF), Eco Hotel (EH), Hotel em terminal de

transporte (HTT), Lodge - alojamento individual isolado (L), Motel (M), Timeshare

(TS), Pensão (P), Pensionato (PE), Colônia de férias (CF), Hospedarias (HO),

Albergue de turismo (AT), Pousada (PO), Parador (PA), Apart-hotel (AH), Flat (F),

Acampamento de férias (AF), Acampamento turístico (AT), Imóvel locado (IL),

Segunda residência (SR), Quartos leitos em casas de família (QL) e Alojamento de

turismo rural (AR).

Para Castelli (2003), a classificação dos meios de hospedagem se dá de

uma forma mais simplificada: Hotel (H), Hotel histórico (HH), Hotel de lazer ou

resorts (HL) e Pousadas (P).

E de acordo com Chow e Sparrowe (2003), os hotéis podem ser

classificados como: Hotéis, Motor-hotéis, Hotéis – All-Suíte, Hotéis de convenções e

outros tipos de acomodações (Albergues, Bed and Breakfast, Guest Houses,

Lodges, Hotéis residenciais). Também classifica por tipo de serviço como: Hotéis de

luxo e resorts, Empreendimentos de serviços completos, Empreendimentos de

serviços de luxo e resorts; Empreendimentos de serviços completos;

Empreendimentos de serviços limitados e Estabelecimentos econômicos. E por

Saúde e recreação: Pousadas, Spas, Resorts.

Os hotéis também podem ser classificados por sistemas, apontados por

Castelli (2006, p.19), como as modalidades:

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TIPO CARACTERÍSTICAS

Auto classificação Cada estabelecimento se auto-classifica ou se autodenomina.

Classificação privada

É feita por organizações profissionais privadas. A Associação Nacional de Hoteleiros, por exemplo, estabelece os critérios pelos quais se fundamenta a classificação hoteleira. Cada estabelecimento procura enquadrar-se seguindo basicamente esses critérios.

Classificação oficial

Essa classificação é implantada pelas autoridades governamentais que enquadram os estabelecimentos hoteleiros dentro de critérios e requisitos pré-determinados, como tem acontecido para o caso brasileiro. Há países que possuem uma classificação hoteleira oficial, sem, entretanto, exigirem dos estabelecimentos particulares que se enquadrem nessa classificação.

Classificação por marcas

existe também a possibilidade de os meios de hospedagem ser classificados pelas marcas. Cada marca visa atingir um segmento específico de mercado. É o que tem feito o Grupo Accor com as marcas Sofitel, Mercure, Novotel, Íbis, Fórmula 1 e Parthenon. Nada impede que essas marcas sejam também enquadradas na classificação oficial

Classificação por preços

Os hotéis podem também ser classificados pelos preços praticados. Nesse caso, identificam-se duas grandes categorias: os hotéis econômicos e os de luxo.

Classificação por função Integram os hotéis categorizados por função: convenções, negócios, lazer.

Classificação por localização

A localização tem sido usada como um dos critérios para classificar os hotéis, ou seja: centrais (localizados nas áreas urbanas centrais), aeroportos (localizados nas imediações dos aeroportos), industriais (localizados nas áreas industriais) e de trânsito (localizado ao longo das rodovias).

Quadro 1- Classificação por sistemas. Fonte: Castelli (2006, p.19) adaptado por Souza (2010).

A classificação oficial dos meios de hospedagem no Brasil é da

EMBRATUR, que regulamenta o setor no país. A nova matriz de classificação

hoteleira publicada em 2002, Deliberação normativa n°429, estabeleceu as

categorias de meios de hospedagem com nomenclaturas e símbolos, de acordo com

os critérios de conforto e atendimento, padrões de instalações e serviços

apresentados pelo hotel.

Basicamente o setor hoteleiro pode ser classificado através de quatro

tipos de identificação (EMBRATUR, 2008), que são as mais utilizadas pelos meios

de comunicação, e mais reconhecidas pelos hóspedes que são: I) Por números: 1ª,

2ª 3ª classe ou categorias; II)Por letras: A, B, C etc; III) Por letras e símbolos

(estrelas): H�����, H����, H���, H��, H�. Ou H1�����,

HH����, P��� etc; IV)Por categorias: Super Luxo, luxo, superior, turístico,

econômico e simples.

A EMBRATUR mantém a classificação por categorias e estrelas, porém,

acrescentou uma nova categoria, a cinco estrelas plus, destinado aos hotéis

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superluxo, ficando caracterizados como: Super Luxo (�����SL); Luxo

(�����); Superior (����); Turismo (���); Econômico (��) e Simples (�).

Uma importante mudança feita na Matriz da Classificação hoteleira foi o

novo capítulo que aborda a questão ambiental em meios de hospedagem. A

legislação hoteleira não exigia das empresas até o ano de 2002 nenhum tipo de

preocupação com relação aos aspectos ambientais, geralmente essas empresas

visavam somente lucros sem qualquer preocupação com o meio ambiente, e as

poucas empresas hoteleiras que tinham uma preocupação ambiental não tinham

como serem reconhecidas perante seu público.

É apresentado no quadro 02 as ações ambientais propostas na nova

matriz de classificação hoteleira. Os hoteleiros entendem que ao atender estas

ações implicará em manter o equilíbrio do meio ambiente e também fortalecer a

imagem do empreendimento perante seus clientes e a comunidade local

(CASTELLI, 2006).

Neste sentido, os hotéis passaram a se preocupar com as questões

ambientais, passando a ter um monitoramento dos gastos com água, energia,

produção de resíduos, comprando produtos ecologicamente corretos e aplicando

conceitos de “portadores de necessidades especiais” (deficientes e alérgicos), para

que um hotel possa atender todas as exigências de uma classificação “cinco

estrelas” (GONÇALVES, 2004).

A realidade de mercado da hotelaria prevê a médio e longo prazo sua sobrevivência ligada à atratividade exercida pela localização do hotel e as características apresentadas pelo próprio estabelecimento. Particularmente no Brasil, tal realidade está muito mais potencializada visto que o patrimônio natural do país é seu maior atrativo. Hotéis do mundo inteiro estão trazendo o gerenciamento ambiental para o dia-a-dia de seus negócios, tendo em vista grandes preocupações com a utilização de recursos naturais crescentemente ameaçados (SCHENINI, 2007, p.2).

As redes hoteleiras internacionais têm essa preocupação com a natureza

há mais tempo que os hotéis brasileiros, segundo Ricci (2002) hotéis europeus e

asiáticos preocupam-se com o meio ambiente desde a década de 80, por isso

alguns hotéis tem sua própria forma de preservar o meio ambiente, através de

programas implantados em suas unidades em outros países, fazendo com que estas

empresas se adaptem com mais rapidez a matriz de classificação hoteleira

brasileira.

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2.10 AÇÕES AMBIENTAIS 1* 2* 3* 4* 5* 5*SL

2.10.1

Manter um programa interno de treinamento de funcionários para a redução de consumo de energia elétrica, consumo de água e redução de produção de resíduos sólidos;

x X x x x

2.10.2 Manter um programa interno de separação de resíduos sólidos; x X x x x

2.10.3 Manter um local adequado para armazenamento de resíduos sólidos separados;

X x x x

2.10.4 Manter local independente e vedado para armazenamento de resíduos sólidos contaminantes;

x x x

2.10.5 Dispor de critérios específicos para destinação adequada dos resíduos sólidos;

x x x

2.10.6 Manter monitoramento específico sobre o consumo de energia elétrica;

x x X x x x

2.10.7

Manter critérios especiais e privilegiados para aquisição de produtos e equipamentos que apresentem eficiência energética e redução de consumo.

x x x

2.10.8 Manter monitoramento específico sobre o consumo de água. x x X x x x

2.10.9

Manter critérios especiais e privilegiados para aquisição e uso de equipamentos e complementos que promovam a redução do consumo de água.

x x x

2.10.10 Manter registros específicos e local adequado para armazenamento de produtos nocivos e poluentes.

X x x x

2.10.11 Manter critérios especiais e privilegiados para aquisição e uso de produtos biodegradáveis.

x x x

2.10.12 Manter critérios de qualificação de fornecedores levando em consideração as ações ambientais por estes realizadas.

x x x

2.10.13 Ter um certificado expedido por organismo especializado quanto a efetividade de adequação ambiental da operação.

x

Quadro 2- Ações ambientais da nova matriz de classificação. Fonte: ABIH 2008.

Atualmente a Matriz de Classificação Hoteleira brasileira está passando

por uma reformulação. Isso se deu mediante a explosão do turismo no mundo que

trouxe a necessidade de padronização e sistematização. A classificação de padrões

de qualidade aumentou o que levou vários países a renovar e modernizar seus

sistemas de classificação como estratégia de promover e assegurar a sua

competitividade no mercado global altamente disputado. Assim, a exemplo de vários

países, tais como França, Portugal, Alemanha, Suíça, Dinamarca, Chile, Peru e

outros, o Brasil está construindo de forma participativa o seu sistema de

classificação hoteleira (MTUR, 2009).

O Ministério do Turismo já iniciou o processo que visa estabelecer novas

matrizes para a classificação dos meios de hospedagem brasileiros, fazendo

reuniões em cidades que serão sedes da copa do mundo de 2014, os consumidores

também serão consultados para esta nova matriz.

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O INMETRO e a Sociedade Brasileira de Metrologia (SBM) serão

responsáveis por estabelecer critérios para oito tipos de empreendimentos: resorts,

pousadas, hotéis urbanos, flats, hotéis fazenda, hotéis de selva, hotéis históricos e

os chamados Bed & Breakfast, ou cama e café, na tradução para o português

(REVISTA HOTELNEWS, 2009)

O mercado necessita de uma padronização e um referencial para os

meios de hospedagem, como demonstraram os processos de candidatura do País

para a Copa de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.

.De acordo com o Código Nacional de Atividades Econômicas do

Ministério da Fazenda (CNAE) existem no Brasil hoje 28 mil estabelecimentos

hoteleiros, dentre eles apenas seis mil estão listados no Cadastur

(www.cadastur.turismo.gov.br). Com a nova classificação, o MTur também quer

sanar essa deficiência e adquirir mais mecanismos de controle em relação aos

padrões de qualidade da hotelaria brasileira (REVISTA HOTELNEWS, 2009).

2.1.2 A HOTELARIA E O MEIO AMBIENTE

Para que as empresas hoteleiras possam estar atuando no mercado é

quase que inevitável a utilização dos recursos naturais da localidade onde estão

instaladas. Segundo Abreu (2001), Gonçalvez (2004) e Schenini (2007) os hotéis ao

utilizar estes recursos provocam sua redução, gerando assim impactos ambientais.

Os impactos são decorrentes do lixo gerado pelos hóspedes, geração de resíduos

sólidos, consumo ineficiente de recursos hídricos e utilização de energias não

renováveis em seus equipamentos.

Assim, a idéia de que hotéis não causam impactos ao meio ambiente é uma visão distorcida da realidade. Sem falar nos impactos ambientais decorrentes do lixo que é gerado nesses locais, dos equipamentos, dos produtos de uso diário, dos efluentes líquidos, que são lançados em rios e mares, misturados com detergentes e outros dejetos orgânicos, e tantos outros fatores. Todos eles capazes de provocar impactos ambientais que estão associados com os “inocentes” empreendimentos hoteleiros (ABREU, 2001, p.35).

Na verdade qualquer empresa, ou até mesmo pessoas físicas podem

estar atuando como vilões do meio ambiente, basta não utilizar os recursos com

consciência, utilizando-os de forma incorreta ou mesmo desperdiçando-os. A

atividade hoteleira, como parte integrante do sistema turístico, pode contribuir de

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forma negativa para com a degradação do meio ambiente, basta que seja gerida de

forma incorreta por seus gestores.

A lei brasileira 6.938 de 31 de agosto de 1981 (BRASIL, 1981),

responsabiliza o causador dos danos ao meio ambiente considerando-o poluidor: “a

pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou

indiretamente, por atividades causadoras de degradação ambiental”. Este é o

princípio do usuário pagador que prevê que todo aquele que explora uma atividade

econômica deve arcar com os custos sociais da poluição causada pela empresa.

De acordo com Ferreira (1999),

A globalização das questões ambientais está mudando o comportamento de alguns setores produtivos, mas a imensa maioria das empresas brasileiras ainda não tem compromisso com o desenvolvimento sustentável, restringem sua responsabilidade ambiental ao atendimento à legislação de controle da poluição ou avaliação de impactos ambientais (FERREIRA, 1999, p.36).

Os problemas ambientais já vêm sendo tratado por conferências

internacionais em diversos países, o mundo todo está preocupado com o que está

ocorrendo no meio ambiente, o quadro 03 apresenta um histórico das iniciativas

ambientais pontuando a preocupação com o desenvolvimento sustentável do

planeta.

Muitas das ações ambientais tomam os resultados destes encontros

internacionais para formatar as medidas a serem tomadas com relação ao meio

ambiente. Os próprios Sistemas de Gestão Ambiental utilizados no mundo todo tem

como base os resultados destes encontros internacionais para o meio ambiente.

Ano EVENTO 1961 Fundação da World Wildlife Fund (WWF)

1962 Rachel Carson publica Silent Spring 1967 Formado o Environmental Defense Fund

1968 Garrett Hardin publica The Tragedy of the Commons; Conferência das Nações Unidas sobre a biosfera; Paul Ehrlich publica The Population Bomb.

1969 Formada a ONG Friends of the Earth. 1970 Formado o Natural Resources Defense Council.

1971 Fundação das duas maiores ONG's o Greenpeace e Amigos da terra; Estabelecido o Polluter pay principle pelo OECD Council; Publicado Only one Earth por René Dubos e Barbara Ward.

1972 Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano; Convenção da Unesco sobre a Proteção do Patrimônio Mundial Cultural e Natural; Clube de Roma publica Os Limites do Crescimento.

1977 Conferência Internacional das Nações Unidas para o combate à desertificação.

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Ano EVENTO 1979 Primeira Conferência Mundial sobre o clima

1980 Estabelecido o Programa Mundial do Clima; Lançamento da Estratégia de Conservação Mundial pela UICN, pelo PNUMA e pelo WWF.

1982 A convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar; PNUA organiza a Conferência Estocomo+10, em Nairobi; ONU adota a carta mundial da natureza.

1984 Conferência Mundial da Indústria sobre Gestão Ambiental; Acidente químico em Bhopal (Índia).

1985 Convenção de Viena sobre a Proteção da Camada de Ozônio; Conferência internacional sobre mudanças climáticas.

1986 Acidente Nuclear em Chernobyl - na ex-União Soviética.

1987 Adoção do protocolo de Montreal (camada de ozônio); Publicação do relatório Brundtland - Nosso futuro comum.

1989 Acidente com o petroleiro Exxon Valdez. 1990 Criação do Sistema Global de Observação do Clima (GCOS). 1991 Criado o Fundo Mundial para o meio ambiente.

1992 Conferência das Nações Unidas para o meio ambiente e desenvolvimento (RIO-92); Convenção sobre a Diversidade Biológica; Convenção das Nações Unidas sobre mudanças climáticas.

1995 Cúpula Mundial para o Desenvolvimento Social. 1996 Criação da ISSO 14000 para Sistemas de Gestão Ambiental. 1997 Adoção do Protocolo de Kyoto; A cúpula Rio + 5 avalia a implantação da Agenda 21. 1999 Lançamento do pacto global sobre trabalho, direitos humanos e proteção ambiental.

2000 Adoção do Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança; Cúpula do Milênio, com a declaração do Milênio; Fórum Mundial da Água.

2001 Convenção de Estocomo sobre Poluentes Orgânicos Persistentes.

2002 Cúpula Mundial sobre o desenvolvimento sustentável - Rio + 10; Lançado o Global Reporting Iniciative (GRI)

2005 Entra em vigor o Protocolo de Kyoto; Publicado o Millennium Ecosystem Assessment. 2009 Cúpula Mundial da ONU sobre mudanças climáticas - Copenhague - Dinamarca.

Quadro 3- Principais eventos globais sobre a questão ambiental. Fonte: Baseado em ISSD (2008).

O trade turístico não pode tratar a natureza como uma mera mercadoria,

porque a atividade depende de um bom nível ambiental para desenvolver suas

atividades. Os turistas também já estão começando a exigir atitudes ambientais por

parte das empresas prestadoras de serviços, formando um novo público que busca

a preservação ambiental em todas as suas atividades.

Para entender como os meios de hospedagem influenciam nos aspectos

ambientais é interessante entender como se dá o processo desde o estágio inicial da

matéria-prima, onde se dá a formação do produto hoteleiro, passando pelo processo

de hospedagem em si até o final do processo onde acontece a geração dos

resíduos.

O sistema hoteleiro é composto por três estágios, imput (considerado o primeiro momento, quando a matéria-prima, que por muitas vezes é o

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ambiente, para a criação do produto hoteleiro); promoção (fase em que o produto hoteleiro está visível e pronto para ser consumido); output (fase final do processo, quando as emissões e os resíduos do produto aparecem) (FERRARI, 2006. p.38).

Estudos empíricos na área estão sendo feitos (FERREIRA, 1999; ABREU,

2001; DE CONTO, 2001; AMORIM e RAMOS, 2003; GONÇALVES, 2004;

CASTELLI, 2006; GOYA, 2007; ALVES, 2009), estes estudos atentam para forma de

produção do turismo e dos meios de hospedagem, ressaltando a importância de

contemplar a variável ambiental dentro do planejamento das empresas.

Segundo Abreu (2001), os meios de hospedagem podem causar

modificações adversas ao meio ambiente, considerando a sua atividade de

prestação de serviços que utiliza os recursos naturais, e ao utilizar estes recursos

como água e energia, provocam uma redução dos mesmos representando um

impacto ambiental significativo no meio ambiente.

A geração constante de resíduos sólidos vem se tornando cada vez mais um problema nos empreendimentos hoteleiros. A dificuldade da aplicação da legislação, a escassez de recursos humanos, financeiros e de informações disponíveis sobre o fenômeno de resíduos sólidos são alguns dos principais obstáculos para a preservação e o controle de gerenciamento de tais resíduos (DE CONTO, 2001, p.57).

Para Ramos e Amorim (2003, p.1), “a preocupação com o meio ambiente

entrou na vida das empresas turísticas para ficar”. Já para Gonçalves (2004), a

empresa tendo uma boa imagem dentro do contexto da crescente globalização dos

mercados, empresas que aliam as questões ambientais em seus processos de

negócios estão gerando uma vantagem competitiva perante seus concorrentes.

Castelli (2006) corrobora dizendo que gerir uma organização em sintonia com o

meio ambiente está ganhando cada vez mais mercado, até porque gerir uma

empresa, inclusive os hotéis, “de bem” com o meio ambiente é visto com simpatia

pelos consumidores, assim o marketing da empresa pode estar tirando vantagem

desta situação.

Empresas hoteleiras estão voltando-se para as questões ambientais,

segundo Goya (2007), a gestão ambiental dentro dos empreendimentos hoteleiros

está se tornando uma tendência, os hotéis que pretendem estar em destaque no

mercado estão buscando estar de acordo com o meio ambiente para estar

competindo no mercado global.

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Além da consciência ambiental dos meios de hospedagem, se faz

necessário que os hóspedes que usufruem dos serviços prestados por estas

empresas também estejam com esta consciência. Alves (2009) afirma que as

melhorias ambientais já estão fazendo parte dos empreendimentos turísticos, neste

contexto faz-se necessária a participação ativa dos hóspedes, destacando a

importância destes para desacelerar os impactos ambientais causados pelas

empresas prestadoras de serviços turísticos.

Na realidade as empresas turísticas, como qualquer outra empresa,

buscam incessantemente lucro em cima de seus serviços prestados, mesmo que

isso inclua utilizar dos recursos naturas em benefício próprio, causando impactos

ambientais.

Podemos afirmar que o turismo moderno é filho legítimo da Revolução Industrial, desta herdou a racionalidade capitalista de consumir os recursos naturais para a obtenção de renda (DIAS, 2007, p.14).

Os consumidores do turismo também têm sua parcela de culpa, pois

exige do mercado a oferta de novas destinações turísticas. A consciência ambiental

deve partir das duas partes, fazendo com que a atividade possa ter continuidade de

forma sustentável com o consumidor utilizando os serviços de modo a garantir esta

sustentabilidade.

2.2 SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAL

Segundo Alberton (2003), os Sistemas de Gestão Ambiental (SGA’s)

começaram a surgir ao final dos anos 80 e início da década de 90. Sua concepção,

visando a melhoria contínua, pode servir para o aprimoramento dos processos e

controle dos aspectos e impactos ambientais (CAMPOS, 2001; ALBERTON, 2003;

VALLE, 2006).

Um SGA “é parte de um sistema da gestão de uma organização utilizada

para desenvolver e implementar sua política ambiental e para gerenciar seus

aspectos ambientais” (NBR ISO 14001:2004, p.2).

Sistema de Gestão Ambiental parte do sistema global de gestão que inclui a estrutura organizacional, o planejamento de atividades, responsabilidades,

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praticas, procedimentos, processos e recursos para desenvolver, implementar, adquirir, analisar criticamente e manter a política ambiental da organização. (HARRINGTON e KNIGHT, 2001, p.34)

Os SGA’s podem ser muito importantes para a empresa, pois através

deles os empreendimentos criam mecanismos de controle dos principais aspectos e

impactos ambientais. Segundo Valle (2006), a política ambiental escolhida pela

empresa é uma forma de explicitar sua preocupação com o meio ambiente.

Em linhas gerais, os sistemas de gestão ambiental podem ser considerados como o primeiro passo de uma organização que pretende gerenciar de alguma forma suas atividades. Porém além de gerenciar os aspectos e impactos ambientais, as organizações também devem manifestar – nesse mercado globalizado e cada vez mais competitivo – preocupação com o seu desempenho ambiental. (CAMPOS; SELIG; CURY, 2001 p.53)

As empresas que desejam implantar um SGA em suas organizações,

devem incorporar a cultura da gestão ambiental em todos os setores da empresa,

fazendo com que todos estejam engajados nesta atividade.

Ou seja, todos os stakeholders (todos os segmentos que influenciam ou são influenciado pelas ações da empresa), e principalmente seus colaboradores devem ter consciência de que poluição é antes de tudo, desperdício de recursos naturais, que gera passivo, retrabalho, degrada o meio ambiente e prejudica os negócios da empresa. (GOYA, 2007, p.62).

Toda a equipe de trabalho dos meios de hospedagem tem que entender

que a participação de cada setor é fundamental na implantação e na manutenção de

um SGA dentro da empresa, é eles que vão estar presentes no dia a dia da empresa

colocando as atividades em ação.

Segundo Filho (2008), se existe condições da empresa implantar um

SGA, sua decisão correta é implantar, mas para a implantação do sistema é

necessário ter pessoas capacitadas, criar uma equipe multidisciplinar para avaliar os

requisitos necessários, de forma a atender os pré-requisitos, tendo em mente o que

é realmente importante para a empresa, para os funcionários e para o meio

ambiente.

Como afirmam Reis e Queiroz (2002), uma empresa ou organização que

deseja implantar um SGA, precisa seguir alguns passos que devem ser

adequadamente previstos e planejados:

1. Obter o comprometimento da administração, incluindo a gerência; 2. Escolher um líder (campeão) do processo.

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3. Preparar um orçamento e cronograma de gastos/investimentos. 4. Preparar equipes multifuncionais (intra e interdepartamentais). 5. Envolver os colaboradores. 6. Realizar análises preliminares, identificando o impacto das

atividades realizadas e processos. 7. Rever e/ou alterar planos. 8. Preparar procedimentos e outros documentos. 9. Planejar as alterações/mudanças. 10. Treinar os colaboradores. 11. Auditar o desempenho (REIS E QUEIROZ, 2002, p.28).

As empresas, ao adotarem um SGA, acabam por adquirir uma visão

estratégica do meio ambiente, deixando de agir apenas em função dos riscos e

passando também a aproveitar as oportunidades (GUIMARÃES, 2006, p.43).

Um SGA tem que ser uma decisão tomada a partir dos executivos da

empresa, onde é definida as políticas a serem adotadas, depois vão passando pelos

níveis mais baixos da empresa até chegar ao nível operacional. Após a implantação

deve haver um acompanhamento contínuo das ações, para que estas sejam

implantadas da forma planejada, obtendo os resultados previstos.

A sistemática de um SGA pode ser apresentada abaixo conforme a

ilustração 01.

Ilustração 1- Sistema de gestão ambiental relacionado a um modelo empresarial. Fonte: Gilbert (1995, p.9) apud Alberton (2003,p.82).

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Segundo Campos e Alberton (2004, p.2), os SGA’s têm se tornado aliado

das empresas, que buscam manter seus processos, aspectos e impactos ambientais

controlados e mensurados. Os SGA’s atuam na empresa identificando os impactos

ambientais mais significativos gerados pela organização e logo após dão subsídios

para que estes impactos sejam controlados, minimizando assim a agressão ao meio

ambiente.

O “mercado verde” dos produtos ecologicamente corretos estão

ganhando mercado a cada dia, os SGA vem para atuar nas empresas tornando-as

aptas a este nicho de mercado. Somente aquelas que enxergarem o meio ambiente

como um desafio competitivo terão maiores chances de permanecer no mercado,

como afirma Tachizawa (2001).

A gestão ambiental, mais do que uma atitude politicamente correta,

tornou-se uma indispensável vantagem competitiva (GUIMARÃES, 2006). Os

benefícios para a empresa não inúmeros. O mercado consumidor que tem

consciência ambiental está dando preferência a empresas comprometidas com o

meio ambiente, pois esta atitude vai fazer diferença na sua qualidade de vida além

de estar contribuindo para o desenvolvimento sustentável (FILHO, 2008).

Existem hoje muitos princípios e normas ambientais que são aplicadas a

diversos segmentos de empresas, alguns deles são certificáveis, outros não. As

primeiras certificações na área do turismo surgiram na década de 1980 no bojo dos

sistemas de qualidade produzidos pelas normas ISO 9000. Segundo a WWF,

existem hoje no mundo mais de 250 tipos de mecanismos de certificação, que

atestam a qualidade de produtos e serviços de turismo. Entre esses, mais de 100

emitem algum tipo de selo (WWF-Brasil, 2005).

A grande quantidade destes programas evidencia o interesse em

transformar a atividade turística em uma atividade sustentável, mas em contraponto

pode gerar descrédito e confusão para consumidores e investidores, pois muitas

vezes, a certificação é mais utilizada como marketing da empresa do que como um

compromisso da empresa com o meio ambiente.

O quadro 04 apresenta alguns programas e normas ambientais que estão

sendo utilizados no trade turístico:

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NomeEscopo

geográficoAplicação Descrição

Blue Flag Internacional praias e marinas

Desde 1987, simboliza o mais alto padrão de qualidade ambiental para:água, limpeza das praias, destinação de lixo. Fornece informaçõesatualizadas para os visitantes e promove a educação ambiental, visandoconscientizá-los sobre a necessidade de preserva

CertificationSustainable

Tourism Program(CST)

Costa Ricahotéis, restaurantes e

operadores turísticos (incluindo transportes)

É um produto do Instituto do Turismo da Costa Rica (ICT) e consiste emuma escala de 1 a 5 níveis de sustentabilidade do turismo. O CST certifica oturismo em bases e níveis que sempre contemplam o modelo do negociosustentável e leva em consideração o ge

Green Deal Guatemalahotéis, restaurantes,

comunidade e operadores turísticos (incluindo transportes)

Tem certificado o turismo sustentável baseado em processo específico de

gerenciamento de performance, abrangendo o controle ambiental e os

aspectos sócio-culturais.

Green Globe 21 Internacional

hotéis, restaurantes, comunidade e operadores

turísticos (incluindo transportes) e escritórios

É benchmarking mundial para programas de certificação que facilitam asustentabilidade. Está baseado na Agenda 21 e nos princípios dedesenvolvimento sustentável aprovados durante a Eco-92. Há 3 níveis:afiliado, benchmarking e certificado.

Green Seal, Inc Estados Unidoshotéis, motéis,

chalés

Desde 1995, o selo verde é concedido aos produtos que se encontramdentro dos padrões ambientais estabelecidos para cada categoria deproduto, que passam por rigorosa avaliação, testes, bem como por auditorialocal. Os padrões Green Seal são ajustados de

Green TourismBusiness Scheme

Reino Unido eEscócia

B&B, hospedarias, hotéis, albergues, albergues da

juventude, parques, motéis, chalés; atrações turísticas, e

operadores turísticos

Desde 1998, oferece prêmios nas categorias bronze, prata e ouro para

fornecedores de turismo que cumprirem os critérios mais importantes em

todas as suas categorias ambientais.

Ibexes Suíçahotéis e

restaurantes

Sustentabilidade é o foco central desse ecolabel às empresas que possuempraticas ambientais, sociais e econômicas responsáveis. Há 5 níveis deIbexes.

La Clef Verte Françaacampamentos,

campings

Desde 1999, concede o seu ecolabel aos acampamentos que adotampráticas de negócio responsáveis, mantêm a biodiversidade e preservam osrecursos naturais.

Legambiente Itáliaacomodações, hotéis e

Acampamentos campingDesde 1997, concede o seu ecolabel às acomodações comprometidas coma proteção ambiental e às práticas de negócios sustentáveis.

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NomeEscopo

geográficoAplicação Descrição

MilieubarometerEnvironmental

BarometerPaíses Baixos

acampamentoscamping e albergues

Desde 1998, mostra aos visitantes o nível da qualidade ambiental concedidoaos fornecedores do turismo, em três categorias diferentes: bronze, prata eouro que cumprem seus elevados padrões.

Nature andEcotourism

AccreditationProgram (NEAP)

Austráliaacomodações, roteiros e

atrações

Certifica produtos ecoturismo e roteiros não empresas. A certificação ébaseada em um compromisso sobre as melhores práticas de ecologiasustentável e no gerenciamento da área natural e a compartilhamento deexperiências de ecoturismo de qualidade. Está s

PAN Parks EuropaParques nacionais ereservas florestais

Garante a proteção de natureza do capital natural da Europa certificando osparques que passam por verificação realizada por peritos independentes, deacordo com princípios, critérios e indicadores do núcleo do programa. Essesprincípios cobrem aspectos a

Qualmark Nova Zelândiaacomodações, transporte e

turismo de negócio

É a marca oficial de qualidade do turismo desse país. Todos os negócios e

acomodação de turismo que têm essa certificação foram avaliadas por

profissionais com credibilidade e independentementebaseados na

qualidade, serviço e custo. Recebem de 1 a 5 estreSaskatchewan

EcotourismAccreditation

Program

Saskatchewan,Canadá

acomodações,atrações e guias

turísticos

A Sociedade de Ecotourismo de Saskatchewan (ESS) certifica as atrações e

os negócios do ecoturismo que seguem os princípios do ecoturismo e que

se encontram com critérios de qualidade e práticas de negócio sustentável.

SmartVoyagerEquador – Ilhas

Galápagosbarcos de turismo

Este selo de certificação dá aos viajantes das Ilhas Galápagos garantia deque seu operador se importa com conservação das ilhas e que ele tomatodas as medidas para assegurar que os passageiros desfrutem de umaaventura memorável e educacional sem prejud

The Green Key

Dinamarca,Estônia,

Groenlândia eSuécia

hotéis, albergues dajuventude, centros

de convenções,camping, áreas de

lazer e restaurantes

Desde 1994, oferece um "diploma" aos fornecedores do turismo

responsável que cumprem uma longa lista de critérios ambientais, incluindo

aquelas relacionadas à política da empresa e seus planos de ações. As

visitas de inspeção são freqüentes e ajudam asseg

The LuxembourgEcolabel

Luxemburgoacomodações, hotéis, albergues

da juventude, flats, camping

Desde 1999, promove o turismo ambiental e social responsável com o apoio

do Ministério do Turismo do país em cooperação com o do Meio-Ambiente.

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NomeEscopo

geográficoAplicação Descrição

The Swan

Dinamarca,Islândia,

Finlândia,Noruega e

Suécia

hotéis, albergues dajuventude e outros

meios dehospedagens

Desde 1999, garante que os produtos e os serviços se encontram dentro de

padrões ambientais elevados. Promove auditorias periódicas, avaliando o

seu ciclo de vida, impactos, qualidade e desempenho. Seus critérios

ambientais são revisados regularmente para

Umweltzeichen Áustriahotéis, albergues dajuventude, campingflats e restaurantes

Desde 1997, este é o símbolo austríaco para a proteção ambiental, quegarante a conformidade com elevados padrõesambientais.

VISIT Europaacomodações,

atrações turísticas eoperadores

É uma a iniciativa européia para a promoção de ecolabel e desenvolvimentosustentável do turismo. O programa tem duplo objetivo. Um convite voltadoaos consumidores, "sua VISITA faz a diferença – a escolha é sua!" e outroaos fornecedores do turismo: usar

Ecotel

América do Norte,

América Latina e

Ásia

hotéis e resorts

Desde 1994 desenvolve um programa de responsabilidade ambiental. A

Certificação tem 5 globos, um para cada categoria: compromisso ambiental;

gerenciamento de resíduos sólidos; eficiência energética;

preservação&conservação da água; educação ambiental aos

Eco-CertifiedSustainable Travel

Estados Unidos

acomodações,atrações turísticas,operadores e sua

área administrativa

Desde 2002, tem desenvolvido um programa de ecocertificação para os

fornecedores de viagens e de turismo que incorpora viabilidade financeira,

práticas de negócio ambiental e social responsáveis em suas operações.

ISO 14001 Internacional

genérica e aplicável a qualquer tipo de organização, grande ou pequena, e em qualquer setor

de negócios.

Norma internacional que especifica os requisitos relativos a um SGA,permitindo à organização formular sua politica e objetivos que levem emconta os requisitos legais e informações referentes aos impactos ambientaissignificativos.

NBR 15401 Brasil Meios de hospedagem

A norma NBR 15401 - Meios de Hospedagem - Sistema de Gestão daSustentabilidade – Requisitos, traz parâmetros objetivos e verificáveisrelativos à sustentabilidade de hotéis e pousadas, ou seja, utilizando osrecursos naturais de maneira responsável, soc

Quadro 4- Principais programas de certificação do mundo. Fonte: Zucaratto (2006) adaptado pelo autor (2009).

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Conforme pode ser identificado no quadro 04, há programas de

certificação bem específicos, como o Pan Parks, que se aplica em parques

nacionais e reservas florestais; o SmartVoyager, para barcos turísticos; o Blue Flag,

que certifica praias e marinas, e outros são mais abrangentes como Green Globe 21,

que abrange hotéis, restaurantes e operadoras de turismo; o Green tourism business

scheme, Certification Sustainable Tourism Program (CST), que contemplam

praticamente todas as atividades relacionadas com o turismo

O Brasil entra no quadro das certificações para meios de hospedagem

com a NBR 15401 que é um certificado específico para meios de hospedagem, mas

isso não quer dizer que os hotéis brasileiros devam aderir a somente esta

certificação, cada organização deve seguir sua política de preservação ambiental e

escolher o programa que mais se identifica com o hotel.

2.3 SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAL NA HOTELARIA BRASILEIRA

Segundo Kirk (1996) apud Gonçalves (2004), nos 80 e 90, a questão

ambiental já vinha afetando diretamente todos os segmentos de empresas, dentre

elas se encontra o de hospitalidade. Inicialmente as preocupações estavam voltadas

a empresas que causavam danos diretos ao meio ambiente. Com o passar do

tempo se percebeu que o problema ambiental é muito mais abrangente, não se

atendo apenas às empresas que poluem através do seu processo de

industrialização, e sim às operações por completo.

Segundo a visão de Kirk (1996), o seguimento da hospitalidade apresenta

um caso interessante, por causar conflitos que surgem com a implantação de

políticas ambientais. Existem muitos hotéis e restaurantes situados em áreas de

beleza natural, em cidades históricas e em regiões de delicado equilíbrio ambiental.

Um hotel visto individualmente não causa grandes problemas com relação

à poluição do meio ambiente, mas quando temos uma visão global, a quantidade de

hotéis existentes no mundo todo, o caso já fica preocupante.

Segundo Abreu (2001), em princípio, pode se pensar que o segmento

hoteleiro não exerce influência significativa sobre os problemas ambientais que

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afetam o planeta. Isso ficaria mais bem caracterizado para algumas indústrias que

poluem, jogam efluentes contaminados nos rios e mares, emitem gases de suas

chaminés, etc.

O impacto ambiental que o turismo exerce sobre o meio ambiente é

inevitável, manter este impacto em níveis aceitáveis para que não provoque

modificações irreversíveis no ambiente, fazendo com que o turista se sinta a

vontade, é o que as empresas turísticas devem buscar (Dias, 2007).

A implantação de efetivos sistemas de Gestão Ambiental no segmento

hoteleiro mundial teve início na década de 80, hotéis da Europa já utilizam técnicas

para minimizar o impacto ambiental, na China, Japão e Coréia também existem

muitos hotéis que já implantaram boas práticas ambientais em seus

empreendimentos (RICCI, 2002). Nos EUA uma entidade americana de hotéis

incentivava seus associados a praticarem práticas ambientais em seus hotéis, no

Reino Unido também existem muitas ações em hotéis no que diz respeito à proteção

do meio ambiente (GONÇALVES, 2004)

Autores como Enz e Siquaw (1999), Ferreira (1999), Gonçalves (2004),

Guimarães (2006), Silva (2007), Mensah (2007), citam os sistemas de gestão

ambiental atuando dentro dos meios de hospedagem, identificando os benefícios da

implantação destes sistemas nas empresas.

Enz e Siquaw (1999), afirmam que os hotéis (EUA) não esperam a ajuda

do governo para implantar ações ambientais em suas empresas, pois o retorno

financeiro gerado por uma ação ambiental para o hotel é muito grande. Além de

gerar divisas para o hotel as ações ambientais geram um retorno por parte do

marketing, utilizando suas práticas ambientais como vantagem competitiva para

atrair mais hóspedes.

Cada organização tem sua maneira de tratar estas questões, dependendo da sua cultura, interesse, prioridades, e conscientização da equipe funcional. A introdução das variáveis ambientais no sistema de classificação dos hotéis deverá distinguir e valorizar as empresas que possuem um Sistema de Gestão Ambiental, para que se sintam estimuladas a manter as qualidades do meio ambiente natural e investir na melhoria dos ambientes por ela construídos (FERREIRA, 1999, p.9)

Segundo Gonçalves (2004) a hotelaria está trazendo para o seu dia-a-dia

a gestão ambiental, como já visto, os meios de hospedagem utilizam recursos

naturais no seu processo, causando um desgaste ao meio ambiente. Guimarães

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(2006) corrobora dizendo que a hotelaria é uma das atividades humanas que

produzem impactos ambientais, em razão disso a hotelaria mundial iniciou a

inclusão da gestão ambiental em suas atividades, buscando a diminuição de

desperdícios e conseqüentemente baixando seus custos.

É importante frisar que os sistemas de gestão ambiental, usados no processo de gerenciamento de estabelecimentos hoteleiros, permitem uma maior vantagem competitiva em relação ao mercado, pois possibilitam o aumento da eficiência ambiental e a redução dos riscos ao meio ambiente, promovendo, assim, uma gestão responsável e sustentável dos recursos naturais (Silva, 2007, p.28)

Mensah (2007) em sua pesquisa aplicada nos hotéis de Gana, na África,

nos mostra que os hotéis da região já estão se adaptando as questões ambientais,

utilizando energias alternativas, reciclando lixo entre outras ações, mas o autor nos

diz que as ações ainda são incipientes, deveria haver exigências ambientais por

parte do governo quanto às questões ambientais. As administrações dos hotéis já

estão implantando ações que estão dando resultado, juntamente com a colaboração

dos funcionários. As ações ambientais estão sendo tomadas através de folhetos e

da educação ambiental que é feita aos colaboradores. Neste artigo o autor contribui

citando ações que podem ajudar a diminuir o impacto ao meio ambiente, como

economizar água, energia e a reutilização de águas residuais entre outras ações.

No Brasil o órgão responsável que abrange o segmento hoteleiro é a

ABIH, este órgão lançou um programa ambiental chamado Hóspedes da Natureza,

que foi um dos primeiros programas ambienteis específico para hotelaria no Brasil,

hoje este programa se encontra em fase de reformulação.

Além do programa brasileiro da ABIH, existem outros programas que se

aplicam às empresas prestadoras de serviço, neste caso hotéis, que são utilizados

no país. Alguns deles são de grupos fechados ou empresas que tem seu próprio

programa de gestão ambiental, chamados programas de gestão ambiental

autônomos, como por exemplo, a Carta Ambiental da Rede Accor e o Código de

Conduta do Roteiros de Charme.

As relações entre o segmento hoteleiro nacional e as questões

ambientais, foram abordadas por diversos autores como: Gonçalves (2004), Castelli

(2006), IH (2008), Abreu (2001), Alves e Cavalcanti (2006), Vieira e Hoffmann

(2006), Rocha e Genta (2007), Schenini et. al (2002), Ricci (2002), Valle (2006) e

Silva (2007), os quais apontam para quatro principais tipos de sistemas de gestão

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ambiental em implantação na hotelaria brasileira, visando a internalizar a variável

ambiental. São eles:

• Sistema de Gestão Ambiental baseado na ISO 14001:2004;

• NBR – 15401:2006 - Meios de Hospedagem - Sistema de Gestão da

Sustentabilidade – Requisitos;

• Sistema Ambiental ABIH – Hóspedes da Natureza;

• Sistemas autônomos (Carta Ambiental da Rede Accor e Código de Conduta

Roteiros de Charme);

Os estudos empíricos acima citados identificam que a hotelaria, tanto a

brasileira como a mundial, precisam se adaptar aos SGA’s, pois já está se tornando

uma exigência do mercado, que empresas adotem um sistema ambiental para si.

Segundo Goya (2007), hóspedes que tem uma consciência ambiental mais apurada

podem estar cobrando ou até mesmo exigindo que os meios de hospedagem

estejam de acordo com a preservação ambiental.

2.3.1 SGA BASEADO NA ISO 14001

Segundo Harrington e Knight (2001) a Organização Internacional de

Normalização (ISO), iniciou o desenvolvimento de normas voluntárias para gestão

ambiental da série ISO 14000 no ano de 1991. As primeiras normas publicadas

foram surgir somente em 1996 e muitas organizações têm implementado o sistema

utilizando os projetos desde 1995. A ISO tem como base a Norma britânica BSI

7750 e a regulamentação voluntária do Plano de Eco gestão e Auditorias (Emas) da

comunidade européia.

A norma ISO 14001 após sua primeira publicação em 1996 sofreu uma

modificação no ano de 2004:

A norma certificadora dos sistemas de gestão ambiental, a ISO 14001, foi a primeira da série a ser publicada em 1996, e a experiência acumulada desde então, através de milhares de certificações em todo o mundo, possibilitou a sua primeira revisão em 2004 sob o número ISO 14001:2004. Após um período de adequação de dezoito meses, todas as certificações já concedidas ou a conceder passaram a obedecer a nova versão de 2004 a partir de maio de 2006. (VALLE, 2006, p.140)

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Segundo Gonçalves (2004) há dois tipos de padrões de ISO:

Normativos: esses padrões especificam requisitos passíveis de auditorias, que devem ser preenchidos para a certificação; Informativos: esses padrões somente orientam. Não são exigidos para a certificação (GONÇALVES, 2004, p.101)

Segundo Abreu (2001, p.77) a “ISO 14001 é uma das normas ambientais

da série ISO 14000, que estabelecem diretrizes e requisitos para uma empresa

implantar um Sistema de Gestão Ambiental – SGA -, habilitando esta empresa

receber uma certificação ambiental com reconhecimento internacional.” A norma ISO

14004 (sistemas de gestão ambiental – diretrizes gerais sobre princípios, sistemas e

técnicas de apoio), orienta no processo de implantação da ISO 14001. As duas

normas devem ser utilizadas juntas, para nortear o processo de implantação do

Sistema de Gestão Ambiental em uma empresa e podem ser adquiridas por

intermédio da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas -, que representa

o Brasil na ISO – International Organization for Standardization (Organização

Internacional de Padronização) -, responsável pela elaboração dessas normas

A norma ISO 14001 é uma especificação para um SGA e foi desenvolvida para uso na certificação por terceiras partes, embora possa ser também utilizada para fins de autodeclaração e como cláusula nos contratos da empresa. Já a norma ISO 14004 destina-se somente a uso interno da organização como suporte a sua gestão ambiental, e não visa a certificação. (VALLE, 2006, p.146)

Segundo a ISO 14001:2004:

Esta Norma especifica os requisitos relativos a um sistema da gestão ambiental, permitindo a uma organização desenvolver e implementar uma política e objetivos que levem em conta os requisitos legais e outros requisitos por ela subscritos e informações referentes aos aspectos ambientais significativos. Aplica-se aos aspectos ambientais que a organização identifica como aqueles que possa controlar e aqueles que possa influenciar. (ABNT NBR ISO14001:2004 p. 01)

Cajazeira e Barbieri (2005) dizem que ocorrem equívocos na literatura

acadêmica com relação a ISO 14004, os autores consideram que esta norma não é

um guia para a ISO 14001, mas sim um guia para um sistema de gerenciamento

ambiental genérico e, portanto, mais abrangente que os próprios requisitos da ISO

14001.

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A norma ISO 14001 é baseada na metodologia conhecida como PDCA do

inglês Plan-Do-Check-Act, em português: Planejar, Executar, Verificar e Agir.

Segundo a NBR ISO 14001:04 o PDCA pode ser brevemente descrito da seguinte

forma:

• Planejar: Estabelecer os objetivos e processos necessários para atingir os resultados em concordância com a política ambiental da organização.

• Executar: Implementar os processos. • Verificar: Monitorar e medir os processos em conformidade com a

política ambiental, objetivos, metas, requisitos legais e outros, e relatar os resultados.

• Agir: Agir para continuamente melhorar o desempenho do sistema da gestão ambiental. (ISO 14001:04, p.5)

Muitas empresas gerenciam suas operações através da aplicação de um

sistema de processos e suas interações, que podem ser referenciados como

“abordagem de processo”. O PDCA pode ser aplicado a todos os processos, as

duas metodologias são consideradas compatíveis. (ISO 14001:04)

De acordo com Donaire (1999), Dyllick-Brenzinger et. al (2000),

Harrington e Knight (2001), Moreira (2001), Reis e Queiroz (2002), Embrapa (2004)

e Valle (2006), a norma ISO 14001 (Sistema de Gestão Ambiental) , apresenta uma

estrutura de sistema de gestão formada por cinco elementos sucessivos e

relacionados entre si que, com base nos autores acima são descritos como: Política

ambiental, planejamento, implementação e operação, verificação e ação corretiva e

avaliação pela alta administração.

Segue abaixo o quadro 05 com a descrição de cada uma:

ELEMENTOS CARACTERÍSTICAS

Política Ambiental

Reconhecimento claro da alta administração a respeito da responsabilidade ambiental da empresa. Na prática, isso acontece na forma de um conjunto de diretrizes ambientais.

Planejamento

No que tange o planejamento é exigida uma avaliação ambiental, bem como a definição de objetivos e programas ambientais. Esta primeira avaliação

ambiental da empresa serve como inventário da situação ambiental atual da empresa. As principais áreas analisadas são os requisitos legais, os

aspectos ambientais significativos, elementos já existentes na empresa de um SGA, bem como lições tiradas de incidentes ambientais relevantes que comprometeram a integridade da empresa. Tendo como base a avaliação

ambiental e em concordância com a política ambiental, devem-se definir as ações ambientais, estabelecer metas concretas e mensuráveis para a

empresa. No contexto de programas ambientais específicos, deve ser criado um cronograma de ações para serem cumpridos prazos e metas.

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ELEMENTOS CARACTERÍSTICAS

Implementação e operação

Para a aplicação de um programa ambiental é necessário que a empresa tenha uma estrutura de pessoal apropriada, processos e estrutura organizacionais previamente integradas para que possam ser alcançados os objetivos propostos. Neste aspecto necessita de pessoal com formação especializada (capacitação), porque nesta parte entram os aspectos de definição de documentação, de tarefas e responsabilidades no setor ambiental, medidas de comunicação, bem como os recursos financeiros necessários para a implantação do SGA na empresa.

Verificação e ação corretiva

Aspectos ambientais que podem causar impactos ambientais significativos devem ser sistematicamente verificados e mensurados. As não conformidades dos processos estabelecidos devem ser documentadas e procedimentos também devem ser definidos para averiguar as causas, assim agindo com ações corretivas, onde essas devem ser registradas e sempre mantidas a disposição. Para verificar a funcionalidade e a adequação da empresa perante o SGA, devem-se realizar auditorias regulares, a fim de constatar se as metas da empresa estão sendo alcançadas e se o sistema implantado está sob controle.

Avaliação pela alta

administração

A verificação da implantação do SGA deve ser periódica por parte da alta administração, para garantir a eficácia do sistema ambiental. Em conseqüência das informações recebidas e dos resultados obtidos através das auditorias, essa instância deve solicitar as mudanças necessárias, considerando o compromisso da empresa para o aperfeiçoamento constante do SGA e do desempenho ambiental conquistado.

Quadro 5- Elementos básicos da ISO 14001. Fonte: Donaire (1999), Harrington e Knight (2001), Moreira (2001), Reis e Queiroz (2002),

Embrapa (2004) e Vale (2006), adaptado pelo autor, (2009).

Além destes elementos descritos acima a ISO 14001 é formada por

requisitos que são utilizados para sua certificação, segue o quadro 06 onde aponta

os itens da estrutura da ISO 14001:2004 indicando as mudanças que houveram da

antiga ISO 14001:1996, este quadro é apresentado completo no anexo A

REQUISITOS 4.1 Requisitos gerais 4.2 Política Ambiental 4.3.1 Aspectos ambientais 4.3.2 Requisitos ambientais legais e outros 4.3.3 Objetivos, metas e programa(s) 4.4.1 Recursos, funções, responsabilidades e autoridades (era 4.4.1 Estrutura e Responsabilidade) 4.4.2 Competência, treinamento e conscientização (era 4.4.2 Treinamento, conscientização e competência) 4.4.3 Comunicação 4.4.4 Documentação(era 4.4.4 Documentação do SGA) 4.4.5 Controle de documentos 4.4.6 Controle operacional 4.4.7 Preparação e resposta à emergências 4.5.1 Monitoramento e medição 4.5.2 Avaliação do atendimento aos requisitos legais e outros 4.5.3 Não conformidade, ação corretiva e ação preventiva(era 4.5.2 Não-conformidade e ações corretiva e preventiva) 4.5.4 Controle de Registros (era 4.5.3 Registros) 4.5.5 Auditoria interna (era 4.5.4 Auditoria do SGA) 4.6 Análise pela administração

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55

Quadro 6- Requisitos da ISO 14001:04. Fonte: Rolim (2008).

Após ter descrito todo o processo de um Sistema de Gestão Ambiental,

que exerce uma enorme influência nas empresas para a melhoria contínua, é

possível observar que esse sistema é parte do sistema administrativo geral de uma

empresa, incluindo a estrutura organizacional, atividades de planejamento,

responsabilidades, treinamentos, procedimentos, processos e recursos para a

implementação e manutenção da gestão ambiental (COSTA, 2004).

Busca-se através da implantação de um SGA atingir uma melhoria

contínua dentro da empresa, no que diz respeito ao meio ambienta. As melhorias

não precisam necessariamente, acontecer em toda a empresa ao mesmo tempo,

cabe aos gestores indicar as prioridades da empresa ao implantar um SGA.

Para a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT, 2008) a

conformidade do sistema ABNT NBR 14001 garante a diminuição da carga de

poluição gerada por essas empresas, porque envolve a revisão de todo o processo

produtivo visando à melhoria contínua do desempenho ambiental, controlando o

desperdício de insumos e matérias-prima que na maioria das vezes são recursos

naturais.

A certificação de um SGA para empresa significa comprovar, para o

mercado e para sociedade, que a empresa se preocupa em minimizar impactos

ambientais, que adota em seus processos um conjunto de práticas que visam à

preservação dos recursos naturais.

Segundo Castelli (2006, p.138) as organizações que já obtiveram suas

certificações são unânimes em afirmar que o ganho econômico é um dos benefícios

que se destaca de imediato, compensando assim os investimentos feitos em

treinamentos, consultorias e adaptações da empresa ao SGA.

De acordo com Pombo e Magrini (2008) os setores com maior número de

certificações obtidas no Brasil são os setores industriais automotivo, petroquímico e

químico e o setor de prestação de serviços, sendo que a representatividade deste

último está grande parte relacionada às exigências de certificação impostas pelas

grandes empresas.

A certificação da ISO não é concedida pela entidade, pois ela é uma

entidade normalizadora internacional, mas sim por entidades credenciadas. No

Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade os organismos são credenciados

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56

pelo INMETRO. Como a ISO 14001 é de caráter voluntário, empresas fora do

Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade (SBAC) podem estar certificando

as empresas, mesmo que não sejam credenciadas pelo INMETRO. Os certificados

concedidos pelos organismos credenciados ou fora do Sistema Brasileiro de

Avaliação da Conformidade são conduzidos com as mesmas bases nos mesmos

requisitos e metodologia (ALBERTON, 2003).

A norma da ISO correspondente aos Sistemas de Gestão Ambiental é

muito utilizada pelas indústrias, principalmente as que têm apelo ambiental, mas é

plenamente aplicável no segmento de serviços. Segundo Campos et. .al. (2006,

p.07) a implementação de um SGA sendo ele de acordo com a ISO 14001, ou de

acordo com qualquer outra norma de gestão ambiental, é um processo que

demanda investimentos financeiros e tempo.

O modelo ISO 14001 já tem aplicações nos meios de hospedagem, isso

porque é uma certificação reconhecida no mundo todo, com respaldo de ter

resultados mais sólidos e eficazes para a preservação do meio ambiente.

Diversos hotéis na Europa e na Ásia já obtiveram a certificação conforme este modelo. Por ser um sistema de gestão completo, inclusive com tratamento detalhado de todas as legislações aplicáveis, a ISO 14001 permite para o hotel criar um mecanismo de gerenciamento de resultados mais sólido e eficaz, o que a difere dos outros programas de gestão ambiental, mais simples. (RICCI, 2002, p.81)

Hotéis brasileiros já estão sendo certificados perante a norma da ISO

14001, a preocupação com o meio ambiente e os benefícios que uma certificação

traz, faz com que os hotéis busquem a certificação.

Alguns empreendimentos hoteleiros foram certificados pela ISO 14001, merecendo destaque o Tropical das Cataratas, localizado dentro do Parque Nacional do Iguaçu. Esse hotel foi pioneiro na adoção de políticas ecológicas, iniciativa que resultou na primeira Certificação de Gestão Ambiental – ISO 14001 da América Latina. (CASTELLI, 2006, p.139)

Já existem hotéis trabalhando com a ISO 14001 no mundo todo,

especialmente na Ásia, Áustria e Europa. No Brasil já existem hotéis certificados

pela norma como o hotel Tropical Cataratas como foi citado acima, mas além deste

existem outros como o Ocean Palace Beach Resort & Bungalows (Natal – RN), Hotel

Pousada Sossego do Major (Gramado – RS), Grande Hotel SENAC (Campos do

Jordão – SP), Pousada Maravilha (Fernando de Noronha -PE), Pousada Zé Maria

(Fernando de Noronha – PE).

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57

Segundo Lamprecht e Ricci (2001, p.105) “os hotéis que quiserem

considerar seriamente as questões ambientais, devem tentar conhecer o processo

de certificação da ISO 14001”. Alcançar uma certificação demonstra que o hotel

implantou um SGA rigoroso. Isso irá atrair mais turistas para o hotel, principalmente

os que buscam estar em dia com o meio ambiente.

A conscientização ambiental para hotéis é um processo global e de longo prazo e compete a cada empresa fazer a sua parte. A ISO 14001, possui uma proposta ambiental racional, como também de responsabilidade social, onde é possível reduzir o impacto ambiental e ao mesmo tempo preservar o meio ambiente de forma sustentável. A aceitação da responsabilidade ambiental pressupõe a tomada de consciência, pela organização, de seu verdadeiro papel. O simples fato de separar o lixo reciclável do não reciclável, de apagar a luz, de arrumar uma torneira que está pingando, entre outras atividades, se toma tão importante como projetar a infra-estrutura orientada para a preservação do meio ambiente (SCHENINI, LEMOS E SILVA, 2007, p.21),

Barbieri e Cajazeira ( 2005, p.21 ) afirmam que manter um SGA com base

nos requisitos da ISO 14.001, certificado ou não, é um vantagem competitiva pelo

fato de que a preocupação ambiental já é vista por grande parte da população, dos

principais formadores de opinião como jornalistas, professores, cientistas, artistas,

políticos, sindicalistas etc.

Como foi possível analisar ao descrever os aspectos da norma ISO

14001:2004, esta é às diretrizes para certificação. A ISO 14001 caracteriza-se por

ser um SGA certificável e voluntário, não é exigido as empresas que tenham a

certificação. Por estes motivos que a ISO 14001 também fará parte da pesquisa

proposta nesta dissertação, mesmo sem ser específico para os meios de

hospedagem.

2.3.2 NBR 15401:2006 MEIOS DE HOSPEDAGEM – SISTEMA DE GESTÃO DA

SUSTENTABILIDADE – REQUISITOS

A NBR 15401:06 foi aprovada pelo Programa de Certificação em Turismo

Sustentável (PCTS) no ano de 2004, e em 2006 pela ABNT, se tornando a primeira

normalização voltada para a sustentabilidade dentro dos meios de hospedagem.

A ABNT NBR 15401 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Turismo

(ABNT/CB-54), pela Comissão de Estudo de Turismo Sustentável (CE-54:004.01). O

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Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital n

número de Projeto 54:004.01

A ilustração 02

para a publicação da norma NBR 15401.

;

CD – Comitê Diretor do PCTSNormas

A NBR 15401:06

Sustentável (PCTS) no ano de 200

normalização voltada para a sustentabilidade dentro dos meios de hospedagem.

A ABNT NBR 15401

(ABNT/CB-54), pela Comissão de Estudo de Turismo Sustentável (CE

Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital n

número de Projeto 54:004.01

Segundo a NBR 15401:2006:

A abordagem da normalização da sustentabilidade do turismo e a decorrente possibilidade de implementarempreendimentos que aplicam a(s) norma(s) relacionada(s) partem do estabelecimento de requisitos de desempenho para as dimensões da sustentabilidade (ambiental, sociocultural e econômica), os quais são suportados por um sistgestão proporciona uma base estável, coerente e consistente para o alcance do desempenho sustentável dos empreendimentos e a sua manutenção. (NBR 15401, 2006 p.VI).

Ilustração

Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 06, de 01.06.2006, com o

número de Projeto 54:004.01-001.

A ilustração 02 apresenta de forma esquemática a metodologia utiliz

para a publicação da norma NBR 15401.

Comitê Diretor do PCTS; UEP - Unidade Executora do PCTS; CTN

A NBR 15401:06 foi aprovada pelo Programa de Certificação em Turismo

no ano de 2004, e em 2006 pela ABNT, se tornando a primeira

normalização voltada para a sustentabilidade dentro dos meios de hospedagem.

A ABNT NBR 15401 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Turismo

54), pela Comissão de Estudo de Turismo Sustentável (CE

Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 06, de 01.06.2006, com o

número de Projeto 54:004.01-001.

Segundo a NBR 15401:2006:

A abordagem da normalização da sustentabilidade do turismo e a decorrente possibilidade de implementar um sistema de certificação dos empreendimentos que aplicam a(s) norma(s) relacionada(s) partem do estabelecimento de requisitos de desempenho para as dimensões da sustentabilidade (ambiental, sociocultural e econômica), os quais são suportados por um sistema de gestão da sustentabilidade. Este sistema de gestão proporciona uma base estável, coerente e consistente para o alcance do desempenho sustentável dos empreendimentos e a sua manutenção. (NBR 15401, 2006 p.VI).

Ilustração 2- Elaboração das normas. Fonte: PCTS 2008.

58

06, de 01.06.2006, com o

apresenta de forma esquemática a metodologia utilizada

CTN – Comissão Técnica de

foi aprovada pelo Programa de Certificação em Turismo

2006 pela ABNT, se tornando a primeira

normalização voltada para a sustentabilidade dentro dos meios de hospedagem.

foi elaborada no Comitê Brasileiro de Turismo

54), pela Comissão de Estudo de Turismo Sustentável (CE-54:004.01). O

06, de 01.06.2006, com o

A abordagem da normalização da sustentabilidade do turismo e a um sistema de certificação dos

empreendimentos que aplicam a(s) norma(s) relacionada(s) partem do estabelecimento de requisitos de desempenho para as dimensões da sustentabilidade (ambiental, sociocultural e econômica), os quais são

ema de gestão da sustentabilidade. Este sistema de gestão proporciona uma base estável, coerente e consistente para o alcance do desempenho sustentável dos empreendimentos e a sua

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59

O sistema de gestão de sustentabilidade tem como principais referências

as ISO’s 14001 (Sistema de Gestão Ambiental), a 9001 (Sistema de gestão de

Qualidade) e a NBR 14900 (Sistema de Gestão da Análise de perigos e pontos

críticos). A referência básica da NBR 15401:2006 é constituída pelo PDCA (de Plan

– Do – Check – Act), que é a mesma base dos outros sistemas ambientais como o

da ISO 14001.

O Brasil ao publicar a NBR 15401:2006 passou a ser o primeiro país a ter

uma norma sobre sustentabilidade no turismo publicada por organismos de

normalização institucionalmente respeitados (IH, 2008). No final de outubro de 2006,

a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) publicou uma Norma Brasileira

sobre sustentabilidade para meios de hospedagem. A norma NBR 15401 - Meios de

Hospedagem - Sistema de Gestão da Sustentabilidade – Requisitos trazem

parâmetros objetivos e verificáveis relativos à sustentabilidade de hotéis e pousadas,

ou seja, utilizando os recursos naturais de maneira responsável, socialmente justa e

viável economicamente.

A Norma NBR 15401 foi desenvolvida no contexto do Comitê Brasileiro de

Turismo - ABNT/CB 54, que utilizou como referência a norma desenvolvida no

âmbito do Programa de Certificação em Turismo Sustentável (PCTS), que tem como

parceiro executivo o Instituto de Hospitalidade (IH). "A publicação dessa norma

significa que o Brasil já tem referências para o turismo sustentável e confere ao País

pioneirismo no tema, além de demonstrar nossa preocupação com as questões da

sustentabilidade no turismo", afirma Wagner Fernandes, responsável por

Certificação no IH e Chefe da Secretaria do ABNT/CB 54. (ABNT, 2008)

O Comitê Brasileiro de Normalização em Turismo – CB 54 – Órgão de

Planejamento, coordenação e controle de normas relacionadas ao turismo tem como

escopo, à normalização no campo do turismo (hotelaria, restaurantes e refeições

coletivas, agenciamento e operação de turismo e demais funções do setor de

turismo), incluindo a normalização de ocupações e competências de pessoal,

produtos e serviços específicos de Setor de Turismo além de normas de

terminologia para as ocupações e competências a atividades de Setor de Turismo.

(ABNT/CB – 54 Normalização em Turismo, 2008).

As Normas relacionadas ao turismo estão disponíveis no site

www.abntnet.com.br/mtur para consulta e impressão.

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60

Como mencionado acima a NBR 15401 teve como base o Programa de

Certificação em Turismo Sustentável – PCTS uma iniciativa de abrangência

nacional, liderada pelo Instituto de Hospitalidade – IH, em parceria com o Conselho

Brasileiro de Turismo Sustentável - CBTS. Esse Programa conta com o apoio da

Agência de Promoção de Exportações e Investimentos – APEX Brasil e do Banco

Interamericano de Desenvolvimento - BID.

O PCTS foi criado pelo IH em 2002 com o apoio de outras instituições

como podemos ver acima, segundo o Manual de Boas Práticas – aspectos

ambientais relacionados ao turismo sustentável:

A partir de 2003, o PCTS deu ênfase ao desenvolvimento, com ampla participação de toda a sociedade, de uma norma para os meios de hospedagem, especificando os requisitos relativos à sustentabilidade. Hoje, a “Norma NIH-54: 2004 – Meios de hospedagem – requisitos para a sustentabilidade” estabelece parâmetros objetivos relativos à sustentabilidade dos meios de hospedagem que podem ser verificados, seja para fins de certificação, seja para que os empreendimentos efetuem auto avaliações, fidedignas e comprováveis. (PCTS, Manual de Boas práticas, 2004, p.7)

Em 2004 foi publicada a Série Gestão do Turismo Sustentável – Meios de

hospedagem, foram sete guias e manuais de boas práticas, referentes a Norma do

Instituto de Hospitalidade NIH-54, onde os títulos são: Norma NIH-54: Meios de

hospedagem – requisitos para a sustentabilidade;

1) Guia de interpretação da Norma NIH-54:2004 2) Manual de boas práticas – implementação do sistema de gestão; 3) Manual de boas práticas – aspectos ambientais relacionados ao

turismo sustentável; 4) Manual de boas práticas – aspectos econômicos relacionados ao

turismo sustentável; 5) Manual de boas práticas – aspectos socioculturais relacionados ao

turismo sustentável; 6) Caderno de indicadores para sistema de gestão da sustentabilidade

de meios de hospedagem. (IH, MANUAL DE BOAS PRÁTICAS, 2004)

A metodologia utilizada para aprovar o PCTS, resumidamente, estabelece

ampla participação dos atores chave do setor em todas as etapas buscando assim o

seu envolvimento, aportando conhecimentos e experiências, na elaboração e na

validação das normas. Todo esse processo foi utilizado como base para a NBR

15401. O processo compreende seis etapas: preparação da primeira versão, oficinas

de trabalho regionais, validação por consulta a grupo limitado, consulta pública,

apreciação pelo PCTS/CD e divulgação.

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A implantação da NBR 15401:2006 é feita em duas fases, com uma

duração de aproximadamente 7 a 9 meses para cada um dos grupos, estes grupos

serão geralmente de 15 empresas, ou

número específico de empresas

as ilustrações 03 e 04.

Ilustração 3

Ilustração

A implantação da NBR 15401:2006 é feita em duas fases, com uma

damente 7 a 9 meses para cada um dos grupos, estes grupos

serão geralmente de 15 empresas, ou podem ser adaptado para uma região com um

número específico de empresas (IH, 2008). É delimitado por duas fases, conforme

3- Roteiro de implementação - Fase I Fonte: IH 2008.

Ilustração 4- Roteiro de implementação - Fase II Fonte: IH 2008.

VT – Visita técnica OF - Oficina

61

A implantação da NBR 15401:2006 é feita em duas fases, com uma

damente 7 a 9 meses para cada um dos grupos, estes grupos

ser adaptado para uma região com um

É delimitado por duas fases, conforme

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62

Na 1ª fase a duração média de um mês, prevê-se: Realizar diagnóstico

sobre as condições da empresa em relação à norma; três oficinas para dar

sustentação ao diagnóstico; Duas visitas técnicas para cada empresa para

orientação do diagnóstico (IH, 2008).

Na 2ª Etapa a duração prevista de 06 a 08 meses: Seis oficinas; nove

visitas técnicas; empreendimentos serão orientados passo a passo a implementar os

requisitos da Norma com base nos resultados do diagnóstico encontrado na fase

anterior (IH, 2008).

Segundo o Instituto de Hospitalidade (IH, 2008) esse método de aplicação

descrito acima prevê que os temas abordados nas oficinas sejam sempre

desenvolvidos por meio de mecanismos didáticos que auxiliem as empresas a

absorver os conhecimentos apresentados e que estejam sempre correlacionados

aos temas a serem abordados nas visitas técnicas. As oficinas têm a função de

capacitar as empresas a buscar soluções para atender os requisitos para a

sustentabilidade e as visitas técnicas a função de desenvolver soluções particulares

para cada uma das empresas do grupo.

O passo a passo da implantação da norma NBR 15401:2006 – Meios de

Hospedagem – Sistema de gestão da Sustentabilidade – Requisitos obedecem aos

seguintes itens (IH, 2008): Diagnóstico; Mapeamento das atividades; Identificação

dos aspectos e impactos; Requisitos legais e outros requisitos; Política de Gestão da

Sustentabilidade; Objetivos e metas; Responsabilidades e autoridades; Programa de

Gestão da Sustentabilidade; Competência, conscientização e capacitação; Controle

operacional; Monitoramento e medição; Documentação do Sistema de Gestão;

Registro do Sistema de Gestão; Auditoria interna; Análise crítica; Ações corretivas e

preventivas.

Através deste passo a passo se dá a implantação da norma nos meios de

hospedagem. A norma também fornece uma lista de indicadores expostos no quadro

07 que irão mensurar como está desenvolvimento dos requisitos propostos neste

sistema de gestão, estes indicadores correspondem às três áreas da

sustentabilidade: Ambiental, sociocultural e econômica.

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63

Dimensão Indicador

Ambiental

Consumo de água/Hóspede/noite Consumo de energia/Hóspede/noite Geração de resíduos/Hóspede/noite % do faturamento bruto investido em incentivos ambientais

Sociocultural

% da mão-de-obra local % do faturamento bruto investido em incentivos socioculturais Quantidade de horas de treinamento/colaborador (H/h) % da rotatividade da mão-de-obra

Econômica

% da satisfação do cliente Índice de acidentes (com afastamento e sem afastamento) Taxa de ocupação Taxa de ocupação (break event point)

Quadro 7- Dimensão e indicadores de NBR 15401:2006. Fonte: IH 2008.

A pesquisa analisou somente a parte ambiental da NBR 15401:2006, por

ser a parte que vai ao encontro a proposta da pesquisa que é de analisar os

sistemas de gestão ambiental aplicados na hotelaria.

Por ser uma norma recente, não existem muitos estudos científicos em

relação a esta norma, mas está sendo solidificada no âmbito nacional através do

governo federal. A norma consta no Plano Nacional de Turismo 2007-2010 e tem

como meta estipulada:

• Atuar em 30 destinos turísticos desde sua criação até o ano de 2008; • Qualificar e avaliar para certificação 6.000 profissionais operacionais (garçom,

maitrê, cozinheiro, recepcionista, camareira, governanta, mensageiro); • Atender a 565 micro e pequenos Meios de Hospedagem (até 50 uh’s), e avaliar

200 para certificação. (PNT, 2007, p.46).

Os parceiros que ajudaram na criação da norma também são empresas

reconhecidas no país e algumas reconhecidas internacionalmente. Os parceiros

financeiros são a Agência de Promoção de exportações e investimentos

(APEX/BRASIL), O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o SEBRAE;

os parceiros apoiadores foram a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH)

e o Conselho Brasileiro de Turismo Sustentável (CBTS). O parceiro executivo da

norma foi o Instituto de Hospitalidade. (IH, 2004).

Alguns estados brasileiros terão incentivos para a certificação de seus

meios de hospedagem (ilustração 06), dentre eles está a Serra Gaúcha onde se

encontra a região das Hortênsias, local onde foi aplicada a pesquisa proposta nesta

dissertação. O Bem Receber é uma iniciativa do Ministério do Turismo, do Serviço

Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE Nacional) e da ONG

Instituto de Hospitalidade. No Rio Grande do Sul, as entidades reservaram R$ 170

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64

mil para aplicarem no turismo sustentável nas Regiões Uva e Vinho e Hortênsias, na

Serra Gaúcha (MAMOUNA, 2007).

No Rio Grande do Sul prevê-se o recebimento de incentivos à certificação

em turismo sustentável, turismo de aventura e à certificação profissional. Esses

incentivos são fundamentais para que as empresas busquem a certificação

ambiental para seus estabelecimentos.

A norma é uma ferramenta de gestão ambiental ligada diretamente aos

Meios de Hospedagem, por isso a NBR 15401:2006 também será base da pesquisa

aqui proposta. O autor Pertschi (2006) e Alves et al. (2006) citam a norma, mas

ainda no formato do PCTS.

Ilustração 5- Estados incentivados e certificação. Fonte: Ministério do Turismo (2008).

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65

2.3.3 SISTEMA AMBIENTAL ABIH – HÓSPEDES DA NATUREZA

A preocupação ambiental entrou no ambiente das empresas turísticas

para ficar, muitas delas já estão se adequando a esta nova visão ambiental. A

discussão da sustentabilidade como condição básica e indispensável para o

desenvolvimento, de há muito, saiu do campo teórico para fazer parte das decisões

estratégicas de empresas, através de programas ambientais, turísticas ou não, no

mundo inteiro (AMORIM e RAMOS, 2003)

Diversos estudos técnicos e o atual cenário apontam para que, no médio

prazo, a sobrevivência da hotelaria estará intrinsecamente atrelada com a atividade

turística do local onde o hotel está estabelecido. Aliado a esses fatores, o segmento

turístico brasileiro vem demonstrando um significativo crescimento de algumas

décadas para cá, porém de uma forma desordenada e mal planejada, assim

adaptando-se de maneira inapropriada a esta demanda e atingindo severamente

seus recursos naturais, prejudicando o futuro do turismo no Brasil (ABIH, 2001, apud

GONÇALVES, 2004).

A Associação Brasileira da Indústria de Hotéis representante do segmento

hoteleiro no Brasil assumiu a responsabilidade de fomentar a gestão sócio-ambiental

na rede hoteleira brasileira. Em 1999, a ABIH adquiriu os direitos de tradução do

Environmental Action Pack, onde adaptou a realidade dos meios de hospedagem

brasileiros, constituindo assim um manual prático de adequação ambiental produzido

pela International Hotel Environment Initiative (IHEI) - criado na Inglaterra após a

Eco-92 . Nesse mesmo ano, a partir do contato internacional, foi criado no Brasil o

Programa de Responsabilidade Ambiental Hóspedes da Natureza/PHN (ABREU,

2001; GOYA, 2007).

Atualmente o Programa Hóspedes da Natureza encontra-se em fase de

reformulação segundo dados da ABIH (2009). O Programa Hóspedes da Natureza é

parceria entre a ABIH e o Instituto de Hospitalidade (IH), e está sendo adaptado ao

PCTS (Programa de Certificação em Turismo Sustentável), por isso, nesta pesquisa,

a ABIH, não foi a fonte principal da descrição do programa e sim os autores que a

referenciam.

Segundo Amorim e Ramos (2003, p.2), o programa brasileiro é

representado por uma política definida como “conjunto de ações planejadas de

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66

modo a proporcionar a qualificação de pessoal, a implementação de projetos e a

certificação de hotéis e congêneres, em relação ao aprimoramento de suas

responsabilidades sócio-ambientais”..

O programa Hóspedes da Natureza também se inspirou no artigo 30.14

da Agenda 21 que diz:

As associações industriais e comércio devem estimular empresas a empreender programas para aumentar a consciência e a responsabilidade ambiental em todos os níveis, para fazer que essas empresas se dediquem à tarefa de melhorar a performance ambiental com base em práticas de manejo internacionalmente aceitas. (Agenda 21 global, p.321)

Segundo Castelli (2006) o Programa Hóspedes da Natureza, proposto

pela ABIH – Nacional, é uma iniciativa altamente elogiável no que tange as questões

ambientais. O programa também vem ao encontro:

• das inspirações da sociedade contemporânea, no que diz respeito à conservação do meio ambiente;

• da realidade hoteleira brasileira, pelo fato de proporcionar a redução de custos e oportunizar investimentos em melhorias. (CASTELLI 2006, p.141)

Após um ano do início do Programa, o reconhecimento das

especificidades necessárias à adaptação de um programa europeu para a realidade

brasileira permitiu o amadurecimento da idéia inicial. Em sua primeira formatação, o

programa PHN pretendia proporcionar ao hotel uma economia de 30% no consumo

de energia elétrica e de 20% no consumo da água (ABIH, 2008).

O programa em sua primeira formatação foi composto por três fases: I)

Conscientização, sensibilização e adesão, capacitação do empreendedor e de seus

funcionários; II)Realização de diagnósticos; III) Desenvolvimento de programas

ambientais. Essas três fases levariam em média dois anos para serem completadas.

Esse modelo inicial não atingiu os objetivos que se previa com o programa, e em

abril de 2002 a ABIH firmou contrato com o Instituto Brasileiro de Qualidade e

Produtividade/IBQPPR com o objetivo de fortalecer a implementação do Programa

no Brasil. Essa nova parceria, assim como a experiência obtida após um ano de

trabalho, possibilitou uma excelente oportunidade para que o PHN fosse

reestruturado. As modificações realizadas no Programa original tiveram como

objetivo, além de uma melhor adequação à realidade brasileira, proporcionar uma

maior flexibilidade que favorecerá a adesão de novos empreendedores. Além disso,

algumas questões relacionadas à responsabilidade social também foram

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acrescentadas à nova edição do Programa. Essa inserção justifica-se, pois,

contemporaneamente, ações de proteção ambiental não devem estar desvinculadas

de ações relativas à qualidade de vida das pessoas: do ponto de vista sistêmico,

ambas estão sempre relacionadas (ABIH, 2008).

Segundo Amorim e Ramos (2003) o novo Programa está baseado no

conceito de eco desenvolvimento1.

[...] para um determinado país ou região o Eco desenvolvimento significa o desenvolvimento endógeno e dependente de suas próprias forças, tendo por objetivo responder problemática da harmonização dos objetivos sociais e econômicos do desenvolvimento com uma gestão ecologicamente prudente dos recursos e do meio (RAYNAUT e ZANONI, 1993, p.7)

A utilização do conceito de eco desenvolvimento no programa Hóspedes

da Natureza busca impedir desperdícios de recursos, e visando que os recursos

sejam empregados na satisfação das necessidades dos membros da sociedade. “A

nova proposta do Programa visa uma ação sistêmica de disseminação e de

fortalecimento do processo de responsabilidade sócio-ambiental nas empresas

hoteleiras do país” (AMORIM e RAMOS 2003, p.04).

O Programa Hóspedes da Natureza tem como premissa o envolvimento, em primeira instância, dos stakeholders diretamente envolvidos no processo principal dos estabelecimentos: os funcionários, fornecedores e hóspedes. Faz parte da educação ambiental a informação sobre o meio ambiente. O ambiente geral e no entorno da empresa deve ser conhecido para que se estimule a necessidade de preservação. Pontos críticos devem ser expostos e indicadores desenvolvidos para que os stakeholders compreendam que a sua mudança de atitude pode mudar a qualidade do meio ambiente. (AMORIM e RAMOS 2003, p.05)

Um dos principais stakeholders neste processo é o próprio colaborador do

hotel. As orientações dos procedimentos corretos do programa são passadas para

os colaboradores executarem, sua função é fundamental para o sucesso da

implantação do programa dentro do hotel. O colaborador se torna responsável por

suas ações dentro do seu ambiente de trabalho, e suas atitudes faz com que cada

vez mais colaboradores se tornem adeptos ao programa (AMORIM e RAMOS,

2003). Essa mudança de atitude no trabalho se transcende o ambiente corporativo

e o colaborador passa a ter essas atitudes ambientais na sua casa, com sua família,

1 Ecodesenvolvimento – O conceito de ecodesenvolvimento foi introduzido por Maurice Strong, secretário da Conferência de Estocomo, e largamente difundido por Ignacy Sachas a partir de 1974 (GODARD, 1991).

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assim levando esse conhecimento para mais pessoas além de seus colegas de

empresa, criando assim uma consciência ambiental.

Atualmente o Programa Hóspedes da Natureza encontra-se em uma nova

fase de reformulação (ABIH, 2008). Por esse motivo, como foi dito no inicio, autores

como Amorim e Ramos (2003), Gonçalves (2004) e Castelli (2006), estarão sendo

utilizados para poder estar descrevendo o Programa Hospedes da Natureza, porque

citam o programa em suas pesquisas.

O Programa Hóspedes da Natureza fundamenta suas ações em três

princípios (Quadro 08):

Princípio Finalidade

Adaptar a realidade brasileira os conceitos, tecnologias produtos e serviços já desenvolvidos pelo IHEI.

Redução do custo de implantação do programa, viabilizando sua execução; Utilização do tema meio ambiente e turismo como ferramenta de marketing para incluir o Brasil na rede mundial de informações, divulgando-o como destino turístico.

Promover ações que envolvam os empresários, a comunidade, o governo, os fornecedores, os colaboradores e os hóspedes.

criação de um banco de dados sobre a infra-estrutura e outros aspectos capaz de subsidiar a tomada de decisões sobre ações futuras através de: Estimular e viabilizar projetos de produção limpa, fornecendo aos governantes dados a respeito da infra-estrutura que facilitará ações futuras; Estabelecer uma relação de parceria com fornecedores para o desenvolvimento de embalagens e produtos compatíveis com a gestão ambiental; Estimular a função da hotelaria como agente multiplicador por meio de ações de divulgação da gestão ambiental entre os stakeholders.

Plano de Monitoramento de ações Aplicando técnicas de qualidade na busca de manutenção de m desenvolvimento contínuo e progressivo.

Quadro 8- Princípios do programa Hóspedes da Natureza. Fonte: Castelli (2006,p.141).

O Programa Hóspedes da Natureza tem como objetivo implementar

ações ambientais nos empreendimentos hoteleiros pretendendo atingir objetivos

qualitativos e quantitativos (Quadro 09)

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Dados Quantitativos Dados Qualitativos Integrar 1.500 meios de hospedagem em uma estimativa que envolve 75 mil unidades habitacionais.

Desenvolver a conscientização critica do empresário hoteleiro nacional a respeito do real papel que a hotelaria deve assumir com relação à gestão ambiental, tendo em mente que o patrimônio natural é o principal produto turístico do país.

Realizar quinze seminários de conscientização empresarial Criar 25 comitês comunitários de gestão ambiental

Capacitar duzentos consultores e auditores especializados.

Produzir resultados positivos aos hoteleiros em razão dos investimentos realizados na gestão

ambiental, pela economia gerada na redução de custos operacionais, da melhoria da imagem do

hotel perante a comunidade local e do aumento da rentabilidade com a criação de perspectivas de

novos mercados.

Envolver cerca de três mil funcionários de hotéis.

Buscar uma economia de 30% no consumo de energia elétrica.

Promover o comprometimento dos fornecedores e dos demais agentes participantes do trade turístico nacional no processo de adoção dos princípios do programa.

Buscar a redução de até 20% no consumo de água.

Redução de até 25% na geração de resíduos sólidos.

Buscar junto à opinião pública, a consolidação de uma imagem favorável da iniciativa da hotelaria nacional, obtendo assim resultados. Redução de até 15% no consumo de gás.

Diminuição dos custos operacionais.

Contribuir com os órgãos governamentais brasileiros no propósito de atingir as metas

ambientais.

Promover a sensibilização de 5,5 milhões de hóspedes das redes hoteleiras participantes do programa.

Contribuir para a melhora da imagem internacional do destino turístico brasileiro.

Quadro 9- Dados: Programa Hóspedes da natureza. Fonte: Adaptado de Abreu (2001), Castelli (2006).

Visando otimizar o andamento das metas estabelecidas pelo programa

ambiental, a ABIH desenvolveu um programa operacional com quatro fases,

composto por diversas estratégias visando uma implementação gradual do sistema

dentro dos hotéis (Quadro 10).

Segundo a ABIH (2002), foram feitos três projetos pilotos para aplicação

do programa Hóspedes da Natureza, que estavam em andamento, contando com a

participação de quinze hotéis nas cidades de Foz do Iguaçu (dez hotéis), Curitiba

(quatro hotéis) e Rio de Janeiro (um hotel). A cidade de Foz do Iguaçu foi o

destaque do programa com quatro hotéis sendo premiados pelo presidente da ABIH

com o selo de Compromisso Ambiental na abertura do 44º Congresso Nacional de

Hotéis, em 25 de abril de 2002, sendo eles: I)Albergue da Juventude Paudimar; II)

Mabu Thermas & Resorts; III)Hotel Continental Inn; IV)Recanto Park Hotel.

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70

Processo de Adesão

Fase Processos Ações F

AS

E 0

1

Termo de interesse prévio

de adesão

Preenchido pelo hotel interessado. Informações sobre o hotel, possibilitando a coordenação do programa apresentar uma proposta técnica e financeira para a implantação do PHN.

Estabelecimento de compromisso

O hotel e a ABIH assinam um contrato, no qual estão estabelecidos os direitos e responsabilidades de ambas as partes e, com isso, certificando a entrada do hotel no programa. O valor a ser investido depende da porte do hotel, porém com o seguinte conjunto de serviços:

Cópia do Manual Programa de Ações Ambientais para Hotéis; Horas de consultoria especializada para a realização do levantamento

ambiental inicial (diagnóstico) e elaboração do respectivo relatório; Capacitação dos recursos humanos, pelo Cursos de Formação de RQA;

Auditoria/avaliação de acompanhamento; Selo ABIH de Compromisso Ambiental, tendo desempenho satisfatório na

avaliação de acompanhamento;

Estabelecimento de compromisso

Acesso a informações complementares em gestão ambiental, produzidas ou identificadas pelo programa;

Integrar a rede de hotéis envolvidos no programa; Beneficiar-se das campanhas promocionais do programa.

FA

SE

02

Base de dados A ser fornecida pelo hotel, quando da assinatura do contrato, tendo como objetivo estabelecer parâmetros de acompanhamento dos resultados e a evolução do trabalho.

Agendamento Personalizado

a ser realizado pela coordenação do programa, junto com os administradores do hotel os consultores agendarão uma visita para realizar o diagnóstico do hotel sem interferir na rotina diária da empresa.

FA

SE

03

Diagnóstico Ambiental Inicial

O consultor designado irá realizar uma avaliação, utilizando um check-list desenvolvido pelo programa. O consultor percorrerá todos os setores do hotel juntamente com a pessoa do hotel responsável pelo desenvolvimento do programa.

Soluções Apresentação de recomendações e alternativas de solução dos aspectos negativos apontados no diagnóstico, sendo sempre de forma prática, para que os administradores do hotel possam avaliar e implementar as ações pertinentes.

Treinamento Após esclarecidas as medidas a serem tomadas através do diagnóstico, o administrador do hotel irá eleger os membros da equipe que participarão do curso de capacitação de RQA, e que serão os agentes multiplicadores e responsáveis pelas ações planejadas.

Implantando as adequações ambientais

Momento de colocar o plano de ação em pratica, iniciando por ações sem custos e de baixo investimento, mas que produzam resultados em curto prazo e que uma parte ou a totalidade dos recursos financeiros obtidos por essas ações sejam reinvestidos no próprio programa, como forma de garantir a continuidade do mesmo. Sugere-se também, utilizar uma ferramenta motivacional com os colaboradores para que todos abracem a causa, os incentivos podem ser através de prêmios, bônus ou outros incentivos.

FA

SE

04

Solicitação do Selo ABIH de Compromisso

Ambiental

Tendo o hotel alcançado os níveis mínimos de exigência da primeira fase, é solicitado a aplicação de um novo check-list ambiental. Logo após, o Programa Hóspedes da Natureza emitirá o Selo Abih de Compromisso Ambiental.

Suporte Técnico O hotel durante a etapa de implantação terá, por parte do programa, o suporte técnico para auxiliar a realização de seus objetivos, mantendo um canal aberto via Internet com seus consultores, disponibilizando dados complementares relacionados ao tema em questão.

Quadro 10- Processos para Adesão. Fonte: ABIH apud Castelli (2006, p.143).

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Para dar subsídios aos empresários que querem implementar o programa

ambiental Hóspedes da Natureza e seguir estas quatro fases, a ABIH oferece os

produtos e serviços de auxílio para a obtenção da certificação (Quadro 11)

Produtos Auxílio Consultoria especializada em gestão ambiental

com consultores treinados em gestão ambiental, que realizam um diagnóstico do empreendimento, produzindo um relatório com orientações sobre as ações a serem desenvolvidas, em busca da adequação ambiental do empreendimento;consulta via e-mail.

Manual Prático de Adequação Ambiental

·A ABIH adquiriu os direitos de tradução e adaptação a realidade brasileira do Environmental Action Pack, que constitui o Manual Pratico de Adequação Ambiental, produzido pela IHEI em parceria com a IH&RA e com a UNEP. Este manual traz dicas e sugestões sobre o tema, bem como alternativas de controle, acompanhamento e avaliação dos resultados, e uma linguagem de fácil compreensão para todos;

Capacitação dos Recursos Humanos

auxilia a capacitação dos colaboradores escolhidos para formar a equipe, formando os Responsáveis pela Qualidade Ambiental – RQA, encarregados de executar o plano de ação estipulado para o hotel;

Cadastro de Fornecedores

a ABIH irá disponibilizar uma lista de cadastro de produtos ambientalmente corretos, tais produtos ficarão disponíveis para acesso dos hoteleiros adeptos ao programa;

Selo e Certificação Ambiental

o programa tem sua metodologia própria para avaliação da adequação dos hotéis. Ou seja, a primeira avaliação/auditoria é feita entre 90 e 180 dias após a realização do diagnóstico ambiental inicial, serão observados em especial ações do programa que não dependem ou exigem grandes investimentos por parte do hotel. Estes requisitos dizem respeito a educação ambiental (EA), conscientização da equipe e as adaptações aos processos de trabalho. Obtendo a pontuação mínima o estabelecimento recebe o Selo ABIH de Compromisso Ambiental – Hóspedes da Natureza, de uso interno com validade de um ano. Após esse período será feita uma nova auditoria com um grau de exigência maior que o anterior onde o hotel será avaliado se poderá ganhar o selo da ABIH fixo, onde poderá divulgar em seus meios de comunicação. O selo é reavaliado anualmente;

Acesso a Mercados e Incentivos

A ABIH irá procurar consolidar a boa imagem da marca do selo, os hotéis certificados passarão a obter melhores vantagens competitivas em relação aos seus concorrentes. O programa estimulará as empresas do trade turístico e fornecedores para que, nas suas relações comerciais privilegiem os hotéis certificados. A ABIH também buscará junto ao poder público nas esferas municipais, estaduais e federais incentivos fiscais e financiamentos para os hotéis detentores do selo.

Quadro 11- Auxílio para Implantação do programa Hóspedes da Natureza. Fonte: Castelli (2006, p.142).

Para Amorim e Ramos (2003), os resultados alcançados pelos hotéis que

aderiram ao programa foram positivos e podem influenciar na melhoria da qualidade

ambiental da localidade, devido aos baixos impactos negativos gerados no meio

ambiente.

Seguindo esta linha de pensamento, os autores ponderam que:

O Programa Hóspedes da Natureza vem constituindo num valioso instrumento de educação ambiental seja no nível informativo, de mudança

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de atitude ou de criação de uma cultura da preservação. (AMORIM e RAMOS 2003, p.10)

A importância deste programa para esta pesquisa vincula-se ao fato de

ser um dos principais sistemas ambientais aplicados na hotelaria brasileira. Segundo

os autores Abreu (2001), Fengler (2002), Amorim e Ramos (2003), Gonçalves

(2004), Castellil (2006), Pertschi (2006), Goya (2007) e Silva (2007), o Programa

Hóspedes da Natureza é uma importante ferramenta de gestão ambiental dentro dos

hotéis, motivo pelo qual será parte integrante desta pesquisa.

2.3.4 SISTEMAS AMBIENTAIS AUTÔNOMOS

Segundo Gonçalves (2004), são considerados como autônomos os

sistemas ambientais específicos, desenvolvidos especialmente para alguns hotéis

tendo como exemplos um modelo internacional a Carta Ambiental da Rede francesa

Accor; um modelo nacional, o Código de Conduta dos hotéis Roteiros de Charme

nacional.

A Carta Ambiental da Accor é um sistema amplo com 65 requisitos e o

Código de Conduta dos hotéis Roteiros de Charme, foi um dos pioneiros no Brasil a

desenvolver a variável ambiental para a hotelaria brasileira.

2.3.4.1 CARTA AMBIENTAL DA REDE ACCOR

A Rede Accor é uma multinacional Francesa que atua nos seguimentos

de hotelaria, turismo e serviços. Conhecida mundialmente por ter marcas próprias

que vão do hotel econômico ao hotel de luxo.

A rede Accor está presente no Brasil há 31 anos, e é a maior rede

hoteleira em atuação no país. Segundo Accor hotels (2009), atualmente, o grupo

possui 143 hotéis e flats em 64 cidades brasileiras e mais de 30 mil apartamentos.

Na América do Sul a rede está representada por mais de 180 hotéis que estão

divididos entre as marcas Sofitel, Novotel, Mercure, Íbis e Formule 1.

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A ilustração 06 apresenta a atuação da rede no Brasil:

A Accor Hospitality parte da empresa que atua na hotelaria, conta com

mais de 4 mil hotéis, contendo cerca de 500 mil apartamentos espalhados por 90

países (ACCOR, 2008) . A analise destes números mostra que a rede Accor é uma

mega empresa que vem mostrado sua preocupação ambiental em todos os seus

empreendimentos, aqui especificamente os hoteleiros, mostrando que sua gama de

hotéis causa sim um grande impacto ambiental e a sua Carta Ambiental vem para

amenizar estes impactos em todos os 90 países onde se encontram hotéis da Accor.

O grupo Accor implementou em 1997 um plano de gerenciamento

ambiental com objetivo de promover ações de proteção ao meio ambiente. Chamado

projeto Ecologia, é baseado na Carta Ambiental, lançada na França no ano de 1997,

sendo introduzida em 1998, tendo por objetivo traçar diretrizes capazes de orientar

as ações atinentes à melhoria da qualidade do meio ambiente (CARTA AMBIENTAL

ACCOR, 2006).

A carta ambiental da Accor iniciou com 15 ações ambientais que eram

divididas em quatro grupos: Gestão dos resíduos e reciclagem, controles técnicos,

Ilustração 6- Desenvolvimento – Parque Atual no Brasil. Fonte: ACCOR 2009.

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arquitetura e paisagem e sensibilização e formação. Como já foi dito acima a carta

foi criada na Europa, mas posteriormente foi adaptada a todos os lugares onde

existem hotéis da rede Accor. As ações implementadas são supervisionadas

através da intranet da rede, mas com as novas tendências ecológicas a Accor

sentiu necessidade de aprimorar sua Carta Ambiental, tornando-a mais ambiciosa e

permitindo que seja levado em conta as especificidades locais (CARTA AMBIENTAL

ACCOR, 2006).

Segundo a Carta Ambiental da Accor:

A nova Carta Ambiental traduz a ambição do grupo Accor em reforçar as suas políticas de protecção ambiental e consequentemente diminuir os impactos ambientais das suas actividades a um ritmo mais elevado. As 65 acções apresentadas na Carta Ambiental já estão implementadas em alguns hotéis e a sua aplicação deverá ser estendida de forma progressiva. (Carta Ambiental da Accor 2006, p.03)

Em um período de sete anos entre a primeira versão da carta e a nova

versão as ações ambientais passaram de 15 para 65 ações, um aumento

considerável para a nova ferramenta de gestão ambiental da rede (Quadro 12)

CARTA AMBIENTAL DA ACCOR

I - INFORMAÇÃO E SENSIBILIZAÇÃO

01. Sensibilizar os colaboradores para a proteção ambiental 02. Integrar a preservação ambiental em todas as funções 03. Sensibilizar os clientes para o ambiente 04. Propor aos seus clientes meios de transporte menos poluentes 05. Definir os objetivos de restrição do consumo

II - ENERGIA 06. Acompanhar e analisar os consumos mensalmente 07. Fazer uma lista das melhorias técnicas 08. Organizar a manutenção preventiva 09. Garantir a otimização da utilização das instalações técnicas 10. Instalar um sistema de iluminação eficaz nas fachadas 11. Utilizar lâmpadas fluorescentes compactas para a iluminação permanente (24 horas) 12. Utilizar lâmpadas fluorescentes compactas nos quartos 13. Utilizar LEDs para reclamos luminosos externos 14. Utilizar LEDs para sinalização das saídas de segurança 15. Utilizar mini bares econômicos nos hotéis 16. Isolar as tubagens que transportam fluídos quentes/frios 17. Utilizar caldeiras econômicas 18. Recuperar a energia do sistema de ventilação 19. Utilizar um sistema de ar condicionado economizador de energia 20. Recuperar a energia do sistema de climatização 21. Utilizar painéis solares para a produção de água quente sanitária 22. Utilizar painéis solares para o aquecimento da água das piscinas 23. Dar prioridade à energia verde

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III - ÁGUA

24. Definir os objetivos de restrição do consumo 25. Acompanhar e analisar os consumos mensalmente 26. Utilizar os redutores de débito nas torneiras 27. Utilizar os redutores de débito nos duches 28. Utilizar casas de banho econômicas no que diz respeito ao consumo de água 29. Utilizar uma lavanderia econômica no que diz respeito ao consumo de água 30. Propor uma reutilização das toalhas 31. Propor uma reutilização dos lençóis 32. Eliminar os sistemas de refrigeração nos quais há perda de água 33. Utilizar a água da chuva

IV - ÁGUAS RESIDUAIS

34. Recolher óleos alimentares usados 35. Recolher de gorduras alimentares 36. Tratar ou fazer tratar as águas residuais 37. Reciclar as águas residuais

V - RESÍDUOS

38. Reciclar as embalagens de papel/cartão 39. Reciclar os papéis, jornais e revistas 40. Limitar a utilização de embalagens não reutilizáveis para o aprovisionamento do hotel 41. Reciclar as embalagens em vidro 42. Reciclar as embalagens plásticas 43. Reciclar as embalagens metálicas 44. Organizar a triagem nos quartos 45. Limitar a embalagem individual dos produtos de higiene nos quartos 46. Reciclar os resíduos orgânicos do restaurante 47. Reciclar os resíduos verdes dos jardins 48. Tratar as pilhas/acumuladores do hotel 49. Tratar as pilhas/acumuladores dos clientes 50. Reciclar os resíduos elétricos e eletrônicos 51. Reciclar os tinteiros e os toneres 52. Tratar os tubos/lâmpadas fluorescentes compactas

VI - CAMADA DE OZONO

53. Suprimir as instalações que contêm CFC 54. Verificar a estanquecidade dos equipamentos contendo CFC, HCFC ou HFC

VII - BIODIVERSIDADE

55. Reduzir a utilização de inseticidas 56. Reduzir a utilização de herbicidas 57. Reduzir a utilização de fungicidas 58. Utilizar adubos orgânicos 59. Regar de forma equilibrada 60. Utilizar plantas adaptadas ao contexto local 61. Plantar pelo menos uma árvore por ano 62. Participar de uma ação de preservação do ambiente local

VIII – COMPRAS ECOLÓGICAS

63. Utilizar papel ecológico 64. Favorecer os produtos com rótulo ecológico 65. Favorecer a agricultura biológica

Quadro 12- Carta ambiental da rede Accor. Fonte: Accor (2006).

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A rede Accor tem apoio da UNEP (The United Nations Environmental

Programme), conforme explica Sra. Monique Barbut, diretora da divisão de

tecnologia, indústria e economia do programa das Nações Unidas para o Meio

Ambiente:

“[...] A Carta Ambiental dos Hotéis Accor constitui uma oportunidade para mostrarem de modo concreto aos vossos clientes que é possível uma outra forma de consumo, conciliando as exigências ambientais com a qualidade do serviço. As empresas são actores incontornáveis na comprovação de que existem soluções compatíveis com a lógica económica e que simplesmente exigem um melhor conhecimento para que sejam plenamente aplicadas. A visibilidade que der às suas acções incentivará a sua difusão, principalmente entre os países emergentes, o que é vital para o futuro do nosso planeta. Desde há alguns anos, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente vem trabalhando com a Accor no desenvolvimento do turismo sustentável. Esta cooperação continuará nos próximos anos e permitirá, espero eu, aproveitar outras oportunidades para trabalharmos juntos em favor do desenvolvimento sustentável. (CARTA AMBIENTAL REDE ACCOR, 2006, p.1)

A Carta Ambiental da Accor tem o hotel como o centro de todo o

processo, ela é uma ferramenta de referência para a gestão ambiental. Nos hotéis

da rede tem um diretor que supervisiona toda a implementação do programa, ele é

informado de quais as ações que foram definidas como prioritárias para a região

onde o hotel está implantado. Este Diretor supervisiona a execução das ações e faz

o acompanhamento delas dentro do hotel, as ações implementadas estão sempre

atualizadas de acordo esta ferramenta de gestão ambiental (CARTA AMBIENTAL

ACCOR, 2006).

Para que a implantação da Carta se dê de forma correta é de extrema

importância a colaboração de todos os departamentos operacionais do hotel

(manutenção, compras, marketing, etc...). A rede Accor conta com Diretores Gerais

de Operações, um departamento de suporte e uma direção de desenvolvimento

sustentável, que são os responsáveis pelas implementações das ações dentro dos

hotéis (CARTA AMBIENTAL ACCOR, 2006).

Os diretores gerais de operação da rede Accor têm a tarefa de determinar

quais são as ações prioritárias da Carta que devem ser implementadas nos hotéis

anualmente e compartilhar essas ações com as demais equipes dos hotéis e de

organizar assistências aos hotéis por meio dos departamentos de apoio. (CARTA

AMBIENTAL, 2006)

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A área de suporte desenvolve a função de ajudar os hotéis na

implementação das ações prioritárias e quando possível, propões soluções

concretas, previamente testadas e devidamente orçamentadas (CARTA

AMBIENTAL ACCOR, 2006).

O departamento de desenvolvimento sustentável desempenha a função

de anualmente trocar informações com os coordenadores ambientais da rede com o

intuito de informar ações concretas aplicadas em hotéis da rede, para que possam

ser utilizadas em outros hotéis. Este departamento também consolida os resultados

da aplicação da carta e também faz a difusão de boas praticas ambientais obtidas

pelos requisitos que compões a Carta Ambiental da Accor (CARTA AMBIENTAL

ACCOR, 2006).

A Carta Ambiental vincula também seus hóspedes no processo de gestão

ambiental, informando-os através de pôsteres, onde estão descritas as ações

ambientais que a rede desenvolve em seus hotéis. Através dessa divulgação a

empresa também conscientiza seus hóspedes a terem uma consciência ambiental.

Toda a política ambiental da Accor (www.accor.com) está apoiada em

cinco pilares, que é o programa chamado Earth Guest, onde estão ligados todos os

ramos de atividades que a rede Accor atua (Quadro 13).

Neste contexto, segundo a rede Accor (ACCOR, 2008), a Carta

Ambiental, considerada um dos pilares do programa Earth Guest, indica ações para

a redução, em ritmo acelerado, dos impactos ambientais da operação hoteleira, por

meio de políticas de proteção ao meio ambiente. O documento apresenta 65 ações

relacionadas à Informação e Sensibilização, Energia, Água, Águas Residuais,

Resíduos, Camada de Ozônio, Biodiversidade, Compras Ecológicas e Certificação.

Em 2007, as unidades hoteleiras da América do Sul, por exemplo, promoveram a

reciclagem de 507,5 toneladas de lixo (papéis, vidros e latas), o dobro do que se

reciclou em 2006, e conquistaram uma economia de 944.748 Kwh no ano.

Segundo Gonçalves (2004), no Brasil, a iniciativa ambiental da rede Accor

tem provocado grande adesão por parte dos colaboradores e pelas pessoas

interessadas, fato que proporcionou a implantação destas ações ambientais em

tempo recorde, trazendo muitos exemplos de criatividade e cidadania.

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Pilares Características 1- Conscientizar seus fornecedores A empresa trabalha junto a seus fornecedores para

desenvolver uma consciência ambiental. Alguns de seus fornecedores já ganharam prêmios como o fornecedor de camas que ganhou um premio ecológico ofertado pela Associação Francesa de Padronização e pelo Ministério do Meio Ambiente da França.

2- Utilizar a filosofia de conservação de recursos e utilizar a constrição limpa (Clean Construction) em seus novos empreendimentos

A rede procura utilizar diversos profissionais especializados em gestão e tecnologia ambiental para aplicar em suas novas construções.

3- Desenvolver projetos que envolvam a utilização de energias renováveis

A rede vem desenvolvendo em seus hotéis da Europa a utilização aquecimento gerado por energia solar.

4- Publicações feitas pela própria rede Accor para desenvolver a educação ambiental

Em todos os níveis de treinamento da Accor a educação ambiental está presente, com o objetivo de estimular seus colaboradores a estarem atuando de forma ambientalmente correta. Neste pilar se encontra a Carta Ambiental que foi desenvolvida e distribuída por todos os hotéis da rede no mundo todo. Além da Carta Ambiental existe também o guia do meio ambiente para gerentes de hotel, este voltado especificamente para os gerentes, para que eles possam desenvolver as ações ambientais dentro do hotel.

Pilares Características 5- Estimular os clientes a valorizar o meio ambiente

A rede Accor deixa explicito aos seus clientes sua preocupação com o meio ambiente, buscando assim incentivá-los para abraçarem esta causa. A rede faz parcerias com entidades ecológicas para estar promovendo a conscientização através de folders e manuais que são distribuídos aos seus hóspedes.

Quadro 13- Cinco Pilares de rede Accor. Fonte: Gonçalves (2004).

A Carta Ambiental da rede Accor é uma importante ferramenta para o

desenvolvimento da gestão ambiental dentro de um hotel, a um instrumento de

destaque quando se trata de sistemas de gestão ambiental, Gonçalves (2004),

Castelli (2006), Petikow (2004), Pertischi (2006) e Silva (2007), citam a Carta

Ambiental em suas pesquisas dizendo que é uma referência a ser usada quando se

trata de gestão ambiental em hotéis, por isso será um dos sistemas de gestão

ambiental autônomo a ser nesta pesquisa.

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2.3.4.2 CÓDIGO DE CONDUTA ROTEIROS DE CHARME

Um grupo de cinco empresários do ramo da hotelaria criou em 1992 a

Associação Roteiros de Charme, estabelecendo, como diretrizes para os hotéis que

pretendiam se associar: a localização, a autenticidade em relação às características

regionais, como arquitetura, cultura e costumes, a qualidade dos serviços prestados,

a segurança, o conforto e a gestão ambiental (CASTELLI, 2006).

A Associação Roteiros de Charme de Hotéis é uma entidade privada

brasileira e sem fins lucrativos, que congrega hoje 51 hotéis, pousadas e refúgios

ecológicos, adotou um Código Voluntário de Conduta Ambiental. Além do

compromisso de todos os associados com a proteção do meio ambiente, muitos

membros da Roteiros de Charme também participam de projetos específicos para a

preservação da fauna, flora e herança cultural (ROTEIROS DE CHARME, 2010).

A Associação Roteiros de Charme é membro afiliado da UNWTO United

Nations World Tourism Organization (OMT – Organização Mundial do Turismo) e

integrante do Conselho Empresarial das Nações Unidas, único fórum representativo

do setor privado, constituídos por todos os seguimentos do turismo mundial

(ROTEIROS DE CHARME, 2010)

Segundo Arab Hoballah ( chefe do departamento de consumo e produção

sustentável divisão de tecnologia, industria e economia da UNEP),

O programa de Turismo da Divisão de Tecnologia, Indústria e Economia (DTIE), do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP), tem como missão assegurar a conservação, através da gestão do uso sustentável dos recursos naturais, culturais, bem como dos ambientes criados pelo homem, seja parte integral do desenvolvimento do turismo. Para tal, a UNEP/DTIE trabalha através de parcerias que incluem o setor privado, visando apoiar a integração da produção e do consumo sustentável no turismo. (www.unep.fr, 2008).

A UNEP/DTIE reconhece a Associação Roteiros de Charme como

importante aliada na preservação ambiental desde 1999, quando foi desenvolvido e

adotado o código voluntário de Ética e de Conduta Ambiental, contando com a

cooperação do Programa de Turismo da UNEP/DTIE. Esta parceria fortaleceu-se

após a assinatura do Memorando de Cooperação em 2003, e desde então vem

sendo renovado todos os anos (ROTEIROS DE CHARME, 2010).

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80

Dentre os hotéis que fazem parte da Associação Roteiros de Charme

existem Fazendas históricas, os Solares e os Casarões Históricos, construídos nos

séculos XVIII e XIX, estão identificados em suas respectivas páginas com um “H”,

seguido do século de sua construção.

Os hotéis pertencentes a Roteiro de Charmes possuem uma classificação

de acordo com as pedras preciosas encontradas no solo brasileiro. Elas identificam

os tipos de hospedagem oferecidos pela cadeia Roteiros de Charme e os hotéis são

classificados da seguinte forma segundo o Guia passaporte Roteiros de Charme

(Quadro 14).

Classificação Característica

Esmeralda Um aconchegante Hotel ou Pousada com conforto, instalações e serviços que atendam os padrões de exigência da tradicional hotelaria internacional.

Topázio Imperial Um Hotel ou Pousada muito confortável, bem equipado, aconchegante, com serviços esmerados, estilo e decoração requintada.

Água Marinha Um Hotel ou Pousada confortável, cuja decoração, serviço singelo e capricho refletem os costumes locais.

Ametista Uma pousada ou refúgio num paraíso ecológico, onde o serviço despretensioso e a decoração guardam identidade com a região.

Cristal Na forma como ele é encontrado na Natureza, ele indica todos os hotéis, pousadas e refúgios ecológicos durante o ano de seu ingresso na Associação.

Quadro 14- Classificação do Roteiros de Charme. Fonte: Guia passaporte Roteiros de Charme (2010).

Segundo Castelli (2006), o Código de Conduta do Roteiros de charme

traça diretrizes, levando em conta princípios ambientalistas para o hotel, criando um

harmonia entre o desenvolvimento econômico e a preservação dos recursos

naturais. O objetivo do código é o levantamento, a análise e a redução de impactos

ambientais causados pela hotelaria.

A formação do Código de Conduta segundo o Roteiros de Charme (2008)

se deu a partir dos seguintes aspectos:

• Estabelecidamente as diretrizes para a gestão da qualidade ambiental dos

associados, considerando inicialmente sua situação relativa ao saneamento

básico: água, esgoto, coleta de lixo e controle de poluição;

• Escolher uma pessoa entre os colaboradores de cada empresa para ficar de

responsável pelo programa, dependendo do porte do hotel poderia ser um

responsável por cada aspecto:água, energia e resíduos;

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• O responsável do hotel junto com os responsáveis pelo programa farão um

levantamento de impactos ambientais existentes na propriedade. Foi sugerido

que fizessem um check-list da estrutura do hotel, verificando ainda eventuais

desperdícios de água, energia e produtos;

• Semanalmente é enviado aos hotéis ações a serem desenvolvidas por

setores específicos do hotel, sugerindo rotinas administrativas e medidas que

poderiam ser tomadas para melhorar a performace ambiental. Foi incentivada

a troca de informações, criando de uma cultura sustentável dentro da

empresa, informando a associação sobre os resultados.

• A associação tem um plano de monitoramento e aperfeiçoamento, dividido

em três fases diferentes: I) Monitoramento ambiental independente; II)

Monitoramento independente, acompanhamento e avaliação dos resultados

alcançados; III) Monitoramento independente, revisão do Código de Conduta

Ambiental

Fases Ações

FASE 01 Monitoramento Ambiental

Independente

Análise das informações previamente fornecidas pelo hotel e para pesquisa bibliográfica; Levantamento dos impactos existentes, reuniões com os proprietários e administradores, palestras e treinamento do pessoal; Fazer relatórios correspondentes a avaliação ambiental básica da visita ao local. Neste relatório são registrados os impactos ambientais encontrados, sugeridas metas para sua redução a curto, médio e longo prazos, tendo em vista a situação física e geográfica: em cidade, cidade histórica, praia, montanha, área de preservação ambiental e parques nacionais.

FASE 02 Monitoramento independente,

acompanhamento e avaliação dos resultados

alcançados

Avaliação dos resultados alcançados;

Trocas de informações e experiências havidas em outros empreendimentos hoteleiros na aplicação do Código de Conduta; Realização de palestras sobre reciclagem; Capacitação do pessoal; Reuniões com os administradores.

FASE 03 Monitoramento

Independente, revisão do Código de Conduta

Ambiental

Avaliação dos resultados; Capacitação do pessoal; Reuniões com os administradores; Realização de palestras sobre reciclagem.

Tendo como base a avaliação das três fases descritas no plano de

monitoramento (Quadro 15), os associados a Roteiros de Charme estabelecem um

padrão mínimo de procedimentos em relação à conduta ambiental. Esse padrão

Quadro 15- Plano de monitoramento. Fonte: Castelli (2006, p. 145).

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82

mínimo deverá ser submetido à aprovação da assembléia geral da Associação

Roteiros de Charme, em conformidade com seus estatutos.

O Código de Conduta Ambiental Roteiros de Charme abrange quatro

etapas: 1) Implementação; 2) Consumo de energia; 3) Consumo de água; 4)

Resíduos sólidos e efluentes (Quadro 16).

Etapas O que abrange cada etapa Implementação Comprometimento dos sócios, diretores e gerentes de implantação;

Planejamento sustentável; Avaliação de impactos ambientais, verificar desperdício com água e energia; Reduzir o uso de produtos que causam danos ao meio ambiente; Informar e orientar os hóspedes a respeito do programa

Consumo de energia A utilização de fontes de energia alternativas; A não utilização de aquecedores elétricos; A utilização de controladores automáticos de iluminação Substituição de lâmpadas convencionais para as de baixo consumo

Consumo de água Avaliar a eficiência das instalações, identificando vazamentos no sistema hidráulico;

Verificar alternativas que levem em conta a relação custo/beneficio para a economia de água;

Instalar medidores para mensurar o consumo de água nas áreas de maior consumo;

incentivar a colaboração do hospede para a consecução dos objetivos e metas propostos pelo programa;

Adaptar um sistema de coleta de chuva; Utilizar produtos químicos, detergentes, que causem menor impacto possível

(biodegradáveis) Desenvolver um plano de ação e um cronograma de atividades para

implantação das melhorias; Incluir no orçamento investimentos que darão retorno a médio e longo prazo.

Resíduos sólidos e efluentes

Adotar a consciência ambiental utilizando os 3R's (reduzir, reutilizar e reciclar);

Identificação das fontes geradoras de resíduos; Eliminar a queima de lixo, bem como o desmatamento e desflorestamento; Evitar o uso de produtos descartáveis em que não haja uma reutilização dos

requisitos; Identificar os principais lixos gerados nos hotéis: vidro, plástico, papel, etc; Identificar aspectos ligados ao lixo como capacidade de reciclagem, maneiras

de coletar; Adequar o hotel para armazenar o lixo temporariamente; Desenvolver um plano de ação com medidas de curto, médio e longo prazos

que seja de fácil compreensão e que receba atualização periódica

Instalação de fossas orgânicas, quando não houver rede de esgoto; Eliminação de qualquer vazamento de esgoto, estabelecer um monitoramento Quadro 16- Etapas do código de conduta ambiental Roteiros de Charme.

Fonte: Castelli (2006, p.145).

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Para Petkow (2004), Castelli (2006) e a UNEP (2008), o Código de

Conduta Roteiros de Charme é uma importante ferramenta de gestão ambiental, que

já está sendo aplicada em 49 hotéis da associação Roteiros de Charme. Por ser um

sistema de gestão ambiental autônomo e de reconhecimento internacional, também

fará parte da presente pesquisa

2.4 SÍNTESE GERAL DA FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Como foi verificado na fundamentação teórica, existe uma preocupação

por parte dos meios de hospedagem em relação ao meio ambiente, alguns hotéis já

estão se adaptando a esta realidade, não só por estar contribuindo para a

preservação ambiental, mas também para atrair um mercado em crescimento, que

são as pessoas que se preocupam com a natureza, segundo os autores Abreu

(2001), Swarbrooke e Horner (2002) e Alves e Cavalcanti (2006).

Para atender esta demanda, e para que os meios de hospedagem

estejam de acordo com o meio ambiente existem os Sistemas de Gestão Ambiental,

que podem estar auxiliando estas empresas controlar e planejar seus níveis de

poluição. Foram escolhidos quatro SGA’s apresentados um a um na fundamentação

teórica, a escolha destes se deu a partir dos autores que tratam sobre o tema e por

que já existem hotéis certificados nestes Sistemas de Gestão.

Para a pesquisa serão tomados os requisitos dos SGA’s escolhidos como

base para a formação do questionário que foi aplicado em hotéis da região das

Hortênsias/RS.

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84

3 METODOLOGIA

Este capítulo aborda os procedimentos metodológicos para a aplicação

da pesquisa. Serão apresentados a caracterização da pesquisa, a descrição do

objeto de estudo, a população e a amostra, a formação do instrumento de pesquisa,

como foi o processo de coleta de dados, como se dará o tratamento dos dados

obtidos. Uma tabela relacionará os objetivos específicos e as etapas que foram

feitas para alcançá-los e o capítulo encerra com o fluxograma da pesquisa.

A presente pesquisa não tem por objetivos esgotar o assunto sobre

SGA’s na hotelaria brasileira, mas sim oferecer referenciais a outros pesquisadores

que eventualmente venham realizar estudos sobre o tema exposto.

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA

Quanto aos objetivos, esta pesquisa se caracteriza como exploratória e

descritiva. Exploratória porque o objetivo é propor sugestões ligadas aos SGA’s para

que os hotéis possam estar preparados para iniciar um processo de certificação,

sendo assim uma pesquisa orientada para a descoberta, não tendo a intenção de

estar testando hipóteses específicas de pesquisas.

Entende-se por pesquisa exploratória,

A pesquisa exploratória é realizada sobre um problema ou questão de pesquisa quando há poucos ou nenhum estudo anterior em que possamos

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buscar informações sobre a questão ou o problema. O objetivo desse tipo de estudo é procurar padrões, idéias ou hipóteses, em vez de testar ou confirmar uma hipótese. ( COLLIS e HUSSEY, 2005, p.24)

Cooper e Schindler, explicam que:

A exploração é particularmente útil quando os pesquisadores não tem uma idéia clara dos problemas que vão enfrentar durante o estudo. Através da exploração, os pesquisadores desenvolvem conceitos de forma mais clara, estabelecem prioridades, desenvolvem definições operacionais e melhoram o planejamento final da pesquisa. (COOPER e SCHINDLER, 2003, p.131)

A pesquisa também tem caráter descritivo, por estar descrevendo os

SGA’s utilizados na hotelaria brasileira e por estar verificando nos hotéis da região

das Hortênsias/RS o grau de aplicação e importância dos requisitos ambientais

propostos pelos SGA’s existentes.

Entende-se por pesquisa descritiva,

Pesquisa descritiva é a pesquisa que descreve o comportamento dos fenômenos. É usada para identificar e obter informações sobre as características de um determinado problema ou questão. [....] Os dados compilados costumam ser quantitativos e técnicas estatísticas são geralmente utilizadas para resumir as informações. (COLLIS e HUSSEY, 2005, p.24)

Como afirma Dencker (1998, p.130) a pesquisa descritiva caracteriza-se

como "estudos bem estruturados e planejados que exigem um conhecimento

profundo do problema estudado por parte do pesquisador. O pesquisador sabe o

que deseja avaliar e como deverá proceder para fazê-lo”.

A pesquisa irá apresentar características quantitativas quando analisar o

instrumento aplicado aos hotéis da região objeto de estudo, mostrando os resultados

obtidos.

Os dados quantitativos são mensurações em que números são usados diretamente para representar a propriedade de algo. Como são registrados diretamente com números, os dados estão em forma que se presta para a análise estatística. (HAIR, Jr. et. al., 2005, p.100.)

A pesquisa quantitativa: considera que tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir em números opiniões e informações para classificá-las e analisá-las. Requer o uso de recursos e de técnicas estatísticas (percentagem, média, moda, mediana, desvio-padrão, coeficiente de correlação, análise de regressão, etc.) (SILVA e MENEZES, 2001, p.20).

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86

Quanto aos resultados obtidos se caracteriza por uma pesquisa aplicada.

Segundo Silva e Menezes (2001) a pesquisa aplicada objetiva gerar conhecimentos

para aplicação prática dirigidos à solução de problemas específicos. Envolve

verdades e interesses locais. Para Collis e Hussey (2005) a pesquisa aplicada é

aquela que foi projetada para aplicar suas descobertas a um problema específico

existente.

A pesquisa visa gerar conhecimento às empresas do setor de

hospedagem, para que estas estejam aptas a iniciar um processo de certificação

seguindo um modelo de SGA, visando assim diminuir a agressão ao meio ambiente

causada pelos resíduos gerados pela atividade hoteleira.

3.2 OBJETO DE ESTUDO

Foi escolhido como objeto de estudo a região das Hortênsias localizada

na serra do estado do Rio Grande do Sul. As cidades que compõem a região são:

Gramado, Canela, Nova Petrópolis e São Francisco de Paula. As cidades da região

são ligadas pela RS 235, sua colonização é predominantemente alemã e o clima

tem as quatro estações do ano bem definidas.

Segundo a Secretaria de Turismo do Estado do Rio Grande do Sul

(SETUR 2010), hoje em dia a região das Hortênsias é o principal destino turístico do

Rio Grande do Sul e um dos mais visitados por turistas de todo o Brasil. Há uma

grande rede de hotéis, pousadas e cabanas, além de requintados restaurantes que

oferecem cozinha alemã, suíça, italiana e café colonial. A região também é

conhecida pela produção de sapatos, roupas de couro, malharias, móveis,

chocolates e artesanatos. Também é procurada por pessoas que gostam do

ecoturismo, pois possui mata nativa de araucárias, riachos cristalinos, cachoeiras,

serras, vales e canyons (SETUR,2008).

As ilustrações 07, 08 e 09 apresentam mapas situando a região que vai

ser pesquisada, e como a rede hoteleira gaúcha se divide entre suas cidades.

O mapa da ilustração 07 mostra todas as regiões do estado do Rio

Grande do Sul, como são dividias as 22 regiões, e qual a área que cada uma delas

abrange dentro do estado.

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A ilustração 08 mostra a Região das Hortênsias, quais as cidades que

compõe esta região e quais são suas vias de acesso. As facilidades de acesso e a

qualidade das estradas são um ponto positivo da região, além das paisagens qu

envolvem todo o trajeto até a região.

Ilustração

Ilustração

A ilustração 08 mostra a Região das Hortênsias, quais as cidades que

compõe esta região e quais são suas vias de acesso. As facilidades de acesso e a

qualidade das estradas são um ponto positivo da região, além das paisagens qu

envolvem todo o trajeto até a região.

Ilustração 7- Mapa das regiões do RS. Fonte: SCP-RS (2008).

Ilustração 8- Região das Hortênsias. Fonte: SCP-RS (2008).

87

A ilustração 08 mostra a Região das Hortênsias, quais as cidades que

compõe esta região e quais são suas vias de acesso. As facilidades de acesso e a

qualidade das estradas são um ponto positivo da região, além das paisagens que

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88

A rede hoteleira gaúcha tem passado por transformações, melhorando

sua estrutura, principalmente com a instalação de novos hotéis em Porto Alegre

devido à preparação da cidade para a Copa do Mundo. Esta tendência estende-se

também à região das Hortênsias. A proliferação de hotelaria de pequeno porte nas

modalidades de hotéis-fazenda e pousadas têm ampliado a oferta pela quantidade

de leitos disponíveis bem como pela diversificação da clientela. (SPC-RS, 2008)

Como pode ser observado na ilustração 09, o maior percentual de

estabelecimentos hoteleiros do estado do RS está na região das Hortênsias e na

região metropolitana, com o maior número de unidades habitacionais (UH’s)

disponíveis no estado (SCP-RS, 2008).

Ilustração 9- Mapa da rede hoteleira do Estado do RS. Fonte: SCP-RS (2008).

Segundo a Secretaria de turismo do Estado do Rio Grande do Sul, a

Região das Hortênsias tem uma grande oferta de meios de hospedagem, o quadro

17 descreve as cidades que compõe a região das Hortênsias e as respectivas

quantidades de meios de hospedagem.

Cidade Qnt. Meios de Hospedagem. %Canela 46 19%Gramado 145 61%S. Francisco de Paula 29 12%Nova Petrópolis 19 8%TOTAL = 239 100,00%

Quadro 17- Quantidade de Hotéis na região das Hortênsias. Fonte: SETUR (2008).

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0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

300.000

350.000

400.000

450.000

JANEIRO MARÇO MAIO JULHO SETEMBRO NOVEMBRO

Fluxo de Visitantes

Ano 2006

Ano 2007

Por serem cidades serranas, a região das Hortênsias tem maior fluxo de

turistas nos meses de inverno, Junho e Julho. Em dezembro devido ao Natal Luz,

evento natalino que inicia no final do mês de novembro e se estende por todo o mês

de dezembro, também recebe um fluxo significativo de turistas na região.

Dentre as cidades da região das Hortênsias a pesquisa é delimitada às

duas principais cidades da região: Canela e Gramado, devido à representatividade

em número de hospedagens (quadro 17), e fluxo de turistas que estas duas cidades

possuem.

A cidade de Gramado tem uma população de 33.706 habitantes (IBGE,

2010) e uma área de 237 km². O município tem uma forte vocação para a atividade

turística urbana; concentra cerca de 70% da oferta regional de 25.000 leitos, 1.000

estabelecimentos comerciais, 200 restaurantes, fluxo de 2,5 milhões de turistas/ano

e se caracteriza como o pólo da micro- região das Hortênsias, no nordeste da Serra

Gaúcha. (VISÃO, 2008)

A cidade de Canela tem uma população de 41.115 habitantes (IBGE,

2010) e uma área de 255 km quadrados. O município tem forte vocação para a

atividade turística de natureza. Têm importantes atrativos naturais como a Cascata

do Caracol (o segundo atrativo turístico mais lembrado do sul de país, depois de Foz

do Iguaçu) e mais de 10 parques espalhados pela cidade. Está em implantação o

Programa Canela Eco-cidade que se propõe a sistematizar o desenvolvimento

municipal dentro de normas ambientais. (VISÃO, 2008)

A ilustração 10 apresenta o fluxo de turistas da cidade de Gramado nos

últimos dois anos, dados cedidos pela Prefeitura Municipal. Gramado é a cidade

que atrai mais turistas e tem a maior rede hoteleira dentre toda a região das

Hortênsias, sendo a única a ter dados disponíveis para a análise.

Ilustração 10- Gráfico do fluxo de visitantes de Gramado.

Fonte: Prefeitura de Gramado (2008).

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90

Quanto ao fluxo de turistas em Canela, não existe dados precisos

disponíveis para consulta, a distância entre as cidades de Gramado e Canela é de

apenas 7km e muitos turistas que visitam Gramado, pela proximidade, acabam se

deslocando até Canela para visitar os atrativos turísticos disponíveis da cidade.

3.3 POPULAÇÃO E AMOSTRA

A idéia básica de amostragem é que, ao selecionar alguns elementos em

uma população, podemos tirar conclusões sobre o todo. Um elemento da população

é a pessoa que está sendo considerada para mensuração e, portanto, a unidade de

estudo. Esta unidade de estudo pode ser uma pessoa ou qualquer outra coisa.

(COOPER e SCHINDLER, 2003).

No caso de variáveis que envolvem formas de avaliação ou opinião de segmentos específicos, existe a necessidade de investigar todos os indivíduos que compõe a população (universo considerado). Os dados podem ser levantados por meio de amostragem definida pelo pesquisador, por critérios estatísticos ou de forma intencional, sem que isso comprometa sua veracidade. (DENCKER, 1998, p.88)

“A amostragem por acessibilidade permite ao pesquisador a seleção dos

elementos de pesquisa aos quais tem acesso, admitindo que estes possam, de

alguma forma, representar o universo do fenômeno estudado” (SOLDATELI,1999,

p.74). Este tipo de amostragem é aplicado em estudos exploratórios em que não é

requerido elevado nível de precisão.

A população a ser analisada nesta pesquisa são os meios de

hospedagem da região das Hortênsias/RS. A região é composta por quatro cidades

que são: Gramado, Canela, Nova Petrópolis e São Francisco de Paula.

O primeiro extrato desta população foi a delimitação das cidades de

Gramado (145 meios de hospedagem) e Canela (46 meios de hospedagem), que

em conjunto correspondem a 79,92% do total dos meios de hospedagem da região

das Hortênsias.

Considerando esta delimitação do estudo, o conjunto de 190 hotéis ( um

hotel de Gramado não foi considerado por não estar em atividade), foi considerado

como o tamanho da população ( Apêndice A ), cuja a seleção foi feita a partir da

listagem de hotéis disponibilizada pela SETUR/RS).

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91

Foram entregues 190 questionários para os meios de hospedagem das

cidades de Gramado e Canela, onde 143 foram entregues diretamente nos

endereços dos pesquisados e 47 foram enviados por e-mail. Os enviados de forma

eletrônica se deram por falta de tempo da pessoa responsável poder atender o

pesquisador, então a melhor forma encontrada foi através do e-mail.

Foram obtidas respostas de 97 instrumentos, utilizados na pesquisa

apenas 92, pois cinco instrumentos não puderam ser utilizados pois não estavam

preenchidos de forma correta ou estavam incorretos.

Foi utilizado o software Sample para calcular o nível de confiança da

pesquisa e o erro amostral. Este software calcula o tamanho necessário da amostra

com base no tamanho da população (190) em que a amostragem é retirada. A

ilustração 11 mostra a tela de apresentação do software.

De acordo com os cálculos do software Sample o nível de confiança da

pesquisa ficou em 99% e o erro amostral ficou em 10%, conforme é apresentado na

lustração 12, indicado por setas.

Ilustração 11- Tela de apresentação do software Sample. Fonte: Software Sample.

Ilustração 12- Resultado do cálculo de nível de precisão e nível de segurança. Fonte: Software Sample.

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92

Segundo Lisboa (2001) entende-se que o nível de confiança é a

percentagem em que o intervalo de confiança incluirá o verdadeiro valor observado,

se a experiência se repetir várias vezes. De acordo com Barbetta (2007) o erro

amostral é a diferença entre uma estatística e o parâmetro que se quer estimar.

3.4 COLETA DE DADOS

Esta dissertação caracteriza-se por uma pesquisa exploratória, foi

utilizado como técnica de coleta de dados o levantamento de fontes primárias e

secundárias.

A coleta de dados de acordo com Marconi e Lakatos (2007) pode ser feita

através dos procedimentos: pesquisa documental, pesquisa bibliográfica e contatos

diretos.

Inicialmente as fontes de informações desta pesquisa foram à literatura

(livros, artigos científicos, jornais, sites, etc.), que são base para qualquer tipo de

pesquisa. Esta técnica é chamada de pesquisa bibliográfica.

Desenvolvida a partir de material já elaborado: livros e árticos científicos. Embora existam pesquisas apenas bibliográficas, toda pesquisa requer uma fase preliminar de levantamento e revisão da literatura existente para elaboração conceitual e definição dos marcos teóricos. (DENCKER, 1998, p.125)

Segundo Silva e Menezes (2001) a pesquisa bibliográfica é elaborada a

partir de materiais já publicados, construídos principalmente por artigos de

periódicos, livros e atualmente o material via internet.

Quanto aos dados secundários são os dados que já estão disponíveis

para consulta, já passaram por uma análise, materiais já publicados. (livros, teses,

artigos científicos, periódicos etc.) Dados primários são os que não sofreram

nenhum tipo de análise. Para coletar estes tipos de dados pode-se utilizar:

questionários abertos e fechados, entrevistas estruturadas e semi-estruturadas,

entrevistas abertas ou livres, formulários, discussões em grupos, observações

dirigidas ou estruturadas, brainstorming entre outros tipos de coleta. Nesta pesquisa

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93

os dados primários foram coletados a partir do questionário para colher informações

sobre os meios de hospedagem (SCHLÜTER, 2003).

A técnica de coleta de dados foi através de questionário (Apêndice B). O

questionário aplicado foi auto-administrado, pois foi respondido sem a presença do

pesquisador.

Os questionários freqüentemente são respondidos pelo respondente sem a presença de um pesquisador. Supõe-se que o respondente tenha conhecimento e motivação para completá-los sozinho. Isso significa, no entanto, que o tópico, o conteúdo e o formato devem ser atraentes o suficiente para que os respondentes realmente preencham e devolvam o questionário (HAIR, JR., 2005, p.160).

O instrumento foi entregue a gerência dos meios de hospedagem ou para

a administração dos mesmos, em mãos no endereço da empresa. Em alguns meios

de hospedagem foi solicitado ao pesquisador que enviasse a pesquisa de forma

eletrônica que facilitaria ao respondente participar da pesquisa.

O hotel ficou responsável por indicar uma pessoa capacitada para

responder o instrumento, capaz interpretar as questões relacionadas aos sistemas

de gestão ambiental utilizados em hotéis brasileiros. O pesquisador não teve

influência nesta escolha, por isso a primeira parte do questionário refere-se os dados

do meio de hospedagem e também do respondente.

Após quatro semanas os meios de hospedagem foram visitados

novamente para solicitar os instrumentos respondidos, alguns foram colhidos e em

alguns hotéis foram entregues novamente o instrumento de pesquisa, pois alguns

haviam extraviado. Os instrumentos enviados via correio eletrônico (47), nos quais

não se obteve respostas, o mesmo foi enviado novamente com uma solicitação para

que o meio de hospedagem participasse da pesquisa.

Após mais quatro semanas, depois da segunda entrega, foi feito o mesmo

processo, recolhendo os respondidos e solicitando aos meios de hospedagem, que

ainda não tivesse respondido, respondessem.

Ao final da pesquisa dos 190 instrumentos de pesquisa entregues ( 145

na cidade de Gramado e 46 na cidade de Canela).

Foi obtida resposta de 97 instrumentos, sendo utilizados apenas 92 deles,

com um retorno de 48,42%

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94

1) DADOS GERAIS:Data: 20 / 10 / 09Nome Fantasia do Empreendimento: _______________________________________________

Razão Social: __________________________________________________________________

Cidade onde está localizado: _____________________________________________________

Categoria do hote/pousada:_______________________________________________________

Tipo de gestão: ( ) Familiar ( x ) Profissional ( ) MistaCargo do Respondente:_________________________________________________Escolaridade Completa: ( ) 1o. Grau ( ) 2o. Grau ( ) 3o. Grau ( ) Pós-graduação

3.5 INSTRUMENTO DE PESQUISA

Para a coleta de dados da pesquisa foi elaborado um questionário, com

perguntas que contemplam os quatro SGA’s apresentados na fundamentação

teórica.

Hair, Jr (2005), define questionário como:

Um questionário é um conjunto predeterminado de perguntas criadas para coletar dados dos respondentes. É um instrumento cientificamente desenvolvido para medir características importantes de indivíduos, empresas, eventos e outros fenômenos. (HAIR, JR, 2005, p.159)

Collis e Hussey (2005) corroboram dizendo o questionário é uma lista de

perguntas selecionadas e estruturadas, onde busca-se extrair respostas confiáveis

de uma amostra escolhida, com o objetivo de descobrir o que a amostra faz, sente

ou pensa sobre o tema pesquisado.

O instrumento de pesquisa foi elaborado em 03 partes, a primeira aborda

as características gerais do respondente e da empresa. Os dados da empresa são

relacionados ao nome, localização, tipo de hospedagem e tipo de gestão, os dados

do respondente foram referentes ao seu cargo na empresa e a sua escolaridade,

como estão apresentados na tabela 18.

Quadro 18- Dados gerais da pesquisa.

Fonte: autor (2009).

A segunda parte do instrumento está relacionada aos conhecimentos dos

meios de hospedagem sobre os SGA’s. Foi questionado se os hotéis conheciam os

sistemas ambientais apresentados que foram: ISO 14001, NBR 15401:06, Programa

Hóspedes da Natureza da ABIH e os SGA’s autônomos (Carta Ambiental da Accor e

Código de Conduta Roteiros de Charme).

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95

2) DADOS DO MEIO DE HOSPEDAGEM:Este empreendimento conhece algum dos Sistemas ambientais descritos abaixo:( ) Sistema Ambiental ABIH – Hóspedes da Natureza ( ) Carta Ambiental da Rede Accor ( ) Código de Conduta – Roteiros de Charme( ) NBR 15401:2006 – Meios de Hospedagem – Sistema de Gestão da Sustentabilidade( ) Sistema de Gestão Ambiental ISO 14001

O meio de Hospedagem participa de algum destes sistemas ambientais?( )Sim ( )Não Se a resposta for sim QUAL:_________________________________________________

Nesta parte os respondentes puderam assinalar mais de um item, pois o

intuito foi identificar quais SGA’s foram os mais reconhecidos. Também foi solicitado

se o meio de hospedagem participa ativamente de algum dos SGA’s, se a resposta

fosse afirmativa o respondente indica a qual sistema pertence.

A terceira parte do instrumento de pesquisa apresenta uma lista de

requisitos em forma de checklist, fruto da análise dos quatro SGA’s utilizados na

hotelaria brasileira. A utilização desta lista de verificação foi escolhida porque é uma

forma objetiva de apresentar os questionamentos.

Checklists têm como objetivo garantir que uma tarefa seja executada de forma objetiva, eficiente e padronizada. [...] Além disso, procedimentos padronizados constituem uma forma de uniformizar a coleta de dados, permitindo que um determinado processo possa ser medido e sua qualidade avaliada. (SILVA, CRESPO e JINO, 2008, p.1)

A estrutura desta parte da pesquisa se deu da seguinte forma: primeiro

foram identificados 05 blocos de questões, depois foram selecionados os requisitos

que irão compor cada um dos blocos, para cada dos requisitos do questionário foi

solicitado a avaliação quanto ao atendimento do requisito e quanto ao grau de

importância do mesmo. As questões selecionadas formaram um checklist, com base

nos quatro SGA’s utilizados na hotelaria brasileira.

A divisão das 85 questões em blocos foi feita por dois motivos, primeiro

porque os SGA’s utilizados para a formulação do checklist também optam por dividir

os requisitos em grupos, segundo para facilitar a análise e também a compreensão

do respondente. A tabela 20 demonstra como os SGA’s fazem a divisão de seus

requisitos:

Quadro 19- Dados sobre os meios de hospedagem. Fonte: autor (2009).

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Alguns autores como Abreu (2001), Pertschi (2006), Schenini, (2007),

Hack Neto e Pereira (2008), também identificam a necessidade de separar em

blocos as ações dos SGA, para que possam ser analisados melhor, principalmente

os requisitos que mais agridem ao meio ambiente.

SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAL

PO

LÍT

ICA

N A

MB

IEN

TA

L

Requisitos segundo

ISO 14001

Requisitos segundo

NBR 15401 Requisitos segundo

Hósp. Da Nat. Requisitos segundo

Autônomos Política Ambiental Arquitetura e

impactos da construção no local

Política de gestão ambiental no empreendimento

Informação e Sensibilização / interação com os hóspedes

Requisitos Legais e outros requisitos

Seleção e uso de insumos

Política de relacionamento com fornecedores

Compras ecológicas / envolvimento de prestadores de serviços e fornecedores

Documentação Áreas naturais, flora e fauna

Arquitetura e desing dos espaços físicos

Redução de impactos ambientais em novas construções

Avaliação do Atendimento a Requisitos Legais e outros

Paisagismo Controle e administração de custos operacionais

Biodiversidade / Preservação de locais de alta biodiversidade e valor histórico/cultural

Controle de registros

Não contempla Não contempla Não contempla

Controle operacional

Não contempla Não contempla Não contempla

Comunicação Não contempla Não contempla Não contempla Objetivos e Metas e Programas

Não contempla Não contempla Não contempla

Recursos, Funções responsabilidade e autoridade

Não contempla Não contempla Não contempla

G. D

A Á

GU

A

Monitoramento e medição

Conservação e gestão do uso de água

Redução do consumo da água

Água / Conservação da água

Não contempla Não contempla Não contempla reutilização

G. D

A E

NE

RG

IA Não contempla Eficiência

energética Redução no consumo de energia elétrica

Energia / Conservação da energia

Não contempla Emissões para o ar (gases e ruído)

redução no consumo de gás

Não contempla

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97

RE

S. S

ÓLI

DO

S E

EF

LUE

NT

ES

Não contempla Resíduos sólidos Redução dos resíduos

sólidos e destinação correta

Águas residuais e resíduos / Resíduos sólidos e efluentes

Não contempla Efluentes líquidos Não contempla eliminação e incineração de lixo e resíduos

Não contempla Emissões, efluentes e resíduos sólidos

Não contempla Camada de ozônio / Redução da poluição atmosférica

EM

ER

G. A

MB

. E S

EG

UR

AN

ÇA

Preparação e atendimento a emergência

Preparação e atendimento a emergências ambientais

Procedimentos para utilização e armazenamento de produtos perigosos

controle de substâncias químicas prejudiciais ao meio ambiente

Ação Corretiva e Ação Preventiva

Não contempla Uso do solo Não contempla

Aspectos e Impactos ambientais

Não contempla Não contempla Não contempla

Análise Crítica Não contempla Não contempla Não contempla Auditoria interna Não contempla Não contempla Não contempla Treinamento, conscientização e competência

Não contempla Não contempla Não contempla

Quadro 20- Dados sobre os meios de Hospedagem. Fonte: autor (2009).

Seguindo os modelos utilizados pelos SGA’s da pesquisa, o checklist

formado pela análise dos sistemas de gestão teve a divisão de seus requisitos em

grupos, foram divididos em cinco blocos de questões com os títulos:

Bloco I – Política ambiental;

Bloco II – Gestão da água;

Bloco III – Gestão da energia;

Bloco IV – Resíduos sólidos e efluentes;

Bloco V – Emergências ambientais e segurança.

A divisão dos requisitos em blocos foi feita para facilitar a análise dos

resultados e também para melhor compreensão dos respondentes. Esta divisão

melhora o entendimento das questões, pois agrupa os requisitos que se relacionam,

fazendo com que cada bloco tenha somente requisitos relacionados ao mesmo.

Deste modo facilita ao respondente, pois o mesmo saberá que o requisito está

diretamente relacionado ao tema do bloco.

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98

Quanto à seleção dos requisitos foram analisados os quatro SGA’s

utilizados na hotelaria brasileira. Foram delimitadas 85 questões (requisitos),

contempladas em pelo menos um dos SGA’s. No questionário cada requisito

apresentado está com a indicação do sistema de gestão que faz parte (Quadro

21(bloco I), 22 (bloco II),23 (bloco III), 24 (bloco IV) e 25 (bloco V)

O instrumento de pesquisa é formado pelos requisitos que constam nos

documentos exigidos por cada um dos SGA’s, mas foram adaptados pelo

pesquisador aos meios de hospedagem. Assim as perguntas não estão fielmente

retiradas dos modelos dos SGA’s e repassadas ao instrumento, foi necessário

adaptar para aplicação nos meios de hospedagem. Nem todos os sistemas

selecionados são específicos para a hotelaria, o intuito das adaptações é identificar

o requisito dentro da realidade hoteleira.

Para analisar os requisitos foram solicitadas duas formas de avaliação,

primeiro o respondente escolhe entre três opções, atende, atende parcialmente e

não atende. Esta parte será utilizada para saber o grau de aplicação de cada

requisito no meio de hospedagem.

A segunda avaliação diz respeito ao grau de importância, assim foi

solicitado para o respondente indicar o nível de importância do requisito, dentro de

uma escala de 1 (importância muito baixa) a 5 (importância muito alta). Esta

avaliação será utilizada para verificar os requisitos que tiveram um maior grau de

importância e também os que tiveram um menor grau de importância em cada bloco

de requisitos.

O checklist elaborado compreende 85 questões relacionadas aos SGA’s,

divididas da seguinte forma: 13 questões relacionadas ao bloco I, 12 ao bloco II, 20

ao bloco III, 25 ao bloco IV e 15 ao bloco V.

Os blocos não contêm o mesmo número de perguntas por que foram

divididos por blocos, onde foram selecionados os requisitos que contemplam para

cada bloco de perguntas.

O quadro 21 apresenta o Bloco I de forma resumida, este bloco

corresponde às questões relacionadas com a política ambiental, contém 13

questões:

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SGA's CHECKLIST H

ósp

.Da

Nat

.

SG

A A

uto

.

NB

R 1

5:40

1

ISO

1400

1

per

gu

nta

BLOCO I Questões relacionadas a política ambiental

x x x x 1 PPoollííttiiccaa AAmmbbiieennttaall x 2 CCoonnsscciiêênncciiaa aammbbiieennttaall ddooss ccoollaabboorraaddoorreess x x 3 PPoollííttiiccaa ddee rreellaacciioonnaammeennttoo ccoomm ffoorrnneecceeddoorreess x 4 PPeessssooaa rreessppoonnssáávveell ppeellaass aaççõõeess aammbbiieennttaaiiss ddaa eemmpprreessaa x 5 MMeettaass aa sseerreemm ccuummpprriiddaass x x 6 RReedduuzziirr oo iimmppaaccttoo aammbbiieennttaall eemm nnoovvaass ccoonnssttrruuççõõeess x x 7 RReessppeeiittoo aaoo eeccoossssiisstteemmaa ee aa ppooppuullaaççããoo llooccaall x 8 CCaappaacciiddaaddee ddee ccaarrggaa x 9 PPoossiicciioonnaammeennttoo aammbbiieennttaall

x 10 IIddeennttiiffiiccaa BBaarrrreeiirraass aa sseerreemm qquueebbrraaddaass nnoo ddeesseennvvoollvviimmeennttoo aammbbiieennttaall

x 11 PPrrooppoorr ssoolluuççõõeess ppaarraa qquueebbrraarr bbaarrrreeiirraass x x 12 UUttiilliizzaaççããoo ddee mmaatteerriiaaiiss eemm eexxttiinnççããoo x x 13 LLeeggiissllaaççããoo aammbbiieennttaall

O quadro 22 apresenta o Bloco II, que corresponde às questões

relacionadas com gestão da água, a utilização da água dentro da hotelaria é

considerada um fator crítico, por ter um alto consumo, por isso é abordada em todos

os SGA’s da pesquisa. Este bloco é composto por 12 questões.

SGA's CHECKLIST

sp.D

a N

at.

SG

A A

uto

.

NB

R 1

5:40

1

ISO

1400

1

Blo

co II

BLOCO II Questões relacionadas a gestão da água

x x 14 CCrroonnooggrraammaa ddee eeccoonnoommiiaa ddoo ccoonnssuummoo ddee áágguuaa x x x 15 AAnnaalliissaa ooss ccoonnssuummooss ddee áágguuaa mmeennssaallmmeennttee x x x 16 UUttiilliizzaa rreedduuttoorreess ddee ccoonnssuummoo dd''áágguuaa x x 17 SSeennssiibbiilliizzaarr ooss hhóóssppeeddeess ppaarraa ccoonnttrriibbuuiirr ppaarraa oo mmeeiioo aammbbiieennttee x x x x 18 EEqquuiippaammeennttooss qquuee ccoonnssoommeemm mmeennooss áágguuaa nnaa llaavvaannddeerriiaa x x x 19 SSiisstteemmaa ddee ccaappttaaççããoo ddee áágguuaa ddaa cchhuuvvaa x 20 EEssttiimmaarr oo ccoonnssuummoo ddee áágguuaa ppoorr sseettoorr nnoo hhootteell x 21 MMeeddiiddoorreess ddee ccoonnssuummoo ddee áágguuaa nnooss llooccaaiiss ddee mmaaiioorr uussoo x x 22 SSeennssoorreess ddee pprreesseennççaa eemm ppiiaass x 23 VVeerriiffiiccaaççããoo ccoomm ffrreeqqüüêênncciiaa ddee vvaazzaammeennttooss x 24 CCoonnttrroollaa oo ccoonnssuummoo ddee áágguuaa ddee ffoonntteess eexxtteerrnnaass x 25 RReeuussoo ddee áágguuaass rreessiidduuaaiiss

Quadro 21-: Bloco I Questões relacionadas a política ambiental. Fonte: autor 2009.

Quadro 22-: Bloco II Questões relacionadas a gestão da água. Fonte: autor (2009).

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100

O quadro 23 apresenta o Bloco III, que corresponde às questões

relacionadas com gestão da energia, o consumo de energia também é considerado

um fator crítico dentro da hotelaria, este bloco é composto por 20 questões.

SGA's CHECKLIST

sp.D

a N

at.

SG

A A

uto

.

NB

R 1

5:40

1

ISO

1400

1

Blo

co II

I

BLOCO III Questões relacionadas a gestão da energia.

x x x 26 AAnnaalliissaa sseeuuss ccoonnssuummooss ddee eenneerrggiiaa mmeennssaallmmeennttee x 27 LLiissttaa ddee mmeellhhoorriiaass ttééccnniiccaass x x 28 MMaannuutteennççããoo pprreevveennttiivvaa ddooss eeqquuiippaammeennttooss ee ffrroottaa x x x 29 UUttiilliizzaa llââmmppaaddaass ccoommppaaccttaass ppaarraa iilluummiinnaaççããoo ppeerrmmaanneennttee ((2244hhss)) x x 30 UUttiilliizzaa llââmmppaaddaass fflluuoorreesscceenntteess ccoommppaaccttaass nnooss qquuaarrttooss x x 31 IIlluummiinnaaççããoo ccoomm LLeedd''ss ppaarraa ssiinnaalliizzaaççããoo ddaass ssaaííddaass ddee sseegguurraannççaa x 32 MMiinnii bbaarreess ccoomm bbaaiixxoo ccoonnssuummoo ddee eenneerrggiiaa x x x 33 SSeennssoorreess ddee pprreesseennççaass nnaass áárreeaass ccoommuunnss ddoo hhootteell x x 34 IIssoollaammeennttoo ddaa ttuubbaaggeennss qquuee ttrraannssppoorrttaamm fflluuííddooss qquueenntteess ee ffrriiooss x 35 CCaallddeeiirraa ccoomm bbaaiixxoo ccoonnssuummoo x x 36 AArr ccoonnddiicciioonnaaddoo ddee bbaaiixxoo ccoonnssuummoo ddee eenneerrggiiaa x 37 RReeccuuppeerraa eenneerrggiiaa ddoo ssiisstteemmaa ddee cclliimmaattiizzaaççããoo x x 38 CCaappttaaççããoo ddee lluuzz ssoollaarr ppaarraa aa pprroodduuççããoo ddee áágguuaa qquueennttee x x 39 CCaappttaaççããoo ddee lluuzz ssoollaarr ppaarraa aaqquueecciimmeennttoo ddaa áágguuaa ddaa ppiisscciinnaa x 40 NNoovvooss eeqquuiippaammeennttooss,, pprriioorriiddaaddee aaooss eeccoonnôômmiiccooss x x x 41 UUttiilliizzaa eenneerrggiiaa rreennoovváávveell x x 42 NNoovvaass ccoonnssttrruuççõõeess,, pprreeooccuuppaaççããoo ee uuttiilliizzaarr eenneerrggiiaass rreennoovváávveeiiss x 43 CCoonnttrroollee ddoo ccoonnssuummoo ddee ccoommbbuussttíívveell x x 44 CCoonnttrroollee ddee ccoonnssuummoo ddee ggááss ((GGPPLL oouu nnaattuurraall)) x 45 CCoonnsscciieennttiizzaaççããoo ddooss ccoollaabboorraaddoorreess ppaarraa eeccoonnoommiizzaarr eenneerrggiiaa

O quadro 24 apresenta o Bloco IV, que corresponde às questões

relacionadas aos resíduos sólidos e efluentes, os meios de hospedagem geram

muitos resíduos devido a utilização dos serviços prestados, este bloco é composto

por 25 questões:

Quadro 23-:Bloco III Questões relacionadas à questão de energia. Fonte: Autor (2009).

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101

SGA's CHECKLIST H

ósp

.Da

Nat

.

SG

A A

uto

.

NB

R 1

5:40

1

ISO

1400

1

Blo

co IV

BLOCO IV Questões relacionadas a resíduos sólidos e efluentes

x x 46 RReeccoollhhee óólleeooss uuttiilliizzaaddooss nnaa aalliimmeennttaaççããoo x 47 TTrraattaammeennttoo pprróópprriioo ddee áágguuaass rreessiidduuaaiiss x 48 RReeuuttiilliizzaa aass áágguuaass rreessiidduuaaiiss x 49 NNoovvaass ccoonnssttrruuççõõeess,, iinnssttaallaaççõõeess ddee ffoossssaass eeccoollóóggiiccaass x 50 UUttiilliizzaa bbaaccttéérriiaass ccoonnssuummiiddoorraass ddee mmaatteerriiaall oorrggâânniiccoo àà ffoossssaa x 51 EElliimmiinnaa qquuaallqquueerr ttiippoo ddee vvaazzaammeennttoo ddee eessggoottoo x x 52 CCoolleettaa sseelleettiivvaa ddee lliixxoo x 53 RReecciiccllaa oouu vveennddee oo mmaatteerriiaall ccoollhhiiddoo nnoo hhootteell x x 54 LLiimmiittaaççããoo ddee eemmbbaallaaggeennss nnããoo rreeuuttiilliizzáávveeiiss x 55 CCaammaarreeiirraass ffaazzeemm ttrriiaaggeemm nnooss lliixxooss ddooss aappaarrttaammeennttooss x 56 LLiimmiittaa ooss pprroodduuttooss ddee hhiiggiieennee nnooss qquuaarrttooss x 57 TTrraattaa aass ppiillhhaass//aaccuummuullaaddaass x 58 TTrraattaa aass ppiillhhaass//aaccuummuullaaddaass ddooss cclliieenntteess x 59 RReecciiccllaa ooss rreessíídduuooss eellééttrriiccooss ee eelleettrrôônniiccooss??

x 60 RReecciiccllaa ooss ttiinntteeiirrooss ee ooss ttóónneerrss??

x 61 DDeessttiinnoo ccoorrrreettoo aa ttuubbooss//llââmmppaaddaass fflluuoorreesscceenntteess ccoommppaaccttaass

x 62 AAddoottaa jjuunnttoo aaooss ccoollaabboorraaddoorreess aa ccoonnsscciiêênncciiaa aammbbiieennttaall ddooss 33RR''ss

x 63 IIddeennttiiffiiccaa ttooddaass aass aattiivviiddaaddeess ee llooccaaiiss qquuee ggeerraamm rreessíídduuooss ssóólliiddooss

x 64 EEvviittaa aa uuttiilliizzaaççããoo ddee pprroodduuttooss ddeessccaarrttáávveeiiss x 65 AAnnaalliissaa oo fflluuxxoo ddooss rreessíídduuooss ggeerraaddooss,, iiddeennttiiffiiccaannddoo ooss pprriinncciippaaiiss x 66 LLooccaall aaddeeqquuaaddoo ppaarraa oo aarrmmaazzeennaammeennttoo tteemmppoorráárriioo ddooss rreessíídduuooss x 67 PPaarrttiicciippaaççããoo ddoo hhóóssppeeddee nnoo pprroocceessssoo x 68 MMiinniimmiizzaa aa iimmppeerrmmeeaabbiilliizzaaççããoo ddoo ssoolloo x 69 MMiinniimmiizzaa aa rreemmooççããoo ddaa vveeggeettaaççããoo nnaattiivvaa x 70 UUttiilliizzaa oo mmaatteerriiaall oorrggâânniiccoo ppaarraa aadduubboo

O quadro 25 apresenta o Bloco V, que corresponde às questões

relacionadas a emergências ambientais e segurança, os meios de hospedagem

deveriam dar maior atenção a estes requisitos, este bloco é composto por 15

questões:

Quadro 24-: Bloco IV Questões relacionadas a resíduos sólidos e efluentes. Fonte: Autor (2009).

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102

sp.D

a N

at.

SG

A A

uto

.

NB

R 1

5:40

1

ISO

1400

1

Blo

co V

BLOCO V Questões relacionadas a emergências ambientais e segurança.

x 71 IIddeennttiiffiiccaa aacciiddeenntteess ee ssiittuuaaççõõeess ddee eemmeerrggêênncciiaa aammbbiieennttaaiiss x 72 EEssttaabbeelleeccee ffoorrmmaass ddee pprreevveennççããoo x 73 SSiimmuullaaççããoo ddee eemmeerrggêênncciiaa x 74 HHáá BBrriiggaaddaa ddee eemmeerrggêênncciiaa nnoo hhootteell x x x x 75 OO hhootteell ppoossssuuii PPPPRRAA x x 76 HHáá uumm ddeeppóóssiittoo ddee pprroodduuttooss iinnffllaammáávveeiiss 4 77 PPoossssuuii ffiicchhaass ddee eemmeerrggêênncciiaa ddooss pprroodduuttooss ttóóxxiiccooss ee iinnffllaammáávveeiiss

x x x 78 PPrroocceeddiimmeennttoo ppaarraa mmoonniittoorraaççããoo ddee vvaazzaammeennttooss ddee pprroodduuttooss qquuíímmiiccooss ee óólleeooss eessttooccaaddooss

x x x 79 MMoonniittoorraa oo ddeessttiinnoo ddooss rreessíídduuooss ddee ssuuaa ffoossssaa

x 80 RReevvêê sseeuuss pprroocceeddiimmeennttooss ddee pprreeppaarraaççããoo ee aatteennddiimmeennttoo aass eemmeerrggêênncciiaass,, ttoommaannddoo aaççõõeess ccoorrrreettiivvaass qquuaannddoo nneecceessssáárriioo

x 81 CCoonnhheeccee oo eeccoossssiisstteemmaa oonnddee eessttáá iinnsseerriiddoo x 82 MMoonniittoorraa aass eerroossõõeess ddaa ccoonnssttrruuççããoo x 83 MMeeddiiddaass ddee rreeccoommppoossiiççããoo,, qquuaannddoo ccaauussaa aallgguumm ddaannoo aammbbiieennttaall x 84 LLooccaall eessppeeccííffiiccoo ee vveeddaaddoo ppaarraa rreessíídduuooss ssóólliiddooss ccoonnttaammiinnaanntteess x 85 CCoonnttrroollee ddee pprraaggaass

Quadro 25-: Bloco V Questões relacionadas a emergências ambientais e segurança. Fonte: Autor (2009).

A versão completa do instrumento de pesquisa encontra-se no apêndice

C.

3.6 TRATAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS

Para proceder ao tratamento e a análise dos dados obtidos através da

pesquisa, o instrumento foi analisado em duas partes como está descrito no item

3.5. A primeira parte está relacionada aos dados gerais dos meios de hospedagem e

do respondente. Os dados gerais serão levados em conta para ter conhecimento do

tipo de meio de hospedagem que está sendo analisado, e obter dados do

responsável pelas respostas.

Foi analisada também a parte referente aos conhecimentos sobre os

SGA’s apresentados, e a participação do meio de hospedagem nos sistemas

descritos. Esta parte os apresenta os dados referentes aos meios de hospedagem,

foi solicitado para que o respondente indicasse quais os SGA’s que conheciam,

estes dados foram relevantes para medir o conhecimento dos meios de

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103

hospedagem em relação aos sistemas de gestão ambiental, medindo quais os mais

reconhecidos.

Foi solicitado também que os meios de hospedagem respondessem se

participavam ativamente de algum dos SGA’s apresentados na pergunta anterior, e

se participam que indicassem o nome do sistema que estão enquadrados. A análise

desta questão mostra quais os meios de hospedagem que participam dos sistemas

de gestão ambiental e a qual deles pertencem, indicando as quantidades em cada

SGA.

A segunda parte do questionário foi analisada a participação dos SGA’s e

os blocos de questões, nesta parte o instrumento de pesquisa foi dividido em cinco

blocos: bloco I - referente a questões relacionadas a política ambiental, bloco II -

gestão da água, bloco III - gestão da energia, bloco IV - resíduos sólidos e efluentes

e o bloco V - emergências ambientais e segurança. Segundo Dencker (1998, p.191),

“[...] classificar é dividir o todo em partes, dando ordem a elas e colocar cada uma

em seu lugar”.

Os dados obtidos através do instrumento de pesquisa serão apresentados

em tabelas. O uso de tabelas e quadros se justifica, de acordo com Marconi e

Lakatos (2007, p. 37), pois, sua utilização “facilita ao leitor, a compreensão e

interpretação rápida da massa de dados, podendo este, apenas com uma olhada,

aprender importantes detalhes e relações”.

Para a análise dos resultados será levado em conta a fundamentação

teórica apresentada, embasada nos SGA’s descritos e utilizados para a criação do

instrumento de pesquisa.

A segunda parte da pesquisa mostra a lista de questões que foi

selecionada a partir dos documentos apresentados por cada um dos SGA’s

contemplados na fundamentação teórica. Formou-se uma lista de 85 questões, para

a apresentação destes dados, e também na formação do instrumento de pesquisa,

estas questões foram estratificadas formando os blocos de questões, e em cada

uma das questões está indicado o SGA a que faz parte.

Para a análise destes dados foi utilizada duas categorias de mensuração.

A primeira foi referente à aplicação dos requisitos do instrumento, onde foi verificado

se o meio de hospedagem atende, atende parcialmente ou não atende ao requisito.

Esta primeira análise irá mostrar quais os requisitos menos contemplados na lista de

perguntas e também indicará os mais contemplados pelos meios de hospedagem.

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104

Para a análise dos menos contemplados será levado em conta somente o

requisito “não atende”, assim as questões que tiverem a maior incidência nesta

resposta serão os requisitos onde há uma menor preocupação por parte dos meios

de hospedagem. Os três requisitos que tiverem a maior porcentagem serão

destacados e analisados.

Para a análise dos requisitos mais contemplados irão somar-se as

porcentagens dos requisitos “atende” e “atende parcialmente”, assim serão

apresentados os requisitos onde os meios de hospedagem mais atuam em relação

ao meio ambiente. Os três requisitos mais contemplados serão destacados e

analisados.

A segunda análise foi relacionada ao grau de importância de cada

requisito. Foi solicitado ao respondente que selecionasse o grau de importância que

tinha uma variação de 1 (um) a 5 (cinco), onde o número 1 é uma importância muito

baixa, 2 é baixa, 3 é média, 4 é alta e 5 uma importância muito alta. Nesta análise

foram somados os graus de importância 1 e 2 para indicar as porcentagens mais

baixas (menor importância), foram somados os graus 4 e 5 para indicar os maiores

graus de importância (maior importância). O número 3 ficou como neutro (média

importância) não fazendo parte da soma dos requisitos de menor grau de

importância nem nos de maior grau de importância.

Para analisar os índices de maior e menor importância serão

selecionados três requisitos com as maiores porcentagens de grau de importância e

os três requisitos com as menores porcentagens para serem analisados. Os

requisitos intermediários serão destacados somente se obtiverem porcentagens que

chamem a atenção.

Com base nos requisitos selecionados e analisados serão indicadas as

sugestões ambientais para os meios de hospedagem da região das Hortênsias.

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105

3.7 SÍNTESE DAS ETAPAS X OBJETIVOS

O quadro 18 apresenta de forma sintetizada a relação dos objetivos

específicos propostos nesta pesquisa, e como foram alcançados, apontando as

etapas desenvolvidas para sua concepção.

Objetivos específicos Etapas Identificar os modelos de Sistemas de Gestão Ambiental utilizados nos meios de hospedagem brasileiros

*Pesquisa bibliográfica; *Leitura de artigos científicos; *Consulta a ABIH Nacional

Estruturar um checklist de requisitos ambientais abordados depois SGA's utilizados na hotelaria brasileira

* Análise dos SGA's: ISO 14001;NBR 15401:2006; ABIH - Hospedes da Natureza; Sistemas Ambientais Autônomos. * Agrupar em um único checklist os requisitos dos SGA's aliando a cada requisito o SGA que se vincula.

Identificar junto aos meios de hospedagem da região das Hortênsias o grau de aplicação e a importância de cada requisito do checklist

* Aplicação do instrumento de pesquisa nos meios de hospedagem da região das Hortênsias - RS. *Identificar os requisitos do checklist menos atendidos dos hotéis respondentes. * Identificar os requisitos do checklist mais atendidos dos hotéis respondentes. *Identificar os requisitos do checklist de maior importância segundo os hotéis respondentes. *Identificar os requisitos do checklist de menor importância segundo os hotéis respondentes.

Gerar um conjunto de sugestões ambientais para os meios de hospedagem da região a partir da aplicação e importância dos requisitos identificados na pesquisa.

* Análise do instrumento de pesquisa aplicado nos meios de hospedagem da região das Hortênsias. *Selecionar os requisitos menos contemplados e de menor importância. *Selecionar os requisitos mais contemplados e de maior importância. *Formatar o conjunto de sugestões ambientais.

Quadro 26- Relação dos objetivos específicos e etapas propostas. Fonte: Autor (2009).

Ao finalizar este capítulo de metodologia a ilustração 13 apresenta em

forma de fluxograma os procedimentos adotados para a realização da pesquisa.

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106

No primeiro estágio da pesquisa foi feita uma revisão bibliográfica, através

desta pesquisa foram selecionados os SGA’s utilizados na hotelaria brasileira.

Foram selecionados quatro sistemas de gestão ambiental: ISO 14001, NBR 15401,

programa Hóspedes da Natureza, SGA autônomos.

A partir dos SGA’s foi formado um checklist de requisitos, separado em

cinco blocos de questões, cada bloco foi representado por um título como foi

descrito item 3.5 . A partir deste checklist foi formatado um instrumento de pesquisa

onde foi aplicado nos meios de hospedagem das cidades de Gramado/RS (144

instrumentos) e Canela/RS (46 instrumentos). Foi obtido um retorno de 92

instrumentos de pesquisa, que geraram dois tipos de análise, quanto o grau de

aplicação dos requisitos ao grau de importância de cada requisito.

Através do resultado desta análise é gerada uma lista de requisitos

ambientais apresentarão o menor e maior grau de aplicação; o maior e menor grau

de importância.

Ilustração 13- Fluxograma da Pesquisa. Fonte:Autor (2009).

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107

4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS OBTIDOS

Neste capítulo os resultados são apresentados em duas partes. A

primeira apresenta os dados gerais sobre o meio de hospedagem, sobre o

respondente e o conhecimento quanto aos SGA’s. A segunda parte apresenta o

grau de aplicação e importância sobre cada um dos 85 requisitos que compões os

blocos I, II, III, IV e V. A análise será feita de acordo com o tema de cada bloco.

4.1 DADOS GERAIS

Nesta parte da pesquisa foram analisados: a cidade a qual o meio de

hospedagem faz parte, a categoria da empresa, o tipo de gestão adotado, o cargo

do respondente e a escolaridade do mesmo.

Na cidade de gramado 65 meios de hospedagem de um total de 144 (um

estabelecimento estava fechado), participaram da pesquisa, correspondendo a

45,14%. Na cidade de Canela foram distribuídos 46 instrumentos de pesquisa e

retornados 27 (a cidade possui menos meios de hospedagem que a cidade de

Gramado), atingindo 58, 70% de resposta.

Quanto ao tipo de meio de hospedagem: 52 são hotéis e 40 são

pousadas.

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108

41%

24%

35%Familiar

Mista

Particular

Quanto ao tipo de gestão na região das Hortênsias, como na maioria dos

estados brasileiro, ainda predomina a gestão familiar nos meios de hospedagem,

nesta pesquisa representa quase a metade do total de respostas (Ilustração 14).

Ilustração 14- Gráfico 1 – Tipo de Administração Fonte: Autor (2009).

Outra questão a ser analisada é em relação ao cargo do respondente,

como ficou a critério dos meios de hospedagem escolher uma pessoa capacitada

para responder o instrumento, alguns não responderam esta questão. Para não

gerar uma lista de cargos os mesmos foram divididos em cargos operacionais e

administrativos. Do total dos respondentes 63% são de cargos administrativos e

37% de cargos operacionais.

Quanto ao grau de instrução dos respondentes (Ilustração 15). A maioria

dos respondentes possui o 3º grau completo, isso indica que os gestores dos

hotéis estão se qualificando para estarem aptos ao mercado de trabalho. A

região onde foi aplicada a pesquisa tem característica de hotéis familiares,

são poucos os que são administrados por redes hoteleiras, isso pode ser

responsável pelos 47% dos respondentes terem apenas o 1º e o 2º graus

completo. Geralmente nos hotéis familiares o empreendimento passa de pai

para filho, e muitas vezes estes não são incentivados para se qualificar em

um curso superior, por que trabalham no ramo a sua vida toda e talvez não

vêem necessidade de se qualificar.

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109

13%

34%41%

12%

1º Grau

2º Grau

3º Grau

Pós Graduação

Ilustração 15- Gráfico 2 – Grau de Escolaridade Fonte: Autor (2009).

A tabela 01 apresenta o conhecimento que os meios de hospedagem têm

a respeito dos modelos de SGA apresentados.

Sistemas de Gestão Ambiental Conhecem Não

conhecem 1 Sistema ambiental ABIH - Hospedes da Natureza 76% 24% 2 Carta Ambiental da Rede Accor 47% 53% 3 Código de Conduta - Roteiros de Charme 45% 55% 4 NBR 15401:2006 - Meios de Hospedagem 75% 25% 5 Sistema de Gestão Ambiental - ISO 14001 87% 13%

Fonte: Autor (2009)

Ao analisar os dados de tabela é possível identificar o alto nível de

conhecimento que os respondentes têm sobre SGA’s, por isso não significa que os

respondentes conhecem claramente a composição destes sistemas, mas indica que

conhecem ou já ouviram falar sobre eles.

Entre os SGA’s apresentados a ISO 14001 foi a mais reconhecida, isso

pode ter ocorrido por que a ISO é uma certificação com validade internacional e por

ser aplicável em qualquer tipo de empresa. O sistema ambiental ABIH – hospedes

da natureza e a NBR 15401:2006 tiveram quase o mesmo índice de

reconhecimento, por tratarem especificamente de gestão ambiental para a hotelaria

foram reconhecidas com maior facilidade pelos respondentes. O sistema da ABIH é

mais antigo dentre os apresentados, foi um dos precursores dentro da hotelaria

brasileira que teve a preocupação com o meio ambiente, a NBR 15401:2006 é uma

Tabela 1- Conhecimento sobre o SGA

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110

norma nova, que busca padronizar um sistema de gestão ambiental específico para

hotelaria.

Os Sistemas Ambientais autônomos obtiveram menos reconhecimento

que os demais, esta ocorrência pode ser motivada por serem específicos para

algumas redes de hotéis, não sendo expostos a qualquer meio de hospedagem. São

mais específicos para a realidade do hotel em que foram implantados,

correspondendo às suas necessidades.

Quanto a participação dos meios de hospedagem pesquisados em algum

dos sistemas de gestão ambiental apresentados, apenas cinco hotéis dos 92

respondentes participam de um Sistema de Gestão Ambiental. Entre estes cinco

hotéis, três deles participam do Código de Conduta Roteiros de Charme, um deles

participa da Carta Ambiental da Accor e o outro participa da ISO 14001. Fica

explícito o baixo índice de participação em Sistemas de Gestão Ambiental, realidade

que não se aplica apenas a esta região, mas sim por todo o país.

Os sistemas ambientais autônomos foram os que mais tiveram

participação, esta incidência pode ter ocorrido porque geralmente cada hotel busca

sua gestão ambiental dentro da sua realidade, um sistema feito especificamente

para um hotel tem mais chances de obter melhores resultados do que a adaptação

da empresa a um sistema já consagrado.

4.2 ANÁLISE DA PARTICIPAÇÃO DOS SGA’S NA PESQUISA

Neste item é analisada a participação de cada um dos Sistemas de

Gestão Ambiental da pesquisa, indicando a quantidade de requisitos selecionados

em cada um dos blocos de respostas. Segue a apresentação em gráfico, onde é

possível verificar a participação de cada SGA’s nos cinco blocos de questões.

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111

0

5

10

15

20

25

Bloco I Bloco II Bloco III Bloco IV Bloco V

Hósp. Da Nat.

SGA Auto.

NBR 15:401

ISO 14001

Nas questões do bloco I os SGA’s autônomos tiveram participação

com 11 questões, depois ficaram a NBR 15401 e o programa Hóspedes da

Natureza empatados com 4 questões cada e por ultimo ficou a ISO 14001

com 2 questões. Pode se observar que os SGA’s autônomos tiveram

participação em mais da metade das questões apresentadas no Bloco I, isso

se deve a relação direta que estes SGA’s têm com os meios de hospedagem,

seus requisitos são práticos em relação às políticas ambientais. O Programa

Hóspedes da Natureza e a NBR 15401 obtiveram a mesma participação,

estes dois SGA’s são específicos para os meios de hospedagem, solicitam

muitas vezes os mesmos requisitos. A ISO 14001 apresenta a menor

participação, o motivo deve ser por que este SGA não é específico para meios de

hospedagem, mas por se aplicar a prestação de serviços, também foi considerado.

Nas questões do bloco II os SGA’s autônomos tiveram a maior

participação com 10 questões, depois a NBR 15401 com 8, o programa Hóspedes

da natureza com 5 e por último a ISO 14001 participando com 1 questão.

Novamente no bloco II pode se observar que os SGA’s autônomos são os

que tiveram maior participação, suas ações práticas ligas a gestão da água fez com

que os requisitos dos SGA’s autônomos fossem mais selecionados. A segunda mais

selecionada foi a da NBR 15401, os requisitos desta norma chamam bastante a

atenção quando ao uso da água, tanto por motivos de preservação quanto por

motivos de custos dentro dos meios de hospedagem, que são significativos. O

programa Hóspedes da Natureza foi o terceiro mais selecionado, por ser um

Ilustração 16- Gráfico 3 – Participação nos SGA’s Fonte: Autor (2009).

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112

programa mais antigo que os outros analisados, não tem muitos requisitos

específicos com relação ao uso da água. A ISO 14001 novamente ficou a

participação mais baixa, devido a não ser um sistema específico para os meios de

hospedagem e por não conseguir adequar as questões da ISO para os meios de

hospedagem.

Nas questões do bloco III os SGA’s autônomos tiveram a maior

participação com 18 questões, depois a NBR 15401 com 10, o programa Hóspedes

da Natureza com 9 e a ISO 14001, não teve participação neste bloco. Segue os

SGA’s autônomos com a maior participação nos blocos, suas diversas ações com

relação a gestão da energia fizeram com que estes SGA’s tivessem maior

participação. A segunda com a maior participação foi a NBR 15401, suas diversas

ações em relação à gestão da energia fazem com que a norma seja selecionada por

alguns meios de hospedagem. O programa Hóspedes da natureza novamente ficou

com a terceira participação, suas ações em relação ao uso da energia são mais

abrangentes, não tão específicas quanto aos dois outros SGA’s com maior

participação. A ISO 14001 não teve nenhum requisito selecionado neste bloco, isso

não quer dizer que esta norma não atente ao controle da gestão da energia. Não foi

selecionado nenhum requisito porque na pesquisa as questões foram adaptadas

para a realidade dos meios de hospedagem, o autor não conseguiu adequar

nenhuma questão relacionada a este bloco.

Nos bloco IV os SGA’s autônomos tiveram a maior participação com 22

questões, depois a NBR 15401 com 4, o programa Hóspedes da Natureza com 2 e a

ISO 14001, não teve participação neste bloco. Neste Bloco os SGA’s autônomos

tiveram uma participação bem expressiva, isso devido a grande preocupação que

estes sistemas tem com os resíduos sólidos e efluentes gerados pelos meios de

hospedagem, é uma área que requer muita atenção, porque agride muito ao meio

ambiente. A segunda mais afoi a NBR 15401, o gráfico nos mostra que há uma

preocupação com os resíduos dentro da norma, mas não é tão relevante quando no

SGA que teve maior participação. O Programa Hóspedes da Natureza ficou com a

terceira participação, novamente ressalto aqui que este programa foi um dos

pioneiros e encontra-se em fase de reformulação, suas ações referentes aos

resíduos não são muito abrangentes. A ISO 14001 não teve nenhum requisito

selecionado neste bloco, isso não quer dizer que esta norma não atente ao controle

dos resíduos sólidos e efluentes, não foi selecionado nenhum requisito porque na

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113

pesquisa eles foram adaptados para a realidade dos meios de hospedagem e a ISO

14001 por ter maior característica na aplicação de indústrias, não teve participação

neste bloco.

No bloco V a norma NBR 15401 teve a maior participação com 10

questões, depois a ISO 14001 com 7 e o programa Hóspedes da Natureza

juntamente com os SGA’s autônomos participando com 3 questões cada.

Neste bloco se pode observar que a NBR 15401 obteve a maior

participação, foi a mais selecionada por ter muitos requisitos relacionados a

emergências ambientais e também uma atenção na segurança. A ISO 14001 neste

bloco ficou com a segunda maior participação por ter características na aplicação

em indústrias. Nas indústrias há muita preocupação com emergências ambientais e

a segurança dos colaboradores. Os SGA’s autônomos e o programa Hóspedes da

Natureza ficaram empatados em terceiro. Tanto os SGA’s autônomos quanto o

programa Hóspedes da Natureza deve ter maior atenção com relação as

emergências ambientais e segurança, não tanto pelas emergências, porque

dificilmente um meio de hospedagem irá causar uma emergência ambiental, porque

não é da natureza de sua operação, mas a segurança com os colaboradores é um

ponto a ser levado em consideração nos seus requisitos.

Como se pode observar nos blocos os SGA’s autônomos foi sempre os

mais selecionados, somente no Bloco V, que é relacionado às emergências

ambientais e a segurança este sistema não teve a maior participação, mas no geral

ficou com uma porcentagem bem acima dos outros SGA’s participantes. A NBR

15401 foi o segundo SGA mais selecionado, isso porque é uma norma específica

para meios de hospedagem, esta norma não é especificamente só para a parte

ambiental, ela atua sobre toda sustentabilidade relacionada aos meios de

hospedagem, uma norma nova que busca colocar os meios de hospedagem

brasileiros em conformidade com o meio ambiente.

O programa Hóspedes da Natureza foi o terceiro mais selecionado, isso

pode ter ocorrido porque o programa encontra-se em reformulação. O programa foi

um dos primeiros voltado para o meio ambiente dentro da hotelaria brasileira,

buscando ações ambientais para serem aplicadas nos meios de hospedagem. A ISO

14001 foi a menos selecionada dentre os SGA’s escolhidos, isso devido as suas

características, pois este sistema é mais empregado em indústrias, onde o foco das

ações é diferente do que na área de prestação de serviços, mas a ISO 14001 pode

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114

perfeitamente ser aplicada na hotelaria, como se pode observar, existem hotéis que

já obtiveram esta certificação.

4.3 ANÁLISE DOS RESULTADOS POR BLOCO DE QUESTÕES

Aqui serão apresentados e analisados os resultados, divididos em

cinco blocos: Bloco I – Política Ambiental; Bloco II – Gestão da água; Bloco III

– Gestão da energia; Bloco IV – Resíduos sólidos e efluentes e Bloco V –

Emergências ambientais e segurança.

Os resultados são apresentados neste capítulo de forma sintetizada,

mas podem ser visualizados na escala completa no apêndice C.

As questões relacionadas ao grau de importância foram respondidas

em uma variação que vai do número 1 ao 5, onde o menor corresponde ao

grau mais baixo e o maior o mais alto. Para a apresentação dos quadros

foram somados os resultados 1+2 como sendo os que caracterizam a menor

importância, o número 3 representa posição neutra (média importância) e os

resultados 4+5 representam a maior importância.

A análise se dará da seguinte forma, foram ordenadas as perguntas

de cada bloco das menos atendidas para as mais atendidas seguindo uma

ordem crescente. Para cada requisito mais ou menos atendido será

identificado o grau de importância. A ênfase da análise será para os três

extremos de cada bloco: menor e maior grau de atendimento, maior e menor

grau de importância (utilizando os três maiores e menores percentuais da

coluna “Maior Importância”).

Além da analise descrita acima, outros requisitos que apresentarem

discrepância na escala analisada também serão comentados.

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115

4.3.1 BLOCO I – POLÍTICA AMBIENTAL

O bloco I corresponde às perguntas relacionadas com a política ambiental

utilizada, é composto por 13 questões.

SGA's CHECKLIST Avaliação Grau de

importância

sp.D

a N

at.

SG

A A

uto

.

NB

R 1

5:40

1

ISO

1400

1

per

gu

nta

BLOCO I Questões relacionadas a política ambiental A

ten

de

Ate

nd

e P

arci

alm

ente

Não

Ate

nd

e

Men

or

imp

ort

ânci

a

Méd

ia

imp

ort

ânci

a

Mai

or

imp

ort

ânci

a

x 4 OO hhootteell ppoossssuuii uummaa ppeessssooaa rreessppoonnssáávveell ppeellaass qquueessttõõeess aammbbiieennttaaiiss?? 8% 42% 50% 20% 37% 43%

x 11

OO hhootteell pprrooppõõee ssoolluuççõõeess ppaarraa aass ppoossssaamm sseerr qquueebbrraaddaass aass bbaarrrreeiirraass qquuee iimmppeennddeemm oo ddeesseennvvoollvviimmeennttoo aammbbiieennttaall?? 9% 40% 51% 37% 27% 36%

x 2 OOss ccoollaabboorraaddoorreess tteemm ccoonnsscciiêênncciiaa ddaa ppoollííttiiccaa aammbbiieennttaall ddoo hhootteell ee ssããoo ccaappaacciittaaddooss ppaarraa eessttaarreemm ddee aaccoorrddoo ccoomm eessttaa ppoollííttiiccaa?? 9% 42% 49% 4% 24% 72%

x 9 OO hhootteell iiddeennttiiffiiccaa sseeuu ppoossiicciioonnaammeennttoo qquuaannttoo àà ccoonnffoorrmmiiddaaddee ee ddeesseemmppeennhhoo aammbbiieennttaall nnoo mmeerrccaaddoo?? 10% 45% 46% 21% 35% 45%

x x x x 1 EExxiissttee uummaa ppoollííttiiccaa aammbbiieennttaall ddeeffiinniiddaa nnoo hhootteell?? 11% 43% 46% 8% 15% 77%

x x 13

OO hhootteell eessttáá eemm ddiiaa ccoomm aa lleeggiissllaaççããoo aammbbiieennttaall?? 11% 50% 39% 0% 26% 74%

x 10

OO hhootteell iiddeennttiiffiiccaa aass bbaarrrreeiirraass qquuee ppoossssaamm sseerr ccrriiaaddaass ppaarraa oo ddeesseennvvoollvviimmeennttoo aammbbiieennttaall?? 11% 55% 34% 37% 27% 36%

x x 6 OO hhootteell vviissaa rreedduuzziirr ooss iimmppaaccttooss aammbbiieennttaaiiss eemm sseeuuss nnoovvooss pprroojjeettooss ddee ccoonnssttrruuççããoo,, vviissaannddoo aa pprreesseerrvvaaççããoo ddaa llooccaalliiddaaddee?? 13% 63% 24% 0% 30% 70%

x x 3

OO hhootteell ppoossssuuii uummaa PPoollííttiiccaa ddee rreellaacciioonnaammeennttoo ccoomm ffoorrnneecceeddoorreess,, ddaannddoo pprreeffeerrêênncciiaa ppaarraa aaqquueelleess qquuee ooffeerreecceemm pprroodduuttooss aammbbiieennttaallmmeennttee rreessppoonnssáávveeiiss?? 16% 43% 40% 2% 21% 77%

x x 7 OO hhootteell rreessppeeiittaa oo eeccoossssiisstteemmaa ee aa ppooppuullaaççããoo llooccaall?? 17% 68% 14% 15% 25% 60%

x 5 OO hhootteell ppoossssuuii mmeettaass aa sseerreemm ccuummpprriiddaass nnoo qquuee ddiizz rreessppeeiittoo aa pprreesseerrvvaaççããoo ddoo mmeeiioo aammbbiieennttee?? 22% 43% 36% 14% 24% 62%

x x 12

OO hhootteell nnããoo uuttiilliizzaa mmaatteerriiaaiiss ddeerriivvaaddooss ddee eessppéécciieess aammeeaaççaaddaass nnaa ccoonnssttrruuççããoo,, aaccaabbaammeennttoo oouu ddeeccoorraaççããoo?? 23% 61% 16% 0% 25% 75%

x 8 OO hhootteell ppoossssuuii uummaa ccaappaacciiddaaddee ddee ccaarrggaa?? 46% 48% 7% 23% 21% 57% Fonte: Autor (2009)

Dos requisitos menos atendidos do bloco I, as três questões com maior

índice de não atende foram: 11, 4, e 2. O pior resultado foi a questão 11, que

questiona se o hotel propõe soluções para quebrar barreiras onde impedem o

Tabela 2- Análise do bloco I referente à política ambiental

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116

desenvolvimento ambiental, 51% não atendem ao requisito e apenas 9% atendem.

Este requisito não obteve um grau de importância alto (36%), o grau de menor

importância atingiu uma maior porcentagem (37%).

A questão quatro questiona se o hotel tem uma pessoa responsável pelas

ações ambientais, esta foi a que obteve o segundo pior resultado, 50% não atendem

a este requisito e somente 8% atendem. Apesar de ser pouco atendido seu grau de

importância chegou a 43%, sendo que apenas 20% não a consideram importante.

A terceira questão menos atendida foi a dois, que questiona se os

colaboradores têm consciência da política ambiental do hotel e são capacitados para

atuarem de acordo, neste requisito 49% dos hotéis não atendem ao requisito e

apenas 9% atendem. Esta questão apesar de não ser muito atendida teve um grau

de importância elevado (72%), os que não acham importante são apenas 4%.

Apesar de ter uma porcentagem de atendimento baixo os hotéis consideram este

requisito importante.

Dos requisitos mais atendidos do bloco I, as três questões que mais

atendem foram: 8, 7 e 12. A questão oito foi a que obteve a maior porcentagem,

este requisito questiona se o hotel possui capacidade de carga, somando as

avaliações “atende” mais a “atende parcialmente” o resultado foi 94%, somente 7%

não atendem a este requisito. O grau de importância desta questão ficou em 57% e

23% não o consideram importante. Apesar de ser o requisito mais atendido do bloco

I os meios de hospedagem não o consideram muito importante.

A questão 7 foi a segunda mais atendida, o requisito questiona se o hotel

respeita o ecossistema e a população local. Somando as avaliações “atende” mais a

“atende parcialmente” o resultado foi 85%, somente 14% não atendem a este

requisito. O grau de importância ficou em 60% e apenas 15% não consideram o

consideram importante.

A terceira questão mais atendida foi a 12, o requisito menciona se o hotel

não utiliza materiais derivados de espécies ameaçadas na construção, acabamento

ou decoração dos ambientes. Atendem e atendem parcialmente a este requisito

84%, e 16% não atendem. Nesta questão o grau de importância ficou em 75% e a

menor importância ficou em 0%. O requisito teve uma alta porcentagem de

atendimento, fica caracterizado que os meios de hospedagem consideram muito

importantes as questões da preservação de espécies ameaçadas.

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117

Dos requisitos considerados mais importantes do bloco I, as três questões

com maior grau de importância foram: 3,1 e 12. A questão três foi considerada a

mais importante do bloco I, este requisito menciona se o hotel possui uma política

de relacionamento com fornecedores, dando preferência para aqueles que oferecem

produtos ambientalmente responsáveis. O grau de importância ficou em 77% quanto

à menor importância focou em 2%. Fica bem caracterizado que os meios de

hospedagem acham este requisito importante, apesar de ser o mais importante do

bloco I apenas 16% dos hotéis atendem a este requisito.

A questão um foi considerada a segunda mais importante, o requisito

questiona se existe uma política ambiental definida no hotel, o grau de importância

ficou em 77%, quanto à menor importância ficou em 8%. Este requisito é

considerado muito importante na visão dos meios de hospedagem, mas apenas 11%

atendem a este requisito.

A terceira questão considerada mais importante foi a 12, este requisito

também foi considerado o terceiro mais atendido do Bloco I, como já foi comentado.

Ressalto aqui o alto grau de importância 75% caracterizando que os meios de

hospedagem consideram muito importante este requisito.

Dos requisitos considerados menos importantes do bloco I, as três

questões com menor importância foram: 10, 11 e 4. A questão 10 foi considerada o

menos importante do bloco I, este requisito questiona sobre o hotel identificar as

barreiras que possam ser criadas para o desenvolvimento ambiental. Apenas 36%

dos meios de hospedagem consideraram este requisito importante e 9% atendem a

este requisito. Não foi considerada importante e poucos atendem a esta questão.

A questão 11 foi considerada à segunda menos importante, questiona se

hotel propõe soluções para as possam ser quebradas as barreiras que impendem o

desenvolvimento ambiental. Somente 36% consideraram o requisito importante e 9%

dos meios de hospedagem atendem ao requisito, também foi o que obteve menor

grau de atendimento. Não foi considerada importante e poucos atendem a esta

questão.

A terceira questão menos importante foi a quatro. Este requisito questiona

se hotel possui uma pessoa responsável pelas questões ambientais. Além de ser

considerado menos importante com 43% também é considerado um dos menos

atendidos com 8%.

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118

4.3.2 BLOCO II – GESTÃO DA ÁGUA

O bloco II corresponde às perguntas relacionadas à gestão da água, é

composto por 12 questões:

sp.D

a N

at.

SG

A A

uto

.

NB

R 1

5:40

1

ISO

1400

1

per

gu

nta

s

BLOCO II Questões relacionadas a gestão da água A

ten

de

Ate

nd

e P

arci

alm

ente

Não

Ate

nd

e

Men

or

imp

ort

ânci

a

Méd

ia

imp

ort

ânci

a

Mai

or

imp

ort

ânci

a

x 24 OO hhootteell ccoonnttrroollaa ee rreeggiissttrraa oo ccoonnssuummoo ddee áágguuaa ddee ffoonntteess eexxtteerrnnaass ee ffoonntteess pprróópprriiaass?? 5% 12% 83% 35% 32% 34%

x 21 PPoossssuuii mmeeddiiddoorreess ddee ccoonnssuummoo ddee áágguuaa nnooss llooccaaiiss ddee mmaaiioorr uussoo?? 7% 13% 80% 13% 23% 64%

x 20

OO hhootteell EEssttiimmaa oo ccoonnssuummoo ddee áágguuaa nnooss bbaannhheeiirrooss ddooss hhoossppeeddeess,, ccoozziinnhhaass,, llaavvaannddeerriiaass ee ddeemmaaiiss áárreeaass ddee sseerrvviiççoo,, jjaarrddiinnss ee ppiisscciinnaa ppaarraa vveerr oo ccoonnssuummoo ddee áágguuaa ppoorr sseettoorr?? 7% 15% 78% 7% 15% 78%

x x 14 OO hhootteell tteemm uumm ccrroonnooggrraammaa ddee aaççõõeess qquuee bbuussccaa aa rreessttrriiççããoo ddoo ccoonnssuummoo ddaa áágguuaa?? 8% 32% 61% 14% 20% 66%

x x x 15 OO hhootteell ffaazz uummaa aannáálliissee ddooss ccoonnssuummooss ddee áágguuaa mmeennssaallmmeennttee?? 8% 34% 59% 0% 13% 87%

x x 22 OO hhootteell ppoossssuuii sseennssoorreess ddee pprreesseennççaa nnaass ppiiaass?? 9% 15% 76% 12% 17% 71%

x x x x 18 UUttiilliizzaa eeqquuiippaammeennttooss ddaa llaavvaannddeerriiaa qquuee nnããoo ccoonnssuummaamm ttaannttaa áágguuaa?? 9% 23% 68% 0% 17% 83%

x 25

OO hhootteell ddeevvee pprroommoovveerr,, qquuaannddoo aapplliiccáávveell,, oo uussoo ddee áágguuaass rreessiidduuaaiiss ttrraattaaddaass ppaarraa aattiivviiddaaddeess ccoommoo rreeggaarr,, llaavvaaggeemm ddee vveeííccuullooss,, lliimmppeezzaa ee oouuttrraass aapplliiccaaççõõeess.. 10% 18% 72% 0% 18% 82%

x x x 19 OO hhootteell tteemm ssiisstteemmaa ddee ccaappttaaççããoo ddee áágguuaa ddaa cchhuuvvaa?? 10% 18% 72% 0% 13% 87%

x 23 OO hhootteell vveerriiffiiccaa ccoomm ffrreeqqüüêênncciiaa aa eexxiissttêênncciiaa ddee vvaazzaammeennttooss,, iinncclluussiivvee nnaa ppiisscciinnaa?? 13% 20% 67% 10% 16% 74%

x x x 16 OO hhootteell uuttiilliizzaa rreedduuttoorreess ddee ccoonnssuummoo ddee áágguuaa eemm ttoorrnneeiirraass ee dduucchhaass?? 16% 43% 40% 0% 0%

100%

x x 17

OO hhootteell pprrooppõõee aaooss sseeuuss hhoossppeeddeess qquuee nnããoo ttrrooqquueemm ssuuaass ttooaallhhaass ddee bbaannhhoo ee rroouuppaa ddee ccaammaa ttooddooss ooss ddiiaass ppaarraa ddiimmiinnuuiirr oo ccoonnssuummoo ddaa áágguuaa.. 27% 47% 26% 0% 12% 88%

Fonte: Autor (2009).

Dos requisitos menos atendidos do bloco II as três questões com maior

índice foram: 24, 21, e 20. O pior resultado foi à questão 24, que questiona se o

hotel controla e registra o consumo de água de fontes externas e fontes próprias,

Tabela 3- Análise do Bloco II referente a gestão da água.

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119

onde 83% dos meios de hospedagem não atendem a este requisito e apenas 5%

atendem. Este requisito também é considerado pouco importante para 34%.

A questão 21 foi a segunda menos atendida, questiona se o hotel possui

medidores de consumo de água nos locais de maior uso. Dos meios de

hospedagem pesquisados 80% não atendem a este requisito, somente 7% atendem.

Apesar de ser pouco atendido teve um alto grau de importância (64%), isso

caracteriza que os hotéis apesar de não atender a este requisito o consideram

importante.

A terceira questão menos atendida foi a 20, onde questiona se o hotel

estima o consumo de água nos banheiros dos hospedes, cozinhas, lavanderias e

demais áreas de serviço, jardins e piscina para ver o consumo de água por setor.

Neste requisito 78% não atendem e apenas 7% dos meios de hospedagem

atendem. Apesar da alta porcentagem quanto ao não atendimento, os hotéis

consideram este requisito importante, com um grau de importância de 78%.

Dos requisitos mais atendidos do bloco II, as três questões com maior

atendimento foram: 17, 16 e 15. A questão 17 foi a que obteve a maior

porcentagem, este requisito menciona se o hotel propõe aos seus hóspedes que não

troquem suas toalhas de banho e roupa de cama todos os dias, para diminuir o

consumo da água. A soma do “atende” e “atende parcialmente” atingiu 74%, quanto

26% não atendem a este requisito. Mesmo tendo uma porcentagem mais alta em

atende parcialmente, 88% dos meios de hospedagem consideram este requisito

muito importante.

A questão 16 foi a segunda mais atendida do bloco, questiona se hotel

utiliza redutores de consumo de água em torneiras e duchas, obteve um resultado

de 59%, mas salienta-se que 40% não atendem a este requisito. Apesar de ser o

segundo mais atendido do bloco, poucos hotéis utilizam estes redutores como ficou

caracterizado nas porcentagens. Destaca-se aqui que 100% dos meios de

hospedagem consideram esta questão importante.

A terceira questão mais atendida foi a 15, onde questiona se o hotel faz

uma análise dos consumos de água mensalmente. Neste requisito a soma das

avaliações ficou em 42%, e 59% dos meios de hospedagem não atendem.

Considerando que não é muito atendida, seu grau de importância é bastante

elevado (74%).

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120

Dos requisitos considerados mais importantes do bloco II, as três

questões com maior grau de importância foram: 16, 17 e 19. A questão 16 foi

considerada a mais importante do bloco II, este requisito menciona se hotel utiliza

redutores de consumo de água em torneiras e duchas. Esse requisito também foi

considerado o segundo requisito mais atendido do bloco, 100% dos meios de

hospedagem consideram esta questão importante.

A questão 17 foi a segunda mais importante do bloco, questiona se o

hotel propõe aos seus hóspedes que não troquem suas toalhas de banho e roupa de

cama todos os dias para diminuir o consumo da água. O requisito 17 também foi o

mais atendido do bloco, o grau de importância ficou em 88% quanto a menor

importância ficou em 0%. Este requisito ficou caracterizado como muito importante,

mas apenas 27% atendem a esta questão.

A terceira questão mais importante do bloco foi a 19, questiona se o hotel

tem sistema de captação de água da chuva. O grau de importância ficou em 87%

quanto à menor importância ficou em 0%. Este requisito ficou caracterizado com

muito importante, mas somente 10% dos hotéis atendem a esta questão.

Dos requisitos considerados menos importantes do bloco II, as três

questões com menor importância foram: 24, 21 e 14. A questão 24 foi considerada

o menos importante do bloco II, este requisito questiona se o hotel controla e registra

o consumo de água de fontes externas e fontes próprias. Este requisito também foi

considerado o menos importante do bloco. Apenas 34% dos meios de hospedagem

consideram importante esta questão e apenas 5% atendem a mesma.

A questão 21 foi considerada a segunda menos importante, questiona se

o hotel possui medidores de consumo de água nos locais de maior uso. Este

requisito também foi considerado o segundo menos atendido do bloco II. Apesar de

ser considerado menos importante, 64% dos meios de hospedagem consideraram o

requisito importante, mas apenas 7% atendem ao mesmo.

A terceira questão menos importante do bloco foi a 14, este requisito

questiona se o hotel tem um cronograma de ações que busca a restrição do

consumo da água. Mesmo sendo o terceiro requisito menos importante seu grau de

importância ficou em 66% e quanto ao grau de atendimento ficou em 8%. Fica

evidente que os hotéis consideram importante este requisito, mas mesmo assim o

seu atendimento é mínimo.

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121

O bloco II referente à gestão da água teve um alto índice de importância

em praticamente todos os requisitos, apenas um ficou com a porcentagem abaixo de

50%. Este bloco foi considerado muito importante na visão dos meios de

hospedagem.

4.3.3 BLOCO III – GESTÃO DA ENERGIA

O bloco III corresponde às perguntas relacionadas a gestão da energia,

este bloco contém 20 questões:

sp.D

a N

at.

SG

A A

uto

.

NB

R 1

5:40

1

ISO

1400

1

per

gu

nta

BLOCO III Questões relacionadas a gestão da

energia. Ate

nd

e

Ate

nd

e P

arci

alm

ente

Não

Ate

nd

e

Men

or

imp

ort

ânci

a

Méd

ia

imp

ort

ânci

a

Mai

or

imp

ort

ânci

a

x 37 RReeccuuppeerraa eenneerrggiiaa ddoo ssiisstteemmaa ddee cclliimmaattiizzaaççããoo?? 8% 13% 79% 13% 24% 63%

x x 39 UUttiilliizzaa ccaappttaaççããoo ddee lluuzz ssoollaarr ppaarraa aaqquueecciimmeennttoo ddaa áágguuaa ddaa ppiisscciinnaa?? 8% 13% 79% 20% 34% 51%

x x x 26 OO hhootteell aaccoommppaannhhaa ee aannaalliissaa sseeuuss ccoonnssuummooss ddee eenneerrggiiaa mmeennssaallmmeennttee?? 8% 26% 66% 0% 16% 84%

x x 31 UUttiilliizzaa iilluummiinnaaççããoo ccoomm LLeedd''ss ppaarraa ssiinnaalliizzaaççããoo ddaass ssaaííddaass ddee sseegguurraannççaa?? 9% 15% 76% 26% 23% 51%

x x 38 UUttiilliizzaa ccaappttaaççããoo ddee lluuzz ssoollaarr ppaarraa aa pprroodduuççããoo ddee áágguuaa qquueennttee ssaanniittáárriiaa?? 9% 23% 68% 0% 21% 79%

x x x 41 OO hhootteell uuttiilliizzaa aallgguumm ttiippoo ddee eenneerrggiiaa rreennoovváávveell?? 11% 20% 70% 13% 33% 54%

x x 42 EEmm nnoovvaass ccoonnssttrruuççõõeess hháá aa pprreeooccuuppaaççããoo ddee uuttiilliizzaarr eenneerrggiiaass rreennoovváávveeiiss ((ssoollaarr,, eeóólliiccaa,, eettcc))?? 11% 27% 62% 20% 25% 55%

x 27 FFaazz ccoomm ffrreeqqüüêênncciiaa uummaa lliissttaa ddee mmeellhhoorriiaass ttééccnniiccaass?? 11% 32% 58% 13% 28% 59%

x 43 OO ccoommbbuussttíívveell ddaa ffrroottaa ddoo hhootteell ((ee ccaallddeeiirraa qquuaannddoo ffoorr oo ccaassoo)) éé ccoonnttrroollaaddoo?? 13% 34% 53% 0% 34% 66%

x 45 HHáá uummaa ccoonnsscciieennttiizzaaççããoo ggeerraall eennttrree ooss ccoollaabboorraaddoorreess ppaarraa eeccoonnoommiizzaarr eenneerrggiiaa?? 15% 47% 38% 0% 43% 57%

x x 28 FFaazz mmaannuutteennççããoo pprreevveennttiivvaa ddooss eeqquuiippaammeennttooss ee ffrroottaa?? 16% 30% 53% 0% 22% 78%

x 40 NNaa aaqquuiissiiççããoo ddee nnoovvooss eeqquuiippaammeennttooss,, ddáá pprriioorriiddaaddee aa eeqquuiippaammeennttooss qquuee ccoonnssoommeemm mmeennooss eenneerrggiiaa?? 16% 39% 45% 7% 25% 68%

x 35 OO hhootteell uuttiilliizzaa ccaallddeeiirraa ccoomm bbaaiixxoo ccoonnssuummoo?? 18% 32% 50% 0% 16% 84%

x x x 29 UUttiilliizzaa llââmmppaaddaass fflluuoorreesscceenntteess ccoommppaaccttaass ppaarraa iilluummiinnaaççããoo ppeerrmmaanneennttee ((2244hhss))?? 20% 41% 39% 0% 23% 77%

x x 36 UUttiilliizzaa aarr ccoonnddiicciioonnaaddoo ddee bbaaiixxoo ccoonnssuummoo ddee eenneerrggiiaa?? 25% 33% 42% 0% 0%

100%

x x 30 UUttiilliizzaa llââmmppaaddaass fflluuoorreesscceenntteess ccoommppaaccttaass nnooss qquuaarrttooss?? 25% 61% 14% 0% 27% 73%

Tabela 4- Análise do bloco III referente a gestão de energia.

Page 122: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ - UNIVALI DIEGO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Diego de Souza.pdf · are used in the Brazilian hotel industry: ISO 14001; NBR 15401:06 – Means of

122

x x 44 HHáá uumm ccoonnttrroollee ddee ccoonnssuummoo ddee ggááss ((GGPPLL oouu nnaattuurraall)) 27% 40% 33% 14% 37% 49%

x 32 OO hhootteell uuttiilliizzaa mmiinnii bbaarreess ccoomm bbaaiixxoo ccoonnssuummoo ddee eenneerrggiiaa?? 30% 37% 33% 0% 0%

100%

x x x 33 OO hhootteell tteemm iinnssttaallaaddooss sseennssoorreess ddee pprreesseennççaass nnaass áárreeaass ccoommuunnss ddoo hhootteell?? 34% 53% 13% 0% 0%

100%

x x 34 AAss ttuubbaaggeennss qquuee ttrraannssppoorrttaamm fflluuííddooss qquueenntteess ee ffrriiooss ssããoo iissoollaaddaass?? 38% 41% 21% 10% 24% 66%

Fonte: Autor (2009).

Dos requisitos menos atendidos do bloco III, as três questões com maior

índice foram: 37, 39, e 31. O pior resultado foi à questão 37, que questiona se o

hotel recupera energia do sistema de climatização, onde 79% dos meios de

hospedagem não atendem a este requisito e somente 8% atendem. Mesmo com

pouco índice de atendimento 63% dos meios de hospedagem consideram este

requisito importante.

A questão 39 foi a segunda menos atendida, questiona se o hotel utiliza

captação de luz solar para aquecimento da água da piscina, neste requisito 79% não

atendem e somente 8% dos meios de hospedagem atendem. O grau de importância

ficou em 51%, o requisito apesar de não ser muito atendido é considerado

importante.

A terceira questão menos atendida do bloco foi a 31, questiona se o hotel

utiliza iluminação com Led's para sinalização das saídas de segurança, neste

requisito 76% não atendem e apenas 9% dos meios de hospedagem atendem.

Quanto ao grau de importância ficou em 51%, sendo considerado importante.

Dos requisitos mais atendidos do bloco III, as três questões com maior

atendimento foram: 33, 30 e 34. A questão 33 foi a que obteve a maior

porcentagem, este requisito questiona se hotel tem instalados sensores de

presenças nas áreas comuns. Somando as avaliações “atende” mais “atende

parcialmente” o resultado foi 87%, somente 13% não atendem ao requisito. Esta

questão também foi considerada importante para 100% dos meios de hospedagem,

ficando caracterizado o alto grau de importância do requisito.

A questão 30 foi a segunda mais atendida do bloco, este requisito

questiona se o hotel utiliza lâmpadas florescentes compactas nos quartos. A soma

das avaliações ficou em 86%, quanto ao não atende ficou em apenas 13%. Este

requisito foi considerado muito importante, seu grau de importância ficou em 100%,

segundo os meios de hospedagem.

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123

A terceira questão mais atendida foi a 34, este requisito questiona se as

tubagens que transportam fluídos quentes e frios são isoladas, 79% dos meios de

hospedagem atendem a este requisito e 33% não atendem. Seu grau de importância

ficou em 100%, caracterizando o requisito como muito importante.

Dos requisitos considerados mais importantes do bloco III, as três

questões com maior grau de importância foram: 36, 32 e 33. A questão 33 já foi

citada como mais atendidas do bloco III.

As três questões mais importantes tiveram o mesmo grau de importância

(100%). O requisito 36 questiona se o hotel utiliza ar condicionado de baixo

consumo de energia, o 32 questiona se o hotel utiliza mini bares com baixo consumo

de energia e o 33 questiona se o hotel tem instalados sensores de presenças nas

áreas comuns do hotel. Estes requisitos foram considerados os mais importantes do

bloco.

Dos requisitos considerados menos importantes do bloco III, as três

questões com menor índice foram: 44, 31 e 39. Os requisitos 31 e 39 também foram

considerados os menos atendidos do bloco. A questão 44 foi considerada o menos

importante do bloco III, este requisito questiona se no hotel há um controle de

consumo de gás (GPL ou natural), seu grau de importância ficou em 49%, mas 27%

dos hotéis fazem este controle.

A questão 31 foi considerada a segunda menos importante, questiona

Utiliza iluminação com Led's para sinalização das saídas de segurança, seu grau de

importância ficou em 51% e somente 9% dos meios de hospedagem atendem a este

requisito.

A terceira questão menos importante foi a 39 que questiona se o hotel

utiliza captação de luz solar para aquecimento da água da piscina, este requisito

ficou com grau de importância em 51%, somente 8% dos meios de hospedagem

atendem a este requisito.

O bloco III foi considerado muito importante, apenas um dos requisitos

tem um índice menor que 50% quanto se trata do grau de importância dado as

questões.

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124

4.3.4 BLOCO IV – RESÍDUOS SÓLIDOS

O bloco IV corresponde às perguntas relacionadas resíduos sólidos, este

bloco contém 25 questões:

Tabela 5- Análise do bloco IV referente a gestão de energia.

sp.D

a N

at.

SG

A A

uto

.

NB

R 1

5:40

1

ISO

1400

1

Blo

co IV

BLOCO IV Questões relacionadas a resíduos

sólidos e efluentes Ate

nd

e

Ate

nd

e P

arci

alm

ente

Não

Ate

nd

e

Men

or

imp

ort

ânci

a

Méd

ia

imp

ort

ânci

a

Mai

or

imp

ort

ânci

a

x 48 RReeuuttiilliizzaa aass áágguuaass rreessiidduuaaiiss?? 8% 18% 74% 24% 37% 73% x 59 RReecciiccllaa ooss rreessíídduuooss eellééttrriiccooss ee eelleettrrôônniiccooss?? 8% 18% 74% 25% 39% 36%

x 47 OO hhootteell tteemm uumm ttrraattaammeennttoo pprróópprriioo ddee áágguuaass rreessiidduuaaiiss?? 11% 20% 70% 18% 25% 57%

x 65 OO hhootteell aannaalliissaa oo fflluuxxoo ddooss rreessíídduuooss ggeerraaddooss,, iiddeennttiiffiiccaannddoo ooss pprriinncciippaaiiss?? 13% 25% 62% 15% 35% 50%

x 50 AAddiicciioonnaa bbaaccttéérriiaass ccoonnssuummiiddoorraass ddee mmaatteerriiaall oorrggâânniiccoo àà ffoossssaa ttrraaddiicciioonnaall ppaarraa mmiinniimmiizzaarr oo iimmppaaccttoo aammbbiieennttaall?? 13% 32% 55% 13% 29% 58%

x 56 LLiimmiittaa aa eemmbbaallaaggeemm iinnddiivviidduuaall ddooss pprroodduuttooss ddee hhiiggiieennee nnooss qquuaarrttooss?? 13% 46% 41% 12% 25% 63%

x 68 OO hhootteell mmiinniimmiizzaa aa iimmppeerrmmeeaabbiilliizzaaççããoo ddoo ssoolloo?? 14% 27% 59% 27% 46% 27%

x 63 OO hhootteell iiddeennttiiffiiccaa ttooddaass aass aattiivviiddaaddeess ee llooccaaiiss qquuee ggeerraamm rreessíídduuooss ssóólliiddooss?? 15% 30% 54% 17% 38% 45%

x 62 AAddoottaa jjuunnttoo aaooss ccoollaabboorraaddoorreess aa ccoonnsscciiêênncciiaa aammbbiieennttaall ddooss 33RR''ss ((RReedduuzziirr,, RReeuuttiilliizzaarr ee RReecciiccllaarr)) 16% 21% 63% 0% 33% 67%

x 49

PPaarraa nnoovvooss pprroojjeettooss ddee ccoonnssttrruuççããoo,, ddããoo pprreeffeerrêênncciiaa aa iinnssttaallaaççõõeess ddee ffoossssaass eeccoollóóggiiccaass qquuaannddoo aa llooccaalliiddaaddee nnããoo ooffeerreeccee ttrraattaammeennttoo ddee eessggoottoo?? 16% 23% 61% 0% 18% 82%

x 55 AAss ccaammaarreeiirraass ddoo hhootteell ffaazzeemm ttrriiaaggeemm nnooss lliixxooss ddooss aappaarrttaammeennttooss?? 16% 30% 53% 20% 29% 51%

x 66 HHáá nnoo hhootteell uumm llooccaall aaddeeqquuaaddoo ppaarraa oo aarrmmaazzeennaammeennttoo tteemmppoorráárriioo ddooss rreessíídduuooss?? 18% 30% 51% 16% 32% 52%

x 51

EElliimmiinnaa qquuaallqquueerr ttiippoo ddee vvaazzaammeennttoo ddee eessggoottoo nnããoo ttrraattaaddoo oouu qquuíímmiiccoo pprreejjuuddiicciiaaiiss aa ssaaúúddee,, nnoo mmaarr,, rriiooss ee pprriinncciippaallmmeennttee,, ppeerrttoo ddee nnaasscceenntteess ddee áágguuaa ee rreesseerrvvaattóórriiooss ddee áágguuaa?? 20% 58% 23% 0% 25% 75%

x 70 ÉÉ uuttiilliizzaaddoo oo mmaatteerriiaall oorrggâânniiccoo ccoommoo aadduubboo?? 21% 27% 52% 28% 45% 27%

x x 54 LLiimmiittaa aa uuttiilliizzaaççããoo ddee eemmbbaallaaggeennss nnããoo rreeuuttiilliizzáávveeiiss ppaarraa oo aapprroovveeiittaammeennttoo ddoo hhootteell?? 25% 36% 39% 16% 30% 53%

x 61 DDáá uummaa ddeessttiinnaaççããoo ccoorrrreettaa aaooss ttuubbooss//llââmmppaaddaass fflluuoorreesscceenntteess ccoommppaaccttaass?? 25% 37% 38% 12% 20% 68%

x 67 OO hhootteell eennvvoollvvee oo hhoossppeeddee nnoo pprrooggrraammaa,, iinncceennttiivvaannddoo--oo aa ppaarrttiicciippaarr aattrraavvééss ddee iinnffoorrmmaattiivvooss?? 27% 47% 26% 0% 23% 77%

x 64 EEvviittaa aa uuttiilliizzaaççããoo ddee pprroodduuttooss ddeessccaarrttáávveeiiss?? 29% 42% 28% 25% 27% 48%

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125

x 69 OO hhootteell mmiinniimmiizzaa aa rreemmooççããoo ddaa vveeggeettaaççããoo nnaattiivvaa?? 30% 53% 16% 12% 25% 63%

x 58 TTrraattaa aass ppiillhhaass//aaccuummuullaaddaass ddooss cclliieenntteess,, ddaannddoo uumm ddeessttiinnoo ccoorrrreettoo?? 38% 35% 27% 22% 34% 45%

x 53 OO hhootteell rreecciiccllaa oouu vveennddee eemmbbaallaaggeennss ddee pplláássttiiccoo,, vviiddrroo,, aalluummíínniioo,, mmeettaall,, ppaappeell//ccaarrttããoo?? 41% 47% 12% 13% 27% 60%

x x 46 OO hhootteell rreeccoollhhee óólleeooss uuttiilliizzaaddooss nnaa aalliimmeennttaaççããoo?? 49% 33% 18% 0% 0% 100%

x 57 TTrraattaa aass ppiillhhaass//aaccuummuullaaddaass ddoo hhootteell,, ddaannddoo uumm ddeessttiinnoo ccoorrrreettoo?? 50% 35% 15% 0% 22% 78%

x x 52 OO hhootteell ffaazz ccoolleettaa sseelleettiivvaa ddee lliixxoo?? 59% 35% 7% 0% 0% 100% x 60 RReecciiccllaa ooss ttiinntteeiirrooss ee ooss ttóónneerrss?? 62% 32% 7% 0% 26% 74% Fonte: Autor (2009).

Dos requisitos menos atendidos do bloco VI, as três questões com menor

índice foram: 48, 59 e 47. O pior resultado foi à questão 48, que questiona se o

hotel reutiliza as águas residuais, onde 74% dos meios de hospedagem não

atendem a este requisito e somente 8% atendem. Apesar de ser pouco atendida

seu grau de importância foi 73%, isso indica que este requisito é importante segundo

os hotéis mas é pouco atendido.

A questão 59 foi a segunda menos atendida, questiona se o hotel recicla

os resíduos elétricos e eletrônicos, segundo os meios de hospedagem 74% não

atendem a este requisito, somente 8% atendem. Seu grau de importância também

teve um baixo índice com 36%, caracterizando que esta questão não é considerada

importante para os hotéis.

A terceira questão menos atendida foi a 47, que questiona se o hotel tem

um tratamento próprio de águas residuais, neste requisito 70% não atendem quanto

somente 11% atendem a esta questão. Mesmo sendo uma das menos atendidas

seu grau de importância ficou em 57%, assim fica caracterizado que os meios de

hospedagem consideram este requisito importante.

Dos requisitos mais atendidos do bloco IV, as três questões com maior

atendimento foram: 60, 52 e 53. A questão 60 foi a que obteve a maior

porcentagem, este requisito questiona se o hotel recicla os tinteiros e os tóners.

Somando as avaliações “atende” mais “Atende parcialmente” o requisito teve um

grau de atendimento de 94% enquanto apenas 7% não atendem. Esta questão

também foi considerada importante, o grau de importância chegou a 74%, ficando

caracterizado que os meios de hospedagem o consideram importante.

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126

A questão 52 foi a segunda mais atendida, este questiona se o hotel faz

coleta seletiva de lixo. A soma das avaliações ficou em 94%, quanto ao não

atendimento ficou em apenas 7%. Este requisito foi considerado muito importante,

seu grau de importância ficou em 100%, caracterizando sua importância perante os

meios de hospedagem.

A terceira questão mais atendida foi a 53, onde questiona se o hotel

recicla ou vende embalagens de plástico, vidro, alumínio, metal e papel/cartão. Este

requisito ficou com um grau de atendimento em 88% e somente 15% não atendem.

Também é considerado importante por 78% dos meios de hospedagem

pesquisados.

Dos requisitos considerados mais importantes do bloco IV, as três

questões com maior grau de importância foram: 46, 52 e 49. As questões 46 e 52

foram consideradas importantes com o grau de importância em 100%. O requisito 46

questiona se o hotel recolhe óleos utilizados na alimentação e o requisito 52

questiona se o hotel O faz coleta seletiva de lixo, este também foi considerado um

dos mais importantes do bloco.

A terceira questão mais importante é a 49 que questiona se o hotel, em

novos projetos de construção, da preferência a instalações de fossas ecológicas

quando a localidade não oferece tratamento de esgoto. Este requisito ficou com um

grau de importância em 82% e apenas 16% dos meios de hospedagem atendem.

Fica caracterizado que é considerado muito importante, mas pouco aplicado nos

hotéis da região.

Dos requisitos considerados menos importantes do bloco IV, as três

questões com menor importância foram: 70, 68 e 59. Os requisitos 70 e 68

obtiveram a mesma porcentagem quanto ao grau de importância, as duas ficaram

com apenas 27%, caracterizando que os meios de hospedagem não consideram

estas questões importantes. A questão 70 questiona se o hotel utiliza o material

orgânico como adubo, e a questão 68 questiona se o hotel minimiza a

impermeabilização do solo. Poucos hotéis atendem a estes requisitos, o requisito 70

somente 21% atendem e a 68 atendem em 14%.

A terceira questão menos importante foi a 59, que questiona se o hotel

recicla os resíduos elétricos e eletrônicos, também foi um dos requisitos menos

atendidos, somente 8% atendem ao requisito e seu grau de importância ficou em

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127

36%. Caracterizando que os meios de hospedagem não consideram importante o

requisito e também poucos atendem ao mesmo.

4.3.5 BLOCO V – EMERGÊNCIAS AMBIENTAIS E SEGURANÇA

O bloco IV corresponde às perguntas relacionadas as emergências

ambientais e segurança, este bloco contém 15 questões.

Tabela 6- Análise do bloco V referente a emergências ambientais e segurança.

sp.D

a N

at.

SG

A A

uto

.

NB

R 1

5:40

1

ISO

1400

1

Blo

co V

Questões relacionadas a emergências ambientais e segurança. A

ten

de

Ate

nd

e P

arci

alm

ente

Não

Ate

nd

e

Men

or

imp

ort

ânci

a

Méd

ia

imp

ort

ânci

a

Mai

or

imp

ort

ânci

a

x 83 EExxiisstteemm mmeeddiiddaass ddee rreeccoommppoossiiççããoo,, qquuaannddoo oo hhootteell ccaauussaa aallgguumm ddaannoo aaoo mmeeiioo aammbbiieennttee?? 5% 17% 77% 12% 37% 51%

x 74 EExxiissttee aa bbrriiggaaddaa ddee eemmeerrggêênncciiaa nnoo hhootteell?? 5% 18% 76% 29% 41% 29%

x 82 OO hhootteell mmoonniittoorraa aass eerroossõõeess ccaauussaaddaass ppeellaa ccoonnssttrruuççããoo ddoo hhootteell eemm llooccaall ddee eennccoossttaa?? 7% 13% 80% 22% 45% 34%

x x x 78 EExxiissttee nnoo hhootteell uumm pprroocceeddiimmeennttoo ppaarraa mmoonniittoorraaççããoo ddee vvaazzaammeennttooss ddee pprroodduuttooss qquuíímmiiccooss ee óólleeooss eessttooccaaddooss?? 7% 16% 77% 25% 41% 34%

x x x x 75 OO hhootteell ppoossssuuii PPPPRRAA ((PPllaannoo ddee PPrreevveennççããoo ddee RRiissccooss AAmmbbiieennttaaiiss)) ?? 8% 16% 76% 13% 34% 53%

x x x 79 OO hhootteell mmoonniittoorraa aa qquuaalliiddaaddee ddaa áágguuaa uussaaddaa,, ddeessccaarrrreeggaaddaa ffoorraa ddaass ffoossssaass ee ddoo ssiisstteemmaa ddee eessggoottoo?? 8% 17% 75% 21% 34% 46%

x 77 AAss ffiicchhaass ddee eemmeerrggêênncciiaa ddooss pprroodduuttooss ttóóxxiiccooss ee iinnffllaammáávveeiiss eessttããoo ddiissppoonníívveeiiss nnooss llooccaaiiss aapprroopprriiaaddooss?? 8% 30% 62% 0% 45% 55%

x 81 OO hhootteell tteemm ccoonnhheecciimmeennttoo ddoo eeccoossssiisstteemmaa oonnddee eessttáá iinnsseerriiddoo?? 9% 16% 75% 25% 49% 26%

x 80

AAppóóss aallgguummaa eemmeerrggêênncciiaa aammbbiieennttaall ooccaassiioonnaaddaa,, oo hhootteell rreevvêê sseeuuss pprroocceeddiimmeennttooss ddee pprreeppaarraaççããoo ee aatteennddiimmeennttoo aass eemmeerrggêênncciiaass,, ttoommaannddoo aaççõõeess ccoorrrreettiivvaass qquuaannddoo nneecceessssáárriioo?? 9% 25% 66% 22% 39% 39%

x x 76 OO hhootteell ddiissppõõee ddee uumm ddeeppóóssiittoo ddee pprroodduuttooss iinnffllaammáávveeiiss ?? 10% 30% 60% 0% 41% 59%

x 84 OO hhootteell ddiissppõõee ddee uumm llooccaall eessppeecciiffiiccoo ee vveeddaaddoo ppaarraa rreessíídduuooss ssóólliiddooss ccoonnttaammiinnaanntteess?? 11% 17% 72% 35% 42% 23%

x 73 SSããoo rreeaalliizzaaddaass ssiimmuullaaççõõeess nnoo hhootteell ccaassoo aaccoonntteeççaa aallgguummaa eemmeerrggêênncciiaa?? 16% 47% 37% 9% 46% 46%

x 72 EEssttaabbeelleeccee ffoorrmmaass ddee pprreevveennççããoo?? 30% 34% 36% 24% 37% 39%

x 71 OO hhootteell iiddeennttiiffiiccaa oo ppootteenncciiaall ddee aacciiddeenntteess ee ssiittuuaaççõõeess ddee eemmeerrggêênncciiaa aammbbiieennttaaiiss qquuee ppoossssaa ccaauussaarr?? 30% 34% 36% 28% 49% 23%

x 85 OO hhootteell ddiissppõõeess ddee uumm ccoonnttrroollee ddee pprraaggaass?? 63% 34% 3% 0% 32% 68% Fonte: Autor (2009).

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Dos requisitos menos atendido do bloco V as três questões com maior

índice foram: 82, 83, 74. O pior resultado foi à questão 82, que questiona se o hotel

monitora as erosões causadas pela construção do hotel em local de encosta, onde

80% dos meios de hospedagem não atendem a este requisito e somente 7%

atendem. Seu grau de importância é baixo com 34%, não é considerado importante

e poucos atendem a este requisito.

A questão 83 foi a segunda menos atendida com 77%, questiona se no

hotel existem medidas de recomposição, quando o hotel causa algum dano ao meio

ambiente. Somente 5% atendem a este requisito, seu grau de importância, apesar

de ser pouco atendida pelos meios de hospedagem é 51%.

A terceira questão menos atendida foi a 74, que questiona se existe a

brigada de emergência no hotel, onde 76% não atende ao requisito e apenas 5%

atende. Seu grau de importância também é baixo 29%, isso devido aos hotéis da

região não serem, na sua maioria, de grande porte, não exigindo uma brigada de

emergência permanente.

Dos requisitos mais atendidos do bloco V, as três questões com maior

atendimento foram: 85, 71, 72. A questão 85 foi a que obteve a maior porcentagem,

este requisito questiona se o hotel dispõe de um controle de pragas, somando as

avaliações “atende” mais “atende parcialmente” seu resultado chegou a 97% e

apenas 3% não atendem a este requisito. O grau de importância desta questão

também é alto (68%), isso indica que os meios de hospedagem atendem a este

requisito e também o acham importante.

A questão 71 foi a segunda mais atendida, questiona se o hotel identifica

o potencial de acidentes e situações de emergência ambientais que possa causar. A

soma de suas avaliações foi 64%, apesar de ser a segunda mais atendida do bloco

seu grau de importância é bem baixo com 23% somente, caracteriza que este

requisito é atendido mas não é considerado importante pela maioria dos meios de

hospedagem.

A terceira questão mais atendida foi a 72 que questiona se o hotel

estabelece formas de prevenção. Este requisito foi atendido em 64% das respostas

e não teve um grau de importância alto, ficou em 39%, caracterizando que os meios

de hospedagem atendem ao requisito mas não o consideram importante.

Dos requisitos considerados mais importantes do bloco V, as três

questões com maior grau de importância foram: 85, 76 e 77. A questão 85 além de

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129

ser considerada uma das mais importantes também foi considerada a mais atendida

do bloco. A questão 85 questiona se o hotel dispões de um controle de pragas, seu

grau de importância ficou em 68% e seu grau de atendimento ficou em 63%. Este

requisito ficou mostra que muitos hotéis atendem ao requisito e também o

consideram importante.

A questão 76 foi considerada a segunda mais importante, questiona se o

hotel dispõe de um depósito de produtos inflamáveis, seu grau de importância ficou

em 59%, mas somente 10% dos meios de hospedagem atendem a este requisito.

A terceira questão mais importante foi a 77, questiona se o hotel possui

fichas de emergência dos produtos tóxicos e inflamáveis estão disponíveis nos

locais apropriados. O grau de importância deste requisito foi 55% e apenas 8%

atendem ao mesmo. É considerado importante, mas pouco aplicado.

Dos requisitos considerados menos importantes do bloco V, as três

questões com menor importância foram: 71, 84, 81 Os requisitos 71 e 84 obtiveram

a mesma porcentagem quanto ao grau de importância, as duas ficaram com baixa

porcentagem (23%). A questão 71 merece um destaque pois foi selecionada como a

segunda mais atendida do bloco mas em contrapartida também foi a que obteve o

menor grau de importância. Este requisito ficou caracterizado como alto nível de

atendimento mas foi considerado pouco importante para os meios de hospedagem.

O requisito 84 questiona se o hotel dispõe de um local específico e

vedado para resíduos sólidos contaminantes, foi considerado menos importante para

23%, seu grau de atendimento também foi baixo ficando em 11%. Esta questão é

considerada pouco importante e poucos meios de hospedagem a atendem.

A terceira questão menos importante é a 81, questiona se o hotel tem

conhecimento do ecossistema onde está inserido, apenas 26% consideram

importante e 9% aplicam este requisito em seus meios de hospedagem.

Ao final da análise dos cinco blocos é possível salientar algumas

questões que merecem uma maior atenção, quanto ao grau de atendimento ao

requisito, somente quatro requisitos obtiveram uma porcentagem acima de 50%, que

foram as questões 52, 57, 60 e 85.

Também é importante destacar que no grau de importância as questões

16, 32, 33, 36 e 46 tiveram 100% de aprovação por parte dos meios de

hospedagem, caracterizando como as mais importantes dentre todas as questões.

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130

Como pode ser visto na pesquisa aplicada na região das Hortênsias, as

ações ambientais por parte dos meios de hospedagem ainda são incipientes, por

isso os níveis de atendimento ao requisito não obtiveram porcentagens

significativas. Mas em contra partida, se pode notar nas respostas referentes ao

grau de importância, que os meios de hospedagem estão despertando o interesse

para as ações ambientais.

4.3.6 QUADROS REFERENTE AOS REQUISITOS MAIS E MENOS ATENDIDOS E DE MAIOR E

MENOR GRAU DE IMPORTÂNCIA

Neste item serão apresentados quatro quadros que representam os

requisitos mais atendidos (maior porcentagem da soma das colunas “atende” e

“atende parcialmente”), e menos atendidos (a partir do percentual da coluna “não

atende), e com maior importância (coluna maior importância) e menor grau de

importância (coluna menor importância), identificando a qual dos cinco blocos

pertence.

O Quadro 27 apresenta os requisitos menos atendidos, selecionados a

partir da pesquisa.

Bloco Requisitos Menos Atendidos

1 OO hhootteell pprrooppõõee ssoolluuççõõeess ppaarraa aass ppoossssaamm sseerr qquueebbrraaddaass aass bbaarrrreeiirraass qquuee iimmppeennddeemm oo ddeesseennvvoollvviimmeennttoo aammbbiieennttaall??

1 OO hhootteell ppoossssuuii uummaa ppeessssooaa rreessppoonnssáávveell ppeellaass qquueessttõõeess aammbbiieennttaaiiss??

1 OOss ccoollaabboorraaddoorreess tteemm ccoonnsscciiêênncciiaa ddaa ppoollííttiiccaa aammbbiieennttaall ddoo hhootteell ee ssããoo ccaappaacciittaaddooss ppaarraa eessttaarreemm ddee aaccoorrddoo ccoomm eessttaa ppoollííttiiccaa??

2 OO hhootteell ccoonnttrroollaa ee rreeggiissttrraa oo ccoonnssuummoo ddee áágguuaa ddee ffoonntteess eexxtteerrnnaass ee ffoonntteess pprróópprriiaass??

2 PPoossssuuii mmeeddiiddoorreess ddee ccoonnssuummoo ddee áágguuaa nnooss llooccaaiiss ddee mmaaiioorr uussoo??

2 OO hhootteell EEssttiimmaa oo ccoonnssuummoo ddee áágguuaa nnooss bbaannhheeiirrooss ddooss hhoossppeeddeess,, ccoozziinnhhaass,, llaavvaannddeerriiaass ee ddeemmaaiiss áárreeaass ddee sseerrvviiççoo,, jjaarrddiinnss ee ppiisscciinnaa ppaarraa vveerr oo ccoonnssuummoo ddee áágguuaa ppoorr sseettoorr??

3 RReeccuuppeerraa eenneerrggiiaa ddoo ssiisstteemmaa ddee cclliimmaattiizzaaççããoo?? 3 UUttiilliizzaa ccaappttaaççããoo ddee lluuzz ssoollaarr ppaarraa aaqquueecciimmeennttoo ddaa áágguuaa ddaa ppiisscciinnaa?? 3 UUttiilliizzaa iilluummiinnaaççããoo ccoomm LLeedd''ss ppaarraa ssiinnaalliizzaaççããoo ddaass ssaaííddaass ddee sseegguurraannççaa?? 4 RReeuuttiilliizzaa aass áágguuaass rreessiidduuaaiiss?? 4 RReecciiccllaa ooss rreessíídduuooss eellééttrriiccooss ee eelleettrrôônniiccooss?? 4 OO hhootteell tteemm uumm ttrraattaammeennttoo pprróópprriioo ddee áágguuaass rreessiidduuaaiiss??

5 EExxiisstteemm mmeeddiiddaass ddee rreeccoommppoossiiççããoo,, qquuaannddoo oo hhootteell ccaauussaa aallgguumm ddaannoo aaoo mmeeiioo aammbbiieennttee??

5 EExxiissttee aa bbrriiggaaddaa ddee eemmeerrggêênncciiaa nnoo hhootteell??

5 OO hhootteell mmoonniittoorraa aass eerroossõõeess ccaauussaaddaass ppeellaa ccoonnssttrruuççããoo ddoo hhootteell eemm llooccaall ddee eennccoossttaa??

Quadro 27- Requisitos menos atendidos dos 5 blocos. Fonte: Autor (2009).

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131

O Quadro 28 apresenta os requisitos mais atendidos, selecionados a

partir da pesquisa.

Bloco Requisitos Mais Atendidos 1 OO hhootteell ppoossssuuii ccaappaacciiddaaddee ddeerr ccaarrggaa??

1 OO hhootteell nnããoo uuttiilliizzaa mmaatteerriiaaiiss ddeerriivvaaddooss ddee eessppéécciieess aammeeaaççaaddaass nnaa ccoonnssttrruuççããoo,, aaccaabbaammeennttoo oouu ddeeccoorraaççããoo??

1 OO hhootteell rreessppeeiittaa oo eeccoossssiisstteemmaa ee aa ppooppuullaaççããoo llooccaall??

2 OO hhootteell pprrooppõõee aaooss sseeuuss hhoossppeeddeess qquuee nnããoo ttrrooqquueemm ssuuaass ttooaallhhaass ddee bbaannhhoo ee rroouuppaa ddee ccaammaa ttooddooss ooss ddiiaass ppaarraa ddiimmiinnuuiirr oo ccoonnssuummoo ddaa áágguuaa..

2 OO hhootteell uuttiilliizzaa rreedduuttoorreess ddee ccoonnssuummoo ddee áágguuaa eemm ttoorrnneeiirraass ee dduucchhaass?? 2 OO hhootteell ffaazz uummaa aannáálliissee ddooss ccoonnssuummooss ddee áágguuaa mmeennssaallmmeennttee??

3 OO hhootteell tteemm iinnssttaallaaddooss sseennssoorreess ddee pprreesseennççaass nnaass áárreeaass ccoommuunnss ddoo hhootteell??

3 UUttiilliizzaa llââmmppaaddaass fflluuoorreesscceenntteess ccoommppaaccttaass nnooss qquuaarrttooss?? 3 AAss ttuubbaaggeennss qquuee ttrraannssppoorrttaamm fflluuííddooss qquueenntteess ee ffrriiooss ssããoo iissoollaaddaass?? 4 RReecciiccllaa ooss ttiinntteeiirrooss ee ooss ttóónneerrss?? 4 OO hhootteell ffaazz ccoolleettaa sseelleettiivvaa ddee lliixxoo?? 4 OO hhootteell rreecciiccllaa oouu vveennddee eemmbbaallaaggeennss ddee pplláássttiiccoo,, vviiddrroo,, aalluummíínniioo,, mmeettaall,, ppaappeell//ccaarrttããoo?? 5 OO hhootteell ddiissppõõee ddee uumm ccoonnttrroollee ddee pprraaggaass??

5 OO hhootteell iiddeennttiiffiiccaa oo ppootteenncciiaall ddee aacciiddeenntteess ee ssiittuuaaççõõeess ddee eemmeerrggêênncciiaa aammbbiieennttaaiiss qquuee ppoossssaa ccaauussaarr??

5 EEssttaabbeelleeccee ffoorrmmaass ddee pprreevveennççããoo??

O Quadro 29 apresenta os requisitos com maior grau de importância,

selecionados a partir da pesquisa.

Bloco Requisito com maior grau de importância 1 EExxiissttee uummaa ppoollííttiiccaa aammbbiieennttaall ddeeffiinniiddaa nnoo hhootteell??

1 OO hhootteell ppoossssuuii uummaa PPoollííttiiccaa ddee rreellaacciioonnaammeennttoo ccoomm ffoorrnneecceeddoorreess,, ddaannddoo pprreeffeerrêênncciiaa ppaarraa aaqquueelleess qquuee ooffeerreecceemm pprroodduuttooss aammbbiieennttaallmmeennttee rreessppoonnssáávveeiiss??

1 OO hhootteell nnããoo uuttiilliizzaa mmaatteerriiaaiiss ddeerriivvaaddooss ddee eessppéécciieess aammeeaaççaaddaass nnaa ccoonnssttrruuççããoo,, aaccaabbaammeennttoo oouu ddeeccoorraaççããoo??

2 OO hhootteell tteemm ssiisstteemmaa ddee ccaappttaaççããoo ddee áágguuaa ddaa cchhuuvvaa?? 2 OO hhootteell uuttiilliizzaa rreedduuttoorreess ddee ccoonnssuummoo ddee áágguuaa eemm ttoorrnneeiirraass ee dduucchhaass??

2 OO hhootteell pprrooppõõee aaooss sseeuuss hhoossppeeddeess qquuee nnããoo ttrrooqquueemm ssuuaass ttooaallhhaass ddee bbaannhhoo ee rroouuppaa ddee ccaammaa ttooddooss ooss ddiiaass ppaarraa ddiimmiinnuuiirr oo ccoonnssuummoo ddaa áágguuaa..

3 UUttiilliizzaa aarr ccoonnddiicciioonnaaddoo ddee bbaaiixxoo ccoonnssuummoo ddee eenneerrggiiaa?? 3 OO hhootteell uuttiilliizzaa mmiinnii bbaarreess ccoomm bbaaiixxoo ccoonnssuummoo ddee eenneerrggiiaa??

3 OO hhootteell tteemm iinnssttaallaaddooss sseennssoorreess ddee pprreesseennççaass nnaass áárreeaass ccoommuunnss ddoo hhootteell??

4 PPaarraa nnoovvooss pprroojjeettooss ddee ccoonnssttrruuççããoo,, ddããoo pprreeffeerrêênncciiaa aa iinnssttaallaaççõõeess ddee ffoossssaass eeccoollóóggiiccaass qquuaannddoo aa llooccaalliiddaaddee nnããoo ooffeerreeccee ttrraattaammeennttoo ddee eessggoottoo??

4 OO hhootteell rreeccoollhhee óólleeooss uuttiilliizzaaddooss nnaa aalliimmeennttaaççããoo?? 4 OO hhootteell ffaazz ccoolleettaa sseelleettiivvaa ddee lliixxoo??

5 AAss ffiicchhaass ddee eemmeerrggêênncciiaa ddooss pprroodduuttooss ttóóxxiiccooss ee iinnffllaammáávveeiiss eessttããoo ddiissppoonníívveeiiss nnooss llooccaaiiss aapprroopprriiaaddooss??

5 OO hhootteell ddiissppõõee ddee uumm ddeeppóóssiittoo ddee pprroodduuttooss iinnffllaammáávveeiiss ?? 5 OO hhootteell ddiissppõõeess ddee uumm ccoonnttrroollee ddee pprraaggaass??

Quadro 28- Requisitos mais atendidos dos 5 blocos. Fonte: Autor (2009).

Quadro 29- Requisitos com maior grau de importância dos cinco blocos. Fonte: Autor (2009).

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O Quadro 30 apresenta os requisitos com menor grau de importância,

selecionados a partir da pesquisa.

Bloco Requisitos com menor grau de importância 1 OO hhootteell ppoossssuuii uummaa ppeessssooaa rreessppoonnssáávveell ppeellaass qquueessttõõeess aammbbiieennttaaiiss??

1 OO hhootteell pprrooppõõee ssoolluuççõõeess ppaarraa aass ppoossssaamm sseerr qquueebbrraaddaass aass bbaarrrreeiirraass qquuee iimmppeennddeemm oo ddeesseennvvoollvviimmeennttoo aammbbiieennttaall??

1 OO hhootteell iiddeennttiiffiiccaa aass bbaarrrreeiirraass qquuee ppoossssaamm sseerr ccrriiaaddaass ppaarraa oo ddeesseennvvoollvviimmeennttoo aammbbiieennttaall??

2 OO hhootteell ccoonnttrroollaa ee rreeggiissttrraa oo ccoonnssuummoo ddee áágguuaa ddee ffoonntteess eexxtteerrnnaass ee ffoonntteess pprróópprriiaass??

2 PPoossssuuii mmeeddiiddoorreess ddee ccoonnssuummoo ddee áágguuaa nnooss llooccaaiiss ddee mmaaiioorr uussoo??

2 OO hhootteell tteemm uumm ccrroonnooggrraammaa ddee aaççõõeess qquuee bbuussccaa aa rreessttrriiççããoo ddoo ccoonnssuummoo ddaa áágguuaa??

3 UUttiilliizzaa ccaappttaaççããoo ddee lluuzz ssoollaarr ppaarraa aaqquueecciimmeennttoo ddaa áágguuaa ddaa ppiisscciinnaa?? 3 UUttiilliizzaa iilluummiinnaaççããoo ccoomm LLeedd''ss ppaarraa ssiinnaalliizzaaççããoo ddaass ssaaííddaass ddee sseegguurraannççaa?? 3 HHáá uumm ccoonnttrroollee ddee ccoonnssuummoo ddee ggááss ((GGPPLL oouu nnaattuurraall)) 4 RReecciiccllaa ooss rreessíídduuooss eellééttrriiccooss ee eelleettrrôônniiccooss?? 4 OO hhootteell mmiinniimmiizzaa aa iimmppeerrmmeeaabbiilliizzaaççããoo ddoo ssoolloo?? 4 ÉÉ uuttiilliizzaaddoo oo mmaatteerriiaall oorrggâânniiccoo ccoommoo aadduubboo?? 5 OO hhootteell tteemm ccoonnhheecciimmeennttoo ddoo eeccoossssiisstteemmaa oonnddee eessttáá iinnsseerriiddoo??

5 OO hhootteell ddiissppõõee ddee uumm llooccaall eessppeecciiffiiccoo ee vveeddaaddoo ppaarraa rreessíídduuooss ssóólliiddooss ccoonnttaammiinnaanntteess??

5 OO hhootteell iiddeennttiiffiiccaa oo ppootteenncciiaall ddee aacciiddeenntteess ee ssiittuuaaççõõeess ddee eemmeerrggêênncciiaa aammbbiieennttaaiiss qquuee ppoossssaa ccaauussaarr??

Ao analisar os quadros acima, é possível identificar que no quadro 27,

que apresenta os requisitos menos atendidos, e no quadro 30, que apresenta os

requisitos com menor grau de importância, existem sete requisitos que constam nos

dois quadros. Esta repetição indica que estes sete requisitos além de serem os

menos atendidos também são considerados menos importantes, segundo os meios

de hospedagem da região das Hortênsias.

Nos quadros 28, que apresenta os requisitos mais atendidos, e 29, que

apresenta os requisitos com maior grau de importância, também é possível

identificar quatro requisitos que constam nos dois quadros. Esta repetição indica que

este conjunto de requisitos além de serem os mais atendidos também são

considerados os mais importantes, segundo os meios de hospedagem da região.

Com esta análise também foi possível verificar que nem todos os

requisitos menos atendidos são considerados menos importantes como também

Quadro 30- Requisitos com menos grau de importância. Fonte: Autor (2009).

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133

nem todos os requisitos mais atendidos são considerados os mais importantes para

os meios de hospedagem da região das Hortênsias.

4.3.7 SUGESTÕES AMBIENTAIS PARA MEIOS DE HOSPEDAGEM

Analisando os requisitos apresentados nos quadros 27, 28, 29 e 30, é

possível indicar algumas sugestões ambientais para os meios de hospedagem, as

sugestões foram baseadas nos requisitos que tiveram menor atendimento

associados a um maior grau de importância, segundo as respostas obtidas através

dos meios de hospedagem da região das Hortênsias. O quadro 31 apresenta as

sugestões ambientas.

Sugestões referentes a política Ambiental PPrrooppoorr ssoolluuççõõeess ppaarraa aass ppoossssaamm sseerr qquueebbrraaddaass aass bbaarrrreeiirraass qquuee iimmppeeççaamm oo ddeesseennvvoollvviimmeennttoo aammbbiieennttaall;; TTeerr uummaa ppeessssooaa rreessppoonnssáávveell ppeellaass qquueessttõõeess aammbbiieennttaaiiss ddoo hhootteell;; CCoonnsscciieennttiizzaarr ooss ccoollaabboorraaddoorreess ssoobbrree aa ppoollííttiiccaa aammbbiieennttaall ddoo hhootteell ee ccaappaacciittaaççããoo ddooss mmeessmmooss ddee aaccoorrddoo ccoomm aa ppoollííttiiccaa;; IInnssttiittuuiirr uummaa ppoollííttiiccaa aammbbiieennttaall ppaarraa oo hhootteell;; TTeerr uummaa ppoollííttiiccaa ddee rreellaacciioonnaammeennttoo ccoomm ffoorrnneecceeddoorreess,, ddaannddoo pprreeffeerrêênncciiaa ppaarraa aaqquueelleess qquuee ooffeerreecceemm pprroodduuttooss aammbbiieennttaallmmeennttee rreessppoonnssáávveeiiss;;

NNããoo uuttiilliizzaarr mmaatteerriiaaiiss ddeerriivvaaddooss ddee eessppéécciieess aammeeaaççaaddaass nnaa ccoonnssttrruuççããoo,, aaccaabbaammeennttoo oouu ddeeccoorraaççããoo ddoo hhootteell..

Sugestões ambientais referentes a gestão da água CCoonnttrroollaarr ee rreeggiissttrraa oo ccoonnssuummoo ddee áágguuaa ddee ffoonntteess eexxtteerrnnaass ee ffoonntteess pprróópprriiaass;; CCoollooccaarr mmeeddiiddoorreess ddee ccoonnssuummoo ddee áágguuaa nnooss llooccaaiiss ddee mmaaiioorr uussoo;; EEssttiimmaarr oo ccoonnssuummoo ddee áágguuaa nnooss bbaannhheeiirrooss ddooss hhoossppeeddeess,, ccoozziinnhhaass,, llaavvaannddeerriiaass ee ddeemmaaiiss áárreeaass ddee sseerrvviiççoo,, jjaarrddiinnss ee ppiisscciinnaa ppaarraa vveerr oo ccoonnssuummoo ddee áágguuaa ppoorr sseettoorr;; TTeerr uumm ssiisstteemmaa ddee ccaappttaaççããoo ddee áágguuaa ddaa cchhuuvvaa;; UUttiilliizzaarr rreedduuttoorreess ddee ccoonnssuummoo ddee áágguuaa eemm ttoorrnneeiirraass ee dduucchhaass;; PPrrooppoorr aaooss hhoossppeeddeess qquuee nnããoo ttrrooqquueemm ssuuaass ttooaallhhaass ddee bbaannhhoo ee rroouuppaa ddee ccaammaa ttooddooss ooss ddiiaass ppaarraa ddiimmiinnuuiirr oo ccoonnssuummoo ddaa áágguuaa..

Sugestões ambientais referentes a gestão da energia RReeccuuppeerraarr eenneerrggiiaa ddoo ssiisstteemmaa ddee cclliimmaattiizzaaççããoo;; UUttiilliizzaarr ccaappttaaççããoo ddee lluuzz ssoollaarr ppaarraa aaqquueecciimmeennttoo ddaa áágguuaa ddaa ppiisscciinnaa;; UUttiilliizzaarr iilluummiinnaaççããoo ccoomm LLeedd''ss ppaarraa ssiinnaalliizzaaççããoo ddaass ssaaííddaass ddee sseegguurraannççaa;; UUttiilliizzaarr aarreess ccoonnddiicciioonnaaddooss ddee bbaaiixxoo ccoonnssuummoo ddee eenneerrggiiaa;; UUttiilliizzaarr mmiinnii bbaarreess ccoomm bbaaiixxoo ccoonnssuummoo ddee eenneerrggiiaa;; IInnssttaallaarr sseennssoorreess ddee pprreesseennççaass nnaass áárreeaass ccoommuunnss ddoo hhootteell..

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Sugestões ambientais referentes aos resíduos sólidos e efluentes RReeuuttiilliizzaarr aass áágguuaass rreessiidduuaaiiss;; RReecciiccllaarr ooss rreessíídduuooss eellééttrriiccooss ee eelleettrrôônniiccooss ddaannddoo ddeessttiinnaaççããoo ccoorrrreettaa;; TTeerr uumm ttrraattaammeennttoo pprróópprriioo ddee áágguuaass rreessiidduuaaiiss;; PPaarraa nnoovvooss pprroojjeettooss ddee ccoonnssttrruuççããoo,, ddaarr pprreeffeerrêênncciiaa aa iinnssttaallaaççõõeess ddee ffoossssaass eeccoollóóggiiccaass qquuaannddoo aa llooccaalliiddaaddee nnããoo ooffeerreeccee ttrraattaammeennttoo ddee eessggoottoo;; RReeccoollhheerr óólleeooss uuttiilliizzaaddooss nnaa aalliimmeennttaaççããoo;; FFaazzeerr ccoolleettaa sseelleettiivvaa ddee lliixxoo eemm ttooddooss ooss sseettoorreess,,

Sugestões ambientais referentes as emergências ambientais e segurança EEssttiippuullaarr mmeeddiiddaass ddee rreeccoommppoossiiççããoo,, qquuaannddoo oo hhootteell ccaauussaa aallgguumm ddaannoo aaoo mmeeiioo aammbbiieennttee;; TTeerr uummaa bbrriiggaaddaa ddee eemmeerrggêênncciiaa nnoo hhootteell;; MMoonniittoorraarr aass eerroossõõeess ccaauussaaddaass ppeellaa ccoonnssttrruuççããoo ddoo hhootteell eemm llooccaall ddee eennccoossttaa;; TTeerr ffiicchhaass ddee eemmeerrggêênncciiaa ddooss pprroodduuttooss ttóóxxiiccooss ee iinnffllaammáávveeiiss eessttããoo ddiissppoonníívveeiiss nnooss llooccaaiiss aapprroopprriiaaddooss;; DDiissppoorr ddee uumm ddeeppóóssiittoo ddee pprroodduuttooss iinnffllaammáávveeiiss;; DDiissppoorr ddee uumm ccoonnttrroollee ddee pprraaggaass..

Quadro 31- Sugestões Ambientais. Fonte: Autor (2009).

As sugestões ambientais foram formadas a partir dos requisitos que

constam nos quatro SGA’s utilizados na pesquisa, estes requisitos poderão ser

utilizados nos meios de hospedagem da região das Hortênsias, pois a partir das

respostas obtidas com a pesquisa aplicada na região é que originou a seleção dos

requisitos menos atendidos e os mais importantes escolhidos pelos respondentes.

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CONCLUSÃO

A princípio, imagina-se que o setor hoteleiro não interfere de forma severa

na natureza, afinal, não emitem poluição visível como as indústrias. Entretanto, os

hotéis utilizam os recursos naturais, muitos deles em abundância como água e

energia, fazendo com que haja uma diminuição considerável dos recursos naturais.

Faltam mecanismos para proporcionar um equilíbrio entre as atividades hoteleiras e

a exploração dos recursos naturais, principalmente em nosso país.

A utilização de Sistemas de Gestão Ambiental na hotelaria ainda

aparecem de forma tímida, são poucos os hotéis que realmente se preocupam com

o meio ambiente, primeiramente os meios de hospedagem visam os recursos

financeiros e se for viável destinam sua preocupação com a natureza. Nota-se

pouco incentivo por parte governo em relação à certificação ambiental, hotéis que

possuem certificação utilizam esta vantagem competitiva principalmente na sua área

de marketing, onde são divulgadas suas ações.

A Região das Hortênsias onde foi feita a pesquisa é um local de natureza

impar, muitos turistas são atraídos para a região por causa das belezas naturais. Os

hotéis da região devem ter uma maior preocupação, por isso, devem se sentir

responsáveis pela preservação da região, suas taxas de ocupação dependem da

sustentabilidade do local.

A fundamentação teórica identificou os quatro SGA’s utilizados na

hotelaria brasileira, a partir destes dados foi possível estruturar um check-list com

requisitos que contemplaram os quatro SGA’s juntos. Esta lista de requisitos deu

origem a um instrumento de pesquisa formado por 85 questões, divididas em cinco

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blocos de perguntas, cada um destes blocos se refere a um assunto específico, o

Bloco I – Política Ambiental; Bloco II – Gestão da água; Bloco III – Gestão da

energia; Bloco IV – Resíduos sólidos e efluentes e Bloco V – Emergências

ambientais e segurança.

Também foi possível identificar nesta pesquisa que os hotéis da região

das Hortênsias praticam, de forma isolada, algumas práticas ambientais. Algumas

mais simples como separar o lixo de forma adequada, até praticas que exigem autos

investimentos financeiros como utilização de energia alternativa. Foram identificados

cinco hotéis que já participam de SGA’s na região, três deles participam do Código

de conduta Roteiros de Charme, um participa da Carta Ambiental da Rede Accor e

um participa da ISO 14001. Pode-se notar que com um incentivo maior por parte do

poder público e uma cobrança por parte dos “hóspedes verdes” aos poucos a

hotelaria pode se tornar sustentável, ou ao menos reduzir sua contribuição na

degradação ambiental.

Os principais resultados obtidos com a pesquisa foram identificar os

requisitos mais e menos atendidos pelos meios de hospedagem e também fazer a

seleção dos requisitos com maior e menor grau de importância segundo os mesmos.

A partir dos resultados estratificados foi possível formatar uma lista de sugestões

ambientais, sugerida através dos requisitos menos atendidos associados com os de

maior importância. Esta lista de sugestões ambientais poderá servir de ponto de

partida para a rede hoteleira local, para que possam contribuir para a preservação

do meio ambiente.

Os meios de hospedagem da região podem iniciar a aplicação de

algumas das sugestões indicadas, e com o tempo introduzir uma a uma até chegar

em um ponto em que o hotel esteja satisfeito com suas ações ambientais,

proporcionando satisfação aos seus hóspedes que irão tomar conhecimento das

ações ambientais feitas pelo meio de hospedagem, assim incentivando os mesmos

a participarem de algumas atividades ligadas a preservação.

Uma das limitações da pesquisa foi à necessidade de utilizar uma técnica

de pesquisa onde se possam ter opiniões de experts da área de turismo e hotelaria,

para estar verificando se os requisitos selecionados pelos meios de hospedagem

são realmente os mais importantes para a região pesquisada. Outra limitação da

pesquisa foi quanto à quantidade de respostas do instrumento de pesquisa e a

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demora para as respostas por parte dos meios de hospedagem. Um ponto que

também prejudicou a avaliação do instrumento da pesquisa foram alguns

respondentes, ficou de responsabilidade do hotel indicar a pessoa para responder o

questionário, algumas vezes foram escolhidas pessoas não capacitadas ou que não

entendiam de todo o funcionamento do hotel, prejudicando assim algumas análises.

Esta pesquisa tem a pretensão de dar subsidio para futuros trabalhos e

outras investigações sobre Sistemas de Gestão Ambiental, pesquisas futuras podem

compreender as seguintes sugestões: investigações em mais cidades, coleta de

dados envolvendo os hóspedes, investigação em hotéis divididos por categorias,

seguindo a matriz da ABIH, avaliação dos resultados obtidos com a aplicação de

indicadores ambientais, entre outros. Estas sugestões poderão futuramente explicar

melhor a relação entre a atividade turística, mas especificamente os hotéis, e o meio

ambiente.

.A pesquisa não teve a pretensão de esgotar o assunto e sim servir como

incentivo a futuras pesquisas na área de Sistemas de Gestão Ambiental voltadas

para a hotelaria.

As práticas ambientais na hotelaria têm avançado substancialmente,

porém ainda motivadas pelas pressões de um mercado cada vez mais exigente, e

pela possibilidade de baixar seus custos baseados principalmente no controle dos

requisitos de maior consumo, a água e a energia que são os grandes vilões dos

custos de um hotel. Porém, a gestão ambiental tanto na hotelaria como em qualquer

outro ramo de atividade deve ser compreendida de forma muito mais ampla, de

forma holística, não apenas como um método de diminuição de custos, pois acima

de tudo ela representa um instrumento de conservação, que ainda deve ser

profundamente estudada e combater as deficiências por meio de intervenções

conscientes, utilizando-se de toda a tecnologia que se tem a disposição hoje.

A hotelaria deve fazer sua parte mediante ao meio ambiente, visto que

depende dele para obter seus lucros, não havendo locais que atraem turistas irá

comprometer a longevidade da atividade hoteleira e do turismo.

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REFERÊNCIAS

ABIH Nacional : Regulamento do Sistema Oficial de Classificação dos Meios de Hospedagem. Disponível em: http://www.abih.com.br/principal/classificacao/regulamento_sistema.php Acesso em 10 de agosto de 2008. _______ ABNT NACIONAL:http://www.abih.com.br/site.php acesso em novembro de 2009. ________ Hotéis já classificados. Disponível em http://www.abih.com.br/site.php acesso em 10 de agosto de 2008. ABNT. Comitê Brasileiro de Normalização em Turismo – CB 54. Disponível em http://www.abnt.org.br/cb54/index.html acesso em 01 de agosto de 2008 ABNT. SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL ABNT NBR ISO 14001. Disponível em http://www.abnt.org.br/default.asp?resolucao=1024X768 Acesso em 5 de setembro de 2008. _________. Comitê Brasileiro de Normalização em Turismo. Disponível em www.abnt.org.br/imagens/Paginas_especiais/Apresentacoes_Copolco/2105_Jose_Wagner.ppt Acesso em 5 de setembro de 2008. ABREU, Dora. Os ilustres hóspedes verdes. Salvador, BA: Casa da Qualidade, 2001. ABREU, M. A. Alternativas para a introdução de iniciativas ambientais no segmento hoteleiro. 2001. Monografia (especialização em Gerenciamento e tecnologias ambientais na Industria) – EP/UFBA.

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ANEXOS

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ANEXO A – REQUISITOS PARA CERTIFICAÇÃO DA ISO 14001:04

Cláusula Maiores mudanças contidas na ISO 14001:2004 4.1 Requisitos gerais A norma agora inclui requisito para:

-Melhoria contínua do SGA; -Determinação de como a organização irá atender aos requisitos da ISO 14001; -Definição e documentação do escopo do SGA.

4.2 Política Ambiental A política ambiental precisa ser definida dentro do escopo do SGA. Incluído o item adicional: Item f) seja comunicada a todos que trabalhem na organização ou que atuem em seu nome.

4.3.1 Aspectos ambientais Aspectos precisam ser identificados dentro do escopo definido do SGA e requer que sejam documentados. A ISO 14001:2004 também requer que a organização considere os aspectos ambientais no estabelecimento, implementação e manutenção de seu SGA. Consideração quanto aos desenvolvimentos novos ou planejados, atividades, produtos e serviços novos ou modificados. Consideração dos aspectos ambientais significativos no estabelecimento, implementação e manutenção do seu SGA.

4.3.2 Requisitos ambientais legais e outros

A ISO 14001:2004 na cláusula 4.3.2 requer que a organização determine como os requisitos legais e outros se aplicam aos aspectos ambientais. A organização também deve considerar estes requisitos no estabelecimento, implementação e manutenção do seu SGA.

4.3.3 Objetivos, metas e programa(s) Cláusula 4.3.3. da ISO 14001:2004 resulta da fusão das cláusulas 4.3.3 “Objetivos e Metas” e 4.3.4 “Programa (s) de Gestão Ambiental” da ISO 14001:1996. Revisão inclui um requisito adicional que os objetivos e metas precisam ser mensuráveis, consistentes com os requisitos legais e outros e comprometidos com a melhoria contínua.

4.4.1 Recursos, funções, responsabilidades e autoridades(era 4.4.1 Estrutura e Responsabilidade)

Na revisão 2004, a administração é requerida à “assegurar a disponibilidade” de recursos ao invés de “fornecer recursos” tal como descrito na versão 1996. A lista de recursos necessários foi expandida para incluir infra-estrutura. Há também um requisito estabelecendo que o representante da administração forneça à alta administração, recomendações para a melhoria do SGA.

4.4.2 Competência, treinamento e conscientização(era 4.4.2 Treinamento, conscientização e competência)

4.4.2 Competência, treinamento e conscientização (era 4.4.2 Treinamento, conscientização e competência) A ISO 14001:2004 declara que na organização, “qualquer pessoa desempenhando funções para ela ou em seu nome, sejam competentes para desempenhar suas funções, caso as atividades tenham potencial de causar um impacto ambiental significativo, além de estarem conscientes dos aspectos ambientais associados as suas atividades”. Esta mudança, considerando que “todas as pessoas” inclui os sub-contratados on site e outras pessoas que não os empregados da organização, que podem desempenhar atividades que possam causar um impacto ambiental significativo. Um novo requisito para manutenção de registros para evidenciar apropriada educação, treinamento ou experiência foi adicionado a cláusula 4.4.2.

4.4.3 Comunicação Um elemento adicional foi inserido na cláusula 4.3.3, que requer da organização, uma evidência documentada sobre sua decisão, quando fizer uma comunicação externa sobre seus aspectos ambientais significativos. Se a decisão for por comunicar, a organização deve estabelecer e implementar método (s) (ao invés de processos como na versão 1996, para esta comunicação.

4.4.4 Documentação(era 4.4.4 Documentação do SGA)

A cláusula 4.4.4 não foi objeto de alteração, mas foi atualizada para melhor compatibilidade com a ISO 9001:2000. A ISO 14001:2004 requer que a documentação inclua: a) política, objetivos e metas ambientais; b) descrição do escopo e dos principais elementos do sistema da gestão ambiental e sua interação e referência aos documentos associados; c) documentos, incluindo registros, requeridos por esta Norma; e d) documentos, incluindo registros, determinados pela organização como sendo necessários para assegurar o planejamento, operação e controle eficazes dos processos que estejam associados com seus aspectos ambientais significativos.

4.4.5 Controle de documentos Mudanças relacionadas a formatação da cláusula 4.4.5 para melhor compatibilização com a ISO 9001:2000. Uma clarificação adicional foi inserida para definir Registros com um tipo especial de documento, no qual requer controle. Uma adição no requisito, objetiva assegurar que documentos de origem externa (ex: Normas, MSDS, permissões, licenças) que são necessários para o sistema, sejam identificados e sua distribuição controlada.

4.4.6 Controle operacional Esta cláusula não teve mudanças significativas. Como nas outras cláusulas, o termo “implementação” foi adicionado ao “estabelecimento e manutenção de

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procedimentos” para clarificar as ações requeridas para evidenciar a conformidade com a ISO 14001:2004.

4.4.7 Preparação e resposta à emergências

Esta cláusula não teve mudanças significativas. A norma revisada clarifica o requisito de que a organização, na situação real de emergência, deve responder de forma a prevenir e mitigar impactos ambientais adversos associados. A mudança da necessidade de testar periodicamente tais requisitos, está descrita na versão 2004, como “quando exeqüível”, na versão 1996 estava “onde”. No original da versão em inglês, descrito “where”.

4.5.1 Monitoramento e medição A cláusula 4.5.1 não inclui nenhum requisito adicional substancial. O requisito para assegurar que os equipamentos utilizados para a medição e monitoramento sejam mantidos calibrados, foi estendido para incluir “ou verificado”. Entenda-se quando não tiver padrão rastreável. “A organização deve assegurar que equipamentos de monitoramento e medição calibrados ou verificados sejam utilizados e mantidos e deve reter os registros associados”, entenda-se também os de terceiros, considerando a rastreabilidade dos mesmos.

4.5.2 Avaliação do atendimento aos requisitos legais e outros

4.5.2 Avaliação do atendimento a requisitos legais e outros Esta cláusula foi separada da 4.5.1 para tornar-se uma cláusula específica e inclui a clarificação e uma adição à estrutura da ISO 14001:1996. Incluída na cláusula 4.5.1 na versão 1996, o requisito para a avaliação periódica da conformidade com os requisitos legais e outros, este requisito foi renomeado para a cláusula 4.5.2 na ISO 14001:2004 e inclui a avaliação da conformidade também com outros requisitos a qual a organização tenha subscrito. Esta clarificação também inclui o requisito para a manutenção dos registros da avaliação periódica do Atendimento a Requisitos Legais e Outros.

4.5.3 Não conformidade, ação corretiva e ação preventiva(era 4.5.2 Não-conformidade e ações corretiva e preventiva)

A revisão desta cláusula compatibiliza os requisitos para identificar e corrigir não-conformidades de forma similar com o requisito da ISO 9001:2000. Definições claras são fornecidas para ações necessárias para prevenir, investigar, identificar, avaliar, revisar e registrar não-conformidades, ações corretivas e ações preventivas.

4.5.4 Controle de Registros (era 4.5.3 Registros)

Controle de registros foi simplificado, reordenado e reformatado para melhor compatibilidade com a ISO 9001:2000. A revisão descreve que registros precisam demonstrar a conformidade com os requisitos do SGA, bem como com os “resultados obtidos”. Resultados são entendidos como sendo resultados de auditorias, ações corretivas, controle operacional, programas para atingir os objetivos e monitoramento.

4.5.5 Auditoria interna(era 4.5.4 Auditoria do SGA)

Existem duas adições nesta cláusula. Primeira, a revisão adicionou que o processo de auditoria interna precisa estar associado a retenção dos registros. Segunda, a revisão considera que a seleção de auditores e a condução de auditorias devem assegurar objetividade e imparcialidade no processo de auditoria. Esta exigência é importante na escolha de um auditor interno ou externo. A organização precisa assegurar que o auditor tem liberdade de predisposições e outras influências que podem afetar sua objetividade ou imparcialidade.

4.6 Análise pela administração A cláusula 4.6 na ISO 14001:2004 inclui algumas importantes mudanças para a compatibilização com a ISO 9001:2000. O objetivo da cláusula é a mesma, mas a revisão explica de forma detalhada, como a análise crítica fornece meios para alcançar a melhoria contínua, adequação e eficácia do SGA. A revisão inclui entradas específicas para o processo de análise crítica (nem todas estavam na ISO 14001:1996), incluindo: •Resultados das auditorias internas e das avaliações do atendimento aos requisitos legais e outros; •Comunicação proveniente de partes interessadas externas, incluindo reclamações; •O desempenho ambiental da organização; •extensão na qual foram atendidos os objetivos e metas, •Situação das ações corretivas e preventivas, •Ações de acompanhamento das análises anteriores, •Mudança de circunstâncias, incluindo desenvolvimentos em requisitos legais e outros relacionados aos aspectos ambientais; e •Recomendações para melhoria Saídas específicas para a análise crítica inclui melhoria contínua e decisão e ações para possíveis mudanças na política ambiental, nos objetivos, metas e em outros elementos do sistema da gestão ambiental, consistentes com o comprometimento com a melhoria contínua.

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APÊNDICES

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APENDICE A – CIDADES DA POPULAÇÃO AMOSTRA

Meios de hospedagem da cidade de Canela - RS Responderam a pesquisa

1 Camino Della Serra

2 Continental Serra Hotel

3 Estalagem Alineville 4 Grande Hotel Canela

5 Pousada Cravo e Canela

6 Hotel Alpes Verdes 7 Hotel Alta Vista

8 Hotel Bela Vista

9 Hotel Caracol

10 Hotel Klein Ville

11 Hotel Laje de Pedra

12 Hotel Vila Verde

13 Mountain Village Class

14 Parque Sesi

15 Pousada Aldeia dos Sonhos

16 Pousada Blumenberg

17 Pousada Canela 18 Pousada das Araucárias 19 Pousada do Sonho

20 Pousada dos Anjos

21 Pousada Encantos da Terra

22 Pousada Pinhão e Poesia 23 Pousada Spa Don Ramon 24 Serra Verde Hotel

25 Vila Suzana Parque Hotel

26 Pousada Steinhauss

27 Hospedaria Provençal

Não responderam a pesquisa 28 Caliandra Hotel

29 Hotel Invernadinho 30 Hotel Pousada Alto da Serra

31 Hotel Pequenino 32 Johann Pousada

33 La vie em Rose Pousada 34 Pousada das ÁGUIAS

35 Pousada das Sequóias

36 Pousada DI Bergamo

37 Pousada do Bosque 38 Pousada do Conde

39 Pousada do Viajante

40 Pousada Flor de Canela

41 Pousada Quinta dos Marques

42 Pousada Veredas

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43 Pousada Vila Montagna 44 Pousada Vila Fiorita 45 Pousada Volta Ao Mundo

46 Viajante Hos

Meios de hospedagem da cidade de Gramado - RS Responderam a pesquisa

1 Bangalôs da Serra

2 Cabanas Tio Chico

3 Colina de Pedra Hotel Pousada

4 Estalagem e Restaurante La Hacienda

5 Estalagem ST. Hubertus

6 Gramado Hostel

7 Hotel ÁGUAS Claras Gramado

8 Hotel Alpenhof

9 Hotel Bavária

10 Hotel Bertolucci

11 Hotel Casa na Montanha

12 Hotel das Hortênsias

13 Hotel DI Marco

14 Hotel Fazenda Hípica Santa FÉ

15 Hotel Galo Vermelho

16 Hotel Gramado Palace

17 Hotel Laghetto

18 Hotel Mercure Gramado

19 Hotel Pequeno Bosque

20 Hotel Pórtico

21 Hotel Pousada Aconchego da Serra

22 Hotel Pousada da Serra

23 Hotel Pousada do Vale

24 Hotel Pousada Kaster

25 Hotel Pousada Sossego do Major

26 Hotel Querência

27 Hotel Recanto da Serra

28 Hotel Rita Höppner

29 Hotel Serra Azul

30 Hotel Serrano 31 Hotel Sesc Gramado

32 Hotel Sky

33 Hotel Toscana Gramado

34 Hotel Varanda das Bromélias Boutique Hotel

35 Hotel VÔ Mário

36 Intercity Alpenhaus Gramado

37 Pousada Acacia Negra

38 Pousada Bella Terra

39 Pousada Bernadete

40 Pousada Brisa da Serra

41 Pousada Casa Branca

42 Pousada Cavalli

43 Pousada Chalets do Vale

44 Pousada da Colina

45 Pousada da Florença

46 Pousada das Flores

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47 Pousada de Gramado

48 Pousada do Mel

49 Pousada do Serrano

50 Pousada dos Pássaros

51 Pousada Encantos de Gramado

52 Pousada Gardênia House

53 Pousada Grosshaus

54 Pousada Knorr Ville 55 Pousada Le Château

56 Pousada Mikolay

57 Pousada Recanto da Lua

58 Pousada Serra Vale

59 Pousada Toca dos Ursos

60 Pousada Vale do Bosque

61 Pousada Vale do Quilombo

62 Pousada VOVÓ Carolina

63 Residencial Vale Dourado

64 Sul Serra Hotel

65 Villa Bella Gramado Hotel

Não responderam a pesquisa 66 Alameda Paradiso Hospedaria

67 Albergo DI Bezzi Pousada

68 Cabanas Belo Destino

69 Camping Gramado

70 Casa da Juventude

71 Chalés Fioreze

72 Giardino DI Pietra Hotel

73 Gramado Parque Hotel

74 Grosshaus

75 Hospedaria Alameda Paradiso

76 Hotel Alegria

77 Hotel Alpestre

78 Hotel Auberge

79 Hotel Azaléia

80 Hotel Cabana Jardim de Flores

81 Hotel Cabanas Rota do Sol

82 Hotel Cabanas Sítio Quero-Quero

83 Hotel Cabanas Tio Chico

84 Hotel Cabanas Tio Müller

85 Hotel Canto Belo

86 Hotel Canto Verde

87 Hotel Cavalo Branco

88 Hotel Encantos do Sul

89 Hotel Estrelas da Serra

90 Hotel Glamour da Serra

91 Hotel Letícia

92 Hotel Luiz

93 Hotel Pousada Barbacovi

94 Hotel Pousada Bertoluci

95 Hotel Pousada San Lucas

96 Hotel Quatro Rodas

97 Hotel Renascença

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98 Hotel Tannenwald

99 Hotel Vista do Vale

100 Hotel VOVÓ Carolina

101 Kitty Hotel

102 L'Hermitage Hotel

103 Natur Hotel Balneário

104 Pousa Canto Doce

105 Pousada Aconchego da Serra

106 Pousada Aguia Branca

107 Pousada ALD' Mama

108 Pousada Assefaz Gramado

109 Pousada Beija-Flor

110 Pousada Belluno

111 Pousada Betania

112 Pousada Brisa

113 Pousada Canto Doce

114 Pousada Caroline

115 Pousada Casa de Veneza

116 Pousada Casa Velha

117 Pousada da Celita

118 Pousada da Encosta

119 Pousada da Mata

120 Pousada da Paz - Janz Team

121 Pousada das Papoulas

122 Pousada do Sol

123 Pousada do Verde

124 Pousada Due Fratelli

125 Pousada Gramadense

126 Pousada Gramado - Fundação Assefaz

127 Pousada Luar da Serra

128 Pousada Metodista de Gramado

129 Pousada Niederauer

130 Pousada Nossa Casa

131 Pousada Pertuti

132 Pousada Pinha Pinhão

133 Pousada Recanto Alpino

134 Pousada Recanto da Ladeira

135 Pousada Recanto da Natureza

136 Pousada Rosa

137 Pousada Saint Gottard

138 Pousada San Clemente

139 Pousada Solar Sumidade

140 Pousada Sonnenhof

141 Pousada Sulla Collina

142 Pousada Sun Moon

143 Pousada Tango

144 Pousada Tia Leonor

145 Pousada VOVÓ Anita

146 Pousada Zermatt

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APENDICE B – INSTRUMENTO DE PESQUISA

Universidade do Vale do Itajaí Mestrado Acadêmico em Turismo e Hotelaria

Questionário – Pesquisa sobre Sistemas de Gestão Ambiental Prezado (a) Proprietário (a) / Gerente: Este questionário será utilizado para uma pesquisa de dissertação de Mestrado em Turismo e Hotelaria da UNIVALI, sob orientação da professora Dra. Anete Alberton, estamos realizando a pesquisa em seu empreendimento com o objetivo identificar a aplicação dos requisitos de SGA’s apresentados, gerando uma lista de sugestões ambientais que possa ser adaptadas aos meios de hospedagem da região.. Solicitamos gentilmente sua contribuição com a pesquisa e informamos que nem o respondente e nem o estabelecimento serão identificados na pesquisa.

1) DADOS GERAIS:

Data: / /

Nome Fantasia do Empreendimento: ________________

Razão Social: ____

Cidade onde está localizada ______________________________________Estado:______

Endereço__________________________________________________________________

Categoria do hotel/pousada: ___________

Tipo de gestão: ( ) Familiar ( ) Profissional ( ) Mista

Este empreendimento conhece algum dos Sistemas ambientais descritos abaixo:

( ) Sistema Ambiental ABIH – Hóspedes da Natureza ( ) Carta Ambiental da Rede Accor ( ) Código de Conduta – Roteiros de Charme ( ) NBR 15401:2006 – Meios de Hospedagem – Sistema de Gestão da Sustentabilidade ( ) Sistema Ambiental de Produção Mais Limpa ( ) Sistema de Gestão Ambiental ISO 14001

O meio de Hospedagem participa de algum destes sistemas ambientais? ( )Sim ( )Não

Se a resposta for sim QUAL: _______________________________

Cargo do Respondente: ______________________

Escolaridade Completa: ( ) 1o. Grau ( ) 2o. Grau ( ) 3o. Grau ( ) Pós-graduação

Instruções para completar o questionário.

Para cada pergunta do questionário a seguir você deverá colocar duas respostas, a primeira está relacionada ao hotel, se o empreendimento atende, atende parcialmente ou não atende ao requisito. Ao lado tem uma grade com numeração de 1 a 5, que equivale ao grau de importância que você dará ao requisito. O numero 1 é o grau mais baixo de importância do indicador e o 5 é o grau mais alto de importância.

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CHECKLIST Avaliação Grau de

importância do requisito

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EExxiissttee uummaa ppoollííttiiccaa aammbbiieennttaall ddeeffiinniiddaa nnoo hhootteell?? OOss ccoollaabboorraaddoorreess tteemm ccoonnsscciiêênncciiaa ddaa ppoollííttiiccaa aammbbiieennttaall ddoo hhootteell ee ssããoo ccaappaacciittaaddooss ppaarraa eessttaarreemm ddee aaccoorrddoo ccoomm eessttaa ppoollííttiiccaa??

OO hhootteell ppoossssuuii uummaa PPoollííttiiccaa ddee rreellaacciioonnaammeennttoo ccoomm ffoorrnneecceeddoorreess,, ddaannddoo pprreeffeerrêênncciiaa ppaarraa aaqquueelleess qquuee ooffeerreecceemm pprroodduuttooss aammbbiieennttaallmmeennttee rreessppoonnssáávveeiiss??

OO hhootteell ppoossssuuii uummaa ppeessssooaa rreessppoonnssáávveell ppeellaass qquueessttõõeess aammbbiieennttaaiiss??

OO hhootteell ppoossssuuii mmeettaass aa sseerreemm ccuummpprriiddaass nnoo qquuee ddiizz rreessppeeiittoo aa pprreesseerrvvaaççããoo ddoo mmeeiioo aammbbiieennttee??

OO hhootteell vviissaa rreedduuzziirr ooss iimmppaaccttooss aammbbiieennttaaiiss eemm sseeuuss nnoovvooss pprroojjeettooss ddee ccoonnssttrruuççããoo,, vviissaannddoo aa pprreesseerrvvaaççããoo ddaa llooccaalliiddaaddee??

OO hhootteell rreessppeeiittaa oo eeccoossssiisstteemmaa ee aa ppooppuullaaççããoo llooccaall?? OO hhootteell ppoossssuuii uummaa ccaappaacciiddaaddee ddee ccaarrggaa?? OO hhootteell iiddeennttiiffiiccaa sseeuu ppoossiicciioonnaammeennttoo qquuaannttoo àà ccoonnffoorrmmiiddaaddee ee ddeesseemmppeennhhoo aammbbiieennttaall nnoo mmeerrccaaddoo??

OO hhootteell iiddeennttiiffiiccaa aass bbaarrrreeiirraass qquuee ppoossssaamm sseerr ccrriiaaddaass ppaarraa oo ddeesseennvvoollvviimmeennttoo aammbbiieennttaall??

OO hhootteell pprrooppõõee ssoolluuççõõeess ppaarraa aass ppoossssaamm sseerr qquueebbrraaddaass aass bbaarrrreeiirraass qquuee iimmppeennddeemm oo ddeesseennvvoollvviimmeennttoo aammbbiieennttaall??

OO hhootteell nnããoo uuttiilliizzaa mmaatteerriiaaiiss ddeerriivvaaddooss ddee eessppéécciieess aammeeaaççaaddaass nnaa ccoonnssttrruuççããoo,, aaccaabbaammeennttoo oouu ddeeccoorraaççããoo??

OO hhootteell eessttáá eemm ddiiaa ccoomm aa lleeggiissllaaççããoo aammbbiieennttaall??

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OO hhootteell ffaazz uummaa aannáálliissee ddooss ccoonnssuummooss ddee áágguuaa mmeennssaallmmeennttee?? OO hhootteell uuttiilliizzaa rreedduuttoorreess ddee ccoonnssuummoo ddee áágguuaa eemm ttoorrnneeiirraass ee dduucchhaass??

OO hhootteell pprrooppõõee aaooss sseeuuss hhoossppeeddeess qquuee nnããoo ttrrooqquueemm ssuuaass ttooaallhhaass ddee bbaannhhoo ee rroouuppaa ddee ccaammaa ttooddooss ooss ddiiaass ppaarraa ddiimmiinnuuiirr oo ccoonnssuummoo ddaa áágguuaa..

UUttiilliizzaa eeqquuiippaammeennttooss ddaa llaavvaannddeerriiaa qquuee nnããoo ccoonnssuummaamm ttaannttaa áágguuaa??

OO hhootteell tteemm ssiisstteemmaa ddee ccaappttaaççããoo ddee áágguuaa ddaa cchhuuvvaa?? OO hhootteell EEssttiimmaa oo ccoonnssuummoo ddee áágguuaa nnooss bbaannhheeiirrooss ddooss hhoossppeeddeess,, ccoozziinnhhaass,, llaavvaannddeerriiaass ee ddeemmaaiiss áárreeaass ddee sseerrvviiççoo,, jjaarrddiinnss ee ppiisscciinnaa ppaarraa vveerr oo ccoonnssuummoo ddee áágguuaa ppoorr sseettoorr??

PPoossssuuii mmeeddiiddoorreess ddee ccoonnssuummoo ddee áágguuaa nnooss llooccaaiiss ddee mmaaiioorr uussoo?? OO hhootteell ppoossssuuii sseennssoorreess ddee pprreesseennççaa nnaass ppiiaass?? OO hhootteell vveerriiffiiccaa ccoomm ffrreeqqüüêênncciiaa aa eexxiissttêênncciiaa ddee vvaazzaammeennttooss,, iinncclluussiivvee nnaa ppiisscciinnaa??

OO hhootteell ccoonnttrroollaa ee rreeggiissttrraa oo ccoonnssuummoo ddee áágguuaa ddee ffoonntteess eexxtteerrnnaass ee ffoonntteess pprróópprriiaass??

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OO hhootteell ddeevvee pprroommoovveerr,, qquuaannddoo aapplliiccáávveell,, oo uussoo ddee áágguuaass rreessiidduuaaiiss ttrraattaaddaass ppaarraa aattiivviiddaaddeess ccoommoo rreeggaarr,, llaavvaaggeemm ddee vveeííccuullooss,, lliimmppeezzaa ee oouuttrraass aapplliiccaaççõõeess..

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OO hhootteell aaccoommppaannhhaa ee aannaalliissaa sseeuuss ccoonnssuummooss ddee eenneerrggiiaa mmeennssaallmmeennttee??

FFaazz ccoomm ffrreeqqüüêênncciiaa uummaa lliissttaa ddee mmeellhhoorriiaass ttééccnniiccaass?? FFaazz mmaannuutteennççããoo pprreevveennttiivvaa ddooss eeqquuiippaammeennttooss ee ffrroottaa?? UUttiilliizzaa llââmmppaaddaass fflluuoorreesscceenntteess ccoommppaaccttaass ppaarraa iilluummiinnaaççããoo ppeerrmmaanneennttee ((2244hhss))??

UUttiilliizzaa llââmmppaaddaass fflluuoorreesscceenntteess ccoommppaaccttaass nnooss qquuaarrttooss?? UUttiilliizzaa iilluummiinnaaççããoo ccoomm LLeedd''ss ppaarraa ssiinnaalliizzaaççããoo ddaass ssaaííddaass ddee sseegguurraannççaa??

OO hhootteell uuttiilliizzaa mmiinnii bbaarreess ccoomm bbaaiixxoo ccoonnssuummoo ddee eenneerrggiiaa?? OO hhootteell tteemm iinnssttaallaaddooss sseennssoorreess ddee pprreesseennççaass nnaass áárreeaass ccoommuunnss ddoo hhootteell??

AAss ttuubbaaggeennss qquuee ttrraannssppoorrttaamm fflluuííddooss qquueenntteess ee ffrriiooss ssããoo iissoollaaddaass?? OO hhootteell uuttiilliizzaa ccaallddeeiirraa ccoomm bbaaiixxoo ccoonnssuummoo?? UUttiilliizzaa aarr ccoonnddiicciioonnaaddoo ddee bbaaiixxoo ccoonnssuummoo ddee eenneerrggiiaa?? RReeccuuppeerraa eenneerrggiiaa ddoo ssiisstteemmaa ddee cclliimmaattiizzaaççããoo?? UUttiilliizzaa ccaappttaaççããoo ddee lluuzz ssoollaarr ppaarraa aa pprroodduuççããoo ddee áágguuaa qquueennttee ssaanniittáárriiaa??

UUttiilliizzaa ccaappttaaççããoo ddee lluuzz ssoollaarr ppaarraa aaqquueecciimmeennttoo ddaa áágguuaa ddaa ppiisscciinnaa?? NNaa aaqquuiissiiççããoo ddee nnoovvooss eeqquuiippaammeennttooss,, ddáá pprriioorriiddaaddee aa eeqquuiippaammeennttooss qquuee ccoonnssoommeemm mmeennooss eenneerrggiiaa??

OO hhootteell uuttiilliizzaa aallgguumm ttiippoo ddee eenneerrggiiaa rreennoovváávveell?? EEmm nnoovvaass ccoonnssttrruuççõõeess hháá aa pprreeooccuuppaaççããoo ddee uuttiilliizzaarr eenneerrggiiaass rreennoovváávveeiiss ((ssoollaarr,, eeóólliiccaa,, eettcc))??

OO ccoommbbuussttíívveell ddaa ffrroottaa ddoo hhootteell ((ee ccaallddeeiirraa qquuaannddoo ffoorr oo ccaassoo)) éé ccoonnttrroollaaddoo??

HHáá uumm ccoonnttrroollee ddee ccoonnssuummoo ddee ggááss ((GGPPLL oouu nnaattuurraall)) HHáá uummaa ccoonnsscciieennttiizzaaççããoo ggeerraall eennttrree ooss ccoollaabboorraaddoorreess ppaarraa eeccoonnoommiizzaarr eenneerrggiiaa??

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OO hhootteell rreeccoollhhee óólleeooss uuttiilliizzaaddooss nnaa aalliimmeennttaaççããoo?? OO hhootteell tteemm uumm ttrraattaammeennttoo pprróópprriioo ddee áágguuaass rreessiidduuaaiiss?? RReeuuttiilliizzaa aass áágguuaass rreessiidduuaaiiss?? PPaarraa nnoovvooss pprroojjeettooss ddee ccoonnssttrruuççããoo,, ddããoo pprreeffeerrêênncciiaa aa iinnssttaallaaççõõeess ddee ffoossssaass eeccoollóóggiiccaass qquuaannddoo aa llooccaalliiddaaddee nnããoo ooffeerreeccee ttrraattaammeennttoo ddee eessggoottoo??

AAddiicciioonnaa bbaaccttéérriiaass ccoonnssuummiiddoorraass ddee mmaatteerriiaall oorrggâânniiccoo àà ffoossssaa ttrraaddiicciioonnaall ppaarraa mmiinniimmiizzaarr oo iimmppaaccttoo aammbbiieennttaall??

EElliimmiinnaa qquuaallqquueerr ttiippoo ddee vvaazzaammeennttoo ddee eessggoottoo nnããoo ttrraattaaddoo oouu qquuíímmiiccoo pprreejjuuddiicciiaaiiss aa ssaaúúddee,, nnoo mmaarr,, rriiooss ee pprriinncciippaallmmeennttee,, ppeerrttoo ddee nnaasscceenntteess ddee áágguuaa ee rreesseerrvvaattóórriiooss ddee áágguuaa??

OO hhootteell ffaazz ccoolleettaa sseelleettiivvaa ddee lliixxoo?? OO hhootteell rreecciiccllaa oouu vveennddee eemmbbaallaaggeennss ddee pplláássttiiccoo,, vviiddrroo,, aalluummíínniioo,, mmeettaall,, ppaappeell//ccaarrttããoo??

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159

LLiimmiittaa aa uuttiilliizzaaççããoo ddee eemmbbaallaaggeennss nnããoo rreeuuttiilliizzáávveeiiss ppaarraa oo aapprroovveeiittaammeennttoo ddoo hhootteell??

AAss ccaammaarreeiirraass ddoo hhootteell ffaazzeemm ttrriiaaggeemm nnooss lliixxooss ddooss aappaarrttaammeennttooss?? LLiimmiittaa aa eemmbbaallaaggeemm iinnddiivviidduuaall ddooss pprroodduuttooss ddee hhiiggiieennee nnooss qquuaarrttooss??

TTrraattaa aass ppiillhhaass//aaccuummuullaaddaass ddoo hhootteell,, ddaannddoo uumm ddeessttiinnoo ccoorrrreettoo?? TTrraattaa aass ppiillhhaass//aaccuummuullaaddaass ddooss cclliieenntteess,, ddaannddoo uumm ddeessttiinnoo ccoorrrreettoo??

RReecciiccllaa ooss rreessíídduuooss eellééttrriiccooss ee eelleettrrôônniiccooss?? RReecciiccllaa ooss ttiinntteeiirrooss ee ooss ttóónneerrss?? DDáá uummaa ddeessttiinnaaççããoo ccoorrrreettaa aaooss ttuubbooss//llââmmppaaddaass fflluuoorreesscceenntteess ccoommppaaccttaass??

AAddoottaa jjuunnttoo aaooss ccoollaabboorraaddoorreess aa ccoonnsscciiêênncciiaa aammbbiieennttaall ddooss 33RR''ss ((RReedduuzziirr,, RReeuuttiilliizzaarr ee RReecciiccllaarr))

OO hhootteell iiddeennttiiffiiccaa ttooddaass aass aattiivviiddaaddeess ee llooccaaiiss qquuee ggeerraamm rreessíídduuooss ssóólliiddooss??

EEvviittaa aa uuttiilliizzaaççããoo ddee pprroodduuttooss ddeessccaarrttáávveeiiss?? OO hhootteell aannaalliissaa oo fflluuxxoo ddooss rreessíídduuooss ggeerraaddooss,, iiddeennttiiffiiccaannddoo ooss pprriinncciippaaiiss??

HHáá nnoo hhootteell uumm llooccaall aaddeeqquuaaddoo ppaarraa oo aarrmmaazzeennaammeennttoo tteemmppoorráárriioo ddooss rreessíídduuooss??

OO hhootteell eennvvoollvvee oo hhoossppeeddee nnoo pprrooggrraammaa,, iinncceennttiivvaannddoo--oo aa ppaarrttiicciippaarr aattrraavvééss ddee iinnffoorrmmaattiivvooss??

OO hhootteell mmiinniimmiizzaa aa iimmppeerrmmeeaabbiilliizzaaççããoo ddoo ssoolloo?? OO hhootteell mmiinniimmiizzaa aa rreemmooççããoo ddaa vveeggeettaaççããoo nnaattiivvaa?? ÉÉ uuttiilliizzaaddoo oo mmaatteerriiaall oorrggâânniiccoo ccoommoo aadduubboo??

Questões relacionadas a emergências ambientais e segurança.

Ate

nd

e

Ate

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e P

arci

alm

ente

Não

Ate

nd

e 1 2 3 4 5

OO hhootteell iiddeennttiiffiiccaa oo ppootteenncciiaall ddee aacciiddeenntteess ee ssiittuuaaççõõeess ddee eemmeerrggêênncciiaa aammbbiieennttaaiiss qquuee ppoossssaa ccaauussaarr??

EEssttaabbeelleeccee ffoorrmmaass ddee pprreevveennççããoo?? SSããoo rreeaalliizzaaddaass ssiimmuullaaççõõeess nnoo hhootteell ccaassoo aaccoonntteeççaa aallgguummaa eemmeerrggêênncciiaa??

EExxiissttee aa bbrriiggaaddaa ddee eemmeerrggêênncciiaa nnoo hhootteell?? OO hhootteell ppoossssuuii PPPPRRAA ((PPllaannoo ddee PPrreevveennççããoo ddee RRiissccooss AAmmbbiieennttaaiiss)) ?? OO hhootteell ddiissppõõee ddee uumm ddeeppóóssiittoo ddee pprroodduuttooss iinnffllaammáávveeiiss ?? AAss ffiicchhaass ddee eemmeerrggêênncciiaa ddooss pprroodduuttooss ttóóxxiiccooss ee iinnffllaammáávveeiiss eessttããoo ddiissppoonníívveeiiss nnooss llooccaaiiss aapprroopprriiaaddooss??

EExxiissttee nnoo hhootteell uumm pprroocceeddiimmeennttoo ppaarraa mmoonniittoorraaççããoo ddee vvaazzaammeennttooss ddee pprroodduuttooss qquuíímmiiccooss ee óólleeooss eessttooccaaddooss??

OO hhootteell mmoonniittoorraa aa qquuaalliiddaaddee ddaa áágguuaa uussaaddaa,, ddeessccaarrrreeggaaddaa ffoorraa ddaass ffoossssaass ee ddoo ssiisstteemmaa ddee eessggoottoo??

AAppóóss aallgguummaa eemmeerrggêênncciiaa aammbbiieennttaall ooccaassiioonnaaddaa,, oo hhootteell rreevvêê sseeuuss pprroocceeddiimmeennttooss ddee pprreeppaarraaççããoo ee aatteennddiimmeennttoo aass eemmeerrggêênncciiaass,, ttoommaannddoo aaççõõeess ccoorrrreettiivvaass qquuaannddoo nneecceessssáárriioo??

OO hhootteell tteemm ccoonnhheecciimmeennttoo ddoo eeccoossssiisstteemmaa oonnddee eessttáá iinnsseerriiddoo?? OO hhootteell mmoonniittoorraa aass eerroossõõeess ccaauussaaddaass ppeellaa ccoonnssttrruuççããoo ddoo hhootteell eemm llooccaall ddee eennccoossttaa??

EExxiisstteemm mmeeddiiddaass ddee rreeccoommppoossiiççããoo,, qquuaannddoo oo hhootteell ccaauussaa aallgguumm ddaannoo aaoo mmeeiioo aammbbiieennttee??

OO hhootteell ddiissppõõee ddee uumm llooccaall eessppeecciiffiiccoo ee vveeddaaddoo ppaarraa rreessíídduuooss ssóólliiddooss ccoonnttaammiinnaanntteess??

OO hhootteell ddiissppõõeess ddee uumm ccoonnttrroollee ddee pprraaggaass??

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APÊNDICE C – ESCALA COMPLETA DA PESQUISA

SGA que faz parte

CHECKLIST Avaliação Grau de

importância do requisito

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Questões relacionadas a política ambiental

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nd

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1 2 3 4 5

x x x x 1 EExxiissttee uummaa ppoollííttiiccaa aammbbiieennttaall ddeeffiinniiddaa nnoo hhootteell?? 10 40 42 x 7 14 42 29

x 2 OOss ccoollaabboorraaddoorreess tteemm ccoonnsscciiêênncciiaa ddaa ppoollííttiiccaa aammbbiieennttaall ddoo hhootteell ee ssããoo ccaappaacciittaaddooss ppaarraa eessttaarreemm ddee aaccoorrddoo ccoomm eessttaa ppoollííttiiccaa??

8 39 45 0 4 22 31 35

x x 3 OO hhootteell ppoossssuuii uummaa PPoollííttiiccaa ddee rreellaacciioonnaammeennttoo ccoomm ffoorrnneecceeddoorreess,, ddaannddoo pprreeffeerrêênncciiaa ppaarraa aaqquueelleess qquuee ooffeerreecceemm pprroodduuttooss aammbbiieennttaallmmeennttee rreessppoonnssáávveeiiss??

15 40 37 0 2 19 49 22

x 4 OO hhootteell ppoossssuuii uummaa ppeessssooaa rreessppoonnssáávveell ppeellaass qquueessttõõeess aammbbiieennttaaiiss?? 7 39 46 7 11 34 32 8

x 5 OO hhootteell ppoossssuuii mmeettaass aa sseerreemm ccuummpprriiddaass nnoo qquuee ddiizz rreessppeeiittoo aa pprreesseerrvvaaççããoo ddoo mmeeiioo aammbbiieennttee??

20 39 33 4 9 22 40 17

x x 6 OO hhootteell vviissaa rreedduuzziirr ooss iimmppaaccttooss aammbbiieennttaaiiss eemm sseeuuss nnoovvooss pprroojjeettooss ddee ccoonnssttrruuççããoo,, vviissaannddoo aa pprreesseerrvvaaççããoo ddaa llooccaalliiddaaddee??

12 58 22 0 0 28 44 20

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x x 7 OO hhootteell rreessppeeiittaa oo eeccoossssiisstteemmaa ee aa ppooppuullaaççããoo llooccaall?? 16 63 13 14 23 45 10 x 8 OO hhootteell ppoossssuuii uummaa ccaappaacciiddaaddee ddee ccaarrggaa?? 42 44 6 9 12 19 37 15

x 9 OO hhootteell iiddeennttiiffiiccaa sseeuu ppoossiicciioonnaammeennttoo qquuaannttoo àà ccoonnffoorrmmiiddaaddee ee ddeesseemmppeennhhoo aammbbiieennttaall nnoo mmeerrccaaddoo??

9 41 42 0 19 32 35 6

x 10 OO hhootteell iiddeennttiiffiiccaa aass bbaarrrreeiirraass qquuee ppoossssaamm sseerr ccrriiaaddaass ppaarraa oo ddeesseennvvoollvviimmeennttoo aammbbiieennttaall?? 10 51 31 12 22 25 29 4

x 11 OO hhootteell pprrooppõõee ssoolluuççõõeess ppaarraa aass ppoossssaamm sseerr qquueebbrraaddaass aass bbaarrrreeiirraass qquuee iimmppeennddeemm oo ddeesseennvvoollvviimmeennttoo aammbbiieennttaall??

8 37 47 12 22 25 29 4

x x 12 OO hhootteell nnããoo uuttiilliizzaa mmaatteerriiaaiiss ddeerriivvaaddooss ddee eessppéécciieess aammeeaaççaaddaass nnaa ccoonnssttrruuççããoo,, aaccaabbaammeennttoo oouu ddeeccoorraaççããoo??

21 56 15 0 0 23 39 30

x x 13 OO hhootteell eessttáá eemm ddiiaa ccoomm aa lleeggiissllaaççããoo aammbbiieennttaall?? 10 46 36 0 0 24 40 28

sp.D

a N

at.

SG

A A

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.

NB

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5:40

1

ISO

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co II

Questões relacionadas a gestão da água

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e P

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alm

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Não

Ate

nd

e

1 2 3 4 5

x x 14 OO hhootteell tteemm uumm ccrroonnooggrraammaa ddee aaççõõeess qquuee bbuussccaa aa rreessttrriiççããoo ddoo ccoonnssuummoo ddaa áágguuaa?? 7 29 56 0 13 18 33 28 x x x 15 OO hhootteell ffaazz uummaa aannáálliissee ddooss ccoonnssuummooss ddee áágguuaa mmeennssaallmmeennttee?? 7 31 54 0 0 12 42 38 x x x 16 OO hhootteell uuttiilliizzaa rreedduuttoorreess ddee ccoonnssuummoo ddee áágguuaa eemm ttoorrnneeiirraass ee dduucchhaass?? 15 40 37 0 0 0 55 37

x x 17 OO hhootteell pprrooppõõee aaooss sseeuuss hhoossppeeddeess qquuee nnããoo ttrrooqquueemm ssuuaass ttooaallhhaass ddee bbaannhhoo ee rroouuppaa ddee ccaammaa ttooddooss ooss ddiiaass ppaarraa ddiimmiinnuuiirr oo ccoonnssuummoo ddaa áágguuaa..

25 43 24 0 0 11 39 42

x x x x 18 UUttiilliizzaa eeqquuiippaammeennttooss ddaa llaavvaannddeerriiaa qquuee nnããoo ccoonnssuummaamm ttaannttaa áágguuaa?? 8 21 63 0 0 16 41 35 x x x 19 OO hhootteell tteemm ssiisstteemmaa ddee ccaappttaaççããoo ddee áágguuaa ddaa cchhuuvvaa?? 9 17 66 0 0 12 36 44

x 20 OO hhootteell EEssttiimmaa oo ccoonnssuummoo ddee áágguuaa nnooss bbaannhheeiirrooss ddooss hhoossppeeddeess,, ccoozziinnhhaass,, llaavvaannddeerriiaass ee ddeemmaaiiss áárreeaass ddee sseerrvviiççoo,, jjaarrddiinnss ee ppiisscciinnaa ppaarraa vveerr oo ccoonnssuummoo ddee áágguuaa ppoorr sseettoorr??

6 14 72 0 6 14 33 39

x 21 PPoossssuuii mmeeddiiddoorreess ddee ccoonnssuummoo ddee áágguuaa nnooss llooccaaiiss ddee mmaaiioorr uussoo?? 6 12 74 4 8 21 37 22 x x 22 OO hhootteell ppoossssuuii sseennssoorreess ddee pprreesseennççaa nnaass ppiiaass?? 8 14 70 0 11 16 44 21 x 23 OO hhootteell vveerriiffiiccaa ccoomm ffrreeqqüüêênncciiaa aa eexxiissttêênncciiaa ddee vvaazzaammeennttooss,, iinncclluussiivvee nnaa ppiisscciinnaa?? 12 18 62 0 9 15 38 30 x 24 OO hhootteell ccoonnttrroollaa ee rreeggiissttrraa oo ccoonnssuummoo ddee áágguuaa ddee ffoonntteess eexxtteerrnnaass ee ffoonntteess pprróópprriiaass?? 5 11 76 8 24 29 18 13

x 25 OO hhootteell ddeevvee pprroommoovveerr,, qquuaannddoo aapplliiccáávveell,, oo uussoo ddee áágguuaass rreessiidduuaaiiss ttrraattaaddaass ppaarraa aattiivviiddaaddeess ccoommoo rreeggaarr,, llaavvaaggeemm ddee vveeííccuullooss,, lliimmppeezzaa ee oouuttrraass aapplliiccaaççõõeess..

9 17 66 0 0 17 37 38

sp.D

a N

at.

SG

A A

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.

NB

R 1

5:40

1

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Questões relacionadas a gestão da energia.

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x x x 26 OO hhootteell aaccoommppaannhhaa ee aannaalliissaa sseeuuss ccoonnssuummooss ddee eenneerrggiiaa mmeennssaallmmeennttee?? 7 24 61 0 0 15 46 31 x 27 FFaazz ccoomm ffrreeqqüüêênncciiaa uummaa lliissttaa ddee mmeellhhoorriiaass ttééccnniiccaass?? 10 29 53 0 12 26 32 22 x x 28 FFaazz mmaannuutteennççããoo pprreevveennttiivvaa ddooss eeqquuiippaammeennttooss ee ffrroottaa?? 15 28 49 0 0 20 36 36 x x x 29 UUttiilliizzaa llââmmppaaddaass fflluuoorreesscceenntteess ccoommppaaccttaass ppaarraa iilluummiinnaaççããoo ppeerrmmaanneennttee ((2244hhss))?? 18 38 36 0 0 21 33 38 x x 30 UUttiilliizzaa llââmmppaaddaass fflluuoorreesscceenntteess ccoommppaaccttaass nnooss qquuaarrttooss?? 23 56 13 0 0 25 39 28 x x 31 UUttiilliizzaa iilluummiinnaaççããoo ccoomm LLeedd''ss ppaarraa ssiinnaalliizzaaççããoo ddaass ssaaííddaass ddee sseegguurraannççaa?? 8 14 70 8 16 21 30 17 x 32 OO hhootteell uuttiilliizzaa mmiinnii bbaarreess ccoomm bbaaiixxoo ccoonnssuummoo ddee eenneerrggiiaa?? 28 34 30 0 0 0 44 48 x x x 33 OO hhootteell tteemm iinnssttaallaaddooss sseennssoorreess ddee pprreesseennççaass nnaass áárreeaass ccoommuunnss ddoo hhootteell?? 31 49 12 0 0 0 62 30 x x 34 AAss ttuubbaaggeennss qquuee ttrraannssppoorrttaamm fflluuííddooss qquueenntteess ee ffrriiooss ssããoo iissoollaaddaass?? 35 38 19 0 9 22 35 26 x 35 OO hhootteell uuttiilliizzaa ccaallddeeiirraa ccoomm bbaaiixxoo ccoonnssuummoo?? 17 29 46 0 0 15 41 36 x x 36 UUttiilliizzaa aarr ccoonnddiicciioonnaaddoo ddee bbaaiixxoo ccoonnssuummoo ddee eenneerrggiiaa?? 23 30 39 0 0 0 59 33 x 37 RReeccuuppeerraa eenneerrggiiaa ddoo ssiisstteemmaa ddee cclliimmaattiizzaaççããoo?? 7 12 73 0 12 22 37 21 x x 38 UUttiilliizzaa ccaappttaaççããoo ddee lluuzz ssoollaarr ppaarraa aa pprroodduuççããoo ddee áágguuaa qquueennttee ssaanniittáárriiaa?? 8 21 63 0 0 19 38 35 x x 39 UUttiilliizzaa ccaappttaaççããoo ddee lluuzz ssoollaarr ppaarraa aaqquueecciimmeennttoo ddaa áágguuaa ddaa ppiisscciinnaa?? 7 12 73 8 10 31 23 24

x 40 NNaa aaqquuiissiiççããoo ddee nnoovvooss eeqquuiippaammeennttooss,, ddáá pprriioorriiddaaddee aa eeqquuiippaammeennttooss qquuee ccoonnssoommeemm mmeennooss eenneerrggiiaa??

15 36 41 0 6 23 45 18

x x x 41 OO hhootteell uuttiilliizzaa aallgguumm ttiippoo ddee eenneerrggiiaa rreennoovváávveell?? 10 18 64 0 12 30 33 17 x x 42 EEmm nnoovvaass ccoonnssttrruuççõõeess hháá aa pprreeooccuuppaaççããoo ddee uuttiilliizzaarr eenneerrggiiaass rreennoovváávveeiiss ((ssoollaarr,, eeóólliiccaa,, eettcc))?? 10 25 57 0 18 23 38 13 x 43 OO ccoommbbuussttíívveell ddaa ffrroottaa ddoo hhootteell ((ee ccaallddeeiirraa qquuaannddoo ffoorr oo ccaassoo)) éé ccoonnttrroollaaddoo?? 12 31 49 0 0 31 42 19 x x 44 HHáá uumm ccoonnttrroollee ddee ccoonnssuummoo ddee ggááss ((GGPPLL oouu nnaattuurraall)) 25 37 30 0 13 34 38 7 x 45 HHáá uummaa ccoonnsscciieennttiizzaaççããoo ggeerraall eennttrree ooss ccoollaabboorraaddoorreess ppaarraa eeccoonnoommiizzaarr eenneerrggiiaa?? 14 43 35 0 0 40 34 18

sp.D

a N

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A A

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NB

R 1

5:40

1

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Questões relacionadas a resíduos sólidos e efluentes

Ate

nd

e

Ate

nd

e P

arci

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ente

Não

Ate

nd

e

1 2 3 4 5

x x 46 OO hhootteell rreeccoollhhee óólleeooss uuttiilliizzaaddooss nnaa aalliimmeennttaaççããoo?? 45 30 17 0 0 0 51 41 x 47 OO hhootteell tteemm uumm ttrraattaammeennttoo pprróópprriioo ddee áágguuaass rreessiidduuaaiiss?? 10 18 64 6 11 23 34 18 x 48 RReeuuttiilliizzaa aass áágguuaass rreessiidduuaaiiss?? 7 17 68 0 0 25 31 36

x 49 PPaarraa nnoovvooss pprroojjeettooss ddee ccoonnssttrruuççããoo,, ddããoo pprreeffeerrêênncciiaa aa iinnssttaallaaççõõeess ddee ffoossssaass eeccoollóóggiiccaass qquuaannddoo aa llooccaalliiddaaddee nnããoo ooffeerreeccee ttrraattaammeennttoo ddee eessggoottoo??

15 21 56 0 0 17 53 22

x 50 AAddiicciioonnaa bbaaccttéérriiaass ccoonnssuummiiddoorraass ddee mmaatteerriiaall oorrggâânniiccoo àà ffoossssaa ttrraaddiicciioonnaall ppaarraa mmiinniimmiizzaarr oo iimmppaaccttoo aammbbiieennttaall??

12 29 51 3 9 27 35 18

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x 51 EElliimmiinnaa qquuaallqquueerr ttiippoo ddee vvaazzaammeennttoo ddee eessggoottoo nnããoo ttrraattaaddoo oouu qquuíímmiiccoo pprreejjuuddiicciiaaiiss aa ssaaúúddee,, nnoo mmaarr,, rriiooss ee pprriinncciippaallmmeennttee,, ppeerrttoo ddee nnaasscceenntteess ddee áágguuaa ee rreesseerrvvaattóórriiooss ddee áágguuaa??

18 53 21 0 0 23 41 28

x x 52 OO hhootteell ffaazz ccoolleettaa sseelleettiivvaa ddee lliixxoo?? 54 32 6 0 0 0 33 59 x 53 OO hhootteell rreecciiccllaa oouu vveennddee eemmbbaallaaggeennss ddee pplláássttiiccoo,, vviiddrroo,, aalluummíínniioo,, mmeettaall,, ppaappeell//ccaarrttããoo?? 38 43 11 0 12 25 42 13 x x 54 LLiimmiittaa aa uuttiilliizzaaççããoo ddee eemmbbaallaaggeennss nnããoo rreeuuttiilliizzáávveeiiss ppaarraa oo aapprroovveeiittaammeennttoo ddoo hhootteell?? 23 33 36 0 15 28 34 15 x 55 AAss ccaammaarreeiirraass ddoo hhootteell ffaazzeemm ttrriiaaggeemm nnooss lliixxooss ddooss aappaarrttaammeennttooss?? 15 28 49 0 18 27 38 9 x 56 LLiimmiittaa aa eemmbbaallaaggeemm iinnddiivviidduuaall ddooss pprroodduuttooss ddee hhiiggiieennee nnooss qquuaarrttooss?? 12 42 38 0 11 23 33 25 x 57 TTrraattaa aass ppiillhhaass//aaccuummuullaaddaass ddoo hhootteell,, ddaannddoo uumm ddeessttiinnoo ccoorrrreettoo?? 46 32 14 0 0 20 41 31 x 58 TTrraattaa aass ppiillhhaass//aaccuummuullaaddaass ddooss cclliieenntteess,, ddaannddoo uumm ddeessttiinnoo ccoorrrreettoo?? 35 32 25 5 15 31 24 17 x 59 RReecciiccllaa ooss rreessíídduuooss eellééttrriiccooss ee eelleettrrôônniiccooss?? 7 17 68 6 17 36 21 12 x 60 RReecciiccllaa ooss ttiinntteeiirrooss ee ooss ttóónneerrss?? 57 29 6 0 0 24 45 23 x 61 DDáá uummaa ddeessttiinnaaççããoo ccoorrrreettaa aaooss ttuubbooss//llââmmppaaddaass fflluuoorreesscceenntteess ccoommppaaccttaass?? 23 34 35 0 11 18 38 25

x 62 AAddoottaa jjuunnttoo aaooss ccoollaabboorraaddoorreess aa ccoonnsscciiêênncciiaa aammbbiieennttaall ddooss 33RR''ss ((RReedduuzziirr,, RReeuuttiilliizzaarr ee RReecciiccllaarr))

15 19 58 0 0 30 38 24

x 63 OO hhootteell iiddeennttiiffiiccaa ttooddaass aass aattiivviiddaaddeess ee llooccaaiiss qquuee ggeerraamm rreessíídduuooss ssóólliiddooss?? 14 28 50 0 16 35 29 12 x 64 EEvviittaa aa uuttiilliizzaaççããoo ddee pprroodduuttooss ddeessccaarrttáávveeiiss?? 27 39 26 9 14 25 36 8

x 65 OO hhootteell aannaalliissaa oo fflluuxxoo ddooss rreessíídduuooss ggeerraaddooss,, iiddeennttiiffiiccaannddoo ooss pprriinncciippaaiiss?? 12 23 57 3 11 32 30 16

x 66 HHáá nnoo hhootteell uumm llooccaall aaddeeqquuaaddoo ppaarraa oo aarrmmaazzeennaammeennttoo tteemmppoorráárriioo ddooss rreessíídduuooss?? 17 28 47 0 15 29 37 11

x 67 OO hhootteell eennvvoollvvee oo hhoossppeeddee nnoo pprrooggrraammaa,, iinncceennttiivvaannddoo--oo aa ppaarrttiicciippaarr aattrraavvééss ddee iinnffoorrmmaattiivvooss??

25 43 24 0 0 21 46 25

x 68 OO hhootteell mmiinniimmiizzaa aa iimmppeerrmmeeaabbiilliizzaaççããoo ddoo ssoolloo?? 13 25 54 7 18 42 17 8 x 69 OO hhootteell mmiinniimmiizzaa aa rreemmooççããoo ddaa vveeggeettaaççããoo nnaattiivvaa?? 28 49 15 0 11 23 37 21 x 70 ÉÉ uuttiilliizzaaddoo oo mmaatteerriiaall oorrggâânniiccoo ccoommoo aadduubboo?? 19 25 48 0 26 41 14 11

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x 71 OO hhootteell iiddeennttiiffiiccaa oo ppootteenncciiaall ddee aacciiddeenntteess ee ssiittuuaaççõõeess ddee eemmeerrggêênncciiaa aammbbiieennttaaiiss qquuee ppoossssaa ccaauussaarr??

28 31 33 9 17 45 21 0

x 72 EEssttaabbeelleeccee ffoorrmmaass ddee pprreevveennççããoo?? 28 31 33 0 22 34 31 5 x 73 SSããoo rreeaalliizzaaddaass ssiimmuullaaççõõeess nnoo hhootteell ccaassoo aaccoonntteeççaa aallgguummaa eemmeerrggêênncciiaa?? 15 43 34 0 8 42 24 18 x 74 EExxiissttee aa bbrriiggaaddaa ddee eemmeerrggêênncciiaa nnoo hhootteell?? 5 17 70 12 15 38 12 15 x x x x 75 OO hhootteell ppoossssuuii PPPPRRAA ((PPllaannoo ddee PPrreevveennççããoo ddee RRiissccooss AAmmbbiieennttaaiiss)) ?? 7 15 70 0 12 31 33 16

Page 164: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ - UNIVALI DIEGO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Diego de Souza.pdf · are used in the Brazilian hotel industry: ISO 14001; NBR 15401:06 – Means of

164

x x 76 OO hhootteell ddiissppõõee ddee uumm ddeeppóóssiittoo ddee pprroodduuttooss iinnffllaammáávveeiiss ?? 9 28 55 0 0 38 44 10

x 77 AAss ffiicchhaass ddee eemmeerrggêênncciiaa ddooss pprroodduuttooss ttóóxxiiccooss ee iinnffllaammáávveeiiss eessttããoo ddiissppoonníívveeiiss nnooss llooccaaiiss aapprroopprriiaaddooss??

7 28 57 0 0 41 36 15

x x x 78 EExxiissttee nnoo hhootteell uumm pprroocceeddiimmeennttoo ppaarraa mmoonniittoorraaççããoo ddee vvaazzaammeennttooss ddee pprroodduuttooss qquuíímmiiccooss ee óólleeooss eessttooccaaddooss??

6 15 71 6 17 38 29 2

x x x 79 OO hhootteell mmoonniittoorraa aa qquuaalliiddaaddee ddaa áágguuaa uussaaddaa,, ddeessccaarrrreeggaaddaa ffoorraa ddaass ffoossssaass ee ddoo ssiisstteemmaa ddee eessggoottoo??

7 16 69 0 19 31 30 12

x 80 AAppóóss aallgguummaa eemmeerrggêênncciiaa aammbbiieennttaall ooccaassiioonnaaddaa,, oo hhootteell rreevvêê sseeuuss pprroocceeddiimmeennttooss ddee pprreeppaarraaççããoo ee aatteennddiimmeennttoo aass eemmeerrggêênncciiaass,, ttoommaannddoo aaççõõeess ccoorrrreettiivvaass qquuaannddoo nneecceessssáárriioo??

8 23 61 0 20 36 21 15

x 81 OO hhootteell tteemm ccoonnhheecciimmeennttoo ddoo eeccoossssiisstteemmaa oonnddee eessttáá iinnsseerriiddoo?? 8 15 69 4 19 45 15 9 x 82 OO hhootteell mmoonniittoorraa aass eerroossõõeess ccaauussaaddaass ppeellaa ccoonnssttrruuççããoo ddoo hhootteell eemm llooccaall ddee eennccoossttaa?? 6 12 74 14 6 41 17 14 x 83 EExxiisstteemm mmeeddiiddaass ddee rreeccoommppoossiiççããoo,, qquuaannddoo oo hhootteell ccaauussaa aallgguumm ddaannoo aaoo mmeeiioo aammbbiieennttee?? 5 16 71 0 11 34 41 6 x 84 OO hhootteell ddiissppõõee ddee uumm llooccaall eessppeecciiffiiccoo ee vveeddaaddoo ppaarraa rreessíídduuooss ssóólliiddooss ccoonnttaammiinnaanntteess?? 10 16 66 11 21 39 19 2 x 85 OO hhootteell ddiissppõõeess ddee uumm ccoonnttrroollee ddee pprraaggaass?? 58 31 3 0 0 29 39 24