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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ Programa de Pós Graduação em Ciência Animal Aditivos alimentares na nutrição de juvenis de piavuçu, Leporinus macrocephalus: desempenho e parâmetros hematológicos KAUANA SANTOS DE LIMA ILHÉUS BAHIA 2013

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ

Programa de Pós Graduação em Ciência Animal

Aditivos alimentares na nutrição de juvenis de piavuçu, Leporinus

macrocephalus: desempenho e parâmetros hematológicos

KAUANA SANTOS DE LIMA

ILHÉUS – BAHIA

2013

II

KAUANA SANTOS DE LIMA

Aditivos alimentares na nutrição de juvenis de piavuçu, Leporinus

macrocephalus: desempenho e parâmetros hematológicos

Orientador: Prof. Dsc. Luís Gustavo Tavares Braga

ILHÉUS – BAHIA

2013

Dissertação apresentada à Universidade Estadual de

Santa Cruz, para obtenção do grau de Mestre em

Ciência Animal.

Área de concentração: Produção Animal

III

L732 Lima, Kauana Santos de. Aditivos alimentares na nutrição de juvenis de piavuçu, Leporinus macrocephalus: desempenho e parâmetros hematológicos / Kauana Santos de Lima. – Ilhéus, BA: UESC, 2013. lv f. : il. Orientador: Luís Gustavo Tavares Braga. Dissertação (mestrado) – Universidade Estadual de Cruz. Programa de Pós-graduação em Ciência Animal. Inclui referências. 1. Aquicultura. 2. Probióticos. 3.Desempenho. I. Título. CDD 639.8

IV

KAUANA SANTOS DE LIMA

Aditivos alimentares na nutrição de juvenis de piavuçu, Leporinus

macrocephalus: desempenho e parâmetros hematológicos

Ilhéus-BA, 28/02/2013.

Luís Gustavo Tavares Braga - Dr.

UESC/DCAA

(Orientador)

William Cristiane Teles Tonini – Dr.

UESC/DCAA

Eduardo Teixeira Arruda Lanna - Dr.

UFV/DZOO

V

Dedicatória

À minha família.

VI

“basta ser sincero e desejar profundo”

Raul Seixas

VII

Agradecimentos

A Deus, pelo dom da vida e por me permitir sonhar, buscar e realizar.

Aos peixes, que deram suas vidas em nome da ciência.

Aos meus pais, Claudia e Antônio, pelo amor, apoio e por serem o meu

alicerce.

Ao meu namorado e amigo Filipe Cipriano, por trilharmos esse caminho

juntos.

Ao meu orientador Gustavo Braga, pela paciência, dedicação, ensinamento e

amizade.

A minha linda família, em especial ao Vô Antônio, Vó Nega, Tia Diva, Tia

Rita, Tio Claudionor, Tio Claudio e Lorena, pelo constante incentivo e a torcida.

Aos meus amigos Vagner, Taiane, Ozana e Amanda pela compreensão nos

momentos de ausência.

A equipe AQUANUT, William, Francisco, Ricardo, Érica, Driele, Fernanda,

Milane, Dani, Hortência, Bruno, Vinicius e Jhon, pela amizade, risadas e a

grande torcida.

As meninas da limpeza, Aurita, Alda, Jamile e especialmente a Dona Antônia,

pelos cafés no momento de sonolência, os chás nos momentos de euforia e os

abraços nos momentos de tristeza.

A Camila Machado, pela fundamental ajuda no cultivo das leveduras.

A Izabela Garcia, pelo bate papo hematológico e a grande ajuda nas análises.

Aos colegas do Laboratório de Pesquisas em Química Analítica, Lucas,

Anderson, Raphaela, Mayara e Givaldo.

Aos professores Ana Paula Uetanabaro, Leandro Costa, Alexandre Munhoz,

Raildo Costa e José Augusto, pela colaboração para realização desse projeto.

E a todos que ajudaram indiretamente.

Um muito obrigada.

VIII

Aditivos alimentares na nutrição de juvenis de piavuçu, Leporinus

macrocephalus: desempenho e parâmetros hematológicos

Resumo

Verificou-se o desempenho e a resposta hematológica de juvenis de

piavuçu, Leporinus macrocephalus, alimentados com extrato de alho, extrato de

canela e levedura submetidos ao estresse de captura. O experimento foi realizado

no Laboratório de Alimentação e Nutrição de Peixes (Aquanut), Ilhéus, Bahia,

onde 192 juvenis de piavuçu com peso médio inicial de 3,09 ± 0,8 g foram

distribuídos em 16 tanques de fibra de vidro (170 L), com densidade de 12

peixes/tanque em um delineamento inteiramente casualizado, com quatro

tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos consistiam na adição de 1% de

extrato de alho, 1% de extrato de canela, 9x105 UFC.g-1 de levedura

Saccharomyces cerevisiae DS-5 e uma dieta controle, sem a inclusão de aditivo.

Foram avaliados o desempenho, índices corporais e sobrevivência dos peixes.

Após o ensaio de desempenho os peixes foram submetidos ao estresse de captura

e o efeito dos aditivos como mitigador do estresse foi avaliado por meio de

análises hematológicas. Observou-se maior ganho de peso e melhor conversão

alimentar (P≤0,05) nos peixes alimentados com as dietas contendo os extratos de

alho e de canela. Foram verificadas alterações nos números de leucócitos logo

após o estresse nos peixes de todos os tratamentos. Foram observadas reduções

nos números de trombócitos nos peixes suplementados com extrato de alho e

dieta controle 24 horas após o estresse. Juvenis de piavuçu alimentados com

dietas suplementadas com os extratos de alho e de canela ao nível de 10 g. Kg-1

apresentaram melhor desempenho, entretanto nas concentrações utilizadas esses

aditivos não influenciaram nos parâmetros hematológicos quando os peixes

foram submetidos ao estresse de captura.

Palavras chave: aquicultura, probiótico, fitogênico, desempenho

IX

Food additives in the nutrition juveniles of piavuçu, Leporinus

macrocephalus: performance and hematological parameters

Abstract

It was verified the juveniles piavuçu’s performance and hematological

response, Leporinus macrocephalus fed with garlic extract, cinnamon extract and

yeast subjected to capture stress. The experiment was conducted at the laboratory

of Food and Nutrition of Fish (Aquanut) Ilhéus, Bahia, where 192 juveniles

piavuçu with an average initial weight of 3.09 ± 0.8 g were distributed in 16

tanks (170L), with a density of 12 fish per tank in a completely randomized

design with four treatments and four replications. The treatments consisted of the

addition of 1% of garlic extract, 1% extract of cinnamon, 9x105 CFU.g-1 of yeast

Saccharomyces cerevisiae DS-5 and a control diet without the inclusion of

additive. Was evaluated the performance, body index and fish survival. After the

performance test the fish were subjected to the stress of capture and the effect of

additives such as mitigating stress was assessed by hematological analysis. Was

noted more weight gain and improved feed conversion (P ≤ 0.05) in fish fed with

diets containing extracts from garlic and cinnamon. Changes were observed in

numbers of leukocytes after the stress on the fish in all treatments. Reductions in

the number of thrombocytes in fish supplemented with garlic extract and control

diet 24 hours after stress. Piavuçu juveniles fed diets supplemented with extracts

of garlic and cinnamon to the level of 10 g. Kg-1 had better performance, however

the concentrations used in these additives did not affect hematologic parameters

when fish were subjected to the stress of capture.

X

Lista de tabelas

Tabela 1. Composição (g/Kg) das dietas experimentais................................. 34

Tabela 2. Valores médios de desempenho de juvenis de piavuçu

alimentados com dietas contendo extrato de alho, extrato de canela e

levedura........................................................................................................... 37

Tabela 3. Valores médios de composição corporal (g/ Kg) de juvenis de

piavuçu alimentados com dietas contendo extrato de alho, extrato de canela

e levedura......................................................................................................... 40

Tabela 4. Valores de hematócrito e hemoglobina de juvenis de piavuçu

alimentados com dietas contendo extrato de alho, extrato de canela e

levedura...........................................................................................................

40

Tabela 5. Valores de leucócitos, monócitos e linfócitos de juvenis de

piavuçu alimentados com dietas contendo extrato de alho, extrato de canela

e levedura.........................................................................................................

41

Tabela 6. Valores de linfócitos de juvenis de piavuçu alimentados com

dietas contendo extrato de alho, extrato de canela e

levedura.........................................................................................................

42

Tabela 7. Valores de neutrófilos segmentado e trombócitos de juvenis de

piavuçu alimentados com dietas contendo extrato de alho, extrato de canela

e levedura.........................................................................................................

42

XI

Sumário

Introdução...................................................................................................... 11

2. Revisão de literatura ................................................................................. 14

2.1 Piavuçu, Leporinus macrocephalus ........................................................ 14

2.2 Aditivos fitogênicos ................................................................................ 15

2.2.1 Alho, Allium sativum .............................................................................. 17

2.2.2 Canela, Cinnamomum zeylanicum .......................................................... 18

2.3 Probiótico ................................................................................................ 19

2.3.1 Levedura Saccharomyces cerevisiae ...................................................... 21

2.4 Estresse ................................................................................................... 22

3.0 Referências bibliográficas ...................................................................... 23

4.0 Manuscrito .............................................................................................. 30

Aditivos alimentares na nutrição de juvenis de piavuçu, Leporinus

macrocephalus: desempenho e variáveis hematológicas ............................. 31

Resumo.......................................................................................................... 31

Introdução ..................................................................................................... 32

Material e métodos ....................................................................................... 33

Resultados e discussão .................................................................................. 36

Conclusão ..................................................................................................... 43

Referências bibliográficas ............................................................................ 44

Anexo 1: Normas para preparação de trabalhos científicos para publicação

na Scientia agricola ...................................................................................... 50

11

1. Introdução

A piscicultura está em crescente expansão, atingindo produção mundial em

2011 de aproximadamente 154 milhões de toneladas. No Brasil, a produção de

pescados em 2010 foi de 1.264.765 t, sendo 479.399 t provenientes da

aquicultura, colocando o país como o 17° maior produtor mundial (MPA, 2012).

Quando relacionado aos países das Américas, o Brasil é o terceiro maior produtor

contribuindo com 18,6%, ficando atrás do Chile (701.062 t) e dos Estados

Unidos (495.499 t) (FAO, 2012).

Tradicionalmente, a produção aquícola brasileira é baseada em espécies

exóticas como a tilápia-do-nilo Oreochromis niloticus e a carpa Ciprinus sp. Que

somadas representam 63,4% da produção nacional de pescado desta modalidade

(MPA, 2012). Entre as espécies nativas, as que possuem maior produção é o

tambaqui Colossoma macropomum (54.313,1 t), o pacu Piaractus

mesopatamicus (21.245,1 t) e o híbrido tambacu (21.621,4 t) com volume de

97.179,6 t em 2010 (MPA, 2012).

O piavuçu, Leporinus macrocephalus, é um peixe onívoro com grande

potencial para a aquicultura, pois aceita uma gama de alimentos, inclusive

quando fornecidos por meio de ração. Esta espécie exibe rápido crescimento e

rusticidade (BOSCOLO et al., 2005), podendo chegar a 7 kg (BEZERRA e

SILVA, 1997), sendo também bastante apreciado para a pesca esportiva, em

função da agressividade quando capturado (SOARES et al., 2000).

A situação atual do Brasil no cenário da aquicultura apresenta propensão para

expandir, pois desfruta de vasto território e excelentes condições climáticas,

entretanto a produção não condiz com o seu potencial, além da maior parte dos

peixes ser oriunda do sistema de produção semi-intensivo (RIBEIRO et al., 2005)

que utiliza elevadas densidades de estocagem, tornando o peixe susceptível ao

estresse e a doenças, gerando assim perdas produtivas.

Com o intuito de reduzir a carga bacteriana nos sistemas de criação de peixes e

promover crescimento acelerado, a utilização de antibióticos é uma prática

existente desde o século passado, exercendo função bactericida e bacteriostática

no hospedeiro, porém a utilização demasiada desses compostos pode resultar em

aumento do número de micro-organismos patogênicos resistentes a agentes

antimicrobianos, acúmulo no ambiente e na carcaça do animal, tornado-se um

problema para a saúde pública (ARIAS e CARRILHO, 2012).

Em função disso, no ano de 2006, a União Europeia, restringiu a utilização de

antibióticos na produção animal apenas para fins terapêuticos. Iniciou-se então a

12

busca por aditivos funcionais, como prebióticos, probióticos, simbióticos e

fitogênicos, capazes de manipular a microbiota do hospedeiro, contribuindo

principalmente para um equilíbrio intestinal, além de promover benefícios ao

sistema imunológico e consequentemente melhoria no desempenho animal.

O termo prebiótico foi utilizado pela primeira vez por Gibson e Roberfroid

(1995) como “ingredientes nutricionais não digeríveis que afetam beneficamente

o hospedeiro estimulando seletivamente o crescimento e atividade de uma ou

mais bactérias benéficas do cólon, melhorando a saúde do seu hospedeiro”.

A palavra probiótico é oriunda do grego que significa “para a vida”. Foi

definido por Fuller (1989) como produtos constituídos por microrganismos vivos

que afetam beneficamente o animal. Já aditivos simbióticos, são produtos que

contém tanto prebiótico como probiótico.

A aplicação de bactérias probióticas na nutrição de peixes tem sido uma

alternativa promissora, propiciando benefícios tanto no desempenho animal,

através da melhor utilização dos alimentos, estimulação da resposta imune,

colonização seletiva do trato gastrointestinal diminuindo a carga patogênica,

quanto influenciando positivamente na qualidade da água (MEURER et al.,

2006; CARVALHO et al., 2010).

Os aditivos fitogênicos, por sua vez, são caracterizados por compostos

químicos oriundos das plantas (WANG et al., 1998) e o seu beneficio no

desempenho animal está relacionado à suas propriedades flavorizantes, aumento

nas secreções enzimáticas melhorando a digestibilidade e absorção de nutrientes

e com suas atividades biológicas como antibacteriana, antiviral, antifúngica,

antioxidante e imunoestimulatória (HASHEMI e DAVOODI, 2011).

Entretanto para a identificação de um possível aditivo, podendo ser probiótico,

prebiótico ou fitoterápico e sua utilização na produção de peixes é necessário a

verificação da sua eficácia na melhoria dos parâmetros produtivos e fisiológicos.

Com isso, objetivou-se avaliar o efeito do alho, canela e a levedura

Saccharomyces cerevisiae na nutrição de juvenis de piavuçu (Leporinus

macrocephalus) e seus possíveis benefícios sobre os parâmetros zootécnicos e

efeito mitigador de estresse de captura.

13

2. Revisão de literatura

2.1 Piavuçu, Leporinus macrocephalus

O piavuçu, Leporinus macrocephalus, pertencente à ordem dos

Characiformes, família Anosmomidae, é um peixe reofílico, endêmico das bacias

do Paraná e Paraguai (BALDISSEROTO e GOMES, 2010). Está inserido em um

grupo de 10 gêneros, com o maior porte entre eles (GARAVELLO e BRITSKI,

1988), podendo atingir até 7 kg (BEZERRA e SILVA, 1997). Os dados de

produção desta espécie no Brasil não são detalhados, visto que estão inseridos no

gênero Leporinus spp que totalizam 7.228 t (MPA, 2012).

Fenotipicamente a espécie é caracterizada pelo corpo alongado, fusiforme, três

manchas escuras na lateral (CASTAGNOLLI, 1992), boca pequena na posição

terminal e dentes na forma de trapézio (RODRIGUES et al., 2006).

Considerado um consumidor oportunista, o piavuçu tem hábito alimentar

onívoro e seus itens alimentares são constituídos por insetos, como odonatas,

dípteros, além de pequenos peixes e macrófitas (DURÃES et al., 2001), variando

de acordo com a disponibilidade no ambiente (RIBEIRO et al., 2001).

O potencial dessa espécie para a piscicultura está relacionado à facilidade na

reprodução induzida (STREIT Jr et al., 2003), com elevada fecundidade, rápido

crescimento, rusticidade, fácil adaptação à dieta artificial, elevada sobrevivência

(SOARES et al., 2000), entretanto, um obstáculo para a expansão do cultivo é o

fato desse gênero possuir espinhos intramusculares, não sendo apropriado para a

indústria de filetagem (REIDEL et al., 2004).

O piavuçu foi utilizado com espécie de interesse em estudos desenvolvidos

sobre toxidade (BARCAROLLI e MARTINEZ, 2004; ALBINATI et al., 2009),

genética (MORELLI et al., 2007; HASHIMOTO et al., 2010), parasitologia

(MARTINS et al., 1999), hematologia (TAVARES-DIAS et al., 2009),

reprodução (RIBEIRO et al., 2003) e nutrição (SOARES et al., 2000; FARIA et

al., 2001; NAVARRO et al., 2007; GALDIOLI., 2008).

Com relação aos trabalhos sobre coeficiente de digestibilidade aparente

(CDA) de nutrientes e energia para o piavuçu ressaltam-se os realizados por

Gonçalves e Furuya (2004) e Souza e Hayashi (2003) que analisaram os CDA da

matéria seca, proteína bruta e energia bruta de ingredientes de origem animal e

vegetal.

14

Quanto às necessidades nutricionais doa espécie, Bittencourt et al. (2010)

definiram níveis de 35% de proteína bruta (PB) kg-1 e 3.500 kcal de energia

digestível (ED) kg-1 como os que propiciam melhores resultados para o

crescimento de juvenis de 0,40 g. Navarro et al. (2007) afirmaram que a

exigência de energia digestível de juvenis de piavuçu (0,56 g) é de 2.700 kcal de

ED kg-1 e 28 % de PB kg-1.

Faria et al. (2001) avaliaram a substituição da farinha de peixe por farelo de

soja para juvenis de piavuçu e concluíram que a substituição total da farinha de

peixe melhora os parâmetros de desempenho. Galdioli et al. (2001) afirmaram

que a substituição de até de 50% do farelo de soja por farelo de canola e de

algodão não prejudica o desempenho de juvenis de piavuçu. Nagae et al. (2001)

concluíram que a inclusão de até 25,7% de triticale na dieta de juvenis de

piavuçu não afeta o desempenho dos peixes.

Reidel et al. (2004) ao analisarem o rendimento e características

morfométricas de piavuçu, constataram menores valores de peso total e

comprimento total nos indivíduos machos quando comparados as fêmeas,

entretanto o melhor rendimento de filé e rendimento de carcaça foi encontrado

nos machos quando mantidos sobre as mesmas condições ambientais.

2.2 Aditivos fitogênicos

A utilização de plantas para fins terapêuticos é antiga, datado de 3000 AC no

império da Babilônia. No Brasil essa prática já era realizada antes da colonização

portuguesa, pois os índios utilizavam plantas nativas, entre elas o caju

Anacardium occidentale, maracujá (Passiflora sp.) e a mandioca (Manihot

esculenta) para curar problemas estomacais e infecções. Eles também se

beneficiavam das propriedades antibacterianas das plantas, ao utilizarem plantas

nativas para curar sarnas (SOUZA, 1587).

O efeito benéfico das plantas está relacionado com os seus metabólitos

secundários, ou principio ativo. Em geral, as plantas sintetizam vários

compostos, dos quais um ou um grupo deles determinará a ação principal. Esses

compostos podem ser concentrados em diferentes partes das plantas e estão

intimamente relacionados com os mecanismos de defesa ou como atrativos para

polinizadores (VIZZOTTO et al., 2010; MARTINS et al., 2000).

Os princípios ativos podem está presente na forma de óleo essencial

(composto volátil, insolúvel em água e na maioria das vezes é responsável pelo

odor característico do alimento), alcaloides, taninos, mucilagens (polissacarídeos

15

complexos formados por açúcares simples), glicosídeos, flavonoides, ácidos

orgânicos, saponinas, princípio amargo e heterosídeo (KAZIYAMA et al., 2012).

O teor desses compostos é variável em função do grau de maturação, composição

do solo, condições climáticas e técnicas de processamento.

Defini-se aditivo fitogênico como componentes das plantas incorporados a

dieta animal que proporciona benefícios às funções orgânicas. São classificados

de acordo com o processamento principalmente em extrato, óleo essencial e

oleorresina (WINDISCH et al., 2007).

Na aquicultura essa prática é recente e tem se destacado, pois pode aumentar a

palatabilidade da dieta (ABDEL-TAWWAB et al., 2010), devido à volatilização

dos óleos essenciais e de outros compostos presentes, estimular a secreção de

enzimas, manipular a microbiota intestinal beneficamente, exercendo efeito

antimicrobiano, além de proporcionar resultados positivos como

imunomodulador (AHMAD et al., 2011; TALPUR e IKHWANUDDIN, 2012;

KIM et al., 2012).

Entretanto a adição excessiva pode causar efeito deletério no consumo de

alimento e até intoxicação dos peixes (GABBI et al., 2009; SILVA et al., 2012).

Em estudos realizados com suínos Jugl-Chizzola et al. (2005) observaram

decréscimo no consumo para os animais alimentados com dietas contendo

extratos de tomilho Thymus vulgaris e orégano Origanum vulgare. Costa et al.

(2011) afirmaram que o excesso dos aditivos pode causar piora na palatabilidade

das dietas.

Os aditivos fitogênicos podem também alterar a secreção de saliva, suco

gástrico, suco pancreático, sais biliares e enzimas do intestino delgado (PLATEL

e SRINIVASAN, 2004), influenciando na digestibilidade dos nutrientes

(OETTING et al., 2006; BRANCO et al., 2011).

O efeito dos extratos vegetais na microbiota intestinal está relacionado com a

redução da capacidade de adesão dos micro-organismos patogênicos ao epitélio

intestinal e com sua natureza hidrofóbica, devido a afinidade com os lipídeos da

membrana plasmática das bactérias, interferindo na permeabilidade da membrana

(DORMAN e DEANS, 2000).

A influência dos extratos como imunomodulador foi evidenciado por Sivaram

et al. (2004) que encontraram maior atividade fagocítica em Epinephelus tauvina

suplementado com Ocimum sanctum (tulasi), Withania somnifera (ginseng

indiano) e Myristica fragrans (noz-moscada) e Yin et al. (2006) verificaram

maior atividade da lisozima em tilápia-do-nilo alimentada com os extratos de

16

Astragalus radix (astragalus) e Scutellaria radix (skullcaps).

Harikrishnan et al. (2009) observaram o aumento da resistência de Cirrhina

mrigala infectada com Aphanomyces invadans, enquanto Guz et al. (2011)

constataram a maior sobrevivência de Poecilia reticulata infectada com

Aeromonas bestiarum quando alimentada com dieta suplementada com

Echinacea purpurea.

2.2.1 Alho, Allium sativum

A utilização do alho, Allium sativum, pela humanidade é bastante antiga,

sendo encontrado em escavações de pirâmides egípcias e nos templos gregos.

Referências sobre a sua utilização também são encontradas na bíblia, quando os

escravos judeus foram alimentados com alho para conferir-lhe maior força e

produtividade (RIVLIN, 2001).

Essa hortaliça bulbosa apresenta propriedades peculiares em função dos

elevados níveis de minerais, como cálcio, ferro e magnésio, compostos

sulfurados e aminoácidos presente em sua constituição (AGARWAL, 1996).

Dentre os principais compostos organosulfurados presentes no alho, destaca-se

a alicina, a qual confere o odor característico e a sua formação é decorrente da

ação da enzima alinase sobre a aliina (AGARWAL, 1996).

Os benefícios da utilização do alho na saúde humana estão relacionados com

sua capacidade de reduzir a pressão arterial, antioxidante, antitumoral, prevenção

de doenças cardiovasculares (ALMEIDA e SUYENAGA, 2009), poder

hiperglicêmico (EIDI et al., 2006) e antiviral (PAI e PLATT, 2008).

Na nutrição animal, o alho é utilizado pela sua eficiência no aumento das

secreções enzimáticas, potencial antibacteriano (DELMING e KOCH, 1974;

BARA e VANNETI, 1998) e atividade antioxidante (MARIUTTI e

BRAGAGNOLO, 2009).

Na aquicultura, o alho foi utilizado por Shalaby et al. (2006) que comparando

com a utilização do antibiótico cloranfenicol no controle de micro-organismos e

como promotor de crescimento em tilápia-do-nilo concluíram que a adição de 3%

deste fitogênico promoveu maior ganho de peso e diminuiu a carga bacteriana,

beneficiando a saúde animal. Talpur e Ikhwanuddin (2012) observaram o efeito

imunoestimulatório do alho sobre a perca gigante (Lates calcarifer) e

demonstraram que o alho pode ser utilizado tanto como elemento terapêutico

como promotor de crescimento.

17

2.2.2 Canela, Cinnamomum zeylanicum

A caneleira é uma árvore pequena, nativa do Sri Lanka, onde é extraída a

casca, especiaria muito utilizada na culinária e na medicina. Na antiguidade os

monarcas apreciavam a canela pelo seu odor e sabor peculiares, adquirindo

valores maiores do que o ouro.

O efeito benéfico da canela na saúde está relacionado com os compostos

químicos que a constituem, como o cinamaldeído que compõe entre 60 e 95% do

óleo essencial (MICHIELS, 2009), sendo responsável pelo odor característico e

pelas atividades antioxidante, antimicrobiana e antifúngica (SINGH et al., 2007),

além de influenciar nos processos digestivos, estimulando a secreção de enzimas

pancreáticas (WANG e BOURNE, 1998).

Na aquicultura, Yeh et al. (2009) avaliaram os efeitos no sistema imunológico

e resistência a doença em camarões Litopenaeus vannamei alimentado com óleo

essencial de canela e concluíram que este aditivo inibiu o crescimento dos

patógenos e aumentou a imunidade dos animais suplementados.

Ahmad et al. (2011) conduziram um experimento para avaliar o efeito da

adição de 1% de canela e verificaram melhorias sobre o desempenho e

composição corporal de tilápia-do-nilo desafiada com Aeromonas hydrophila.

2.3 Probiótico

A utilização de micro-organismos visando a saúde humana é datada do século

passado, quando o bacteriologista Eli Metchnikoff explicou cientificamente os

benefícios das bactérias láticas em leites fermentados (SHAH, 2007). No ano de

1965, Lilly e Stillwell definiram probiótico como “substância secretada por um

micro-organismo, a qual estimula o crescimento de outro”, sendo o conceito mais

coerente o empregado por Fuller (1989) “produtos constituídos por

microrganismos vivos que afetam beneficamente o animal hospedeiro,

promovendo o equilíbrio da microbiota intestinal”.

Estudos com micro-organismos na aquicultura surgiram timidamente no final

do século XX quando Matty e Smith (1978) incluíram levedura, alga e bactéria

na alimentação de truta e observaram melhor desempenho nos tratamentos com

bactéria e levedura. Em 1980, Yasudo e Taga sustentaram a hipótese de que

bactérias poderiam ser úteis como alimento e como controladores de doenças em

peixes (VERSCHUERE et al., 2000).

18

A influência dos micro-organismos na nutrição de peixes foi destacada por

MacDonald et al. (1986), que ao analisarem a microbiota intestinal de linguado

(Paralichthys orbignyanus), afirmaram que os micro-organismos endêmicos da

microbiota intestinal poderiam contribuir nos processos nutricionais.

Pesquisadores definiram o conceito de probiótico na aquicultura, como

suplemento alimentar microbiano vivo que afeta de forma benéfica o hospedeiro

pela melhora do seu balanço microbiano intestinal, sendo estratégico na redução

de compostos nitrogenados e fosfatados na água (GOMEZ-GIL et al., 2000;

VERSCHUERE et al., 2000; BALCAZAR et al., 2006).

A seleção de um micro-organismo probiótico deve ser apoiada em

características intrínsecas como tolerância ao baixo pH estomacal; potencial de

multiplicação na presença de sais biliares; habilidade a aderir e multiplicar-se no

epitélio intestinal; produzir compostos bactericida; modular a resposta

imunológica; adequado conjunto organoléptico; manter-se estável e viável por

longos períodos; e não conter genes de virulência e variações genéticas

(SAARELA et al., 2000; BALCAZAR et al., 2006; WATSON et al., 2007).

Dentre os micro-organismos mais utilizados na aquicultura estão as bactérias

ácido láticas como Lactobacillus sp. (ESSA et al., 2010; DIAS et al., 2010;

Gonçalves et al., 2011) e Bacillus sp. (DIAS et al., 2010; AI et al., 2011) e a

levedura Saccharomyces cerevisiae (PEZZATO et al., 2006; MEURER et al.,

2007; ESSA et al., 2010).

O efeito positivo do probiótico no desempenho de peixes foi demonstrado por

Lara-Flores et al. (2003) que utilizaram uma mistura de bactérias (Streptococcus

faecium e Lactobacillus acidophilus) e levedura (Saccharomyces cerevisiae) para

juvenis de tilápia-do-nilo concluindo que a adição desses micro-organismos

melhoraram o crescimento dos peixes.

Gunther e Jiménez-Montealegre (2004) observaram melhor desempenho de

tilápias-do-nilo submetidas ao estresse de captura suplementadas com Bacillus

subtilis. Mohapatra et al. (2011) utilizaram Bacillus subtilis, Lactococcus lactis e

Saccharomyces cerevisiae em diferentes combinações na dieta de rohu (Labeo

rohita) e concluíram que a utilização desses micro-organismos resultam em uma

dieta equilibrada, de baixo custo, propiciando melhores desempenho e utilização

de nutrientes.

A influência do probiótico na secreção enzimática foi demonstrado por Essa et

al. (2010) ao conduzirem um experimento para determinar os benefícios de

Bacillus subtilis NIOFSD017, Lactobacillus plantarum e Saccharomyces

19

cerevisiae NIOFSD019 sobre o desempenho, utilização de alimentos e atividades

das enzimas digestivas de tilápia-do-nilo. Esses pesquisadores concluíram que

todos os micro-organismos foram efetivos para estimular o crescimento,

entretanto, a atividade proteolítica e lipolítica foi menor no grupo suplementado

com Saccharomyces cerevisiae.

O potencial do probiótico em competir com bactérias patogênicas foi

demonstrado por Silva et al. (2012) que avaliaram o uso de probióticos Bacillus

spp. e antibiótico na produção de pós-larvas do camarão rosa (Farfantepenaeus

brasiliensis) e a concentração de Vibrio spp. no cultivo. Os autores afirmaram

que a utilização de ambos os aditivos não influenciam os parâmetros físicos e

químicos da água, crescimento e sobrevivência dos animais, entretanto, a

concentração de Vibrio spp. na água de cultivo se mantém semelhante,

evidenciando que o antibiótico pode ser substituído pelo probiótico nessa fase.

2.3.1 Levedura, Saccharomyces cerevisiae

As leveduras e seus derivados estão sendo utilizados na alimentação de peixes

por melhorarem as reposta no desempenho, beneficiar o sistema imune não

especifico e aumentar a resistência contra infecções bacterianas (PEZZATO et

al,. 2006). Esses micro-organismos apresentam capacidade de aderirem ao muco

e epitélio intestinal dos animais auxiliando na digestão das fibras, produzindo

ácidos graxos de cadeia curta, que são posteriormente utilizados como fonte de

energia pela mucosa intestinal (ANDLID et al., 1995).

Hisano et al. (2007) comparando a levedura Saccharomyces cerevisae com

seus derivados na alimentação de tilápia-do-nilo verificaram que a levedura

autolisada proporcionou as melhores respostas de desempenho em relação aos

demais tratamentos, sugerindo que a levedura e derivados do seu processamento

possuem quantidades satisfatórias de aminoácidos neutros, básicos e ácidos que

podem conferir potencial palatabilizante nas rações suplementadas. Porém

Meurer et al. (2006), utilizando a levedura Saccharomyces cerevisiae para as

fases iniciais do cultivo de tilápia-do-nilo não verificaram efeito positivo,

influenciando apenas nos menores valores de coliformes fecais intestinais dos

peixes.

2.4 Estresse

O estresse em peixe foi definido como um conjunto de reações fisiológicas do

animal para restaurar a homeostase. Essas alterações são divididas em três fases,

20

sendo a primeira uma aumento nos níveis de cortisol e catecolaminas, a segunda

indicada por alterações metabólicas, como aumento na glicemia e diminuição do

glicogênio hepático e a terceira, caracterizada pela mobilização das reservas

energéticas (BARCELLOS et al., 2000), acarretando em menor desempenho,

pois a energia destinada ao crescimento será desviada para compensar o ambiente

desfavorável.

Os parâmetros hematológicos são considerados ferramentas eficientes para

detectar alterações fisiológicas e pesquisas demonstraram mudanças nos valores

de eritrócitos (GONÇALVES et al. 2011), leucócitos totais, linfócitos,

neutrófilos, monócito (FALCON et al., 2008), trombócitos (GARCIA et al.,

2012) em peixes submetidos a estresse. Tavares-Dias et al. (2008) estudaram os

parâmetros hematológicos de piavuçu adultos considerados saudáveis e

identificaram os níveis normais de hematócrito (36,0 ± 4,9 %), hemoglobina

(10,8 ± 1,2 g. dL-1), trombócitos (47,875 ± 20,962 %), linfócitos (13,726 ±

20,736 %) neutrófilos (4,376 ± 3,795 %) e monócitos (745,0 ± 1,311 %).

21

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30

4. Manuscrito

Os resultados obtidos serão apresentados em forma de artigo científico, o qual

será submetido ao periódico Scientia Agricola. Desta forma, a formatação do

manuscrito aqui apresentado seguirá as normas da Revista que está disponível no

Anexo 1.

31

Aditivos alimentares na nutrição de juvenis de piavuçu, Leporinus

macrocephalus: desempenho e parâmetros hematológicos

Resumo

Verificou-se o desempenho e a resposta hematológica de juvenis de piavuçu,

Leporinus macrocephalus, alimentados com extrato de alho, extrato de canela e

levedura submetidos ao estresse de captura. O experimento foi realizado no Laboratório

de Alimentação e Nutrição de Peixes (Aquanut), Ilhéus, Bahia, onde 192 juvenis de

piavuçu com peso médio inicial de 3,09 ± 0,8 g foram distribuídos em 16 tanques de

fibra de vidro (170 L), com densidade de 12 peixes/tanque em um delineamento

inteiramente casualizado, com quatro tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos

consistiam na adição de 1% de extrato de alho, 1% de extrato de canela, 9x105 UFC.g-1

de levedura Saccharomyces cerevisiae DS-5 e uma dieta controle, sem a inclusão de

aditivo. Foram avaliados o desempenho, índices corporais e sobrevivência dos peixes.

Após o ensaio de desempenho os peixes foram submetidos ao estresse de captura e o

efeito dos aditivos como mitigador do estresse foi avaliado por meio de análises

hematológicas. Observou-se maior ganho de peso e melhor conversão alimentar

(P≤0,05) nos peixes alimentados com as dietas contendo os extratos de alho e de canela.

Foram verificadas alterações nos números de leucócitos logo após o estresse nos peixes

de todos os tratamentos. Foram observadas reduções nos números de trombócitos nos

peixes suplementados com extrato de alho e dieta controle 24 horas após o estresse. Os

extratos de alho e de canela promovem efeito benéfico no desempenho de juvenis de

piavuçu, entretanto nas concentrações utilizadas não apresentam efeito mitigador ao

estresse de captura.

32

Introdução

Com a busca por maior produtividade e a intensificação da produção de peixes,

os atuais sistemas de cultivos utilizam elevadas densidades de estocagem, propiciando

risco de estresse aos peixes, tornando-os susceptíveis a doenças e consequentemente

perdas econômicas. Para atenuar esse problema, a utilização de antibióticos tornou-se

prática promissora, tanto como imunoestimulante quanto promotor de crescimento,

entretanto, no ano de 2006, a União Europeia restringiu a utilização de aditivos apenas

para fins terapêuticos.

Nos últimos anos intensificaram-se os estudos com aditivos funcionais,

ambientalmente corretos, que não deixem resíduos ou causem prejuízo à saúde humana

e dos peixes (Cyrino et al., 2010). Espera-se que tais aditivos tenham efeitos benéficos

no aproveitamento do alimento, melhorando os índices zootécnicos que contribua para

um equilíbrio intestinal e que contenham substâncias que atenuem os efeitos do estresse

na fisiologia do peixe.

Entre os aditivos utilizados na nutrição destacam-se os probióticos, que são

micro-organismos que afetam beneficamente o hospedeiro (Fuller, 1989). Dentre os

micro-organismos mais utilizados na aquicultura estão as bactérias ácido láticas como

Lactobacillus sp. (Essa et al., 2010; Dias et al., 2010) e Bacillus sp. (Dias et al., 2010;

Ai et al., 2011) e a levedura Saccharomyces cerevisiae (Pezzato et al., 2006; Meurer et

al., 2006; Essa et al., 2010).

Os benefícios da alimentação de peixes com a levedura Saccharomyces

cerevisiae está relacionado ao desempenho animal, através da melhor utilização dos

alimentos, estimulação da resposta imune e colonização seletiva do trato gastrointestinal

diminuindo a carga patogênica (Meurer et al., 2006).

33

Outra importante opção na busca de melhorias produtivas é a utilização de

aditivos fitogênicos, que são componentes das plantas incorporados à dieta animal que

proporciona benefícios a funções orgânicas. São classificados de acordo com o

processamento em extrato, condimentos, óleo essencial e oleorresina (Windisch et al.,

2007).

Estudos têm demonstrado os benefícios da adição dos diferentes extratos

herbais na nutrição e na saúde de peixes, como Scutellaria baicalensis (Kim et al.,

2012), Euphorbia hirta (Sheikhlar et al., 2011), Echinacea purpurea (Guz et al., 2011),

Allium sativum (Talpur e Ikhwanuddin, 2012) e Cinnamomum zeylanicum (Ahmad et

al., 2011).

Os extratos de alho e de canela estão sendo utilizados na aquicultura, pois

melhoram a palatabilidade da dieta, estimulam a secreção de enzimas, manipulam a

microbiota intestinal, exercem efeito antimicrobiano, além de proporcionarem

resultados positivos como imunomodulador (Ahmad et al., 2011; Talpur e Ikhwanuddin,

2012; Kim et al., 2012).

O piavuçu, Leporinus macrocephalus, é um peixe reofílico, endêmico das

bacias do Paraná e Paraguai. Apresenta facilidade na reprodução induzida (Streit Jr et

al., 2003), possui hábito alimentar onívoro aceitando uma gama de alimentos, inclusive

quando fornecidos na forma de ração. Estudos foram desenvolvidos sobre toxidade

(Barcarolli e Martinez, 2004; Albinati et al., 2009), genética (Morelli et al., 2007;

Hashimoto et al., 2010), parasitologia (Martins et al., 1999), hematologia (Tavares-Dias

et al., 2009), reprodução (Ribeiro et al., 2003) e nutrição (Soares et al., 2000; Faria et

al., 2001; Boscolo et al., 2005; Navarro et al., 2007; Galdioli., 2008), entretanto não

existem informações a respeito dos efeitos de aditivos fitogênicos para esta espécie.

34

Com isso, objetivou-se avaliar o efeito do extrato de alho, extrato de canela e a

levedura Saccharomyces cerevisiae na nutrição de juvenis de piavuçu (Leporinus

macrocephalus) e seus possíveis benefícios sobre os parâmetros zootécnicos e efeito

mitigador de estresse de captura.

Material e Métodos

O experimento foi conduzido no Laboratório de Nutrição e Alimentação de

peixes (Aquanut), Ilhéus, Bahia, Brasil (14º 47' 20” S 39º 02' 58” W), no período de oito

de dezembro a 12 de janeiro de 2013, com duração de 35 dias. Foram utilizados 500

juvenis de piavuçu (2,0 ± 1,2 g) oriundos da Fazenda Canta Galo (Ibirataia, Bahia,

Brasil). No Aquanut, os peixes foram submetidos a banho de imersão em água com sal a

1% por 15 minutos, como medida profilática. Os peixes foram aclimatados às condições

laboratoriais e manejo alimentar por duas semanas em 16 tanques de fibra de vidro (170

L) dotados de aeração constante e filtro biológico.

Foram selecionados 192 juvenis de piavuçu com peso médio inicial de 3,09 g ±

0,8 e distribuídos em 16 tanques de fibra de vidro (170 L), com densidade de 12

peixes/tanque em um delineamento inteiramente casualizado, com quatro tratamentos e

quatro repetições. Os tanques eram abastecidos com fluxo contínuo (0,084 m3/h) de

água em um sistema de circulação fechada utilizando bomba d’água (Dancor®, RJ,

Brazil – ¾ cv), com filtragem biológica e aeração constante através de soprador (WEG

de 1 cv) .

Diariamente os tanques foram sifonados para retirada de possíveis sobras de

rações e fezes e semanalmente as variáveis físicos e químicos da água eram mensuradas,

ficando a temperatura, O2D, O2 % e pH em 29,3 °C; 7,4 mg/L, 98% e 7,2,

35

respectivamente.

Formulou-se uma dieta basal (Tabela 1) considerada como controle, com

auxílio do programa computacional SUPER CRAC® com base nas necessidades

nutricionais de Leporinus macrocephalus (Bittencourt et al., 2010; Navarro et al., 2007;

Faria et al.,2001). A dieta basal foi utilizada para elaboração das dietas dos demais

tratamentos, por meio da inclusão dos extratos de alho, de canela e levedura. Para a

confecção das dietas, os ingredientes foram processados individualmente em moinho de

faca com peneira de 0,5 mm e posteriormente adicionado os aditivos de acordo com

cada tratamento. Os grânulos foram secos em estufa a 55°C por 24 horas,

posteriormente desintegrados e armazenados em refrigerador (12 °C) durante todo o

período experimental.

Tabela 1. Composição (g/Kg) das dietas experimentais

Ingrediente Dieta experimental

Controle Ext. Alho Ext. Canela Levedura

Farelo de soja - 45% 306,90 306,90 306,90 306,90

Farelo de trigo 39,60 39,60 39,60 39,60

Fubá de milho 49,50 49,50 49,50 49,50

Amido de milho 129,88 129,88 129,88 129,88

Farinha de peixe - 55% 306,90 306,90 306,90 306,90

Farelo de glúten - 22% 95,24 95,24 95,24 95,24

Celulose em pó 46,93 36,93 36,93 16,65

Premix mineral e vitamínico1

10,00 10,00 10,00 10,00

Sal comum 5,00 5,00 5,00 5,00

BHT2

0,02 0,02 0,02 0,02

Levedura (UFC.g-1) - - - 9x 105

Extrato de canela - - 10,00 -

Extrato de alho - 10,00 - -

Valores calculados (g/Kg)

Matéria seca 954,52 950,32 945,74 945,47

36

Proteína bruta 39,76 38,87 38,08 36,00

Energia bruta (Kcal/kg) 4325 4213 4195 4368

Extrato Etéreo 97,86 96,57 100,23 93,71

1 Composição/Kg: Mg – 2.600 mg; Zn – 14.000 mg; Fe – 10.000 mg; Cu – 1.400 mg; Co – 20 mg; I – 60 mg; Se – 60

mg; Vit. A – 1.000.000 UI; Vit. D3 – 400.00 UI; Vit. E – 10.000 mg; Vit. K3 – 500 mg; Vit. B1 – 2,500 mg; Vit. B2 – 2.500 mg;

Vit. B6 – 2.500 mg; Vit. B12 – 3.000 mcg; Vit. C – 35.000 mg; Ac. Fólico – 500 mg; Ac. Pantotênico – 5.000 mg; Niacina – 10.000

mg; Biotina – 80.000 mcg; Colina – 200.000 mg; Metionina – 130 g; Inositol – 5.000 mg; Etoxiquin – 15.000 mg.

2 Butilhidroxitolueno

Em todos os tratamentos, utilizou-se a formulação da deita controle, entretanto

as dietas eram variáveis de acordo com o aditivo adicionado, sendo o tratamento

controle sem a adição de aditivo, e os demais compostos da adição de: extrato de alho

(10 g. Kg-1) (Kitano, Yoki Alimentos S.A), extrato de canela (10 g. Kg-1) (Kitano, Yoki

Alimentos S.A) e levedura DS-5 Saccharomyces cerevisiae (9 x 105 UFC.g-1), em

substituição parcial da celulose. Nesse período os peixes foram alimentados quatro

vezes ao dia (9h00; 12h00; 14h00; 16h00).

A Saccharomyces cerevisiae utilizada foi isolada de dornas de fermentação

para a produção de cachaça artesanal. Foi realizado o teste para verificar a pureza,

viabilidade de crescimento celular. No laboratório, as leveduras foram incubadas por 30

horas em 200 ml de meio extrato de malte (2,0 g glicose; 2,0 g extrato de malte; 0,1

peptona; 200 ml água destilada) em shaker com temperatura de 30°C e rotação de 150

rpm. Posteriormente, foram transferidas para 1000 ml de meio extrato de malte (20 g

glicose; 20 g extrato de malte; 1,0 g peptona; 1000 ml água destilada), incubados por 14

horas em shaker com temperatura de 30°C e rotação de 150 rpm. A pureza foi

novamente verificada, onde as células foram mantidas em contato, durante 10 minutos,

com a solução azul de metileno. Posteriormente, foram realizadas duas centrifugações

em ultra centrífuga, sendo que na primeira foi descartado o sobrenadante e adicionado

água destilada e na segunda retirada, a água destilada e coletada a massa de levedura no

fundo dos recipientes.

37

Para análise da viabilidade da levedura, após o preparo 25 g da dieta foram

adicionados em 225 mL de solução de água salina 0,85%, em seguida 1 mL dessa

solução foi transferida para um tubo de ensaio contendo 9 mL de solução salina e

realizou-se diluições seriadas. Posteriormente, 200 µL de cada diluição foi plaqueado

em triplicata com auxílio da alça de Drigalsky em placas contendo BDA (Agar 1,5%;

dextrose 1,0%; caldo de batata 2,0%). Em seguida as placas foram incubadas a 25º C

durante três dias e no final do período de incubação realizou-se a contagem da

viabilidade celular. Realizou-se esse mesmo procedimento ao final do experimento, com

as dietas utilizadas.

Ao final do experimento, todos os juvenis de cada unidade experimental foram

contados, pesados e medidos individualmente para determinação dos parâmetros de

sobrevivência, ganho de peso (GP), consumo de ração aparente (CRA), conversão

alimentar aparente (CA), comprimento total (CT), comprimento padrão (CP) e altura

(A).

De cada unidade experimental, foram coletados aleatoriamente dois indivíduos,

insensibilizados (benzocaína -3 mg/L) para retirada do trato gastrointestinal e do fígado

para a determinação dos índices digestivossomático e hepatossomático.

As análises de composição corporal foram realizadas utilizando 12 peixes,

sendo dois por tratamento. Os peixes permaneceram ao final do experimento em jejum

por 24 horas para o esvaziamento do trato digestório e foram abatidos utilizando

benzocaína -3 mg/L. O mesmo procedimento foi realizado no início do experimento

com cinco peixes escolhidos aleatoriamente. Após o abate os peixes foram secos em

estufa a 65ºC por 72 horas e moídos inteiros para análises de matéria seca, proteína

bruta, extrato etéreo e matéria mineral, conforme metodologia descrita por “Official

Methods of Analysis of the Association of Official Analytical Chemists” (AOAC,

38

2000).

Com o intuito de avaliar o efeito dos aditivos, extrato de alho, extrato de canela

e levedura sobre o estresse, os peixes foram submetidos a um estresse de captura com

amostragem sanguínea antes, logo após e 24 horas depois do estresse. Ao final da

análise de desempenho os peixes foram retirados dos tanques com puçá e mantidos fora

da água por 30 s, repetindo-se esse procedimento por quatro vezes, seguindo a

metodologia de Martins et al. (2004). Dois peixes de cada repetição em cada momento

de amostragem foram utilizados para retirada de 0,5 mL de sangue, via punção cárdica,

com seringas lavadas com heparina.

Foi realizada a contagem do número de eritrócitos e leucócitos totais pelo

método do hemocitômetro em câmara de Neubauer utilizando-se solução de cloreto de

sódio a 0,6% em pipeta de Thoma como solução diluente. O hematócrito foi verificado

pelo método microhematócrito. A diferenciação dos leucócitos foi realizada em

esfregaço sanguíneo corado pelo método panótico rápido.

Os dados obtidos nos experimentos foram submetidos à análise de variância

(ANOVA) ao nível de probabilidade de 5% e, em caso de diferença estatística, foi

aplicado o Teste Tukey. Os cálculos foram desenvolvidos com o auxílio do software

SISVAR 4.0.

Resultados e discussão

Foram observadas diferenças (p≤0,05) nas variáveis ganho de peso, consumo

de ração e conversão alimentar entre os tratamentos. O maior ganho de peso e menor

conversão alimentar aparente foram detectados nos tratamentos com extrato de alho e

extrato de canela, com média de 8,4 g e 0,88, respectivamente. O consumo diário dos

39

peixes alimentos com extrato de alho e levedura diferiram entre si, mas não diferiram

entre os tratamentos extrato de canela e controle (Tabela 2).

Tabela 2. Valores médios de desempenho de juvenis de piavuçu alimentados com rações

contendo extrato de alho, extrato de canela e levedura

Variável Tratamento

CV (%)

(p) Controle Ext. Alho Ext. Canela Levedura

GP1 6,54b 8,44a 8,53a 5,72b 9,61 0,002

CRD2 0,19ab 0,24a 0,20ab 0,19b 8,12 0,025

GPD3 0,23 0,23 0,21 0,18 26,46 0,687

CAA4 0,98b 0,96ab 0,81a 1,11b 7,23 0,004

CT5 87,17 93,32 92,03 85,83 3,40 0,054

CP6 73,29 78,59 75,12 73,00 5,68 0,345

A7 21,52 23,23 22,88 21,02 4,78 0,097

IHS8 0,82 0,78 0,73 0,90 19,03 0,618

IDS9 3,04 3,02 2,87 3,27 7,65 0,286

Médias seguidas por letras diferentes nas linhas diferem entre si, ao nível de 5% de probabilidade, pelo

teste de Tukey (P<0,05).

1GP: Ganho de peso (g); 2CRD: Consumo de ração diário; 3GPD: Ganho de peso

diário (g.dia-1); 4CAA: Conversão alimentar aparente; 5CT: Comprimento total; 6CP:

Comprimento padrão; 7 A: Altura; 8IHS: Índice hepatossómatico; 9IDS: Índice

digestivossomático

Durante o período experimental não foi observado mortalidade em nenhum dos

tratamentos, demonstrando que os parâmetros físicos e químicos da água estavam

dentre da faixa de conforto e que o manejo alimentar estava adequado para a espécie.

Não houve efeito dos aditivos testados (p>0,05) sobre o comprimento total,

comprimento padrão, altura, índice digestivossomático e índice hepatossomático dos

peixes. Alterações nos índices hepatossomático podem ser resultantes de fatores

antinutricionais presente na dieta o que acarretaria em depressão no crescimento e

mortalidade (Francis et al. 2001).

O efeito benéfico dos extratos de alho e da canela no ganho de peso pode estar

40

relacionado com o efeito benéfico sobre a digestão, aumentando as secreções

pancreáticas e o tempo que o alimento fica exposto aos processos digestivos e

absortivos, além de promover mudanças na microbiota intestinal (Petrolli et al., 2012).

O alho apresenta propriedades peculiares em função dos elevados níveis de

minerais, como cálcio, ferro e magnésio, compostos sulfurados e aminoácidos presente

em sua constituição. Dentre os compostos biológicos mais ativos, destaca-se a alicina,

cujo qual confere o odor característico (Agarwal, 1996). Rafsanjani et al. (2006)

estudaram o comportamento do ácido gástrico e da pepsina em ratos alimentados com

rações suplementadas com alho e observaram aumento na secreção dessas substâncias, o

que pode acarretar em melhor digestão e consequentemente melhor desempenho para o

animal.

O efeito benéfico da canela na saúde está relacionado com os compostos

químicos que a constituem como o princípio ativo cinamaldeído, responsável pelo odor

característico e pelas atividades antioxidante, antimicrobiana e antifúngica (Singh et al.,

2007), além de influenciar nos processos digestivos, estimulando a secreção de enzimas

pancreáticas.

Boudry e Perrier (2008) afirmaram que o cinamaldeído induz a secreção de

HCO3- e CL- por células do epitélio intestinal, tendo também efeito na adesão de

bactérias na microbiota intestinal. A redução da carga bacteriana intestinal resulta em

menor competição por nutrientes e aumento da área de absorção da mucosa (Sanders,

2003).

A eficiência dos aditivos fitogênicos como promotores de crescimento em

peixes foram demonstrados por Abdel-Tawwab et al. (2010) com chá verde (Camellia

sinensis) em tilápia-do-nilo (Oreochromis niloticus), Xie et al. (2008) com chá essiac

41

(Rheum officinaleo) em carpa (Ciprinus carpio), Rao et al. (2004) com chaff flor

(Achyranthes áspera) em rohua (Labeo rohita) e Zheng et al. (2009) com orégano

(Origanum heracleoticum) em catfish (Ictalurus punctatus).

A aplicabilidade do alho na nutrição de peixe foi demostrada por Guo et al.

(2012) ao suplementaram garoupa (Epinephelus coioides) com extrato de alho (1,3 e

4,0%) por 14 dias obtiveram maior ganho de peso, melhor eficiência alimentar e maior

sobrevivência desses peixes quando desafiadas por Aeromonas hydrophila, afirmando

que o alho é um bactericida capaz de promover a saúde dos peixes e Diab et al. (2008)

verificaram o aumento significativo no ganho de peso em tilápias-do-nilo

suplementadas com 1% de alho.

Shalaby et al. (2006) ao utilizarem extrato de alho e cloranfenicol como

aditivos na alimentação de tilápia-do-nilo, encontraram melhor desempenho e taxa de

eficiência proteica a medida que aumentava o nível de inclusão de alho, recomendando

a utilização do mesmo como promotor de crescimento e antibiótico para o tratamento e

prevenção de doenças, entretanto a adição excessiva pode ser prejudicial por causa das

concentrações de sulfeto de alila, interferindo no metabolismo, resultando em baixo

crescimento (Lee e Gao, 2012).

O efeito positivo da inclusão de extrato de canela foi observado em estudos

realizados por Ahmad et al. (2011) que encontraram melhor desempenho e resistência

de tilápias infecção contra Aeromonas hydrophila quando alimentadas com rações

contendo 1% de extrato de canela, afirmando que esse aditivo proporciona melhorias na

saúde e desempenho. Abdel-Wahab et al. (2007) que asseguraram que a suplementação

com apenas 0,5% de extrato de canela seria suficiente para proporcionar melhores

desempenho.

42

A suplementação dos juvenis de piavuçu com a levedura Saccharomyces

cerevisiae não resultou em melhorias nos parâmetros de desempenho zootécnico. Esse

resultado assemelha-se aos obtidos por Meurer et al. (2006; 2007) ao alimentarem

tilápia-do-nilo com o produto comercial contendo levedura na concentração de 1x105

UFC. kg-1. Entretanto, Lara-Flores et al. (2003), Abdel-Tawwab et al. (2008), El-Boshy

et al. (2010) consideraram a Saccharomyces cerevisiae como uma boa alternativa na

alimentação de tilápias-do-nilo, pois propiciaram melhor crescimento e eficiência

alimentar.

A menor expressividade dos índices zootécnicos dos peixes suplementados

com levedura quando comparado com os peixes dos tratamentos com a adição de

extratos vegetais pode ser justificada pela baixa concentração desse micro-organismo na

ração (9x105 UFC.g-1). Segundo Stefe et al. (2008) um micro-organismo só influência

em um ecossistema quando a sua população é igual ou superior a 107 UFC/ml do

conteúdo.

Waché et al. (2006) suplementaram truta arco-íris com Saccharomyces

cerevisiae obtiveram uma concentração da levedura na microbiota intestinal de 107

UFC.g-1 e afirmaram que a levedura pode ser utilizada como imunoestimulante.

Tabela 3. Valores médios de composição corporal de juvenis de piavuçu alimentados com

rações contendo extrato de alho, extrato de canela e levedura na matéria seca

Item Controle Ext. Alho Ext. Canela Levedura CV (%) (p)

Matéria seca (g.Kg-1) 25,21 26,34 26,03 27,16 6.81 0.3841

Proteína bruta (g.Kg-1) 36,90 41,57 40,04 36,93 4.08 0.1463

Extrato etéreo (g.Kg-1) 14,39 14,36 14,92 13,23 10.95 0.1229

Energia bruta (Kcal.Kg-1) 4960 4453 4485 4770 5.80 0.6339

Matéria mineral (g.Kg-1) 15,97 15,96 16,48 16,96 5.84 0.3288

Não foram observadas diferenças (p>0,05) na composição corporal de piavuçu

nos diferentes tratamentos. Os resultados obtidos concordam com os encontrados por

43

Pakravan et al. (2012) ao concluírem que a suplementação de carpa Cyprinus carpio

com extrato de Epilobium hirsutum não alteração as características centesimais da

carcaça, entretanto Ahmad et al. (2011) observaram maiores valores de matéria seca,

proteína bruta e menores níveis de material mineral em tilápia-do-nilo suplementada

com extrato de canela a 0,5 %.

Abdel-Tawwab et al. (2010) ao suplementaram rações de tilápia-do-nilo com

1,0–5,0 mg/kg de levedura por 12 semanas obtiveram maiores níveis de proteína bruta,

lipídeos e material mineral quando comparados ao tratamento controle.

Não foram observadas diferenças significativas nos valores de hematócrito e

nas taxas de hemoglobina (Tabela 4) dos peixes alimentados com rações contendo

extrato de alho, extrato de canela e levedura nos períodos que antecederam ao estresse,

durante o estresse por captura e 24 horas após.

Tabela 4. Valores de hematócrito e hemoglobina de juvenis de piavuçu alimentados

com rações contendo extrato de alho, extrato de canela e levedura

Tratamento Hematócrito (%) Hemoglobina (g dL-1)

Antes Estresse 24 h CV (%) (p)

Antes Estresse 24 h CV (%) (p)

Controle 18 18 17 18,70 0,931 3,0 3,0 2,8 19,41 0,936

Ext. Alho 23 17 15 21,28 0,108 3,2 3,0 2,3 24,89 0,783

Ext. Canela 19 17 14 16,85 0,170 3,2 3,0 2,3 16,62 0,144

Levedura 18 18 15 15,20 0,124 2,9 3,0 2,2 15,53 0,101

CV (%) 2,17 21,84 1,26 0,31 22,54 4,40

(p) 0,816 0,934 0,589 0,923 0,936 0,080

Os valores de hematócrito e hemoglobina encontrados neste estudo estão

abaixo dos considerados normais para o piavuçu adulto saudável é de 32,4 ± 4,5 % e

10.8 ± 1.2, respectivamente (Tavares-Dias et al., 1999). A mesma tendência foi

observada quando comprados aos estudos realizados com o pacu (Bittencourt et al.

2010), a tilápia-do-nilo (Garcia et al., 2012; Araujo et al., 2011), o tambaqui (Chagas e

44

Val, 2003) e matrinxã (Hoshiba et al, 2009). Alterações nos valores de hematócrito

podem ocorrer devido infecções aguda, anemia (Silva et al., 2008), intoxicação, estresse

ambiental (Viera et al., 2006) ou em função da hemodiliução do sangue por agentes

anticoagulantes e distúrbios osmorregulatórios (Houston, 1996).

Não foi observada diferença estatística para os valores de leucócitos,

monócitos (Tabela 5) e linfócitos (Tabela 6) para os peixes alimentados com extrato de

alho, extrato de canela e levedura, entretanto, após o estresse houve um menor número

de leucócitos em todos os tratamentos, ocorrendo a recuperação após 24 horas (p<0,05).

Tabela 5. Valores de leucócitos e monócitos de juvenis de piavuçu alimentados com rações

contendo extrato de alho, extrato de canela e levedura

Tratamento Leucócito (105 μL-1) Monócito (%)

Antes Estresse 24 h CV(%) (p)

Antes Estresse 24 h CV(%) (p)

Controle 18317A 5100B 18633A 16,34 0,001 2 1 1 54,55 0,111

Ext. Alho 19358A 8133B 17600A 18,01 0,005 2 1 1 74,23 0,921

Ext. Canela 17633A 5967B 18767A 12,23 0,002 2 2 2 60,00 1,000

Levedura 20250A 6000B 18700A 21,68 0,003 1 2 1 47,24 0,178

CV (%) 20,86 25,01 6,81 57,74 57,28 70,59

(p) 0,855 0,190 0,644 0,330 0,389 0,821 Médias seguidas por letras diferentes nas linhas diferem entre si, ao nível de 5% de probabilidade, pelo

teste de Tukey (P<0,05).

Os leucócitos, células brancas, são responsáveis pela defesa humoral e celular

do organismo. Tavares-Dias & Moraes (2004) afirmaram que estresse agudo pode

causar mudanças significativas na contagem de leucócitos, sendo esse efeito resultante

da ação do cortisol (Falcon et al., 2008) e das catecolaminas, que redistribuem os

leucócitos dos vasos sanguíneos para os tecidos, causando imunossupressão (Koser e

Oliveira, 2011).

Reduções nos níveis de leucócitos após o estresse também foram encontrados

por Falcon et al. (2008) que observaram queda nos números de leucócitos em tilápia-do-

45

nilo submetida a estresse, Garcia et al. (2012) ao submeterem tilápia-do-nilo a desafio

de estresse agudo e crônico observaram redução no número de eritrócitos, eritroblastos

e leucócitos e Martins et al. (2004) observando os parâmetros hematológicos e resposta

inflamatória de tilápias submetidas a estresse de captura.

46

Tabela 6. Valores de linfócitos de juvenis de piavuçu alimentados com rações contendo

extrato de alho, extrato de canela e levedura

Tratamento Linfócito (%)

Antes Estresse 24 h CV(%) (p)

Controle 33 38 23 20,82 0,071

Ext. Alho 24 30 28 38,06 0,791

Ext.Canela 15 53 33 48,83 0,075

Levedura 18 28 27 37,38 0,373

CV (%) 38,73 39,56 33,01

(p) 0,128 0,224 0,624

Não foram observadas diferenças estatísticas nos números de neutrófilos

segmentados entre os tratamentos nos diferentes períodos (Tabela 7). Variações nas

porcentagens de trombócitos foram observadas para os peixes submetidos aos

tratamentos extrato de alho e controle quando comparados aos períodos que

antecederam o estresse, durante o estresse e após 24 horas (p<0,05).

Tabela 7. Valores de neutrófilos segmentado e trombócitos de juvenis de piavuçu

alimentados com rações contendo extrato de alho, extrato de canela e levedura

Tratamento Neutróf. Segmentado (%) Trombócitos (%)

Antes Estresse 24 h CV(%) (p)

Antes Estresse 24 h CV(%) (p)

Controle 67 55 78 14,69 0,070 4AB 6A 2B 34,36 0,044 Ext. Alho 67 63 66 16,23 0,905 7A 7A 4B 20,41 0,022 Ext. Canela 79 40 61 27,72 0,138 6 5 4 15,97 0,196 Levedura 74 68 65 14,10 0,597 5 7 3 30,59 0,074 CV (%) 16,14 35,86 2,74 24,21 24,12 26,72

(p) 0,553 0,576 0,163 0,071 0,501 0,133

Médias seguidas por letras diferentes nas linhas diferem entre si, ao nível de 5% de probabilidade, pelo

teste de Tukey (P<0,05).

Foi observada uma menor variação no percentual de neutrófilos para os peixes

alimentados com rações contendo extrato de alho e levedura, indicando um possível

efeito mitigador ao estresse desses aditivos. Alterações de neutrófilos foram observadas

por Martins et al. (2004) e Fernandes Junior et al. (2010) em tilápia-do-nilo submetidas

a estresse, sendo este fenômeno uma resposta típica desencadeada pela presença de um

47

agente estressor (Barton e Iwama, 1991).

Alterações trombocitárias observadas nos tratamentos controle e extrato de

alho após 24 horas ao estresse vão de encontro aos resultados obtidos por Garcia et al.

(2007) observaram redução nos números de trombócitos de pacu desafiados com A.

hydrophila após 24 horas do desafio, sugerindo esse fenômeno a migração dessas

células para o foco inflamatório.

Garcia et al. (2012) que ao submeterem tilápia-do-nilo a estresse crônico

obtiveram aumento de 69% nos valores dessas células após 10 dias de estresse em

peixes alimentados com rações contendo o aditivo ergosan. Tavares-Dias et al. (2007)

afirmaram que a função dos trombócitos em peixes teleósteos não está limitada a

coagulação sanguínea, pois estas células tem uma grande atividade fagocitária, sendo

também responsável pela defesa do organismo.

Conclusão

Juvenis de piavuçu alimentados com rações suplementadas com os extratos de

alho e de canela ao nível de 10 g.Kg-1 apresentaram melhor desempenho, entretanto, não

influenciaram nos parâmetros hematológicos quando os peixes foram submetidos ao

estresse de captura.

48

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Physiology and Biochemistry; Soils and Plant

Nutrition; Zoology.

• The corresponding author has to be

identified by an asterisk and an institutional e-mail

must be provided.

• Please inform authors' affiliation as

detailed as possible.

• The corresponding author will assume

full and equal responsibility for the manuscript,

including compliance with journal policies and will

be the primary contact with the journal office.

• Please provide each author's

institutional affiliation at the time the research was

done.

• If an author has since moved to a

different institution, the new location can be

indicated in a footnote. Superscript numbers

separated by commas (no spaces) are used for author

affiliations. Superscript symbols separated by

commas (no spaces) are used for author footnotes.

Use in the order §, ¶, §§, ¶¶.

Cover submissions: For each one of its issues, Scientia

Agricola may feature an image representative of an

article published in that issue. Authors are invited to

submit scientifically interesting and visually

appealing cover images. Images should be high-

resolution (300 dpi) and should be 17 by 17 cm.

Cover images can be photographs of organisms,

habitats, montages of photographs, diagrams, maps

or data. Illustrations need not be reprinted in the

article but should be representative of the work.

Images should be original, and authors grant

Scientia Agricola the exclusive license to publish.

Upload the image as an additional supplemental file

along with a separate text file that includes a brief

one-paragraph description of the image relating it to

the published manuscript. If an author does not hold

the copyright for a submitted image, they are

responsible for obtaining the necessary permission

to use it.

Tables and figures

Tables: • Number tables sequentially using

Arabic numerals; tables should be created with the

"Tables" function of MS Word or in MS Excel

(manuscripts showing tables pasted as figures will

be returned to authors).

• Table's titles should appear right above

tables' body.

• Number figures and graphs

sequentially using Arabic numerals.

Figures/Graphs:

• Graphs should be created using MS Excel.

• Supply photographs as tagged image

format files [TIFF], 300 DPI.

• Number figures consecutively

according to the order in which they appear in the

text.

• Figures should provide enough

information so that the reader can understand them

without significant input from the text.

• For those figures that contain more

than one panel, designate the panels with capital

letters (no parentheses and no periods following

letters) in the upper left-hand corner of each panel, if

possible.

• Wording in figures must match the rest

of the manuscript for capitalization, italics, and use

of symbols.

COMPLEMENTARY

INFORMATION • Manuscripts dealing on the evaluation

of bioactivity of chemical and/or biological

products, including growth regulators on insects,

spiders, fungi, bacteria, nematodes, and weeds, will

not be considered for publication in Scientia

Agricola.

• Manuscripts that report evaluation of

tissue culture improvements or protocols based on

test of additives, explants or growth conditions, or

that fail in proving a substantial improvement that

could not be deduced from the existent literature,

will no longer be considered for publication

in Scientia Agricola either.

• Manuscripts must follow the criteria

established by the International Codes of each area.

• Opinions and concepts emitted in the

articles are of authors' exclusive responsibility.

References References and citations for Scientia

Agricola articles should be organized in the 'author,

year' or 'name (year)' style, minimal format.

Remember to make sure text citations match the list

of references. Examples:

1. Single author: Reichardt (2000) or

(Reichardt, 2000).

2. Two authors: Fiorio and Demattê

(2009) or (Fiorio and Demattê, 2009).

3. Three or more authors: Rosso et al.

(2009) or (Rosso et al., 2009).

4. Arrange references alphabetically and

chronologically within brackets, and use semicolon

(;) to separate multiple citations within brackets,

e.g.: (Boleli, 2003; Boerjan, 2006; Muraroli and

Mendes, 2003).

5. Order multiple citations 'same author-

same date' with the aid of lower case letters, e.g.:

(Cyrino, 2004a, b).

6. Use "author-year" style to format the

list of references, and: (i) do not abbreviate any

56

other words but the first and middle names of

authors; (ii) use all capitals only for acronyms, i.e.,

when the author is an organization; (iii) name all

authors and capitalize authors' last name and initials,

which should be separated by a period (.); (iv)

separate authors by semicolon; (v) do not use

ampersand (&) in the citations nor in the reference

list; (vi) do not use bold characters to highlight any

part of the reference; (vii) capitalize books and

periodicals titles; (viii) do not use a comma (,) to

separate periodical's title and volume; (ix) separate

periodical volume from page numbers by a colon (:);

(x) use full page numbering; (xi) separate page

numbers by a dash (-); and (xii) separate pages

groups by a comma if the article was published in

discontinuous pages; (xiii) discriminate the number

of a given edition of a book or manual as "2ed", for

instance; (xiv) regarding books and manuals, name

publishers or editorial office before full

discrimination of head locality of the publisher or

editorial office; (xv) separate publishers or editorial

offices from locality by a comma; and (xvi) in such

cases, name city, state and/or province and country.

6.1 Scientific journals Guillard, R.R.L.; Wangersky, P. 1958.

The production of extracellular carbohydrates by

somemarine flagellates. Limnology and

Oceanography 3: 449-454.

6.2 Books 6.2.1 Books with authors

Pais, I.; Jones Jr., J.R. 1998. The

Handbook of Trace Elements. St. Lucie Press, Boca

Ratón, FL, USA.

6.2.2 Books with editors/organizers

Day, W.; Atkin, R.K., eds. 1985. Wheat

Growth and Modelling. Plenum Press, New York,

NY, USA.

6.2.3 Books (and manuals) with

organization as author or editor/organizer

Association of Official Analytical

Chemists - International [AOAC]. 2005. Official

Methods of Analysis. 18ed. AOAC, Gaithersburg,

MD, USA.

6.3 Book chapters Sharpley, A.N.; Rekolainen, S. 1997.

Phosphorus in agriculture and its environmental

implications. p. 1-53. In: Tunney, H.; Carton, O.T.;

Brookes, P.C.; Johnston, A.E., eds. Phosphorus loss

from soil to water. CAB International, New York,

NY, USA.

6.4 Electronic media sources 6.4.1 Required elements for listing

website citations are:

Authorship, author or source. Year. Title

of Web Document or Web Page (i.e. pages main

heading). [Medium] (date of update). Available at:

full Uniform Resource Locator (i.e. URL / address)

[Accessed Sep. 14, 1992]

6.4.2 Required elements for listing

publications available from websites are:

Authorship, author or source. Year. Title

of Document or Web Page. [Medium]

Producer/Publisher. Available at: full Uniform

Resource Locator [Accessed Sep. 14, 1992]

6.5 Listing references not written in

English

Scientia Agricola does not encourage

authors to use references that cannot be easily

accessed and understandable by readers abroad.

However, if citing those articles would be essential

for interpretation of findings reported in the

manuscript, provide the English title being cited

informing the original publishing language of the

periodical at the end of the reference as exemplified

below.

Baretta, D.; Santos, J.C.P.; Figueiredo,

S.R.; Klauberg-Filho, O. 2005. Effects of native

pasture burning and Pinus monoculture on changes

in soil biological attributes on the Southern Plateau -

Brasil of Santa Catarina Revista Brasileira de

Ciência do Solo 29: 715-724 (in Portuguese, with

abstract in English).