UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ · O estágio será efetuado na Penitenciária Estadual...
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ UNIOESTE - CAMPUS DE FOZ DO IGUAÇU
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
DISCIPLINA: ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE ADMINISTRAÇÃO
ADMINISTRAÇÃO DA “PENITENCIÁRIA ESTADUAL DE FOZ DO IGUAÇU ”
PROJETOS QUE VISAM A RESSOCIALIZAÇÃO DOS INTERNOS DA
PENITENCIÁRIA DE FOZ DO IGUAÇU
MAXUELE CRISTINE ZENI DA SILVA
FOZ DO IGUAÇU
2004
ADMINISTRAÇÃO DA “PENITENCIÁRIA ESTADUAL DE FOZ DO IGUAÇU ”
PROJETOS QUE VISAM A RESSOCIALIZAÇÃO DOS INTERNOS DA
PENITENCIÁRIA DE FOZ DO IGUAÇU
MAXUELE CRISTINE ZENI DA SILVA
ADMINISTRAÇÃO DA “PENITENCIÁRIA ESTADUAL DE FOZ DO IGUAÇU ”
PROJETOS QUE VISAM A RESSOCIALIZAÇÃO DOS INTERNOS DA
PENITENCIÁRIA DE FOZ DO IGUAÇU
Monografia apresentada à Disciplina de Estágio Supervisionado de Administração - ESA, sob a orientação da Professora Margarida J. Lerias, como requisito para obtenção do grau de Bacharel no Curso de Administração da Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Unioeste - Campus de Foz do Iguaçu.
FOZ DO IGUAÇU
2004
“Não diga a Deus que você tem um grande
problema, diga ao problema que você tem um
grande Deus”.
(Autor desconhecido)
“Se com tua boca confessares a Jesus como
Senhor, e em teu coração creres que Deus o
ressuscitou dentre os mortos, serás salvo”. Romanos (cap.10, versículo 9)
Agradecemos, sobretudo, a Deus. A todos
que, direta ou indiretamente contribuíram para a
realização e divulgação deste trabalho.
RESUMO
O estágio será efetuado na Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu, tendo
como tema: “A Administração da Penitenciária de Foz do Iguaçu: Projetos que
visam a Ressocialização dos Internos da Penitenciária de Foz do Iguaçu”. A
ênfase do estágio é verificar a receptividade dos projetos pelos internos e
organizar da melhor forma possível a sua continuidade.
O objetivo principal deste trabalho ao entrelaçar o conhecimento acadêmico à
experiência adquirida durante o estágio supervisionado é que o presente estudo
possa efetivamente contribuir para a melhoria das condições dos encarcerados,
bem como seja uma fonte de subsídios para aqueles que militam na recuperação
e reinserção dos egressos na sociedade. É função não somente do Estado senão
de toda a sociedade, reconstruir aqueles que por ventura tenham transgredido
normas. Acredita-se que este trabalho contribuirá no enriquecimento do acervo
bibliográfico, porque constatou-se poucas referências e estudos sobre o assunto.
Espera-se que esta contribuição também possa servir como fonte de estudo para
futuros trabalhos ligados a esta importante área do conhecimento humano.
LISTAS DE ABREVIATURAS
PEF – Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu
LEP – Lei de Execução Penal
CTC – Conselho de Classificação e Tratamento
INAP – Instituto Nacional de Administração Prisional
LISTAS DE FIGURAS Figura 1. Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu ..........................................4
Figura 2. Organograma Atual da Organização...................................................5
Figura 3. Internos confeccionado as calças jeans............................................7
Figura 4. Internos preparando material para confeccionar artesanatos .....8
Figura 5. Interno confeccionando uma casa de jornal.....................................8
Figura 6. Interno confeccionando uma cesta de jornal ...................................10
Figura 7. Bolas de futebol fabricadas pelos internos da PEF........................11
Figura 8. Bolas de natal feitas de garrafas pet pelos internos da PEF........11
Figura 9. Internos trabalhando no projeto “Natal das Águas”.......................13
Figura 10. Interno fazendo manutenção da horta da PEF ...............................15
Figura 11. Interno na lavanderia da PEF................................................................15
Figura 12. Internos limpando o pavilhão de detenção da PEF.................... 16
Figura 13. Interno cortando o cabelo de outro interno......................................16
Figura 14. Interno em aula dentro da PEF .............................................................17
Figura 15. Internos em sala de aula dentro da PEF ............................................17
Figura 16. Interno organizando a biblioteca da PEF ..........................................19
Figura 17. Trabalhos que ajudam na parte psicológica do interno................24
Figura 18. Internos em palestra sobre maturidade .............................................31
Figura 19. Interno expressando aos outros qual é o processo de
envelhecimento dos mesmos dentro da PEF ..........................................................32
Figura 20. Família dos presos cadastrados no programa Fome Zero ...........36
Figura 21. Demonstração de como usar o Orgasmatec ...................................37
Figura 22. Árvores no centro da cidade.................................................................67
Figura 23. Bolas em árvores da cidade..................................................................67
Figura 24. Árvore em frente a matriz .......................................................................67
Figura 25. Mais bolas na cidade...............................................................................67
Figura 26. Ornamentação de Natal na praça do Mitre................................... 67
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................... 1
1.1 Apresentação e justificativas ........................................................................ 2
1.2 Objetivos............................................................................................................. 2
1.2.1 Objetivo Geral.................................................................................................... 2
1.2.2 Objetivo Específico ......................................................................................... 2
1.3 Metodologia ....................................................................................................... 2
1.4 Histórico da organização............................................................................... 3
1.5 Perfil da organização....................................................................................... 4
1.6 Organograma atual da organização ............................................................ 5
1.7 Organização do trabalho................................................................................ 5
2 DIAGNÓSTICO................................................................................................... 6
2.1 Profissionalizantes .......................................................................................... 6
2.1.1 Projeto “Calany”............................................................................................... 6
2.1.1.1 Objetivo ................................................................................................ 6
2.1.1.2 Objetivos Específicos........................................................................... 6
2.1.1.3 Meta ...................................................................................................... 6
2.1.2 Projeto “Oficina da Arte”................................................................................ 7
2.1.2.1 Justificativa........................................................................................................ 7
2.1.2.2 Objetivo Geral.................................................................................................... 8
2.1.2.3 Objetivos Específicos ..................................................................................... 8
2.1.2.4 Metodologia ...................................................................................................... 9
2.1.2.5 Recursos ............................................................................................................ 9
2.1.2.6 Qualidade de Produção ................................................................................. 9
2.1.2.7 Avaliação e Acompanhamento da Produção ...........................................10
2.1.2.8 Meta .....................................................................................................................10
2.1.3 Projeto “Foz Bolas ..........................................................................................10
2.1.3.1 Meta ....................................................................................................... 11
2.1.4 Projeto “Natal das Águas” .............................................................................11
2.1.4.1 Objetivos Específico .......................................................................................11
2.1.4.2 Tema da Decoração .......................................................................................12
2.1.4.3 Confecção dos Enfeites Natalinos ..............................................................12
2.1.4.4 Montagem dos Enfeites Natalinos...............................................................13
2.1.4.5 Detalhamento da Decoração ........................................................................13
2.1.4.6 Coordenação ....................................................................................................14
2.1.4.7 Parcerias ...........................................................................................................14
2.1.4.8 Meta .....................................................................................................................14
2.1.5 Projeto desenvolvido em Setores Presos .................................................14
2.1.5.1 Flores e Hortaliças...........................................................................................14
2.1.5.2 Lavanderia .........................................................................................................15
2.1.5.3 Faxina do Pavilhão de Detenção e Motel...................................................15
2.1.5.4 Barbearia ............................................................................................................16
2.2 Educacional.......................................................................................................16
2.2.1 Projeto “Reeducar – Ceebja”........................................................................16
2.2.1.1 Objetivos Gerais ...............................................................................................17
2.2.1.2 Objetivos Específicos .....................................................................................17
2.2.1.3 Recursos ...........................................................................................................18
2.2.1.4 Qualidade de Ensino.......................................................................................18
2.2.2 Projeto “Clube de Leitura”.............................................................................18
2.2.2.1 Objetivos ............................................................................................................18
2.2.2.2 Metodologia.......................................................................................................19
2.2.2.3 Recursos ............................................................................................................20
2.2.2.4 Captação de Livros .........................................................................................20
2.2.3 Projeto “Cursos Profissionalizantes” ........................................................20
2.2.3.1 Desenho de Moda ................................................................................ 20
2.2.3.2 Jardinagem ........................................................................................... 20
2.2.3.3 Garçon .................................................................................................. 20
2.2.3.4 Padeiro .................................................................................................. 20
2.3 Ressocialização ...............................................................................................21
2.3.1 Projeto “Culto Religioso”...............................................................................21
2.3.2 Projeto “Missão Liberdade” ..........................................................................21
2.3.2.1 Objetivo...............................................................................................................21
2.3.2.2 Justificativa........................................................................................................21
2.3.2.3 Recursos ............................................................................................................22
2.3.2.4 Meta .....................................................................................................................22
2.3.3 Projeto “Alcoólicos Anônimos” ...................................................................22
2.3.3.1 Recursos ............................................................................................................22
2.3.3.2 Meta .....................................................................................................................22
2.3.4 Projeto “Narcóticos Anônimos”...................................................................22
2.3.4.1 Recursos ............................................................................................................23
2.3.4.2 Meta .....................................................................................................................23
2.3.5 Projeto “Nar-Anon”...........................................................................................23
2.3.5.1 Recursos .............................................................................................................23
2.3.5.2 Meta ......................................................................................................................24
2.3.6 Projeto “Grupo Psicoterapêutico”................................................................24
2.3.6.1 Objetivo Geral.....................................................................................................24
2.3.6.2 População...........................................................................................................25
2.3.6.3 Recursos .............................................................................................................25
2.3.6.4 Conteúdo ............................................................................................................25
2.3.6.5 Metodologia........................................................................................................25
2.3.6.6 Período ................................................................................................................25
2.3.6.7 Avaliação.............................................................................................................26
2.3.6.8 Cronograma.......................................................................................................26
2.3.6.9 Bibliografia..........................................................................................................26
2.3.7 Grupo de Prevenção DST’s/AIDS .................................................................26
2.3.7.1 População...........................................................................................................26
2.3.8 Grupo Pró Saúde...............................................................................................27
2.3.8.1 População...........................................................................................................27
2.3.9 Projeto “Solidariedade em Foz”....................................................................27
2.3.9.1 Objetivo Geral.....................................................................................................27
2.3.9.2 Objetivo ...............................................................................................................27
2.3.9.3 Atividades ...........................................................................................................27
2.3.10 Projeto “Orientação para Liberdade” ..........................................................28
2.3.10.1 Objetivo Geral ....................................................................................................28
2.3.10.2 População...........................................................................................................29
2.3.10.2 Recursos.............................................................................................................29
2.3.10.3 Conteúdo ............................................................................................................29
2.3.10.4 Metodologia........................................................................................................29
2.3.10.5 Período................................................................................................................30
2.3.10.6 Avaliação.............................................................................................................30
2.3.10.7 Cronograma.......................................................................................................30
2.3.10.8 Bibliografia .........................................................................................................30
2.3.11 Projeto “Programa de Educação Permanente Maturidade e Qualidade
de Vida”................................................................................................................ 31
2.3.11.1 Objetivos Gerais................................................................................................31
2.3.11.2 População...........................................................................................................32
2.3.11.3 Recursos.............................................................................................................32
2.3.11.4 Conteúdo ............................................................................................................32
2.3.11.5 Metodologia .......................................................................................................32
2.3.11.6 Período ....................................................................................................33
2.3.11.7 Avaliação................................................................................................ 33
2.3.11.8 Cronograma ........................................................................................... 33
2.3.11.9 Bibliografia ............................................................................................ 34
2.3.12 Projeto “Orientação às Famílias dos Presos da PEF”........................34
2.3.12.1 Objetivo Geral ........................................................................................34
2.3.12.2 Objetivos Específicos ........................................................................... 34
2.3.12.3 Metodologia ........................................................................................... 34
2.3.13 Projeto “Orientação e Sensibilização aos Familiares dos Presos da
PEF - Cadastrados no Programa Fome Zero”................................................... 35
2.3.14 Projeto “Dinâmica” ................................................................................36
2.3.14.1 Objetivos Gerais ................................................................................. 36
2.3.14.2 Objetivos Específicos .........................................................................36
2.3.14.3 Meta ..................................................................................................... 37
3. REFERENCIAL TEÓRICO.................................................................... 38
3.1 Ressocialização................................................................................... 38
3.2 Conceito de Prisão.............................................................................. 38
3.3 Conceito de Penitenciária................................................................... 39
3.4 Políticas: Sociais, de Segurança Pública e Criminal....................... 39
3.5 Reabilitação do Preso......................................................................... 40
3.6 Trabalho............................................................................................... 41
3.6.1 Conceito............................................................................................... 41
3.6.2 Trabalho Penitenciário....................................................................... 41
3.6.2.1 Evolução Histórica e Conceito.......................................................... 41
3.6.2.2 Finalidades do Trabalho Penitenciário............................................. 43
3.6.2.3 Remição de Pena pelo Trabalho........................................................ 43
3.7 Relação entre Criminalidade e Desemprego.................................... 44
3.8 Poder Disciplinar................................................................................. 45
3.9 Comissão Técnica de Classificação ................................................. 45
3.10 Deveres do Preso.................................................................................46
3.11 Direitos do Preso................................................................................. 47
4. LEVANTAMENTO DE PROBLEMAS.................................................. 50
4.1 Problemas que afetam a continuidade dos projetos...................... 50
4.1.1 Espaço insuficiente para ocupar toda a massa carcerária............ 50
4.1.2 Estrutura inadequada para o desenvolvimento dos projetos........ 50
4.2 Problemas com a Administração dos Projetos............................... 50
4.2.1 Administração Escassa..................................................................... 50
4.2.2 Ausência de administradores internos............................................ 50
5. PROPOSIÇÕES GERAIS.................................................................... 51
5.1 Projetos em prol do Estado............................................................... 51
5.2 Criação de espaço adequado............................................................ 51
5.3 Administração do Fundo Penitenciário do Estado do Paraná....... 51
5.4 Considerações Gerais........................................................................ 52
6. CONCLUSÃO....................................................................................... 53
7. APÊNDICES......................................................................................... 54
8. ANEXOS............................................................................................... 66
9. BIBLIOGRAFIA.................................................................................... 72
1
1 INTRODUÇÃO
O Brasil é dono de uma estatística que embora não seja a pior do mundo, não
deixa de ser triste: Um em cada trinta cidadãos está preso. Em números absolutos no
entanto, somos uma das nações com maior número de encarcerados. Não dá para
ignorar a existência de um contingente tão grande de brasileiros atrás das grades.
Embora impressionante, a super lotação é o menor dos problemas do nosso
sistema prisional. Com recursos escassos, ineficiência administrativa e corrupção, as
prisões brasileiras não cumprem nenhuma das funções para as quais existem.
As soluções, em geral, estão no nível das idéias, pensadas, na maioria das vezes,
por quem estuda o assunto. Uma das principais conclusões desta massa pensante é
que o estigma dos presos precisa acabar. Hoje a população atrás das grades recebe
da maioria da sociedade tratamento semelhante ao que os leprosos tiveram no
passado: A comunidade tenta confina-los fora de sua vista e esquecer que eles
existem.
Em nosso país não há prisão perpétua. Portanto, qualquer pessoa encarcerada
invariavelmente sairá de lá cedo ou tarde. Manter a atual situação em que o preso
sempre sai da prisão pior do que entrou, é preciso agir em outras frentes
concomitantemente.
Em contrapartida a esta realidade, a Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu,
está realizando mais de 10 projetos que contribuem para a construção de uma
sociedade mais justa, democrática e igualitária, para que não seja feita de forma
isolada, mas por cidadãos, empresas e instituições que já abraçam e praticam a
responsabilidade social.
A reinserção destes indivíduos na esfera social produtiva, além de ser de grande
economia para o estado, é um dever de toda a comunidade, que unida não deve
economizar esforços para o sucesso desta empreitada. Afinal, muitos desses
indivíduos estão nessa situação por falta de ensino e até mesmo de oportunidade.
As atividades realizadas na Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu tem o
condão de humanizar e garantir todos os direitos dos internos aqui ergastulados
previstos na Lei de Execuções Penais.
2
1.1 Apresentação e Justificativas
O presente trabalho de estágio com tema: “ A Administração da Penitenciária
Estadual de Foz do Iguaçu: Projetos que visam a Ressocialização dos Internos da
Penitenciária de Foz do Iguaçu”, foi elaborado pela acadêmica Maxuele Cristine Zeni
da Silva o qual sintetiza a seguinte frase: “Nenhuma solução para recuperar os
presos vai muito longe sem a participação da sociedade”, que quer dizer que este
trabalho objetiva uma divulgação dos projetos desenvolvidos na Penitenciária
Estadual de Foz do Iguaçu, juntamente com uma melhor implantação operacional dos
mesmos, aumentado desta forma o grau de satisfação dos internos e das pessoas
que estão engajadas no desenvolvimento destes projetos. As propostas que serão
apresentadas, fundamentadas nos conceitos adquiridos nos bancos escolares visam
a obtenção do melhor desempenho de cada projeto dentro da Penitenciária de Foz do
Iguaçu.
1.2 Objetivos
1.2.1 Objetivo Geral
– Demonstrar os projetos desenvolvidos, junto aos internos com o objetivo da
reinserção social, criando assim o resgate da auto-estima e da dignidade de
cada interno da Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu.
1.2.2 Objetivos Específicos
– Verificar a receptividade e o andamento de cada projeto junto aos internos; .
− Αpresentar uma melhoria na operacionalidade dos projetos.
1.3 Metodologia
A metodologia utilizada foi respaldada em estudos descritivos, observações,
entrevistas informais, questionários, análise de dados, assim como em estudos
exploratórios, obras sobre o tema e análise documental.
Os questionários foram desenvolvidos formalmente com cada interno da
Penitenciária de Foz do Iguaçu, com o intuito de diagnosticar o perfil de cada interno,
pois cada projeto necessita de um perfil de interno, proporcionando assim uma forma
mais adequada de organizar separadamente cada projeto. Notou-se ainda que não
3
são todos os internos que podem participar destes projetos, mas a maioria deles
gostariam de poder participar, pois cada três dias trabalhados reduz um dia na pena,
e além disso cada produto confeccionado por eles, gera uma remuneração aos
internos, que é repassada separadamente para cada família assim, mesmo estando
preso os internos conseguem de certa forma ajudar no sustento de suas próprias
famílias, o que faz com que cada vez mais estes fiquem mais motivados a trabalhar e
a aprender de certa forma uma nova profissão que poderá ser útil a eles mesmo
quando terminarem de cumprir suas penas.
Para construção do trabalho foram utilizados dados de fontes primárias
(colaboradores, relatórios e estatísticas) e de fontes secundárias (livros, professores,
Internet, revistas), baseando-se nos dados da Penitenciária Estadual de Foz do
Iguaçu, para a partir desses, melhorar a operacionalidade dos projetos e a
receptividade dos internos em relação aos mesmos.
1.4 Histórico da Organização
A Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu, inaugurada em 19 de julho de
2002, destinada ao cumprimento de penas em regime fechado para o sexo
masculino, com capacidade total de 496 vagas e ideal de 470 vagas, possui
atualmente 505 presos distribuídos em 124 celas.
Por força contratual, todo desenvolvimento operacional está sendo realizado
pelo INAP – Instituto Nacional de Administração Prisional – no sistema de
terceirização, com equipes operacionais, técnicas e administrativas, no total de 144
funcionários distribuídos em turnos de serviços.
Ainda que com administração terceirizada, a tutela do preso continua com o
Estado, e para isto a unidade conta com os cargos de Direção, Vice Direção e Chefe
de Segurança.
Mesmo com o conceito de segurança máxima, a Direção em nenhum momento
olvidou esforços para torná-la em unidade com condições para ressocialização num
esforço coletivo, transformando alguns espaços físicos em locais para trabalho,
obedecendo critério rigoroso estabelecido pela Vara de Execuções Penais de Foz do
Iguaçu e a coordenadoria do Departamento Penitenciário do Paraná.
4
Figura 1. Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu.
1.5 Perfil da Organização
Dados básicos da Empresa:
Razão Social:....................... Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu
Nome Fantasia:................... PEF
CNPJ (MF): .......................... 40.245.920/0001-94
Data da Fundação: ............. 19 de julho de 2002
Endereço:............................. Avenida Mercúrio, nº 850.
Bairro:................................... Parque Residencial Três Fronteiras
Cidade:................................. Foz do Iguaçu
Estado: ................................. Paraná
Telefone:............................... (45) 526-0209/526-0109
e-mail: ................................... [email protected]
Diretor:.................................. Alexandre Calixto da Silva
Nro. de colaboradores:....... 147
Nro. de internos: .............. 500
5
1.6 Organograma atual da Organização
O organograma atual da Organização é o seguinte:
Fonte: Penitenciária de Foz do Iguaçu.
Figura 2. Organograma atual da Organização.
1.6.1 Estrutura Organizacional
Art. 3º - A estrutura organizacional básica da Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu
compreende:
I - Nível de Direção
a) Diretor
b) Vice - Diretor
c) Conselho Disciplinar - CD
d) Comissão Técnica de Classificação – CTC
II - Nível de Execução
a) Divisão de Prontuário e Movimentação - DIPROM
b) Divisão Ocupacional e de Qualificação - DIOQ
b.1) Seção de Produção e Serviços
b.2) Seção de Educação e Qualificação
c) Divisão Assistencial - DIAS
c.1) Seção de Assistência Jurídica
6 c.2) Seção de Assistência Social, à Saúde e Psicológica
d) Divisão de Administração e Finanças - DIAF
d.1) Seção de Administração e de Recursos Humanos
d.2) Seção de Finanças e de Planejamento
e) Divisão de Segurança e Disciplina – DISED
PARÁGRAFO ÚNICO - A representação gráfica desta estrutura está representada no
organograma anexo a este Regimento Interno.
Título III - do Campo Funcional
Capítulo I - ao Nível de Direção
Seção I - do Diretor
Art4º - Ao Diretor da Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu, compete:
I - promover a administração geral da Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu,
expedindo atos normativos de eficácia interna, em estreita observância das
disposições da Lei de Execução Penal e das normas da administração pública
estadual, dando cumprimento às determinações judiciais;
II - promover medidas de segurança e tratamento para a recuperação social dos
internos e para a manutenção e melhoria das condições de custódia, zelando pela
integridade física e moral dos internos;
III - promover medidas de assistência jurídica, social, psicológica, de saúde e de
educação formal e informal, voltadas ao recondicionamento social dos internos;
IV - promover medidas administrativas de fiscalização e acompanhamento da
aplicação das sanções regulamentares segundo as normas e diretrizes
penitenciárias;
V - prestar, por intermédio do Coordenador Geral do DEPEN, as informações que lhe
forem solicitadas pelos juizes, tribunais, Conselho Penitenciário e por entidades e
órgãos públicos ou privados, sobre o estabelecimento;
VI - autorizar a emissão de carteiras de visitas e autorizações para visitação de
familiares e outros afins;
VII - promover a aplicação das sanções e penalidades aos internos, dentro de sua
competência e aquelas determinadas pelo Conselho Disciplinar;
VIII - promover requerimento à autoridade judiciária, para inclusão do preso no regime
disciplinar diferenciado;
7 IX - decretar isolamento preventivo do interno faltoso pelo prazo de 10 (dez) dias;
X - aplicar, por ato motivado, as sanções previstas nos incisos I a IV do art. 73 da Lei
nº 7.210/84 com a redação modificada pela Lei nº 10.792/2003.
XI - autorizar o remanejamento dos internos nas celas, galerias e pavilhões, bem
como a sua alocação nos canteiros de trabalho;
XII - encaminhar os recursos de interpelação dos internos, para inclusão nos seus
respectivos prontuários, e para apreciação do Conselho Penitenciário;
XIII - solicitar a expedição de certidões ou cópias de peças processuais para a
formação dos prontuários penitenciários e instruções de petições;
XIV - promover a execução das instruções emanadas da Corregedoria dos Presídios
e das determinações das Varas de Execuções Penais;
XV - promover a manutenção da ordem e segurança externa ao estabelecimento, em
colaboração com a unidade especializada da Polícia Militar do Estado;
XVI - promover medidas de segurança necessárias para evitar e reprimir atos de
violência e resistência por parte dos internos, servindo-se inclusive da colaboração da
Polícia Militar do Estado;
XVII - promover a comunicação tempestiva à Coordenação do DEPEN e às Varas de
Execuções Penais de todas as ocorrências relevantes no estabelecimento, para as
providências necessárias;
XVIII - dar cumprimento às responsabilidades fundamentais constantes do artigo 43
da Lei nº 8.485, de 03.06.87;
XIX - certificar-se das condições de segurança para a realização do interrogatório
judicial de presos sob sua responsabilidade, conforme art. 185 §1º do Código de
Processo Penal, consoante redação da Lei nº 10.792/2003;
XX - outras atividades correlatas, em consonância com a Lei de Execuções Penais,
com o estatuto Penitenciário, como Regimento Interno do DEPEN e com as normas
operacionais dele emanadas.
Seção II - do Vice – Diretor
Art. 5º - Ao Vice - Diretor da Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu, compete:
I - assistir e auxiliar o Diretor do estabelecimento no desempenho de suas funções,
substituindo-o nas suas ausências e impedimentos;
II - acompanhar o andamento das atividades técnicas e administrativas do
estabelecimento, em auxílio ao Diretor na administração da unidade;
8 III – acompanhar, controlar e fiscalizar o sistema e procedimentos de compras
periódicas para os internos junto a contratada;
IV – supervisionar todas as atividades desenvolvidas pelo funcionário responsável do
FUPEN, e ainda fiscalizar e acompanhar a guarda e aplicação dos valores
pertencentes aos internos, limitando em 50 (cinquenta) UFIR os valores por interno,
custiados na unidade;
V – desempenhar outras atividades correlatas e/ou determinadas pelo Diretor.
Seção III - do Conselho Disciplinar
Art. 6º - Ao Conselho Disciplinar - CD, de acordo com as disposições da Lei nº 7210,
de 11.07.84, cabe:
I - a realização de diligências indispensáveis à precisa elucidação das faltas
disciplinares dos internos, de acordo com os artigos 44 a 60 da Lei de Execução
Penal, nº 7210, de 11.07.84;
II - a deliberação sobre as faltas disciplinares cometidas pelos internos;
III - a deliberação e proposição sobre a aplicação das sanções disciplinares previstas
no artigo 53 da Lei nº 7210, de 11.04.84;
IV - outras atividades correlatas.
Art. 7º - O Conselho Disciplinar - CD, é composto pelos seguintes membros efetivos:
I - Diretor do Estabelecimento, na qualidade de Presidente;
II - Funcionário da Divisão de Prontuário e Movimentação, na qualidade de
Secretário;
III - Cinco Técnicos sendo: - Um Psicólogo, - Um Assistente Social, - Um Técnico da
Seção de Educação e Qualificação (Pedagogia),- Um Técnico da Seção de Produção
e Serviços (Laborterapia), - Um Defensor da Seção de Assistência Jurídica.
§ 1º - Os membros referidos no inciso III, e seus respectivos suplentes, serão
indicados pelo Diretor do estabelecimento e designados por ato próprio do
Coordenador Geral do DEPEN, para um período de até dois anos, permitida a
recondução;
§ 2º - A Divisão de Prontuário e Movimentação, promoverá o apoio administrativo
necessário ao funcionamento do Conselho Disciplinar;
§ 3º - O Conselho Disciplinar reunir-se-á sempre que for necessário, por convocação
de seu presidente;
9 § 4º - As decisões do Conselho Disciplinar devidamente registradas, serão
tomadas por maioria de votos;
§ 5º - Somente terão direito a voto os Técnicos e o Diretor;
§ 6º - O Chefe da Divisão de Segurança e Disciplina será ouvido obrigatoriamente.
Seção IV - da Comissão Técnica de Classificação
Art. 8º - À Comissão Técnica de Classificação - CTC, instituída pela Lei nº 7210, de
11.07.84, de conformidade com seus artigos 5º a o 9º, quando se tratar de condenado
à pena privativa de liberdade, compete:
I - classificar os condenados, segundo os seus antecedentes e personalidade, para
orientar a execução penal, de forma individualizada;
II - elaborar o programa individualizador e acompanhar a execução das penas
privativas de liberdade e restritivas de direitos;
III - propor à autoridade competente as progressões e regressões dos regimes, bem
como as conversões;
IV – a implantação inicial e/ou eventual transferência de internos nos canteiros de
trabalho somente se dará mediante avaliação e classificação desta, conforme
disposições da Lei de Execução Penal.
V – analisar e deliberar os projetos voltados a ressocialização e canteiros de trabalho;
VI – classificar os internos, segundo seus antecedentes e personalidade, para
desenvolverem atividades em projetos e canteiros de trabalho, bem como o
desimplante dos mesmos.
Art. 9º - A Comissão Técnica de Classificação - CTC, é composta dos seguintes
membros:
I - Diretor do Estabelecimento, na qualidade de presidente;
II - Chefe de Segurança e Disciplina;
III - Um Psiquiatra;
IV - Um Psicólogo;
V - Um Assistente Social;
VI - Uma Pedagoga;
VII - Representante da Gerência Operacional;
VIII - Secretária.
10 § 1º - A Comissão Técnica de Classificação reunir-se-á sempre que for
necessário, por convocação de seu presidente;
§ 2º - As decisões da Comissão Técnica de Classificação, devidamente registradas
serão tomadas por maioria de votos;
§ 3º - A Comissão Técnica de Classificação será secretariada pelo Chefe da Divisão
de Prontuário e Movimentação, que promoverá o apoio administrativo necessário ao
funcionamento da Comissão;
§ 4º - Os membros referidos nos itens V, VI e VII, serão designados por portaria do
Coordenador Geral do DEPEN, mediante indicação do Diretor do estabelecimento,
para um mandato de até dois anos, sendo facultada sua recondução;
§ 5º - Os membros natos, referidos nos itens I a IV, serão substituídos em suas faltas
e impedimentos por seus substitutos legais.
Capítulo II - do Nível de Execução
Seção I - da Divisão de Prontuário e Movimentação
Art. 10 - À Divisão de Prontuário e Movimentação - DIPROM, que tem por objetivo a
organização e manutenção dos prontuários, o registro e a movimentação dos internos
e a manutenção de um sistema de informações sobre os presos da unidade, de
maneira a permitir as medidas necessárias ao cumprimento das determinações
judiciais e do Conselho Penitenciário, a manutenção de cadastro da população
penitenciária; a guarda de valores dos internos e a manutenção de um sistema de
informações sobre o sistema penitenciário, compete:
a) Na Área de Documentação e Informações Penitenciárias:
I - a manutenção atualizada dos arquivos de prontuários e fichas dos presos,
arquivando e anexando os respectivos expedientes e ocorrências, anotando nas
fichas qualquer alteração referente à sua situação processual;
II - a atualização dos prontuários criminológicos dos presos, de maneira a permitir o
acompanhamento da evolução da pena e dos benefícios concedidos;
III - a anexação aos prontuários dos documentos encaminhados pelas demais seções
do estabelecimento;
IV - a coleta e preparo dos dados solicitados pelas demais seções assistenciais ou de
segurança, bem como aqueles destinados à instrução de exames classificatórios ou
disciplinares;
11 V - a organização e manutenção de um sistema de informações, utilizando-se dos
meios da informática e processamento de dados, de forma a permitir o fornecimento
de informações sobre os prontuários, situação carcerária e procedimentos
penitenciários, registro e movimentação de presos;
VI - o assessoramento e apoio às reuniões do Conselho Disciplinar e à Comissão
Técnica de Classificação;
VII - a atualização dos prontuários, com as ocorrências de transferências,
apresentações em juízo, encaminhamento às comarcas, o recebimento de
correspondências, ocorrências internas e sanções disciplinares recebidas;
VIII - outras atividades correlatas.
b) Na Área de Registro e Movimentação:
I - a manutenção do registro da população do estabelecimento penitenciário;
II - o registro das inclusões, exclusões e remoções de presos e outras ocorrências
que importem em sua movimentação, comunicando à área de documentação;
III - a comunicação à direção do estabelecimento, para fins de encaminhamento à
Coordenação do DEPEN, das alterações ocorridas na população penitenciária;
IV - o preparo da documentação referente à movimentação e remoção dos presos do
estabelecimento às varas de execuções penais, comarcas, delegacias, hospitais e
outras transferências, atendendo a solicitações judiciais para a devida movimentação;
V - a preparação de guias de soltura, alvarás, atestados, certidões de comportamento
carcerário e auxílio-reclusão;
VI - a comunicação à direção das movimentações necessárias de internos, para a
solicitação de escoltas da segurança e da Polícia Militar;
VII - as providências necessárias à apresentação de presos às autoridade
requisitantes;
VIII - a recepção, registro e guarda dos valores, jóias e objetos de valor trazidos pelos
presos;
IX - a manutenção do fichário dos presos, com identidade pessoal, filiação, exame
descritivo e notas cromáticas de traços característicos, marcas, sinais particulares,
cicatrizes, tatuagens, etc., com fotografia de frente e perfil, fornecendo cópia à
Divisão de Segurança;
X - a identificação datiloscópica e fotográfica dos presos, elaborando os respectivos
documentos de identificação;
12 XI - o encaminhamento à área de documentação, dos documentos relacionados
com a situação processual dos presos;
XII - outras atividades correlatas.
Seção II - da Divisão Ocupacional e de Qualificação
Art. 11 - A Divisão Ocupacional e de Qualificação - DIOQ, tem por objetivo a
coordenação das atividades produtivas e de laborterapia ocupacional, o treinamento e
a qualificação dos internos, a promoção da assistência educacional e a execução dos
serviços essenciais ao funcionamento da unidade.
Subseção I - da seção de produção e serviços
Art. 12 - À Seção de Produção e Serviços, compete:
a) Na Área de Produção:
I - a promoção de atividades produtivas, através de projetos e canteiros de trabalho,
com a utilização da mão-de-obra dos internos, mediante acordos e convênios com
entidades públicas ou privadas, normalmente dividido em 2 (dois) turnos diários e/ou
(1) um único turno das 19:00 às 01:00 conforme a necessidade;
II - a promoção e implantação de canteiros de trabalho e atividades de laborterapia
ocupacional, com resultado econômico, mantendo o registro das horas trabalhadas,
produtos obtidos e serviços prestados;
III - a programação da utilização de máquinas e equipamentos, ferramentas,
matérias-primas e demais materiais necessários ao desenvolvimento de suas
atividades;
IV - promoção da manutenção e conservação dos equipamentos e ferramentas
utilizadas, mantendo o registro de sua utilização e manutenção;
V - o registro do desenvolvimento e rendimento dos canteiros de trabalho, para efeito
de análise custo-benefício;
VI-elaboração de relatórios mensais de aproveitamento dos internos, prestando
informações à Comissão Técnica de Classificação e ao Conselho Disciplinar quando
solicitado;
VII – Sistematizar a programação, implantação, o registro e o acompanhamento das
atividades dos canteiros de produção no âmbito do Sistema Penitenciário, e que
utilizam a mão-de-obra dos internos;
VIII - outras atividades correlatas.
13 b) Na Área de Serviços Internos:
I - a realização, mediante aproveitamento do trabalho dos internos, de atividades de
manutenção e reparos no estabelecimento penal;
II - a execução dos serviços essenciais ao funcionamento do estabelecimento, nas
áreas de limpeza, copa e cozinha;
III - a preparação da alimentação, segundo orientações de nutricionistas e os
cardápios estabelecidos para sua distribuição;
IV - a execução dos serviços de limpeza e higiene dos prédios, instalações, móveis,
objetos e equipamentos, para sua conservação e preservação;
V - a manutenção de registro das horas trabalhadas e dos serviços executados, para
a elaboração das folhas de pecúlio;
VI - orientação e acompanhamento do desenvolvimento das atividades dos internos,
controlando a freqüência e o rendimento em cada área e canteiro de trabalho;
VII - elaboração de relatórios mensais de aproveitamento dos internos nos canteiros
de trabalho, prestando informações à Comissão Técnica de Classificação e ao
Conselho Disciplinar;
VIII - outras atividades correlatas.
Subseção II - da Seção de Educação e Qualificação
Art. 13 - À Seção de Educação e Qualificação, compete:
I - a promoção das atividades educacionais, curriculares, profissionalizantes e sócio-
culturais;
II - a formação educacional dos internos necessária ao desenvolvimento de suas
potencialidades, orientando e coordenando programas de profissionalização e
capacitação;
III - a realização e a promoção de atividades de caráter recreativo e cultural através
de projeções, representações artísticas, competições esportivas, conferências, leitura
orientada, comemorações de datas cívicas, entre outras;
IV - a promoção de atividades para estimular e orientar os internos para o hábito de
leitura e pesquisa, mantendo uma biblioteca com livros didáticos para leituras
dirigidas e selecionadas;
V - a promoção de programas de educação física;
VI - a promoção de atividades psico-pedagógicas para a melhoria do aproveitamento
pelos internos e melhor adequação ao ensino-aprendizagem;
14 VII - a elaboração e execução de programas e projetos de profissionalização e
capacitação profissional dos internos;
VIII - a promoção e viabilização de cursos de treinamento e aprimoramento aos
internos, mediante convênios e acordos com entidades, empresas, ou órgãos
públicos;
IX - outras atividades correlatas.
Seção III - da Divisão Assistencial
Art. 14 - A Divisão Assistencial - DIAS, tem por objetivo a prestação de serviços
assistenciais, jurídicos, sociais e religiosos, de saúde e psicológicos, de conformidade
com o disposto na Lei de Execução Penal, no. 7210, de 11.07.84.
Subseção I - da Seção de Assistência Jurídica
Art. 15 - À Seção de Assistência Jurídica compete:
I - a promoção da defesa dos legítimos interesses do interno, verificando a legalidade
do recolhimento, impetrando "habeas corpus", requerendo e acompanhando pedidos
de indulto, de comutação e de graça;
II - a promoção e acompanhamento de requerimentos e pedidos de livramento
condicional e prisão-albergue, unificação de pena, revisão criminal e interposição de
recursos;
III - a promoção de diligências relativas a cálculo da pena, às providências para a
expedição de alvarás, o acompanhamento de medidas e ações relativas aos direitos
de família, e a informação aos internos sobre sua situação jurídica;
IV - a promoção da defesa dos internos perante o Conselho Disciplinar e de
levantamentos processuais para instrução da Comissão Técnica de Classificação;
V - outras atividades correlatas.
Subseção II - da Seção de Assistência Social, à Saúde e Psicológica
Art. 16 - À Seção de Assistência Social, à Saúde e Psicológica compete:
a) Na Área de Assistência Social:
I - as providências de investigação social de afinidade para a emissão de carteira de
visita aos familiares;
II - a promoção de condições de reintegração social, observando-se a conduta
intramuros, e promovendo a expedição de documentação civil;
III - a preservação da higidez psicossocial dos internos, com acompanhamento
periódico, assistindo-os em suas necessidades sociais;
15 IV - a assistência à família, para a realização de matrimônios, registro de filhos, de
previdência social, de visita à família e para a concessão de encontros conjugais;
V - a promoção de levantamentos para instruir os benefícios solicitados pela seção de
assistência jurídica, de investigações para o Conselho Disciplinar, de endereços de
familiares e de outras solicitações judiciais;
VI - a busca da integração com órgãos comunitários, através de contatos com
escolas, órgãos previdenciários, distritos sanitários, postos de saúde, órgãos
assistenciais, hospitais e outros, para as providências que se fizerem necessárias;
VII - a emissão de pareceres, de laudos e de informações técnicas sobre o interno à
família;
VIII - a prestação de assistência social ao interno e à família, inclusive à vítima e sua
família, à companheira e aos filhos ilegítimos;
IX - a promoção do registro das ocorrências de cada interno, para acompanhamento
de sua progressão, enviando à seção de documentação para inclusão nos
respectivos prontuários;
X - a promoção e realização de palestras, preleções e cultos de caráter religioso;
XI - a comunicação com ministros eclesiásticos ou colaboradores religiosos, para a
realização de palestras, preleções, liturgias e paraliturgias religiosas;
XII – a promoção, o restabelecimento a preservação do vínculo familiar entre o
interno e seus familiares, com as diligências periódicas de investigação de afinidades;
XIII - outras atividades correlatas.
b) Na Área de Assistência à Saúde e Psicológica:
I - a proteção da saúde dos internos, propiciando-lhes tratamento médico adequado;
II - a prestação dos serviços de farmácia, odontológico, médico e de enfermaria;
III - a orientação na manutenção da higiene e de condições de salubridade no
estabelecimento penal;
IV - a realização de inspeção nas dependências do estabelecimento, por intermédio
de um médico, verificando as condições de higiene, propondo as providências que
julgar necessárias;
V - a comunicação ao Diretor sobre casos de moléstias contagiosas, promovendo as
medidas necessárias para evitar a disseminação e contágio, propondo a vacinação
dos internos e dos funcionários, quando julgar necessário;
VI - a fiscalização do consumo de medicamentos, da validade, preparo e
administração, mantendo um rigoroso registro de entradas e saídas;
16 VII - a manutenção de um cadastro médico e psicológico de cada interno, para
acompanhamento permanente;
VIII - a promoção de atendimento psicológico aos internos, de forma individual e/ou
em grupo;
IX - a realização de exame criminológico, de investigação disciplinar, de perfil
psicológico, elaborando os boletins informativos;
X - a realização de testes psicológicos e a elaboração de psico-diagnósticos;
XI - a prestação dos serviços de enfermagem, executando as prescrições médico-
odontológicas, bem como o apoio laboratorial necessário;
XII – orientação na manutenção da higiene e de condições de salubridade no
estabelecimento penitenciário;
XIII – as remoções por doenças ou identificação de moléstias infecto-contagiosas, só
poderão ser efetuadas através de autorização pelo Diretor da Unidade Penal
XIV - outras atividades correlatas.
c) Na Área de Assistência Odontológica:
I – a prestação de serviços odontológicos aos internos através de consultas,
tratamentos, prescrição de medicamentos específicos, atendimentos de emergência,
modelagem e confecção de próteses, esta em parceria com o FUPEN;
II – a manutenção, controle e organização dos materiais, equipamentos e
medicamentos odontológicos;
III – a realização de palestras e orientação sobre a prevenção de câncer bucal e
higiene oral;
IV - outras atividades correlatas.
d) Na Área de Assistência Psiquiátrica:
I – a realização de entrevista preliminar, prescrição de medicamentos , consulta e
reconsulta;
II - outras atividades correlatas.
e) Na Área de Assistência Pedagógica e Educacional:
I – a coordenação e a promoção de cursos profissionalizantes;
II – avaliação do nível de escolarização e o cadastramento para a implantação dos
internos nos canteiros de trabalho;
III – a coordenação do planejamento e da execução das atividades sócio-culturais,
recreativas e esportivas;
IV - outras atividades correlatas.
17 f) Na Área de Assistência Religiosa:
I – a disponibilização de televisores, para realização de cultos religiosos, permitindo a
entrada de representantes religiosos, autorizados pela Direção, em conformidade
com as normas de segurança, em consonância com a Lei de Execuções Penais; com
o Estatuto Penitenciário, com o Regimento Interno do DEPEN e com as normas
operacionais dele emanadas;
II - outras atividades correlatas.
Seção IV - da Divisão de Administração e Finanças
Art. 17 - A Divisão de Administração e Finanças - DIAF, tem por objetivo a execução
das atividades meio da Unidade, no que se refere às áreas administrativa, de
recursos humanos, de finanças e de planejamento.
Subseção I - da Seção de Administração e de Recursos Humanos
Art. 18 - À Seção de Administração e de Recursos Humanos compete:
a) Na Área Administrativa:
I - a execução dos serviços de protocolo, de arquivo, recebimento, registro e
distribuição de processos e expedientes gerais;
II - a execução dos serviços de telefonia, telex, reprografia e comunicações;
III - a instrução de processos de compra de materiais ou de prestação de serviços de
manutenção e reparos na unidade, na forma determinada pela legislação e normas
pertinentes;
IV - o recebimento, a guarda, o controle e a distribuição de materiais;
V - o atendimento do transporte de servidores e outros, no interesse dos serviços;
VI - o controle relativo ao uso, conservação, guarda e manutenção dos veículos, bem
como das despesas com combustíveis e lubrificantes, de acordo com as normas em
vigor;
VII - a organização, atualização e manutenção de cadastro dos bens patrimoniais,
verificando periodicamente o estado dos bens móveis, imóveis e equipamentos,
promovendo a sua manutenção, substituição ou baixa patrimonial;
VIII - os procedimentos de levantamento de preços e compra de materiais de
urgência necessários ao atendimento do estabelecimento, com recursos de pronto
pagamento, ou através de empenhos, de acordo com as normas vigentes;
18 IX - a administração do almoxarifado, mantendo em dia os registros de estoque,
entradas e saídas de materiais, balancetes mensais, de acordo com as normas em
vigor;
X - o recebimento, a organização e instrução dos expedientes para despacho da
Direção, preparando a correspondência oficial, memorandos, circulares e instruções;
XI - a manutenção de um sistema de acompanhamento do consumo de alimentos e
outros materiais, estocáveis e perecíveis, para propiciar a programação e aquisição
de suprimentos para a unidade;
XII - o controle do atendimento, pelos fornecedores, das requisições efetuadas,
comunicando ao DEPEN, os atrasos e outras irregularidades ocorridas;
XIII - outras atividades correlatas.
b) Na Área de Recursos Humanos:
I - a organização e manutenção de sistema de registro e cadastro dos servidores do
estabelecimento, assistindo ao dirigente nos assuntos relacionados ao setor de
pessoal;
II - a organização da escala de férias dos servidores, para apreciação e aprovação do
Diretor;
III - a elaboração de boletins mensais de freqüência dos servidores, de conformidade
com as normas em vigor, registrando os afastamentos, férias e licenças;
IV - manutenção atualizada das escalas de trabalho dos servidores do
estabelecimento e o registro das ocorrências referentes a atrasos e faltas;
V - outras atividades correlatas.
PARÁGRAFO ÚNICO - A Seção de Administração e de Recursos Humanos atuará
sob a orientação técnica e normativa da Divisão de Suprimentos e Nutrição – DISU -
e dos Grupos Auxiliares Administrativo e de Recursos Humanos do DEPEN.
Subseção II - da Seção de Finanças e de Planejamento
Art. 19 - À Seção de Finanças e de Planejamento compete:
a) Na Área de Finanças:
I - a centralização do controle contábil do estabelecimento, por meio da escrituração
dos atos orçamentários e financeiros;
II - a organização de balancetes mensais da execução financeira, através do
acompanhamento dos saldos por natureza da despesa;
III - a escrituração das despesas e fatos administrativos, de acordo com o plano de
contas e rubricas orçamentárias;
19 IV - a instrução dos processos de adiantamento para o atendimento de despesas
do estabelecimento, antes do seu encaminhamento para a prestação de contas;
V - o exame das faturas de compra e dos documentos que lhe forem encaminhados
para pagamento, verificando se estão de acordo com as formalidades legais;
VI - a emissão dos pedidos de empenho, para atendimento das necessidades de
compras e de reparos;
VII - a organização da previsão de despesas, elaborando as programações trimestrais
para solicitação de liberação de recursos orçamentários, de acordo com os
cronogramas autorizados;
VIII - a manutenção de um sistema de acompanhamento, por rubrica orçamentária,
do orçamento e dos saldos;
IX - a elaboração da previsão mensal de necessidade financeira, mantendo registros
da execução das despesas dentro das programações trimestrais;
X - outras atividades correlatas.
b) Na Área de Planejamento:
I - a promoção da elaboração de programas, projetos ou atividades a serem levadas a
efeito pelo estabelecimento;
II - o levantamento de informações referentes à metas, projetos, ações, custos e
despesas, para fins de previsão na elaboração orçamentária;
III - a manutenção de um sistema de acompanhamento da execução física de todas
as atividades levadas a efeito no estabelecimento, de conformidade com as normas e
orientações estabelecidas;
IV - desenvolver outras atividades características como apoio ao planejamento,
controle, execução e avaliação das atividades próprias da unidade;
V - outras atividades correlatas.
PARÁGRAFO ÚNICO - A Seção de Finanças e de Planejamento atuará sob a
orientação técnica e normativa do Grupo Auxiliar Financeiro e do Grupo Auxiliar de
Planejamento do DEPEN.
Seção V - da Divisão de Segurança e Disciplina
Art. 20 – A empresa contratada deverá manter em seu quadro pessoal de
funcionários especializados e habilitados para exercerem a segurança interna e
externa da Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu, em seus vários pontos de
segurança.
20 Art. 21 - À Divisão de Segurança e Disciplina - DISED, que tem por objetivo a
manutenção dos serviços de guarda e vigilância, para a custódia e segurança de
presos na unidade e o cumprimento dos mandatos de soltura, compete:
a) Na Área de Portaria:
I - a execução dos serviços de controle, vigilância, e segurança de portaria interna e
externa;
II - a realização de revistas na portaria, à entrada e saída de presos, veículos e
volumes, estendendo-as aos funcionários, servidores e às visitas; devendo
disponibilizar agentes de segurança do sexo feminino para as atividades de revista
corporal em mulheres e crianças;
III - a manutenção de registro de identificação de funcionários e servidores do
estabelecimento e das pessoas autorizadas a visitar os internos;
IV - a guarda de objetos pessoais de visitantes e de servidores que entram no
estabelecimento;
V - a execução dos serviços de recepção, controle e registro de entrada e saída de
visitas e de servidores, mediante a entrega de crachás e senhas, recolhendo as
carteiras de visita com validade vencida;
VI - o exame e a censura da correspondência, livros, revistas, publicações e objetos
destinados aos presos e expedidos pelos mesmos, enviando às seções responsáveis
pela sua distribuição;
VII - a manutenção de registro das correspondências recebidas e expedidas, para
efeito de diligências preventivas de fugas ou evasões;
VIII - o recolhimento à Divisão de Prontuário e Movimentação, dos valores e objetos
de valor recebidos nas correspondências, para seu encaminhamento de acordo com
as normas internas em vigor;
IX - é vedada a entrada de armas de fogo e brancas, bem como munições,
estendendo esta restrição a qualquer pessoa, seja ela autoridade policial, servidores;
X - outras atividades correlatas.
b)Na Área de Segurança e Disciplina:
I - o exercício da guarda e vigilância intramuros do estabelecimento penal, mantendo
a ordem, segurança e disciplina;
II - a adoção, com presteza, de todas as medidas de segurança e correção
necessárias, registrando-as no boletim diário de ocorrência;
21 III - a vigilância e manutenção da ordem durante a prestação de serviços,
exercícios, aulas e jogos esportivos;
IV - a vigilância na movimentação de presos por ocasião de transferências internas ou
externas, acompanhando fisicamente ou via sistema de CFTV e encaminhando-os as
seções envolvidas nos procedimentos, sempre com a anuência do fiscal de
segurança e, quando externas com o pedido da direção;
V - a vigilância constante aos presos para evitar a posse de qualquer produto que
altere o seu comportamento ou que cause dependência física ou psíquica;
VI - a vigilância e manutenção da ordem nos procedimentos de visitação autorizados,
mantendo a segurança das visitas;
VII - a adoção de medidas que visem a segurança e guarda dos internos, nas
dependências do estabelecimento, e quando encaminhados às áreas de serviços
assistenciais ou ocupacionais;
VIII - a vigilância permanente para evitar a entrada de instrumentos cortantes ou
perfurantes, objetos e cartas destinados a jogos de azar;
IX - outras atividades correlatas.
c) Na Área de Controle e Inspeção:
I - a manutenção de fichário com os dados de identificação e características
individuais de cada interno, e a sua lotação;
II - o recolhimento dos presos às celas que lhes forem destinadas, instruindo-os sobre
os seus deveres e obrigações;
III - a apresentação de relatório diário, sobre a população carcerária, sua distribuição
e as alterações ocorridas;
IV - a distribuição das correspondências, livros, revistas, publicações e objetos
destinados aos internos;
V - o recolhimento de valores, jóias e objetos de valor, relacionando-os e enviando-os
à guarda da Divisão de Prontuário e Movimentação;
VI - o encaminhamento dos internos para promover o asseio e a higiene pessoal;
VII - o recolhimento das roupas, calçados e objetos de uso pessoal para desinfecção,
sua guarda e posterior devolução aos internos;
VIII - a inspeção diária das celas, corredores e pátios, providenciando as medidas
necessárias para a higiene e limpeza;
IX - a observação sobre os horários de despertar e de recolher, das refeições, de
estudo, de trabalho, nas saídas das celas, dormitórios e pátios de recreio;
22 X - outras atividades correlatas.
Título IV - das Disposições Finais e Transitórias
Capítulo I - das Responsabilidades Fundamentais das Chefias
Art. 22 - Às chefias, em todos os níveis, compete as responsabilidades fundamentais
dispostas no art. 43 da Lei no. 8485, de 03.06.87, que dispõe sobre a organização do
Poder Executivo Estadual, no sistema de administração pública, promovendo o
desenvolvimento funcional dos respectivos subordinados e a sua integração com os
objetivos do Governo do Estado.
Art. 23 - São competências comuns às chefias das Divisões e Seções, no
desempenho de suas atribuições:
I - coordenar as atividades da unidade sob sua responsabilidade, elaborando os
programas de trabalho para o atingimento de seus objetivos e metas;
II - promover o cumprimento das normas e da legislação em vigor, das determinações
superiores, das decisões e dos prazos para o desenvolvimento dos trabalhos;
III - transmitir a seus subordinados as diretrizes a serem adotadas no
desenvolvimento dos planos e programas de trabalho;
IV - promover medidas de avaliação de desempenho dos trabalhos, e de
racionalização e adequação de custos;
V - promover a instrução de processos e expedientes que devam ser submetidos à
apreciação superior, manifestando-se conclusivamente sobre os mesmos;
VI - cumprir e fazer cumprir os prazos para o encaminhamento de dados,
informações, programações, relatórios e outros documentos aos órgãos e unidades
do Sistema, garantindo a qualidade dos mesmos;
VII - orientar a execução dos trabalhos, dando exercício aos funcionários e servidores
sob sua supervisão;
VIII - promover o controle da freqüência diária dos seus subordinados, atestando os
boletins de freqüência, o abono ou as justificativas de faltas;
IX - promover medidas de avaliação de desempenho dos funcionários, para fins de
evolução funcional, de acordo com a legislação vigente;
X - promover informações penitenciárias que sirvam de base à tomada de decisões,
ao planejamento, ao controle de atividades e à avaliação de desempenho.
23
Capítulo II - Das Disposições Finais
Art. 24 - Os casos omissos no presente Regimento Interno, que por sua natureza
exigirem providências urgentes na sua atividade fim, serão resolvidos pelo Diretor do
estabelecimento, em conjunto com o Coordenador Geral do Departamento
Penitenciário do Estado do Paraná - DEPEN, procedendo à imediata comunicação ao
Secretário de Estado da Justiça e da Cidadania.
Art. 25 - A PEFcontará com Norma Interna de Funcionamento, a ser aprovada por ato
do Coordenador Geral do DEPEN, obedecidas as determinações da Lei de Execução
Penal.
Art. 26 - As alterações no presente Regimento Interno serão efetivadas por
Resolução do Secretário de Estado da Justiça e da Cidadania, mediante proposta do
Coordenador Geral do Departamento Penitenciário do Estado do Paraná, ouvida a
Secretaria de Estado do Planejamento e Coordenação Geral.
1.7 Organização do Trabalho
Para atingir os objetivos, o trabalho está organizado, começando com resumo,
metodologia, introdução, objetivos, o histórico da empresa, diagnóstico,
fundamentação teórica, observações de problemas, proposições, conclusão,
referências bibliográficas, apêndices e anexos.
24
2 DIAGNÓSTICO
O diagnóstico é o ato de observar a Organização no presente. A Organização estudada é a Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu. Para enriquecer o Estágio
Supervisionado de Administração (ESA), utilizou-se a forma como é administrado
cada projeto dentro da Penitenciária de Foz do Iguaçu (PEF).
2.1 Profissionalizantes 2.1.1 Projeto” Calany”
2.1.1.1 Objetivo Tem por objetivo a utilizando mão-de-obra dos presos da Penitenciária
Estadual de Foz do Iguaçu na confecção de roupas dentro das tendências da moda
como: calças, saias, jaquetas, blusas... possibilitando aos mesmos, através do
trabalho a sua recuperação para a vida social.
2.1.1.2 Objetivos Específicos
Ø A emancipação pessoal e social dos presos da Penitenciária Estadual de Foz do
Iguaçu, buscando uma perspectiva de vida mais digna e conquistando seu espaço
na sociedade e encontrando um ponto de partida para sua promoção humana e
social;
Ø O preparo dos presos para o exercício de uma atividade produtiva, dando-lhes
condições de serem absorvidos futuramente pelo mercado formal e informal de
trabalho;
Ø Ao preso uma visão real da prestação de serviço em uma empresa privada.
2.1.2.3 Meta
Foram selecionados pela CTC - Conselho de Classificação e Tratamento, 56
(cinquenta e seis) presos divididos em 2 (dois) turnos diários. Atualmente a produção
chega a 330 (trezentos e trinta) peças/dia. Temos como meta a costura de 500
(quinhentas) peças por dia.
A ampliação do setor de confecção tem como meta ocupar no mínimo 100
25 (cem) presos para costura, podendo instalar o setor de serigrafia.
Figura 3. Internos confeccionando as calças jeans.
2.1.2 Projeto “Oficina da Arte”
2.1.2.1 Justificativa
Este projeto foi proposto e desenvolvido pelo Sr. Alexandre Calixto da Silva,
inicialmente na Cadeia Pública Laudemir Neves e readaptado para Penitenciária de
Foz do Iguaçu. Vem buscando alternativas para ocupar o tempo ocioso, pensando
nesta situação e acreditando que entre eles existem pessoas com potenciais
artísticos, o projeto visa criar a Oficina da Arte.
Além de estimular as aptidões artísticas dos reeducandos, buscar-se-a
reintegração do preso a sociedade, com a comercialização de seus trabalhos, o que
certamente servira de estimulo para o mesmo procurar desenvolver suas aptidões e
encontrar uma forma honesta de sobreviver, quando em liberdade.
Quanto a comercialização dos artesanatos produzidos, através de um convênio
com a Missão Liberdade, assim como, em participações e feiras e eventos municipais
como FENARTEC, FARTAL, COART, e ainda explorando alguma área comercial da
cidade, o que pode ser conseguido através de contatos com autoridades do
Município.
26
Figura 4. Internos preparando o material para a confecção dos artesanatos.
2.1.2.2 Objetivo Geral
Ø Criar atividades ocupacionais para que os presos ocupem seu tempo
ocioso, tenham uma fonte de renda, bem como obter uma melhora em
sua auto estima e nos relacionamentos interpessoais.
2.1.2.3 Objetivos Específicos
Ø Ocupar o tempo ocioso de forma saudável e produtiva
Ø Proporcionar a remição de pena
Ø Melhorar a auto-estima e a interação entre os presos
Ø Despertar as potencialidades artísticas
Ø Aproveitar e incentivar as potencialidades já existentes
Ø Confeccionar artesanatos, para a família vendê-los
Ø Proporcionar qualificação de mão de obra, para que possam usa-la
quando estiverem em liberdade.
Figura 5. Interno confeccionado uma casa de jornal.
27 2.1.2.4 Metodologia
Através da escolha pelo CTC - Conselho de Classificação e Tratamento, e com
o conhecimento do Juiz Corregedor, serão escolhidos:
Ø Artesões - Escolhidos entre os presos que tenham bom comportamento, e que já
desenvolvam algum tipo de artesanato, e que não estejam incluídos entre os
Instrutores e nem entre os alunos, com possibilidades de aumento de artesões,
mantendo uma produção regular monitorada pela Coordenação e Supervisor de
Produção.
2.1.2.5 Recursos
A) Humanos
Ø 01 Coordenadora Geral do Projeto – Rosângela Queiroz de Oliveira – Pedagoga;
Ø 01 Supervisor de Produção – Eduardo Dotto – Vice-Diretor;
Ø 35 alunos envolvidos
B) Materiais
Cola; Linha de Tricô; Verniz; Madeira; Palitos (picolé e de dente); Lixa; Tesoura;
Papel Branco; Papel Crepom, Camurça; Cartolina; Pincel; Compressor e Outros
2.1.2.6 Qualidade de Produção
Devido às exigências que se fazem no mercado, e a necessidade de se buscar
produtos competitivos e de se formar profissionais de bom nível técnico, serão
buscadas parcerias entre as diversas instituições de ensino, procurando captar
cursos e métodos de produção para que se venha enriquecer e aprimorar a qualidade
na produção, capacitando nossa mão de obra. A sugestão e que seja investido na
formação de monitores entre os próprios presos, capacitando Instrutores, que por sua
vez repassarão os conhecimentos aos demais presos.
Entre as instituições que poderão contribuir com cursos e treinamento de
pessoal, podemos destacar o SENAC, SENAI, Coart, Fundação Cultural e outros...
28
Figura 6. Interno confeccionado uma cesta de jornal.
2.1.2.7 Avaliação e Acompanhamento da Produção
A avaliação dos trabalhos, do aprendizado e da produção deverá ser feita pelo
Supervisor de Produção, que terão formulários que deverão ser preenchidos
diariamente, e feito um balanço semanal, que será repassado ao Coordenador de
Produção, que montara relatórios mensais para o Coordenador Geral, que usara este
relatório para calcular a remição de pena e o total a receber.
O Coordenador Geral devera repassar estes cálculos ao Juiz Corregedor da
Vara de Execuções Penais, que assim poderá supervisionar o trabalho desenvolvido
e conceder o beneficio da remição.
2.1.2.8 Meta
A meta é de ocupar no mínimo 60 (sessenta) presos.
2.1.3 Projeto “Foz Bolas”
O projeto “FOZ BOLAS”, foi implantado no dia 11/04/2003, trazendo atividades
como a fabricação de bolas de futebol.
Foi realizado treinamento dos presos selecionados e os mesmos receberão
por bola costurada.
O projeto conta com a participação de 35 (trinta e cinco) presos, todos do sexo
masculino.
São costuradas em média 1.500 (um mil e quinhentas) bolas por mês.
A Empresa FOZ BOLAS, faz o fornecimento de todo o material necessário.
29
Figura 7. Bolas de futebol fabricadas pelos internos da PEF.
2.1.3.1 Meta
Ocupar no mínimo 160 (cento e sessenta) presos para a fabricação de bolas.
2.1.4 Projeto “Natal das Águas”
Executar um projeto de decoração natalina através de um trabalho social de
integração dos presos e com o envolvimento de entidades assistenciais, incluindo um
esforço comunitário de conscientização ambiental com a utilização de materiais
recicláveis, situado no contexto do desenvolvimento turístico da cidade de Foz do
Iguaçu e região trinacional.
Foram selecionados 35 (trinta e cinco) presos.
Figura 8. Bolas de natal feitas de garrafas pet pelos internos da PEF.
2.1.4.1 Objetivos Específicos
Ø Reinserção social dos presos, através de atividades que os mantenham
ocupados, melhorando sua auto-estima e resgatando sua dignidade, com a
conseqüência legal da redução da pena através do trabalho;
30 Ø Estimular o turismo regional, em uma época tradicionalmente de baixa
temporada;
Ø Estimular o comércio, através da criação de um clima festivo e alegre;
Ø Atrair para o comércio e para a hotelaria, um fluxo de visitantes vindos da região
oeste do Paraná, e dos países vizinhos (Paraguai e Argentina);
Ø Reinserção social dos presos, através de atividades que os mantenham
ocupados;
Ø Estimular a consciência ambiental na sociedade utilizando resíduos sólidos
recicláveis na decoração natalina
Ø Estímulo à cidadania, com a participação e o envolvimento da comunidade e das
escolas, na arrecadação do lixo reciclável;
Ø Recuperar o espírito de Natal, despertando nas novas gerações, a alegria da
fraternidade e da justiça social.
Ø Mobilização de diversos setores da sociedade, envolvidos no sucesso do evento.
2.1.4.2 Tema da Decoração
O tema proposto para 2003 é “Natal das Águas”, pelo qual se pretende, além
da criação de novas peças decorativas, reutilizar os materiais existentes do Natal
anterior.
2.1.4.3 Confecção dos Enfeites Natalinos
Toda a confecção artesanal dos materiais recicláveis utilizados na decoração
da cidade será executada por presos da Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu.
Esta fase durará em torno de 150 dias, com início previsto para o dia 01 de
agosto, com a orientação de monitores especializados no assunto, que
acompanharão de perto todo o trabalho dos presos.
Conforme vão sendo criadas as peças, vão sendo armazenadas em um galpão
depósito, de onde sairão diretamente para os locais respectivos.
31
Figura 9. Internos trabalhando no Projeto “Natal das Águas”.
2.1.4.4 Montagem dos Enfeites Natalinos nas avenidas
Finalizada a fase de confecção e acabamento das peças decorativas, dar-se-á
inicio ao processo de fixação dos enfeites nos locais previamente determinados
(Anexo B). O prazo previsto para a realização desta atividade será de 14 dias,
iniciando em 01 de novembro e encerrando em 15 de novembro de 2003.
2.1.4.5 Detalhamento da Decoração
Ø Árvores em balões rodoviários e praças – confeccionadas com 8 cabos de aço
cada e 100 metros de chapas metálicas enroladas no corpo principal, serão
contornadas com mangueiras elétricas de modo a ficarem especialmente
iluminadas. As árvores terão temas diferentes, como motivos natalinos,
homenagem ás etnias, serão todas confeccionadas com materiais recicláveis e
ficarão nas principais entradas da cidade;
Ø Bolas iluminadas - São bolas de diversos diâmetros, vazias internamente e
contornadas com mangueiras elétricas. Existe o projeto alternativo de outro tipo de
bolas, confeccionadas com baldes e garrafas plásticos e iluminadas internamente.
Ø Tirantes decorados - Estes tirantes de aço, esticados entre as calçadas das
Avenidas Brasil e Jorge Schimmelpfeng, terão motivos tradicionais de Natal,
principalmente flores, todas contornadas por mangueiras elétricas.
Ø Para compor a decoração natalina, estão previstos ainda velas e pacotes de
presentes gigantes, confeccionados com latões e containers;
32 2.1.4.6 Coordenação
Treinamento de monitores e execução
• Nelci Maran
Equipe de execução (dentro da penitenciária)
• Alexandre Calixto da Silva
2.1.4.7 Parcerias
• Prefeitura Municipal
• Secretaria de Indústria e Comércio
• Secretaria de Turismo
• Penitenciária de Foz do Iguaçu
• Fundação Cultural
• Receita Federal
• TAM
• CIAAD
• Vara de Execuções Penais
• Acapi e Coart
• Guarda Municipal
• Itaipu Binacional
• Cataratas S/A
• Dentre outras.
2.1.4.8 Meta
Enfeitar o máximo possível de avenidas, praças, rodoviária, aeroporto,
entradas turísticas localizadas em Foz do Iguaçu.
2.1.5 Projeto desenvolvido em Setores Presos
2.1.5.1 Flores e Hortaliças
Projeto desenvolvido com o objetivo de aprendizagem no cultivo de flores e
hortaliças. Contamos com 2 (dois) presos, toda a produção é utilizada no preparo das
refeições dos presos. A Prefeitura Municipal, por intermédio da Secretaria de Meio
Ambiente fornece todos os insumos necessários para a horta.
33
Figura 10. Interno fazendo a manutenção da Horta da PEF.
2.1.5.2 Lavanderia
Com o intuito de continuar oferecendo um bom serviço e roupas sempre
limpas para os presos, foram selecionados 03 (três) presos para auxiliarem no serviço
da lavanderia.
Figura 11. Internos na lavanderia da PEF.
2.1.5.3 Faxina do Pavilhão de Detenção e Motel
Para manter a limpeza e conservação das instalações prisionais da penitenciária,
foram selecionados 08 (oito) presos para fazerem a faxina do pavilhão de detenção e
motel.
34
Figura 12. Internos limpando o Pavilhão de Detenção da PEF.
2.1.5.4 Barbearia
Foi selecionado um preso para manter a higiene e aparência dos presos.
Figura 13. Interno cortando o cabelo de outro interno.
Os serviços acima relacionados são desenvolvidos por 14 (quatorze) presos, que
são contratados pela INAP e recebem 75% (setenta e cinco por cento) do salário
mínimo.
2.2 Educacional
2.2.1 Projeto “Reeducar - Ceebja”
Projeto desenvolvido para curso supletivo, tendo uma importância relevante
para a reintegração destes reeducandos. A divergência cultural e de nível escolar
entre os presos e sua comunidade e gritante, necessitando de um nivelamento para
que se consiga obter uma melhor reintegração do preso, em sociedade.
35
Figura 14. Internos em aula dentro da PEF.
2.2.1.1 Objetivos Gerais
Ø Resgatar a cidadania do reeducando;
Ø Formar alunos qualificados, capazes de atuar de forma participativa e integrada na
sociedade, podendo participar de cursos profissionalizantes e culturais, quando
egresso à esta.
2.2.1.2 Objetivos Específicos
Ø Fornecer a capacitação necessária para que os reeducandos consigam ingressar
no mercado de trabalho e manter-se integrado na sociedade
Ø Ocupar o tempo ocioso de forma saudável e produtiva, além da redução de pena;
Ø Melhorar a auto-estima do reeducando e promover sua integração com os demais
presos da PEF;
Ø Despertar as potencialidades já existentes.
Figura 15. Internos em sala de aula dentro da PEF.
36
2.2.1.3 Recursos
A) Humanos
Ø Coordenador Técnico – Rosângela Queiroz de Oliveira, pedagoga, terá o contato
com Coordenador Geral, professores e os reeducandos, elaborando relatórios,
fichas, demonstrativos de aproveitamento dos presos, anotando as necessidades
dos alunos e professores do projeto e levando ao conhecimento do Coordenador
Geral do projeto, que por sua vez os levará à direção da penitenciária;
Ø Alunos – Hoje contamos com 40 (quarenta) presos, divididos em duas turmas.
Escolhidos entre os presos pela data de entrada na Penitenciária, pelo bom
comportamento, por terem o grau de escolaridade adequada, e que ainda não
tenham tido oportunidade em outro setor, e que realmente tenham interesse de
aprender e remir pena.
2.2.1.4 Qualidade de Ensino
Devido às exigências do mercado de trabalho, e a necessidade de se formar
profissionais competitivos, de bom nível técnico, serão buscadas parcerias entre as
diversas instituições de ensino, procurando captar cursos e métodos de produção que
aprimoram o futuro profissional, capacitando sua mãe de obra.
2.2.2 Projeto “Clube de Leitura”
O problema de falta de opções culturais, didáticas e da reintegração do preso
na sociedade é uma realidade que convivemos em nosso dia-a-dia.
Foz do Iguaçu, situada estrategicamente na fronteira do Brasil com a Argentina
e com o Paraguai, vem sofrendo o aumento da criminalidade decorrente de diversos
fatores. Com isso, a população carcerária tem crescido de uma forma exponencial,
preocupando não só as autoridades, mas também a população de um modo geral.
Para estimular os bons hábitos dos quase 481 (quatrocentos e oitenta e um)
presos desta Unidade Penal é que apresentamos o Projeto “Clube da Leitura da
Penitenciária de Foz do Iguaçu”.
2.2.2.1 Objetivos
O hábito da boa leitura traz benesses incontestáveis para as pessoas, além de
ser uma fonte inesgotável de cultura, informação e espiritualidade.
37
O Clube da Leitura surge com a proposta de proporcionar ao detendo a
oportunidade de cultura e didática contidas no universo da leitura. Buscar a
reintegração do indivíduo encarcerado, bem como trazer a responsabilidade para com
o acervo utilizado.
Além disso, procurar sensibilizar a sociedade na captação de livros, chamando
a atenção para o problema carcerário que não é só do Estado, mas também de toda
a Comunidade.
2.2.2.2 Metodologia
Será feito uma ficha de adesão ao clube, onde constarão dados como nome do
detendo, idade, grau de escolaridade, preferências literárias, se deseja ter acesso a
algum tipo de ensino para melhorar sua vida profissional e cultural, endereço para
correspondência, estado civil, filhos, saber se desenvolve alguma atividade cultural,
como artesanato, pintura, canto, etc.
Ao se associar, o detendo assina um termo de compromisso e deverá seguir
as normas do clube no que diz respeito ao cuidado com o acervo e pontualidade na
entrega, sob pena de ser desligado do mesmo, perdendo o direito de ter acesso aos
livros. No caso de perda ou dano, poderemos colocar como multa a doação de outro
livro de igual valor ou gênero, como regra para a normalização da situação do
associado.
Os associados serão identificados por uma carteirinha, que deverão utilizar
para retirar os livros, e receberão uma lista do acervo disponível, além de
atualizações periódicas com os novos títulos disponíveis.
Figura 16. Interno organizando a biblioteca da PEF.
38
2.2.2.3 Recursos
A) Humanos
Ø 01 Coordenadora Geral do Projeto – Rosângela Queiroz de Oliveira – pedagoga;
Ø 01 supervisor
Ø 03 presos
2.2.2.4 Captação de Livros
Doações junto à Biblioteca Municipal, escolas, editoras, comunidade, através
do rádio, TV e jornal.
2.2.3 Projeto “Cursos Profissionalizantes”
2.2.3.1 Desenho de Moda
Com 15 presos, 60 horas a iniciar no dia 05/01/2004 até 23/01/2004, das 14 às
18 horas
2.2.3.2 Jardinagem
Com 15 presos, 60 horas a iniciar do dia 15/12/2003 até 16/01/2004, das 19 às
22 horas com intervalo do dia 20 à 04/01/2003
2.2.3.3 Garçon
Com 15 presos, do dia 05/01/2004 até 30/01/2004, das 13 às 18 horas
2.2.3.4 Padeiro
Com 15 presos, do dia 05/01/2004 até 23/01/2004, das 08 às 12 horas
39
2.3 Ressocialização
2.3.1 Projeto “Culto Religioso”
Com intuito de assistência religiosa que ocupa também relevante papel de
destaque na educação integral do preso, temos uma turma de 16 (dezesseis) presos,
e realizamos cultos com pastores de Igrejas Evangélicas.
2.3.2 Projeto “Missão Liberdade”
2.3.2.1 Objetivo
Tem como objetivo aprimorar o relacionamento familiar, defesa e promoção
dos direitos fundamentais inerentes a pessoa humana, o resgate da cidadania,
profissionalização e iniciação ao trabalho.
2.3.2.2 Justificativa
Dando continuidade à assistência religiosa junto aos presos da PEF -
Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu, e com objetivo de fortalecer essa
assistência firmamos parceria com o Instituto Bíblico das Assembléias de Deus do
estado do Paraná (IBADEP) e Associação Educacional das Assembléias de Deus do
estado do Paraná (AEADEPAR) , que propuseram implantar um curso de Teologia
Básica que irá proporcionar aos presos:
Ø Conhecimento bíblico, a fim de fortalecer o discipulado e o compromisso com o
reino de Deus;
Ø Prepará-los para serem testemunhas fiéis, aplicando em suas próprias vidas os
ensinamentos ministrados, na conduta diária, no trato com funcionários, e com os
companheiros de convivência;
Ø Apresentar aos presos o completo plano de salvação contido na Bíblia Sagrada, a
fim de que o mesmo se aproprie pela fé destas verdades, pois está escrito –
procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se
envergonhar que maneja bem a palavra da verdade;
40 Ø O curso proporcionará uma formação tal que no final o aluno estará preparado
para lecionar, proferir palestras, ensinar, pois o curriculum do curso lhe dará estas
condições, bem como um certificado de conclusão.
2.3.2.3 Recursos
A) Humanos
Ø Duas turmas de 15 (quinze) presos cada;
2.3.2.4 Meta
A meta é de oferecer o curso de Teologia Básico I para no mínimo 45
(quarenta e cinco) presos.
2.3.3 Projeto “Alcoólicos Anônimos”
Tendo em vista a necessidade de ajudar presos que sofrem de alcoolismo,
procurou-se os Alcoólicos Anônimos que é um grupo que vive independentemente e
que obtém os melhores resultados seguindo sua própria orientação, em
conseqüência da filosofia adotada.
O grupo da PEF é constituída de 16 (dezesseis) presos, com possibilidade de
aumento de presos. As reuniões são realizadas todos os sábados das 16:30 às 18:00
hs.
2.3.3.1 Recursos
A) Humanos
Ø 01 Coordenadora Geral do Projeto – Rosângela Queiroz de Oliveira – pedagoga;
Ø Associação dos Alcoólicos Anônimos - Palestrantes
2.3.3.2 Meta
Atingir todos os presos que tem necessidade de acompanhamento.
2.3.4 Projeto “Narcóticos Anônimos”
Tem como objetivo a necessidade de ajudar presos que sofrem com o uso de
drogas.
41 O NA é uma sociedade de homens e mulheres para quem as drogas se
tornaram um problema maior. Este é um programa de total abstinência de todas as
drogas. Há somente um requisito para ser membro, o desejo de parar de usar.
Possui um conjunto de princípios escritos de uma maneira muito simples que
podem ser seguidos no dia-a-dia dos presos. O mais importante é que eles
funcionam.
O grupo da PEF é constituída de 14 (quatorze) presos, com possibilidade de
aumento de presos. As reuniões são realizadas todos os sábados das 14:30 às 16:00
hs.
2.3.4.1 Recursos
A) Humanos
Ø 01 Coordenadora Geral do Projeto – Rosângela Queiroz de Oliveira – pedagoga;
Ø Narcóticos Anônimos - Palestrantes
2.3.4.2 Meta
Atingir todos os presos que tem necessidade de acompanhamento.
2.3.5 Projeto “Nar-Anon”
O projeto NAR-ANON foi criado para auxílio os familiares de usuários de
drogas como: pais, filhos, irmãos/irmãs, esposas/esposos. Pode trazer a estes uma
nova compreensão em relação às nossas atitudes, comportamentos e emoções.
O NAR-ANON é uma associação de pessoas que se juntam para compartilhar
suas experiências, forças e esperanças em busca dos danos que o uso de drogas
pode trazer.
O Serviço Social comunica aos familiares dos presos para que participem das
reuniões na sede da associação.
2.3.5.1 Recursos
A) Humanos
Ø 02 Coordenadoras – Patrícia Sekler Ketzer e Vanice Maria Schaedler –
Assistentes Sociais;
42
2.3.5.2 Meta
Atingir todos os presos que tem necessidade de acompanhamento.
2.3.6 Projeto “Grupo Psicoterapêutico”
O regime fechado funciona como uma forma de prevenção especial que
consiste em afastar o criminoso do convívio social. O fato de ter cometido um crime
demonstra, por si só, sua periculosidade (maior ou menor) tanto para a sociedade
como para si mesmo. Daí a imposição da pena. A punição do criminoso, no entanto,
tem efeitos perversos tais como: tornar o indivíduo improdutivo, afastá-lo da
sociedade, desamparar e distanciá-lo de seus familiares, aumentar sua revolta,
corromper, etc. Como a identidade é um processo de metamorfose contínuo que não
se encerra em nenhuma fase da vida, acredita-se na hipótese de reinserção social do
apenado, na modificação do estilo de vida adotado anteriormente a condenação, e na
possibilidade de melhoria da qualidade de vida. A Psicologia pode oferecer como uma
alternativa preventiva de reincidências, e para colaborar com o cumprimento de pena
mais eficiente a formação de Grupos Terapêuticos que tem como vantagem a
característica de abranger uma quantidade maior de pessoas.
Figura 17. Trabalhos que ajudam na parte psicológica do Interno.
2.3.6.1 Objetivo geral
Proporcionar um espaço para expressão da subjetividade, onde o sujeito
poderá refletir e elaborar conflitos presos.
43
2.3.6.2 População
Dois grupos de 12 (doze) presos da instituição.
2.3.6.3 Recursos
Ø Físico – Uma sala com capacidade para pelo menos 20 pessoas.
Ø Humano – Psicólogos, advogados, assistentes sociais, profissionais liberais da
comunidade que de alguma forma poderão trabalhar questões vinculadas ao tema
do projeto (Reinserção Social), e agentes de disciplina.
Ø Material – Cartazes, folhas sulfite, canetas, lápis, borrachas, lápis de cor, giz de
cera, revistas, cola, tesouras sem ponta, televisão, vídeo, argila, etc.
2.3.6.4 Conteúdo
Palestras, debates, elaboração de textos e cartazes, vivências e dinâmicas de
grupo, construção de peças com argila.
2.3.6.5 Metodologia
Ø 1ª fase: Dividir a população selecionada em grupos de vinte presos
(aproximadamente) cada, observando as características pessoais de cada um
para que possibilite identificação entre eles.
Ø 2ª fase: Reunir a população para convidá-los a participar do Grupo
Psicoterapêutico, e esclarecer os objetivos do trabalho.
Ø 3ª fase: Levantar os temas específicos, a serem trabalhados a cada semana,
sendo estes relacionados ao tema geral (Reinserção Social).
Ø 4ª fase: Desenvolver atividades grupais com temas escolhidos pelos
participantes, e outros que estejam relacionados ao tema geral.
Ø 5ª fase: Promover palestras e debates com profissionais liberais de diversas
áreas, instituições educativas, igreja e poder público.
2.3.6.6 Período
Os encontros acontecerão uma vez por semana e terão uma hora de duração.
44
2.3.6.7 Avaliação (procedimento de avaliação)
Avaliação conjunta entre Psicóloga e participantes do grupo a cada dois
meses, no formato de entrevistas informais.
2.3.6.8 Cronograma
Mês Janeiro Fevereiro Março Abril/Maio/Junho
Dia (s) 07-14-21-28 04-11-18-25 04-11-18-25 Às terças-feiras
Atividades 1ª, 2ª e 3ª
fases
4ª e 5ª fases 4ª e 5ª fases 4ª e 5ª fases
Tabela 1. Cronograma dos dias e fases do Projeto ”Grupo Psicoterapêutico”
2.3.6.9 Bibliografia
Ø A carícia essencial – Shinyashiki, R..
Ø Histórias da Vida Inteira – Maldonado, M.T..
Ø Insight2 - Luz, D.C..
Ø Os sete hábitos das famílias muito eficazes – Covey, S. R..
Ø Os cem segredos das pessoas felizes – Niven, D..
Ø Os componentes psicopatológicos das toxicomanias – Bento, V.E.S..
Ø Psicoterapia Breve - Knobel, M.
2.3.7 Grupo de Prevenção DST´s / AIDS
Grupos de presos não fixos, desenvolvido pelo setor da Psicologia, logo na
chegada dos mesmos na unidade, tornando acessíveis informações sobre as
doenças sexualmente transmissíveis, essencialmente o vírus HIV (prevenção e
tratamento). São utilizados recursos materiais como folders e vídeos do Ministério da
Saúde, contando sempre com a palestrante em interação com os presos.
Após isso os mesmos são encaminhados para testagem HIV e VDRL.
2.3.7.1 População
Um grupo de 20 (vinte) presos da instituição.
45
2.3.8 Grupo Pró Saúde
Coordenado pelo setor de Psicologia, atendendo uma necessidade da CIS.
Espaço aberto para todas as áreas (psiquiatria, medicina, enfermagem, serviço
social, entre outras), e ainda contando com a disponibilidade de palestrantes da
comunidade, que podem vir favorecer os mesmos em orientações e práticas que
visem saúde física e mental.
2.3.8.1 População
Um grupo de 8 (oito) presos da instituição.
2.3.9 Projeto “Solidariedade em Foz”
2.3.9.1 Objetivo Geral
Reduzir a incidência de HIV/AIDS, DST´s e outras doenças comuns ao uso
endovenoso entre usuários de drogas injetáveis, bem como usuários de crack e sua
rede de socialização, tendo como estratégia a redução de danos à saúde, resgatando
a cidadania, mantendo o respeito indivíduo e preservando sua singularidade,
promovendo o acesso ao serviços de saúde, no município de Foz do Iguaçu. Bem
como instrumentalizar os funcionários do presídio para que tornem-se aptos a
trabalhar na prevenção do HIV/AIDS e DST´s...
2.3.9.2 Objetivo
Reduzir a incidência de HIV/AIDS, Hepatite B e C, endocardites e outras
doenças de via parenteral, comuns nos UDIs e seus parceiros pelo compartilhamento
de seringas e sexo sem proteção bem como reduzir os danos causados pelo crack.
Capacitar a equipe de profissionais técnicos ou não que trabalham no Presídio
de Foz do Iguaçu para que eles sintam-se aptos a trabalhar com os presos de forma
a previnir as DST´s, HIV/AIDS, bem como trabalhar o resgate da cidadania e direitos
humanos.
2.3.9.3 Atividades
A Equipe técnica realizará as atividades propostas a seguir, em todas as áreas
46 de abrangências do projeto.
• Visitas periódicas dos RDs com material para troca de seringas, material para uso
limpo da droga, preservativos e material informativo com todas as informações
sobre como evitar a contaminação e a transmissão das doenças, bem como as
seqüelas causadas pelo uso de crack;
• Realizar capacitação e sensibilização da equipe técnica e demais funcionários do
presídio em temas de drogas, DST, HIV/AIDS, sexualidade e direitos humanos;
• Sensibilizar um grupo de presidiários sobre os temas referidos acima para que
sejam multiplicadores de seus pares.
2.3.10 Projeto “Orientação para Liberdade”
Estudos demonstram que o índice de reincidência criminal ainda é alto no
Brasil, assim torna-se importante adotar medidas preventivas dentro das unidades
penais. Tendo em vista que o indivíduo ao sair do regime fechado pode vir a adoecer
psicológica, somática e socialmente. Portanto, na passagem do regime fechado para
o semi-aberto, o livramento condicional, ou após a extinção da pena torna-se
importante o desenvolvimento de medidas, projetos, planos e programas de
orientação para liberdade.
Este trabalho se justifica pela sua relevância social em oportunizar a estes
indivíduos um espaço onde possa ser possível a eles repensar em suas escolhas
ainda inseridos no sistema, para posteriormente poderem reorganizar suas vidas,
tanto individual como social.
Como o aumento da criminalidade tem sido uma das maiores preocupações da
nossa sociedade, este projeto vem como uma providência no sentido de senão
solucionar, ao menos minimizar o problema.
2.3.10.1 Objetivo geral
Identificar sentimentos, interesses e expectativas da população selecionada
em relação a sua vida após cumprimento da pena, proporcionando um espaço para
reflexão desta nova fase que se aproxima.
47
2.3.10.2 População
Dois grupos de doze presos da instituição que já realizaram exame
criminológico para progressão de regime, e um dos grupos é formado por
estrangeiros (Paraguaios e Argentinos), que estão aguardando processo de expulsão.
2.3.10.3 Recursos
Ø Físico – Uma sala com capacidade para pelo menos 30 pessoas.
Ø Humano – Psicólogos, advogados, assistentes sociais, demais profissionais
liberais da comunidade que de alguma forma poderão trabalhar questões
vinculadas ao tema do projeto (Progressão de Regime e Extinção de pena), e
agentes de disciplina.
Ø Material – Cartazes, folhas sulfite, canetas, lápis, borrachas, lápis de cor, giz de
cera, revistas, cola, tesouras sem ponta, televisão, vídeo, etc.
2.3.10.4 Conteúdo
Palestras, debates, elaboração de textos e cartazes, vivências e dinâmicas de
grupo.
2.3.10.5 Metodologia
Ø 1ª fase: Pesquisar nos prontuários quais presos que estão para receber o
benefício de progressão de regime, ou em processo de extinção de pena,
observando as características pessoais de cada um para posteriormente montar
grupos com pontos de identificação. Dividir a população em grupo de
aproximadamente vinte presos.
Ø 2ª fase: Reunir a população para convidá-los a participar do Programa de
Orientação para Liberdade, e explicar os objetivos do trabalho.
Ø 3ª fase: Levantar os interesses, dúvidas, ansiedades, medos e expectativas a
respeito da nova fase de vida que estão prestes a vivenciar.
Ø 4ª fase: Transmitir aos participantes o resultado do julgamento de seu Exame
Criminológico feito na unidade pela Direção, Comissão Técnica e Segurança;
esclarecer algumas dúvidas que possam surgir.
48 Ø 5ª fase: Desenvolver estratégias grupais para possibilitar o trabalho dos temas
específicos, selecionados pelos participantes, relacionados ao tema geral
(Progressão de Regime e Extinção de pena).
Ø 6ª fase: Promover palestras e debates com profissionais liberais de diversas
áreas, instituições educativas, igreja e poder público.
2.3.10.6 Período
Os encontros acontecerão uma vez por semana e terão uma hora de
duração.
2.3.10.7 Avaliação (procedimento de avaliação)
Entrevistas informais com os presos na véspera ou no dia em que forem
transferidos para Colônia Penal Agrícola, quando extinguirem sua pena, ou quando
progredirem para Livramento Condicional.
2.3.10.8 Cronograma
Mês Janeiro/
Fevereir
o
Fevereiro F
evereiro
Março Abril/Maio/
Junho
Julho/ago
st
Setemb.
Outub./no
v
Dezemb.
Atividades 1ª fase 2ª e 3ª
fases
4ª 5ª 6ª 6ª 6ª
Tabela 2. Cronograma dos dias e fases do Projeto “Orientação para Liberdade”
2.3.10.9 Bibliografia
Ø Adolescência e violência- conseqüências da realidade brasileira: Levinsky, D. L. e
colaboradores.
Ø Eros e Civilização- Marcuse, H..
Ø Estação Carandiru- Varela,D..
Ø Humanismo e Anti-Humanismo- Norgare, P.D..
Ø Segredos de felicidade- Schlesinger, H.; Porto, H..
2.3.11 Projeto “Programa de Educação Permanente Maturidade e Qualidade de
Vida”
49 Há estudos que mostram que o envelhecimento pode não ser vivido como
mais uma fase no processo de desenvolvimento humano, já que muitas vezes este é
associado a inatividade, ao isolamento, as doenças e até mesmo a morte. O Tema
Terceira Idade tem grande relevância social, não somente em relação a população
envelhecente, mas a sociedade em geral, já que todas as pessoas estão envolvidas
direta ou indiretamente com os problemas advindos da velhice. Entre os problemas
observados atualmente, está o aumento nos índices de depressão, alcoolismo e
outras patologias entre aqueles que após anos dedicados ao trabalho se aposentam.
Isto pode se agravar ainda mais se este indivíduo vive parte deste processo dentro de
uma instituição penal, e vê sua identidade marcada por uma auto-imagem negativa,
pelos estigmas ligados agora não só ao envelhecimento, mas também à situação de
condenados. Estes problemas resultam em sofrimento tanto a esta população
específica, quanto aqueles que tem vínculo mais próximo dela. Mesmo sendo uma
questão que merece reflexão por parte do homem, percebe-se uma desatenção muito
grande com as pessoas que estão vivenciando esta fase, em particular enquanto
presos de uma Penitenciária. O fundamental em todo processo de envelhecimento é
a educação e a saúde, física e mental. Diante disto, entende-se que este tema deva
ser pesquisado, refletido e analisado.
Figura 18. Internos em palestra sobre maturidade.
2.3.11.1 Objetivos Gerais
Entender o processo de envelhecimento, no contexto de vida dos presos desta
Unidade Penal, englobando as necessidades, medos, angústias, sofrimentos e planos
destes homens. A partir desta investigação elaborar e colocar em prática um
Programa de Educação Permanente (PEP), com enfoque no tema geral deste projeto.
50 Este Programa terá como objetivo promover palestras e debates com profissionais
liberais de diversas áreas, instituições educativas, igrejas e poder público.
Figura 19. Interno expressando aos outros internos qual é o processo de
envelhecimento dos mesmos dentro da PEF.
2.3.11.2 População
Presos desta Instituição que estejam com idade acima dos 49 anos (23 presos).
2.3.11.3 Recursos
Ø Físico – Uma sala com capacidade para pelo menos 30 pessoas, e um espaço
onde possam ser desenvolvidas atividades físicas (solário).
Ø Humano – Psicólogos, advogados, assistentes sociais, pedagogos, professores
de educação física, demais profissionais liberais da comunidade que de alguma
forma poderão trabalhar questões vinculadas ao tema do projeto (Terceira idade e
criminalidade), e agentes de disciplina.
Ø Material – Cartazes, folhas sulfite, canetas, lápis, borrachas, lápis de cor, giz de
cera, revistas, cola, tesouras sem ponta, televisão, vídeo, etc.
2.3.11.4 Conteúdo
Palestras, debates, elaboração de textos e cartazes, vivências e dinâmicas de
grupo.
2.3.11.5 Metodologia
Ø 1ª fase: Fazer o levantamento nos prontuários dos presos que estão acima dos 49
anos de idade.
51 Ø 2ª fase: Reunir a população para convidá-los a participar do Programa de
Educação Permanente, e explicar os objetivos do trabalho.
Ø 3ª fase: Coleta de dados através de uma entrevista semi- estruturada individual
com a população selecionada.
Ø 4ª fase: Análise prévia dos dados coletados na entrevista semi- estruturada, para
entender qual a implicação dos presos em relação ao seu processo de
envelhecimento.
Ø 5ª fase: Desenvolver estratégias grupais com os presos, com vistas a aprofundar
os dados, bem como obter mais informações para a elaboração do Programa de
Educação Permanente (PEP).
Ø 6ª fase: Análise Geral dos dados coletados (na entrevista semi-estruturada e nas
estratégias grupais) para o Programa de Educação Permanente.
2.3.11.6 Período
Os encontros acontecerão uma vez por semana e terão uma hora de duração.
As demais atividades teóricas serão desenvolvidas nesta unidade, no horário de
expediente durante duas horas semanais ainda a serem definidas.
2.3.11.7 Avaliação (procedimento de avaliação)
Avaliação conjunta entre Psicóloga, Assistente Social e participantes do grupo a
cada dois meses, no formato de entrevistas informais.
2.3.11.8 Cronograma
Mês Janeiro Fevereiro Março Abril Abril/Maio/
Junho
Atividades 1ª e 2ª
fases
3ª e 4ª
fases
5ªfase 6ªfase PEP
Mês Julho/agost
o
Set./outubr
o
Novembro dezembro
Atividades 6ªfase 6ªfase 6ªfase 6ªfase
52 Tabela 3. Cronograma dos dias e fases do Projeto “Programa de Educação
Permanente Maturidade e Qualidade de Vida”
2.3.11.9 Bibliografia
Ø Adeus ao Trabalho: Antunes, R..
Ø As mudanças ocorridas na vida dos idosos a partir da sua inserção na
Universidade Aberta à Terceira Idade – UNATI; Schaedler, V.M..
Ø A Questão Social no Brasil: Cerqueira, F.G..
Ø Coisas da Idade: Fraiman, A..
Ø Envelhecimento e Trabalho: Brêtas, A C.P..
Ø Identidade e Aposentadoria: Santos, M.F.S..
Ø Memórias e Sociedade: Bossi,E..
Ø Discurso Gerontológico e as novas imagens do envelhecimento: Debert, G.G..
Ø Poder de Pijamas- Programa de Preparação para Aposentadoria na Polícia Militar
– Trabalho de Conclusão do curso de Psicologia do Trabalho: Souza, G.E.W.;
Souza,J..
2.3.12 Projeto “Orientação às Famílias dos presos da PEF”
2.3.12.1 Objetivo Geral
Sensibilização e orientação dos familiares dos presos da PEF, a várias
questões relacionadas a realidade sócio-econômica e familiar vivenciada por eles.
2.3.12.2 Objetivos Específicos
Ø Sensibilização frente a necessidade de prevenção às Doenças Sexualmente
Transmissíveis;
Ø Melhorar a auto-estima dos familiares e promover o resgate à cidadania;
Ø Orientações relacionadas a temas que envolvam o cotidiano dos familiares.
2.3.12.3 Metodologia
Ø Serão realizadas palestras logo após a visita aos presos;
Ø Para abranger um maior número de familiares torna-se necessária a repetição
das palestras em todos os dias de visita, ou seja, quarta-feira de manhã, Sábado
de manhã e à tarde, e Domingo de manhã e à tarde;
53 Ø As palestras serão realizadas na 4ª semana de cada mês, e durarão em média
de 30 a 45 minutos;
Ø Serão trabalhados temas como odontologia preventiva, melhor aproveitamento de
alimentos, higiene pessoal, prevenção às Doenças Sexualmente Transmissíveis, e
outros, de acordo com a demanda apresentada pelos familiares;
Ø Contaremos com o auxílio do Conselho da Comunidade de Foz do Iguaçu para os
contatos com os palestrantes voluntários da comunidade;
2.3.13 Projeto “Orientação e Sensibilização aos Familiares dos Presos da PEF –
Cadastrados no Programa Fome Zero”
Realizou-se no dia 05 de setembro de 2003, às 17:30 horas, a primeira reunião
com os familiares de 30 presos, familiares estes cadastrados no Programa Fome-
Zero pela área de Serviço Social desta Unidade Penal.
O projeto tem como Objetivo Geral a sensibilização e a orientação dos
familiares cadastrados no Programa Fome-Zero, a várias questões relacionadas com
a realidade sócio-econômica e familiar vivenciada por eles. Tem como Objetivos
específicos melhorar a auto-estima dos familiares e promover o resgate à cidadania.
O cadastramento foi realizado nos meses de julho e agosto deste ano, as
reuniões serão realizadas nas 1ª e 3ª sextas-feiras de cada mês. Serão discutidos
temas como odontologia preventiva, melhor aproveitamento de alimentos, higiene
pessoal, prevenção às Doenças Sexualmente Transmissíveis, inscrição em cursos
oferecidos pela comunidade e Prefeitura, e outros, de acordo com a demanda
apresentada. As reuniões objetivam o trabalho com os familiares, onde através de
discussões, dinâmicas e palestras estes passem a perceber a realidade de forma
mais crítica, e cientes de seus direitos e deveres enquanto cidadãos.
As cestas-básicas serão repassadas à Penitenciária sempre que o Programa
receber os produtos, e estas serão distribuídas às famílias após as reuniões.
As datas comemorativas, como o dia das crianças, são lembradas.
As famílias também foram inscritas no Projeto Cesta Verde, da Prefeitura de
Foz do Iguaçu, onde uma equipe vai até a casa do inscrito, leva todo o material
necessário(ferramentas, adubo, mudas...), prepara uma horta e orienta a família
sobre como cuidar e manter a horta produtiva, para Ter legumes e verduras todas as
estações do ano.
54
Figura 20. Família dos presos cadastrados no programa Fome Zero.
2.3.14 Projeto “Dinâmica”
ORGASMATEC é um massageador de cabeça, produto relaxante, anti-stress,
usado para massagem capilar e contra dores de cabeça, TPM, desenvolvido nos
Estados Unidos.
2.3.14.1 Objetivos Gerais
Tem por objetivo a utilização da mão-de-obra dos presos da Penitenciária
Estadual de Foz do Iguaçu na fabricação de massageadores de cabeça,
possibilitando mesmo através do trabalho, a sua recuperação para vida social.
2.3.14.2 Objetivos específicos
• Ocupar o tempo ocioso de forma produtiva e saudável;
• Proporcionar a remição de pena;
• Melhorar a auto-estima e a interação entre os presos;
• Despertar as potencialidades profissionais e incentivar as já existentes;
• Proporcionar motivação e qualificação para que possam usá-la quando estiverem
em liberdade.
55
Figura 21. Demonstração de como usar o Orgasmatec.
2.3.14.3 Meta
Ocupar no mínimo de 20 (vinte) presos.
Estimativa de produção – 100 peças/dia por preso
56 2.4 Questionário da entrevista do perfil do preso.
Foram entrevistados 363 presos.
01 - Idade
418 – 23: 58 presos
423 – 28: 122 presos
428 – 33: 69 presos
433 – 38: 43 presos
438 – 43: 24 presos
443 – 48: 18 presos
448 – 53: 10 presos
453 - ...: 06 presos
4branco: 13 presos
02 - Nacionalidade
4Brasileiro: 322
4Estrangeiro: 29
4não resp.: 12
03 - Em qual cidade morava, antes de ser preso?
4Foz do Iguaçu: 149
4Outras cidades do PR: 111
4Cidades de SC: 17
4Cidades do RS: 17
4Cidades de SP: 16
4Cidades do Paraguai: 20
4Cidades dos demais Estados: 20
4Cidades dos demais países: 02
4branco: 11
57
04 - Se de Foz do Iguaçu, em que bairro residia?
4Vila C: 06
4Vila C Nova: 02
4Cidade Nova: 05
4Três Lagoas: 12
4Jardim Cláudia: 04
4Jardim Lancaster: 01
4Favela Monsenhor Guilherme: 03
4Jardim Califórnia: 01
4Centro: 09
4Pólo Centro: 01
4Residencial Foz: 01
4Campos do Iguaçu: 02
4Conj. Libra: 02
4Conj. 1º de Maio: 01
4Morumbi (I e II): 11
4Jardim São Paulo: 05
4Jardim Araucária: 01
4Jardim Cristina: 01
4Gleba Guarani: 03
4Vila Iolanda: 01
4Vila Paraguaia: 01
4Vila Bancária: 01
4Vila Brás: 01
4Vila Borges: 03
4Vila Maracanã: 05
4Vila Adriana: 02
4Vila A: 02
4Vila Portes: 01
4Jardim Jupira: 06
4Jardim Alice: 01
4Jardim América: 05
58 4Jardim Canadá: 01
4Jardim Itália: 01
4Jardim São Luiz: 01
4Jardim São Miguel: 02
4Jardim Três Pinheiros: 01
4Jardim Veraneio: 01
4Jardim Bela Vista do Sul: 01
4Jardim Sta Rita: 01
4Jardim Dourado: 03
4Jardim Morenitas: 01
4Parque Presidente: 03
4Portal da Foz: 05
4Porto Belo: 01
4Porto Meira: 15
4Profilurb: 01
4Parque Ouro Verde: 01
4Jardim das Flores: 03
4Santo Antônio: 01
4branco: 07
05 - Profissão
4Trabalhador rural (agricultor, operador de trator, etc): 34
4Comerciário (vendedor, gerente de loja, auxiliar de escritório, etc): 42
4Trabalhador autônomo (vendedor ambulante, catador de papel, artesão, etc): 57
4Profissional liberal (advogado, médico, etc): 02
4Empresário: 02
4Trabalhador de indústria (pedreiro, marceneiro, encanador, metalúrgico, etc): 79
4Trabalhador de serviços gerais (motorista, pintor, cozinheiro, mecânico, eletricista,
etc): 110
4outros (cantor, militar, etc): 08
4sem profissão: 06
4branco: 23
59 06 - Na época em que foi preso, estava trabalhando?
4Sim: 228
4Não: 124
4branco: 11
07 - Grau de escolaridade
4Analfabeto: 47
4Fundamental incompleto: 209
4Fundamental completo: 41
4Médio incompleto: 29
4Médio completo: 15
4Superior incompleto: 10
4Superior completo: 00
4branco: 12
08 - Estado civil
4Solteiro: 123
4Casado/união estável: 156
4Separado: 73
4branco: 11
09 - Possui casa própria?
4Sim: 119
4Não: 233
4branco: 11
60
10 - Possui carro próprio?
4Sim: 30
4Não: 319
4branco: 14
11 - Tem religião?
4Sim: 312
4Não: 36
4branco: 15
12 - Qual religião?
4Católica: 172
4Evangélica: 94
4Espírita: 04
4Budista: 01
4Cristã: 09
4Muçulmana: 01
4outras: 05
4branco: 26
13 - É filiado a algum partido político?
4Sim: 43
4Não: 308
4branco: 12
61
14 - Qual partido?
4PMDB: 09
4PT: 11
4PDT: 01
4PTB: 04
4PSDB: 01
4UCR: 01
4PLRA (paraguaio): 03
4Colorado (paraguaio): 03
4Liberal (paraguaio): 03
4Hisbolah (árabe): 01
4branco: 06
15 - É filiado a algum sindicato?
4Sim: 17
4Não: 331
4branco: 15
16 - Qual sindicato?
4Taxistas: 01
4Trabalhadores Rurais: 05
4Motoristas: 01
4Alimentação: 01
4Comércio: 02
4Metalúrgicos: 01
4Construção Civil: 01
4GAAP: 01
4Patronal de Cafelândia: 01
4branco: 03
62
17 - Qual o motivo da prisão?
4Roubo: 97
4Assassinato: 42
4Tráfico de drogas: 197
4outros: 16
4branco: 11
18 - Percebe que na Penitenciária está se recuperando para a sociedade?
4Sim: 285
4Não: 57
4branco/outras resp.: 21
19 - Na sua visão, o crime que cometeu foi devido:
4Desestrutura familiar: 32
4Falta de educação: 17
4Desemprego: 91
4Crise financeira: 171
4Falta de uma profissão: 21
4A sua má índole: 24
4outros: 22
4branco: 30
20 - Você recebe visita de familiares ou amigos?
4Sim: 190
4Não: 106
4Raramente: 55
4branco: 12
63
21 - A Penitenciária tem boa administração e organização?
4Sim: 191
4Não: 140
4branco/outras resp.: 32
22 - Qual a sua melhor maneira de ocupar o tempo na Penitenciária?
4Trabalho: 207
4Lazer: 21
4Esporte: 59
4Conversa: 76
4Estudo: 75
4outros: 10
4branco: 33
23 - Você sente que é bem tratado na Penitenciária?
4Sim: 187
4Não: 141
4branco/outras resp.: 35
24 - Você percebe que, quando sair da Penitenciária, vai ser um cidadão útil
para a sociedade?
4Sim: 332
4Não: 13
4branco: 18
64
25 - Você acredita que a Penitenciária corrige uma pessoa que errou no
convívio em sociedade?
4Sim: 219
4Não: 110
4branco/outras resp.: 34
26 - Você tem outros familiares presos?
4Sim: 56
4Não: 291
4branco: 16
65 2.5 Perfil dos presos da PEF.
Pesquisa que está sendo realizada junto aos presos da Penitenciária Estadual
de Foz do Iguaçu.
Com o presente estudo busca-se traçar o perfil dos presos PEF com o objetivo
de conhecer mais detalhadamente as condições de vida dos presos para um melhor
direcionamento das atividades a serem desenvolvidas, a fim de subsidiar este e
futuros projetos.
Percebe-se a necessidade de traçar o perfil destes presos, com a intenção de
fazer um quadro demonstrativo e estatístico dessa demanda, para a partir desse perfil
apresentar algumas propostas de trabalho condizentes com a realidade deles, criar
alternativas diversificadas de projetos, pesquisas e de estar abrindo outras atividades
voltadas aos presos bem como a sua ressocialização na sociedade. Outra finalidade
desse perfil é estarmos vendo as perspectivas e expectativas em relação a adaptação
do preso neste novo modelo penitenciário e readequação da instituição.
Para traçar este perfil foram elencadas questões objetivas e subjetivas.
Escolaridade
GRAU DE ESCOLARIDADE VN VP
Analfabeto 47 13,34%
Fundamental Incompleto 209 59,54%
Fundamental Completo 41 11,68%
Médio Incompleto 29 8,26%
Médio Completo 15 4,27%
Superior Incompleto 10 2,85%
Superior Completo 00 0%
66
47
209
41
2915 10 0
Analfabeto
FundamentalIncompletoFundamentalCompletoMédio Incompleto
Médio Completo
Superior Incompleto
Superior Completo
Tabela 4. Demonstra que a maior parte dos internos são somente alfabetizados
Natureza do Delito
NATUREZA DO DELITO VN VP
Roubo 97 26,72%
Assassinato 42 11,57%
Tráfico de Drogas 197 54,27%
Outros 16 4,41%
Branco 11 3,03%
97
42197
16 11Roubo
Assassinato
Tráfico de Drogas
OutrosBranco
Tabela 5. Demonstra qual foi o crime de cada grupo de interno.
67 Estado Civil
ESTADO CIVIL VN VP
Solteiro 123 33,88%
Casado/União Estável 156 42,97%
Separado 73 20,11%
Branco 11 3,03%
123
156
7311 Solteiro
Casado/UniãoEstávelSeparado
Branco
Tabela 6. Demonstra que a maior parte dos internos são casados
Faixa Etária
FAIXA ETÁRIA VN VP
18-23 Anos 58 15,98%
23-28 Anos 122 33,61%
28-33 Anos 69 19,01%
33-38 Anos 43 11,84%
38-43 Anos 24 6,61%
43-48 Anos 18 4,96%
48-53 Anos 10 2,75%
53 Anos em diante 06 1,65%
Branco 13 3,58%
68
58
122
69
43
2418 10 6 13
18-23 Anos
23-28 Anos
28-33 Anos
33-38 Anos
38-43 Anos
43-48 Anos
48-53 Anos
53 Anos emdianteBranco
Tabela 7. Demonstra que a quantidade de internos com idade entre 23 à 28 anos é
consideravelmente maior
Nacionalidade
NACIONALIDADE VN VP
Brasileiro 322 91,74%
Estrangeiro 29 8,26%
69
322
29
BrasileiroEstrangeiro
Tabela 8. Demonstra a quantidade de internos estrangeiros que existem dentro da
PEF.
Administração e Organização Administração e Organização VN VP
Boa 191 52,62% Ruim 140 38,57% Branco 32 8,81%
191140
32
BoaRuimBranco
Tabela 9. Demonstra o que os internos pensam em relação a administração e organização da PEF.
70
3 REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 Ressocialização
Na moldura do Estado de Direito Democrático e consoante os ditames da Lei
de Execução Penal, a pena privativa de liberdade tem também uma finalidade social,
que consiste em oferecer ao condenado os meios indispensáveis para sua
reintegração social. Com o propósito de atingir esses objetivos, o Sistema
Penitenciário Paranaense adota políticas públicas que valorizam o trabalho prisional,
a assistência educacional formal e profissionalizante, o esporte e lazer, e o contato
com o mundo exterior.(Miotto, 1992.)
3.2 Conceito de Prisão
Condenar um criminoso à prisão é o resultado do julgamento que a sociedade
faz para afastá-lo do convívio social, protegendo-se contra novos crimes e dando-lhe
a oportunidade de corrigir-se. Do ponto de vista moral, a prisão constitui-se num dos
piores lugares em que o ser humano pode viver. No Brasil, por uma série de fatores,
as prisões estão abarrotadas. A inexistência de uma legislação adequada e a lentidão
dos procedimentos judiciários são as causas próximas dessa superpopulação nas
prisões. Mais remotamente, porém, vemos na raiz desses males uma profunda
desigualdade social e a péssima distribuição de renda, que ampliam os casos de
delinqüência infanto juvenil e alimentam a violência. O resultado é a alta taxa de
criminalidade que afeta nossa qualidade de vida e até nossa auto-estima como povo.
Assim, não é possível ignorar o fenômeno criminal. Nesse sentido, a questão
penitenciária não pode ser vista como um problema apenas do governo. Sua
dimensão e complexidade são tantas que somente uma ação integrada, que reúna
esforços de toda a sociedade e promova a reflexão e a discussão de seus diversos
aspectos, permitirá a descoberta de soluções.
A prisão é um espaço onde as empresas e particulares podem exercer suas
responsabilidades sociais de maneira decisiva para o futuro. Para tanto, é preciso
assegurar aos presos, condições de efetiva reabilitação para que sejam reinseridos
na sociedade e no mercado de trabalho. Sem essas condições, a prisão se reduz a
71 mero castigo. Pior, torna-se um centro de formação de pessoas estigmatizadas e
segregadas, para as quais muitas vezes a reincidência no crime é o caminho mais
natural. É necessário romper esse ciclo vicioso para recuperar a qualidade de vida
nas cidades e evitar o esgarceramento insustentável do tecido social. (Ferreira, 2003)
3.3 Conceito de Penitenciária
Penitenciária é para aqueles que já foram condenados. Em termos de higiene e
alimentação é um pouco melhor, se comparada a uma cadeia pública, pois a
superlotação é mais difícil de ocorrer porque a maioria dos condenados ainda estão
nas cadeias públicas. Algumas Penitenciárias tem campo de futebol e cinema como
lazer. Todos os presos têm direito a visita aos domingos durante todo o dia, isso
porque nas penitenciárias existe a ” visita íntima” ( relações sexuais entre os presos e
os visitantes, geralmente os casais). Nas Penitenciárias existem tratamento de ordem
psicológica, religiosa e médico ( entre duas ou três vezes por semana).(Ferreira,
2003).
3.4 Políticas: Sociais, de Segurança Pública e Criminal
No Brasil tem sido comum confundir os limites entre as políticas sociais
básicas, a política de segurança pública e a política criminal e penitenciária. Não se
pode ignorar as inter-relações entre as três, porém elas abrangem campos bastante
distintos.
As políticas sociais básicas podem ter efeitos preventivos em relação à
criminalidade e à reincidência, mas se referem a ações nas áreas de educação,
saúde e habitação. A política de segurança pública reúne ações que interferem mais
diretamente na criminalidade, como controle do porte de armas, policiamento
ostensivo, medidas preventivas quanto à criminalidade etc. A política criminal e
penitenciária trata diretamente da prisão e do preso.
Investimentos nesta área adquirem, portanto, sentido distinto em relação às
demais políticas e reúnem algumas ações que podem permitir a inversão do atual
papel das prisões de permanente incremento da criminalidade. Essas iniciativas
podem ter como objetivos:
• aperfeiçoar os mecanismos de gestão penitenciária;
• aperfeiçoar a formação do pessoal penitenciário;
72 • maior eficiência da legislação penal e da Justiça criminal;
• maior eficácia para a pena de privação da liberdade;
• aperfeiçoar os mecanismos de informações e estatísticas criminais;
• dotar a prisão dos meios necessários para o cumprimento de sua missão;
• proporcionar tratamento terapêutico à pessoa presa;
• criar meios para a auto-sustentabilidade do preso e de sua família;
• intervenção nos fatores que dificultam a reinserção social do presidiário;
• intervenção nos fatores que alimentam a reincidência criminal;
• criar mecanismos que viabilizem, gradualmente, a substituição da pena
de privação da liberdade pelas chamadas penas alternativas. (Ferreira, 2003).
Na Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu, várias destas iniciativas estão sendo
aplicadas, obtendo, em sua maioria, grande êxito, conforme será visto no decorrer
deste trabalho.
3.5 Reabilitação do Preso
Reabilitação, no seu sentido mais amplo, é entendida como um conjunto de
atributos que permitem ao indivíduo tornar-se útil a si mesmo, à sua família e à
sociedade, podendo ser entendida sob três aspectos:
1) defesa de direitos;
2) promoção de direitos;
3) exercício de direitos.
Pode-se incluir no rol da defesa de direitos toda e qualquer ação empresarial
que vise assegurar ao preso, direitos não atingidos pela sentença de condenação.
Investimentos em educação, profissionalização, trabalho, saúde, artes, cultura
e esportes visam elevar o grau de capacitação da pessoa para enfrentar a vida,
caracterizando-se como uma promoção de direitos.
O exercício dos direitos de cidadania pode ocorrer tanto dentro quanto fora da
prisão. Estar em segurança dentro do presídio, em ambiente limpo e arejado, com
acesso à informação, ao conhecimento e às autoridades responsáveis por sua
custódia é um direito básico de cidadania não diminuído pela sentença de
condenação. Poder preservar suas relações familiares e receber a assistência de que
é necessitado não constituem privilégios nem concessões gratuitas.
73 As propostas buscam contemplar os três fatores implícitos na reabilitação,
com ênfase nas ações de maior eficácia, que atendam ao maior número de
presidiários e que sejam capazes de atuar mais diretamente sobre os principais
fatores que geram a reincidência criminal, a violência e a discriminação social.
Um dos melhores mecanismos para a reabilitação do preso é com certeza o
trabalho, haja vista, que o preso que trabalha, tem a oportunidade de ocupar seu
tempo e aprender, ou aprimorar técnicas anteriormente adquiridas, com o fim de,
graças ao instituto da remição, que adiante explicitaremos, diminuir sua pena e se
preparar para ser inserido ou reinserido no mercado de trabalho, de forma a diminuir
as chances de reincidir criminalmente. Devida a tamanha importância que tem o
trabalho penitenciário para a reinserção social do preso, passaremos a explanar a
respeito.(Alvim, 1991).
3.6 Trabalho 3.6.1 Conceito Considerado pela Lei de Execução Penal como fator preponderante na
reeducação do preso, o trabalho, segundo o Novo Dicionário Aurélio de língua
portuguesa, “é atividade coordenada, de caráter físico e/ou intelectual, necessária à
realização de qualquer tarefa, serviço ou empreendimento”. Independente de
qualquer conceituação formal, o trabalho exerce importante papel na manutenção da
auto-estima de qualquer indivíduo, contribuindo ainda para a redução de tensões
sociais originadas pelo desemprego. Logo, não há o que discordar quanto a inclusão
desse tema na lei. (Brant, 1994).
3.6.2 Trabalho Penitenciário
3.6.2.1 Evolução Histórica e Conceito
A concepção do trabalho penitenciário seguiu historicamente a evolução
experimentada na conceituação da pena privativa de liberdade. Inicialmente estava
vinculado à idéia de vingança e castigo e manteve essas características como forma
mais grave e aflitiva de cumprir a pena na prisão. Hoje, porém, estão totalmente
superadas as fases em que se utilizava a pena das galés e dos trabalhos forçados.
Na moderna concepção penitenciária, o momento de execução da pena tem uma
finalidade reabilitadora ou de reinserção social, assinalando-se o sentido pedagógico
74 do trabalho. Entende-se hoje por trabalho penitenciário a atividade dos presos e
internados, no estabelecimento penal ou fora dele, com remuneração eqüitativa e
equiparado ao das pessoas livres no concernente à segurança, higiene e direitos
previdenciários e sociais.
O trabalho prisional não constitui, portanto, uma agravação da pena, nem deve
ser doloroso e mortificante, mas um mecanismo de complemento do processo de
reinserção social para prover a readaptação do preso, prepará-lo para uma profissão
inculcar-lhe hábitos de trabalho e evitar a ociosidade.
Numa feliz síntese, afirma Francisco Bueno Arús que o trabalho do preso “é
imprescindível por uma série de razões: do ponto de vista disciplinar, evita os efeitos
corruptores do ócio e ajuda a manter a ordem; do ponto de vista sanitário é
necessário que o homem trabalhe para conservar seu equilíbrio orgânico e psíquico;
do ponto de vista educativo, o trabalho contribui para a formação da personalidade do
indivíduo; do ponto de vista econômico, permite ao recluso dispor de algum dinheiro
para suas necessidades e para subvencionar sua família; do ponto de vista da
ressocialização, o homem que conhece um ofício tem mais possibilidade de fazer
vida honrada ao sair em liberdade”.
Nas Regras Mínimas da ONU, prevê-se que o trabalho penitenciário não deve
ter caráter aflitivo (nº 71.1); na medida do possível, deverá contribuir, por sua
natureza, para manter ou aumentar a capacidade do preso para ganhar
honradamente sua vida depois da liberação (nº 71.4); e sua organização e métodos à
dos que realizam um trabalho similar fora do estabelecimento a fim de preparar o
preso para as condições normais de trabalho livre (nº 72.1), Nos termos da Lei de
Execução Penal, o trabalho do condenado, como dever social e condição de
dignidade humana, terá finalidade educativa e produtiva (art. 28). Ressalta-se, assim,
no dispositivo, que o trabalho é um dever do condenado, o que é reiterado no art. 31,
caput, e art. 39, V, do referido diploma. Não se confunde, assim, com o trabalho
espontâneo e contratual da vida livre, já que entra no conjunto dos deveres que
integram a pena.
Mas, se o Estado tem o direito de exigir que o condenado trabalhe, conforme
os termos legais, tem o preso o “direito social” ao trabalho (art. 6º da CF/88). Por isso,
dispõe-se que é um direito do preso a atribuição ao trabalho e sua remuneração ( art.
41, II, da LEP). Como o trabalho se tornou obrigatório graças determinação constante
75 do art. 31, caput, da LEP, considera-se falta grave seu não cumprimento. (Alvim,
1991).
3.6.2.2 Finalidades do Trabalho Penitenciário
O trabalho tem seu sentido ético, como condição da dignidade humana, e
assim assume um caráter educativo. Se o condenado já tinha o hábito do trabalho,
depois de recolhido ao estabelecimento penal seu labor irá manter aquele hábito,
impedindo que degenere; se não o tinha, o exercício regular do trabalho contribuirá
para ir gradativamente disciplinado-lhe a conduta, instalando-se em sua
personalidade o hábito de atividade disciplinadora.
Não descurou a lei, também, da recomendação de se dar ao trabalho prisional
um sentido profissionalizante, como, aliás, preconizam as regras mínimas da ONU (nº
7.5). A aquisição de um ofício ou profissão, fator decisivo a reincorporação social do
preso, contribuirá para facilitar-lhe a estabilidade econômica, assim que alcançar a
liberdade. É preparando o indivíduo pela profissionalização (mão-de-obra qualificada),
pela segurança econômica que vai adquirindo, pela ocupação integral de seu tempo
em coisa útil e produtiva e conseqüentemente, pelo nascer da razão de viver, pelo
reconhecimento de direitos e deveres, das responsabilidades e da dignidade humana
que se obterá o ajustamento desejado. (Alvim, 1991).
3.6.2.3 Remição de Pena pelo Trabalho
A remição da pena pelo trabalho pode ser conceituada como a possibilidade de
o preso abater, do cômputo temporal da pena privativa de liberdade, os dias
efetivamente trabalhados durante seu encarceramento, na proporção, consoante o
art. 126, § 1º, da LEP, de três dias de trabalho por um a menos na pena. Assim, sua
finalidade não é a reinserção social, mas a diminuição da pena.
Porém, não só pelo trabalho é obtida a remição. É sabido que o Estado não
consegue prover trabalho para todos os condenados, diante disso, aqueles que não
obteram uma vaga na atividade laborativa, vêem no estudo uma oportunidade de
serem preparados para uma vida com perspectivas bem melhores do que as que lhes
eram apresentadas antes de ingressarem na prisão. Assim, como a finalidade
precípua da execução da pena é a reintegração social do condenado, nada mais justo
que reconhecer a remição da pena pelo estudo, daquele que, por exemplo, ao
76 ingressar no sistema penitenciário era analfabeto e através de seu esforço
conseguiu alfabetizar-se. Baseados, neste princípio de justiça, é que os tribunais
estão admitindo a remição de tais presos, mesmo sendo a lei omissa a respeito de tal
possibilidade.
Assim o indivíduo que se dispõe ao trabalho ou ao estudo, além de adquirir
conhecimento técnico e científico, tem sua pena reduzida. (Alvim, 1991).
3.7 Relação entre Criminalidade e Desemprego
Nos momentos em que as taxas de desemprego e os índices de criminalidade
apresentam tendências de crescimento, parece razoável supor que os dois
fenômenos estejam intimamente relacionados. Não é preciso fazer nenhuma
pesquisa sofisticada para perceber que uma taxa elevada e constante de
desemprego que se mantenha durante muito tempo tenderá a levar para o mundo do
crime pessoas — principalmente jovens — que de outro modo estariam participando
do mercado do trabalho.
No entanto, é preciso fazer algumas considerações gerais sobre de que forma
desemprego e criminalidade se relacionam, para desfazer certos equívocos, como
pretender que exista uma relação direta e imediata entre ambos. Nos dois estudos
realizados pelo Ilanud sobre a questão do desemprego e criminalidade na Grande
São Paulo — um tomando por base sessenta meses entre 1985 e 1989 e outro
abrangendo treze anos de evolução de ambos os fenômenos entre 1985 e 1997 —, a
constatação geral foi de que, sob certas condições da economia, existe correlação
entre os dois fenômenos, ainda que os efeitos do desemprego sobre a criminalidade
não sejam imediatos.
A perda do emprego em um dia não significa que o desempregado passe a
furtar ou roubar no dia seguinte. O recém-desempregado tentará obter uma nova
colocação no mercado de trabalho durante a vigência do salário-desemprego. No
caso de não obtê-la, tentará recorrer a um subemprego, às economias pessoais, à
ajuda de parentes e amigos etc. Quando o salário-desemprego, as economias
pessoais e os recursos para transporte, compra de jornais e visitas a agências de
emprego e empresas e demais estratégias de sobrevivência se esgotam é que o
crime passa a ser uma alternativa.
77 Este processo pode levar meses ou mesmo anos, dependendo do
indivíduo. O desemprego de hoje talvez só venha a se refletir nas taxas de
criminalidade daqui a muito tempo, e a criminalidade atual é o fruto do desemprego
de períodos passados.
Fazendo uma comparação com a economia, poderíamos dizer que existem
criminosos flexíveis e inflexíveis. O criminoso profissional é de certo modo inflexível
com relação às variações no mercado de trabalho. Mesmo que estejam sobrando
postos de trabalho, eles não abandonarão a carreira criminosa. Portanto, as
variações no mercado de trabalho só tenderão a afetar aqueles indivíduos que
poderíamos qualificar de delinqüentes “eventuais”, que se alternam entre o mundo do
crime e o mercado de trabalho, conforme a disponibilidade de empregos no mercado.
Mais do que o trabalhador que perde seu emprego a certa altura da vida
profissional, o contingente anual de criminosos é engrossado pela massa de jovens
que jamais ocuparam uma vaga no mercado formal de trabalho. É aí que o
desemprego revela sua face mais perversa. Para estes é que é preciso pensar em
alternativas ao crime. Caso contrário, em futuro não muito distante, este contingente
de desempregados cobrará da sociedade, de uma forma ou de outra, aquilo que lhes
foi negado.
Diante de tudo isso, vê-se o quão importante e necessário se torna os projetos
desenvolvidos, na Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu/PR, os quais passaremos
a expor. (Alvim, 1991).
3.8 Poder Disciplinar
Como uma das exceções aos princípios de judicialização, prevê a lei que o
poder disciplinar, na execução da pena privativa de liberdade, cabe as autoridades
administrativas, conforme as disposições regulamentares. São elas, pois, que
estabelecem os regulamentos, impõe as sanções e concedem as recompensas,
interferindo o juiz da execução apenas em casos de infrigência as normas
estabelecidas pela lei ou pelo regulamento. As sanções disciplinares são aplicadas,
conforme o caso, pelo diretor do estabelecimento ou pelo conselho disciplinar. (Brant,
1994).
78
3.9 Comissão Técnica de Classificação
O art. 6º da LEP, estabelece como será feita a classificação, e, deve haver um
procedimento determinado a fim de se decidir a respeito do programa de execução a
que deve ser submetido o condenado, decisão essa que pode ser tomada no próprio
estabelecimento prisional.
Pertence aos métodos científicos do diagnóstico da personalidade, entre
outros, a observação do comportamento, que compreende toda a percepção do
condenado em relação a outras pessoas, com a oportunidade de aplicação de testes,
a conservação de diagnóstico psíquico, etc. Além de classificação do condenado a
Comissão Técnica de Classificação deve elaborar o programa individualizador da
execução da pena do preso com vistas a sua reinserção social. (Miotto, 1992).
3.10 Deveres do Preso
I. Porque devo ter bom comportamento na prisão?
Porque, pela lei, é dever do preso ter bom comportamento. Além disso, o mau
comportamento poderá gerar o indeferimento de benefícios pleiteados, junto à Vara
de Execução (art. 39, I da Lei de Execução Penal).
II. O preso é obrigado a trabalhar?
Sim, já que, se recusando a trabalhar, o preso estará cometendo falta grave
(art. 39, V e art. 50, VI, da LEP).
III. Devo obedecer à ordem para limpar a cela?
Sim, já que a higiene pessoal, a limpeza da cela ou alojamento e a
conservação dos objetos de uso pessoal são um dever do preso (art. 39, IX, X da
LEP).
IV. Como devo me comportar em relação aos demais presos e funcionários do
Presídio?
A obediência aos funcionários; o respeito a qualquer pessoa com que vá se
relacionar; a urbanidade e o respeito no trato com os demais presos é também uma
79 obrigação do preso, sendo que seu descumprimento pode acarretar uma falta
grave ou até crime contra honra, por exemplo (art. 39, II, III, da LEP).
V. Posso participar de rebeliões?
A Lei de Execução Penal diz que é DEVER do preso não se envolver em
movimento contra a ordem e a disciplina, bem como não participar de fugas, já que o
preso não pode escolher como e quando vai cumprir sua pena, e ainda porque
poderá vir a responder por diversos crimes ligados a esse comportamento. A
participação em rebeliões poderá prejudicar a obtenção de benefícios em sede de
execução.
VI. Devo aceitar as faltas que me são aplicadas?
Sim, desde que elas tenham sido apuradas regularmente, com direito à defesa,
o preso DEVE acatar seu resultado, já que é dever legal do preso se submeter à pena
imposta pela prática de falta.
VII. É verdade que terei que indenizar a vítima e o Estado pela minha condenação?
Pela Lei de Execução Penal e pelo Código Penal, o preso tem o DEVER de
indenizar a vítima e seus herdeiros e também, quando possível pagar o Estado pelas
despesas de sua manutenção. (Birnfield, 2004).
3.11 Direitos do Preso
Como atividade complexa que é, em todos os sentidos, a execução penal
pressupõe um conjunto de deveres e direitos envolvendo o Estado e o condenado, de
tal sorte que, além das obrigações legais inerentes ao seu particular estado, o
condenado deve submeter-se a um conjunto de normas de execução da pena.
Referidas normas, traduzidas em deveres, representam, na verdade, um código de
postura do condenado perante a Administração e o Estado, pressupondo formação
ético-social muitas vezes não condizente com a própria realidade do preso.
Paralelamente aos deveres há um rol de direitos do preso. A execução penal, no
Estado Democrático e de Direito, deve observar estritamente os limites da lei e do
necessário ao cumprimento da pena e da medida de segurança. Tudo o que excede
aos limites contraria direitos. Nos termos do art. 41 da Lei de Execução Penal, são
direitos do preso: I - alimentação suficiente e vestuário; II - atribuição de trabalho e
sua remuneração; III - previdência social; IV - constituição de pecúlio; V -
80 proporcionalidade na distribuição do tempo para o trabalho, o descanso e a
recreação; VI - exercício das atividades profissionais, intelectuais, artísticas e
desportivas anteriores, desde que compatíveis com a execução da pena; VII -
assistência material, à saúde, jurídica, educacional, social e religiosa; VIII - proteção
contra qualquer forma de sensacionalismo; IX - entrevista pessoal e reservada com o
advogado; X - visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos em dias
determinados; XI - chamamento nominal; XII - igualdade de tratamento, salvo quanto
às exigências da individualização da pena; XIII - audiência especial com o diretor do
estabelecimento; XIV - representação e petição a qualquer autoridade em defesa de
direito; XV - contato com o mundo exterior por meio de correspondência escrita, da
leitura e de outros meios de informação que não comprometam a moral e os bons
costumes. É bem verdade que o artigo 41 estabelece um vasto rol onde estão
elencados o que se convencionou denominar direitos do preso. Quer nos parecer,
entretanto, que referido rol é apenas exemplificativo, pois não esgota, em absoluto, os
direitos da pessoa humana, mesmo daquela que se encontra presa, e assim
submetida a um conjunto de restrições. Também em tema de direitos do preso, a
interpretação que se deve buscar é a mais ampla no sentido de que tudo aquilo que
não constitui restrição legal decorrente da particular condição do sentenciado,
permanece como direito seu.
I. O Projeto de Lei 3206/00 - Discute-se no Congresso Nacional o PL 3206/00, que
reconhece como direito do preso a obtenção de um atestado anual no qual conste a
pena a cumprir, a ser emitido pelo juiz da execução. Tal proposta encontra-se sob
relatoria do Deputado Ricardo Barros (PP-PR).
II. Sobre a necessidade de se assegurar tal direito por lei nova - Sem pretender
estabelecer reflexões filosóficas mais profundas, é possível dizer, por aqui, de uma
forma bastante singela, que a lei, como um dos instrumentos de pacificação social,
deve ser feita para regular fatos e situações, visando resguardar direitos. Deve servir
como um instrumento de Justiça, e para tanto deve ser editada quando necessária.
O descontrole na edição leis, muitas vezes desnecessárias e equivocadas, tem
levado diversos juristas, com razoável freqüência, a tecer críticas as mais
contundentes, fato já percebido não só pela comunidade jurídica, mas por toda a
sociedade. Em momentos de grave crise social, em que a insegurança pública não
sai do debate e a todos perturba, é até normal que o Congresso Nacional busque
com maior volúpia a produção de leis. Contudo, é preciso redobrar o cuidado para
81 não cair no ridículo. Com efeito, não nos parece haver necessidade, quiçá
prioridade, em propor à discussão e votação, texto de Projeto de Lei que vise
reconhecer direito do preso à obtenção de um atestado anual no qual conste a pena
a cumprir, a ser emitido pelo juiz da execução. Qualquer profissional ou estudioso que
tenha mínima intimidade com a Lei de Execução Penal, e/ou contato com o processo
de execução da pena, sabe ou deveria saber que com considerável freqüência se
elabora, no apenso de liquidação de penas, a atualização da conta de liquidação,
isso, várias vezes ao ano, e que a cada atualização o preso recebe (ou pelo menos
deveria receber) uma cópia da conta de liquidação atualizada, onde consta não só o
tempo de pena que lhe resta cumprir, mas a pena cumprida e extinta, eventual
detração, remição, datas prováveis para obtenção de benefícios como progressão de
regime, livramento condicional etc. Sabe-se ainda que a execução penal reclama
observância a princípios como o do contraditório, da ampla defesa, do devido
processo legal etc. Daí decorre a indispensável presença de um advogado no
processo executivo, atuando na defesa dos interesses do executado, ao lado do
Ministério Público, que aqui atua como fiscal da Lei (art. 67 da Lei de Execução
Penal). (Birnfield, 2004).
82
4 LEVANTAMENTO DE PROBLEMAS
4.1 Problemas que afetam a continuidade dos projetos.
4.1.1 Espaço insuficiente para ocupar toda a massa carcerária – Atualmente,
existem somente uma parte dos internos da Penitenciária de Foz do Iguaçu,
participando do desenvolvimento destes projetos, em sua maior parte por falta de
espaço físico dentro da própria Penitenciária.
4.1.2 Estrutura inadequada para o desenvolvimento dos projetos – Para que não
ocorra maiores problemas em relação à continuidade destes projetos, hoje ocupa-se
até mesmo o próprio refeitório da Penitenciária para desenvolvimento de alguns
projetos.
4.2 Problemas com a Administração dos Projetos
4.2.1 Administração escassa – Na verdade quem administra estes projetos em
relação a verba e autorizações para que os mesmos sejam desenvolvidos é o
FUNPEN, que está localizado na cidade de Curitiba; desta forma fica difícil
administrar de forma adequada todos estes projetos de tão longe.
4.2.2 Ausência de Administradores Internos – Não houve treinamento nem
nomeação de nenhum funcionário da Penitenciária para que o mesmo possa
acompanhar diariamente o desenvolvimento destes projetos.
83
5 PROPOSIÇÕES GERAIS
5.1 Projetos em Prol do Estado
Para que haja uma participação de toda a massa carcerária nos projetos da
penitenciária seria necessário a criação de novos projetos. Porém isso gera um custo
para o Fundo Penitenciário, sendo assim o ideal seria que o Estado aceitasse que
estes demais internos pudessem trabalhar em prol deste mesmo Estado da seguinte
forma:
• Concertando carteiras das Escolas Públicas;
• Fabricando Produtos de Limpeza.
Se isto fosse feito teria menos internos com tempo ocioso e de certa forma
traria benefício ao Estado.
5.2 Criação de espaço adequado
Existem projetos que não possuem um espaço adequado para seu pleno
desempenho, como por exemplo: As aulas do Projeto “Reeducar – Ceebja”, estão
sendo administradas dentro do próprio refeitório da Penitenciária; desta maneira o
ideal seria que fosse construído galpões, pois, sua construção não gera um custo
muito alto, e a Penitenciária dispõe deste espaço. Pois sem espaço adequado não irá
ter como dar continuidade a alguns projetos.
5.3 Administração do Fundo Penitenciário do Estado do Paraná.
Quem cuida da parte administrativa dos projetos da PEF, é o Fundo
Penitenciário.
O problema é que ele esta localizado em Curitiba/PR, e ele não tem livre
acesso aos mesmos, ou seja, o Fundo não consegue ficar a par de todos os
problemas que cada projeto passa. Como por exemplo, para que estes continuem
tendo êxito, o ideal seria que houvesse pessoas adequadamente treinadas para
poder ensinar os internos com precisão; pois o que tem ocorrido é que interno ensina
interno, e assim por diante. A forma mais certa de administrar estes projetos seria a
84
criação de administradores internos para cada projeto, que são aqueles que
conseguem administrar de perto, passando informações e relatórios semanais para o
Fundo Penitenciário. Se isso ocorresse, teria-se menos problemas. Essa criação dos
Administradores Internos pode ser feita com o treinamento dos agentes penitenciários
que são contratados pela terceirizada, que é o INAP, mas, aqui encontramos mais
uma barreira, pois o INAP, não quer fornecer seus funcionários para isto. Então se o
próprio Fundo intercedesse junto ao INAP, tudo seria mais viável. De um modo geral
se o Fundo Penitenciário administrasse de forma adequada tudo caminharia com
mais precisão.
5.4 Considerações finais
Espera-se que este trabalho ofereça uma contribuição significativa para esta
empresa, que tem como missão ressocializar internos.
Ressalta-se a importância deste trabalho como fonte bibliográfica, uma vez que a
literatura na área é escassa.
Propõe-se para que a UNIPAR venha a oferecer a seus estudantes do Curso de
Direito a opção de fazer estágio junto a Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu, para
que os mesmo possam ajudar a melhorar a condição de continuidade destes projetos,
já que os mesmo trazem vários benefícios aos internos e as suas próprias famílias.
85
6 CONCLUSÃO
O presente estágio visa contribuir, a partir de conceitos do Direito para a melhoria
dos serviços prestados pela Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu em relação à
seus internos. As proposições objetivam aumentar o espaço físico e melhorar a
administração dos projetos para que os mesmos possam ter continuidade para
atender cada vez mais um maior número de internos.
A Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu tem grande preocupação com a
agilização do processo de ressocialização e reintegração social de todos os presos,
sabemos que a realização destes projetos contribuirá para a construção de uma
sociedade mais justa, democrática e igualitária, e que a mesma não seja feita de
forma isolada, mas com a participação da sociedade e familiares, trabalhando juntos
por uma mesma causa.
Acreditamos que esta participação tem a contribuir muito para que o preso não
sinta-se excluído, ainda mais. Pois sabemos que os mesmos, de uma forma ou de
outra, acabam sendo rotulados por esta sociedade.
Para minimizar esta problemática, juntamente com empresas, profissionais
liberais, professores, instituições públicas e funcionários da Penitenciária
desenvolvem projetos visando a ressocialização conforme relatado pelo presente.
A Penitenciária de Foz do Iguaçu composta por funcionários que têm o
compromisso da recuperação do preso, aproveita a oportunidade para agradecer a
todos que contribuíram de alguma forma para o sucesso destes projetos.
Temos como meta ocupar o maior número possível de presos em atividades
voltadas a sua transformação interna neste ano de 2004.
86
7 ANEXOS
ANEXO A – Lançamento da campanha de arrecadação das garrafas Pet’s
para elaboração dos Enfeites do Projeto “Natal das Águas”
Reuniu-se na Penitenciária de Foz do Iguaçu diversos segmentos da
sociedade, entidades de classe, associações, órgãos públicos, iniciativa privada e a
comunidade iguaçuense para a edição 2003 do Natal de Foz do Iguaçu, o mesmo
será um sucesso, pois além de preservamos o meio ambiente estaremos colaborando
para a integração dos presos e egressos na sociedade.
O Natal das Águas 2003 é a continuação do processo iniciado no ano passado
que visa estimular o comércio e despertar o clima natalino na cidade, através de uma
decoração inovadora, que utiliza como principal matéria-prima garrafas pet`s
recicladas. Este projeto foi concebido pela empresária Nelci Rafagnin, que novamente
será parceira na coordenação do natal 2003.
Para que haja uma maior motivação das crianças e da comunidade em
recolher as garrafas, vários prêmios serão sorteados no final da campanha. Estes
prêmios foram doados pela Receita Federal e a viagem ao Beto Carreiro World pela
empresa aérea TAM e CCH Tour Turismo.
Contamos com o apoio da Secretaria Municipal de Educação e do Núcleo Regional
de Educação para a divulgação da campanha dentro das escolas que serão postos
de troca de garrafas pet´s por cupons. Sendo a cada 10 (dez) garrafas lavadas e sem
rótulo darão direito a um cupom para participar do sorteio.
Vamos nos unir e trabalhar para que Foz do Iguaçu tenha uma bela decoração
natalina, o nosso Natal das Águas.
87 ANEXO B – A cidade de Foz do Iguaçu com os enfeites natalinos
confeccionados com garrafas “Pet” recicladas na Penitenciária Estadual de Foz
do Iguaçu
Figura 22. Árvores no centro da cidade. Figura 23. Bolas em árvores da cidade.
Figura 24. Árvore em frente a matriz. Figura 25. Mais bolas na cidade.
Figura 26. Ornamentação de Natal na praça do Mitre.
88
ANEXO C - Normas Federais
LEI No 7210, DE 11 DE JULHO DE 1984.
Institui a Lei Execução Penal.
Art. 1º - A execução penal tem pôr objetivo efetivar as disposições de sentença ou
decisão criminal e proporcionar condições para a harmônica integração social do
condenado e do internado.
CAPITULO II Da assistência SEÇÃO I Disposições Gerais
Art. 10 - A assistência ao preso e ao internado é dever do Estado, objetivando
prevenir o crime e orientar o retorno à convivência em sociedade.
Parágrafo único. A assistência estende-se ao egresso.
Art. 11 - A assistência será:
I - material;
II - à saúde;
III - jurídica;
IV - educacional;
V - social;
VI-religiosa.
SEÇÃO II
Da Assistência Material
Art. 12 - A assistência material ao preso e ao internado consistirá no fornecimento de
alimentação, vestuário e instalações higiênicas.
89 Art. 13 - O estabelecimento disporá de instalações e serviços que atendam aos
presos nas suas necessidades pessoais, além de locais destinados à venda de
produtos e objetos permitidos e não fornecidos pela Administração .
SEÇÃO III Da Assistência à Saúde
Art. 14 - A assistência à saúde do preso e dointernado, de caráter preventivo e
curativo, compreenderá atendimento médico, farmacêutico e odontológico.
§1º - (Vetado)
§2º - Quando o estabelecimento penal não estiver aparelhado para prover a
assistência médica necessária, esta será prestada em outro local, mediante
autorização da direção do estabelecimento.
SEÇÃO VI Da Assistência Social
Art. 22 - A assistência social tem pôr finalidade amparar o preso e o internado e
prepará-los para o retorno à liberdade .
Art. 23 - Incumbe ao serviço de assistência social:
I - conhecer os resultados dos diagnósticos e exames;
II - relatar, por escrito, ao diretor do estabelecimento, os problems e as dificuldades
enfrentados pelo assistidos;
III - acompanhar o resultado das permissões de saídas e das saídas temporárias;
IV - promover, no estabelecimento, pelos meios disponíveis, a recreação;
V - promover a orientação do assistido, na fase final do cumprimento da pena, e do
liberando, de modo a facilitar o seu retorno à liberdade.
VI - providenciar a obtenção de documentos, dos benefícios da previdência social e
do seguro pôr acidente no trabalho;
VII - orientar e amparar, quando necessário, a família do preso, do internado e da
vitíma.
90 CAPITULO IV
SEÇÃO II
Dos Direitos
Art. 40 - Impõe-se a todas as autoridades o respeito `integridade física e moral dos
condenados e dos presos provisórios.
Art. 41 - Cosntituem direitos do preso:
I - alimentação suficiente e vestuário;
II - atribuição de trabalho e sua remuneração;
III - previdência social;
IV - constituição de pecúlio;
V - proporcionalidade na distribuição do tempo para o trabalho, o descando e a
recreação ;
VI - exercício das atividades profissionais, intelectuais, artisticas e desportivas
anteriores, desde que compatíveis com a execução da pena;
VII - assitência material, à saúde, jurídica, educacional, social e religiosa;
VIII - proteção contra qualquer forma de sensacionalismo;
IX - entrevista pessoal e reservada com o advogado;
X - visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos em dias determinados;
XI - chamamento nominal;
XII - igualdade de tratamento salvo quanto às exigências da individualização da pena;
XIII - audiência especial com o diretor do estabelecimento;
XIV - representação e petição a qualquer autoridade, em defesa de direito;
XV - contato com o mundo exterior pôr meio de correspondência escrita, da leitura e
de outros meios de informação que não comprometam a moral e os bons costumes.
Parágrafo único. Os direitos previsto s nos incisos V, X e XV poderão ser suspensos
ou restringidos mediante ato motivado do diretor do estabelecimento.
91 Art. 42 - Aplica-se ao preso provisório e ao submetido à medida de segurança, no
que couber, o disposto nesta Seção.
Art. 43 - É garantida a liberdade de contratar médico de confiança pessoal do
internado ou do submetido a tratamento ambulatorial, pôr seus familiares ou
dependentes, a fim de orientar e acompanhar o tratamento.
Parágrafo único: As divergências entre o médico oficial e particular serão resolvidas
pelo juiz de execução.
TÍTULO V
CAPÍTULO I
SEÇÃO III
Das Autorizações de Saída
Subseção I
Da permissão de saída
Art. 120 -Os condenados que cumprem pena em regime fechado ou semi-aberto e os
presos provisórios poderão obter permissão para sair do estabelcimento, mediante
escolta, quando ocorrer um dos seguintes fatos:
I - falecimento ou doença grave do cônjuge, companheira, ascedente, descendente
ou irmão;
II - necessidade de tratamento médico (parágrafo único do art. 14).
Parágrafo único - A permissão do preso fora do estabelecimento terá duração
necessária à finalidade da saída.
Art. 121 - A permanência do preso fora do estabelecimento terá duração necessária à
finalidade da saída.
92
9 BIBLIOGRAFIA
1. ALVIM, Rui Carlos Machado, O Trabalho Penitenciário e os Direitos Sociais.
São Paulo: Atlas, 1991.
2. BRANT, Vinicius Caldeira, O Trabalho Encarcerado. Rio de Janeiro: Forense,
1994.
3. BIRNFIELD, Marco Antonio, Direitos e Deveres do Preso. Disponível em:
>http//www.direitos e deveres do preso.htm, Acesso em 03 de jan. de 2004.
4. FERREIRA, Edson RAIMUNDO, Prisões, Presos, Agentes de Segurança,
Penitenciária, Direitos Humanos. São Paulo: Loyola, 2003.
5. FIGUEIREDO, João, Normas Federais. Disponível em: >http//www.presos.htm,
Acesso em 13 de dez. de 2003.
6. MIOTTO, Armida Bergamini, Temas Penitenciários. São Paulo: Revista dos
Tribunais Ltda, 1992.
7. MIRABETE, Julio Fabbrini, Execução Penal. São Paulo: Atlas, 2000.
8. PINTO, Edson Luiz Vidal, Estatuto Penitenciário de Estado do Paraná. Curitiba:
Imprensa Oficial, 1995.
Administração da “Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu”
Projetos que visam a Ressocialização dos Internos da Penitenciária de Foz do Iguaçu.
Objetivo GeralObjetivo Geral
⇒ Demostrar os projetos desenvolvidos junto aos internos com o objetivo de reinserção social.
Objetivos EspecíficosObjetivos Específicos
⇒ Verificar a receptividade e o andamento de cada projeto junto aos internos.⇒ Apresentar uma melhoria na operacionalidade dos projetos.
Perfil da Organização.Perfil da Organização.
Dados básicos da EmpresaRazão Social: Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu.Nome Fantasia: PEF.CNPJ (MF): 40.245.920/0001-94.Data da Fundação: 19 de julho de 2002.Endereço: Avenida Mercúrio, nº 850.Bairro: Parque Residencial Três Fronteiras.Cidade: Foz do Iguaçu.Estado: Paraná.Telefone: (45) 526-0209/526-0109.e-mail: [email protected]: Alexandre Calixto da Silva.Nro. de colaboradores: 147.Nro. de internos: 500.
Projeto “Projeto “CalanyCalany””
⇒ Objetivo.
⇒ Objetivos Específicos.
⇒ 56 Internos.
⇒ Meta - 100 Internos.
Projeto Oficina da ArteProjeto Oficina da Arte
⇒ Justificativa.
⇒ Objetivo Geral.
⇒ Objetivos Específicos.
⇒ Metodologia.
⇒ Recursos Humanos.
⇒ Recursos Materiais.
Projeto Oficina da ArteProjeto Oficina da Arte
⇒ Qualidade de Produção.
⇒ Avaliação e Acompanhamento da Produção.
⇒ 35 Internos.
⇒ Meta - 60 Internos.
Projeto “Foz Bolas”Projeto “Foz Bolas”
⇒ Implantado em 11/04/2003.Qualidade de Produção.
⇒ 1.500 bolas por mês.
⇒ 35 Internos.
⇒ Meta - 160 Internos.
Projeto “Natal das Águas”Projeto “Natal das Águas”
⇒ 35 Internos.
⇒ Objetivos Específicos.
⇒ Tema da Decoração.
⇒ Detalhamento da Decoração.
⇒ Confecção dos Enfeites Natalinos.
⇒ Montagem dos Enfeites Natalinos nas avenidas.
Projeto desenvolvido em Setores PresosProjeto desenvolvido em Setores PresosFlores e HortaliçasFlores e Hortaliças
⇒ Produção utilizada nas refeições dos próprios internos.
⇒ 02 Internos.
Projeto desenvolvido em Setores PresosProjeto desenvolvido em Setores PresosLavanderiaLavanderia
⇒ 03 Internos
Projeto desenvolvido em Setores PresosProjeto desenvolvido em Setores PresosFaxina do Pavilhão de Detenção e MotelFaxina do Pavilhão de Detenção e Motel
⇒ 08 Internos
Projeto desenvolvido em Setores PresosProjeto desenvolvido em Setores PresosBarbeariaBarbearia
⇒ 01 Interno.
Projeto Projeto ““Reeducar Reeducar -- CeebjaCeebja””
⇒ Curso Supletivo.
⇒ 40 Internos.
⇒ Objetivos Gerais.
⇒ Objetivos Específicos.
⇒ Recursos Humanos.
⇒ Qualidade de Ensino.
Projeto Projeto ““Clube da LeituraClube da Leitura””
⇒ Objetivos.
⇒ 03 Internos.
⇒ Metodologia.
⇒ Recursos Humanos.
⇒ Captação de Livros.
Projeto Projeto ““Cursos ProfissionalizantesCursos Profissionalizantes””
⇒ Desenho de Moda - 15 Internos.
⇒ Jardinagem - 15 Internos.
⇒ Garçon - 15 Internos.
⇒ Padeiro - 15 Internos.
Projeto Projeto ““MissMissãão Liberdadeo Liberdade””
⇒ Objetivo.
⇒ 30 Internos.
⇒ Justificativa.
⇒ Recursos Humanos.
⇒ Meta - 45 Internos.
Projeto Projeto ““AlcAlcóóolicos Anolicos Anôônimosnimos””
⇒ Objetivo.
⇒ 16 Internos.
⇒ Recursos Humanos.
⇒ Meta - presos com necessidade de acompanhamento.
Projeto Projeto ““NarcNarcóóticos Anticos Anôônimosnimos””
⇒ Objetivo.
⇒ 14 Internos.
⇒ Recursos Humanos.
⇒ Meta - presos com necessidade de acompanhamento.
Projeto Projeto ““Nar Nar -- AnonAnon””
⇒ Objetivo.
⇒ Auxílio aos Familiares.
⇒ Recursos Humanos.
⇒ Meta - presos com necessidade de acompanhamento.
Projeto Projeto ““Grupo Grupo PsicoterapPsicoterapêêuticoutico””
⇒ Objetivo Geral.
⇒ 12 Internos.
⇒ Recursos.
⇒ Conteúdo.
⇒ Metodologia.
⇒ Período.
⇒ Avaliação.
Projeto Projeto ““Grupo de PrevenGrupo de Prevençãção o DSTDST’’ss/AIDS/AIDS””
⇒ População - 20 Internos.
Projeto Projeto ““Solidariedade em FozSolidariedade em Foz’’
⇒ Objetivo Geral.
⇒ Objetivo.
⇒ Atividades.
Projeto Projeto ““OrientaOrientaçãção para Liberdadeo para Liberdade””
⇒ Objetivo Geral.
⇒ População - 24 Internos.
⇒ Recursos.
⇒ Conteúdo.
⇒ Metodologia.
⇒ Período.
⇒ Avaliação.
Projeto Projeto ““Programa de EducaPrograma de Educaçãção Permanente o Permanente Maturidade e Qualidade de VidaMaturidade e Qualidade de Vida””
⇒ População - 23 Internos.
⇒ Objetivos Gerais.
⇒ Recursos.
⇒ Conteúdo.
⇒ Metodologia.
⇒ Período.
Projeto Projeto ““OrientaOrientaçãção e Sensibilizao e Sensibilizaçãção aos Familiares o aos Familiares dos Presos da PEF dos Presos da PEF -- Cadastrados no Programa Cadastrados no Programa
Fome ZeroFome Zero””
⇒ População - Familiares de 30 Presos.
⇒ Objetivo.