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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS RIO CLARO unesp CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENTOMOLOGIA URBANA: TEORIA E PRÁTICA PRAGAS URBANAS: PESQUISA DE MERCADO 2014 E SUAS PERSPECTIVAS. MARCELY SILVA GEORGE 12/2015 Monografia apresentada ao Instituto de Biociências do Câmpus de Rio Claro, Universidade Estadual Paulista, como parte dos requisitos para obtenção do título de Especialista em Entomologia Urbana .

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”

INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS – RIO CLARO unesp

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENTOMOLOGIA URBANA:

TEORIA E PRÁTICA

PRAGAS URBANAS: PESQUISA DE MERCADO 2014 E SUAS PERSPECTIVAS.

MARCELY SILVA GEORGE

12/2015

Monografia apresentada ao Instituto de Biociências do Câmpus de Rio Claro, Universidade Estadual Paulista, como parte dos requisitos para obtenção do título de Especialista em Entomologia Urbana .

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”

INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS – RIO CLARO unesp

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENTOMOLOGIA URBANA:

TEORIA E PRÁTICA

PRAGAS URBANAS: PESQUISA DE MERCADO 2014 E SUAS PERSPECTIVAS.

MARCELY SILVA GEORGE

ORIENTADOR: Profª Dr. Ana Eugênia de Carvalho Campos

Monografia apresentada ao Instituto de Biociências do Câmpus de Rio Claro, Universidade Estadual Paulista, como parte dos requisitos para obtenção do título de Especialista em Entomologia Urbana.

12/2015

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Dedico o seguinte trabalho à minha família, parentes, aos meus queridos amigos aqui conquistados, e as grandes forças do universo que me fizeram chegar a este caminho.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço de forma amável e gentil a todos envolvidos direta ou indiretamente na

elaboração desta monografia.

Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” e o Instituto Biológico pelo

incentivo e motivação ao estudo.

A minha excepcional orientadora Profª. Dra. Ana Eugênia de Carvalho Campos.

Ao professor Odair pela oportunidade do estudo, carinho e por acreditar em meu

sonho. Consegui!

Ao corpo docente da pós-graduação em Entomologia Urbana.

Agradeço à minha família, sempre tão presente, em especial ao meu incrível esposo

e companheiro de todas as horas Tarcísio George por me incentivar sempre, e aos

meus pais Elias Belarmino e Vera Nilda por terem tanto orgulho de quem me tornei.

Aos meus pais avós Dona Dina e Sr. Mário pelo amor, carinho e reconhecimento.

Aos meus queridos “Entomoloucos”!

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"Eu sei o preço do sucesso: dedicação, trabalho duro, e uma incessante devoção às coisas que você quer ver acontecer.” (Frank Lloyd Wright)

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RESUMO

O mercado atual de empresas controladoras de pragas é muito competitivo, pois

além da facilidade e disponibilidade de uma extensa gama de praguicidas de uso

doméstico à venda livre, a cada dia surgem no mercado novas empresas.

No entanto, uma extensa lista não apresenta nenhuma preocupação técnica e

operacional com a utilização destes praguicidas, sugerindo assim, uma resistência

nas pragas urbanas e a dificuldade de controle de diversas espécies sinantrópicas.

Podemos afirmar que só realizam um serviço de qualidade e garantia as empresas

que possuem um corpo técnico e administrativo especializado, uma equipe

operacional treinada, conhecedora das técnicas de aplicação e manipulação dos

praguicidas, bons produtos e fornecedores.

A soma de todos estes elementos indica um serviço profissional e de garantia.

Tendo em vista estes fatos, o presente trabalho tem como objetivo avaliar o atual

mercado de empresas controladoras de pragas através da reprodução de uma

pesquisa mercadológica realizada no ano de 2000.

Palavras-chave: Mercado, praguicida, controle de pragas, pragas urbanas, pesquisa.

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ABSTRACT

The current market holding companies pest is very competitive, because besides the

ease and availability of a wide range of household pesticides on the free sale, each

day brings in new business market.

However, an extensive list presents no technical and operational concern with the

use of pesticides, thus suggesting resistance in urban pest control and the difficulty

of synanthropic different species.

We can say that only perform the services and warranty companies who have

specialized technical and administrative staff, trained operating staff and

knowledgeable of the technical application and handling of pesticides, good products

and suppliers.

The sum of all these elements indicates a professional service and warranty. In view

of these facts, this study aims to evaluate the current market holding companies

pests by playing a marketing survey conducted in 2000.

Keywords: Market, pesticides, pest control, urban pest, research.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FIGURA 1: Esquema demonstrando a interação entre as ações do Controle

Integrado....................................................................................................................

17

FIGURA 2: Fêmea e macho de Cimex sp................................................................. 22

FIGURA 3: Planta da disposição de áreas do evento EXPOPRAG 2014................ 24

FIGURA 4: Pragas de maior importância no faturamento das empresas

participantes da pesquisa de mercado de pragas

urbanas............................................................................................................

30

FIGURA 5: Pragas mais difíceis de controlar, na opinião dos entrevistados

durante a feira da EXPOPRAG 2014, no período de 24 a 26 de Setembro, na

cidade de São Paulo, SP...........................................................................................

31

FIGURA 6: Dificuldades no controle de pragas enfrentado pelos entrevistados

durante a EXPOPRAG 2014, no período de 24 a 26, na cidade de São Paulo,

SP..............................................................................................................................

32

FIGURA 7: Principais meios pelos quais as empresas controladoras de pragas

obtêm informações sobre as pragas urbanas...........................................................

46

FIGURA 8: Data aproximada do último controle de percevejo de cama realizado

pelas 35 entrevistados participantes da pesquisa.....................................................

47

FIGURA 9: Locais de realização do tratamento específico para percevejos de

cama..........................................................................................................................

47

FIGURA 10: Possibilidade do morador da residência que recebera o tratamento

para percevejos de cama ter viajado ao exterior.......................................................

48

FIGURA 11: representativo dos países visitados por moradores das residências

cujo imóvel recebeu o controle de percevejos de cama............................................

49

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LISTA DE TABELAS

TABELA 1: Características da metodologia convencional de aplicação de

praguicidas e Controle Integrado de Pragas (CIP)....................................................

16

TABELA 2: Número de empresas que participaram do questionário sobre

pesquisa de mercado de controle de pragas urbanas durante a EXPOPRAG

2014, período de 24 a 26 de setembro de 2014, na cidade de São Paulo, SP........

26

TABELA 3: Nome das empresas participantes da pesquisa e número de

entrevistados (%) por empresa. ...............................................................................

27

TABELA 4: Cargos ocupacionais dos participantes da pesquisa e número de

entrevistados (%) por cargo......................................................................................

29

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LISTA DE ANEXOS

ANEXO 1: Questionário de amparo à pesquisa científica........................................ 58

ANEXO 2: Pesquisa sobre a ocorrência de Percevejos de cama no Brasil............. 59

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.................................................................................................... 12

2 OBJETIVOS........................................................................................................ 14

3 REVISÃO LITERÁRIA........................................................................................ 15

3.1 O controle de pragas urbanas no Brasil........................................................... 15

3.2 O mercado de controle de pragas urbanas..................................................... 18

3.3 O profissional controlador de pragas................................................................ 19

3.4 O que são animais sinantrópicos? .................................................................. 20

3.4.1 As pragas urbanas................................................................................. 20

3.4.2 Percevejos de cama ou cimicídeos........................................................ 21 4 MATERIAIS E MÉTODOS........................................................................... 24

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO.................................................................... 26

6 CONCLUSÃO.............................................................................................. 50

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................. 51

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1 INTRODUÇÃO

O mercado profissional de controle de pragas, constituído pelas empresas

controladoras de pragas legalizadas, é formado por mais de 5.000 empresas em

todo o Brasil. Segundo dados do site pragas online, nos últimos anos, recém-

formados em biologia, agronomia, medicina veterinária, química demonstram a

intenção em abrir o seu negócio na área de controle de pragas, devido à carência

por empresas mais profissionais no mercado de trabalho.

Segundo a APRAG (Associação Paulista de Controladores de Pragas), há

uma grande quantidade de empresas de controle de pragas legalizadas e

associadas, sendo em SP, são aproximadamente 170, em todo Brasil são

aproximadamente 300 empresas.

O Brasil encontra-se entre um dos maiores consumidores de produtos

praguicidas do mundo, tanto aqueles de uso agrícola como os domissanitários

(FARIA, 2007).

Existem três principais fatores que propiciam a existência do mercado ilegal

destes produtos citados pela APRAG: a falta de uma regulamentação para a venda

destes produtos, a postura errônea de alguns profissionais (fabricantes e revendas)

que repassam estes produtos indevidamente, e a fabricação e distribuição de

produtos não registrados no Ministério da Saúde.

A venda indiscriminada de praguicidas, e consequentemente o emprego

inadequado destes produtos, têm contribuído substancialmente para o aumento do

índice de intoxicações e mortes provenientes de substâncias classificadas como

agrotóxicos de uso doméstico e raticidas no País (SINITOX - Sistema Nacional de

Informações Tóxico-Farmacológicas, 2015).

Deve-se levar em conta que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde

(OMS), para cada caso notificado de intoxicação prospectam-se em cinquenta

outros não notificados. O pior é saber que grande parte destes casos ocorreu pela

ação das próprias vítimas, em geral consumidores domésticos que conseguem de

alguma forma adquirir ilegalmente produtos de uso profissional destinados às

empresas especializadas (CALDAS, 2000).

Para fim de registro os praguicidas são classificados como venda direta para

consumidor e venda exclusiva para entidades especializadas, uso veterinário e

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agrícola. Para ser de venda direta ao consumidor ele tem que ser de pronto uso,

pois não se pode esperar que o consumidor final, em geral leigo, saiba como diluir.

O que geralmente ocorre quando se adquire um produto exclusivamente de venda

profissional (FOOK, 2013).

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2 OBJETIVOS

Avaliar o mercado de controle de pragas após 14 anos, desde o último

levantamento mercadológico;

Classificar as pragas de maior importância financeira para as empresas do

ramo de controle de pragas;

Relacionar os meios pelos quais as empresas se mantém informadas sobre

as novas tecnologias do mercado (equipamentos, produtos, pragas)

Avaliar quais as principais dificuldades das empresas no controle das pragas

urbanas;

Descrever brevemente as pragas apontadas nos resultados da pesquisa

como mais importantes para o controle;

Registrar as ocorrências decorrentes do controle de percevejos de cama

realizado pelas empresas controladoras de pragas.

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3 REVISÃO LITERÁRIA

3.1 O Controle de Pragas Urbanas no Brasil

O controle de pragas no Brasil iniciou-se por volta da década de 1950, tendo

como inspiração a cultura norte americana, que era pioneira neste setor, produzindo

e fornecendo moléculas e formulações para outros países (ANTUNES, 2002).

A utilização do controle químico no país ainda necessita de aprimoramento quanto a

formulações, poder residual de e desempenho, sendo estas adequadas ao clima e

condições de adaptabilidade das espécies encontradas no Brasil. Parte das

formulações desenvolvidas em outros países não atende as expectativas de controle

descrito pelo fornecedor, pois temos que levar em consideração a realidade no

Brasil, como país tropical, diferente dos países norte americanos. (SCHULLER,

2004).

A utilização regular de praguicidas para o controle de artrópodes e

rodenticidas para o controle de roedores tornou-se parte do desenvolvimento

urbano, desde a disponibilidade das primeiras moléculas, na década de 1940

(NETO, 2008).

A ideia do controle de pragas surgiu na agricultura intensiva, com o manejo

integrado, que demonstrou a necessidade de unir conceitos, ações e práticas. Com

o modelo em mãos, faltava adequá-lo ao ambiente urbano, nascendo assim o

conceito de controle integrado de pragas, que compreende em impedir que as

pragas se instalem e causem danos ao ambiente. (SALMERON, 2008).

As denominações Controle Integrado de pragas (CIP) e Manejo Integrado de

Pragas (MIP) apareceram pela primeira vez nos meados da década de 1950, vindos

da área agrícola.

Em 1972 a organização americana Food and Agricultural Organization (FAO),

definiu o MIP como o termo mais correto a ser empregado, denominando-o como um

sistema de manejo de pragas, que no contexto associa o ambiente e a dinâmica

populacional da espécie, utilizando técnicas e métodos eficientes. Desta maneira,

era possível manter a população da praga em níveis baixos diminuindo o dano

econômico (CARVALHO; BARCELOS, 2012).

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No entanto, tanto o termo CIP quanto o termo MIP possuem características e

estratégias muito semelhantes, porém a denominação CIP é mais comum entre as

empresas controladoras de pragas no Brasil (FIGUEIREDO, 2009) e difere do

tratamento convencional, como é possível observar na tabela 1.

Tabela 1: Características da metodologia convencional de aplicação de praguicidas

e Controle Integrado de Pragas (CIP).

Estratégia

Tradicional

CIP

Filosofia

Curativa Preventivo

Conscientização e

comunicação com o cliente

Mínima

Máxima

Aplicação de praguicidas

Máxima

Quando necessário

Tratamento nas áreas

sensíveis

Aerossol

Iscas

Uso de inseticidas por

aplicações espaciais

Extensivo

Mínimo e localizado

Técnica de aplicação de

praguicidas

Generalizada

Localizada

Técnica de planejamento e

aplicação

Subjetivo e pouco

enfática

Objetivo com

mapeamento e

monitoramento.

Fonte: FIGUEIREDO (2014 p. 22)

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O tratamento local de uma praga normalmente converte a novas ocorrências

no aparecimento da mesma ou outra praga urbana (FIGUEIREDO, 2013).

Uma empresa de controle de pragas que apresenta um trabalho qualificado, deve

sempre realizar a inspeção da área a ser tratada, a fim de detectar o foco da

infestação e agir com medidas corretivas in locu, e medidas preventivas em todo o

ambiente. As ações corretivas são aquelas que corrigem as condições favoráveis

que estão permitindo a sobrevivência, permanência e proliferação da praga.

(GIORDANO e SILVA, 2011).

Sendo assim, o controle integrado de pragas representado na figura 1, nada

mais é do que o conjunto de ações realizadas pela a empresa contratada juntamente

com o cliente.

Figura 1: Esquema demonstrando a interação entre as ações do Controle Integrado.

O Controle Integrado de Pragas envolve principalmente a adoção de medidas

preventivas e corretivas, através da racionalização do uso de defensivos químicos

para que os riscos de contaminação do ambiente seja a mínima possível. (NETO,

2008).

Medidas de

Eliminação

Medidas Preventivas

Medidas Curativas

Controle Integrado

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Alguns passos são necessários para a implementação do Controle Integrado de

Pragas:

Conhecimento das instalações;

Conhecimento sobre as pragas;

Avaliação do ecossistema;

Mapeamento das instalações por pontos de criticidade;

Avaliação do equilíbrio de risco e benefício do controle;

Determinação de equipe especializada para o controle operacional;

Sistema adequado de monitoramento;

Embasamento de boas práticas de fabricação (BFP).

Uma das maiores dificuldades enfrentadas pelas empresas de controle de

pragas é encontrar um profissional qualificado no mercado de trabalho. Dentre

tantas as informações que o mercado oferece, a empresa contratante deve se

preocupar com a atualização do profissional, disponibilizando a ele oportunidade

para estudar, pesquisar e buscar formação profissional adequada.

O cliente está cada dia mais exigente, pois a informatização lhe permite o fácil

acesso as informações e discursos em nível elevado de conhecimento com o

operador. Sites, revistas e publicidade, promovem a informação técnica a todo

mundo, sem exceção.

Uma equipe especializada e preparada tem um custo mais elevado, e isso

precisa estar embutido no valor do serviço a ser realizado. (SCHÜLLER, 2003).

3.2 O mercado de Controle de Pragas Urbanas

O setor de controle de pragas movimenta aproximadamente um bilhão de

reais por ano no Brasil, com perspectivas de crescimento de até 10% nos próximos

anos. Segundo dados da Associação Brasileira de Controle de Vetores e Pragas

(ABCVP), existem mais de 3.800 empresas controladoras de pragas em todo o país,

sendo que 70% destas encontram-se ilegais.

Tendo em vista que o Brasil passa por dificuldades em sua economia, isso

gera impacto em todos os setores, e com a indústria de controle de pragas não

poderia ser diferente.

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Com a dificuldade financeira, o consumidor é obrigado a procurar por opções

mais baratas. É nesta hora que o mercado abre espaço para as empresas

irregulares, que ofertam serviços de baixa qualidade e custo, pois a concepção do

consumidor ainda é visar mais o baixo custo do que a alta qualidade. Grande parte

destas empresas apresenta-se ilegais no mercado, prejudicando o setor que luta

para expandir (MORAES, 2012).

Com a baixa lucratividade, as empresas foram forçadas a desenvolver novas

estratégias de venda, passando assim, a praticar preços inferiores do que os

habituais.

O mercado das empresas ilegais soma algo em torno de 70% das

companhias do setor de controle de pragas. Com a qualidade inferior, sem

regulamentação e custos acarretados pela legalidade, estas empresas apresentam

preços de mercado imbatíveis. (MAGALHÃES, 2013)

3.3 O profissional controlador de pragas

Em décadas anteriores, a imagem do controlador de pragas era de um sujeito

desleixado, cheirando as vestes a veneno, que iria impregnar e encharcar sua

residência ou qualquer local. Mas este tempo passou. O profissional controlador de

pragas vem adquirindo crescente qualificação técnica para melhor desempenho de

sua função.

A grande maioria da categoria de controladores de pragas deixou a imagem

de aplicador de venenos e vem adquirindo novos conceitos, embasamento técnico

aplicado ao seu dia a dia.

Existem boas maneiras de realizar a atualização dos operadores, uma delas é

a criação de um acervo bibliográfico na empresa, contendo livros, revistas

especializadas, apostilas, folhetos informativos, periódicos, impressos técnicos,

manuais de equipamentos, que também são de suma importância para a

composição da biblioteca.

Treinamento interno palestra com fornecedores, mesas redondas com estudo

de casos de sucesso e de fracasso são maneiras de atualizar sua equipe

(FONTES, 2000)

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3.4 O que são animais sinantrópicos?

A problemática do crescimento desordenado das cidades, associada à

ineficiência das políticas de controle ambiental urbano, rural e silvestre, vem

tornando cada vez mais complexa e resistente a relação entre homem e meio

ambiente (NUNES, 2003)

Muitas espécies de animais, ao longo dos anos, com a degradação de seu

habitat natural, foram atraídos pela oferta de água, abrigo e alimento para os

grandes centros urbanos, onde há a maior concentração de resíduos. Adaptaram-se

ao novo ambiente e o problema que a mudança de hábitos trouxe como as doenças,

tornaram muito destes animais vetores de doenças aos seres humanos, tais animais

são denominados de animais sinantrópicos (SCHMIDT, 2007).

No meio urbano, os animais sinantrópicos encontraram em abundância os

recursos essenciais para sua sobrevivência. Uma vez em equilíbrio, estes seres se

reproduzem tornando-se verdadeiras pragas urbanas, ameaçando a saúde da

sociedade.

Estes animais, como qualquer ser vivo, possuem seus fatores essenciais para

a sobrevivência, assim como: água, abrigo e alimento( RICKLEFS, 1996).

Água não é fator limitante em nosso meio, mas pode-se nos interferir outros

dois fatores que são alimento e abrigo, de modo que espécies indesejáveis não se

alastrem de maneira incontrolável (SCHOWALTER, 1952).

Para tanto, é necessário se conhecer os modos de vida de tais espécies, o

que serve de alimento e abrigo para cada uma que se pretende controlar. Com a

adoção de medidas preventivas ao alastramento de tais pragas, é possível manter a

saúde dos ambientes públicos. Desta maneira, pode-se contribuir para a melhoria da

qualidade de vida (São Paulo, Secretaria Municipal de Saúde, CCZ, 2003).

3.4.1 As pragas urbanas

Pragas urbanas são animais que causam incômodo, doenças, prejuízo, e

ainda podem contaminar ambientes e alimentos.

Nenhum animal existe com a intenção de ser praga, somente se aproveitam

das facilidades encontradas no meio em que vivem. Em situação de equilíbrio na

cadeia alimentar e no ambiente natural, não haveria pragas.

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Ser praga é uma condição momentânea, e não uma característica do animal.

A praga é um indicador ambiental, e havendo vulnerabilidade do meio, há instalação

da mesma (DUARTE, 2013).

A origem das pragas é mais antiga que a civilização humana, onde o

desequilíbrio causado pelo homem em seu ambiente proporciona o dano que as

espécies praga causam.

O acúmulo de detritos, condições precárias de higiene, saneamento e

educação geram o descontrole, condições totalmente diferentes do habitat natural

destas espécies.

Diversos animais sinantrópicos se tornaram pragas, seja pelos danos diretos

causados aos bens materiais, pela transmissão de doenças ou pelo incômodo que

eles causam. Destes, os insetos têm seu destaque, pela adaptação e pelo alto

potencial reprodutivo.

Todos os animais sinantrópicos considerados pragas urbanas devem ser

manejados, a fim de que seus níveis populacionais não se excedam, pois o que

qualificamos como praga hoje, pode deixar de ser amanhã (FIGUEIREDO, 2013).

Baratas, roedores, formigas, moscas, percevejos, pulgas, aranhas,

escorpiões, carrapatos, cupins são algumas das principais pragas controladas por

empresas de controle de pragas vetores e pragas (ANTUNES; TAKEBAYASHI,

2003).

3.4.2 Percevejos de Cama ou Cimicídeos

Os cimicídeos, ou popularmente chamados de percevejos de cama são

pertencentes à Ordem Hemiptera (ZORZENON, 2006)

A família Cimicidae compreende atualmente seis subfamílias, 23 gêneros e 91

espécies. Treze dos 23 gêneros são associados aos morcegos e nove gêneros

associados às aves. O gênero Cimex (Figura 2) é uma exceção por se associar

tanto aos morcegos, aves e humanos. Possuem um corpo ovalado, medindo entre

4,5 a 7 mm de comprimento. Os insetos deste gênero são ápteros e possuem

hemielitros curtos e reduzidos em forma de escamas.

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Figura 2: Fêmea e macho de Cimex sp.

Fonte: http://www.hermann-levinson.de/bettwanze.htm

Na atualidade se conhece somente três espécies de percevejos de cama com

hábitos antropofílicos: Cimex lectularius distribuído amplamente no mundo, Cimex

hemipterus e Leptoamex boueti (HWANG, 2005).

Seu desenvolvimento é hemimetábolo, passando pelas fases de ovo, ninfa

com cinco estádios e adulto. Podem se reproduzir durante todo o ano em condições

favoráveis como disponibilidade de alimento, temperatura e abrigo (NASCIMENTO &

BARATA, 2008).

Uma fêmea saudável de C. lectularius faz a postura de cerca de 500 ovos

durante sua vida. O tempo de desenvolvimento da espécie varia de acordo com

alguns fatores, por exemplo, quanto a escassez de alimento: as fêmeas fecundadas

são capazes de ovopositar ovos férteis mesmo não tendo realizado repasto

sanguíneo após o ingresso na fase adulta( FORATTINI, 1990).

A convivência humana na presença desses insetos é bastante incômoda, uma

vez que durante o repasto sanguíneo algumas proteínas contidas na saliva deste

inseto acarretam em sérias reações alérgicas, causando irritação, prurido, edema.

(CRIADO, 2011).

Além do mais, sua presença causa repulsa e desconforto, uma vez que os

percevejos de cama já estiveram associados à falta de higiene (ARAÚJO, 2009).

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Na década de 1940, os percevejos de cama se tornaram populares, sendo

estes, pragas associadas aos locais com baixos padrões sanitários.

Entre as décadas de 1950 e 1960, com a utilização de DDT e melhoria dos padrões

sanitários e organização da sociedade, tornavam-se raros os registros de

aparecimento de cimicídeos.

Em 1990, os casos com cimicídeos eram cada vez mais frequentes, porém

não mais estavam associados à imundice, e sim ao aumento do intercambio

populacional para todos os lugares do mundo. Deste modo, as grandes cidades se

tornaram ambiente propício para uma infestação de cimicídeos. (BARATA & LAGE,

2012).

No município de São Paulo, em levantamento realizado no ano de 2010 pela

ABCVP, foi demonstrada maior ocorrência de percevejos de cama em áreas de

subprefeituras com maior índice de desenvolvimento humano.

Metodologias são discutidas a respeito do controle de cimicídeos, pois

somente higienização, aspiração, troca do estrado da cama, troca de colchão não se

mostram totalmente satisfatórios. Recomenda-se o controle químico junto a ações

de higienização dos locais infestados (NASCIMENTO, 2012).

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4 MATERIAIS E MÉTODOS

Foi elaborado um questionário de amparo a pesquisa deste trabalho. A

aplicação do questionário foi realizada durante o evento EXPOPRAG 2014, ocorrido

nos dias 24 a 26 de setembro de 2014, no Centro de Convenções Frei caneca,

localizado na Rua Frei Caneca, bairro da Consolação, São Paulo como

representado na figura 3.

A EXPOPRAG é um evento bianual, realizado em parceria com a APRAG,

onde o principal objetivo de sua realização é causar a aproximação das empresas

de controle de pragas às associações regionais, agregando informações técnicas,

apresentando novas formulações e tecnologias.

Palestras com profissionais renomados da área de controle de pragas e

cursos voltados ao controle e biologia dos roedores, cupins, pombos urbanos,

baratas, formigas e mosquitos foram apresentadas nesta edição do ano de 2014 do

evento.

Figura 3: Planta da disposição de áreas do evento EXPOPRAG 2014.

Fonte: http://expoprag.com.br/feira/#planta

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25

O público alvo constava em profissionais do controle de pragas, pertencentes

a empresas privadas e órgãos públicos. Aplicação do questionário foi realizada no

stand do Instituto Biológico, onde os visitantes eram abordados para responder as

perguntas.

O questionário (anexos 1 e 2) levantou os dados da empresa, sobre as

pragas por ordem de importância de faturamento, quais pragas mais difíceis de

controlar, como a empresa obtêm informações sobre produtos, equipamentos e

biologia das pragas e, finalmente, se a empresa já realizou controle de percevejos

de cama.

Grande parte das perguntas foram as mesmas realizadas em 2000 por Paulo

Roberto Corrêa que realizou a pesquisa com o tema Pragas Urbanas: Pesquisa de

mercado.

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5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Oitenta e duas pessoas responderam ao questionário durante a feira na

EXPOPRAG 2014.

São Paulo foi o estado que teve o maior número de empresas

participantes que responderam ao questionário (57%), seguido dos Estados de

Piauí e Minas gerais (5%), Bahia, Rio Grande do Sul e Paraná (4%) (tabela 2).

Para CORRÊA, 2000, São Paulo foi um dos Estados que mais contribuiu

com a pesquisa, seguidos de Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e Bahia.

Tabela 2: Número total de empresas que participaram do questionário sobre

pesquisa de mercado de controle de pragas urbanas durante a EXPOPRAG

2014, período de 24 a 26 de setembro de 2014, na cidade de São Paulo, SP.

Estado

Número total de empresas

entrevistadas (%)

São Paulo 47 (57%)

Piauí 4 (5%)

Minas Gerais 4 (5%)

Bahia 3 (4%)

Rio Grande do Sul 3 (4%)

Paraná 3 (4%)

Pernambuco 2 (2%)

Rio de Janeiro 2 (2%)

Ceará 2 (2%)

Distrito Federal 2 (2%)

Goiás 2 (2%)

Santa Catarina 2 (2%)

Amazonas 1 (1%)

Espírito Santo 1 (1%)

Pará 1 (1%)

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27

Paraíba 1 (1%)

Amapá 1 (1%)

Alagoas 1 (1%)

64 empresas de controle de pragas participaram da pesquisa, dentre elas,

empresas públicas e privadas. Na tabela 3, podemos conferir algumas das

empresas participantes da pesquisa.

Tabela 3: Nome das empresas participantes da pesquisa e número de

entrevistados (%) por empresa.

Empresas Participantes

Número de entrevistados

Prefeitura de São Paulo 6

Ecolab 5

Loremi 3

Prefeitura de Santos 2

Praxis 2

Termitek 2

Top Pragas 2

DDInsetos 2

DDLimp 2

Sanesur 1

Fim das Pragas 1

MG Ambiental 1

Equilíbrio saúde ambiental 1

Pragtec 1

19 Controle de Pragas 1

DDGus 1

No praga 1

Ambiental 1

Protecta 1

Global Dedetizadora 1

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Zap Pragas 1

Radar Desinsetizadora LTDA 1

Desratox 1

Extermine 1

Nova Sadine 1

Wali Saúde Ambiental 1

Biovet 1

Couto Dedetizadora 1

Riva Saúde Ambiental 1

Insetsan 1

Focus 1

Keyppy 1

Avira Dedetizadora e Desentupidora 1

Desentupidora Marauense 1

Pestcontrol 1

Antinsect 1

Truly Nolen 1

Desinflex 1

Alta Sul 1

Dedetizadora Aquanax 1

Degrag Service 1

Rinagnowiski 1

Biopratica 1

LTAmbiental 1

Rio Prag 1

Vegetal Agronegócios 1

Doutor Pragas 1

DDDez 1

Desintec 1

Domínio Ambiental 1

Exalar Saúde Ambiental 1

Re Lagos 1

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Dentre os participantes da pesquisa, havia uma grande diversidade de

cargos ocupados nas empresas.

Os cargos de Diretor, Técnico aplicador e agente de zoonoses possuíam o

maior número de representantes, sendo respectivamente 17%, 14% e 11% dos

participantes da pesquisa.

Tabela 4: Cargos ocupacionais dos participantes da pesquisa e número de

entrevistados (%) por cargo.

Cargos Ocupados

Número total de entrevistados (%)

Diretor 14 (17%)

Tecnico Aplicador 12 (14%)

Agente de Zoonoses 9 (11%)

Sócio 7 (8%)

Administrativo 5 (6%)

Gerente Técnico 4 (5%)

Proprietário 4 (5%)

Supervisor Operacional 4 (5%)

Formigas Arujá Desinsetização 1

Desentupidora Predial 1

DDDias Controle Ambiental 1

Multisan 1

Sam Controle Ambiental 1

Extinseto 1

Higprotect 1

Asseio 1

Impacto Controle ambiental 1

Tupa Dedetizadora 1

Biológica 1

Vip Ambiental 1

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Gerente Operacional 4 (5%)

Gerente Comercial 4 (5%)

Biólogo 4 (5%)

Responsável Técnico 4 (5%)

Vendedor 3 (3%)

Engenheiro Agrônomo Proprietário 2 (2%)

Gestor de Qualidade 1 (1%)

Segurança do Trabalho 1 (1%)

Estagiário 1 (1%)

Entomólogo 1 (1%)

As pragas de maior importância financeira para as empresas (Figura 4)

foram: baratas (32%), roedores (17%), cupins (14%) e formigas (13%).

Segundo CORRÊA, 2000, as pragas de maior importância financeira para

as empresas controladoras de pragas no Brasil foram Baratas, cupins, ratos,

formigas e pulgas. Já em São Paulo estes dados passam a ser representados

por: Baratas, cupins, ratos e formigas.

Figura 4: Pragas de maior importância no faturamento das empresas

participantes da pesquisa de mercado de pragas urbanas.

32%

17%13%

14%

9%

5%5% 3%

2%

Pragas de maior importância no faturamento

Baratas

Roedores

Formigas

Cupins

Moscas

Pulgas

n=82 pessoas entrevistadas

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As pragas relatadas como mais difíceis de controlar (Figura 5) foram:

baratas (21%), cupins (17%), ratos (15%), pombos (8%), formigas e pulgas (7%)

cada, já para CORRÊA, 2000, as pragas de difícil controle no Brasil foram:

formigas, cupins, baratas, ratos, pombos, escorpiões e pulgas. Já para o Estado

de São Paulo as pragas mais difíceis de controlar foram: cupins, baratas,

formigas, ratos, aranhas, escorpiões, pulgas/traças e pombos.

As principais dificuldades no controle foram aspectos sobre seu ciclo de

vida (30%), controle de colônias (19%), condições da espécie (16%), Resistência

aos praguicidas (14%), entre outras (Figura 6).

Figura 5: Pragas mais difíceis de controlar, na opinião dos entrevistados durante

a feira da EXPOPRAG 2014, no período de 24 a 26 de Setembro, na cidade de

São Paulo, SP.

21%

17%

15%8%

7%

7%

5%

5%5%

3% 3%2%

1%

1%

Pragas mais difíceis de controlar

Baratas

Cupins

Ratos

Pombos

Formigas

Pulgas

Mosca

Mosquito

Percevejo de Cama

Praga de Grãos

Carrapatos

Escorpiões

Aranhas

Ácaros

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Figura 6: Dificuldades no controle de pragas enfrentado pelos entrevistados

durante a EXPOPRAG 2014, no período de 24 a 26, na cidade de São Paulo,

SP.

Ainda sobre as dificuldades encontradas no controle das pragas urbanas

citadas acima, 29 entrevistados (30%) relataram como maior dificuldade o ciclo

de vida das espécies. Por este motivo, foi agregada a esta pesquisa uma breve

descrição quanto às principais pragas de difícil controle.

Baratas

As baratas são insetos pertencentes à ordem Blattodea. Habitam o planeta

Terra há aproximadamente 350 milhões de anos, no período Carbonífero da Era

Paleozóica.

Cerca de 4000 espécies são conhecidas no mundo, porém menos de 1% são

consideradas pragas urbanas (Thyssen et. al, 2004).

De todos os insetos considerados pragas para o homem, as baratas são as

causadoras do mais asco e incômodo por estar diretamente relacionadas com a falta

de hábitos de higiene (Potenza,2004).

Algumas espécies de baratas se tornaram pragas através da utilização das

condições que o homem oferece no ambiente urbano, recriando replicas de seus

30%

19%16%

14%

7%

7%5%

1% 1%

Dificuldades no controle das pragas

Ciclo de vida

Controle de colônias

Condições da espécie

Resistência aos praguicidas

Higiene do local

Oferta de alimento

Legislação Ambiental

Elevado Custo

Falta de praguicida

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habitats naturais, agregando a esse fato uma grande vantagem, a ausência de

predadores naturais ciclo reprodutivo rápido, passando por ovo, ninfa e adulto.

(FIGUEIREDO, 2008).

Em condições normais, possuem habito noturno aliado ao hábito criptobiótico

e gregário, porém em áreas de alta infestação podem aparecer durante o dia.

As espécies de maior importância para controle são Blatella germânica,

popularmente conhecida como francesinha, possui hábitos noturnos e Periplaneta

americana, conhecida como barata de esgoto e Blatta orientalis, com importância

para a saúde pública.

Tais espécies são consideradas importantes, pois são potenciais vetores de

patógenos, causadoras de toxiinfecções alimentares, infecções gastrointestinais,

entre outras. (Parreira et al, 2010)

Podemos também incluir as baratas no grupo de insetos que mais causam

alergias em humanos, mais do que ácaros e pelos de gatos.

As principais fontes de alérgenos das baratas estão nas fezes, exoesqueleto,

ovos e saliva, alérgenos conhecidos como Blag1, Blag2 e Per a1.

No que se diz a respeito do controle, as aplicações com aerossóis são de

grande valia, desde que sejam de uso profissional, aliados a vedação de fendas e

frestas.

O uso de pó seco é um auxiliar no tratamento localizado e pontual, conciliado

a utilização de um praguicida de efeito Knock down.

Em ambientes onde já foi diagnosticada uma alta infestação, não é possível

desconsiderar tratamentos de alto impacto, porém um controle regular e inspeção se

fazem necessário para que a infestação não volte. (FIGUEIREDO, 2014)

As formulações de microencapsulados e outras formulações em base aquosa

são mais seguras para utilização em áreas internas.

Após a realização do controle da infestação, medidas de limpeza e sanitização

dos ambientes são necessárias, a fim de diminuir o contato com os agentes

alérgenos provenientes das baratas (FIGUEIREDO, 2011).

Moscas

São insetos da ordem Diptera (di=dois, ptera=asa), surgiram há cerca de 65

milhões de anos, no Período Paleógeno da Era Cenozóica.

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Subordem Brachycera, Infraordem Muscomorpha, estão divididas em cerca de 150

mil espécies.

As moscas apresentam metamorfose completa, sendo os instares: ovo, larva,

pupa e adulto.

O aparelho bucal é do tipo sugador lambedor e seus hábitos alimentares são

bastante variados, desde matéria orgânica como frutos, açúcares, carnes, produtos

de decomposição, fezes, pus, entre outros. Por conta desses hábitos, são

considerados potenciais vetores de patógenos.

Acredita-se que o transporte desses microorganismos ocorre através da

aderência ao exoesqueleto, nas cerdas presentes no corpo, nas pernas e também

no aparelho bucal.

As moscas sinantrópicas são consideradas vetores mecânicos de

aproximadamente 100 patógenos diferentes, podendo transmitir cerca de 70

patógenos.

A espécie Musca domestica está distribuída mundialmente, facilmente

reconhecida pela presença de 4 listras escuras longitudinais, localizadas no dorso

do tórax.

Os ovos são depositados em matéria orgânica em fermentação, ou sob fezes.

Cada fêmea pode ovopositar de 400 a 900 ovos. Uma fêmea adulta pode viver ate

12 semanas.

As espécies do gênero Chrysomya possuem o ciclo biológico semelhante ao

gênero Musca, porém em sua morfologia diferem principalmente pelo tamanho

avantajado e coloração verde e azul metálico. A diferença entre os dois gêneros está

no substrato de ovoposição, onde a Musca domestica deposita seus ovos em fezes

animais e humanas, lixo orgânico e matéria orgânica.

Já as espécies do gênero Chrysomya buscam substratos iguais à Musca

domestica e tecidos em decomposição, animais mortos e vivos.

As moscas possuem um mecanismo excepcional para a digestão; o inseto

lança sobre seu alimento uma substância de Ph ácido, como o suco gástrico, a fim

de digeri-lo para enfim sugá-lo, pois as moscas não são capazes de absorver nada

sólido. Alimentam-se de matéria animal ou vegetal em decomposição, açúcar, fezes

entre outros.

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A presença de moscas em locais é notada pela presença de manchas

escuras, pelo depósito de fezes, e manchas claras devido ao lançamento de saliva,

característico do animal (DUDAS; LAERTY, 1988).

A participação das moscas sinantrópicas como vetores de microorganismos

patógenos em espécies por aqueles causadores de gastroenterites é uma questão

preocupante, levando em consideração o crescente mercado de produtos

alimentícios, em especial restaurantes e barracas de alimentos ao ar livre em

atendimento as necessidades de nossa população faz-se necessário atentar-se a

presença destes insetos nesses ambientes e a busca por metodologias que

impeçam a entrada e permanência às áreas de preparo e exposição de alimentos

para o consumo.

De modo preventivo, em todos os locais se faz necessário o trabalho de

educação sanitária, de forma a minimizar os efeitos trazidos por estes insetos. Os

investimentos devem ser implementados no sentido de modificar o ambiente,

bloqueando o acesso destes insetos ao interior desses estabelecimentos, como

cortinas de ar, armadilhas luminosas, entre outros. No lado externo investir em

saneamento, canalização de esgotos e dejetos, eliminando assim as fases iniciais

do ciclo de vida dos espécimes (SCHULLER, 2000).

Mosquitos

Assim como as moscas, os mosquitos são dípteros por apresentarem dois

pares de asas, o primeiro membranoso, e o segundo um par atrofiado, os halteres,

que auxiliam no equilíbrio para o vôo. São pertencentes à subordem Nematocera,

onde serão destacados os gêneros de importância zoonótica, como o Aedes, onde

destacamos a espécie Aedes Aegypti e o Culex.(DUARTE,2002)

Ambos os gêneros em questão, encontram-se perfeitamente adaptados às

condições urbanas, a exemplo disso, podemos citar os mosquitos pertencentes ao

gênero Culex, adaptados a córregos poluídos, esgotos, valetas, entre outros; já os

mosquitos pertencentes ao gênero Aedes, encontram-se facilmente em estágio

larval em tanques, caixas d’água, pneus, pratinhos de vasos com plantas, ou

qualquer material capaz de armazenar água decorrente das chuvas.

Entre os gêneros apresentados, existem pequenas diferenças, os mosquitos

pertencentes ao gênero Culex, preferem águas poluídas, rica em matéria orgânica,

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para efetuar a postura de seus ovos, que em média são entre cem a trezentos ovos

depositados diretamente na água, em uma disposição que lembra uma jangada. Os

adultos de Culex vivem de trinta a sessenta dias; já as fêmeas de A. aegypti

preferem a água limpa e com sombra para a deposição de seus ovos, como paredes

de recipientes, caixas d’água, superficialmente.

Os ovos de Aedes podem resistir a um período de estiagem de um ano, só

eclodem em condições favoráveis ao desenvolvimento do mosquito. Os adultos

vivem em média quarenta e cinco dias.

Os mosquitos são insetos que também apresentam seu desenvolvimento

completo, com duas fases bem distintas: A fase aquática e a fase aérea.

A água é um fator essencial para a existência do mosquito, pois é través desta

que o mosquito completa seu ciclo de vida, outro fator de grande importância é a

temperatura, que se propícia aumenta a taxa de eclosão e desenvolvimento de

larvas em adultos.

Na fase aquática, os instares: ovo, larva e pupa, são dependentes desse

recurso, onde alimento e temperatura são fatores de variância quanto ao tempo de

desenvolvimento, entre sete e quinze dias.

As larvas, popularmente chamadas de martelinhos, são visíveis na água,

sobem para respirar na superfície e descem para se alimentar.

Na fase aérea, já são adultos, onde somente as fêmeas possuem o hábito da

hematofagia, pois e através deste hábito, que se podem nutrir os ovos para a

postura, enquanto isso os machos da espécie alimentam-se da seiva de vegetais.

Os mosquitos da espécie A. aegypti são importante vetores do vírus da

Dengue, Febre Amarela e febre Chikungunya e febre Zica.

É importante ressaltar a população que os mosquitos não nascem com o

vírus, e sim os adquire ao picar alguém que esteja contaminado com o vírus. Uma

vez contaminado, os vírus se multiplicam no organismo do mosquito, que depois são

transmitidos para outra pessoa através do repasto sanguíneo.

Formigas

As formigas são insetos pertencentes a ordem Hymenoptera

(hymen=membrana, ptera=asa), pertencem ao mesmo grupo das abelhas e vespas.

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São chamadas de insetos sociais pelos hábitos de vida social entre os indivíduos da

colônia.

As formigas possuem importante papel, na aeração do solo, remoção de

partículas e reciclagem de nutrientes.

Diversas espécies possuem hábitos predatórios, muito úteis na agricultura, no

controle de pragas agrícolas, sendo estas agentes polinizadoras.

No meio urbano a maioria das espécies são consideradas pragas, invadindo

residências, indústrias, hospitais, entre outros. Algumas espécies são extremamente

incômodas, pois suas mordidas e ferroadas são doloridas, podendo acarretar

reações alérgicas e até choque anafilático.

As formigas são também um perigo à saúde pública nos ambientes

hospitalares, podendo ser vetores de diversas doenças, circulando livremente pelas

instalações hospitalares.

Os fatores que tornam difícil o controle de algumas espécies de formigas se

dizem a respeito da colônia, a dispersão e a quantidade de rainhas. Podem ser

monogênicas, quando há uma rainha ou poligênicas, quando há a presença de

várias rainhas.

Locais como vãos, frestas em azulejos, vasos de plantas, batentes de portas e

janelas ou até troncos de árvores são locais para a instalação das colônias.

Para executar uma boa inspeção sobre formigas é necessário realizar a

aplicação de iscas de monitoramento antes, durante e depois do tratamento, a fim

de avaliar os índices de infestação e controle. Estas iscas são compostas de

alimentos não tóxicos, e atrativos. Iscar pontos estratégicos de aparecimento dos

exemplares é essencial, pois este número de pontos traz a informação a respeito do

índice de infestação. (CAMPOS, 2013)

As formigas possuem basicamente 4 instares de desenvolvimento: ovo, larva,

pupa e adulto, sendo este último representado por machos, fêmeas e operários .

Machos e fêmeas são alados e possuem órgãos sexuais bem desenvolvidos,

já as operarias sempre são fêmeas, sem asas e com órgãos sexuais prematuros.

Algumas operárias possuem cabeça e mandíbula maiores, pois tem a função de

proteger a colônia, são chamadas de soldados (SCHULLER, 2013).

Qualquer forma de controle a ser adotada deve ter como objetivo a colônia

como um todo e não somente as formigas em atividade externa no ninho, que é de

no mínimo 30% da colônia. (BUENO & CAMPOS, 1999)

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Existem alguns fatores necessários para um bom controle:

Conhecer e identificar todas as espécies predominantes.

Conhecer a biologia, etologia e ecologia.

Conhecer todas as matérias primas disponíveis para o controle no mercado.

Praticar ações preventivas, como vedar fendas e frestas, orientando o cliente

nessas ações.

Algumas espécies consideradas como pragas urbanas (CAMPOS & BUENO,

2007)

Odontomachus spp. - Popularmente conhecida como traque traque, algumas

espécies são encontradas em meio urbano.

Acromyrmex sp. - Conhecida como formiga cortadeira ou quemquém.

Tapinoma melanocephalum - Conhecida como formiga fantasma

Monomorium pharaonis e Monomorium floricola – Conhecidas como formiga

faraó.

Paratrechina longicornis e Paratrechina fulva – Conhecidas como formiga

louca.

Componotus spp. – conhecida como formiga carpinteira.

Solenopsis spp. – Conhecida como formiga lavapés.

Pheidole spp – Conhecida como formiga cabeçuda.

Wasmania auropunctata – Conhecida como pixixica.

Crematogaster spp – conhecida como formiga acrobata.

Pachycondila spp. – Conhecida como arranca as calças.

Atta spp – Conhecida como saúva cortadeira.

Cupins

Os cupins ou térmites são insetos pertencentes à infraordem Isoptera

(Isso=Igual, pteros=asa), ordem Blattaria.

São insetos eusociais de convívio em colônias, onde existe um nível organizacional

entre as castas de ambos os sexos e possuem rei e rainha.

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Engloba os indivíduos conhecidos como cupins ou térmites, sendo que suas

formas aladas são chamadas de aleuias ou siriris. Possuem o desenvolvimento

hemimetábolo.

As térmites são dominantes em clima tropical, e estão distribuídos desde em

Florestas úmidas até as Savanas.

Existem aproximadamente 3000 espécies descritas no mundo, e cerca de 300

espécies no Brasil.

Os cupins são benéficos quando encontrados em ambientes naturais, uma

vez que são considerados importantes agentes recicladores de nutrientes. Atua na

trituração, decomposição da celulose, disseminam bactérias e fungos que realizam a

quebra da celulose.

De modo geral, nas colônias dos cupins existe um casal real, indivíduos

jovens e indivíduos estéreis, este ultimo composto por soldados e operários,

responsáveis pela tarefa de organização da colônia. Nas colônias maduras de

cupins, normalmente anualmente ocorrem os reprodutores alados, popularmente

chamados de aleluias ou siriris, são responsáveis pela fundação de novas colônias.

Cupins são muito conhecidos principalmente pelo seu potencial como praga,

porém os cupins pragas representam somente 10% dos indivíduos dentro da infra

ordem (Costa-Leonardo, 2002)

No meio urbano, os cupins causam prejuízos às estruturas prediais,

residências, bibliotecas, entre outros. Porém para controlá-los, é necessário

primeiramente conhecer seus hábitos, sua biologia, a espécie e outras

características que auxiliarão na decisão de metodologia de controle.

São hemimetábolos, ou seja, as fases imaturas ou larvais são independentes

e desenvolvem suas atividades em sociedade. (Costa-Leonardo, 2013)

Quanto aos seus ninhos, isso depende bastante da espécie e dos hábitos,

pois existem cupins que vivem exclusivamente na madeira seca ou úmida, enquanto

existem outros que nidificam no solo ou em contato com ele, sendo os subterrâneos,

outros fazem ninhos epígeos, ainda há os arborícolas onde os ninhos são

construídos em algum suporte acima do solo, como estacas, postes ou árvores.

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Os cupins são insetos de vida longa, onde um operário pode viver até cinco

anos, e as rainhas em muitas espécies podem chegar até 20 anos. Existem relatos

de rainhas com 50 anos. (LELIS, 2007).

Pulgas

As pulgas são animais que habitam preferencialmente locais úmidos e de

temperatura amena. São hematófagas, onde só os adultos praticam hematofagia.

Uma pulga com alimentação ativa pode sobreviver até quinhentos dias, caso

contrário, vive somente um terço de sua vida, variando a espécie.

Algumas espécies de pulga possuem hospedeiros específicos, outras não possuem

essa especificidade, daí a importância na transmissão de enfermidades.

As principais espécies com maior importância em caráter zoonótico são:

Xenopsylla cheopis, a pulga de ratos domésticos, a principal transmissora da Peste

Bubônica e do Tifo Murino ao homem. Foi através dos ratos pretos (Rattus rattus) e

de ratazanas (Rattus Norvergicus) vindos nos navios mercantes na segunda metade

do século dezenove.

Tunga penetrans, popularmente conhecida como bicho-de-pé, comum em

zonas rurais, onde o solo costuma ser mais arenosos. Nesta espécie, a fêmea

fecundada de T. penetrans penetra nas solas do pé, calcanhar ou nas palmas das

mãos do homem, causando grande incômodo em forma de forte coceira e ulceração.

(Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 2007)

Pulgas do gênero Ctenocephalides são parasitas preferencialmente de cães e

gatos.

As pulgas possuem quatro instares de desenvolvimento: ovo, larva, pupa e

adulto, completando o desenvolvimento.

Como são animais sensíveis a mudanças de temperatura e umidade, o ciclo vital de

ovo até adulto pode levar de três a quatro semanas, dependendo da espécie.

Cada fêmea de pulga após o repasto sanguíneo, em média faz a postura de

trezentos a quinhentos ovos, que podem ser depositados no próprio hospedeiro, no

chão, cama de animais, tapetes ou em ninhos. Os ovos eclodem em um período de

do dois a doze dias; se em temperaturas baixas, o ovo pode permanecer

adormecido por até um ano.

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O período larval consiste na formação de casulo pegajoso. As larvas

pequenas e vermiformes durando de doze a trinta dias esse período. As pupas logo

emergem, e são do tipo livre, onde aderem-se a qualquer local. Após o período de

sete a dez dias surge o adulto, que após vinte e quatro horas está pronto para se

alimentar.

Carrapatos

Os carrapatos pertencem à classe Arachnida e subclasse Acari, junto com

escorpiões e aranhas, sendo encontrados por quase todo o mundo.

Existem aproximadamente 870 espécies de carrapatos no momento, sendo

estas agrupadas em 03 famílias: Ixodidae (Alta concentração de espécies no Brasil),

Argasidae e Nuttaliellidae. (MESQUITA, 2011).

Ixodidae tem alta importância medico veterinária, representados pelos gêneros

Amblyomma, Rhipicephalus e Anocentor, principais vetores para animais e

humanos.

São ectoparasitos de vertebrados terrestres. Em altas infestações pode levar

seu hospedeiro à morte.Sua importância é significativa para a saúde pública e

animal, pois são transmissores de agentes infecciosos durante a hematofagia.

O carrapato estrela (Amblyomma cajennense) é a principal espécie que

parasita seres humanos, considerado o principal vetor da febre maculosa, causada

pela bactéria Rickettsia rickettsii. As principais vitimas são pessoas que vivem ou

visitam zonas rurais, pois nessas regiões há um número significativo de animais

silvestres hospedeiros de carrapatos, aumentando a vetorização destes. (PEREZ,

2008).

A febre maculosa pode ser de difícil diagnostico, principalmente na fase inicial,

inclusive entre médicos experientes.

Os carrapatos são artrópodes desprovidos de capacidade de locomoção ativa a

longas distancias, por isso utiliza-se de seres hospedeiros para aumentar sua

dispersão.

O controle desta espécie pode ser realizado pela remoção ou tratamento com

carrapaticida em seus principais hospedeiros. O uso de barreira física para restringir

a entrada de capivaras, também é uma opção, além da conscientização da

população quanto às áreas de maior infestação.

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Dentre os piretróides, os mais eficientes são: Lambda cyalotrina e Bifentrina.

(LEITE, 2007)

Aranhas

As aranhas são animais pertencentes ao filo Arthropoda, do grego arthros =

articulado + poda = pé, classe Arachinida, onde se encontram exemplares de

animais como ácaros, escorpiões e as próprias aranhas.

Existem aproximadamente trinta e cinco mil espécies de aranhas espalhadas

pelo mundo, dos mais variados tamanhos, formas, colorações e peçonhas. São

animais terrestres, e habitam os mais diversos ambientes, com exceção de áreas

frias.

Em sua grande maioria são predadoras ativas e de hábito noturno, todas as

espécies produzem veneno como defesa própria e obtenção de alimento, que

podem ser de insetos e pequenos invertebrados; algumas espécies maiores podem

se alimentar de pequenos roedores e pássaros. As aranhas não possuem

mandíbulas, por esta razão ingerem pequenos pedaços, ou líquido (STORER,

1991).

As espécies de aranhas de maior interesse zoonótico são as aranhas do

gênero Phoneutria,e Loxosceles, responsáveis por maior número de acidentes por

conta da peçonha potente.

A aranha armadeira apresenta um comportamento agressivo, pois quando

ameaçada, levanta as patas dianteiras, armando o bote para defesa, seu ataque é

feroz, contidas de várias picadas seguidas, injetando veneno a cada picada.

Normalmente não constroem teias, quando constroem são irregulares, sem forma

expressiva. Podem chegar a medir dezessete centímetros de envergadura, podendo

saltar a uma distância de até quarenta centímetros.

As aranhas marrons não são agressivas, abrigam-se sob cascas de árvores,

entre folhas secas, são muito comuns em residências, podendo se alojar atrás de

móveis, cantos de parede, rodapés soltos, em roupas usadas ou locais que não são

limpos com tanta frequência.

A reprodução das aranhas é sexuada, apresentando dimorfismo sexual, os

machos e fêmeas são diferentes, as fêmeas são sempre maiores. Em algumas

espécies ocorre ritual de corte para atração da fêmea.

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A fêmea fecundada faz a postura de ovos em grande quantidade, podendo

chegar a mais de mil ovos, que são depositados em uma bolsa tecida pela fêmea

com fios de seda, denominado de ovissaco ou ooteca. Algumas espécies cuidam da

ooteca, e após a eclosão dos ovos, os filhotes permanecem no dorso da mãe até a

primeira ecdise.

As aranhas são animais que possuem peçonha para sua própria proteção,

alimentação, entre outros.

Com a degradação ambiental, estes animais acabam migrando para os

centros urbanos, causando possíveis acidentes com seres humanos através da

injeção da peçonha por via de glândulas de veneno. A reação à peçonha varia de

organismo para organismo, podendo ser mais letal em pessoas sensíveis a reações

alérgicas. Existem pessoas com alto potencial, a exemplo disso podemos citar a

peçonha da aranha marrom, que possui substâncias analgésicas, fazendo com que

a vítima só se dê conta do ocorrido quando os sintomas estão aparentes. É uma das

peçonhas mais potentes, pois possui a capacidade de destruir as células

sanguíneas, necrosando o tecido atingido. (Souza. Et al,2014)

Escorpiões

Os escorpiões são arachinídeos da ordem Scorpionida, onde estão catalogadas

mais de mil e seiscentas espécies e subespécies.

Existem registros científicos que datam a existência de escorpiões há

quatrocentos milhões de anos.

Os escorpiões são terrestres de hábito noturno, e podem ser encontrados nos

mais variados ambientes, inclusive abrigos junto a habitações humanas.

São excelentes predadores, sua alimentação é constituída de aranhas e insetos.

No Brasil, os escorpiões responsáveis pela maior incidência de acidentes são

as espécies Tityus serrulatus ou escorpião amarelo e Tityus bahiensis, escorpião

marrom ou preto (ALBUQUERQUE & LIRA, 2014).

Os escorpiões são animais vivíparos, ou seja, eles não botam ovos. Os

filhotes desenvolvem-se dentro da fêmea e a gestação dura em torno de dois a três

meses, variando com a espécie. Os filhotes saem da fêmea como miniaturas dos

adultos.

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A ninhada pode conter até vinte filhotes, que logo após o nascimento

permanecem no dorso da mãe até a primeira ecdise. Com um ano, os filhotes

tornam-se adultos, vivendo em média de três a quatro anos.

A espécie T. bahiensis apresenta dimorfismo sexual, já na espécie T.

serrulatus, encontramos somente exemplares fêmeas, dando origem a fêmeas pelo

processo de partenogênese.

Os escorpiões possuem na ponta de sua cauda um aguilhão, por meio deste

pode inocular a peçonha, que varia de potencial dependendo da espécie. As picadas

são responsáveis pelos acidentes mais graves estão associadas ao escorpião-

amarelo, pois apresenta uma peçonha mais perigosa. As picadas de escorpiões são

muito doloridas e podem provocar diversos sintomas, até letais em alguns casos

onde a maior incidência dos casos está na faixa etária pediátrica (BRASIL, Ministério

da Saúde, 2009).

Ratos

Os ratos são roedores, cuja sua principal característica é a presença de

dentes incisivos, que possuem crescimento constante, pelo seu desgaste também

constante.

Estes animais alimentam-se tanto de matéria de origem vegetal, como de

origem animal, sendo classificado como onívoro.

São animais que possuem hábito noturno, por isso atacam as residências

preferivelmente ao cair da noite, são também possuidores de sentidos

extremamente aguçados e bem habilidosos quando se trata de nadar, escalar

paredes, saltar, mergulhar, pendurar-se em fiações, entre outras.

Em busca de alimento, os ratos encontram tais recursos nos lixos

desprotegidos, escolhendo os alimentos em boas condições a serem ingeridos

através de seu olfato e paladar apurados.

Existem distribuídas pelo mundo mais de 1.700 espécies de ratos, onde três

espécies são as de maior importância ao ser humano e sua convivência em meio

urbano. Rattus rattus, mais conhecido como rato preto, rato de telhado ou rato de

forro.Possui grandes orelhas e a cauda bem alongada, característico da espécie.

Habita locais altos, e somente desce em busca de alimento.

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Mus musculus popularmente chamado de camundongo, das espécies é a que

apresenta menor tamanho e maior incidência nas áreas urbanas.

Possui hábito preferencial pelo interior das residências, fazendo seus ninhos

em locais protegidos, como armários, fogões, gabinetes de pia, ou em qualquer

fresta desprotegida. Por ser uma espécie de comportamento curioso, acaba sendo

alvo fácil de ratoeiras.

Rattus norvergicus, conhecido como ratazana ou rato de esgoto, esta espécie

possui o curioso habito de cavar suas tocas na terra em terrenos abandonados,

beiras de córregos, bueiros, lixões, entre outros. É através de armazenamentos

impróprios de resíduos orgânicos que a ratazana retira seu alimento. Esta espécie é

o grande responsável pelos surtos de leptospirose, acidentes com mordeduras e

contaminação de alimentos pelos seus dejetos e urina. Dentre os três exemplares é

a que apresenta maior tamanho.

De modo geral, a vida media de um rato é de cerca de um ano. A maturidade

sexual é atingida a partir do seu terceiro mês de vida, sendo que o tempo médio de

gestação é de dezenove a vinte e dois dias. A prole pode ser contida de cinco a

doze neonatos. De acordo com as condições, se propícias, pode viver até dois anos.

Os ratos possuem um importante papel como vetores de inúmeras doenças,

como a leptospirose, a peste bubônica, a hantavirose, entre outras. Uma das

doenças mais freqüentes ao ser humano nos grandes centros urbanos é a

leptospirose, é uma doença causada pela bactéria Leptospira interrogans, presente

na urina do rato.

Em situação de enchentes a urina contida nos bueiros e esgotos mistura-se a

água e lama. Em caso de contato com a água contaminada pela urina do rato,

poderá haver o contágio, pois a L. interrogans possui o poder de penetrar no

organismo através da pele, principalmente se o indivíduo possuir escoriações como

cortes e arranhões amostra.

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Os entrevistados relataram que as informações sobre biologia,

equipamento e controle de pragas são obtidas em cursos (23%), palestras

(20%), Internet (13%) e fornecedores (12%) (Figura 7).

Segundo CORRÊA, 2000, as empresas obtinham informações técnicas

sobre as pragas através de Distribuidores, fabricantes, associações, jornais,

revistas e revendas agrícolas.

Figura 7: Principais meios pelos quais as empresas controladoras de pragas

obtêm informações sobre as pragas urbanas.

Dos 82 entrevistados (100%), 35 destes (43%) responderam que já

realizaram o controle específico para percevejos de cama.

Da amostragem dos 35 entrevistados (100%) que já atenderam

ocorrências para controle específico de percevejos de cama, questionamos a

respeito da data de realização do último serviço, onde 26 entrevistados (73%)

que já atenderam ocorrências para o controle específico para percevejos de

cama, efetuaram os trabalhos no ano de 2014. (Figura 8).

Quanto ao local de realização dos trabalhos para controle de percevejos

de cama (Figura 9), 16 entrevistados (46%) atenderam a Hotéis e Hostels, 12

entrevistados (34%), atenderam a residências, 3 entrevistados (9%) atenderam

23%

20%

13%

12%

10%

8%

7%4%

2%

1% 0%

0%

Meios para obter informações auxiliares

CURSOS

PALESTRAS

INTERNET

FORNECEDORES

BIBLIOGRAFIA

TREINAMENTO

EVENTOS

PRÁTICA DIÁRIA

APRAG

INSTIUTO BIOLÓGICO

EMAILS

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albergues/alojamentos e 4 entrevistados (11%) atenderam a outros locais como

bordéis,asilos, motéis entre outros.

Figura 8: Data aproximada do último controle de percevejo de cama realizado

pelas 35 entrevistados participantes da pesquisa.

Figura 9: Locais de realização do tratamento específico para percevejos de

cama.

2% 12%

12%

74%

Data aproximada do controle de percevejos de cama

2010

2012

2013

2014

n= 35 pessoas entrevistadas

46%

34%

9%

11%

Local da realização do tratamento

Hotel/Hostel

Residência

Albergue/Alojamento

Outros

n= 35 pessoas entrevistadas

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A região com maior incidência de realização de controle de percevejos de

cama foi a Sudeste, com 54% dos casos, seguido das regiões Nordeste, com

14%, Sul com 6% e Centro Oeste com 3%.

Dentre os locais de realização de tratamento para os percevejos de cama,

obtivemos um número significativo de trabalhos realizados em residências

(34%), então solicitamos aos participantes da pesquisa informar se o morador

havia realizado alguma viagem ao exterior (figura 10), e em 7 residências (59%

dos casos) o morador havia viajado, e em 5 residências (41% dos casos) não.

Figura 10: Possibilidade do morador da residência que recebera o tratamento

para percevejos de cama ter viajado ao exterior.

Destes moradores que viajaram, se saberiam informar para qual País realizaram

esta viagem.

45% dos moradores realizaram viagens aos EUA, 22% para o Canadá, 11% para

o Uruguai e Chile, e outros 11% não sabiam informar (figura 11).

59%

41%

Se o controle foi residencial, o morador foi para o exterior?

sim

não

n= 12 pessoas entrevistadas

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Figura 11: Gráfico representativo dos países visitados por moradores das

residências cujo imóvel recebeu o controle de percevejos de cama.

45%

22%

11%

11%

11%

Viajante para qual País?

EUA

Canadá

Uruguai

Chile

Não sabe

n=7 pessoas entrevistadas

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6 CONCLUSÃO:

Após quatorze anos desde a pesquisa de CORRÊA, 2000, foi possível

observar mudanças no que se diz respeito ao mercado das empresas de controle de

pragas.

As pragas de maior importância financeira para as empresas controladoras

de pragas permanecem as mesmas desde o levantamento realizado em 2000,

porém em ordem diferenciada. Isso demonstra que não houve grandes mudanças

quanto às metodologias de controle das espécies de baratas, roedores, formigas e

cupins.

Quanto aos meios pelos quais as empresas mantêm-se informadas sobre as

novidades do mercado, foi possível observar que atualmente as empresas não se

restringem apenas aos treinamentos oferecidos pelos fornecedores de produtos e

equipamentos como observado em CORRÊA, 2000. Atualmente, as empresas

procuram por cursos de atualização técnica de seu corpo de funcionários. Tal ação

demonstra o investimento em um corpo técnico robusto, a fim de oferecer um

diferencial na hora da contratação do serviço.

Dentre as dificuldades citadas quanto ao controle de pragas urbanas pode-se

notar que o ciclo de vida das espécies ainda é a maior dificuldade. Por este motivo

foi agregado a esta pesquisa uma breve descrição quanto às pragas de difícil

controle, a fim de contribuir com o conhecimento.

Quanto as ocorrência de realização de controle específico para percevejos

de cama, menos da metade (43%) das empresas entrevistadas já realizaram

trabalhos para controle desta praga. O maio número de ocorrências foi registrado no

ano de 2014, sendo comuns ocorrências associadas à Hotéis/Hostels e residências

de pessoas viajantes para o exterior, principalmente para os Estados Unidos,

Canadá, Uruguai e Chile.

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ANEXO 1

Questionário de amparo à pesquisa científica

Nome:______________________________________________________________

Empresa:____________________________________________________________

Cargo:______________________________________________________________

Endereço:___________________________________________________________

Estado:__________________________________Cidade:_____________________

Bairro:___________________________________CEP:_______________________

Telefone:____________________________________________________________

Email:______________________________________________________________

Assinale quais as pragas de ordem de importância no faturamento de sua empresa.

( )Ácaros ( )Aranhas ( )Baratas ( )Cupins

( )Escorpiões ( )Formigas ( )Moscas ( )Pombos

( )Pulgas ( )Ratos ( )Traças ( )Outras______

Em sua opinião, quais são as pragas mais difíceis de controlas? Por quê?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Como você obtém informações técnicas sobre os produtos, equipamentos, biologia

das pragas, controle e manejo?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

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ANEXO 2

Pesquisa sobre a ocorrência de Percevejos de cama no Brasil.

Sua empresa Já foi contratada para fazer o controle de percevejos de cama?

( )Sim ( )Não

Data aproximada do controle:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Onde ( Cidade,Bairro, local- residência,hotel, cinema,ônibus,avião, outros):

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Se o controle foi feito em residências, você sabe dizer se o morador fez alguma

viagem ao exterior? Se sim, para qual país?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________