UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA...

30
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA PREVENTIVA DISCIPLINA: DOENÇAS INFECCIOSAS AULA: LINFADENITE CASEOSA EUGENIA MÁRCIA DE DEUS OLIVEIRA

Transcript of UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA...

Page 1: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA PREVENTIVA DISCIPLINA: DOENÇAS INFECCIOSAS AULA: LINFADENITE.

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA

DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA PREVENTIVA

DISCIPLINA: DOENÇAS INFECCIOSAS AULA: LINFADENITE CASEOSA

EUGENIA MÁRCIA DE DEUS OLIVEIRA

Page 2: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA PREVENTIVA DISCIPLINA: DOENÇAS INFECCIOSAS AULA: LINFADENITE.

LINFADENITELINFADENITE CASEOSACASEOSA

Definição Histórico Etiologia Sensibilidade Epidemiologia Patogenia Sinais clínicos Diagnóstico Prognóstico Tratamento Profilaxia Vacinas

Page 3: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA PREVENTIVA DISCIPLINA: DOENÇAS INFECCIOSAS AULA: LINFADENITE.

Definição

A linfadenite caseosa consiste numa doença infecto-contagiosa crônica, também conhecida como “mal do caroço” ou “falsa tuberculose”. Acomete caprinos e ovinos e caracteriza-se, geralmente, pela hipertrofia dos gânglios linfáticos localizados nas diversas regiões do corpo do animal.

Page 4: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA PREVENTIVA DISCIPLINA: DOENÇAS INFECCIOSAS AULA: LINFADENITE.

Histórico

Século XIX: Poucos relatos Confusão com enfermidade causada em roedores por uma

Pasteurella, ambas receberam o nome de Pseudotuberculose.

Corynebacterium – linfadenite caseosa. Em 1888, Nocard isolou uma bactéria de afecção nodular

subcutânea de bovino – C. pseudotuberculosis. Em 1891, Preisz e Guinard isolaram bactéria similar dos rins de

ovelhas. Em 1893, Nocard isolou de equinos, enfermidade cutânea

similar ao mormo. Em 1894, Preisz observou e descreveu melhor o agente,

comparando-o com o bacilo diftérico – Bacillus pseudotuberculosis ovis.

1894 – agente foi observado e isolado com mais frequência de linfadenite caseosa de ovelhas e cabras, de linfangite ulcerativa de equinos e de alguns processos cutâneos supurativos de ovinos.

Em 1918, Eberson o classificou como Corynebacterium pseudotuberculosis.

Page 5: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA PREVENTIVA DISCIPLINA: DOENÇAS INFECCIOSAS AULA: LINFADENITE.

Etiologia

Corynebacterium pseudotuberculosis

• Bactéria intracelular facultativo;

• Formas cocóide à filamentosa;

•Gram positiva;•Tamanho: 0,5 a 0,6 mm de diâmetro/ 1,0 a 3,0 mm de comp.

•Fatores de virulência: PLD – fosfolipase D, potente exotoxina hemolítica. Lipídeo de superfície, que constituem

cerca de 6,52%da parede celular.•Granulações metacromáticas;

•Anaeróbia facultativa;

•Catalase positiva;

Page 6: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA PREVENTIVA DISCIPLINA: DOENÇAS INFECCIOSAS AULA: LINFADENITE.

Etiologia

• Produz uréia, fermenta glicose e maltose;

• Resposta negativa: Testes de esculina, piramidase, hidrólise de gelatina, fermentação do manitol e da xilose;

• Testes de fosfolipase alcalina, fermentação de sacarose, e nitrato redutase: variam de acordo c/ as linhagens.

48 a 72h em meio ágar sangue – colônias pequenas (0,5 mm de diâmetro), esbranquiçadas, ressecadas, com hemólise nítida;

Em meio MacConkey as colônias inicialmente possuem cor creme e após 48h tornam-se rosa metacromáticas.

Page 7: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA PREVENTIVA DISCIPLINA: DOENÇAS INFECCIOSAS AULA: LINFADENITE.

Importância econômica e de Saúde Pública

Ovinos: redução de 6,6% no peso da lã, taxa de crescimento

Condenação de carcaças Caprinos: redução no valor do couro

Forma visceral disseminada: ineficiência reprodutiva, síndrome da ovelha magra, morte e descarte.

No homem: rara (linfadenite de curso longo e recidivante) – doença ocupacional de tosquiadores.

Page 8: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA PREVENTIVA DISCIPLINA: DOENÇAS INFECCIOSAS AULA: LINFADENITE.

Sensibilidade

Exposição ao sol;

Desinfetantes comuns;

Tº superior a 70º;

Antibióticos: penicilina G, macrolíticos, tetraciclinas, cefalosporinas, lincomicina, cloranfenicol e a um coquetel de sulfamina – trimetropina e rifampicina.

* Aminosídeos: varia de acordo com o biovar.

Page 9: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA PREVENTIVA DISCIPLINA: DOENÇAS INFECCIOSAS AULA: LINFADENITE.

Epidemiologia

Fatores de risco:- Idade- Raça- Tosquia- Traumas em geral: pastagens e colares no

pescoço- Introdução de animais infectados

Page 10: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA PREVENTIVA DISCIPLINA: DOENÇAS INFECCIOSAS AULA: LINFADENITE.

Epidemiologia Cadeia de transmissão

a) Fontes de infecção: animais com abscessos abertos.

b) Via de eliminação: pus dos linfonodos

c) Vias de transmissão: - Contato direto: secreções infectantes- Contato indireto: materiais utilizados na tosquia,

tatuagem, castração, corte de cauda, corte umbilical e fômites.

d) Porta de entrada: Pele íntegra, lesões de pele e via oronasal

e) Susceptíveis: ovinos e caprinos raramente bovinos e equinos,experimentalmente: porquinhos-da-Índia e camundongos.Cervídeos, camelos e suínos.

Page 11: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA PREVENTIVA DISCIPLINA: DOENÇAS INFECCIOSAS AULA: LINFADENITE.

Epidemiologia

Morbidade: variável, em rebanhos que se mantém endêmica entre 10 e mais de 50% dos animais adultos, e até em 10% dos que tem até um ano.

Letalidade: 100%, se os afetados fossem todos mantidos, pois os adultos vão depauperando progressivamente. Como muitos borregos e cabritos vão para o corte, não é possível estabelecer taxa de letalidade.

Mortalidade: prejudicada pela diferente morbidade conforme a região.

Page 12: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA PREVENTIVA DISCIPLINA: DOENÇAS INFECCIOSAS AULA: LINFADENITE.

Ocorrência da Linfadenite caseosa

Enfermidade de ocorrência mundial.

Prevalência: países que possuem grandes criações de ovinos e caprinos

Relatos em: Austrália, Argentina, Nova Zelândia,África do Sul, Estados Unidos, Egito, Turquia, Sudão, França, Noruega, Holanda e Canadá.

No Paquistão: C. pseudotuberculosis causadora da linfadenite caseosa em camelos.

No BRASIL: ocorrência em diferentes épocas e em diversos estados.

COSTA et al. (1973): incidência de 30% nos rebanhos de caprinos no Estado da Bahia.

Em 2000: prejuízo causado pela incidência da linfadenite caseosa no Estado da Bahia – quatro milhões de reais por ano.

20% do rebanho caprino da Bahia é contaminado com a C. pseudotuberculosis

Page 13: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA PREVENTIVA DISCIPLINA: DOENÇAS INFECCIOSAS AULA: LINFADENITE.

Ocorrência da Linfadenite caseosa

No Ceará, SILVA et al. (1982), estudaram durante dois anos caprinos mantidos em cativeiro:- 50% comprometimento dos gânglios parotídeos, submandibulares, retrofaríngeos, cadeia cervical, pré-escapulares, pré-curais e testículos.

No Estado do Rio de Janeiro, LANGENEGGER et al. (1988):- Incidência de 29,4% em 13 rebanhos de caprinos leiteiros.

Na região Sudeste MAGALHÃES et al. (1985) relataram:- Incidência de 33,0%.

Page 14: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA PREVENTIVA DISCIPLINA: DOENÇAS INFECCIOSAS AULA: LINFADENITE.

Patogenia

A bactéria penetra no hospedeiro através das vias:

1. Respiratória;2. Percutânea;3. Digestiva

1. Regime fechado, condições de instalaçaõ precárias (falta de ventilação, umidade e acúmulo de restos de matéria orgânica.

2. Manejo inadequado do animal (múltiplas infecções através de ferimentos de tosquia, corte de cauda e marcação). Regiões áridas do nordeste brasileiro, onde o regime de criação de caprinos é extensivo e a vegetação é traumática, podendo ocasionar lesões na pele e na mucosa oral dos animais.

3. Menos frequente: lesões de mucosa.

Page 15: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA PREVENTIVA DISCIPLINA: DOENÇAS INFECCIOSAS AULA: LINFADENITE.

Patogenia

Mecanismo de infecção:

C. pseudotuberculosis invade fagócitos (macrófagos) fagocitose fagossomo + lisosssomo multiplicação das bactérias dentro do fagolisossomo morte da célula hospedeira liberação de inúmeras novas bactérias transporte pela via linfática linfonodos regionais (linfonodos internos)

Page 16: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA PREVENTIVA DISCIPLINA: DOENÇAS INFECCIOSAS AULA: LINFADENITE.

Sinais clínicos

LINFADENITE CASEOSA

FORMA EXTERNA FORMA INTERNA

LINFONODOS PERIFÉRICOS- Mandibulares- Parotídeos- Cervicais superficiais- Subilíacos- Poplíteos- Mamários

ÓRGÃOS- Pulmão- Fígado- Baço- Rins- Útero- Linfonodos internos

mediastínicosbronquiaislombares

Page 17: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA PREVENTIVA DISCIPLINA: DOENÇAS INFECCIOSAS AULA: LINFADENITE.

Lesões

ABSCESSOS NOS LINFONODOS:

• Pus de consistência caseosa ou caseopurulento, de cor esverdeada ou branco-acinzentada, que aparecem em lâminas concêntricas e está rodeado por uma cápsula fibrosa.

Medem de 4-5cm (15 cm)

Page 18: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA PREVENTIVA DISCIPLINA: DOENÇAS INFECCIOSAS AULA: LINFADENITE.
Page 19: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA PREVENTIVA DISCIPLINA: DOENÇAS INFECCIOSAS AULA: LINFADENITE.
Page 20: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA PREVENTIVA DISCIPLINA: DOENÇAS INFECCIOSAS AULA: LINFADENITE.
Page 21: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA PREVENTIVA DISCIPLINA: DOENÇAS INFECCIOSAS AULA: LINFADENITE.

Diagnóstico

CLÍNICO- Palpação linfonodos superficiais (hipertrofia e supuração de abscessos).Diag. Diferencial

Forma superficial:-Abscessos externos: Actinomyces pyogenes e S. aureus.-Edema submandibular: Fasciola hepáticaForma visceral:-Adenomatose pulmonar,-Pasteurelose,-Neoplasia,-Paratuberculosis e outros

Page 22: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA PREVENTIVA DISCIPLINA: DOENÇAS INFECCIOSAS AULA: LINFADENITE.

Diagnóstico

DIAGNÓSTICO DIRETO:

•Isolamento do C. pseutuberculosis – material purulento

DIAGNÓSTICO INDIRETO

Testes sorológicos:

-soroneutralização para antitoxinas da C. pseudotuberculosis;

-Imunodifusão em gel de agarose;

-Hemaglutinação indireta;

-Fixação de complemento;

-ELISA.

Page 23: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA PREVENTIVA DISCIPLINA: DOENÇAS INFECCIOSAS AULA: LINFADENITE.

Prognóstico

Mau – medicamentos não atingem concentração terapêutica útil no interior das lesões

Page 24: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA PREVENTIVA DISCIPLINA: DOENÇAS INFECCIOSAS AULA: LINFADENITE.

Tratamento

Drenagem e cauterização química dos Drenagem e cauterização química dos abscessos (solução de iodo).

Extirpação cirúrgica do linfonodo (abscesso em completa evolução)

Page 25: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA PREVENTIVA DISCIPLINA: DOENÇAS INFECCIOSAS AULA: LINFADENITE.

Profilaxia

• Inspeção periódica do rebanho;

• Isolamento de animais doentes;

• Incisão cirúrgica dos abscessos periféricos (foco ativo de infecção);

• Tratamento e desinfecção do umbigo dos animais recém nascidos assim como de qualquer tipo de ferimento superficial com sol. de iodo a 10%;

• Limpeza e desinfecção das instalações e equipamentos;

• Quarentena (animais adquiridos);

• Exames periódicos no rebanho.

• Tosquia de animais jovens antes dos adultos

• Rotação de pastagem

Page 26: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA PREVENTIVA DISCIPLINA: DOENÇAS INFECCIOSAS AULA: LINFADENITE.

Vacinas

1º. Grupo de cientistas – Dr. Quevedo, na Argentina nos anos 60.- Cultura de C. pseudotuberculosis formalizada em adjuvante de alumínio redução de 60% da infecção.

Relatos de testes de vacina viva atenuada:- RIBEIRO et al. (1991): desenvolveram e testaram uma vacina

viva, preparada com uma linhagem naturalmente atenuada dessa bactéria e obtiveram 83% de imunoproteção.

- SIMONS et al. (1997): observaram extensa redução da doença ao vacinar camundongos e cabras com mutantes da C. pseudotuberculosis produzidos em seu laboratório

Page 27: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA PREVENTIVA DISCIPLINA: DOENÇAS INFECCIOSAS AULA: LINFADENITE.

Vacinas

Em 1998, ALVES & OLANDER avaliaram a eficácia de uma vacina , usando toxóide a 3¨%, produzido a partir da exotoxina PLD da C. pseudotuberculosis.

Um grupo de caprinos da raça pardo alpino recebeu 2X essa vacina, via subcutânea e desafiado por via intradérmica com inóculo contendo 4,2 x 103/ml de C. pseudotuberculosis .

Parâmetros observados: manifestações patológicas e títulos sorológicos detectados pelo teste de IHS (Inibição da Hemólise Sinérgica).

Achados macroscópicos: vacina toxóide a 3% reduz a multiplicação e a propagação da C. pseudotuberculosis do local da infecção para outras partes do corpo do animal, reduzindo a extensão da doença.

Page 28: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA PREVENTIVA DISCIPLINA: DOENÇAS INFECCIOSAS AULA: LINFADENITE.

Vacinas

A EBDA – Empresa baiana de desenvolvimento Agrícola lançou em 2000 uma vacina viva atenuada, a 1002 contra a linfadenite caseosa de caprinos e ovinos. Recentemente liberada pelo Ministério da Agricultura e do Abastecimento para produção e comercialização em todo o território nacional.

- Vacina testada em campo e em laboratório – eficiência de 83%.

- Imunização: após três meses de vida do animal; - Proteção: 01 ano/ repetir anualmente; - Conservação da vacina 1002: refrigeração entre 2º a 8º.

Page 29: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA PREVENTIVA DISCIPLINA: DOENÇAS INFECCIOSAS AULA: LINFADENITE.

Vacinas

Vacinas de DNAClonar ácidos nucléicos em plasmídeos e posteriormente, introduzi-los dentro de células vivas que codificarão um antígeno específico.

CHAPLIN et al. (1999) demonstraram que grupos de ovinos vacinados com vacinas de DNA (plasmídeos com o gene da fosfolipase D modificado geneticamente), induziam uma proteção significativa os animais, quando desafiados experimentalmente com uma linhagem selvagem da C. pseudotuberculosis .

Page 30: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA PREVENTIVA DISCIPLINA: DOENÇAS INFECCIOSAS AULA: LINFADENITE.

Referências

BEER, J. Doenças infecciosas em animais domésticos. Parte 2 Bactérias – Fungos – Intoxicações. 1ª Edição. Editora Roca, 1999. 380p.

COETZER, J.A.W.; THOMSON, G.R.; TUSTIN, R.C. Infectious diseases of livestock. Oxford: Oxford University Press, 1994. v. 1, 732p. CORRÊA, W.M.; CORRÊA, C.N.M. Enfermidades infecciosas dos mamíferos domésticos. 2 ed. Rio de Janeiro: Medsi, 1992. 843p.  RADOSTITS, O.M.; GAY, C.C.; BLOOD, D.C.; HINCHCLIFF, K.W. Clínica veterinária: um tratado de doenças dos bovinos, ovinos, suínos, caprinos e eqüinos. 9 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. 1737p. RIET-CORREA, F.; SCHILD, A.L.; MÉNDEZ, M.D.C.; LEMOS, R.A.A. Doenças de ruminantes e eqüinos. São Paulo: Varela, 2001. v.1. 426p.