UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos,...

90
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS CURSO DE GEOLOGIA ADELINO DA SILVA RIBEIRO NETO ESTUDO DA DISTRIBUIÇÃO VERTICAL DA MICROFAUNA DE FORAMINÍFEROS DO SEDIMENTO DE SUBSUPERFÍCIE DA PLATAFORMA CONTINENTAL DO COMPLEXO RECIFAL DE ABROLHOS, SUL DA BAHIA Salvador 2009

Transcript of UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos,...

Page 1: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS

CURSO DE GEOLOGIA

ADELINO DA SILVA RIBEIRO NETO

ESTUDO DA DISTRIBUIÇÃO VERTICAL DA MICROFAUNA DE FORAMINÍFEROS DO SEDIMENTO DE SUBSUPERFÍCIE DA PLATAFORMA CONTINENTAL DO COMPLEXO RECIFAL DE ABROLHOS, SUL DA BAHIA

Salvador 2009

Page 2: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

ADELINO DA SILVA RIBEIRO NETO

ESTUDO DA DISTRIBUIÇÃO VERTICAL DA MICROFAUNA DE FORAMINÍFEROS DO SEDIMENTO DE SUBSUPERFÍCIE DA PLATAFORMA CONTINENTAL DO COMPLEXO RECIFAL DE

ABROLHOS, SUL DA BAHIA

Monografia apresentada ao Curso de Geologia, Instituto de Geociências, Universidade Federal da Bahia, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Geologia. Orientadora: Profª. TANIA MARIA FONSECA ARAÚJO

Salvador 2009

Page 3: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

TERMO DE APROVAÇÃO

ADELINO DA SILVA RIBEIRO NETO

Salvador, 14 de dezembro de 2009

ESTUDO DA DISTRIBUIÇÃO VERTICAL DA MICROFAUNA DE FORAMINÍFEROS DO SEDIMENTO DE SUBSUPERFÍCIE DA PLATAFORMA CONTINENTAL DO COMPLEXO RECIFAL DE

ABROLHOS, SUL DA BAHIA

Monografia aprovada como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Geologia, Universidade Federal da Bahia, pela seguinte banca examinadora:

TANIA MARIA FONSECA ARAÚJO - Orientadora Doutora em GEOLOGIA pela UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - UFBa UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - UFBa ALTAIR DE JESUS MACHADO Doutora em GEOLOGIA pela UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - UFBa UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - UFBa HELISÂNGELA ACRIS BORGES DE ARAÚJO Doutora em GEOLOGIA pela UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - UFBa FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA - FTC

Page 4: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

Dedico este trabalho à minha mãe,

Alaíde, pelo apoio dado desde

o início e à minha orientadora,

Tânia Araujo, pelo ajuda e paciência.

Page 5: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente à Deus, por me ajudar nesta caminhada, que não foi fácil e

muito me ajudou nas horas difíceis.

A minha família que muito me ajudou e apoiou para a conclusão deste

trabalho, principalmente aos meus pais, Alaíde e Arnaldo, com o apoio financeiro,

palavras incentivadoras e de força para que não perdesse o ânimo.

A minha orientadora, professora e amiga Tânia Maria Fonseca Araújo, pelas

palavras de apoio nas horas difíceis, pela grande paciência em muitos momentos e

compartilhar os conhecimentos para a finalização desta monografia. Meus sinceros

votos de gratidão.

Ao Instituto de Geociências, o Laboratório de Estudos Costeiros e o Grupo de

Estudo de Foraminíferos, da UFBA pelo apoio técnico e logístico.

Aos professores do Instituto de Geociências pela formação que me foi

concebida. Em especial aos professores Ângela Leal, Antonio Fernando, Aroldo

Misi, Débora Rios, Doneivan Fernandes, Flávio Sampaio, Iracema Gusmão, Osmário

Leite e Simone Cruz.

Às professoras Altair Machado, Helisângela Araújo, Morgana Drefahl Simone

Moraes e Sônia que muito me ajudaram no desenvolvimento deste trabalho.

Aos colegas e amigos do Instituto de Geociências que surgiram nesta

caminhada e que, com certeza, serão para sempre! Muitas alegrias, tristezas, brigas,

desesperos e vitórias conquistadas, sem perder o bom humor. Em especial, Adila,

Ana Fábia, Ana Maciel, Carla, Cleiton, Denis, Erisson, Gilma, Joilma, Michele, Nivia

Pina, Tassiane, Thiene e Verônica. Muito obrigado por tudo!

v

Page 6: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

Em especial para eterna equipe de campo, que viveu grandes momentos, de

alegrias e sofrimento, mas sempre unida! Muito obrigado por tudo Carol, Giselle e

Leila. Com certeza a nossa amizade não terminará por aqui.

Aos amigos de longas datas que tiveram muita paciência e me apoiaram

durante todo o curso, trazendo alegrias e compartilhando tristezas. Muito obrigado

pelo carinho e apoio: Aila, Bianca, Elaine, Elielton, Fernanda, Furlan, Heitor, Léo,

Lívia, Regina e Rogério.

vi

Page 7: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

RESUMO Os recifes de coral apresentam uma grande biodiversidade, com muitas espécies

endêmicas. O Complexo Recifal de Abrolhos forma os maiores e mais ricos recifes de corais

do Brasil e a maior diversidade marinha do Atlântico Sul. Esse ambiente tem sofrido grandes

transformações, desde o Quartenário, devido a fatores naturais e, atualmente,

antropogênicos, que atingem o desenvolvimento de corais e dos organismos associados a

eles, como por exemplo, os foraminíferos. A comunidade de foraminífero é estudada

visando à classificação granulométrica e sistemática, correlação da distribuição vertical das

espécies através do tratamento de amostras de testemunho, além da determinação de

dados estatísticos como frequência relativa e absoluta, riqueza, diversidade e equitatividade

e as associações granulométricas e faunísticas. Através da identificação de assembléias de

foraminíferos ao longo do testemunho, é possível identificar as condições paleoambientais

relacionadas às mudanças climáticas e padrões de sedimentação. Esses dados

representam uma perspectiva de entendimento da história evolutiva da plataforma

continental do estado da Bahia, e fornecerá subsídios para elaboração de projetos de

monitoramentos ambiental.

Palavras-chave: Foraminíferos; Recifes de coral; Quartenário

vii

Page 8: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

ABSTRACT

The Coral reefs have a great biodiversity, with many endemic species. The Abrolhos reef

complex forms the largest and richest coral reefs in Brazil and the biggest marine diversity of

the South Atlantic. This environment has changed enourmously since the Quaternary,

caused by natural factors and now anthropogenic ones, that affect the reefs development

and the organisms associated with them, such as the foraminifera. The researches on the

foraminifera community aims the particle size classification and its systematic ones and it

aims also the vertical distribution correlation of the species through the testimony samples

treatment, and the determination of statistical datas, such as, absolute and relative

frequency, richness, diversity, equitability and the particle size and faunal associations. By

the identification of foraminifera assemblages throughout the testimony, it is possible to

identify paleoenvironmental conditions related to climate changes and sedimentation

patterns. These datas represent an understanding perspective of the evolutionary history of

the continental shelf of Bahia, and they will help to develop projects of environmental

monitoring.

Key-Words: Coral reefs; Foraminifera, Quaternary; paleoenvironmental; sedimentation.

viii

Page 9: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Mapa de situação e acesso à área de estudo.

Figura 2: Mapa de localização da área de estudo - Abrolhos – BA. Fonte: Leão (1999).

Figura 3: Gráfico representando a variação de areia e argila no Testemunho PR – 124

Figura 4: Espécies de foraminíferos de maior frequência no testemunho estudado. (Amples =

Amphistegina lessonii; Corpla = Cornuspira planorbis; Disflo = Discorbis floridana; Elpdis = Elphidium

discoidale; Elppoe = Elphidium poeyanum; Milsubr = Miliolinella subrotunda; Porlat = Poroeponides

lateralis; Pyrelo = Pyrgo elongata; Pyrsubp = Pyrgo subsphaerica; Quianu = Quinqueloculina

angulata; Quibit = Quinqueloculina bicostata; Quifun = Quinqueloculina funafitiensis; Quilam =

Quinqueloculina lamarckiana; Quimic = Quinqueloculina microcostata; Quimpat = Quinqueloculina

patagonica; Quipol = Quinqueloculina polygona; Quivul = Quinqueloculina vulgaris; Sipech =

Siphoninoides echinatus; Trilt = Triloculina lutea; Trioblo = Triloculina oblonga; Tritri = Triloculina

trigonula).

Figura 5: Espécies com maior frequência relativa.

Figura 6: Espécies com maior frequência relativa.

Figura 7: Número de espécies dos foraminíferos presentes nas amostras em sedimentos do

testemunho PR- 124

Figura 8: Índice de riqueza (R) das amostras do sedimento do testemunho PR – 124

Figura 9: Índice de Equitatividade (J’) das amostras do sedimento do testemunho PR – 124

Figura 10: Índece de Diversidade (H’) das amostras do sedimento do testemunho PR – 124

Figura 11: Dendograma do agrupamento das amostras com os dados sedimentológicos do

testemunho PR – 124

Figura 12: Dendograma do agrupamento das amostras constantes do testemunho PR – 124.

Figura 13: Variação do teor de argila e areia ao longo do testemunho PR – 124.

Figura 14: Relação da frequência das espécies Quinqueloculina lamarckiana e Elphidium discoidale.

Figura 15: Relação entre a diversidade e a fração areia ao longo do testemunho PR – 124.

ix

Page 10: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 13

1.1 Localização da Área de Estudo 14

1.2 Aspectos Fisiográficos 15

1.2.1 Clima 15

1.2.2 Ventos e Correntes de Marés 16

1.2.3 Temperatura e Salinidade das Águas 16

1.3 Geologia Regional 16

1.4 Trabalhos Anteriores 17

1.5 Objetivos 19

2. METODOLOGIA 20

2.1 Coleta do Testemunho 20

2.2 Abertura do Testemunho 20

2.3 Preparação das Amostras no Laboratório e Análise Granulométrica 21

2.4 Triagem e Análise da Fauna de Foraminíferos 21

2.5 Tratamento de Dados 22

2.5.1 Frequência de Ocorrência 22

2.5.2 Frequência Relativa (%) 22

2.5.3 Índice de Riqueza de espécies (R) 23

2.5.4 Índice de Equitatividade (J) 23

2.5.5 Índice de Diversidade (H’): 24

2.5.6 Análises Multivariadas 24

3. RESULTADOS 26

3.1 Análises Granulométricas 26

3.2 Classificação Sistemática 26

3.3 Tratamento Estatístico 37

3.3.1 Frequência de Ocorrência 37

3.3.2 Frequências Absoluta e Relativa 38

3.3.3 Riqueza, Diversidade e Equitatividade 42

3.3.4 Análise de Multivariada 44

3.3.4.1 Associações Sedimentológicas 44

xi

Page 11: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

3.3.4.2 Associações Faunísticas 46

3.4 Fauna Bentônica 48

3.5 Fauna Planctônica 49

4. DISCUSSÃO 50

5. CONCLUSÕES 58

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 60

7. ANEXOS 67

xii

Page 12: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

LISTA DE TABELAS

TABELA I. Relação dos trabalhos realizados no estado da Bahia, e do número de espécies

encontradas.

TABELA II: Valores relatvos das frações areia e argila das amostras do sedimento do

testemunho PR – 124.

TABELA III: Valores de frequência de ocorrência das espécies de foraminíferos constantes

nas amostras do testemunho PR – 124.

TABELA IV: Valores de frequência de ocorrência das espécies de foraminíferos acessórias

nas amostras do testemunho PR – 124.

TABELA V: Valores de frequência de ocorrência das espécies de foraminíferos acidentais

nas amostras.

TABELA VI: Valores das frequências absoluta e relativa das espécies de foraminíferos

identificadas nas amostras do testemunho PR – 124.

TABELA VII: Índices de Riqueza (R), Equitatividade (J’) e Diversidade (H’) das espécies de

foraminíferos, das amostras de sedimentos do testemunho PR – 124.

TABELA VIII: Valores relativos de frequência total (Freq. Total) e frequência de ocorrência

das espécies utilizados para formar o dendograma.

TABELA IX: Siglas das espécies utilizadas na descrição do texto.

x

Page 13: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

13

CAPÍTULO I

1. INTRODUÇÃO

O complexo recifal de Abrolhos possui uma grande diversidade faunística de

organismos produtores de grãos sedimentares. É importante reconhecer a dinâmica

sedimentar dos complexos recifais para relacionar com os padrões sedimentares de outros

recifes, como os do Atlântico Norte. Assim, busca-se avaliar a microfauna de foraminíferos e

sua distribuição no pacote sedimentar da região de Abrolhos.

Os foraminíferos são classificados sistematicamente como membro do reino

Protista, filo Sarcomastigophora (BRUSCA & BRUSCA, 1990). São formados por testas

predominantemente calcárias, compostas por minerais de carbonato de cálcio ou

aglutinantes constituídas de variados grãos de areia, fragmentos calcários ou espículas de

esponja, cujo formato varia de acordo com o seu hábito (CORLISS & FOIS, 1990;

BOLTOVKOY et al., 1991).

A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas

vantagens, possibilitando proteção contra predação e condições físicas ou químicas

desfavoráveis, além disso, auxilia na reprodução e no controle da flutuabilidade dos

foraminíferos (BOLTOVKOY et al., 1991).

Os foraminíferos possuem uma grande distribuição em ambientes marinhos, estando

desde zonas batiais até a zona abissal, além de lagoas e estuários (regiões salobras)

(DENNE & GRUPTA, 1991). Sendo assim, esses organismos são importantes nos estudos

ambientais por possuírem uma alta sensibilidade controlada por fatores bióticos ou abióticos

como temperatura, salinidade, profundidade, despejo de esgotos, turbidez, dentre outros,

que irão influenciar na distribuição e na morfologia desses organismos. A ecologia e a

distribuição dos foraminíferos têm sido utilizadas em muitos aspectos correlacionados aos

estudos de componentes, transporte e produção de sedimentos (ARAUJO & MACHADO,

2008).

Esses organismos são geologicamente importantes porque suas testas são

adicionadas ao sedimento quando o organismo morre ou se reproduz (UFKES et al., 2000).

Essas testas irão constituir os sedimentos do fundo marinho, se comportando como grãos

sedimentares, podendo ser transportados ou erodidos (CHUM et al., 1998).

Page 14: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

14

A costa sul do Estado da Bahia possui as maiores e mais ricas estruturas recifais de

toda a costa brasileira (LEÃO, 1999). Os foraminíferos, como formadores de sedimentos

carbonáticos, tendem a produzir grandes depósitos (HALLOCK et al., 1995). Assim, esses

organismos desempenham um papel importante para a formação dos recifes e depósitos de

plataformas, além de terem uma posição biológica no ecossistema e na cadeia alimentar

nas comunidades de recifes de corais (ROSS, 1977; NASCIMENTO, 2003).

1.1 Localização da Área de Estudo

O arquipélago de Abrolhos é formado por complexo recifal contituído por cinco ilhas,

localizado no sul do estado da Bahia, distando, aproximadamente, 72 km da costa.

Caravelas é a cidade mais próxima do arquipélago e está localizada a 950 km da capital

Salvador (Fig. 1). O acesso para a cidade de Caravelas é feito através da BR-101 e BA-101

e partindo da cidade de lancha é possível alcançar o arquipélago de Abrolhos entre 2h à 4h.

A área estudada abrange a plataforma continental, com coordenadas geográficas 17º 20’ -

18º 10’S e 38º 35’ - 39º 20’W (Fig. 2).

Figura 1: Mapa de situação e acesso da área de estudo.

Page 15: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

15

As coletas dos testemunhos foram realizadas em duas campanhas: uma no ano de

1998 e outra no ano de 2003. Para este estudo foi utilizado o testemunho PR – 124,

coletado no recife interno Paredes, no ano de 1998.

Figura 2: Mapa de localização da área de estudo - Abrolhos – BA. Fonte: Leão (1999).

1.2 Aspectos Fisiográficos

1.2.1 Clima

O clima da região do litoral do Estado da Bahia pode ser caracterizado como quente

e úmido, com pequenas variações e apresenta médias térmicas elevadas e altos índices

pluviométricos (ANDRADE, 1997).

O litoral sul da Bahia encontra-se sob o domínio de chuvas de verão, com médias

acima de 24ºC e de seca no inverno com médias de 22ºC (SEI, 1998). As precipitações

Page 16: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

16

variam entre 1500 a 3000 mm/ano, com uma média anual de 1750 mm/ano. Os meses mais

chuvosos são os de março, abril e maio (NIMER, 1989).

1.2.2 Ventos e Correntes de Marés

A costa brasileira recebe influência dos ventos alísios procedentes das direções

nordeste e leste, principalmente, durante a primavera e o verão e de Sudeste durante o

outono e inverno (NIMER, 1989).

A corrente do Brasil age na região da área de estudo. Essa corrente apresenta águas

quentes, salinas e com baixa concentração de nutrientes, fluindo para sul e estendendo-se

da superfície até aproximadamente 400m de profundidade (NASCIMENTO, 2003).

Na região de Abrolhos, a corrente do Brasil sofre influencia de marés, com

amplitudes de 2,5 m nos canais entre os recifes, e apresenta velocidade de até 3 nós (LEÃO

& MACHADO, 1989).

1.2.3 Temperatura e Salinidade das Águas

Segundo Leão & Machado (1989), a salinidade das águas da região recifal de

Abrolhos possuem variações entre 36,5% e 36,7% e a temperatura da superfície da água

varia entre 24,5ºC em agosto e 27,5ºC em março, com variações verticais de 2ºC.

1.3 Geologia Regional

O arquipélago de Abrolhos é dividido, geologicamente, em unidade sedimentar e

unidade de sucessões magmáticas. A unidade sedimentar é dividida em (i) uma fácies

constituída de sedimentos de natureza siliciclástica e (ii) uma fácies predominantemente

carbonática, composta por sedimentos de origem biogênica (LEÃO & BRICHTA, 1995).

A unidade sedimentar (i) é composta, principalmente, por sedimentos terrígenos.

Esses sedimentos podem ter origem de depósitos Terciário do Grupo Barreiras que cobrem

parte da zona continental e dos sedimentos fluviais, que podem alcançar os recifes (Leão,

1999). A unidade sedimentar (ii) é formada por sedimentos de origem biogênica. Esses

Page 17: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

17

grãos têm origem dentrítica, oriundos do quebramento da estrutura do recife ou in situ dos

vários organismos que compõem a fauna e flora que circundam os recifes, como testas de

foraminíferos, conchas de moluscos e ostrácodas, plaquetas de equinodermas (LEÃO &

KIKUCHI, 1995).

A unidade de sucessões magmáticas é divida, segundo Arena (2008) em (i) Olivina-

Plagioclásio Basalto, localizado na ilha de Sueste, com cotas de 5 à 10m; (ii) Piroxênio-

Plagioclásio-Olivina Basalto, na ilha de Siriba, com cotas de 5 à 16m e um possível contato

com a unidade sedimentar (i); (iii) Piroxênio-Plagioclásio Basalto, na ilha Santa Bárbara,

com cota de 10 à 15 m e na ilha de Redonda, com cota de 15 à 30m. Ambas possuem

contato com a unidade sedimentar; (iv) Cumulatos que ocorre na porção ocidental da ilha

Santa Bárbara.

1.4 Trabalhos Anteriores

Os foraminíferos possuem grande importância para a sedimentologia, devido a sua

testa se comportar como grãos sedimentares durante o processo de erosão, transporte e

deposição (CHUM et al., 1998). A grande abundância e ampla distribuição dos foraminíferos

em ambientes recifais, associados à adição das testas ao sedimento, os tornam um dos

principais produtores de sedimentos carbonáticos e o posto de terceiro maior contribuidor de

sedimento carbonático, estando atrás dos corais e das algas calcárias (HALLOCK et al.,

1995;).

Após a morte dos foraminíferos, a aparência das testas pode ser alterada devido a

vários processos de desgastes, como: (i) dissolução, que ocorrem geralmente em ambientes

de baixa energia e com sedimento rico em matéria orgânica e ocasiona perfurações em

forma de poros; (ii) abrasão, que é um processo comum em ambientes de alta energia

sendo mais intenso em ambientes rasos e relativamente expostos; (iii) bioerosão que pode

também ser causado pela ingestão e excreção das testas por organismos marinhos; (iv)

quebramento, que não indica nenhum ambiente específico, pois pode ocorrer por processos

físicos, químicos ou biológicos (COTTEY & HALLOCK, 1988; MORAES, 2006).

A resistência das testas de foraminíferos também está diretamente relacionada ao

ambiente em que vivem. Em ambientes de alta energia, possíveis de remobilização, os

foraminíferos apresentam testas mais resistentes a impactos, enquanto que em ambientes

de menor energia formarão testas menos resistentes, mas isso não restringe o tamanho. Em

Page 18: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

18

ambientes de alto estresse é possível encontrar organismos menores, associados às algas

(MORAIS, 2006).

Em relação à profundidade, os foraminíferos possuem uma ampla distribuição. As

espécies de hábito planctônico, que são exclusivamente marinhas de água limpa (sem

material em suspensão), distribuem-se até 75m. As espécies de hábito bentônico são

encontradas desde a zona intertidal até a zona abissal, podendo viver fixos a um substrato

ou móveis. Esta forma está presente em maior quantidade em zonas rasas (espécies

calcárias) e em zonas mais profundas, as zonas abissais (espécies aglutinantes) (BRASIER,

1975). A profundidade também controla a disposição vertical e a morfologia das espécies,

onde quanto maior a profundidade, maior a mudança de forma, tamanho e quantidade de

ornamentações (LARSEN, 1976).

A presença de uma testa rígida, seu tamanho pequeno, um curto ciclo reprodutivo,

alta diversidade taxonômica e ampla distribuição em todos os ambientes marinhos, os

tornam bioindicadores sensíveis e de baixo custo, utilizados em diversas análises de

ambientes aquáticos.

Por terem uma alta sensibilidade, os foraminíferos refletem as características do

ambiente, indicando valores atípicos de salinidade, baixos níveis de alimento, elevada

energia hidrodinâmica, presença de metais pesados e esgoto doméstico, o que os tornam

bons bioindicadores ambientais (LAUT et al., 2005). Esses fatores interferem na ampla

distribuição geográfica e batimétrica, formação de testas anômalas, mudança de abundância

e na composição taxonômica, variação de tamanho e alteração estrutural das testas

(COCCIONI, 2000). Por isso, os estudos dos foraminíferos possuem aplicação nas ciências

ambientais, com desenvolvimento de modelos ambientais, compreensão da circulação

hidrodinâmica e monitoramento da poluição (SEMENSATTO-Jr, 2006).

Atualmente, os foraminíferos são utilizados por empresas exploradoras de petróleo e

gás devido à sua aplicação na bioestratigrafia, datação de rochas, correlação de sedimentos

e reconstruções paleoecológicas (GUERELI, 2008), zonação de profundidade, além de

interpretações paleoambientais (ARAÚJO & MACHADO, 2008).

Page 19: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

19

1.5 Objetivos

As modificações ecológicas produzidas em uma bacia, ainda que sejam muito

rápidas, repercutem de tal maneira na composição das assembléias de foraminíferos que o

estudo deles nos fornece dados importantes para interpretação sedimentológica e

paleontológica. Dessa forma, o objetivo do presente trabalho é analisar o padrão de

distribuição da microfauna de foraminíferos na plataforma continental de Abrolhos, através

da identificação de assembléias presentes na superfície e subsuperfície, e comparar os

resultados obtidos com os trabalhos realizados em áreas afins. Esses dados permitirão,

também, subsidiar planejamentos e ações de monitoramento ambiental.

Visando alcançar o objetivo geral desse trabalho, determinaram-se os seguintes

objetivos específicos:

◊ Determinar as freqüências absolutas e relativas das espécies encontradas em cada

amostra;

◊ Calcular os índices estatísticos: riqueza, diversidade e equitatividade;

◊ Identificar as espécies indicadoras de transporte sedimentar, produtividade e

profundidade;

◊ Estabelecer as assembléias de foraminíferos presentes ao longo do testemunho;

◊ Analisar a distribuição das assembléias de foraminíferos diagnósticos de parâmetros

ambientais;

◊ Traçar o zoneamento batimétrico das assembléias de foraminíferos.

Page 20: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

20

CAPÍTULO II

2. METODOLOGIA

2.1 Coleta do Testemunho

As amostras foram coletadas de forma aleatória pela equipe do prof. Dr. Ruy

Kikuch, do Instituto de Geociências da Universidade Federal da Bahia. A coleta de

sedimento foi realizada através de mergulhos autônomos, no ano de 2003, próximo ao

Recife Paredes, no Arquipélago de Abrolhos. Foram utilizados tubos de PVC que foram

introduzidos, no sedimento e retirado um testemunho de 60 cm de comprimento.

Após a coleta, foram determinadas as coordenadas geográficas, através de GPS

(Global Positioning System). As amostras foram acondicionadas em baixas temperaturas,

em caixa de isopor com gelo, afim de que o material do topo não se misture com o

material da base do testemunho.

2.2 Abertura do Testemunho

O testemunho foi conservado no refrigerador, em temperaturas baixas e ainda

congelado foi aberto no laboratório de Estudos Costeiros, do Instituto de Geociências da

Universidade Federal a Bahia.

O tubo de PVC foi colocado em uma base de madeira côncava no centro, para

que ficasse totalmente preso. Em seguida, com auxilio de uma serradeira elétrica, o tubo

de PVC foi cortado verticalmente, sem atingir o sedimento do testemunho.

Após serrar e retirar o tubo de PVC o testemunho foi cortado transversalmente

com uma faca de serra, em intervalos de 1 cm para retirada das amostras. A cada

intervalo, a faca utilizada foi lavada com água destilada para evitar contaminação. Depois

essas amostras foram armazenadas em placa de Petri, que se encontravam devidamente

lavadas, secadas e rotuladas com seus respectivos números e pesos, colocadas para

secar em estufa a temperatura de 45ºC, e armazenadas para estudos.

Page 21: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

21

2.3 Preparação das Amostras no Laboratório e Análise Granulométrica

As amostras utilizadas para o estudo de foraminíferos e granulometria, foram

coletadas, em intervalos de 5 cm, do testemunho e passaram por secagem em estufa a

temperaturas de até 45°C. A temperatura utilizada foi sugerida pelo prof. Dr. Ruy Kikuch,

pois evitaria as modificações estruturais das argilas, queima das testas de foraminíferos e

a perda de componentes para estudos futuros.

Após a primeira secagem foi determinado o peso total da amostra, utilizando uma

balança digital. Em seguida, as amostras foram lavadas com água corrente, em uma

peneira com espaçamento de 0,062 mm a fim de eliminar sais, e postas para secar

novamente, em estufa, a uma temperatura de 45ºC.

Após estarem secas, as amostras foram pesadas, desagregadas e colocadas em

novos recipientes, numerados. Dessa maneira foi possível determinar as frações argila e

areia, utilizados neste trabalho. A fração argila foi selecionada para estudos futuros

2.4 Triagem e Análise da Fauna de Foraminíferos

As amostras secas passaram por quarteamento, de acordo com o seu peso, e por

triagem, onde foram selecionadas as 300 primeiras testas inteiras com ajuda de

microscópio estereoscópio (lupa binocular) seguindo metodologia utilizada por Tinoco,

(1984). As testas selecionadas foram colocadas em lâminas de fundo preto (lâmina de

Franke) e numeradas para serem classificadas.

A identificação das testas de foraminíferos teve como base a utilização dos

trabalhos de Moraes (2001), Araújo (2004), Nascimento (2003), Andrade (1997), Ellis &

Messina (1995), Machado (1981),Boltovskoy et al (1980), Carvalho (1980) e Tinoco

(1955; 1958)

Page 22: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

22

2.5 Tratamento de Dados:

2.5.1 Frequência de Ocorrência (%)

A freqüência de ocorrência (FO) é a relação entre o número de amostras onde a

espécie ocorreu (p), e o número total de amostras analisadas (P) (TINOCO, 1984). Foi

calculada pela fórmula:

FO = p x 100

P

De acordo com os valores obtidos, as espécies podem ser agrupadas na seguinte

categorias (DAJOZ, 1983):

◊ Espécies constantes: presentes em mais de 50% das amostras;

◊ Espécies acessórias: presentes em 25% a 50% das amostras;

◊ Espécies acidentais: presentes em menos de 25% das amostras.

Com esses critérios propostos foram confeccionados gráficos e tabelas que

representam as espécies constantes, acessórias e acidentais para cada amostra.

2.5.2 Frequência Relativa (%)

A partir dos dados de freqüência absoluta foram realizados cálculos de frequência

relativa (FR), que é a razão entre o número de indivíduos de uma determinada espécie

na amostra (n) e o número total de indivíduos de todas as espécies da amostra (T),

expresso em percentagem (AB’SABER et al., 1997). Foi calculada pela seguinte fórmula:

FR = n x 100

T

Com os valores obtidos, as espécies foram separadas em:

◊ Espécies Principais: presentes em mais que 5% das amostras;

◊ Espécies Acidentais: presentes entre 1% e 4,9% das amostras;

Page 23: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

23

◊ Espécies Traços: presentes em nos que 1% da amostra.

Desse modo foram determinadas as espécies abundantes em cada amostra.

Através dos valores obtidos foram gerados tabelas e gráficos.

2.5.3 Índice de Riqueza de espécies (R)

É a relação entre o número total de espécies presentes em cada amostra (S) e o

número total de indivíduos (N), de cada amostra (CLARCKE & WARWICK, 1994). O

índice utilizado foi o de Margalef (1958) dado pela fórmula:

(S – 1)

R =

log N

Assim, foi medida a riqueza de espécies em uma comunidade independente do

tamanho da amostra. Os valores de riqueza de espécies foram plotados em tabelas e

gerados gráficos.

2.5.4 Índice de Equitatividade (J)

Refere-se ao número máximo de indivíduos que está distribuído entre as

espécies, ou seja, a repartição de abundância entre as espécies (LUDWING &

REYNOLDS, 1988). Foi utilizado o índice de Pielou (1984), que é dado pela fórmula :

J = H’ = H’ Hmax log2S

Onde, H’ é a diversidade de espécies, Hmax é a diversidade sob condições de

máxima equitatividade, expresso como log2S, e S é o número de espécies. Com os

valores obtidos pela equação foram confeccionados gráficos e tabelas.

Page 24: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

24

2.5.5 Índice de Diversidade (H’)

Para medir a diversidade foi utilizado o índice de Shannon-Wierner (1948),

calculado a partir da seguinte fórmula:

s

H’ = ∑ (pi.log2pi) onde pi = ni/N

i=1

Onde (s) é o número total de espécies e (pi) é a proporção de indivíduos da

espécie, (ni) número de indivíduos de uma determinada espécie e (N) número total de

indivíduos da amostra.

Seu valor mínimo ocorre quando todos os indivíduos pertencem à mesma espécie

e o máximo quando cada indivíduo pertence uma espécie diferente (AB’SABER et al.,

1997)

2.5.6 Análises Multivariadas

O método de análise multivariada representa comparações entre duas ou mais

amostras que possuem características que possam ser compartilhadas, a exemplo de

espécies particulares com níveis de abundância. Explicitamente ou implicitamente, as

técnicas de multivariadas baseiam-se nos coeficientes similares, calculados entre os

pares de amostras (CLARCKE & WARWICK, 1994).

A análise de classificação ou agrupamento (Cluster Analysis) tem sido muito

usada para estudos que envolvem grande quantidade de espécies e amostra, pois é

possível reconhecer o grau de similaridade e unir à um mesmo conjunto (NASCIMENTO,

2003).

Muito usado para dados ecológicos, foi realizada uma análise de ordenação

(MDS) para criar um agrupamento feito entre as amostras (CLARCKE & WARWICK,

1994), através do programa Statistic Basic (Edição 1999) e aplicado o coeficiente de

similaridade de Bray-Curtis.

Devido ao grande número de espécies identificadas foram utilizadas para analisar

a distribuição dos foraminíferos em subsuperfície apenas os indivíduos constantes, ou

Page 25: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

25

seja, as espécies que possuem frequência de ocorrência maior que 50% e os indivíduos

principais e acessório, ou seja, que tem a frequência relativa maior que 1%.

Page 26: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

26

CAPÍTULO III

3. RESULTADOS

3.1 Análises Granulométricas

Para o estudo da granulometria do testemunho PR – 124 foi realizado uma análise

do tamanho de grãos. Os grãos são separados em intervalos de classe areia (2 mm à

0,061mm) e argila (<0,062mm) e os valores encontram-se na Tabela II, Anexo.

Em todas as 11 amostra a maior fração é de areia, com percentuais acima de 70%.

Essa fração está mais abundante na amostra T 30 e T 40 (85,65 % e 84,73 %,

respectivamente) e menos abundante nas amostras T 20 e T 50 (77,85 % e 75,03 %,

respectivamente), onde predominam a fração argila (Fig. 3). Não foram obtidos frações

superiores a 2 mm.

Figura 3: Gráfico representando a variação de areia e argila no Testemunho PR – 124

3.2 Classificação Sistemática

A microfauna de foraminíferos encontradas nas 11 amostras analisadas está

distribuída em um total de 54 gêneros, sendo 49 bentônicos e 2 planctônicos, distribuídas

em 20 superfamílias e 5 subordens. Dentre as espécies analisadas, a subordem Miliolina

Page 27: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

27

apresenta o maior número de espécies, com 77 formas, seguido por Rotaliina com 69

espécies, Lagenina com 15 espéices, Textulariina com 8 espécies e Globigerina com 4

espécies.

O estudo da sistemática das espécies foi baseado no trabalho de Loeblich & Tappan

(1988) e para a identificação das espécies foram utilizados vários trabalhos relacionados ao

estudo da fauna recente de diversas áreas. Os mesmo encontram-se no item 4.4.

Reino PROTISTA

Filo SARCOMASTIGOPHORA (Brusca & Brusca 1990)

Subfilo SARCODINA (Schmarda, 1871)

Classe RIZOPODEA (Von Siebold, 1845)

Ordem FORAMINIFERIDA (Eichwald, 1830)

Subordem TEXTULARIINA Delage & Hérouard, 1896

Superfamília TEXTULARIACEA Ehrenberg, 1838

Família TEXTULARIIDAE Ehrenberg, 1838

Subfamília TEXTULARIINAE Ehrenberg, 1838

Gênero Textularia Defrance, 1824

Textularia agglutinans (d’Orbigny, 1839)

Textularia candeiana d’Orbigny, 1840

Textularia conica d’Orbigny, 1839

Textularia gramen d’Orbigny, 1846

Textularia kerimbaensis Said, 1949

Gênero Bigenerina d’Orbigny, 1826

Bigenerina nodosaria d’Orbigny, 1826

Bigenerina textularoidea (Göes, 1894)

Família VALVULINIDAE Berthelin, 1880

Subfamília VALVULININAE Berthelin, 1880

Gênero Clavulina d’Orbigny, 1826

Clavulina tricarinata d’Orbigny, 1840

Subordem MILIOLINA Delage & Hérouard, 1896

Superfamília CORNUSPIRACEA Schultze, 1854

Page 28: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

28

Família CORNUSPIRIDAE Schultze, 1854

Subfamília CORNUSPIRINAE Schultze, 1854

Gênero Cornuspira Schultze, 1854

Cornuspira involvens (Reuss, 1850)

Cornuspira planorbis (Schultze, 1854)

Subfamília NODOBACULARIELLINAE Bogdanovich, 1981

Gênero Nodobaculariella Cushman & Hanzawa, 1937

Nodobaculariella cassis (d’Orbigny, 1840)

Superfamília MILIOLACEA Ehrenberg, 1839

Família SPIROLOCULINIDAE Wiesner, 1920

Gênero Spiroloculina d’Orbigny, 1826

Spiroloculina antillarum d’Orbigny, 1839

Spiroloculina estebani Tinoco, 1958

Spiroloculina grateloupi d’Orbigny, 1826

Spiroloculina mosesi Tinoco, 1958

Spiroloculina tenuis (Czjezek, 1848)

Spiroloculina sp.

Família HAURINIDAE Schwager, 1876

Subfamília SIPHONAPERTINAE Saidova, 1975

Gênero Schlumbergerina Munier-Chalmas, 1882

Schlumbergerina alveoliniformis (Brady, 1879)

Subfamília HAUERININAE Schwager, 1876

Gênero Hauerina d’Orbigny, 1839

Hauerina fragilissima (Brady, 1884)

Hauerina inconstans (Brady, 1879)

Gênero Massilina Schlumberger, 1893

Massilina pernambucensis Tinoco, 1958

Gênero Quinqueloculina d’Orbigny, 1826

Quinqueloculina anguina Terquem, 1878

Quinqueloculina angulata (Williamson, 1858)

Quinqueloculina auberiana d’Orbigny, 1839

Quinqueloculina bicarinata d’Orbigny, 1826

Quinqueloculina bicarinella Reuss, 1869

Page 29: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

29

Quinqueloculina bicostata d’Orbigny, 1839

Quinqueloculina bienvillensis Howe, 1939

Quinqueloculina bosciana d’Orbigny, 1839

Quinqueloculina candeiana d’Orbigny 1839

Quinqueloculina disparilis curta d’Orbigny, 1817

Quinqueloculina funafutiensis (Chapman, 1902)

Quinqueloculina horrida Cushman, 1947

Quinqueloculina implexa Terquem, 1886

Quinqueloculina intricata Terquem, 1878

Quinqueloculina laevigata d’Orbigny, 1826

Quinqueloculina lamarckiana d’Orbigny, 1840

Quinqueloculina linneiana (d’Orbigny, 1840)

Quinqueloculina microcostata Natland, 1938

Quinqueloculina moynensis Collins, 1896

Quinqueloculina patagonica d’Orbigny, 1839

Quinqueloculina poeyana d’Orbigny, 1840

Quinqueloculina polygona d’Orbigny, 1839

Quinqueloculina pricei Tinoco, 1958

Quinqueloculina seminulum (Linnaeus, 1767)

Quinqueloculina tenuis Czjezek, 1848

Quinqueloculina venusta (Karrer, 1868)

Quinqueloculina vulgaris d’Orbigny, 1826

Quinqueloculina sp.A

Quinqueloculina sp.B

Subfamília MILIOLINELLINAE Vella, 1957

Gênero Miliolinella Wiesner, 1931

Miliolinella subrotunda Montagu, 1803

Gênero Pyrgo Defrance, 1824

Pyrgo bulloides (d’Orbigny, 1839)

Pyrgo comata (Brady, 1881)

Pyrgo denticulata (Brady, 1884)

Pyrgo elongata (d’Orbigny, 1826)

Pyrgo ocensis (Martinotti, 1920)

Pyrgo patagonica (d’Orbigny, 1839)

Pyrgo rigens (Lamarck, 1804)

Pyrgo subsphaerica (d’Orbigny, 1840)

Page 30: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

30

Gênero Triloculina d’Orbigny, 1826

Triloculina bermudezi Acosta, 1940

Triloculina cultrata (Brady, 1881)

Triloculina gracilis d’Orbigny, 1839

Triloculina linneiana d’Orbigny, 1839

Triloculina lutea d’Orbigny, 1839

Triloculina oblonga (Montagu, 1803)

Triloculina quadrilateralis d’Orbigny, 1839

Triloculina reticulata forma bicarinata d’Orbigny, 1839

Triloculina reticulata forma carinata d’Orbigny, 1839

Triloculina sommeri Tinoco, 1955

Triloculina tricarinata d’Orbigny, 1826

Triloculina trigonula Lamarck, 1804

Triloculina sp.

Subfamília SIGMOILINITINAE Luczkowska, 1974

Gênero Sigmoilina Schlumberger, 1887

Sigmoilina asperula (Karrer, 1868)

Sigmoilina subpoeyana (Cushman, 1929)

Gênero Sigmoilinita Seiglie, 1965

Sigmoilinita tenuis (Czjzeck, 1848)

Gênero Spirosigmoilina Parr, 1942

Spirosigmoilina bradyi (Collins, 1868)

Subfamília SIGMOILOPSINAE Vella, 1957

Gênero Sigmoilopsis, Finlay, 1947

Sigmoilopsis schlumbergeri (Silvestri, 1904)

Subfamília TUBINELLINAE Rhumbler, 1906

Gênero Tubinela Rhumbler, 1906

Tubinela funalis Cushman, 1929

Gênero Articulina d’Orbigny, 1826

Articulina atlantica Cushman, 1922

Superfamília SORITACEA Ehrenberg, 1839

Família PENEROPLIDAE Schultze, 1854

Gênero Peneroplis de Montfort, 1808

Page 31: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

31

Peneroplis bradyi Cushman, 1931

Peneroplis carinatus d’Orbigny, 1839

Peneroplis discoideus Flint, 1899

Peneroplis proteus d’Orbigny, 1840

Família SORITIDAE Ehrenberg, 1839

Subfamília ARCHAIASINAE Cushman, 1927

Gênero Archaias de Montfort, 1808

Archaias angulatus (Fichtel & Moll, 1798)

Archaias compressus (d’Orbigny, 1839)

Subordem LAGENINA Delage & Hérouard, 1896

Superfamília NODOSARIACEA Ehremberg, 1838

Família NODOSARIIDAE Ehrenberg, 1838

Subfamília NODOSARIINAE Ehrenberg, 1838

Gênero Nodosaria Lamarck, 1812

Nodosaria vertebralis (Batsch, 1791)

Família VAGINULINIDAE Reuss, 1860

Subfamília LENTICULININAE Capman Pars and Collins, 1934

Gênero Lenticulina Lamarck, 1804

Lenticulina rotulata (Lamarck, 1804)

Lenticulina sp.

Gênero Robulus de Montfort, 1808

Robulus acutauricularis (Fichtel & Moll, 1798)

Robulus cf. crassus (d’Orbigny, 1846)

Robulus orbicularis (d’Orbigny, 1826)

Robulus sp.

Família LAGENIDAE Reuss, 1862

Gênero Lagena Walker & Jacob, 1798

Lagena aspera Reuss, 1861

Lagena perlucida Montegu, 1803

Família ELLIPSOLAGENIDAE A. Silvestri, 1923

Subfamília OOLININAE Loeblich & Tappan, 1961

Page 32: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

32

Gênero Oolina d’Orbigny, 1839

Oolina inornata d’Orbigny, 1839

Oolina sp.

Subfamília ELLIPSOLAGENINAE A. Silvestri, 1923

Gênero Fissurina Reuss, 1850

Fissurina orbignyana Seguenza, 1862

Fissurina semimarginata (Reuss, 1870)

Fissurina submarginata (Boomgaart, 1949)

Família GLANDULINIDAE Reuss, 1860

Subfamília GLANDULININAE Reuss, 1860

Gênero Glandulina d’Orbigny, 1839

Glandulina rotundata Reuss, 1850

Subordem GLOBIGERININA Delage & Hérouard, 1896

Superfamília GLOBOROTALIACEA Cushman, 1927

Família PULLENIATINIDAE Cushman, 1927

Gênero Pulleniatina Cushman, 1927

Pulleniatina obliquiloculata (Parker & Jones, 1862)

Superfamília GLOBIGERINACEA Carpenter, Parker & Jones, 1862

Família GLOBIGERINIDAE Carpenter, Parker & Jones, 1862

Subfamília GLOBIGERININAE Carpenter, Parker & Jones, 1862

Gênero Globigerinoides Cushman, 1927

Globigerinoides ruber (d’Orbigny, 1839)

Globigerinoides trilobus (Reuss, 1850)

Globgerinoides sp.

Subordem ROTALIINA Delage & Herouard, 1896

Superfamília BOLIVINACEA Glassner, 1937

Família BOLIVINIDAE Glaessner, 1937

Gênero Bolivina d’Orbigny, 1839

Bolivina albatrossi Cushman, 1922

Bolivina cuomoi Boltovskoy, 1954

Page 33: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

33

Bolivina difforms Williamson, 1858

Bolivina doniezi Cushman & Wickeden, 1929

Bolivina lanceolata Parker, 1955

Bolivina limonenses Cushman, 1926

Bolivina ordinaria Phleger & Parker, 1952

Bolivina sphatulata (Williamson, 1858)

Bolivina subaenariensis Cushman, 1922

Bolivina subreticulata Parr, 1932

Bolivina translucens Cushman, 1922

Bolivina sp.

Gênero Brizalina O.G.Costa, 1856

Brizalina striatula Cushman, 1922

Superfamilia LOXOSTOMATACEA Loeblich & Tappan, 1962

Familia LOXOSTOMATADAE Loeblich & Tappan, 1962

Gênero Loxostomum Ehrenberg, 1854

Loxostomum karrearianum (Brady, 1881)

Loxostomum limbatum (Brady, 1881)

Superfamília CASSIDULINACEA d’Orbigny, 1839

Família CASSIDULINIDAE d’Orbigny, 1839

Subfamilia EHRENBERGININAE Cushman, 1927

Gênero Ehrenbergina Reuss, 1850

Ehrenbergina spinea Cushman, 1935

Superfamilia BULIMINACEA Jones, 1875

Família SIPHOGENERINOIDIDAE Saidova, 1981

Subfamília TUBULOGENERININAE Saidova, 1981

Gênero Siphogenerina Schumberger, 1882

Siphogenerina duartei Tinoco, 1958

Familia BULIMINIDAE Jones, 1875

Gênero Bulimina d’Orbigny, 1826

Bulimina patagonica d’Orbigny, 1839

Bulimina sp.

Família UVIGERINIDAE Haeckel, 1894

Page 34: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

34

Subfamilia ANGULOGERININAE Galloway, 1933

Gênero Angulogerina Cushman, 1927

Angulogerina angulosa angulosa (Williamson, 1858)

Angulogerina angulosa occidentalis (Cushman, 1923)

Superfamilia FURSENKOINACEA Loeblich & Tappan, 1961

Família FURSENKOINIDAE Loeblich & Tappan, 1961

Gênero Fursenkoina Loeblich & Tappan, 1961

Fursenkoina pontoni (Cushman 1932)

Gênero Sigmavirgulina Loeblich & Tappan, 1957

Sigmavirgulina tortuosa (Brady, 1881)

Superfamília DISCORBACEA Ehrenberg, 1838

Família BAGGINIDAE Cushman, 1927

Subfamília BAGGININAE Cushman, 1927

Gênero Cancris de Montfort, 1808

Cancris oblonga (d’Orbigny, 1839)

Cancris sagra (d’Orbigny, 1840)

Família EPONIDIDAE Hofker, 1951

Subfamília EPONIDINAE Hofker, 1951

Gênero Eponides de Montfort, 1808

Eponides antillarum (d’Orbigny, 1840)

Eponides frigidus (Cushman, 1921)

Eponides peruvianus forma campsi Boltoviskoy, 1954

Gênero Poroeponides Cushman, 1944

Poroeponides lateralis Terquem, 1878

Família DISCORBIDAE Ehrenberg, 1838

Gênero Discorbis Lamarck, 1804

Discorbis aff isabelleanus (d’Orbigny, 1839)

Discorbis bertheloti (d’Orbigny, 1839)

Discorbis bertheloti var. floridensis Cushman, 1930

Discorbis concinna Brady, 1881

Discorbis floridana Cushman, 1922

Discorbis globosa (Sidebottom, 1926)

Discorbis mira Cushman, 1922

Page 35: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

35

Discorbis parkerae Natland, 1950

Discorbis peruvianus (d’Orbigny, 1839)

Discorbis sp.

Superfamília SIPHONINACEA Cushman, 1927

Família SIPHONINIDAE Cushman, 1927

Subfamília SIPHONININAE Cushman, 1927

Gênero Siphonina Reuss, 1850

Siphonina bradyana Cushman, 1927

Siphonina pulchra Cushman, 1919

Siphonina reticulata (Czjzek, 1848)

Siphonina sp.

Subfamília SIPHONINOIDINAE Loeblich & Tappan, 1984

Gênero Siphoninoides Cushman, 1927

Siphoninoides echinatus Brady, 1879

Superfamília PLANORBULINACEA Schwager, 1877

Família CIBICIDIDAE Cushman, 1927

Subfamília CIBICIDINAE Cushman, 1927

Gênero Cibicidoides de Montfort, 1808

Cibicidoides dispars (d’Orbigny, 1839)

Cibicidoides sp. A

Cibicidoides sp. B

Superfamília ACERVULINACEA Schultze, 1854

Família ACERVULINIDAE Schultze, 1854

Gênero Gypsina H.J. Carter, 1877

Gypsina vesicularis (Parker & Jones, 1860)

Superfamília ASTERIGERINACEA d’Orbigny, 1839

Família AMPHISTEGINIDAE Cushman, 1927

Gênero Amphistegina d’Orbigny, 1826

Amphistegina gibbosa d’Orbigny, 1839

Amphistegina lessonii d’Orbigny, 1826

Superfamília NONIONACEA Schultze, 1854

Família NONIONIDAE Schultze, 1854

Page 36: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

36

Subfamília NONIONINAE Schultze, 1854

Gênero Nonion de Montfort, 1808

Nonion pauperatum (Balkwill &Wright, 1885)

Gênero Nonionella Cushman, 1926

Nonionella atlantica Cushman, 1947

Nonionella auricula Heron-Allen & Earland, 1930

Gênero Pseudononion Asano, 1936

Pseudononion grateloupi (d’Orbigny, 1826)

Subfamília PULLENIINAE Schwager, 1877

Gênero Mellonis de Montfort, 1808

Mellonis affinis (Reuss, 1851)

Superfamilia CHILOSTOMELLACEA Brady, 1881

Familia GAVELINELLIDAE Hofker, 1956

Subfamilia GAVELINELLINAE Hofker, 1956

Gênero Gyroidina d’Orbigny, 1826

Gyroidina orbicularis d’Orbigny, 1826

Superfamília ROTALIACEA Ehrenberg, 1839

Família ELPHIDIIDAE Galloway, 1933

Subfamília ELPHIDIINAE Galloway, 1933

Gênero Elphidium de Montfort, 1808

Elphidium advenum depressulum Cushman, 1933

Elphidium alvarezianum (d’Orbigny, 1839)

Elphidium articulatum (d’Orbigny, 1839)

Elphidium discoidale (d’Orbigny, 1839)

Elphidium excavatum (Terquem, 1875)

Ephidium galvestonense Kornfeld, 1931

Elphidium incertum (Willianmson, 1858)

Elphidium lessonii (d’Orbigny, 1826)

Elphidium macellum Fichtel & Moll, 1798

Elphidium margaritaceum Cushman, 1922

Elphidium morenoi ameghinoi Bermudéz, 1935

Elphidium poeyanum (d’Orbigny, 1840)

Elphidium sagrum (d’Orbigny, 1840)

Page 37: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

37

3.3 Tratamento Estatístico

3.3.1 Frequência de Ocorrência

Nas 11 amostras do testemunho PR – 124 foram identificadas 173 espécies de

foraminíferos. A partir do cálculo de frequência de ocorrência dessas espécies foi

evidenciado a existência de 51 espécies constantes (29,49 % das espécies), 38 espécies

acessórias (21,96 % das espécies) e 84 espécies acidentais (48,55% das espécies)

(Tabelas III, IV e V, Anexo).

De acordo com a metodologia adotada, as espécies constantes são aquelas

presentes em mais de 50% das amostras. Destas, 15 espécies apresentam 100% de

frequência de ocorrência. São elas: Amphistegina lessonii, Cornuspira planorbis, Elphidium

discoidale, Elphidium poeyanun, Miliolinella subrotunda, Poroeponides lateralis, Pyrgo

elongata, Pyrgo subsphaerica, Quinqueloculina angulata, Quinqueloculina lamarckiana,

Quinqueloculina patagonica, Siphoninoides echinatus, Triloculina lutea, Triloculina oblonga e

Triloculina tricarinata (Tabela III, Anexo).

As espécies que possuem ocorrência entre 25 % e 49 % das amostras são

consideradas acessórias e variam entre 27,3% e 45,5% no testemunho. As espécies

Archaias compressus, Fursenkoina pontoni e Textularia cônica, por exemplo, apresentam

porcentagem de 27,3 %. As espécies Nodosaria vertebralis, Textularia candeiana e

Quinqueloculina venusta, por exemplo, possuem uma porcentagem de 36,3%. Nove

espécies apresentam a maior porcentagem, de 45,5%. São elas: Archaias angulatus,

Fissurina submarginata, Glandulina rotunda, Peneroplis carinatus, Quinqueloculina

bosciana, Quinqueloculina linneiana, Quinqueloculina moynensis, Spiroloculina sp. e

Triloculina gracilis (Tabela IV, Anexo).

Foram classificadas como acidentais as espécies com frequência de ocorrência

abaixo de 25%, nas amostras do testemunho PR – 124. Neta categoria foram registradas 55

espécies acidentais ocorrem em apenas uma amostra, com 9,09% de constância, como por

exemplo, Discorbis mira e Tubinela funalis. 29 espécies ocorrem em duas amostras, com

18,2% de constância, dentre elas: Bolivina doniezi e Hauerina inconstans (Tabela V, Anexo).

Page 38: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

38

3.3.2 Frequências Absoluta e Relativa

No testemunho PR-124 foram identificadas 3300 testas de foraminíferos, distribuídas

em 11 amostras, das quais, foi possível identificar todos os espécimens. Dentre às 173

espécies identificadas, os foraminíferos com maior frequência relativa foram: Quiqueloculina

lamarckiana (10,50%), Amphistegina lessonii (7,92%), Triloculina oblonga (7,83%),

Elphidium discoidale (6,8 %), Pyrgo subsphaerica (5,22%), Miliolinella subrotunda (3,07%),

Quiqueloculina vulgaris (2,70%), Elphidium poeyanun (2,64%), Triloculina lutea (2,52%),

Cornuspira planorbis (2,34%), Triloculina tricarinata (2,09%), Quiqueloculina patagonica

(2,03%),Pyrgo elongata (2,00%), Quiqueloculina bicostata (1,85%), Siphoninoides echinatus

(1,85%), Quiqueloculina angulata(1,70%), Quiqueloculina polygona (1,15%), Quiqueloculina

microcostata (1,06%), Quiqueloculina funafutiensis (1,03%), Discorbis floridana (1,00%) e

Poroeponides lateralis (1,00%) (Tabela V, Anexo). As demais espécies que possuem menos

de 1% de frequência relativa foram agrupadas em uma única categoria, denominada de

outras (Fig 4).

Figura 4: Espécies de foraminíferos de maior frequência no testemunho estudado. (Amples = Amphistegina

lessonii; Corpla = Cornuspira planorbis; Disflo = Discorbis floridana; Elpdis = Elphidium discoidale; Elppoe =

Elphidium poeyanum; Milsubr = Miliolinella subrotunda; Porlat = Poroeponides lateralis; Pyrelo = Pyrgo elongata;

Pyrsubsp = Pyrgo subsphaerica; Quianu = Quinqueloculina angulata; Quibit = Quinqueloculina bicostata; Quifun

= Quinqueloculina funafitiensis; Quilam = Quinqueloculina lamarckiana; Quimic = Quinqueloculina microcostata;

Quimpat = Quinqueloculina patagonica; Quipol = Quinqueloculina polygona; Quivul = Quinqueloculina vulgaris;

Sipech = Siphoninoides echinatus; Trilut = Triloculina lutea; Trioblo = Triloculina oblonga; Tritri = Triloculina

trigonula).

Page 39: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

39

Através das freqüências relativa e absoluta de cada espécie (Tabela VI), foi possível

analisar a distribuição das espécies e perceber o seu comportamento em cada amostra, de

acordo com a variação de porcentagem para cada espécie. Para uma melhor análise desses

dados, foram utilizadas apenas as espécies principais, como descritas na metodologia, ver

no item 2.5.2.

A amostra T 01 (Fig. 5) é caracterizada por um predomínio de Quiqueloculina

lamarckiana (11,67 %), seguido por Amphistegina lessonii (8,33 %), Triloculina oblonga

(5,67 %), Pyrgo subsphaerica (5,67 %) e Elphidium discoidale (5%). Assim como nesta

amostra T 05 (Fig. 5), Quiqueloculina lamarckiana (15,33%) é a espécie de maior

frequência, seguida por Pyrgo subsphaerica (7,67%), Elphidium discoidale (5,33%) e

Amphistegina lessonii (5%).

A amostra T 10 (Fig. 5) tem como as principais espécies Quiqueloculina lamarckiana

(15%), Amphistegina lessonii (11%), Triloculina oblonga (8 %) e Elphidium discoidale

(5,33%). Na amostra T 15 (Fig. 5), observa-se um predomínio de Quinqueloculina

lamarckiana, com 10%, sendo a amostra que possui a maior quantidade de espécies

principais: Triloculina oblonga (8,33 %), Pyrgo subsphaerica (8%), Amphistegina lessonii

(7%), Elphidium discoidale (7%) e Quinqueloculina bicostata (6%).

A espécie Quinqueloculina disparilis curta é principal apenas na amostra T 20 (Fig.

6), com 6% de frequência relativa. Ainda observam-se as espécies principais:

Quinqueloculina lamarckiana (13%), Amphistegina lessonii (8,57%), Triloculina oblonga (6%)

e Elphidium discoidale (5%). A amostra T 25 (Fig. 6) tem como espécies principais:

Quinqueloculina lamarckiana (11%), Triloculina oblonga (8,35), Amphistegina lessonii (7%) e

Elphidium discoidale (5%).

A amostra T 30 (Fig. 6) a espécie predominante é Quinqueloculina lamarckiana, com

11,33%. Também são consideradas principais as espécies Elphidium discoidale (7,67%),

Amphistegina lessonii (7,33%), Triloculina oblonga (6%) e Milioliella subrotunda (5,33%).

Essa é a amostra que possui a maior quantidade de espécies traço (48 espécies).

Na amostra T 35 (Fig. 6) observa-se uma predominância de Amphistegina lessonii e

Elphidium discoidale, ambas com 9,63 %, seguidas por Quiqueloculina lamarckiana e

Triloculina oblonga, ambas com 8,64 %. A amostra T 35 apresenta à maior quantidade de

espécies acessória (28 espécies).

Page 40: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

40

Já na amostra T 40 (Fig. 6) o gênero Triloculina é o mais abundante. A espécie

Triloculina oblonga constitui 11,33% das espécies identificadas, seguida Quiqueloculina

lamarckiana (10,33 %), Amphistegina lessonii (8,33%) e Elphidium discoidale (5,67 %).

As espécies Amphistegina lessonii e Elphidium discoidale também são

predominantes na amostra T 45 (Fig. 6), com 8,33% cada, seguidas por Triloculina oblonga

(7,67 %), Quinqueloculina lamarckiana e Pyrgo subsphaerica, ambos com 5,67%. Já a

amostra T 50 (Fig. 6) tem como principail o gênero Elphidium, com a espécie Elphidium

discoidale (12,67%), seguido por Triloculina oblonga (11,33%), Amphistegina lessonii

(6,33%), Pyrgo subsphaerica (5,33%) e Quinqueloculina vulgaris (5%)

Figura 5: Espécies com maior frequência relativa.Legenda: (Amples = Amphistegina lessonii; Elpdis = Elphidium discoidale; Pyrsubsp = Pyrgo subsphaerica; Quibit = Quinqueloculina bicostata; Quilam = Quinqueloculina lamarckiana; Trioblo = Triloculina oblonga).

Page 41: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

41

Figura 6: Espécies com maior frequência relativa. Legenda: (Amples = Amphistegina lessonii; Elpdis = Elphidium discoidale; Pyrsubsp = Pyrgo subsphaerica; Milsubr = Miliolinella subrotunda; Quibit = Quinqueloculina bicostata; Quidic = Quinqueloculina disparilis curta; Quilam = Quinqueloculina lamarckiana; Quivul = Quinqueloculina vulgaris; Trioblo = Triloculina oblonga;).

.

Page 42: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

42

3.3.3 Riqueza, Diversidade e Equitatividade

Com a análise da microfauna de foraminíferos e com os dados sobre o número de

espécimes e de espécies por amostra foi possível cálcular os índices de Riqueza (R), de

Margalef (1958), Diversidade (H’) de Shannon (1948) e Equitatividde (J’) de Pielou (1984).

Os resultados obtidos encontram-se na Tabela VII, Anexo.

O testemunho em estudo possui uma distribução variada quanto ao número de

espécies por amostra. A amostra T 35 possui o menor número de espécies, seguido pela

amostra T 50 (com 57 e 58 espécies, respectivamente), e a amostra T 01 é a que possui o

maior número de espécies, seguida pela amostra T 30 (76 e 74 espécies, respectivamente),

como representado na Figura 7.

Figura 7: Número de espécies dos foraminíferos presentes nas amostras em sedimentos do testemunho PR- 124

Observa-se que o índice de Riqueza (Fig. 8), na amostra T 01 teve o maior valor,

com R = 13,15, seguida pela amostra T 30 com R = 12,80. Essas amostras possuem a

maior quantidade da espécie Quinqueloculina lamarckiana, que é uma espécies de

foraminífero de pequeno porte. As amostras T 35 (R = 9,82) e T 50 (R = 9.99) apresentam

os menores valores e possuem predominância da espécie Elphidium discoidale que também

é foraminífero de pequeno porte (Tabela VII, Anexo).

Page 43: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

43

Figura 8: Índice de riqueza (R) das amostras do sedimento do testemunho PR – 124

Em relação ao índice de equitatividade (Fig. 9) houve uma variação entre 0,841 e

0,879, sendo que a amostra com maior frequência de Elphidium discoidale e Amphistegina

lessonii (Amostra T 45) apresentou o maior índice, enquanto que, a amostra com maior

frequência de Quinqueloculina lamarckiana (amostra T 10) obteve o menor índice. Os

valores encontram-se em anexo, na Tabela VII. Todas as amostras analisadas possuem

equitatividade superior a 0,80.

Figura 9: Índice de Equitatividade (J’) das amostras do sedimento do testemunho PR - 124

Page 44: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

44

O índice de diversidade (Fig. 10) é um reflexo dos índices de riqueza e

equitatividade. A amostra que possui a maior diversidade é a amostra T 01, que apresenta

76 espécies (H’ = 3,778), seguidos por T 30 (74 espécies e H’ = 3,656 bits/ind) e T 45 (63

espécies e H’ = 3,644 bits/ind). Em contra partida, os menores valores são observados nas

amostras T 10 (59 espécies e 3,430 bits/ind), T 50 (58 espécies e 3,434 bits/ind) e T 15 (60

espécies e 3,478 bits/ind), respectivamente. Os valores encontram-se na Tabela VII, Anexo.

Figura 10: Índice de Diversidade (H’) das amostras do sedimento do testemunho PR - 124

3.3.4 Análise de Multivariada

3.3.4.1 Associações Sedimentológicas

Com os dados sedimentológicos, classificados em areia e lama (Tabela II, Anexo) foi

confeccionado um dendograma (Fig. 11), utilizando o coeficiente de similaridade de Bray-

Curtis. Neste dendograma é possível observar dois grupos, a partir do coeficiente de

similaridade de -9,6.

O Grupo I, representado pela amostra T 20, que é constituída por mais de 30 % de

sedimento do tipo argila (Tabela II, Anexo). Já o Grupo II é subdividido em dois subgrupos

(subgrupo II A e subgrupo II B), a partir do coeficiente de similariadade de -6,2,

aproximadamente.

Page 45: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

45

O subgrupo II A é constituído pelas amostras T 01, T 05, T 25, T 35 e T 50, que

possuem um teor de argila entre 20 e 30 %. O subgrupo II B é formado pelas amostras T 10,

T 15, T 30, T 40 e T 45 que são as amostras que possuem em seus sedimentos, teores

inferiores a 20% de argila (Tabela II, Anexo).

Bray – Curtis

Figura 11: Dendograma do agrupamento das amostras com os dados sedimentológicos do testemunho PR - 124

Page 46: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

46

3.3.4.2 Associações Faunísticas

Para a confecção do dendograma da figura 12 são utilizadas as espécies com

frequência de ocorrência acima de 50% a partir de 1% de frequência relativa (tabela VIII,

Anexo), como descrito no item 4.6.

Considerando um índice de similaridade em torno de 0,48, obtem a formação de dois

grupos na microfauna estudada. O grupo I é formado por cinco espécies: Quinqueloculina

lamarckiana, Elphidium discoidale, Triloculina oblonga, Amphistegina lessonii e Pyrgo

subsphaerica. Este grupo não apresenta preferência quanto à granulometria, sendo

constantes ao longo do testemunho PR – 124. O grupo II compreende as demais espécies.

Realizando um novo corte, com o índice de similaridade de aproximadamente, 0,57 é

possível evidencia a formação de três subgrupos, onde a espécie Quinqueloculina

microcostata possui uma nítida separação, formando o subgrupo II A, sendo a espécie que

está nas amostras mais arenosas. O subgrupo II B é composto por 11 espécies: Pyrgo

elongata, Quinqueloculina patagonica, Triloculina lutea, Cornuspira planorbis, Elphidium

poeyanum, Triloculina tricarinata, Miliolinella subrotunda, Quinqueloculina vulgaris,

Siphoninoides echinatus, Quinqueloculina disparilis curta, Quinqueloculina angulata e

Quinqueloculina bicostata. Essas espécies são constituíntes de sedimentos, onde o teor de

argila é menor que 20%.

O subgrupo II C é composto por cinco espécies, são elas: Poroeponides lateralis,

Quinqueloculina funafutiensis, Discorbis floridanna, Quiqueloculina polygona e Pyrgo

bulloides. Neste subgrupo, as espécies são constituíntes de sedimentos com teor de argila

entre 20 e 30 %.

Page 47: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

47

Bray – Curtis

Figura 12: Dendograma do agrupamento das amostras contantes do testemunho PR - 124

Page 48: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

48

3.4 Fauna Bentônica

No testemunho PR-124, a fauna bentônica representa 97,69% das espécies

identificadas, em um total de 169 espécies, inclusas em 52 gêneros (Textularia, Clavulina,

Bigenerina, Cornuspira, Nodobaculariella, Spiroloculina, Schlumbergerina, Hauerina,

Massilina, Quinqueloculina, Miliolinella, Pyrgo, Triloculina, Sigmoilina, Sigmoilinita,

Spirosigmoilina, Sigmoilopsis, Tubinela, Articulina, Peneroplis, Archaias, Nodosaria,

Lenticulina, Robulus, Lagena, Oolina, Fissurina, Glandulina, Bolivina, Brizalina,Loxostomum,

Ehrenbergina, Siphogenerina, Bulimina, Angulogerina, Fursenkoina, Sigmavirgulina,

Cancris, Eponides, Poroeponides, Discorbis, Siphonina, Siphoninoides, Cibicides, Gypsina,

Amphistegina, Nonion, Nonionella, Pseudononion, Mellonis, Gyroidina e Elphidium)

A subordem Textulariina apresenta o gênero Textularia representado por cinco

espécies acessórias no testemunho estudado e não possui representantes no centro do

testemunho (entre 30 a 35 cm de profundidade). A espécie T. cônica possui a menor

constância, com 27,3 %. O gênero Bigerina ocorre de forma acessória, enquanto que o

gênero Clavulina ocorre de forma acidental. Esses gêneros apresentam-se em maior

quantidade na porção mais profunda do testemunho (30 a 40 cm de profundidade).

A subordem Miliolina é a que apresenta a maior representatividade e distribuição no

testemunho por possuir 77 espécies. O gênero Quinqueloculina é o mais abundante no

testemunho PR-124, com 29 espécies e ocorre em maior quantidade em amostras mais

areno-argilosas, como nas amostras T 05 e T 25. As espécies Q. lamarckiana e Q. bicostata

apresentam a maior frequência ao longo do testemunho. Destacam-se também as espécies

Q. angulata, Q. disparilis curta e Q. polygona com constância maior que 90%.

O gênero Triloculina também apresenta um grande número de espécies (13) e

ocorrem de forma acidental, acessória e constante, com destaque para as espécies T. lutea,

T. oblonga e T. tricarinata que possuem constância de 100%. O gênero Miliolinella possui

uma grande representividade, com constância de 100% da única espécia desse gênero, a

M. subrotunda. Observa-se maior concentração dessa espécie, nas amostras mais

profundas (amostra T 30 e T 40), mas constante em sedimentos com alto teor de areia

(amostra T 30).

O gênero Pyrgo, com oito espécies está presente ao longo do testemunho,

caracterizando-se como gênero presente em substrato areno-argiloso. Possui mais

representantes na porção superior do testemunho (amostras T 01, T 05, T 10 e T 15) e as

Page 49: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

49

espécies P. bulloides e P. subsphaerica são as que possuem a maior constância (acima de

90% de frequência de ocorrência) do testemunho em estudo.

Os outros gêneros da subordem Miliolina possuem ocorrência acidental ou acessória

e ocorrem ao longo do testemunho PR – 124. Merece destaque as espécies

Schlumbergerina alveoliniformis, Cornuspira planorbis e Cornuspira Inconstans com

constância maior que 50%.

Os sete gêneros da subordem Lagenina possuem uma distribuição acessória e

acidental, tendo destaque a espécie Oolina inornata, pois possui uma constância de 72,7 %,

sendo a a espécie de maior representatividade desta subordem. Não se observa um padrão

de distribuição desta espécie.

A subordem Rotaliina é a segunda maior representante do testemunho em estudo,

com 24 gêneros e 69 espécies. Dentre essas, as mais constântes são A. lessonii (100%), E.

discoidale (100%), E. poeyanum (100%), Poroeponides lateralis (100%), Siphoninoides

echinatus (100%), E. lessonii (90,9%), S. pulchra (90,9%), A. gibbosa (81,1%), Discorbis

floridensis (81,1%), E. advenum depressulum (72,7%), E. incertum (72,7%), Nonionella

atlantica (72,7%), S. bradyana (72,7%), E. alvarizianum (63,3%) e Nonionella auricula

(54,5%). Merece destaque para as espécies A. lessonii e E. discoidale, que possuem

constância de 100% e a maior quantidade de indivíduos ao longo do testemunho. A espécie

A. lessonii está presenta na parte superior do testemunho, onde possui maior quantidade de

areia (amostra T 01, T 10 e T 15), enquanto que a espécie E. discoidale possui maior

representidade na parte inferior do testemunho que possui maior quantidade de argila ( T35

e T 50).

3.5 Fauna Planctônica

A fauna planctônica é representada por 2,31% da fauna estudada no testemunho

PR-124. São quatro espécies pertecentes em dois gêneros, o Globigerinoides e o

Pulleniatina. O gênero Pulleniatina está presente na amostra T 35 e o gênero

Globigerinoides na amostra T 20 e ambas possuem frequência de ocorrência acidental.

Page 50: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

50

CAPÍTULO IV

4. DISCUSSÃO

A partir da análise dos resultados obtidos é possível constatar uma relação entre a

influência dos recifes sob a característica e distribuição sedimentológica da área de estudo,

uma vez que a presença de foraminíferos tipicamente recifais revela a contribuição destes

organismo na taxa de sedimentação. Segundo Andrade (1997) a proximidade da costa e a

produção constante de sedimentos carbonáticos pelos recifes elevam a taxa de

sedimentação.

Em estudo realizado na ilha de Itaparica, Araújo (1984) relata que a influência dos

organismos recifais na composição dos sedimentos do fundo, em áreas próximas dos

recifes, é marcada por sedimentos carbonáticos, na ilha de Itaparica. O aumento de

sedimentos siliciclásticos ocorre mais afastado das construções recifais (ARAÚJO, 1984).

No estudo de foraminíferos associados aos recifes do extremo sul do estado da

Bahia, Nascimento (2003) relaciona a natureza dos sedimentos bioclásticos, à produção in

situ, com sedimentação tipicamente esqueletal, derivados de material detrítico do

quebramento das estruturas recifais ou da erosão biológica, produzidas in situ.

A distribuição das espécies de foraminíferos ocorre de acordo com as variáveis

ambientais, como temperatura, salinidade, turbidez, natureza do substrato e profundidade.

Em um zoneamento vertical, os parâmetros temperatura, salinidade da água e natureza do

fundo oceânico são os que determinam à distribuição dos foraminíferos (BOLTVOSKOY,

1991; SANCHES, 1992; DEBENAY ET AL, 1998; ARAÚJO, 2004). As características

granulométricas e composicionais do substrato também exercem influências diretas na

quantidade de foraminíferos (BOLTOVSKOY & WRIGHT, 1976; FERREIRA, 1977;

MURRAY, 1991).

As espécies identificadas na região de Abrolhos são típicas da Província

Zoogeográfica das Índias Ocidentais (BOLTOVSKOY, 1965, 1976; TINOCO, 1971, 1975),

da Subprovíncia Atlântica-Caribenha (LARSEN, 1976), de acordo com a distribuição

geográfica do gênero Amphistegina nos mares e oceanos atuais. Os foraminíferos

Page 51: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

51

estudados fazem parte da Subprovíncia Norte-Nordeste Brasileira, 2ª Área, cujo limite está

situado entre os paralelos 0° e 23°S, caracterizada pela assembléia Amphistegina –

Archaias (LEIPNITZ & LEIPNITZ, 1996; LEIPNITZ, 1988, 1999). Essa fauna é constituída de

espécies características em ambientes de plataformas tropicais de águas quentes e rasas,

das baixas latitudes (ARAÚJO, 2004).

No testemunho estudado são observados espécimes da microfauna e da macrofauna

de foraminíferos. A distribuição dessas espécies pode ser explicada, segundo Hallock et al.

(1992), devido à um substrato firme, vegetação ou pela turbidez provocada pelo material fino

em suspensão.

A granulometria dos sedimentos do testemunho em estudo é classificada em areia e

argila, sendo a fração areia predominante. Essa predominância é resultado da influência do

ambiente de alta energia, presente na região de Abrolhos, devido à atuação de processos

mecânicos. A fração argila possui teores baixos (abaixo de 35%, Tabela II, Anexo). Apesar

da proximidade com o recife Paredes que gera material biogênico e a presença de canais

interrecifais, que servem de armadilha para sedimentos lamosos (NASCIMENTO, 2003), a

alta energia na região de coleta do material não permitiu grande concentração dessa fração.

Observa-se uma variação cíclica no teor de argila ao longo do testemunho (Fig. 13).

Estes valores podem ser explicados devido à variação de energia que o ambiente pode ter

sido submetido, onde em torno de 20 cm registra-se a maior quantidade de argila, ou seja, a

menor energia que o ambiente foi submetido. Essa variação na granulometria permite

classificar o sedimento como areno-argiloso, em uma deposição rítmica.

Figura 13: Variação do teor de argila e areia ao longo do testemunho PR – 124.

Page 52: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

52

Ao longo do testemunho analisado observa-se a distribuição de algumas espécies de

acordo com a granulometria. É o caso da Amphistegina gibbosa, Bigenerina textularoidea,

Miliolinella subrotunda, Pyrgo subsphaerica, Quinqueloculina candeiana, Quinqueloculina

vulgaris e Poroeponides lateralis que são mais abundantes em amostras com maior teor de

areia. Já as espécies Elphidium discoidale, Quinqueloculina disparilis curta e

Quinqueloculina angulata, são mais abundantes nas amostras com maiores teores de argila.

Os gêneros Elphidium e Ammonia predominam quando os sedimentos de fundo são

argilosos (KURG, 1961). No testemunho em estudo, o gênero Elphidium possui um

predomínio nas amostras onde há maiores teores de argila, mas ocorre por todo o

testemunho.

O gênero Quinqueloculina possui um elevado número de espécies nas amostras que

têm predomínio na fração areia, mas também possuem grande quantidade em amostras

com predomínio de argila, evidenciando que outros fatores ambientais influenciaram

significativamente, na distribuição vertical das espécies.

No gênero Triloculina, a espécie Triloculina quadriculateralis possui maior

concentração nas amostras com predominância da fração argila, apesar das outras

espécies terem maior concentração na fração areia e a subordem Miliolida ser característica

de um substrato arenoso.

Os gêneros Bolivina, Brizalina, Fursenkoina, Mellonis, Nonion e Nonionella são

típicos de substrato constituído por areia fina a lamosa. O gênero Bigenerina é comum em

sedimentos de areia grossa e os gêneros Discorbis, Hanzawaia, Miliolinella, Patelina,

Peneroplis, Poroeponides são comuns em substrato duro ou areia (MURRAY, 1991). Há

uma distribuição homogênea desses gêneros ao longo do testemunho.

Ainda segundo Murray (1991), os gêneros Ammonia, Elphidium e Nonion são formas

calcárias tolerantes à condições de salinidade. Apesar desse fator não ter sido analisado

nesse estudo, a área é influenciada por rios, dentre eles o Rio Caravelas que diminui a

salinidade da região recifal e explica a presença dos gêneros Elphidium e Nonion.

De acordo com Leão (1982), a espécie Amphistegina lessonii ocorre,

predominantemente, nos recifes externos, cujo sedimento é carbonático. O testemunho em

estudo localiza-se em um arco interno, do complexo recifal de Abrolhos e assim, há um

predomínio da espécie Amphistegina lessonii e uma quantidade menos expressiva de

Archaias angulatus que é característica de recifes internos.

Page 53: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

53

Os gêneros Amphistegina e Archaias são os mais abundantes entre as assembléias

recifais (SEIGLIE, 1968), sendo esta freqüência relatada nos trabalhos, como Machado

(2000) e Nascimento (2003).

Ao longo do testemunho foram identificados 173 espécies de foraminíferos, sendo 5

com frequência relativa principal, 18 com frequência relativa acessória e 150 com frequência

relativa traço. Destacam-se as espécies Quinqueloculina lamarckiana, Amphistegina

lessonii, Triloculina oblonga, Elphidium discoidale e Pyrgo subphaerica que são as espécies

principais.

O número de espécies de foraminíferos identificados é considerada alta, já que em

estudos na costa da Bahia, Machado (1989) obteve 77 espécies no cânion de Salvador,

Figueiredo (2000) identificou 272 espécies na Baía de Todos os Santos, Araújo (2004)

identificou 322 espécies no Litoral Norte e Nascimento (2003) obteve 150 espécies nos

recifes do extremo sul (Tabela 1).

A espécie Quinqueloculina lamarckiana é acessória na amostra T 50, enquanto que a

espécies Elphidium discoidale é a mais frequênte. Essa relação é dada pela granulometria,

onde a amostra T 50 é mais argilosa (Fig 14). Assim, a granulometria de maior abundancia

da espécie Elphidium discoidale é a argilosa.

Figura 14: Relação da frequência das espécies Quinqueloculina lamarckiana e Elphidium discoidale.

Page 54: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

54

Tabela I. Relação dos trabalhos realizados no estado da Bahia, e do número de espécies encontradas.

AUTORES

ESTADO DA BAHIA Nº ESPÉ. Nº ESPÉCIES

BENT. PLANC.

Closs & Barberena (1960) Praia da Barra 43

Brady at al., (1988) Arquipélago de Abrolhos 124

Machado (1977) Praia de Inema na Baía de Todos os Santos

26

Ferreira (1977)

Praia Itapuã 144

Carboni at al., (1981) Baía de Todos os Santos

138

Machado (1989) Cânion de Salvador 77

Macedo (1994)

Península Itapagipe, Praias de Guarajuba, Paciência e

Rio Vermelho

198

Sanches at al., (1995) Arquipélago de Abrolhos 91

Macedo & Machado (1995) Entre a Praia de Arembepe e Morro de São Paulo

104

Machado (1997) Baía de Iguape 13

Andrade (1997) Praia do Forte no Litoral Norte da Bahia

223

Anjo at al., (1998) Estuário de Cacha Pregos na ilha de Itaparica

68

Machado at al., (1999) Praia do Forte no Litoral Norte da Bahia

*27

Figueiredo (2000) Baía de Todos os Santos 272

Machado (2000) Praias de Itapuã, Arembepe e Guarajuba

105 49 4

Braga (2001) Recifes de Itacimirim 33

Moraes (2001) Praias do Forte e Itacimirim 78

Araújo (2003) Recifes do extremo sul 150

* 27 gêneros

A partir da frequência de ocorrência, das 173 espécies identificadas, 51 são

constantes, 38 possuem distribuição acessória e 84 são consideradas acidentais. Das quais,

destacam-se as espécies Amphistegina lessonii, Cornuspira planorbis, Elphidium discoidale,

Elphidium poeyanum, Miliolinella subrotunda, Poroeponides lateralis, Pyrgo elongata, Pyrgo

subsphaerica, Quinqueloculina angulata, Quinqueloculina lamarckiana, Siphoninoides

echinatus, Triloculina lutea, Triloculina oblonga e Triloculina tricarinata que possuem

ocorrência de 100 %. Observa-se um grande número de espécies identificadas, devido às

Page 55: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

55

características das testas, que estão pouco quebradiças. Segundo Thomas & Schafer

(1992), as espécies mais robustas resistem com maior frequência e por mais tempo e são

mais distribuídas. A condição frágil das testas de algumas espécies pode explicar o grande

número de espécies acidentais (Nascimento, 2003). Por isso ajuda a explicar o predomínio

das subordens Miliolina (44,6 %) e Rotaliina (39,3 %) sobre as subordens Lagenina (9,2 %),

Textulariina (4,6 %) e Globigerinina (2,3 %).

As subordens Miliolina e Rotaliina possuem representantes com as testas mais

resistentes ao transporte e a alta energia que o ambiente é submetido e por isso, estão

distribuída por todo o testemunho.

A subordem Textulariina, normalmente, não está associada a águas quentes,

provavelmente devido a concorrência com as formas calcárias (NASCIMENTO, 2003). As

formas aglutinantes são mais abundantes em salinidades baixas e diminuem quando há um

aumento de salinidade (EICHLER, 1982). Esses fatores traduzem a baixa ocorrência da

subordem Textulariina no testemunho PR – 124.

Os grãos analisados apresentam uma coloração branca, em grande maioria. De

acordo com Leão & Machado (1989), essa coloração ocorre com uma rápida sedimentação

das testas. Em algumas amostras, (T 40 e T 45), as testas de foraminíferos, dos gêneros

Elphidium e Discorbis encontram-se piritizadas. Este fenômeno é uma consequência de

processos químicos devido à decomposição da matéria orgânica por bactérias redutoras de

sulfato, em condições anaeróbicas (MORAIS, 2001). No Litoral Norte do estado da Bahia,

Araújo (2004) encontrou uma predominância de testas com coloração marrom próximo à

costa, seguindo para uma coloração amarela na plataforma média e branca na plataforma

externa, indicando uma sedimentação rápida próxima à costa e uma sedimentação lenta na

plataforma externa.

Em relação aos foraminíferos planctônicos a sua distribuição é quase nula, onde a

principal ocorrência é na amostra T 20. Na área de estudo, por ser próxima da costa e com

influência de rios e sedimentos terrígenos, apresenta uma baixa salinidade e elevada

turbidez. Os planctônicos são sensíveis à mudança de salinidade e, segundo Figueiredo

(2000), as formas planctônicas são encontradas em torno de 30 a 36 %. Outro fator é a

turbidez, onde os foraminíferos planctônicos localizam-se em regiões de baixa turbidez.

A fauna bentônica possui uma maior distribuição devido a sua capacidade de

adaptação à diferença de ambientes. Essa fauna vive tanto em grãos de sedimentos, como

Page 56: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

56

aderidos a substratos, como rochas, algas e fragmentos de outras espécies (MURRAY,

1991).

Kitazato 1988 observou quatro hábitos dos foraminíferos de região intramarés: (i)

Amphistegina e Elphidium, que são fixos por pseudópodes, em talos das algas; (ii) Patellina

corrugata e Spitillina vivípara, que são encontradas em algas e em substratos mais duros,

mas que se movimentam; (iii) Cibicides, Cymbaloporecta, Discorbis e Sorites, que são

formas sésseis, fixas em algas e em outros substratos mais duros; (iv) Borelis, Bolivina,

Milionella e Quinqueloculina que são formas livres e vivem dentro ou sobre substratos moles

(KITAZATO 1988 apud NASCIMENTO 2003).

A diversidade específica dos foraminíferos no testemunho estudado é considerada

alta (173 espécies) se comparada com outros trabalhos no estado da Bahia como: Ferreira

(1977) que descreveu 144 espécies na praia de Itapuã; Brady et al. (1988) que identificaram

124 espécies no Arquipélago de Abrolhos; Machado (1995) que identificou 77 espécies nos

sedimentos da borda do “canyon” de Salvador; Morais (2001) encontrou 78 espécies nos

recifes de Praia do Forte e Itacimirim; Nascimento (2003) que identificou 150 espécies em

recifes do extremo sul da Bahia.

O índice de diversidade varia entre 3,43 (amostras T 50 e T 10) e 3,77 (amostra T

01), de acordo com o índice de diversidade de Shannon-Wiener, e com o número de

espécies entre 57 a 76 indivíduos (amostra T 50 e T 01, respectivamente). Os valores se

encontram próximos, mostrando uma distribuição regular entre os foraminíferos. A mínima

diferença (de 0,34) pode ser explicada pela diferença da distribuição de nutrientes e pela

diferença granulométrica, onde a maior diversidade é observada em sedimentos arenosos

(Fig. 15), visto que a predominância da fauna identificada é do gênero Quinqueloculina,

característica desta fração granulométrica.

A análise do índice de equitatividade de Pielou revelou um valor acima de 80 %

(0,80) nas amostras estudadas, não tendo grande variação entre elas. O maior índice é a

amostra T 45 (87,9%) e o menor é a amostra T 10 (84,1%). Em uma amostra, quando as

espécies possuem frequências semelhantes, traduz em um alto índice de equitatividade.

Os índices de riqueza estão relacionados com a diversidade específica. Assim, os

valores obtidos para este índice, através do calculo de riqueza de Margalef está dentro do

esperado, para as condições ambientais encontradas.

Page 57: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

57

Figura 15: Relação entre a diversidade e a fração areia ao longo do testemunho PR – 124.

Os valores obtidos variam entre 9,8 (amostra T 35) e 13,2 (amostra T 01) e assim, o

testemunho PR – 124 pode ser considerado rico em espécies de foraminíferos, visto que

Andrade (1997) obteve valores entre 4,13 e 10,33, Nascimento (2003) registrou que mais de

63 % das amostras eram superiores a 7 e Araújo (2004) registrou valores entre 6,69 e 11,22

e todos esses autores classificaram como a área rica em espécies de foraminíferos.

Page 58: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

58

CAPÍTULO V

5. CONCLUSÕES

Através do estudo do testemunho PR - 124, localizado próximo ao Recife Paredes,

no Complexo Recifal de Abrolhos foi possível identificar 173 espécies, distribuídas

em 54 gêneros, ao longo do testemunho mostrando elevados índices de diversidade

específica e de riqueza.

As espécies estão distribuídas em cinco subordens (Miliolina, Rotaliina, Lagenina,

Textulariina e Globigerinina), onde a subordem Miliolina possui mais representantes

(77 espécies), seguida pela subordem Rotaliina (68 espécies).

Os foraminíferos são predominantemente bentônicos sendo representados

principalmente pelas espécies Amphistegina lessonii e Quinqueloculina lamarckiana.

A distribuição das frequências das espécies de foraminíferos em cada amostra é

homogênea e 100% das amostras possuem equitatividade alta.

As espécies A. lessonii, E. discoidale, P. subsphaerica, Q. lamarckiana, Q. bicostata

e T. oblonga apresentam maior frequência relativa e de ocorrência.

Os foraminíferos exibem padrões de distribuição das espécies, controlados pelo

parâmetro sedimentológico. A espécie Quinqueloculina microcostata se concentra

em amostras arenosas e não ocorre na amostra mais argilosa. As espécies Discorbis

floridanna ,Poroeponides lateralis, Pyrgo bulloides, Quinqueloculina funafutiensis e

Quiqueloculina polygona apresentaram maior distribuição em amostras mais

argilosas e as espécies Cornuspira planorbis, Elphidium poeyanum, Miliolinella

subrotunda, Pyrgo elongata, Quinqueloculina angulata, Quinqueloculina bicostata,

Quinqueloculina disparilis curta, Quinqueloculina patagonica, Quinqueloculina

vulgaris, Siphoninoides echinatus, Triloculina lutea, e Triloculina tricarinata foram

agrupadas em amostras predominantemente arenosas.

As amostras apresentam padrão de distribuição de acordo com a granulometria onde

é possível observar uma amostra com teor de argila acima de 30% (T20), cinco

Page 59: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

59

amostras com teores de argila entre 20% e 30%, e cinco amostras com teores de

argila abaixo de 20%.

Também se observa uma variação de energia, na deposição dos sedimentos, devido

a relação areia/argila, caracterizando um sedimento areno-argiloso. Essa variação

pode ser constatada com estudos de novos testemunhos, assim como a sua

ciclicidade.

As testas possuem coloração branca, o que significa rápida deposição do sedimento.

Isso também é confirmada por pouca presença de testas quebradas.

As testas que apresentam piritização ocorrem em amostras que se encontram acima

de 40 cm de profundidade, (amostras T 40 e T 45) sugerindo um ambiente redutor.

Page 60: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

60

CAPÍTULO VI

6. REFERÊNCIAS

AB’SABER, NA; TUNDISI, J.G.; FORNERIS, L.; MARINO, M.C., ROCHA, O.; TUNDISI, T.;

SCHAEFFER-NOVELLI, Y.; VOUNO Y.S.; QATANABE, S. Glossário de ecologia, 2ª ed.

São Paulo: Aciesp, 1997. 353p (Publicação 103).

ANDRADE, E.J.; Distribuição dos foraminíferos recentes na transição carbonato/siliciclástos

na região da Praia do Forte, Litoral Norte do Estado da Bahia. Salvador, 1997. 111p.

Dissertação (Mestrado), Instituto de Geociências da Universidade Federal da Bahia.

ARAUJO, T.M.F. Morfologia, composição, sedimentologia e história evolutiva do recife de

coral da ilha de Itaparica, Bahia. 1984. 92p. Dissertação (Mestrado), Curso de Pós-

Graduação em Geologia, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 1984.

ARAUJO, T.M.F. Estudo da Microfauna de Foraminíferos do sedimento da superfície e da

subsuperfície da plataforma e do talude continentais da região norte do estado da Bahia

(Salvador à Barra do Itariri). 2004, 179-184p. Tese (Doutorado). Pós-Graduação em

Geologia: Geologia Sedimentar. Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2004.

ARAUJO, T.M.F.; MACHADO, A.J. Foraminíferos da Superfície do Talude Continental

Superior do Norte da Bahia, Brasil. Revista de Geologia. v 21, n. 1, p49-77, 2008.

ARENA, M.C. Petrologia da sucessão magmática do arquipélogo de Abrolhos. 2008, 29-31p.

Dissertação (Mestrado), Universidade do Estado do Rio de janeiro. Rio de Janeiro, 2008.

BRADY, H.B.; PARKER, W.K.; JONES, T.R. On some the foraminífera from the Abrolhos

Bank. Trans. Zool. Soc. London, v. 12: 211-239, 1988.

BRASIER, M.D. Ecology of recent sediment-dwelling and phytal foraminífera from the

lagoons of Barbuda, West Indies. Journal of Foraminiferal Research. v. 5, n. 1: p42-62,

1975.

Page 61: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

61

BOLTOVSKY, E. Foraminiferos de La águas salobres y de lãs hiperhalinas. Los

Foraminiferos Recents. Buenos Aires:EUDEBA. p 510, 1965.

BOLTOVSKY, E. Foraminíferos de La Bahia San Blas. Buenos Aires, 1980

BOLTOVSKY, E. On the destruction of foraminiferal tests (laboratory experiments). Révue

de Micropaléontologie, v. 34 n 1, p12-25, 1991.

BOLTOVSKY, E.; WRUGHT. R. Recent Foraminifera. Dr. W. Junk, The Hague, p515 1976.

BOLTOVSKY, E.; SCOTT, D.B.; MEDIOLI, F.S. Morphological variations of benthic

foraminiferal test in response to change in ecological parameters: a review J. Paleont., v.65,

n. 2, p175-185, 1991.

BRUSCA, R.C.; BRUSCA, G.J. Invertebrates. Sinauer Associates. Inc 1990, p922.

CARVALHO, M.G.P. Análise de Foraminíferos dos Testemunhos da Plataforma continental

Sul do Brasil. An Academia Brasileira de Ciências, v. 52, n. 2, p 379-402, 1980.

CHUM,L.; BRIAN,J.; KALBFLEISCH, W.B.C. Carbonate sediment transport pathways based

on foraminífera: case study from Frank Sound, Grand Caynin, British West Indies.

Sedimentology v. 45: p109-120, 1998.

CLARKE, K.R.; WARWICK, R.M. Change in Marine Communities: an Approach to statistical

analysis and interpretation. Plymouth marine Laboratory, 144p, 1994.

COCCIONI, R. Benthic foraminífera as bioindicators od heavy metal pollution: a case study

from the Goro Lagoon (Italy). In:R.E. Martin. (Ed). Environmental micropaleontology. The

application of microfossils to environmental geology. New York, Klywer Academic/Plenum

Publishers. p71-104, 2000.

CORLISS, B.H.; FOIS, E. Morphotype analyses of deep-sea benthic Foraminifera from the

Nortwest Gulf of Mexico. Palaios. v. 5 p589-605, 1990.

COTTEY, T.L.; HALLOCK, P. Test surface degradation in Archaias angulatus. Journal of

Foraminiferal Research, v.18 n.3 p187-202, 1988.

Page 62: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

62

DAJOZ, R. Ecologia geral. 4ª Ed. Petrópolis, Vozes 475p, 1983.

DEBENAY, J.P.; et al. Ammonia beccarii and Ammonia tepida (Foraminifera):

norphofunctional arguments for their distinction. Marine Micropaleontology, v. 34, n.22, p35-

244, 1998.

DENNE,R.A.; SEM GRUPTA, B.K. Association of bathyal foraminífera with qater masses in

the northwestern. Gulf of Mexico. Marine Micropalentology. Amsterdan, v. 17, p173-193,

1991.

EICHLER, E.E. Caracterização sedimentológica e algumas considerações sobre a

ocorrência de foraminíferos na Enseada do Flamengo (Ubatuba). Lat. 23°30’ S – Long.

45°06’ W. Estado de São Paulo. P109, 1982. Tese (Doutorado), Instituto Oceanográfico da

Universidade de São Paulo. São Paulo, 1982.

ELLIS, B.F.; MESSINA, A. Catalogue of foraminifera. New Yor, America Museum of

Natural Histoy. 1995.

FERREIRA, M.T.G.M. Foraminíferos da zona de intermarés de Itapoã – Salvador, Bahia. P

146, 1997. Dissertação (Mestrado), Instituto de Geociências da Universidade Federal da

Bahia.

FIGUEIREDO, J.G. Análise qualitativa dos foraminíferos da Bahia de Todos os Santos: Uma

abordagem sedimentológica. Salvador, p100 – 107, 2000. Dissertação (Mestrado), Instituto

de Geociências da Universidade Federal da Bahia.

GUERELI, E.A. Uma ontologia para o suporte na identificação de foraminíferos, Rio de

Janeiro In. SEMINARIO DE ONTOLOGIA DO BRASIL., 2008, Rio de Janeiro. Uma ontologia

para o suporte na identificação de foraminíferos, Rio de Janeiro...

HALLOCK, P.; TALGE, H.K.; SMITH,K.; COCKEY, E.M. Bleaching in a reef-dwelling

foraminifer, Amphistegina gibbosa. In International Coral Reef Symposium VII., Guam, 1992.

Proceedings... Guam, Smithsonian Tropical Research Institute. v. 1, p44-48, 1992.

HALLOCK, P.; TALGE, H.K.; COCKEY, E.M.; MULLER, R.G. A new disease in reef-dwelling

foraminífera: implications for coastal sedimentation. Journal of Foraminiferal Research, v.

25, n.3, p280-286, 1995.

Page 63: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

63

KITAZARO, H.. Ecology of Benthic Foraminífera in the Tidal ZOne of a Rocky Shore. Rev.

Paléobiologie, Vol Spec. N. 2, Benthos ’86, p815-825, 1988

LARSEN, A.R. Studies of recent Amphistegina, taxonomy and some ecological aspects.

Israel Journal of Earth Sciences, v. 25, p1-26, 1976.

LAUT, L.L.M. et al . Levantamento das espécies de foraminíferos e tecamebas do estuário

do rio Araguari – Amapá-Brasil. Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado

do Amapá – IEPA. Publicação interna, 2005.

LEÃO, Z.M.A.N. Morphology, geology and developmental history of the southermost coral

reefs of Western Atlantic, Abrolhos Banck, Brazil. p 218, 1982. Ph.D. (Dissertation),

Rosenstiel School of Marine and Atmospheric Science, University of Miami, Florida, U.S.A.,

1982.

LEÃO, Z.M.A.N. Abrolhos: O complexo recifal mais extenso do Oceano Atlântico Sul. In:

Schobbenhaus, C.; Campos, D.A.; Quairoz, E.T. Winge, M.; Berbert-Born, M. (Edit) Sítios

Geográficos e Paleontológicos do Brasil. 1999. Disponível em:

<http://www.unb.br/ig/sigep/sitio090/sitio090.htm>. Acesso em: 25 abr. 2009.

LEÃO, Z.M.A.N.; BRICHTA, A. A plataforma continental. In: Texto explicativo para o mapa

geológico ao milionésimo. Salvador, ed. J.S.F. Barbosa & J.M.L. Dominguez. Salvador: Cap.

IX, p125-135, 1995.

LEÃO, Z.M.A.N.; KIKUCHI, R.K.P. Recifes de coral associados à sedimentação com alto

teor de siliciclásticos. In SIMPÓSIO SOBRE PROCESSOS SEDIMENTARES E

PROBLEMAS AMBIENTAIS NA ZONA COSTEIRA NORDESTE DO BRASIL, 1, 1996.

Recife. Recifes de coral associados à sedimentação com alto teor de siliciclásticos... Recife:

Anais UFPE. 1995.113-115p.

LEÃO, Z.M.A.N.; MACHADO, A.J. Variação de cor dos grãos carbonáticos de sedimentos

marinhos atuais. Revista Brasileira de Geociências, v. 19, n. 1 p87-91, 1989.

LEIPNITZ, I.I. Distribuição da fauna de foraminíferos nos sedimentos superficiais no norte do

Brasil. Acta Geologica Leopoldensia, v. 26, n. 11, p15-54, 1988.

Page 64: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

64

LEIPNITZ, I.I; ROSSI, A.R.; LEIPNITZ, B. Distribuição dos foraminíferos Quartenários do

Atol das Rocas. In Congresso Brasileiro de Geologia, Salvador, 1996. Anais. Salvador, SBG

n.2, p267-269, 1996.

LUDWING, J.A.; REYNOLDS, J.F. Statical ecology. A primeron methods and computing.

John Wiley, New York, p340, 1988.

MACHADO, A.J. Coloração dos Foraminíferos Bentônico e Planctônico dos Sedimentos da

Margem COntinental Norte Brasileira. In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA

PARA O PROGRESSO DA CIÊNCIA - SBPC, 23, 1981, Salvador - BA. Suplemento de

ciências e cultura, v. 33, 547p, 1981.

MACHADO, A.J. Assembléias de foraminíferos indicadoras das condições ambientais em

uma área de recifes coral-algais da Praia de Arembepe, Litoral Norte da Bahia. In:

SIMPÓSIO SOBRE PROCESSOS SEDIMENTARES E PROBLEMAS AMBIENTAIS NA

ZONA COSTEIRA NORDESTE DO BRASIL, 1 1995. Recife, Anais...Recife: UFPE. p. 110-

112, 1995.

MACHADO, A.J. Assembléias de foraminíferos de fácies sedimentares em áreas de

construções carbonáticas da costa atlântica de Salvador e do Litoral Norte do Estado da

Bahia. Acta Geológica Leopoldensia, São Leopoldo-RS, v. 23, n. 50, p107-123, 2000.

MARGALEF, R. Perspectivas de La Teoria Ecológica. Barcelona, Editora Blume,: 1958,

p110.

MORAIS, S.S. Interpretação da Hidrodinâmica e dos Tipos de Transporte a Partir do Estudo

de Foraminíferos Recentes dos Recifes Costeiros da Praia do Forte e de Itacimiri, Litoral

Norte do Estado da Bahia. p23-54, 2001. Dissertação (Mestrado), Instituto de Geociências,

Universidade Federal da Bahia. Salvador, 2001.

MORAES, S.S. Distribuição espacial e tafonomia de foraminíferos na plataforma continental

da região norte da Costa do Dênde (Foz do rio Jequiriça à Ponta do Castelhanos), Bahia.

2006, p3-13 Tese (Doutorado), Instituto de Geociências da Universidade Federal da Bahia.

2006.

MURRAY, J.W. Ecology and Palaeoecology of Benthic Foraminifera. New York:

Longman Scientific & Technical. 1991. 397p.

Page 65: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

65

NASCIMENTO, H.A. Análise da fauna de foraminíferos associada aos recifes do extremo sul

do estado da Bahia (Corumbau à Nova Viçosa). Salvador. 2003, 60-68p. Dissertação

(Mestrado), Instituto de Geociências da Universidade Federal da Bahia. 2003.

NIMER, E. Climatologia do Brasil. Rio de Janeiro, IBGE. 1989, 422p.

PIELOU, E.C. The interpretation of ecological Data: a Primer on Classification and

Ordination. New York , Wiley, 1984, 263p.

ROSS, C. A. Calcium carbonate fixation by large Reef-Dwelling Foraminifera. In: FROST,

S.H.; WETSS, M.P. & SANDERS, J.B. EDS. Reefs and related carbonates. Ecology and

Sedimentology, A.A.P.G. Studies in Geology, v. 4, p219-230, 1977.

SANCHES, T.M. Distribuição dos foraminiferos recentes da região de Ubatuba, São Paulo.

São Paulo. 1992, 110p. Dissertação (Mestrado), Instituto Oceanográfico de São Paulo.

SEI. Análise dos atributos Climáticos do Estado da Bahia. Salvador, Superintendência

de estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), 1998, 85p. (Série Estudos e Pesquisas,

38).

SEIGLE, G.A. Foraminiferal assemblages as indicator of high organic carbon content in

sediments and pollutes waters. Bulletin of Association of Petroleum Geologists, v. 52, n. 11,

2231-2241, 1968.

SEMENSATTO-JR., D.L.O sistema estuarino do delta do Rio São Francisco (SE): análise

ambiental com base no estudo de foraminíferos e tecamebas. 2006, 223p. Tese

(Doutorado), Instituto de Geociências e Ciências Extas, Universidade Estadual Paulista, Rio

Claro. 2006.

SHANNON, C.E. A mathematical theory of communication. Bolletim Systematical

Technologycal J., v. 23, p 379 - 423, 1948.

THOMAS, F.C.; SCHAFER, C.T. Distribution and transporto f some common foraminiferal

species in the Minas Basun, Eastern Canada. Journal of Foraminiferal Research. v. 12, n.

1 p71-90, 1982.

Page 66: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

66

TINOCO, I.M. Distribuição de foraminíferos na Plataforma Continental do norte-

nordeste do Brasil. Arquivos do Museu Nacional, Rio de Janeiro, v. 54, p93-96, 1971.

TINOCO, I.M. Estabelecimento e desenvolvimento da Província Biogeográfica das

Índias Ocidentais. Arquivos do Museu Nacional, Rio de Janeiro, v. 54, n. 3, p539-553,

1975.

TINOCO, I.M. 1984. Contribuição à metodologia micropaleontológica: qualificação e

quantificação dos componentes bióticos dos sedimentos. In: SBG, CONGRESSO

BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 33, 1984, Rio de Janeiro. Anais:SBG p303-311, 1984.

UFKES, E.; JANSEM, S.H.F.; SCHNEIDER, R.R. Anomalous occurences of

Neoglobloquadrina pachyderma (left) in a 420-KY upwelling Record from Waheis Ridge (SE

Atlantic). Marine Micropalentology, v.40, p23-42, 2000.

Page 67: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

67

CAPÍTULO VII

7. ANEXOS

ANEXOS 1

Page 68: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

68

TABELA II: Valores relatvos das frações areia e argila das amostras do sedimento do testemunho PR – 124.

Amostra Profundidade(m) Areia (%) Argila (%)

1 0,01 80,01 19,99

5 0,05 78,66 21,34

10 0,10 82,87 17,13

15 0,15 82,65 17,35

20 0,20 77,85 32,15

25 0,25 78,14 21,86

30 0,30 85,65 14,35

35 0,35 77,91 22,09

40 0,40 84,73 15,27

45 0,45 83,69 16,31

50 0,50 75,03 24,97

Page 69: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

69

TABELA III: Valores de frequência de ocorrência das espécies de foraminíferos constantes nas amostras do testemunho PR – 124.

Espécies

Nº de

Amostras Constância

Amphistegina lessonii 11 100

Cornuspira planorbis 11 100

Elphidium discoidale 11 100

Elphidium poeyanum 11 100

Miliolinella subrotunda 11 100

Poroeponides lateralis 11 100

Pyrgo elongata 11 100

Pyrgo subsphaerica 11 100

Quinqueloculina angulata 11 100

Quinqueloculina lamarckiana 11 100

Quinqueloculina patagonica 11 100

Siphoninoides echinatus 11 100

Triloculina lutea 11 100

Triloculina oblonga 11 100

Triloculina tricarinata 11 100

Elphidium lessonii 10 90,9

Pyrgo bulloides 10 90,9

Quinqueloculina bicostata 10 90,9

Quinqueloculina disparilis curta 10 90,9

Quinqueloculina polygona 10 90,9

Quinqueloculina vulgaris 10 90,9

Siphonina pulchra 10 90,9

Amphistegina gibbosa 9 81,1

Cornuspira involvens 9 81,1

Discorbis floridana 9 81,1

Quinqueloculina funafutiensis 9 81,1

Quinqueloculina horrida 9 81,1

Elphidium advenum depressulum 8 72,7

Elphidium incertum 8 72,7

Massilina pernambusensis 8 72,7

Nonionella atlantica 8 72,7

Oolina inornata 8 72,7

Quinqueloculina implexa 8 72,7

Quinqueloculina laevigata 8 72,7

Quinqueloculina microcostata 8 72,7

Page 70: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

70

Continuação da Tabela III: Valores de frequência de ocorrência das espécies de foraminíferos constantes nas amostras do testemunho PR – 124.

Espécies

Nº de

Amostra Constância

Quinqueloculina seminulum 8 72,7

Quinqueloculina sp.B 8 72,7

Siphonina bradyana 8 72,7

Triloculina trigonula 8 72,7

Brizalina striatula 7 63,3

Elphidium alvarezianum 7 63,3

Pyrgo ocensis 7 63,3

Quinqueloculina candeina 7 63,3

Sigmolina subpoeyana 7 63,3

Nonionella auricula 6 54,5

Quinqueloculina tenuis 6 54,5

Schulumbergerina alveoliniforms 6 54,5

Spiroloculina antillarum 6 54,5

Triloculina linneiana 6 54,5

Triloculina quadrilateralis 6 54,5

Triloculina sommeri 6 54,5

Page 71: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

71

TABELA IV: Valores de frequência de ocorrência das espécies de foraminíferos acessórias nas amostras do testemunho PR – 124.

Espécies

Nº de

Amostras Constância

Archaias angulatus 5 45,5

Fissurina submarginata 5 45,5

Glandulina rotundata 5 45,5

Peneroplis carinatus 5 45,5

Quinqueloculina bosciana 5 45,5

Quinqueloculina linneiana 5 45,5

Quinqueloculina moynensis 5 45,5

Spiroloculina sp. 5 45,5

Triloculina gracilis 5 45,5

Bigerina nodosaria 4 36,3

Bigerina textularoidea 4 36,3

Elphidium galvestonense 4 36,3

Elphidium margaritaceum 4 36,3

Nodosaria vertebralis 4 36,3

Peneroplis bradyi 4 36,3

Quinqueloculina bicarinata 4 36,3

Quinqueloculina venusta 4 36,3

Textularia agglutinans 4 36,3

Textularia candeiana 4 36,3

Textularia gramen 4 36,3

Textularia keribaensis 4 36,3

Triloculina sp. 4 36,3

Archaias compressus 3 27,3

Bolivina sp. 3 27,3

Cancris oblonga 3 27,3

Cibicides dispars 3 27,3

Discorbis globosa 3 27,3

Discorbis peruvianus 3 27,3

Fissurina semimarginata 3 27,3

Fursenkoina pontoni 3 27,3

Gypsina vesicularis 3 27,3

Oolina sp. 3 27,3

Pyrgo denticulata 3 27,3

Quinqueloculina anguina 3 27,3

Robulus cf. acutauricularis 3 27,3

Page 72: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

72

Continuação da Tabela IV: Valores de frequência de ocorrência das espécies de foraminíferos acessórias nas amostras do testemunho PR – 124.

Espécies

Nº de

Amostras Constância

Sigmovirgulina tortuosa 3 27,3

Sigmolinita tenuis 3 27,3

Textularia conica 3 27,3

Page 73: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

73

TABELA V: Valores de frequência de ocorrência das espécies de foraminíferos acidentais nas amostras.

Espécies

Nº de

Amostras Constância

Angulogerina angulata angulata 2 18,2

Articulina atlantica 2 18,2

Bolivina doniezi 2 18,2

Bolivina ordinaria 2 18,2

Bulimina patagonica 2 18,2

Cancris sagra 2 18,2

Discorbis bertheloti 2 18,2

Discorbis bertheloti var floridensis 2 18,2

Discorbis parkerae 2 18,2

Elphidium excavatum 2 18,2

Elphidium morenoi 2 18,2

Eponides frigidus 2 18,2

Eponides peruvianus 2 18,2

Fissurina orbignyana 2 18,2

Hauerina fragilissima 2 18,2

Hauerina inconstans 2 18,2

Lagena aspera 2 18,2

Nonion panperatum 2 18,2

Pseudononion grateloupi 2 18,2

Quinqueloculina intricata 2 18,2

Quinqueloculina poeyana 2 18,2

Robulus cf. crassus 2 18,2

Robulus orbicularis 2 18,2

Sigmolina asperula 2 18,2

Siphonina reticulata 2 18,2

Spiroloculina grateloupi 2 18,2

Spiroloculina mosesi 2 18,2

Spirosigmoilina bradyi 2 18,2

Triloculina reticulata forma bicarinata 2 18,2

Angulogerina angulata occidentalis 1 9,09

Bolivina albatrossi 1 9,09

Bolivina cuomoi 1 9,09

Bolivina difforms 1 9,09

Bolivina lancelota 1 9,09

Bolivina limonensis 1 9,09

Page 74: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

74

Continuação da TABELA V: Valores de frequência de ocorrência das espécies de foraminíferos acidentais nas amostras.

Espécies

Nº de

Espécies Constância

Bolivina sphatulata 1 9,09

Bolivina subaenariensis 1 9,09

Bolivina subreticulata 1 9,09

Bolivina translucensis 1 9,09

Bulimina sp. 1 9,09

Cibicides sp. A 1 9,09

Cibicides sp. B 1 9,09

Clavulina tricarinata 1 9,09

Discorbis aff. isabelleanus 1 9,09

Discorbis concinna 1 9,09

Discorbis mira 1 9,09

Discorbis sp. 1 9,09

Ehrenbergirina spinea 1 9,09

Elphidium articulatum 1 9,09

Elphidium macellum 1 9,09

Elphidium sagrum 1 9,09

Eponides antillarum 1 9,09

Globugerinoide sp. 1 9,09

Globugerinoides ruber f. tipica 1 9,09

Globugerinoides trilobus 1 9,09

Gyroidina orbicularis 1 9,09

Lagena perlucida 1 9,09

Lenticulina rotulata 1 9,09

Lenticulina sp. 1 9,09

Loxostanum karrearianum 1 9,09

Loxostanum limbatum 1 9,09

Mellonis affins 1 9,09

Nodobaculariella cassis 1 9,09

Peneroplis discoideus 1 9,09

Peneroplis proteus 1 9,09

Pulleniatina obliquiloculata 1 9,09

Pyrgo comata 1 9,09

Pyrgo patagonica 1 9,09

Pyrgo rigens 1 9,09

Quinqueloculina auberiana 1 9,09

Page 75: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

75

Continuação da TABELA V: Valores de frequência de ocorrência das espécies de foraminíferos acidentais nas amostras.

Espécies

Nº de

Amostras Constância

Quinqueloculina bicarinella 1 9,09

Quinqueloculina bienvillensis 1 9,09

Quinqueloculina pricei 1 9,09

Quinqueloculina sp.A 1 9,09

Robulus sp. 1 9,09

Sigmoilopsis schumbergeri 1 9,09

Siphogerina duartei 1 9,09

Siphonina sp. 1 9,09

Spiroloculina estebani 1 9,09

Spiroloculina tenuis 1 9,09

Triloculina bermudezi 1 9,09

Triloculina cultrata 1 9,09

Triloculina reticulata forma carinata 1 9,09

Tubinela funalis 1 9,09

Page 76: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

76

TABELA VI: Valores das frequências absoluta e relativa das espécies de foraminíferos identificadas nas amostras do testemunho PR – 124.

T01 T05 T10 T15 T20 T25

Espécies AB AR% AB AR% AB AR% AB AR% AB AR% AB AR%

Amphistegina gibbosa 1 0,33 10 3,33 3 1 0 0 3 1 1 0,33

Amphistegina lessonii 25 8,33 15 5 33 11 21 7 26 8,67 21 7

Angulogerina angulosa angulosa 0 0 2 0,67 0 0 1 0,33 0 0 0 0

Angulogerina angulosa occidentalis 1 0,33 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Archaias angulatus 5 1,67 0 0 0 0 1 0,33 0 0 0 0

Archaias compressus 0 0 2 0,67 0 0 2 0,67 0 0 0 0

Articulina atlantica 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Bigerina nodosaria 1 0,33 3 1 0 0 1 0,33 0 0 0 0

Bigerina textularoidea 0 0 0 0 0 0 1 0,33 2 0,67 0 0

Bolivina albatrossi 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0,33 0 0

Bolivina cuomoi 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0,33 0 0

Bolivina difforms 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Bolivina doniezi 2 0,67 1 0,33 0 0 0 0 0 0 0 0

Bolivina lanceolata 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0,33

Bolivina limonensis 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Bolivina ordinaria 0 0 0 0 2 0,67 0 0 0 0 0 0

Bolivina sp. 0 0 0 0 0 0 1 0,33 1 0,33 0 0

Bolivina sphatulata 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Bolivina subaenariensis 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Bolivina subreticulata 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0,33

Bolivina translucens 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Brizalina striatula 0 0 0 0 1 0,33 2 0,67 2 0,67 1 0,33

Bulimina sp. 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0,33 0 0

Bulimina patagonica 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0,33

Cancris oblonga 0 0 1 0,33 0 0 0 0 0 0 1 0,33

Cancris sagra 0 0 1 0,33 2 0,67 0 0 0 0 0 0

Cibicides dispars 0 0 1 0,33 0 0 0 0 0 0 0 0

Cibicides sp. A 0 0 1 0,33 0 0 0 0 0 0 0 0

Cibicides sp. B 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0,33

Clavulina tricarinata 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Cornuspira involvens 2 0,67 2 0,67 3 1 2 0,67 2 0,67 3 1

Cornuspira planorbis 3 1 2 0,67 9 3 8 2,67 6 2 8 2,67

Discorbis aff. Isabelleanus 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Discorbis bertheloti 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0,33 2 0,67

Discorbis bertheloti var floridensis 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0,33 0 0

Page 77: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

77

Continuação da Tabela VI: Valores das frequências absoluta e relativa das espécies de foraminíferos identificadas nas amostras do testemunho PR – 124.

T01 T05 T10 T15 T20 T25

Espécies AB AR% AB AR% AB AR% AB AR% AB AR% AB AR%

Discorbis concinna 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0,33

Discorbis floridana 5 1,67 3 1 0 0 3 1 6 2 4 1,33

Discorbis globosa 1 0,33 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0,33

Discorbis mira 2 0,67 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Discorbis parkerae 0 0 0 0 1 0,33 0 0 0 0 0 0

Discorbis peruvianus 1 0,33 0 0 0 0 1 0,33 0 0 0 0

Discorbis sp. 1 0,33 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Ehrenbergina spinea 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0,33

Elphidium advenum depressulum 2 0,67 3 1 0 0 0 0 6 2 4 1,33

Elphidium alvarezianum 3 1 4 1,33 2 0,67 0 0 0 0 2 0,67

Elphidium articulatum 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Elphidium discoidale 15 5 16 5,33 10 3,33 21 7 15 5 15 5

Elphidium excavatum 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Elphidium galvestonse 1 0,33 0 0 0 0 1 0,33 0 0 0 0

Elphidium incertum 2 0,67 2 0,67 1 0,33 1 0,33 7 2,33 2 0,67

Elphidium lessonii 2 0,67 3 1 2 0,67 1 0,33 2 0,67 0 0

Elphidium macellum 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0,67 0 0

Elphidium margaritaceum 1 0,33 0 0 0 0 1 0,33 0 0 0 0

Elphidium morenoi ameghinoi 3 1 0 0 0 0 0 0 2 0,67 0 0

Elphidium poeyanum 9 3 4 1,33 11 3,67 7 2,33 8 2,67 8 2,67

Elphidium sagrum 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Eponides antillarum 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Eponides frigidus 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0,33

Eponides peruvianus 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0,33 0 0

Fissurina orbignyana 0 0 1 0,33 0 0 0 0 0 0 0 0

Fissurina semimarginata 2 0,67 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Fissurina submarginata 2 0,67 4 1,33 0 0 3 1 0 0 1 0,33

Fursenkoina pontoni 3 1 3 1 2 0,67 0 0 0 0 0 0

Glandulina rotundata 2 0,67 1 0,33 3 1 1 0,33 0 0 0 0

Globugerinoide sp. 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0,33 0 0

Globugerinoides ruber f. tipica 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0,33 0 0

Globugerinoides trilobus 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0,33 0 0

Gypsina vesicularis 0 0 0 0 1 0,33 1 0,33 0 0 0 0

Gyroidina orbicularis 2 0,67 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Hauerina fragilissima 0 0 0 0 1 0,33 0 0 1 0,33 0 0

Page 78: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

78

Continuação da Tabela VI: Valores das frequências absoluta e relativa das espécies de foraminíferos identificadas nas amostras do testemunho PR – 124.

T01 T05 T10 T15 T20 T25

Espécies AB AR% AB AR% AB AR% AB AR% AB AR% AB AR%

Hauerina inconstans 0 0 1 0,33 2 0,67 0 0 0 0 0 0

Lagena aspera 1 0,33 1 0,33 0 0 0 0 0 0 0 0

Lagena perlucida 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Lenticulina rotulata 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0,67 0 0

Lenticulina sp. 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0,33 0 0

Loxostanum karrearianum 0 0 0 0 0 0 2 0,67 0 0 0 0

Loxostanum limbatum 0 0 0 0 0 0 2 0,67 0 0 0 0

Massilina pernambusensis 1 0,33 2 0,67 2 0,67 5 1,67 0 0 2 0,67

Mellonis affins 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0,33 0 0

Miliolinella subrotunda 6 2 13 4,33 9 3 1 0,33 9 3 4 1,33

Nodobaculariella cassis 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Nodosaria vertebralis 1 0,33 0 0 0 0 2 0,67 4 1,33 1 0,33

Nonion pauperatum 2 0,67 0 0 0 0 0 0 1 0,33 0 0

Nonionella atlantica 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Nonionella auricula 1 0,33 2 0,67 3 1 2 0,67 0 0 7 2,33

Oolina inornata 0 0 0 0 0 0 1 0,33 0 0 2 0,67

Oolina sp. 1 0,33 4 1,33 1 0,33 0 0 0 0 1 0,33

Peneroplis bradyi 0 0 1 0,33 0 0 0 0 0 0 0 0

Peneroplis carinatus 2 0,67 1 0,33 0 0 0 0 0 0 0 0

Peneroplis discoideus 2 0,67 1 0,33 2 0,67 0 0 0 0 1 0,33

Peneroplis proteus 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0,33

Pseudonion grateloupi 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0,33 0 0

Poroeponides lateralis 5 1,67 1 0,33 3 1 3 1 4 1,33 2 0,67

Pulleniatina obliquiloculata 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Pyrgo bulloides 4 1,33 0 0 4 1,33 2 0,67 2 0,67 2 0,67

Pyrgo comata 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0,33 0 0

Pyrgo denticulata 0 0 0 0 1 0,33 0 0 0 0 0 0

Pyrgo elongata 4 1,33 5 1,67 8 2,67 10 3,33 12 4 3 1

Pyrgo ocensis 0 0 0 0 2 0,67 1 0,33 0 0 0 0

Pyrgo patagonica 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0,33 0 0

Pyrgo rigens 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Pyrgo subsphaerica 17 5,67 23 7,67 16 5,33 24 8 9 3 13 4,33

Quinqueloculina anguina 0 0 0 0 0 0 2 0,67 0 0 0 0

Quinqueloculina angulata 8 2,67 7 2,33 4 1,33 9 3 1 0,33 12 4

Quinqueloculina auberiana 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0,33

Page 79: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

79

Continuação da Tabela VI: Valores das frequências absoluta e relativa das espécies de foraminíferos identificadas nas amostras do testemunho PR – 124.

T01 T05 T10 T15 T20 T25

Espécies AB AR% AB AR% AB AR% AB AR% AB AR% AB AR%

Quinqueloculina bicarinata 1 0,33 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Quinqueloculina bicarinella 0 0 0 0 0 0 0 0 4 1,33 0 0

Quinqueloculina bicostata 7 2,33 9 3 6 2 18 6 0 0 9 3

Quinqueloculina bienvillensis 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Quinqueloculina bosciana 2 0,67 0 0 0 0 0 0 2 0,67 2 0,67

Quinqueloculina candeina 0 0 4 1,33 0 0 0 0 12 4 3 1

Quinqueloculina disparilis curta 7 2,33 6 2 1 0,33 3 1 18 6 3 1

Quinqueloculina funafutiensis 6 2 3 1 5 1,67 3 1 0 0 3 1

Quinqueloculina horrida 5 1,67 2 0,67 1 0,33 1 0,33 9 3 3 1

Quinqueloculina implexa 4 1,33 3 1 1 0,33 2 0,67 2 0,67 0 0

Quinqueloculina intricata 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 1,33

Quinqueloculina laevigata 0 0 1 0,33 4 1,33 3 1 0 0 0 0

Quinqueloculina lamarckiana 35 11,67 46 15,33 45 15 30 10 39 13 33 11

Quinqueloculina linneiana 0 0 1 0,33 3 1 1 0,33 0 0 0 0

Quinqueloculina microcostata 0 0 0 0 3 1 2 0,67 0 0 12 4

Quinqueloculina moynensis 1 0,33 2 0,67 0 0 0 0 1 0,33 8 2,67

Quinqueloculina patagonica 9 3 2 0,67 5 1,67 8 2,67 3 1 5 1,67

Quinqueloculina poeyana 1 0,33 0 0 0 0 1 0,33 0 0 0 0

Quinqueloculina polygona 5 1,67 9 3 6 2 3 1 1 0,33 3 1

Quinqueloculina pricei 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Quinqueloculina seminulum 2 0,67 2 0,67 0 0 0 0 6 2 0 0

Quinqueloculina sp.A 3 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Quinqueloculina sp.B 0 0 2 0,67 3 1 2 0,67 3 1 6 2

Quinqueloculina tenuis 0 0 2 0,67 1 0,33 8 2,67 0 0 0 0

Quinqueloculina vernusta 0 0 0 0 2 0,67 0 0 1 0,33 0 0

Quinqueloculina vulgaris 5 1,67 11 3,67 10 3,33 12 4 0 0 3 1

Robulus cf. acutauricularis 0 0 2 0,67 0 0 0 0 0 0 1 0,33

Robuluscf. crassus 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Robulus orbicularis 0 0 1 0,33 0 0 0 0 0 0 0 0

Robulus sp. 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Schulumbergerina alveoliniforms 1 0,33 0 0 2 0,67 2 0,67 0 0 1 0,33

Sigmavirgulina tortuosa 2 0,67 1 0,33 0 0 0 0 0 0 0 0

Sigmoilopsis schlumbergeri 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Sigmolina asperula 0 0 1 0,33 1 0,33 0 0 0 0 0 0

Sigmolina subpoeyana 0 0 0 0 0 0 4 1,33 1 0,33 1 0,33

Page 80: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

80

Continuação da Tabela VI: Valores das frequências absoluta e relativa das espécies de foraminíferos identificadas nas amostras do testemunho PR – 124.

T01 T05 T10 T15 T20 T25

Espécies AB AR% AB AR% AB AR% AB AR% AB AR% AB AR%

Sigmolinita tenuis 1 0,33 0 0 1 0,33 0 0 0 0 0 0

Siphogerina duartei 1 0,33 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Siphonina bradyana 2 0,67 3 1 2 0,67 0 0 1 0,33 0 0

Siphonina pulchra 4 1,33 2 0,67 1 0,33 2 0,67 0 0 3 1

Siphonina reticulata 2 0,67 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Siphonina sp. 0 0 0 0 1 0,33 0 0 0 0 0 0

Siphoninoides echinatus 1 0,33 4 1,33 1 0,33 6 2 3 1 11 3,67

Spiroloculina antillarum 1 0,33 0 0 0 0 0 0 2 0,67 1 0,33

Spiroloculina estebani 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Spiroloculina grateloupi 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0,33 0 0

Spiroloculina mosesi 0 0 0 0 0 0 0 0 3 1 0 0

Spiroloculina sp. 0 0 0 0 0 0 1 0,33 0 0 0 0

Spiroloculina tenuis 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Spirosigmoilina bradyi 3 1 0 0 0 0 1 0,33 0 0 0 0

Textularia agglutinans 2 0,67 1 0,33 1 0,33 0 0 0 0 0 0

Textularia candeiana 0 0 1 0,33 2 0,67 0 0 1 0,33 0 0

Textularia conica 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0,33

Textularia gramen 1 0,33 1 0,33 0 0 0 0 0 0 2 0,67

Textularia keribaensis 0 0 0 0 0 0 2 0,67 0 0 1 0,33

Triloculina bermudezi 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Triloculina cultrata 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Triloculina gracilis 1 0,33 0 0 0 0 0 0 2 0,67 2 0,67

Triloculina linneiana 1 0,33 0 0 0 0 0 0 1 0,33 0 0

Triloculina lutea 4 1,33 3 1 4 1,33 8 2,67 7 2,33 8 2,67

Triloculina oblonga 17 5,67 14 4,67 24 8 25 8,33 18 6 25 8,33

Triloculina quadrilateralis 1 0,33 0 0 0 0 0 0 0 0 5 1,67

Triloculina reticulata f. bicarinata 0 0 1 0,33 0 0 0 0 0 0 0 0

Triloculina reticulata f. carinata 0 0 1 0,33 0 0 0 0 0 0 0 0

Triloculina sommeri 0 0 3 1 2 0,67 0 0 6 2 0 0

Triloculina sp. 1 0,33 0 0 0 0 0 0 1 0,33 0 0

Triloculina tricarinata 3 1 5 1,67 12 4 5 1,67 2 0,67 5 1,67

Triloculina trigonula 4 1,33 4 1,33 6 2 0 0 1 0,33 3 1

Tubinela funalis 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Page 81: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

81

Continuação da TABELA VI: Valores das frequências absoluta e relativa das espécies de foraminíferos identificadas nas amostras do testemunho PR – 124.

T30 T35 T40 T45 T50 TOTAL

Espécies AB AR% AB AR% AB AR% AB AR% AB AR% AB AR%

Amphistegina gibbosa 1 0,33 4 1,33 0 0,00 1 0,33 2 0,67 26 0,79

Amphistegina lessonii 22 7,33 29 9,63 25 8,33 25 8,33 19 6,33 261 7,92

Angulogerina angulosa angulosa 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 3 0,09

Angulogerina angulosa occidentalis 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03

Archaias angulatus 1 0,33 0 0 3 1,00 2 0,67 0 0 12 0,36

Archaias compressus 0 0 0 0 2 0,67 0 0 0 0 6 0,18

Articulina atlantica 0 0 1 0,33 0 0,00 0 0 1 0,33 2 0,06

Bigerina nodosaria 1 0,33 0 0 0 0,00 0 0 0 0 6 0,18

Bigerina textularoidea 2 0,67 0 0 5 1,67 0 0 0 0 10 0,3

Bolivina albatrossi 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03

Bolivina cuomoi 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03

Bolivina difforms 0 0 0 0 0 0,00 1 0,33 0 0 1 0,03

Bolivina doniezi 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 3 0,09

Bolivina lanceolata 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03

Bolivina limonensis 0 0 0 0 1 0,33 0 0 0 0 1 0,03

Bolivina ordinaria 0 0 1 0,33 0 0,00 0 0 0 0 3 0,09

Bolivina sp. 1 0,33 0 0 0 0,00 0 0 0 0 3 0,09

Bolivina sphatulata 0 0 1 0,33 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03

Bolivina subaenariensis 1 0,33 0 0 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03

Bolivina subreticulata 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03

Bolivina translucens 0 0 0 0 0 0,00 0 0 1 0,33 1 0,03

Brizalina striatula 1 0,33 2 0,66 0 0,00 0 0 2 0,67 11 0,33

Bulimina sp. 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03

Bulimina patagonica 1 0,33 0 0 0 0,00 0 0 0 0 2 0,06

Cancris oblonga 4 1,33 0 0 0 0,00 0 0 0 0 6 0,18

Cancris sagra 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 3 0,09

Cibicides dispars 3 1 0 0 0 0,00 3 1 0 0 7 0,21

Cibicides sp. A 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03

Cibicides sp. B 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03

Clavulina tricarinata 0 0 0 0 0 0,00 1 0,33 0 0 1 0,03

Cornuspira involvens 4 1,33 0 0 0 0,00 9 3 3 1 30 0,91

Cornuspira planorbis 7 2,33 6 1,99 9 3,00 8 2,67 11 3,67 77 2,34

Discorbis aff. Isabelleanus 0 0 0 0 0 0,00 0 0 1 0,33 1 0,03

Discorbis bertheloti 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 3 0,09

Discorbis bertheloti var floridensis 0 0 0 0 0 0,00 2 0,67 0 0 3 0,09

Page 82: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

82

Continuação da Tabela VI: Valores das frequências absoluta e relativa das espécies de foraminíferos identificadas nas amostras do testemunho PR – 124.

T30 T35 T40 T45 T50 TOTAL

Espécies AB AR% AB AR% AB AR% AB AR% AB AR% AB AR%

Discorbis concinna 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03

Discorbis floridana 2 0,67 4 1,33 3 1,00 0 0 3 1 33 1

Discorbis globosa 0 0 0 0 0 0,00 1 0,33 0 0 3 0,09

Discorbis mira 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 2 0,06

Discorbis parkerae 0 0 0 0 1 0,33 0 0 0 0 2 0,06

Discorbis peruvianus 0 0 0 0 0 0,00 0 0 1 0,33 3 0,09

Discorbis sp. 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03

Ehrenbergina spinea 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03

Elphidium advenum depressulum 2 0,67 0 0 1 0,33 1 0,33 1 0,33 20 0,61

Elphidium alvarezianum 0 0 1 0,33 3 1,00 4 1,33 0 0 19 0,58

Elphidium articulatum 1 0,33 0 0 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03

Elphidium discoidale 23 7,67 29 9,63 17 5,67 25 8,33 38 12,67 224 6,8

Elphidium excavatum 1 0,33 1 0,33 0 0,00 0 0 0 0 2 0,06

Elphidium galvestonse 1 0,33 1 0,33 0 0,00 0 0 0 0 4 0,12

Elphidium incertum 2 0,67 0 0 0 0,00 2 0,67 0 0 19 0,58

Elphidium lessonii 1 0,33 5 1,66 3 1,00 4 1,33 2 0,67 25 0,76

Elphidium macellum 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 2 0,06

Elphidium margaritaceum 0 0 0 0 0 0,00 1 0,33 3 1 6 0,18

Elphidium morenoi ameghinoi 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 5 0,15

Elphidium poeyanum 7 2,33 5 1,66 7 2,33 9 3 12 4 87 2,64

Elphidium sagrum 1 0,33 0 0 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03

Eponides antillarum 0 0 0 0 1 0,33 0 0 0 0 1 0,03

Eponides frigidus 1 0,33 0 0 0 0,00 0 0 0 0 2 0,06

Eponides peruvianus 0 0 0 0 0 0,00 2 0,67 0 0 3 0,09

Fissurina orbignyana 0 0 0 0 0 0,00 0 0 1 0,33 2 0,06

Fissurina semimarginata 0 0 2 0,66 0 0,00 2 0,67 0 0 6 0,18

Fissurina submarginata 0 0 0 0 0 0,00 1 0,33 0 0 11 0,33

Fursenkoina pontoni 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 8 0,24

Glandulina rotundata 1 0,33 0 0 0 0,00 0 0 0 0 8 0,24

Globugerinoide sp. 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03

Globugerinoides ruber f. tipica 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03

Globugerinoides trilobus 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03

Gypsina vesicularis 0 0 0 0 0 0,00 0 0 1 0,33 3 0,09

Gyroidina orbicularis 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 2 0,06

Hauerina fragilissima 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 2 0,06

Page 83: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

83

Continuação da Tabela VI: Valores das frequências absoluta e relativa das espécies de foraminíferos identificadas nas amostras do testemunho PR – 124.

T30 T35 T40 T45 T50 TOTAL

Espécies AB AR% AB AR% AB AR% AB AR% AB AR% AB AR%

Hauerina inconstans 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 3 0,09

Lagena aspera 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 2 0,06

Lagena perlucida 0 0 0 0 0 0,00 0 0 1 0,33 1 0,03

Lenticulina rotulata 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 2 0,06

Lenticulina sp. 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03

Loxostanum karrearianum 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 2 0,06

Loxostanum limbatum 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 2 0,06

Massilina pernambusensis 2 0,67 0 0 0 0,00 5 1,67 4 1,33 23 0,7

Mellonis affins 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03

Miliolinella subrotunda 16 5,33 8 2,66 12 4,00 10 3,33 13 4,33 101 3,07

Nodobaculariella cassis 0 0 0 0 0 0,00 0 0 1 0,33 1 0,03

Nodosaria vertebralis 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 8 0,24

Nonion pauperatum 2 0,67 0 0 0 0,00 0 0 1 0,33 3 0,09

Nonionella atlantica 1 0,33 0 0 0 0,00 3 1 5 1,67 24 0,73

Nonionella auricula 1 0,33 3 1 2 0,67 1 0,33 0 0 10 0,3

Oolina inornata 0 0 3 1 1 0,33 1 0,33 2 0,67 14 0,42

Oolina sp. 0 0 1 0,33 1 0,33 0 0 0 0 3 0,09

Peneroplis bradyi 1 0,33 0 0 0 0,00 3 1 0 0 7 0,21

Peneroplis carinatus 0 0 0 0 0 0,00 1 0,33 0 0 7 0,21

Peneroplis discoideus 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03

Peneroplis proteus 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03

Pseudonion grateloupi 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 3 0,09

Poroeponides lateralis 1 0,33 2 0,66 5 1,67 5 1,67 2 0,67 33 1

Pulleniatina obliquiloculata 0 0 1 0,33 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03

Pyrgo bulloides 4 1,33 7 2,33 2 0,67 3 1 5 1,67 35 1,06

Pyrgo comata 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03

Pyrgo denticulata 2 0,67 0 0 1 0,33 0 0 0 0 4 0,12

Pyrgo elongata 7 2,33 5 1,66 6 2,00 5 1,67 1 0,33 66 2

Pyrgo ocensis 1 0,33 1 0,33 1 0,33 4 1,33 4 1,33 14 0,42

Pyrgo patagonica 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03

Pyrgo rigens 0 0 1 0,33 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03

Pyrgo subsphaerica 14 4,67 13 4,32 10 3,33 17 5,67 16 5,33 172 5,22

Quinqueloculina anguina 0 0 0 0 0 0,00 1 0,33 3 1 6 0,18

Quinqueloculina angulata 4 1,33 3 1 1 0,33 3 1 4 1,33 56 1,7

Quinqueloculina auberiana 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03

Page 84: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

84

Continuação da Tabela VI: Valores das frequências absoluta e relativa das espécies de foraminíferos identificadas nas amostras do testemunho PR – 124.

T30 T35 T40 T45 T50 TOTAL

Espécies AB AR% AB AR% AB AR% AB AR% AB AR% AB AR%

Quinqueloculina bicarinata 1 0,33 0 0 1 0,33 0 0 1 0,33 4 0,12

Quinqueloculina bicarinella 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 4 0,12

Quinqueloculina bicostata 0 0 6 1,99 2 0,67 2 0,67 2 0,67 61 1,85

Quinqueloculina bienvillensis 1 0,33 0 0 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03

Quinqueloculina bosciana 2 0,67 1 0,33 0 0,00 0 0 0 0 9 0,27

Quinqueloculina candeina 4 1,33 4 1,33 2 0,67 3 1 0 0 32 0,97

Quinqueloculina disparilis curta 8 2,67 6 1,99 3 1,00 0 0 10 3,33 65 1,97

Quinqueloculina funafutiensis 3 1 0 0 1 0,33 7 2,33 3 1 34 1,03

Quinqueloculina horrida 3 1 5 1,66 2 0,67 0 0 0 0 31 0,94

Quinqueloculina implexa 1 0,33 0 0 2 0,67 1 0,33 0 0 16 0,36

Quinqueloculina intricata 0 0 1 0,33 0 0,00 0 0 0 0 5 0,15

Quinqueloculina laevigata 1 0,33 3 1 2 0,67 3 1 1 0,33 18 0,55

Quinqueloculina lamarckiana 34 11,33 26 8,64 31 10,33 17 5,67 10 3,33 346 10,5

Quinqueloculina linneiana 0 0 2 0,66 1 0,33 0 0 0 0 8 0,24

Quinqueloculina microcostata 2 0,67 7 2,33 7 2,33 2 0,67 1 0,33 36 1,06

Quinqueloculina moynensis 2 0,67 0 0 0 0,00 0 0 0 0 14 0,42

Quinqueloculina patagonica 9 3 7 2,33 6 2,00 7 2,33 6 2 67 2,03

Quinqueloculina poeyana 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 2 0,06

Quinqueloculina polygona 3 1 3 1 3 1,00 0 0 2 0,67 38 1,15

Quinqueloculina pricei 1 0,33 0 0 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03

Quinqueloculina seminulum 2 0,67 3 1 3 1,00 6 2 5 1,67 29 0,88

Quinqueloculina sp.A 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 3 0,09

Quinqueloculina sp.B 2 0,67 0 0 1 0,33 0 0 1 0,33 20 0,61

Quinqueloculina tenuis 0 0 7 2,33 7 2,33 5 1,67 0 0 30 0,91

Quinqueloculina vernusta 7 2,33 0 0 9 3,00 0 0 0 0 19 0,58

Quinqueloculina vulgaris 4 1,33 7 2,33 8 2,67 14 4,67 15 5 89 2,7

Robulus cf. acutauricularis 0 0 0 0 1 0,33 0 0 0 0 4 0,12

Robulus cf. crassus 1 0,33 1 0,33 0 0,00 0 0 0 0 2 0,06

Robulus orbicularis 0 0 0 0 1 0,33 0 0 0 0 2 0,06

Robulus sp. 0 0 0 0 0 0,00 3 1 0 0 3 0,09

Schulumbergerina alveoliniforms 3 1 3 1 0 0,00 0 0 0 0 12 0,36

Sigmavirgulina tortuosa 1 0,33 0 0 0 0,00 0 0 0 0 4 0,12

Sigmoilopsis schlumbergeri 0 0 3 1 0 0,00 0 0 0 0 3 0,09

Sigmolina asperula 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 2 0,06

Sigmolina subpoeyana 1 0,33 0 0 1 0,33 4 1,33 3 1 15 0,46

Page 85: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

85

Continuação da Tabela VI: Valores das frequências absoluta e relativa das espécies de foraminíferos identificadas nas amostras do testemunho PR – 124.

T30 T35 T40 T45 T50 TOTAL

Espécies AB AR% AB AR% AB AR% AB AR% AB AR% AB AR%

Sigmolinita tenuis 0 0 0 0 0 0,00 1 0,33 0 0 3 0,09

Siphogerina duartei 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0,00 1 0,03

Siphonina bradyana 3 1 0 0 3 1,00 1 0,33 1 0,33 16 0,49

Siphonina pulchra 1 0,33 2 0,66 4 1,33 2 0,67 1 0,33 22 0,67

Siphonina reticulata 0 0 0 0 3 1,00 0 0 0 0 5 0,15

Siphonina sp. 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03

Siphoninoides echinatus 10 3,33 10 3,32 6 2,00 2 0,67 7 2,33 61 1,85

Spiroloculina antillarum 0 0 1 0,33 1 0,33 0 0 2 0,67 8 0,24

Spiroloculina estebani 1 0,33 0 0 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03

Spiroloculina grateloupi 0 0 0 0 0 0,00 1 0,33 0 0 2 0,06

Spiroloculina mosesi 1 0,33 0 0 0 0,00 0 0 0 0 4 0,12

Spiroloculina sp. 1 0,33 1 0,33 1 0,33 1 0,33 0 0 5 0,15

Spiroloculina tenuis 1 0,33 0 0 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03

Spirosigmoilina bradyi 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 4 0,12

Textularia agglutinans 0 0 0 0 1 0,33 0 0 0 0 5 0,15

Textularia candeiana 0 0 0 0 0 0,00 1 0,33 0 0 5 0,15

Textularia conica 0 0 0 0 1 0,33 3 1 0 0 5 0,15

Textularia gramen 0 0 0 0 1 0,33 0 0 0 0 5 0,15

Textularia keribaensis 0 0 0 0 1 0,33 1 0,33 0 0 5 0,15

Triloculina bermudezi 0 0 0 0 0 0,00 0 0 1 0,33 1 0,03

Triloculina cultrata 0 0 0 0 0 0,00 0 0 1 0,33 1 0,03

Triloculina gracilis 2 0,67 1 0,33 0 0,00 0 0 0 0 8 0,24

Triloculina linneiana 0 0 1 0,33 1 0,33 4 1,33 3 1 11 0,33

Triloculina lutea 13 4,33 8 2,66 12 4,00 6 2 10 3,33 83 2,52

Triloculina oblonga 18 6 26 8,64 34 11,33 23 7,67 34 11,33 258 7,83

Triloculina quadrilateralis 0 0 2 0,66 2 0,67 1 0,33 2 0,67 13 0,39

Triloculina reticulata f. bicarinata 0 0 1 0,33 0 0,00 0 0 0 0 2 0,06

Triloculina reticulata f. carinata 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03

Triloculina sommeri 2 0,67 0 0 0 0,00 6 2 2 0,67 21 0,64

Triloculina sp. 1 0,33 1 0,33 0 0,00 0 0 0 0 4 0,12

Triloculina tricarinata 2 0,67 11 3,65 9 3,00 6 2 9 3 69 2,09

Triloculina trigonula 0 0 0 0 3 1,00 1 0,33 2 0,67 24 0,73

Tubinela funalis 0 0 0 0 0 0,00 0 0 1 0,33 1 0,03

Page 86: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

86

TABELA VII: Índices de Riqueza (R), Equitatividade (J’) e Diversidade (H’) das

espécies de foraminíferos, das amostras de sedimentos do testemunho PR – 124.

Prof. (m) é profundidade e N.E. é Número de Espécies.

Amostra Prof. (m) N. E. R (J’) (H’)

T 01 0,01 76 13,15 0,872 3,778

T 05 0,05 69 11,92 0,855 3,619

T 10 0,10 59 10,17 0,841 3,43

T 15 0,15 60 10,34 0,849 3,478

T 20 0,20 67 11,57 0,849 3,57

T 25 0,25 65 11,22 0,868 3,625

T 30 0,30 74 12,80 0,849 3,656

T 35 0,35 57 9,82 0,863 3,488

T 40 0,40 62 10,69 0,854 3,524

T 45 0,45 63 10,87 0,879 3,644

T 50 0,50 58 9,99 0,846 3,434

Page 87: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

87

TABELA VIII: Valores relativos de frequência total (Freq. Total) e frequência de ocorrência das espécies utilizados para formar o dendograma.

Espécies Nº de Amostras Constância (%) Freq. Total (%)

Amphistegina lessonii 11 100 7,92

Cornuspira planorbis 11 100 2,34

Elphidium discoidale 11 100 6,80

Elphidium poeyanum 11 100 2,64

Miliolinella subrotunda 11 100 3,07

Poroeponides lateralis 11 100 1,00

Pyrgo elongata 11 100 2,00

Pyrgo subsphaerica 11 100 5,22

Quinqueloculina angulata 11 100 1,70

Quinqueloculina lamarckiana 11 100 10,50

Quinqueloculina patagonica 11 100 2,03

Siphoninoides echinatus 11 100 1,85

Triloculina lutea 11 100 2,52

Triloculina oblonga 11 100 7,83

Triloculina tricarinata 11 100 2,09

Pyrgo bulloides 10 90,9 1,06

Quinqueloculina bicostata 10 90,9 1,85

Quinqueloculina disparilis curta 10 90,9 1,97

Quinqueloculina polygona 10 90,9 1,15

Quinqueloculina vulgaris 10 90,9 2,70

Discorbis floridana 9 81,1 1,00

Quinqueloculina funafutiensis 9 81,1 1,03

Quinqueloculina microcostata 8 72,7 1,06

Page 88: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

88

TABELA IX: Siglas das espécies utilizadas na descrição do texto.

Espécies Sigla Espécies Sigla Amphistegina gibbosa

Ampgib Discorbis globosa

Disglo Amphistegina lessonii

Amples Discorbis mira

Dismira Angulogerina angulosa angulosa

Angang Discorbis parkerae

Dispak Angulogerina angulosa occidentalis

Angocc Discorbis peruvianus

Disper Archaias angulatus

Arcang Discorbis sp.

Dissp Archaias compressus

Arccom Ehrenbergina spinea

Ehrspi Articulina atlantica

Artatl Elphidium advenum depressulum

Elpadd Bigerina nodosaria

Bignod Elphidium alvarezianum

Elpalv Bigerina textularoidea

Bigtex Elphidium articulatum

Elpart Bolivina albatrossi

Bolalb Elphidium discoidale

Elpdis Bolivina cuomoi

Bolcum Elphidium excavatum

Elpexc Bolivina difforms

Boldif Elphidium galvestonse

Elpgal Bolivina doniezi

Boldon Elphidium incertum

Elpinc Bolivina lanceolata

Bollan Elphidium lessonii

Elples Bolivina limonensis

Bollim Elphidium macellum

Elpmac Bolivina ordinaria

Bolord Elphidium margaritaceum

Elpmar Bolivina sp.

Bolsp Elphidium morenoi ameghinoi

Elpmor Bolivina sphatulata

Bolsph Elphidium poeyanum

Elppoe Bolivina subaenariensis

Bolsuba Elphidium sagrum

Elpsag Bolivina subreticulata

Bolsubre Eponides antillarum

Epoant Bolivina translucens

Boltran Eponides frigidus

Epofri Brizalina striatula

Bizstria Eponides peruvianus

Epoper Bulimina sp.

Bulsp Fissurina orbignyana

Fisorb Bulimina patagonica

Bulpat Fissurina semimarginata

Fissem Cancris oblonga

Canoblo Fissurina submarginata

Fissub Cancris sagra

Cansa Fursenkoina pontoni

Furpon Cibicides dispars

Cibidis Glandulina rotundata

Glarot Cibicides sp. A

CibispA Globugerinoide sp.

Globsp Cibicides sp. B

CibispB Globugerinoides ruber f. tipica

Glorut Clavulina tricarinata

Clatri Globugerinoides trilobus

Glotri Cornuspira involvens

Corinv Gypsina vesicularis

Gypves Cornuspira planorbis

Corpla Gyroidina orbicularis

Gyrorb Discorbis aff. Isabelleanus

Disafis Hauerina fragilissima

Havfra Discorbis bertheloti

Disber Hauerina inconstans

Havinc Discorbis bertheloti var floridensis

Disbvf Lagena aspera

Lagasp Discorbis concinna

Discon Lagena perlucida

Lagper Discorbis floridana

Disflo Lenticulina rotulata

Lenrot

Page 89: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

89

Continuação da TABELA IX: Siglas das espécies utilizadas na descrição do texto.

Espécies Sigla Espécies Sigla

Lenticulina sp. Lensp

Quinqueloculina funafutiensis Quifun

Loxostanum karrearianum Loxkar

Quinqueloculina horrida Quihor

Loxostanum limbatum Loxlim

Quinqueloculina implexa Quiimp

Massilina pernambusensis Masper

Quinqueloculina intricata Quiint

Mellonis affins Melaff

Quinqueloculina laevigata Quilae

Miliolinella subrotunda Milsubr

Quinqueloculina lamarckiana Quilam

Nodobaculariella cassis Nodcas

Quinqueloculina linneiana Quilin

Nodosaria vertebralis Nodver

Quinqueloculina microcostata Quimic

Nonion pauperatum Nonpan Quinqueloculina moynensis Quimoy

Nonionella atlantica Nonalt Quinqueloculina patagonica Quipat

Nonionella auricula Nonaur Quinqueloculina poeyana Quipoe

Oolina inornata Oolino Quinqueloculina polygona Quipol

Oolina sp. Oolsp Quinqueloculina pricei Quipri

Peneroplis bradyi Penbra Quinqueloculina seminulum Quisem

Peneroplis carinatus Pencar Quinqueloculina sp.A QuispA

Peneroplis discoideus Pendis Quinqueloculina sp.B QuispB

Peneroplis proteus Penpro Quinqueloculina tenuis Quiten

Pseudonion grateloupi Psegra Quinqueloculina venusta Quiven

Poroeponides lateralis Porlat Quinqueloculina vulgaris Quivul

Pulleniatina obliquiloculata Pulobli Robulus cf. acutauricularis Robacu

Pyrgo bulloides Pyrbul Robulus cf. crassus Robcra

Pyrgo comata Pyrcom Robulus orbicularis Roborb

Pyrgo denticulata Pyrden Robulus sp. Robsp

Pyrgo elongata Pyrelo Schulumbergerina alveoliniforms Schalv

Pyrgo ocensis Pyrocen Sigmavirgulina tortuosa Sigtor

Pyrgo patagonica Pyrpat Sigmoilopsis schlumbergeri Sigsch

Pyrgo rigens Pyrrig Sigmolina asperula Sigasp

Pyrgo subsphaerica Pyrsubp Sigmolina subpoeyana Sigspo

Quinqueloculina anguina Quiang Sigmolinita tenuis Sigten

Quinqueloculina angulata Quianu Siphogerina duartei Sipdua

Quinqueloculina bicarinata Quibic Siphonina bradyana Sipbrn

Quinqueloculina bicarinella Quibil Siphonina pulchra Sippul

Quinqueloculina bicostata Quibit Siphonina reticulata Sipret

Quinqueloculina bienvillensis Quibie Siphonina sp. Sipsp

Quinqueloculina bosciana Quibos Siphoninoides echinatus Sipech

Quinqueloculina candeina Quican Spiroloculina antillarum Spiant

Quinqueloculina disparilis curta Quidis Sigmolinita tenuis Sigten

Page 90: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - Ufba · A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas vantagens, possibilitando proteção contra predação e

90

Continuação da TABELA IX: Siglas das espécies utilizadas na descrição do texto.

Espécies Sigla Espécies Sigla

Spiroloculina estebani Spiest Triloculina gracilis Trigra

Spiroloculina grateloupi Spigra Triloculina linneiana Trilin

Spiroloculina mosesi Spimio Triloculina lutea Trilut

Spiroloculina sp. Spisp Triloculina oblonga Trioblo

Spiroloculina tenuis Spiten Triloculina quadrilateralis Triqua

Spirosigmoilina bradyi Spibra Triloculina reticulata bicarinata Trireb

Textularia agglutinans Texagl Triloculina reticulata carinata Trirec

Textularia candeiana Texcan Triloculina sommeri Trisom

Textularia conica Texcon Triloculina sp. Trisp

Textularia gramen Texgra Triloculina tricarinata Tritri

Textularia keribaensis Texker Triloculina trigonula Tritrg

Triloculina bermudezi Triber Tubinela funalis Tubfun

Triloculina cultrata Tricul