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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL UNIDADE ACADÊMICA DE ENGENHARIA FLORESTAL CAMPUS PATOS - PB FABIO RODRIGUES RAMOS ESTRESSE HÍDRICO E ADUBAÇÃO POTÁSSICA EM MUDAS DE CRAIBEIRA (Tabebuia aurea (Manso) Benth. & Hook. F. ex S. Moore) Patos Paraíba Brasil 2015

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL

UNIDADE ACADÊMICA DE ENGENHARIA FLORESTAL

CAMPUS PATOS - PB

FABIO RODRIGUES RAMOS

ESTRESSE HÍDRICO E ADUBAÇÃO POTÁSSICA EM MUDAS DE CRAIBEIRA

(Tabebuia aurea (Manso) Benth. & Hook. F. ex S. Moore)

Patos – Paraíba – Brasil

2015

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FABIO RODRIGUES RAMOS

ESTRESSE HÍDRICO E ADUBAÇÃO POTÁSSICA EM MUDAS DE CRAIBEIRA

(Tabebuia aurea (Manso) Benth. & Hook. F. ex S. Moore)

Monografia apresentada à Universidade

Federal de Campina Grande, Campus de

Patos/PB, como parte das exigências

para a obtenção do Grau de Engenheiro

Florestal.

Orientador: Prof. Dr. Antonio Lucineudo de Oliveira Freire

Patos – Paraíba – Brasil

2015

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FABIO RODRIGUES RAMOS

ESTRESSE HÍDRICO E ADUBAÇÃO POTÁSSICA EM MUDAS DE CRAIBEIRA

(Tabebuia aurea (Manso) Benth. & Hook. F. ex S. Moore)

Monografia aprovada em 23/02/2015 como parte das exigências para a obtenção do

Grau de Engenheiro Florestal pela Comissão Examinadora composta por:

Prof. Dr. ANTONIO LUCINEUDO DE OLIVEIRA FREIRE (UAEF/UFCG)

Orientador

Profa. Dra. IVONETE ALVES BAKKE (UAEF/UFCG)

1a Examinadora

Profa. M.Sc. ALANA CANDEIA DE MELO (UAEF/UFCG)

2a Examinadora

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DEDICO

Aos meus pais, José Rodrigues de Oliveira Araújo e Gizelda Rodrigues

Ramos, que sempre apoiaram minhas decisões e acreditaram no meu potencial,

sendo eles a base da minha família. Amo muito vocês. Foram vocês que permitiram

a realização desse sonho.

OFEREÇO

A Deus. Ele que me trouxe ao mundo e me fez acreditar que em sua ausência

eu não conseguiria nada. Está ao meu lado em todos os momentos, concedendo-me

fé, força, saúde e perseverança em toda a minha trajetória ao longo deste curso.

Muito obrigado, meu Deus.

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AGRADECIMENTOS

A Deus, por manter inabalável a minha fé e por me mostrar, através da

ciência, a perfeição da natureza;

Aos meus pais José Rodrigues de Oliveira Araújo e Gizelda Rodrigues

Ramos;

À minha noiva Keila Raiany pelo apoio, compreensão, assim contribuindo de

forma decisiva para a conclusão deste curso;

Aos meus irmãos José Leandro, Alessandro e Fabiano;

Ao Professor Antonio Lucineudo de Oliveira Freire, pela orientação constante,

pela confiança depositada em mim, tornou-se bem mais que um orientador, mas sim

um amigo;

À professora de TCC Naelza de Araújo Wanderley e aos professores

membros da Banca Examinadora, Ivonete Alves Bakke e Alana Candeia de Melo,

pela disponibilidade da participação e pelas valiosas contribuições;

Aos colegas de curso, Artur, Oscar, Itallo, Alexsandro, Francisco José

(Franzé), Erik e Jackson.

Aos colegas de quarto, Edvaldo, Marcos, Gregorio Neto, Ribamar e Ramon, e

aos demais moradores da Residência Universitária.

A todos os professores do curso de Engenharia Florestal, pelos ensinamentos

e conhecimentos transmitidos;

Às funcionárias da Unidade Acadêmica de Engenharia Florestal, Edinalva

Brito dos Santos e Ivanice Ferreira Levino, pela disponibilidade e ajuda prestada;

Aos funcionários que compõem a UFCG Campus de Patos (CSTR);

Enfim, todos aqueles que, de forma direta ou indireta, participaram da minha

graduação e contribuíram para a realização deste trabalho, meus sinceros

agradecimentos.

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RAMOS, F. R. ESTRESSE HÍDRICO E ADUBAÇÃO POTÁSSICA EM MUDAS DE CRAIBEIRA (Tabebuia aurea (Manso) Benth. & Hook. F. ex S. Moore). 2015. 32 folhas. Monografia (Graduação) Engenharia Florestal – Universidade Federal de Campina Grande, Centro de Saúde e Tecnologia Rural, Patos - PB, 2015.

RESUMO

A craibeira (Tabebuia aurea (Manso) Benth. & Hook. F ex S. Moore), pertencente à família Bignoniaceae é uma espécie que ocorre entre os biomas Caatinga e Cerrado frequentemente encontrada em margens de rios e lagos compondo as matas ciliares onde há uma maior quantidade de água no solo. Em virtude da falta de conhecimentos a respeito de aspectos relacionados à fase de viveiro dessa espécie, conduziu-se este experimento com o objetivo de avaliar o crescimento inicial e a produção de matéria seca de plantas de craibeira em função de doses de potássio e de níveis de água. O experimento foi conduzido em garrafas plásticas tipo Pet, contendo 2,5 kg de terra, distribuído em delineamento inteiramente casualizado, arranjados em esquema fatorial 3x4, sendo 3 doses de potássio (0 (controle), 97,5 e 195 mg dm-3 K) e 4 níveis de água (100%, 80%, 60% e 40% da capacidade de vaso (CV)). Após noventa dias, verificou-se que a redução nos níveis de água fornecidos promoveram diminuição no crescimento e na produção de matéria seca das plantas. O regime hídrico ideal para o crescimento das mudas foi 100% da capacidade de vaso. A adubação potássica não exerceu influência na altura, mas favoreceu a produção de matéria seca nas raízes e a matéria seca total das plantas.

Palavra chave: Adubação potássica. Tolerância à seca. Nutrição mineral.

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RAMOS, F. R. WATER STRESS AND POTASSIUM IN Tabebuia aurea (Manso) Benth. & Hook. F. ex S. Moore) SEEDLINGS. 2015. 32 sheets. (Monography) Graduation in Forest Engineering – Federal University of Campina Grande, Rural Health and Technology Center, Patos – PB, 2015.

ABSTRACT

The ‘craibeira’ (Tabebuia aurea (Manso) Benth. & Hook. F. ex S. Moore), Bignoniaceae family, is a species that occurs between the Caatinga and Cerrado bioms. It is often found on shores of rivers and lakes composing the riparian forests where there is a greater amount of water in the soil. Because of the lack of knowledge about aspects related to the nursery phase of this species, the experiment was conducted this experiment to assess the initial growth and dry matter production of plants in function of potassium doses and water levels. The experiment was conducted in plastic type PET bottles containing 2.5 kg of soil, distributed in a randomized design, arranged in a 3x4 factorial design, with 3 doses of potassium (0 (control), 97.5 and 195 mg dm-3 K) and four water levels (100%, 80%, 60% and 40% of pot capacity). After ninety days, it was found that the reduction in the water levels promoted a decrease in the growth and production of dry matter of plants. The ideal water regime for seedling growth this species was 100% of the pot capacity. The potassium fertilization did not influence the height, but increased the production of roots dry matter and total dry matter of plants.

Keywords: Potassium fertilization. Drought tolerance. Mineral nutrition

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1– Detalhe do vaso revestido com saco de polietileno e coberto com plástico

opaco...................................................................................................... 15

Figura 2 – Diâmetro inicial do coleto das plantas de craibeira em função das doses

de potássio ............................................................................................ 19

Figura 3 – Altura final das plantas de craibeira em função dos níveis de água ....... 19

Figura 4 – Número de folhas das plantas de craibeira em função dos níveis de

água ....................................................................................................... 20

Figura 5 – Taxa de crescimento absoluto (TCA) das plantas de craibeira em função

dos níveis de água ................................................................................. 20

Figura 6 – Peso da matéria seca do caule (PSC), das folhas (PSF), da parte aérea

(PSPA) e da matéria seca total (PSTo) das plantas de craibeira em

função dos níveis de água...................................................................... 23

Figura 7 – Peso da matéria seca total (PSTo) das plantas de craibeira em função

das doses de potássio ........................................................................... 24

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LISTA DE QUADRO E TABELAS

Quadro 1 – Análise química e física do solo utilizado no experimento ..................... 16

Tabela 1 – Altura inicial das plantas de craibeira, aos 30 dias após o transplantio, em

função e dos níveis de água e das doses de potássio ........................... 18

Tabela 2 – Peso seco das raízes das plantas de craibeira em função dos níveis de

água e das doses de potássio ................................................................ 24

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 10

2 RERERENCIALTEÓRICO ..................................................................................... 11

2.1 Estrese hídrico .................................................................................................... 11

2.2 Nutrição mineral e a produção de mudas ............................................................ 12

2.3 Especie estudada ................................................................................................ 13

3 MATERIAL E MÉTODOS ...................................................................................... 15

3.1 Considerações gerais .......................................................................................... 15

3.2 Tratamentos, delineamento experimental e condução do experimento ............. 17

3.3 Características avaliadas .................................................................................... 17

3.4 Análises estatisticas ............................................................................................ 17

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 18

4.1 Altura das plantas, diâmetro do coleto, número de folhas e taxa de crescimento

absoluto ..................................................................................................................... 18

4.2 Peso da matéria seca das plantas....................................................................... 22

5 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 26

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 27

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1 INTRODUÇÃO

A crescente demanda por matéria prima florestal tem levado a aumento na

produção de mudas de espécies florestais, e a qualidade das mesmas tem se

constituído em desafio constante para atender a essa demanda. O uso de mudas de

baixa qualidade leva à grande mortalidade, após o transplantio no campo, em virtude

de não resistirem às adversidades que essa condição de campo proporcionarão.

Dentre os fatores que interferem na qualidade das mudas está a disponibilidade

hídrica, durante a fase de viveiro, e a nutrição mineral.

A água é um fator determinante na distribuição e na abundância das espécies

nos diversos biomas do planeta. Nos vegetais, é necessária para o crescimento,

uma vez que participa diretamente nos processos de alongamento, divisão e

multiplicação celular. Além disso, interfere no processo fotossintético, por promover

a abertura estomática, resultando na absorção do CO2 atmosférico, bem como na

síntese de cloroplastos e na atividade das enzimas.

O potássio, elemento essencial às plantas, é o cátion que com maior

participação no potencial osmótico celular, influencia o crescimento e o alongamento

celular e, consequentemente, o crescimento vegetal. Em virtude do seu papel no

ajustamento osmótico celular, está diretamente relacionado à resistência das plantas

ao estresse hídrico.

O número de informaçôes sobre a produção de mudas de craibeira é

reduzido, principalmente em relação a aspectos como a disponibilidade hídrica e a

nutrição mineral durante a fase de viveiro. Tais informações contribuirão para

aumentar os conhecimentos acerca de aspectos silviculturais desta espécies

possibilitando a produção de mudas de qualidade, contribuindo para o sucesso nos

plantios florestais.

Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de avaliar o crescimento inicial e

a produção de matéria seca de plantas de craibeira em função dos níveis de água e

das doses de potássio, durante a fase de viveiro.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Estresse hídrico

A água, substância mais abundante nos vegetais, é essencial para a

manutenção da integridade das moléculas biológicas, células e organismos,

manutenção da turgescência celular, fundamental para crescimento e elongação

celular, além de atuar como termorreguladora e tampão, evitando alterações bruscas

no pH (MARENCO; LOPES, 2005).

A forma como as plantas reagem à seca difere e essa variabilidade está em

função da intensidade e duração do estresse, bem como da espécie avaliada e do

estádio de desenvolvimento do vegetal (CHAVES; MAROCO; PEREIRA, 2003).

As plantas inseridas na região semiárida estão sujeitas às diferentes tipos de

estresses, como elevadas irradiância e temperatura e baixa disponibilidade hídrica,

limitando o desenvolvimento e o estabelecimento das plantas jovens (DOMBROSKI

et al., 2014; LIBERATO et al., 2006; GONÇALVES et al., 2005)

Larcher (2000) descreve várias adaptações que as plantas dessa região

desenvolvem, tais como xilopódios, órgãos de reserva nas raízes, nos caules,

arranjos anatômicos específicos nas folhas e modificações no metabolismo, visando

um melhor aproveitamento da água, cada vez menos disponível à medida que a

estação seca se desenvolve. Alterações na fisiologia incluem o fechamento

estomático, com reflexos diretos na condutância estomática, na transpiração e na

fotossíntese (PORTES; ALVES; SOUZA, 2006; GOMES et al, 2004). Essas

mudanças na morfologia, anatomia e fisiologia das plantas, afetam o seu

crescimento (SANTOS; CARLESSO, 1998; BEZERRA et al., 2003).

Sob condições de estresse hídrico, as plantas acumulam solutos

osmoticamente ativos, promovendo assim a redução do potencial osmótico celular e

a absorção de água e garantindo a manutenção de atividades vitais, mesmo sob

condições de baixos potenciais hídricos. Dentre esses solutos acumulados estão os

aminoácidos totais e os açúcares solúveis (LECHINOSKI et al., 2007; SANTOS;

PIMENTEL, 2009).

Durante a fase de viveiro, as condições específicas de manejo em cada etapa

influenciam diretamente na produtividade do viveiro e na qualidade das mudas,

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refletindo-se na sobrevivência, na uniformidade e no crescimento inicial das plantas

no campo (ALFENAS et al., 2004).

2.2 Nutrição mineral e a produção de mudas

O sucesso dos povoamentos florestais depende, em grande parte, da

qualidade da muda empregada, a qual deve resistir às adversidades no campo e

apresentar elevada taxa de sobrevivência (GOMES et al., 2002).

Ao se fazer o plantio no campo, as mudas são expostas à condições

adversas que podem promover significativa mortalidade. Segundo Del Quiqui et al.

(2004) e Silva et al. (2013) a etapa de produção das mudas é crucial no processo de

formação de um povoamento florestal, visto que as mesmas devem apresentar

características desejáveis para suportar as mudanças microclimáticas entre viveiro e

campo.

Para assegurar adaptação e crescimento satisfatórios das mudas no campo

após o plantio, a nutrição adequada das mesmas e o uso de substrato apropriado

são fatores cruciais (DEL QUIQUI et al., 2004). No que se referem às espécies

florestais, os nutrientes minerais afetam o crescimento e a qualidade das mudas, ao

proporcionarem bom desenvolvimento do sistema radicular e permitir melhor

adaptação e consequente sobrevivência no campo após o plantio (CARNEIRO,

1995).

Apesar de não fazer parte de nenhum composto orgânico, nem desempenhar

função estrutural nas plantas (MARSCHNER, 1995), o potássio é considerado um

elemento essencial às plantas, pois atende aos três critérios de essencialidade

(MALAVOLTA, 2006). Segundo Silva et al. (2013), o mesmo possui várias funções

na planta, como agente osmótico nas células vegetais, ativador de enzimas, além de

funcionar no equilíbrio de cargas negativas e no pH celular. O provável efeito do

potássio na atividade das enzimas está relacionado com a mudança na conformação

das moléculas, na qual há um aumento na exposição dos sítios ativos para ligação

com o substrato (MALAVOLTA; VITTI; OLIVEIRA, 1997). Estes autores afirmam

ainda que é provavel que uma das razões para as altas exigências potássicas seja a

necessidade de elevadas concentrações no citoplasma, para garantir atividade

enzimática máxima (MALAVOLTA; VITTI; OLIVEIRA, 1997).

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Uma função de reconhecida importância que esse íon exerce nas plantas é

o da manutenção da turgescência celular, por ser o principal íon presente no

vacúolo, estando intimamente relacionado com o equilíbrio osmótico (TAIZ; ZEIGER,

2004), podendo ser empregado para reduzir o impacto do estresse hídrico no

crescimento e na produção das plantas, aumentando a eficiência no uso da água

(Reeb (2010), apud HOLTHUSEN; REEB; HORN, 2012) .

Em plantas com um bom suprimento de potássio, a taxa de transpiração não

depende só do potencial osmótico das células do mesofilo, mas também do controle

que exerce sobre a abertura e fechamento dos estômatos. O fluxo de potássio nas

células-guarda aumenta o nível de ácido abscísico que causa o fechamento dos

estômatos (MARSCHNER, 1995).

No entanto, a resposta de mudas à adubação potássica varia com a espécie.

Em plantas de Acacia mangium, Dias et al. (1991) não observaram resposta positiva

ao fornecimento desse nutriente, enquanto que em Sclerolobium paniculatum, Dias

et al. (1992) obtiveram efeito positivo, e verificaram que o nível crítico de K foi de

27,4 ppm. Em plantas jovens de Eucalyptus grandis, Laclau et al. (2009) verificaram

que o fornecimento de K aumentou o tempo de vida da folha, a biomassa das

plantas e o índice de área foliar.

2.3 Espécie estudada

A craibeira (Tabebuia aurea (Manso) Benth. & Hook. F. ex S. Moore),

pertencente à família Bignoniaceae, é uma espécie que ocorre entre os biomas

Caatinga e Cerrado; frequentemente é encontrada em margens de rios e lagos

compondo as matas ciliares. Apresenta grande porte, podendo alcançar de 12 a 20

metros de altura; seu tronco varia de reto e bem formado a tortuoso, revestido por

casca grossa de cor acinzentada; possui folhas coriáceas, opostas e palminérvias; o

fruto é do tipo silíqua, contendo aproximadamente 80 sementes aladas e achatadas

(LORENZI, 1992). Este autor afirma ainda que a mesma tem uso ornamental,

medicinal, além do seu emprego na construção civil e em programas de

reflorestamento. É empregada na arborização de praças em virtude da abundância

de sua floração e pela sombra que proporciona, sendo também indicada para

reflorestamento, principalmente em matas ciliares, nas regiões de baixa pluviosidade

(LORENZI, 1992).

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Avaliando a estrutura da vegetação lenhosate e o valor de uso das espécies

na mata ciliar nas margens do riacho do Navio no município de Floresta-PE, Ferraz;

Albuquerque; Meunier (2006) identificaram que a craibeira é uma das espécies de

grande valor madeireiro, sendo procurada para diversos usos e principalmente em

construções rurais.

O uso do banho preparado com brotos e entrecasca do caule da craibeira na

medicina caseira foi constatado por Macedo; Ferreira (2004), que registraram o seu

uso nos tratamentos de vitiligo, manchas na pele e assim servindo como um

antisséptico. Souza; Fernandes; Paz (2010) relataram o seu emprego no tratamento

contra a anemia, e Oliveira Júnior (2010) relataram a sua utilização como recurso

terapêutico em problemas do fígado, todos na forma de chá de sua casca.

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3 MATERIAL E MÉTODOS

3.1 Considerações gerais

O experimento foi conduzido em ambiente telado, no viveiro florestal da

Unidade Acadêmica de Engenharia Florestal, pertencente ao Centro de Saúde e

Tecnologia Rural campus de Patos da Universidade Federal de Campina Grande

(CSTR/UFCG), com coordenadas geográficas 7°1’28’’ S e 37°16’48’’ O, e 242m de

altitude.

Sementes coletadas de matrizes em setembro de 2013. Foram submetidas ao

corte das alas e posteriormente semeadas em bandejas plásticas contendo areia

lavada.

Após a emergência, noventa e seis plântulas no mais foram transferidas para

os vasos,(uma planta por vaso) confeccionados com garrafas plásticas tipo Pet,

contendo 2,5 kg de terra (Figura 1), coletado na Fazenda Núcleo de Pesquisas do

Semiárido (Fazenda NUPEÁRIDO/UFCG), localizada no município de Patos.

Figura 1 – Detalhe do vaso revestido com saco de polietileno e coberto com plástico opaco.

Fonte - Ramos (2015).

O solo foi retirado da camada de 0 a 20 cm de profundidade, e submetido à

analises químico-físicas realizadas no Laboratório de Análise de Solo e Água

(LASAG) (CSTR/UFCG), cujos resultados encontram-se no Quadro 1.

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As garrafas plásticas tipo Pet foram revestidas com plástico preto para evitar

a proliferação de algas, e cobertas com plástico opaco afim de reduzir a evaporação

da água do substrato (Figura 1).

Quadro 1 Análise química e física do solo utilizado no experimento

Característica Unidade Valor

Análise química

pH (CaCl2 0,01 M) - 5,0

P μg dm-3 4,5

Ca cmolc dm-3 5,1

Mg cmolc dm-3 1,9

K cmolc dm-3 0,17

Na cmolc dm-3 0,57

H + Al cmolc dm-3 3,1

CTC % 10,84

V % 71,4

Análise física

Areia g kg-1 780

Silte g kg-1 100

Argila g kg-1 120

Classificação textural - Areia franca

Fonte - Ramos (2015).

Antes da semeadura, o substrato foi adubado com 50 mg de N e 250 mg de P,

para cada dm-3 de substrato (FURTINI NETO et al., 1999). A adubação potássica foi

realizada de acordo com os tratamentos.

Durante os primeiros quinze dias após o transplantio, as plantas foram

irrigadas uma vez por dia procurando-se mantê-las com 60% da capacidade de vaso

(CV). Decorrido este período de tempo foram iniciados os tratamentos de níveis de

água de irrigação.

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3.2 Tratamentos, delineamento experimental e condução do experimento

Os tratamentos foram distribuídos em delineamento inteiramente casualizado

(DIC), em esquema fatorial 3 x 4, correspondendo a 3 doses de potássio (0

(controle), 97,5 e 195 mg dm-3 K) e 4 níveis de água (100, 80, 60 e 40% da

capacidade de vaso (CV)). Cada tratamento teve 4 repetições e 2 plantas por

repetição, totalizando 96 plantas.

Para a determinação da capacidade de vaso, cinco vasos foram submersos

em um balde com água, até que fosse observado o encharcamento do substrato.

Em seguida, os mesmos foram retirados até completa lixiviação e, logo após,

submetidos à pesagem. Esse valor correspondeu ao peso dos mesmos com 100%

da CV e, baseado nele, foram determinados os outros níveis de água a serem

testados.

O experimento foi encerrado aos 90 dias após o transplantio.

3.3 Características avaliadas

A altura das plantas (cm) foi realizada com régua graduada e o diâmetro do

caule ao nível do solo (DNS em mm) utilizando-se paquímetro digital, aos 30 e 90

dias após o transplantio.

Com os dados de altura, calculou-se a taxa de crescimento absoluto (TCA)

através da equação proposta por Benincasa (2003):

TCA= (Altura final – altura inicial)/tempo

Ao final do experimento contou-se o número de folhas, as quais foram

posteriormente coletadas (folíolos + pecíolo), juntamente com o caule e as raízes,

acondicionados em sacos de papel, e colocados para secar em estufa (65 oC)

durante 72 horas. Em seguida foram submetidos à pesagem e determinados os

pesos das matérias secas de cada componente. Além disso, foi calculada a razão

peso seco das raízes/peso seco da parte aérea (PSR/PSPA).

3.4 Análises estatisticas

Os resultados foram submetidos à análise de variância, utilizando-se o

programa estatistico ASSISTAT (SILVA; AZEVEDO, 2002).

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

De acordo com a análise de variância (APÊNDICE), houve efeito significativo

dos níveis de água foi observado em altura final, diâmetro final do caule, taxa de

crescimento absoluto, número de folhas, e pesos das matérias secas do caule, das

folhas, da parte aérea, das raízes e total. Efeito siginificativo das doses de potássio

foi verificado no diâmetro inicial do caule, peso da matéria seca das raízes e peso da

matéria seca total. Interação significativa ocorreu apenas na altura inicial e peso da

matéria seca das raízes. Não foi verificado efeito significativo dos tratamentos na

razão parte aérea/raiz.

4.1 Altura das plantas, diâmetro do coleto, número de folhas e taxa de

crescimento absoluto

Analisando-se os valores de altura inicial (30 dias após o transplantio),

verificou-se que os menores valores foram obtidos nas plantas mantidas a 40% da

CV, e que receberam 0 e 195 mg dm-3 K (Tabela 1). Esses valores corresponderam

a 52,5% e 60,2% ao verificado no tratamento 97,5 mg dm-3 K. Nos demais

tratamentos da interação não houve diferença significativa.

Tabela 1 – Altura inicial das plantas de craibeira, aos 30 dias após o transplantio, em

função dos níveis de água e das doses de potássio

Doses de K

(mg dm-3)

Níveis de água (% da CV)

100 80 60 40

0 8,5 aA 6,62 aA 6,75 aA 5,12 bA

97,5 7,37 aA 7,87 aA 6,50 aA 9,75 aA

195 7,87 aA 7,50 aA 8,87 aA 5,87 bA

Médias seguidas de letras iguais, maiúsculas nas linhas e minúsculas nas colunas, não diferem estatisticamente entre si pelo teste de TuKey (P ≤ 0,05). Fonte - Ramos (2015).

Quanto ao diâmetro inicial (Figura 2), verificou-se aumento com elevação na

dose de K empregada, mostrando que a adição desse nutriente ao solo pode

proporcionar a obtenção de plantas com caule mais vigoroso, proporcionando

melhores condições à planta de sobreviver no campo após sua transferência. Em

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plantas de umbuzeiro, NEVES et al. (2007) verificaram que a adubação potássica

influenciou significativamente a altura e o diâmetro do caule das mudas.

Figura 2 – Diâmetro inicial do coleto das plantas de craibeira em função das doses

de potássio

Médias seguidas de letras iguais, maiúsculas nas linhas e minúsculas nas colunas, não diferem estatisticamente entre si pelo teste de TuKey (P ≤ 0,05). Fonte - Ramos (2015).

Em relação à altura final das plantas, observa-se que ocorreu diminuição nas

mesmas à proporção que o teor de água do solo diminuiu (Figura 3). No entanto,

não houve diferença significativa entre os tratamentos 100% e 80% CV.

Figura 3 – Altura final das plantas de craibeira em função dos níveis de água

Médias seguidas de letras iguais, maiúsculas nas linhas e minúsculas nas colunas, não diferem estatisticamente entre si pelo teste de TuKey (P ≤ 0,05). Fonte - Ramos (2015).

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Comparando-se com as plantas submetidas ao mais elevado teor de água no

solo (100% CV) (23,58 cm), a altura das plantas dos tratamentos 60% (10,25 cm) e

40% CV (15,75 cm) apresentou redução de 33,2% e 56,5%, respectivamente.

Quanto ao número de folhas (Figura 4), observou-se também que as plantas

submetidas em menor nível de água do solo apresentaram os menores valores.

Figura 4 – Número de folhas das plantas de craibeira em função dos níveis de água

Médias seguidas de letras iguais, maiúsculas nas linhas e minúsculas nas colunas, não diferem estatisticamente entre si pelo teste de TuKey (P ≤ 0,05). Fonte - Ramos (2015).

Na Figura 5 encontram-se os valores referentes à taxa de crescimento

absoluto (TCA).

Figura 5 – Taxa de crescimento absoluto (TCA) das plantas de craibeira em função dos níveis de água

Médias seguidas de letras iguais, maiúsculas nas linhas e minúsculas nas colunas, não diferem estatisticamente entre si pelo teste de TuKey (P ≤ 0,05). Fonte - Ramos (2015).

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Verifica-se o mesmo comportamento da altura das plantas, ou seja, não

houve diferença significativa entre os tratamentos 100% e 80% CV, os quais foram

superiores aos demais tratamentos, e que a menor TCA foi obtida no tratamento

40% CV. Em relação ao valor de TCA obtido no tratamento 100% CV, as reduções

nos tratamentos 60% e 40% CV foram, respectivamente, de 52% e 78%. Constata-

se que sob condições de estresse moderado (60% CV) ocorreu forte redução tanto

na altura como na taxa de crescimento das plantas, quando compara-se essas

plantas com aquelas que se encontram em ótimas condições hídricas.

Redução nesses parâmetros morfológicos em função da diminuição na

disponibilidade de água às plantas também foi observada por vários pesquisadores,

sendo que o grau de injúria varia com a espécie vegetal e o nível de água utilizado.

Scalon et al. (2011), em plantas de mutambo (Guazuma ulmiflora Lam.),

verificaram que a altura das plantas foi cerca de 50% menor nos tratamentos de

menor disponibilidade hídrica (25% e 12,5% da capacidade de campo (cc)), em

relação aos tratamentos 100% e 50% cc. Igualmente, Cabral; Barbosa; Simabukuro

(2004) observaram em Tabebuia aurea que a maior altura foi obtida no tratamento

100% cc, em comparação com os tratamentos 50% e 25% cc. Em plantas de jatobá

(Hymenaea courbaril L.), Nascimento et al. (2011) verificaram que as plantas

submetidas a estresse severo (25% da CP) tiveram seu crescimento em altura

reduzido em 42,17%, apresentando os menores valores (em média 32,8 cm) quando

comparado com o tratamento controle.

Quanto ao diâmetro do caule, Scalon et al. (2011) verificaram que as plantas

de mutambo submetidas a 25% cc apresentaram o menor valor neste parâmetro, em

comparação com os tratamentos 100% e 50% cc.

Em relação ao número de folhas, Santiago; Nogueira; Lopes (2001)

observaram que as plantas de sabiá (Mimosa caesalpiniifolia Benth) submetidas ao

estresse severo (25% cc) apresentaram os menores valores. Resultados

semelhantes foram relatados em seringueira (Hevea spp) e em Acacia farnesiana L.

(Willd.), respectivamente por Conceição; Oliva; Lopes (1986) e Barros; Barbosa

(1995), reforçando a informação acerca da sensibilidade do processo de formação

de folhas à restrição hídrica. Ainda relacionado ao componente foliar, decréscimo na

área em função do estresse hídrico foi relatado por Santiago; Nogueira; Lopes

(2001) em plantas de sabiá. Estes autores verificaram diminuição de 37% e 47% na

área foliar nas plantas submetidas a estresse moderado (50% cc) e severo (25% cc)

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em comparação com às do tratamento controle (100% cc). Redução severa na área

das folhas foi observada por Figueirôa; Barbosa; Simabukuro (2004), em plantas de

Myracrodruon urundeuva Allemao. Estes verificaram que o estresse hídrico diminuiu

de 70% da área foliar quando compararam os tratamentos 70% cc com 25% cc. De

acordo com esses autores, área foliar inferior, sob condições de solo seco,

proporciona menor taxa de transpiração e, consequentemente, maior retenção de

água nos tecidos e hidratação.

4.2 Peso da matéria seca das plantas

Diminuição na disponibilidade de água causou redução progressiva na

produção de matéria seca do caule, das folhas, da parte aérea e matéria seca total

(Figura 6).

A matéria seca do caule mostrou ser o componente mais sensível ao estresse

hídrico, pois ocorreu redução de 65% e 90% no peso seco desse componente

quando as mesmas foram submetidas, respectivamente, aos tratamentos 60% e

40% CV, em comparação com ao tratamento 100% CV. Na produção de matéria

seca das folhas, da parte aérea e matéria seca total, o acúmulo de matéria seca foi

restringido em 65% e 87% nos tratamentos 60% e 40% CV em relação ao

tratamento com maior disponibilidade hídrica (100% CV).

Quanto às raízes, houve interação significativa entre os níveis de água e as

doses de K (Tabela 2). Verificou-se que a maior produção de matéria seca nas

raízes ocorreu nas plantas submetidas a 100% CV e 97,5 mg dm-3 K, seguido do

tratamento 100% CV e 195 mg dm-3 K. Contrariamente, os menores valores foram

obtidos nas plantas submetidas ao nível de 40% CV, independente do tratamento

com K. Percebe-se, então, que as plantas bem irrigadas e que receberam K foram

capazes de acumular mais matéria seca nas suas raízes e que, sob condições de

estresse hídrico severo, o fornecimento de K não foi suficiente para favorecer a

produção de matéria seca nesse componente.

Efeito prejudicial da redução na disponibilidade de água sobre a produção de

matéria seca nas plantas é amplamente relatado na literatura. Submetendo plantas

de sabiá (Mimosa caesalpiniifolia) a três tratamentos hídricos, Santiago; Nogueira;

Lopes (2001) verificaram redução em todos os parâmetros analisados à proporção

que o nível de estresse aumentou.

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Figura 6 – Peso da matéria seca do caule (PSC), das folhas (PSF), da parte aéria

(PSPA) e da matéria seca total (PSTo) das plantas de craibeira em função dos níveis de água

Médias seguidas de letras iguais, maiúsculas nas linhas e minúsculas nas colunas, não diferem estatisticamente entre si pelo teste de TuKey (P ≤ 0,05). Fonte - Ramos (2015).

Em plantas de jatobá, Nascimento et al. (2011) verificaram que o estresse

hídrico também afetou, de forma significativa, a produção de matéria seca das

folhas, caules, raízes e total, e observaram, nas plantas do tratamento 25% CP

(capacidade de pote), reduções de 77,0%, 70,8% e 70,4%, respectivamente,

quando comparado com o tratamento 100% da CP. Silva e Nogueira (2003)

relataram que o estresse hídrico diminuiu a produção de matéria seca das folhas,

das raízes e total das plantas de Mimosa caesalpiniifolia, Enterolobium

contortisiliquum, Prosopis juliflora e Tabebuia aurea.

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Tabela 2 – Peso seco das raízes das plantas de craibeira em função dos níveis de

água e das doses de potássio

Doses de K

(mg dm-3)

Níveis de água (% da CV)

100 80 60 40

0 5,02 bA 3,67 bA 2,24 aB 1,23 aB

97,5 7,03 aA 5,23 aB 2,00 aC 1,02 aC

195 6,85 aA 5,92 aA 2,50 aB 0,49 aC

Médias seguidas de letras iguais, maiúsculas nas linhas e minúsculas nas colunas, não diferem estatisticamente entre si pelo teste de TuKey (P ≤ 0,05). Fonte - Ramos (2015).

Em relação à adubação potássica, ocorreu aumento no peso da matéria seca

total à medida que elevou-se a quantidade fornecida às plantas (Figura 7).

Figura 7 – Peso da matéria seca total (PSTo) das plantas de craibeira em função das doses de potássio

Médias seguidas de letras iguais, maiúsculas nas linhas e minúsculas nas colunas, não diferem estatisticamente entre si pelo teste de TuKey (P ≤ 0,05). Fonte - Ramos (2015).

Avaliando os efeitos da adubação potássica e do estresse hídrico, durante a

fase de rustificação de mudas de Eucaliptus grandis, Silva (2003) verificou que a

elevação na dose de K proporcionou aumento na matéria seca radicular das plantas,

porém, não observou interação significativa entre os tratamentos.

Em plantas de umbuzeiro, Neves et al. (2007) verificaram que a adubação

potássica influenciou significativamente o acúmulo de matéria seca de raiz, caule,

folha e total e a relação parte aérea/raiz das plantas.

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Os maiores valores de altura e de produção de matéria seca nas plantas

foram alcançados no tratamento em que a disponibilidade de água era maior,

evidenciando menor tolerância ao déficit hídrico. A espécie, apesar de estar

presente em regiões que apresentem deficiência hídrica severa em determinadas

épocas do ano, como a Caatinga e o Cerrado, é encontrada em mata ciliar e leito de

rios, o que indica sua forte exigência por água. Há, dessa forma, a necessidade que

se mantenha o nível de água ideal para garantir o pelno crescimento e

desenvolvimento da espécie.

A baixa disponibilidade de água no solo e, consequentemente, reduzida

absorção pelas plantas, causa diminuição na turgescência, afetando os processos

de expansão e alongamento celular, resultando em prejuízo no crescimento do

vegetal (TAIZ; ZEIGER, 2004). Redução neste processo também pode ser

decorrente do decréscimo na taxa fotossintética das plantas devido a fatores

estomáticos e não estomáticos. De acordo com Silva et al. (2002), a falta de água

induz o fechamento dos estômatos, o acúmulo de solutos e antioxidantes e redução

na área foliar. Além disso, o metabolismo do mesofilo é comprometido em virtude de

reduzir a ativação e a atividade da Rubisco carboxilase (MEDRANO et al., 2002;

PARRY et al., 2002).

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5 CONCLUSÃO

O regime hídrico ideal para o crescimento das mudas foi 100% da capacidade

de vaso.

A diminuição nos níveis de água promoveu redução no crescimento e na

produção de matéria seca das plantas.

A adubação potássica não exerceu influência no crescimento das plantas.

O uso de potássio favoreceu a produção de matéria seca nas raízes e a

matéria seca total das plantas.

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TROVÃO, D. M. B. M.; FERNANDES, P. D.; ANDRADE, L. A.; DANTAS NETO, J.; OLIVEIRA, A. B.; QUEIROZ, J. A. Avaliação do potencial hídrico de espécies da Caatinga sob diferentes níveis de umidade do solo. Revista de Biologia e Ciências da Terra, v. 4, n. 2, p. 1-7, 2004.

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APÊNDICE

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Apêndice – Valores do teste F obtidos na análise de variância para as variáveis

altura inicial (HI), altura final (HF), diâmetro inicial do caule (DI), diâmetro final do

caule (DF), taxa de crescimento absoluto (TCA), número de folhas (NF), peso da

matéria seca do caule (PSC), peso da matéria seca das folhas (PSF), peso da

matéria seca da parte aérea (PSPA), peso da matéria seca das raízes (PSR), peso

da matéria seca total (PSTo) e razão parte aérea/raiz (PA/R).

FV GL HI HF DI DF TCA NF

K (K) 2 1,682ns 0,193ns 3,519* 1,956ns 0,199ns 0,136ns

Água (A) 3 0,639ns 50,35* 1,345ns 93,216** 49,969** 15,905**

K x A 6 3,064* 1,78ns 1,867ns 0,443ns 1,591ns 1,998ns

C.V. (%) 24,08 16,28 15,10 13,35 25,89 16,14

FV GL PSC PSF PSPA PSR PSTo PA/R

K (K) 2 1,134ns 1,462ns 1,468ns 7,40* 3,429* 0,179ns

Água (A) 3 41,409** 47,793** 48,201** 140,639** 91,9952** 0,219ns

K x A 6 0,659ns 0,860ns 0,808ns 4,683** 1,799ns 0,756ns

C.V. (%) 39,11 34,94 35,32 19,96 25,20 35,45

Fonte: Ramos (2015).