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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE COMUNICAÇÃO E ARTES CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL HABILITAÇÃO EM PUBLICIDADE E PROPAGANDA PLANEJAMENTO DE COMUNICAÇÃO E CAMPANHA PUBLICITÁRIA DA REVISTA CAMALOTE JOSÉ CARLOS BARRANQUEIRO JUNIOR MARCOS PEREIRA PETRUS ANDREY GUIMARÃES GARCIA CUIABÁ-MT 2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE COMUNICAÇÃO E ARTES

CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL HABILITAÇÃO EM PUBLICIDADE E PROPAGANDA

PLANEJAMENTO DE COMUNICAÇÃO E CAMPANHA PUBLICITÁRIA DA REVISTA CAMALOTE

JOSÉ CARLOS BARRANQUEIRO JUNIOR MARCOS PEREIRA

PETRUS ANDREY GUIMARÃES GARCIA

CUIABÁ-MT 2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE COMUNICAÇÃO E ARTES

CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL HABILITAÇÃO EM PUBLICIDADE E PROPAGANDA

PLANEJAMENTO DE COMUNICAÇÃO E CAMPANHA PUBLICITÁRIA DA REVISTA CAMALOTE

JOSÉ CARLOS BARRANQUEIRO JUNIOR MARCOS PEREIRA

PETRUS ANDREY GUIMARÃES GARCIA TCC - Trabalho de Conclusão de Curso apresentada à banca examinadora da Faculdade de Direito da UFMT, como exigência parcial para obtenção do título de Bacharel em Comunicação Social, habilitação em Publicidade e Propaganda, sob a orientação do Professor Especialista Flávio Prates da Fonseca Neto.

CUIABÁ-MT 2018

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JOSÉ CARLOS BARRANQUEIRO JUNIOR MARCOS PEREIRA

PETRUS ANDREY GUIMARÃES GARCIA

PLANEJAMENTO DE COMUNICAÇÃO E CAMPANHA PUBLICITÁRIA DA REVISTA CAMALOTE

TCC - Trabalho de Conclusão de Curso apresentada à banca examinadora do Curso de Comunicação Social da Faculdade de Comunicação e Artes da Universidade Federal de Mato Grosso, como exigência parcial para obtenção do título de Bacharel em

Comunicação Social, habilitação em Publicidade e Propaganda, sob a orientação do Professor Especialista Flávio Prates da Fonseca

Neto.

Cuiabá, 16 de outubro de 2018.

Professor Especialista Flávio Prates da Fonseca Neto Orientador Professora Doutora Débora Membro da banca Professor Doutor Haroldo Arruda Junior Membro da banca

Situação Final:____________________________

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Agradecemos primeiramente a Deus, pela graça de nos tornar capazes de sonhar e poder realiza-los, através da luta, da fé, da esperança e da vontade; Aos nossos pais e família, pela amizade e apoio nessa trajetória; E, por fim, a toda equipe de professores e técnicos da Faculdade de Comunicação e Artes da UFMT, por desenvolverem um trabalho de excelência.

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INDICE DE TABELAS E FIGURAS

FIGURA 1: CAPA DO LIVRO DA DA COPA DO MUNDO FIFA 2014 ........... 20

FIGURA 2: CAPA DA REVISTA CAMALOTE ................................................. 21

FIGURA 3: EXEMPLO DA “ENTREVISTA” DA EDIÇÃO .............................. 26

FIGURA 4: EXEMPLO DE MATÉRIA DE TURISMO ...................................... 26

FIGURA 5: PEÇA CONCEITO ........................................................................ 37

FIGURA 6: STORYBOARD ............................................................................ 41

FIGURA 7: MÍDIA KIT ........ ............................................................................ 47

FIGURA 8: OUTDOOR 1 ................................................................................. 47

FIGURA 8: OUTDOOR 1 ................................................................................ 47

FIGURA 9: OUTDOOR 2 ................................................................................ 48

FIGURA 10: OUTDOOR 3 ............................................................................... 48

FIGURA 11: PAINEL AEROPORTO ............................................................... 49

FIGURA 12: ANÚNCIO DE JORNAL ............................................................. 49

FIGURA 13: ANÚNCIO DE REVISTA ............................................................. 50

FIGURA 14: MALA DIRETA ............................................................................ 50

FIGURA 15: EMBALAGEM ............................................................................ 51

FIGURA 16: BANNER DIGITAL ..................................................................... 51

FIGURA 17: E-MAIL MARKETING ................................................................. 52

FIGURA 18: REDES SOCIAIS .....,................................................................. 52

TABELA 1: MIX DE COMUNICAÇÃO ............................................................ 24

TABELA 2: CRONOGRAMA DE VEICULAÇÃO ............................................ 45

TABELA 3: PLANEJAMENTO DE MÍDIA ....................................................... 46

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SUMÁRIO Resumo ............................................................................................................ 7 Abstract ............................................................................................................ 8 Introdução ........................................................................................................ 9 Objetivos ......................................................................................................... 10 1. Da publicidade ........................................................................................... 11 1.1. Conceito de Publicidade ........................................................................... 11

1.2. Da Campanha Publicitária ........................................................................ 11

1.3. Da Campanha Institucional ....................................................................... 12

1.4. Do Briefing Teórico ................................................................................... 12

1.4.1. Conceito de Briefing ............................................................................... 12

2. O meio revista ............................................................................................ 14 3. O Mercado .................................................................................................. 17 4. Primeira Página Editora ........................................................................... 20 5. A Camalote ................................................................................................. 21 5.1. Acabamentos gráficos .............................................................................. 23

5.2. Fotografias ................................................................................................ 24

5.3. Editorial ..................................................................................................... 25

5.4. Place Branding .......................................................................................... 27

5.5. Pousada Château Camalote ..................................................................... 28

6. Estratégias de Comunicação .................................................................... 29 6.1. Mídia Kit .................................................................................................... 30

6.2. Ponto de Venda ........................................................................................ 31

6.2.1. Cartaz A3 com faca especial e aplicação de textura ............................. 31

6.3. Reformulação Gráfica ............................................................................... 31

6.4. Parceria com Hotéis .................................................................................. 32

6.5. Prêmio - FOTO DO LEITOR ..................................................................... 32

7. A Campanha Publicitária .......................................................................... 34 7.1. Tom da Campanha ................................................................................... 35

7.1.1. Sentido Visão ......................................................................................... 35

7.1.2. Sentido Tato ........................................................................................... 35

7.1.3. Sentido Olfato ........................................................................................ 35

7.1.4. Sentido Audição ..................................................................................... 36

7.1.5. Sentido Paladar ..................................................................................... 36

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7.2. Peças ........................................................................................................ 36 7.2.1 Peça conceito ......................................................................................... 37

7.2.2. Outdoor com formato diferenciado ........................................................ 38

7.2.3. Painel aeroporto ..................................................................................... 38

7.2.4. Anúncio em jornal .................................................................................. 38

7.2.5. Anúncio em revista ................................................................................ 39

7.2.6. Mala direta ............................................................................................. 39

7.2.7. Embalagem para presente para o sentido paladar .................................39

7.2.8. Banner digital ......................................................................................... 40

7.2.9. E-mail marketing .................................................................................... 40

7.2.10. Vídeo publicitário ................................................................................. 41

7.2.11. Spot rádio ............................................................................................ 42

7.2.12. Redes sociais ...................................................................................... 42

8. Mídia ........................................................................................................... 43 8.1. Verba ........................................................................................................ 43

8.2. Mídia TV..................................................................................................... 43

8.3. Mídia Rádio ............................................................................................... 44 9. Cronograma de Veiculação ....................................................................... 45 10. Planejamento de mídia ............................................................................ 46 11. Peças ......................................................................................................... 47 12. Referências bibliográficas ...................................................................... 53

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Resumo Após algum tempo no mercado, uma empresa precisa se renovar de

maneira que mantenha os clientes já fidelizados e conquiste novos. Com esse pensamento, esta monografia tem como objetivo a criação de um planejamento de comunicação e campanha publicitária da revista camalote, visando a ampliação da base de leitores, o número de vendas e consequentemente o aumento de anunciantes. Passamos assim por uma releitura da revista, de sua editora, seus pontos positivos e de seu histórico até chegarmos no enfoque da campanha “Sinta Mato Grosso”. Através do briefing realizado mostrou-se qual caminho deveria ser seguido e através dele a melhor solução a ser tomada. Dito isso, as estratégias aqui tomadas visam além de elevar a participação da marca no mercado, torná-la mais conhecida.

Palavras-chave: Comunicação, Estratégia de Marketing, Place Branding, Revista, Mato Grosso.

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Abstract

After some time in the market, a company needs to renew itself in a way that keeps customers already loyal and conquer new ones. With this in mind, this monograph aims to create communication planning and publicity campaign of the journal camalote, aiming at expanding the readers base, the number of sales and consequently the increase of advertisers. We went through a re-reading of the magazine, its publisher, its positive points and its history until we reached the focus of the "Sinta Mato Grosso" campaign. Through the briefing carried out showed which way should be followed and through it the best solution to be taken. That said, the strategies taken here aim not only to increase brand participation in the market, to make it better known.

Key words: Communication, Marketing Strategy, Place Branding, Magazine, Mato

Grosso.

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Introdução

O mercado editorial de revistas no Brasil passa por um momento de

transição, muitas publicações foram fechadas entre 2014 e 2018, o número de

leitores/assinantes vem caindo e junto com eles sua principal fonte de receitas, os

anunciantes. No Estado de Mato Grosso o cenário é muito parecido com o nacional,

várias publicações fecharam ou migraram para o formato digital, não sendo mais

impressas em papel, estando disponíveis apenas em plataformas online.

Com 11 anos completos e quase 100 edições impressas que já

circularam a revista Camalote Eco&Turismo desafia esse cenário negativo e

continua apostando na versão impressa com o mesmo padrão de sua primeira

edição. Uma revista que impressiona ao primeiro olhar, seja pela qualidade das

imagens, a espessura do papel e os acabamentos gráficos. Segmentada em meio

ambiente e turismo, tem o Estado de Mato Grosso como uma de suas temáticas

principais.

O presente trabalho faz um resgate histórico do meio revista no Brasil,

desde o surgimento das primeiras publicações no início do século XIX ao seu auge

nas décadas de 1970 à 1990, à atual crise do setor.

Na sequência é feito um estudo sobre a Primeira Página Editora,

empresa detentora da Revista Camalote, suas publicações e trabalhos do meio

editorial e sobre a publicação Camalote em si, seu conteúdo editorial, acabamentos

gráficos, fotografias, distribuição entre outros atributos técnicos.

O problema apresentado pelo cliente é a diminuição no número de

anunciantes, fácil de se entender visto a crise no setor, mas cabe a nós criar

estratégias aumentar a circulação da revista, o número de leitores e mostrar ao

mercado publicitário de Mato Grosso que vale investir na Revista Camalote.

O trabalho é dividido em sete capítulos principais: Conceitos teóricos,

O meio revista, O mercado, A empresa, A revista, Estratégias de comunicação e

Campanha. A relevância desse trabalho é justificada pela oportunidade de se

trabalhar com um veículo de comunicação, as possibilidades de utilização do próprio

meio para a veiculação de peças publicitárias e a oportunidade de parcerias com

outros veículos através de permutas para o aumento da visibilidade da empresa e da

revista.

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Objetivos

Propor um planejamento de comunicação e apresentar uma campanha

publicitária para aumentar a visibilidade da marca Revista Camalote e

consequentemente o aumento do número de leitores e anunciantes.

Objetivos específicos a) Pesquisar e estudar sobre o meio revista, sua história, suas

especificidades e atributos técnicos;

b) Pesquisar o mercado editorial de revistas nacional e regional,

fazendo um levantamento histórico e panorama atual; c) Analisar os concorrentes e os diferenciais do produto;

d) Propor estratégias de comunicação que proporcionem ao público ter

maior envolvimento com a marca; e) Desenvolver uma campanha publicitária com base nas estratégias

de comunicação apresentadas.

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1. Da Publicidade 1.1. Conceito de Publicidade

Publicidade vem do latim “publicus”, e tem como significado divulgar,

tornar conhecido um fato ou ideia, difundir. De modo que, o objeto se torne

conhecido nos seus melhores aspectos para obter aceitação. Entendemos também

que a Publicidade tem como escopo fornecer informações sobre produtos ou

serviços com um fim.

Antes de utilizarmos a definição própria da publicidade, Kotler nos

ensina de forma não lúdica que a propaganda é agressiva e direta, ao citar que “o objetivo da propaganda não é descrever fatos sobre o produto, mas vender soluções ou sonhos.” (KOTLER, 2003, P. 192).

O dicionário Priberam define: “pu·bli·ci·da·de (público + -idade) substantivo feminino 1. Qualidade do que é público. 2. Vulgarização; divulgação. 3. Promoção de produto ou serviço através dos meios de comunicação social. 4. Mensagem que publicita esse produto ou serviço. = ANÚNCIO "Publicidade", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://dicionario.priberam.org//Publicidade [consultado em 18-09-2018].”.1

Para o CENP – Conselho Executivo de Normas Padrão (um dos órgãos

regulamentadores da comunicação), publicidade e propaganda são sinônimos. Já

Sant’Anna explica que “a palavra publicidade significa, genericamente divulgar,

tornar algo público, e a propaganda compreende a ideia de implantar, de incluir uma

ideia, uma crença na mente alheia.” (SANT’ANNA, 1996, P. 75).

1.2. Da Campanha Publicitária

Podemos conceituar como Campanha publicitária o conjunto de obras

e anúncios feitos dentro de um planejamento para um anunciante por determinado

tempo.

1 PRIBERAM, Dicionário.Dicionário Online. Disponível em: https://dicionario.priberam.org//Publicidade

Acessado em: 18 de set. de 2018.

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Como principal característica de uma campanha publicitária está a sua

identidade que deve convergir com toda a linha, sendo esta definida tanto em

editorial quanto visual.

A campanha pode ser composta por peças nos meios de comunicação,

sendo eles definidos por Meios de Massa ou por Segmentos. Os meios de massa

são integrados por Televisão, Rádio, Jornais e Revistas e os Segmentados por

Telemarketing, E-Mail Marketing e Mala Direta.

1.3. Da Campanha Institucional

A campanha institucional, assim como qualquer campanha tem por

objetivo principal o benefício da marca, porém, difere em como isso afeta. A

campanha institucional tem como escopo melhorar e ou posicionar a marca perante

a sociedade, reforçando assim características já possuídas, ou criando novas, as

quais ela será lembrada e atribuída ao produto quando o mercado e o público

procurarem por aquilo.

Pinho define como: “A propaganda institucional tem vantagem de possuir caráter estratégico e de longo prazo para atuar como ferramenta de reforço ou correção da imagem institucional, apressando a consecução dos objetivos pretendidos.” (PINHO, p. 137).

1.4. Do Briefing Teórico 1.4.1. Conceito de Briefing

Briefing tem como significado o resumo, um conjunto de instruções.

Porém, no mercado publicitário ele vai um pouco além, sendo assim definido como

uma espécie de técnica, uma estratégia ao qual um produto ou serviço deve ser

desenvolvido.

Ainda sobre o briefing, o Prioberam nos informa: briefing |brífingue| (palavra inglesa) substantivo masculino 1. Reunião de informação .tática antes de uma tarefa ou missão. 2. Conjunto das informações transmitidas nessa reunião. Sinônimo Geral: BRÍFINGUE Plural: briefings. Palavras relacionadas: brífingue.2

2 PRIBERAM, Dicionário.Dicionário Online. Disponível em: https://dicionario.priberam.org/briefing

Acessado em: 18 de set. de 2018.

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Como muito bem definido por Kotler: “A primeira etapa do desenvolvimento de um programa de propaganda é estabelecer seus objetivos. Eles devem fluir a partir das decisões sobre o mercado-alvo, posicionamento de mercado e composto de marketing.” (KOTLER, 1998, p. 555)

Ou seja, o briefing é a parte essencial para se estabelecer objetivos e,

a partir deste, desenvolver o projeto almejado.

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2. O meio revista

Uma revista, segundo Marilia Scalzo (2003) “[...] é um veículo de

comunicação, um produto, um negócio, uma marca, um objeto, um conjunto de

serviços, uma mistura de jornalismo e entretenimento.”

As revistas entraram em circulação após os jornais, complementando a

educação e com assuntos mais aprofundados e segmentados. Um traço que

diferencia o meio revista é a qualidade da impressão, a qualidade do papel, as cores

das fotografias principalmente se comparados à frieza de um jornal. Assim como os

jornais, as revistas tem uma periodicidade, que podem ser semanais, quinzenais,

mensais e algumas são editadas com intervalos maiores ou indefinidos. Esse prazo

maior exige uma menor pressão, quando se comparado a um jornal diário, pelo

fechamento de matérias e comercialização de espaços publicitários.

As revistas chegaram no Brasil no início do século XIX juntamente com

a corte portuguesa e após a autorização para a instalação da imprensa régia, em

1908. No entanto, Segundo Scalzo (apud LOOSE e GIRARDI, 2009), a primeira

revista que se tem conhecimento circulou na Bahia em 1812 com o nome de As Variedades, com “cara e jeito de livro” e falava sobre costumes, virtudes sociais,

novelas entre outros. Posteriormente no Rio de Janeiro surgem outros títulos com

propósito de divulgar autores e temas nacionais, como uma das funções iniciais da

revista de complementar a educação e compartilhar conhecimento. Em 1813 surge a

revista O Patriota com a colaboração da elite intelectual da época e posteriormente

periódicos como os Anais Fluminense de Ciências, Artes e Literatura, lançada em

1822 também no Rio de Janeiro abrangendo vários campos do conhecimento como

direito, engenharia, medicina, ciências entre outros que começavam a atuar no país

que acabava de se tornar independente de Portugal.

A primeira revista segmentada por tema no Brasil foi lançada em 1827

pela Academia de Medicina do Rio de Janeiro intitulada O Propagador das Ciências Médicas (BAPTISTA e ABREU, 2010).

A segmentação nesse tipo de veiculo pode ser encontrada nos escritos

da Escola de Frankfurt, ao pensar em produtos culturais que atingissem um vasto e

heterogêneo público, Adorno e Horkheimer já tinham consciência da necessidade de

formação de nichos de consumo. Eles afirmaram, na obra Dialética do

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Esclarecimento, que o mercado divide seus produtos em A, B ou C para melhor

captar a todos e, assim, dentro de cada segmento, transformar o indivíduo em um

ser genérico (MIRA, 2001).

Na segunda metade do século XIX surgem várias outras revistas

ilustradas pelas técnicas de xilografia e litografia, mostrando as belezas do Brasil e

do mundo. Universo Ilustrado, Museu Pitoresco e Ostensor Brasileiro, sabe-se muito

pouco sobre elas, apenas o nome, informações sobre datas, tiragem e periodicidade

são ainda mais difíceis (COUTO, 2004). O que essas revistas tinham em comum é

que na maioria das vezes os ilustradores eram também os editores e isso fez com

que suas realizações morressem juntamente com seus fundadores, ou até mesmo

antes deles, por falência financeira.

Segundo Baptista e Abreu (2010) no final do século XIX e início do

século XX surgem outras publicações segmentadas em gênero, como Espelho de Diamantino, voltada ao público feminino, e uma publicação pioneira para o público

masculino O Rio Nu. Essas revistas tiveram uma particularidade, sua breve

existência, dado à falta de anunciantes.

No início do século XX, surgem os mais variados tipos de publicações

puxados pela crescente evolução da indústria no país. A fotografia passa a ter lugar

de destaque junto aos periódicos nacionais. Nesse contexto surgem veículos que se

transformariam em sucesso de vendas, como a revisa Cruzeiro, do jornalista Assis

Chateaubriand, que dava ênfase às grandes reportagens e ao fotojornalismo,

atingindo na década de 1950 a marca de 700 mil exemplares por semana

(BAPTISTA e ABREU, 2010).

Em meados dos anos 1980 o processo de segmentação da mídia se

acelera no País, segundo Mira (2001), no meio revista, segmentado por definição,

esse processo fica mais intenso e influencia a criação de novas editoras, ampliando

o mercado editorial e alcançando novos públicos.

Revistas são objetos queridos, fáceis de carregar e colecionar. Servem

para recortar, copiar: vestidos decorações, receitas, cabelos, pesquisas de escola.

Revista também é um encontro entre editor e leitor, um elo que se estabelece, une

um grupo de pessoas, ajuda a construir identidade.

As revistas impressas tem uma confiança maior do leitor, pois o que é

impresso, historicamente, parece mais verdadeiro do que aquilo que não é. Isso

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pode até mudar com o tempo e as novas tecnologias, mas por enquanto ainda é

assim. Na era em que todos são produtores de conteúdo, compartilhar informação

de uma fonte segura é moeda social.

Segundo Loose e Girardi (2009): As revistas são lugares privilegiados para a abordagem contextualizada e analítica dos fatos. Temáticas que exigem tempo e espaço[...]. O estudo da segmentação auxilia na compreensão do jornalismo que lá está inserido; afinal, ele opera através de um meio, de um veículo, e esses são diferentes, atingindo o público de formas diferenciadas.

Segundo Scalzo (2003), ainda hoje, a palavra escrita é o meio mais

eficaz para transmitir informações complexas. Quem quer informações com

profundidade deve, obrigatoriamente, buscá-las em letras de forma. Jornais,

folhetos, apostilas, revistas, livros, não interessa o quê: quem quer saber mais tem

que ler.

Revistas comunicam com eficiência, estabelecem um diálogo regular

com os leitores e influenciam seus consumidores. O conteúdo das revistas é

sinônimo de engajamento. Segundo Scalzo (2003) “revistas são lidas quando se

está só, concentrado, com atenção máxima. O leitor é quem escolhe quando será

impactado e, dessa forma, a publicidade se transforma em conteúdo”.

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3. O Mercado

O mercado editorial brasileiro está vivendo sua maior crise O Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou um estudo que aponta que os

segmentos Livros, Jornais, Revistas e Papelarias foram os que sofreram mais queda

na Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), provavelmente, graças ao rápido avanço

da internet nos últimos anos. O setor editorial teve recuo de 16,1% nas vendas em

relação ao ano de 2015. De acordo com a pesquisa do IBGE, trata-se da “mais

acentuada queda da série histórica”.

No mês de agosto de 2018 o Grupo Abril, um dos maiores

conglomerados de comunicação do Brasil, líder na publicação, produção gráfica e

distribuição de revistas, decidiu entrar com um pedido de recuperação judicial. Uma

medida prevista em lei para que a empresa possa buscar um novo equilíbrio de suas

contas. A empresa elencou em sua recuperação uma divida que soma cerca de 1,6

bilhão de reais. Para tentar mudar essa situação e sair da crise a empresa contratou

uma consultoria renomada internacional e busca uma reestruturação em seus

negócios, como corte de funcionários e a descontinuidade de algumas publicações

pouco rentáveis.

Segundo Marcos Haaland, executivo, sócio da consultoria contratada

para a restruturação do grupo, o modelo de negocio das empresas de comunicação

impressa sofreu uma queda expressiva das receitas de publicidade e daquelas

provenientes as vendas de assinaturas e de venda em bancas. Foi uma queda muito

rápida, tanto no numero de anunciantes, sua parcela de investimentos em

publicidade destinados ao meio revista. O numero dos postos de vendas de mídia

impressa, como bancas de revistas, diminuiu 40%, ainda segundo Haaland (2018).

Segundo Luís Maluf, diretor de Marketing e Novos Negócios da Editora

Caras, as revistas atualmente possuem dois públicos diferentes: o do impresso e do

online. “Há um público mais jovem no online e um mais fiel no impresso, que gosta

disso, que não se desapegou do impresso. E esse público é muito grande”, revela

em entrevista (MALUF, 2017).

No quesito regional, não foi diferente. Os jornais e revistas que

sobrevivem no estado de Mato Grosso, precisaram se reinventar para enfrentar a

crise, a internet e aos novos costumes e hábitos de seus consumidores.

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No Estado de Mato Grosso e na cidade de Cuiabá podemos citar

algumas revistas de variedades como a Revista de Mato Grosso (RDM) que tem 20

anos de atuação e está somente com um site em formato portal de notícias, não

podendo se enquadrar como revista em formato digital. Outra revista que tem mais

de 10 anos de história é a Única, e assim como a RDM está apenas com um portal

de notícias.

Podemos citar a Revista Saboreie.com, criada em 2011, com a

segmentação em gastronomia, mas aborda em suas matérias fortemente o turismo

em Mato Grosso. A revista está em sua 27ª edição, e no ano de 2018 circulou

apenas em sua versão digital. Enquanto era impressa tinha uma ótima qualidade de

impressão, papel e acabamentos gráficos, utilizava um formato próximo do A5 (14

cm de largura por 21 cm de altura), que gera um bom aproveitamento de papel,

barateando os custos de impressão, sem contar que a proprietária, Gina Defanti

possui também uma gráfica, a Defanti.

A revista Magazine Ilustre, da colunista social Dalva Costa, completou

em 2018, 15 anos de circulação em sua 149° edição. É uma publicação segmentada

com a temática de colunismo social, com 50 páginas, impressão em papel couchê

150 g/m2 no miolo e 300 g/m2 na capa, com laminação fosca e “hotstamping”,

veremos os conceitos e definições de papéis e acabamentos de impressão mais à

frente. O conteúdo da revista é de coberturas de eventos sociais, festas de

aniversários, casamentos, eventos corporativos e matérias de variedades como

gastronomia e dicas de saúde e beleza. A revista não é comercializada, segundo

informações em seu site é feita distribuição gratuita nos órgãos de governo,

academias de ginástica, salões de beleza, clinicas médicas e mala direta para

clientes, parceiros e formadores de opinião.

Outra revista impressa que está em circulação é a Revista Saúde, uma

franquia originada na cidade paranaense de Umuarama no ano de 2004. Com a

temática na área da saúde, está na sua 15ª edição na capital mato-grossense, tendo

circulado pela primeira vez em fevereiro de 2015. Com 116 páginas, uma impressão

em alto padrão, assim como a Magazine Ilustre e a Revista Camalote, usa a mesma

combinação de papel na capa e no miolo. Embora a temática da revista seja muito

diversa da Camalote a Revista Saúde em termos de comercialização de espaços

publicitários pode ser considerada uma concorrente direta, visto que seus

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anunciantes não são exclusivamente do ramo da saúde, mas abarca empresas de

segmentos variados.

Apesar de um cenário negativo, mídias como jornais e revistas não vão

deixar de existir. Elas precisam ser adaptadas e inovadas, como percebemos com

alguns veículos que, por exemplo, já criam materiais exclusivos para a própria

internet feito apenas para assinantes, e instigam a interação do seu público entre os

meios. Sem contar que, há também os adeptos ao bom e velho uso do papel, que

são pessoas que têm o costume de comprar os materiais impressos com frequência

e gostam da sensação de folhear uma revista, sentir o cheiro, a textura do papel e

levar para onde quiser.

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4. Primeira Página Editora

A empresa Primeira Página Editora, sediada em Cuiabá, foi criada pela

jornalista Lauristela Guimarães no ano de 2007. Como uma editora, tem em seu

portfólio a produção e editoração de livros e revistas.

A editora também produziu o livro vendedor da candidatura de Cuiabá

como sub sede da Copa do Mundo de 2014, trazendo as belezas naturais de Mato

Grosso, os atrativos turísticos e os dados técnicos junto com os projetos necessários

para concorrer com outras capitais, tudo isso com o alto padrão gráfico já presente

na Revista Camalote. Fato esse que foi diferencial, pois as outras cidades

apresentaram suas candidaturas impressas em papel sulfite em impressoras

convencionais. Fig. 1: Capa do livro da candidatura da Copa do Mundo Fifa 2014.

Fonte: Livro vendedor da Copa (Primeira Página Editora, 2009).

A editora é especializada na produção editorial de livros, revistas,

materiais gráficos para empresas, organizações governamentais e não

governamentais, eventos e projetos na área cultural e meio ambiente.

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5. A Camalote

A Revista Camalote Eco&Turismo é um desses produtos, circulou pela

primeira vez em março de 2007 e em agosto de 2018 está em sua 95ª edição. Uma

revista que chama a atenção ao primeiro olhar e toque, se diferencia das demais

revistas pelo seu alto padrão gráfico, qualidade na impressão, papel com alta

gramatura, aplicações de verniz e por ser em a primeira publicação periódica de

Mato Grosso editada em dois idiomas, português e inglês. A qualidade das fotos é

outro atrativo, são fotos dos principais fotógrafos de Mato Grosso, como Mike

Bueno, Ernane Junior, Rai Reis, entre outros.

Fig. 2: Capa da revista Camalote

Fonte: Revista Camalote, Ed. 41, outubro/novembro 2011.

Característica das revistas em geral é a segmentação, a Revista

Camalote tem como temas principais meio ambiente e turismo, com foco em Mato

Grosso, para mostrar as belezas naturais e os atrativos turísticos.

Segundo a diretora da revista, a jornalista Lauristela Guimarães, a

revista tem apostado nas boas parcerias para fazer sua circulação atingir um

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número maior de pessoas, ao longo dos onze anos já realizou e executou grandes

projetos em parceria com entidades, como o Katoomba Meeting Brasil, no ano 2009,

conferência mundial que discutiu o pagamento de serviços ambientais, o programa

de Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação (REDD), assuntos de

muita importância para o Estado de Mato Grosso. A matéria de capa era sobre o

evento, foi feito um grande informe publicitário veiculado nas páginas da revista, e

foram distribuídos dois mil exemplares dessa edição dentro do evento. Eventos

como esse que justificam o fato da revista ser em dois idiomas.

Ainda segundo Lauristela, o cenário do mercado editorial hoje está

especialmente preocupante, em todo país nos últimos dois anos várias revistas

importantes foram fechadas ou tiveram suas edições voltadas exclusivamente para o

digital, entre elas Elle, Cosmopolitan, do setor de decoração Casa Cláudia,

Arquitetura e Minha Casa. Em Mato Grosso, especialmente em Cuiabá varias

revistas também sucumbiram, como Ótima S/A, RDM, entre outras.

Diante desse quadro, o número de anunciantes diminuiu muito nos

últimos anos, os desafios são grandes e aumentam a cada dia, e a busca por

alternativas econômicas viáveis para continuar sobrevivendo exigem cada vez mais,

coragem, inovação e até uma certa dose de audácia para continuar fazendo a mais

linda revista de Mato Grosso, quem sabe por mais 20 anos, completa a jornalista.

A revista tem uma equipe enxuta, são 5 pessoas: secretária, diretor

comercial, 2 designers e a diretora geral e editora. Os textos são produzidos por

jornalistas “freelancers”, sem vínculo empregatício com a empresa, são pagos

apenas pelas matérias produzidas, e alguns recebidos de assessorias, a revisão e a

tradução são feitos por prestadores de serviço terceirizados. A impressão é feita

pela gráfica Ligraf em Cuiabá com uma tiragem de cinco mil exemplares por edição.

A revista em seus primeiros anos circulava em média 10 edições por ano, nos

últimos anos vem circulando com a periodicidade trimestral. O perfil dos leitores é

composto em sua maioria por mulheres (55%), com idade entre 30 e 39 anos,

classes A e B.

A distribuição para venda é feita em bancas de jornal e pontos de

venda de revista, como padarias, somente na cidade de Cuiabá, com preço de

R$19,00 (valor de 2018). Há uma lista com dois mil endereços que recebem a

Revista, como empresas, anunciantes, órgãos públicos de grande circulação de

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pessoas (sede do Governo do Estado, Secretarias de Estado, Prefeituras de cidades

de Mato Grosso, Assembleia Legislativa e gabinetes de deputados, Tribunais de

Justiça e Contas). Existe uma versão digital da revista no site no qual tem um portal

de notícias e também é possível acessar as edições anteriores. A venda em ponto

de vendas é muito tímida perto da tiragem, não passa de 10% do total de

exemplares impressos.

Os veículos de comunicação em geral tem como sua principal fonte de

receitas os anunciantes, dentro desses anunciantes as verbas de órgãos públicos

são as mais vultuosas. Na Camalote não é diferente, como a revista fala dos

atrativos turísticos de Mato Grosso acaba sendo uma ótima forma do Governo do

Estado mostrar em feiras e eventos locais, nacionais e internacionais essas belezas

colocando sua marca junto. Essas receitas vem através de inserções publicitarias

em anúncios que são feitos por agências que tem contratos com os órgãos

governamentais.

Tudo começa com uma tabela de preços com os valores de cada

espaço, classificados de acordo com o tamanho e a posição dentro da revista, na

sequência dos valores mais altos para os mais baixos: primeira contra capa (dupla),

última capa (externa), terceira contra capa (interna), página dupla determinada,

página dupla indeterminada, uma página determinada, uma página indeterminada,

meia página (horizontal e vertical) e um terço de página (horizontal e vertical).

Os anunciantes da iniciativa privada podem fazer a contratação da

veiculação diretamente através de uma pessoa que é o contato comercial ou através

de agências de publicidade que tem a tabela de preços e tem uma comissão de 20%

sobre os anúncios fechados por seus clientes.

A missão da revista é “fomentar a divulgação do que Mato Grosso tem

a oferecer de melhor através de suas belezas naturais, meio ambiente, turismo,

cultura, arte, gastronomia e literatura”.

5.1. Acabamentos gráficos

A Camalote utiliza o papel Couchê com uma gramatura de 300 gramas por

metro quadrado (g/m2) na capa e 150 g/m2 no miolo e um acabamento brilho para

valorizar a qualidade das fotos por ser um papel que reproduz bem fotografias.

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Revistas voltadas para públicos de poder aquisitivo maior, títulos segmentados de

tiragens pequenas utilizam esses papeis de alto padrão.

Os papeis de impressão são classificados por sua gramatura, uma medida de

peso e densidade expressa em gramas por metro quadrado (g/m2), quanto maior a

gramatura maior a qualidade de impressão e maior o seu custo também. Em

impressões desse tipo os gastos com papel correspondem a 60% dos custos

gráficos. Essa escolha acaba interferindo na qualidade e no preço final da revista

(FAGUNDES, 2007, p. 5).

Os acabamentos e enobrecimentos das peças gráficas são detalhes inseridos

na impressão proporcionando maior visibilidade, brilho e até mesmo durabilidade.

Na revista Camalote temos o uso de verniz total em várias páginas que contém

matérias com fotografias de meio ambiente e turismo, realçando e dando destaque.

Em duas páginas em cada edição é feito a aplicação de verniz com textura e brilho,

fazendo um contrate de texturas táteis e visuais.

Outro acabamento que enobrece a revista é a lombada quadrada que tem

custo mais elevado quando comparado com revista em formato “canoa”, que são

dobradas e grampeadas. Na capa é utilizado um relevo seco sobre a logo que

quando utilizado em apenas um detalhe oferece destaque e sobriedade ao mesmo

tempo. Junto ao relevo seco a logo é aplicada com o uso de uma técnica chamada

“hot stamping”, que oferece ao material impresso um acabamento metalizado, com

brilho e criando um ponto de atenção.

5.2. Fotografias

Nas revistas as fotografias ganham destaque especial, elas por si só já

são um dos componentes essenciais da imprensa. Na página impressa ela podem

ser consideradas “massa”, posto que são imagens. A narrativa visual presente nas

fotografias jornalísticas fornece ao leitor uma “nova notícia”, que completa os efeitos

das mensagens faladas e escritas.

Segundo Ribeiro (2003 apud TEIXEIRA, 2011) define massa como um

elemento negro de extensão perceptível. “Quando a massa é pequenina, é como se

fosse um ponto ou uma linha; se reunirmos mais pontos ou mais linhas, teremos

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uma massa cinzenta que será mais ou menos escura, de acordo com o maior ou

menor ajuntamento dos elementos”.

A qualidade e beleza das fotos é um dos diferenciais da revista,

começa na escolha da foto da capa da edição, busca-se uma foto inédita, às vezes

relacionada com a matéria principal, às vezes apenas por sua beleza e ineditismo.

Uma parceria que começou na edição de número seis foi com o empresário e

dentista por formação, especializado em fotos bucais, Mike Bueno, fotógrafo nas

horas vagas, acabou se tornando em pouco tempo um dos maiores expoentes do

Estado de Mato Grosso na fotografia dos ecossistemas, fauna e flora de Mato

Grosso, em especial o Pantanal.

Essa parceria acaba sendo de muita valia para a revista pois o

pagamento pelo uso das imagens do fotógrafo é feito com 500 exemplares de cada

edição. Esses exemplares são distribuídos em consultórios odontológicos parceiros

da empresa de Mike.

5.3. Editorial

A primeira seção da revista é o “Editorial”, um texto de apresentação da

edição feito pela editora que faz um resumo do que o leitor vai encontrar nas

páginas seguintes da revista. Na sequência do “Editorial” vem a seção da

“Entrevista”, a cada edição a revista trás uma entrevista com uma personalidade do

Estado, em sua maioria políticos, secretários de governo ou membros do poder

judiciário. Essa entrevista tem sempre 4 páginas, com a primeira sendo uma foto de

página inteira do entrevistado, o título da matéria, criado pela redação, em destaque

na página. Essa diagramação visa dar destaque à foto da pessoa em primeiro plano,

em seguida ao título e por fim ao texto de inicio da entrevista, que é uma

apresentação do entrevistado feito pelo jornalista que a fez. A entrevista

apresentada no formato perguntas e respostas.

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Fig. 3: Exemplo da “Entrevista” da edição

Fonte: Revista Camalote, Ed. 47, maio, 2012.

Os temas mais abordados são meio ambiente, turismo, cultura, artes

plásticas, literatura, gastronomia, atualidades e variedades, mas não há identificação

de seções fixas. O projeto gráfico revista privilegia as imagens, que ganham espaço

dentro de suas páginas, o uso de “recortes” nas fotos, que muitas vezes fazem com

que essas “entrem” no texto, aliado ao fato da revista ser em dois idiomas causa

uma grande limitação no tamanho dos textos jornalísticos, quando se comparado

com outras publicações do mesmo segmento.

Fig. 4: Exemplo de matéria de turismo

Fonte: Revista Camalote, Ed. 43, dezembro/janeiro, 2012.

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5.4. Place Branding

Mato Grosso é um tema presente em todas as edições, praticamente

se confunde em termos editoriais com a própria revista. Ao divulgar as belezas

naturais, potenciais turísticos, produtos de exportação e serviços a revista está

colaborando com o fortalecimento da imagem do Estado dentro do país perante

outros Estados e à União e até mesmo fora do país, por ser em dois idiomas e

distribuída em feiras e eventos nacionais e internacionais. Essas práticas contribuem

para o Place Branding de Mato Grosso.

Place Branding é um termo cunhado por Simon Anholt, um dos

principais consultores e teóricos sobre o tema. Segundo Anholt (2007 apud Silva,

2016), trata-se do deslocamento de um conceito, até então pertencente a produtos e

serviços, e agora aplicado a nações, cidades e lugares. Anholt começou a escrever

sobre o assunto em 1996 e a sua ideia inicial era que a reputação de países, que o

autor estende para cidades e regiões, possui uma similaridade com a imagem da

marca de produtos e organizações. E essa marca pode ser importante para a gestão

de lugares. De acordo com o autor, os países precisam desenvolver uma reputação

favorável perante os outros países. A construção de uma reputação positiva tem

sido o objetivo de muitas localidades para se destacarem no mercado global.

A construção dessa reputação favorável do Estado pode vir das mais

diversas maneiras, com políticas públicas, por exemplo, através do Governo Federal

e/ou Ministério do Turismo, Governo do Estado e Prefeituras ao divulgarem os

atrativos turísticos para aumentar o número de visitantes em determinada localidade.

Pode ser feita também por empresas privadas que explorem atividades relacionadas

ao turismo como hotéis, pousadas, restaurantes e até mesmo por empresas de

outros setores que queiram vincular sua imagem à de determinada localidade com a

função de criar uma identidade ou identificação com o público.

Segundo Silva (2016): A imagem da marca é mencionada como atributo fundamental para o branding aplicado a lugares, pois os valores intangíveis creditados à marca pelo público externo, no caso de produtos e serviços é equivalente à reputação conquistada em relação à países, cidades e regiões.

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Anholt (2007 apud Silva, 2016) afirma que um país para adquirir uma

imagem positiva deve-se concentrar em bons produtos, serviços, cultura, turismo,

investimentos, tecnologia, educação, negócios, pessoas, políticas, iniciativas e

eventos. Temas esses todos abordados pela revista.

5.5. Pousada Château Camalote

Uma pousada no situada no município de Chapada dos Guimarães,

vizinho à capital do Estado de Mato Grosso, de propriedade também da jornalista

Lauristela Guimarães, editora da revista. Uma casa construída em meio a uma mata,

seguindo conceitos de sustentabilidade ambiental, com reaproveitamento de

madeiras de demolição e sem derrubar árvores nativas. Existe a possibilidade de

exploração comercial juntamente com a revista, através de bonificações para

clientes, criação de prêmios, sorteios ou promoções nos mais diversos meios, dentro

da revista, em suas redes sociais ou até mesmo em parcerias com outros veículos,

como rádios.

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6. Estratégias de Comunicação

O problema que a comunicação deverá resolver é a queda no número de

anunciantes na revista, que nos últimos anos o número médio de anúncios por

edição foi de 30 para 20. Nossa estratégia é colocar a revista em outros veículos de

comunicação de massa para aumentar a visibilidade da marca, ser mais conhecida

do grande público, aumentando a tiragem, fazendo a revista circular mais, gerando

mais impactos, aumentando com isso o número de leitores, dessa forma voltando a

ser atrativa para os anunciantes. Dessa forma, o objetivo da comunicação é

aumentar o número de anunciantes em 30% no prazo de 12 meses.

Para a campanha será utilizada a estratégia de informação, que segundo

Lupetti (2000), é caracterizada pela prioridade que dá as informações de uma

empresa, sendo utilizada em lançamentos ou reformulações do produto/serviço ou

embalagem. Essa estratégia deve informar algo.

Na campanha desenvolvida para a Camalote a estratégia de informação será

utilizada para que o grande público conheça a revista, suas qualidades gráficas e

seus diferenciais e ter um contato direto com anunciantes (atuais, passados e

futuros), agências de publicidade, outros veículos de comunicação e órgãos públicos

através de mídias que possibilitem isso.

Foram escolhidas as melhores ferramentas para alcançar os objetivos, sendo

assim composto o mix de comunicação:

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Tabela. 1: Mix de Comunicação

Mix de Comunicação Ferramentas Peças

Marketing Direto

Mala Direta

Mídia Kit

E-mail Marketing

Realidade virtual

Marketing Digital Redes sociais (Facebook, Instagram e Youtube)

– Banner digital

Propaganda

Outdoor – Vídeo publicitário – Spot rádio –

Cartaz – Anúncio de revista – Anúncio de jornal

– Painel em aeroporto

Fonte: Próprios autores (2018).

6.1. Mídia Kit

O Mídia kit (também conhecido como kit de mídia) é uma ferramenta de

vendas utilizado pelos veículos de comunicação que são criados e disponibilizados

para seus anunciantes e interessados em veicular anúncios e campanhas nesses

meios. Com esse documento, os anunciantes poderão planejar melhor seus

anúncios e entenderem quais tipos de anúncio poderão disponibilizar no veículo,

tendo melhor clareza de custos para a campanha a ser divulgada.

Atualmente, a Revista Camalote possui um Mídia Kit desatualizado,

onde a apresentação da revista, tabela de valores para veiculação e demais

informações básicas. O kit de mídia é apresentado de forma individual para cada

cliente, num documento simples, em forma de orçamento básico, contendo muito

texto e poucas imagens e dados estatísticos.

Com base dessas informações, optamos em sugerir a criação de um

novo Mídia Kit, totalmente atualizado. Esse documento contará informações básicas

e claras, como os dados sobre a revista, dados do público-alvo que o veículo atinge,

tipos de informações que veicula, formatos de anúncios, comportamento do

consumidor, praças de distribuição, tiragem, tabela de valores de anúncios,

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estatísticas gerais, planos de divulgação envolvendo outras plataformas além da

revista, entre outros.

6.2. Ponto de Venda

O ponto de venda físico, também chamado de PDV, continua

desempenhando um papel fundamental e estratégico nas ações comerciais.

Segundo o Sebrae/SP (2016), num ponto de venda é essencial criar estímulos aos

potenciais clientes. Por isso, a atmosfera geral deve ser aproveitada como meio de

chamar a atenção dos possíveis consumidores. O PDV é um dos principais pontos

de contato entre uma marca e seu consumidor, com interações diretas na relação

entre ambas as partes, que podem ser exploradas das formais mais diferentes e

criativas possíveis, prevalecendo sempre a experiência de compra do consumidor no

ponto de venda. Como estratégia de comunicação específica para os pontos de

vendas, definimos alguns pontos importantes a serem implementados:

6.2.1. Cartaz A3 com faca especial e aplicação de textura

Os atuais pontos de vendas da Revista Camalote são algumas bancas

de jornal e revistas e padarias de Cuiabá. Para atrair a atenção de novos leitores,

implementamos a criação de um cartaz em formato A3 com faca especial, um

recorte em uma fotografia, muito usado na editoração da revista, um detalhe que dá

uma sensação de terceira dimensão à imagem, aliado a isso o uso de verniz

localizado com microtextura, ficando em conformidade com os conceitos da

campanha e informando para o público que há Camalote naquele local disponível

para venda. Com layout personalizado e com ótimo acabamento, afim de incentivar

a exposição da mesma como uma espécie de item de decoração dos pontos de

vendas.

6.3. Reformulação Gráfica

Visando a diminuição nos custos de impressão ou um aumento na

tiragem, enxergamos uma oportunidade de uma reformulação de sua parte gráfica,

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com uma nova configuração de impressão para a revista, com a redução em 20% do

número de páginas da Camalote e a diminuição da gramatura do papel interno da

revista, passando de couchê brilho 150 g/m2 para couchê brilho 115 g/m2 uma

alteração mínima, que passa despercebida ao toque do grande público. Com essas

ações pontuais, podemos aumentar a tiragem da revista, passando de 5.000 para

7.000 exemplares, sem necessidade de alteração no valor de investimento atual que

a Camalote já faz para a impressão das revistas. Conforme orçamentos em anexo, o

custo aproximado estimado para a impressão gira em torno de R$35.000,00 (trinta e

cinco mil reais) e fazendo essas alterações com o mesmo valor é possível imprimir

40% mais exemplares.

6.4. Parceria com Hotéis

A revista defende um posicionamento voltado ao mercado de classe A,

porém não são realizadas ações de fortalecimento e parcerias junto aos hotéis e

pousadas de luxo em Mato Grosso. A primeira ação específica é o mapeamento e

identificação de possíveis parceiros no ramo de turismo: agências de turismo, hotéis,

pousadas, restaurantes e locadoras de veículos do Estado. Em seguida,

apresentamos o Mídia Kit da revista e uma proposta de parceria para distribuição da

revista nestes pontos. O objetivo desta parceria é a expansão territorial da revista

nos locais onde o turista está presente. Por exemplo, as pousadas parceiras

distribuem e repõem em todos os quartos e de forma gratuita ao hóspede, a

Camalote. Também pode-se optar pela opção de venda da revista com embalagem

para presente. Em contrapartida, esses parceiros recebem espaços publicitários

para fazer a divulgação de seus produtos e serviços.

6.5. Prêmio “Foto do leitor”

Um ponto importante e bastante explorado para o aumento da

interação entre produto e consumidor, é a elaboração de promoções. Para tanto

criamos o projeto “Você na Camalote”, com o intuito de incentivar o leitor a registrar

as belezas do estado. O processo consiste em um concurso cultural em que o

público nos enviaria fotos que remetessem a mato grosso, e, como premiação a foto

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seria publicada na revista Camalote em alta resolução e com textura diferenciada,

além disso, o autor ganharia uma diária da pousada Camalote em Chapada dos

Guimarães.

Para a realização do mesmo o leitor teria que postar em suas redes

sociais a foto com a hashtag (#) “#SintaMatoGrossoNaCamalote”, e, por um período

pré-determinado. Após o termino o júri composto por responsáveis pela revista e um

fotografo profissional avaliariam a melhor foto levando em consideração a qualidade

da foto, a sensibilidade na capitação e a exaltação a Mato Grosso.

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7. A Campanha Publicitária

A Revista Camalote é um veículo de comunicação e possui dois

públicos-alvo diferentes ao mesmo tempo: as pessoas que leem a revista e fazem a

popularidade segmentada da marca, e os anunciantes - que pagam para aparecer

nas páginas da revista com o objetivo de atrair a atenção desse público segmentado

ao qual a revista se dirige. E esses novos dados de número leitores, expansão e

distribuição do produto, quando somados, só tendem à agregam valor ao portfólio da

Camalote e servem de base para atrair a atenção de seu público anunciante.

A campanha desenvolvida vai de encontro com o posicionamento

defendido pela revista, de estar presente na mente do público classe A do estado de

Mato Grosso e servir de base para formação de opinião e tomada de decisões

quando o assunto for turismo, gastronomia ou meio ambiente. Alimentados com

essas informações, criamos as peças publicitárias focadas nos objetivos de

expansão deste público-alvo, aumentando o número de pessoas interessadas na

revista, o aumento na circulação dos exemplares e como consequência, o número

de anunciantes.

Por se tratar de um veículo tradicional - a revista impressa - nosso

grande desafio foi na capacidade criativa de conseguir quebrar a tradicionalidade e

explorar novos caminhos e ferramentas para atrair a atenção dos leitores. Não

poderíamos nos posicionar como apenas mais um veículo tradicional de

comunicação - comunicando da mesma forma que todas as outras revistas - se

quiséssemos uma campanha de impacto e de diferenciação no mercado.

Os veículos de comunicação utilizados na campanha são mesclados,

onde exploramos os veículos tradicionais (de massa), e os veículos segmentados

(específicos para o público-alvo). Os tradicionais, são para fortalecer a marca

Camalote em todos os níveis sociais, causando impacto até em quem não se

interessa pela aquisição ou leitura da revista, com numa espécie de sentimento de

“eu não leio a Revista Camalote, mas sei que ela existe”. Essa comunicação, aliada

à mídia segmentada - que são os veículos que farão a exibição das peças criadas e

planejadas para impactar o seu real público – buscarão os resultados esperados

para os objetivos da revista.

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7.1. Tom da Campanha

O tom criativo da campanha publicitária vai de encontro com o

propósito e a identidade da revista em exaltar as belezas naturais do estado de Mato

Grosso. Por isso, decidimos explorar os 5 sentidos humanos com o slogan “Sinta

Mato Grosso”. As estratégias e ferramentas criativas de comunicação utilizadas,

buscam a diferenciação da Camalote de seus concorrentes no segmento mídia, e a

experimentação da revista através dos 5 sentidos, que são: visão, tato, olfato,

audição e paladar.

7.1.1. Sentido Visão

A revista em si trabalha com belíssimas imagens feitas por fotógrafos

profissionais, que somadas à alta qualidade de impressão, enriquecem e valorizam o

sentido visão. Outro fator importante somado no quesito visão é a padronização

interna da revista, preservando e abraçando sua identidade visual.

7.1.2. Sentido Tato

A tecnologia de impressão nos permite criar texturas em páginas

inteiras ou em pontos específicos das imagens/fotografias que possibilitam ao leitor,

sentir com o toque de suas mãos, detalhes únicos que só seriam possíveis se o

leitor estivesse tocando o objeto real mostrado na revista.

7.1.3. Sentido Olfato

Uma inovação para a marca Camalote é a aplicação de aromas em

páginas estratégicas de suas edições. Por exemplo, se a capa da revista for

ilustrada com a imagem de uma floresta, podemos adicionar o aroma que remeta às

notas de floresta ou flores.

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7.1.4. Sentido Audição

Nas peças digitais, como vídeos e/ou spots publicitários, os sons de

fauna e flora serão os sons de fundo e explorados para a criação dos anúncios. Em

ações específicas de live marketing no aeroporto, por exemplo, esses sons também

estarão presentes no ambiente.

7.1.5. Sentido Paladar

O segmento de gastronomia é um importante setor a ser explorado na

Revista Camalote. Por isso, sugerimos uma experiência de paladar junto à revista.

Somada à embalagem da revista, é acompanhado um doce regional. Este doce,

pode fazer parte de um anúncio interno da revista - de algum restaurante ou chef de

cozinha, por exemplo.

Assim, completamos a exploração dos 5 sentidos contidos nas

estratégias de comunicação da revista, com o objetivo principal de fazer o leitor

experimentar e sentir Mato Grosso através da experiência de interação com a

Revista Camalote. Consequentemente, os anunciantes também ficarão tentados a

trabalhar o marketing de experiência através de seus anúncios segmentados da

revista.

7.2. Peças

Na contemplação da campanha as peças publicitárias devem

convergir, tornando-se assim uma extensão da proposta realizada.

Para tanto, elegemos meios para que tal trabalho fosse realizado e, então, talhamos

sobre eles o trabalho construído através das informações captadas na medida do

nosso estudo.

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7.2.1. Peça conceito

Como produto da campanha temos a revista Camalote, e como parte

da estratégia aqui proposta devemos repassar a todas as outras mídias a sensação

que o leitor da revista camalote tem. Seja pelo bom gosto da revista, por suas fotos

hiper-realistas, ou por sua qualidade nos materiais gráficos, tais sensações devem

ser proporcionadas em outras mídias na medida do possível. Como Peça Conceito

apresentamos o material em estilo capa de revista com margem branca passando

assim a sensação 3D. Fig. 5: Peça conceito

Fonte: Próprios Autores (2018).

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7.2.2. Outdoor com formato diferenciado

O outdoor é a mídia para quem está em movimento, seja em seu

automóvel, seja no transporte público, seja a pé. Atingindo diversas camadas da

população e fortalecendo a imagem institucional e promocional da marca. Entende-

se então que fugir do padrão é um atrativo, e com essa premissa os outdoors com

formato e recorte exclusivo que denotam a beleza de Mato Grosso passa a ser um

diferencial para a marca Camalote, atraindo assim as atenções para a qualidade das

imagens que a revista entrega ao consumidor. Ninhos, plantas, animais, o povo de

Mato Grosso. Tais imagens farão parte dessa campanha especial.

7.2.3. Painel aeroporto

Segundo a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), só em

novembro de 2017, 7,6 milhões de pessoas foram transportadas por voos

domésticos, e como perfil dos viajantes, 85% dos casos compreendem pessoas das

classes A e B.3

Tendo tais dados em mente, e ainda levando em consideração que

aeroportos são locações em que as vias de entrada e saída são únicas, temos um

público diário desembarcando/embarcando e visualizando diariamente os anúncios

publicados em locais estratégicos, isso sem levar em consideração as pessoas que

farão o transporte dessas, sejam parentes, amigos ou motoristas. Não seria mais

oportuno painéis anunciando a marca Camalote, e denotando as belezas naturais e

artificiais do estado de Mato Grosso para os passageiros que aqui desembarcam.

7.2.4. Anúncio em jornal

Jornais são definidos como a fonte de informação mais confiável para

58% dos brasileiros4 e 72% dos leitores de jornais prestam atenção em anúncios

publicados nos jornais.5 Lembrando ainda que os jornais geralmente são mídias

estendidas, pois é replicado no digital. Ou seja, mesmo com a crise editorial o jornal

3 http://www.infraero.gov.br/index.php/br/estatisticas/estatisticas.html 4 Fonte: Pesquisa Brasileira de Mídia 2015 – Ibope para Secretaria de Comunicação Social (Secom)

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ainda é uma boa fonte de informação, gerando assim visualização e

crescimento/fixação da marca Camalote. Ao replicar o que a revista propõe em uma

mídia que não se utiliza de imagens com grandes definições o anúncio trará a

atenção do leitor.

7.2.5. Anúncio em revista

A revista, assim como o jornal, tem como vantagens o nível de

confiança do leitor naquela mídia. Envolto disso, ainda se aplica o princípio da

extensão da revista física com os meios digitais. Entendemos nisso que a revista é

um dos meios mais adequados para a comunicação com o público-alvo aqui já

delimitado. E para o anúncio usaremos as estratégias com imagens do estado e

exaltação de suas belezas naturais.

7.2.6. Mala direta

A mala direta por muitos pode ser considerada uma correspondência

indesejada. Já pensando nisso, a estratégia adota na defesa da revista Camalote

visa o contato direto com as agências, que, em nossos objetivos é uma das

principais responsáveis pelo sucesso da campanha. A mala direta para a agência

seria composta por um kit destinado ao atendimento, como forma de agradecimento

pelos trabalhos prestados e incentivando a continuidade deles.

7.2.7. Embalagem para o sentido paladar

Como parte da campanha dos sentidos, o paladar teria que ser algo

além da revista. E a melhor forma de trazer isso para o público é preparando uma

embalagem especial com uma pequena quantidade de comida típica que remeta ao

estado de Mato Grosso, uma pequena porção nos meses abrangentes da

campanha. Dentre os itens que serão distribuídos se encontram comidas típicas

como Chips de Banana Frita, Rapadura da região de mimoso, dentre outros. A ideia

5 Fonte: Pesquisa Quero Comprar – Mercado Gde Fortaleza – Julho 2014 – Marplan.

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é mostrar um pouco dos sabores do estado de forma prática e que deixem com a

sensação de “quero mais”

7.2.8. Banner digital

As mídias digitais já permeiam a vida do consumidor moderno e

ferramentas como o Google Adwords são eficientes na captação de possíveis

leitores. Ao ajustar filtros na busca de consumidores que se adequam a proposta da

revista, banners que exaltam as características e belezas de Mato Grosso

aparecerão com mais frequência para tal nicho, aguçando assim o interesse na

marca. Ainda sobre a ferramenta, é possível o ajuste para que tais banners

apareçam em e sites relacionados com a marca, ajustando também palavras-chave

para que apareça no topo dos sites de busca.Tal ferramenta irá permitir assim um

público ainda maior e gerar mais tráfego para a campanha.

7.2.9. E-mail marketing

Ainda como uma vertente da internet, entende-se que as estratégias

não podem somente se basear em redes sociais. Ações como e-mail marketing

também fortalecem a marca se vier com um plano eficaz em conjunto com as outras

ações. É parte de uma estratégia de cobertura. O email marketing tem como

vantagens seu baixo custo e sua segmentação assertiva, sendo assim fácil de criar

e de compartilhar de forma imediata. Dito isso, o e-mail marketing acompanhará a

estratégia de exaltar os sentidos em mato grosso através da contemplação à revista

Camalote.

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7.2.10. Vídeo publicitárioFig. 6: Storyboard

41Fonte: Próprios Autores (2018).

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7.2.11. Spot rádio

Popular como a televisão, o rádio tem como vantagens o baixo custo e

a alta abrangência, chegando assim a lugares longínquos. O rádio está presente em

88,1% dos lares brasileiros.6 As emissoras de rádio possuem público específico,

tornando assim o estudo para melhor faixa horária do anúncio algo simples e direto.

Ainda sobre as vantagens do anúncio em rádio se encontra a pluralidade de

transmissores, podendo o receptor estar tanto dentro de um veículo quanto

praticando exercícios físicos em uma academia.

7.2.12. Redes sociais

Já chamada de revolução das mídias, a internet ganhou papel de

destaque. Segundo a TIC Empresas, 97% dos brasileiros tem presença on line.7 E

77% dos usuários brasileiros usam as redes sociais via celular. As redes sociais têm

em sua vantagem a praticidade do recebimento das informações, seja em sua

timeline no Facebook, ou em seu rolo de fotos no Instagram, o receptor só precisa

estar no range atribuído para receber as informações que mais se encaixam ao seu

perfil. Ainda como vantagem está o baixo custo das ações online e a rápida resposta

através de engajamentos e análises instantâneas de público que interagiu com a

marca. Ou seja, nas redes sociais as pesquisas ajudam a traçar o perfil do

consumidor indicando assim qual caminho deve ser seguido e qual estratégia deve

assim ser adotada.

6 Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) 7 https://ticempresa.ibge.gov.br/

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8. Mídia 8.1. Verba

Para a campanha o cliente destinará uma verba de aproximadamente

R$80.000,00, sendo que o valor de até R$50.000,00 poderá ser feito com permutas

de espaços publicitários na Revista Camalote e/ou Pousada Château Camalote e os

R$30.000,00 restantes deverão ser negociados para pagamento à vista junto aos

veículos de comunicação, prestadores de serviços e remuneração da agência.

Uma prática muito comum entre os veículos de comunicação é a

permuta, o pagamento de algum produto ou serviço com outro produto ou serviço.

Essa transação pode se dar entre veículo de comunicação e empresas dos mais

diversos segmentos (restaurantes, materiais de construção, serviços médicos ou

odontológicos, por exemplo) e até mesmo entre veículos de comunicação de meios

diferentes. É muito comum ver anúncios de grupos de comunicação, a TV Band na

rádio Band, mas grupos que não estão em certos meios costumam fazer parcerias

com grupos ou empresas de outro segmento. A Camalote faz muito o uso dessa

forma de negociação e comercialização de espaços publicitários dentro da revista e

para veicular anúncios seus em outros meios.

Nesse sentido, uma estratégia para aumentar os meios e os veículos

onde possam ser veiculados a campanha criada é a proposta de parceria através de

permutas com outros veículos.

8.2. Mídia TV

Para os veículos de televisão seria oferecida uma carta de crédito no

valor R$10.000,00, para a utilização por parte da Camalote de inserções de 30” na

programação pelo período de 3 meses com pelo menos 2 inserções semanais, e o

veículo poderá utilizar esse crédito com anúncios de uma página na revista pelo

período de 12 meses e até 30% desse valor na Pousada Château Camalote. A

proposta é o cliente, Camalote, através de seu departamento comercial, fazer as

negociações diretamente com os veículos, dessa forma não haveria comissão sobre

esses valores. Cada veículo possuí uma tabela de valores diferente, então não é

possível definir ao certo o número de inserções, o ideal é que fossem fechados com

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pelo menos 3 canais de televisão. Essa estratégia busca aumentar o alcance,

número de pessoas expostos ao menos uma vez a um veículo ou uma combinação

de veículos em um determinado período. (ARRUDA, 2009)

8.3. Mídia Rádio

Para as emissoras de rádio seria oferecida uma carta de crédito no

valor R$5.000,00 para a utilização de espaços publicitários de 30”, e da mesma

forma que às dos veículos de televisão, a utilização com espaços publicitários de

uma página na revista e até 30% na Pousada Château Camalote.

Nas rádios de Cuiabá o valor médio por inserção nos horários de

menor audiência é de R$40,00, com o valor da carta, dividido em 3 meses, fazendo

inserções somente nos dias da semana, conseguiria em média 2 inserções por dia,

conseguindo uma frequência média eficaz. Frequência, segundo Arruda (2009) é o

“número de vezes que uma pessoa ou domicílio foi exposto ou teve a oportunidade

de ser exposto à mensagem em um determinado período”. Ainda segundo Arruda

(2009), a frequência considerada eficaz é uma exposição de 3 ou mais vezes, ou

seja, a ação da mensagem é eficaz a partir da 3ª exposição.

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11. Peças11.1. Mídia kit

11.2. Outdoor

Fig. 7: Mídia kit

Fig. 8: Outdoor 1

Fonte: Próprios Autores (2018).

Fonte: Próprios Autores (2018).

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Fig. 9: Outdoor 2

Fig. 10: Outdoor 3

Fonte: Próprios Autores (2018).

Fonte: Próprios Autores (2018).

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11.3. Painel aeroporto

11.4. Anúncio de jornal

Fig. 11: Painel aeroporto

Fig. 12: Anúncio de jornal

Fonte: Próprios Autores (2018).

Fonte: Próprios Autores (2018).

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11.5. Anúncio de revista

11.6. Mala direta

Fig. 13: Anúncio de revista

Fig. 14: Mala direta

Fonte: Próprios Autores (2018).

Fonte: Próprios Autores (2018).

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11.7. Embalagem para sentido paladar

11.8. Banner digital

Fig. 15: Embalagem para o sentido paladar

Fig. 16: Banner digital

Fonte: Próprios Autores (2018).

Fonte: Próprios Autores (2018).

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11.9. E-mail marketing

11.10. Redes sociais

Fig. 17: E-mail marketing

Fig. 18: Redes sociais

Fonte: Próprios Autores (2018).

Fonte: Próprios Autores (2018). 52

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