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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE AGRONOMIA, MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA CURSO DE ZOOTECNIA ACOMPANHAMENTO DO PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONALIZANTE: Negócio Certo Rural (NCR) CUIABÁ 2016

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FACULDADE DE AGRONOMIA, MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA CURSO DE ZOOTECNIA

ACOMPANHAMENTO DO PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONALIZANTE: Negócio Certo Rural (NCR)

CUIABÁ 2016

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ANNA LUZ NETTO MALHADO

ACOMPANHAMENTO DO PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONALIZANTE: Negócio Certo Rural (NCR)

Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Zootecnia da Universidade Federal de Mato Grosso, apresentado como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Zootecnia. Orientadora: Profa. Dra. Aline Regina. Piedade

CUIABÁ 2016

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Á Deus em primeiro lugar e em especial a minha mãe Mérice Netto, meu pai Edvalde Malhado, minha irmã Monica M. Netto Malhado e aos meus familiares e amigos.

Dedico

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus, pela vida.

À Universidade Federal do Mato Grosso, Faculdade de Agronomia Medicina

Veterinária e Zootecnia, e todos os professores que contribuíram para me

proporcionar uma graduação sólida.

Aos professores Joanis Zervoudakis e Marinaldo Ribeiro que disponibilizaram

o estágio na fazenda experimental da UFMT.

Aos colegas que tornaram mais divertidas e alegres as idas para a fazenda

experimental e no Laboratório de Nutrição Animal.

Aos mestrandos que ampararam minhas atividades nos experimentos.

Aos professores e técnicos da Universidade Federal de São João del Rei e a

Fazenda Risoleta Neves, pela oportunidade de estágio fora de minha cidade natal,

auxiliando-me para o amplo conhecimento que adquiri.

Ao SENAR AR/MT, à Gerente de Educação Profissional Rural Tatiane Gisele

Perondi, à Equipe de Projetos Técnicos Daniela Niccioli, Mariana Licursi, Juliana

Madergan, Eduardo Silveira, Áurea Lima, Nadja Paixão e João Vargas. Em especial

ao Coordenador da Equipe de Projetos Wlademiro Neto, pela oportunidade de

estágio, amizade e todo conhecimento compartilhado. Agradeço também aos

colaboradores da instituição pela receptividade durante a realização do estágio.

À Professora Aline Regina Piedade por partilhar seus conhecimentos, ajuda e

contribuição como orientadora.

À banca examinadora deste trabalho na pessoa do Professor Ferdinando

Filetto e Wlademiro Neto.

À minha mãe Mérice Netto, a meu pai Edvalde Malhado e minha irmã Monica

Maria, pela compreensão, por todo carinho, por me ensinarem a sempre ter fé e

nunca desistir e por vibrarem por cada uma de minhas conquistas.

Ao meu avô José Malhado, à minha avó Ozair Malhado e a toda a família pela

torcida.

Ao Matheus Picco e família pela compreensão e incentivo na realização do

meu sonho.

Aos amigos, por não me abandonarem, apesar da minha ausência.

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“Deus é o que me cinge de força e aperfeiçoa o meu caminho”.

Salmos 18:32

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Imagem aérea da localização do SENAR AR/MT. (Cuiabá, março de 2016).

.................................................................................................................................. 16

Figura 2. Fachada do prédio do SENAR AR/MT. (Cuiabá-MT, março de 2016). ...... 17

Figura 3. Ilustração tripartite do conselho deliberativo do SENAR nacional. ............. 19

Figura 4.Órgãos constituintes do Sistema FAMATO. ................................................ 19

Figura 5. Esquema do Conselho Administrativo do SENAR, sendo: (a) formação

tripartite do conselho sendo um representante da classe de produtores rural, um

representante da classe de trabalhadores rurais e um representante do SENAR

Administração Central; (b) organograma. ................................................................. 20

Figura 6. Organograma do SENAR AR/MT (2015), subdivida em (a) Conselho

Administrativo, (b) Superintendência, (c) Gerencia Administrativa e, (d) Gerencia

Contábil e Financeira. ............................................................................................... 21

Figura 7. Missão, Visão e Valores do SENAR AR/MT. ............................................. 22

Figura 8. Objetivos do Mapa Estratégico do SENAR AR/MT (2015). ........................ 22

Figura 9. Frentes de trabalho do SENAR AR/MT, bem como áreas de atuação da

FPR e PS. ................................................................................................................. 24

Figura 10. Frentes de atuação do SENAR AR/MT FPR Maquinas agrícolas em

Jauru/MT. PS São José dos Quatro Marcos. AT. Imagens Google março de 2016. . 24

Figura 11. Mapa dos escritórios regionais dos sindicatos rurais em Mato Grosso. ... 25

Figura 12. Mapas de cada regional pertencente ao SENAR AR/MT. ........................ 26

Figura 13. Programas Especiais desenvolvidos pelo SENAR AR/MT. ...................... 27

Figura 14. Mídia impressa para divulgação do Programa NCR. ............................... 29

Figura 15. Municípios do Estado de Mato Grosso, onde houve as distribuições das

mídias impressas de divulgação do Programa NCR, em 2015. ................................ 30

Figura 16. Visualização do Evento Pai no Sistema SENAR nas Nuvens .................. 31

Figura 17. Cronograma das demandas dos eventos do NCR. Fonte: Manual do

Mobilizador 2015. ...................................................................................................... 32

Figura 18. Catalogo de Eventos – Material Institucional. .......................................... 33

Figura 19. Atribuições e responsabilidades do Programa NCR. ............................... 35

Figura 20. Tarefa que o instrutor passa para o participante. ..................................... 36

Figura 21. Atribuições do instrutor dentro de sala de aula. ....................................... 38

Figura 22. Atribuições do instrutor durante a consultoria na propriedade. ................ 38

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Figura 23. Avaliação do Participante I. Frente e verso. ............................................. 40

Figura 24. Avaliação do Participante II. Frente e verso. ............................................ 40

Figura 25. Certificado do participante do programa NCR. ......................................... 41

Figura 26. Macrofluxo do processo completo de uma turma do Programa NCR. ..... 42

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Características, andar, área (m2) e descrição da sede da SENAR AR/MT.

.................................................................................................................................. 17

Tabela 2. Relação de cargos e colaboradores do SENAR AR/MT em 2015. ............ 18

Tabela 3. Conteúdos e competências adquiridas pelo participante ao finalizar o

treinamento do NCR. ................................................................................................. 36

Tabela 4. CNumero de encontros, etapas, carga horária e conteúdo do Programa

NCR. ......................................................................................................................... 37

Tabela 5. Descritivo do NCR referente ao padrão documental. ................................ 39

Tabela 6. Relatório final com a quantidade de participantes e propriedades

presentes................................................................................................................... 42

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LISTA DE ABREVIATURAS

APROSOJA - Associação dos Produtores de Soja do Estado de Mato Grosso

APROSOJA BRASIL - Associação dos Produtores de Soja do Brasil

AR - Administração Regional

ATER - Assistência Técnica e Extensão Rural

CINTERFOR - Centro Interamericano de Investigação e Documentação sobre

Formação Profissional

CEBRAE - Centro Brasileiro de Apoio à Pequena e Média Empresa.

CNA - Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil

CPA - Cadeia de Produção Agroindustrial

CSA - Commodity System Approach

EAPED – Equipe de Apoio Pedagógico

ECR - Resposta Eficiente ao Consumidor

EGEX - Equipe de Gestão e Execução

EPROTEC – Equipe de Projetos Técnicos

EUA - Estados Unidos da América

FAMATO - Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso

FPR – Formação Profissional Rural

GECOM - Gerência de Comunicação, Marketing e Eventos

IMA - Instituto Mato-grossense de Algodão

IMEA - Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola

MT – Mato Grosso

MTE - Ministério do Trabalho e Emprego

NCR - Negócio Certo Rural

OIT - Organização Internacional do trabalho

PAT – Plano Anual de Trabalho

PIB - Produto Interno Bruto

PNATER - Plano Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural para a

Agricultura Familiar e Reforma Agrária

PRONATER - Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural na

Agricultura Familiar e na Reforma Agrária

PS – Promoção Social

SAI - Sistema Agroindustrial

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SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequenas Empresas

SENAC - Serviço Nacional de Aprendizagem do Comercio

SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

SENAR - Serviço Nacional de Aprendizagem Rural

TCC – Trabalho de Conclusão de Curso

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SUMÁRIO

RESUMO................................................................................................................... xii

1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 1

2. OBJETIVO ............................................................................................................. 3

3. REVISÃO ............................................................................................................... 4

3.8 METODOLOGIA .................................................................................................. 13

4. RELATÓRIO DE ESTÁGIO ................................................................................. 16

4.1 Local do Estágio .................................................................................................. 16

4.2 História da Instituição .......................................................................................... 18

4.2.1 Marco Legal .................................................................................................................. 18 4.2.2 Planejamento Estratégico ........................................................................................... 21 4.2.3 Gestão Atual (Triênio 2011-2016) ............................................................................. 22

4.3 Atuação do SENAR AR/MT ................................................................................. 23

4.4 Equipe de Projetos Técnicos (EPROTEC) .......................................................... 27

5. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS E DISCUSSÃO .............................................. 29

5.1 Divulgação do Programa ..................................................................................... 29

5.2 Atuação dos Sindicatos Rurais ............................................................................ 30

5.2.1 Mobilização ................................................................................................................... 30

5.2.2 Agentes de mobilização .............................................................................................. 32

5.2.3 Levantamento de interesse no NCR ......................................................................... 33

5.2.4 Demanda de evento .................................................................................................... 33

5.3 Programação dos eventos ................................................................................... 34

5.3.1 Formação das Turmas e Clientela (pré-requisitos) ................................................ 34

5.4 Habilitação e credenciamento de Novos Instrutores ........................................... 34

5.5 Atribuições e Responsabilidades do Instrutor ..................................................... 34

5.6 Metodologia do Programa NCR .......................................................................... 35

5.6.1 Competências e Conteúdos ....................................................................................... 36

5.7 Carga Horária ...................................................................................................... 37

5.8 Consultorias ........................................................................................................ 37

5.9 Padrão Documental ............................................................................................. 38

5.10 Avaliação do Programa ..................................................................................... 39

5.11 Certificação ....................................................................................................... 41

5.12 Prestação de conta ........................................................................................... 41

5.13 Macro fluxo do Programa NCR ......................................................................... 42

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 43

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 44

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RESUMO

Este trabalho trata-se do relatório de estágio supervisionado do curso de graduação em Zootecnia e teve por objetivo relatar o acompanhamento das ações e metas atingidas no programa de capacitação profissional denominado Negócio Certo Rural (NCR), oferecido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, da Administração Regional (SENAR AR/MT), no ano de 2015 para 14 municípios do Estado de Mato Grosso. O NCR é um curso de capacitação, de curta duração, em planejamento e administração de negócios para produtores rurais. A descrição deste relatório se deu a partir da observação, da análise documental e discussão sobre a gestão do agronegócio, dos procedimentos práticos de aplicação das metodologias de análise da cadeia da produção rural e a atuação do SENAR AR/MT através do programa NCR junto ao produtor e trabalhador rural, visando sua formação profissional e promoção social. Importante salientar que o SENAR AR/MT completou 23 anos de atuação em 2015 e no decorrer deste período, cerca de 700 mil pessoas passaram por cursos, treinamentos e programas ofertados. O NCR foi o programa de capacitação mais solicitado. O SENAR vem atualizando seu quadro de técnicos credenciados visando ampliar o atendimento ao produtor, trabalhador rural e suas famílias. Disponibiliza ainda a capacitação continua para que seus colaboradores melhorem o nível de atendimento e atuação junto à comunidade rural. Mantem uma equipe na sede em Cuiabá-MT cuja responsabilidade é de supervisionar, acompanhar e apoiar as regionais na execução das atividades dos programas de formação profissional rural. Uma equipe fixada na sede elabora os materiais pedagógicos de cada treinamento e programa. Esse material é disponibilizado para uso dos instrutores no sistema “SENAR Nas Nuvens”. Em 2015 o programa NCR em Mato Grosso teve 475 inscrições, aprovados 361 participantes e evadidos 114 participantes. Foi possível evidenciar o alcanse social da profissão de Zootecnia, Impacto causado nos colaboradores pelas mudanças na vida dos participantes que o Programa NCR gera nos participantes e ver o fruto do seu trabalho na mudança de vida tanto econômica quanto social dos participantes, possibilitando a eles um futuro melhor. Palavras-chaves: SENAR, Agronegócio, Extensão Rural.

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1. INTRODUÇÃO

“O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) abre oportunidades

para homens e mulheres que desejam ampliar seus conhecimentos para impulsionar

a produtividade, com preservação ambiental, melhorar a renda e a qualidade de vida

no campo”, sendo essa a forma como a instituição se apresenta em seu site “Quem

somos”.

O Brasil esta entre os maiores produtores de alimento do mundo. A

participação do SENAR dentro desse cenário se estabelece em capacitar os

produtores e trabalhadores do campo, com cursos de formação profissional (FPR) e

promoção social (PS). Essas ações visam à melhoria da qualidade de vida,

integração social e fixação do homem no campo.

A agropecuária brasileira alcançou grau elevado de complexidade em suas

tecnologias. Mediante a isso o SENAR atua como ponte levando o resultado das

pesquisas experimentais em laboratório até o produtor rural interferindo então na

melhoria do produto que chega ao mercado, feira ou porto e aumentando a

rentabilidade do produtor rural. Como parte da ampliação de suas atividades

educativas leva ao produtor rural o acesso à assistência técnica.

Para tal o SENAR busca parcerias com prefeituras, sindicatos rurais e

empresas do ramo.

O SENAR intitula-se como “a escola que tira a tecnologia das prateleiras e

leva ao campo, onde há necessidade, e aplica as pesquisas, onde há demanda”.

O presente relatório teve como objetivo registrar o acompanhamento do

programa Negócio Certo Rural (NCR) realizado pelo SENAR durante o período de

estágio.

Relata sobre o agronegócio e seus segmentos, conceitos de gestão do

agronegócio, metodologias de analise das cadeias de produção, extensão rural no

mundo e legislação sobre a politica agrícola no Brasil, assistência técnica e

comunicação rural. Descreve sobre as instituições do sistema “S”, SEBRAE e

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SENAR. Menciona as frentes de trabalho do SENAR sendo essas a FPR e PS

iniciando em 2015 com Assistência Técnica Gerencial.

Em seguida passa a registrar sobre o relatório de estágio propriamente dito

contendo local do estágio, história da instituição e atuação do SENAR AR/MT,

atividades desenvolvidas e considerações finais.

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2. OBJETIVO

O objetivo desse trabalho foi relatar o acompanhamento das ações e metas

atingidas do programa de capacitação profissional Negócio Certo Rural (NCR).

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3. REVISÃO

3.1. O AGRONEGÓCIO

O agronegócio transpõe as fronteiras da propriedade rural, agrícola e

pecuária e envolve todos os segmentos que fazem parte direta ou indiretamente do

processo de abastecimento de alimentos. Ele se constitui no entendimento atual de

que a agricultura se dá por meio de uma visão sistêmica mediante a integração entre

a produção, a distribuição e o consumo, incluídos a logística, as instituições

financeiras e de seguros, as bolsas de mercadorias, o marketing e outras atividades

que se juntam à medida que o agronegócio de expande. Ainda, para o site Gestão

no Campo, entender o seu conceito implica em considerar sua importância

econômica e os elementos que o compõe. (GESTÃO DO CAMPO, 2015)

A agricultura na concepção da atualidade se refere às atividades que

acontecem dentro da porteira e enquanto “agribusiness trata-se dos negócios que

envolvem desde o antes até o depois da porteira”. (SPANHOL, 2012).

Os termos agrobusiness ou agribusiness, foram formalizados por Davis e

Goldberg (1957), e se constituem em uma atividade que

“Está relacionada à soma total das operações de produção e distribuição de suprimentos agrícolas; das operações de produção na fazenda; do armazenamento, processamento e distribuição dos produtos agrícolas e itens produzidos a partir deles”. Spanhol (1957).

3.2. GESTÃO DO AGRONEGÓCIO

Para dirigir seu negócio o agricultor e o pecuarista, nos dias atuais, precisam

girar o olhar para o mundo onde se deparam com a necessidade de habilidades

gerenciais específicas para conduzirem suas atividades no campo.

São várias as definições e os conceitos encontrados para o termo gestão.

Existe certo consenso de que seria um conjunto de tarefas que busca garantir a

execução eficaz para conseguir alcançar os objetivos propostos.

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Em termos gerais subentende-se gestão como organizar, dispor, dirigir e

ordenar as ações para alcançar um determinado objetivo. Uma tarefa que segundo o

site http://queconceito.com.br/gestao “requer esforço, alguns recursos, consciência e

boa vontade para que se possa terminar a tarefa”.

Uma boa gestão deve estar baseada nos conhecimentos da ciência

econômica, no conhecimento sobre as leis, a matemática e as ciências humanas. E

o acesso a todas as informações sobre a área da empresa que deve gerir para

poder planejar as estratégias que levem a empresa os resultados esperados.

Barbosa e Costa (2012) citam em seu artigo que “gestão é o ato ou efeito de

gerir, ou seja, exercer gerência sobre alguma coisa, administrar, dirigir, cuidar,

executar e/oi praticar”. Acepção que consta no dicionário da língua portuguesa

Houaiss & Villar (2001).

Segundo Barbosa e Costa (2012) “a gestão é um processo que se relaciona

com o ciclo de aprendizagem [...] onde existem planejamento, acompanhamento,

controle, avaliação e reprogramação”.

A gestão do agronegócio possibilita ao produtor rural lidar com os aspectos

administrativos, financeiros, econômicos e sociais agrícolas envolvidos na produção

e/ou pecuária e se estende às negociações com o mercado internacional. O que lhe

acarreta a necessidade de se habilitar para lidar com essa vasta problemática.

Ao observar a evolução da produção de alimentos, identificam-se para a

análise dos problemas decorrentes da cadeia dessa produção agroindustrial duas

metodologias: a Commodity System Approach (CSA). Davis e Goldberg, em 1957,

na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, formalizaram o conceito de

agribusiness ou agrobusiness. Época em que houve a primeira utilização da noção

de CSA; e na Escola industrial francesa na década de 1960 teve origem a Analyse

de filière, sendo essa metodologia traduzida como cadeia de produção.

(SCHNEIDER2 et al., 2012).

Essas metodologias apresentam visão sistêmica (holística) e mesoanalítica, e

consideram que a análise do sistema agroindustrial deve ser de forma encadeada e

articulada com as diversas áreas econômicas e tecnológicas envolvidas no processo

agroindustrial. (MENEGHIN, 2012).

Em termos da Cadeia de Produção Agroindustrial (CPA), o caráter

mesoanalítico da visão sistêmica, que teve origem na escola francesa de economia

industrial completa o espaço entre a microeconomia e a macroeconomia além, de

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atender as demandas de concorrência e estratégias empresariais. Enquanto, o

caráter sistêmico da Universidade de Harvard é considerado um sistema aberto e

dinâmico e assim contempla a interação entre os elementos ou subelementos e

caracteriza-se pela sua localização em determinado meio ambiente, pela função que

exerce, pela sua estrutura e mudança temporal e por ter objetivos bem definidos.

A visão sistêmica chega ao Brasil na década de 80, como nova forma de

analisar o agronegócio, uma realidade nos EUA desde 1957.

Essas metodologias, a mesoanalítica e a sistêmica deram origem a

ferramentas de gestão para assegurar a funcionalidade e a eficiência de todo elo

que compõe a cadeia agroindustrial, são elas: Gestão da Cadeia de Suprimentos,

Redes de Empresas e Resposta Eficiente ao Consumidor (ECR).

O método CSA se assemelha ao método Filiéres pelo fato de que em ambos

a agricultura se encontra como parte de um sistema que vai desde a produção de

insumos até a distribuição do produto final.

3.3. EXTENSÃO RURAL

Os produtores rurais brasileiros têm conquistado lugar de destaque no cenário

mundial de produção de alimentos, e esse é o resultado de muitos anos de trabalho

árduo e avanços em pesquisas e tecnologia. “Essa competência precisa ser

transferida à gestão das propriedades rurais (...) só a gestão eficiente da

propriedade permitirá bons negócio e renda para o produtor e sua família” (Manual

do Instrutor do NCR CNA/SENAR/SEBRAE, 2012).

Nesse sentido, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) o

SENAR e o SEBRAE se uniram para levar aos proprietários rurais e suas famílias a

capacitação para melhoria e adequada gestão de suas propriedades visando o

aproveitamento dos recursos já existentes na propriedade e inclusão de novas

atividades, o que de forma clara vem especificado no Manual do Instrutor do NCR.

A Extensão Rural, no mundo, tem registro histórico desde o ano de 1949.

Esse conceito evoluiu e pode ser visto: como processo, no sentido educativo; como

instituição, enquanto entidade ou organização pública prestadora de serviços nos

estados e como politica referindo-se às políticas de extensão rural, traçadas pelos

governos. (PEIXOTO, 2008a).

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A Constituição Federal Brasileira de 1988, no seu art. 187, IV, assegura que

a: política agrícola será planejada e executada na forma da lei, com a participação

efetiva do setor de produção, envolvendo produtores e trabalhadores rurais, bem

como dos setores de comercialização, de armazenamento e de transportes, levando

em conta, especialmente “(...) a assistência técnica e extensão rural”. (PEIXOTO,

2008b)

O modelo brasileiro, público e gratuito, dá prioridade para os agricultores

familiares e é executado pelas instituições de Assistência Técnica e Extensão Rural

(ATER), nos estados e entidades, por ela credenciadas. (PEIXOTO, 2008c).

A Lei 12.188/2010 instituiu o Plano Nacional de Assistência Técnica e

Extensão Rural para a Agricultura Familiar e Reforma Agrária (PNATER) e o

Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural na Agricultura Familiar

e na Reforma Agrária (PRONATER) (BRASIL, 2010). E, em seu artigo 1º, destaca

que: “Na destinação dos recursos financeiros da Pnater, será priorizado o apoio às

entidades e aos órgãos públicos e oficiais de Assistência Técnica e Extensão Rural -

ATER”. (BRASIL, 2010).

Em seu artigo 2º, a lei anteriormente citada, atribui a ATER o entendimento

de:

I – (...) serviço de educação não formal, de caráter continuado, no meio rural,

que promove processos de gestão, produção, beneficiamento e comercialização das

atividades e dos serviços agropecuários e não agropecuários, inclusive das

atividades agroextrativistas, florestais e artesanais.

Cabe mencionar que a interconexão do sentido legal (político) com o sentido

institucional (organização) e com o sentido de processo (educacional) nos estudos,

aqui desenvolvidos, se justifica pelo modelo público gratuito da extensão rural no

Brasil, acrescido do fato de que a legislação faz referências às instituições estatais

que prestam serviço a ATER. Entre as quais se identificam o SEBRAE e o SENAR.

(BRASIL, 2010).

3.4. SISTEMA “S”

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Com a Constituição de 1988, o Centro Brasileiro de Apoio à Pequena e Média

Empresa (CEBRAE), desligou-se do setor público, transformando-se em um sistema

de serviço social autônomo. Com a garantia de recursos financeiros através de

impostos específicos passou dessa forma a integrar o Sistema “S”, em conjunto

com: SENAI, SESI, SENAC, SESC, SENAR, SEST e a passou a ser denominado de

Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE, uma

Entidade Nacional, tendo uma unidade em cada estado da federação. (BRASIL,

2010)

O SEBRAE consolidou-se como uma entidade composta por representantes

da iniciativa privada e do setor público. Essa parceria visa sintonizar as ações que

buscam estimular e promover as empresas de pequeno porte com as políticas

nacionais de desenvolvimento econômico e social do país.

No estado de Mato Grosso, o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas

Empresas do Estado de Mato Grosso (SEBRAE/MT), foi o primeiro organismo da

nova prática de gestão em que serviços sob o controle do Estado, passaram pela

privatização.

3.5. SENAR CENTRAL

O SENAR conta com 27 Administrações Regionais em cada Estado e no

Distrito Federal, cada uma delas promove “cursos e capacitações para desenvolver

competências profissionais e sociais em aproximadamente 300 profissões do meio

rural”.

A Administração Central (AC) tem um portfolio de programas especiais, assim

em 2011 o SENAR expandiu a oferta de cursos para jovens e adultos do setor rural

e se integrou ao Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego

(PRONATEC).

Em 2013, disponibilizou cursos técnicos, presenciais e a distância aderindo

desse modo a Rede e-Tec Brasil. Posteriormente, em 2014 passou a oferecer

também o curso técnico de nível médio à distância.

Instituições como o SENAR-MT, Sindicatos Rurais e o Instituto Mato-

grossense de Economia Agrícola (IMEA) compõem o Sistema da Federação da

Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (FAMATO) que atua na

agropecuária de forma globalizada já que cada uma dessas entidades tem foco

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específico, mas que são complementares. No estado de Mato Grosso a FAMATO é

a entidade que congrega os elos do sistema sindical rural do Estado

(FAMATO/SENAR).

3.5. SENAR AR/ MT

O SENAR “mantém em seu Portfólio 234 treinamentos voltados para

Formação Profissional Rural (FPR) ou Promoção Social (PS)”.

Em concordância com o modelo público gratuito da extensão rural no Brasil

os treinamentos são gratuitos “e atendem as demandas das 15 principais cadeias

produtivas de Mato Grosso”.

São elas: Sojicultura e Milhocultura (soja e milho), Cotonicultura (algodão),

Bovinocultura de Corte (carne bovina), Bovinocultura de Leite (leite e derivados),

Sucroalcooleira (açúcar e derivados da cana), Apicultura (produção de mel),

Avicultura (aves), Ovino caprinocultura (ovelhas e cabras), Equideocultura (cavalos,

muares e burros), Fruticultura (frutas), Olericultura e Mandiocultura (hortaliças e

mandioca), Piscicultura (peixes), Sistemas Florestais (madeira, seringa e manejo),

Cafeicultura e Suinocultura (suínos). (SENAR, 2014).

Visando a gestão da propriedade, o SENAR-MT realiza outros 13 Programas

Especiais, entre eles: segurança do trabalho, empreendedorismo, atendimento às

pessoas com necessidades especiais, cidadania e inclusão digital (SEAR, 2015).

Para isso conta com aproximadamente 300 instrutores credenciados, que

prestam serviços educacionais nas diversas áreas do conhecimento. Os grandes

parceiros para a realização dos treinamentos são os 89 Sindicatos Rurais, as

prefeituras, associações de produtores, universidades, órgãos estaduais e federais.

(SENAR, 2015)

O SENAR AR/MT completou 23 anos de atuação em 2016 e com sua história

veio confirmando uma crescente demanda por cursos de profissionalização rural a

qual tem atendido gratuitamente a todos os produtores, trabalhadores rurais e seus

familiares.

3.6. NEGÓCIO CERTO RURAL (NCR)

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O Negócio Certo Rural (NCR) é um desses programas de capacitação, de

curta duração, em planejamento e administração de pequenos negócios para

produtores rurais.

Este programa apresenta conteúdos básicos estruturados em seis etapas que

auxilia os participantes na melhoria de negócios já existentes ou na implantação de

novos negócios na propriedade. Para isso, orientar a fazer um diagnóstico da

propriedade, a selecionar ideias de negócios, analisar a viabilidade, na organização

e administração do negócio e no relacionamento do negócio com o mercado.

O NCR é um curso de capacitação, de curta duração, em planejamento e

administração de negócios para produtores rurais.

Este curso apresenta conteúdos básicos estruturados em cinco encontros,

que auxiliam os produtores rurais na melhoria de negócios já existentes ou no

desenvolvimento de novos negócios na propriedade.

São ministrados conteúdos sobre como realizar o diagnóstico da propriedade

rural, selecionar ideias de negócios, descrever a ideia de negócio selecionada,

analisar a viabilidade e posteriormente organizar e administrar o negócio.

O Negócio Certo Rural tem o propósito de criar as condições necessárias

para que os participantes desenvolvam as seguintes competências: Cognitiva -

Conhecer os conceitos e ferramentas para elaboração de um plano de negócio,

tendo como foco principal a gestão rural e o empreendedorismo, promovendo a

melhoria da propriedade rural; Atitudinal - Desenvolver atitudes que contribuam para

uma mudança de postura frente ao planejamento e à gestão da propriedade rural;

Operacional - Elaborar um plano de negócio, de acordo com a realidade da

propriedade rural, que possa auxiliar o produtor rural na tomada de decisão. Tendo

como Público-Alvo o produtor rural com, no mínimo, o 5° ano do Ensino

Fundamental.

Nesse ponto do relatório faz-se a opção de tratar da comunicação e seus

aspectos na zona rural em relação ao processo de desenvolvimento e modernização

e da inserção da tecnologia no campo.

3.7. COMUNICAÇÃO RURAL

A comunicação é entendida como “um processo no qual todos os elementos

atuam de forma dinâmica”. (MAGALHÃES apud BELTRAN 1981, p.17). Além de ser

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um fato de relações sociais e um fenômeno de intercâmbio múltiplo no que

concordam os autores.

No exame que Magalhães (2009a) faz sobre o papel da comunicação ele se

refere à necessidade de se esclarecer o entendimento que se atribui ao termo

desenvolvimento. E chama a atenção para Oliveira (2002, p.40) quando “considera

que desenvolvimento deve ser encarado como um processo complexo de mudanças

e transformações de ordem econômica, política e, principalmente, humana e social”.

Dessa forma pode-se concluir que o foco é a satisfação das necessidades do

ser humano, dentre elas: saúde, educação, habitação, transporte, alimentação e

lazer, assim como incrementos na produção e na renda. Esses são indicadores da

melhoria social e ambiental do indivíduo, do grupo social, da região, do país e do

mundo como um todo.

A comunicação para Paulo Freire, citado por Magalhães (2009b) conclui que

“não há sujeito passivo”. A comunicação está “em sua coparticipação no ato de

compreender a significação do significado (MAGALÃES apud FREIRE, 1970, p. 70)”.

“A comunicação se estabelece através de trocas de ideias, do diálogo, da

construção comum, que só é possível quando dois polos da estrutura relacional

funcionam a lei de bivalência [...]“ Magalhães (2009c).

Amplia-se a questão sobre a interação entre as partes na medida em que

Habermas

“Postula que a ação comunicativa é o elemento conciliador do

diálogo, que é regido por normas que definem as expectativas recíprocas de comportamento e que precisam ser compreendidas e reconhecidas pelos dois polos da comunicação. ” (MAGALHÃES apud HABERMAS 1989).

Os teóricos que se ocupam em estudar a comunicação em geral abordam o

caráter unidirecional e bidirecional da comunicação. Tecem considerações sobre os

modelos de comunicação aplicados além de identificarem seus resultados.

Com o objetivo de ampliar a compreensão da comunicação na zona rural se

buscou a análise do modelo difusionista e de comunicação como instrumentos para

a difusão de inovações técnicas e tecnológicas bem como suas consequências e

resultados sociais, econômicos e estruturais visando os países em desenvolvimento,

como o Brasil.

“A difusão de inovações é o processo pelo qual as inovações são comunicadas aos membros de um sistema social” com o objetivo de “aumentar a eficiência da adoção de inovações que se baseiam em

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“novas idéias”, de maior produtividade”. (MARÇOLLA-MOREIRA apud ROGERS e SHOEMAKER, 1971a).

É interessante perceber que esse modelo difusionista estabelece “forte ênfase

na questão comunicacional” no que se refere “às informações necessárias para

avaliar e aplicar inovações, quanto às mensagens motivadoras e persuasivas que

promovem uma atitude inovadora geral”. (MAGALHÃES apud MARÇOLLA-

MOREIRA apud BORDENAVE, 1983a).

A adoção de novas ideias aponta para resultados sempre positivos. E “a

intensidade dos esforços promovidos para difundir uma inovação em um sistema

social, é proporcional a maior ou menor expectativa percebida pelo adotante”

(MAGALHÃES apud MARÇOLLA-MOREIRA apud ROGERS e SHOEMAKER,

1971b)

Identifica-se aqui a importância que o emissor deve atribuir ao adequar à

cultura e ao conhecimento do receptor a mensagem (inovação) para que essa seja

compreendida com sucesso. Unindo o discurso a prática.

O modelo de comunicação tem como base: fonte-codificador, mensagem,

canal, decodificador-receptor. (MAGALHÃES apud BERLO, 2009).

A fonte transmite a mensagem através do canal mais adequado. Mantendo

mesmo assim a “unidirecionalidade” e para superá-la Berlo (1960b) “preocupou-se”

em esclarecer o que se passaria além dessa relação simples, incluído um novo

ingrediente que denominou de retroalimentação ou feedback. (MAGALHÃES apud

MARÇOLLA-MOREIRA apud FRIEDRICH, 1988).

O autor considera que a maior preocupação recai na elaboração das

mensagens e na transmissão mais eficiente por parte do transmissor. Esse é o

contexto em que deve ser avaliada a relação entre um técnico agrícola, um

agrônomo, um extensionista e os produtores (MAGALHÃES apud MARÇOLLA-

MOREIRA, 2001).

Extensionistas e demais técnicos que atuam em programas para o meio rural,

ao contrário do passado em que aplicavam métodos de informação precisam, nos

dias atuais, aplicar procedimentos de comunicação que estabeleçam uma relação de

troca. O técnico procuraria identificar “as reais necessidades dos produtores,

analisar seu contexto social, cultural, econômico, aproximando dos verossímeis

problemas dos produtores, visando um desenvolvimento rural que não massacre,

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domestique e robotize os mesmos”. (MARÇOLLA-MOREIRA apud FRIEDRICK,

1988c).

Pensar a comunicação, a difusão e a extensão rural exige considerar a

questão da comunicação como um:

“Problema pedagógico, de ensino-aprendizagem, não bastando ser comunicada uma tecnologia usando palavras e imagens, mas necessitando ensinar, podendo os produtores como receptores deste processo, dominá-lo como operação prática. Desta forma, em um âmbito geral a comunicação rural deveria conscientizar a população para participar ativamente nos processos de mudança social e de construção de uma sociedade democrática e participativa” (MARÇOLLA-MOREIRA apud BORDENAVE, 1983b).

Visando contribuir com a ideia acima vale citar a importância do conhecimento

nesse processo ensino-aprendizagem

“[...] conhecer não é um ato através do qual um sujeito transformado em objeto, recebe dócil e passivamente os conteúdos que outro lhe dá ou lhe impõe. O conhecimento pelo contrário, exige uma presença curiosa do sujeito em face do mundo. Requer sua ação transformadora sobre a realidade. Demanda uma busca constante. Implica invenção e reinvenção” (MARÇOLLA-MOREIRA apud Freire (1977).

3.8 METODOLOGIA

Quanto à metodologia utilizada, o relatório foi construído, a partir da técnica

de observação participante e análise dos dados coletados ao longo do período de

estágio.

A observação participante é uma técnica de investigação social em que o observador partilha, na medida em que as circunstâncias o permitam, as atividades, as ocasiões, os interesses e os afetos de um grupo de pessoas ou de uma comunidade (ANGUERA, 1985a).

A observação participante permite “[...] a captação das significações e das

experiências subjetivas dos próprios intervenientes no processo de interação social”

(ANGUERA, 1985b).

Na utilização dessa técnica os objetivos vão além de uma descrição dos

detalhes dos componentes em uma circunstância “permitindo a identificação do

sentido, a orientação e a dinâmica de cada momento” (CORREIA apud SPRADLEY,

1980).

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Como resultante da intersubjetividade presente “[...] em cada momento, a

observação em situação permite e facilita a apreensão do real, uma vez que estejam

reunidos aspectos essenciais em campo” (CORREIA apud SPRADLEY, 1980).

Em seu texto: “A observação Participante Enquanto Técnica de Investigação”

Correia (2009a) explica que essa técnica possibilita “[...] compreender as pessoas e

as suas atividades no contexto da ação, [...] que lhe permite uma análise indutiva e

compreensiva”.

O seu emprego com o caráter científico implica “[...] que estejam reunidos

critérios, tais como o responder a objectivos prévios, ser planejada de modo

sistemático, sujeita a validação e verificação, precisão e controle” (CORREIA,

2009b).

Bogdan e Taylor (1975)

Definiram observação participante como uma investigação caracterizada por interações sociais intensas, entre investigador e sujeitos, no meio destes, sendo um procedimento durante o qual os dados são recolhidos de forma sistematizada (CORREIA apud BOGDAN e TAYLOR, 1975).

É adequado lembrar que “[...] a Observação constitui uma técnica de

investigação que usualmente se complementa [...] com outras técnicas como análise

documental [...]” (CORREIA, 2009c).

“Vale observar a análise documental pode ser usada “para complementar a

informação obtida por outro método” e como método de pesquisa central ou mesmo

exclusivo” (BARRETO apud BELL, 1997 p.90).

Considerado o processo de interação social que envolve as ações do

Programa NCR a abordagem interpretativa como metodologia confere sua

contribuição por ponderar a sociedade como “o resultado de numerosas

oportunidades de interação, desenvolvidas por atores que interpretam e atribuem

significados ao contexto adequados.” (ALENCAR, 2007 p.31).

Alencar menciona em seu relato sobre a Pesquisa em Turismo que leva o

título de “Ecoturismo: Interpretação e Planejamento de Atividades em Áreas

Naturais” que

“O ser humano está, assim, envolvido em interpretações do que ocorre à sua volta e escolhe um curso de ação que lhe parece apropriado à luz dessa interpretação. Tal interpretação “do que está acontecendo aqui” somente pode ser considerada “correta” ou “verdadeira” para uma

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pessoa particular que realiza a interpretação. O que é “realidade acontecendo” depende do indivíduo, a realidade está nos olhos do titular da ação” (ALENCAR apud JONES, 1993, p. 18).

Para Alencar (2007, p. 31) as sociedades são constituídas de indivíduos

em incontáveis interações significativas e o resultado é a ordem social.

O comportamento humano pode ser interpretado como uma ação que possui as seguintes características: a) é orientada para a obtenção de fins, metas ou objetivos; b) tem lugar em uma situação (ambiente ou contexto); c) é normativamente regulada e e) implica em gasto de energia (esforço) e motivação. (ALENCAR 2007, p.35).

Um pesquisador que analisa as ações com base na abordagem interpretativa

procura assumir o ponto de vista de quem desenvolve a ação e dessa forma lança

mão do método interpretativo.

Nesse sentido as ações do Programa NCR se desenvolvem no sentido de

orientar os participantes para a obtenção de metas e a abordagem interpretativa

auxilia a análise de sua consecução.

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4. RELATÓRIO DE ESTÁGIO

4.1 Local do Estágio

O estágio profissionalizante remunerado foi realizado no período de 13 de

abril de 2015 a 12 de abril de 2016 no SENAR AR/MT, com sede administrativa

localizada no Centro Político Administrativo (CPA), em Cuiabá – MT. A localização

do SENAR segue em imagem aérea conforme Figura 1.

Figura 1. Imagem aérea da localização do SENAR AR/MT. (Cuiabá, março de 2016).

Fonte: Google Maps.

O prédio do SENAR AR/MT foi inaugurado em 2008 e possui arquitetura

moderna, sendo formado por quatro pavimentos possuindo uma área total de

3.474,93 m². Sua fachada é destacada conforme Figura 2.

Sua sede foi homenageada com o nome do Senador Jonas Pinheiro e o

auditório do prédio recebeu o nome do ex-presidente da Confederação da

Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Antonio Ernesto de Salvo, pela atuação das

duas personalidades na defesa dos interesses do setor agropecuário em todo o país

(BONFIM, 2008).

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Figura 2. Fachada do prédio do SENAR AR/MT. (Cuiabá-MT, março de 2016).

As características de cada pavimento, bem como o andar, a área e descrição

detalhada encontram-se na Tabela 1.

Tabela 1. Características, andar, área (m2) e descrição da sede da SENAR AR/MT.

Pavimento Andar Área (m2) Descrição

1 Subsolo 803,61 01 almoxarifado, 01 arquivo, 01 depósito, 05 salas de trabalho, 05 sanitários e 01 depósito de material de limpeza.

2 Térreo 1.192,66 03 salas de reuniões, 02 copas, 01 depósito, 05 salas de trabalho, 01 recepção, 01 hall, 01 auditório, 05 sanitários e 01 depósito de material de limpeza.

3 Piso 01 739,28 08 sanitários, 01 depósito de material de limpeza, 01 copa e 06 salas de trabalho.

4 Piso 02 739,28 06 sanitários, 02 copas, 01 depósito de material de limpeza, 01 data center e 05 salas de trabalho

Fonte: Autora

A Instituição conta atualmente com o trabalho de 159 colaboradores

distribuídos em distintas unidades organizacionais, sendo elas a superintendência,

assessoria jurídica, assessoria de planejamento, assessoria de relações

institucionais, assessoria de imprensa, assessoria de licitações e contratos,

assessoria especial, gerência administrativa, gerência de educação formal e

assistência técnica, gerência de educação profissional rural, gerência contábil e

financeira e por fim gerência de comunicação, marketing e eventos, conforme Tabela

2.

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Tabela 2. Relação de cargos e colaboradores do SENAR AR/MT em 2015.

Unidades Organizacionais N° de Colaboradores

Superintendência 3

Assessoria Jurídica 4

Assessoria de Planejamento 2

Assessoria de Relações Institucionais 1

Assessoria de Imprensa 1

Assessoria de Licitações e Contratos 9

Assessoria Especial 1

Gerência Administrativa 30

Gerência de Educação Formal e Assistência Técnica 10

Gerência de Educação Profissional Rural 50

Gerência Contábil e Financeira 13

Gerência de Comunicação, Marketing e Eventos 10

Total de colaboradores 134

Colaboradores terceirizados 11

Total Colaboradores + temporários 136

Total Colaboradores + temporários + estagiários 148

Total geral 159

Fonte: Autora

4.2 História da Instituição

4.2.1 Marco Legal

Trata-se da uma instituição de direito privado, paraestatal, sem fins lucrativos

e mantida pela classe patronal rural.

O SENAR atua nos 27 estados brasileiros e foi criado pela Lei nº 8.315, de 23

de dezembro de 1991, de acordo com o artigo nº 62 do Ato das Disposições

Transitórias (BRASIL, 1991) que previam sua criação nos moldes do Serviço

Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e do Serviço Nacional de

Aprendizagem do Comercial (SENAC), e foi regulamentada pelo Decreto n° 566, de

10 de junho de 1992 (BRASIL, 1992).

O SENAR, nacionalmente, é vinculado à Confederação da Agricultura e

Pecuária do Brasil (CNA) sendo dirigido por um Conselho Deliberativo tripartite e

paritário com representantes do governo, da classe patronal rural e da classe

trabalhadora, com igual número de conselheiros, conforme Figura 3.

Com base no inciso X do artigo n° 15 do Regimento Interno (BRASIL, 1994), o

SENAR Administração Central, cria o SENAR Administração Regional do Estado de

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Mato Grosso (SENAR-AR/MT) pela Portaria nº 009/94, de 04 de abril de 1994,

emitida pelo presidente do Conselho Deliberativo.

Figura 3. Ilustração tripartite do conselho deliberativo do SENAR nacional.

O SENAR tem suas ações fundamentadas em diretrizes e princípios

instituídos pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), pelo Centro

Interamericano de Investigação e Documentação sobre a Formação Profissional

(CINTERFOR), pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e nas diretrizes da

CNA.

O SENAR-AR/MT é vinculado à Federação da Agricultura e Pecuária de Mato

Grosso (FAMATO), conhecido cujo é composto por: SENAR AR/MT, Instituto Mato-

grossense de Economia Agrícola (IMEA) e Sindicatos Rurais (Figura 4).

Figura 4.Órgãos constituintes do Sistema FAMATO.

A instituição SENAR é dirigida por um Conselho Administrativo, composto por

representantes da classe formada por produtores rurais e trabalhadores rurais do

estado e um representante do SENAR Administração Central, conforme esquema

representado na Figura 5.

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(a) (b)

Figura 5. Esquema do Conselho Administrativo do SENAR, sendo: (a) formação tripartite do conselho sendo um representante da classe de produtores rural, um representante da classe de trabalhadores rurais e um representante do SENAR Administração Central; (b) organograma.

Esse Conselho é constituído por um Conselho Fiscal que responde pela

fiscalização da parte financeira e orçamentária e uma Superintendência que executa

a administração da instituição.

O Conselho Administrativo desempenha a direção superior e a normatização

das atividades do SENAR no estado, que compreendem o planejamento, as

diretrizes e as políticas institucionais, o controle e a avaliação da instituição.

Dentre as diretrizes do NCR são estabelecidos critérios que o agente mobilizador deve seguir quando for recrutar e selecionar a clientela para os eventos,

Respeitando os limites legais estabelecidos, Portaria nº 88/2009 do Ministério do Trabalho e Emprego, que confere pelo Art. 1º, para efeitos do art. 405, inciso I, da CLT, o que são considerados locais e serviços perigosos ou insalubres, proibidos ao trabalho do menor de 18 (dezoito) anos, os descritos no item I - Trabalhos Prejudiciais à Saúde e Segurança, do Decreto nº 6.481, de 12 de junho de 2008, da Presidência da República, que Regulamenta os artigos 3º, alínea "d", e 4º da Convenção 182 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que trata da proibição das piores formas de trabalho infantil e ação imediata para sua eliminação, entre outras legislações que regem o âmbito de atuação do SENAR para a oferta de FPR. (SENAR/MM, 2015).

Na Figura 6 é possível visualizar o organograma atual utilizado pelo SENAR

AR/MT.

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(a) (b)

(c) (d)

Figura 6. Organograma do SENAR AR/MT (2015), subdivida em (a) Conselho Administrativo, (b) Superintendência, (c) Gerencia Administrativa e, (d) Gerencia Contábil e Financeira.

4.2.2 Planejamento Estratégico

Planejamento estratégico segundo FISCHMANN & ALMEIDA (1991), é um

processo continuo e sistemático de análise de uma organização sob diversos

ângulos que direcionam e auxiliam na tomada de decisão retroalimentando e

medindo os efeitos das escolhas feitas para o cumprimento da sua missão. Pode-se

identificar a missão, visão e valores do SENAR AR/MT, conforme Figura 7.

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Figura 7. Missão, Visão e Valores do SENAR AR/MT.

Fonte: Autora

O planejamento estratégico é um dos procedimentos adotados pelo SENAR

AR/MT para a execução de suas atividades e alcance dos seus objetivos juntos a

comunidade rural do estado de Mato Grosso (Figura 8).

Figura 8. Objetivos do Mapa Estratégico do SENAR AR/MT (2015).

4.2.3 Gestão Atual (Triênio 2011-2016)

O Presidente do Sistema FAMATO, Rui Prado está em sua segunda gestão

que teve inicio em 2013 finalizando em 2016. Médico Veterinário iniciou sua

trajetória como presidente no sindicato de Campo Novo dos Parecis, posteriormente

presidente da Associação dos Produtores de Soja do Estado de Mato Grosso

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(Aprosoja), da Associação dos Produtores de Soja do Brasil (Aprosoja Brasil) e do

Instituto Ação Verde, assumindo então a Presidência do Sistema FAMATO em 2011.

O superintendente do SENAR-MT, Tiago Mattosinho, formado em agronomia

esteve à frente de entidade desde 2010 até 2016. Em sua gestão os escritórios

regionais, passaram de nove para onze, dessa forma a atuação do SENAR AR/MT

se estende a todos os municípios mato-grossenses.

Durante a gestão foram construídos seis Núcleos Avançados de Capacitação

e a parceria com o Instituto Mato-grossense de Algodão (IMA) resultou na

implantação do Centro de Treinamento e difusão de tecnologia, em Sorriso e o

número de treinamentos ofertados chegou a 234. (Assessoria de Comunicação

Sistema FAMATO/ SENAR-MT, 2015). No inicio do ano de 2016 o Otávio Celidônio

assume a superintendência do SENAR AR/MT.

4.3 Atuação do SENAR AR/MT

O SENAR atua junto aos produtores rurais, trabalhadores rurais e a seus

familiares. Realiza treinamentos que visam à capacitação e a qualificação nas

diferentes áreas de ocupação desses seguimentos.

Atualmente o SENAR AR/MT oferece 234 treinamentos para a Formação do

Profissional Rural. Esses treinamentos atendem três frentes de trabalho, a saber: (i),

Formação Profissional Rural (FPR); (ii) Promoção Social (PS) e; (iii) Assistência

Técnica Gerencial.

O SENAR buscando desenvolver conhecimento, habilidades e atitudes para a

vida produtiva e social do trabalhador, produtor rural e suas famílias cria programas

de formação profissional rural procurando atender as necessidades de qualificação

para o trabalho, e assim elevar a condição social e profissional do individuo no

campo.

Com o foco na educação, a promoção social, possibilita ao trabalhador,

produtor rural e suas famílias a adquirirem conhecimento, desenvolvimento de

habilidades pessoais e sociais e mudanças de atitudes que favorecem melhor

qualidade de vida e participação na comunidade.

Os treinamentos tanto do FPR quanto do PS estão destacados na Figura 9.

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Figura 9. Frentes de trabalho do SENAR AR/MT, bem como áreas de atuação da FPR e PS.

Fonte: Autora.

Com enfoque educativo, o PS, possibilita ao trabalhador, produtor rural e suas

famílias a aquisição de conhecimentos, desenvolvimento de habilidades pessoais e

sociais e mudanças de atitudes que favorecem melhor qualidade de vida e

participação na comunidade.

Em 2015, foi lançada uma nova frente de trabalho pelo SENAR, a Assistência

Técnica Gerencial que se dá em parceria com o Sindicato Rural de Pontes e

Lacerda e a adesão de prefeituras, associações de produtores, universidades,

órgãos estaduais e federais, entre outras instituições, de acordo com figura 10.

Figura 10. Frentes de atuação do SENAR AR/MT FPR Maquinas agrícolas em Jauru/MT. PS São José dos Quatro Marcos. AT. Imagens Google março de 2016.

Fonte: Autora.

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Entende-se como sindicato uma associação formada por membros de uma

mesma categoria profissional e econômica, para coordenar, representar e defender

os interesses e direitos de seus associados.1

Os sindicatos de empregadores e trabalhadores rurais, segundo Vieira (1994),

têm a função de representar, organizar e defender os interesses de seus membros

visando à valorização e o desenvolvimento socioeconômico através do fomento da

agropecuária.

No ano de 2009, o SENAR/MT implantou seu projeto de interiorização

institucional, fixando sua atuação nas cidades de Cuiabá, Barra do Garças, Campo

Novo do Parecis, Colíder, Juína, Querência, Rondonópolis, São José dos Quatro

Marcos e Sorriso. Em 2015 ampliou sua atuação implantando mais duas regionais,

nas cidades de Confresa e Guarantã do Norte, conforme figura 11.

Figura 11. Mapa dos escritórios regionais dos sindicatos rurais em Mato Grosso.

Fonte: Site do SENAR AR/MT.

A criação das regionais visou promover aproximação da Instituição com os

parceiros e seu público no interior do Estado e possibilitou melhor atendimento. Os

critérios para formação das regionais tiveram como base as características

socioeconômicas dos municípios, aptidões agropecuárias e logísticas da região, de

acordo com a figura 12.

1 Site do SENARhttp://sistema FAMATO.org.br/portal/sindicatos/o_que_e_sr.php. Acesso 06, mar. 2016.

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Figura 12. Mapas de cada regional pertencente ao SENAR AR/MT.

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Como parte do processo educativo desenvolvido pelo SENAR, encontram-se

os Programas Especiais que atendem um publico específico, todos relacionados ao

meio rural.

Como exemplo dos Programas Especiais desenvolvidos pelo SENAR AR/MT,

cita-se

Campo Aprendiz - Cultura da Cana-De-Açúcar; Mecanização Agrícola - Soja e

Milho e Mecanização Agrícola: Cana-de-açúcar.

Futuros Produtores - Futuros Produtores Do Brasil E Futuros Produtores Do

Brasil.

Conforme a lista de programas demonstrados na figura 13.

Figura 13. Programas Especiais desenvolvidos pelo SENAR AR/MT.

.Fonte: Autora.

Esses são direcionados à gestão da propriedade, à segurança do trabalho, ao

empreendedorismo, ao atendimento às pessoas com necessidades especiais, à

cidadania e à inclusão digital.

4.4 Equipe de Projetos Técnicos (EPROTEC)

O estágio foi realizado na equipe de projetos técnicos que faz da Gerencia de

Educação Profissional Rural.

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Essa equipe é composta por um médico veterinário, um agrônomo, uma

engenheira florestal, um administrador, duas zootecnistas e duas assistentes sociais.

Esses são os analistas técnicos responsáveis por escrever, implantar,

acompanhar a execução e avaliar os resultados dos projetos que depois de

implantados passam a ser denominados de Programas Especiais.

Dentre esses programas está o Negócio Certo Rural (NCR), que é o foco

desse relatório de estágio.

O NCR se utiliza de técnicas de ensino adequadas e direcionadas ao público

do meio rural e com sua metodologia possibilita que milhares de potenciais

empreendedores do setor rural tenham a oportunidade de realizar o sonho de serem

empreendedores.

O programa alcança não só ao produtor, mas também o trabalhador rural e

seus familiares e “resulta em ganhos econômicos e sociais, na forma de

empreendedorismo consciente, aumento de renda, e consequentemente, da

qualidade de vida”.2

As atividades do estágio foram desenvolvidas dentro da Equipe de Projetos

Técnicos que faz parte da Gerência de Projetos que é responsável por desenvolver

os Programas e Projetos executados pelo SENAR.

2 Avaliação do Programa NCR, por participantes e instrutores do estado de Mato Grosso. Julho de 2015. Pg03.

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5. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS E DISCUSSÃO

A atividade do estágio profissionalizante se referiu ao gerenciamento na

execução das capacitações destinadas aos trabalhadores e produtores rurais bem

como de seus familiares, ocorridas do Programa NCR, que compreendeu ações de

supervisão, acompanhamento da metodologia e sua aplicação conforme o descritivo

do programa e as metas de execução, explanados neste item.

Foi realizada a supervisão da divulgação do programa desde a execução,

avaliação, até a prestação de contas aos parceiros ao SEBRAE. Abaixo, estão

listados os passos necessários para que o Programa NCR fosse executado no ano

de 2015.

5.1 Divulgação do Programa

A divulgação do programa realizada pela Gerência de Comunicação,

Marketing e Eventos (GECOM) do SENAR AR/MT juntamente com a instituição

parceira SEBRAE/MT, por meio da mídia impressa, com destaque da logomarca do

programa e da logomarca do SENAR/MT, conforme a figura 14.

Figura 14. Mídia impressa para divulgação do Programa NCR.

Os agentes de mobilização fizeram a divulgação das ações/atividades

utilizando os meios de comunicação no meio rural (cartaz, carro de som e

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propaganda em rádio), mostrando os ganhos que os eventos do SENAR-AR/MT

trazem a seu público.

As mídias impressas foram distribuídas nos 14 municípios, onde foram

realizadas as 23 capacitações do Programa NCR no ano de 2015, conforme Figura

15.

Figura 15. Municípios do Estado de Mato Grosso, onde houve as distribuições das mídias impressas de divulgação do Programa NCR, em 2015.

5.2 Atuação dos Sindicatos Rurais

Os Sindicatos Rurais desempenham em seus municípios o trabalho de

mobilização das ações de Formação Profissional Rural - FPR e atividades de

Promoção Social - PS, demandados por produtores, trabalhadores rurais e seus

familiares, em conjunto com Sindicatos dos Trabalhadores Rurais, Associações de

Produtores, Órgãos Oficiais e outros, sendo estes seus parceiros locais, conforme o

manual de mobilização.

5.2.1 Mobilização

Essa ação foi regulamentada pelo manual de normas e orientações para a

mobilização que “[...] trata dos aspectos operacionais da mobilização, assim como,

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das atribuições necessárias ao parceiro que garante o sucesso das ações de FPR e

atividades de PS, tendo o propósito de orientar as entidades parceiras e seus

agentes de mobilização.” (SENAR/MM, 2015).

A mobilização do Programa NCR foi realizada pelos agentes de mobilização

indicados pelos sindicatos rurais para cada região e se constituiu como ferramenta

de acesso da clientela do SENAR às ações educativas da instituição.

O SENAR AR/MT disponibilizou uma verba que foi paga ao Sindicato após a

conclusão da turma pelo Instrutor e o relatório de mobilização pelo parceiro,

obedecendo ao cronograma de pagamento do setor financeiro do SENAR/MT,

ilustrado na figura 16.

Figura 16. Visualização do Evento Pai no Sistema SENAR nas Nuvens

Os Instrutores ministraram uma palestra de sensibilização sobre o Programa

NCR para os proprietários e trabalhadores rurais e seus familiares, em que foi

apresentado o funcionamento do programa e seus benefícios. Essa palestra é

disponibilizada pelo SENAR AR/MT no sistema “SENAR NAS NUVENS”. Para

demandar a palestra o mobilizador precisava indicar no sistema qual a melhor data

para sua realização. A palestra teve duração máxima de quatro horas, e nesse

tempo após a apresentação aberto ao público a fala para tirar dúvidas e resposta

aos questionamentos.

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5.2.2 Agentes de mobilização

Os agentes de cada Sindicato elaboraram o Plano Anual de Trabalho (PAT),

em conjunto com os supervisores do SENAR AR/MT e seus parceiros locais

(prefeituras, empresas rurais). As demandas do PAT foram inseridas no “SENAR

nas Nuvens”, seguindo o cronograma da figura 17.

Figura 17. Cronograma das demandas dos eventos do NCR. Fonte: Manual do Mobilizador 2015.

Após inserção do PAT no “SENAR nas Nuvens”, os parceiros validavam as

demandas de acordo com o cronograma.

Nos meses de março e julho de 2015 SENAR AR/MT priorizou a realização

da programação dos eventos planejados no sistema. Os eventos não planejados só

foram demandados no sistema durante os outros meses do ano.

Os agentes de mobilização providenciaram local adequado para pernoite dos

instrutores credenciados e garantiram o fornecimento de alimentação. Escolheram e

organizaram o local para realização das turmas e providenciaram os recursos

instrucionais necessários, segundo o catálogo de eventos disponível no site do

SENAR, conforme figura 18.

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Figura 18. Catalogo de Eventos – Material Institucional.

Antes do início do evento os agentes mobilizadores mantiveram contato com

os instrutores credenciados para garantirem a execução, e foram os responsáveis

por leva-los até o local de realização dos eventos.

5.2.3 Levantamento de interesse no NCR

Os agentes mobilizadores realizaram o levantamento, identificando as

demandas, selecionando os participantes para o evento, bem como a promoção de

palestras e reuniões para a divulgação do programa junto ao meio rural, com a

definição do cronograma de realização dos cursos e as obrigações de cada entidade

parceira na realização dos eventos.

5.2.4 Demanda de evento

Os eventos foram demandados, pelo sindicato rural, no sistema “SENAR nas

Nuvens”, atendendo os pré-requisitos para inscrição dos participantes em

treinamentos do SENAR AR/MT, levando em consideração que os mesmos

deveriam ser realizados entre as segundas-feiras e sábados, conforme a carga

horária do evento especificada no “Catálogo de Eventos”.

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5.3 Programação dos eventos

A programação dos eventos foi feita pela equipe de Gestão de Execução do

SENAR AR/MT, após ter identificado a demanda no sistema “SENAR nas Nuvens”.

As datas sugeridas foram atendidas considerando a disponibilidade dos

instrutores e a capacidade de atendimento, para garantir o andamento das

atividades, certificando-se da realização de cada evento.

Destaco que a demanda identifica apenas o dia de realização do primeiro

módulo. Durante sua execução o instrutor define com os participantes as datas dos

demais módulos e informa ao SENAR AR/MT através do manifesto no “SENAR NAS

NUVENS”.

5.3.1 Formação das Turmas e Clientela (pré-requisitos)

Para a realização de cada evento foram inscritas no máximo de 15

propriedades rurais, sendo permitida a participação de até duas pessoas por

propriedade rural, correspondendo a uma capacidade máxima de 30 participantes

(aluno) por treinamento.

O programa exige que o participante seja produtor ou trabalhador rural tendo

no mínimo o quinto ano fundamental.

5.4 Habilitação e credenciamento de Novos Instrutores

O procedimento para habilitação e credenciamento dos novos instrutores foi

realizado pela equipe de Apoio Pedagógico do SENAR AR/MT (EAPED), e consistiu

na seleção por análise de currículo e treinamento metodológico dos profissionais.

5.5 Atribuições e Responsabilidades do Instrutor

O papel do instrutor no processo de ensino-aprendizagem nos treinamentos

foi estimular os alunos a estudar e questionar os ensinamentos do Programa NCR,

além de analisar a qualidade do material, a relevância do conteúdo apresentado; o

feedback das atividades de aprendizagem sendo esses os fatores determinantes

para o sucesso do programa.

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Os instrutores das turmas do Programa NCR acompanharam o processo de

ensino-aprendizagem, respondendo as questões relacionadas ao conteúdo, as

tarefas e a metodologia de estudo, auxiliando os participantes durante toda a

capacitação, conforme listado na figura 19.

Figura 19. Atribuições e responsabilidades do Programa NCR.

5.6 Metodologia do Programa NCR

Os treinamentos do programa NCR ocorreram presencialmente com o

instrutor e foram divididos em cinco encontros de oito horas cada, com

aproximadamente duas semanas de intervalo entre um encontro e outro.

O conteúdo foi elaborado com conceitos, dicas, exemplos e tarefas práticas

(figura 20), para que o estudo fosse agradável e para que o aluno pudesse

relacionar o que estava estudando com a prática do seu dia-a-dia profissional e,

assim, melhorar a gestão do seu negócio e da sua propriedade como um todo.

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Figura 20. Tarefa que o instrutor passa para o participante.

5.6.1 Competências e Conteúdos

Na Tabela 3 é possível observar detalhadamente os conteúdos e

competências adquiridas pelo participante ao finalizar o treinamento do NCR.

Tabela 3. Conteúdos e competências adquiridas pelo participante ao finalizar o treinamento do NCR.

Encontro Competências Conteúdos

1

Realizar o diagnóstico da propriedade rural Identificar as potencialidades e deficiências da propriedade rural para ampliar a visão do seu negócio. Perceber a importância do diagnóstico da propriedade rural. Realizar o diagnóstico da propriedade rural.

Diferença entre empresa urbana e empresa rural. Principais atividades rurais e produtos da região. Diagnóstico da propriedade rural.

2

Identificar ideias de negócios Identificar novas ideias de negócios a partir de sua realidade e potencialidades da região. Reconhecer a importância da busca de informações para o desenvolvimento do negócio. Realizar a busca de informação para avaliar sua ideia.

O que é uma ideia de negócio? Avaliando e identificando ideias de negócios. Busca de informação sobre uma ideia de negócio.

3

Descrever o negócio

Compreender a importância de detalhar as informações necessárias para a construção da sua ideia de negócio. Perceber a importância de informações confiáveis na construção da sua ideia de negócio. Registrar as informações para o desenvolvimento de sua ideia de negócio.

Organização dos dados sobre a sua ideia de negócio. Identificação dos pontos fortes e fracos, oportunidades e ameaças do negócio escolhido. Projeção de investimentos, produção, receita e despesas necessárias.

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4

Verifique a viabilidade do negócio Compreender os indicadores e resultados econômicos para análise da viabilidade do negócio. Tomar consciência da importância da realização do plano de negócio como instrumento de decisão. Calcular a viabilidade do negócio.

Calculando indicadores e resultados. Análise da viabilidade do negócio. Plano de negócio.

5

Organize e administre o negócio Conhecer ferramentas de registro e controle para a gestão do negócio. Contextualizar a atuação em redes associativas. Identificar as principais características do comportamento empreendedor. Perceber a importância da utilização de registros e controles no seu negócio. Tomar consciência acerca da importância das características do comportamento empreendedor. Predispor-se a adotar as práticas associativas. Utilizar as ferramentas de registro e controle para a gestão do negócio. Executar ações de cooperação.

Gestão rural; Ciclo PDCA; Registros e controles; Formas associativas; Características do comportamento empreendedor.

5.7 Carga Horária

O programa teve carga horária total de 46 horas, sendo 40 horas em sala e

06 horas de consultoria, conforme Tabela 4.

Tabela 4. CNumero de encontros, etapas, carga horária e conteúdo do Programa NCR.

Encontros Etapas Carga Horária (H) Conteúdo

1º I 08 Realizar o Diagnóstico da

Propriedade

2º II 08 Identificar Ideias de

Negócio 3º III 08 Descrever o Negócio

Consultoria 02 Consolidar do Plano de Negócio 4º IV 08 Verificar a Viabilidade do Negócio 5º

V 08 Organizar e Administrar o Negócio

6º Relacionar o Negócio com o Mercado Consultoria 04 Gestão da Propriedade

Fonte: Autora

5.8 Consultorias

Os participantes também receberam consultoria, gratuita, prestada pelo

instrutor responsável pela turma. As consultorias são divididas em dois momentos. A

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primeira de duas horas, entre o terceiro e o quarto encontro para os participantes

que agendaram (figura 21).

Figura 21. Atribuições do instrutor dentro de sala de aula.

As consultorias de quatro horas são realizadas para todos os participantes

aprovados no programa após o quinto encontro.

Essa consultoria teve como base os aspectos gerenciais sobre o plano de

negócio construído durante todos os encontros. (Figura 22).

Figura 22. Atribuições do instrutor durante a consultoria na propriedade.

5.9 Padrão Documental

O padrão documental para fechamento dos relatórios referente aos cursos do

NCR que serão protocolados para análise no SENAR/MT demonstrados na Tabela

5.

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Tabela 5. Descritivo do NCR referente ao padrão documental.

5.10 Avaliação do Programa

Os participantes do programa preencheram duas avaliações (figura 23), que

foram entregues aos instrutores. A primeira avaliação foi preenchida ao final do

quinto encontro e a segunda no final da consultoria na propriedade quatro horas.

Padrão Documental Encontros Consultorias (H)

1 2 3 4 5 2 4 Capa de Identificação do Evento

S S S S S S S

Lista de Presença c/ Assinatura dos Participantes

S S S S S ― ―

Folha de presença preenchida

S S S S S S S

Relatório de Aprovação S S S S S S S Avaliação dos participantes S S S S S ― ― Relatório de avaliação concluída-RAC

S S S S S S S

Matrículas S S S S S S S Agendamento de consultorias

― ― S

― S

― ―

Ficha de consultoria preenchida e assinada pelo(s) participante(s)

― ― ― ― ― S S

Ficha de Inscrição (SEBRAE/SENAR)

S S ― ― ― ― ―

Ficha de Avaliação do Participante (SEBRAE/SENAR)

― ― ― ― S

― ―

Ficha de Avaliação do Educador (SEBRAE/SENAR)

― ― ― ― S

― ―

Ficha de Avaliação das Consultorias – Participante (SEBRAE/SENAR)

― ― ― ― ― ― S

Ficha de Avaliação das Consultorias – Educador (SEBRAE/SENAR)

― ― ― ― ― ― S

Relatório de Aprovação Final de Certificação-Evento Total

― ― ― ― ― ― S

Planilha de resultados/turma ― ― ― ― ―

― S

Fonte: Autora

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Figura 23. Avaliação do Participante I. Frente e verso.

As avaliações (Figura 24) são anônimas, ou seja, não continham a

identificação dos participantes, pois o objetivo foi o de identificar os pontos de

melhoria no programa.

Figura 24. Avaliação do Participante II. Frente e verso.

O Instrutor também preencheu duas avaliações (figura 24), que foram

entregues ao gestor do programa. A primeira foi preenchida ao final do quinto

encontro e a segunda ao final da consultoria na propriedade quatro horas. A

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percepção do instrutor também foi uma ferramenta para apontar as possíveis

melhorias no programa para o ano seguinte.

5.11 Certificação

Para ter direito ao certificado de conclusão do programa, o participante pode

ter até 20% de falta consequentemente o mínimo 80% de presença e ter elaborado o

plano de negócio, conforme Figura 25.

Figura 25. Certificado do participante do programa NCR.

A certificação foi entregue aos participantes após todos os relatórios serem

analisados, entre eles os relatórios das consultorias, sendo assim identificados os

participantes aprovados após avaliação do instrutor.

5.12 Prestação de conta

A prestação de contas foi feita ao final dos trabalhos do ano corrente, onde o

SENAR AR/MT apresenta todas as informações ao SEBRAE/MT referente ao

número de turmas realizadas, destino dos recursos voltados ao programa,

apresentação de notas fiscais, recibos, extratos e demais documentos que

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comprovem a aplicação correta dos recursos. Na Tabela 6 podemos identificar onde

ocorreram os cursos e os números de alunos e propriedades que iniciaram e

terminaram o programa NCR.

Tabela 6. Relatório final com a quantidade de participantes e propriedades presentes.

Município Alunos

Inscritos Propriedades

Inscritas Alunos

Aprovados Propriedades

Aprovadas Evadidos

Cotriguaçu 20 15 17 14 3 Colniza 23 15 20 14 3 Tapurah 23 15 23 15 0 Pontes e Lacerda 18 15 12 12 6 Pontes e Lacerda 15 15 7 7 8 Luciara 19 14 14 14 3 Tabaporã 25 15 21 13 12 Novo Santo Antonio 19 15 17 13 6 Vila Bela da Sant. Trindade 29 15 26 15 3 Cuiabá 20 15 18 15 2 Água Boa 21 15 18 14 3 Colniza 25 15 24 15 1 São Felix do Araguaia 18 15 17 14 1 Água Boa 18 15 9 9 9 Confresa 16 15 11 11 5 Canarana 18 15 15 13 5 Pontes e Lacerda 21 15 13 13 8 Pontes e Lacerda 22 15 16 12 6 Nova Mutum 21 15 18 15 3 Pontes e Lacerda 22 15 17 11 5 Pontes e Lacerda 21 12 12 10 9 Pontes e Lacerda 22 15 13 12 9 São Feliz do Araguaia 19 15 15 14 4

Negócio Certo Rural em Mato Grosso 2015

5.13 Macro fluxo do Programa NCR

Na Figura 26, encontra-se o macro fluxo do processo completo de uma turma

do Programa NCR.

Figura 26. Macrofluxo do processo completo de uma turma do Programa NCR.

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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A elaboração deste trabalho de conclusão de curso exigiu persistência,

detalhamento, sistematização, leitura, análise e observação na busca de

informações e conhecimento. Demandou perseverança e dedicação como em

qualquer outra atividade que um profissional necessita ter.

Possibilitou a ampliação dos conhecimentos com relação à gestão do

agronegócio e fixação dos procedimentos práticos de aplicação das metodologias de

análise da cadeia de produção rural.

Bem como a assimilação da visão sistêmica das empresas, instituições

governamentais e das atividades do campo e seus efeitos mercadológicos.

Como resultado do estágio foi possível identificar que a mudança causada

pelo programa NCR na vida dos proprietários e trabalhadores rurais promove um

impacto na vida dos colaboradores de cada setor envolvido com o processo de

realização dos cursos de formação profissional e promoção social.

Ver o fruto do seu trabalho na mudança de vida tanto econômica quanto

social dos participantes, possibilitando a eles o renascimento da esperança de um

futuro melhor.

Esta experiência foi fundamental na minha formação profissional como

zootecnista volvendo o meu olhar para o alcance social de minha profissão.

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REFERÊNCIAS

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