UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO … Art… · Que a paz e o amor se manifestem cultivando...
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
CENTRO ACADÊMICO VITÓRIA
LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA
ARTHUR FELIPE DE SOUZA
POLIPRÁXIS EDUCACIONAL E A TEORIA DA PEDAGOGIA PROMOTIVA,
INICIAÇÃO DOS CONCEITOS FILOSOFICOS PARA EDUCAÇÃO FÍSICA
ESCOLAR
VITÓRIA DE SANTO ANTÃO - PE
2017
ARTHUR FELIPE DE SOUZA
POLIPRÁXIS EDUCACIONAL E A TEORIA DA PEDAGOGIA PROMOTIVA,
INICIÇÃO DOS CONCEITOS FILOSOFICOS PARA EDUCAÇÃO FÍSICA
ESCOLAR
Projeto de trabalho de conclusão de
curso apresentado ao curso de
Licenciatura em Educação Física da
Universidade Federal de Pernambuco
– UFPE, como requisito parcial para
obtenção do titulo de Licenciado em
Educação Física.
Orientador: Prof. Dr. Haroldo Moraes
de Figueiredo
Coorientador: Prof. Ms. Edilson
Laurentino dos Santos.
VITÓRIA DE SANTO ANTÃO – PE
2017
Catalogação na Fonte Sistema de Bibliotecas da UFPE. Biblioteca Setorial do CAV.
Bibliotecária Roseane Souza de Mendonça, CRB4-1148
S729p Souza, Arthur Felipe de.
Polipráxis educacional e a Teoria da Pedagogia Promotiva, iniciação dos conceitos filosóficos para Educação Física Escolar / Arthur Felipe de Souza. Vitória de Santo Antão, 2017.
42f.
Orientador: Haroldo Moraes de Figueiredo. Coorientador: Edilson Laurentino dos Santos. TCC (Graduação em Educação Física) – Universidade Federal de
Pernambuco, CAV, Licenciatura em Educação Física, 2017. Inclui bibliografia.
1. Educação Física Escolar. 2. Metodologia Educacional. 3. Propostas Pedagógicas. I. Figueiredo, Haroldo Moraes de (Orientador). II. Santos, Edilson Laurentino dos (Coorientador). III. Título.
796.083 CDD (23.ed.) BIBCAV/UFPE-062/2017
ARTHUR FELIPE DE SOUZA
POLIPRÁXIS EDUCACIONAL E A TEORIA DA PEDAGOGIA PROMOTIVA,
INICIAÇÃO DOS CONCEITOS FILOSOFICOS PARA EDUCAÇÃO FÍSICA
ESCOLAR
Projeto de trabalho de conclusão de
curso apresentado ao curso de
Licenciatura em Educação Física da
Universidade Federal de Pernambuco
– UFPE, como requisito parcial para
obtenção do titulo de Licenciado em
Educação Física.
Aprovada em: 01/02/2017
BANCA EXAMINADORA
___________________________________________________________________
Prof. Me. Saulo Fernandes Melo de Oliveira – 1º Examinador
Centro Acadêmico de Vitória/UFPE
___________________________________________________________________
Prof. Me. Edilson Laurentino dos Santos – 2º Examinador
Faculdade Salesiana (Recife)
__________________________________________________________________
Profª. Ma. Magadã Marinho Rocha de Lira – 3ª Examinadora
Instituto Federal de Pernambuco (Vitória de Stº Antão)
“(...) Fazer teoria é pensar sobre as dificuldades de sua prática, é falar sobre sua
prática, usar o plano mental com este fim.”
(Gomes, p. 33-34,1999).
A todos aqueles no qual a Educação Física escolar os enche de devaneios e
pulsões... (Arthur Felipe de Souza, 2017).
AGRADECIMENTOS
Agradecer primeiramente ao Grande Deus Altíssimo que rege todas as coisas no
universo (RM 8:28). Agradecer a ele pelo seu amor incondicional (JO 3:16). Por me
dar inteligência e poder lutar por tudo isto aqui (PR 6:19). Por me ajudar a discernir
e saber agir com sabedoria, de forma minuciosa, tal qual eu pudesse vivenciar de
forma pedagógica tudo aquilo que se fez necessário para criação e desenvolvimento
desta obra.
Aos meus pais Alcineide Maria da Conceição Souza e Inaldo Domingos de Souza
por se dedicarem a mim, por estarem sempre comigo e acreditarem no meu futuro,
por me amarem incondicionalmente e fazer tudo que estava aos seus alcances e
por muitas vezes, muito mais, além disto. Juntamente à eles também a toda minha
família, avós, tios e primos, pelo apoio mostrado até então.
A Shalon Judá Rodrigues, por acreditar e sempre me incentivar, dizendo por muitas
vezes que eu tinha talento, embora por muitas vezes eu não tivesse confiança em
mim mesmo, agradecer por tantos momentos, por tantas aprendizagens, por me
impulsionar a ir mais além do que eu poderia ir, por que sempre continuará presente
em todos os momentos em que eu der o meu melhor, porque era isso que ela
sempre esperou de mim.
Grandes agradecimentos aos meus caros amigos André Vieira da Silva, por estar
sempre proporcionando empatia em minha formação acadêmica e fazer assim uma
tão boa amizade na faculdade; Cássio Pierre de Joaquim Santana, uma das
pessoas com mais inteligente, empírica e transformadora. Obrigado por tudo o que
vocês fazem e fizeram por mim.
A Banca examinadora, professor Haroldo Moraes de Figueiredo, Edilson Laurentino
dos Santos por me orientarem nessa jornada e aos professores Magadã Marinho
Rocha de Lira e Saulo Fernandes Melo de Oliveira por todo tempo disposto, por
estarem comigo durante a graduação e de também fazerem minha formação um
tanto diferente, me ensinando e muito mais do que isso, me educando e tornando o
professor que sou. Como disse Bernard Chartres: ‘nanos gigantum humeris
insidentes’ ou traduzindo ‘se eu vi mais longe, foi por estar sobre ombros de
gigantes’. E foi assim que conseguir chegar tão longe. Devo muito também há
outros professores, tais quais Jorge Luiz de Brito Gomes, Gêssyca Adryenne,
Rowhena Jane Barbosa de Matos, Solange Maria Magalhães da Silva Porto,
Marcelus Brito de Almeida, Edil de Albuquerque Rodrigues Filho e Jorge Luiz de
Brito Gomes por todas as oportunidades de aprendizado e também a todos os
outros que contribuíram de alguma maneira em minha graduação.
A experiência das minhas primeiras produções cientifica, e por toda liberdade de
criação eu dedico aos membros do Laboratório de Anatomia do Centro Acadêmico
de Vitória, sendo estes Professores, Técnicos e Monitores, pelos momentos que
passamos juntos, tanto na formação quanto pelos congressos em nosso país.
Obrigado a todos estes e aos quais não mencionei. Desejo-lhes que vivenciem
sempre muitas experiências boas e novas, que tenham sempre novos projetos e
que estes se concretizem e que os façam crescer, que amplie seus horizontes,
viajem, programe-se, busque, interaja, divirta-se, ame, exercite-se e que viva a vida
da maneira a qual deve ser vivida. É um presente divino completar esse percurso da
minha existência acadêmica.
Que a paz e o amor se manifestem cultivando o bem em cada momento, que a
saúde plena esteja com todos vocês, que a proteção seja constante, que as
alegrias, felicidades e contentamentos invadam seu ser e os elevem, vibrando pura
gratidão, assim como tão qual estou.
Que a prosperidade, fartura, abundância sejam companheiras constantes em
nossas caminhadas.
RESUMO
A polipráxis é uma tendência com a perspectiva na qual pode e deve ser inserida
dentro do contexto escolar. Não criando um novo paradigma, mas buscando alterar
a realidade já estabelecida a fim de desenvolver a Educação Física escolar no seu
melhor propósito. Juntamente com o ato da promotividade, que é promover
informações e atividades constantes, visando desenvolver e construir os mais
derivados tipos de conhecimento vigentes nas esferas da Educação Física. O
objetivo central é falar sobre esses dois novos elementos da Educação Física,
trazendo assim uma outra ênfase filosófica a tais aspectos. Condensado de maneira
bibliográfica, as informações passam por uma avaliação e rigor critico, para assim
trazer como tais resultados, os mais derivados tipos de metodologias educacionais
da Educação Física Escolar, quais são os principais pilares para ela dar certo e
também como pode ser feito os planejamentos de forma descompartimentalizada e
também o porque dela ser aplicada ampla a partir do respeito a individualidade de
aprendizagem.
Palavras-chave: Educação Física Escolar. Metodologia Educacional. Propostas
Pedagógicas.
RESUMÉ
Le polipráxis est une tendance avec une perspective qui peut être développée dans
le cadre de l'école. Ne pas créer un nouveau paradigme, mais en cherchant à
changer une réalité et fixer un objectif de développer une éducation physique à son
meilleur but. Avec l'acte de promotion, qui est de promouvoir l'information et les
activités constantes afin de développer et de construire les types les plus avancées
de connaissances existantes dans les domaines de l'éducation physique. L'objectif
principal est de parler des deux nouveaux éléments de l'éducation physique, dessin
une autre et une philosophie philosophique. façon bibliographique Condensat, car
l'information passe par une évaluation et à la rigueur critique, afin d'apporter à ces
résultats, les types les plus dérivées des méthodes éducatives de l'enseignement
scolaire de physique, qui sont les principaux piliers pour que cela fonctionne aussi
bien que l'on peut faire la plans descompartimentada formulaire et également sa
propre application.
Mots-clés: École d'éducation physique. Méthodologie d'enseignement. Propositions
pédagogiques.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................... 10
2 OBJETIVOS ............................................................................................................................................. 11
2.1 OBJETIVO GERAL ....................................................................................................................................... 11 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS........................................................................................................................... 11
3 METODOLOGIA ...................................................................................................................................... 12
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO (O PONTO DE PARTIDA TEÓRICO-METODOLÓGICO PARA A
INVESTIGAÇÃO) ........................................................................................................................................ 15
4.1 DEFINIÇÃO DE PRÁXIS ............................................................................................................................... 15 4.2 CONCEITUANDO A POLIPRÁXIS COMO PRINCIPIO NORTEADOR E PROMOTIVIDADE ENQUANTO
REALIZAÇÃO METODOLÓGICA ........................................................................................................................... 15 4.3 SOBRE AS PRINCIPAIS METODOLOGIAS, TENDÊNCIAS E DOCUMENTOS DE ORIENTAÇÃO NA EDUCAÇÃO
FÍSICA ............................................................................................................................................................... 16 4.4 COMO SABER LHE DAR COM AS DIFERENÇAS ENTRE AS METODOLOGIAS? .............................................. 18 4.5 PORQUE É IMPORTANTE DESCOMPARTIMENTALIZAR? .............................................................................. 19
5 POLIPRÁXIS ............................................................................................................................................ 20
5.1 POLIPRÁXIS, O QUE ENGLOBA? ................................................................................................................. 20 5.2 POLIPRÁXIS E O PLANEJAR DE FORMA AMPLA ........................................................................................... 20 5.3 COMO CADA METODOLOGIA DÁ UM PLANEJAR DIFERENTE ....................................................................... 21 5.4 PENSAR NAS POSSIBILIDADES DÁ MAIS CHANCES DE ACERTAR ............................................................... 22
6. PROMOTIVIDADE .................................................................................................................................. 23
6.1 O QUE É A PERSPECTIVA DA PEDAGOGIA PROMOTIVA? ........................................................................... 23 6.2 PROMOTIVIDADE E O MOVIMENTO CONTINUO ........................................................................................... 24 6.3 AFINAL DE CONTAS, É UMA NOVA METODOLOGIA? ................................................................................... 24 6.4 O QUE MAIS LEGITIMA A EDUCAÇÃO FÍSICA DO PENSAMENTO E AÇÃO .................................................... 25 6.5 O QUE A PROMOTIVIDADE TEM DE AFINIDADE COM A COM O PENSAMENTO COMPLEXO .......................... 26
7. POSSIBILIDADES DE “CHEGADA”: DISCUTINDO OS RESULTADOS ........................................ 28
7.1 A ESCOLA, O SUPORTE E A ESTRUTURA .................................................................................................... 28 7.2 O PROFESSOR, O MEDIADOR, O DINAMIZADOR, O INSTRUTOR ................................................................. 29 7.3 O ALUNO, O INVESTIGADOR, O PARTICIPADOR E O TRANSFORMADO ........................................................ 30 7.4 SOBRE O CONTEÚDO, A AMPLITUDE E AS SUAS CAPACIDADES ................................................................. 31 7.5 FECHAMENTO SOBRE OS QUATRO PILARES .............................................................................................. 32
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................................................... 34
REFERÊNCIAS ........................................................................................................................................... 35
10
1 INTRODUÇÃO
A presente obra visa abordar novos conceitos formativos para a Educação Física,
tratando-a como um campo de atuação e uma área de pesquisa na qual se propõe a
passar por um renovo constante. Assim, podendo oferecer assistência e ampliando
de forma moderada o intelecto já presente nas demais áreas que circundam o
processo pedagógico.
Nos dias atuais, coexistem dentro da Educação física, inúmeras concepções,
modelos, tendências ou abordagens, que se dedicam a diluir com o estereótipo
tradicional de épocas passadas que foram embutidas aos esportes. Dentro dessas
diferentes idealizações educacionais pedagógicas podemos citar: a
Psicomotricidade; a Desenvolvimentista; a Saúde Renovada; a Crítico
Emancipatória e a Crítico Superadora; e mais recentemente alguns documentos que
objetivam como por exemplo os Parâmetros Curriculares Nacionais Brasileiros de
1997 (DARIDO; RANGEL, 2005). Mesmo assim, segundo Paulo Scapinello, há três
décadas a Educação Física vive uma crise existencial à procura de propósitos
voltados à sociedade. Isso aconteceu após o desempoderamento da personalidade
gímnica e calistênica do Brasil republica (RAMOS, 1982; SOUZA, 2015).
Após considerar essa confluência de elementos, foi perceptível que a dicotomia de
processos pedagógicos da Educação Física vem divergindo muito em seus
transcursos, o que não permite obter uma resolução genuína. Foi dentro da
perspectiva do pensador contemporâneo Ken Wilber sobre a formação integral do
Ser Humano, em que ele nos permite que em seu âmago possamos entender o
quão é importante o equilíbrio dinâmico entre o todo, de forma em especial sendo
inicializada a partir da educação (WILBER, 2002).
Então a questão a se investigar é qual é a fundamental relevância da importância da
amálgama das metodologias, no que ela pode influenciar nos pilares de
sustentabilidade do processo educativo, e se esta pode ser uma nova perspectiva
de compreensão para com a informação que darão assim acessibilidade ao
conhecimento como um todo.
11
2 OBJETIVOS
Para poder falar do alvo central que foi objetivo geral tenho que citar sobre a
necessidade de especular a "totalidade do problema da pesquisa, devendo ser
elaborado com um verbo de precisão, evitando ao máximo uma possível distorção
na interpretação do que se pretende pesquisar" (Oliveira 2010).
2.1 Objetivo geral
Foi a partir disto que este trabalho passou a ser desenvolvido, tive como uma das
principais metas fazer-me pensar em sistematizar de maneira mais real e palpável a
potencialização das vivências utópicas que vem segregando os conhecimentos da
Educação Física, trazendo assim um particípio de integralidade, com único fim de
perpetuar o elo mais importante entre eles, a diversificação de conhecimento para a
sociedade em toda a sua existencialidade. Citando assim, de forma mais
providencial todas as finitudes das mesmas com um único senso, promovendo
desta forma todos os tipos de informações e saberes vigentes ao qual interfere
diretamente o todo. Insinuando a necessidade também visualizar cenários com
meios e mecanismos para uma aprendizagem teoricamente mais eficaz a partir de
todas as possíveis práticas da Educação Física em seu meio absoluto, para que a
mesmo consiga cumprir o seu dever mais fundamental.
2.2 Objetivos específicos
Desenvolver o que é a Polipráxis Educional de forma introdutória para a literatura;
Conceituar da Perspectiva Promotiva na Polipráxis;
Abordar os papéis do professor, aprendiz, conteúdo e da escola mediante a
funcionalidade da Polipráxis e da Promotividade;
Entender a percepção da Polipráxis na Educação Física Escolar atual.
12
3 METODOLOGIA
Geralmente, uma revisão é feita apenas como meio de datar fatos históricos e dar
suporte bibliográfico para todo o trabalho, de inicio, acredito que a mesma seja o
pontapé inicial não só para a validação dos resultados, como o aporte necessário
para a continuidade desta pesquisa, além apenas do Projeto de Conclusão de
Curso. Para Lakatos e Marconi (2010), é imprescindível que a pesquisa de revisão
seja feita em qualquer plano de produção, contribuindo assim para a investigação.
Produzir uma revisão sobre os temas me faz pensar no cotidiano que a Educação
Física pode proporcionar aos alunos, tanto quando em pensar no como deve-se
impulsionar o aprendizado próprio para que assim aconteça um desenvolvimento no
estudo.
Esta revisão bibliografia dedicou-se em condensar periódicos virtuais, nas quais
foram utilizadas a biblioteca eletrônica da SciELO e o portal de dados do Google
Acadêmico, não utilizando como critério os anos de suas publicações, já que os
estudos sobre a temática da educação é atemporal, já que referenciação a partir da
história é o que nos dá de embasamento cientifico fortalecido.Os descritores
utilizados para a pesquisa até então foram: práxis, práxis educacional, Marx, Sartre,
Kolb, metodologias da educação física, crise na educação física, Ken Wilber,
educação integral. Todos esses, a fim de dar respaldo a ideia inicial proposta na
temática.
Juntamente a pesquisa inicial, também foi feito em sequencia o acesso aos
periódicos de textos completos que são assinados pela Capes. Sendo esta, feita a
partir da autorização de acesso dada pela UFPE como instituição participante, já
que parte do registro dos IPs foram acessados sem a necessidade de senha ou de
identificação de usuários. Com esta ferramenta virtual obtive algumas bases de
textos mais completos, trazendo não só os resumos, mas também resultados e
referências, além dos links para o texto integral dos artigos.
A partir dessa primeira etapa a seleção foi dada a partir de seus títulos a e em sua
proximidade de preponderar com relação já preestabelecida com o tema primordial
da pesquisa. Logo, foi feito uma leitura de averiguação nos respectivos “Abstract”
dos artigos e de críticas sobre os livros que foram obtidos do acervo digital, e com
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essa analise preliminar se tornou possível já ter um norteamento conceitual, o que
nos ajudou a atribuir uma classificação por suas relevâncias, estas foram
determinadas como: "alta", "média" ou "baixa", estas dadas pelas afirmações
trazidas no contexto, com intuito assim de validar a pesquisa.
Sequencialmente foram feitas as leituras dos artigos e livros de alta relevância, na
qual reafirmavam a temática ideológica, com isso, foram necessárias a construções
de fichas de leitura nas quais foram sempre descrito no seu corpo de texto,
resenhas criticas que ratificariam o fundamentação.
Houve também o encaminhamento das obras secundárias dos textos, dos livros e
artigos com média ou baixa relevância, e estes exemplares podem, e serão,
utilizados para um possível adendo na continuidade cíclica da pesquisa, trazendo
assim uma ampliação de integralidade, caso seja necessário, abrangendo assim em
virtudes da construção da segunda etapa.
Verificaram-se também de maneira itinerante as bibliografias que serviram de
alicerce para os artigos lidos, da mesma forma que artigos publicados posteriores
que citem tais obras sejam anexados, até que seja necessária a indagação e assim
haja a apuração.
Dentro da temática proposta, a construção dos elementos criativos das pesquisas
foi assimilada desde o ingresso na universidade até os estudos sequencias no
presente momento, o qual se findou neste marco e que será necessário dar
continuidade, num processo de formação docente que só avança. Sendo assim, é
literalmente impossível descrever ou citar apenas um único campo no qual tenha
sido desvelado este conhecimento, já que o mesmo foi construído de uma maneira
integral, unificando conhecimentos de inúmeras esferas curriculares da graduação
em Educação Física. O pensamento geral vem de maneira irrefutável, alimentando
de tal forma a edificação do ideal que foi abastecida de muitas formas, em
momentos diversificados do processo educacional, sendo ele formal ou informal.
Ainda assim, é possível citar os prováveis locais onde se foi abundantemente
frequente os pensamentos fixos, sendo eles na própria Universidade Federal de
Pernambuco – CAV, onde lá tive muitos acervos de recortes de textos nos quais
estão presentes mediante a bibliografia que não contém endereço virtual, além de
contatos com livros estupendos, em minha residência e mais adiante nas extensões
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de localidade dos estágios, sendo este último o mais preponderante para meus
questionamentos. Apesar disso, continuo a salientar a dificuldade de averiguação
dessas construtibilidades, já que, em termos gerais, a obtenção de cada resposta é
dada através do Insight assimilativo das informações recebidas e transformadas em
conhecimento.
15
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO (O ponto de partida teórico-metodológico para
a investigação)
4.1 Definição de práxis
Apesar da Práxis já ter sido verbalizada por Aristóteles na Grécia antiga com uma
definição de ação ou conduta (CLARET, 2001), foi apenas com as contribuições
teóricas de Karl Marx, em 1844, que Práxis foi qualificada e diligenciada como a
instrumentalização que determina uma possível mudança a partir da reflexão, dada
através de cada ato facultado, e em sua vivencialidade teve também o filosofo
existencialista francês Jean-Paul Sartre (1905-1980) colocando-a na classe de
atividade voluntaria na qual sob uma orientação visa uma conclusão e uma
consequência (BETTONI, 2002).
Para Gramsci, filósofo marxista, jornalista, crítico literário e político italiano em sua
formulação geral, assimila que há uma concepção de unidade entre a teoria e a
prática, não mais as distinguindo, criando um elo assim entre os conceitos abstratos
do pensamento e a concretude da realidade (FERREIRA, 1978). No sentido direto
da Práxis Educacional, David Kolb é uma das referências cruciais com seu modelo
Inventário dos Estilos de Aprendizagem de 1999, ele também se utiliza da ideia de
uma possível reconstrução de conhecimentos, a partir da prova de experiências e
da contemplação reflexiva acima de tudo aquilo que é feito (KONING & MENDES,
2010).
4.2 Conceituando a Polipráxis como principio norteador e Promotividade
enquanto realização metodológica
Em uma das suas definições Poli, do grego “Polus” significa que há um número
indefinido e elevado sobre algumas possíveis variabilidades (Aurélio, 2002),
seguindo toda essa base conceitual em todas as perspectivas do que realmente é a
prática em seus aspectos inseparáveis dentro de um processo, na qual a qualidade
de sua tendência passiva e do seu elemento ativo é inerente. E é a partir dessa
possibilidade que surge a essência da Polipráxis Educacional, na qual se tem o
intuito de se descompartimentalizar as áreas já preestabelecidas nos processos
pedagógicos formativos e específicos da Educação Física, e esta irá permitir que de
16
forma abrangente, tratar a maior gama de informação que seja derivada de nossa
esfera conceitual, além de propiciar o mais simples e inteligível caráter da natureza
do conhecimento.
Se utilizar dessa tática para lecionar a Educação Física, seja ela em qualquer etapa,
em prol da formação do Ser humano, implica numa concepção metodológica, na
qual assimila-se o intitulo de uma Pedagogia Promotiva. Nesta o seu nome vem de
uma unificação direta de duas palavras, na qual a primeira delas é “promover” ou do
latim “promotio” que significa fazer com que algo seja conhecido, assim como,
temos a segunda palavra que é “ativa” que também vem do latim, “activitas”' e que
expressa a ideia de valência e propensão para agir ou literalmente, para se
movimentar, realizando assim a ideia de atividade constante. Essa idealização,
nada mais faz do que pontuar as lacunas de outros processos sistematizadores e
organizacionais, dando uma ideia de que sempre estará sempre em um movimento,
porém este acíclico e necessário para uma existência digna de compreensão quanto
morada de ensinamentos.
O principal então é podermos entender de forma mais clara e objetiva qual o
principal sentido em cada metodologia e a partir disso, poder compreender como a
mesma é efetivada , podendo assim, não apenas pensar na mesma quanto unidade
de informação e não apenas como princípios ou verdades estabelecidas e que
devem ser seguidas de maneira uniforme.
4.3 Sobre as principais metodologias, tendências e documentos de orientação
na educação física
Para podemos entrar no aspecto fatorial de como a Polipráxis e Promotividade
podem ser aplicadas no processo formativo da Educação Física, devo abordar de
forma clara e direta algumas metodologias, tendências e aspectos que formam
nossa esfera profissional, direcionando de tal forma cada uma de suas essências,
para que desta forma possamos entender que elas se complementam e não apenas
se opõem como acreditam alguns professores e pessoas de notórios saberes.
Como principais pilares e fonte de conhecimento para a formação histórica da
Educação Física temos as abordagens como: a Tradicionalista, a Higienista, a
Desenvolvimentista, a Competitivista, a Psicomotricidade, a Popular e as Críticas,
17
além dos documentos de orientação educacionais conhecidos como PCN's
(Parâmetros Curriculares Nacionais) e OTM's (Orientações Teórico-Metodológicas).
O pensamento feito de maneira tradicional presa pela lógica da repetição, apenas
no caráter de se desenvolver as aptidões físicas, sendo utilizadas também como a
maneira de obter um controle total das ações a serem tomadas naquele ambiente,
além disso, visa obter unicamente resultados mensuráveis.
A ideia Competitivista ao fim da Segunda Guerra Mundial em 1945, também ajudou
a lançar a Educação Física para uma ideia massificada de desporto, não permitindo
que a elitização deixasse de existir, tem uma ideia de maquinização do ser humano
e talvez o viés mais capitalista, sendo ela muito nociva para o trabalho pedagógico
(ESPÍDOLA, 2010).
Na perspectiva da Saúde Renovada, o foco era de ensinar hábitos corretos e tratar
sobre comportamentos saudáveis enfatizar também uma prática mais autônoma
tanto de atividade quanto de exercícios físicos. Enfatizar sobre possíveis realidades
como o sedentarismo e a alimentação inadequada, tal qual a mesma se torna
comum tanto em crianças como sequencialmente em adultos. Geralmente a ideia
adotada de ensino é extremamente de higienista, com práticas para trabalhar o
corpo.
A perspectiva Desenvolvimentista visa entender o movimento em sua complexidade
e etapas, avaliando as experiências de vivências dentro das etapas na infância e
juventude. O foco primordial é na ação motora propriamente dita, dando assim
sentido ao contexto de evolução somente na parte do comportamento habilidoso.
Tendendo assim a propor condições e estímulos para que o comportamento e o
repertório motor sejam desenvolvidos através da diversificação de fatos, fazendo
assim com que o aluno seja a ferramenta do próprio desenvolver, visando as
relações internas e de como isso vai acarretar acontecimentos ao seu redor. A
mesma se assemelha brevemente com a ideia tecnicista (DÁRIDO, 2003; TANI et al
1988).
Com a ideia da Psicomotricidade que tende para uma lógica tecnicista, tanto as
pesquisas quanto a atuação no Brasil cresceram muito, onde a mesma tende a
garantir o conhecimento do corpo e também das suas relações para com os objetos,
com o ambiente e também com o outro, e estes são vistos como auxiliares para o
18
desenvolvimento integral do ser. Utilizar-se de recursos e materiais para a mesma,
são de fundamental importância para o desenvolvimento desta tendência
educacional, visando aspectos de desenvolvimento de tempo, espaço e ação dos
participantes (RESENDE, 1995).
Já as Tendências Críticas, tendem a observar cada aluno dentro de suas
realidades, buscando sua própria bagagem cultural e também suas próprias
escolhas. O aluno é visto como mediador de debates para a construção de
conhecimentos a partir de discussões, colaborando assim com o desenvolvimento
infantil na percepção de ser para a sociedade. Tendendo à uma ideia de inclusão e
de variar as práticas a mesma prioriza o ser político (SOARES et al 1992; DÁRIDO,
2001).
Dois fatores externos a ideia engessada e formal da educação e que são mais
recentes quanto a tempo de desenvolvimento são os Parâmetros Curriculares
Nacionais - PCN's -, são a nossa maior referência para a elaboração das matrizes
de conhecimentos necessários para que o indivíduo seja reconhecido com uma
educação formal. Os mesmos foram elaborados para orientar os professores na
busca de novas tendências, abordagens, perspectivas e metodologias. Além dela,
também há as Orientações Teóricos Metodológicas - OTM's -, as quais se
assemelham mais com a ideia da Polipráxis Educacional e da Promotividade, já que
leva os fatores externos como algo emergente a ser trabalhado não só pela
circunstância, mas também pela realidade.
Por fim, devo salientar que tantas opções teóricas que podem ser adotadas é o que
pressupõe a existência de diversas competências e habilidades a serem
desenvolvidas pelo aluno, tendo todo o suporte da escola no processo de ensino-
aprendizagem.
4.4 Como saber lhe dar com as diferenças entre as metodologias?
Conhecemos as metodologias, muito mais, além disso, vivemos boas parte delas,
ao menos em seu período de desenvolvimento. Sabemos do potencial de cada uma
e que também suas construções históricas trazem por muitas vezes realidades
diferentes e resultados divergentes. Entretanto, enquanto professores, devemos ter
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a percepção de utilidade de cada uma mediante a necessidade de nosso aluno,
enquanto aquele que busca a informação para aprender.
Devemos buscar um equilíbrio, ao menos que parcial, não dando apenas a voz
hegemônica para apenas uma, lhe tratando como superior ou verdade
inquestionável, circular por entre elas, fomentar cada necessidade e estimula-las
enquanto ponto a ser explorado, nos ajuda a trabalhar mais fatores, mais gamas de
conhecimento e nega-la é literalmente fechar os olhos para o que ela pode propor.
Cada metodologia tem o seu transcurso e deve ser coesa para atingir objetivos,
pensar na Polipráxis e seguir uma processo conciliador é o transcurso natural que
um professor deve seguir a fim de atingir uma Promotividade mais complexa.
4.5 Porque é importante descompartimentalizar?
Com uma descompartimentalização de perspectivas é possível abranger um maior
leque de conhecimentos, não sendo assim exclusivo de se obter um único tipo de
resultado, com isso, a ideia central da unificação é prezar pela resposta em
consequência, vendo assim emergir maiores possibilidades de sua universalização
de conhecimentos podendo assim propor uma maior aceitação de diversas
caraterísticas levando em consideração o fator individual de cada pessoa e também
o todo enquanto grupo, sendo assim uma melhor maneira de olhar para o universo
chamado de Educação Física Escolar.
[...] é preciso conviver com a transitoriedade e com a incerteza, aceitando a imprevisibilidade como possibilidade real. Isso não é fácil. É um desafio constante e uma sofrida e necessária aprendizagem que podemos enfrentar com coragem, perseverança e ousadia." (PETRAGLIA, 2008, p.7).
20
5 POLIPRÁXIS
5.1 Polipráxis, o que engloba?
Em um real sentido a Polipráxis vem englobando vários preceitos da Educação
Física, o primeiro dela é a formulação do planejamento de aula, que deve ser mais
amplo o possível, para que assim possa atender a demanda de alunos e suas
competências, para que assim, haja a maior possibilidade de inclusão participativa,
enriquecendo assim de informação no contexto de iniciação mediante ao conteúdo.
Outro fator preponderante dentro desse aspecto é a construção coletiva, e esta
deve vir de um caráter ao qual as diversidades de informações possam ser
interligadas, e com isso sejam aliadas ao favorecimento da aprendizagem dos
alunos, de tal maneira que cada informação é preciosa, já que será compartilhada
para com aqueles que possam vir a nunca ter tido aquele tipo de acontecimento.
A evidenciação de que há inúmeras maneiras de se enxergar um fato é outro fator
que pode se inserir dentro da Polipráxis, porque sabemos das influências sofridas
pelo, perceber, catalogar, dialogar, embasar, aplicar, pensar sobre, vivenciar
novamente, perceber a informação vinda como resposta parcial, tratar a mesma
como conhecimento e verificar a tal como uma consequência e não apenas um
resultado de todos os elementos anteriores é primordial para uma percepção
independente. Está deve passar não apenas pelo crivo do aluno enquanto aprendiz,
mas do professor enquanto dinamizador, da escola como sustentáculo ao qual deve
ser enfático ao dar condições e do próprio conteúdo, enquanto ciência a ser
apreciada.
5.2 Polipráxis e o planejar de forma ampla
Quando pensamos em abordar algo de forma ampla, visamos controlar melhor as
aplicações que pensamos em fazer. Isso nos dá um maior controle do que há de ser
feito, podendo assim ser reproduzido fielmente, rebuscado e até alterado por
completo.
O planejamento é a ação mais estratégica que pode ser feita, e com isso, podendo
mesclar as diversidades de informação a fim de produzir uma sequência lógica na
21
qual possa existir uma atuação coerente, onde será definida as intenções e
consequentemente quais intervenções serão mais coerentes para aquele ponto
estratégico.
A polipráxis nos permite trabalhar uma esfera da Educação Física em suas demais
pluralidades, já que com uma sequência de aulas, podemos atuar de várias formas
metodológicas, frisando aspectos em seus microciclos, que podem servir como
ponto de avaliação naquela aula. Ter a variação de estratégias em cada aula para
um mesmo aspecto pode ajudar o aluno a compreender melhor o que aquilo
realmente representa e assim obter respostas diferentes a partir das derivações de
informações expostas por eles, na qual determinamos ser seu conhecimento
presente naquele momento. Isso pode ser potencialmente esclarecido através de
uma checagem no decorrer da aula, tentando compreender se aquilo que foi
planejado realmente está acontecendo da maneira na qual foi pensada e se não, a
partir daquele ponto qual norte deverá ser tomado para se obter aquilo que se
deseja em melhor qualidade.
5.3 Como cada metodologia dá um planejar diferente
Cada metodologia tem sua especificidade enquanto conhecimento adquirido,
relativizando a cultura corporal proporcionando assim uma abordagem cognitiva, ou
seja, treinamento mental e desenvolvimento motor na Educação Física, e cada uma
delas tem um viés significativo para o desenvolvimento de habilidades referentes a
cada modalidade ou um grupo.
Entendemos que o planejar assume um expoente totalmente significativo para as
etapas de ensino- aprendizagem, tomando assim uma vertente multidisciplinar e
consequentemente uma tendência emergente quando se trata de conteúdos da
Educação Física. No planejar deve se haver flexibilidades para a inserção de novas
áreas do conhecimento adquirindo formas de pensar no que já tem de
conhecimento acumulado e no que pode ser adicionado para um novo pensamento
e entendimento a respeito da temática proposta e emergente.
O pensar acerca da ascensão de novos conteúdos ao decorrer das aulas lhe dará
como professor embasamento de possibilidades e novas propostas para uma
dinamização do ensino- aprendizagem e propagação de novos conteúdos. Por fim,
22
erradicando o modo acomodativo e tradicional da não-reflexão-ação do
conhecimento adquirido, assumindo assim um planejar através de um parâmetro
amplo e significado para as aulas de Educação Física Escolar.
5.4 Pensar nas possibilidades dá mais chances de acertar
Cabe ao professor sempre pensar nas várias formas de se aplicar aquele conteúdo
educacional para o aluno, com isso, as metodologias e tendências nos ajudam a
visualizar aquele tipo de conhecimento a partir de muitos pontos de vista. Isso deve
ser uma ferramenta usada do professor quando se vai planejar, já que comparar
perspectivas e ver o que elas tem de afinidade, ajudam ao mesmo trabalhar uma
maior gama de conhecimento aplicável. Mas, quando o professor como detentor do
saber, muitas vezes se perde no pensar em seu egocentrismo educacional, quando
se permeia a assimilação do conteúdo, havendo assim, o pensamento de não erro e
alto confiança propiciando a transparência de que a acumulação do saber já é
satisfatória. Retirando as margens de erros ao decorrer do tempo e acreditando ser
detentor de todo saber. Agindo desta forma, sua conduta como professor torna a
aula insatisfatória tanto para o mesmo quanto para o alunado.
O erro deve-se ser entendido como uma forma de possibilidade para um novo
pensamento e tentativas e a partir do mesmo, no entendimento de que o erro
evidencia o acerto para o melhoramento do ensino. Não podemos esquecer da troca
de conhecimento, ou seja, na relação professor aluno onde o mesmo tem que ter
uma consciência de que o alunado vem com conhecimento prévio, tal conhecimento
que não necessariamente é errado, e sim, informações brutas esperando ser
lapidadas e refinadas para uma reflexão dessa troca do conhecimento.
Nota-se que a presença do erro, é inevitável, portanto as atitudes relacionadas a ele precisam mirar-se em suas causas. Entende-se que ao ignorar o erro, o professor inibe as futuras aprendizagens significativas do educando. Em muitos casos, é preciso errar para então acertar (Curry, 2003, p.12).
23
6. PROMOTIVIDADE
6.1 O que é a perspectiva da pedagogia Promotiva?
Para Souza (2015), a perspectiva Promotiva é uma ideia cíclica, na qual podemos
perceber sendo aplicada de maneira espiral, é fundamental que o pensamento de
seriação e linearidade seja deixado de lado por um instante para que seja percebido
uma construção mais palpável.
A promoção do conhecimento é dada pela ação de se abordar a informação para
com o aluno, está mesmo só depois de assimilada e aplicada a realidade do mesmo
é que pode ser tratada como uma das formas de conhecimento, porém desde o
processo de uma pesquisação simples, como a busca por uma informação já é o
deflagrar para uma ação de conhecimento, já que a mesma será aproveitada em
algum dado momento.
É necessário também deixar de lado a ideia padrão de que o professor é detentor
de todo o conhecimento e que o bom aluno é aquele que a reproduz, as
informações hoje já estão postas, o necessário no cotidiano de hoje é a
problematização das mesmas, deixando justaposta as informações, e para isso é
mais coerente que exista o princípio da acessibilidade, este partindo formulação de
conhecimento vinda a partir da comunicação. Ter acesso é, poder buscar aquele
tipo de ciência nas mais derivadas fontes de investigação, podendo agregar ao que
se é necessário naquele dado momento, mas também no que pode ser aproveitado
posteriormente, e para isso são necessários a aceitação de dois conceitos, sendo
um deles fundamental e o outro essencial.
É imprescindível pensar em Promotividade e não levar em consideração a
caminhada da autonomia do aluno nas demais inteligências múltiplas que podem
ser exploradas e que ele pode vir a desenvolver, em contrapartida também deve ser
mostrar que é preciso encontra-se com a heteronomia, já que a qualidade da
informação é independente e basal para que tudo venha subsistir, é somente com o
conjunto de regras, leis e normas que pode-se partir a conscientização governar as
informações a serem investidas. O equilíbrio entre ambas é que vai ser o fator
primordial para a deflagração da transição de Informação para Conhecimento.
24
Ao educador cabe a tarefa de oportunizar uma prática coerente com as diversas características de seus alunos como os aspectos físicos, psicológicos e vivências anteriores. Isto irá proporcionar ao professor uma maior aproximação de seus alunos bem como irá norteá-lo para uma melhor sistematização de seus conteúdos. Na escola, onde o principal objetivo para a prática esportiva deve ser o educacional, é importante que haja uma relação entre a prática motora com o conjunto das motivações dos alunos. No momento em que o aluno se sente motivado para determinada prática, essa flui melhor e os objetivos propostos são alcançados de uma maneira mais fácil. (PAIM & FERREIRA, 2004, p.7)
6.2 Promotividade e o movimento continuo
O conceito dito quanto a Promotividade já ficou muito explicito ao falar que ela tem
no seu princípio radical, promover ações que visem uma educação mais ampla em
seu sentido de mobilidade de informação e ampliação de conhecimento. Entretanto
há três fatores que são um tanto primordial no conceito filosófico, e que acho
importante falar quanto a mesma no ambiente em que se está propondo a
educação.
A primeira delas é no nutrir, e talvez de todas seja a mais incomum nos tempos
atuais, já que ela seria o ato de abastecer os alunos com informações, ação que já é
bastante comum em muitos meios, principalmente os de mídia e virtual, entretanto,
devemos salientar que na escola primitiva está era o princípio de transferência para
assim existir o processo de educação.
Sequencialmente devemos dar ênfase na manutenção, sendo esta literalmente o
meio do percurso, onde se dá apoio para que haja uma conservação daquele
conhecimento já existente e está diretamente atado ao cuidado do que pode ser
feito quanto ação para a educação física. E por fim, e também emparelhado com a
manutenção há o avivamento, que se dá quando é necessário existir um incentivo
maior, que pode e deve ser rebuscado não de uma maneira física, mas que seja
estimulante quanto a potência de agir e assim gerar mais conhecimento.
6.3 Afinal de contas, é uma nova metodologia?
Para Gerhardt & Silveira (2009, p.11) a palavra método do grego methodos;
significa, literalmente, “caminho para chegar a um fim. Ou seja, algo que não quero
desenvolver como finito, pois a mesma precisa sempre se renovar, ser confrontada
25
e ter novos sentidos aplicados a mesma, pois é uma obra que pode ser mutável. A
Promotividade é apenas um indicativo possível, a mesma vê as múltiplas práticas
como possibilidades reais de desenvolver o conhecimento para um meio social,
percebendo que cada aluno trará uma resposta diferente e com isso, irá
consequentemente interagir de maneira complementar. Isso parte graças a uma
educação integral e não vinda apenas como tempo cronológico de carga horária,
mas sim de maneira complexa, precisando desligar e religar o emaranhando de
informações a fim de assim poder dar um sentido real a Educação Física Escolar,
não sendo apenas uma reprodução de movimento, ou apenas um aglomerado de
informações.
A ideia de Promotividade também está inerente a situação de sempre buscar
informações nas quais possam enriquecer o conhecimento do professor e de
também vir suprir as necessidades e duvidas questionadas pelo aluno, tal o
Pensamento Complexo de Edgar Morin, já que quando se busca informações
educativas para o processo pedagógico, devemos prezar por conteúdos onde
devemos ter a cabeça bem feita, não apenas cheia de dados.
6.4 O que mais legitima a Educação Física do pensamento e ação
Bracht (1999), fala que a Educação física não é dona do movimento corporal, mas
sim que ela se apropria do movimento humano para assim se entender enquanto
ciência. Com isso ela se deriva de muitos meios, tornando-se assim um campo de
informações para ser tomado também enquanto conhecimento.
Existe uma tríade primordial que faz a legitimação da educação física escola
acontecer, a primeira delas é a da Lei de Diretrizes e Bases (LDB/1996) na qual
deixa bem claro que a Educação Física deve estar presente no Projeto Político
Pedagógico (PPP), um documento que estrutura e da forma a escola, justamente
com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN's) tratando assim aquela área do
conhecimento como meio de aprendizagem e formação do ser.
A partir dessa perspectiva podemos ver que a legalidade da mesma já é
estabelecida, mas passa a ser além do que pensamos apenas como estado legal,
ela deve vir da relação com o ser humano a que faz pertinente em seus
26
desenvolvimentos, construindo assim de maneira mútua um roteiro conciso para o
processo de educação.
Outro aspecto primordial que devemos entender é que nós enquanto Educação
Física não somos apenas uma compreensão esportivista do que o corpo pode ou
não fazer, e não só apenas da saúde corpórea, isso também faz parte, porém não
apenas isso, já que sabemos o quão necessário é, porém não seria o suficiente
para mantê-la viva nos dias de hoje como área educacional. Entender que a
proposta da Educação Física deve vir pelo meio de progresso do ser social, físico e
pensante, dando uma ideia de integralidade e promovendo assim atividades que
possam ser harmoniosas em sua totalidade educacional.
6.5 O que a Promotividade tem de afinidade com a com o pensamento
complexo
Para Edgar Morin (2007), o Pensamento Complexo preza por sair do pensamento e
da lógica Cartesiana já estabelecida. E quando se fala em complexo não é por
dificuldade, mas sim em uma forma de se desligar e religar pensamento a fim de se
obter outras situações além da comum. Isso é algo que deve ser aplicado na
Educação Física Escolar de hoje, podendo assim desenvolver novos elos de ligação
informativa entre as perspectivas metodológicas de ensino.
Trazer não apenas a lógica linear, mas partir para um pensamento circular onde se
expande, cresce e volta ao ponto de partida, nos mostra não só a necessidade da
evolução, mas que também devemos voltar ao ponto de início como numa
constante. Aliado com a construção do aluno e a busca constante pela informação a
mesma não é apenas a transferência de dados, mas uma estruturação de
conhecimentos. E isso passa a ser formidável, pois tanto aquele que leva
informação, o que busca e aquele a qual que a produz, permite o confronto direto e
o estimulo ao pensamento das várias lógicas até então estabelecidas.
A complexidade em si ajuda a Promotividade enquanto influencia, já que a mesma
usa também da ideia de religar as informações advinda das metodologias, isso
prezando pelo que elas vão ter de afinidades e que possibilitam ser trabalhadas.
Além disso, fazer com que haja movimentação única como numa engrenagem, tanto
entre o aluno, professor, ambiente e conteúdo faz com que aconteça sim não
27
apenas um processo de ensino, mas de educação complexa, visando demasiados
pensamentos e realidades que estejam acontecendo ou que possam ser utilizadas.
O pensamento complexo se suporta na ordem, clareza e exatidão no conhecimento, ou seja, se aproxima da realidade (...) O grande desafio do pensamento complexo, para Morin, não é como no pensamento simples a busca pela completude, mas sim poder estabelecer uma articulação entre os mais diversos campos de pesquisas e disciplinas (PIMENTA, 2013, p.1-2).
28
7. POSSIBILIDADES DE “CHEGADA”: DISCUTINDO OS RESULTADOS
A Polipráxis Educacional e a Pedagogia Promotiva em si, não vêm como aporte
metodológico para salvar os processos educacionais. Mas, esta bebe da mesma
fonte de Thomas Kuhn (1991), que explica a necessidade da inserção de novos
meios dentro dos paradigmas já estabelecidos, tudo já está lá posto quanto uma
realidade universal, ou até mesmo uma interpretação da mesma.
Dentre as dezenas de abordagens educacionais e seus processos escolarização
vemos um pensamento unificado quanto à Educação Física, ao qual se trata apenas
como prática corporal, tirando assim sua ênfase na formação do ser. A importância
de novas problematizações dentro do contexto escolar, buscando assim dentro do
pensamento de Gardner (1995) sobre as inteligências, sendo estas: corporal-
cinestésica, lógico-matemática, espacial, verbal-linguísticas, musical, intrapessoal,
interpessoal e naturalista. Passam pela necessidade de abordar os conteúdos de
maneira mais ampla, não mantendo um único foco, mas, trazer algo que fuja dos
padrões corriqueiros dentro dos processos avaliativos, vendo-o não apenas como
um meio de comprovação, mas também quanto uma verificação de conhecimento e
desempenho.
7.1 A escola, o suporte e a estrutura
A escola tem como responsabilidade de abraçar o aluno, contudo, tendo os suportes
necessários para que os mesmos tenham aulas de qualidade quando se fala de
materiais e estruturas. Sendo assim, o professor tem a possibilidade de ministrar
aulas com uma gama de conteúdos maior e motivar os alunados a estarem mais no
âmbito escolar.
O suporte tem como apropriação do dever de encaminhar o aluno de forma que
introduza o mesmo no meio social. A direcionalização enquanto entendimento para
os alunos se dá a partir da maneira como o professor estabelece conceitos e
paradigmas relacionados tanto no âmbito escolar quanto fora do mesmo,
relacionando-os e propiciando construções a partir de uma visão complexa de
cidadania e educação.
29
Em nosso inicio de século XXl ainda temos uma defasagem gigantesca estrutural,
os professores estão sendo sujeitos a ministrar suas aulas de Educação Física em
locais totalmente precários, ou seja, lugares que nem quadra coberta tem, tendo o
entendimento que para se ter aulas de qualidade temos que ter uma estrutura de
qualidade. Não é o que vemos hoje em dia na maioria das escolas, vivenciando
assim a falta de quadras poliesportivas, bolas de basquete, vôlei, handebol, redes e
tantos outros materiais que são de extrema importância para aplicação das aulas de
Educação Física. O professor tem que se desdobrar em dois para propiciar uma
aula de qualidade mesmo sem quadra coberta mediante ao sol escaldante.
7.2 O professor, o mediador, o dinamizador, o instrutor
Um dos fatores primordiais para que a educação física possa dar certo é o
professor, lógico que cabe ao próprio a grande responsabilidade no seu dever de
informar, escolarizar, educar e tantos outros fatores, mas nem tudo deve recair
sobre o mesmo. Sabemos que muito do que os professores apontam na sala de
aula parte de duas premissas, a primeira é a da exclusiva reprodução, onde o
mesmo acaba fazendo tudo aquilo que teve em sua formação, perpetuando uma
realidade que não é mais pertinente ao meio que ele está, configurando assim um
ensinamento mais do que tradicional, ou seja, apenas reprodutor, quando não, a
própria ideia de metodologia a se aplicar cai apenas no conceito do que ele teve
condizente em sua formação, quando negligenciado das outras maneiras
formativas, proporcionando assim algo similar a anterior, porém com pouco
embasamento bibliográfico para saber lhe dar com divergências.
Compreende-se também que cada professor irá sim ter algum tipo de afinidade por
alguma tendência, porém há de se utilizar a ética, não só pelo meio profissional,
mas também de coerência enquanto educador, já que o processo é dado para a
formação de outra pessoa, e assim, respeitando-a, ele deve ser mais conciso ao
trabalhar o que há de mais essencial, porém ao mesmo tempo, o mesmo deve
ampliar toda a riqueza de material humano, histórico, de repertorio motor e de
informações tanto preliminares quanto emergentes.
Talvez, um dos principais fatores na dinamização seria a flexibilidade e com isso ter
a coerência do trabalho sendo feito dele para com o aluno, assim como uma equipe.
30
Articular as diferenças em aula sendo assim cordial e capaz de fazer os outros
perceberem o que neles há de melhor. Estando assim sempre atualizado para o dia
a dia, não é saber tudo, porém buscar o saber. E com isso estar sempre
incentivando todos os que estão há sua volta ao mesmo (RAMAL, 2000).
E é por não saber tudo, que outro fator extremamente necessário é saber mediar as
situações. Intervir quando fundamental, ser pacificador e abordar pontos de vistas
divergentes para que assim o diálogo flua de maneira aprimorada, a ser lapidado
constantemente. Acredito ser a maior responsabilidade, já que conciliar aspectos
divergentes como as próprias propostas de ensino é o denominador comum ao qual
se deve chegar.
Buscar instruir em sua maneira mais coerente seria seguir o roteiro ao qual se é
dado a cada professor, é necessário cumprir cronogramas, planejar com
flexibilidade, estabelecer resultado, trazer as propostas predispostas e ainda assim
de maneira competente buscar a melhor consequência para o seu aluno se
conhecer enquanto o meio em que se vive. Instruir parte da união de ensinar e
educar, parte da união do formal e informal, do cientifico e do empírico, mostrando
que tudo está mais ligado do que aparenta ser (FREIRE, 1992).
7.3 O aluno, o investigador, o participador e o transformado
Aprender é um componente crucial da vida, é o que nos faz não nos tornarmos
obsoletos ao mundo. Sendo assim, o aluno, é o ser substancial para existência do
professor, já que é por aí que nasci o papel da educação, é aquele que faz haver a
necessidade de um educador. Aluno é aquele que sofre mais influência do meio, é o
receptor de causas social, étnicas, sobre gênero, seriação e tantos outros
componentes emergentes. É o que está lá em uma devida busca pelo seu futuro, e
com isso acaba até adentrando por meios legais, mas não que não deveriam ser
legítimos dos alunos, é verdade que muitos buscam apenas atingir a média e
conseguir passar de ano, porém, ser aluno é bem mais do que isso. Ser aluno está
bem mais à frente do que apenas receber informações ou instruções, muito mais do
que o ensino formal e informal. Ser aluno está no querer saber, no buscar conhecer,
em ser um investigador, nato ou não. Procurar aprender é sair da zona de conforto,
é ser confrontado por ideias, expandir os pensamentos e assim as informações e
31
consequentemente o conhecimento que pode ser usado, transformando-se assim
num ser confiante mediante as situações e resoluções de problemas e
acontecimentos do cotidiano, com isso, exponencialmente acabar fazer coisas que
outras pessoas não fazem, trabalhando assim sua própria inteligência para servir ao
meio comum social, impulsionando desta forma seus objetivos em ações, podendo
assim desfrutar das oportunidades que virão a aparecer.
Em termos da prática pedagógica, a perspectiva construtivista de Piaget descola a ênfase do professor para a criança, atribuindo a ela um papel preponderantemente ativo, vendo-a como Responsável por seu próprio processo de aquisição de conhecimento. Com isto, as atividades espontâneas da criança, a criatividade, a autonomia na resolução de situações-problema e os ''erros'' infantis ganham relevo dentro do processo educativo (KRAMER & SOUZA, 1991, p.9).
Deveras importâncias ao professor é compreender duas coisas sobre o aluno, a
primeira delas, que é fundamental sim existir empatia e criar vínculos e isso se dá a
partir de estímulos como atenção, motivação, orientação, esclarecimento, ter
compreensão, ajudar nos erros de uma maneira coerente, ser sucinto e dar o
suporte necessário, mesmo aquele que não é ensinado nos muros da universidade;
Sequencialmente, o professor tem que se enxergar como aluno, pois, a partir do
momento em que ele está chancelado seja por qual órgão ou instituição como
docente, ali está atestado que é seremos alunos constantemente, já que é preciso
estudar todos os dias e ter gana para querer aprender. E isso se dá pela busca de
ser mudados, o Pensamento Complexo moriniano também presa por esse princípio,
e reitera que devemos fugir apenas da lógica linear, mas que haja confluência a
partir de uma busca mais holística. Ser aluno é querer ser transformado.
7.4 Sobre o conteúdo, a amplitude e as suas capacidades
Acredito que uma das maiores temáticas e campo de estudo que pode ser abordado
é o da Educação Física Escolar. Podendo tratar de questões como Esportes, Lutas,
Danças, Ginásticas e Jogos como padrão central, ainda há a possibilidade de se
trabalhar os temas emergentes aos quais são pertinentes àquela realidade como
Saúde, Economia, Segurança, Família, Sexualidade e Gênero, História, Fármacos e
entre muitos outros. Saber usar os documentos que são as Orientações Teórico-
metodológicas e dos Parâmetros Curriculares Nacional é de crucial importância para
montar de forma coesa e coerente a melhor forma de se lecionar a disciplina.
32
Perceber também se a adaptação daquele conteúdo ao meio flui de maneira fácil
para que haja assimilações e construções tanto no meio teórico quanto prático.
Sabendo que podemos assumir a identidade da escola para fomentar tanto a
curiosidade do aluno quanto se valer dos recursos que podem ser obtidos.
Conceituar e sistematizar conteúdos, manter uma estrutura lógica do mais simples
ao mais complexo, do mais lento ao mais rápido e assim por diante é fundamental.
Além disso, a busca constante por um melhor planejar ajuda ainda no arrecadar de
informação, que se tornará conhecimento a ser usado em sala de aula ou quadra.
Devemos compreender que todo conteúdo deve atingir duas demandas, a primeira
dela sendo a orgânica, na qual o indivíduo que recebe tanto se percebe no meio
dela, quanto se valerá dela de maneira simples e sequencialmente a esta, teríamos
uma demanda de dinamismo.
Ampliar as ideias dos alunos e o seu leque motor são o fator primordial da
Educação Física dentro da escola. Tanto é que a mesma deve prezar pelo
desenvolvimento. Usar das metodologias diferentes como ferramentas de
atividades, faz com que o professor proponha várias formas de se produzir e
reproduzir atividades, visando estimular as capacidades que os alunos venham a
demonstrar, a partir de sua articulação com o tema, sendo estas visivelmente aos
tipos de inteligência ao qual Gardner citada ser próprio de cada pessoa. Com isso,
poderemos fazer o nosso papel certeiro, que é de formar pessoas inteligentes, que
saibam lhe dar com situações de cotidiano, não apenas fatos, mas também dados,
culturas e regras, obter conhecimento de forma plural é o que há de mais
imprescindível (MORIN, 2014).
7.5 Fechamento sobre os quatro pilares
No total, esses pilares são imprescindíveis para que toda a Polipráxis venha a
funcionar juntamente com a Promotividade, a maneira mais simples de se definir e
dar de maneira simplória como se as quatro formas não fossem apenas pilares, mas
engrenagens que faz tudo funcionar de maneira correta. Sei que conseguir
estabilizar isso de maneira coesa e forte é um enorme desafio, mas tentar é a forma
mais coerente de ser educador, pensar em como de forma teórica eu posso dar o
33
meu melhor para a educação. Moldar as velhas metodologias buscando tudo isso
quanto o novo, é uma forma de se tornar cada vez mais exigente consigo.
É próprio do pensar certo a disponibilidade ao risco, a aceitação do novo que não pode ser negado ou acolhido só porque é novo, assim como o critério de recusa ao velho não é apenas o cronológico. O velho que preserva sua validade ou que encarna uma tradição ou marca uma presença no tempo continua novo (FREIRE, 1996, p.17).
34
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por fim, acreditamos em todas as perspectivas da educação, mas que estás são
incompletas e precisam umas das outras para poderem ser o que há de melhor na
Educação Física. Necessitamos de fundamentação teórica aflorada todos os dias
para perceber tudo o que há em nossa volta. É com esse pensamento, de forma
filosófica que eu venho pensar na Educação Física escolar de nosso país, com
tantas tendências e metodologias.
O estudo, na perspectiva filosófica visou permitir uma melhor compreensão sobre
uma possível tendência de realidade implementada pelo professor no seu dia a dia,
podendo assim obter uma maior qualidade em sua intervenção diferenciada, ampla
e inclusiva. Desta forma, visando melhorar e continuar lutando contra os desafios da
escola do século XXI, superando assim as práticas estáticas e ideias já postos como
verdade absoluta na educação escolar, tentando romper com paradigmas e inserir
novos meios informativos e práticos, que prevê não apenas mudanças, mas
direcionamentos e desenvolvimentos.
Na Educação Física Escolar, cabe tanto ao professor com sua dinamização, quanto
ao aluno no fomentar questões e na escola com o suporte necessário, dar ênfase de
maneira fundamental a uma organização e de saber que, múltiplos fatores não são
um problema, mas, solução adquirida e que precisa ser lapidada com ciclos de
aprendizagem. Tratando assim, de maneira mais primordial o que a educação pode
fazer de melhor, para o ser, o ambiente, a sociedade e as capacidades do fazer.
35
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