UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO UNIVERSIDADE … · com a criação do Serviço de Proteção ao...

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO UNIVERSIDADE ABERTA DO SUS CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE INDÍGENA REGIÃO MATA ATLÂNTICA – TURMA II Projeto de Implantação da Qualidade como Forma de Melhoria na Prestação dos Serviços de Saúde na Aldeia Velha Autor (a): Brunna Santos Braz Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Especialização em Saúde Indígena, da Universidade Federal de São Paulo. Orientadora:Prof.(a)Dra Ana Paula Clemente SÃO PAULO 2017

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  • UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO

    UNIVERSIDADE ABERTA DO SUS

    CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE INDÍGENA

    REGIÃO MATA ATLÂNTICA – TURMA II

    Projeto de Implantação da Qualidade como Forma de Melhoria na

    Prestação dos Serviços de Saúde na Aldeia Velha

    Autor (a): Brunna Santos Braz

    Trabalho de Conclusão de Curso

    apresentado ao Curso de Especialização

    em Saúde Indígena, da Universidade

    Federal de São Paulo.

    Orientadora:Prof.(a)Dra Ana Paula

    Clemente

    SÃO PAULO

    2017

  • Projeto de Implantação da Qualidade como Forma de Melhoria na

    Prestação dos Serviços de Saúde na Aldeia

    AUTORA: BRUNNA SANTOS BRAZ

    Trabalho de Conclusão de Curso

    apresentado ao Curso de Especialização

    em Saúde Indígena, da Universidade

    Federal de São Paulo.

    Orientadora: Prof. (a) Dra Ana Paula

    Clemente

    SÃO PAULO

    2017

  • RESUMO

    O objetivo deste trabalho é expor o problema de hipertensão que acomete a

    população na microárea de atuação (Aldeia Velha) a partir de levantamentos realizados

    na aldeia, e a importância da implantação da qualidade no ambiente de trabalho a qual

    nos permite, através de uma análise, identificar e descobrir suas raízes, remetendo-nos

    ao método mais eficaz para solução do mesmo. Com isso, é possível atingir a excelência

    na prestação dos serviços de saúde no atendimento da principal doença identificada. O

    acompanhamento dos costumes da população levanta as evidências da(s) causa(s) das

    falhas no resultado final, deixando de forma clara a necessidade de elaboração de

    estratégias de intervenção a partir de palestras que visem orientar sobre a questão da

    alimentação saudável e a importância de seguir as prescrições médicas de forma

    rigorosa, além de manter o acompanhamento permanente e regular através de consultas

    mensais.

    Palavras-chave: Qualidade, HAS, processo, evidências, resultado final.

  • RESUMEN

    El objetivo de este trabajo es exponer el problema de hipertensión que acomete a la

    población en la microárea de actuación (Aldea Velha) a partir de levantamientos

    realizados en la aldea, y la importancia de la implantación de la calidad en el ambiente

    de trabajo la cual nos permite, a través de un análisis , Identificar y descubrir sus raíces,

    remitiéndonos al método más eficaz para la solución del mismo. Con ello, es posible

    alcanzar la excelencia en la prestación de los servicios de salud en la atención de la

    principal enfermedad identificada. El seguimiento de las costumbres de la población

    plantea las evidencias de la causa de las fallas en el resultado final, dejando de forma

    clara la necesidad de elaborar estrategias de intervención a partir de charlas que orienten

    sobre la cuestión de la alimentación saludable y la La importancia de seguir las

    prescripciones médicas de forma rigurosa, además de mantener el seguimiento

    permanente y regular a través de consultas mensuales.

    Palabras clave: Calidad, HAS, proceso, evidencia, resultado final.

  • LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

    AIS – Agentes Indígenas de Saúde

    CASAIS – Casas de Saúde Indígena

    DCNT – Doenças Crônicas Não Transmissíveis

    DSEI – Distrito Sanitário Especial Indígena

    EMSI – Equipe Multidisciplinar de Saúde Indígena

    FUNAI – Fundação Nacional do Índio

    FUNASA – Fundação Nacional de Saúde

    HAS – Hipertensão Arterial Sistêmica

    IMC – Índice de Massa Corporal

    MAIC – Ministério da Agricultura Indústria e Comércio

    OMS – Organização Mundial de Saúde

    PA – Pressão Arterial

    PSFI – Programa de Saúde da Família Indígena

    SasiSUS – Subsistema de Atenção à Saúde Indígena

    SESAI – Secretaria Especial de Saúde Indígena

    SIASI - Sistema de Informação da Atenção à Saúde Indígena

    SPI – Serviço de Proteção ao Índio

    SUCAM – Superintendência de Campanha de Saúde Pública

  • LISTA DE QUADROS

    Quadro 1 – Organograma SESAI....................................................................................24

    Quadro 2 - População da Aldeia Velha, Dezembro 2016................................................24

    Quadro 3 – Número de Casos de Hipertensos de Aldeia Velha, 2016...........................25

  • LISTA DE FIGURAS

    Figura 1 - Mapa dos Distritos Especiais de Saúde Indígena – DSEIs.............................26

  • SUMÁRIO

    1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................08

    2. OBJETIVOS..............................................................................................................13

    2.1 Objetivo Geral.........................................................................................................13

    2.2 Objetivos Específicos..............................................................................................14

    3. METODOLOGIA.....................................................................................................14

    4. RESULTADOS ESPERADOS.................................................................................20

    5. CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................21

    6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................22

    7. ANEXOS.....................................................................................................................24

  • 1. INTRODUÇÃO

    No ano de 1500, época em que colonizadores portugueses atracaram no sul da

    Bahia, índios tupiniquins e tupinambás já habitavam o litoral baiano. No primeiro

    contato entre nativos e colonizadores foi estabelecida uma relação de escambo.

    Entretanto, no decorrer do tempo os colonos tornaram mais efetivas as tentativas de

    escravizar os povos locais, atitudes estas que provocaram reações de resistência

    culminando em batalhas. Os conflitos aliados às doenças trazidas, como por exemplo,

    epidemias de varíola, foram dizimando a população indígena do Extremo Sul da Bahia,

    na segunda metade do século XVI. Grande parte dos índios sobreviventes foi reunida,

    através de expedições denominadas de descimentos, em aldeamentos missionários de

    ordens religiosas com intuito de facilitar a inserção dos mesmos na sociedade civil. O

    projeto de implantação de aldeamentos visava ofertar uma solução articulada nos

    quesitos de dominação e do trabalho indígena, e tornou-se um dos alicerces da política

    indigenista no Brasil colonial.

    Esse processo foi intensificado especialmente no século XVIII, ocasionando

    uma série de transformações através do contato com outros grupos indígenas,

    missionários, negros e a sociedade arredor. Porém, após a criação da Lei de Terras ou

    Lei nº 601, de 18 de setembro de 1850, sancionada por D. Pedro II, a qual estabelecia a

    compra como sendo o único meio de adquirir terras públicas, inicializou-se a extinção

    gradativa dos aldeamentos. Aliado a esse fato, as populações indígenas foram sendo

    desqualificadas devido ao processo de miscigenação, justificando assim a abolição dos

    aldeamentos.

    Atualmente, a Bahia possui povos indígenas inseridos na região do sertão

    nordestino ao norte e na região sul do estado. No extremo sul da Bahia encontram-se

    comunidades da etnia Pataxó os quais o convívio com a sociedade é uma relação

    estável, porém ainda há conflitos por disputa de terras os quais proporcionam uma

    expectativa de futuro incerto quanto às áreas ocupadas pelas comunidades, pois ainda

    não são demarcadas.

    Grande parte dos indígenas que vivem nessa região do extremo sul da Bahia, são

    provenientes da aldeia Barra Velha, também chamada de “aldeia mãe”, que foi palco de

    muitas lutas pela conquista e reconhecimento da terra, desde sua origem em 1861, hoje

    reconhecida e homologada como terra indígena do complexo Barra Velha. Uma das

    lutas que o povo pataxó enfrentou foi no ano de 1951, conhecida como a “Revolta dos

  • caboclos”, mas para os pataxós é conhecida como o “Fogo de 51”, episódio esse

    violento e injustificado das policias das cidades de Porto Seguro e Prado, no qual a

    aldeia de Barra Velha que era o único abrigo do povo pataxó naquela época, foi

    incendiada totalmente, dando origem a outras aldeias devido a migração da população

    na tentativa de fuga, como por exemplo Boca da Mata, Meio da Mata, Pé do Monte e

    Coroa Vermelha. Aos indígenas, sem terras e sem ter onde morar, não houve outra

    alternativa, além de migrar e integrar-se aos municípios vizinhos, ocultando sua origem,

    hábitos e costumes tradicionais (PEREIRA,2013).

    Independentemente das efetivações das demarcações das terras indígenas sua

    relação com outros povos é inevitável, por isso os seus costumes, hábitos e tradições

    têm se perdido no tempo. Hábitos alimentares saudáveis de ingerir produtos naturais

    provenientes do próprio plantio, da caça e pesca se tornaram cada vez mais raros, e no

    lugar destes foram incorporadas as comidas industrializadas, deteriorando assim cada

    vez mais a saúde dos povos indígenas.

    O início do desenvolvimento da política de saúde para os povos indígenas se deu

    com a criação do Serviço de Proteção ao Índio (SPI), em 20 de junho de 1910, através

    do Decreto nº 8.072, pois visava integrá-los a sociedade nacional e prestar assistência à

    sua população. O SPI era um órgão público fundado durante o governo do presidente

    Nilo Peçanha, e teve Marechal Rondon como seu primeiro diretor. Era parte constituinte

    do Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio (MAIC), sendo extinto e substituído

    em 1967 pela Fundação Nacional do Índio (FUNAI). A FUNAI foi criada pela Lei no

    5.371, de 05 de dezembro de 1967, sendo o órgão indigenista oficial do Estado

    brasileiro com o propósito de gerenciar e cumprir as políticas indigenistas do Governo

    Federal, além de identificar, delimitar, demarcar, regularizar e registrar as terras

    ocupadas pelos índios, visando a garantia dos direitos e promoção de estratégias

    direcionadas ao desenvolvimento sustentável.

    A Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) é um órgão do Ministério da Saúde

    criado pela Lei no 8.029, de 12 de abril de 1990, resultado da união da Fundação de

    Serviços de Saúde Pública (FSESP) e da Superintendência de Campanha de Saúde

    Pública (SUCAM). O Ministério da Saúde no ano de 1991 ficou encarregado de

    coordenar as ações de saúde designadas aos povos indígenas, instituindo os Distritos

    Sanitários Especiais Indígenas – DSEI, como base da organização dos serviços de

    saúde.

  • Devido à política de descentralizar o atendimento, foi criada a Lei nº 9.836 de 24

    de setembro de 1999, também conhecida como Lei Arouca, devido à atuação do

    Deputado Sérgio Arouca na sua aprovação. Essa lei criou uma relação entre as

    prefeituras e entidades da sociedade civil, restringiu a ação direta do Estado e implantou

    34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) tornando-os unidades gestoras de

    saúde das equipes que assistem aos indígenas. O DSEI atua como parte de um

    subsistema que articula com o Sistema Único de Saúde (SUS) e desenvolve suas ações a

    partir das seguintes condições, deve considerar os conceitos de saúde e doença da

    população e os aspectos intersetoriais, o processo de planejamento das ações é

    construído coletivamente e deve ter participação do controle social formalizado em

    todos os níveis de gestão.

    A FUNASA foi responsável pela assistência à saúde indígena até o ano de 2010,

    quando o governo transferiu esta incumbência diretamente ao Ministério da Saúde

    devido à dificuldade de gestão e atendendo as antigas reivindicações da população

    indígena. Esse processo culminou na criação da Secretaria Especial de Saúde Indígena

    (SESAI), em outubro de 2010, com a missão de reformular a gestão e atenção da saúde

    indígena no âmbito do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena, articulado com o SUS

    (SasiSUS).

    A área de estudo em questão será o DSEI Bahia com foco no município de Porto

    Seguro. O DSEI Bahia possui o apoio de 9 Polos Base (Euclides da Cunha, Ibotirama,

    Ilhéus, Itamaraju, Juazeiro, Pau Brasil, Paulo Afonso, Porto Seguro e Ribeira do

    Pombal), abrangendo 30 municípios (Abaré, Alcobaça, Angical, Banzaê, Belmonte,

    Buerarema, Camacã, Camamú, Cocos, Curaça, Euclides da Cunha, Glória, Ibotirama,

    Itajú do Colônia, Itamaraju, Muquém do São Francisco, Ilhéus, Pau Brasil, Paulo

    Afonso, Porto Seguro, Prado, Quinjigue, Ribeira do Pombal, Rodelas, Santa Cruz

    Cabrália, Santa Rita de Cássia, Serra do Ramalho, Sobradinho, Una e Utinga), 72

    aldeias e 18 etnias em um total de 27.740 indígenas cadastrados (Atikum, Fulni-ô,

    Kaimbé, Kambiwá, Kantarurê, Kiriri, Paiaia, Pataxó, Pataxó hã hã hãe, Pankararé,

    Pankararú, Pankarú, Truká, Tumbalalá, Tupinambá, Tuxá, Xakriabá e Xukuru-kariri

    (DSEI BAHIA/2015). O Dsei Bahia está localizado na cidade de Salvador, sendo

    considerada uma das cidades mais populosas, capital do estado, a 720 km de distância

    do Polo de Porto Seguro e encontra-se na região Nordeste do país. A Bahia tem

    território cuja área total é de 564 692,669 km2, fazendo fronteira com os estados de

    Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Piauí (norte), Tocantins, Goiás (oeste), Minas Gerais e

  • Espírito Santo (sul). O clima é tropical na região litorânea e semi-árido no interior, com

    vegetação mangues no litoral, floresta tropical e caatinga (interior e semi-árido) e

    cerrado. Os rios que cortam o estado são Jequitinhonha, São Francisco, Paraguaçu,

    Carinhanha, de Contas, Itaperucu, Grande, Pardo e Capivari. Principais recursos

    naturais são: ouro, cobre, magnesita, manganês, cromita, sal-gema, barita, chumbo,

    urânio, minério de ferro, prata, cristal de rocha e zinco. A economia gira em torno do

    turismo, agropecuária, pesca e caça.

    O DSEI desenvolve um conjunto de ações de saúde de atenção básica,

    articulando com o Sistema Único de Saúde para encaminhamentos das demandas de

    referência e contra-referência. Nessa região a primeira referência são os hospitais

    municipais Hospital Professor José Maria de Magalhães Neto e Hospital Deputado Luiz

    Eduardo Magalhães, enquanto que a segunda referência é o Hospital João Alves/SE,

    Sta. Casa de Misericórdia de Feira de Santana e Itabuna e a terceira referência é o

    Hospital Irmã Dulce em Salvador.

    Os territórios distritais são definidos a partir de critérios técnicos-operacionais e

    geográficos, além de relações políticas, cultural e distribuição geográfica tradicional de

    cada povo, o que por muitas vezes não coincide com limites de municípios e estados

    onde estão localizadas as terras indígenas. Além dos DSEIs, a estrutura de atendimento

    conta com postos de saúde, com os polos base e as Casas de Saúde Indígena (CASAIS).

    Trata-se de um modelo de organização de serviços, orientado por um espaço etno-

    cultural dinâmico, geográfico, populacional e administrativo bem delimitado que

    contempla um conjunto de atividades técnicas, que visa medidas racionalizadas e

    qualificadas de atenção à saúde, promovendo a reordenação da rede de saúde e das

    práticas sanitárias e desenvolvendo atividades administrativo-gerenciais necessárias à

    prestação da assistência com controle social.

    O controle social tem papel importante na formulação, acompanhamento e

    avaliação das políticas de saúde. Um ponto importante é a participação da população

    nas tomadas de decisão administrativas, para que as ações de saúde sejam voltadas para

    a realidade da população local. Cabe ao controle social fiscalizar essas ações no âmbito

    municipal, estadual e federal, através do conselho local e distrital. A população indígena

    também tem direto a participar do controle social, direito este garantido por lei, na qual

    garante a participação da população indígena nos Conselho Nacional de Saúde e nos

    Conselhos Municipais e Estaduais. A participação da população no Controle Social

    evidencia a capacidade que a sociedade tem de intervir nas políticas públicas,

  • colaborando com a formulação de prioridades e elaboração do plano de ação a serem

    desenvolvidas a nível municipal, estadual e federal. Levando em consideração que

    atende as necessidades específicas de acordo com a realidade local, o que tende a

    refletir nas condições de saúde de cada população.

    Mesmo sendo um instrumento de participação popular para as reivindicações da

    população, na comunidade o controle social se faz de forma tímida, poucas são as

    reuniões para articulação e planejamento das ações juntamente com a comunidade e

    principalmente com os funcionários do pólo base local. É preciso que a comunidade

    tenha consciência sobre a importância deste instrumento para que possa fortalecê-lo

    cada vez mais e fazer valer as leis voltadas para a melhoria da assistência à população.

    O Conselho Distrital é composto por usuários, funcionários e gestores ele é de

    grande relevância para a formulação das ações de saúde das comunidades, pois participa

    diretamente do planejamento do Plano Distrital, que é um instrumento norteador para a

    execução das ações técnicas e financeiras do DSEI. Estes tem o compromisso de

    planejar a aplicação dos recursos, pactuar metas, fiscalizar e avaliar como as ações estão

    sendo desenvolvidas, além de verificar a prestação de contas dos gestores no que diz

    respeito ao orçamento utilizado pelo DSEI nas ações de saúde.

    O conselho distrital tem maior atuação em comparação ao local, várias são as

    ações de articulação junto ao DSEI – BA que aos poucos vem colaborando de forma

    positiva nas comunidades. Porém, por ter participação de diversas etnias de várias

    localidades da Bahia a maior dificuldade reinante é com os custeios com passagens,

    estadias e alimentação dos conselheiros para a realização das reuniões. Devido à

    mudança na gestão do DSEI no ano de 2016, houve a falta de articulação da nova

    gestora prejudicando as reuniões do conselho, mesmo diante desse quadro os

    conselheiros tem se articulado entre si para manterem um diálogo mais próximo com a

    gestão atual e assim poder desenvolver suas atividades competentes.

    O Polo Base funciona como uma unidade para a primeira referência a partir das

    demandas das equipes de saúde alocadas nas comunidades. Encontra-se localizada no

    município de Porto Seguro e sua abrangência atende as aldeias do município de Porto

    Seguro, Santa Cruz Cabrália e Belmonte.

    A aldeia Velha foi declarada terra indígena de direito permanente do povo

    pataxó no início de 2011, porém ainda não é homologada, com 2.010 hectares de área

    total, sendo que a maior parte do território é de mata nativa e uma área de manguezal de

    10 km de extensão. A atividade principal é o artesanato, mas muitos vivem da

  • agricultura, pesca e outros prestam serviços à rede de turismo da região. No início da

    retomada dessa terra indígena eram aproximadamente 60 (sessenta habitantes),

    atualmente a população encontra-se com 904 (novecentos e quatro habitantes) com

    cerca de 350 famílias. A mesma compõe uma das seis terras indígenas pataxó do

    extremo sul da Bahia e uma das mais de trinta aldeias, sendo distribuídas entre os

    municípios de Prado, Porto Seguro, Santa Cruz Cabrália e Belmonte.

    O entendimento da história, cultura e crença dos povos indígenas da região,

    junto ao contato direto visando entender seus costumes, auxilia no trabalho dos

    profissionais de saúde. Na comunidade podem ser encontrados especialistas tradicionais

    como pajés, rezadores, raizeiros, benzedores, parteiras dentre outros. Há relatos de

    experiências com benzedeiras que diagnosticavam crianças com “espinhela caída” e as

    rezavam com galhos de guiné e arruda, curando-as assim sem sequer utilizar

    medicamentos.

    Como forma de melhoria e o intuito de atingir a excelência na prestação dos

    serviços de saúde no que tange o objetivo de agir sobre as doenças crônicas não

    transmissíveis que acometem a população de Aldeia Velha, como a hipertensão arterial

    como doença de maior prevalência nessa comunidade, será implantada o sistema de

    qualidade no ambiente de trabalho visando descobrir a causa raiz dos problemas

    elencados através de um levantamento de campo realizado. Através dos relatos e do

    acompanhamento dos pacientes acometidos pela HAS nessa comunidade é perceptível

    para a EMSI, que através das mudanças dos hábitos alimentares, socioeconômicos e

    estilo de vida, que foi crescente o numero de pessoas acometidas pela HAS nessa

    comunidade. A aldeia em destaque em nosso estudo é uma aldeia urbanizada e essa

    facilidade do acesso a produtos industrializados, que se deu consumo excessivo de

    produtos com alto teor de sódio, gorduras saturadas e outros produtos que aos poucos

    foram inseridos e assim deixando cada vez mais a comunidade vulnerável a doenças que

    acometem o sistema cardiovascular.

    Houve casos do diagnostico tardio da hipertensão arterial nessa comunidade, por

    falta de sintomatologia e assiduidade do acompanhamento pós diagnostico da doença,

    acarretando complicações graves para alguns indígenas da Aldeia Velha e tornando-se

    para EMSI um grande desafio para o combate e controle da doença. A conscientização

    que a hipertensão arterial é uma doença que pode sim ser controlada, através das

    mudanças no estilo de vida, alimentação saudável, ingesta hídrica e uso correto das

    medicações. Essas ações de conscientização são realizadas com frequência pela EMSI

  • com auxílio da nutricionista e farmacêutica do poló base indígena de Porto Seguro, que

    têm sido de grande relevância para a comunidade no que tange o tratamento e controle

    das doenças, em destaque a HAS.

    No Brasil foram realizados poucos estudos em relação à hipertensão arterial nas

    comunidades indígenas, o que pode ser observado durante o estudo realizado. Segundo

    PIERIN et al, 2015 a população indígena brasileira sofreu um impacto perceptível,

    resultante da interação do índio com a sociedade não indígena, que comprometeu sua

    saúde. A industrialização e urbanização, o que acarretou em alterações nos seus hábitos

    de vida, na cultura, no êxodo rural e consequentemente o aumento das DCNT, dentre

    elas as cardiovasculares.

    A interação da equipe de saúde com a comunidade indígena de atuação, em

    destaques: caciques, lideranças, pajé, benzedeira, anciões é de suma importância para

    obter discernimento e elaborar estratégias para que suas medidas de tratamento andem

    em paralelo com a cultura, crenças e tratamentos tradicionais indígenas. Dessa forma,

    pode-se evitar a resistência à medicina fundamentada nos métodos científicos, e se for o

    caso adotar a biomedicina como método tático, pois nesse ramo a medicina caminha

    paralelamente às formas de intervenção tradicionais utilizados pelas comunidades,

    métodos esses com resultados comprovados cientificamente serem eficazes. Há diversos

    métodos tradicionais adotados onde pode se constatar a cura do indivíduo, porém essa

    eficácia entra em choque com a medicina uma vez que são empíricos.

    2. OBJETIVOS

    2.1 OBJETIVO GERAL

    Desenvolver o planejamento de estratégias que visem colaborar com a

    diminuição dos casos de hipertensão sistêmica. Para isso será realizado um

    levantamento estatístico na área de atuação (Aldeia Velha), e será planejado ações que

    visem a implantação da qualidade na prestação dos serviços de saúde. Dessa forma, a

    equipe multidisciplinar de saúde indígena visa prestar um atendimento de qualidade,

    com maior eficiência, almejando garantir a excelência da prestação dos serviços tendo

    em vista a satisfação do paciente e a melhor forma de alcançar suas metas e objetivos.

  • 2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO

    Promover e participar de campanhas relacionadas ao diagnostico e ao tratamento

    da hipertensão arterial;

    Proporcionar acompanhamento anual especializado aos hipertensos, afim de

    tornar o tratamento a essa DCNT mais eficaz;

    Elaborar intervenção a outros problemas de saúde que acometem os pacientes

    com hipertensão arterial.

    3 METODOLOGIA

    3.1 O CONTEXTO DA INTERVENÇÃO

    Para a realização deste trabalho foi realizado uma investigação por meio de

    análises documentais referentes aos problemas que mais acometem a população

    indígena da área de atuação, causas e consequências do problema supramencionado por

    meio de considerações de cunho histórico e conceitual. Inicialmente, realizou-se uma

    pesquisa bibliográfica sobre a história da população indígena, sobre a sua colonização e

    a interferência de povos não indígenas na base de sua alimentação. Posteriormente, o

    tema qualidade foi estudado com o intuito de efetuar uma análise sobre os

    procedimentos adotados para prestação de um serviço de excelência. O entendimento da

    história, cultura e crença dos povos indígenas da região, auxilia no trabalho dos

    profissionais de saúde. Com isso, será possível driblar uma das barreiras mais difícil de

    transpor que é a cultura e crença desses povos as quais entram em conflito com os

    métodos de intervenção da EMSI. Foram utilizadas como base de dados bibliografia

    impressa (livros) e virtual (revistas e periódicos digitais) entre outros, como análise

    qualitativa elaborada relacionada ao tema de interesse e com a finalidade de englobar

    informações de publicações cientificas, onde se buscou condensar informações que

    possibilitasse o alcance dos objetivos propostos (BEUREN, 2008).

    Esse estudo, cuja natureza é uma pesquisa aplicada ao cenário de ação dos

    profissionais de saúde, sendo este: Aldeia Velha. Com isso, buscam-se soluções para

    problemas concretos enfrentados pela equipe multidisciplinar, atendendo às exigências

    da vida cotidiana, indicando alternativas para sua resolução. Para isso, utilizaremos as

    ferramentas da qualidade, ou seja, realizaremos o mapeamento do processo e faremos o

  • levantamento de indicadores que nos apontem o verdadeiro problema a ser enfrentado

    para a DCNT estudada.

    A prevenção primária à hipertensão arterial sistêmica é a principal terapêutica no

    combate aos fatores de riscos. Nesse processo, o enfermeiro está na linha de frente

    como facilitador, buscando empregar técnicas ou medidas que levam a promoção da

    educação em saúde, o exercício do auto-cuidado, com a finalidade de conservar

    controlada a pressão arterial e também uma assistência de enfermagem mais

    humanizada.

    A hipertensão não tem cura, mas possui tratamento para ser controlada. Os

    problemas identificados pela EMSI são:

    1- A falta de sintomas dificulta a identificação da doença, pois o paciente não

    procura o posto de saúde por não saber ser portador da DCNT;

    2- A necessidade de acompanhamento dos profissionais de saúde para evitar o

    abandono do tratamento por parte do paciente causa uma carga excessiva de

    trabalho;

    3- A falta de conscientização da população para a gravidade da doença leva as

    pessoas a não procurarem tratamento ou abandonar o mesmo;

    4- O sedentarismo é fator contribuinte para aumento da PA;

    5- O consumo de produtos industrializados com alto índice de sódio coopera e

    dificulta o tratamento da hipertensão;

    6- O consumo excessivo de álcool.

  • Ação Recursos Produtos Resultados Indicador Metas Prazos Responsável

    Palestras

    Cartolina

    Sala de Aula

    Quadro

    Retroprojetor

    Computador

    Evitar o aumento do

    número de casos de

    hipertensão

    Conscientização da

    população sobre os

    riscos das DCNT

    100%

    Evitar o abandono do

    tratamento ou uso

    incorreto dos

    medicamentos

    6 meses

    Equipe

    Multidisciplinar

    Disponibilizar 2

    dias da semana

    para caminhada

    2 horas/semana Diminuição dos fatores

    de risco

    Melhoria na qualidade

    de vida dos hipertensos

    5,0%/semana Controle das DCNTs

    3 meses

    Equipe

    Multidisciplinar

    Convocar

    membros da

    comunidade para

    realizar oficinas

    Lideranças

    Anciões

    Disseminação de

    conhecimento cultural

    do povo indígena local

    para a EMSI

    Qualificação dos

    profissionais

    100%

    Aliar o conhecimento

    científico à cultura

    indígena

    3 meses

    Equipe

    Multidisciplinar

    Reuniões com

    usuários de álcool

    e seus familiares

    1 vez ao mês Aconselhar e orientar

    quanto aos riscos do

    uso dessa droga em

    relação a sua saúde

    Melhoria na qualidade

    de vida dos usuários

    100%

    Diminui os efeitos que

    essa droga causa na

    saúde, vida social e

    familiar

    6 meses

    Equipe

    Multidisciplinar

  • 4. RESULTADOS ESPERADOS

    Através dos estudos realizados, balizados nas ferramentas da qualidade, visamos

    intervir nos fatores de risco que contribuem para desencadear as doenças crônicas não

    transmissíveis, em especial os casos de hipertensão arterial sistêmica para que se possa

    diminuir, controlar ou anular as mesmas.

    Atingir as metas esperadas não significa necessariamente que um serviço de

    qualidade foi prestado, pois é necessário atender as expectativas e necessidades dos

    pacientes de forma eficiente, ou seja, não somente eficaz. A satisfação do

    cliente/paciente decorrente não somente da solução do seu problema, mas sim de um

    atendimento humanizado resultante da visão holística da EMSI. O planejamento e a

    forma de organização dos profissionais de saúde no ambiente de trabalho estão

    diretamente relacionado com o alcance dos objetivos e metas.

    Conseguir um alinhamento estratégico através da liderança, onde toda a equipe

    caminha junto de forma coesa e uniforme, é um indício que cada integrante entende o

    seu papel e a sua importância, sendo consciente de que todos possuem a mesma missão

    independente do seu cargo.

    Em analise situacional da saúde em aldeia Velha através de instrumento

    institucional sala de situação do ano de 2016 que é preenchido mensalmente, em relação

    às doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) a hipertensão arterial acometi 48

    indivíduos de uma população de 904 pessoas, podendo-se verificar que em sua maioria

    são pessoas na faixa etária entre 35 a 80 anos de idade e em sua maioria do sexo

    feminino, obesas, hábitos alimentares inadequados e que não praticam atividade física

    de nenhuma natureza. O contato com os não indígenas é uma das portas de entrada para

    o agravo da problematização da saúde dessa população, pelo acesso a alimentos

    industrializados, uso abusivo de álcool e drogas, fatores esses que trazem uma perda

    cultural significativa para essa população.

    Adesão ao programa do HIPERDIA é baixo, para que se tenha um

    acompanhamento regular e uma assistência de qualidade a esse grupo. Com isso mesmo

    em tratamento medicamentoso, a PA desses indivíduos está sempre descompensada e

    assim a EMSI tento que realizar visitas domiciliares e busca ativa dos faltosos

    mensalmente. Sempre realizamos palestras de prevenção e conscientização do agravo da

    hipertensão e outras doenças, para que esses pacientes que fazem o acompanhamento

    tenham um compromisso com seu auto-cuidado e saúde.

  • Em alguns relatos de pacientes durante essas palestras e até mesmo no momento

    da consulta do hiperdia e que é a reclamação e insatisfação da maioria é que nem

    sempre há medicamentos suficientes para todos os pacientes e que isso os deixam

    desanimados para voltarem ao posto mensalmente e muitos acabam comprando ou

    adquirindo esses medicamentos na farmácia popular do bairro, que encontra-se situado

    ao lado da aldeia, acarretando o não comparecimento a unidade.

    Analisando os dados estatísticos levantados, constatou-se a doença crônica não

    transmissível (DCNT) que mais acometia a população de Aldeia Velha, sendo a mais

    comum e em ordem de maior incidência: hipertensão arterial. A DCNT não têm causa

    específica, sendo doença de longa duração e, geralmente, de progressão lenta,

    ocasionada por múltiplos fatores relacionados que se desenvolvem ao longo da vida.

    A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é caracterizada por níveis elevados e

    sustentados da pressão arterial (PA) ≥ 140/90 mmHg. Os valores de pressão arterial em

    indivíduos acima de 18 anos classificam-se em :

    Ótima: Pressão sistólica < 120 e Pressão diastólica < 80 Normal:Pressão sistólica < 130 e Pressão diastólica: < 85 Limítrofe:130-139 e Pressão diastólica:85-89 Hipertensão estágio 1: Pressão sistólica: 140-159 e Pressão diastólica: 90-99 Hipertensão estágio 2: Pressão sistólica: 160-179 e Pressão diastólica: 100-109 Hipertensão estágio 3: Pressão sistólica: = 180 e Pressão diastólica = 110 Hipertensão sistólica isolada: Pressão sistólica: = 140 e Pressão diastólica: < 90

    Indivíduos que se encontram nos estágios 1, 2 ou 3 necessitam de tratamento,

    devendo se dirigir ao posto de saúde de sua área para início do mesmo e controle da PA.

    O aumento da taxa de incidência de doenças como a hipertensão arterial e suas

    consequências é que se faz necessário um estudo para que se encontrem soluções

    plausíveis e necessárias para resolução desses e dos demais problemas de saúde pública

    que assolam as comunidades indígenas.

    5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

    Conclui-se diante das evidências no resultado final do processo que faz-se

    necessário ações além da consulta, detecção e prescrição de medicamentos. O

    acompanhamento é aliado da equipe multidisciplinar de saúde indígena, bem como a

    orientação através do conhecimento transmitido à população por meio de palestras,

    campanhas, etc., e prevenção da HAS tendo como norteador para combate os fatores

    contribuintes para o desencadeamento das mesmas.

  • Os profissionais da EMSI com foco no cuidado, essencial para profissão, no

    decorrer do tempo vêm reunindo esforços para garantir a qualidade dos serviços

    prestados à população indígena de modo a se ter uma assistência contínua e

    humanizada. Mas, a conscientização e o comprometimento de todos da equipe

    multidisciplinar é de suma importância para alcançar os resultados esperados.

  • 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    BARROSO, et al., Influência da atividade física programa na pressão arterial de idosos

    hipertensos sob tratamento não-farmacológico. Revista Associação de Medicina

    Brasileira. p. 328-333. Goiás, 2008. Disponível em:

    http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010442302008000400018&script=sci_abstract&t

    lng=pt

    Acessado em: 28/01/2017

    BEUREN, I. M. e cols. Como elaborar trabalhos monográficos em contabilidade. Atlas,

    São Paulo, v 1, n 3, p. 10-25, 2006.

    BRASIL. Ministério da Saúde. Secretária de Politicas de Saúde. Departamento de

    Ações Programáticas Estratégicas. Plano de reorganização da atenção à hipertensão

    arterial e diabetes mellitus: hipertensão arterial e diabetes mellitus. Brasilia, DF,

    2001. Disponível em: http://www.brasil.gov.br/saude/2015/04/hipertensao-atinge-mais-

    de-30-milhoes-de-pessoas-no-pais

    Acessado em: 25/01/2017.

    DÓREA, E. L., LOTUFO, P.A. Epidemiologia da hipertensão arterial sistêmica. 3

    ed. Rio de Janeiro. pag. 210, 2004.

    KOCHAR, M. S.; WOODS, K. D. Controle da pressão arterial: para enfermeiras e

    demais profissionais de saúde. 2 ed. São Paulo, pag. 317, 1990.

    PEDREIRA, Hugo P. da Silva. Aldeia Velha, “nova na cultura”: Reconstituição

    territorial e novos espaços de protagonismo entre os pataxós. Caderno de Arte e

    Antropologia UFBA. Ed. 2. pag. 31-42. Salvador, 2013.

    PIERIN, A. M. G., SANTOS, B., FERREIRA, A. A., FILHO, Z. A. S. Artigo de

    Revisão: Prevalência de hipertensão arterial em indígenas no Brasil. Rev. Esc.

    Enferm. USP; 49 (6):1016-1026. São Paulo, 2015. Disponível em:

    http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v49n6/pt_0080-6234-reeusp-49-06-1016.pdf

    Acessado em: 01/02/2017

    http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010442302008000400018&script=sci_abstract&tlng=pthttp://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010442302008000400018&script=sci_abstract&tlng=pthttp://www.scielo.br/pdf/reeusp/v49n6/pt_0080-6234-reeusp-49-06-1016.pdf

  • SMELTZER, S. C, BARE, Brunner & Suddarth: tratado de enfermagem médico-

    cirúrgica. 9 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.

    7. ANEXOS

    Quadro 1

    FONTE: PORTAL DA SAÚDE

  • Quadro 2

    Fonte: Sala de situação da Aldeia Velha/2016

    Idade Sexo Masc. Fem. Total

    < 6m 04 05 09 6< 1ano 03 02 05

    1ano 17 07 24 2anos 09 11 20 3anos 10 12 22 4anos 09 06 15

    5 a 6anos 20 21 41 7 a 8 anos 18 27 45

    9 anos 19 08 27 10 a 11 anos 30 18 48 12 a 14 anos 25 25 50 15 a 17 anos 30 36 66 18 a 19 anos 33 19 52 20 a 24 anos 47 47 94 25 a 49 anos 169 124 293 50 a 59 anos 26 20 46 >60 anos 25 22 47 Total 494 410 904

  • Quadro 3

    Doenças Número de casos

    Hipertensão Arterial Sistêmica 48 Fonte: Sala de situação da Aldeia Velha/2016

    FIGURA 1

    FONTE: PORTAL DA SAÚDE/2014