Universidade Federal Do Ceará

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ Disciplina: PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA APRENDIZAGEM NA ADOLESCÊNCIA Discente: JOÃO PAULO OLIVEIRA DE ALCÂNTARA Matricula: 371735 Docente: Dra. JAKELINE ALENCAR ANDRADE. Data: 22/06/2015 FICHAMENTO 06 TEMA: Freud fundou uma ciência que investiga o inconsciente, chamada de psicanálise. Trata- se de uma metodologia que consiste em investigar as evidências que clareiam o significado inconsciente das palavras, das ações, das produções imaginárias de um indivíduo. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: LUSTOSA, Ana Valéria. A teoria psicanalítica de Sigmund Freud.- 2ª edição Fortaleza; edições UFC, 2002. IDEIAS IMPORTANTES: Freud percebeu que a grande maioria dos seus pacientes os quais tratava desde o começo da sua carreira apresentavam distúrbios e queixas de natureza hipocondríaca ou histeria. Esses distúrbios relacionavam-se a sentimentos reprimidos com origem em experiências sexuais perturbadoras. Desta maneira, ele formulou a teoria hipotética de que a ansiedade que se manifestava através dos sintomas de neurose tratava-se de uma consequência da somatização da libido relacionada à sexualidade. Essa energia reprimida tinha expressão contextual nos vários sintomas neuróticos que serviam como um mecanismo de defesa psicológica, mais adiante também estudada por Freud. Boa parte dos estudos de Freud inclina-se nos estudos neurofisiológico, que caracteriza um aprofundamento do conhecimento da mente do ponto de vista físico e quimicamente estudado. A base epistomológica da descoberta do inconsciente sofre bastante críticas. Seu trabalho sofre obstáculos, pois seus contemporâneos rejeitaram suas teorias. Na verdade, fatores diversos constituíram-se como obstáculos epistemológicos. O caráter singular da epistemologia freudiana advêm do estatuto concedido ao erro em sua teoria do conhecimento (ROUNET, 1985;CELES&BUCHER, 1984;MENDES, 2002), ou seja, a dúvida que paira sobre a fala, o comportamento manifesto que está além da consciência é o que marca com excepcionalidade a base das pesquisas que utilizam as referências psicanalíticas. O método psicanalítico de Freud consistia em estruturar relações entre tudo aquilo que seus pacientes sobre os seus sonhos e os seguia até as raízes do inconsciente. Através dos estudos de Freud obrem-se novos caminhos num mundo pensado à medida do próprio individuo, controlado por um eu que a si próprio se controla num esforço de autoconhecimento. Assim a psicanálise introduzida por Freud, propõe-nos uma nova visão do

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psicologia da aprendizagem

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  • UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEAR

    Disciplina: PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA APRENDIZAGEM NA ADOLESCNCIA

    Discente: JOO PAULO OLIVEIRA DE ALCNTARA Matricula: 371735

    Docente: Dra. JAKELINE ALENCAR ANDRADE. Data: 22/06/2015

    FICHAMENTO 06

    TEMA: Freud fundou uma cincia que investiga o inconsciente, chamada de psicanlise. Trata-

    se de uma metodologia que consiste em investigar as evidncias que clareiam o significado

    inconsciente das palavras, das aes, das produes imaginrias de um indivduo.

    REFERNCIA BIBLIOGRFICA: LUSTOSA, Ana Valria. A teoria psicanaltica de

    Sigmund Freud.- 2 edio Fortaleza; edies UFC, 2002.

    IDEIAS IMPORTANTES: Freud percebeu que a grande maioria dos seus pacientes os quais

    tratava desde o comeo da sua carreira apresentavam distrbios e queixas de natureza

    hipocondraca ou histeria. Esses distrbios relacionavam-se a sentimentos reprimidos com origem

    em experincias sexuais perturbadoras. Desta maneira, ele formulou a teoria hipottica de que a

    ansiedade que se manifestava atravs dos sintomas de neurose tratava-se de uma consequncia da

    somatizao da libido relacionada sexualidade. Essa energia reprimida tinha expresso

    contextual nos vrios sintomas neurticos que serviam como um mecanismo de defesa

    psicolgica, mais adiante tambm estudada por Freud.

    Boa parte dos estudos de Freud inclina-se nos estudos neurofisiolgico, que caracteriza um

    aprofundamento do conhecimento da mente do ponto de vista fsico e quimicamente estudado. A

    base epistomolgica da descoberta do inconsciente sofre bastante crticas. Seu trabalho sofre

    obstculos, pois seus contemporneos rejeitaram suas teorias. Na verdade, fatores diversos

    constituram-se como obstculos epistemolgicos. O carter singular da epistemologia freudiana

    advm do estatuto concedido ao erro em sua teoria do conhecimento (ROUNET,

    1985;CELES&BUCHER, 1984;MENDES, 2002), ou seja, a dvida que paira sobre a fala, o

    comportamento manifesto que est alm da conscincia o que marca com excepcionalidade a

    base das pesquisas que utilizam as referncias psicanalticas.

    O mtodo psicanaltico de Freud consistia em estruturar relaes entre tudo aquilo que seus

    pacientes sobre os seus sonhos e os seguia at as razes do inconsciente.

    Atravs dos estudos de Freud obrem-se novos caminhos num mundo pensado medida do

    prprio individuo, controlado por um eu que a si prprio se controla num esforo de

    autoconhecimento. Assim a psicanlise introduzida por Freud, prope-nos uma nova viso do

  • homem em que o inconsciente domina. a descoberta cientfica do inconsciente, das suas

    caractersticas e manifestaes, dos traumas infantis que recobre, da energia pulsional da libido

    que o alimenta. Freud acreditava que tudo o que se passava na mente humana possua um

    significado preciso: havia uma causa originadora e desenvolvia-se ou manifestava-se segundo um

    sentido determinado. Nesse aspecto Freud postula a existncia de um aparelho dominado por

    foras instituais e por princpios contrrios entre si.

    A teoria do aparelho psquico de Freud formada e dividida por consciente, pr-consciente e

    inconsciente. De acordo com seus estudos existe um determinismo psquico onde cada evento

    mental causado pelo inconsciente. Posteriormente Freud elaborou uma segunda teoria do

    aparelho psquico, introduzindo novos conceitos (Id, Ego, Superego). A teoria psicanaltica

    clssica leva em conta os mecanismos de defesa.

    Mecanismos de defesa so denominados processos psquicos inconscientes que aliviam o ego do

    estado de tenso psquica entre o id intrusivo, o superego ameaador e as fortes presses que

    emanam da realidade externa. A existncia desse jogo de foras presente na mente, em que as

    mesmas se opem e lutam entre si, surge a ansiedade cuja funo a de assinalar um perigo

    interno. Esses mecanismos entram em ao para possibilitar que o ego estabelea solues de

    compromisso (para problemas que incapaz de resolver), ao permitir que alguns componentes

    dos contedos mentais indesejveis cheguem conscincia de forma disfarada.

    Os principais mecanismos de defesa so os seguintes:

    1. Represso 2. Formao reativa 3. Projeo 4. Regresso 5. Racionalizao 6. Negao -

    7. Deslocamento 8. Anulao 9. Introjeo 10. Sublimao.

    As descobertas realizadas por Freud estruturam os fundamentos da sexualidade no centro da vida

    psquica onde desenvolvido o segundo conceito mais importante da teoria psicanaltica: a

    sexualidade infantil. Estas afirmaes tiveram profundas repercusses na sociedade puritana da

    poca pela concepo vigente de infncia "inocente". As principais caractersticas destas

    descobertas so: 1. A funo sexual existe desde o princpio de vida, logo aps o nascimento e

    no s a partir da puberdade como afirmavam as ideias dominantes. 2. O perodo que envolve a

    sexualidade longo e complexo at chegar a sexualidade adulta, onde as funes de reproduo e

    de obteno de prazer podem estar associadas, tanto no homem como na mulher. Esta afirmao

    contrariava as ideias predominantes de que o sexo estava associado, exclusivamente a

  • reproduo. 3. A libido, nas palavras de Freud, a "energia dos instintos sexuais e s deles".

    Foi no segundo dos "Trs ensaios de sexualidade" das obras completas, que Freud elaborou o

    processo de desenvolvimento psicossexual, o indivduo encontra o pice do prazer no prprio

    corpo, pois nos primeiros anos de vida, a funo sexual est intimamente ligada sobrevivncia.

    O corpo erotizado, isto , as excitaes sexuais esto localizadas em partes do corpo (zonas

    ergenas) e h um desenvolvimento progressivo tambm ligado as modificaes das formas de

    gratificao e de relao com o objeto, que levou Freud a chegar nas fases do desenvolvimento

    sexual:

    Fase oral ( 0 a 2 anos) - a zona de erotizao a boca e o prazer ainda est ligado ingesto

    de alimentos e excitao da mucosa dos lbios e da cavidade bucal.

    Fase anal (entre 2 a 4 anos aproximadamente).

    Acontece entre 2 e 5 anos o complexo de dipo, e em torno dele que ocorre a estruturao da

    personalidade do indivduo. No complexo de dipo, a me o objeto de desejo do menino e o pai

    (ou a figura masculina que represente o pai) o rival que impede seu acesso ao objeto desejado.

    Ele procura ento assemelhar-se ao pai para "ter" a me, escolhendo-o como modelo de

    comportamento, passando a internalizar as regras e as normas sociais representadas e impostas

    pela autoridade paterna. Posteriormente por medo do pai, "desiste" da me, isto , a me

    "trocada" pela riqueza do mundo social e cultural e o garoto pode, ento, participar do mundo

    social, pois tem suas regras bsicas internalizadas atravs da identificao com o pai. Este

    processo tambm ocorre com as meninas, sendo invertidas as figuras de desejo e de identificao.

    Freud fala em dipo feminino.

    Fase flica rgo sexual = zona de erotizao. Aparece um objeto sexual e alguma

    convergncia dos impulsos sexuais sobre esse objeto. Assinala o ponto culminante e o

    declnio do complexo de dipo pela ameaa de castrao. Em seguida vem um perodo de

    latncia, que se prolonga at a puberdade e se caracteriza por uma diminuio das atividades

    sexuais, como um intervalo.

    Fase Genital - E, finalmente, o ltimo estgio na adolescncia atingido a ltima fase

    quando o objeto de erotizao ou de desejo no est mais no prprio corpo, mas em um

    objeto externo ao indivduo - o outro. Nesta fase, tanto meninos e meninas esto conscientes

    de suas identidades sexuais distintas e comeam a buscar formas de satisfazer suas

  • necessidades erticas e interpessoais.