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Página 1 de 8 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Campus Bagé SEMESTRE: 2013/2 CURSOS : ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO/ ENGENHARIA DE PRODUÇÃO COMPONENTE CURRICULAR : FENÔMENOS DE TRANSPORTE (BA000200) PROFESSOR: Marcilio Machado Morais 4.2.3 Estimação da perda de energia mecânica no escoamento de fluidos incompressíveis no interior de tubos Para escoamento turbulento determinação de “f” é experimental - Tubos lisos: várias correlações da literatura. - Tubos rugosos: para se analisar o efeito da rugosidade na distribuição de velocidade e na queda de pressão é utilizado o conceito de rugosidade relativa (/D); esta última afeta o escoamento de várias formas: 1º) No escoamento laminar : em tubos comerciais nos quais /D 0,01 o efeito é desprezível, pois o fluido preenche os espaços entre as protuberâncias e as camadas internas deslizam suavemente sobre um tubo de diâmetro efetivo “D - 2. 2º) No escoamento turbulento : a) Se “ espessura da subcamada laminar, o efeito da altura efetiva da protuberância ( ) será desprezível tubo hidraulicamente liso. b) Se “ espessura da subcamada laminar, as protuberâncias penetram na corrente fluida principal e aumentam a turbulência. Determinação de “f” uso do Diagrama de Moody

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA – Campus Bagé SEMESTRE: 2013/2

CURSOS: ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO/ ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

COMPONENTE CURRICULAR: FENÔMENOS DE TRANSPORTE (BA000200)

PROFESSOR: Marcilio Machado Morais

4.2.3 – Estimação da perda de energia mecânica no escoamento de fluidos incompressíveis no

interior de tubos

Para escoamento turbulento determinação de “f” é experimental

- Tubos lisos: várias correlações da literatura.

- Tubos rugosos: para se analisar o efeito da rugosidade na distribuição de velocidade e na

queda de pressão é utilizado o conceito de rugosidade relativa (/D); esta última afeta o escoamento de

várias formas:

1º) No escoamento laminar: em tubos comerciais nos quais /D 0,01 o efeito é desprezível,

pois o fluido preenche os espaços entre as protuberâncias e as camadas internas deslizam suavemente

sobre um tubo de diâmetro efetivo “D - 2”.

2º) No escoamento turbulento:

a) Se “” espessura da subcamada laminar, o efeito da altura efetiva da protuberância ()

será desprezível tubo hidraulicamente liso.

b) Se “” espessura da subcamada laminar, as protuberâncias penetram na corrente fluida

principal e aumentam a turbulência.

Determinação de “f” uso do Diagrama de Moody

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(Figura - Fonte: GEANKOPLIS, 2003)

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Nessa referência é utilizado o fator de atrito de Darcy (fD):

(Figura - Fonte: FOUST et al., 1980)

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Determinação de “/D” diagramas

Além das perdas devido ao comprimento do tubo, deve-se incluir as perdas devido aos acessórios

presentes na tubulação como válvulas, Tês, cotovelos e curvas, expansões e contrações na linha etc.

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- Estimação da perda de energia mecânica em acessórios de tubulações (perda localizada)

Os sistemas de bombeamento possuem, em geral, além dos tubos retos de seção circular constante,

diversos acessórios como curvas, conexões, alargamentos, reduções, bifurcações, juntas de dilatação, etc.

Devido à turbulência, alteração de velocidade, mudança de direção e aumento de atrito que ocorre nos

acessórios e nos equipamentos, parte da energia mecânica disponível no fluido dissipa-se na forma de

calor/energia- perda de carga.

Os principais métodos para o cálculo da perda de carga localizada são:

- Expressão Geral

2

K.ul

2

b

wl

Sendo:

lwl: perda de carga ou perda de energia localizada devido aos acessórios na tubulação (J/kg)

K: coeficiente de perda de carga (adimensional)

ub: velocidade média do fluido na entrada do acessório (m/s)

D: Diâmetro (m)

Obs.: O valor de K é praticamente constante para valores do número de Reynolds superior a 5 x

104 , de onde se conclui que para efeito de aplicação prática pode-se considerar constante o valor de K

para uma determinada peça, desde que o escoamento seja turbulento, independentemente do diâmetro, da

velocidade e natureza do fluido.

A tabela a seguir apresenta valores aproximados de K para algumas peças mais comuns.

TABELA: Valores de K para cálculo de perda de carga localizada

PEÇA K PEÇA K

registro de gaveta aberto 0,20 Te, passagem direta 0,60

registro de globo aberto 10,0 Tê, saída de lado 1,30

cotovelo de 900 0,90 Tê, saída bilateral 1,80

cotovelo de 450 0,40 entrada normal na tubulação 0,50

curva de 900 0,40 saída de canalização 1,0

curva de 450 0,20

- Método dos Comprimentos Equivalentes ou Virtuais

A técnica consiste em adicionar ao comprimento real (L), dos tubos retos de seção circular

constante, comprimentos de tubos (Leq), com o mesmo diâmetro do conduto, capazes de provocar a

mesma perda de energia gerada pelo acessório. Esse comprimento adicionado equivale virtualmente, sob

o ponto de vista de perda de carga, ao produzido pelo acessório.

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Tabelas L/D: comprimento equivalente expresso em número de diâmetros, uma vez que a divisão

dos comprimentos equivalentes pelos respectivos diâmetros não apresentam grande variações. Esse

método é mais impreciso que os outros 2 métodos a serem apresentados, pois trabalha com valores

médios.

TABELA: Comprimento Equivalente expresso em no de diâmetros

PEÇA L/D

ampliação gradual 12

Cotovelo 900, raio longo 22

cotovelo 450 16

Curva 900 (R/D=1) 21

curva 450 15

entrada normal 17

entrada de borda 35

Junção 30

Redução 6

registro de gaveta aberto 8

registro de globo aberto 350

Registro ângulo aberto 170

Saída canalização 32

Tê, passagem direta 20

Tê, saída lado 50

Tê, saída bilateral 65

Válvula de pé e crivo 250

válvula retenção 100

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Tabelas de Comprimentos Equivalentes: as tabelas são fornecidas por fabricantes para um dado material do acessório (PVC rígido, cobre, aço

galvanizado, aço inox etc). Apresentam o comprimento equivalente da peça (em geral, em metros) para vários diâmetros.

(Quadro – Fonte: MACINTYRE, 1997)

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Perda de carga localizada: PVC rígido ou cobre

(Quadro – Fonte: MACINTYRE, 1997)