UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS...

72
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS E MEIO AMBIENTE MONIQUE ELZA DA SILVA E SILVA EDUCAÇÃO AMBIENTAL E SAÚDE: ESTUDO DA HIGIENE DOS BANHEIROS DE DUAS ESCOLAS PÚBLICAS DE MANAUS E UM PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO COMO FORMA DE SENSIBILIZAÇÃO. BELÉM – PA Novembro/2019

Transcript of UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS...

Page 1: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E

NATURAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS E MEIO

AMBIENTE

MONIQUE ELZA DA SILVA E SILVA

EDUCAÇÃO AMBIENTAL E SAÚDE: ESTUDO DA HIGIENE DOS BANHEIROS DE

DUAS ESCOLAS PÚBLICAS DE MANAUS E UM PROCEDIMENTO

OPERACIONAL PADRÃO COMO FORMA DE SENSIBILIZAÇÃO.

BELÉM – PA

Novembro/2019

Page 2: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E

NATURAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS E MEIO

AMBIENTE

MONIQUE ELZA DA SILVA E SILVA

EDUCAÇÃO AMBIENTAL E SAÚDE: ESTUDO DA HIGIENE DOS BANHEIROS DE

DUAS ESCOLAS PÚBLICAS DE MANAUS E UM PROCEDIMENTO

OPERACIONAL PADRÃO COMO FORMA DE SENSIBILIZAÇÃO.

Dissertação apresentada à Universidade Federal

do Pará (UFPA). Instituto de Ciências Exatas e

Naturais. Programa de Pós Graduação em

Ciências e Meio Ambiente, como requisito

parcial para a obtenção do grau de Mestre.

Área de concentração: Ciências e Meio Ambiente

Orientador: Profº. Dr. Davi do Socorro Barros

Brasil.

Co-Orientador: Prof° Ms. Pedro Ivan das Graças

Palheta.

BELÉM – PA

2019

Page 3: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

MONIQUE ELZA DA SILVA E SILVA

EDUCAÇÃO AMBIENTAL E SAÚDE: ESTUDO DA HIGIENE DOS BANHEIROS DE

DUAS ESCOLAS PÚBLICAS DE MANAUS E UM PROCEDIMENTO

OPERACIONAL PADRÃO COMO FORMA DE SENSIBILIZAÇÃO.

Dissertação apresentada à Universidade Federal do Pará (UFPA). Instituto de Ciências Exatas

e Naturais. Programa de Pós Graduação em Ciências e Meio Ambiente, como requisito parcial

para a obtenção do grau de Mestre.

Área de concentração: Ciências e Meio Ambiente

Aprovada em: 04/11/2019

BANCA EXAMINADORA

___________________________________

Profº. Dr. Davi do Socorro Barros Brasil (UFPA)

Orientador

___________________________________

Profº . Dr Gilmar Wanzeller Siqueira( UFPA)

__________________________________

Profª. Drª. Luciane do Socorro Nunes do Santos Brasil(UFPA)

Page 4: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicidade (CIP) de acordo com ISBD Biblioteca

ICEN/UFPA-Belém-PA

S586e Silva, Monique Elza da Silva e

Educação ambiental e saúde: estudo da higiene dos

banheiros de duas escolas públicas de Manaus e um

procedimento operacional padrão como forma de sensibilização/

Monique Elza da Silva e Silva.-2019.

Orientador : Davi do Socorro Barros Brasil.

Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Pará,

Instituto de Ciências Exatas e Naturais, Programa de Pós-

Graduação em Ciências e Meio ambiente, 2019.

1. Educação ambiental. 2. Higiene escolar. 3. Saúde

ambiental. 4. Sustentabilidade e meio ambiente. 5. Escolas

públicas-Saúde e higiene-Manaus. I. Título.

CDD 22. ed. – 363.7

Elaborado por Leila Maria Lima Silva – CRB-458/81

Page 5: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

Dedicatória

A Deus.

À Elza Vieira da Silva, minha Mãe.

Page 6: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

AGRADECIMENTOS

A Universidade Federal do Pará - UFPA.

O Instituto de Tecnologia e Educação Galileo da Amazônia – ITEGAM.

Ao Instituto federal do Amazonas Campus Manaus Distrito Industrial e aos colaboradores pelo

apoio a realização desta pesquisa. Ao Professor, amigo e orientador Dr. Davi do Socorro

Barros Brasil, pela condução e orientação na realização deste trabalho.

Aos professores do Programa de Pós- Graduação em Ciência do Meio ambiente – mestrado

profissional (PPGCMA) da Universidade Federal do Pará, pelas aulas de excelência durante o

curso.

À minha mãe, por toda dedicação que tens comigo e meus filhos, por me apoiar e ser minha

base, pois no caminho encontro vários obstáculos e você sempre me segura pela mão

mostrando o caminho certo a seguir, não deixando desistir, sempre acreditando em mim.

Agradeço por tudo que tendes feito até aqui, sei o quanto foi difícil toda nossa trajetória, tenho

muito orgulho da mãe que Deus me deu, forte, determinada e de muita fé. Minha mãe Elza,

querida e amada.

Aos meus filhos Ana Cândida e Antônio, que são a razão da minha alegria e felicidade.

Um agradecimento especial ao Prof°. Ms. Pedro Ivan das Graças Palheta, o tenho como um

verdadeiro pai, nos momentos mais difíceis esteve ao meu lado, não me deixando desistir de

buscar sempre o melhor, apoiando e incentivando. Sou grata eternamente!

Agradeço a todos os amigos que me ajudaram direta e indiretamente, não somente com a

pesquisa, mas também com energias positivas mostrando sempre uma palavra de apoio.

Às escolas participantes da pesquisa e aos gestores. Obrigada aos professores do centro de

Tecnologia Professor Harlan Julu Guerra Marcelice, pois neste Centro tive todos os recursos e

aparatos necessários para pôr em prática a pesquisa e a construção da dissertação.

Page 7: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

RESUMO

A motivação para esta pesquisa foi o questionamento instigante em analisar de que

forma os discentes entendem a educação ambiental relacionada à higiene, e a percepção deles

sobre isso influir na saúde. O objetivo da dissertação é entender as não conformidades da

higiene e possibilitar um procedimento operacional padrão como forma de sensibilizar o corpo

discente sobre a correta manutenção e higienização dos banheiros. O procedimento

metodológico caracterizou-se por um estudo de caso com abordagem qualitativa e

quantitativa. A pesquisa possibilitou um melhor entendimento a respeito da assimilação dos

alunos às questões da higiene correta dos banheiros nas escolas e como sensibilizá-los em

manter o ambiente limpo. Contribuindo assim para a saúde do meio ambiente. A proposta de

um procedimento operacional padrão (pop), ao corpo discente, proporcionou algumas

mudanças de atitude relacionadas à higiene nos banheiros. Esta pesquisa mostrou que os

discentes têm alguns conhecimentos a respeito de educação ambiental e higiene, se interessam

pelo assunto, no entanto há pouca abordagem nas escolas sobre o tema. É importante para a

sociedade promover tecnologias sustentáveis, ações sociais se enquadram neste eixo de

educação ambiental e higiene.

Palavras-chave: Escola pública, higiene e educação ambiental.

Page 8: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

ABSTRACT

The motivation for this research was the thought-provoking question to analyze how

students understand the environmental education related to hygiene, and their perception about

it influencing health. The objective of the dissertation is to understand the nonconformities of

hygiene and enable a standard operating procedure as a way to sensitize the student body

about the correct maintenance and sanitation of bathrooms. The methodological procedure was

characterized by a case study with qualitative and quantitative approach. The research

provided a better understanding of students' assimilation into the issues of proper school toilet

hygiene and how to sensitize them to keep the environment clean. Thus contributing to the

health of the environment. The proposal of a standard operating procedure (pop) to the student

body provided some attitude changes related to hygiene in the bathrooms. This research

showed that students have some knowledge about environmental education and hygiene, are

interested in the subject, however there is little approach in schools on the subject. It is

important for society to promote sustainable technologies, social actions fall into this axis of

environmental education and hygiene.

Keywords: Public school, hygiene and environmental education.

Page 9: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

SUMÁRIO

CAPÍTULO I 12

1.1 Introdução 12

1.2 Justificativa da proposta 13

1.3 Objetivos 14

1.4 Contribuição e relevância do tema 15

1.5 Organização da dissertação 16

CAPÍTULO II (MARCO TEÓRICO) 17

2.1 Breve histórico de Manaus 17

2.2 Meio ambiente e higiene 19

2.3 A higiene incorreta nos banheiros

escolares prejudica a saúde

21

2.4 Higiene da mãos como prevenção de

doenças

23

2.5 Higiene, educação e meio ambiente 23

CAPÍTULO III 26

3.1 Procedimentos metodológicos 26

3.2 Formulação do problema 27

3.3 Questões norteadoras da pesquisa 27

3.4 Coleta de dados 28

3.5 Aspectos éticos 28

CAPÍTULO IV (RESULTADOS E

DISCUSSÕES)

30

Page 10: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

4.1.1 A visão dos discentes sobre a limpeza

dos banheiros

30

4.1.2 Relação entre a falta de higiene nos

banheiros e seu uso pelos alunos

34

4.1.3 O porquê de algumas meninas não

utilizarem os banheiros

36

4.1.4 Abordagem pelo professor sobre temas

ambientais e o interesse dos alunos

38

CAPÍTULO V 41

5.1 Considerações finais 41

Referências 43

Apêndices 47

Page 11: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Educação ambiental e higiene 13

Figura 2: Divisão da capital Amazonense 17

Figura 3: Fluxograma da metodologia 26

Figura 4: Foto da resposta de uma aluna da

escola 1

31

Figura 5: Foto do banheiro masculino da

escola 1

32

Figura 6: Foto do banheiro masculino da

escola 2

33

Figura 7: Representação gráfica da resposta

de número 4, na escola 1

35

Figura 8: Representação gráfica da resposta

de número 4, na escola 2

35

Figura 9: Representação gráfica do nível de

interesse pelas questões ambientais, escola 2

38

Figura 10: Representação gráfica nível de

interesse pelas questões ambientais, escola 2

39

Page 12: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Quantitativo de alunos

entrevistados nas duas escolas

30

Tabela 2: Comparativo das duas escolas

(alunos que julgam os banheiros limpos)

34

Tabela 3: Comparativo das duas escolas

desperdício de água

36

Tabela 4: Quantitativo de respostas das

perguntas 12,13 e 14

37

Tabela 5: Frequência com que o professor

aborda assuntos ligados ao meio ambiente

40

Page 13: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

12

CAPÍTULO I

1.1 INTRODUÇÃO

Portas rabiscadas, gastos excessivos de papel higiênico, piso molhado, vaso sanitário

entupido, o que não falta são problemas na limpeza do banheiro nas escolas (LIMPEZA DE

BANHEIROS EM ESCOLAS, COMO MELHORAR?, 2018). Essa problemática deve ser

analisada e o cuidado para que não ocorram esses tipos situações deve ser diário e não só por

parte da administração escolar, mas também os discentes que utilizam os banheiros. Um dos

fatores que podem colaborar são boas ações de higiene no ambiente de convívio.

França e colaboradores (2019) e Massine (2010), definem a educação ambiental como

um processo de sensibilização. A Educação Ambiental (EA) é proveniente da necessidade de

sensibilizar o corpo discente para uma preocupação à preservação ao meio ambiente. A EA

deve ser abordada nas escolas como um tema fundamental e permanente, devendo estar

presente em todas as modalidades de ensino. Entende-se uma educação gradativa com estudos

e aprendizagem em relação aos problemas ambientais. Conforme Brandalise e colaboradores

(2015) definem EA como um processo. Desta forma entende-se um processo que almeja

adquirir uma consciência crítica nas questões ambientais, não inclui somente a preservação à

natureza, mas todas as atitudes que preserve o meio de forma sustentável e propicia uma

melhor qualidade de vida. Bonin, Conto e Pereira (2016) a define como uma educação que

dialoga com o ambiente. Sendo assim o caminho em que os alunos aprendem e interagem

entre si.

Estudos apurados por SOUZA e colaboradores (2014) conceituam saúde e higiene1

como um ato de satisfação. Considerando que o ser humano está sempre em busca da

qualidade de vida, higiene é um ato de se satisfazer qualitativamente no bem-estar do corpo,

prolongando a vida sem doenças bem como manter o ambiente limpo e saudável.

A higiene vai além de uma boa aparência, os banheiros sujos viram abrigos para vírus,

bactérias e fungos, expondo aos alunos ao risco de contaminação, e intensificar os serviços de

limpeza não soluciona o problema. Como em toda escola é necessário haver uma visão nos

diferentes ângulos, aperfeiçoar o processo de limpeza e também sensibilizar os alunos para o

cuidado com os espaços públicos.

1 De origem grega, e significa o que é “saudável”. O conceito de higiene sofreu diversas modificações

ao longo da evolução humana ( ROMA,2011, p.41).

Page 14: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

13

Figura 1 - Educação Ambiental e Higiene

Fonte: Autora, 2019

As escolas são ambientes em que os alunos aprendem e interagem, onde eles passam a

maior parte do tempo, desta forma ela é responsável em fornecer aos indivíduos melhorias de

comportamento saudável. A educação ambiental é uma área de ensino voltada para a

sensibilização da sociedade sobre os problemas ambientais e como ajudar a resolvê-los, e

como demonstra a figura 1 acima, a higiene está agregada à educação ambiental, pois os bons

hábitos de higiene é fundamental para a saúde do próprio corpo bem como a higiene coletiva.

Pretende-se com essa pesquisa analisar a visão dos discentes em manter os banheiros

limpos e se eles contribuem para que isso ocorra, se as disfunções higiênicas interferem na

utilização e verificar a compreensão dos alunos sobre a importância de bons hábitos de

higiene. A saúde de um indivíduo pode ser definida pelo ambiente social, econômico e físico

a que está exposto e pelo seu estilo de vida, ou seja, pelos seus hábitos de alimentação e

higiene podendo ser benéfico ou prejudicial. Quando as pessoas estão expostas às condições

precária de sobrevivência, não possuem saneamento básico e têm a sua saúde seriamente

afetada.

1.2 JUSTIFICATIVA DA PROPOSTA

A base teórica possibilita entender a relevância da educação ambiental nas escolas, a

EA engloba todas as questões ambientais, inclusive a higiene e como sua incorreta prática

Page 15: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

14

causa disfunções no corpo humano e o ambiente de convívio. Conforme afirma Nascimento e

colaboradores (2018) a EA é definida como um processo permanente, onde o indivíduo

adquire consciência de seu meio ambiente, valores e habilidades em resolver no individual e

coletivamente problemas que atingem o equilíbrio entre o homem e a natureza. Investigar

como é feita a higiene dos banheiros das escolas em ambas as partes (administrativa e corpo

discente) é uma forma de entender essa funcionalidade. Utilizar um procedimento

operacional padrão ensinando como manter os banheiros e o próprio corpo limpos é uma

forma de auxiliar na sensibilização dos alunos.

A maioria dos alunos contesta a respeito da manutenção e limpeza dos banheiros, mas

há comprovações precisas de que a responsabilidade não cabe somente à administração da

escola, mas de toda comunidade que utiliza o banheiro, considerando ser mais comum os

discentes utilizarem e ocuparem o espaço. As escolas promovendo meios de sensibilização e

exigindo que se cumpram os procedimentos propostos, possibilitam aos alunos e à própria

escola um ambiente limpo e saudável.

Neste sentido entende-se que ações sociais relacionadas à higiene nas escolas,

também é importante para a construção e cidadãos críticos às questões ambientais,

sensibilizá-los é contribuir para um meio ambiente sustentável.

1.3 OBJETIVOS

1.3.1 Geral

Compreender a percepção dos discentes sobre higiene e ambiente e possibilitar um

procedimento operacional padrão como forma de sensibilizar o corpo discente sobre a correta

higiene individual e coletiva.

1.3.2 Específicos

Observar a visão dos discentes em manter os banheiros limpos;

Entender como a falta de higiene nos banheiros interfere no uso do mesmo pelos

alunos, principalmente do sexo feminino;

Verificar a percepção dos alunos a respeito do assunto educação ambiental e

saúde e a frequência com que o tema é abordado em sala de aula.

Page 16: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

15

Propor um procedimento operacional padronizado para melhorar o

comportamento da comunidade estudantil com relação a saúde em banheiros

escolares.

1.4 CONTRIBUIÇÃO E RELEVÂNCIA DO TEMA

Esta dissertação tem como finalidade enriquecer estudos sobre a extensão e

importância da educação ambiental e suas finalidades, envolvendo principalmente a

educação higiênica individual e coletiva como forma de sustentabilidade, preocupando-se

em preservar o meio ambiente, não somente a natureza em si, mas também

compreendendo que aprender as formas corretas de higiene é valorizar o individual e

coletivo. Conforme afirma Bonin e colaboradores (2016), a educação ambiental é o

diálogo com o meio ambiente que anseia por soluções sustentáveis.

O meio ambiente necessita de soluções imprescindíveis para auxiliar sua

preservação, bem como equilibrar o convívio, é notório doenças infecciosas e

contagiosas, a incorreta higiene principalmente ao utilizar os banheiros públicos pode

propagar o surgimento de parasitas intestinais e consequentemente prejudicando o

equilíbrio ambiental.

Desta forma a contribuição deste trabalho está em utilizar um procedimento

operacional padrão dos procedimentos corretos de higiene, para sensibilizar de forma

simples os discentes. O tema abordado é relevante por ser uma alternativa de

sensibilização aos alunos das escolas públicas em como manter os banheiros limpos e

como o hábito da higiene pessoal interfere positivamente na higiene coletiva.

Page 17: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

16

1.5 ORGANIZAÇÃO DA DISSERTAÇÃO

A Presente pesquisa organizou-se em quatro capítulos na seguinte ordem:

Capítulo I- Discorre a introdução do tema estudado, a justificativa da proposta,

os objetivos que nortearam a pesquisa sendo o geral e os específicos, contribuição e

relevância do tema e a organização da dissertação.

Capítulo II- Neste capítulo é apresentado o marco teórico pesquisado

concedendo base aos assuntos abordados relacionados ao tema da dissertação e são:

pequeno histórico da cidade de Manaus, meio ambiente e higiene, a higiene incorreta nos

banheiros escolares prejudica a saúde, a higiene das mãos como prevenção das doenças,

higiene, educação e meio ambiente.

Capítulo III- Este capítulo apresenta os procedimentos metodológicos utilizados

para organizar a pesquisa e efetuá-la, subdivididos em: formulação do problema,

questões norteadoras da pesquisa, coleta de dados e os aspectos éticos que foram

obrigatórios na pesquisa.

Capítulo IV- São apresentados os resultados e discussões obtidos por meio da

pesquisa realizada em duas escolas públicas da cidade de Manaus.

Capítulo V- Discorre as considerações finais e entendimento adquirido ao

concluir a pesquisa e recomendações da pesquisa para trabalhos futuros.

Page 18: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

17

CAPÍTULO II

MARCO TEÓRICO

2.1 BREVE HISTÓRICO DE MANAUS

Manaus é a capital do Estado do Amazonas, localiza-se no meio da maior floresta

tropical do mundo, de maior centro econômico da região norte, a sétima cidade mais

populosa do Brasil, a origem do nome é da tribo dos Manaós, que habitavam as

redondezas dos rios Negros e Solimões.

Fundada em 1669, enquanto a Amazônia era Capitania de São José do Rio Negro,

com a criação do forte de São José da Barra do Rio. Tem uma área de 11.400 km². A sua

população é estimada maior que 2 milhões de habitantes, com uma densidade demográfica

de mais de 170 hab./km². No ano de 1833 é elevada à categoria de Vila, mas é em 24 de

outubro de 1848 que se torna uma cidade, sendo esta a capital do Amazonas. Uma cidade

rica em cultura, turismos e o que mais atrai é o polo industrial, com tantas questões

atrativas, o índice de natalidade aumenta e as políticas públicas para suportar a demanda

ainda são escassas considerando que a cidade possui aparatos necessários para suprir uma

capital.

Figura 2 Divisão da capital Amazonense

Page 19: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

18

Fonte: Jornal Estado de Minas, (2017)

Manaus é a cidade com mais populações do Amazonas, localizada no centro da

maior floresta tropical do mundo. Dividida em 6 (seis) zonas: Zona oeste com 12(doze)

bairros oficiais, em que o bairro Tarumã lidera com o crescimento populacional; zona

Norte, com o bairro cidade nova como referência e considerado um centro de

entretenimento; zona centro-oeste com o menor número de habitantes da capital; zona sul

e zona centro-sul com o bairro vila Buriti com a menor população entre os bairros oficiais

da capital. ( G1-Amazonas).

Esta localizada em um ponto estratégico, na confluência dos rios Negro e

Solimões, o que torna a cidade praticamente um porto natural. O relevo de Manaus é

praticamente planície e baixos planaltos com altura média um pouco maior que 90m acima

do nível do mar. O clima da cidade é tropical úmido, tem uma média de temperatura de

26,7ºC e chuvas constantes.

Manaus tem uma economia sustentada por maior parte com o setor industrial,

principalmente pelas indústrias de transportes e comunicação. A fácil acessibilidade ao

gás-natural é um fator que ajuda bastante no desenvolvimento do segundo setor na capital

amazonense. A zona franca de Manaus, que oferece alguns benefícios e isenções de

impostos para as indústrias, também tornou a atividade econômica muito grande. O

turismo e a construção civil também movimenta bastante o mercado.

A capital está localizada no meio da floresta amazônica, o que faz com que a

vegetação esteja muito presenta nas áreas urbanas. A natureza está diretamente ligada com

o estilo de vida da cidade. Reservas naturais e parques são comuns em Manaus, o Parque

do Mindu, Área verde no bairro Santa Etelvina e o maior jardim botânico do mundo, o

Jardim Botânico Adolpho Ducke. É por conta desta proximidade da natureza, o ecoturismo

é um dos destaques da cidade.

Outras atrações de Manaus é o seu turismo histórico e cultural, com estruturas de

prédios que remontam a belle époque, exemplos: teatro amazonas, palácio da justiça,

biblioteca pública do Estado, algumas igrejas e escolas localizadas no centro da cidade. A

capital foi por muito tempo, e ainda é um grande centro de toda a região norte do país,

além de ter passado por diversos acontecimentos históricos que enriquece ainda mais o

passado do local. Isso pode ser refletido nos museus e na arquitetura da cidade, grandes

atrativos para aqueles turistas que não procuram apenas paisagens naturais bonitas.

Page 20: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

19

2.2 MEIO AMBIENTE E HIGIENE

Estudos analisados por Reigota (2002,) definem meio ambiente como o lugar

determinado ou percebido, vai além de uma leitura biológica, é um espaço onde importuna

processos de criação cultural e tecnológica, de história e socialização, em que o indivíduo

tem o dever de conviver de forma passiva com agentes oriundos da natureza. Kloetzel (2017)

afirma que o meio ambiente é uma coisa viva, constante. Neste sentido é algo que está

sempre em movimento e transformação e como é composto por seres vivos, é necessário

haver simetria entre os mesmos.

Assim também pode ser definido como a interação do conjunto de elementos naturais,

conforme o aprendizado de (PIRES, 2016). Desta forma é notória a compatibilidade de

definições sobre meio ambiente entre os autores citados. Todos englobam o meio ambiente

como a agregação entre animais, vegetais e o homem, este último sendo o principal

responsável pelo equilíbrio social, tecnológico com a natureza.

Os procedimentos incorretos de higiene são um dos maiores problemas de saúde

pública, apesar de ser um fator de pouca importância, mas é por meio disso que a sociedade

adquire doenças de fácil transmissão. Para Minnaert (2010) a higiene é identificada como

uma característica própria do ser humano. O comportamento higiênico depende de cada

pessoa, principalmente no aprendizado adquirido desde a infância, é isso que influi no

desenvolvimento social.

Hansen (2006) afirma a higiene como o cuidar bem do corpo. Entende-se que os

procedimentos de lidar com a limpeza corporal é adquirir hábitos contínuos que auxiliam não

somente o indivíduo, mas também o meio em que convive.

Brás (2008) define a higiene como um saber, que obriga a certa contenção. É uma

atitude de costumes e domesticação, quando assimilado tem o intuito de transformar

positivamente cada indivíduo ao longo da vida. De acordo com Almeida (2010) higiene é

capacidade de manter a própria higiene. Desta forma sugere o conceito de higiene como uma

atitude e hábitos de manter o corpo limpo e com essas ações a tendência é viver em um meio

Page 21: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

20

saudável e limpo. A educação ambiental é o aprendizado sobre questões em que o homem

preserve o meio em que vive.

Conforme o Manual de Saneamento (2004) busca-se desenvolver a consciência

ambiental para atitudes e condutas que favoreçam o exercício da cidadania, à preservação do

ambiente e a promoção da saúde e do bem-estar. É importante conscientizar a população

sobre a mudança de comportamento para melhoria do meio ambiente bem como a qualidade

de vida. O Brasil já sofreu com inúmeras doenças trazidas nas embarcações por falta de

higiene dos tripulantes e imigrantes que aqui chegavam e também a falta de políticas públicas

que visasse estruturas de higiene nas cidades brasileiras ainda em formação (ANVISA E

ESCOLA, 2008).

Com a chegada da família real no Brasil e a abertura dos portos às nações

amigas houve a necessidade de estabelecer um controle sanitário, dos navios, dos

tripulantes e dos passageiros que chegavam às terras brasileiras. Nessas embarcações

eram trazidas muitas doenças de várias partes do mundo. Mesmo assim, apesar desse

sistema de controle sanitário ter sido assinado por D. João I, a população europeia

que aqui desembarcou não tinha o costume de priorizar a higiene, em sua maioria

nunca havia tomado um banho por completo (ESCOLAS PROMOTORAS DE

SAÚDE, 2003).

Devido aos maus hábitos de higiene oriundos da população europeia as

doenças como a febre tifoide, varíola e o sarampo continuavam se alastrando sem

tratamento e sem cura, também não havia campanha de prevenção, justamente

devido à falta de higiene pessoal e coletiva. Em 1849 para o combate à febre amarela

foi criada a Central de Higiene Pública que durou até o final do século XIX.

Segundo o Manual Visa-escola (2008) durante o império, o Brasil enfrentou

diversas epidemias e problemas de saúde pública, porém com a República, a saúde

pública ganhou grande impulso, obtendo-se maior controle sobre as questões de

saúde e consequentemente higiene coletiva.

Na mudança de império para república o Brasil sofreu com a peste bubônica,

doença causada por picada de pulgas, abrigada em pelos de ratos, o cientista,

Oswaldo Cruz, vindo de Paris chegou ao Brasil para produzir em laboratório o soro

“antipestoso” e combater o surto causado pela peste bubônica. Ao mesmo tempo em

Page 22: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

21

São Paulo foi criado o instituto Butantã, também dirigido por Oswaldo Cruz,

responsável por expedições de fiscalização os portos do norte a sul do país com

intuito de combater as doenças causadas por mosquitos e roedores (MELO et al,

1998).

A higiene prolonga a vida dentro dos limites de sua duração normal, consegue

aos poucos eliminar do planeta as pestes, as doenças, valorizar o solo e beneficiar a

vida humana em todos os sentidos (GONDRA, 2003). Alguns higienistas como o

Renato Kehl (1926), afirma que a higiene é o ponto principal da medicina, se não o

mais importante.

Por meio da higiene que adquirimos uma melhoria na qualidade de vida.

Muito se discute a respeito da preservação do meio ambiente, educação ambiental,

mas pouco se faz em relação à higiene, sendo que ela também é parte do círculo que

envolve a preservação do meio ambiente, principalmente nos lugares mais

aglomerados, como as escolas.

2.3 A Higiene incorreta nos banheiros escolares prejudica a saúde

Protozoários e helmintos são as principais verminoses agravantes da saúde em

adolescentes em idade escolar. As parasitoses têm um grave histórico no Brasil,

principalmente na população mais jovem e os agentes causadores são justamente os

banheiros públicos e escolares (MOURA e colaboradores, 2018). A importância de

promover a saúde nas escolas e medidas educativas auxilia no combate às parasitoses

(MOURA e colaboradores, 2018).

A carência de informações sobre higiene pessoal e a falta de cuidado ao

utilizar o banheiro é um dos fatores que contribuem para a proliferação de doenças

como a parasitose, infecções causadas por protozoários que geralmente são

transmitidos ao sentar no vaso sanitário e a não higienização correta das mãos

(BARRETO e colaboradores, 2012) e isso ocorre em sua maioria em crianças e

jovens que estão frequentando a escola. O aprendizado correto sobre higiene ocorre

desde a infância, principalmente no espaço escolar para que haja um equilíbrio,

saúde e ambiente de convívio.

Page 23: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

22

Para Moura e colaboradores (2018), o conhecimento escolar em relação à

higiene se mostra falho, os alunos têm percepções equivocadas a respeito de

parasitose e como é transmitida. Os discentes demonstram saber alguns certos

cuidados com a higiene pessoal. Deve-se ter uma atenção especial com as meninas

em seu período menstrual, pois elas estão mais suscetíveis às doenças ao utilizar o

banheiro. ”Um aspecto menos explorado é a maneira pela qual os ambientes sociais,

físicos escolares apoiam a transição das meninas durante a puberdade” (MASON e

colaboradores, 2013, tradução nossa).

Conforme Morgan e colaboradores, (2017) os cinco principais serviços que

devem ser disponibilizados nos banheiros de forma a auxiliar a higiene do usuário

são: latrinas (vasos sanitários) de sexo separado, portas com fechaduras, água, sabão

e lixeira. Esta forma contribui para que as meninas e meninos façam corretamente

sua própria higiene, diminuindo os casos de parasitoses e outras doenças infecciosas

graves.

Conforme GONDRA (2003)

A Higiene física, a moral e a intelectual, cujos objetos, são respectivamente,

a saúde o caráter e o espírito. Trata-se de fazer circular conhecimentos

chancelados pela ciência de modo a combater a ignorância das meninas,

modelando assim sua estrutura intelectual no aspecto da higiene, visto que

em sua maioria quando se tornam mães repassam o conhecimento adquirido.

Doenças são causadas também por meio da má higienização das mãos ao

utilizar o banheiro, bactérias microbianas se proliferam dando consequências à mazela. A

higiene das mãos constitui importante medida de prevenção em saúde, é vista como a mais

simples e menos dispendiosa para a prevenção de propagação de infecções (SILVA et al,

2012). Higienizar as mãos após o uso do banheiro bem como antes das refeições reduz

significativamente as infecções bacterianas. As evidências de estudos experimentais e não

experimentais são bastante consistentes com a hipótese de que lavar as mãos é associação

causal com a redução do risco de infecção (GOULART, ASSIS E SOUZA, 2011). Esta

prática é o meio mais simples e eficiente de prevenir a proliferação de microrganismos no

ambiente.

Ao adquirir o hábito de higienizar as mãos o ser humano está reduzindo os riscos de

mortalidade muitas vezes causados por bactérias transmissíveis por meio do contato com as

Page 24: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

23

mãos. Conforme afirma Silva et al (2012), a higiene das mãos deve ser diária e esse hábito

constitui um enorme potencial para salvar vidas. Esta afirmação explicita que é possível

reduzir os altos índices de mortalidade infantil, em que os principais causadores dessa

mortalidade são as doenças diarréicas e respiratórias, por meio da correta higienização das

mãos.

2.4 Higiene das mãos como prevenção de doenças

As doenças infecciosas e contagiosas podem ser evitadas se houver a promoção de

higiene e saúde nas escolas, principalmente com relação à correta limpeza das mãos. De

acordo com WATSON e colaboradores (2018), estudos revelam que as mudanças baseadas

em teoria são mais eficazes do que somente colocar os utensílios de higiene expostos ao

indivíduo, é necessário que haja uma educação repetitiva e constante principalmente em se

tratando de jovens. Uma ação de prevenção, considerando as mãos como um reservatório de

microrganismos ALMEIDA e colaboradores, (2018).

“A lavagem das mãos é uma medida de prevenção e controle das infecções

relacionadas à assistência em saúde, devido a praticidade e baixo custo” ALMEIDA e

colaboradores, (2018). A atividade de higienização das mãos tem se tornado algo

significativo na redução de infecção causada por bactérias (GOULART, ASSIS E

TEIXEIRA, 2011). Pesquisas realizadas são bastante consistentes em afirmar que a higiene

das mãos contribui de forma eficaz para a saúde. A assolação de bactérias ocorre espontânea

sem o indivíduo perceber, principalmente ao utilizar o banheiro manipulando descargas, pias

e maçanetas. E conforme afirma (CUNHA e colaboradores, 2012), o ato de fechar a torneira

após a higienização das mãos possibilita a recontaminação das mãos limpas por meio do

novo contato com a torneira contaminada durante seu fechamento. Estudos com base

consistente afirmam que lavar as mãos é uma abordagem simplista, mas se for uma técnica

repetitiva se torna um precioso meio de combater as bactérias que se alojam nas mãos e

consequentemente provocando doenças causadas por bactérias encontradas nos banheiros.

A falta de conhecimento da população sobre a transmissão e controle de infecções

contribui para o aumento de doenças como a enteroparasitose (PROENÇA, PROENÇA E

SÁ, 2018), medida como saneamento e educação ambiental contribuiria na redução das

parasitoses intestinais. Com isso transformar o cidadão em um verdadeiro promotor de saúde.

Page 25: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

24

2.5 Higiene, educação e meio ambiente.

A higiene nas escolas precisa ser mais propagada, principalmente em questão de

orientação às meninas no período de transição para a puberdade, conforme afirma

(SOMMER e colaboradores, 2017),

Nas escolas vai além da água, saneamento e descarte. Inclui o fornecimento

de informações sobre a puberdade e a menstruação para meninas e o apoio dos

professores e administradores escolares para proporcionar mais educação sensível ao

gênero e boas experiências escolares para meninas e meninos. A atenção à questão

da gestão da higiene menstrual nas escolas tem crescido, principalmente

impulsionada por praticantes de água, saneamento e higiene(Water, Sanitation and

Hygiene WASH).

A Falta de recursos que auxiliem na higiene das meninas nas escolas, influi para que

ocorra a evasão e às vezes um rendimento de aprendizagem irregular. Inclusão social também

é ter um olhar mais apurado a essas necessidades escolares.

Conforme a Lei n°9795/99 entende-se por educação ambiental, atitudes e

competências voltadas para a conservação do meio ambiente, essencial a sadia qualidade de

vida e sua sustentabilidade. Logo é cabível a compreensão de que se tem o aparato da lei em

afirmar que educação ambiental são competências que envolve a conservação do meio

ambiente e agregado a isso está a sustentabilidade e qualidade de vida.

Em 1918 foi criado o instituto de Higiene de São Paulo com o intuito de promover nas

crianças em seu período escolar a sensibilidade de saúde educação bem como os professores.

Neste contexto surgiram campanhas pautadas em representações sobre a saúde, a doença, a

infância em uma inabalável crença no poder modelador da educação e da escola (ROCHA,

2003). Modelar as crianças pela aquisição de hábitos que as prevenissem de doenças

causadas por falta de higiene. A escola por ser universal e obrigatória alcança a todos, desta

forma se responsabilizando em não só repassar o conhecimento das disciplinas, mas também

o aprendizado que englobe questões de higiene e saúde, melhorando o meio ambiente e a

qualidade de vida, desta forma os meios educativos possibilitam ao indivíduo adquirir uma

consciência sanitária. Assim afirma o Manual de Profuncionário Escolar (2008), os prédios

escolares além de obedecerem a uma estrutura higiênica têm a necessidade de conter água

Page 26: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

25

potável, pois se faz necessário propostas pedagógicas que incluam a educação ambiental em

todos as disciplinas, disponibilizando aos alunos e à comunidade escolar métodos

sustentáveis sociais.

Desta forma a educação deve ser um meio que estimule a proteção à saúde, criando

estratégias que auxiliem na conquista aos direitos da cidadania, além do ensinar deve haver

principalmente o agir da comunidade escolar em reforçar e melhorar hábitos e atitudes

relacionados com higiene e saúde.

Conforme afirma Garrido e Meirelles ( 2014)

a educação é um produto, ao mesmo tempo em que é produtora das relações sociais

do seu contexto. É com base nessa educação transformadora que instrumentaliza o

sujeito a exercer sua cidadania em busca dessa sociedade mais justa e igualitária.

“Quando criança, o indivíduo deve entender e aprender que precisa cuidar e preservar,

pois seu futuro depende do equilíbrio entre o homem e a natureza e do uso racional dos

recursos naturais” (MEDEIROS et al, 2011). Diálogos sobre questões ambientais estão cada

vez mais presentes no cotidiano da sociedade, mas a educação ambiental é primordial no

processo educativo. Incluir a EA nas escolas e priorizar nas reuniões pedagógicas é uma

forma de contribuir por uma geração mais consciente de seus atos ambientais. “O processo de

degradação tem aumentado cada vez mais, comprometendo a qualidade de vida e da

sociedade” (SALLES,2013). As poluições em todas as formas estão aumentando a cada

segundo e a saúde de todos os seres vivos é atingida de maneira silenciosa. A família, a

escola e a sociedade são responsáveis em sensibilizar os indivíduos às questões de

preservação ambiental, e nisso está englobado principalmente sustentabilidade social

(higiene, saúde e cidadania).

Page 27: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

26

CAPÍTULO III

3.1 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O método é o conjunto das atividades sistemáticas e racionais, que com maior

segurança e economia, permite alcançar os objetivos (MARCONI E LAKATOS, 2010). Esta

pesquisa caracteriza-se por meio de um estudo de caso com uma abordagem quantitativa e

qualitativa. A figura 3 demonstra as etapas utilizadas nos procedimentos metodológicos com

o intuito de alcançar os objetivos da pesquisa.

Figura 3- Fluxograma da Metodologia

Fonte: Autora, 2019.

Sendo esta uma pesquisa cientifica, foi usada para balizá-la a construção de um

questionário, que segundo Gil, (2008),” consiste basicamente em traduzir objetivos da

pesquisa em questões especificas”. Foi proposto por escrito aos respondentes, logo é do tipo

autoaplicável. O questionário aplicado embasou a proposta de um procedimento operacional

padrão sobre a correta higiene pessoal após a utilização do banheiro e como mantê-lo limpo,

como forma de conscientização aos discentes. Os alunos responderam 13(treze) perguntas

objetivas e 1(uma) subjetiva em que questionava os alunos sobre 3 melhorias para os

Page 28: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

27

banheiros de suas escolas. Tecnicamente formulou-se o questionário em documento do

Microsoft Word, optou-se por analisar 8 (oito) perguntas por serem as que mais deram ênfase

aos objetivos desta pesquisa. Utilizou-se o programa Microsoft Excel em construção das

planilhas com os dados coletados e organizados para a transferência de gráficos de pizza e de

rosca proporcionando entendimento acerca das perguntas e respostas da pesquisa.

O presente estudo foi desenvolvido em duas escolas públicas da cidade de Manaus,

considerando o Censo Escolar dos alunos matriculados no 1°ano do ensino médio na referida

cidade, são compostos por 97.781 na rede Estadual e 2.201 na Rede Federal. A 1ª escola a ser

analisada foi o Instituto Federal do Amazonas, Campus Manaus Distrito Industrial, situada na

avenida governador Danilo de Matos Areosa nº1672, Distrito Industrial, na zona sul do

município de Manaus.

Na 1ª. escola, Instituto Federal do Amazonas, o questionário foi aplicado a 160

discentes que estudam em período integral. Na 2ª., Escola Estadual Nossa Senhora

Aparecida, localizada na Rua Comendador Alexandre Amorim nº325, bairro Aparecida, na

zona centro sul da cidade, foi aplicado o questionário a 243 alunos do turno matutino.

As duas escolas têm características distintas, pois o Campus do Instituto Federal é

acessado pelos interessados nos estudos técnicos e tecnológicos, enquanto a escola da zona

centro sul, por clientela interessada pelo ensino propedêutico.

3.2 Formulações do problema

Conforme afirma Marconi e Lakatos (2010), “problema é uma dificuldade, teórica ou

prática, no conhecimento de alguma coisa de real importância, para a qual se deve encontrar

uma solução”, um conceito bastante corrente que identifica o problema como márgem à

hesitação ou perplexidade. Diante desse entendimento questiona-se: Os alunos de escolas

públicas têm uma ampla percepção a respeito de higiene dentro da educação ambiental? Eles

conhecem e praticam de fato a higiene dentro dos conceitos de educação ambiental?

3.3 Questões norteadoras da pesquisa

Conforme afirma Marconi e Lakatos (2010), é necessário abandonar o ponto de vista

antropocêntrico, para formular hipóteses sobre a existência de objetos e fenômenos além da

própria percepção de nossos sentidos, apropriando-se das teorias para verificar, planejar e

Page 29: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

28

interpretar. Utilizou-se de um questionário como instrumento de pesquisa, conforme afirma

MARCONI E LAKATOS (2003) “questionário é um instrumento de coleta de dados,

constituído por uma série ordenada de perguntas”, ou seja, uma técnica de investigação que é

composta por um conjunto de questões com o intuito de auxiliar o pesquisador a obter as

respostas de suas questões norteadoras.

3.4 Coleta de Dados

Para Gil (2008), a coleta de dados é uma técnica bastante adequada para obtenção de

informações a respeito do que as pessoas sabem, fazem e o conhecimento que elas possuem.

Para a aquisição dos dados, aplicou-se um questionário com 14(quatorze) perguntas

objetivas, a 11ª pergunta é subjetiva, indagando aos alunos quais são as três melhorias que

eles fariam em relação à higiene dos banheiros de sua escola, e as três últimas perguntas são

direcionadas somente ao público feminino para um total de 403 alunos cursando a 1ª série do

ensino médio. Logo no primeiro contato com a escola os gestores dialogaram com os alunos

explicando sobre a pesquisa.

A primeira aplicação do questionário ocorreu na 2ª. Escola, na última semana do mês

de março, no período da manhã, por serem em sua maioria perguntas objetivas e apenas

1(uma) subjetiva. O processo durou 1h15(uma hora e quinze minutos) para conversar com os

alunos, explicar, aplicar o questionário e recolher as respostas. A diretora da escola reuniu

todos os discentes participantes da pesquisa em uma única sala, para que não requeresse

muito tempo, visto que após esta pesquisa eles teriam aula. A conversa com os discentes foi

uma curta explicação sobre a higiene dentro da educação ambiental e sua relevante

importância para a saúde e o meio ambiente.

A aplicação do questionário na 1ª. escola ocorreu na primeira semana do mês de

junho, neste dia contou-se com a ajuda de dois amigos voluntários para o processo ser mais

rápido e não dificultar o andamento das aulas, os alunos já haviam sido avisados sobre a

visita da pesquisadora. O tempo de duração da aplicação durou 45min. (quarenta e cinco

minutos) nas 4(quatro) salas das turmas de 1ª série do ensino médio.

3.5 Aspectos éticos

Por ser uma pesquisa que envolveu seres humanos, foi necessário submeter ao comitê

de ética da universidade federal do Pará, o instrumento de pesquisa utilizado, bem como

Page 30: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

29

apresentar à escola, o Termo De Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Não sendo

obrigatória a participação do aluno que viesse a optar por não participar da pesquisa. A

princípio foram escolhidas quatro escolas da rede pública de ensino. Mas no decorrer da

pesquisa percebeu-se que a realização do trabalho seria possível, sem perda de informações,

em duas escolas, em função dos funcionários da área de educação terem deflagrado greve na

cidade de Manaus.

Page 31: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

30

CAPÍTULO IV

4.1 Resultados e Discussões

As escolas analisadas têm um equilíbrio de gênero e foram entrevistados 70 meninas e

90 meninos na escola 1, somando um total de 160 discentes. Na escola 2, 122 meninas e 121

meninos foram entrevistados, equilibrando um total de 243 alunos.

Tabela 1- Quantitativo de alunos entrevistados nas duas escolas.

Escola 1 Quantidade

Feminino 70

Masculino 90

Total 160

Escola 2 Quantidade

não 122

sim 121

Total 243

Fonte: Autora, 2019

A tabela 1 contém o número de alunos que participaram da pesquisa na escola 1 e na

escola 2, foi dividida por gênero, devido as últimas perguntas serem direcionadas às meninas.

O somatório de alunos nas duas tabelas é de 403 alunos participantes da pesquisa. Este

quantitativo foi suficiente para análise da pesquisa.

4.1.1 A visão dos discentes sobre a limpeza dos banheiros.

O questionário proposto contém a pergunta número 11, que indagou aos alunos sobre

três melhorias que eles fariam nos banheiros das escolas. Nas respostas analisadas na escola

1, os alunos entendem a importância em manter os banheiros limpos e conhecem os

principais serviços que devem ser disponibilizados nos banheiros de forma a auxiliar a

higiene do usuário. Os discentes contestam a falta destes serviços e propõe como melhoria a

Page 32: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

31

inclusão dos mesmos. Na escola 1 os alunos do sexo masculino solicitam a instalação de

divisórias entre os mictórios, eles sentem sua privacidade sendo invadida, os chuveiros são

coletivos e os alunos sugerem a divisão em boxes individualizados e fechados bem como o

conserto das portas dos demais banheiros. As sugestões de melhorias dos meninos têm como

principal foco a privacidade e desta forma pressupõe um aperfeiçoamento nos hábitos de

higiene. Em contrapartida as meninas não enfocam as portas e divisórias dos boxes dos

chuveiros, pois os banheiros femininos já possuem as trincas e divisórias. No entanto, elas

sugerem como melhoria materiais de higiene que julgam necessários para um asseio mais

eficaz, como: sabão líquido ou em barra, papel toalha, álcool em gel e outros.

Figura 4- Foto da resposta de uma aluna da escola 1.

Fonte: Autora, 2019.

A figura 4 exemplifica sugestões formuladas por uma menina a respeito de melhorias

nos banheiros femininos, algo prudente é a instalação de sensores nas torneiras como forma

de economizar água. As meninas da escola 1 sugerem sabonete líquido e álcool em gel. Deste

modo as propostas impostas pelos discentes são relevantes e demonstra que eles têm

consciência a respeito de como fazer a correta higiene individual e conservar o ambiente

limpo, a minoria exige os serviços prestados pela empresa conservadora de limpeza. Eles

entendem que o problema da higienização dos banheiros está individualmente em cada aluno.

Page 33: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

32

Figura 5- foto do banheiro masculino da escola 1.

Fonte: Autora, 2019.

A figura 5 contradiz as sugestões dos alunos, eles não têm o zelo e cuidado, exigem materiais

de higiene, mas não os conservam ou fazem uso racional. Nota-se que há gastos excessivo de papel

higiênico, descarte incorreto e isso são causas que contribuem para um banheiro sujo. A atitude dos

alunos não condiz com as exigências dos mesmos. Os banheiros femininos têm a mesma

problemática. No questionário eles demonstram ter consciência de como manter os banheiros limpos,

porém ao utilizarem contradizem suas exigências. Nota-se, no entanto que os alunos são conscientes

da importância da higiene, porém é necessário sensibilizá-los e uma das formas é o procedimento

operacional padrão (POP) permanente nos banheiros, informando-os sobre as atitudes corretas de

higiene e como preservação ao meio ambiente.

Page 34: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

33

Figura 6- foto do banheiro masculino da escola 2

Fonte: Autora, 2019.

A figura 6 é do banheiro masculino da escola 2, esta figura foi feita após intervalo do

lanche com a supervisão de uma professora da escola. Em um curto espaço de tempo os

alunos deixaram o piso sujo de lama e estava com mau cheiro, supõe-se que realizaram suas

necessidades fisiológicas no chão e não no mictório. Antes do intervalo o banheiro estava

limpo. Assim como na escola 1, os alunos entendem quais são as atitudes corretas, porém essa

educação deve ser proveniente do seio familiar. As escolas têm os serviços de limpeza básicos

necessários, mas é a educação decorrente de cada aluno que interpõe a manutenção higiênica

dos banheiros de cada escola.

Assim observou-se que os discentes das duas escolas participantes da pesquisa,

entendem e compreendem a importância em manter os banheiros limpos e as escolas contêm

os aparatos fundamentais para a higiene dos banheiros. Mas a conduta do corpo discente,

infelizmente é contrária aos ensinamentos, nas escolas analisadas deve haver a implantação

de um POP, mas juntamente com ele uma supervisão por parte da administração escolar para

verificar se os procedimentos estão sendo cumpridos de forma correta. Educação, bons

hábitos e costumes são atitudes provenientes da família, mas a escola e a sociedade é

importante para fortalecer os bons hábitos do indivíduo. Pois a Educação Ambiental também

engloba questões de higiene, a educação é um produto e também produtora em contextualizar

Page 35: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

34

as relações interpessoais, conforme afirma (GARRIDO E MEIRELLES, 2014). É fato que a

educação ambiental é uma forma de fornecer à sociedade ensinamentos de prevenção ao meio

ambiente, educar e sensibilizar os indivíduos às questões de higiene é um meio de estimulo

de proteção à saúde, criando estratégias que auxiliem na conquista aos direitos da cidadania,

além do ensinar deve haver principalmente o agir da comunidade escolar em reforçar e

melhorar hábitos e atitudes relacionados com higiene e saúde.

4.1.2 Relação entre a falta de higiene nos banheiros e seu uso pelos alunos.

Tabela 2- Comparativo das duas escolas (alunos que julgam os banheiros limpos).

Você considera o banheiro de sua escola limpo ESCOLA 1

não 70

sim 90

Você considera o banheiro de sua escola limpo ESCOLA 2

não 129

sim 114

Fonte: Autora, 2019.

Analisando a tabela 2, percebe-se um equilíbrio de opiniões entre os alunos que

consideram limpo os banheiros de suas escolas. A posição de cada aluno não os impede de

utilizar o banheiro. Ao observar o estado de cada banheiro, nota-se que eles são

razoavelmente limpos e os serviços de limpeza são realizados com frequência. No

questionário os alunos da escola 1 consideram os banheiros limpos e afirmam utilizar o

banheiro com bastante frequência, enquanto que na escola 2, 47% dos alunos usam

esporadicamente e 4% não utilizam. Na pergunta de número 11 em que solicita aos alunos

possíveis melhorias para os banheiros, alguns evitaram dar sugestões, mas dizem acreditar

que seja necessária uma reeducação de todos os discentes, eles entendem que não sabem e

muitos não querem manter os banheiros limpos. Ao analisar essas respostas nota-se a

importância da escola em aplicar métodos de sensibilização aos alunos, e isto está alinhado à

Page 36: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

35

educação ambiental. Houve relatos de alunos que já presenciaram atitudes incorretas de

higiene propositalmente, destruindo e sujando grotescamente os banheiros. É dever da

sociedade disponibilizar ações que contribuem para o equilíbrio entre o homem e o meio

ambiente.

Figura 7- Representação gráfica da resposta à pergunta de número 4, na escola 1.

Fonte: Autora, 2019.

Figura 8- Representação gráfica da resposta à pergunta de número 4, na escola 2.

Fonte: Autora, 2019.

Os gráficos das figuras 7 e 8 respectivamente demonstram que os alunos utilizam

frequentemente o banheiro da escola, mesmo se os banheiros estiverem sujos, alguns deles

compreendem que suas atiutudes incorretas prejudica outros colegas que poderão vir a fazer uso dos

banheiros. Aplicando um procedimento operacional padrão e fiscalizando é possível adquirir

Page 37: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

36

melhoria nas atitudes dos alunos em relação à higiene dos banheiros. Na escola 2 há um

equilíbrio do quantitativo de alunos que utilizam o banheiro.

Tabela 3- Comparativo das duas escolas- alunos que não contribuem para o desperdício de

água.

Você fecha a torneira da pia se estiver

desperdiçando água? ESCOLA 1

As vezes 03

sim 157

Você fecha a torneira da pia se estiver

desperdiçando água? ESCOLA 2

As vezes 104

sim 139

Fonte, Autora 2019.

Nas duas escolas os alunos contribuem para não haver desperdício de água na torneira

dos banheiros, conforme demonstração na tabela 3. Nesta pergunta mais uma vez é notória a

conscientização dos alunos em relação ao meio ambiente, mas em conversa com os mesmos

eles acreditam ser necessários uma fiscalização por parte da administração da escola, pois há

alunos que destroem os acessórios dos banheiros como: torneira, suporte de papel toalha,

vaso sanitário e até as trincas das portas. Em um dos banheiros da escola 1(um) havia uma

torneira pingando água constantemente.

4.1.3 O porquê de algumas meninas não utilizarem o banheiro da escola.

Os banheiros quando estão sujos geralmente não são usados por meninas,

principalmente se estiverem no período menstrual. Nas duas escolas analisadas os alunos

responderam utilizar o banheiro com pouca frequência e a minoria informou que só usa

casualmente. As perguntas de número 12 a 14 fazem referência às meninas, se elas

frequentam a escola quando estão em período menstrual e se ficam a vontade em utilizar o

banheiro da escola.

Page 38: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

37

Tabela 4- Quantitativo de respostas das perguntas 12,13 e 14.

12. Você Frequenta a escola quando está

em seu período menstrual?

ESCOLA

1

ESCOLA

2

Não 103

Sim 67 15

Às vezes 3 4

13. Se sente a vontade em usar o banheiro

de sua escola?

ESCOLA

1

ESCOLA

2

Não 62 118

Sim 8 4

14. Você acha adequado o material de

higiene que a escola fornece?

ESCOLA

1

ESCOLA

2

Não 9 110

Sim 51 4

As vezes 10 8

Fonte: Autora, 2019.

A tabela 3 referente as perguntas de 12 a 14 às meninas, demonstra que as meninas da

escola 1 frequentam normalmente as aulas quando estão em seu período menstrual, enquanto

que na escola 2 ocorre o contrário. No entanto nas duas escolas as meninas não ficam

confortáveis em usar o banheiro da escola, na escola 2 elas relataram que é devido o banheiro

não ter utensílios necessários para a higiene pessoal. Na escola 1 as meninas informaram que

a escola fornece materiais adequados, mas somente o básico. Sabemos que a mulher quando

está no período menstrual necessita de cuidados específicos para preservar a própria saúde. As

escolas não fornecem os materiais adequados para a higiene das meninas, por questões

culturais esse tipo de atitude não é comum em nossas escolas.

As alunas citaram algumas melhorias que poderiam ser adotadas como: reposição de

papel higiênico, papel toalha, álcool em gel, sabonete líquido e torneira com sensor para

Page 39: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

38

economia de água. Os meninos citam as mesmas melhorias, porém acrescentam divisória no

mictório, e na escola 1, eles sugerem a proposta de paredes no vestiário masculino para que os

chuveiros fiquem isolados possibilitando um ambiente mais individual para tomar banho.

4.1.4 Abordagem pelo professor sobre temas ambientais e o interesse dos

alunos.

Nas figuras 9 e 10, os alunos das duas escolas estão razoavelmente interessados nos

temas ambientais, em conversa com eles, demonstraram que entendem da importância sobre

o tema, no entanto eles limitam o assunto apenas em preservação da natureza.

Mas quando se fala em educação ambiental há um tripé de sustentabilidade a ser

mencionado e estudado que muitos desconhecem e são eles:

Social- que engloba o meio social do indivíduo como: condições de vida, saúde,

educação, violência e lazer;

Ambiental- recursos naturais do planeta e seu uso pela sociedade;

Econômico- considerando a questão social e ambiental, a forma como se dá a relação

entre a produção, distribuição e consumo de bens e serviços.

Considerando esse tripé, a educação ambiental engloba tudo no planeta, ela serve para

conscientizar e sensibilizar os seres humanos para que haja um equilíbrio entre homem e

natureza. Os alunos entendem o que é educação ambiental, mas é necessário haver uma

sensibilização e os professores precisam relacionar educação ambiental com suas disciplinas.

Figura 9- Representação gráfica do nível de interesse pelas questões ambientais na escola 1.

Fonte: Autora, 2019.

Page 40: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

39

Figura 10-Representação gráfica nível de interesse pelas questões ambientais na

escola 2.

.

Fonte: Autora, 2019

A escola aborda meio ambiente, mas ainda é escasso por parte individual dos

professores, eles não acometem o assunto de forma interdisciplinar e dinâmica. Os alunos

informaram que o assunto é mais abordado por professores de áreas específicas de meio

ambiente. E estudos comprovam que isso é desatualizado, educação ambiental é um tema

interdisciplinar e cada professor pode se apropriar a fundo melhorando o aprendizado dos

alunos e consecutivamente buscando meios tecnológicos e sociais de sustentabilidade,

aplicando nos discentes um pensamento crítico acerca das questões ambientais. A tabela 5

demonstra de fato a frequencia com que o assunto meio ambiente é ensinado em sala de aula.

Nota-se ambas as escolas os educadores em sua maioria abordam com alguma frequência ou

raramente. Como discutido anteriormente, educação ambiental é geralmente ensinado por

professores de ciências, química, biologia e geografia. O assunto é abordado mas não de

forma interdisciplinar.

De acordo com (SOMMER e colaboradores, 2017), a higiene nas escolas vai além de

água, saneamento e descarte. Atitudes correta de higiene como lavagem das mãos, uso

moderado de papel higiênico e papel toalha, manter a torneira da pia fechada e descarte

correto de absorvente são umas das formas de promover a saúde na escola e está intercalado

ao tema meio ambiente. Abordar esses assuntos nas escolas é fundamental na construção de

cidadãos críticos em suas atitudes ambientais, conscientes e sensibilizados em conviver em

uma sociedade que priorize a sustentabilidade social, ambiental e econômica. Os assuntos

relacionados ao meio ambiente. A escola e a sociedade também precisam adquirir o hábito de

Page 41: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

40

interdisciplinalizar a educação ambiental, pois todas as disciplinas sem exceções têm suas

parcelas de contribuições em formar indivíduos críticos e com soluções sustentáveis.

Tabela 5- Frequência com que o professor aborda o assunto meio ambiente em sala de aula

nas duas escolas.

Para uma melhor compreensão sobre educação ambiental, faz-se importante

professores e comunidade escolar adotar a ideia de trabalhar o tema em todas as disciplinas,

colocando exempos do cotidiano em sala de aula.

com que frequência o professor aborda

assuntos ligados ao meio ambiente

Escola 1 Escola 2

não sabe 4 5

Sempre 7 4

Nunca 2 2

com alguma frequência 47 110

raramente 100 122

Page 42: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

41

CAPÍTULO V

9.1 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta pesquisa mostrou que os discentes têm alguns conhecimentos a respeito de

educação ambiental e higiene, se interessam pelo assunto, no entanto há pouca abordagem nas

escolas sobre o tema.

Como contribuição de sustentabilidade social foi confeccionado e implantado um

procedimento operacional padrão de como fazer a higiene individual correta e manter os

banheiros limpos e proposto às escolas uma cartilha com informações sobre alguns

procedimentos correto de higiene que auxiliam a conservar os banheiros limpo.

A prática da higiene nos banheiros escolares ainda é reduzida por falta de

conhecimento prévio e constante sendo perceptível que os alunos têm consciência de suas

atitudes corretas e incorretas, porém falta sensibilizá-los sobre a importância em manter o

ambiente dos banheiros limpos.

Após uma segunda visita nas escolas em horário de intervalo notou-se a falta de

sensibilização dos alunos em manter a higiene dos banheiros. Vasos sanitários sujos e

entupidos, papel higiênico jogado no chão, torneiras jorrando água sem estarem utilizando.

A educação ambiental não engloba apenas preservação à natureza, mas também tudo

que envolve o meio em que vivemos. Preservar é manter o entorno natural existente,

equilibrar o convívio do homem com a natureza, bem como afirma no artigo 1°da Lei

9795/99, em que a EA também um meio de proporcionar a qualidade de vida e sua

sustentabilidade.

Evitar doenças por meio da higiene é uma forma de sustentabilidade social.

Atenção especial deve ser direcionada às meninas, sua higiene incorreta ou ambientes

hostis propiciam a elas desconforto e doenças.

As discentes solicitam utensílios fundamentais que as auxiliem em sua higiene pessoal

para que sintam comodidade em utilizar o banheiro e praticar a higiene.

A prática pedagógica ambiental torna-se cada vez mais relevante no âmbito escolar

para que contemple alunos adolescentes que estão se preparando para o mercado profissional.

É fundamental que as escolas busquem meios de aprendizagem que desperte aos alunos uma

visão crítica às questões ambientais e sensibilização, preparando o aluno para um discurso

crítico dos fatos que ocorrem em seu cotidiano.

Page 43: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

42

A educação ambiental ainda é algo muito distante no sistema escolar, apesar de ser

primordial à sensibilização de crianças e jovens. As escolas precisam adotar em seu plano

pedagógico a educação ambiental como interdisciplinar, deixar o tradicional e buscar o novo,

por meio dessa interdisciplinaridade é possível formar cidadãos com pensamento crítico,

pessoas capazes de manter o equilíbrio entre o homem e a natureza. Só há exploração do tema

e poucas soluções, o mundo está se deteriorando, as fontes naturais antes inesgotáveis estão

acabando. E promover tecnologias de sustentabilidade social nas escolas é uma solução eficaz

e dentro da educação enfatizar o tripé sustentabilidade social, ambiental e econômico.

Page 44: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

43

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABREU, Bruno Reinert de; LEITE, Jandecy Cabral; SOUZA, Josenildo Santos de (org.).

Tópicos especiais em meio ambiente: Uma abordagem prática de temas sustentáveis –

Volume II. Embu das Artes: ALEXIA CULTURAL-SP, 2019.E-book(200 p.).

ALBANO, P.A.F ;SANTOS, DOS S.H.J; SANTOS, DOS P.J; FREIRE, M.S (2016):

“Frequências de Estruturas Parasitárias em Banheiros e Salas de Aula de Escolas Públicas

Teresina, Piauí”. Na revista Patol Trop, Vol 45 abril a junho de 2016, p.192 a 202;

Almeida, Carolina Gomes Pinho de; Malafaia, Emanuelle Araújo Azevedo; Rangel, Pâmella

Maria Batista; Gama, Aline Cunha. Higienização de mãos em alta complexidade.

REINPEC-Revista Interdisciplinar do Pensamento Científico V. 4, N. 1,artigo n. 4, p. 27-34

Jan./ Jun.-2018. DOI:http://dx.doi.org/10.20951/2446-6778/;

ALMEIDA, Miriam de Abreu et al. Aplicabilidade da classificação dos resultados de

enfermagem em pacientes com déficit no autocuidado: banho/higiene. Revista gaúcha de

enfermagem. Porto Alegre. Vol. 31, n. 1 (mar. 2010), p. 33-40, 2010.

AMPIRES, DISTRIBUIDORA DE LIMPEZA EM HIGIENE EMPRESARIAL. Limpeza

de Banheiros em escolas: Como Melhorar?, 29 de Setembro de 2018. Disponível em:

https://www.mpires.com.br/limpeza-de-banheiros-em-escolas/. Acesso em: 12 ago. 2019.

ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança do Paciente em Serviços de

Saúde: Higienização das mãos. Ed. 1, 2009. P. 105. Vigilância Sanitária. 2. Saúde Pública. I.

Titulo.

AZEVEDO, Adriana Oliveira de. A educação Ambiental como política contriobutiva

para o desenvolvimento sustentável no Amazonas. Disponível em:

http://www.publicadireito.com.br/artigos/?cod=fa3395b241c4665f

BAKHTIN, M. et al. VIGOTSKI, LS A formação social da mente. O desenvolvimento dos

processos psicológicos superiores. 1998.

BARRETO, C.T; RIBEIRO, S. dos K; MARQUES, T.A; SANTOS, dos M.C.Levantamento

das principais parasitoses intestinais que acometem crianças da comunidade de

Tamarindo em Campos dos Goyotacazes-RJ. Perspectivas Online. Biologia e saúde,

Campos dos Goyotacazes, v.7, n. 2, páginas 53-61, 2012. DOI:

https://doi.org/10.25242/8868272012197

BATISTA, M.V; FONSECA, H.M; WELTER, A. (2014):” Parasitos Intestinais em

Sanitários Públicos da Cidade de Palmas-TO”. UnirG, Gurupi, TO,Brasil, v.6, n.1, jan/Abril-

BONIN, S. M., De Conto, S. M., & Pereira, M. B. (2016). Turismo e Educação Ambiental: a

Socialização do Conhecimento em Periódicos Científicos. Rosa dos Ventos, 8(2), 177-191.

BRANDALISE, L. T., Da Silva, J. M., Ribeiro, I., & Bertolini, G. R. F. (2015). O reflexo da

disciplina de educação ambiental na percepção e conduta dos universitários. Revista

Pretexto, 15(4), 11-26.

Page 45: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

44

BRÁS, José Gregório Viegas. A higiene e o governo das almas: o despertar de uma nova

relação. Revista Lusófona de Educação, n. 12, p. 113-138, 2008.

BRASIL, Parâmetros Curriculares Nacionais: meio ambiente: saúde/Secretaria de

educação fundamental,ed 2.Rio de Janeiro, 2000.

Brasil. Lei n° 9.795, de 27 de abril de 1999. Institui a política nacional de educação

ambiental.Presidência da República casa civil: seção 1, capítulo I, Brasília, DF, 27 de

abril de 1999; 178º da Indepêndencia e 111º da República. Disponível em:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9795.htm

CASTRO, A. Z, et al.. Levantamento das Parasitoses Intestinais em Escolares da Rede

Pública na cidade de Cachoeiro de Itapemirim – ES. NewsLab. P. 140-144, 2004.

doenças parasitológicas. Interface – Comunic, Saúde, Educ. v.11, n. 22, p. 281 – 294,

mai./ago., 2007.

FERREIRA, Viviane Ferraz et al. Educación en salud y ciudadanía: revisión

integradora. Trabalho, educação e saúde, v. 12, n. 2, p. 363-378, 2014.

Gil, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social – ed.6. São Paulo, Atlas, 2008.

ISBN 978-85-224-5172-5

GONDRA, Gonçalves José. Homo hyginicus: Educação, higiene e a reinvenção do

homem. Cad. Cedes, 2003 v 23, número 59. Disponível em: http://www.cedes.unicamp.br.

Acessado em: 08 de outubro de 2018.

GOULART, DR; ASSIS, EA; TEIXEIRA DE SOUZA, M. (2011): “Avaliação

microbiológica da antissepsia pré-operatória das mãos”. Na Revista de cirurgia Buco-

Maxilo facial, Camaragibe, V.11, N.3, jun./set. 2011, p.103-112.

HANSEN, Karem Susan et al. Hábitos de higiene: é cedo que se começa. Universidade

Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões–Campus Santo, 2006.

K, Renato. Bíblia da Saúde(Hygiene). Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1926.

KLOETZEL, Kurt. O que é meio ambiente. Brasiliense, 2017.

L. Mason, E. Nyothach, K. Alexander, F.O. Odhiambo, A. Eleveld, J. Vulule, P.A. Phillips

-Howard‘We keep it a secret so no one should know’ – A qualitative study to explore

young schoolgirls attitudes and experiences with menstruation in rural western

Kenya. PLoS One, 8(11) 2013, 10.1371/jornal.pone.0079132

MANAUS DE TODAS AS CORES. G1 Amazonas, Manaus, 24 de Out. de 2014.

Disponível em: http://g1.globo.com/am/amazonas/manaus-de-todas-as-

cores/2014/noticia/2014/10/veja-mapa-com-zonas-e-bairros-mais-populosos-da-capital-do-

amazonas.html. Acesso em: 23 de ago. de 2019.

MANAUS. Estados e capitais do Brasil. Disponível em:

https://www.estadosecapitaisdobrasil.com/capital/manaus/

Page 46: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

45

MARCONI, MA E LAKATOS, “Fundamentos de Metodologia Cientifíca”. Ed. 7, Editora

Atlas. São Paulo-2010

MARIN, Andreia Aparecida. Pesquisa em Educação Ambiental e Percepção Ambiental.

Pesquisa em Educação Ambiental. Paraná: UFPR. v. 3. n. 1 p. 203-222. 2008.

MASSINE, M. C. L. (2010). Sustentabilidade e educação ambiental–Considerações acerca

da política nacional de educação ambiental–A conscientização ecológica em foco. Trabalho

publicado nos Anais do XIX Encontro Nacional do CONPEDI, Fortaleza–CE.

MEDEIROS, de Barbosa Aurélia; MENDONÇA, Lemes S. da J. M; SOUSA, de L. G;

OLIVEIRA, de P. M. A importância da educação ambiental na escola nas séries iniciais.

Revista Faculdade Montes Belos, v.4 n.1,set.2011.

MINNAERT, Ana Cláudia de Sá Teles; FREITAS, Maria do Carmo Soares. Práticas de

higiene em uma feira livre da cidade de Salvador (BA). Ciência & Saúde Coletiva, v. 15,

p. 1607-1614, 2010.

MOURA, de Quintana Micaele; JESKE, Taiza Sabrina; CAPELLA, de Almeida Gabriela;

PINTO, Berner Natália; BIANCHI, Freitas Tanise; BERNE, Aires Elisabeth Maria;

VILLELA, Marreiro Marcos. Percepções de estudantes da cidade de Pelotas/RS sobre

parasitoses intestinais. Sabios, Revista de saúde e Biologia, volume 13-número 1,p 56-

62,jan/abril.2018.

PROENÇA, Corrêa Grasiele; PROENÇA, Corrêa Michele; SÁ, de Nichi Regina Amanda.

Presença de Entamoeba coli EM APARELHOS DE COMUNICAÇÃO E OS

HÁBITOS DE HIGIENE DOS FUNCIONÁRIOS DE UMA COOPERATIVA

AGROINDUSTRIAL NO CENTRO OESTE DO PRANÁ,BRASIL.Sabios: Ver. Saúde e

Biol., v.13,n2,p.20-25,set./dez.,2018 ISSN:1980-0002.

REIGOTA, M. Meio ambiente e representação social. São Paulo: Cortez, 2002

RIBEIRO, Costa Adelson. Meio ambiente e educação: percepção ambiental de jovens alunos

acerca da água. Universidade Federal de Goiás. Goiânia, set. 2017.

ROMA, Izabela et al. Analisando a percepção de uma população sobre higiene a partir de

um jogo educativo/Analysis of population perception about hygiene through an educational

game. Revista de Pesquisa em Saúde, v. 12, n. 1, 2011.

SALLES, Carolina. Jusbrasil. Meio ambiente e educação ambiental nas escolas públicas,

2013. Disponível em: https://carollinasalle.jusbrasil.com.br/artigos/112172268/meio-

ambiente-e-educacao-ambiental-nas-escolas-publicas.

SCHOEDER, M; YANG, L; EIFERT, J; BOYER, R; CHASE, M; MONTENEGRO, S. N

(2016): “Evaluation of haw diferente signs afect poulty processing employess’ hand

whashing practisse” Elsevier, Food Control, v. 68, october 2016, p. 1 a 6.

Page 47: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

46

SILVA ACO, BASTOS OMP, BRENER B.” Estudo da contaminação de elementos

sanitários por estruturas enteroparasitárias em cinco pré-escolas públicas da cidade de

Patrocínio”, MG. Rev Patol Trop 40: Out./ dez. 2011, p.315-322.

SILVA AMR; BIM, LL; SOUSA AFL; DOMINGUES, PCA; NICOLUSSE, AC, ET AL:

“Patient safety and infection control: bases for curricular integation. Ver. Bras Enferm

[internet].2018;71(3):1170-7. DOI: http://dx.doi,org/10.1590/0034-7167-20170314.

SILVA AT, MASSARA CL, MURTA FGL, OLIVEIRA AA, LARA SILVA, FO.(2013):

“Ovos de Enterobius vermicularis em salas de espera e banheiros de Unidades Básicas de

Saúde (UBS) do município de Nova Serrana-MG: contribuições para o controle”. Rev Patol

Trop 42: p. 425-433, 2013.

SILVA E NASCIMENTO, D. (2012): “Manual de redação para Trabalhos Acadêmicos:

Position, ensaios teóricos, artigos científicos e questões discursivas”. Editora, Atlas.

SILVA, Oliveira Claudia Ana; BASTOS, Pereira Machado Otílio; BRENER, Beatriz.

Estudo da contaminação de elementos sanitários por estruturas enteroparasitárias em

cinco pré-escolas públicas da cidade de Patrocínio-MG.Revista Patologia Tropical,Vol

40(4): 315-322.out-dez 2011. 10.5216/rpt.v40i4.16758

SOMMER, Marni; FIGUEROA, Chantal; KWAUK, Christina; JONES, Meredith; FYLES,

Nora. Attention to Menstrual hygiene management in schools: An analysis of education

policy documents in low- and middle-income countries. http://dx.doi.org/10.1016/

Elsevier, International Journal of Educational Development, 57(2017) pág. 73-82. August-

September.

SOUZA, LUÍZ PAULO SOUZA E. et al. A qualidade do atendimento prestado pelos

prontos- socorros de hospitais públicos do Brasil. Rahis, v. 11, n. 3, 2014.superiores. 7. ed.

São Paulo: Martins Fontes, 2007.

TERASSI, Mariélli et al. A percepção de crianças do ensino fundamental sobre parada

cardiorrespiratória. Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, v. 36, n. 1Supl, p. 99-108,

2015.

TOSCANI, Nadima Vieira et al. Desenvolvimento e análise de jogo educativo para crianças

visando à prevenção de doenças parasitológicas. Interface-Comunicação, Saúde,

Educação, v. 11, p. 281-294, 2007.

WATSON, J; DREIBELBIS, R; AUNGER, R; DEOLA, C; KING, K; LONG, S; CHASE,

PR; CUMMING, O. (2019):” Child’s play: harnessing play and curiosity motives to improve

child handwashing in a humanitarian setting”. International jornal of hygiene and

Eviromental health. V. 222, N. 2, March 2019, p. 177-182.

Page 48: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

47

APÊNDICES

APÊNDICE A- QUESTIONÁRIO DA PESQUISA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS – ICEN

PROGRAMA DE PÓS – GRADUAÇÃO EM CIENCIAS E MEIO AMBIENTE – PGCMA

CURSO DE MESTRADO EM CIENCIAS E MEIO AMBIENTE

QUESTIONÁRIO PARA OS ALUNOS – PERCEPÇÃO AMBIENTAL NO ÂMBITO FORMAL:

Panorama da Educação Ambiental Escolar. 1. Qual seu gênero?

( ) Masculino ( ) Feminino ( ) Não sei

2. Classifique seu nível de interesse pelos assuntos relacionados à EDUCAÇÃO AMBIENTAL E

SAUDE.

( ) Muito interessado ( ) Razoavelmente interessado ( ) Não sei

( ) Pouco Interessado ( ) Nenhum interesse

3. Na sua escola em sala de aula, o professor (a) aborda com que frequência sobre os assuntos

ligados ao Meio Ambiente?

( ) Sempre ( ) Com alguma Frequência ( ) Não sei

( ) Nunca ( ) Raramente

4. Na escola você habitualmente costuma realizar algumas destas ações: Você usa com frequência o

banheiro de sua escola?

( ) sim ( ) Às vezes

( ) Não

5. Fecha a torneira da pia do banheiro se estiver desperdiçando água?

( ) Sim ( ) Às vezes

( ) Não

6. Você joga o papel higiênico já utilizado no cesto de lixo?

( ) sim ( ) Às vezes

( ) Não ( ) Não sei

7. Em sua opinião, no banheiro de sua escola tem os materiais de higiene necessários para sua higiene

pessoal?

( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei

8. As portas do banheiro possuem trincas para sua segurança?

Page 49: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

48

( ) Sim ( ) Não

9. Você considera o banheiro de sua escola limpo?

( ) Sim ( ) Não

10. Você considera importante abordar sobre Educação ambiental e higiene coletiva?

( ) Muito Importante ( ) Pouco Relevante ( ) Irrelevante

11. Escreva três coisas que você faria para melhorar a higiene dos banheiros de sua escola

PERGUNTAS PARA AS MENINAS:

12. Você frequenta a escola quando está em seu período menstrual?

( ) Sim ( ) Não ( ) Às vezes

13. Quando você está no período menstrual, se sente à vontade em usar o banheiro de sua escola?

( )Sim ( ) Não

14. Você acha adequado o material de higiene que a escola fornece?

( ) Sim ( ) Não ( ) Às vezes

OBRIGADA POR SUA PARTICIPAÇÃO!

Page 50: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

49

APÊNDICE B- TCLE

APÊNDICE-B

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO – TCLE

Resolução Nº466/12 - Conselho Nacional de Saúde

A Pesquisa intitulada “Educação Ambiental e Saúde: Higienização dos Banheiros

em Escolas Públicas”, sob a responsabilidade da pesquisadora Monique Elza da Silva e

Silva, tem como objetivo ENTENDER qual a percepção dos discentes a respeito da educação

ambiental e higiene. A participação do (a) aluno (a) é voluntária e dar-se-á por meio da

participação em atividades Educação Ambiental, responder a 1 (um) Questionário no início

da Pesquisa. Os Riscos na participação da Pesquisa podem surgir em relação as perguntas

contidas no Questionário, pois podem causar constrangimento. Porém, a (o) participante pode

desistir da Pesquisa a qualquer momento que achar conveniente para o seu bem-estar.

Os Benefícios se referem ao aluno (a) participante vir a colaborar para um melhor entendimento

sobre Meio Ambiente e Saúde. Acreditamos que esse trabalho fornecerá dados relevantes que darão

suporte aos estudos e diagnósticos sobre a realidade dos banheiros das escolas na instituição de ensino.

Assim sendo, os resultados da Pesquisa serão utilizados de forma a enriquecer o aprendizado dos

alunos, no que diz respeito às questões de Higiene pessoal e saúde. Os resultados da Pesquisa serão

publicados em eventos, revistas ou outro círculo de divulgação no meio cientifico. Porém, o nome do

(a) aluno (a) será mantido em sigilo. O (a) aluno (a) participante da Pesquisa, tem o direito e a

liberdade de desistir em qualquer fase da Pesquisa. O (a) participante não terá nenhuma despesa e

também não receberá nenhuma remuneração pela participação ou desistência na Pesquisa. Para

qualquer outra informação, o (a) aluno (a) poderá entrar em contato com o Comitê de Ética em

Pesquisa do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Pará - CEP – ICS/UFPA, ou

no endereço comercial da pesquisadora: Avenida Governador Danilo de Matos Areosa número1672

telefone: (92) 981174271 ou através do E-mail: [email protected].

Page 51: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

50

Eu, _______________________________________________________, fui informado (a) sobre os

objetivos da Pesquisa, tendo entendido a explicação desse Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido – TCLE. Assim sendo, eu concordo que o (a) aluno (a)

___________________________________________________

participe do Projeto de Pesquisa intitulado “Educação Ambiental e Saúde: Higienização dos

Banheiros em Escolas Públicas”, tenho conhecimento que o (a) aluno (a) não será remunerado (a) e

que pode desistir a qualquer tempo, sem sofrer prejuízo ou qualquer tipo de constrangimento. Este

documento é emitido em 2 (duas) vias que serão assinadas por mim (responsável), pelo aluno (a) e

pela pesquisadora, ficando 1 (uma) via com o responsável e outra com a pesquisadora.

Manaus, ____/ ____/ ___

________________________________________________

Assinatura do responsável

________________________________________________

Assinatura do (a) aluno (a)

________________________________________________

Pesquisadora responsável – UFPA

Page 52: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

51

APÊNDICE C- PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO (POP).

Page 53: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

52

APÊNDICE-D

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E

NATURAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS E MEIO

AMBIENTE

RELATÓRIO TÉCNICO

IDENTIFICAÇÃO DA PESQUISA

Título do Projeto de Pesquisa

EDUCAÇÃO AMBIENTAL E SAÚDE: ESTUDO DA HIGIENE DOS

BANHEIROS DE DUAS ESCOLAS PÚBLICAS DE MANAUS E UM

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO COMO FORMA DE

SENSIBILIZAÇÃO.

Pesquisadora: Monique Elza da Silva e Silva

Orientador: Prof° Dr. Davi do Socorro Barros Brasil

Relatório Técnico apresentado ao Instituto

Federal do Amazonas-Campus Manaus Distrito

Industrial como requisito de contribuição para a

pesquisa de Mestrado em Ciência e Meio

Ambiente pela Universidade do Federal do Pará

(UFPA). Instituto de Ciências Exatas e Naturais.

Belém/PA

2019

Page 54: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

53

INTRODUÇÃO

França e colaboradores (2019, p. 43) e Massine (2010), definem a educação ambiental

como um processo de sensibilização. A Educação Ambiental (EA) é proveniente da

necessidade de sensibilizar o corpo discente para uma preocupação à preservação ao meio

ambiente. A EA deve ser abordada nas escolas como um tema fundamental e permanente,

devendo estar presente em todas as modalidades de ensino. Entende-se uma educação

gradativa com estudos e aprendizagem em relação aos problemas ambientais. Conforme

Brandalise e colaboradores (2015) definem EA como um processo. Desta forma entende-se

um processo que almeja adquirir uma consciência crítica nas questões ambientais, não inclui

somente a preservação à natureza, mas todas as atitudes que preserve o meio de forma

sustentável e propicia uma melhor qualidade de vida. Bonin, Conto e Pereira (2016) a define

como uma educação que dialoga com o ambiente. Sendo assim o caminho em que os alunos

aprendem e interagem entre si.

Portas rabiscadas, gastos excessivos de papel higiênico, piso molhado, vaso sanitário

entupido, o que não falta são problemas na limpeza do banheiro nas escolas (LIMPEZA DE

BANHEIROS EM ESCOLAS, COMO MELHORAR?, 2018). Essa problemática deve ser

analisada e o cuidado para que não ocorram esses tipos situações deve ser diário e não só por

parte da administração escolar, mas também os discentes que utilizam os banheiros. Um dos

fatores que podem colaborar são boas ações de higiene colaboram para melhorias no

ambiente de convívio.

A higiene vai além de uma boa aparência, os banheiros sujos viram abrigos para vírus,

bactérias e fungos, expondo aos alunos ao risco de contaminação, e intensificar os serviços de

limpeza não soluciona o problema. Como em toda escola é necessário haver uma visão nos

diferentes ângulos, aperfeiçoar o processo de limpeza e também conscientizar os alunos para

o cuidado com os espaços públicos.

A higiene prolonga a vida dentro dos limites de sua duração normal, consegue

aos poucos eliminar o planeta das pestes, das doenças, valorizar o solo e beneficiar a

vida humana em todos os sentidos (GONDRA, 2003). Alguns higienistas como o

Renato Kehl (1926), afirma que a higiene é o ponto principal da medicina, se não o

mais importante. Por meio dela adquirimos uma melhoria na qualidade de vida.

Muito se discute a respeito da preservação do meio ambiente, educação ambiental,

mas pouco se faz em relação à higiene, sendo que ela também é parte do círculo que

Page 55: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

54

envolve a preservação do meio ambiente, principalmente nos lugares mais

aglomerados, como as escolas.

JUSTIFICATIVA

A base teórica possibilita entender a relevância da educação ambiental nas escolas, a

EA engloba todas as questões ambientais, inclusive a higiene e como sua incorreta prática

causa disfunções no corpo humano e o ambiente de convívio. Conforme afirma Nascimento e

colaboradores (2018, p. 46) a EA é definida como um processo permanente, onde o indivíduo

adquire consciência de seu meio ambiente, valores e habilidades em resolver no individual e

coletivamente problemas que atingem o equilíbrio entre o homem e a natureza. Investigar

como é feita a higiene dos banheiros das escolas em ambas as partes (administrativa e corpo

discente) é uma forma de entender essa funcionalidade. Utilizar um procedimento

operacional padrão ensinando como manter os banheiros e o próprio corpo limpos é uma

forma de auxiliar na sensibilização dos alunos.

A maioria dos alunos contesta a respeito da manutenção e limpeza dos banheiros, mas

há comprovações precisas de que a responsabilidade não cabe somente á administração da

escola, mas de toda comunidade que utiliza o banheiro, considerando ser mais comum os

discentes utilizarem e ocuparem o espaço. As escolas promovendo meios de sensibilização e

exigindo que se cumpram os procedimentos propostos, possibilitam aos alunos e à própria

escola um ambiente limpo e saudável.

OBJETIVOS

O principal objeto desta pesquisa foi compreender a percepção dos discentes sobre

higiene e ambiente e de acordo com os resultados propor um procedimento operacional

padrão como forma de sensibilizar o corpo discente sobre a correta higiene individual e

coletiva. Como auxilio a este principal objeto foi necessário os seguintes objetivos

específicos: observar a visão dos discentes em manter os banheiros limpos; entender como a

falta de higiene nos banheiros interfere no uso dos mesmos pelos alunos, principalmente do

sexo feminino; verificar a percepção dos alunos a respeito do assunto educação ambiental e

Page 56: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

55

saúde e a frequência com que o tema é abordado em sala de aula; propor um procedimento

operacional padronizado para melhorar o comportamento da comunidade estudantil com

relação a saúde em banheiros escolares.

MATERIAIS E MÉTODOS

Esta pesquisa foi caracterizada por meio de um estudo de caso com uma abordagem

quantitativa e qualitativa, conforme afirma Marconi e Lakatos, (2010), o método é o conjunto

das atividades sistemáticas e racionais, que com maior segurança permite alcançar os

objetivos da pesquisa. Foi usada para balizá-la a construção de um questionário, que segundo

Gil, (2008) consiste basicamente em traduzir objetivos da pesquisa em questões específicas.

Os alunos responderam 13 perguntas objetivas e 1 subjetiva em que questionava aos alunos

sobre três melhorias para os banheiros de suas escolas. Optou-se por analisar 8 perguntas com

suas respectivas respostas por serem as que mais deram ênfase aos objetivos da pesquisa.

Conforme afirma Marconi e Lakatos (2010), “problema é uma dificuldade, teórica ou

prática, no conhecimento de alguma coisa de real importância, para a qual se deve encontrar

uma solução”, um conceito bastante corrente que identifica o problema como márgem à

hesitação ou perplexidade. Diante desse entendimento questiona-se: Os alunos de escolas

públicas têm uma ampla percepção a respeito de higiene dentro da educação ambiental? Eles

conhecem e praticam de fato a higiene dentro dos conceitos de educação ambiental?

RESULTADOS

Esta pesquisa obteve alguns resultados consistentes às questões norteadoras os alunos

entrevistados responderam a pergunta de número 11 que questionava aos alunos algumas

possíveis melhorias que eles julgavam necessário para a higiene dos banheiros. Os alunos do

sexo masculino solicitam a instalação de divisórias entre os mictórios, eles sentem sua

privacidade sendo invadida, os chuveiros são coletivos e os alunos sugerem a divisão em

boxes individualizados e fechados bem como o conserto das portas dos demais banheiros. As

sugestões de melhorias dos meninos têm como principal foco a privacidade e desta forma

pressupõe um aperfeiçoamento nos hábitos de higiene. Em contrapartida as meninas não

enfocam as portas e divisórias dos boxes dos chuveiros, pois os banheiros femininos já

possuem as trincas e divisórias. No entanto, elas sugerem como melhoria materiais de higiene

Page 57: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

56

que julgam necessários para um asseio mais eficaz, como: sabão líquido ou em barra, papel

toalha, álcool em gel e outros.

Figura 11- foto da resposta de uma aluna da escola 1.

Fonte: Autora,2019.

A figura 1 exemplifica sugestões formuladas por uma menina a respeito de melhorias

nos banheiros femininos, algo prudente é a instalação de sensores nas torneiras como forma

de economizar água. As meninas da escola 1 sugerem sabonete líquido e álcool em gel. Deste

modo as propostas impostas pelos discentes são relevantes e demonstra que eles têm

consciência a respeito de como fazer a correta higiene individual e conservar o ambiente

limpo, a minoria exige os serviços prestados pela empresa conservadora de limpeza. Eles

entendem que o problema da higienização dos banheiros está individualmente em cada aluno.

A escola fornece os utensílios básicos de higiene, porém são utilizados

demasiadamente pelos alunos, os mesmos não têm o zelo e cuidado, notou-se durante a coleta

Page 58: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

57

de dados gastos excessivos de papel higiênico, descarte incorreto de papel toalha e

absorvente. Partindo deste pressuposto, é relevante a importância de ações sensibilizadoras à

comunidade escolar, e um procedimento operacional padrão (POP) permanente nos

banheiros, informando-os sobre as atitudes corretas de higiene é uma forma de sensibilizá-

los.

Fonte: Autora,2019.

Na figura 2 está explícito como há gasto excessivo de papel higiênico, descarte

incorreto e ambiente sujo, e isso também ocorre no banheiro feminino, as atitudes dos alunos

não é condizente com as exigências dos mesmos. No levantamento dos dados é perceptível

que os alunos são conscientes da importância da higiene, mas não procedem de forma

correta.

Abordagem pelo professor sobre temas ambientais e o interesse dos alunos.

Nas figuras 3 e 4, os alunos das duas escolas estão razoavelmente interessados nos

temas ambientais, em conversa com eles, demonstraram que entendem da importância sobre

o tema, no entanto eles limitam o assunto apenas em preservação da natureza.

Mas quando se fala em educação ambiental há um tripé de sustentabilidade a ser

mencionado e estudado que muitos desconhecem e são eles:

Social- que engloba o meio social do indivíduo como: condições de vida, saúde,

educação, violência e lazer;

Figura 12-foto do banheiro masculino

da escola 1.

Page 59: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

58

Ambiental- recursos naturais do planeta e seu uso pela sociedade;

Econômico- considerando a questão social e ambiental, a forma como se dá a relação

entre a produção, distribuição e consumo de bens e serviços.

Considerando esse tripé, a educação ambiental engloba tudo no planeta, ela serve para

conscientizar e sensibilizar os seres humanos para que haja um equilíbrio entre homem e

natureza. Os alunos entendem o que é educação ambiental, mas é necessário haver uma

sensibilização e os professores precisam relacionar educação ambiental com suas disciplinas.

Figura 13- nível de interesse pelas questões ambientais.

Fonte: Autora,2019.

Figura 14- a frequência com que o assunto é abordado em sala de aula.

Fonte: Autora,2019.

Page 60: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

59

De acordo com (SOMMER e colaboradores, 2017, p.74), a higiene nas escolas vai

além de água, saneamento e descarte. Atitudes correta de higiene como lavagem das mãos,

uso moderado de papel higiênico e papel toalha, manter a torneira da pia fechada e descarte

correto de absorvente são umas das formas de promover a saúde na escola e está intercalado

ao tema meio ambiente. Abordar esses assuntos nas escolas é fundamental na construção de

cidadãos críticos em suas atitudes ambientais, conscientes e sensibilizados em conviver em

uma sociedade que priorize a sustentabilidade social, ambiental e econômica. Os assuntos

relacionados ao meio ambiente. A escola e a sociedade também precisam adquirir o hábito de

interdisciplinalizar a educação ambiental, pois todas as disciplinas sem exceções têm suas

parcelas de contribuições em formar indivíduos críticos e com soluções sustentáveis.

CONSIDERAÇÕES FINAIS E CONTRIBUIÇÕES

Esta pesquisa mostrou que os discentes têm alguns conhecimentos a respeito de

educação ambiental e higiene, se interessam pelo assunto, estudar o meio ambiente não é só o

estudo da preservação da natureza, assim como afirma no artigo 1°da Lei 9795/99, em que a

EA também um meio de proporcionar a qualidade de vida e sua sustentabilidade.

A prática da higiene nos banheiros escolares ainda é reduzida por falta de

conhecimento prévio e constante sendo perceptível que os alunos têm consciência de suas

atitudes corretas e incorretas, porém falta sensibilizá-los sobre a importância em manter o

ambiente dos banheiros limpos.

A educação ambiental não engloba apenas preservação à natureza, mas também tudo

que envolve o meio em que vivemos. Preservar é manter o entorno natural existente,

equilibrar o convívio do homem com a natureza.

Evitar doenças por meio da higiene é uma forma de sustentabilidade social.

Page 61: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

60

Atenção especial deve ser direcionada às meninas, sua higiene incorreta ou ambientes

hostis propiciam a elas desconforto e doenças.

As discentes solicitam utensílios fundamentais que as auxiliem em sua higiene

pessoal para que sintam comodidade em utilizar o banheiro e praticar a higiene. Mas as

mesmas devem adquirir o hábito de utilizar os utensílios de higiene com moderação e praticar

o descarte correto, desta forma o banheiro sempre será um ambiente limpo e higiênico.

A prática pedagógica ambiental torna-se cada vez mais relevante no âmbito escolar

para que contemple alunos adolescentes que estão se preparando para o mercado profissional.

É fundamental que as escolas busquem meios de aprendizagem que desperte aos alunos uma

visão crítica às questões ambientais e sensibilização, preparando o aluno para um discurso

crítico dos fatos que ocorrem em seu cotidiano.

A educação ambiental ainda é algo que está aos poucos adquirindo espaço no sistema

escolar, e é primordial à sensibilização de crianças e jovens. A sociedade precisa adotar a

educação ambiental como um processo de educação responsável por formar cidadãos com

pensamento crítico, pessoas capazes de manter o equilíbrio entre o homem e a natureza. A

exploração do tema meio ambiente engloba também a sustentabilidade social e econômica.

Promover tecnologias de sustentabilidade social nas escolas é uma solução eficaz e dentro da

educação enfatizar o tripé sustentabilidade social, ambiental e econômico.

Como contribuição de sustentabilidade social é proposto à escola a implementação de

um procedimento operacional padrão de como fazer a higiene individual correta e manter os

banheiros limpos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMPIRES, DISTRIBUIDORA DE LIMPEZA EM HIGIENE EMPRESARIAL. Limpeza

de Banheiros em escolas: Como Melhorar?, 29 de Setembro de 2018. Disponível em:

https://www.mpires.com.br/limpeza-de-banheiros-em-escolas/ Acesso em: 12 ago. 2019.

BONIN, S. M., De Conto, S. M., & Pereira, M. B. (2016). Turismo e Educação Ambiental:

a Socialização do Conhecimento em Periódicos Científicos. Rosa dos Ventos, 8(2), 177-

191.

Page 62: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

61

BRANDALISE, L. T., Da Silva, J. M., Ribeiro, I., & Bertolini, G. R. F. (2015). O reflexo da

disciplina de educação ambiental na percepção e conduta dos universitários. Revista

Pretexto, 15(4), 11-26.

GONDRA, Gonçalves José. Homo hyginicus: Educação, higiene e a reinvenção do

homem. Cad. Cedes, 2003 v 23, número 59. Disponível em: http://www.cedes.unicamp.br.

Acessado em: 08 de outubro de 2018.

K, Renato. Bíblia da Saúde(Hygiene). Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1926.

MARCONI, MA E LAKATOS, “Fundamentos de Metodologia Cientifíca”. Ed. 7, Editora

Atlas. São Paulo-2010

MASSINE, M. C. L. (2010). Sustentabilidade e educação ambiental–Considerações acerca

da política nacional de educação ambiental–A conscientização ecológica em foco. Trabalho

publicado nos Anais do XIX Encontro Nacional do CONPEDI, Fortaleza–CE.

Page 63: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

62

APÊNDICE-E

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E

NATURAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS E MEIO

AMBIENTE

RELATÓRIO TÉCNICO

IDENTIFICAÇÃO DA PESQUISA

Título do Projeto de Pesquisa

EDUCAÇÃO AMBIENTAL E SAÚDE: ESTUDO DA HIGIENE DOS

BANHEIROS DE DUAS ESCOLAS PÚBLICAS DE MANAUS E UM

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO COMO FORMA DE

SENSIBILIZAÇÃO.

Pesquisadora: Monique Elza da Silva e Silva

Orientador: Prof° Dr. Davi do Socorro Barros Brasil

Relatório Técnico apresentado à Escola Estadual

Nsa. Aparecida como requisito de contribuição

para a pesquisa de Mestrado em Ciência e Meio

Ambiente pela Universidade do Federal do Pará

(UFPA). Instituto de Ciências Exatas e Naturais.

Belém/PA

2019

Page 64: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

63

INTRODUÇÃO

França e colaboradores (2019, p. 43) e Massine (2010), definem a educação ambiental

como um processo de sensibilização. A Educação Ambiental (EA) é proveniente da

necessidade de sensibilizar o corpo discente para uma preocupação à preservação ao meio

ambiente. A EA deve ser abordada nas escolas como um tema fundamental e permanente,

devendo estar presente em todas as modalidades de ensino. Entende-se uma educação

gradativa com estudos e aprendizagem em relação aos problemas ambientais. Conforme

Brandalise e colaboradores (2015) definem EA como um processo. Desta forma entende-se

um processo que almeja adquirir uma consciência crítica nas questões ambientais, não inclui

somente a preservação à natureza, mas todas as atitudes que preserve o meio de forma

sustentável e propicia uma melhor qualidade de vida. Bonin, Conto e Pereira (2016) a define

como uma educação que dialoga com o ambiente. Sendo assim o caminho em que os alunos

aprendem e interagem entre si.

Portas rabiscadas, gastos excessivos de papel higiênico, piso molhado, vaso sanitário

entupido, o que não falta são problemas na limpeza do banheiro nas escolas (LIMPEZA DE

BANHEIROS EM ESCOLAS, COMO MELHORAR?, 2018). Essa problemática deve ser

analisada e o cuidado para que não ocorram esses tipos situações deve ser diário e não só por

parte da administração escolar, mas também os discentes que utilizam os banheiros. Um dos

fatores que podem colaborar são boas ações de higiene colaboram para melhorias no

ambiente de convívio.

A higiene vai além de uma boa aparência, os banheiros sujos viram abrigos para vírus,

bactérias e fungos, expondo aos alunos ao risco de contaminação, e intensificar os serviços de

limpeza não soluciona o problema. Como em toda escola é necessário haver uma visão nos

diferentes ângulos, aperfeiçoar o processo de limpeza e também conscientizar os alunos para

o cuidado com os espaços públicos.

A higiene prolonga a vida dentro dos limites de sua duração normal, consegue

aos poucos eliminar o planeta das pestes, das doenças, valorizar o solo e beneficiar a

vida humana em todos os sentidos (GONDRA, 2003). Alguns higienistas como o

Renato Kehl (1926), afirma que a higiene é o ponto principal da medicina, se não o

mais importante. Por meio dela adquirimos uma melhoria na qualidade de vida.

Muito se discute a respeito da preservação do meio ambiente, educação ambiental,

mas pouco se faz em relação à higiene, sendo que ela também é parte do círculo que

Page 65: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

64

envolve a preservação do meio ambiente, principalmente nos lugares mais

aglomerados, como as escolas.

JUSTIFICATIVA

A base teórica possibilita entender a relevância da educação ambiental nas escolas, a

EA engloba todas as questões ambientais, inclusive a higiene e como sua incorreta prática

causa disfunções no corpo humano e o ambiente de convívio. Conforme afirma Nascimento e

colaboradores (2018, p. 46) a EA é definida como um processo permanente, onde o indivíduo

adquire consciência de seu meio ambiente, valores e habilidades em resolver no individual e

coletivamente problemas que atingem o equilíbrio entre o homem e a natureza. Investigar

como é feita a higiene dos banheiros das escolas em ambas as partes (administrativa e corpo

discente) é uma forma de entender essa funcionalidade. Utilizar um procedimento

operacional padrão ensinando como manter os banheiros e o próprio corpo limpos é uma

forma de auxiliar na sensibilização dos alunos.

A maioria dos alunos contesta a respeito da manutenção e limpeza dos banheiros, mas

há comprovações precisas de que a responsabilidade não cabe somente á administração da

escola, mas de toda comunidade que utiliza o banheiro, considerando ser mais comum os

discentes utilizarem e ocuparem o espaço. As escolas promovendo meios de sensibilização e

exigindo que se cumpram os procedimentos propostos, possibilitam aos alunos e à própria

escola um ambiente limpo e saudável.

OBJETIVOS

O principal objeto desta pesquisa foi compreender a percepção dos discentes sobre

higiene e ambiente e de acordo com os resultados propor um procedimento operacional

padrão como forma de sensibilizar o corpo discente sobre a correta higiene individual e

coletiva. Como auxilio a este principal objeto foi necessário os seguintes objetivos

específicos: observar a visão dos discentes em manter os banheiros limpos; entender como a

falta de higiene nos banheiros interfere no uso dos mesmos pelos alunos, principalmente do

sexo feminino; verificar a percepção dos alunos a respeito do assunto educação ambiental e

saúde e a frequência com que o tema é abordado em sala de aula; propor um procedimento

operacional padronizado para melhorar o comportamento da comunidade estudantil com

relação a saúde em banheiros escolares.

Page 66: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

65

MATERIAIS E MÉTODOS

Esta pesquisa foi caracterizada por meio de um estudo de caso com uma abordagem

quantitativa e qualitativa, conforme afirma Marconi e Lakatos, (2010), o método é o conjunto

das atividades sistemáticas e racionais, que com maior segurança permite alcançar os

objetivos da pesquisa. Foi usada para balizá-la a construção de um questionário, que segundo

Gil, (2008) consiste basicamente em traduzir objetivos da pesquisa em questões específicas.

Os alunos responderam 13 perguntas objetivas e 1 subjetiva em que questionava aos alunos

sobre três melhorias para os banheiros de suas escolas. Optou-se por analisar 8 perguntas com

suas respectivas respostas por serem as que mais deram ênfase aos objetivos da pesquisa.

Conforme afirma Marconi e Lakatos (2010), “problema é uma dificuldade, teórica ou

prática, no conhecimento de alguma coisa de real importância, para a qual se deve encontrar

uma solução”, um conceito bastante corrente que identifica o problema como márgem à

hesitação ou perplexidade. Diante desse entendimento questiona-se: Os alunos de escolas

públicas têm uma ampla percepção a respeito de higiene dentro da educação ambiental? Eles

conhecem e praticam de fato a higiene dentro dos conceitos de educação ambiental?

RESULTADOS

Esta pesquisa obteve alguns resultados consistentes às questões norteadoras os alunos

entrevistados nesta escola responderam a seguinte pergunta: você considera o banheiro de sua

escola limpo? A figura 1 demonstra as respostas.

Page 67: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

66

Figura 15- alunos que julgam o banheiro limpo

Fonte: Autora, 2019.

47% dos alunos consideram o banheiro limpo e 53% responderam negativamente. De

forma descontraída os alunos quiseram responder essa pergunta conversando e julgaram não

só a escola como responsável em manter o banheiro limpo, mas também a atitude de cada

aluno. Houve relatos de alunos que já presenciaram atos de vandalismos por parte de outros

colegas. Acreditam que seja necessária uma reeducação de todos os discentes, eles entendem

que não sabem e muitos não querem manter os banheiros limpos. Ao analisar essas respostas

nota-se a importância da escola em aplicar métodos de sensibilização aos alunos, e isto está

alinhado à educação ambiental. A escola é um ambiente social de convívio e é

responsabilidade de toda a comunidade promover ações de sensibilização de sustentabilidade

social. Saúde e higiene é fundamental em cada ser humano e um ambiente hostil só contribui

para proliferações de doenças como afirma Moura e colaboradores (2018, p. 56) as

parasitoses atingem principalmente a população de jovens e crianças e os maiores agentes

causadores são justamente os banheiros públicos e escolares. Um procedimento operacional

padrão juntamente com uma fiscalização seria uma forma eficaz de modificar as atitudes dos

alunos em relação à higiene.

Page 68: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

67

Figura 16- a frequência com que os alunos utilizam o banheiro da escola.

Fonte: Autora, 2019.

Os alunos usam o banheiro frequentemente conforme a análise da pesquisa, 47%

responderam que utilizam o banheiro normalmente, 49% não utilizam e somente 4% usam as

vezes. Sendo assim o corpo discente no geral faz uso do banheiro, mas nas perguntas

relacionadas às meninas quando estão em seu período menstrual conforme demonstra a figura

3, elas informaram que pouco utilizam o banheiro pois julgam não conter os acessórios

básicos para sua higiene pessoal, algumas relataram que preferem não ir à escola neste

período. Mas a escola recebe periodicamente os utensílios básicos de higiene e limpeza,

porém os alunos gastam excessivamente, daí se fazem necessárias metodologias de

sensibilização aos alunos.

Figura 17- quantitativo de meninas que frequentam a escola em período menstrual.

Page 69: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

68

Fonte: Autora, 2019.

Figura 18- quantitativo de alunas que não se sentem a vontade em utilizar o banheiro

da escola.

Fonte: Autora, 2019.

Como já afirmado anteriormente as meninas não se sentem a vontade em ir à escola

quando estão emseu período menstrual, assim demonstra o gráfico da figura 4 em que 97%

responderam a opção “não”. Para Sommer e colaboradores (2017, p. 74) o apoio e

transmissão de conhecimento dos professores e administradores escolares proporcionam uma

educação mais sensível e boas experiências escolares para meninas e meninos. Nota-se na

escola que não há uma falta de reurso que auxiliam na higiene das meninas, o que vos faltam

são ações sensibilizadoras à comunidade escolar

Na figura 5, os alunos estão razoavelmente interessados nos temas ambientais, em

conversa com eles, demonstraram que entendem da importância sobre o tema, no entanto eles

limitam o assunto apenas em preservação da natureza.

Mas quando se fala em educação ambiental há um tripé de sustentabilidade a ser

mencionado e estudado que muitos desconhecem e são eles:

Social- que engloba o meio social do indivíduo como: condições de vida, saúde,

educação, violência e lazer;

Ambiental- recursos naturais do planeta e seu uso pela sociedade;

Econômico- considerando a questão social e ambiental, a forma como se dá a relação

entre a produção, distribuição e consumo de bens e serviços.

Considerando esse tripé, a educação ambiental engloba tudo no planeta, ela serve para

conscientizar e sensibilizar os seres humanos para que haja um equilíbrio entre homem e

Page 70: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

69

natureza. Os alunos entendem o que é educação ambiental, mas é necessário haver uma

sensibilização e os professores precisam relacionar educação ambiental com suas disciplinas.

Figura 19- Nível de interesse dos alunos pelas questões ambientais

Fonte: Autora,2019.

A escola aborda meio ambiente e os alunos informaram que o assunto é mais

abordado por professores de áreas específicas de meio ambiente, educação ambiental é um

tema interdisciplinar e cada professor pode se apropriar a fundo melhorando o aprendizado

dos alunos e consecutivamente buscando meios tecnológicos e sociais de sustentabilidade,

aplicando nos discentes um pensamento crítico acerca das questões ambientais. A figura 6

demonstra de fato a frequencia com que o assunto meio ambiente é ensinado em sala de aula.

Nota-se que os assuntos ligados ao meio ambiente não abordado frequentemente. Como

discutido anteriormente, educação ambiental é geralmente ensinado por professores de

ciências, química, biologia e geografia.

Figura 20- frequência com que o professor aborda o assunto meio ambiente

Fonte: Autora,2019.

Page 71: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

70

CONSIDERAÇÕES FINAIS E CONTRIBUIÇÕES

Esta pesquisa mostrou que os discentes têm alguns conhecimentos a respeito de

educação ambiental e higiene, se interessam pelo assunto.

A prática da higiene nos banheiros escolares ainda é reduzida por falta de

conhecimento prévio e constante sendo perceptível que os alunos têm consciência de suas

atitudes corretas e incorretas, porém falta sensibilizá-los sobre a importância em manter o

ambiente dos banheiros limpos.

A educação ambiental não engloba apenas preservação à natureza, mas também tudo

que envolve o meio em que vivemos. Preservar é manter o entorno natural existente,

equilibrar o convívio do homem com a natureza. Assim como afirma no artigo 1°da Lei

9795/99, em que a EA também um meio de proporcionar a qualidade de vida e sua

sustentabilidade. Evitar doenças por meio da higiene é uma forma de sustentabilidade social.

Atenção especial deve ser direcionada às meninas, sua higiene incorreta ou ambientes

hostis propiciam a elas desconforto e doenças.

As discentes solicitam utensílios fundamentais que as auxiliem em sua higiene

pessoal para que sintam comodidade em utilizar o banheiro e praticar a higiene. Mas as

mesmas devem adquirir o hábito de utilizar os utensílios de higiene com moderação e praticar

o descarte correto, desta forma o banheiro sempre será um ambiente limpo e higiênico.

A prática pedagógica ambiental torna-se cada vez mais relevante no âmbito escolar

para que contemple alunos adolescentes que estão se preparando para o mercado profissional.

É fundamental que as escolas busquem meios de aprendizagem que desperte aos alunos uma

visão crítica às questões ambientais e sensibilização, preparando o aluno para um discurso

crítico dos fatos que ocorrem em seu cotidiano.

A educação ambiental ainda é algo que está aos poucos adquirindo espaço no sistema

escolar, e é primordial à sensibilização de crianças e jovens. A sociedade precisa adotar a

educação ambiental como um processo de educação responsável por formar cidadãos com

pensamento crítico, pessoas capazes de manter o equilíbrio entre o homem e a natureza. A

exploração do tema meio ambiente engloba também a sustentabilidade social e econômica.

Promover tecnologias de sustentabilidade social nas escolas é uma solução eficaz e dentro da

educação enfatizar o tripé sustentabilidade social, ambiental e econômico.

Page 72: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS …ppgcma.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Dissertações 2019/Dissertação … · AGRADECIMENTOS A Universidade Federal do Pará - UFPA.

71

Como contribuição de sustentabilidade social é proposto à escola a implementação de

um procedimento operacional padrão de como fazer a higiene individual correta e manter os

banheiros limpos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMPIRES, DISTRIBUIDORA DE LIMPEZA EM HIGIENE EMPRESARIAL. Limpeza

de Banheiros em escolas: Como Melhorar?, 29 de Setembro de 2018. Disponível em:

https://www.mpires.com.br/limpeza-de-banheiros-em-escolas/. Acesso em: 12 ago. 2019.

BONIN, S. M., De Conto, S. M., & Pereira, M. B. (2016). Turismo e Educação Ambiental: a

Socialização do Conhecimento em Periódicos Científicos. Rosa dos Ventos, 8(2), 177-191.

BRANDALISE, L. T., Da Silva, J. M., Ribeiro, I., & Bertolini, G. R. F. (2015). O reflexo da

disciplina de educação ambiental na percepção e conduta dos universitários. Revista

Pretexto, 15(4), 11-26.

GONDRA, Gonçalves José. Homo hyginicus: Educação, higiene e a reinvenção do

homem. Cad. Cedes, 2003 v 23, número 59. Disponível em: http://www.cedes.unicamp.br.

Acessado em: 08 de outubro de 2018.

K, Renato. Bíblia da Saúde(Hygiene). Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1926.

MARCONI, MA E LAKATOS, “Fundamentos de Metodologia Cientifíca”. Ed. 7, Editora

Atlas. São Paulo-2010

MASSINE, M. C. L. (2010). Sustentabilidade e educação ambiental–Considerações acerca

da política nacional de educação ambiental–A conscientização ecológica em foco. Trabalho

publicado nos Anais do XIX Encontro Nacional do CONPEDI, Fortaleza–CE.