UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ Instituto de … para completar sua estabilidade de acordo com a regra...
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
Instituto de Física
Programa de Pós-Graduação em Ensino de Física
Mestrado Profissional em Ensino de Física
ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA: Conceitos e Aplicações para o
Ensino Médio
José Ricardo Patrício da Silva Souza
e
Antonio Maia de Jesus Chaves Neto
Material Instrucional associado a
dissertação de Mestrado de José Ricardo
Patrício da Silva Souza apresentada ao
Programa de Pós-graduação em Ensino de
Física, Instituto de Física, da Universidade
Federal do Pará.
Belém-Pará
Agosto-2016
2
Sumário
INTRODUÇÃO
03
1. Teoria Básica de Energia Solar
03
1.1. Quantização de Max Planck
03
1.2. Semicondutores e tabela periódica de classificação
04
1.3. Semicondutor Intrínseco e Extrínseco
04
1.4. Extrínseco ou Dopado
05
1.4.1. Semicondutor dopado - N (tipo N)
05
1.4.2. Semicondutor Dopado - P (tipo P)
06
1.5. Junção PN
06
1.6. Efeito Fotovoltaico e células fotovoltaicas
07
1.7. Elementos de um Sistema Fotovoltaico (SF)
10
1.7.1. Painel Fotovoltaico
10
1.7.2. Bateria
10
1.7.3. Controlador de Carga
11
1.7.4. Inversores
11
1.8. Funcionamento do Sistema Fotovoltaico Isolado
12
1.9. Funcionamento do Sistema Fotovoltaico Interligado a Rede (SFIR)
12
2. Projeto experimental para o ensino de física
113
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
20
3
INTRODUÇÃO
Esta proposta vem como indicativos de conceitos capitais em Energia Solar
Fotovoltaica, e de extrema importância para introduzir no currículo de Física do
Ensino Médio.
Aqui são apresentados conceitos envolvidos na conversão de Energia Solar
em Energia Elétrica, desde a teoria básica de dopagem de semicondutores,
distribuição de energia em sistemas isolados e de sistemas conectados a rede, além
de apresentar, no apêndice B, um projeto experimental relacionado com o tema.
Este trabalho tem como objetivo oferecer para o professor da educação
básica conceitos essenciais de Energia Solar, para que o mesmo possa trabalhar
em sala de aula com seus alunos, que vivem constantemente rodeados de
tecnologias modernas e às vezes nem se quer tem ideia dos princípios físicos
básicos envolvidos.
O presente trabalho é produto desta dissertação de Mestrado em Ensino de
Física da UFPA/SBF, Intitulada “Energia Solar: Conceitos e Aplicações para
Educação Básica”.
1. Teoria Básica de Energia Solar
1.1. Quantização de Max Planck
Em 1900, Max Planck, físico alemão, assume que a energia radiante é
composta por pacotinhos de energia, os quais Planck chamou de quantum. Cinco
anos depois a proposta de quantização foi utilizada pelo físico alemão Albert
Einstein para explicar o efeito fotoelétrico proposto por Hertz em 1987 (HALLIDAY,
2007). Mas tarde por volta de 1926 o químico Gilbert Lewis denominou esses
pacotinhos simplesmente de Fóton, denominação aceita até os dias atuais e mais
utilizada nos livros didáticos da Educação Básica e Superior.
De acordo com as ideias de Max Planck cada fóton carrega consigo uma
quantidade de energia dada pela equação 1.1.
𝐸𝐹ó𝑡𝑜𝑛 = ℎ 𝑓 , Equação 1.1
4
Onde ℎ = 6,63𝑥10−34𝐽. 𝑠 é a chamada constante de Planck, 𝑓 a frequência da
radiação (HALLIDAY, 2007).
1.2. Semicondutores e tabela periódica de classificação
Os semicondutores são materiais que, à temperatura ambiente, nem
conduzem como os metais, nem isolam como os isolantes. Os painéis Solares são
construídos basicamente com semicondutores, geralmente o Silício que é um
elemento da família 4A da tabela periódica, por isso é caracterizado por ter 4
elétrons na última camada. Em um cristal de Silício os elétrons da última camada, de
valência, são compartilhados com os átomos vizinhos, é o que chamamos de ligação
covalente, para garantir a estabilidade com 8 elétrons na última camada, regra do
octeto (TEIXEIRA, 2003).
1.3. Semicondutor Intrínseco e Extrínseco
a) Intrínseco ou puro: São semicondutores não dopados com outros elementos,
chamados de impurezas. Se fosse possível atingir a temperatura de 0K, o
semicondutor não conduziria corrente elétrica, pois nesse caso a banda de valência
estará completamente preenchida e a banda de condução estará vazia em sua
totalidade.
(a) Modelo de ligações químicas. (b) Modelo de bandas de energia.
Figura 1.1. Modelos representativos de semicondutores a temperatura de 0K.
A figura 1.1 apresenta dois modelos representativos de semicondutores,
considerando a temperatura igual a 0K. Na figura 1.1 (a) os círculos representam os
núcleos dos átomos e as barras duplas representam os elétrons compartilhados por
ligações covalentes (SWART, 2008). Na figura 1.1 (b) temos um Modelo de Bandas,
Banda de condução
Banda de valência
5
onde se mostra os elétrons na banda de valência e mostra a banda de condução
completamente vazia.
A temperatura acima do 0K alguns elétrons ganham energia térmica, podendo
alcançar a banda de condução, gastando para isso uma quantidade de energia
denominada de GAP. Desta forma teremos a condição que tanto elétrons da banda
de condução quanto elétrons da banda de valência podem conduzir corrente
elétrica, levando em conta que esses elétrons da banda de valência vão inicialmente
ocupando lacuna ou buracos deixados por aqueles que saltaram para a banda de
condução (SWART, 2008).
(a) (b)
Figura 1.2. Modelos representativos de semicondutores a temperatura acima de 0K. Modelo
de a) ligações químicas e b) bandas.
1.4. Extrínseco ou Dopado
Semicondutores extrínsecos são semicondutores dopados com impurezas
que alteram a concentração dos portadores de carga, elétrons e lacunas. (SWART,
2008). No Silício puro podemos inserir impurezas, das quais destacamos o Fósforo
da família 5A e o Bora da família 3A, para obter resultados diferentes dos obtidos
com silício puro, o que chamamos de dopagem.
1.4.1. Semicondutor dopado - N (tipo N)
Pode-se realizar a dopagem do silício com o fósforo como impureza, (da
família VA). Como o Silício possui 4 elétrons na última camada ele necessita de mais
4 para completar sua estabilidade de acordo com a regra do octeto, no entanto o
Fósforo apresenta 5 elétrons na última camada, portanto o silício e o fósforo
compartilham por ligações covalentes quatro elétrons. Deste modo sobra um elétron
Banda de condução
Banda de valência
6
no átomo de Fósforo, o qual fica fracamente ligado, contribuindo com carga
negativa. (Silício tipo N) (TEIXEIRA, 2003).
1.4.2. Semicondutor Dopado - P (tipo P)
Se a dopagem for realizada com Boro, ou Alumínio, elementos da família IIIA,
obtém-se um material com falta de elétrons, ou material com cargas positivas
(lacunas ou buracos) livres (Silício tipo P) (TEIXEIRA, 2003).
O processo de dopagem de semicondutores acaba por diminuir a quantidade
de energia necessária para que um elétron consiga atingir a banda de condução.
1.5. Junção PN
Uma junção PN corresponde a uma união de dois materiais, um tipo N e outro
tipo P. Alguns elétrons fracamente ligados da região N movem-se através da junção
por difusão, e ocupam as lacunas na região-P (entende-se por lacunas a falta de
elétrons), formando íons negativos nesta região P e íons positivos nas posições
ocupadas pelas impurezas doadoras N, surgindo o aparecimento de um campo
elétrico na junção com sentido do material tipo N para o tipo P. A carga espacial na
junção aumenta, criando uma região de depleção que inibe transferência de elétrons
conforme apresentado na figura 1.3. É bom ressaltar que a ddp através da região de
depleção é chamada de barreira de potencial e que a temperatura de 25ºC, esta
barreira é de 0,7V para o Silício e 0,3V para o Germânio (TEIXEIRA, 2003).
Figura 1.3: Formação da Região de depleção.
Tipo P Tipo N
7
1.6. Efeito Fotovoltaico e células fotovoltaicas
O efeito fotovoltaico foi observado pela primeira vez em 1839 por Edmund
Bequerel, consiste em uma diferença de potencial entre dois semicondutores de
propriedades elétricas diferentes devido à incidência de luz na junção (BUHLER,
2011). As primeiras células fotovoltaicas foram construídas a partir de Selênio por
C.E. Frits por volta de 1883. Somente em torno de 1950 foram construídas, nos
laboratórios Bell nos Estados Unidos. Nas últimas décadas veem sendo aplicadas
várias tecnologias na fabricação de células fotovoltaicas. Existem as células
baseadas em filmes finos e as de multijunção de alta eficiência e células baseadas
em corantes, no entanto as células de silício cristalino, chamadas de células de
primeira geração, dominam o mercado mundial no que diz respeito à fabricação e
comercialização (PINHO (org.), GALDINO (Org), 2014.
Figura 1.4. Geração de pares elétron-lacuna no material semicondutor e feito de termalização.
A dopagem do silício com material como o fósforo e o bora nos fornecem o
silício tipo N e tipo P respectivamente, e a junção PN desses nos oferece um
material-conjunto que constitui a base para a célula solar de silício. Se este material,
semicondutor, for exposto á luz solar com fótons de energia maior ou igual que a
energia do Gap irá gerar pares elétron-lacuna no material. Caso a energia do fóton
seja maior que a do Gap o excedente se transforma em calor (termalização),
aquecendo o material, novamente podemos ressaltar a diferença do efeito
fotovoltaico para o efeito fotoelétrico onde o excedente transforma-se em energia
cinética. A figura 1.4 mostra uma idealização do que acontece na recepção fóton-
elétron e a termalização.
Banda de valência Banda proibida
Banda de condução cal
h.f
E(ev)
8
Observa-se que o Efeito fotovoltaico é um processo interno ao material e é
descrito para semicondutores, diferentemente do Efeito Fotoelétrico descrito por
Albert Einstein em 1905 que é um fenômeno de arranchamento de elétrons do
material por radiação incidente e foi descrito para metais, além de ter uma
frequência mínima ou de corte, de acordo com a grande parte da literatura, para ser
caracterizado, esse fato de frequência mínima define o efeito fotoelétrico como um
processo externo e de arranchamento de elétrons do material.
Uma Célula Solar nada mais é do que uma junção PN como apresentado na
figura 1.5. No momento em que os fótons de radiação solar incidem na superfície
das células na camada tipo N, de menor espessura, podem atingir a camada tipo P
fazendo com que os elétrons ganhem energia desses fótons e consigam atravessar
a região de depleção atingindo o material tipo N, e se dirigindo para a superfície
metálica fazendo surgir uma ddp entre o contato frontal e o posterior, isso é o efeito
Fotovoltaico que ocorre na Célula Solar muito diferente do efeito fotoelétrico.
Figura 15. Esquema de uma Célula Solar de silício. Fonte: Adaptado NT Solar PUCRS Apud Gasparin-2012.
As células de Silício cristalino nos fornecem uma tensão em torno de 0,6V em
circuito aberto, para atingimos correntes e tensões utilizáveis em diversos
equipamentos do dia a dia é necessário associarmos várias células formando o que
9
chamamos de módulos fotovoltaicos. Para obtermos potências maiores é necessário
um conjunto de módulos, que chamamos de painéis fotovoltaicos (PF) ou arranjo,
construído com módulos de mesma potência (PINHO (org), GALDINO (org). 2014).
Suas células são envolvidas em um plástico, o qual ajuda no isolamento
elétrico, tem a superfície que fica voltada para o sol coberta por um vidro, ou plástico
transparente. Os módulos possuem uma estrutura de alumínio nas bordas o que
oferece melhor condicionamento das células e proteção. Por ser oferecido todo esse
cuidado no processo de montagem dos módulos, eles podem durar em torno de 25 a
30 anos em funcionamento (PINHO (org), GALDINO (org). 2014).
Os parâmetros de temperatura e irradiação solar são de extrema importância
para geração de corrente em semicondutores dopados, como é o caso dos painéis
fotovoltaicos de silício. A figura 1.6 e 1.7 mostra a influência da temperatura e da
Irradiação Solar, respectivamente sobre um módulo fotovoltaico, fabricado com
silício dopado.
Figura 1.6. Influência da temperatura da célula no comportamento da curva corrente x tensão, com Irradiância padrão de 1000 W/m
2. Fonte: Manual de Engenharia para Sistemas
Fotovoltaicos, pág. 127, 2014.
10
Figura 1.7. Influência da variação de irradiação solar no comportamento da corrente e tensão em célula de silício cristalino, a temperatura de 25 graus Celsius . Fonte: Manual de Engenharia para
Sistemas Fotovoltaicos, pág.126, 2014.
1.7. Elementos de um Sistema Fotovoltaico (SF)
1.7.1. Painel Fotovoltaico
O PF é um gerador construído por junção PN feita com silício dopado,
geralmente o mais comercializado é dopado com Fósforo e Boro, que tem a função
de transformar a energia radiante do Sol diretamente em energia elétrica de corrente
contínua, através do efeito fotovoltaico.
1.7.2. Bateria
Para sistemas isolados e afastados de rede elétrica, como por exemplo,
pequenas ilhas na região do Marajó no estado do Pará, são convenientes armazenar
energia para suprir a necessidade diária e até mesmo para as necessidades de
épocas de baixo índice de isolação. Para isso é comum o uso de baterias, as quais
têm a função de armazenamento de energia.
11
1.7.3. Controlador de Carga
Este dispositivo não é destinado à produção de energia, é apenas um
dispositivo eletrônico cuja finalidade é de controle do estado de carga da bateria,
mantendo a mesma protegida de uma possível descarga (por excesso de uso, além
da carga mínima evitando descarga profunda) e protege-la também de sobrecarga
por excesso de produção pelo módulo, impedindo dessa forma o aquecimento, fato
que reduz o tempo de vida útil da bateria (BRUM, Pág. 35, 2013).
1.7.4. Inversores
Este dispositivo fornece energia elétrica em corrente alternada a partir de uma
fonte de energia elétrica de corrente contínua. A função principal do inversor é
transformar corrente contínua em corrente alternada, é responsável em converter os
12V de corrente contínua gerado no painel fotovoltaico em 110V ou 220V de
corrente alternada, pronta para uso em aparelhos domésticos. A figura 1.8 mostra a
ilustração de um sistema de energia solar fotovoltaica destacando seus principais
elementos como painel solar, controlador de carga, bateria e inversor.
Figura 1.8. Ilustração de um Sistema de Energia Solar Fotovoltaica. Fonte: BSB ENERGIA SOLAR. Disponível em: www. Bsbsolar.com/off-grid-sistema-isolado/
12
1.8. Funcionamento do Sistema Fotovoltaico Isolado
Na figura 1.9 o painel fotovoltaico (1) converte a energia proveniente do Sol
de forma direta em energia elétrica de corrente contínua que passa pelo controlador
de carga (2) que tem a função de proteger a bateria de um possível excesso de
carga ou de uma possível descarga profunda em virtude de baixa produção ou
excesso de utilização, em seguida após armazenada em um banco de baterias (3),
que pode disponibilizar para horários que não há luz do Sol, a energia segue para
um inversor (4) que realiza a transformação de corrente contínua para corrente
alternada, a qual é encaminhada para os equipamentos da casa que funcionam
mediante corrente alternada.
1.9. Funcionamento do Sistema Fotovoltaico Interligado a Rede
Para um SFIR não é necessário o armazenamento, ou seja, o uso de baterias
e controlador de carga. O excesso de energia é encaminhado diretamente para a
rede elétrica depois de passar pelo inversor que irá estabelecer uma corrente
compatível com a da rede, ou seja, sincronizada. Na Figura 1.10 temos uma figura
que ilustra o esquema simplificado de um SFIR.
Figura 1.9. Modelo simplificado de Sistema Fotovoltaico Isolado. Fonte: Neosolar, 2016.
13
Figura 1.10. Modelo simplificado de Sistema Fotovoltaico conectado a rede. Fonte: Neosolar, 2016.
2. Projeto experimental para o ensino de física.
Este tópico tem por objetivo orientar professores e professoras da educação básica na
construção de um experimento para ser utilizado em aulas demonstrativas sobre o tema Energia
Solar Fotovoltaica e suas aplicações.
Mostra-se passo a passo a construção de uma maquete de uma casa autossustentável.
Passo 1: coleta de materiais
1) 8 metros de fita de LED (Azul)
2) 1 Folha de papel telha
3) 0,5 Metro quadrado de Acetato (mica)
4) 250 ml de Tinta PVA (Branca + Corante azul)
5) Painel Fotovoltaico 5 W/ 17 V.
6) 2 metros quadrado de Compensado fino (5mm)
7) Um tubo de Cola p/ Madeira
8) 30 unidades de Prego de 1polegadas
9) 2 chaves liga/desliga
10) 1 bateria 09 Volts
11) 1 metro de fio elétrico preto de 2 mm, e 1 metro de fio elétrico vermelho de 2 mm
14
12) 10 cm quadrados de EVA (azul)
13) Um controlador de carga
14) Uma bateria
15) um inversor
Passo 2: Construção da casa
Já com os materiais necessários, corta-se o compensado com as seguintes
dimensões.
- 3 cortes de 50 cm x 22 cm – base, piso 1 e base de cima.
- 2 cortes de 30 cm x 22 cm – laterais.
- 2 cortes de 30 cm x 24 cm – telhado.
- 2 cortes de 14 cm x 22 cm – parede central.
- 1 corte de 10 cm x 22 cm – apoio do telhado.
- 1 corte de 50 cm x 40 cm – fundo ( sendo este cortado a parte de cima em V para o encaixe.
Em seguida colam-se as peças, começando pela base que foi colada as
laterais, depois foi colado o 1° piso e a base de cima criando-se uma caixa em
formato de retângulo, e posteriormente a parede central foi colocada, esta parede foi
feito um pequeno corte em cima para dar espaço à passagem da fita de LED.
O telhado foi colado e pregado também, colocando primeiro sua base e
depois foi pregado nas extremidades para ficar bem fixado, por ultimo foi colocado o
corte do fundo que deu total fixação a casa.
Continuamos com a parte de acabamento, o telhado foi revestido com papel
telha que foi cortado em tiras de 4 cm, e sobrepostas umas as outras, dando um
efeito de telhado real, em seguida foi feita a pintura da parte interna com a cor
branca para se dar mais destaque a cor da iluminação. Feito isso foi misturado à
tinta branca o corante de cor azul que deu a tonalidade observada e assim o inicio
da pintura da parte externa da casa.
15
Figura 2.1. Construção da maquete de Energia Solar
Passo 3: Montagem do circuito elétrico
No circuito elétrico foram utilizados 8 pedaços de fita de LED de 25 cm, isso
devido as dimensões da casa, em seguida estas foram coladas na parte superior de
cada compartimento sendo duas em cada para que a iluminação fique adequada. A
ligação das fitas foi feita em paralelo, ou seja, os polos positivos (representados pelo
fio vermelho) foram todos soldados entre si, e os negativos (fios de cor preta) da
mesma forma, saindo dois fios um positivo e um negativo para serem ligados.
Posteriormente foi soldado no painel solar os fios positivo e negativo,
utilizando mesma regra de cores.
O painel gera em circuito fechado o máximo de 17 Volts, sendo que a fita de
LED já esta preparada para suportar esta tensão, devido cada LED ter a proteção de
um resistor de 131 Ohms, fato muito importante.
Então a ligação foi feita simulando um sistema fotovoltaico , o painel através
do fio positivo (vermelho) foi ligado primeiro a uma chave liga/desliga, foi feito um
jumper que seguiu para alimentar a bateria, e este mesmo positivo foi ligado na
iluminação, este jumper positivo da bateria também foi ligado a uma chave
liga/desliga, ambas para serem controlados manualmente, os fios negativos foram
todos ligados no circuito por serem todos comuns. Também foi ligado a bateria um
inversor para possível uso em corrente alternada.
Por fim foi feito o teste, a iluminação tanto funciona com a energia do painel
como com a energia da bateria ou ambos ligados ao mesmo tempo.
16
(a) (b)
Figura 2.2. Soldagem: (a) Na fita de LED e (b) No painel solar
(a) (b) (c)
Figura 2.3. (a) do inversor, (b) do controlador de carga e (c) da bateria
Foi conectada uma Bateria, para explicar para os alunos que nos momentos
de ausência de insolação o abastecimento de energia fosse suprido via bateria
(armazenador). Que distribui também a energia para um inversor que converte a
corrente contínua em corrente alternada para possível.
Deve-se ressaltar aqui que as canecões no controlador de carga, no inversor
e na bateria são auto explicativos, o que facilita a ligação nesses elementos.
Na figura 2.4 tem-se a maquete em sua fase final, ou seja, montada. Foi
usado de material alternativo para ilustrar o inversor e o controlador de carga.
17
Figura 2.4. Maquete montada, pronta para o uso.
EXERCÍCIOS
1. Sobre os semicondutores que são amplamente utilizados na fabricação de células solares podemos dizer que são:
A) Da família 2A da tabela periódica; B) Gases nobres da tabela periódica; C) Da família 5A da tabela periódica; D) Da família 4A da tabela periódica;
2. Ainda sobre os semicondutores pode-se dizer que:
A) São bons condutores de corrente elétrica; B) Não tem aplicação na ciência e tecnologia; C) Tem comportamento intermediários entre os condutores e os isolantes; D) São isolantes elétricos;
3. Em relação ao processo de dopagem de semicondutores para utilização em painéis solares são utilizados com maior frequência os elementos:
A) Boro e fósforo; B) Germânio e fósforo; C) Boro e alumínio; D) Hélio e alumínio;
4. Podemos dizer que as ligações químicas envolvidas no processo de dopagem de semicondutores, destinados a produção de células solares, são do tipo:
18
A) Metálicas; B) Iônicas; C) Covalentes; D) Metálicas e iônicas;
5. O elemento mais utilizado na fabricação de painéis solares, mais comercializados atualmente é o:
A) Silício; B) Germânio; C) Alumínio; D) Boro;
6. Enumere corretamente o elemento do sistema de energia solar com sua função básica.
(1) Painel solar
( ) armazena energia para utilização em momentos de carência de sol
(2) controlador de carga
( ) converte corrente contínua proveniente do gerador em corrente alternada
(3) bateria
( ) protege a bateria de possíveis descargas profundas ou excesso de carga
(4) inversor
( ) tem a função de gerar eletricidade de forma direta, apartir da energia solar
7. A crise energética mundial é uma discursão constantes em encontros internacionais que abordam o tema energia. Muito se fala sobre energias renováveis, dentre as alternativas abaixo marque aquela que somente indica energias renováveis:
A) Energia solar e eólica; B) Energia nuclear e eólica; C) Energia hidrelétrica e petróleo; D) Petróleo e biomassa;
19
8. Uma das formas de energia que mais cresce no cenário mundial é:
A) Energia Solar; B) Energia hidrelétrica; C) Energia nuclear; D) Energia proveniente do petróleo;
9. Em um sistema isolado de energia solar, são necessários os seguintes equipamentos para abastecer uma residência nos períodos de dia e noite com corrente contínua:
A) Painel solar, controlador de carga e bateria; B) Painel solar, inversor e bateria; C) Somente o painel solar; D) Painel solar e bateria;
10. Em um sistema de energia solar para suprir a necessidade energética de uma residência que possui vários eletrodomésticos, lâmpadas etc... é necessário que este sistema tenha os seguintes elementos:
A) Painel solar e bateria apenas; B) Painel solar, controlador de carga, bateria e inversor; C) Painel solar e inversor apenas; D) Bateria e inversor somente;
20
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRUM, Thiago Santos. PROJETO DE USO DE ENERGIA FOTOVOLTAICA COMO
FONTE EMERGENCIAL. Rio de janeiro, 2013.
BUHLER A. J. Estudo de técnicas de determinação experimental e pós
processamento de curvas características de módulos fotovoltaicos. UFRGS. RS.
2011.(Tese de Doutorado)
HALLIDAY D, RESNICK R. WALKER J. Fundamentos de Física. 8ed. Rio de
Janeiro. LTC, 2008.
http:/ www. Bsbsolar.com
Neosolar, 2016. Kit Solar Fotovoltaico. Disponível em:
<http://www.neosolar.com.br/loja/kit-energia-solar-fotovoltaico-560wp.html>, Acesso:
18/05/2016
Neosolar, 2016. Modelo simplificado de sistemas fotovoltaicos. Disponível em:
<http://www.neosolar.com.br/aprenda/saiba-mais/sistemas-de-energia-solar-
fotovoltaica-e-seus-componentes>, Acesso em 18/05/2016
PINHO, João Tavares (Org.); GALDINO, Marco Antonio (Org.). Manual de
Engenharia para Sistemas Fotovoltaicos. Rio de Janeiro: cepel/cresesb, 2014.
SWART J. W. SEMICONDUTORES: Fundamentos, Técnicas e Aplicações. Ed.
UNICAMP, 2008.
TEIXEIRA I.M.C, Teixeira J.P.C. Conceitos Básicos de Electrónica. 2003